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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS NO
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
Por: Thully Fabiano M. H. Ribeiro Coutinho
Orientador
Prof. Vinicius Calegari
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS NO
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Recursos
Humanos.
Por. Thully Fabiano M. H. Ribeiro Coutinho
3
AGRADECIMENTOS
....ao meu professor orientador pela
paciência e compreensão para que
esse trabalho pudesse acontecer e aos
professores do curso pelos
conhecimentos e aprendizados
compartilhados......
4
DEDICATÓRIA
.....dedico ao meu marido tão
companheiro e amigo que tanto me
incentiva e aos meus pais que me
ensinaram a gostar de aprender
sempre.......
5
RESUMO
Atualmente, a busca pela eficiência e eficácia em um mundo de fortes
transformações no ambiente empresarial tem feito as organizações
repensarem seus conceitos e objetivos organizacionais e a buscar novos
mecanismos de gestão que possam trazer equilíbrio e resultados
compensadores para organização.
Dentro deste contexto de globalização e mudanças rápidas percebe-se
que o diferencial das organizações, aquele que vai proporcionar uma vantagem
competitiva em relação aos concorrentes, não se encontra mais focado
somente em tecnologias mas principalmente em capital humano, sim pessoas.
Eis que surge a necessidade de repensar e atualizar os modelos de gestão
organizacional e de pessoas, diante desta realidade surgiu o modelo de Gestão
por Competências como ferramenta para gerir pessoas de forma estratégica, a
fim de identificar e desenvolver as competências necessárias para o alcance
dos objetivos estratégicos organizacionais e até alinhá-los com os das
pessoas, tornndo a empresa sustentável e competitiva.
6
METODOLOGIA
O presente trabalho baseia-se em uma pesquisa acadêmica acerca do
tema Gestão por Competências e como ele pode influenciar de forma
estratégica no desenvolvimento de pessoas.
A base para o desenvolvimento deste trabalho foi uma extensa pesquisa
bibliográfica pelos termos constantes no texto e que representam certa
importância para melhor elucidação do tema exposto.
Dentro desta abordagem este trabalho terá um posicionamento
conceitual e esclarecedor no que se refere ao entendimento e exposição do
tema, visando ampliar o conhecimento e não esgotá-lo.
A proposta final é que, ao final da leitura, os leitores possam visualizar e
entender como a gestão por competências pode trazer mudanças importantes
na organização e pode ser uma nova forma de gerir pessoas.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O que são competências? 09
1.1 – Surgimento das competências 10 1.2 – Construção do conceito 12 1.3 – As três dimensões da competência 15 1.4 – Desdobramento de competências e suas concepções 16
1.4.1 – Competências técnicas X comportamentais 17 1.4.2 – Competências humanas X organizacionais 18 1.4.3 – Competências essenciais X diferenciais 19
CAPÍTULO II - Gestão por competências - GPC 20
2.1 – Conceito 21 2.2 – Premissas do modelo de competências 23 2.3 – Metodologia de implantação 23 2.3.1 – Primeiro bloco: sensibilização 24 2.3.2 – Segundo bloco: Definição de perfis 25
2.3.3 – Terceiro bloco: Avaliação de potencial e Formação de banco de talentos 26 2.3.4 – Quarto bloco: Capacitação 26 2.3.5 – Quinto bloco: Gestão de desempenho 27
2.4 – Ferramentas da Gestão por Competências 28 2.4.1 – Mapeamento por competências 28 2.4.2 – Seleção por competências 29 2.4.3 – Avaliação por competências 31 2.4.4 – Plano de desenvolvimento por competências 32 2.4.5 – Remuneração por habilidades e competências 33 2.5 – Benefícios da Gestão por Competências 34
CAPÍTULO III – GPC como ferramenta estratégica 36
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 41
8
INTRODUÇÃO
Devido a crescente discussão em torno de um método de gestão que
desenvolva pessoas, possibilite resultados e ainda traga desenvolvimento
organizacional o presente trabalho tenciona estudar o Modelo de Gestão por
Competências como uma ferramenta estratégica para o departamento de RH e
um instrumento que leve a organização a obter vantagens competitivas através
do capital humano.
A questão a qual este trabalho tenciona esclarecer é por que a gestão
por competências ainda não é vista como ferramenta estratégica no
desenvolvimento do capital humano, possivelmente as hipóteses para essa
questão podem estar relacionadas à falta de informação dos envolvidos, ao
fato de organização estar despreparada para iniciar o processo de gestão por
competências ou até mesmo a direção da empresa não está tão comprometida
com a causa.
Por si só podemos verificar que essa metodologia pode trazer
resultados inesperados as organizações através das pessoas, por isso
pesquisa se justifica, pela importância de se verificar a aplicabilidade da gestão
por competências na organização e como ela pode contribuir estrategicamente
para alavancar os resultados organizacionais esperados.
Por tratar-se de um assunto em evidência atualmente e de certa forma
ainda pouco aplicado na íntegra na atividade empresarial se faz necessário
entender seu conceito, sua metodologia, forma de implantação, resultados que
podem ser esperados pelos colaboradores, conhecer suas limitações, sua
eficácia e efetividade e seus benefícios.
A ferramenta gestão por competências surgiu com um propósito de
atuar na gestão e desenvolvimento de pessoas com foco, critério e
principalmente sem subjetividade, por isso se faz necessário alinhar este
propósito com os objetivos organizacionais.
Quanto mais difundida a gestão por competências, maior será o
comprometimento, o entendimento, a aceitação e a colaboração dos
envolvidos. Diante do exposto, é importante analisarmos os aspectos
9
relacionados às competências organizacionais e individuais existentes na
organização.
Esta pesquisa objetiva conhecer e compreender como a ferramenta
gestão por competência atua no desenvolvimento organizacional e do
colaborador, de forma estratégica, através da definição de um conceito,
descrição da metodologia da gestão por competências e suas ferramentas,
citação de seus benefícios, aplicabilidade e seu diferencial e demonstrando sua
posição de processo confiável e enriquecedor.
Este trabalho tem como pressupostos teóricos os textos encontrados
em bibliografias especializadas e de autores conceituados no assunto como
Maria Rita Gramigna, Idalberto Chiavenato, Joel Souza Dutra, Pedro Paulo
Carbone, dentre outros.
O mesmo encontra-se estruturado em três capítulos, sendo o primeiro
capítulo um apanhado geral sobre o termo competências, seu conceito e visão
de autores, principais características, as dimensões da competência e seus
tipos, este capítulo visa esclarecer o termo central e foco deste estudo que é a
competência. No segundo capítulo, é apresentado a metodologia Gestão por
Competências, seu conceito e etapas de implantação, suas ferramentas e
benefícios e resultados esperados. E por fim, no terceiro capítulo, discute o
modelo de gestão como uma ferramenta que possibilita ao RH assumir seu
papel estratégico na gestão de pessoas dentro da organização.
10
CAPÍTULO I
O QUE SÃO COMPETÊNCIAS?
Podemos dar inúmeras definições para competências, mas na presente
pesquisa vamos procurar explicar seu início e conceituar competências de
forma prática e com aplicabilidade na gestão empresarial. A competência está
relacionada a qualidade que uma pessoa possui e que é percebida pelos
outros, são dinâmicas, mudam, evoluem, são adquiridas ou perdidas.
Este trabalho justifica-se, na medida em que traz o tema competências
nos seus desdobramentos conceituais até então apresentados pelas literaturas
referentes e busca perceber alguns fatores de sua implantação na prática
organizacional.
1.1 – Surgimento das competências
O acirramento da concorrência, a instabilidade dos mercados e a
exigência de maior valor agregado dos produtos e serviços, fatores estes
advindos dos processos de globalização, exigiram que as organizações
buscassem maior flexibilidade produtiva. E para que isto ocorresse era
necessário contar com pessoas mais autônomas e com maior iniciativa, além
de uma descentralização dos processos decisórios, de forma que houvesse um
comprometimento geral com os objetivos e estratégias organizacionais.
(DUTRA, 2008; SARSUR,2007)
As abordagens tradicionais de gestão de pessoas já não mais
atendiam as necessidades organizacionais e com isso, as pressões advindas
do ambiente em que a organização se insere e das pessoas que nela
trabalham, exigiram uma outra abordagem para a área. (DUTRA, 2008)
É importante ressaltar que a nova atenção dada às pessoas, volta-se
mais ao fato de que “a satisfação da mão-de-obra é o que garante o
andamento adequado dos trabalhos” do que “por considerar as pessoas como
diferenciais competitivos e preocuparem-se de fato com elas, como nos lembra
Sarsur (2007; p. 60).
11
Dentro desta conjuntura surgem as discussões sobre a Gestão de
Pessoas por Competências, a qual apresenta suas bases em duas escolas, a
francesa e a americana.
A escola americana, que tem como principais autores, McClelland,
Boyatsis, Spencer e Spencer, Prahalad e Hamel, traz que a competência é um
conjunto de qualificações que leva o trabalhador a uma performance superior
numa dada situação. (PETINELLI-SOUZA, 2006). Sendo que McClelland, foi o
primeiro a expor o conceito de competências de forma estruturada, numa
tentativa de identificar os traços que distinguem os trabalhadores bem-
sucedidos dos que não o são. Já a escola francesa – a qual é seguida neste
trabalho –, é representada por Le Boterf, Zarifian e Perrenoud, além de ter os
brasileiros Dutra e Fleury e Fleury que concordam com essa visão.
Segundo Zarifian (2008), alguns aspectos devem ser considerados
quando analisadas as mutações ocorridas no trabalho e nas organizações,
para isto, três aspectos principais são considerados, a saber: evento,
comunicação e serviço.
Evento representa acontecimentos cotidianos que “ocorrem de maneira
parcialmente imprevista, inesperada, vindo perturbar o desenrolar normal do
sistema de produção”, assim, trabalhar, é pressentir os eventos (através de
indícios da eminência), enfrentá-los com sucesso quando ocorrem (através de
uma intervenção ativa e pertinente, e acordo com os prazos) e analisá-los após
sua ocorrência (para compreender causas e evitar que volte a ocorrer).
(ZARIFIAN, 2008, p. 41)
Em substituição a importância dada à divisão do trabalho e a
separação entre tarefas e responsabilidades, tem-se a comunicação, que visa
entender os problemas e as obrigações dos outros, as interdependências e a
complementaridade, além de conseguir entender a si mesmo e os efeitos de
suas ações, compartilhando normas mínimas de justiça, que permitam acesso
igualitário à informação e a distribuição equitativa de seus benefícios. Percebe-
se que é na ocorrência de um evento que as comunicações se dão de forma
mais acentuada. (ZARIFIAN, 2008)
12
E o serviço, que é o que efetivamente se proporciona a um cliente-
usuário, aquilo que transforma seu modo de vida, e é o que justifica a
sobrevivência de uma organização e a manutenção do emprego dos que ali
trabalham. (ZARIFIAN, 2008)
Desta forma podemos compreender que a ruptura com a visão
taylorista é clara, pois ao invés de termos o isolamento do trabalhador em um
posto com uma determinada função, sendo responsável por apenas uma parte
específica da produção, há na nova visão, a comunicação em torno dos
eventos e do serviço, o que traz uma responsabilidade coletiva, com as ações,
os saberes e as avaliações tratadas de forma compartilhada. (ZARIFIAN, 2008)
É diante destas novas vertentes, que se encontram os estudos sobre a
Gestão por Competências que se quer trabalhar nesta pesquisa.
1.2 – Construção do Conceito
Com a junção das contribuições trazidas pela escola francesa e pela
americana, Fleury e Fleury (2001, p.188) traçam o conceito de competência
como: “um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar,
integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor
econômico à organização e valor social ao indivíduo.”
Exposto este conceito, segue abaixo, as definições dos termos ali
empregados.
Saber agir Saber o que e por que faz Saber julgar, escolher, decidir
Saber mobilizar recursos Criar sinergia e mobilizar recursos e
competências
Saber comunicar Compreender, trabalhar, transmitir
informações e conhecimentos
Saber aprender Trabalhar o conhecimento e a
experiência, rever modelos mentais;
saber desenvolver-se
Saber enganjar-se e comprometer-se Saber empreender, assumir riscos. Comprometer-se
13
Saber assumir responsabilidades Ser responsável, assumindo os
riscos e consequências de suas
ações e sendo por isso reconhecido
Ter visão estratégica Conhecer e entender o negócio da
organização, o seu ambiente,
identificando oportunidades e
alternativas.
Fonte: Fleury e Fleury (2001)
A expressão “Competências” tem sido muito utilizada no mundo
acadêmico e principalmente nas organizações, no entanto se faz necessário
compreender seu real significado para que seja possível desenvolver algum
trabalho que gere resultados positivos para as empresas. No Modelo de
Gestão por Competências o fator principal é justamente a definição das
competências individuais (dos colaboradores) e as organizacionais, pois são
baseadas nessas informações que o departamento de RH e a cúpula
estratégica podem atuar de modo que possam alcançar os resultados
esperados.
A frequente utilização da expressão competência fez com que
surgissem vários conceitos propostos por vários autores, iremos citar alguns
deles de forma exemplificativa.
“Uma competência constitui um repertório de
comportamentos capazes de integrar, mobilizar, transferir
conhecimentos, habilidades, julgamentos e atitudes que
agregam valor econômico à organização e valor social à
pessoa” (CHIAVENATO, 2010, p.142).
“Repertórios de comportamentos e capacitações que
algumas pessoas ou organizações dominam melhor que
as outras, tornando-as eficazes em determinada situação”
(ARAÚJO, 2009, pág. 184)
“Um cluster de conhecimentos, skills e atitudes
relacionados que afetam a maior parte de um job (um
14
papel ou responsabilidade), que se correlaciona com a
performance do trabalho, que possa ser medida contra
parâmetros bem aceitos, e que pode ser melhorada
através de treinamento e desenvolvimento”
(PARRY,1996,pág. 50)
“Repertórios de comportamentos e capacitações que
algumas pessoas ou organizações dominam melhor que
outras, tornando-as eficazes em determinada situação”
(Levy-Leboyer)
“Competência é entendida não apenas como o conjunto
de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários
para exercer determinada atividade, mas também como o
desempenho expresso pela pessoa em determinado
contexto, em termos de comportamentos e realizações
decorrentes da mobilização e aplicação do CHA no
trabalho” (DUTRA,2004,pág. 43)
“A competência está baseada numa tríade conhecida
como CHA, que são os conhecimentos, as habilidades e
as atitudes que uma pessoa possui” (RICARDO
MENDES, 2011, site)
Existem várias definições de competência, contudo todas têm uma
essência comum e por isso não é possível ou necessário eleger a melhor
definição ou um acordo unânime dos significados, visto que eles se completam.
Adotaremos nesta pesquisa seu conceito tradicional e mais aceito no mundo
acadêmico e organizacional que utiliza o “CHA” como base da competência.
15
1.3 – As três dimensões da competência
A competência surge na medida em que 3 fatores são atendidos:
conhecimento, habilidade e atitude. Este ideograma “CHA”, que serve para
designar (Conhecimento, Habilidade e Atitude) é uma maneira de se procurar
definir o sentido de competência a partir de um referencial no qual ela possa
ser mensurada, e até mesmo comparada a padrões internacionais.
Uma competência resulta da mobilização, por parte do indivíduo, de
uma combinação de recursos e insumos. E a pessoa expressa a competência
quando gera um resultado no trabalho, decorrente da aplicação conjunta de
conhecimentos, habilidades e atitudes – os três recursos ou dimensões da
competência.
Competências como fonte de valor para o indivíduo e a organização
Fonte: Fleury e Fleury (2001)
O Conhecimento é o saber, significa conhecimento sobre um
determinado assunto e tem relação com a formação acadêmica, o
conhecimento teórico. Diz respeito à pessoa dominar um determinado Know-
how a respeito de algo que tenha valor para empresa e para ela mesma e se
acumula ao longo da vida. Corresponde a informações que, ao serem
reconhecidas e integradas pelo indivíduo em sua memória, causam impacto
sobre seu julgamento ou comportamento.
A Habilidade é o saber fazer, é a capacidade de colocar seus
conhecimentos em ação para gerar resultados, domínio de técnicas, talentos e
Insumos Desempenho
Conhecimentos
Habilidades
Atitudes
Comportamentos
Realizações
Resultados
Valor econômico
Valor social
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capacidades. Está ligada ao prático, a vivência e ao domínio do conhecimento.
Significa habilidade para produzir resultados com o conhecimento que se
possui. Diz respeito à pessoa conseguir fazer algum uso real do conhecimento
que tem, produzindo algo efetivamente. Está relacionada à capacidade da
pessoa de instaurar conhecimentos armazenados na memória e aplica-los de
forma produtiva.
As habilidades podem ser classificadas como intelectuais, quando
abrangerem essencialmente processos mentais de organização e
reorganização de informações, e como motoras ou manipulativas, quando
exigirem fundamentalmente uma coordenação neuromuscular.
A Atitude é o querer fazer, representa as emoções, os valores e
sentimentos das pessoas, isto é, o comportamento humano. Significa atitude
assertiva e pró ativa_ iniciativa. Diz respeito ao indivíduo não esperar as coisas
acontecerem ou alguém ter que dar ordens, e fazer o que percebe que deve
ser feito por conta própria. Atos pessoais. Uma espécie de sentimento ou
predisposição da pessoa, que determina sua conduta em relação aos outros,
ao trabalho ou a situações.
Da necessidade de se gerir esse CHA, foram desenvolvidas
metodologias, isto é, ferramentas capazes de fazer a Gestão de Pessoas com
foco em Competências.
1.4 – Desdobramento de competências e suas concepções
Segundo, conceito adotado pelo presente trabalho, podemos observar
um desdobramento da competência onde nos é possível relacionar o
Conhecimento e a Habilidade com as competências técnicas enquanto que a
Atitude constitui a competência comportamental.
Outro desdobramento não menos importante se verifica em
competências humanas e competências organizacionais, que oportunamente
estaremos esclarecendo.
17
1.4.1 – Competências técnicas X comportamentais
As competências técnicas abrangem os conhecimentos sobre a
atividade específica do gerente, da equipe e da sua organização. Algumas
pessoas trazem da escola as competências básicas de uma profissão, outras
adquirem no próprio trabalho os conhecimentos e as técnicas de uma
profissão, mas em todos os casos, a competência técnica é produto de alguma
forma de aprendizagem e de experiência prática.
São aquelas exigidas para cumprir funções específicas.
Tem como base o conhecimento adquirido na formação profissional. É
própria daqueles cujo currículo é adequado à função que exercem e que, de
modo geral, são profissionais que revelam a preocupação em se manterem
atualizados. Para exemplificar, se você é administrador de um banco, a
competência técnica compreende os conhecimentos sobre o ramo bancário e
sobre o banco específico que você trabalha.
As competências comportamentais são basicamente as atitudes e
comportamentos compatíveis, necessários e exigidos para o alcance de um
objetivo e que só se transformam em competências se conscientemente
construídos, incorporados e reproduzidos quando necessário. É adquirida na
experiência, faz parte das habilidades sociais que exigem atitudes adequadas
das pessoas para lidar com situações do dia-a-dia. De modo geral, o
desenvolvimento dessa competência é estimulado pela curiosidade, intuição,
cautela, audácia, ousadia, razão.
É o conhecimento que se tem de si mesmo e do outro, sua flexibilidade
diante do diferente, sua adaptabilidade diante das mudanças e do novo, sua
proatividade, sua capacidade de se comunicar.
É a capacidade de contatar, integrar e identificar às próprias emoções,
motivações e pensamentos, vivenciando e gerenciando-os conscientemente,
para expressá-los eficazmente na forma de comportamentos e atitudes que
garantam mais satisfação e realizações na vida profissional e pessoal. Hoje já
se sabe, através de vários estudos, que o diferencial de sucesso dos líderes e
18
empreendedores está mais na sua personalidade do que num pressuposto
saber acadêmico.
Podemos concluir que o importante é alcançar o equilíbrio entre esses
dois tipos de competências, pois o sucesso profissional e pessoal pode fazer
grande diferença quando se une competência técnica e comportamental.
1.4.2 – Competências humanas X organizacionais
As competências humanas e organizacionais estão bastante
interligadas na empresa, vale ressaltar que é o conjunto de competências
profissionais que sustenta a competência organizacional, esta não existirá sem
aquela. Para melhor entendimento, passaremos os conceitos individualizados e
depois explicaremos sua correlação.
A competência humana é expressa em função do desempenho da
pessoa no trabalho, o que envolve não apenas o comportamento que o
indivíduo adota, mas também suas consequências, no tocante a realizações.
Também conhecida como competências pessoais ou individuais, é a
competência que cada indivíduo aprende e desenvolve em suas atividades
pessoais na organização.
Entendem-se competências humanas como combinações sinérgicas de
conhecimentos, habilidades e atitudes, expressas pelo desempenho
profissional dentro de determinado contexto organizacional, que agregam valor
a pessoas e organizações. Nessa perspectiva, então, as competências
humanas são reveladas quando as pessoas agem ante as situações
profissionais com as quais se deparam e servem como ligação entre as
condutas individuais e a estratégia da organização.
A competência organizacional está relacionada com a capacidade da
organização que a torna eficaz, permitindo a consecução de seus objetivos
estratégicos. São espécies de atributos da organização, que lhe conferem
vantagem competitiva, geram valor distintivo percebido pelos clientes e são
difíceis de ser imitados pela concorrência.
19
As competências organizacionais estão relacionadas com a vida íntima
da organização, e correspondem ao “modus vivendi” da empresa, à sua cultura
corporativa, como se estrutura e se organiza para realizar o trabalho
organizacional. Se referem ao aparato interno por meio do qual a organização
se articula e se integra para poder funciona, sua identificação é necessária
para orientar as decisões quanto às atividades que são cruciais para o sucesso
da organização.
Os profissionais de RH tipicamente pensam sobre competências em
um nível individual enquanto estrategistas de negócios tendem a pensar sobre
elas em um nível organizacional.
Geralmente as competências humanas (ou individuais) precisam estar
relacionadas com as competências organizacionais para se obter um resultado
mais positivo que cada indivíduo sozinho.
As competências individuais e organizacionais fazem com que todos se
virem para a mesma direção, e auxiliam você a ser mais efetivo ao evitar e
resolver o problema das pessoas.
1.4.3 – Competências essenciais X diferenciais
As entregas esperadas das pessoas que asseguram a continuidade e o
crescimento da empresa ou do negócio são chamadas de competências
essenciais ou “core competences”, elas são identificadas com base em
diferentes processos, todos eles partem da compreensão dos objetivos
organizacionais e negociais da organização. São as competências distintivas
que toda organização precisa construir e possuir para se manter funcionando.
São as competências básicas e fundamentais para o sucesso de uma
organização em relação aos clientes, à sociedade e aos concorrentes,
correspondem àquilo que cada organização sabe fazer melhor do que
ninguém. As competências essenciais são fundamentais para a eficácia
organizacional, por isso a organização precisa identificar e localizá-las, são
elas que levaram a empresa ao sucesso do negócio e devem ser percebidas
pelos clientes.
20
As competências essenciais são a base dos processos internos e
garantem a qualidade dos produtos e serviços, da cultura, do clima de trabalho
e das práticas de gestão, são percebidas pelos clientes internos. Elas
impactam a organização em três aspectos: valor percebido, diferenciação dos
concorrentes e capacidade de expansão.
Por outro lado temos as competências diferenciais ou distintivas,
consideradas estratégicas, estabelecem a vantagem competitiva da empresa.
São identificadas no estabelecimento da missão empresarial e descritas de
forma genérica. São constituídas por um conjunto de capacitações que
auxiliam a empresa a alcançar seus resultados e fazer o diferencial no
mercado. E principalmente devem ser reconhecidas pelos seus clientes. Para
exemplificar, a Sony domina a miniaturização, cujo benefício para o cliente é a
vantagem de poder carregar no bolso alguns de seus produtos.
Temos até agora a reflexão de que as competências técnicas,
comportamentais, humanas, organizacionais, essências e diferencias estão
todas intimamente ligadas, na medida em que exercem forte influência umas
sobras as outras ou quando se completam para trazer melhores profissionais
ou organizações mais bem preparadas para atuarem no mundo globalizado.
“Organização e pessoas, lado a lado, propiciam um processo contínuo
de troca de competências” (DUTRA, 2001, pág.27).
Com está afirmação o autor quer dizer que a organização transfere
patrimônio para as pessoas, desenvolvendo-as para lidar com novas situações
pessoais e profissionais. E as pessoas, ao se desenvolverem agregam valor a
empresa transferindo seu conhecimento e assim contribuindo como capital
intelectual para que a organização mantenha suas vantagens competitivas
diante do contexto atual do mercado e esteja preparada para novos desafios.
21
CAPÍTULO II
GESTÃO POR COMPETÊNCIAS - GPC
A Gestão por Competências surgiu para responder questões
particulares do cenário empresarial. Essa metodologia de gestão representa
diversas tentativas de resposta: à necessidade de superação da concorrência
num mercado globalizado; às exigências por agilidade, diferenciação e
inovação contínua; às demandas de aprendizagem e de criação de
conhecimento, para lidar com questões inéditas e surpreendentes que surgem
a cada dia no contexto organizacional. Seu foco principal está orientado para o
desenvolvimento de competências e novos conhecimentos, fontes por
excelência para a conquista de vantagem competitiva sustentável. O modelo
pressupões que a posse de recursos raros, valiosos, e de difícil imitação
confere à organização vantagem competitiva. Tais recursos, por sua vez, são
representados sobretudo pelos conhecimentos e pelas competências das
pessoas que trabalham na organização.
Neste momento do trabalho é importante unificar todo conhecimento de
competência adquirido até agora para entender o modelo de Gestão por
Competências, as informações geradas pelo modelo são o grande diferencial
nas decisões e questões relativas ao capital intelectual.
Muito se fala sobre o assunto, mas ainda existem muitas dúvidas
quanto ao seu conceito e aplicações, forma de implantação, entre outras que
serão aos poucos sanadas no decorrer do capítulo.
Muitas metodologias foram criadas por diversos autores para realizar a
Gestão por Competências, mas poucas instrumentalizam o RH e os gestores
das empresas para fazer gestão e desenvolvimento de pessoas com foco,
critério e principalmente sem subjetividade como “GPC”.
A gestão por competências procura substituir o tradicional
levantamento de necessidades e carências de treinamento por uma visão das
necessidades futuras do negócio e de como as pessoas poderão agregar valor
á empresa. Isso representa uma colossal mudança na abordagem: a troca da
22
visão do presente ou do passado pela visão do futuro e a correção das
carências atuais pela preparação do destino da organização.
2.1 – Conceito
Trata-se de um conjunto de ferramentas, instrumentos e processos que
reunidos, formam uma metodologia de voltada para a gestão estratégica de
pessoas. O projeto permite a definição e a identificação das competências da
empresa e das pessoas, bem como detecta lacunas e direciona as ações de
desenvolvimento.
A Gestão por Competências é a integração de ideias, conceitos, e
práticas de gestão de pessoas.
De forma a fornecer uma visão geral, Leme (2005) relata que Gestão
por Competências é: identificar as competências que uma função precisa;
identificar as competências que o colaborador possui; fazer a comparação das
informações dos itens anteriores identificando o gap (ou lacuna), que é a
distância existente entre os dois pontos, que dizer as competências
necessárias ao alcance do desempenho esperado e as já existentes no
desempenho do colaborador; e a partir daí, traçar um plano de
desenvolvimento para o mesmo
O modelo de Gestão por Competências visa alcançar os objetivos da
organização através do alinhamento da missão, visão e valores; as estratégias
do negócio com as estratégias do capital humano.
A Gestão por Competências: um programa sistematizado e
desenvolvido no sentido de definir perfis profissionais que proporcionem maior
produtividade e adequação ao negócio, identificando os pontos de excelência e
os pontos de carência, suprindo lacunas e agregando conhecimento, tendo por
base certos critérios objetivamente mensuráveis.
Segundo definição de Carbone (2005), Gestão por Competências é
uma metodologia de orientação empresarial para o mercado e para o cliente,
voltada para o desenvolvimento sistemático das competências profissionais
das equipes e dos funcionários, ou seja, a gestão por competências representa
23
um importante sistema de informação estratégica que orienta as ações de
desenvolvimento profissional e organizacional na direção correta.
2.2 – Premissas do modelo de competências
1. Conscientização de que cada tipo de negócio necessita de pessoas
com perfis específicos;
2. Crença de que cada posto de trabalho existente na empresa tem
características próprias e deve ser ocupado por profissionais que apresentem
determinado perfil de competências;
3. Reconhecimento de que aqueles que ocupam funções gerenciais
são responsáveis pela oferta de oportunidades que permitam o
desenvolvimento e a aquisição de novas competências;
4. Percepção de que sempre haverá demanda para o desenvolvimento
de novas competências e que o que hoje é essencial para a boa execução de
um trabalho poderá agregar novas exigências amanhã.
Quanto mais difundida a GPC, maior será o comprometimento, o
entendimento e a aceitação dos envolvidos.
2.3 – Metodologia de implantação
A implantação do modelo de Gestão por Competências é influenciada
por diversos fatores que irão permitir o avanço nesse processo. Por exemplo:
plano estratégico da organização, nível de maturidade gerencial e da área de
RH; sistemas informatizados e integrados de gestão de pessoas; prontidão e
disponibilidade para mudanças.
A maior dificuldade de implantação da Gestão por Competências nas
organizações está justamente na resistência do próprio RH. No entanto, tais
dificuldades podem ser vencidas através de discussões sobre este modelo de
gestão, palestras, cursos externos, entre outros.
24
Um ponto fundamental nesta etapa é a negociação de
responsabilidades, com a participação direta e apoio da direção, definindo o
papel do RH como facilitador do processo.
A gestão por competências, segundo Maria Rita Gramigna (2009) é um
programa que se instala por meio de blocos de intervenção que se sucedem de
forma simultânea ou passo a passo:
2.3.1 – Primeiro bloco: Sensibilização
Para que tenha sucesso, é fundamental obter o envolvimento e a
adesão das pessoas-chave da administração e dos postos de trabalho. A
sensibilização deste público na busca do comprometimento deve fazer parte da
estratégia inicial ao processo.
A sensibilização ocorre de formas variadas:
• Promoção de reuniões de apresentação e discussão do modelo,
para prováveis adaptações à cultura da empresa;
• Realização de fóruns de discussão com o objetivo de detectar as
falhas do modelo vigente;
• Oferta de seminários para os gestores e formadores de opinião,
cujo conteúdo esclareça objetivos, etapas, responsabilidades e
resultados esperados;
• Convite à participação em palestras e em cursos externo que
tratem sobre o tema;
• Uso dos veículos internos de comunicação (jornais, boletins,
revistas) para divulgar de matérias e artigos publicados na
mídia;
• Envolvimento dos componentes da cúpula estratégica, como
porta-vozes da área de recursos humanos.
O trabalho de sensibilização, quando bem estruturado facilita a venda
da ideia à direção da empresa. Na prática, quando um tema é amplamente
25
discutido nos corredores da empresa, passa a merecer a atenção do grupo
gestor.
Partindo-se do pressuposto de que o projeto mereceu a aprovação da
diretoria e pessoas-chave, passa-se à fase de preparação do terreno ou coleta
de dados.
Algumas ações são fundamentais neste momento:
Certificar-se das diretrizes e missões setoriais e verificar se estão
compatíveis com a missão da empresa. Caso contrário, promover seminários
ou reuniões de realinhamento.
Verificar se as unidades de negócio (postos de trabalho) têm suas
atividades descritas de forma objetiva.
Avaliar e discutir os riscos do projeto: custos, rentabilidade, possíveis
insucessos, reações, fatores restritivos.
Definir estratégias para lidar com os riscos, de forma a minimizá-los ou
eliminá-los.
Negociar responsabilidades, participação direta e apoio da direção,
clareando o papel da área de recursos humanos, como facilitador do processo.
2.3.2 – Segundo bloco: Definição de Perfis
O próximo passo consiste em definir as competências essenciais e
básicas, necessárias a cada grupo de funções e delinear os perfis.
As estratégias mais comuns para isso são: reuniões orientadas por
consultorias internas ou externas com a presença da diretoria e pessoas-chave
e workshops e seminários.
Definidos os perfis de competências é necessário atribuir pesos, de
acordo com as exigências de cada unidade de negócios.
Este momento exige alto comprometimento e participação de
profissionais internos, aqueles que detêm informações sobre a empresa.
26
2.3.3 – Terceiro bloco: Avaliação de potencial e formação do
banco de talentos
Neste bloco, a metodologia prevê entrevistas, diagnósticos e
seminários de identificação de potenciais, os quais resultam no BIT – Banco de
Identificação de Talentos.
O Banco de Talentos permite:
Identificar, a partir do perfil estabelecido pela empresa, as pessoas que
estão dentro da média, abaixo e acima das expectativas;
Informar a lacuna (o que a empresa espera e o que a pessoa
apresenta naquele momento);
Desenhar um plano individual de capacitação por competências,
acarretando em considerável redução de custos;
Fornecer feedback sobre o potencial individual;
Tomar decisões relativas a rodízios, promoções, formação de grupos
de sucessão, aconselhamento, remanejamentos;
Preparar as pessoas para a avaliação do desempenho.
2.3.4 – Quarto bloco: Capacitação
A filosofia do modelo de competências tem como âncora a crença no
potencial ilimitado de desenvolvimento do ser humano.
Os dados obtidos até esta etapa permitem a distribuição das pessoas
em quatro grupos distintos:
T – Talentos (alto potencial e alto desempenho)
A grande riqueza das organizações está nos seus talentos. Para
mantê-los, faz-se necessário aproveitar seus potenciais.
Este grupo precisa ser cuidado com muita atenção. Nele podem estar
os futuros sucessores para cargos de maior responsabilidade. É imprescindível
que as empresas mantenham um programa de desenvolvimento específico
para o grupo de talentos, de forma a retê-los.
FT – Futuros talentos (alto potencial e baixo desempenho)
27
Este é um grupo especial. Possuidores de alto potencial, mas com
desempenho abaixo do esperado necessitam de um diagnóstico específico,
que retrate os motivos que levam a esse resultado.
M – Mantenedores (baixo potencial e alto desempenho)
Uma organização precisa de pessoas mantenedoras. Com sua
dedicação, conseguem obter um bom desempenho, mesmo com um potencial
médio.
Para este grupo, é necessário elaborar programas de desenvolvimento
que favoreçam a ampliação e o domínio de competências e um
acompanhamento de resultados mais de perto. Aconselhamento, feedback e
estímulos são bem vindos neste grupo.
AM – Abaixo da média (baixo potencial e baixo desempenho)
Recomenda-se estudar criteriosamente cada caso, buscando dados e
referências sobre o profissional em questão.
Descobrir os motivos do baixo desempenho, verificar se as pessoas se
adequam em outras funções disponíveis na empresa, fornecer feedback sobre
a atual situação e aconselhar, são comportamentos gerenciais que antecedem
a qualquer decisão de desligamento. Pelo fato das pessoas apresentarem
baixo desempenho, não significa impossibilidade de seu aproveitamento em
outra área
2.3.5 – Quinto bloco: Gestão do Desempenho
Este é o bloco que fecha um ciclo do programa de competências.
Após mapear e definir perfis, verificar performances e montar o banco
de talentos e capacitar é chegado o momento de avaliar resultados.
A gestão do desempenho prevê a mensuração de resultados através
de ferramentas e metodologias específicas.
É através da avaliação das performances individuais que o gerente
verifica a evolução ou involução no desempenho das pessoas de sua equipe,
obtendo uma nova base de informações.
28
A verificação do desempenho mantém o foco nas competências
definidas nos perfis, agregadas a atitudes e comportamentos que só podem ser
observadas no cotidiano de trabalho. As unidades de medida devem conter
indicadores que facilitem a verificação.
Uma das estratégias usadas no momento é o feedback em redes.
Importante: O foco principal do modelo de Gestão por Competências é a
integração dos processos de recursos humanos, que visa o desenvolvimento
das pessoas dentro das organizações. Essa é a condição básica para obtenção
de resultados positivos. Uma gestão de pessoas voltada para resultados exige
estratégias de gestão das competências.
Faz-se necessário alinhar as necessidades humanas à estratégia da
empresa, tornando o ambiente de trabalho um espaço de aprendizagem e de
troca de experiências.
2.4 - Ferramentas da gestão por competências
As principais ferramentas da Gestão por Competências são:
Ø Mapeamento e Mensuração por Competências
Ø Seleção por Competências
Ø Avaliação por Competências
Ø Plano de Desenvolvimento por Competências
Ø Remuneração por habilidades e competências
Faremos nesta pesquisa uma breve exposição de cada ferramenta
para facilitar o entendimento e compreensão.
2.4.1 – Mapeamento por competências
Esta etapa exige a participação da direção da empresa e é decisiva
para o desenvolvimento da metodologia de Gestão por Competências. Além
disso, inclui discussões sobre negócio, missão, visão, diretrizes e políticas da
29
organização, bem como define o perfil de competências da empresa e das
pessoas.
Tem como propósito identificar a lacuna de competências, ou seja,
discrepância entre a estratégia corporativa e as competências internas
existentes na organização. O passo inicial desse processo consiste em
identificar as competências (organizacionais e humanas) necessárias para a
consecução dos objetivos da organização, para isso é realizada uma pesquisa
documental que inclui a análise dos documentos relativos à estratégia da
organização. O importante nesta etapa é descrever as competências de forma
objetiva e que possam ser observadas no trabalho, indicando às pessoas o
desempenho esperado.
Feita a descrição de competências, então é possível discutir as
técnicas de pesquisa e procedimentos utilizados para a identificação das
competências relevantes à consecução dos objetivos organizacionais. Para
essa etapa também pode se utilizar a entrevista para mapear as competências.
Após a identificação das competências, passamos a etapa de avaliação do
grau de importância de cada uma para concretizar a estratégia da organização.
2.4.2 - Seleção por competências
Os processos seletivos atuais vêm quase sempre acompanhados de 3
demandas, que podem se tornar um problema em relação a qualidade de um
processo seletivo:
• Investimento financeiro que permita atingir resultados com orçamentos
enxutos;
• Agilidade de resposta: preenchimento da vaga em tempo hábil;
• Qualidade no atendimento: indicação de candidatos que atendam ao
perfil desenhado pelo detentor da vaga
Diante desse cenário de tempo, custo e qualidade, verifica-se a
importância de aplicar essa metodologia de seleção de pessoas que tem por
base a elaboração de um perfil de competências exigidas para o cargo. De
posse desse perfil, o selecionador tem melhores condições de buscar nos
30
candidatos as competências adequadas a melhor execução das funções
desempenhadas pelo cargo em questão. O processo seletivo fica mais objetivo
e pode assegurar melhores resultados para empresa ao escolher o candidato
mais adequado e compatível com a vaga.
Para obter eficácia nesse processo, é essencial que o perfil de
competências a ser identificado esteja bem ajustado á demanda do detentor da
vaga. Mas como fazê-lo?
2.4.2.1- A construção do perfil de competências
Para chegar ao resultado individual, a empresa tem um trabalho
anterior de definição de perfis.
A partir da verificação das competências essências, as unidades de
negócio (ou áreas de trabalho) tornam-se alvo de estudos.
Alguns pontos-chave trabalhados são:
• Revisão da missão empresarial;
• Elenco de competências que cada unidade coloca em uso para
atingir os resultados do negócio;
• Importância de cada competência para que metas e objetivos sejam
atingidos;
• Ponderação de cada competência;
• Priorização das competências que vão compor o perfil a ser
verificado nas atividades para o banco de identificação de talentos;
• Exclusão das competências consideradas básicas e já incorporadas
pela empresa.
As responsabilidades do selecionador neste momento são:
• Definir, com o detentor da vaga, quais os indicadores
comportamentais exigidos pelo requisitante. Exemplos: iniciativa, boa
comunicação e bom relacionamento;
31
• Coletar informações sobre objetivos, metas, desafios e dificuldades
da área e do cargo. De posse desses dados, o profissional de
seleção deve introduzir o conceito de competências;
• Apresentar o elenco de competências importantes para organização,
discutir com o detentor da vaga a respeito do entendimento que
possui sobre cada uma delas. Desenhar o perfil de competências.
Geralmente, se a pessoa domina bem uma competência, esta vem
agregada a outras, que necessariamente não precisam estar
contidas no perfil;
• Clarear para o detentor da vaga o conceito de competências.
Nesse processo de seleção por competências percebe-se um
fortalecimento da parceria entre o selecionador (no caso o departamento de
RH) e o requisitante (que pode ser qualquer departamento da empresa), este é
um dos benefícios dentre outros como: processos seletivos mais consistentes e
objetivos, diminuição da rotatividade e da necessidade de treinamento, melhora
o relacionamento entre o RH e os outros departamentos criando uma
integração, que a metodologia pode proporcionar para organização.
2.4.3 – Avaliação por competências
Essa avaliação, em síntese, significa comparar o trabalho realizado
pelas pessoas com padrões de desempenho previamente definidos, conforme
relatam Brandão e Guimarães (2001).
O desempenho da pessoa revela suas competências, ou seja, é uma
manifestação daquilo que ela é capaz de realizar.
A maioria das organizações adota sistemas próprios para certificar as
competências de seus funcionários, utilizando geralmente instrumentos de
avaliação de desempenho humano no trabalho. Como a competência humana
é expressa em função do desempenho da pessoa, então os mecanismos e
instrumentos de gestão do desempenho profissional servem também ao
propósito de identificar as competências que os funcionários expressam no
32
trabalho. Entre os modelos e métodos mais contemporâneos de gestão do
desempenho muito estudado no meio acadêmico e aplicado no ambiente
organizacional, é possível destacar como exemplo “Balanced Scorecard”
(Kaplan e Norton, 1997) e avaliação 360º ou avaliação de múltiplas fontes,
apenas para caráter de exemplificação.
Outro instrumento utilizado para mensurar a competência humana é a
auto-avaliação, por meio da qual o próprio profissional indica o nível de
importância das competências para o desempenho de seu papel ocupacional,
assim como o grau em que ele domina ou expressa tais competências.
Procuramos dispor dos principais métodos para se avaliar as
competências do capital humano, forma clara e objetiva sem esgotar o assunto.
2.4.4 – Plano de desenvolvimento por competências
Por desenvolvimento por competências entende-se a estruturação do
conjunto de saberes necessários a qualquer funcionário que tenciona levá-lo a
um degrau superior. Este conjunto de saberes é estruturado no conhecimento,
nas habilidades e atitudes exigidas na execução de atividades que se espere
um desempenho maior em qualquer campo do conhecimento humano.
O plano de desenvolvimento por competências pode se utilizar das
informações obtidas na avaliação para prever requisitos relacionados ao plano
de aprendizagem e as necessidades de desenvolvimento do capital humano da
organização.
Promover mudanças de atitude e postura passando da cultura de
“treinamento” para “aprendizagem contínua”. Podemos considerar a Gestão por
Competências um ciclo contínuo de desenvolvimento, que deve responder a
algumas questões-chave no plano de desenvolvimento da gestão de pessoas
como: o que uma pessoa deve conhecer e ser capaz de mostrar, a pessoa
entende e aplica o que sabe, quais treinamentos são necessários para buscar
as competências essenciais e diferenciais.
33
2.4.5 – Remuneração por habilidades e competências
A Remuneração por Habilidades e Competências tem seu papel
fundamental na gestão de pessoas, constituindo uma grande evolução do
modelo tradicional de cargos e salários, buscando corrigir algumas deficiências
em termos de pressupostos e metodologias já ultrapassadas, passando a
alinhar os objetivos da organização com os aspectos inovadores de gestão de
pessoas. Um fator importantíssimo para a implantação desse sistema é a
quebra dos antigos paradigmas do antigo sistema de cargos e salários, onde
ficava implícita característica como rigidez, burocracia, pouca transparência,
direito adquirido entre outros, e passa a abordar uma maior ênfase a pessoas e
times, o plano passa a ter consistência e solidez, gera uma sustentabilidade e
visibilidade sobre o plano e suas características. Passa a agregar valor e
vincula isso ao plano e aos objetivos estratégicos da empresa.
Na construção desse modelo deve-se adotar critérios estratégicos para
o sucesso, entre eles: o entendimento das características do negócio e da
organização, buscando conhecer as variáveis internas e externas que
impactam o desenvolvimento do sistema de remuneração e entender os
objetivos estratégicos da empresa. A partir desses pressupostos podemos
então estar definindo os conceitos adotados sobre habilidades e competências
para a organização a fim de estar definindo a metodologia a ser adotada. Com
isso poderemos passar a visualizar os benefícios gerados, ou seja, a
organização passa a remunerar os seus profissionais por suas características
pessoais (habilidades/competências aplicadas ao trabalho), motiva seus
profissionais a se desenvolverem e se tornarem multiespecializados, de acordo
com as necessidades da organização, adapta este sistema a um novo contexto
organizacional, buscando desenvolver a organização e o funcionário,
transforma a administração de Recursos Humanos em Gestão Estratégica de
Capital Humano, capacitando e flexibilizando os funcionários de acordo com a
estrutura e as necessidades estratégicas, tendo como principal qualidade neste
processo tornar a organização uma “Learning-Organization”.
34
Importante lembrar que a partir do momento que a área de recursos
humanos passa a encarar remuneração não como uma despesa fixa e sim
como um diferencial competitivo para a organização, todos os valores
organizacionais acabam sendo reconhecidos e passam a constituir um
diferencial competitivo com a Gestão do Capital Humano.
As pessoas quando valorizadas e remuneradas de forma variável, em
razão das competências que expressam no trabalho, na expectativa de
obterem maior reconhecimento ou retribuição, sentem-se predispostas ao
desenvolvimento das competências valorizadas pela organização.
2.5 Benefícios da gestão por competências
Os benefícios do modelo de Gestão por Competências são imediatos. A
cada etapa do processo os ganhos podem ser observados. Neste processo
tanto a organização quanto os funcionários saem ganhando, o que pode
facilitar sua aceitação. À medida que este processo vai avançando, os
resultados já podem ser verificados em diversas formas:
• Da otimização e agilidade dos processos de RH;
• Da definição do perfil CHA (conhecimento/habilidade/atitude) de cada
cargo da organização;
• Do comprometimento dos níveis de direção numa revisão disciplinada
dos talentos de liderança;
• Da continuidade da liderança e sustentação aos planos de carreira;
• Da redução de problemas de transição e prevenção de promoções
prematuras;
• Do alinhamento dos investimentos em treinamento às metas
estratégicas da organização;
• Do enriquecimento do perfil dos colaboradores, potencializando os seus
resultados;
• Do alinhamento dos sistemas de seleção entre muitos outros resultados
de valor;
35
• Os profissionais atuam com foco em resultados, com maior chance de
acertos e de identificação de pontos falhos que precisam ser
trabalhados;
• Da melhora do desempenho dos colaboradores;
• Auxilia a organização a enxergar o que realmente precisa para treinar os
colaboradores, evitando-se com isso perda de tempo e de
investimentos;
• Alinha os objetivos e metas da organização e da equipe;
• Reduz a subjetividade na Seleção e Avaliação de pessoas e dá clareza
nos requisitos de contratação que agreguem valor ao negócio, ao
mesmo tempo em que torna a organização um local atrativo para
captação e retenção de talentos;
• Analisa o desenvolvimento dos colaboradores;
• Os líderes e as equipes tornam-se mais fortalecidas e com maior
capacidade de superar desafios, inclusive, aqueles que se não bem
conduzidos podem levar a conflitos e um índice preocupante de estresse
• Melhora o relacionamento entre gestores e liderados;
• Comprometimento dos colaboradores torna-se evidente, pois passam a
ver sentido e valor nas suas atividades, melhorando, consequentemente,
a autoestima e a motivação dos profissionais;
• Extrai o máximo de produtividade de cada colaborador e estimula o
aumento da produtividade das equipes
• Permite que seja realizada uma padronização tanto das competências
técnicas quanto comportamentais, para um profissional que assumirá
um determinado cargo. Possibilitando, ainda, a obtenção de dados para
realizar o levantamento das necessidades de treinamentos, utilizando-se
as lacunas das competências exigidas e existentes;
• O ambiente torna-se participativo, uma vez que as pessoas têm ciência
da importância do papel que exercem na empresa;
• Consciência de que a competitividade faz parte do dia a dia e deve ser
considerada como oportunidade, para que a organização apresente
diferencial significativo no mercado.
36
CAPÍTULO III
GPC COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA
NA GESTÃO DE PESSOAS
A Gestão por Competências (GPC) enquanto ferramenta estratégica na
Gestão de Pessoas propõe compreender quais são as competências
organizacionais críticas para o sucesso empresarial, desdobrá-las em termos
de competências profissionais e desenvolvê-las junto ao quadro de
funcionários. Trata-se de uma metodologia de gestão moderna, focada nos
negócios, no mercado e no desenvolvimento profissional permanente. Trabalha
com o pressuposto que o maior patrimônio das organizações são as
competências de seus funcionários (Davenport, 2001, Edvinsson e Malone,
2001).
Ao implantar a Gestão por Competências, a empresa induz todo o
quadro de funcionários a discutir e focar suas ações no que é fundamental para
a qualidade no trabalho e para o crescimento sustentável da empresa.
A GPC direciona sua ação prioritariamente para o gerenciamento da
lacuna de competências eventualmente existente na organização ou na equipe.
Sob essa perspectiva, minimizar eventuais lacunas de competências significa
orientar e estimular os profissionais a eliminar as discrepâncias entre o que
eles são capazes de fazer (competências atuais) e o que a organização espera
que eles façam (competências necessárias).
O departamento de RH possui um papel fundamental nesse processo na
medida em que seus diversos subsistemas (identificação e alocação de
talentos, capacitação corporativa, avaliação de desempenho, profissional,
remuneração e benefícios, entre outros) podem promover ou induzir o
desenvolvimento profissional e, por conseguinte, a eliminação de lacunas de
competências. Dessa forma, o RH pode orientar suas políticas, planos táticos e
ações, integrando todos os seus subsistemas em torno da aquisição das
competências necessárias à consecução dos objetivos organizacionais.
Esse alinhamento entre a estratégia organizacional e as práticas de
gestão de pessoas, bem como a sinergia entre as políticas e ações dos vários
37
subsistemas de gestão de pessoas gera o que Tilles (1963) denominou
consistência interna da estratégia, ou seja, um impacto positivo cumulativo
dessas políticas e ações sobre o desempenho organizacional.
Alinhando a gestão de pessoas à estratégia organizacional
Fonte: Carbone (2006)
O quadro acima retrata a introdução da variável competência no
processo estratégico de gestão de pessoas. Definida a estratégia
Estratégia Organizacional e Diagnóstico de Competências
Planejamento em Gestão de Pessoas
Educação Corporativa
Identificação e Alocação de Talentos
Orientação Profissional
Remuneração e benefícios
Comunicação interna
Planejamento
Avaliação de Desempenho Profissional
Competências
Subsistemas de Gestão de Pessoas
38
organizacional e mapeado o inventário de competências organizacionais,
profissionais e pessoais, a atuação da área de RH passa a ocorrer de forma
integrada, tendo como insumo principal as competências, que determinam a
qualidade dos trabalhos e garantem resultados.
A adoção de modelos de gestão baseados no conceito de competência
gera impactos sobre a condução dos diversos processos de gestão de
pessoas. A partir da estratégia corporativa e do diagnóstico de competências
organizacionais, torna possível o planejamento de ações de gestão de
pessoas. Essa etapa consiste fundamentalmente em mapear as competências
humanas necessárias para a consecução dos objetivos estabelecidos na
estratégia, realizar um diagnóstico e planejar ações para desenvolvê-las. As
competências humanas identificadas como relevantes às diversas unidades da
organização, por sua vez, devem compor a avaliação de desempenho
profissional, que permite mensurar até que ponto seus funcionários expressam
tais competências no trabalho.
Dessa forma, na Gestão por Competências, os diversos subsistemas
de gestão de pessoas integram-se, de forma alinhada à estratégia
organizacional, visando o desenvolvimento das competências humanas
requeridas para o sucesso da organização.
Para que essa metodologia traga os resultados esperados, é necessário
que as organizações definam as necessidades a médio e longo prazo,
garantindo assim o alinhamento com o plano estratégico. Ter a clareza e foco
no futuro é uma questão de sobrevivência organizacional.
A Gestão por Competências é a integração de ideias, conceitos e
práticas de Gestão de Pessoas. Desta forma, é impossível pensar num RH
departamental, mas sim um RH estratégico e integrado.
39
CONCLUSÃO
A gestão por competência é, sem dúvida, uma nova filosofia de
gerência dos Recursos Humanos de uma organização, graças aos antigos
estudos de modelos de gerir pessoas, paradigmas sobre competência estão
sendo reformulados, o que força os gestores a mudarem suas visões sobre a
gestão de Recursos Humanos e a quebrarem, com isso, velhos paradigmas.
O conceito de competência vem contribuindo também para a valorização
do ser humanos, que agora não é apenas mais um funcionário dentro da
empresa, e sim alguém capaz de se desenvolver e de se tornar um parceiro
fundamental dentro das atividades organizacionais. Alguém no qual os
gestores devem investir e, principalmente, dar maior poder de participação
dentro das decisões e das estratégias da empresa. Visto que as pessoas são
peças chaves para o crescimento organizacional, desenvolver suas
competências significa alavancar o potencial de crescimento da organização.
A Gestão por Competências pode ser implementada como um recurso
para a Gestão Estratégica de Pessoas porque permite que o RH possa
trabalhar no alinhamento dos objetivos da organização e das pessoas,
trazendo benefícios para todos. E ainda possibilita às empresas vencerem os
desafios do mundo globalizado e competitivo em que vivemos, pois seu
objetivo é tornar as pessoas mais competentes para que possam desenvolver
seus trabalhos com maior sucesso e maior eficácia.
Desenvolver competências consistentes não é apenas uma questão de
sobrevivência de uma empresa em um ambiente empresarial cada vez mais
incerto, mas também uma questão de desenvolvimento do país.
40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ARAÚJO,G Luis Cesar. Gestão de Pessoas - Estratégias e Integração Organizacional. Rio de Janeiro: Atlas, 2009.
CARBONE, P Pedro. Gestão por competências e gestão do conhecimento. Rio
de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2005 .
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro:
Campus, 2008.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
DUTRA, S JOEL. Gestão de Pessoas – Modelos, Processos, Tendências e
Perspectivas. Rio de Janeiro: Atlas, 2011.
GRAMIGNA, R Maria. Modelos de competências e gestão de talentos. São
Paulo:Prentice Hall Pearson, 2008.
GREEN, C Paul. Desenvolvendo competências consistentes – como vincular
sistemas de RH a estratégias organizacionais. São Paulo: Qualitymark, 2001.
MAXIMIANO, A C Antonio. Introdução à Administração. Rio de Janeiro: Atlas,
2008.
41
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O que são competências? 09
1.1 – Surgimento das competências 10 1.2 – Construção do conceito 12 1.3 – As três dimensões da competência 15 1.4 – Desdobramento de competências e suas concepções 16
1.4.1 – Competências técnicas X comportamentais 17 1.4.2 – Competências humanas X organizacionais 18 1.4.3 – Competências essenciais X diferenciais 19
CAPÍTULO II - Gestão por competências - GPC 20
2.1 – Conceito 21 2.2 – Premissas do modelo de competências 23 2.3 – Metodologia de implantação 23 2.3.1 – Primeiro bloco: sensibilização 24 2.3.2 – Segundo bloco: Definição de perfis 25
2.3.3 – Terceiro bloco: Avaliação de potencial e Formação de banco de talentos 26 2.3.4 – Quarto bloco: Capacitação 26 2.3.5 – Quinto bloco: Gestão de desempenho 27
2.4 – Ferramentas da Gestão por Competências 28 2.4.1 – Mapeamento por competências 28 2.4.2 – Seleção por competências 29 2.4.3 – Avaliação por competências 31 2.4.4 – Plano de desenvolvimento por competências 32 2.4.5 – Remuneração por habilidades e competências 33 2.5 – Benefícios da Gestão por Competências 34
CAPÍTULO III – GPC como ferramenta estratégica 36
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 41