UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O CRESCIMENTO DO EMPREENDEDORISMO FEMININO

Por: Francisca Luciana Rêgo de Alcântara

Orientador

Prof. Mario Luiz

Rio de Janeiro

2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O CRESCIMENTO DO EMPREENDEDORISMO FEMININO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão Empresarial.

Por: Francisca Luciana Rêgo de Alcântara

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, que

proporciona sempre abundantes

felicidades e realizações em minha

vida. E a todos que direto ou

indiretamente me incentivaram a tornar

mais este objetivo em realidade...

Família, esposo e amigos.

DEDICATÓRIA

A meu tio Graccho Pontes (in memoriam),

que durante a sua vida me incentivou

muito nos meus estudos e que estaria

muito feliz por mais essa conquista e

sonho realizado.

RESUMO

Com as grandes transformações ocorridas no mundo devido à globalização e

um mundo sem fronteiras, a atividade empreendedora vem crescendo cada

vez mais, e isso é fundamental para o processo de desenvolvimento

econômico, cultura e social. Pois abre brechas para que haja uma sociedade

mais desenvolvida e uma melhor distribuição de renda e conseqüentemente

uma igualdade social.

O empreendedorismo é feito por pessoas que visam um crescimento pessoal e

realização profissional, nas quais conseguem identificar novas oportunidades

de negócio que nem todos conseguem ver, estes têm uma visão ampla e

generalizada do que está a sua volta.

Nos últimos anos, as mulheres estão tendo mais espaço na sociedade para

mostrarem seu “feeling” e sua capacidade para o negócio. Assim há um

equilíbrio de homens e mulheres no mercado, já que a mulher é muito criativa,

dedicada e comprometida com o trabalho.

As mulheres cada vez mais buscam a sua dependência financeira, e vêem

uma grande oportunidade quando se tem a possibilidade de abrir um

empreendimento.

Podemos observar na pesquisa da GEM-Global Entrepreneurship Monitor

(2009) que pela primeira vez em 10 anos no Brasil o crescimento do mercado

do empreendedorismo feminino passou o dos homens, houve um crescimento

de 57% das mulheres, enquanto os homens têm 47% de participação, isso

mostra que as mulheres cada vez mais estão entrando e dominando o

mercado de trabalho, pois elas são muito otimistas, guerreiras e tem o seu

molejo feminino de lidar e driblar as dificuldades e preconceitos.

METODOLOGIA

Este estudo foi feito a partir da análise da última pesquisa realizada pela GEM

(Global Entrepreneurship monitor) em 2009 e relatório executivo 2010, maior

estudo contínuo sobre dinâmica empreendedora do mundo. Alem desta fonte

também busquei arquivos de internet, jornais e revistas especializadas no

assunto, além de pesquisas realizadas pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de

Apoio ás micros e pequenas empresas) nos últimos anos e IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística. Busquei focar em livros diretamente

relacionado ao assunto como os do autor Fernando Dolabela que lançou vários

livros sobre este assunto.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .............................................................................................. 8

CAPÍTULO I - Definição do Empreendedorismo

1.1- Definição do Empreendedor. ................................................................. 10

1.2 - Análises Históricas e características do empreendedor ...................... 11

1.3 - Diferença entre empreendedor e administrador. ................................. 15

CAPÍTULO II - Empreendedorismo no Brasil

2.1- Inicio do empreendedorismo Brasileiro ................................................. 19

2.2 - Importância do empreendedorismo para a economia do país ............ 21

2.3 - O perfil da atividade Empreendedora no Brasil. .................................. 21

CAPÍTULO III - Empreendedorismo Feminino.

3.1- A mulher no mercado de trabalho. ........................................................ 24

3.2 - Perfis das mulheres empreendedoras ................................................. 27

3.3 - Dificuldades enfrentadas pelas as mulheres. ...................................... 29

CAPÍTULO IV - Casos de sucesso e fracassos.

4.1 - Caso de Sucesso-Magazine Luiza ....................................................... 32

4.2 - Caso de Sucesso- Mary Kay ................................................................ 34

4.3 - Casos de Fracasso-Banco Santos ....................................................... 37

CONCLUSÃO ............................................................................................... 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................................... 40 BIBLIOGRAFIA CITADAS ............................................................................ 42

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INTRODUÇÃO

Ultimamente tem crescido consideravelmente o número de empreendedorismo

no Brasil, principalmente quando se fala em empreendedorismo feminino, e

isso tem acrescentado muito para o desenvolvimento econômico. Pois devido

a oportunidades e facilidades as pessoas estão se arriscando mais e focando

em realizar seus sonhos de abrir o seu próprio negócio.

As mulheres tem se desenvolvido e amadurecido significativamente em relação

ao seu lado profissional, pois busca sua independência e sucesso e quando se

fala em empreendedorismo, elas se destacam muito em relação aos homens

já que possui características que as tornam um diferencial, principalmente na

hora de lidar com outras pessoas. Elas são muito dedicadas e perseverantes

alem de possuírem uma força de vontade única. Isto é bastante positivo para o

crescimento e desenvolvimento do cenário econômico do país.

O termo empreendedorismo se popularizou a pouco mais de uma década e é

muito subjetivo, pois muitos sabem o que é mais não consegue defini-lo.

Porém ao longo dos anos vários filósofos e escritores se interessaram em

estudar esta mudança ocorrida na sociedade e que foi de grande valia para o

crescimento e desenvolvimento mundial.

Com esta nova mudança social, abriram-se as portas para as mulheres no

mercado de trabalho, apesar de até hoje pleno século XXI ter ainda muito

preconceito e discriminação contra elas, não tendo a valorização que

merecem.

Em geral abriu-se o mercado para o empreendedorismo, no qual muitas

pessoas estão aproveitando, às vezes por necessidade mais muita por

oportunidades. E podemos ver diferentes perfis de empreendedores quando se

faz uma analise das pesquisas realizadas sobre o assunto. É o caso da GEM

(Global Entrepreneurship Monitor) que nos últimos dez anos tem feito diversos

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estudos no Brasil e no mundo sobre o empreendedorismo, alem do SEBRAE,

e outros órgãos de pesquisa. Estes estudos são importantes para o

aprimoramento e aprendizado dos empreendedores.

As mulheres cada vez mais estão se destacando no mercado de trabalho, não

apenas em atividades tipicamente femininas, mas também em atividades que

antes eram direcionadas apenas para o sexo masculino. Elas se destacam

também pelas suas características que é um diferencial na hora de lidar com

pessoas (clientes e fornecedores).

As mulheres tentam também driblar as dificuldades encontradas no que se

refere à vida pessoal, já que hoje elas têm que conciliar o seu trabalho com a

dedicação aos filhos, marido e trabalhos domésticos. Isso é uma grande

barreira a romper, sem deixar prejudicar nenhuma das partes.

Proponho Definir o que é empreendedorismo na visão de alguns autores e

filósofos, e analisar o crescimento e importância do empreendedorismo no

Brasil, o seu perfil, principalmente perfil e características femininas e sua

importância economicamente. Busquei focar o crescimento do

empreendedorismo no Brasil nos últimos anos através da analise das

pesquisas realizadas pela GEM.E busquei mostrar as dificuldades enfrentadas

ate hoje pelas as mulheres.

Alem disso, coloquei dos casos de sucesso no mundo dos negócios, que é o

da Luiza Trajano, do magazine Luiza e da Mary Kay alem de um caso de

insucesso que foi o do Banco Santo que foi um caso de grande impacto para o

Brasil, mostrando como uma má administração leva ao fracasso.

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CAPÍTULO I

DEFINIÇÃO DE EMPREENDEDOR

1.1 - Definições de Empreendedorismo O conceito de empreendedorismo é muito subjetivo, pois todos parecem conhecer, porém não é tão fácil para se definir. Este conceito foi se alterando ao longo dos anos, assim podemos destacar algumas definições de alguns autores consagrados dos últimos séculos. Segundo Robbins (2000) o empreendedorismo é o processo de iniciar um negócio, organizar os recursos necessários, assumir riscos e recompensas. Muitos negócios começam pequenos, recaindo na definição de micro ou pequena empresa. Alves (2008), fala que o termo "empreendedor" surgiu na França por volta dos séculos XVII e XVIII. Em francês, significa: aquele que se compromete com um trabalho ou uma atividade específica e significante. Desde então, o termo tem sido basicamente utilizado através de um olhar meramente economista, com forte viés de uso para a geração de valor econômico e para a exploração das oportunidades de mercado (MESQUITA, 2003). Para o economista austríaco Schumpeter (1934) o empreendedorismo se associa ao desenvolvimento econômico, a inovação e o aproveitamento de oportunidades nos negócios. Segundo Idalberto Chiavenato, empreendedor não é somente um fundador de novas empresas ou o construtor de novos negócios, é mais que isso, é a energia da economia, a alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de idéias,é quem fareja as oportunidades e precisa ser muito rápido, aproveitando as oportunidades fortuitas, antes que outros aventureiros o façam. O termo empreendedor vem do francês entrepreneur, que significa aquele que assume riscos e começa de novo. O empreendedor tem uma importância enorme para o desenvolvimento econômico e social, pois ele mexe com o valor, a cultura, a visão e o modo de vida das pessoas, abre portas e visões nas quais nunca foram explorados. Realiza sonhos, concretizam objetivos, inova e transformam. O avanço da ciência traz a cura e a vida, a tecnologia quebra barreiras e abre a mente, reduz a distância e cresce a esperança. Quando temos pessoas que criam, criam-se mais diversidades e igualdades. E o empreendedor é isso, sonha e faz a gente sonhar junto.

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Contudo, parece que uma definição de empreendedor que atende na atualidade é de Dornelas (2001, p. 37), que está baseada nas diversas definições vistas até então, “o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”. Caracteriza a ação empreendedora em todas as suas etapas, ou seja, criar algo novo mediante a identificação de uma oportunidade, dedicação e persistência na atividade que se propõe a fazer. Então para melhor concluir a definição de empreendedor, cito o conceito de Fernando Dolabela exposto no livro o segredo de Luisa (pag. 23) “O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seus sonhos em realidade” Esta definição é a mais atual e completa, pois para ser um empreendedor antes de qualquer coisa tem que sonhar, e ter objetivos em mente, pois não adianta ter apenas planos se não se tem entusiasmos e força de vontade. E atualmente todo empreendedor começa sonhando, pois muita às vezes falta o mais importante que é o capital para investir e acaba-se levando muito tempo até conseguir concretizar os seus sonhos, mas claro sem perder a esperança, e sem medo de arriscar. 1.2- Análises Históricas e características do Empreendedor. O empreendedorismo iniciou-se de fator em meado da década de 90, ficando mais popular, pois a partir das privatizações das grandes estatais e abertura do mercado interno para as concorrências externas é que se teve a grande ascensão do empreendedorismo. Pois as pessoas passaram a ter oportunidades no mercado, já que é muito difícil concorrer com grandes empresas. Atualmente devido a diversos fatores, está aumentando cada vez o número de empreendedores no país, isso se torna totalmente favorável para o crescimento e desenvolvimento da economia. As transformações que o mundo vem sofrendo nos últimos períodos, principalmente no século XX, revolucionaram o estilo de vida das pessoas, no sentido da geração de técnicas e métodos ou mesmo do reaproveitamento do que já existe, mas que ninguém ousou olhar diferente. Para que essas inovações possam se tornar motivos de sucesso, existem pessoas ou grupos de pessoas com características que são consideradas visionárias, que querem algo diferenciado e fazem acontecer, ou seja, empreendem. Podemos observar no quadro abaixo a evolução ocorrida ao longo dos anos em relação ao desenvolvimento e definições do empreendedor.

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Esta análise foi feita por Dornelas (2008) no qual ele considera que é importante fazer uma análise histórica, desse processo, que é o desenvolvimento da teoria do empreendedorismo. Análise de acordo com Dornellas:

Esta definição abaixo já é o ponto de vista de especialistas em cada área distinta. Esta análise foi feita por FILION, Louis Jaques. Economistas Os empreendedores estão associados à

inovação e são vistos como forças que motivam o desenvolvimento econômico.

Comportamentalistas Atribuem aos empreendedores as características de criatividade, persistência, internalidade (capacidade de influenciar e controlar comportamentos de outras pessoas) e liderança.

Engenheiros e especialistas em Vêem os empreendedores como bons

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Gerenciamento de operações

distribuidores e coordenadores de recursos.

Especialistas em finanças Definem os empreendedores como pessoas capazes de calcular e medir riscos.

Especialistas em gerenciamento Consideram os empreendedores como organizadores competentes que desenvolvem linhas mestras ou visões em torno das quais organizam suas atividades, destacando-se em organizar e fazer uso de recursos.

Especialistas na área de marketing

Os empreendedores são pessoas que identificam oportunidades, se diferenciam dos outros e têm o pensamento voltado para o consumidor. Interessados no estudo da criação de novos empreendimentos

Fonte: Elaborado com base em FILION, Louis Jaques. Diferenças entre sistemas gerenciais de empreendedores e operadores de pequenos negócios. Revista de Administração de Empresas. São Paulo:FGV. V. 39, n. 4, p. 6-20, outubro/dezembro 1999(b), p.12. Podemos dizer que o empreendedorismo vem a partir da idade média mudando-se apenas o seu ponto de vista, já que teve que se adequar as mudanças econômicas,culturais e sociais ocorridas na sociedade ao longo do tempo. Atualmente a maioria dos negócios se inicia pequenos, recaindo da definição de micro ou pequenas empresas, isso ocorre, pois muita às vezes falta estrutura financeira do empreendedor para se iniciar o negócio, mas a força de vontade é tanta que este fato não se torna motivo para se desistir de realizar este sonho. O verdadeiro empreendedor aproveita as oportunidades. Para Filion(1991) Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões. Este conceito do Filion é totalmente atual, pois para ser um empreendedor de sucesso tem que ter muita imaginação e visão de negócio e de oportunidades, não se esquecendo de ter muita coragem e determinação, já que não é fácil entrar em um mercado tal competitivo e globalizado. Para muitos o empreendedor já nasce com algo a mais, porém se observarmos, para ser um verdadeiro empreendedor a pessoa tem que além de ter esta habilidade nata, tem que também lidar com os obstáculos que a vida proporciona, pois se trata de um ser social onde o meio em que se vive influencia bastante em sua formação. Pois muitas às vezes a pessoa tem o

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dom de empreendedorismo, porém a família, estudo, condições financeiras ou meio que vive,acabam sendo barreiras para levar estes objetivos à diante.

Para Dolabella (1999, p. 12),

“O empreendedor tem que ser pró-ativo e aprender a pensar e agir por conta própria, com criatividade, liderança e visão de futuro, para inovar e ocupar o seu espaço no mercado, transformando esse ato também em prazer e emoção”.

A primeira característica de um empreendedor é a motivação da realização, esta é uma característica importantíssima para qualquer pessoa que busca realizar um sonho e busca ser o melhor no que faz, alcançando assim êxodo e sucesso.

Para ser um empreendedor tem que ter algumas características básicas ou como diz Dornelas extra. Vejamos algumas na visão de Dornelas (2001, p.31 a 33).

São Visionárias: Tem visão de como será o futuro do seu negócio e sua vida.

Sabem tomar decisões: Tomam decisões com segurança e na hora certa.

São indivíduos que fazem a diferença: Sabem agregar valor aos serviços e produtos que se propõem a colocar no mercado.

Sabem explorar ao Máximo as oportunidades: Saber identificar oportunidades em coisas que ninguém consegue ver.

São determinados e dinâmicos: Tem determinação e comprometimento no que fazem, quebrando obstáculos, e não gosta de rotinas.

Na visão de Filion (1991) os empreendedores têm as seguintes características além de outras:

São Inovadores: Gostam de renovar e inovar.

Otimistas: Não se abalam com pouca coisa. Tem uma visão mais alem.

Criadores: Tem muita criatividade.

Aprendizagem: Busca sempre aprender algo a mais para colocar em prática.

Já na visão de Idalberto Chiavenato (2004 p. 6-7) pode se disser que para ser um excelente empreendedor devem-se ter três importantes características:

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Necessidade de realização: As pessoas que tem alta necessidade de realização gostam de competir e tem mais ambição e otimismo do que as outras, não se satisfazem com pouco, pois vêem mais alem.

Disposição para assumir riscos: Para ser um empreendedor tem que ser ousado, pois não pode ter medo de assumir riscos financeiros, familiar, sair da estabilidade de um emprego ou até mesmo investir tudo que tem naquele sonho.

Autoconfiança: Este é o primordial, pois tem que ter confiança em si mesmo sempre, pois só assim as coisas vão acontecer, tem que ter muita fé e perseverança, até mesmo para as pessoas de fora poderem compra a sua idéia.

Podemos concluir que as características fundamentais e iguais a todos os empreendedores são a autoconfiança, otimismo, coragem, audácia e um espírito criativo e inovador, pois este sempre está buscando novos caminhos e novas soluções, visando a necessidade das pessoas e claro do mercado, para assim criar proveito das oportunidades.

Pois não basta apenas ter sonhos, tem que ter audácia para realizá-los e muita persistência, pois nem tudo é tão fácil de acontecer.

Tem que está preparado para enfrentar dificuldades e obstáculos e nada melhor do que determinação e energia positiva para passar nestes obstáculos.

Para muitas pessoas o sucesso dos negócios é pura sorte, mas para o empreendedor é o resultado de sua visão acompanhado de ação, pois a cada dia deve-se realizar alguma coisa significativa. O empreendedor ultrapassa as dificuldades com garra e muita determinação. Não reclama das dificuldades, alias aprende com ela.

1.3 – Diferença entre empreendedor e administrador. Poderíamos nos perguntar se realmente há diferença entre administrador e empreendedor, a resposta é sim, apesar de parecer ser a mesma coisa, há diferenças. Para Dornelas (2001)´´Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter sucesso, no entanto nem todo bom administrador é um empreendedor. `` Isso mostrar que um empreendedor aprende a ser um administrador, mas um administrador nem sempre sabe ser um bom empreendedor.

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Antes de existir estudos do empreendedor, já existia do administrador, isso começou na década de XX pelo engenheiro e fundador da Teoria da Administração Henri Fayol ,e ao longo dos anos foi-se aprimorando. Henri Fayol afirma que o administrador concentra-se nos atos de planejar, organizar, dirigir e controlar. Mas nos dias de hoje seria também comunicar,dirigir e motivar as pessoas(liderança),analisar ,tomar decisões e negociar,alem de alocação de recursos. Já o empreendedor segundo Drucker(2003) é aquele que cria algo novo,algo que mude os valores,ou seja,algo diferente.Assim podemos dizer que o administrador está mais ligado ao mundo cooperativo, relacionado ao processo gerencial,em busca de soluções de conflitos e dificuldades que a empresa esteja passando, buscando soluções adequadas e consistentes para a empresa. Já o empreendedor já tem sua visão mais focada no mercado, oportunidades, é mais ousado, visionário, diferenciado, apaixonado pelo que faz, possuindo uma motivação singular, não quer ser mais um na multidão, ao contrário, quer ser reconhecido e admirado. É por meio de uma idéia que o empreendedor inova. Porém todo empreendedor tem que ser um bom administrador para poder tomar decisões adequadas. Pois não adianta apenas ter visão, tem que ter conhecimento global para assim manter seu empreendimento sempre crescendo e se adequando as mudanças do mercado.

O administrador é um profissional totalmente versátil, pois pode trabalhar em

diversas áreas: Recursos Humanos, Marketing, Finanças e Produção.

A maneira de se trabalhar diferencia também o administrador do empreendedor, enquanto o administrador trabalha com base em diretrizes, cultura e paradigmas o empreendedor trabalha mais focando a criatividade, aprendizagem e inovações. Dornelas (2001) fez uma análise das diferenças do domínio do empreendedor e do administrador, comparando em cinco dimensões distintas de negócio. Vejamos no quadro abaixo:

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Diante este quadro podemos dizer que o empreendedor tem seu foco no futuro,tendo sempre estrategias e planos a desenvolver,enquanto o

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administrador está sempre focado no presente se envolvendo mais no planejamento e controle. Podemos dizer que o empreendedor se destaca mais que o administrador,pois ele é mais visionário,mais humano,busca conhecer e melhorar o ambiente que vive,pensa em sempre se desenvolver,aprender e crescer assim se tornando diferente e se destacando dos demais. Já o administrator é mais técnicos e objetivo,busca na teoria a solução dos seus problemas,tem uma visão mais restrita a necessidade apenas empresa Hoje temos que ter a técnica do administrador e a visão do empreendedor para ser destaque no mundo dos negócios.Administrar requer estudos e empreender requer experiência,foco e visão.

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CAPÍTULO II

EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

2.1- Início do Empreendedorismo Brasileiro. No Brasil podemos dizer que o empreendedorismo se iniciou a partir da década de 90, segundo Dornellas (2001) isso aconteceu, pois houve a abertura da Economia, proporcionando a criação de entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software). Pois antes disto o país não tinha um ambiente muito propício tanto politicamente quanto economicamente. O SEBRAE foi criado com o objetivo de informar e dar suporte a abertura de empresas, por meio de consultoria e solucionando pequenos problemas do negócio, hoje é muito procurado por pequenos empresários para cursos de aperfeiçoamento. O SOFTEX já foi criado para ampliar o mercado de software através da importação e incentivar a produção nacional, assim foram criados cursos de capacitação em gestão e tecnologia dos empresários de informática. Com o aumento das importações teve-se controle dos preços e assim o país conseguiu se desenvolver, claro que a entrada dos produtos importados teve seu ponto negativo para o mercado brasileiro, pois muitas às vezes devido ao seu baixo custo de produção, o Brasil não consegue competir com estes produtos, é o caso dos setores de brinquedos e confecções, e atualmente os produtos eletrônicos que compete com os produtos vindos principalmente da China. Tanto os empresários, quanto o governo tiveram que mudar para se adaptarem ao novo mercado. E atualmente os empresários estão mudando o seu comportamento, pois hoje os donos de micro e pequenas empresas buscam conhecimentos para gerenciar o seu negócio, pois viram que quanto mais informações tiverem, mais competitivo será o seu negócio.

Com este incentivo do governo cada vez mais brasileiro teve a possibilidade de realizar seu sonho de abrir seu próprio negócio. Segundo a pesquisa realizada

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pela GEM (2010) entre os membros do G20 a taxa de empreendedores em estagio inicial (TEA) do Brasil foi à maior, seguido pela China com 14,4 % e Argentina com 14,2%, isso significa que cerca de 33 milhões de brasileiro exerceram alguma atividade no ultimo ano.

TAXA DE EMPREENDEDORES INICIAIS (TEA) POR PAÍSES (2009)

Fonte: Bosma; Levie (2010). A TEA é a proporção de pessoas com idade entre 18 e 64 anos envolvidas em atividades empreendedoras na condição de empreendedores de negócios nascentes ou empreendedores a frente de negócios novos, com menos de 42 meses de existência. No Brasil, isso se deu principalmente pela consolidação da estabilidade econômica e a manutenção do regime democrático, criando oportunidades para novas conquistas da atividade empreendedora. Mesmo com a crise mundial econômica o Brasil se manteve firme. Nos países do BRIC, o Brasil também ficou a frente como país mais empreendedor com 17,5%, a China teve 14,4% e a Rússia 3,9%. Podemos dizer que esta alta do TEA no Brasil se deu principalmente pelo aumento de negócios novos. O Brasil apresentou ações que visão o desenvolvimento de programas de ensino de empreendedorismo e potencializou o país perante o mundo. Pois se não houvesse esta iniciativa do governo de especializar os pequenos

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empresários, com certeza não teria esta estabilidade em meio à crise. E ate mesmo os micros empresários se viram obrigados a ter mais conhecimentos.

2.2 - Importância do Empreendedorismo para a Economia do País. O processo de globalização ocorreu rapidamente no mundo, conseqüentemente muitas empresas não conseguiram se manter no mercado, mas o governos com seus novos incentivos ajudou os empreendedores a se manterem firmes , e isso foi bastante importante para o equilíbrio e crescimento econômico. Na visão de Schumpeter, o empreendedor é o agente de mudanças, ou seja, aquele que destrói a ordem econômica existente através da introdução de novos produtos e serviços, através da criação de novas formas de organização e também da exploração de novos recursos e materiais. Mas para que um país possa crescer tem que ter pessoas que façam esta mudança, Pois o empreendedorismo é o motor de um país. E pessoas que sonham e tem idéias são importantíssimos para o desenvolvimento e crescimento econômico.

2.3 – O perfil da atividade Empreendedora no Brasil. O nível de atividade empreendedora no Brasil é alto, tanto por necessidade, isso ocorre devido ao desemprego, pela falta de reconhecimento, falta de oportunidade na empresa onde trabalha, ou pela baixa remuneração, na maioria das vezes o empreendedor abre a sua empresa devido à necessidade de se inserir no mercado de trabalho. Mas tem aqueles que abrem um negócio por oportunidades, pois ver no ambiente onde vive uma grande oportunidade de empreender. No Brasil desde 2003 os empreendedores por oportunidades são maiores que os por necessidade, sendo superior a 1,4%. Empreendedorismo por oportunidade ocorre quando o indivíduo identifica uma oportunidade de negócio, ou seja, escolhe o empreendimento dentre as diversas e possíveis opções existentes no mercado. Segundo Greco (apud IBQP, 2009), “o empreendedorismo por oportunidade, em geral é caracterizado pela criação de empresas de maior complexidade organizacional, maior nível de tecnologia e maior conhecimento de mercado por parte do empreendedor.” Empreendedorismo por necessidade ocorre quando o indivíduo sente-se forçado a iniciar o próprio negócio por não haver outras opções de trabalho ou por estar insatisfeito com as condições do trabalho existentes. E, em geral,

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demanda menos recursos e um nível menor de serviços devido a sua baixa sofisticação operacional e tecnológica. Em 2010 para cada empreendedor por necessidade havia outros 2,1 que empreenderam por oportunidades. Veja no gráfico abaixo: RAZÃO ENTRE EMPREENDEDORES POR OPORTUNIDADE E NECESSIDADE (TEA E NASCENTES) BRASIL

(2001-2009)

0

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 ANO

Oportunidades: Linha e bola ****** Necessidade: Linha e quadrado

Fonte: Pesquisa Gem 2001 a 2009.

Percebe-se que a difusão do empreendedorismo no Brasil nasce principalmente por conveniência do governo e necessidade de muitos trabalhadores que saíram das grandes estatais depois do processo de privatizações. Podemos dizer que o tipo de empreendedores no Brasil tem bastante equilíbrio tanto em relação o gênero e idade. O numero de mulheres empreendedoras são de 53% e de homem 47% segundo a última pesquisa da GEM(2009). E podemos ainda dizer que o Brasil tem uma das maiores taxas de empreendedorismo feminino do mundo. Alem do Brasil apenas a Guatemala e a Tonga têm o número de empreendedores feminino mais elevado do que o masculino. Em relação à faixa etária dos empreendedores a pesquisa GEM (2009) nos mostra que teve aumento em quase todas as faixas etárias exceto entre os mais jovens (18-24 anos). A maior taxa etária de empreendedores é entre 34 aos 44 anos com 18,7% diferentemente de outros paises que tem a faixa de 25 a 34 anos, mas em relação à proporção, mais uma vez a faixa etária fica entre 25 a 34 anos no qual se concentra 31,7% empreendedores brasileiros.

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Veja mais detalhado o quadro abaixo.

Fonte: Pesquisa GEM 2009 Em relação do tipo de empreendimento abertos no Brasil, vemos que a maioria são criados para atendimento ao consumidor final. É um tipo de negócio com propensão á informalidade, pela baixa necessidade de recursos financeiros (este sendo o grande desafio de quem quer abrir um negócio, pois a maioria tem baixa renda para iniciar e encontra dificuldades para conseguir financiamento, principalmente por parte dos bancos, já que o país ainda não possui uma política de incentivo mais intenso) e pela simplicidade organizacional. Podemos destacar quatro atividades de preferência dos empreendedores que são: Comércio Varejista (25%), Alojamento e alimentação (15%), Atividades imobiliárias e alugueis (13%) e indústria de transformação com 10%. Os homens têm preferências na área mais ligada ao comércio varejista e atividade mobiliaria, seguido de alojamento e alimentação. Já as mulheres preferem atuar no comercio varejista, alojamento e alimentação e serviços domésticos. Verifica-se também que empreendedores com menos escolaridade preferem atuar em atividades voltadas a construção enquanto os com mais idades (acima de 11 anos de estudo) preferem as atividades imobiliárias (atividades voltadas a assessoria e consultoria de empresas) e aluguel.

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CAPÍTULO III

EMPREENDEDORISMO FEMININO

3.1 - A mulher no mercado de trabalho. Por muitos anos as mulheres se viram excluídas do mercado de trabalho, e até hoje em pleno século XXI, ainda sofrem um pouco de preconceitos e discriminação. Desde os anos 70 as mulheres vêm conquistando seu espaço no mercado de trabalho brasileiro e nas ultimas três décadas a participação da mulher na força de trabalho praticamente dobrou, sendo que mais da metade das mulheres trabalham (Robbins, 2000). Podemos dizer que isto ocorre devido ao aumento da população feminina, Pois elas já representam mais da metade da população brasileira. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, a população brasileira em 2010 é de 190.732.694 milhões de habitantes. Desse total 97.342.162 são mulheres e 93.390.532 homens. E a cada estudo realizado, aumenta este numero de mulheres e conseqüentemente a tendência é delas estarem mais ativa no mercado de trabalho. Outros motivos para este crescimento ativo feminino no mercado de trabalho foram à mudança dos padrões culturais e sociais e também as mudanças feitas por elas mesmas, como a queda da taxa de fecundidade, maior escolaridade, acesso ao ensino superior e a queda da renda masculina, estes foram de grande importância para esta mudança de padrões.

Quando se analisa a taxa de fecundidade no Brasil, em pouco mais de 40 anos, a taxa de fecundidade brasileira passou de 6,2 filhos por mulher, até 1960, para dois filhos, em 2006 e atualmente segundo a ultima pesquisa realizada em 2009 esta taxa está em 1,94, este índice foi divulgado, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)-2009.

Esta redução da fecundidade ocorre não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, onde as mulheres estão tendo mais instruções sobre como se prevenir de uma gravidez indesejável, estão tendo mais acesso a uso de anticoncepcionais. Hoje, não apenas as mulheres de classe alta, mas também as mulheres de classes baixas planejam o número de filhos que querem ter.

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Em relação à taxa de escolaridade as mulheres têm mais escolaridade que os homens, Em 2008, na área urbana, a média de escolaridade das mulheres ocupadas foi de 9,2 anos de estudos, enquanto para os homens foi de 8,2. Na área rural, a média de anos de estudo, apesar de estar em patamares mais baixos, também é favorável às mulheres (de 5,2 e 4,4 anos de estudos). Entre as pessoas com 12 ou mais anos de estudo (nível superior completo ou incompleto), a desigualdade entre homens e mulheres é ainda maior. Verificou-se, em 2008, que no Brasil, de cada 100 pessoas com 12 anos ou mais de estudo, 56,7 eram mulheres e 43,3 eram homens. As mulheres devido a se dedicarem mais anos em estudos, entram no mercado de trabalho mais tardio do que os homens, e mesmo tendo mais escolaridade continua ganhado bem menos que os homens recebendo salários em média 30% menores do que eles. A relação de desigual poderia ser explicada, em parte, pela maior inserção das mulheres no setor de serviços e em ocupações de baixa remuneração e qualificação.

As mulheres hoje buscam a sua auto-eficiência e auto realização, contudo querem suprir também as suas necessidades financeiras. E esta ultima é os que mais as levam a empreender já que ainda encontra dificuldades no mercado de trabalho.

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Segundo Arroio e Régnier (2001) o crescimento das mulheres no mercado de trabalho vem associado também à transformação nas relações familiares e conjugais, isso é verídico e bastante atual, pois as mulheres estão cada vez mais sendo referencia no domicilio, onde em pesquisa realizada pelo IBGE com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2006 (PNAD),mostrou que enquanto em 1996 essa posição era ocupada por pouco mais de 10 milhões de mulheres, em 2006, o número havia subido para 18,5 milhões. O aumento foi de 79% enquanto as casas lideradas por homens cresceram 25%.

Foto: Marcos Veiga/iG

E ainda analisando esta pesquisa realizada pelo IBGE houve também aumento no numero de mulheres casadas e que assumem financeiramente as despesas da casa. Esse percentual saltou de 9,1% em 1996 para 20,7% em dez anos.

Analisando a independência das mulheres, Raposo e Astoni (2007) ressaltam que foi muito importante esta iniciativa em reivindicar seus direitos, mas que através dessa atitude vieram muitas responsabilidades também. A atuação das mulheres empreendedoras favorece muito o desenvolvimento econômico de diversas localidades, e hoje as empresas já estão identificando o grande potencial feminino, e passaram a dar mais créditos e valorização para elas, dando-lhes cargos de confiança que antes eram designadas apenas para os homens.

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A posição das mulheres em cargos de chefia como presidência, diretoria ou gerência está aumentando muito segundo pesquisa realizada pelo Catho Online, nos últimos 13 anos houve um aumento de 12,88% onde atualmente elas já ocupam 21,88% destes cargos (DELLA VALLE, 2010). Isso é muito positivo, pois mostra que elas estão sendo valorizadas pela a sociedade e estão firmando seu lugar no mercado de trabalho. Atualmente no Brasil o nível de empreendedorismo está em constante equilíbrio do que se refere ao gênero. As mulheres brasileiras são as que mais empreendem no mundo. Em 2009 segundo a pesquisa GEM o número de empreendedoras femininas no estagio inicial foi de 53% em relação aos homens que foram de 47%.Já em 2010 esta analise foi equilibrada onde os homens ficaram com 50,7% e as mulheres 49,3%.Fazendo uma comparação em relação ao número de pessoas isso se refere a 21,1 milhões de empreendedores, no qual destes, 10,7 milhões são do sexo masculino e 10,4 milhões do feminino. Veja no gráfico abaixo uma análise mais ampla em relação ao nível em outros países e no Brasil. Países do GEM ordenados segundo os níveis de participação da mulher na atividade empreendedora em estágio inicial (TEA) por grupos econômicos – 2010 – Proporção (%)

Fonte: GEM Global Report 2010

3.2 - Perfis das mulheres empreendedoras. As mulheres brasileiras têm participado ativamente no cenário empreendedor, motivadas por sobrevivência, e maior participação em

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negócios iniciais em detrimento dos empreendimentos estabelecidos (GEM, 2005).

Estas mostram características muito pessoais quando se refere a empreendedorismo. As mulheres são mais flexíveis, tolerantes, orientadas a resultados, criativas, realistas e tem facilidade no contato social. Elas também tendem a ser mais intuitivas que os homens, já que tem mais autoconfiança no que estão dispostas a fazerem. Segue abaixo algumas características femininas que é muito importante e significativo para o sucesso de um empreendedor: 1. Intensidade: Em tudo que fazem, elas se dedicam integralmente. 2. Afetividade: Sabe como ninguém ser afetuosa e guerreira, gentil e exigente. 3. Aptidão para a Negociação: Sabe apresentar as idéias levando em conta prazos. 4. Humildade: Valoriza as idéias dos outros, e sabe dizer "não sei fazer tal atividade" e pede ajuda - mostrando-se pronta para aprender. 5. Responsabilidade: Cumprimento de prazos, prometendo o que poderá cumprir. 6. Alto Astral: Sua necessidade de comunicação oral impulsiona risadas e boas histórias. Ela sempre tem um comentário a mais por fazer. 7. Excelente ouvinte: Apesar de falar muito, também sabe ouvir e compreende com mais facilidade as necessidades dos outros. Ela sabe como dar um tempo aos outros e também para si. 8. Importância ao Autoconhecimento: Por ser extremamente assertiva a mulher analisa constantemente suas habilidades e dificuldades. 9. Organização: Começo, meio e fim, esta é a seqüência e a dinâmica de suas ações. 10. Flexibilidade: Por sua necessidade constante em cumprir vários papéis ( dona de casa, mãe, esposa, profissional, etc) desenvolveu a capacidade de adaptação as mais variadas situações. Enfim, a mulher empreendedora se motiva principalmente pela busca da realização e por conseqüência, a felicidade. Eis porque ela esta despontando em tantos setores empresariais. Seu sucesso é tão evidente por uma simples questão, a felicidade é chegar ao seu limite de competência para melhorar sua vida e a dos outros.

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Podemos dizer após algumas pesquisas realizadas no país que a maioria das mulheres empreendedoras vem de família que os pais ou algum membro dela são ou foram empreendedores, e na maioria elas são filhas únicas ou primogênitas, assim tendo maior estimulo dos pais a serem autoconfiante. A maioria das mulheres tem mais escolaridade que os homens (em media um ano e meio), e a maioria são casadas e tem filhos. O Relatório GEM de 2007 mostra que, entre 1996 e 2006, o número de mulheres indicadas como “chefe de família” aumentou 79%, quando essa variação em relação aos homens foi de apenas 25%. Este mesmo relatório (GEM, 2007, p. 10) detecta também que:

A necessidade é fator de motivação para as mulheres iniciarem o empreendimento. Enquanto 38% dos homens empreendem por necessidade, esse percentual aumenta para 63% para as mulheres. A maioria dos empreendedores, independente de seu estágio e motivação, não teve orientação para a abertura de seus negócios. Contudo, é relevante frisar que os empreendedores por oportunidade demonstram mais interesse em buscar orientações (45,3%) que aqueles que empreendem por necessidade (37,5%).

As mulheres em geral são muito dedicadas e comprometidas no que fazem e isso é muito importante para o sucesso. 3.3 - Dificuldades enfrentadas pelas as mulheres no mercado de trabalho. As mulheres enfrentam bastantes dificuldades até hoje para entrar e se manterem no mercado de trabalho. Quando se trata em trabalhos em geral, elas possuem o impasse de terem ainda discriminação pelo fato de serem mulheres, popularmente podemos dizer que ainda existe machismo e acabam tendo renda menor que os homens apesar de trabalharem mais e de serem mais qualificadas do que os homens. Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram que, no mercado formal, as mulheres de todos os níveis de escolaridade ganham menos do que os homens com o mesmo grau de formação.

Entre os analfabetos, a renda média mensal em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 614,80 para os homens, enquanto para as mulheres trabalhadoras ficava em R$ 506,95. Esse fenômeno se verifica entre os trabalhadores com

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formação em nível superior. A média salarial para esse grau de instrução, à época, era de R$ 3.461,82. No caso dos homens, essa renda subiria para R$ 4.623,98. Se o assalariado fosse mulher, o salário seria de R$ 2.656,47.

E quando se fala em empreendedorismo feminino as dificuldades são maiores, já que elas enfrentam a dificuldade de falta de incentivo pelo governo, falta de uma educação e cultura empreendedoristica, já que apesar do Brasil hoje ser um dos países que tem maior índice de empreendedorismo, elas tem ainda o impasse de não possuir uma política voltada para isto já que o país possui uma das mais altas cargas tributária. Conseqüentemente enfrentam muitas burocracias para abrir um negocio como falta e acesso a capital, taxas de impostos altos entre outras.

Outras dificuldades enfrentadas por mulheres na condição de empreendedora foram identificadas por alguns estudiosos, tais como:

(1) dificuldades de autoconceito e aceitação (MACHADO, 2002);

(2) falta de suporte afetivo e social (CARREIRA, AJAMIL e MOREIRA, 2001);

(3) dificuldade para atuar no mercado internacional (ORSER e RIDING, 2000);

(4) dificuldade de financiamento;

(5) dificuldade de acesso a redes e falta de mentores;

(6) tamanho das empresas (STILL e TIMMS, 1998);

(7) falta de tempo (CAIXETA, 1999; STILL e TIMMS, 2000);

(8) dificuldade em conciliar trabalho e família (CARTER e ALLEM, 1997);

(9) dilema entre a obrigação e o desejo (BELLE, 1994);

(10) ausência de modelos de referência de empreendedoras (WILKENS, 1989; FILION, 1999a; FILION, 2000).

Em pesquisa realizada por GOMES (2004) podemos ter uma analise geral das diversas dificuldades enfrentadas pelas as mulheres, veja no gráfico abaixo:

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Figura 1: Dificuldades enfrentadas para ser empreendedora Fonte: GOMES (2004)

Segundo a pesquisa realizada por GOMES (2004), nota-se que a mulher que trabalha fora tem uma grande dificuldade de conciliar trabalho e família, já que a maioria das mulheres empreendedoras tem filhos e marido e precisam dividir seu tempo sem prejudicar nenhum dos lados. No inicio de qualquer abertura de micro empresa tem que se ter bastante dedicação e tempo para poder se dedicar totalmente ao empreendimento, então elas acabam tendo que deixar a sua vida familiar de lado para se dedicar a este objetivo de vida.

Já a dificuldade de obtenção de financiamentos parece ser uma dificuldade de qualquer gestor, independente de sexo, e que atinge mais as empresas de micro e pequeno porte. Já as empresa de médio e grande porte não encontram tanta dificuldade a obtenção de financiamento.

STOLKE (1980) ao estudar a mulher no mundo do trabalho concluiu que não são as diferenças fisiológicas que explicam as hierarquias sociais, mas o uso social que é feito delas e o significado que lhes é atribuído. Assim a igualdade entre homem e mulher não será garantida pela eliminação de suas diferenças.

"O que é necessário é a eliminação dos privilégios de classe e das formas de dominação hereditários, para os quais a manutenção da subordinação das mulheres é tão fundamental quanto à exploração do trabalho" (STOLKE, 1980, p. 113).

Portanto, conhecer as raízes sociais e culturais deste pensamento é necessário para que a condição de subordinação feminina seja revista.

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CAPÍTULO IV

CASOS DE SUCESSO E INSUCESSO

4.1 -Caso de Sucesso –Magazine Luiza

Luiza Helena Trajano

Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues é referência em empreendedorismo feminino. Atual presidente da rede Magazine Luiza, iniciou na empresa como vendedora, e participou de todo o processo de expansão da empresa. A rede Magazine Luiza, empresa varejista, foi fundada em 1957, no interior de São Paulo, por Pelegrino José Donato e Luiza Trajano Donato, tios de Luiza Helena. Iniciou, nos anos 80, um plano de expansão para outros Estados. Na década de 90, o cenário econômico estável por conta do Plano Real contribuiu. ainda mais para esta expansão. Hoje, a rede está presente em 338 cidades brasileiras. Além disso, foi pioneira no mundo a utilizar o conceito de varejo virtual, e as vendas por credito é o ponto forte do Magazine Luiza. Mais de 80% das vendas são feitas por meio de financiamento. As ações de marketing também são fortes diferenciais que Luiza Helena utilizou para construir uma marca sólida e inovadora, alem de um tratamento diferenciado aos seus funcionários como, por exemplo, eles não possuem metas individuais e sim cada loja tem de cumprir uma meta geral e é isso que aumenta os bônus dos funcionários no final do mês.

A inovadora forma de administrar instituída pelo Magazine Luiza ganhou fama internacional. Em 2006, um pesquisador de Harvard Business School (EUA) acompanhou a rotina das principais lideranças da empresa. O estudo verificou que o segredo do sucesso do Magazine Luiza está em atingir as classes C, D e E, com ganho de escala, e permanente imagem de confiança. Em 2007, a história da empresa tornou-se um dos casos permanentes, estudados pelos alunos de Harvard, nos EUA, uma das mais importantes instituições de ensino do mundo.

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Atualmente o Magazine Luiza é conhecido como um dos gigantes do varejo nacional, contando com mais de 604 lojas (virtuais e tradicionais) espalhadas em sete estados brasileiros e conta com aproximadamente 17.300 funcionários.

Seu foco atual é conquistar maior liderança de mercado junto à rival Casas Bahia. Para isto vem buscando novas regiões para melhorar sua atuação. A cada ano são planejadas estratégias de aquisições de novas lojas pelo Brasil.

Seu faturamento no ano de 2009 foi de R$ 3,8 bilhões e a previsão deste ano, com a aquisição das Lojas Maia, é de R4 5,7 bilhões de Reais.

O Magazine Luiza atua no varejo no competitivo mercado dos móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, celulares, informática, brinquedos e utilidades domésticas. As táticas de venda são agressivas e direcionadas às classes C e D, oferecendo prazos longos e prestações atrativas que fazem o preço final do produto dobrar, mas permitem a compra de itens considerados “de luxo” pela população das classes sociais acima descritas.

Além das lojas de departamentos e das unidades virtuais, o Magazine Luiza também atua como financeira através do Luiza Cred, em parceria com o Itaú Unibanco, além de ter consórcio próprio (Consórcio Luiza) e o LuizaSeg, fruto da parceria com o banco Cardif, que fornece soluções em seguros, como o Luiza Odonto, Luiza Vida e o Luiza Residencial.

Nesta pesquisa realizada pela Harvard Business School (EUA) tentou-se explicar, ao menos parcialmente, o que existe por trás de tamanho crescimento e destaca-se:

• Agilidade nas decisões – não ter medo de mudar rotas e quebrar paradigmas pré-estabelecidos, tudo em nome do crescimento da rede.

• Liderança pujante – Maria Luiza Trajano consegue transmitir seu entusiasmo através de ações pró-ativas e atitudes de liderança positivas.

• Fidelidade dos funcionários – todos os colaboradores sentem-se como parte integrante de uma equipe graças a uma estrutura que permite que ideias possam ser ventiladas e até utilizadas e uma autonomia rara em redes de varejo semelhantes. Os vendedores podem decidir sobre cessão de crédito e descontos, cobrar que atrasa carnês. E os resultados conjuntos são divididos por toda a equipe.

• Manutenção dos valores da empresa – mesmo quando se trata de funcionários de lojas recém-adquiridas, vale a mesma regra: todos precisam falar a mesma língua. Treinamentos, dinâmicas, confraternizações (muitos deles com a participação da CEO Maria Luiza) e o que mais for preciso são usados para manter a coesão da cultura de trabalho do Magazine Luiza.

• Não ter medo de ousar e ser pioneira – criar uma financeira? Lojas Virtuais? Novas formas de e-commerce? Promoções inovadoras? O

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Magazine Luiza tem disposição para se manter na vanguarda e ser ponta-de-lança de tendências futuramente adotadas como padrão no varejo.

Desde 2003 o Magazine Luiza faz parte da lista das melhores empresas para se trabalhar no Brasil, segundo dados do Great Place to Work Institute, sempre entre as dez mais bem colocadas, sendo que no primeiro ano de certificação foi a primeira colocada.

4.2 -Caso de Sucesso - Mary Kay

“faça aos outros o que você gostaria que fizessem com você mesmo”. Mary Kay

A história da empresa começou quando Mary Kay Ash, após 25 anos no negócio das vendas diretas, renunciou à sua posição de Diretora Nacional de Vendas, quando para o seu lugar foi promovido um homem com o dobro do seu salário. Sua resposta foi visionária. Primeiro, começou a escrever um livro que ajudaria mulheres a conquistarem oportunidades que haviam sido

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negadas a ela. Mas logo percebeu que estava criando um plano de negócios que poderia fazer muito mais do que simplesmente dar conselhos. Esse livro constituiu a base de uma nova oportunidade, na qual mulheres poderiam desenvolver seus talentos e alcançar sucesso ilimitado.

Assim, em 1963, com toda a experiência adquirida, seu plano de negócios montado e uma economia de US$ 5 mil, ela pediu ajuda a seu filho Richard, que na época era apenas um jovem de 20 anos, e a nove Consultoras de Beleza, e criou a BEAUTY by MARY KAY.

A empresa começou vendendo produtos de qualidade, como maquiagens e para o cuidado da pele, que além de realçar a imagem da mulher proporcionavam uma incomparável oportunidade de negócios para ajudar estas mulheres, muitas delas sem educação formal, a alcançarem o sucesso financeiro e satisfação pessoal. Era uma empresa, como a própria Mary Kay Ash dizia, “com coração”.

No início da década seguinte, em 1971, a empresa inaugurou sua primeira subsidiária internacional na Austrália. Era apenas o início de um enorme processo bem-sucedido de internacionalização da marca MARY KAY, que ingressaria no mercado canadense em 1978. Em 1980, Shirley Hutton se tornou a primeira Diretora de Vendas Independente a alcançar mais de US$ 1 milhão em vendas. Em 1989, se tornou uma das primeiras empresas a implantar um programa corporativo de reciclagem de embalagens, e em seguida proibir testes em animais. Essas ações foram acolhidas com simpatia pelos consumidores em uma época que a responsabilidade social das empresas era pouco divulgada e implantada.

Na década de 90 a empresa experimentou uma verdadeira explosão global ingressando em mais de 20 novos mercados como Nova Zelândia, Espanha, Suécia, Chile, Malásia, Noruega, Rússia, Japão e China. No Brasil, a empresa chegou exatamente no mês julho de 1998 e atualmente figura entre os grandes players do setor.

O grande diferencial da empresa é oferecer às suas Consultoras de Beleza Independentes um plano de desenvolvimento profissional estruturado que possibilite que elas sejam donas de seu próprio negócio e responsáveis por seu desenvolvimento profissional e financeiro. Para isso, a empresa possui programas de incentivo que incluem materiais educacionais, bonificações, prêmios em jóias, viagens internacionais e até o direito de uso de um carro cor-de-rosa, ícone da marca no mundo todo.

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Os princípios da fundação da empresa são marcados pela simplicidade e pela perenidade. Mary Kay Ash adotou a Regra de Ouro como princípio básico, pois, para ela, a determinação do melhor caminho a ser seguido em qualquer tipo de situação – pessoal ou profissional – se tornaria simples tendo por base a seguinte sentença: “faça aos outros o que você gostaria que fizessem com você mesmo”. Mary Kay também acreditava que as prioridades da vida deveriam estar balanceadas, o que significaria: “fé em primeiro lugar, família em segundo e carreira em terceiro”. Tendo isso em mente, ela sempre afirmava: “quando as prioridades da sua vida encontram-se balanceadas, todo o resto vai bem”. Quando viva Mary Kay sempre incentivou os membros de sua força de vendas a oferecerem suporte e reconhecerem as realizações dos outros – não importando quão pequenas fossem elas.

Ela morreu no dia 22 de novembro de 2001. Mary Kay foi reconhecida por suas conquistas por meio de numerosas premiações e honrarias como a maior mulher empreendedora da história dos Estados Unidos, segundo a Universidade de Baylor em 2003; título de “A Mulher de Maior Destaque na Área Empresarial no Século XX” concedido pela Lifetime Television em 1999 entre outros prêmios.

4.3 -Caso de Insucesso – Banco Santos

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O Banco Santos S/A foi uma instituição financeira (criado em 1996) de investimento de atacado liquidada pelo Banco Central do Brasil em 2004. Tinha como principal controlador o economista Edemar Cid Ferreira, e sua falência foi decretada em 20 de setembro de 2005 pela 2ª Vara de Falências e de Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo – Foro Central Civil (através do Processo nº 000.05.065208-7). O processo de falência do Banco Santos teve início em 12 de novembro de 2004, quando o Banco Central decretou sua intervenção. Suas contas estavam se deteriorando muito rapidamente, e os investidores passaram a fazer saques em massa. O déficit patrimonial do banco estava avaliado em 700 milhões de reais e por isso o banqueiro Edemar Cid Ferreira e os diretores do banco foram afastados do controle. Vânio Cesar Pickler Aguiar foi nomeado como interventor, cuja responsabilidade era apurar possíveis irregularidades cometidas por Edemar e pelos diretores do banco, levantando as informações necessárias para futuras decisões. Como medida de emergência, determinou-se que os clientes do banco poderiam sacar de suas contas, poupanças e investimentos o valor máximo de 20 mil reais. Os demais recursos ficariam bloqueados à espera de decisão futura, e fariam parte da massa falida do banco.

Após a intervenção, o déficit do Banco Santos foi recalculado pelo Banco Central: ele tinha alcançado a marca de 2 bilhões de reais.

A má administração do Edemar Ferreira levou um dos mais importantes bancos do país ao caos total.

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CONCLUSÃO

Apesar de o empreendedorismo ter crescido significativamente nos últimos anos de acordo com várias pesquisas realizadas, e ser de suma importância para o crescimento e desenvolvimento do país, ainda falta muita política de apoio e incentivo para abertura de novos negócios, já que as maiores dificuldade de empreender no país é a dificuldade financeira, falta de acesso a novas tecnologias, inúmeros impostos com taxas elevadas (Nisso o Brasil está sempre entre os primeiros da lista mundial) falta de conhecimentos administrativos, falta de conhecimento do mercado e sacrifício da vida familiar e pessoal.

Mas podemos dizer que o empreendedorismo já teve um grande salto

na sociedade, abrindo portas para muitas pessoas que por necessidade ou por oportunidades tinha o objetivo ou mesmo sonho de abrir um negocio próprio. As pesquisas, estudos e abertura de órgão como o SEBRAE foi de grande importância para o desenvolvimento, aprendizagem e aprimoramento para quem quer abrir a sua empresa, pois para se manter no mercado tão globalizado, com constantes avanços tecnológicos e científicos, tem que conhecer bem o mercado e focar onde tem mais oferta e demanda e onde é mais favorável abrir o negocio e, alem da rentabilidade e perspectiva de crescimento, para que não corra o risco de fracassar.

As mulheres estão cada vez mais ingressando no mercado de trabalho

e o mais importante é que elas buscam a qualificação profissional e estudam, já que pela analise feita neste trabalho vemos que elas possuem taxa de escolaridade superior aos dos homens. Conclui-se que a inserção das mulheres no mercado de trabalho foi fundamental para mudar a forma de se empreender já que elas possuem características únicas, porém elas enfrentam até hoje muitas dificuldades tanto pela sociedade que ainda tem muito preconceito, quanto na administração da sua vida pessoal (família, marido e filhos) com a sua vida profissional.

Pela sociedade, elas ainda têm a mão-de-obra muito desvalorizada, no

qual exercem muitas às vezes funções similares aos dos homens mais ganham bem menos, no geral 30% a menos. Alem disso elas acabam sendo cotadas para fazer trabalhos menos remunerados, em geral trabalhos domésticos. Mas hoje está mudando muito já que elas já exercem trabalhos que antes eram apenas do sexo masculino, como trabalhos em construção,militares,naval, quebrando alguns tabus, e estão lutando pelo seu espaço, pois vemos que tem muitas mulheres que estão sendo exemplos como empreendedoras e profissionais executivas, como o exemplo citado da Luiza Trajano e da Mary Kay, além de mulheres em altos cargos de grandes empresas como a Andreia Jung presidente da Avon.

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Em relação à vida pessoal as mulheres têm dificuldade de organizar o lado familiar e profissional principalmente porque elas apesar de terem entrado no mercado de trabalho, permanecem fazendo suas atividades domésticas em casa, assim ocasionando uma sobrecarga de atividades, já que se dedicam excessivamente ao trabalho, pois é característica delas a dedicação total e comprometimento e acabam não tendo tempo para os filhos e marido. E quando se trata de empreendedoras, elas preferem direcionar o negocio sozinha a possuírem sócio, assim sendo responsável por tudo,não sobrando tempo para a vida pessoal.

Podemos dizer que a tendência é cada vez mais as mulheres terem

espaço na sociedade já que elas mostram que são independente e autoritária. A maior prova hoje que a sociedade está mudando a sua forma de receber e reconhecer a capacidade da mulher foi à eleição da nossa atual presidente Dilma Rousseff, na qual possui mais de 50% de aprovação dos brasileiros em seu mandato atual alem de estar representando muito bem o Brasil internacionalmente.

As mulheres são fundamentais para o desenvolvimento do país, e

estão se saindo muito bem como patriarcas das famílias já que muitas às vezes são responsáveis pelo sustento dos filhos e como executiva e empreendedoras são exemplos mundiais pela sua coragem, força de vontade, audácia e garra.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR. Relatório executivo 2010

GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR.Empreendedorismo no Brasil 2009.

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GOMES, A. F. O perfil empreendedor de mulheres que conduzem seu próprio negócio: um estudo na cidade de Vitória da Conquista. Revista Alcance. Itajaí, v. 11, n. 2, p. 207-226, maio/ago. 2004.

STOLKE, V. Mulheres e Trabalho. In: Estudos CEBRAP: Trabalho e dominação, n. 26, p. 81-117, 1980.

DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo: Pioneira, 1987.

CHIAVENATO, I. Vamos Abrir um novo negócio? São Paulo, Makron Books, 1995. WIKIPÉDIA. Enciclopédia eletrônica. Disponível em http://pt.wikipedia.org.

GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Empreendedorismo no Brasil – 2005: relatório nacional. Curitiba: IBQP, 2006. Disponível em: http://www.dce.sebrae.com.br IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA). Disponível em: http://www.ibge.gov.br

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Site: www.sebrae.com.br

Site: www.magazineluiza.com

www.marykay.com

www.avon.com.br

BLOG:MUNDO DAS MARCA

http://www.empreendedor.com.br/P/Editorial/novaestrutura.

Revista exame.com - 16/07/2010 -Magazine Luiza fecha a compra das Lojas Maia

Revista época de 16 de Fevereiro de 2010 – Pesquisa tenta mostrar como as mulheres lidam com a carreira, a família e dinheiro.

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DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo: Pioneira, 1987.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ........................................................................................ 2 AGRADECIMENTO ....................................................................................... 3 DEDICATÓRIA ............................................................................................... 4 RESUMO ........................................................................................................ 5 METODOLOGIA ............................................................................................. 6 SUMÁRIO ....................................................................................................... 7 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 8

CAPÍTULO I - Definição do Empreendedorismo

1.1- Definição do Empreendedor. ................................................................. 10

1.2 - Análises Históricas e características do empreendedor ...................... 11

1.3 - Diferença entre empreendedor e administrador. ................................. 15

CAPÍTULO II - Empreendedorismo no Brasil

2.1- Inicio do empreendedorismo Brasileiro ................................................. 19

2.2 - Importância do empreendedorismo para a economia do país ............ 21

2.3 - O perfil da atividade Empreendedora no Brasil. .................................. 21

CAPÍTULO III - Empreendedorismo Feminino.

3.1- A mulher no mercado de trabalho. ........................................................ 24

3.2 - Perfis das mulheres empreendedoras ................................................. 27

3.3 - Dificuldades enfrentadas pelas as mulheres. ...................................... 29

CAPÍTULO IV - Casos de sucesso e fracassos.

4.1 - Caso de Sucesso-Magazine Luiza ....................................................... 32

4.2 - Caso de Sucesso- Mary Kay ................................................................ 34

4.3 - Casos de Fracasso-Banco Santos ....................................................... 37

CONCLUSÃO ............................................................................................... 38

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................................... 40 BIBLIOGRAFIA CITADAS ............................................................................ 42