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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
VALOR DA MARCA
COMO AGREGAR VALOR À MARCA NA INDUSTRIA FARMACÊUTICA
Por: Paula Lago Vallegros
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
VALOR DA MARCA
COMO AGREGAR VALOR À MARCA NA INDUSTRIA FARMACÊUTICA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão
estratégica de vendas e negociação
Por: Paula Lago Vallegros
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AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer ao professor
Jorge Vieira por toda a atenção
dispensada a mim na conclusão deste
trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho monográfico a
meus pais, minha avó e principalmente ao
meu marido, que sempre me apoiaram, e
meus amigos de turma, que estiveram
comigo neste período.
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RESUMO
Até a metade do século XVIII, a terra era o bem mais valioso, isto
porque a principal atividade econômica era a agricultura. A situação começou a
mudar com a revolução industrial, aonde foi registrado no inicio do século XX
estudos dos processos e relações de troca.
Desde o final da Primeira Guerra Mundial, o primeiro conceito
desenvolvido foi para a produção, pois, as ofertas de bens e serviços eram
escassas e o principal problema a suprir era a demanda. Um exemplo de
produção em massa foi realizada por Henry Ford, que se recusou a dar aos
fregueses qualquer coisa que não fosse o carro preto e idealizou um sistema
de produção destinado a atender as necessidades dos mercado. Com a
produção atendendo a demanda, o conceito passou a ser orientado ao produto,
onde a idéia era que os consumidores valorizassem os produtos de melhor
qualidade. Todavia, logo a oferta passou a ser maior que a demanda e o
conceito passou a ser orientado para as vendas. O foco era o produto, com o
objetivo de obter lucro através do volume de vendas. Tal prática foi
posteriormente derrubada pelo conceito orientado para o marketing, que tem
como foco o cliente, com o objetivo de obter lucros através da satisfação do
cliente.
Hoje o profissional de marketing para competir com eficiência no
mercado, não basta utilizar somente a administração dos 4 P´s: praça,
preço,promoção e produto, mas desenvolver uma melhor compreensão de sua
marca, a partir da percepção do cliente.
A marca está se tornando cada vez mais importante no mercado do
século XXI. Pois toda marca deve tomar conta da alma e da mente do cliente
para se tornar referência. O anunciante está preocupado com o retorno rápido,
sem interesse de saber como sua marca está registrada na mente do cliente.
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METODOLOGIA
De onde vem à marca? O que é a marca? Qual é o seu ciclo e seu
valor? Como podemos agregar valor a marca? Com tantas perguntas a serem
respondidas; os métodos a serem utilizados foram leitura de livros para
entender a essência do marketing utilizando os livros de Philip Kotler e Paul J.
Peter e Gilbert A. Churchill e para entrarmos no objetivo do estudo utilizei
material mais especifico como do David A. Aaker, Stephen Fenichell com Scott
Bedbury, José Benedito Pinho, Don Schultz e Beth E. Barnes, Arthur Nemer e
Marcos Gouvêa Souza e William M, Weilbacher, Além de revista como
Marketing, e pesquisa em site.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
I. MARCAS 12
I.1 HISTÓRICOS 12
I. 1. 1 NOMES PESSOAIS 13
I. 1. 2 NOMES TOPONÍMICOS 14
I. 1. 3 NOMES DE PRODUTOS E DE PROCESSOS 14
I. 1. 4 NOMES DE MARKETING 15
I. 2 CONCEITO DE MARCA 15
I. 2. 1 ATRIBUTOS 17
I. 2. 2 BENEFÍCIOS 18
I. 2. 3 VALORES 18
I. 2. 4 PERSONALIDADES 18
I. 2. 5 USUÁRIOS 18
II. CICLO DA MARCA 20
II. 1 ESCOLHAS E DEFINIÇÕES 20
II. 2 GERENCIAMENTO DA MARCA 22
III. VALOR DA MARCA 28
III. 1 LEALDADE À MARCA 31
III. 2 CONSCIÊNCIA DO NOME 32
III. 3 QUALIDADE PERCEBIDA 32
III. 4 ASSOCIAÇÃO DA MARCA 33
III. 5 OUTRO ATIVOS DA EMPRESA 34
CONCLUSÃO 36
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INTRODUÇÃO
O profissional de marketing para competir com eficiência no mercado,
não basta utilizar somente a administração dos 4 P´s: praça, preço,promoção e
produto, mas desenvolver uma melhor compreensão de sua marca, a partir da
percepção do cliente.
A marca está se tornando cada vez mais importante no mercado do
século XXI. Em média, 100 mil empresas pedem o registro da marca todos os
anos no Brasil. Destas, 60% obtêm este registro. De acordo com os números
do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), o Brasil tem mais de 600
mil marcas registradas, o que garante às empresas o direito exclusivo em seu
ramo de atividade econômica, além de fidelizar os clientes.
A estimativa é que o gerenciamento das marcas movimente milhões por
ano no Brasil. Essa verba é dividida entre escritórios de desing, instituto de
pesquisas, nas empresas e consultorias para construção e manutenção de
marcas fortes e em Brand Equity.
A marca deixou de ser um apêndice do marketing, hoje é um elemento
de valor nas organizações. A idéia é que a marca deva ser utilizada como
ferramenta para elevar os lucros, com isso a interbrand, empresa de
consultoria, analisa o desempenho financeiro e seus ativos intangíveis,
projetando resultados econômicos futuros, que é publicado anualmente no
ranking das cem marcas mais valiosas do mundo.
Para entender melhor, a Coca-Cola é 95% de ativos intangíveis, ou seja,
marca e 5% tangíveis, como maquinário, frota, caminhões e fábricas pelo
mundo.
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As maiores marcas do mundo
Brand Value US$ (bilhões)
2010
Brand Value US$ (bilhões)
2009 Coca –Cola 70,452 68,734 IBM 64,727 60,211 Microsoft 60,895 56,647 Google 43,557 31,980 GE 42,808 47,777 McDonald’s 33,578 32,275 Intel 32,015 30,636 Nokia 29,495 34,864 Disney 28,731 28,447 HP 26,867 24,096 Toyota 26,192 31,330 Mercedes-Benz 25,179 23,867 Gillette 23,298 22,841 Cisco 23,219 22,030 BMW 22,322 21,671 Louis Vuitton 21,860 21,120 Apple 21,143 15,433 Marlboro 19,961 19,010 Samsung 19,491 17,518 Honda 18,506 17,803 H&M 16,136 15,375 Fonte: Interbrand
Site: www.interbrand.com
A marca tem que ter uma percepção clara na mente do consumidor para
se tornar sólida e adequada no segmento que atua.
Um erro freqüente dos profissionais de marketing é optar pelo lucro em
curto prazo, o que acaba explorando e banalizando a marca e transformando- a
em áreas de negócios tipo commodities.
As marcas oferecem tanto valor para o consumidor quanto para a
empresa. Embora a maioria dos estudos e pesquisas sobre marcas e seu valor
tem sido feita a partir da perspectiva da empresa, no lugar do consumidor.
Apesar dessa parcialidade, é importante deixar claro que o valor de uma marca
reside no consumidor, não na empresa e gestor financeiro da marca.
Se o consumidor não valoriza a marca, então com o passar do tempo, o
seu valor diminuirá. O consumidor final da marca, no mercado, é que determina
o valor daquela marca para si, em relação as outras alternativas do mercado e
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ao seu próprio desejo ou vontade. Com isso, o gerente de marca deverá
determinar o valor atual e o futuro desta para o consumidor final.
Ao longo deste estudo científico, será discutido no capítulo I como um
ativo igualmente intangível como a marca existe há séculos. E no capitulo
seguinte, será abordado que a construção da marca exige mais do que sua
imagem. Requer o gerenciamento de todo o contato/ experiência com a marca
que o cliente possa ter e equipare com a imagem, e esse é o grande desafio.
Um dos tópicos mais atuais na administração contemporânea é o Brand
Equity. E o estudo ressaltará principalmente, esta importância.
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I. MARCAS
“O produto é algo que é feito na fábrica, a marca é algo que é comprado
pelo consumidor. O produto pode ser copiado pelo concorrente; a marca é
única. O produto pode ficar ultrapassado rapidamente, a marca bem-sucedida
é eterna”.
Stephen King
Gupo WPP, Londres
I.1 HISTÓRICOS
Marcas existem há séculos. O termo marca, vem da palavra norueguesa
que significa va to brun, “queimar”. Que foi desenvolvido para identificar a
fonte, o fabricante ou proprietário de um produto. Derivando o uso, marcar
gado, cavalo e outros bens.
Acredito que o uso da marca mais interessante, foi nas grandes
travessias dos rebanhos. O gado tinha de ser tangido dos campos para os
grandes currais e centros de distribuição, os proprietários precisavam
diferenciar o seu gado das reses pertences a outros proprietários. Assim,
desenvolveu-se o sistema variado de marcar o gado que perdura até hoje.
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As primeiras marcas registradas surgiram nos fins do século XV. Com a
marca tipográfica ou marca do editor, e mais tarde frontispício, onde os irmãos
Johann e Wendelin surpreenderam pela qualidade na produção.
No século XVIII, o conceito de marca evoluiu. Os nomes de animais,
lugares, origens e personalidade assumiram os nomes de produtores. O novo
conceito era associar o nome do produto com a marca, assim, tornando o
produto e a marca, fáceis de lembrar e diferenciar do concorrente.
E no século XIX, a marca foi utilizada para aumentar o valor percebido
do produto por meio das associações. Já no principio do século XX, são
apresentados elementos mais objetivos para construção da marca.
A marca passou por diferentes tendências de evolução que se
caracterizam ao longo do tempo e espaço, conforme o ambiente econômico e
social e associações à marca. Podemos dividir em quatro tendências; a
primeira correspondeu à associação do nome do proprietário ao nome do
estabelecimento ou atividade econômica; a segunda, à associação de
topônimo ao estabelecimento; a terceira envolveu o nome do produto
associado aos processos produtivos ou a forma de sociedade ou associação; e
a quarta voltada para busca de identidade própria, mercadológica. E estas
tendências contribuíram e contribuem para a construção do valor de uma
marca.
I. 1. 1 NOMES PESSOAIS
O nome é importante pois oferece status legal, distinção e consolida
reputação. Identidade pessoas e objetos, permitindo que o ser humano
estabeleça comunicação.
O nome pessoal é uma marca, pois, de uma certa forma, está vinculada
a pessoas ou às ações dessas pessoas. Ao colocar o nome do proprietário na
empresa, transfere-se para o estabelecimento uma série de atributos,
imprimindo-se assim, características pessoais a suas empresas, com reflexos
14
em seus produtos e serviços. Essas práticas se tornaram distintivas de seus
proprietários, e suas empresas foram se tornando diferentes de outras.
Exemplos de nomes de fundadores, que são empresas famosas:
Siemens e Krupp, na Alemanha, e Ford, Swift e DuPont, nos Estados Unidos.
Ou a utilização do nome de pessoas muito importantes para transmitir
confiança e dar credibilidade às transações financeiras: como o barão de Von
Siemens na Alemanha, o Visconde de Mauá, o conde Francisco Matarazzo, o
conde Crespi no Brasil.
I. 1. 2 NOMES TOPONÍMICOS
Com a urbanização e o crescimento de estabelecimentos, os nomes
dessas cidades ou algum topônimo passa a ser também uma referencia para o
estabelecimento de marcas. Na maioria das vezes corresponde a ideais
nacionalistas, em outros, a um ufanismo muito próprio de cidades e regiões
com o crescimento acelerado e atividades que as diferenciam das demais.
Estabelecendo-se assim, uma forte associação de características de imagem
de qualidade desses produtos e suas regiões de origem.
Surgem nomes como: Paulista, Cristo Redentor, Bahia, Nacional e
outros.
I. 1. 3 NOMES DE PRODUTOS E DE PROCESSOS
Essa tendência contém elementos dos nomes pessoais e topônimos.
Exceto quanto à ênfase. Nesse processo enfatiza-se o produto e o processo
produtivo, a amplitude da atividade ou mesmo a forma jurídica de sua
constituição, criando uma força maior a marca.
Nomes como General Eletric, Coca-cola, cervejaria Brahma e outros são
exemplos destes produtos e processos.
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I. 1. 4 NOMES DE MARKETING
As marcas tornaram-se um assunto importante para as empresas. Uma
característica única do marketing de hoje tem sido foco na criação,
gerenciamento e valorização da marca. O nome de marketing é uma síntese
das tendências anteriores associando com as práticas mercadológicas, o uso
de logomarcas e embalagens.
Um exemplo de criação e sustentação de valor de marca é o sabonete
Ivory, com mais de 100 anos de existência. Com um agressivo investimento,
que marcando o inicio de uma consciência da marca e confiança por parte do
consumidor.
Muitas vezes também, a empresa comercializa outros produtos sob uma
marca nominal de sucesso, com o interesse de tirar proveito dos significados
positivos que os clientes já atribuem a ela. A prática de usar uma marca
nominal conhecida para um novo produto é chamado de marca de extensão. E
quando uma linha inteira de produto usa a mesma marca nominal é chamada
de marca família.
Alguns acontecimentos associados a outros, como a concorrência,
inovações tecnológicas, desenvolvimento da rede varejista, propiciaram o
desenvolvimento do conceito de marca.
I. 2 CONCEITO DE MARCA
A decisão da criação e gestão de uma marca é o principal problema na
estratégia do produto. Pois, o desenvolvimento de um produto de marca requer
investimentos de longo prazo, principalmente na promoção e embalagem.
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“A marca é o somatório do bom, do ruim, do feio e do que não faz parte da estratégia. É definida tanto pelo seu melhor produto quanto pelo pior. É definida tanto pela propaganda premiada quanto por aqueles anúncios péssimos que de algum modo insinuaram pelas frestas, foram aprovados e, como era de se esperar, mergulharam no esquecimento. É definida tanto pelas realizações do seu melhor funcionário – aquele que se destaca e nunca faz nada de errado – quando pelos percalços do pior empregado que você podia ter contratado. É definida também pela sua recepcionista e pela musica que os seus clientes ouvem enquanto esperam ao telefone. Para cada grandiosa declaração pública do CEO, com palavras escolhidas a dedo, a marca é definida também pelos comentários negativos de um consumidor, entre ouvidos em um corredor ou em uma sala de bate-papo na Internet. As marcas observam conteúdo, imagens, sensações efêmeras. Tornam-se conceitos psicológicos na mente do público, onde podem permanecer para sempre. Como tal, não se pode controlá-las por completo. No máximo, é possível orientá-las e influenciá-las.”
O que é marca? Nome, termo, design, símbolo ou qualquer outra
característica que identifique um bem ou serviço do vendedor, em distinção a
outros demais vendedores. Então, a marca propicia diferenciação dos
concorrentes e proteção de sua propriedade no mercado.
A marca é a estratégia que as empresas se utilizam para diferenciar
suas ofertas. Atendendo as expectativas de consumidores específicos, e
proporcionando benefícios funcionais, experimentais e simbólicos que lhes
sejam economicamente viáveis.
Mas ter simplesmente um nome de marca não basta. A marca é mais
que nome, é o resultado de pesquisa, inovação, comunicação e outros que, ao
longo do tempo, vão sendo agregados ao processo de construção, como o
posicionamento de valor da marca e valor percebido pelo consumidor.
____________________
1BEDBURY, Scott. O novo mundo das marcas: 8 princípios para sua marca
conquistar a liderança. Rio de Janeiro, 2002, p. 37.
17
E a marca não é o produto. Embora intimamente relacionados,
diferenciam nas características. O produto é fabricado pela empresa, e o
consumidor compra a marca. O produto tem seu ciclo de vida e não pode falar
por si; já a marca, não possui ciclo de vida e dá significados e fala com o
consumidor. Sendo assim, estabelece um relacionamento e uma troca de
intangíveis entre pessoas e produtos.
Devemos ter em mente que produtos e serviços vêm e vão, mas a
marca não. As marcas serão definidas pela soma total das experiências, do
produto ou serviço ao consumidor.
Usar marca é a maneira de distinguir produtos na mente do consumidor.
O beneficio da marca é tanto para o consumidor quanto para o vendedor, que
ao fazer uma pesquisa de compras, o controle e a avaliação vão se dar através
das marcas. Além disso, as imagens que o consumidor tem das marcas
ajudam a tomar decisões de compra, reduzindo o tempo e a energia envolvida
no processo de compra, e proporciona bons sentimentos derivados das
associações positivas com a marca.
I. 2. 1 ATRIBUTO
É o que podemos descrever para caracterizar um produto e é o que faz
lembrar a marca, na mente do consumidor.
Os atributos podem ou não estar relacionado ao produto. Os
relacionados ao produto são definidos como ingrediente necessário a seu
desenvolvimento. E os atributos não relacionados são os fatores externos
relativo a sua compra ou consumo, como: informação sobre preço; embalagem
ou informação sobre o produto; imagem de usuário; e imagem de uso.
Os atributos de imagem são formados pela experiência do consumidor
em contato com a marca ou por estratégia de comunicação.
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I. 2. 2 BENEFÍCIOS
São valores pessoais que o consumidor atribui aos produtos e serviços.
Os consumidores não compram atributos, compram benefícios. Os atributos
indicam benefícios funcionais, emocionais e simbólicos.
Os benefícios funcionais correspondem às vantagens intrínsecas
relativas ao consumo do produto e relacionadas aos seis atributos.
Freqüentemente estão ligadas as motivações básicas, como necessidades
fisiológicas e segurança. E pouco diferenciado, facilitando sua cópia aos
concorrentes.
Os benéficos emocionais correspondem ao prazer do experimento de
uso ou consumo do produto. Referem-se a um sentimento positivo que o
produto proporciona ao consumidor.
Os benefícios simbólicos correspondem às vantagens extrínsecas ao
consumo do produto. Valorizam as vantagens não relacionadas diretamente ao
produto, e sim, as necessidades sociais e auto-realizações.
I. 2. 3 VALORES
Geram referencia aos consumidores. Deve conotar valores que a
empresa preza.
I. 2. 4 PERSONALIDADES
È a forma de adequar a um traço ou perfil, ou seja: jovem, colorida,
simpática, forte.
I. 2. 5 USUÁRIOS
Sugere os tipos de pessoas que compram ou usam o produto.
19
As marcas tornam-se fortes desde o momento que a mente do
consumidor, expressam atributos positivos, benefícios, valores, personalidade
e outros tipos de usuário. O grande desafio é desenvolver significados, valores
profundos para a marca.
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II. CICLO DA MARCA
“O que está num nome? Que o que chamamos de rosa, por qualquer
outro nome teria o mesmo doce aroma”.
Wiliam Shakespeare
“Shakespeare estava errado. Uma rosa, como qualquer outro nome, não
teria o mesmo doce aroma... razão pela qual a decisão singular mais
importante no marketing de perfume é o nome”.
Al Ries e Jack Trout
II. 1 ESCOLHA E DEFINIÇÕES
No passado a marca correspondia somente a um produto, com um
significado único. Coca-Cola era refrigerante. Embora ainda há marcas que são
confundidas com o genérico, como Bombril em relação a esponja de aço,
Gillete _ lâmina de barbear. Hoje a situação é diferente, algumas marcas
passaram a abranger outros produtos e todas desenvolveram uma identidade.
O destino da marca e produto é o fator determinante na escolha. As
qualidades desejáveis em um nome de marca: deve sugerir algo a respeito dos
benefícios do produto; sugerir qualidades do produto como ação ou efeito; ser
fácil de pronunciar, reconhecer e lembrar; ser singular; e não deve ter
conotações pejorativas em outros idiomas ou paises.
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Nem sempre é fácil escolher nomes que sejam simples, familiares e
distintivos. Mas fatores relacionados à facilidade com que o nome é lembrado
podem divergir daqueles que afetam a facilidade de reconhecimento destes.
Para a escolha de uma marca deve observar e estar atentos ao
posicionamento da empresa, a leis e o mercado. E é natural que a adoção de
uma marca envolva custos, mas gere diversas vantagens.
O uso do nome da marca ajuda a empresa a processar pedidos e
solucionar problemas, oferecendo a empresa oportunidade de atrair um grupo
de clientes, e para isso, a marca precisa atender as expectativas do cliente, a
fim de gerar e manter relacionamento. Criar um apelo emocional, simbolismo
para a imagem da marca.
Proteção legal para redução de danos provocados por infringência legal.
E para obtenção do direito legal do uso da marca com exclusividade, precisa
ser registrada no governo federal. Tornando-se uma marca registrada ou se for
referente a serviço, uma marca de serviço.
Para proteger ainda mais a condição da marca, a organização deve usar
e identificar como símbolo R em seguida a uma marca. Que deve sempre vir
em letras maiúsculas, sendo que a organização não deverá nunca alterar sua
grafia e quando estiver sendo registrada a organização pode utilizar o símbolo
TM. Já a marca comercial é o nome legal sobre o qual uma empresa opera.
A marca ajuda a estabelecer uma individualidade do produto no
mercado, e precisa ser exemplar da categoria. Com isso, devemos utilizar o
conjunto de ferramentas para construção da identidade da marca, com o
objetivo de fortalecer e projetar sua imagem.
Palavra ou idéia principal _ As marcas quando mencionadas para o mercado-
alvo, devem trazer à mente das pessoas uma outra palavra ou idéia de
preferência favorável.
Slogan _ O uso repetido tem um efeito quase hipnótico e subliminar na criação
da imagem da marca. Mas nem sempre é fácil desenvolver um slogan que
pegue e funcione bem na mente do cliente.
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Cores _ O uso de uma combinação constante das cores ajuda no
reconhecimento da marca.
Símbolos e logotipos _ São uma abordagem menos dispendiosa. Desenvolver
um personagem, animado ou estético, que faça que a marca fique gravada na
mente do consumidor. Outra abordagem seria escolher um objeto para
representar uma empresa ou marca. Segundo Kotler: “As empresas também
desenvolveram vários logotipos, ou desenhos abstratos, muitos dos quais se
tornaram familiares às pessoas. Até a maneira como o nome da marca é
escrito pode fazer a diferença em termos de reconhecimento e capacidade de
lembrança”.2
Uma série ou histórias _ Algumas marcas são associadas a histórias que,
quando favoráveis e interessantes, trazem benefícios à empresa ou à marca.
II. 2 GERENCIAMENTO DA MARCA
A gestão das marcas implica em desafios para a empresa, que deve
decidir o tipo de patrocínio de marcas que vai utilizar: marca do fabricante é de
propriedade e uso do fabricante do produto; marca própria é de propriedade e
uso de um atacadista ou varejista; marcas ou produtos genéricos são idênticos
apenas por sua classe genérica, sem marca.
A estratégia quando do patrocínio de marca do fabricante, consiste em
estimular a demanda seletiva: Apresenta vantagens e desvantagens, e deverá
atender alguns requisitos:
§ Deve ter acesso aos pontos de vendas;
§ investir em propaganda e promoção para conquistar lealdade do
consumidor;
§ investir em rede de assistência técnica e pós-venda
____________________
2 KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e
dominar mercados. São Paulo: Futura, 1999, p. 91/92.
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Vantagens:
§ redução de risco percebido pelo consumidor, a partir da identidade de
origem;
§ disponibilidade do produto em canais de distribuição;
§ menor risco de dependência de um licenciador de marca ou contratante,
já que a ocupação da capacidade produtiva está no esforço de
marketing da empresa;
§ conhecimento das tendências do mercado.
Desvantagens:
§ maiores custos relacionados ao desenvolvimento e proteção de marca e
comunicação;
§ e maiores custos em marketing e na produção, já que a produção é mais
vulnerável às flutuações de mercado.
Se há decisão de patrocínio de marca própria, a empresa devera
verificar a disponibilidade de:
§ grande volume de vendas do distribuidor;
§ propaganda dirigida a segmentos específicos;
§ rede de assistência técnica e pós-venda própria ou localizada;
Vantagens:
§ menor custo para o fabricante e para o distribuidor, já que as
mercadorias são negociadas em grandes lotes e utiliza-se parte da
capacidade ociosa do fabricante, dispensa vendedores e há
possibilidades de programação de produção e de entregas;
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§ ausência de custo e risco envolvidos no desenvolvimento de instalações
e processos produtivos, já que esses pertencem ao contrato;
§ vinculação da marca no estabelecimento;
§ facilidade de manutenção dos padrões de qualidade pela negociação
com fornecedores diferentes, selecionando os que atendem.
Desvantagens:
§ limitação da disponibilidade dos produtos aos pontos de vendas detidos
pelo contratante;
§ risco assumido pelo distribuidor;
§ menor contato com as tendências do mercado.
Como já estudamos, produto ou serviço que não tenha marca será
considerado genérico. Nesse caso a única coisa que fará a diferença é o preço.
Com a escolha definida do tipo de patrocínio de marcas a ser utilizado, a
empresa tem de decidir o nome da marca. Que pode ser: nomes individuais,
nomes de famílias para todos os produtos, nome para cada linha de produto e
nomes de sortimentos.
Nome individual
É a colocação de um nome especifico em cada produto. A grande
vantagem dessa estratégia é que a empresa pode atender a vários segmentos
com diferentes expectativas e necessidades, maximizando sua participação do
mercado como um todo e sem provocar muito impacto na sua identidade. Caso
o produto seja mal sucedido, não afetará a empresa. Os custos para o
lançamento e manutenção das marcas nominais individuais no mercado são
altos e há ausência de sinergia que a existência de outros produtos poderia
proporcionar.
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Nomes de família para todos os produtos
A marca apóia diferentes produtos em diferentes mercados, com o
objetivo básico de transmitir que por trás de cada marca está uma empresa
com um conjunto de pessoas, valores, culturas, programas e ativos. O nome da
empresa é o principal e o maior porta-voz. Nesta estratégia a vantagem é que
os custos são compartilhados por uma ampla variedade de produtos, e ainda
pode haver uma sinergia das ações de marketing favorecidas pela adoção de
uma mesma marca.
Mas os riscos também são muitos. A marca pode ser afetada por um
desempenho inadequado de um de seus produtos e há risco de fragmentação
de identidade, uma vez que cada divisão dentro da empresa pode desenvolver
sua própria comunicação. Há também a dificuldade de se posicionar em
determinados mercados ou junto a segmentos específicos.
Nome para cada linha de produtos
É a identificação de grupos de produtos relacionados ao mesmo
mercado, à mesma classe de uso, estabelecendo-se o mesmo nome em cada
uma dessas linhas. Essa estratégia reduz os custos de lançamento, facilita a
administração do mercado-alvo de maneira bastante focada e na extensão de
linha. Também aumenta o poder da venda da marca e a criação de uma forte
imagem na obtenção de ganhos na utilização de mídia e outras facilidades
como sinergia da equipe de vendas. Mas, é importante que os produtos a
serem incluídos refiram-se àqueles relacionados de alguma maneira como os
existentes.
Nome de sortimento
É usado em mais de uma linha de produto, abrange uma categoria. A utilização
desta estratégia de um único nome é a promessa de que os produtos têm a
mesma qualidade e permitem os mesmos resultados, criando uma identidade
que funciona para uma classe de produtos. A vantagem estratégica é a
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viabilização da atuação da linha em diferentes contextos e a economia
relacionada a cada sortimento. Mas a marca precisa ser trabalhada no sentido
de manter sua identidade.
A empresa ainda tem que decidir a estratégia da marca. E essa
escolha se apresenta em cinco termos: lançar extensões de linhas, extensões
de marcas, multimarcas, novas marcas e combinadas.
Extensão de linha
É o lançamento de itens adicionais na mesma categoria de produtos sob
o mesmo nome da marca, com sabores, formas, cores, ingredientes e
tamanhos de embalagens. O risco é que a marca poderá perder seu significado
específico, sua identidade. E a vantagem é que terá muito mais chance de
sobreviver que os produtos novos, de modo a construir um negócio.
Extensão de marca
É a utilização do nome de marca para lançar novos produtos em outras
categorias, sendo que a extensão de marca oferece tantas vantagens quanto
as de extensões de linha.
Multimarcas
São novos nomes de marcas lançados na mesma categoria de produtos.
É uma forma de proteger sua marca dominante instituindo marcas de flanco e
ganhar mais espaço na prateleira dos distribuidores. O principal perigo é que
todas devem deter apenas uma pequena participação do mercado, e às vezes
nenhuma torna-se rentável.
Nova marca
É um novo nome de marca para uma nova categoria de produtos.
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Marca combinada
É quando trazem dois ou mais nomes de marca bem conhecidos. Essa
combinação de marcas assume diversas formas, como: combinação da mesma
empresa, combinação de marca em uma joint-venture, combinação de marca
ingrediente e combinação de marca de múltiplos patrocinadores.
Cada uma das estratégias estudadas acima possui suas vantagens e
desvantagem. As empresas devem optar de acordo com o setor que atuam, do
nível de maturidade do mercado, de seu porte e sua posição competitiva, sues
aspectos internos como configuração de sua estrutura, visão, valores e
objetivos.
A referência sempre será o mercado, que demandará estratégicas
específicas. E a escolha de uma estratégia de marca pela empresa depende da
estratégia e recurso que possam ser empregados. Daí, percebe-se que a
escolha é bastante complexa, devendo ser analisada com muito cuidado para
que o processo de sua construção não crie problemas que poderiam ser
evitados.
Fica claro que a marca pode tanto adicionar como reduzir o valor de
outros ativos da empresa, dependendo da maneira como são administrados.
O nome da marca e o que ele representa é o mais importante ativo, em
muitos negócios. Mas raramente é gerenciado de maneira coordenada e
coerente com a visão de que deva ter manutenção e ser reforçado.
A principal preocupação dos gerentes de marca é de curto prazo, que
pode resultar em um bom desempenho, e às vezes durante um bom período de
tempo. Mas esse desempenho é atingido pela exploração da marca,
provocando sua banalização e deterioração.
Não basta evitar danos a uma marca, é necessário trato e manutenção,
sendo assim, é preciso agregar valor à marca.
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III. VALOR DA MARCA
Uma estratégia bem estabelecida é importante, pois ajuda os
profissionais de marketing a desenvolver e manter a imagem positiva entre os
consumidores. E a reputação de qualidade e valor pode atrair novos clientes,
fidelizar a marca e levar a experimentar outros produtos ou serviço da mesma
marca.
E para isso, é preciso compreender o significado de brand equity – sobre
o quê contribui para o valor de uma marca.
Segundo Aaker, “Brand equity é um conjunto de ativos e passivos
ligados a uma marca, seu nome e seu símbolo, que se somam ou se subtraem
do valor proporcionado por um produto ou serviço para uma empresa e/ou para
os consumidores dela.”3
Na mudança do nome da marca ou símbolo, os ativos ou passivos
podem ser afetados e perdidos, embora parte deles possam ser desviados
para um novo nome e símbolo.
Nome
Como já foi apresentado no capítulo I, o nome é a base essencial da
marca, tanto para os esforços de conhecimento, como de comunicação. Um
nome é permanente ao contrario da maioria dos outros elementos de
marketing. Uma embalagem, preço podem ser alterados com muito mais
facilidade do que do nome.
____________________ 3 AAKER, David A. Marcas: Brand Equity gerenciando o valor das marcas. São
Paulo: Negócio Editora, 1998, p.16.
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O exemplo a ser utilizado é o da indústria farmacêutica. O nome da empresa é
pessoal, as raízes de ambas as empresas vêm de 1688, quando Friedrich
Jacob Merck comprou a Engel-Apotheke (“farmácia Anjo”) em Damstadt.
Estaremos estudando a Merck em Damstadt que é a empresa farmacêutica e
química mais antiga do mundo – A Merck & Co. tornou-se numa empresa
independente após a primeira Guerra Mundial.
O nome do produto a ser analisado é o Floratil, que foi a marca criada
para ser comercializada no Brasil e busca de identidade própria, que atraiu
atenção por ser diferente.
Hoje, a marca Floratil desempenha um papel-chave no alcance de uma
associação com a classe de antidiarréico. Isto cria um problema, na medida
que se torna conhecido/ popular, o seu cliente/ médico, passa a não prescrever
por ser um medicamento que qualquer um indica, por solicitação do paciente.
Símbolos
Como foi abordado superficialmente no capítulo II, de fato na maioria
das vezes as empresas e os produtos são bastante similares, diferindo na
qualidade de serviços, o que dificulta passar credibilidade de modo eficaz e
digna de confiança. E no entanto, quando torná-se difícil esta diferenciação, um
símbolo pode ser o elemento chave do brand quity.
É mais fácil o consumidor se apreender as imagens visuais que as
palavras.
O símbolo da empresa é
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Nas embalagens leva este símbolo, em cor preta em todas as
apresentações. Cada classe terapêutica tem a sua cor representada pelas
listras abaixo da marca e substância do produto, no caso do produto que
estamos analisando a cor é azul e verde.
O símbolo do Floratil é original n° 1 , com o objetivo de mostrar que
floratil foi o primeiro probiótico a ser lançado no mercado, líder de mercado e o
único com o processo de liofilização.
O valor da uma marca ou brand equity inclui cinco categorias de ativos
que são mostrados como sendo sua base: lealdade ao cliente, a consciência
do nome, qualidade percebida, associações da marca e outros ativos da
marca. Esses componentes resultam as percepções do consumidor a respeito
do produto, da organização e de outras variáveis que afetam as vendas do
produto. O valor a ser percebido pode ser tanto positivo quanto negativo,
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III. 1 LEALDADE À MARCA
É mais fácil e barato manter o cliente do que conquistar novos. A
lealdade à marca é a ligação do consumidor com a marca, ou seja, é a escolha
por parte do consumidor entre as marcas disponíveis. Neste processo, o
consumidor pondera conscientemente sobre os prós e contras das marcas,
após a tomada da decisão final quanto a qual marca é melhor. Será essa
marca que o consumidor terá lealdade.
A lealdade à marca reduz e desencoraja investimentos da concorrência
para atrair consumidores satisfeitos. E com uma alta lealdade, implica na
redução dos custos mercadológicos, alavancagem dos negócios, atração de
novos consumidores e tempo de resposta à concorrência.
Há mais ou menos cinco anos atrás o Floratil só era lembrado pela força
de vendas para seus clientes/médicos, mas não havia maiores investimentos
no gerenciamento da marca Floratil. A concorrência começou a investir e a
crescer no mercado. A reação da Merck foi mostrar que o Floratil precisa da
prescrição médica e que ele o médico são muito importantes para a empresa, e
reforçando o medicamento como marca, amostras grátis, investimentos em
palestras sobre a importância do Floratil no tratamento da diarréia, estudos
clínicos, abordando a qualidade e site Floratitude para os pacientes.
Um grupo de consumidores leais tem valor, pois, representa um fluxo de
rendimentos que pode prosseguir durante muito tempo. Se pudermos estimar a
relação entre a lealdade e a freqüência de uma marca, o valor também será
estimado.
A lealdade à marca está ligada à experiência de uso. Diferente, da
consciência do nome, qualidade percebida e associações da marca que são
características de muitas marcas que a pessoa nunca usou. Mas, muitas vezes
a lealdade poderá surgir a partir da qualidade percebida de uma marca ou
atributo associado.
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III. 2 CONSCIÊNCIA DO NOME
É a capacidade que o consumidor tem de reconhecer ou de lembrar de
uma marca. Os consumidores sentem-se confortáveis em adquirir marcas
conhecidas, pois acreditam na qualidade.
É muito importante a consciência do nome para que ela seja
considerada uma opção de compra. Já uma marca desconhecida, na grande
maioria tem pouca chance.
O papel da consciência do nome no brand equity dependerá tanto do
contexto como do nível de conhecimento atingido.
São quatro níveis, sendo a base o desconhecimento da marca. Seguido
do nível mais baixo que é o reconhecimento da marca, o nome não precisa ser
forte, embora tenha a necessidade de existir um elo entre a marca e a classe
de produto. Baseia-se em um recall estimulado.
O nível seguinte é o da lembrança da marca. A lembrança é espontânea,
não necessita de estímulo. Mas uma pessoa pode ter o recall de muitos itens.
Já a primeira marca mencionada numa pesquisa de recall sem estímulo
é classificada de Top of Mind, uma posição especial. Encontra-se a frente das
outras marcas na lembrança da pessoa, mesmo que possa haver outra bem
próxima.
Podemos classificar o Floratil como Top of Mind, pois à marca é citada
pelo consumidor em pesquisa, conversa e outros.
III. 3 QUALIDADE PERCEBIDA
Toda marca é associada a ela uma percepção de qualidade geral. Essa
qualidade influencia diretamente as decisões de lealdade à marca,
principalmente quando o consumidor não está motivado e capacitado a fazer
uma análise.
A qualidade percebida é o conhecimento dos consumidores, que se
diferencia em alguns conceitos, como: qualidade real ou objetiva, quando
agrega valor superior; qualidade baseada no produto, é a natureza e
quantidade de ingredientes, características e serviços envolvidos; e qualidade
de fabricação, conformidade com as especificações.
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A Merck é uma organização sólida na área de pesquisa e respeitada por
médicos, pacientes, clientes, prestadores de serviços e consumidores em
geral. A história da Merck é o lançamento de novos e inovadores produtos.
Ligados a eles, temos os avanços científicos, parcialmente refletidos em alguns
prêmios Nobel laureados a cientistas do grupo Merck nas ultimas décadas.
O Floratil é pesquisa do laboratório Biocodex. Ou seja, a substancia
Saccharomyces boulardii 17 só foi lançada e é fabricada no Brasil pela Merck.
Não podemos determinar objetivamente a qualidade percebida, pois se
trata de conhecimento e da percepção sobre que seja importante para os
consumidores. Qualidade percebida x satisfação. Nem sempre um consumidor
satisfeito, significa que o produto tenha qualidade. Mas sim, por que o grau de
performance na expectativa era baixo.
A qualidade percebida gera valor. Podendo ser a base para uma
extensão de marca, ou auxiliando na decisão da compra, e na ampliação da
distribuição, também, propicia a opção de cobrar um preço premium, e se
tronar uma das principais características de posicionamento da marca.
“Qualidade percebida é intangível, um sentimento geral da marca.”4
III. 4 ASSOCIAÇÃO DA MARCA
O valor individual do nome de uma marca se baseia freqüentemente em
associações específicas ligadas a marca. As associações podem ser uma
atitude ou um sentimento positivo, e um contexto-de-uso para atrair os
consumidores.
As associações criam um grau de força a marca. Essa ligação será mais
forte quando baseada na experiência ou na exposição à comunicação da
marca.
____________________
AAKER, David A. Marcas: Brand Equity gerenciando o valor das marcas. São
Paulo: Negócio Editora, 1998, p. 89
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Segundo Aaker, “O valor resultante do nome de uma marca é freqüentemente
o seu conjunto de associações, o seu significado para as pessoas”5. Ou seja,
para atribuir valor a empresa e ao consumidor, pode-se utilizar as seguintes
maneiras como associações: posicionamento; criar atitude e/ou sentimentos;
razão-de-compra; e encontrar informações e ajudar a processar.
Com a experiência de uso do Floratil, verifica-se uma melhora na
qualidade de vida dos consumidores/ pacientes. E o seu posicionamento foi
estabelecido através da marca da empresa, e que o probiótico é o
medicamento indicado para o tratamento da diarréia de qualquer etiologia mais
seguro e eficaz.
O desenvolvimento de tais associações é eficaz porque pode traduzir em
razão para comprar ou não um marca, através de atributos significativos. As
diversas marcas podem estar associadas a diferentes atributos.
III. 5 OUTROS ATIVOS DA EMPRESA
Os outros ativos da marca representados por patentes, marcas
registradas e o relacionamento com os canais de distribuição. Ao contrario dos
outros componentes que são representados por percepções e reações do
consumidor a marca.
Para criar valor, os ativos da marca devem impedir ou inibir as ações
dos concorrentes, e devem estar ligados à marca. E devem trabalhar em
harmonia e coerência na sua aplicação.
____________________
AAKER, David A. Marcas: Brand Equity gerenciando o valor das marcas. São
Paulo: Negócio Editora, 1998, p. 116
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Brand Equity:
Fonte: Marcas: Brand Equity gerenciando o valor da marca _ pág. 18
Associações da marca Consciência do nome
Outros ativos da marca
Qualidade Percebida
Lealdade à marca
BRAND EQUITY
Símbolo/ nome
Proporciona valor para o cliente por aumentar:
• Interpretação/ processamentos de informações
• Confiança na decisão de compra
• Satisfação de uso
Proporciona valor para a empresa por aumentar:
• Eficiência e eficácia de programas de marketing
• Lealdade a marca • Preço/ margens de lucro • Extensões de marca • Incremento com o Trade • Vantagem competitiva
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CONCLUSÃO
A marca é o ativo principal da organização que cada vez mais está se
destacando no mercado do século XXI. Embora, o profissional de marketing
possa controlar alguns aspectos da marca, o significado e valor provêm do
consumidor.
Uma marca não significa apenas um produto ou serviço, mas sim um
conjunto de valores e atributos tangíveis e intangíveis relevantes para o
consumidor e que auxiliam para diferenciá-la daquelas que lhe são similares.
E tão pouco um simples nome e símbolo, a marca deve ser um resumo
de todas as ações mercadológicas que se originam na satisfação de desejos
ou necessidades específicos do consumidor.
O gerenciamento da marca é mais recente campo de marketing, que tem
por responsabilidade criar e manter um determinado conjunto de valores e
atributos para construção de uma marca que se mostre coerente, apropriada e
atrativa para consumidor.
Com isso, a valorização da marca realiza-se pela criação e
gerenciamento de uma série de características funcionais e aspectos
simbólicos em uma relação que sustente uma vantagem competitiva da
empresa perante seus concorrentes no mercado.
As marcas, na maioria das vezes, são administradas estrategicamente,
por significarem a busca de um diferencial para os concorrentes. Buscando
criar um reconhecimento e uma identificação que as tornem únicas na mente
do consumidor.
Certas marcas são ícones, sagradas para os consumidores. A interbrand
estima que a marca Coca-Cola valha 70,452 bilhões de dólares, muito mais
que todas as suas fábricas. Isto não significa que a arte do marketing é
escolher um bom nome para a marca, anunciar e fazer fortuna, e sim que o
profissional de marketing deva desenvolver uma marca forte que envolva
muitos passos, desde sua construção e o brand equity (valor da marca).
O monitoramento de todas essas decisões é importante para a empresa.
As mudanças no ambiente, na cultura, na concorrência e na estrutura de
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conhecimento do consumidor, requer que se identifique efetivamente das
decisões mercadológicas tomadas anteriormente.
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BIBLIOGRAFIA
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Paulo Editora, 1998.
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Paulo: Prentice may, 2000.
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e
dominar mercados. São Paulo: Futura, 1999.
KOTLER, Philip & ARMSTRONG, Garry. Princípios de marketing. Rio de
Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Cientificos editora S.A., 1999.
PINHO, Jose Benedito. O poder das marcas. São Paulo: Summus, 1996.
SCHULTZ, Don & BARNES, Beth E. Campanhas estratégicas de
comunicação de marcas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
SOUZA, Marcos Gouvêa & NEMER, Artur. Marca e distribuição:
Desenvolvendo dominação estratégica e vantagem competitiva no mercado
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WEILBACHER, Wiliam M. Marketing de marcas: criando estratégias
vencedoras de marcas que proporcionam valor e satisfação ao cliente. São
Paulo: Makron Books, 1994.
ARAUJO, Anna Gabriela. O imperio das marcas. Revista: Marketing, São
Paulo: Jan. 2003, p. 24-31
Site: www.merck.com.br
Site: www.incorporativa.com.br/mostranews.php?id4413
Site: www.interbrand.com