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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM LIXO HOSPITALAR E MEIO AMBIENTE Por: Solange Cristina Coelho Marques Orientador Prof.ª Ana Paula Alves Ribeiro Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

LIXO HOSPITALAR E MEIO AMBIENTE

Por: Solange Cristina Coelho Marques

Orientador

Prof.ª Ana Paula Alves Ribeiro

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

LIXO HOSPITALAR E MEIO AMBIENTE

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Administração

em Saúde.

Por: Solange Cristina Coelho Marques

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pois ele criou tudo de bom que

há no mundo.

O incentivo da família, o empenho dos

professores e o apoio dos colegas.

E a professora Ana Paula, pelo carinho

e paciência.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu marido Benedito e minhas

filhas Camila e Sarita, que sempre

contribuem com palavras de incentivo aos

meus projetos.

Aos meus pais, que me trilharam no

caminho do bem.

“Você deve ser a mudança que quer ver

no mundo”.

Gandhi

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RESUMO

O mundo preocupado com as mudanças climáticas, devido ao uso

excessivo dos recursos retirados do meio ambiente, começa a olhar de forma

mais conscientes para um dos mais graves problemas do nosso século, o que

fazer com o lixo, buscando soluções urgentes que possam estabelecer

melhorias reparadoras, e sustentáveis ao que até então era visto como fonte

inesgotável, hoje começa a definhar e dar sinais de esgotamento.

Infelizmente agravando ainda mais a situação do lixo, temos os

hospitais, que não descartam o seu lixo de acordo com os padrões

estabelecidos. Muitos se limitam a encaminhar a totalidade de seu lixo para

sistemas de coleta especial dos departamentos de limpeza municipal, quando

estes não existem, lançam diretamente em lixões ou simplesmente “incineram”

seus resíduos.

Quando os resíduos dos serviços de saúde são descartados

inadequadamente no meio ambiente provocam alterações no solo, na água e

no ar, além de causarem danos a diversas formas de vida. Com a

possibilidade de resultar em sérios problemas ambientais, sanitários e sociais,

os resíduos sólidos são maximizados de acordo com o risco que cada um

representa.

Palavra chave: meio ambiente, lixo, saúde.

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METODOLOGIA

Para realização deste trabalho, foram feitas pesquisas bibliográficas, e

pesquisa a periódicos científicos, tais como Scielo e New Lab, a pesquisa dos

livros,os principais autores foram Ogenis Magno Brilhante e Luiz Querino de A.

Caldas; Giselle Rocas, Rose Mary Latini; Arlindo Philippi Jr; sites do governo,

relacionados a saúde; uma reportagem do Fantástico, e, em textos publicados

nos Manuais da Vigilância Sanitária e Gerenciamento dos Resíduos de Serviço

de Saúde deram embasamento para essa monografia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - LIXO 09

CAPÌTULO II – O MEIO AMBIENTE 16

CAPITULO III – LIXO HOSPITALAR E O MEIO AMBIENTE 21

CAPITULO IV - O LIXO HOSPITALAR NO RJ 24 CONCLUSÃO 27

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional)

ANEXOS

ÍNDICE

FOLHA DE AVALIAÇÃO

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8

INTRODUÇÃO

O tema é de suma importância, pois, o lixo que produzimos em um

hospital é resultado de procedimentos para promoção ou prevenção da saúde,

e se jogarmos esse lixo na natureza, estamos contribuindo para um meio

ambiente mais deteriorado, consequentemente, teremos mais pessoas

doentes.

A pesquisa que foi feita quer mostrar que com descarte consciente,

diminuiremos a destruição do meio ambiente (rio, água e florestas), e se

reciclarmos o lixo, ainda, contribuirá com vários ONG de reciclagem.

O capítulo inicial, será sobre o lixo hospitalar, historia definição e

normas para o seu descarte e o que pode ocasionar o lixo desprezado em

qualquer lugar, os riscos que corremos e as doenças que podem advir.

No capítulo dois, o meio ambiente, será definido e o que esta

realmente acontecendo com ele e quais os danos que estamos presenciando

nos dias de hoje, as mudanças climáticas.

No terceiro, será um dialogo entre o lixo hospitalar e o meio ambiente,

o que tem sido feito e o que pode ser melhorado. Como fazer para que as

normas e os regulamentos existentes sejam respeitados; dando uma ênfase

mais aprimorada do descarte consciente.

O epílogo é uma breve história do que uma das cidades mais lindas do

mundo, o Rio de Janeiro, faz com o seu lixo.

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CAPÍTULO I

LIXO

Segundo Velloso1, o lixo é descrito como o resíduo desprezado e

temido pelo homem, representa o resto da atividade humana ou a sobra

indesejada de um processo de produção, que tanto pode estar associada à

eliminação de microorganismos patogênicos veiculados pelos fluidos e dejetos

corporais como ao descarte de resíduos atômicos, radioativos e industriais

poluentes.

1.1 – História do Lixo

Na idade média , segundo Velloso, a maioria dos restos resultantes da

atividade do homem estava diretamente relacionada aos resíduos excretares

do ser humano, também havia restos de alimentos – carcaças de animais,

cascas de frutas e hortaliças.

O homem, começou a sentir medo, segundo Velloso, quando os restos

foram associados ao sofrimento físico e psíquico. Esse sofrimento ficou bem

marcado na ocasião do surto manifestado pelas epidemias e pandemias de

algumas doenças na Idade Média, mais precisamente pela peste negra no

continente europeu durante o século XIV.

1.2 – Lixo Hospitalar

O lixo hospitalar ou como é chamado atualmente, resíduo de serviço de

saúde, é definido como:

Resíduo de serviço de saúde é todo aquele gerado por prestadores de assistência médica, odontológica, laboratorial,

1Velloso, Marta Pimenta publicado na revista Ciência e Saúde Coletiva pg 1953, ano 2008

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farmacêutica, instituições de ensino e pesquisa médica,relacionados à população humana, bem como veterinário, possuindo potencial risco, em função da presença de materiais biológicos capazes de causar infecção, produtos químicos perigosos, objetos perfuro cortantes efetiva ou potencialmente contaminados e mesmos rejeitos radioativos, necessitando de cuidados específicos de acondicionamento, transporte, armazenamento, coleta e tratamento. (OMS, 2003)

1.2.1 – Classificação e sua periculosidade

O lixo de acordo com a RDC ANVISA n. 306/04 e Resolução n. 358/05,

os RSS são classificados em cinco grupos: Grupo A - Risco Biológico; Grupo

B - Risco Químico; Grupo C - Rejeitos Radioativos; Grupo D - Resíduo

Comum; e Grupo E –Perfurocortantes.

Resíduos biológicos - culturas de microrganismos de laboratórios de

análises clínicas; bolsas de sangue ou hemocomponentes; descarte de

vacinas; órgãos, tecidos e líquidos corpóreos; agulhas, lâminas de bisturi,

vidrarias de laboratórios;

Resíduos químicos - Medicamentos de risco, vencidos ou mal

conservados; produtos químicos usados em laboratórios de análises clínicas;

efluentes de processadores de imagem.

Rejeitos radioativos - Material radioativo ou contaminado com

radionuclídeo, usado na medicina nuclear, laboratórios de análises clínicas e

radioterapia.

Resíduos comuns que se equiparam aos domiciliares - Restos de

refeições de pacientes sem doenças contagiosas; sobras do preparo de

refeições; fraldas e papel de uso sanitário, absorventes; papéis, plásticos e

material de limpeza.

Resíduos perfurocortantes - materiais perfurocortantes ou

escarificantes, tais como agulhas, lâminas e vidros.

1.2.2 – Identificação

Conforme a ANVISA 306 (2004), a identificação deve ser feita nos

locais de acondicionamento, coleta, transporte e armazenamento. Esta

identificação deve ser em local de fácil visualização e com simbologia

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conforme a NBR 7500 da ABNT. A simbologia de identificação dos cinco

grupos de resíduos é explicada.

Fonte: Site Limpurb

1.2.3 – Coleta e transporte

De acordo com as normas NBR 12810 e NBR 14652 da ABNT, a

coleta deverá ser feita diariamente ou no mínimo três vezes por semana

para o armazenamento externo, com o objetivo de manter a integridade das

embalagens.

As pessoas envolvidas na coleta e transporte dos RSS devem

observar rigorosamente a utilização dos EPIs e EPCs adequados. O transporte

pode ser feitos por diferentes tipos de veículos, de pequeno até grande porte,

dependendo da concessionária de limpeza pública.

1.2.4 – Tratamento e Disposição Final

SIMBOLOGIA

ORIENTAÇÃO

O grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

O grupo B é identificado pelo símbolo de risco associado e com discriminação de substancias químicas e frase de risco

O grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO.

O grupo D é identificado pelo símbolo de material reciclável. Caso haja reciclagem, a identificação adotada deve usar códigos, cores e nomeações baseadas na Resolução CONAMA 275/01.

O grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante constante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, ou INFECTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo.

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Entende-se por tratamento dos resíduos sólidos, de forma genérica,

quaisquer processos manuais, mecânicos, físicos, químicos ou biológicos que

alterem as características dos resíduos, visando à minimização do risco à

saúde, a preservação da qualidade do meio ambiente, a segurança e a saúde

do trabalhador.

O tratamento pode ser feito no estabelecimento gerador ou em outro

local, observadas, nestes casos, as condições de segurança para o transporte

entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento. Os sistemas para

tratamento de RSS devem ser objetos de licenciamento ambiental, de acordo

com a Resolução CONAMA nº 237/97, e são passíveis de fiscalização e de

controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente.

A COMLURB explica que:

Os EAS localizados na malha urbana só poderão instalar equipamentos individuais de tratamento de resíduos infectantes mediante autorização prévia dos órgãos ambientais responsáveis e de acordo com o licenciamento ambiental previsto para tais.

1.2.5 - Tecnologias de Tratamento dos RSS:

Existem várias formas de tratamento, as mais usadas são:

Autoclavagem

É um tratamento que consiste em manter o material contaminado em contato

com vapor de água.

Fonte:cheiroverdeambiental

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Microondas

É uma tecnologia relativamente recente de tratamento de resíduo de serviços

de saúde e consiste na descontaminação dos resíduos com emissão de

ondas de alta ou de baixa freqüência, a uma temperatura elevada (entre 95 e

105ºC). Após processados, esses resíduos tratados devem ser

encaminhados para aterro sanitário licenciado pelo órgão ambiental.

Incineraçao

É um processo de tratamento de resíduos sólidos que se define como a

reação química em que os materiais orgânicos combustíveis são gaseificados,

num período de tempo prefixado.

Fonte: cheiroverdeambiental

1.3 – Legislação brasileira

No Brasil conta com diversas leis, resoluções, decretos, portarias,

normas, que por si só não suprem a necessidade de solucionar os problemas

do descarte dos resíduos sólidos de saúde, mas já orienta e cobra do

responsável uma postura sobre o destino do lixo.

Os órgãos principais que regulamentam o gerenciamento dos resíduos

de serviços de saúde são ANVISA, CONAMA, respectivamente ligadas ao

Ministério da Saúde e ao Sistema Nacional do Meio Ambiente.

1.4 – Problemática dos resíduos de serviços de saúde Segundo, Garcia2, os grandes geradores possuem maior consciência a

respeito do planejamento adequado e necessário para o gerenciamento dos

2 GARCIA, Leila Posenato and ZANETTI-RAMOS, Betina Giehl. Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: uma questão de biossegurança. Cad. Saúde Pública [online]. 2004, vol.20, n.3, pp. 744-752.

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resíduos de serviços de saúde. Enquanto que os pequenos geradores muitas

vezes não possuem essa consciência e os conhecimentos necessários

No mesmo texto, condena o descarte nos domicílios, de resíduos de

saúde indevidamente. Por exemplo, pacientes diabéticos que administram

insulina injetável diariamente e usuários de drogas injetáveis, geram resíduos

perfurocortantes, que geralmente são dispostos juntamente com os resíduos

domiciliares comuns.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico,

realizada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

são coletadas diariamente 228.413 toneladas de resíduos no Brasil. Em geral,

estima-se que 1% desses corresponda aos resíduos de serviços de saúde,

totalizando aproximadamente 2.300 toneladas diárias.

1.5 – Riscos decorrentes de descarte indevido

No nosso país, uma pequena parte obedece ao descarte consciente,

isto é, dentro das normas estabelecidas; logo, uma grande parte dos resíduos

de saúde, vai parar nos lixões ou será depositado em aterros sanitários

indevidamente.

Silva3, apresenta algumas doenças relacionadas aos microrganismos

patogênicos presentes nos resíduos de saúde.

3 SILVA, Aída Cristina do Nascimento; BERNARDES, Ricardo Silveira; MORAES, Luiz Roberto Santos and REIS, Joana D'Arc Cad. Saúde Pública [online]. 2002, vol.18, n.5, pp. 1401-1409,

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Fonte: caderno de saúde pública

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CAPÍTULO II

MEIO AMBIENTE

Ao contrario do homem da idade média, o homem atual, retira da

natureza, insumos para sua sobrevivência, excede da utilização desses

recursos interferindo no meio ambiente, ocasionando grande desequilíbrio ao

nosso planeta.

2.1 – Definição

Fogliatti4, considera Meio Ambiente como o conjunto de elementos

constituído pelas águas interiores ou costeiras, superficiais ou subterrâneas,

subsolo, ar, flora, fauna e comunidades humanas e os seus inter-

relacionamentos. Assim, ele pode ser pensado como a união de três

subconjuntos: o meio físico composto pelas águas, o solo e o ar, o meio biótico

composto pela flora e fauna e o meio antrópico composto pelos seres

humanos e seus relacionamentos entre si e com os demais elementos.

2.2 – Impactos Ambientais

São alterações que ocorrem nas propriedades físicas, químicas e/ou

biológicas do meio ambiente, provocada direta ou indiretamente por atividades

humanas podendo afetar a saúde, a segurança e/ou a qualidade de vida.

Segundo Fogliatti, os principais impactos ambientais podem ser:

2.2.1 – Desmatamento de florestas

As principais conseqüências do desmatamento são: Destruição da

biodiversidade; Genocídio e etnocídio das nações indígenas; Erosão e

empobrecimento dos solos; Enchente e assoreamento dos rios; Diminuição

4 Maria Cristina Fogliatti, livro Avaliação de Impactos Ambientais, ed Interciência, 2004

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dos índices pluviométricos; Elevação das temperaturas;

Desertificação;Proliferação de pragas e doenças.

2.2.2 – Poluição do ar Provocada por elementos como monóxido de carbono,

hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio, de enxofre, ozônio, compostos de

chumbo, fuligem e a fumaça branca que produz diversos danos a saúde.

2.2.3 - Efeitos sobre os solos

Como erosão, inundação, etc., provocados, por exemplo, por

desmatamento de áreas.

2.2.4 - O efeito estufa O efeito estufa é talvez o impacto ambiental que mais assusta as

pessoas, pois, pode ocasionar a elevação da temperatura do planeta.

2.2.5 - Destruição da camada de ozônio A destruição da Camada de Ozônio, é um dos mais severos problemas

ambientais da nossa era. As conseqüências mais conhecidas são: o câncer de

pele, problemas oculares, diminuição da capacidade imunológica, etc.

2.2.6 - Chuva ácida

A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes

industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera.

2.2.7 – Alterações climáticas

Decorrentes da destruição da vegetação natural.

2.3 – Vigilância ambiental

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A OPAS5 diz que A Vigilância Ambiental em Saúde é um conjunto de

ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de qualquer mudança

nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente e que interferem

na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e

controle dos fatores de riscos ambientais, relacionados às doenças ou outros

agravos à saúde.

A Vigilância Ambiental em Saúde, segundo o site da Saúde do Rio de

Janeiro, se divide em:

- Fatores de Riscos Biológicos: Têm por objetivo prevenir e monitorar

riscos à saúde humana decorrentes de vetores e reservatórios e acidentes com

animais peçonhentos

- Fatores de Riscos Não Biológicos: Têm por objetivo prevenir e

monitorar riscos à saúde humana decorrentes de contaminantes ambientais

que interferem na qualidade do solo, do ar e da água, assim como, dos

desastres de origem natural e acidentes com produtos perigosos.

2.4 – Tempo de Decomposição de materiais

O quadro a seguir, apresenta-se o tempo médio de decomposição dos

materiais na natureza. MATERIAL TEMPO DE DEGRADACAO

Aço Mais de 100 anos

Esponjas Indeterminado

Luvas de Borracha Indeterminado

Plásticos (embalagens, equipamentos) Ate 450 anos

Sacos e sacolas plásticas Mais de 100 anos

Vidros indeterminado

Papel e papelão Cerca de seis meses

Fonte: site ambiente brasil.com. br

5 Organização Pan-Americana de Saúde, 2011-08-11

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2.5 – Proteção Ambiental

A proteção legal brasileira mostra-se alinhado aos princípios do

desenvolvimento sustentável, englobando conjunto de políticas públicas

consistente: Política Nacional de Meio Ambiente (1981), Constituição Brasileira

(1988), Política Nacional de Recursos Hídricos (1997), Política Nacional de

Educação Ambiental (1999), Lei de Crimes Ambientais (1999), Estatuto da

Cidade (2000). Soma-se a esse conjunto uma extensa lista de leis nos âmbitos

estaduais e municipais, favorecendo o desenvolvimento de ações de controle

ambiental, de responsabilização de agentes poluidores e de priorização no

processo de educação ambiental. (Philippi Jr)

(extraído do site limpurb.salvador.ba.gov.br em 27/07/2011 as 17:40 hrs)

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CAPITULO III

LIXO HOSPITALAR E MEIO AMBIENTE

O consumidor é cada vez mais consciente do peso ecológico e social

de suas próprias escolhas. Assim, para a empresa garantir a satisfação dos

consumidores ela terá, cada vez mais, que fornecer respostas coerentes a

estes assuntos, reconhecendo a crescente sensibilidade do mercado às

temáticas como a sustentabilidade e empenhando-se a atingir resultados

positivos a favor do ambiente. (wwf.org.br).

3.1 – Conscientização mundial

A preocupação com tudo o que está acontecendo no meio ambiente,

pode-se dizer, mundialmente, falando, deve ênfase a partir dos anos 70, entre

várias conferências das Nações Unidas sobre o meio ambiente, a que foi

realizada no Rio de Janeiro, é que foi um marco inicial para a conscientização

da preservação do meio ambiente, ECO-92.

Desta conferência nasceu a Agenda 21, que é um programa de ação,

visando ao desenvolvimento conciliado a métodos de proteção ambiental,

justiça social e eficiência econômica.

3.2 – O que existe para descarte consciente

3.2.1 - PGRSS

A partir de 1993, com a publicação da ABNT, sobre RSS e a

Resolução do CONAMA n. 5, os órgãos de controle ambiental passaram a

exigir o tratamento diferenciado para os RSS.

O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde

(PGRSS) é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo

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de resíduos sólidos. Deve considerar as características e riscos dos resíduos,

as ações de proteção à saúde e ao meio ambiente e os princípios da

biossegurança de empregar medidas técnicas administrativas e normativas

para prevenir acidentes.

A finalidade deste, segundo a Zeltzer6, é estabelecer em cada etapa do

sistema procedimentos detalhados de ações para um manejo seguro, quais

sejam: geração, classificação, segregação, acondicionamento, transporte,

armazenamento, tratamento e disposição final, bem como, treinamento e

utilização adequada de equipamentos de proteção individual (EPI).

3.2.2 - CCIH

É a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar é um dos setores

responsáveis pela elaboração, implantação e desenvolvimento, juntamente

com o setor de higienização e limpeza do PGRSS.

3.3 – Biossegurança

A Biossegurança, de acordo com Sthefano7é a condição de segurança

alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar,reduzir

ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde

humana, animal e vegetal e o meio ambiente.

O artigo que Neves8 escreveu, leva a crer, que a reação é trocada para

precaução, pois, o que esta sendo preservado é a segurança da vida, e ela,

têm sempre que vir na frente de todas as normas, manuais ou regulamentos

que seja.

E ainda, exemplifica com - O caso do amianto é exemplar nesse

sentido: nas primeiras décadas do século XX vários indicadores apontavam

para o perigo do uso desse material, mas a inexistência de provas científicas

6 Zeltzer, Rosine, Pós-Graduada em MBA UFF – editado em 2004 pela NewLab – edição 64 7 Sthepano, Marco Antonio, prof. Dr da USP 8Tatiana Pereira das Neves Mestranda em Saúde Pública – ENSP/Fiocruz Fiocruz); Bolsista de Mestrado CNPq Saúde Soc. São Paulo, v.16, n.3, p.158-168, 2007

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de suas características cancerígenas foi o argumento adotado para sua ampla

difusão.

O uso da precaução nesse período teria impedido a ocorrência de milhares de

mortes que ainda hoje ocorrem devido à exposição a esse agente cancerígeno

em vários países, sendo que em diversos, como o Brasil, o seu banimento

ainda não ocorreu.

3.4 – Educação Ambiental

O INEA pratica os princípios de uma educação ambiental crítica que se

propõe transformadora e emancipatória, trabalhando como sujeitos educativos

diferentes grupos sociais como escolas, populações tradicionais (pescadores,

quilombolas, caiçaras, indígenas etc.), produtores rurais, populações

residentes em unidades de conservação e no seu entorno, grupos sociais

afetados por empreendimentos potencialmente impactantes, técnicos e

gestores ambientais, entre outros. Tendo como meta, apoiar o exercício da

cidadania na elaboração e execução de políticas públicas, por meio da

participação dos cidadãos na gestão dos recursos ambientais e nas decisões

que afetam a qualidade do meio ambiente.

3.5 – Agenda 21

A Agenda 21 é provavelmente o resultado mais importante da

Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento,

realizada no Rio de Janeiro, em 1992. É a mais ambiciosa e completa tentativa

de especificar quais ações serão necessárias, em nível global, para reconciliar

o desenvolvimento com as preocupações ambientais. O princípio dos três Rs,

surgiu desta criação, o qual significa a redução, advinda do uso de matérias-

primas e energia, e do desperdício nas fontes geradoras; reutilização, que é o

reaproveitamento direto de um produto; e reciclagem, que é o

reaproveitamento de matérias-primas. (Agenda21 Local)

A partir de sua adoção por todos os países representados na ECO 92,

ela guiará as ações na direção no desenvolvimento sustentável nos próximos

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anos e será o texto-chave para todos os implicados na formulação de políticas

e práticas para a sustentabilidade. (Agenda21 Local)

Um dos de seus principais temas é a necessidade de erradicar a

pobreza, dando aos pobres acesso aos recursos que necessitam para viver

sustentavelmente. A Agenda 21 não é uma agenda ambiental: é uma agenda

para o desenvolvimento sustentável, que prevê ações concretas a serem

implementadas pelos Governos e sociedade civil, em todos os níveis (federal

estadual e local).(Agenda21 local)

3.6 – Sustentabilidade

Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as

necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as

necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os

recursos para o futuro.

Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de

harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação

ambiental. Augusto9, escreveu uma definição de sustentabilidade:

... que não esgota mas conserva e realimenta sua fonte de recursos naturais, que não inviabiliza a sociedade mas promove a repartição justa dos benefícios alcançados, que não é movido apenas por interesses imediatista mas sim baseado no planejamento de sua trajetória e que, por estas razões, é capaz de manter-se no espaço e no tempo...

Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa

9 Augusto, Lia Giraldo da Silva – Epidemiologia e Serviços de Saúde, pág 178 vol 12 n. 4 – out/dez de 2003

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Fonte: site wwf.org.br

3.7 – Ecoeficiência

Uma forma de redução da geração de resíduos e desperdícios em

estabelecimentos de saúde, seria usar a ecoficiência, segundo Sisinno10, é o

fornecimento de bens e serviços a preços competitivos que satisfaçam as

necessidades humanas e que tragam qualidade de vida.

De acordo com os princípios da ecoeficiência, o gerenciamento dos

resíduos deveria privilegiar, em ordem de prioridade, a não geração, a redução

da geração, a reciclagem, e finalmente o tratamento ou disposição final. Nesse

sentido, a identificação das fontes geradoras é uma etapa de extrema

importância quando o enfoque é a não geração ou a redução da geração. Esse

enfoque pode ser ressaltado nas próprias resoluções da ANVISA e CONAMA .

3.8 – Programas de Qualidade

Uma das metas a ser atingidas é alcançar a qualidade de atendimento

ao paciente, Arouca, enfatiza isso, e diz ainda que muitas tem investido na

participação de programas como os de Controle de Infecção Hospitalar e

Acreditação Hospitalar. Além disso, vários estabelecimentos de saúde vem

almejando também os certificados da ISO 9000 que trata dos requisitos para

boas práticas de manejo que pretendem assegurar que a organização possa

10 Sisinno, Cristina Lucia Silveira, e Moreira, Josino Costa – Cad. Saúde Publica, RJ 1893-1900 nov-dez, 2005

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oferecer produtos ou serviços que atendam as exigências de qualidade dos

clientes.

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CAPÍTULO IV

O LIXO HOSPITALAR NO RIO DE JANEIRO

4.1- Breve história dos RSS no RJ:

No município do Rio de Janeiro, a preocupação com os Resíduos dos

Serviços de Saúde existe há décadas. A partir de 1989, a Comlurb, Companhia Municipal de Limpeza Urbana,

foi chamada para intervir na higiene e gerenciamento interno dos resíduos dos

RSS dos três maiores hospitais municipais do RJ, o Lourenço Jorge, Miguel

Couto e Souza Aguiar. Em 1993, a mesma empresa coletora inicia a

implantação do PGRSS nestes hospitais, inicialmente o Souza Aguiar e em

seguida Miguel Couto e Lourenço Jorge, respectivamente.

Em 1998, a Comlurb realiza nos EAS, por meio de peça teatral e

palestras, campanhas para a conscientização dos profissionais de saúde

quanto ao correto descarte, acondicionamento e armazenamento dos RSS.

Em novembro de 2001, é publicado o Decreto 20.738, que institui o

Programa Emergencial de Fiscalização do Lixo Hospitalar, atribuindo à

Comlurb a função de fiscalizadora.

Em dezembro de 2001, é formado um Grupo Técnico, tendo por

objetivo uniformizar conceitos e ações para a fiscalização dos RSS no

município do Rio de Janeiro, composto por: Vigilância Sanitária Estadual e

Municipal, Secretaria de Meio Ambiente, Comissão de Controle de Infecção

Estadual e Municipal, Secretaria Municipal de Saúde e Comlurb.

Em janeiro de 2002, são treinados 300 orientadores ambientais da

Comlurb, com o objetivo de orientar os responsáveis dos EAS quanto ao

cumprimento da legislação vigente.

Em 28 de janeiro de 2003, é publicada a Norma Técnica COMLURB

42-60-01, que estabelece os procedimentos para a segregação na fonte,

acondicionamento, estocagem, coleta, transporte, tratamento e destinação final

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dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) gerados no Município do Rio de

Janeiro.

Quanto ao tipo de gerador de RSS, ficou assim definido:

1. Pequeno Gerador – é o estabelecimento público ou privado, com

atividades comerciais, industriais ou assistenciais de saúde, que produz,

diariamente, até 120 (cento e vinte) litros ou 60 (sessenta) quilogramas de

resíduos que possam ser classificados como lixo domiciliar.

2. Grande Gerador – é o estabelecimento público ou privado, com

atividades comerciais, industriais ou assistenciais de saúde, que produz,

diariamente, mais de 120 (cento e vinte) litros ou 60 (sessenta) quilogramas de

resíduos que possam ser classificados como lixo domiciliar.

3. Pequeno Gerador de Lixo Infectante – é o Estabelecimento

Assistencial de Saúde que produz, diariamente, até 50 (cinqüenta) litros

resíduos que possam ser classificados como Lixo Infectante.

4. Grande Gerador de Lixo Infectante – é o Estabelecimento

Assistencial de Saúde que produz, diariamente, mais do que 50 (cinqüenta)

litros resíduos que possam ser classificados como Lixo Infectante.

4.2 – Responsabilidades das EAS para com os seus RSS: Cabe à administração dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde

ou dos condomínios de edificações de uso misto a gestão dos resíduos sólidos

de serviços de saúde (lixo infectante, lixo químico, lixo radioativo e lixo comum)

gerados nos locais sob sua responsabilidade, incluindo a segregação na fonte,

acondicionamento, estocagem, coleta, transporte, valorização, tratamento e

disposição final.

A administração dos EAS ou dos condomínios de edificações de uso

misto poderá realizar a coleta, transporte, tratamento e destinação final do Lixo

Infectante e do Lixo Comum por meios próprios, desde que devidamente

credenciada pela Comlurb, ou optar pela contratação de empresas

especializadas credenciadas pela Comlurb ou ainda contratar diretamente a

Comlurb mediante pagamento dos preços estipulados na Tabela de Serviços

Especiais.

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A administração dos EAS ou dos condomínios de edificações de uso

misto deverá realizar a coleta, transporte, tratamento e destinação final do Lixo

Químico de acordo com as normas e especificações da Fundação Estadual de

Engenharia de Meio Ambiente – FEEMA e da Secretaria de Meio Ambiente da

Cidade do Rio de Janeiro – SMAC.

A administração dos EAS deverá realizar a coleta, transporte,

tratamento e destinação final do Lixo Radioativo de acordo com as normas e

especificações da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN.

Nas edificações de uso misto, cabe aos geradores dos resíduos

promover a segregação na fonte e o correto acondicionamento dos mesmos,

de acordo com os procedimentos estabelecidos no item 6.01.

Cabe à Comlurb, à SMAC e à Vigilância Sanitária Municipal

fiscalizarem o cumprimento às disposições desta Norma Técnica, reservando-

se o direito de realizar inspeções periódicas nas áreas internas dos

Estabelecimentos Assistenciais de Saúde e das edificações de uso misto.

Cabe à Comlurb realizar a remoção gratuita dos resíduos infectantes

de pessoas físicas portadoras de doenças infecto-contagiosas graves, como

AIDS e outras, bem como dos indivíduos que efetuem hemodiálise em sua

própria residência.

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CONCLUSÃO

As atividades de um estabelecimento de saúde têm que fazer coleta

seletiva, visando à redução do lixo que realmente deverá receber tratamento

especializado.

Apesar de haver uma extensa legislação, manuais e programas sobre o

assunto, acontecem coisas que não deveriam existir.

E onde o trabalho é realizado em condições adequadas, sempre

fazendo palestras e dando cursos sobre o assunto, a garantia de que os rss

serão separados, acondicionados e identificados de forma correta a fim de

serem transportados interna e externamente para armazenagem em local

seguro, e posteriormente levado para um lugar definido e ecologicamente

correto; da ao funcionário, satisfação e confiança em saber que estar

contribuindo para a diminuição ou a não agressão ao meio ambiente.

E quando ao gestor, terá a consciência de dever cumprido, pois, estará

cumprindo a legislação, valorizando os seus funcionários, respeitando seus

clientes, reduzindo custos e pensando nas gerações futuras.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ASSAD,Carla; COSTA,Gloria; BAHIA, Sergio Rodrigues Manual higienização de estabelecimentos de saúde e gestão de seus resíduos - Rio de Janeiro: IBAM/COMLURB, 2001 BORBA, Valdir Ribeiro – Do Planejamento ao Controle de Gestão Hospitalar - – Editora Qualitymark, 2008;

BRILHANTE, Ogenis Magno; CALDAS, Luiz Querino de A. Gestão e Avaliação em Saúde Ambiental Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2004.

FOGLIATTI, Maria Cristina, livro Avaliação de Impactos Ambientais, ed Interciência, 2004

MONTEIRO, José Henrique Maria Cristina; FILLIPPO, Sandro; GOUDARD, Beatriz – Avaliação de Impactos Ambientais - Editora Interciência, 2004. Penido;ZVEIBIL, Victor Zular Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Rio de Janeiro: IBAM, 2001.

PHILLIPI JR, Arlindo; PELICIONI,Maria Cecília F. – Educação Ambiental e Sustentabilidade - Edi. Manole

SILVA, Aída Cristina do Nascimento; BERNARDES, Ricardo Silveira; MORAES, Luiz Roberto Santos; e REIS, Joana D'Arc Parente dos. Critérios adotados para seleção de indicadores de contaminação ambiental relacionados aos resíduos sólidos de serviços de saúde: uma proposta de avaliação. Cad. Saúde Pública [online]. 2002, vol.18, n.5, pp. 1401-1409. ISSN 0102-311X. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2002000500032.

VELLOSO, Marta Pimenta. Os restos na história: percepções sobre resíduos. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 6, dez. 2008 . <http://www.scielo.br/scielo.phpng=pt&nrm=iso>. acessos em 22 jul. 2011

ZELTZER, Rosine – caderno de saúde publica (NewsLab – ed. 64, 2004) acesso 28/07/2011.

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WEBGRAFIA

ABNT NBR 14652:2001 Coletor-transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde

ABNT NBR 12809:1993 Manuseio de resíduos de serviços de saúde - procedimento

ABNT NBR 12807:1993 esíduos de serviços de saúde – Terminologia

ABNT NBR 12808:1993 Resíduos de serviço de saúde - Classificação

ABNT NBR 12810:1993 Coleta de resíduos de serviços de saúde – Procedimento

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente RESOLUÇAO CONAMA N.5

de agosto de 1993 – dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos

gerados nos portos , aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.

http://ww.mma.gov.br/port/conama/legiabre.dfm

CONAMA –RESOLUÇAO CONAMA N.358 de 29 de abril de 2005, dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúdehttp://ww.mma.gov.br/port/conama/legiabre.dfm

CONAMA – LEIS N. 12705/2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências

http://www.saude.gov.br, acesso 20/07/2011 http:// www.portalsaofrancisco.com.br/ acesso 20/07/2011 http://www.lixohospitalar.vilabol.uol.com.br acesso 20/07/2011

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ANEXOS

Anexo 1 – Reportagem do Fantástico do 17/07/2011 - 36

Anexo 2 – Grupamento de Operações com produtos perigosos

oferecem treinamento 35

Anexo 3 – RESPONSABILIDADE SOCIO AMBIENTAL 36

Anexo 4 - Lixo Hospitalar em local irregular é recolhido 37

Anexo 5 – Pesquisa IBGE – PRIORIDADE 38

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Anexo 1

Reportagem do Fantástico do dia 17/07/2011

Lixo hospitalar é descartado de maneira inadequada Para conseguir os flagrantes, viajamos para cidades do Sudeste, do Centro-Oeste e do Nordeste. Encontramos resíduos médicos queimados, sem tratamento, lixo hospitalar enterrado em uma vala comum.

Uma reportagem especial mostra um escândalo que ameaça a saúde pública, causado justamente por quem deveria cuidar dela. O repórter Maurício Ferraz denuncia uma ameaça à saúde pública e encontra uma grande quantidade de seringas e agulhas em lixo comum. São áreas de alto risco de contaminação, por onde passam muitas pessoas e animais. Para conseguir os flagrantes, viajamos para cidades do Sudeste, do Centro-Oeste e do Nordeste. Encontramos resíduos médicos queimados, sem tratamento, lixo hospitalar enterrado em uma vala comum. Na maior cidade do Brasil, uma denúncia grave: lixo hospitalar misturado com lixo comum no Hospital São Paulo, um centro de referência na rede pública da capital paulista. Em um mês de investigação jornalística, flagramos todo o caminho da irregularidade: da origem, nos hospitais, ao destino final, nos lixões.

• Em todo o Brasil, 72% das cidades jogam o lixo em lugares inadequados

• Lixo atômico produzido em Angra 1 permanece na usina

Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o lixo do hospital regional, o maior da rede pública do estado, fica em um depósito, onde há resíduos do Grupo A. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), lixo do Grupo A é o que apresenta risco de infecção pela possível presença dos chamados agentes biológicos - ou seja, vírus e bactérias. O caminhão roda cerca de 10 quilômetros, entra no lixão e joga tudo lá, sem nenhum tratamento.

Nós fomos conferir e encontramos frascos de remédios e seringa. Um catador afirma: “jogaram lixo residencial para tampar o lixo hospitalar”. Outro caminhão descarrega material hospitalar. Os funcionários da empresa usam máscaras. Um córrego passa dentro do lixão de Campo Grande, e há animais por todo lado. Mostramos as imagens para o professor Arlindo Philippi Júnior, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Ele diz que o risco de contrair doenças não se limita aos catadores. Bactérias e vírus podem ser levados por insetos e animais domésticos. “Se ele entra na sua casa, há algum risco de ele levar aquele tipo de contaminante para esse seu espaço doméstico. Existem estudos epidemiológicos mostrando os problemas de saúde relacionados à questão da disposição inadequada de resíduos”, aponta Arlindo. A empresa que faz a coleta do lixo hospitalar em Campo Grande disse, por telefone, que foi a prefeitura que indicou para onde os resíduos devem ser levados. Segundo o secretário de obras, o problema será resolvido até o fim do ano, com a construção de um aterro. “Vai existir a usina de beneficiamento de lixo hospitalar, de acordo com as normas da Anvisa, de todas as

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normas que envolvem isso”, afirma João Antonio de Marco, secretário de obras de Campo Grande. Em Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, a 45 quilômetros de Brasília, o lixo dos 61 mil habitantes vão para um lixão que fica praticamente dentro da cidade. Flagramos crianças e adolescentes trabalhando. Um menino de 11 anos ajuda os funcionários da prefeitura a descarregar o lixo. Registramos o momento em que um caminhão da prefeitura chega, com lixo comum e lixo hospitalar, tudo junto. No meio dos resíduos hospitalares, encontramos muitos cachorros. “Eu posso te garantir que não é lixo proveniente da Secretaria Municipal de Saúde, ou seja, dos postos de saúde bem como do hospital”, explica secretário de Saúde, Geraldo Lacerda. Não foi o que constatamos no lixão. No local, não encontramos nenhum papel de clínica particular, só do hospital da prefeitura. “Vou comunicar ao prefeito e pedir à Policia Civil que investigue para saber de onde está vindo esse lixo”, diz Geraldo Lacerda. No Brasil, a maior parte do lixo hospitalar vai parar em lixões. “Cerca de 60% dos resíduos de saúde coletados hoje são descartados de maneira inadequada, em locais impróprios, trazendo um grande problema, um grande risco à saúde pública", explica o diretor executivo da Associação Brasileira de empresas de Limpeza Pública, Carlos Silva Filho. Nossa equipe registra outro flagrante em Luziânia, Goiás, também no entorno de Brasília, com 160 mil habitantes. O Instituto Médico Legal da cidade atende oito municípios da região. Segundo os catadores do lixão, uma vez por semana chega o lixo do IML. “É ponta de agulha, calça, camisa, calçado”, conta Valdevino Rodrigues. Também encontramos muito resíduo de hospitais e clínicas. No local, havia ainda o filtro usado em sessões de hemodiálise. Encontramos também uma grande quantidade de seringa e agulha. O material é infectante, só que é jogado junto com o lixo comum. A máquina vem e mistura tudo. Sem saber que era gravado, um funcionário do hospital municipal de Luziânia confirma. Fantástico: Fica tudo misturado? Funcionário: Tudo misturado. Fantástico: Inclusive de cirurgia, de centro cirúrgico? Funcionário: Tudo. E depois vai lá para o lixão. À noite, o risco de se machucar é bem maior. No meio do resto de lixo hospitalar, tem várias agulhas, e o catador fica bem próximo, sem luva, sem nenhuma proteção. Entre os resíduos hospitalares, há um plástico considerado valioso. “É a chamada mangaba branca. É o produto mais caro que tem aqui”, conta um catador. Ele revela que vende a R$ 2 o quilo e quem compra são as empresas de reciclagem. As normas de saúde proíbem que esse tipo de material seja reciclado sem antes ser desinfectado. Para ser reciclado, o plástico é derretido. Esse processo elimina a contaminação. “O resíduo é submetido a um processo de altas temperaturas. Nessas altas temperaturas, as bactérias e os vírus são exterminados”, diz o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. “O resíduo já tratado está triturado e não permite a reutilização na função original dele. Está completamente descaracterizado”, aponta diretor da empresa de tratamento de resíduos, Celso Guido Braga. “A coleta do lixo hospitalar é separadamente. Provavelmente, por falta de equipamento. O nosso trator ficou de 10 a 15 dias estragado e ficou fora do lixão. Pode ter acontecido de ter sido misturado”, declara o secretário de Meio Ambiente de Luziânia, Télio Rodrigues. Sobre o lixo do IML, o secretário de Meio Ambiente de Luziânia diz que não tem o que fazer:

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“Infelizmente, o único local para acomodar o lixo é irregular”. Agora vamos para o Sudeste e para o Sul do Brasil. No mês passado, em Tapejara, no Paraná, a polícia descobriu um depósito clandestino com quase 100 toneladas de lixo hospitalar. A empresa que armazenava os resíduos foi multada em R$ 150 mil. Também no mês passado, um caminhoneiro foi preso em flagrante quando descarregava lixo hospitalar em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. “Peguei nos hospitais”, revela o motorista. Perto do lixão há um rio. “É um crime ambiental pertinente a essa conduta é punido com reclusão de um a quatro anos. Está sendo alimentado com investigação que pretende estabelecer quem está se aproveitando do dinheiro público que deveria ser investido ao descarte regular desse lixo hospitalar”, afirma o delegado Fábio Pacífico. Em nota, a prefeitura de Belford Roxo disse que não autoriza o despejo de lixo hospitalar no aterro e que está averiguando as irregularidades. “Não deve chegar em lixões. O resíduo deve chegar em aterro sanitário devidamente e previamente tratado e acondicionado”, afirma a gerente de tecnologia em serviços de saúde da Anvisa, Diana Carmem Oliveira. Queimar resíduos hospitalares apenas com álcool comum não é suficiente para eliminar a contaminação. Mas foi o que nossa equipe encontrou no Nordeste, em Itabaiana, no estado de Sergipe, com 86 mil habitantes. “São coisas que acontecem às vezes, que fogem da gente, mas a gente tem a obrigação de corrigir”, declara o prefeito de Itabaiana, Luciano Bispo. Foi em Aracaju, a capital sergipana, que flagramos lixo hospitalar sendo enterrado, sem nenhum tratamento. Registramos tudo, passo a passo. Primeiro, os resíduos saem do Hospital Estadual de Urgência, um dos principais de Sergipe. Depois, tudo é jogado no lixão da cidade. “Totalmente ilegal. Não existe licença dos órgãos ambientais responsáveis e é uma atividade que está se tornando pior e medidas precisam ser adotadas”, aponta a promotora de Justiça Adriana Ribeiro Oliveira. Em nota, a empresa que faz a coleta do lixo hospitalar em Aracaju disse que foi contratada apenas para recolher e transportar os resíduos até o aterro. O lixão de Aracaju fica a cerca de 4,5 quilômetros do aeroporto. A lei determina que, por segurança, aterros e aeroportos devem ficar separados por pelo menos 20 quilômetros. Nossa equipe sobrevoou a área e viu o perigo de perto. Há muitos urubus. Desde 2005, o Ministério Público pede o fechamento do lixão. Desse período até agora, houve 26 colisões entre aviões e aves na região. Só este ano, foram 12. A prefeitura de Aracaju diz que tem um projeto pronto de um novo aterro, mas falta a licença ambiental. A presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos, Lucimara Passsos, afirma que, se o lixão for fechado, não tem onde por lixo. “O que não dá para permanecer são as duas situações no mesmo local. Ou fecha o aeroporto ou fecha o lixão”, afirma o promotor de Justiça Carlos Henrique Siqueira Ribeiro. O destino agora é São Paulo. Durante a apuração dessa reportagem, nossa equipe esteve em cinco dos principais hospitais públicos da capital paulista. Encontramos irregularidades no Hospital São Paulo, um dos mais importantes da rede pública, ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em uma área, fica o lixo contaminado, que depois é recolhido em caminhões próprios. Até então, está tudo aparentemente correto. Já no depósito de lixo comum, havia um saco com líquido, aparentando ser sangue. Nossos produtores conversam com um funcionário da limpeza do Hospital São Paulo. Eles mostram o soro sendo descartado no lixo comum. E o funcionário diz está surpreso.

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“Ele tem características de lixo hospitalar. Ele tem seringas e cateteres. Não deveria estar no lixo comum”, aponta o professor Arlindo Philippi Junior, da Faculdade de Saúde Pública da USP. Procuramos a direção do Hospital São Paulo. Em nota, disse que não existe descarte de lixo infectante com o comum e que esse tipo de resíduo é acondicionado em local apropriado e isolado. Diante de tantos riscos para a saúde pública, qual seria a solução? Para o Ministério do Meio Ambiente, a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrou em vigor em dezembro passado, pode ajudar. Até 2014, os lixões devem ser substituídos por aterros sanitários devidamente organizados e fiscalizados. “É um problema histórico que, para ser resolvido, vai levar alguns anos. Certamente, há contaminação do solo, do subsolo e do meio ambiente de uma forma mais geral. Portanto, é um problema ambiental bastante grave”, destaca o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki.

Em todo o Brasil, 72% das cidades jogam o lixo em lugares inadequados

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No Piauí, a situação é mais grave. A capital Teresina não tem um único aterro sanitário, só lixão.

Você acha que na Inglaterra a moça enterraria o cigarro na areia? “Não, em Londres não tem praia”, debocha a turista inglesa. A amiga tenta consertar e diz que pode recolher, mas achar a guimba não é fácil. Agora imagine o trabalho dos garis no fim de um dia de praia lotada? Quer saber o quanto esta sujeira toda pesa? O Fantástico fez o teste em quatro regiões do Brasil, medindo o volume de lixo recolhido ao longo de um quilômetro de praia, em um domingo de sol. Os trechos escolhidos são os mais badalados do litoral. Começamos lá em cima no mapa, Fortaleza, no Ceará. A imagem não combina nada com a beleza da Praia do Futuro. No local, os garis recolheram 800 quilos de lixo. O mais comum é a casca de coco. Nossa equipe encontrou uma "salada de frutas" na Praia da Redinha, em Natal, Rio Grande do Norte. No local, o pessoal fica tão acomodado que nem ouve o aviso. O alto-falante avisa: "banhista, por favor, não jogue lixo na praia". Somando pernas de caranguejo e o que ficou pela areia, foram 1,55 mil quilos de lixo. Na capital pernambucana, os recifes, que deram nome à cidade, são agredidos pelos copos plásticos. Em um quilômetro da Praia de Boa Viagem, foram recolhidas 2,5 toneladas de resíduos. E agora um salve para Salvador. No teste feito pelo Fantástico no ano passado, Piatã tinha ficado com o título de praia mais suja do Brasil. Foram 7,5 toneladas de lixo. Desta vez, os baianos tiveram um desempenho muito melhor: 2 toneladas e 390 quilos. E o domingão na Baixada Santista? O rap está animado, mas é preciso guardar fôlego para juntar 2.150 quilos de lixo que os banhistas deixaram para trás. “É horrível entrar no mar e não conseguir andar de tanta sujeira”, comenta a estudante Aline Pires. “Nasci e me criei aqui. A gente lamenta muito a sujeira e a falta de consciência”, critica o aposentado Adilson Masagão. Nós também lamentamos. No Sul, encontramos praias mais limpas. Canasvieiras, no norte da ilha de Florianópolis, está cheia de turistas nessa época, e encontramos mais gente com o péssimo hábito de enterrar o lixo. De lixinho em lixinho, foram 800 quilos de resíduos. E olha que a cada 30 metros tem uma lixeira. Mas o volume que pesamos foi só do lixo que estava na areia. Capão da Canoa é a praia preferida dos gaúchos. Estreante no teste, foi a que se saiu melhor. Foram recolhidos 700 quilos de lixo em um quilômetro. E qual é a praia que melhor representa o Brasil? A primeira que vem à cabeça é Copacabana. Nós pulamos o Rio de Janeiro no mapa de propósito, porque a sede da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 ganhou medalha de ouro em lixo na praia. Foram 2,8 mil quilos. Mais que triplicou em relação ao ano passado, quando foram coletados 870 quilos de lixo. As lixeiras existem. O problema é que o povo não parece disposto a andar até elas, mas quem gosta de limpeza, dá um jeito. “Trouxemos uma bolsinha, e estamos colocando na bolsinha”, revela a professora Alina dos Santos. “O cidadão precisa entender que cuidar do espaço público para que todos possam frequentar esse espaço com qualidade, uma coisa limpa, e principalmente porque nós estamos vendendo turismo”, comenta o diretor da Comlurb, Luis Guilherme Gomes. A verdade é que nas praias apenas reproduzimos o comportamento que temos nas ruas. No

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Brasil o espaço público ainda é tratado não como sendo de todos, mas como terra de ninguém. No Rio de Janeiro, todos os dias, são recolhidos 3,2 mil toneladas de sujeira. Não é à toa que a Avenida Rio Branco, no centro da cidade, precisa ser varrida cinco vezes por dia. Para que pegar o panfleto, se vai jogar no chão? Haja gari para recolher meia tonelada de resíduos por dia. “Quanto mais gari a gente bota na rua, mais lixo aparece”, diz a presidente Comlurb, Angela Fonti. A região Sudeste é a que mais gera lixo. São 89 mil toneladas por dia - uma média de 1,2 quilo por habitante. Na cidade de São Paulo, a maior do Brasil, há ruas e calçadas transformadas em lixões. No centro da cidade, sem a menor cerimônia, eles vêm e jogam de tudo. Depois, vem a prefeitura e limpa. Ao todo, são 13 toneladas de restos de móveis, tábuas, pneus. A prefeitura lava o chão, e tudo fica limpinho, por alguns minutos. Às 16h, já está formado de novo o lixão. E isso acontece em 1,3 mil pontos da cidade já mapeados pela prefeitura de São Paulo. Só que saber o tamanho do problema não é a mesma coisa do que ter uma solução. “É importantíssimo que o cidadão que more ou use a cidade tenha espírito de cidadania no sentido de tratar o bueiro onde eventualmente um saco de lixo entupa, como o jardim da sua casa, como uma sala de visitas”, afirma o secretário municipal da coordenação das subprefeituras de SP, Ronaldo Camargo. Uma sala de visitas para a qual ninguém quer ser convidado. Com tanto lixo espalhado, chega a chuva. É a receita de desastre. Uma boca de lobo mostra bem o que acontece quando tem lixo na rua e chove. A água arrasta o lixo para dentro do esgoto, que funciona como se fosse um tampão. Se a água não tem para onde escorrer, a cidade enche. Só nesta operação, foram 300 quilos de lixo recolhidos. Um super jato de água foi usado para desentopir os bueiros. “Provoca a própria morte, para ele mesmo e para a família, jogando as coisas na rua, sem responsabilidade nenhuma. Sem pensar no amanhã”, ressalta o gari Rogério Ferreira Mas amanhã o lixo está nos córregos. O trabalho de limpeza do córrego Itaquera começou há três meses e, nesse período, as máquinas só conseguiram avançar 700 metros. Mas, em um trecho, já tiraram mais de 8 mil toneladas de lixo. Dá mais de oito milhões de quilos. “Quando a gente vê, a gente fala para não jogar, porque, quando alaga, são as nossas casas que enchem, não é a deles. Mas a gente não pode fazer mais nada do que isso. Eles viram a cara e não estão nem aí. Jogam mesmo”, revela a dona de casa Verusa Ferreira. Que diferença de Caxias do Sul, no Rio Grande, onde encontramos um córrego sem lixo. Coisa de cidade pequena? Não é. Caxias do Sul tem quase 500 mil habitantes e foi a primeira do Brasil a implantar a coleta mecanizada. Funciona assim: em vez de deixar o lixo na calçada, na frente de casa, os moradores caminham um pouco e deixam o lixo separado em dois contêineres. O verde é para lixo orgânico. O amarelo, para o reciclável. Depois, vem o caminhão e recolhe, sem que alguém precise tocar o lixo. Uma vez por semana, a coleta é acompanhada do caminhão de limpeza que junta o container, lava, e devolver bem limpinho para a rua. Assim, nunca tem cheiro. Sônia Bridi: não dá muito trabalho? Eledina Spadetto: Não, é melhor do que antes que ficava ali frente. Ficava ali um ou dois dias. Assim, a gente leva e põe lá. Pode chove e cachorro não rasga.Não faz sujeira nenhuma. “Nós acabamos de ver as cenas do lixo correndo para a boca de lobo provocadas pelas enxurradas. Essa cena na área dos contêineres felizmente acabou”, diz o diretor da empresa de coleta, Adiló Didomênico.

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“Adoro morar aqui, acho minha cidade muito limpa e muito linda”, comenta uma mulher. O lixo reciclável vai para cooperativasde catadores. Outra Caxias, outro mundo. Duque de Caxias, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O trabalho duro de homens e mulheres que tiram a vida do lixo inspirou o artista Vik Muniz. Ele documentou o processo em que os catadores trabalham com ele em uma série de retratos. O filme "Lixo Extraordinário" concorre ao Oscar de Melhor Documentário. Jardim Gramacho ganhou notoriedade, porque é o maior, não porque é raro. No Brasil inteiro, são 1.688 lixões, que recebem 22 milhões de toneladas de lixo por ano. O lixo é depositado em condições inadequadas, agredindo a natureza e a saúde da população. Em todo o Brasil, 72% das cidades jogam o lixo em lugares inadequados. No Piauí, a situação é mais grave. A capital Teresina não tem um único aterro sanitário, só lixão. Para ser chamado de aterro sanitário, precisa ser como o de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Ele só recebe o lixo que não pode ser reciclado. O chorume, aquele líquido que sai de matéria orgânica em decomposição, é tratado e volta a ser água limpa. E o gás metano, que tanto agride o planeta, é coletado e vira energia. Transformar lixões em aterros sanitários no Brasil seria um passo importante. Mas solução mesmo só com coleta geral, educação e fiscalização. “Então, acho que a sensação de impunidade que existe em outras áreas, no trânsito, até no crime comum, acaba indo para essa área da limpeza. Isso gera uma cadeia perversa de impunidade”, conclui o professor de Ciência Ambiental da UFF, Emílio Eigenheer.

ANEXO 2

O GLOBO (SERRA) DIA 30/07/2011)

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A luta de dois anos dos moradores de Córrego d’Antas, em Nova Friburgo, contra um vizinho muito incômodo está perto de chegar ao fim: a empresa Creamor, que faz incineração de resíduos hospitalares e cremação de animais, pode ser fechada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) por descumprir exigências. A queima, que geralmente ocorre durante a madrugada, libera uma fumaça preta, extremamente tóxica, que afeta os vizinhos e o meio ambiente.

Segundo o Inea, a Creamor foi notificada e multada diversas vezes no último ano. Assessores informam que está sendo estudada a possibilidade de a incineradora ser fechada, já que, nas últimas visitas da fiscalização, as exigências não haviam sido cumpridas. Entre as principais demandas não obedecidas estão a instalação de filtros e a especificação do destino dos resíduos provocados pela cremação.

A prefeitura de Nova Friburgo parece distante do problema. Alheia à poluição e à reivindicação dos moradores, informa que a Creamor tem alvará para funcionar e licença ambiental emitida pelo Inea. A Secretaria municipal de Meio Ambiente esteve há três semanas no local e verificou a validade dos documentos, assim como a autorização para funcionar como crematório de animais e incineradora de resíduos hospitalares.Um comerciante que prefere não se identificar afirma que, após a chegada do lixo, um odor forte toma o ar:

— Fico preocupado pela minha família. De tanto a gente questionar, a empresa mandou construir um muro alto, e não sabemos mais o que eles queimam lá dentro. Todo dia tem fumaça. Para o presidente da Associação de Moradores de Córrego d’Antas, Sandro Schottz, a existência de uma incineradora ali é arbitrária, já que não foi feita uma consulta popular para saber se as pessoas eram a favor da atividade na região.

— O bairro fica num vale, e a fumaça se concentra toda aqui dentro. Além disso, temos famílias morando a apenas 300 metros do local, sem falar na saúde dos funcionários das fábricas e crianças dos projetos sociais do entorno — protesta Schottz.

Anexo 3 -

Exemplo a ser seguido:

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RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Vanguarda no cuidado com o lixo hospitalar Além de rigorosamente dentro da lei, essa organização permitiu uma economia mensal de 20%a 30% em relação ao processo realizado antes.“Todos os pavimentos do hospital contam com recipientes específicos e também com uma sala de descarte, onde cada tipo de resíduo é armazenado até ser levado ao abrigo externo, local provisório de acondicionamento do lixo até seu recolhimento para descarte definitivo”, explica Robson, destacando a constante limpeza do abrigo externo, outro diferencial do Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS). O descarte final do lixo hospitalar passa por um severo monitoramento, garantindo que toda a coleta vá para um aterro sanitário, manipulada por pessoas habilitadas e que utilizam equipamentos de proteção, como luvas, procedimentos exigidos pelo padrão internacional de Acreditação da JCI. “Nossa responsabilidade só acaba quando o lixo é descartado no aterro sanitário”, ressalta Martha. A reciclagem do lixo hospitalar – ainda rara nos municípios brasileiros – também faz parte do PGRSS do hospital. “O recolhimento dos resíduos gera risco e alto custo para o hospital. No entanto, a partir do correto descarte e de simples procedimentos, transformamos muitos desses resíduos infectantes em recicláveis e comuns, obtendo eficiência e gerando economia mensal para a instituição”, orgulha-se Robson. Brasil gera cerca de 150 mil toneladas de resíduos urbanos por dia. Desse montante, de 1% a 3% são resíduos de serviços de saúde (RSS), mais conhecidos como lixo hospitalar. Por sua crescente produção e pelos riscos de contaminação humana e degradação do meio ambiente, o lixo hospitalar é um desafio para administradores e autoridades de saúde. No HSVP, a preocupação com o lixo hospitalar é antiga. “Mesmo antes de receber a certificação de qualidade, conferida pela Joint Commission International (JCI) em 2008, o hospital já mantinha processos eficazes para tratar e descartar esse material”, conta a gerente de Qualidade, Martha Lima. Desde 2006, o HSVP desenvolveu um programa especial para tratar dos 312 mil litros de lixo hospitalar que produz mensalmente. O objetivo, segundo o coordenador de risco do HSVP, Robson Luiz Maciel, era reduzir a quantidade gerada e encaminhar os resíduos de maneira segura, protegendo colaboradores e preservando a saúde pública e os recursos naturais. O processo de segregação do lixo passou a ser iniciado dentro de cada setor do hospital, através da separação em cinco categorias: biológico, químico, radioativo, comum/ reciclável e perfurocortante

Anexo 3

Lixo hospitalar em local irregular é recolhido pela Semam

publicado 17/02/2011 às 15:59 - Atualizado em 17/02/2011 às 16:00

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Não foi possível identificar o infrator, que deixou seringas, frascos de medicamentos e resíduos nas margens da Avenida da Integração.

Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)

A Secretaria de Meio Ambiente de Novo Hamburgo – Semam recebeu e apurou uma denúncia sobre lixo hospitalar depositado nas margens da Avenida Integração, em Lomba Grande, na última segunda-feira, 14.

Os agentes de fiscalização ambiental foram até o local e constataram a ação criminosa. Foram encontrados dois sacos de lixo cheios de resíduos hospitalares, seringas e frascos de medicamentos. O lixo foi vistoriado, mas não foi possível identificar o infrator. A equipe recolheu os detritos do local e encaminhou ao destino adequado.

De acordo com o gerente de Fiscalização Ambiental da Semam, Anderson Bertotti, a Lei Federal dos Crimes Ambientais 9605/1998 prevê pena de prisão de um a quatro anos, e multa de no mínimo R$ 5 mil e máximo R$ 50 milhões para esse tipo de infração.Bertotti esclarece que para relatar casos de lixo depositado irregularmente, a Semam disponibiliza o telefone (51)3594-9935, no ramal da fiscalização 9173. Os problemas também podem ser denunciados pelo e-mail [email protected] secretaria ainda conta com um celular de plantão para a fiscalização. O contato é (51)9645-7266. Este número funciona exclusivamente em quintas e sextas-feiras (das 19 horas às 23h30min), aos sábados (das 08 horas às 23h30min) e domingos e feriados (das 12 horas às 23h30min).

Informações de Imprensa da PMNH FOTO: divulgação / Anderson Berlotti-Semam

Anexo 4

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Resultados divulgados pelo IBOPE em 2007 deixam clara esta preocupação dos brasileiros com o aquecimento global e mostra que 68% acreditam que esta seja uma prioridade de todos e imediata. A pesquisa da Edelman Trust Barometer 2007 reforça que para 74% dos latino-americanos esta também deveria ser a maior preocupação das empresas.

ÍNDICE

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FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Lixo 9

1.1 - História do Lixo 9

1.2 – Lixo Hospitalar 9

1.2.1 – Classificação e sua periculosidade 10

1.2.2 – Identificação 10

1.2.3 – Coleta e transporte 11

1.2.4 – Tratamento e Disposição Final 11

1.2.5 – Tecnologia de Tratamento dos RSS 12

1.3 – Legislação Brasileira 13

1.4 – Problemática dos RSS 13

1.5 – Riscos decorrentes de descarte indevido 14

CAPÍTULO II

Meio Ambiente 16

2.1 – Definição 16

2.2 – Impactos Ambientais 16

2.2.1 – Desmatamento de florestas 16

2.2.2 – Poluição do ar 17

2.2.3 – Efeitos sobre os solos 17

2.2.4 – O efeito estufa 17

2.2.5 – Destruição da Camada de Ozônio 17

2.2.6 – Chuva ácida 17

2.3 – Vigilância Ambiental 18

2.4 – Tempo de Decomposição de materiais 18

2.5 – Proteção Ambiental 19

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Capítulo III

Lixo Hospitalar e Meio Ambiente 20

3.1 – Conscientização Mundial 20

3.2 – O que existe de Descarte Consciente 20

3.2.1 – PGRSS 20

3.2.1.1 – CCIH 21

3.3 - Biossegurança 21

3.4 – Educação Ambiental 22

3.5 – Agenda 21 22

3.6 – Sustentabilidade 23

3.7 – Ecoeficiência 24

3.8 – Programas de Qualidade 24

Capítulo IV

O Lixo hospitalar no RJ 26

4.1 - Breve História dos RSS no RJ 26

4.2 - Das responsabilidades das EAS para com os RSS 27

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 30

WEBGRAFIA 31

ANEXOS 32

ÍNDICE 44