disposicao do rejeito

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MINAS E ENERGIAMINISTRIO DEDisposio do RejeitoDescrio: este documento apresenta as formas mais comuns de disposio de estril e de rejeitos slidos e lquidos (efluentes) da atividade de minerao, incluindo leos e graxas dos equipamentos e lixos orgnicos e inorgnicos. Palavras-chave: pilha de rejeitos, bacia de decantao, barragem de rejeitosDISPOSIO DE REJEITOSNas atividades de minerao, as principais fontes de degradao so: a deposio de resduos ou rejeitos decorrentes do processo de beneficiamento e a deposio de materiais estril, ou inerte, no aproveitvel, proveniente do decapeamento superficial (IBRAM, 1987).O Conselho Nacional de Recursos Hdricos CNRH (2002), na resoluo no 29, de 11 de dezembro de 2002, em seu Art. 1o define estril como qualquer material no aproveitvel como minrio edescartado pela operao de lavra antes do beneficiamento, em carter definitivo ou temporrio. Rejeito definido como material descartado proveniente de plantas de beneficiamento de minrio. Define tambm: a) o sistema de disposio de estril como uma estrutura projetada e implantada para acumular materiais, em carter temporrio ou definitivo, dispostos de modo planejado e controlado em condies de estabilidade geotcnica e protegidos de aes erosivas; e b) sistema de disposio de rejeitos como estrutura de engenharia para conteno e deposio de resduos originados de beneficiamento de minrios, captao de gua e tratamento de efluentes. Os resduos de minerao so dispostos superfcie do terreno, em locais pr-selecionados e onde no exista minrio em subsuperfcie, so os denominados bota-fora. A disposio dos resduos ocorre tanto com rejeitos de minas subterrneas quanto rejeitos de minas a cu aberto. Os resduos/rejeitos podem ser: a) pilhas de rejeitos slidos (minrios pobres, estreis, rochas, sedimentos de cursos dgua e solos); b) as lamas das serrarias de mrmore e granito; c) lamas de decantao de efluentes; d) o lodo resultante do processo de tratamento do efluente da galvanoplastia no tratamento de jias e folheados; e) os resduos/rejeitos da minerao de agregados para construo civil, de rochas ornamentais, carvo, pegmatitos, argilas, calcrio; f) os resduos/rejeitos da minerao artesanal de gata, ametista, esmeraldas, opala, ouro; g) o mercrio proveniente do processo de amalgamao do ouro, principalmente em regio de garimpos; h) rejeitos dos f inos e ultrafinos no aproveitados no beneficiamento de rochas asflticas, minrio de ferro, rochas ornamentais, carvo, vermiculita e scheelita; i) a gerao de drenagem cida de mina de carvo e minrios sulfetados. Alm dessas fontes de contaminao ambiental, outras tambm podem ser citadas: lanamento de lixo, de esgoto sanitrio, vazamentos ou derrames de leos, cidos e outros produtos, alm da contaminao por elementos radioativos ... LOTT (2004). Os impactos paisagsticos em lavras mineiras so resultantes dos aspectos das escavaes a cu aberto, como tambm da disposio dos rejeitos em superfcie, das barragens de rejeitos, etc. Situaes de risco podem ocorrer, tais como a instabilidade geotcnica, que se verifica em certos resduos slidos e rompimento de barragens de efluentes.. O desenvolvimento de uma estratgia de gesto de resduos de extrema importncia, apesar de ser um processo complexo, pois visa conseguir um balano razovel entre dois objetivos conflitantes: a maximizao da reduo do risco de contaminao/poluio e a minimizao de custos financeiros.MINAS E ENERGIAMINISTRIO DEOs rejeitos da minerao produzem impactos ambientais pela deposio inadequada, pelo risco de contaminao de lenis freticos e pelas perdas de gua de processo por falta do seu tratamento e do seu reuso. Podemos ver que todo cuidado pouco durante as fases de lavra e beneficiamento de minrios para que os resduos/rejeitos no sejam lanados no sistema de drenagem. O Departamento Nacional da Produo Mineral DNPM dispe de Normas Reguladoras NRM 19 para a Disposio de Estril, Rejeitos e Produtos, so elas:19.1 Generalidades 19.1.1 O estril, rejeitos e produtos devem ser definidos de acordo com a composio mineralgica da jazida, as condies de mercado, a economicidade do empreendimento e sob a tica das tecnologias disponveis de beneficiamento. 19.1.2 A disposio de estril, rejeitos e produtos deve ser prevista no Plano de Lavra PL. 19.1.3 A construo de depsit os de estril, rejeitos e produtos deve ser precedida de estudos geotcnicos, hidrolgicos e hidrogeolgicos. 19.1.3.1 Os depsitos de rejeitos devem ser construdos com dispositivos de drenagem int erna de forma que no permitam a saturao do macio. 19.1.3.2 Em caso de colapso dessas estruturas, os fatores de segurana devem ser suficientes para que se possa intervir e corrigir o problema. 19.1.3.3 O plano de controle especfico para cada caso deve estar disposio na mina para a fiscalizao. 19.1.4 Os depsitos de estril, rejeitos, produtos, barragens e reas de armazenamento, assim como as bacias de decantao devem ser planejados e implementados por profissional legalmente habilitado e atender s normas em vigor. 19.1.5 Os depsitos de estril, rejeitos ou produtos e as barragens devem ser mantidos sob superviso de profissional habilitado e dispor de monitorament o da percolao de gua, da movimentao, da estabilidade e do comprometimento do lenol fretico. 19.1.5.1 Em situaes de risco grave e iminente de ruptura de barragens e taludes as reas de risco devem ser evacuadas, isoladas e a evoluo do processo monitorada e todo o pessoal potencialmente afetado deve ser informado imediatamente. 19.1.5.1.1 Deve ser elaborado plano de contingncia para fazer face a essa possibilidade. 19.1.5.2 Os acessos aos depsitos de estril, rejeitos e produtos devem ser sinalizados e restritos ao pessoal necessrio aos trabalhos ali realizados. 19.1.6 A estocagem definitiva ou temporria de produtos txicos ou perigosos deve ser realizada com segurana por pessoal qualificado e de acordo com a regulamentao vigente. 19.1.7 A estocagem definitiva ou temporria de estril e materiais diversos provenientes da minerao deve ser realizada com o mximo de segurana e o mnimo de impacto no ambiente. 19.1.8 No devem ser promovidas modificaes dos locais e nas metodologias de estocagem sem prvia comunicao, devidamente documentada, ao DNPM. 19.1.9 A disposio de estril, rejeitos e produtos deve observar os seguintes critrios: a) devem ser adotadas medidas para se evitar o arraste de slidos para o interior de rios, lagos ou outros cursos de gua conforme normas vigentes; b) a construo de depsit os prximos s reas urbanas deve atender aos critrios estabelecidos pela legislao vigente garantindo a mitigao dos impactos ambientais eventualmente causados; c) dentro dos limites de segurana das pilhas no permitido o estabelecimento de quaisquer edificaes, exceto edificaes operacionais, enquanto as reas no forem recuperadas, a menos que as pilhas tenham estabilidade comprovada; d) em reas de deposio de rejeitos e estril txicos ou perigosos, mesmo depois de recuperadas, ficam proibidas edificaes de qualquer natureza sem prvia e expressa autorizao da autoridade competente; e) no caso de disposio de estril ou rejeitos sobre drenagens, cursos d'gua e nascentes, deve ser realizado estudo tcnicoMINAS E ENERGIAque avalie o impacto sobre os recursos hdricos, tanto em quantidade quanto na qualidade da gua; f) quando localizada em reas a montante de captao de gua sua construo deve garantir a preservao da citada captao; g) deve estar dentro dos limites autorizados do empreendimento e h) devem ser tomadas medidas tcnicas e de segurana que permitam prever situaes de risco. 19.1.10 No caso de disposio de estril, rejeitos e produtos em terrenos inclinados devem ser adotadas medidas de segurana para assegurar sua estabilidade. 19.1.10.1 Deve ser observado o ngulo de inclinao mximo em relao horizontal para o plano de deposio do material, levando em considerao as condies de estabilidade. 19.1.11 Durante o alteamento e construo dos sistemas de disposio deve ser feito o monitoramento da estabilidade dos mesmos e dos impactos ao meio ambiente. 19.1.12 Devem ser controlados regularmente todos os depsitos e bacias de decantao bem como suas instalaes. 19.1.13 Deve ser feito o monitoramento constante dos sistemas de disposio de forma que permita prever o nvel de qualidade dos efluentes e as situaes de riscos. 19.2 Depsitos de Substncias Slidas 19.2.1 A construo de depsitos de estril, rejeitos e produtos em pilhas deve ser precedida de projeto tcnico. 19.2.2 Deve constar no projeto tcnico estudo que caracterize aspect os sobre: a) alternativas para o local de disposio as quais contemplem a geologia, condies meteorolgicas, topografia, pedologia, lenol fretico, implicaes sociais e anlise econmica; b) a geotecnia e hidrogeologia; c) caracterizao do material a ser disposto nas pilhas; d) parmetros geomtricos da pilha e metodologia de construo; e) dimensionamentos das obras civis; f) avaliao dos impactos ambientais e medidas mitigadoras; g) monitoramento da pilha e dos efluentes percolados; h) medidas para abandono da pilha e seu uso futuro; i) reabilitao superficial da pilha e j) cronograma fsico e financeiro. 19.2.3 Na determinao da capacidade, das dimenses e do mtodo construtivo dos depsitos devem ser adotadas medidas para evitar ou minimizar: a) eroso pela gua; b) eroso elica; c) deslizamento do material; d) decomposio qumica e dissoluo parcial do material depositado com liberao de substncias poluidoras e e) incndio ou queima. 19.2.4 O talude das pilhas deve ser projetado obedecendo as normas tcnicas existentes. 19.2.5 No permitida a construo de bacias de decantao sobre pilhas sem autorizao do DNPM. 19.2.6 Devem ser consideradas as seguintes regras bsicas para conformao das pilhas: a) desmatamento, preparo da fundao, retirando-se a terra vegetal; b) impermeabilizao da base da pilha, onde couber; c) implantao do sistema de drenagem na base e no interior da pilha visando a estabilidade do talude; d) compactao da base da pilha, quando couber; e) disposio do material em camadas;MINISTRIO DEMINAS E ENERGIAincluindo plano para a monitorao ps-operacional; base em anlises de estabilidade; f) obedincia a uma geometria definida com i) Descrio das chamins de descarga da usina incluindo localizao; altura; tipo; tiragem e mtodos g) efet uar drenagem das bermas e plataformas; usados para reteno de material radioativo; de desviar a drenagem natural da gua da pilha e h) construir canais perifricos a fim j) Descrio do sistema de ventilao e exausto,dos taludescoleta de gases e/ou poeiras, incluindo as i) proteo superficial com vegetao confino e e bermas j construdos. condies de operao e eficincia do sistema; 19.2.7 necessria a implantao de sistema de drenagem para evitar inundaes no caso de disposio em vales. k) Descrio dos rejeitos lquidos da mina e usina, incluindo volume total e as taxas de fluxo dirias 19.2.8 A jusant e do p da pilha devem ser implantados dispositivos de reteno de assoreamento. e anuais previstas de rejeitos lquidos a serem liberados pela usina, com identificao dos pontos de 19.3 Depsitos de Rejeitos Lquidos descarga; 19.3.1 A construo de barramento para acumulao de rejeitos lquidos deve ser precedida de projeto l) Descrio dos equipamentos para cont role e reteno de material radioativo, incluindo mtodos de tcnico. operao e eficinciano projeto tcnico estudo que caracterize aspect os sobre: 19.3.2 Deve constar dos equipamentos; m) Descrio alternativas slidos elocal da disposio dono caso de descarga num curso d'guaa bacia a) dos rejeitos para o do tratamento previsto barramento as quais contemplem hidrogrfica, a geologia, circuito de tratamento qumico: e/ou sua recirculao no topografia, pedologia, estudos composio qumica; hidrolgicos, hidrogeolgicos e sedimentolgicos, suas implicaes sociais e anlise econmica; vazo esperada; b) geot ecnia, hidrologia e hidrogeologia; t ratamento previst o para liberao; c) impermeabilizao da base, quando couber; percentuais a serem descarregados e reciclados; d) caracterizao do material a ser retido no barramento e da sua construo; localizao dos pontos de descarga em cursos d'gua naturais e os fatores de diluio; e) descrio do barramento e dimensionamento das obras componentes do mesmo; apresentao de testes de lixiviao (NBR-10005) e solubilidade (NBR-10006) do rejeito f) avaliao dos impactos ambientais e medidas mitigadoras; final e respectiva caracterizao radiolgica; g) monitoramento do barramento e efluentes; n) Descrio dos pont os de deposio de equipamentos obsoletos ou deteriorados, luvas, papis, h) medidas de abandono do barramento e uso futuro e roupas e outros provenientes da operao da instalao, procedimentos de medida de contaminao e i) cronograma fsico e financeiro. descontaminao, controle de liberao do material isento e procedimentos para liberao de 19.3.3 No trat amento dos efluentes lquidos incluindo as guas da mina, da usina e de drenagem, devem ser esgotadas todas material contaminado. as possibilidades tcnicas e econmicas de forma a maximizar a quantidade de gua a ser recirculada. 19.3.4 Quando a recirculao completa no for possvel, os efluentes lquidos que estiverem fora dos limites e padres estabelecidos pela legislao vigente de proteo ao meio ambient e devem ser recolhidos e tratados antes de serem lanados nos corpos receptores. 19.3.5 O tratamento dos efluentes lquidos deve ser executado atravs de processos adequadamente projetados e em conformidade com a legislao vigente. 19.3.6 Os barramentos e bacias de decantao devem ser calculados e protegidos de modo que guas superficiais no prejudiquem seu funcionamento.MINISTRIO DETe x to R e co m e nda do c o mo L e i tu ra Adi ci o na l :1) P o l ti ca Am bie n ta l - A M i ne r a o e s t t e nt a ndo fa z e r o s e u de v e r de c a sa , de a ut o r i a de F r a nci s co A l v es . P ubl ic a do na R ev i s ta e l e t r n ic a B r as i l Mi ne r a l Edi o E spe c ia l M i ne ra o e M e i o A mbi e nt e, no 228, jun 2004 . C o nsu lt a da e m :Em reas de lavra de minerais radioativos, a Comisso Nacional de Energia Nuclear CNEN se torna htt p: / / ww w. bra s i lm i ne ra l . co m. br / BM / pdf/ 2 28/ 228% 20- %20P o l i ti c a %20A mbi e nt al . pdf# se a r ch= %22ba r r a ge m%20 re j e it o %22 indispensvel a implantao de PLANOS DE GERENCIAMENTO DE REJEITOS (PGR), em suas N e sse a rt i goMnero-Industriais.s Segundo i a Comisso ua s e x pe ri de iaEnergia e s de c-o nt ro l e a (2002) O s o pe ra e s de l a v ra e instalaes a l gum as E mpr e sa N a ci o na s e x p e m s Nacional nc s e m a Nuclear CNEN m bi e nta l na be ne fi ci a me nt o , co ns tr u o de ba rr a ge ns de c o nte n o de s l id o s pr o v e ni e nt e s d e bo ta - f o ra , di sp o si o de r e je it o s , c o ntr o l e de planonte s l Gernciagade s Rejeitos i deve ge r e nc ia uma descrio geral do i projeto e de operao do sistema de qui do s, so o s e s l do s , conter m e nto de r e s duo s i ndus tr a is , e tc . ef l ue de gerncia de rejeitos, deve incluir:a) Sistemas, equipamentos e estruturas para reteno, tratamento e destino dos rejeitos das minas eRe fe r nc ia s : CN EN ( 2002 ) R e qui si t o s de S e gura n a e P r o t e o R a di o l gic a pa ra I nst a l a e s M n e ro - I ndus t ri a i s. Te x t o - Ba s e Ve r s o 01 ( 11.1 1.02) . C o nsul t a do e m a r qui v o di gi ta l , e pa r ci a l me nt e e x t ra do do e nde r e o :usinas, para controle de inundaes e para controle dos cursos dgua existentes;b) Localizao de pontos de gerao de rejeitos e quantificao das massas geradas anualmente; c) Localizao e projeto de reas de armazenamento de minrios, resduos, escrias, estreis, rejeitos e sucatas juntamente com as quantidades e caractersticas previstas desses materiais; d) Volume total e t axas de fluxo dirias e anuais previstas de rejeitos lquidos a serem liberados pela mina e usina, junt amente com a identificao dos pontos de descarga;htt p: / / ww w. cne n. go v .br / se gu ra nc a / te x t o _ba s e _fi na l _11110 2.P DF # se a rc h= %226. 2.11 %20P L AN O%2 0DE%20G ER%C 3%8A N CI A% 20DE%20 REJ E ITOS %22Co ns e lh o N a ci o na l d e Re c ur so s H dri c o s CN RH ( 2 002) Re s ol u o no 29, de 11 de de z e mbr o de 2 002. Co n sul t a do e m a rqu iv o digi t a l , e pa rc i a lm e nte e x tr a do do e nde re o :htt p: / / ww w. sggua r an i. o rentrada x / pdf/ ge fresca; nt e gr a da _de l _a gua / l e gi sl a / br / cnr h/ s e a rc h=% 22di spo s i %C3% A7%C 3%A 3o %20e s t%C 3%A 9r il %22 g/ i nde de gua s ti o n_i IB RA M ( 1987) Mi ne r a o eequantidades previstas de quaisqueroresduosoou e, 59 p. Me i o Amb ie nt e . IB RA M , B e l H o ri z nt materiais f) Caractersticase) Redes previstas de fluxo para cursos de rejeitos slidos e lquidos dentro da usina, incluindo aestreis que possam serutilizados como entulho para aterro; g) Planta de engenharia detalhada dos desvios de gua, tanques de decantao e tratamento; h) Descrio dos planos conceituais de descomissionamento para o sistema de gerncia de rejeitos