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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM - CM Av. Nossa Senhora do Carmo, 90 – Carmo 30.330.000 - Belo Horizonte – MG DATA: 06/10/09 1 PARECER ÚNICO SUPRAM - CM Nº 307/2009 PROTOCOLO Nº Indexado ao(s) Processo(s) COPAM Nº 00066/1984/029/2009 LP + LI - Licença Prévia e de Instalação DEFERIMENTO Validade: 4 anos OUTORGA Nº APEF Nº Reserva Legal Nº Empreendedor: USIMINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S.A - USIMINAS Endereço: Distrito de Povoado de Samambaia – S/N - Município de Itatiaiuçú - MG – CEP 35.685.000 Empreendimento: Repotenciamento da UTM e Implantação de Mineroduto CNPJ: 60.894.730/0059-21 Município: Itatiaiuçu Unidade de Conservação: XXX Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe A-05-01-0 Unidade de Tratamento de Minério 5 Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: SIM Auto monitoramento: SIM NÃO Responsável Técnico pelo empreendimento: Emerson Florêncio Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados CERN Consultoria – Nívio Tadeu Lasmar Pereira Registro de classe CREA Nº 28783/D Relatório de Vistoria/Auto de fiscalização – Nº XXXXX DATA: 27.02.2008 Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura Regina Maia Guimarães 1.043.926-3 Elaine Cristina Amaral Bessa 1.170.271-9 Antônio Claret de Oliveira Júnior 1.200.359-6 Claudinei de Oliveira Cruz 1.153.492-2 De Acordo: Isabel C. R. R. C. de Menezes Data:

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PARECER ÚNICO SUPRAM - CM Nº 307/2009 PROTOCOLO Nº Indexado ao(s) Processo(s)

COPAM Nº 00066/1984/029/2009 LP + LI - Licença Prévia e de Instalação

DEFERIMENTO Validade: 4 anos

OUTORGA Nº APEF Nº Reserva Legal Nº

Empreendedor: USIMINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S.A - USIMINAS Endereço: Distrito de Povoado de Samambaia – S/N - Município de Itatiaiuçú - MG – CEP 35.685.000 Empreendimento: Repotenciamento da UTM e Implantação de Mineroduto CNPJ: 60.894.730/0059-21 Município: Itatiaiuçu

Unidade de Conservação: XXX Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba

Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe

A-05-01-0 Unidade de Tratamento de Minério 5

Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: SIM Auto monitoramento: SIM NÃO

Responsável Técnico pelo empreendimento: Emerson Florêncio

Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados CERN Consultoria – Nívio Tadeu Lasmar Pereira

Registro de classe CREA Nº 28783/D

Relatório de Vistoria/Auto de fiscalização – Nº XXXXX DATA: 27.02.2008

Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura Regina Maia Guimarães 1.043.926-3 Elaine Cristina Amaral Bessa 1.170.271-9 Antônio Claret de Oliveira Júnior 1.200.359-6 Claudinei de Oliveira Cruz 1.153.492-2

De Acordo: Isabel C. R. R. C. de Menezes Data:

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1 - INTRODUÇÃO A USIMINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S.A - USIMINAS formalizou, em 03.08.09 (Protocolo Nº 27634/2009), a solicitação de Licença Prévia e de Instalação – LP+LI para o repotenciamento da Unidade de Tratamento de Minérios da Mina Oeste e a implantação de um mineroduto que irá interligar a Mina Oeste à Mina Central. A necessidade de repotenciamento da Unidade de Tratamento de Minérios da Mina Oeste deve-se à necessidade da USIMINAS em melhorar a capacidade de produção de “sinter feed” e granulado, que representa 8,8 milhões de toneladas anuais. A previsão da empresa de aumento na produção de cinco para doze milhões de toneladas anuais de minério de ferro em 2010, com a produção de granulados, “sinter feed” e “pellet feed”. Além da necessidade de expansão da UTM a USIMINAS pretende construir um Mineroduto, que fará o transporte da polpa de minério da Mina Oeste para Mina Central onde será produzido o “pellet feed”. 2 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO O empreendimento localiza-se nas proximidades do Povoado de Samambaia na encosta sul da Serra Azul (Serra de Itatiaiuçu). A área destinada à construção do Mineroduto está situada a sudoeste das instalações de beneficiamento de minério da Mina Oeste, ambos no Município de Itatiaiuçu – MG. A partir de Belo Horizonte o acesso é feito pela Rodovia BR-381 (Fernão Dias) em direção a São Paulo. Após um percurso de aproximadamente 65 km, segue-se pela Rodovia MG-431 em direção à Cidade de Itauna. Ao passar pela Cidade de Itatiaiuçu, segue-se por uma estrada secundária, de tráfego permanente até às instalações da USIMINAS. 3 - CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Para repotenciamento da UTM da Mina Oeste será necessária a instalação dos seguintes equipamentos:

• 02 Agitador de Polpa; • 05 Alimentados de Correia; • 01 Espessador _= 12,0m; • 06 Espiral Concentradora – Rougher Banco de 14 Espirais; • 07 Espiral Concentradora – Cleaner Banco de 12 e 14 Espirais; • 01 Espiral Concentradora – Scavenger Banco de 10 e 14 Espirais; • 01 Hidrociclone Bateria dom 6 ciclones de 20”; • 02 Hidrociclone Bateria com 2 ciclones de 26”; • 02 Hidrociclone Bateria com 12 ciclones de 10”; • 02 Hidrociclone Bateria com 2 ciclones de 26”; • 02 Hidrociclone Bateria com 4 ciclones de 20”; • 02 Hidrociclone Bateria com 18 ciclones de 10”; • 02 Hidrociclone Bateria com 12 ciclones de 10”; • 01 Hidrociclone Bateria com 22 ciclone de 10”; • 03 Jingue Bateria 7’ X16’;

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• 02 Peneira desaguadora 5’ X 10’ LH; • 01 Peneira Vibratória de Proteção 6’ X 16’ LH; • 01 Peneira Vibratória LH8’ X 20 “ DD.

Para o repotenciamento da UTM não haverá aumento de ROM na alimentação das unidades de beneficiamento das plantas existentes. O aumento da recuperação mássica se dará por meio de melhoras nos circuitos existentes e com a introdução de material passível de aproveitamento, atualmente dispostos nas barragens de rejeitos. Britagem, Peneiramento e Classificação Os circuitos de britagem, peneiramento e classificação não sofrerão alterações neste projeto. O minério de ferro ROM é transportado através de caminhões basculantes da mina e escarregado no silo de recebimento existente, de onde é retomado pelo alimentador vibratório com grelha existente, sendo o material retido lançado no britador primário existente. O produto do britador, juntamente com o passante no alimentador vibratório, segue para as peneiras primárias e secundárias existentes, dispostas em série de dois “decks”. O material retido no peneiramento segue via transportador de correria existente para britagem secundária existente e o produto da britagem realimenta o peneiramento primário e secundário, em circuito fechado. Separação Magnética e concentração por espirais O “underflow” da ciclonagem que é alimentado pelo “overflow” dos classificadores DEA alimenta os separadores magnéticos existentes. O concentrado seguirá para uma peneira desaguadora existente, sendo que o material retido forma uma pilha de “Sinter Feed”, e o passante segue para a jigagem. Os rejeitos dos separadores magnéticos seguirão para a caixa de polpa nova que alimentará a ciclonagem da concentração por espirais novas. O “underflow” desta ciclonagem alimentará os Bancos de Espirais “rouher” existentes. Jigagem O circuito de jigagem será expandido conforme descrito a seguir: Os rejeitos gerados na separação magnética juntamente com o rejeito proveniente das pilhas serão transferidos via transportadores de correias novos e modificados para os Silos de Regularização da Jigagem novos e existentes. Destes silos o material será retomado através de alimentadores de correia novos e existentes para abastecimento dos jigues novos e existentes. Alimentação com Rejeito das Pilhas de Rejeito, Separação Magnética e Concentração por Espirais Será instalado um circuito de concentração por espirais e recebimento de rejeitos. Os finos e os grossos recuperados das pilhas de rejeito serão transportados através de caminhões basculantes e abastecerão o Silo de Armazenamento novo, de onde serão extraídos por meio de alimentador de correia novo para alimentar o peneiramento de dois “decks” novos.

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Alimentação com os Finos da Barragem Será instalado um circuito de recebimento de rejeitos da barragem. Os finos depositados na barragem de rejeitos existente serão retomados por pás carregadeiras e transportados através de caminhões basculantes para abastecer o Silo de Armazenamento novo, de onde serão extraídos por meio de alimentador de correia novo para alimentar o peneiramento de proteção novo. Implantação do Mineroduto O Mineroduto será implantado com o objetivo de propiciar o transporte de finos de minério em meio aquoso e possibilitar a expansão da produção da USIMINAS. O mineroduto será implantado sobre a superfície, às margens da estrada já existente. Todo o trecho por onde passará a tubulação será identificada por três tipos de marcos:

• De dois em dois km marcos de menor porte; • Junto às faixas de domínio da via pública serão colocadas placas de identificação da empresa

responsável pelo mineroduto. Será realizada a revisão periódica e a manutenção dos equipamentos que compõem o mineroduto, objetivando detectar possíveis vazamentos ou rupturas. 4 - ALTERNATIVAS LOCACIONAIS As alternativas locacionais para o repotenciamento da UTM e a implantação de um mineroduto partiram-se do levantamento dos aspectos ambientais e operacionais da empresa. Foram analisadas três opções locacionais, conforme descrito a seguir: Alternativas para o Repotenciamento da UTM As alternativas locacionais para a definição da área destinada à implantação de novos equipamentos que serão responsáveis pelo repotenciamento da planta foram condicionadas pela instalação industrial ali existente. Alguns fatores operacionais foram determinantes como:

• Posicionamento da ampliação em série com a instalação existente; • Topografia favorável do terreno; • Área inserida nos limites da área industrial atual.

Alternativas para a Implantação do Mineroduto

• Alimentação da Planta da USIMINAS por caminhões. Para essa alternativa seria necessária a construção de estradas de rodagem para a circulação de caminhões carregados de finos para alimentação da Planta de Flotação, implicando na tulização de áreas com vegetação nativa, transposição em cursos d’água, elevação do consumo de água indústria, dentre outras desvantagens;

• Alimentação da planta por TCLD. Esta alternativa considerou o transporte dos finos para a Planta de Flotação através desistema de correias transportadoras de longa distância, significando a utilização de áreas com vegetação nativa, a elevação do consumo de água industrial e a geração de poeria e ruído;

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• Alimentação da planta por mineroduto. Esta alternativa considerou o transporte dos finos para a Planta de Flotação através de sistema de dutos (mineroduto) com o transporte da poupa de finos. Esta alternativa implica na minorização dos impactos inerentes ao empreendimento devido a utilização de áreas impactadas, uma vez que o trecho selecionado situa-se sobre a superfície e às margens da estrada já existente.

5 - BALANÇO HÍDRICO Para operação do empreendimento em pauta será necessário um volume 967m³/h de água, sendo que deste total a USIMINAS já possui outorgas de 180m³/h captada do córrego couves, 20m³/h de um poço tubular e 437m³/h de recirculação da barragem de rejeito. O 330m³/h que faltam para fechar o balanço hídrico apresentado está sendo outorgo no IGAM através de três poços tubulares (autorização para perfuração). 6 - CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL O estudo considerou como Área de Influência indireta para repotenciamento da UTM da USIMINAS e implantação do mineroduto a micro bacia do Córrego Samambaia. Como Área de Influência Direta para o meio físico e biótico foi considerada a área de entorno de 300 metros a partir da área ocupada pelo empreendimento proposto. Quanto ao meio antrópico, a Área de Influência Direta corresponde às instalações de apoio da mina em referência bem como algumas poucas propriedades rurais no entorno ali alocadas. Para a Área Diretamente Afetada (ADA) dos meios físico, biótico e antrópico foram considerados todos os locais que serão ocupados pela instalação do empreendimento, em suas diversas fases. 6.1 – MEIO FÍSICO De acordo com a classificação de Koepen, o clima da região é do tipo Cwa, isto é, verões amenos com temperaturas médias em torno de 25ºC e invernos secos com precipitações abaixo de 60 mm/mês, havendo meses de precipitação nula. A pluviometria máxima oscila entre 240 – 320 mm/mês, sendo dez/jan o binômio com maior índice de precipitação. O período em que se registraram maiores índices de evapotranspiração potencial foi de dezembro a janeiro, ou seja, os meses de maiores índices pluviométricos. Localmente na Serra de Itatiaiuçú encontram-se rochas representadas por xistos quartzosos ou quartso-xisto, filitos, itabiritos do Supergrupo Rio das Velhas, Grupo araça (indiviso) e Formação Cauê do Grupo Itabira, ambas pertencentes ao Supergrupo Minas. Ocorrem também coberturas detríticas total ou parcialmente laterizadas de provável idade Terciária/Quaternária. As coberturas detríticas são constituídas predominantemente por fragmentos de itabirito e hematita, mal selecionados, angulosos com tamanhos variáveis. A matriz é arenosa, com granulometria média a grossa total ou parcialmente cimentada por hidróxidos de ferro, por vezes constituindo cangas bastante resistentes. Estas coberturas quando pouco consolidadas são extraídas como minério, devido ao elevado teor em Fe e baixo teor em SiO2.

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Em termos geomorfológicos a Serra do Itatiaiuçu representa uma elevação em torno de 1400 metros em que foi possível identificar dois domínios geomorfológicos condicionados pelo arcabouço litológico e estrutural. O primeiro Domínio é caracterizado por cristas irregulares de itabiritos da Formação Cauê que se destacam como pontões na topografia, apresentando cobertura vegetal de campo rupestre. O segundo Domínio é caracterizado por colinas arredondadas de topoconvexo sendo constituídos pelos quartzo-xistos do Grupo Nova Lima e quartzitos do Grupo Caraça. A cobertura vegetal deste Domínio é formada pela Floresta Perenifólia Higrófila de Várzea (mata de galeria). As classes de solos constatadas na área de influência referem-se aos Latossolo vermelho-Escuro (LVE), Latossolo Ferrífero (LF), Podzólico Vermelho-Escuro (PVE), aos Cambissolos,aos Neossolos Litólicos, aos Glei Húmicos (GH) e aos Afloramentos Rochosos Em relação aos recursos hídricos superficiais a área está localizada na microbacia do Córrego Samanbaia pertencente à Sub-bacia do Rio araopeba, importante tributário do rio São Francisco. A área do empreendimento está inserida na Microbacia do Córrego Samambaia, que foi submetido ao enquadramento através da Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) n° 14, de 28 de dezembro de 1995, que dispõe sobre o enquadramento da bacia hidrográfica do rio Paraopeba. O Córrego Samambaia (Classe 1) é um afluente da margem esquerda do rio Veloso (Classe 2), que é afluente do sistema Rio Manso de propriedade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais. O sistema Rio Manso, inaugurado em 1991, é responsável por 25% da demanda de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 6.2 - MEIO BIÓTICO A Unidade de Tratamento de Minérios da Mina Oeste encontra-se instalada em área já antropizada e o mineroduto será instalado sob o traçado da estrada já existente. Portanto, não será necessária a supressão de vegetação. A região que compreende a área da ampliação da Unidade de Tratamento de Minérios da Mina Oeste e a obra do mineroduto, no município de Itatiaiuçu está inserida na Região Fisiográfica I – Metalúrgica, em área de domínio da formação do Cerrado (RIZINI,RADAMBRASIL, 1983). Entretanto, a região é também considerada como contato entre as formações do Cerrado (Cerradão) e da Floresta Estacional Semidecidual, sendo área de tensão ecológica (IBGE, 1993), em face de coexistência tanto de indivíduos de uma formação como de outra. Na área de Influência Indireta os estudos apontam a existência de manchas de capoeira bem definidas, com indivíduos pertencentes tanto ao Cerrado como de Floresta Estacional entremeada em vegetação antrópica eucaliptos e formação de pastagem, no caso, por capim braquiária. Em relação à fauna a área estudada caracteriza-se pelo alto grau de antropização, representadas por áreas mineradas, excesso de pastagem e pela escassez de vegetação nativa, restrita a apenas pequenos fragmentos. A diversidade de espécies descrita para a área não é significativa, apesar de o local servir de abrigo para algumas espécies afugentadas em função do ruído nas áreas de maior atividade minerária. Isso demonstra a adaptabilidade da maioria das espécies da avifauna que habitam a área.

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Os fragmentos florestais existentes no entorno do empreendimento tornam-se um ambiente propício para a comunidade de mamíferos, tendo em vista o grau de preservação desses. Tais elementos tornam-se atraentes para os animais que buscam abrigos, alimentos e água. Entretanto, esses fragmentos florestais são pouco significativos e podem, por isso, determinar um fator de pressão ecológica importante. Apesar da riqueza de espécies ser ainda expressiva, de acordo com a literatura, pode-se admitir que a comunidade de mastofauna aí presente é formada por um maior número de indivíduos de espécies consideradas não ameaçadas, sendo de maior plasticidade ambiental, podendo ocorrer em grande variedade de habitats. As espécies de provável ocorrência na área de influência são representadas por Cuniculus paca (Paca), Callithrix penicillata (Mico-estrela), Cerdocyon sp. (Raposa-do-mato), Chrysocyon brachyurus (Lobo-guará), Dasyprocta sp. (Cutia), Dasypus sp. (Tatu), Didelphis albiventris (Gambá), Felix sp. (Gato-do-mato), Hydrochoerus hydrochoeris (Capivara), Leopardus pardalis (Jaguatirica), Leopardus sp. (Gato-do-mato), Mazama americana (Veado-mateiro), Oryzomys subflavus (Rato de cana). 6.3 – MEIO ANTRÓPICO O Município de Itatiaiuçu pertence à microrregião de Itaguara, que se situa ao sul da região Central de Minas Gerais. Também pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, com outros 34 municípios. O Município de Itatiaiuçu tem a maior parte de sua população residente na área urbana, somando 59,2%. A zona rural, formada por pequenas comunidades, tem 40,8% da população residente do município (IBGE, 2007). Com um território de 295 km2 a densidade demográfica de Itatiaiuçu é baixa em relação aos outros municípios do de Minas Gerais. A partir 2000 houve uma retomada significativa no crescimento populacional, impulsionado, de certo modo pelos investimentos no setor de mineração. As principais atividades econômicas de Itatiaiuçu estão representadas pela atividade minerária, sendo que as principais reservas minerais são o ferro e a grafita. Sendo o ferro o representante mais importante. Outra base de sustentação econômica do município é a produção agropecuária (horticultura e pecuária) onde se pratica a agricultura familiar e a produção destinada à comercialização, beneficiada pela proximidade com Belo Horizonte e a CEASA. A pecuária tem menor expressividade em relação à produção agrícola. 6.4 – Efluentes Gerados Serão caracterizados a seguir os efluentes a serem gerados na usina de concentração de finos: Efluentes Atmosféricos Na Planta de Concentração a maior parte da emissão de particulados será durante a descarga de minérios nos silos alimentadores e na peneira vibratória, cujo impacto é de baixa magnitude. O restante do processo o beneficiamento é a úmido, o que diminui significativamente a emissão de particulados. A definição de parâmetros volumétricos dessas emissões não é possível, em função das próprias

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características de geração e dos procedimentos utilizados regularmente como medidas de contenção (aspersão sistemática de água nos locais de emissão). Devido às suas características físico-químicas, as partículas emitidas são difusas e quimicamente inertes. Para evitar a geração de poeira pela ação do vento (erosão eólica) sobre as superfícies expostas nas áreas que delimitam o mineroduto, será realizada a hidrossemeadura combinada com a mistura de gramíneas e leguminosas. Efluentes Líquidos A geração de esgotos sanitários é devido à permanência dos empregados responsáveis pela operação da Unidade de Tratamento de Minérios, além daqueles que estarão utilizando as instalações sanitárias durante a fase de instalação do mineroduto e dos novos equipamentos que serão incorporados à planta de beneficiamento de minérios. O canteiro de obras para implantação do mineroduto será instalado em áreas já preparadas para tal finalidade, nas proximidades da estrada, não sendo necessária a ocupação de novas áreas. Desta forma, sendo que serão aproveitadas todas as estruturas de apoio da área operacional da mina como refeitórios e instalações sanitárias. A água oriunda da limpeza das instalações, aspersão e escoamento superficial, são coletadas atualmente através de canaletas e direcionadas para a barragem de rejeitos. O processo de beneficiamento apresenta lançamento final caracterizado pelo rejeito de minério. Os efluentes gerados nas diversas etapas do processo serão tratados no sistema de contenção da Mina Oeste e, parte deles recirculados no sistema. A futura Barragem da Mina Oeste, denominada Barragem Orica, está sendo concebida para promover o tratamento e a recirculação das águas, propiciando a decantação dos rejeitos sólidos, clarificação das águas residuárias e posterior retorno à planta de beneficiamento, resultando em um balanço hídrico otimizado, minimizando ao máximo as perdas no circuito industrial. Resíduos Sólidos Não haverá alteração significativa na geração de resíduos sólidos oriundos da ampliação da Unidade de Tratamento de Minérios e muito menos durante a implantação do mineroduto. Os resíduos metálicos eventualmente removidos das linhas de processo por meio dos extratores e detectores de metais serão destinados ao pátio de sucata para posterior comercialização. As atividades de manutenção de equipamentos diversos implicarão na geração de resíduos oleosos, como restos de graxa de lubrificação, estopas e materiais contaminados com óleos e graxas. Ruídos e vibrações A Unidade de Tratamento de Minérios da Mina Oeste apresenta algumas fontes de emissão de ruído, tais como peneiras e britadores, já instalados na planta. A instalação dos novos concentradores, equipamentos utilizados nesta ampliação, será realizada de maneira a minimizar a propagação de ruídos. Potenciais fontes geradoras de ruídos também são os equipamentos e veículos que transitam na área. Quanto à instalação do mineroduto, as fontes de ruído e vibrações serão muito baixas. Ressalta-se que o trecho representado por 6Km que fará a ligação da Mina Oeste à Mina Central acompanhará o traçado da estrada já existente, portanto o incremento do nível de ruído será insignificante. Cabe ressaltar que durante a operação do mineroduto, não haverá emissões expressivas de ruído e vibrações.

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Risco de contaminação do solo As atividades de operação do mineroduto apresentam potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas decorrentes de vazamentos acidentais derivados de fissuras no duto. Cabe salientar que a inspeção periódica e monitoramento do mesmo, deverão ser atividades rotineiras e preventivas, capazes de evitar tais vazamentos. 6.5 - Impactos Ambientais Na fase de implantação da expansão do empreendimento, se encontram abaixo relacionados os principais impactos para os meios físico, biótico e antrópico: Impactos sobre o Meio Físico – Fase de Implantação

• Alteração dos níveis de pressão sonora. • Alteração da Qualidade das Águas e do Solo. • Alteração da Qualidade do Ar.

Impactos sobre o Meio Físico – Fase de Operação

• Alteração da Qualidade do ar; • Geração de Ruídos; • Potencialidade de Erosão; • Contaminação causada por derrames, vazamentos ou rupturas no mineroduto;

Impactos sobre o Meio Biótico – Fase de Implantação e Operação

• Interferência na Biodiversidade local; • Iluminação Noturna;

Impactos sobre o Meio Antrópico – Fase de Implantação e Operação

• Geração de incômodos sobre as comunidades vizinhas; • Geração e Manutenção de Emprego e Arrecadação de Impostos;

Medidas Mitigadoras

• Minimização de emissão de poeiras e níveis de ruído. Serão implantados: - uso dos equipamentos com a melhor tecnologia visando à diminuição de ruídos e lançamento de gases na atmosfera; - uso dos abafadores de som nos locais onde serão executadas as intervenções com máquinas e equipamentos, além de outros equipamentos de proteção individual (EPI’s); - umectação através de caminhões-pipa os nos locais onde serão executadas as obras e nas estradas e acessos principais, onde haverá maior circulação de veículos; - manutenção regular dos veículos e equipamentos para reduzir o nível de ruído e a emissão de gases, fora dos padrões estabelecidos. Visando a minimização da emissão de poeiras fugitivas durante implantação do empreendimento, o canteiro de obras e as áreas de circulação de caminhões serão umidificados através das aspersões de água com caminhões pipa;

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• Implantação de Sistemas de Drenagens;

• Controle Ambiental no Canteiro de Obras. Serão adotadas diversas medidas, incluindo:

Implantar o canteiro em local onde seja mínima a presença de vegetação nativa, preferencialmente em área já degradada e não suprimir a vegetação além do estritamente necessário; promover mínimas interferências de movimentação de terra no local, para evitar a ocorrência de processos erosivos; implantar um eficiente sistema de drenagem das águas pluviais, para minimizar a ocorrência de processos erosivos e o aporte de sedimentos para as coleções hídricas locais; construir sistema de tratamento de esgoto doméstico para impedir a contaminação bacteriológica e orgânica das águas superficiais e subterrâneas locais e implantar sistema de coleta de lixo; difundir programa de educação ambiental junto aos funcionários da empresa responsável pelas obras (ou da própria Usiminas no caso da própria titular desenvolver as obras); construir área adequada para o abastecimento e manutenção das máquinas pesadas a serem utilizadas nas obras, incluindo caixa separadora de óleos e graxas; sinalizar as vias de acesso nas imediações do canteiro de obras, para minimizar o risco de acidentes, envolvendo máquinas e veículos, com os moradores locais; após o término das obras, a empresa responsável deverá promover a recuperação de todas as áreas degradadas, reconformando e revegetando os taludes e superfícies disponíveis, demolindo as eventuais construções de alvenaria e reintegrando os terrenos à paisagem natural;

• Medidas de Proteção à Fauna. Para que sejam minimizados os efeitos negativos do empreendimento sobre a fauna algumas medidas deverão ser adotadas: - a orientação aos funcionários da empresa responsável pelas as obras (ou aos próprios funcionários da Usiminas), no sentido de que não promovam a caça ou o abate de espécimes da fauna que será mobilizada com as intervenções e, se necessário, auxiliem nas eventuais operações de resgate; - na fase de desativação das operações, deverão ser estimuladas as condições para que ocorra uma efetiva recolonização da flora nativa, induzindo o crescimento da vegetação no entorno e no próprio terreno ocupado pela UTM e pelo mineroduto, o que propiciará o retorno gradativo da fauna;

Na fase de Operação serão adotadas as seguintes medidas de controle:

• Minimização de Impactos sobre águas superficiais e subterrâneas. Todas as áreas que sofreram conformação serão recuperadas com a inserção da cobertura vegetal que, além de proteger o solo das chuvas, impedirá o arraste eólico de partículas finas, reduzindo a perda de material. Essas medidas contribuem para a proteção dos cursos d’água quanto ao assoreamento;

• Efluentes oleosos e sanitários. Está prevista a manutenção periódica dos caminhões que

trafegarão nas vias adjacentes. Os efluentes oleosos gerados nestas manutenções serão coletados e tratados de maneira adequada, de modo a reduzir a carga poluidora antes de sua disposição final;

• Minimização de emissão de poeiras e níveis de ruídos. Não se prevê a geração de impactos

significativos derivados da ampliação da UTM Oeste no que se refere à emissão de particulados e níveis de pressão sonora, haverá apenas um incremento das emissões já existentes. Será feita aspersão de água, por caminhões pipa, quando necessário, para eliminar os efeitos causados pelas poeiras fugitivas. Em relação aos níveis de ruídos, a área e os equipamentos operacionais UTM Oeste serão dotados de estruturas específicas destinadas à minimização dos níveis de

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emissão de ruído. O mineroduto, durante a fase de operação não emite níveis de poeira e ruídos significativos;

• Revegetação. Deverá ser implementado um amplo programa de revegetação para a reintegração

paisagística de toda área impactada durante o desenvolvimento das obras de implantação do empreendimento, particularmente seu entorno;

• Adensamento de Cortina Arbórea. A cortina arbórea existente à margem da estrada de acesso

à Mina Oeste será adensada a fim de promover o enclausuramento visual do empreendimento. Planos de Controle Ambiental

• Plano de Instalação de Sistemas de Drenagem e Controle de Processos Erosivos; • Plano de Controle das Emissões Atmosféricas; • Tratamento de Efluentes Sanitários e Oleosos; • Gerenciamento de Resíduos Sólidos; • Qualidade das águas superficiais e Efluentes Líquidos; • Programa de Controle e Monitoramento de Assoreamento de Cursos d’água; • Plano de Emergência; • Plano de Gestão de Segurança (Plano de Contingência); • Programa de Educação Ambienta.

6.5 - ANÁLISE AMBIENTAL Unidade de Conservação As instalações necessárias aos empreendimentos a serem implantados na Mina Oeste serão estabelecidas nos domínios da Área de Proteção Especial - APE Rio Manso, criada por meio do Decreto Estadual Nº 27.928, de 15 de março de 1988, conforme demonstrado na figura abaixo.

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FIGURA I

Reserva Legal

A área onde está localizado o empreendimento possui Reserva legal (RL), devidamente averbada em Cartório de Registro Geral da Comarca de Itaúna, na matrícula 32.169 de 02.12.2998, possuindo 46.22.36 ha (quarenta e seis hectares, vinte e dois ares e trinta e seis centiares), obedecendo ao limite mínimo exigido pela legislação vigente, de, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total da área da propriedade.

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Autorização para Exploração Florestal A Unidade de Tratamento de Minérios da Mina Oeste encontra-se instalada em área já antropizada e o mineroduto serão instalados sob o traçado da estrada já existente. Portanto, não será necessária a supressão de vegetação. Compensação Ambiental

A equipe sugere a aplicação da compensação ambiental para a instalação do empreendimento, tendo em vista a localização do mesmo e considerando-se o art. 36 da Lei Federal Nº 9.985/2000, que determina a definição da medida compensatória na Licença Prévia. Conforme DECRETO Nº 45.175, DE 17 DE SETEMBRO DE 2009, que estabelece metodologia de gradação de impactos ambientais e procedimentos para fixação e aplicação da compensação ambiental, segue abaixo as tabelas de valoração:

Tabela 1

Indicadores ambientais para o cálculo da relevância dos significativos impactos ambientais, componente do cálculo do grau do impacto ambiental

Relevância Marcar com X Valoração

Interferência em áreas de ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou em áreas de e reprodução, de pousio e de rotas migratórias

0,0750

Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) 0,0100

ecossistemas especialmente protegidos (Lei 14.309)

0,0500 Interferência /supressão de vegetação, acarretando fragmentação

outros biomas 0,0450

Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos 0,0250

Interferência em UCs de proteção integral, seu entorno (10km) ou zona de amortecimento x 0,1000

Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme "Biodiversidade em Minas Gerais - Um Atlas para sua Conservação"

Importância Biológica Especial

0,0500

Interferência em áreas prioritárias para a Importância Biológica 0,0450

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Extrema

Importância Biológica Muito Alta 0,0400

conservação, conforme "Biodiversidade em Minas Gerais - Um Atlas para sua Conservação"

(obs.:nesta ocorrência pode haver cumulação de importâncias. Se sim, marcar todas)

Importância Biológica Alta 0,0350

Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar x 0,0250

Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais 0,0250

Transformação ambiente lótico em lêntico 0,0450

Interferência em paisagens notáveis 0,0300

Emissão de gases que contribuem efeito estufa 0,0250

Aumento da erodibilidade do solo x 0,0300

Emissão de sons e ruídos residuais x 0,0100

Somatório Relevância Na Tabela 2, o analista ambiental deverá preencher com X a respectiva duração do empreendimento, entendendo como sua vida útil.

Tabela 2 Índices de valoração do fator de temporalidade, componente do cálculo do grau do impacto

ambiental

Duração Marcar com X Valoração (%)

Imediata - 0 a 5 anos 0,0500

Curta - > 5 a 10 anos 0,0650

Média - >10 a 20 anos x 0,0850

Longa - >20 anos 0,1000

Na Tabela 3, o analista ambiental deverá preencher com X a respectiva área de influência, se direta ou indireta. Deve ser lembrado que quando o impacto é na área indireta, já afeta a área direta, não cumulando.

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Tabela 3 Índices de valoração do fator de abrangência, componente do cálculo do grau do impacto

ambiental

Localização Marcar com X Valoração

(%)

Área de Interferência Direta (1) x 0,03

Área de Interferência Indireta (2) 0,05

7 – Controle Processual

O processo encontra-se devidamente formalizado, estando a documentação juntada em concordância com DN 074/04 e Resolução CONAMA Nº 237/97. Trata-se de ampliação da Unidade de Tratamento de Minerais (UTM) – Bloco Mina do Oeste - Classe 05, motivo pelo qual o processo foi reorientado para Licença prévia e instalação concomitante, conforme determina § 5º, art. 8º da DN 74/2004. Os custos da análise foram devidamente quitados, bem como foi realizada a publicação do pedido de licença em jornal de grande circulação. Foi apresentada a Declaração da Prefeitura informando que o local e o tipo de instalação estão em conformidades com a legislação municipal, bem como o título autorizativo do DNMP 006.274/1959 (concessão de lavra). A área do empreendimento possui Reserva legal devidamente averbada em Cartório, obedecendo ao limite exigido pela legislação vigente, 20% (vinte por cento) do total da área da propriedade/empreendimento objeto do licenciamento. De acordo com área técnica, não ocorrerá supressão de vegetação, nem intervenção em Área de Preservação Permanente. Tendo em vista que o empreendimento está inserido na Área de Proteção Estadual do Rio Manso, foi apresentada a anuência da COPASA para a instalação do empreendimento. Conforme análise técnica, o empreendimento é de significativo impacto ambiental, motivo pelo qual deverá incidir compensação ambiental, nos termo da Lei 9.985/00. A análise técnica informa tratar-se de um empreendimento classe 05, concluindo pela concessão da licença, com prazo de validade de 04 (quatro) anos, com as condicionantes relacionadas no Anexo I.

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A licença ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis, devendo tal observação constar do(s) certificado(s) de licenciamento ambiental a ser (em) emitido(s). Em caso de descumprimento das condicionantes e/ou qualquer alteração, modificação, ampliação realizada sem comunicar ao órgão licenciador, torna o empreendimento passível de autuação.

8 – CONCLUSÃO Todos os planos, programas e medidas corretivas para mitigar os impactos prognosticados e subsidiar a gestão ambiental do empreendimento foram considerados satisfatórios, indicando a sua viabilidade ambiental. Diante do exposto, sugere-se o deferimento do processo de Licença Prévia e de Instalação para o Repotenciamento da Unidade de Tratamento de Minério – UTM e a instalação do mineroduto da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A - USIMINAS, observadas as condicionantes listadas nos Anexo I deste Parecer Único.

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ANEXO I CONDICIONANTES

Processo COPAM Nº 00066/1984/029/2009 Empreendedor: USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S.A - USIMINAS Endereço: Distrito Povoado de Samambaia S/N - CEP 35.685.000 – Itatiaiuçu – MG Empreendimento: Repotenciamento da UTM e implantação de Mineroduto CNPJ: 60.894.730/001-5 Município: Itatiaiuçu

Consultoria Ambiental: CERN Consultoria Referência: Condicionantes da Licença de Instalação – LP+LI Validade: 4 anos

ITENS

CONDICIONANTES PRAZO

1

Deixar disponível no empreendimento os relatórios do Programa de Monitoramento do efluente da caixa separadora de óleo e água, elaborados com freqüência bimestral, visando consultas pela SUPRAM CENTRAL, cabendo ao empreendedor informar ao órgão, quando houver alteração de qualquer parâmetro que extrapole os limites normativos permitidos.

A partir da notificação do

recebimento da concessão da LP

e LI.

2

Solicitar ao Instituto Estadual de Florestas/ Gerência de Compensação Ambiental – IEF/GECAM cumprimento da compensação ambiental, de acordo com o Decreto 45.175/2009. Obs.: para fins de emissão da licença subseqüente, o cumprimento da compensação ambiental somente será considerado atendido após a assinatura do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental e publicação de seu extrato, conforme artigo 13 do referido Decreto.

30 dias após publicação da

decisão da URC

3

Apresentar Plano de Contingência para o empreendimento minerário da Mina Oeste.

Quando da formalização da LO

4 Apresentar a outorga dos três poços tubulares necessários para complementar o balanço hídrico do empreendimento.

Na formalização da LO