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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MARKETING PESSOAL: INSTRUMENTO DE ASCENSÃO PROFISSIONAL Por: Laila Priscila Cesário de Frias Orientador Prof. Jorge Vieira da Rocha Rio de Janeiro

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

MARKETING PESSOAL: INSTRUMENTO DE ASCENSÃO

PROFISSIONAL

Por: Laila Priscila Cesário de Frias

Orientador

Prof. Jorge Vieira da Rocha

Rio de Janeiro

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2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

MARKETING PESSOAL: INSTRUMENTO DE ASCENSÃO

PROFISSIONAL

Apresentação de Monografia

à Universidade Candido

Mendes como requisito

parcial para obtenção do

grau de especialista em

Marketing.

Por: Laila Priscila Cesário de

Frias

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AGRADECIMENTOS

Quero agradecer em primeiro

lugar, a Deus, por ter me

dotado de toda força e

coragem para percorrer mais

esta caminhada.

Agradeço também ao meu

filho Junior, a minha família e

a todos os meus amigos por

compreenderem a minha

ausência ao longo desta

jornada e por sempre

acreditarem em mim.

Ao meu orientador, Jorge

Vieira da Rocha, por me

direcionar neste trabalho.

E principalmente ao meu

esposo Alan, pela paciência,

pelo incentivo e carinho em

mais esta conquista.

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DEDICATÓRIA

Este trabalho, como não

poderia deixar de ser, é

totalmente dedicado ao meu

esposo. Agradeço todo amor

e dedicação.

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EPÍGRAFE

“É melhor tentar e falhar,

que preocupar-se e ver a

vida passar. É melhor tentar,

ainda que em vão, que

sentar-se fazendo nada até o

final. Eu prefiro na chuva

caminhar, que em dias tristes

em casa me esconder.

Prefiro ser feliz, embora

louco, que em conformidade

viver”.

Martin Luther King

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RESUMO

No presente trabalho, iremos abordar a importância e as aplicabilidades

do Marketing Pessoal nas relações de trabalho. É fato que as mudanças e velozes

transformações que estamos vivenciando, é decorrente de dois fatores principais:

a globalização e o desenvolvimento tecnológico. O mundo como conhecemos hoje

faz parte deste processo ou advém dele.

A globalização está presente na realidade e no pensamento, desafiando

grande número de pessoas em todo o mundo. O desenvolvimento da tecnologia

acelerou o processo de globalização e vice-versa, promovendo um ciclo contínuo

e irreversível, capaz de alterar culturas, sociedades e o próprio homem. A partir

destes dois fatores, outros vieram compor o cenário atual: busca permanente pela

qualidade de produtos, serviços e de vida; maior presença da mulher no mercado

de trabalho e em outros segmentos da sociedade, até então predominantemente

masculino; segmentação do consumo, para atender novos mercados cada vez

mais competitivos e exigentes; trabalho em equipe, como propulsor da revolução

do comportamento interno nas organizações, onde se faz mais com menos gente;

conceito e prática da melhoria contínua - aplicada a processos e pessoas;

terceirizações, quarteirizações, downsizing, preocupação com o meio ambiente e

a comunidade etc.

Diante deste cenário e muitas outras transformações ocorridas no meio

organizacional e social, surgiu o Marketing Pessoal, como forma de revalorização

das capacidades e competências do homem. A maior característica do Marketing

Pessoal é aparecer. Mas é óbvio que para passarmos do ridículo ao êxito na arte

de aparecer, é necessário uma boa dose de planejamento e estratégia, que são os

pilares do Marketing Pessoal, ou seja, como destacar-se em meio a tantos e

atingir o sucesso global. Lembramos que em todo processo de desenvolvimento

pessoal é importante preservarmos nossas características, evitando a busca de

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ser aquilo que não somos. Neste prisma demonstraremos a relevância do

Marketing Pessoal como instrumento de ascensão profissional.

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METODOLOGIA

O método utilizado foi o dedutivo, com uma abordagem descritiva

indicando uma pesquisa de natureza qualitativa.

Para Minayo (2003, P.21) “A pesquisa qualitativa responde a questões

muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de

realidade que não pode ser quantificado”.

O levantamento dos dados foi feito por meio de uma pesquisa

bibliográfica, que teve como suporte teórico sites especializados, teses

relacionadas ao tema e livros direcionados ao objeto de estudo.

E a análise dos mesmos foi realizada através do método de análise de

conteúdo, buscando desta forma elucidar a relevância do Marketing Pessoal .

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SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................06

METODOLOGIA.....................................................................................................08

INTRODUÇÃO.......................................................................................................10

CAPÍTULO I - UMA VISÃO GLOBAL DO MARKETING PESSOAL......................12

1.1 No ambiente de trabalho...................................................................................12

1.2 O homem e as mudanças.................................................................................21

1.3 O mercado........................................................................................................23

1.4 Reconhecendo as faces negativas e positivas do marketing pesoal...............25

CAPÍTULO II - MARKETING PESSOAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO. 27

1.1 Um produto chamado você...............................................................................27

1.2 A marca.............................................................................................................29

1.3 Excelência.........................................................................................................31

CAPÍTULO III – NETWORKING.............................................................................32

1.1 Instrumento de divulgação da sua marca.........................................................32

1.2 Rede de relacionamentos humanos.................................................................33

1.3 Capital social.....................................................................................................36

1.4 A prática de networking.....................................................................................37

1.5 Valores de quem pratica networking.................................................................38

1.6 Os instrumentos de networking.........................................................................39

1.7 Os procedimentos de networking......................................................................40

CONCLUSÃO.........................................................................................................42

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................44

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INTRODUÇÃO

Atualmente vivemos num mundo competitivo onde qualquer diferencial

fará o profissional se destacar na área que atua ou pretende atuar. Este estudo

pretende mostrar a importância de ter e aprender o marketing pessoal para uma

carreira de sucesso. Marketing pessoal é uma extensão do marketing em si. A

consolidação de um pacote de marketing e o autoposicionamento vai torná-lo

capaz de promover eficientemente o marketing pessoal. Para acertar no marketing

pessoal, é preciso concentrar na mensagem que pretende veicular e decidir como

e para quem a mensagem será enviada.

A partir do momento que o nível profissional do mercado começou a ficar

muito igual, tornou-se necessário não só realizar com êxito as tarefas, mais

também mostrar sua eficácia e produtividade. Para que essas estratégias se

tornem reais, é necessário que em todo processo de desenvolvimento pessoal

preservemos nossas características, evitando a busca de ser aquilo que não

somos. Sendo assim poderemos demonstrar a influência do marketing pessoal na

vida social e profissional das pessoas.

O Marketing Pessoal tornou-se um instrumento estratégico fundamental

para a construção de uma marca pessoal forte. Essa marca é uma das principais

ferramentas de posicionamento no mercado profissional. Assim como a imagem

institucional, a imagem pessoal necessita dos mesmos cuidados no seu processo

de projeção e consolidação.

Mesmo sendo é um tema recente e polêmico, ainda há poucos estudos

com bases sólidas que abordem a já referida temática. Fato este constatado ao

longo da pesquisa, que também verificou a escassez bibliográfica da língua

portuguesa sobre tal assunto, sendo necessário recorrer a outros temas para

abordar o Marketing Pessoal especificamente.

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Cabe ressaltar que a escolha do tema foi estimulada por questionamentos

pessoais a respeito do que deve ser feito para se obter destaque no mercado e a

conquista de uma boa posição. Podemos presenciar muitas pessoas que se

destacam em todos os segmentos e a dúvida que persiste é: todas seguem o

mesmo princípio para obter ascensão profissional?

Para obter a resposta foi preciso entender melhor e conceituar Marketing.

A palavra Marketing tem suas origens na língua inglesa e, em português, significa

mercado. Enquanto indivíduos, todos nós realizamos ações de Marketing com o

objetivo de conseguir de outras pessoas ações e reações, como: atenção,

interesse, respeito, dentre outras. Somente conseguimos alcançar o desejável, se

o que mostramos desperta interesse como valor daqueles que nos cercam.

Atualmente Marketing é aplicável em quase todas as atividades humanas

e desempenha papel importante na integração das relações sociais e relações de

trocas lucrativas, tornando-se assim, um elemento chave para o desenvolvimento

social. Ele é fator determinante para ajudar empresas e pessoas a expandirem

suas possibilidades de negócio e crescimento profissional.

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CAPÍTULO I

UMA VISÃO GLOBAL DO MARKETING PESSOAL:

1.1 NO AMBIENTE DE TRABALHO

O aumento da competitividade e o processo de globalização vêm levando

as empresas brasileiras a utilizar-se cada vez mais das ferramentas de marketing.

A atividade idealizada para satisfazer clientes e consumidores no Brasil, ainda

transmite a idéia de uma ação enganosa ou de oportunismo.

A primeira definição é datada em 1948 pela American Marketing

Association que assim definiu: “A planificação e execução de um conjunto de

atividades comerciais, tendo como objetivo final a troca de produtos ou serviços,

entre produtores e consumidores”. Esta é uma a verdade fundamental: para ser

competitivo é preciso fazer a diferença. Empresas procuram tecnologias que

agreguem valor, inovação em seus produtos, serviços e processos e

principalmente, pessoas diferentes, proativas, que não temem aceitar riscos e

novos desafios.

Ao nos aproximarmos das mudanças estabelecidas pelo mercado, o

marketing ultrapassa o mundo corporativo e passa a ser cada vez mais utilizado

por pessoas e profissionais autônomos, derivando-se então para o marketing

pessoal.

Por analogia podemos inferir que o mercado não absorve o profissional

apenas por ser eficiente, bons trabalhadores, possuírem capital acadêmico ou

experiência prática. Embora, ressalve-se sempre, que tudo isto seja imprescindível

para posicionar-se bem no mercado de trabalho. O mercado abraça o profissional

que demonstre ser capaz de satisfazer as expectativas pessoais que cada cliente

consumidor possua a respeito dos serviços que presta.

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É neste processo que entra o marketing pessoal, demonstrando essas

expectativas, identificando e estimulando-as, explicando-as e catalisando todos os

processos que facilitem tanto a geração de expectativas favoráveis como

orientando os profissionais a adquirir conteúdo.

Hoje em dia, a imagem de uma pessoa é o seu maior patrimônio. Ela abre

portas e torna pessoas conhecidas e famosas. Não é de um dia para o outro que

construímos e consolidamos uma imagem vencedora e idônea. São necessários

anos de desenvolvimento, bom desempenho e sociabilidade para ser uma pessoa

bem aceita. No entanto, não basta viver de aparências e ficar atrelado só ao

marketing, precisamos ter, contudo de qualidade e ser autênticos e verdadeiros.

Por isso, temos que tomar muito cuidado com nossas atitudes, pois é muito difícil

reverter uma primeira impressão. Para tanto, devemos estar cientes das situações

embaraçosas que arranham qualquer imagem.

Marketing pessoal é expor-se diante das oportunidades para que as

pessoas retenham sua imagem e possam convidá-lo a fazer parte de seus planos.

Veja alguns pontos importantes do marketing pessoal no ambiente de trabalho:

• Procurar sempre debater problemas relacionados à profissão. Toda

carreira tem um tipo de debate de que é preciso participar. Eventos são bem

recomendados;

• Ser responsável pela sua própria vida, carreira e desenvolvimento.

Dessa forma, alcança-se o reconhecimento como alguém de muito valor

agregado, uma pessoa que faz a diferença.

• Estudar e acompanhar novas tendências e mudanças para não ficar

para trás. Todos estão caminhando ao encontro do futuro, portanto não se pode

perder o rumo, nem se iludir com “miragens”.

Para tornar-se uma pessoa evoluída e experta na arte de ser bem aceita é

necessário lembrar a importância da empatia enquanto fator determinante no

processo de evolução pessoal. Lembrando, sempre, que ao estar rodeado por

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pessoas, é preciso perceber as mensagens que o grupo quer transmitir, sendo

flexível e educado, e mantendo uma postura de atenção e respeito. Conforme se

ganha espaço e intimidade, deve-se mostrar motivação, prestatividade e

felicidade. No caso de estar em uma reunião com subordinados e precisar ser

mais enérgico, necessita-se, claro, assumir uma postura mais ativa, tendo sempre

em mente que a grande liderança não é imposta, mas sim reconhecida.

Trabalhar o marketing pessoal é adquirir um diferencial básico em relação

à concorrência, desenvolvendo importantes habilidades e percepção, convívio

social e profissional, liderança e carisma. O sucesso permanente passa

obrigatoriamente pelo sucesso individual nos relacionamentos dos mais variados

tipos, do porteiro ao diretor-presidente da empresa. O marketing pessoal é uma

ferramenta indispensável para os que desejam crescer. Através de uma estratégia

devidamente estruturada a partir do campo de atuação pessoal e profissional, os

objetivos que precisam ser traçados, o ambiente, as particularidades do público-

alvo e as características pessoais do indivíduo.

Marketing pessoal é um processo que só começa a ser desenvolvido

quando se reconhece ou destaca o seu potencial e comunica ao mercado, através

de uma apresentação na empresa. A partir do momento em que se decide

começar o processo, tem a possibilidade de fazer um autoconhecimento, uma

reflexão para destacar suas qualidades e corrigir seus defeitos. O profissional que

se conhece melhor saberá contribuir para o seu próprio crescimento e de sua

empresa.

Muitas pessoas estudam anos a fio, se preparam para entrar no mercado

de trabalho, adquirem experiências e se tornam bons profissionais. Com que

objetivo? Alcançar o sucesso. Salvo raras exceções, essa é a meta geral. Mas

para a grande maioria, sobretudo dos executivos, o sucesso, basicamente, traduz

em dinheiro, poder, posição, prestígio, reconhecimento e um sentido de realização

profissional. É aquilo que eles perseguem desde o começo da carreira. Ninguém

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ainda descobriu a fórmula garantida para obter todas essas coisas, no entanto,

que se torna cada vez mais fundamental para o sucesso na carreira profissional.

Não é mais suficiente apenas ser bom naquilo que se faz. Hoje em dia, é

preciso, também, sair do anonimato e concentrar parte dos esforços na venda da

própria imagem. Como profissional, perante a empresa, os colegas e o mercado

de trabalho. Tão importante quanto isso é o que parecemos para o mundo

exterior. Desenvolver positivamente a sua imagem tornou-se uma técnica de

marketing pessoal.

Neste mundo competitivo, um marketing pessoal bem feito pode alavancar

de maneira decisiva a carreira profissional. No atual mercado de trabalho não há

mais lugar para os “gênios discretos”, que esperam pacientemente pelo

reconhecimento dos superiores. Seja lá no que for, ou obter grandes resultados na

sua área ou empresa onde trabalha, não pode levar lugar algum se o cidadão não

conseguir mostrar as pessoas certas tudo o que sabe ou garantir que elas tomem

conhecimento do seu potencial.

Nestes tempos em que nada é garantia de nada, a visibilidade é uma das

poucas coisas práticas, podem efetivamente contribuir para que um profissional

chegue mais perto do sucesso. Segundo (Bernardi,1997,P. 92): “O marketing

pessoal é um combustível poderoso para as pessoas se desenvolverem nessa

sociedade”.

Antes de pensar em aparecer, é bom verificar se tem mesmo o que

mostrar. E ter o que mostrar implica destacar-se. Fazer mais que seus pares, ter

um desempenho melhor que o da maioria, obter resultados concretos, enfim, ser

alguém que faça a diferença. Vale lembrar que dificilmente se consegue tais

coisas no início da carreira. A visibilidade precisa ser construída sobre essas

bases sólidas e inquestionáveis. Caso contrário, não dura. “Mesmo que já seja o

momento de se dedicar à propagação dos efeitos, é preciso manter a coerência e

dar continuidade ao trabalho de base” (Bernardi, 1997, p.92).

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Em geral, quando as pessoas estabelecem metas para si mesmas,

presumem que somente seus esforços já serão suficientes para atingi-las. “Isso

raramente ocorre”, afirmam os autores americanos Al Ries e Jack Trout, no Livro

Horse Sense - Encontre o Cavalo Certo para Montar. A posição deles é a

seguinte:

“sozinho, ninguém chega a lugar algum.

Sempre será preciso pegar uma carona com alguém ou

com alguma coisa. Unir-se à pessoa certa (chefe, um

superior) ou à coisa certa (empresa, um produto ou

uma idéia) é uma das formas mais eficientes de fazer o

marketing pessoal no ambiente de trabalho”.

Marketing pessoal questiona desde pensamentos e atitudes, até a

comunicação, além da ética e da capacidade de liderar, de automotivar e de

motivar as pessoas a sua vota. Tudo isso é marketing pessoal. Hoje, mais do que

nunca as empresas no momento de contratar analisam não só sua experiência,

para atividade, mas também tudo que possa enriquecer direta e indiretamente a

futura posição que poderá vir a ocupar. Traduzindo: hoje, preocupação com o

capital intelectual e ética, são fundamentais para as empresas poderem definir de

forma mais ampla o perfil de seus colaboradores.

A habilidade de se fazer uma boa apresentação conseguirá com que o

indivíduo obtenha um talento diferenciado dos demais. A habilidade de falar é

mais importante para o seu futuro do que a habilidade de pensar ou escrever. A

boca é mais poderosa do que a mente. Pois podemos fazer a cabeça daqueles

que estão ao nosso redor.

Para o desenvolvimento pessoal é de grande importância trabalhar a

imagem, sua marca profissional, postura pessoal, posicionamento político (no

ambiente interno da organização em que trabalha). Em alguns casos, a cultura,

etiqueta e os costumes válidos para determinadas situações e locais. Outro

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aspecto importante a ser trabalhado é a atividade de venda da sua imagem: de

idéias, projetos e confiança que sua competência pode agregar à organização.

De acordo com Al Ries (1991, p. 52): “A vida em uma grande empresa é

como linha sinuosa”. Não se pode ser direto. Deve-se aprender a ser político. Esta

é a razão de sermos políticos para progredir em uma empresa. Fazer um bom

trabalho é o primeiro passo. Temos de descobrir uma maneira de os outros

saberem que estamos fazendo um bom trabalho. As habilidades no trabalho vêm

depois de nossas habilidades políticas.

Isto serve como modelo. Se quiser progredir em uma empresa, tem que

ser político. Tem de fazer seu marketing pessoal e amigos mais do que agitar. No

ambiente empresarial, as palavras valem mais do que as ações. Especialmente se

elas forem dirigidas a pessoa certa no momento certo. As pessoas pensam

erroneamente que basta ter um bom marketing pessoal para se projetar. O

marketing pessoal acaba sendo uma conseqüência dos trabalhos que se executa

e de maneira pela qual você demonstra.

Para Passos, (1999, p.73): ...se você vai a um seminário e não participa,

com certeza ninguém tomará conhecimento; entretanto, se você vai e partilha,

discute debate, oferece perguntas, alternativas, vai conseguir se projetar e mostrar

algo.

Faz parte da estratégia de uma carreira, mais não é essencial. O bom

marketing pessoal só vai levar alguém à ascensão se for verdadeiro, porque, se

não for, logo descobrirão que é uma farsa. Tem de estar lado a lado com a

competência. É aceitável todo aquele marketing que se faz em cima da verdade e

da ética. Fazer de cada contato diário um ponto positivo da sua vida. É necessário

ter sinceridade, não se faz networking no sentido político, não precisa se legal

como todo mundo e nem ser campeão de simpatia, as pessoas tem de respeitar e

entender sua decisão.

O vínculo mais comum entre as pessoas está pautado na notoriedade e a

vaidade. Vaidoso, todos os humanos são. Mas só os menos inteligentes pagam

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qualquer preço pela vaidade. Há pessoas tão ávidas por aparecer que nem se

preocupam se têm conhecimento suficiente sobre o tema em questão para abrir a

boca. A visibilidade, na grande maioria das vezes, é um investimento que não dá

frutos no curto e médio prazo. Participar de atividades que não têm nada a ver

com o trabalho é uma. É preciso também muito cuidado na escolha dos locais a

frequentar. Badalações e colunas sociais, por exemplo, não combinam muito com

executivos.

“É preciso administrar o tempo adequadamente para cumprir direito os

compromissos e não deixar pessoas na mão”, diz Bernadi. Esse é o ponto

essencial para uma imagem: cumprir os compromissos, honrar a palavra. Quem

se envolve com muitas coisas ao mesmo tempo em algum momento pode falhar.

Reserve as energias para eventos que acrescentem algo de efetivo.

O segredo de grandes líderes é que eles sabem motivar pessoas. Saber

fazer seus colaboradores acreditarem em seus projetos e dar o máximo de si para

torná-los realidade. Dar as pessoas um ideal pelo qual trabalhar também é fazer

história. (Passos, 1999, p.74).

Pois isso mesmo, não se pode ter medo de vender seus projetos, de

mostrar seus planos e idéias para os clientes, chefes, ou para pessoas que

estejam próximas a você. As pessoas que tem esse tipo de constrangimento, de

vender suas idéias, fatalmente estarão reduzindo suas chances de sucesso. É

sempre importante falar a verdade. Não é preciso mentir sobre as suas qualidades

e conhecimentos. A mentira, cedo ou tarde, é descoberta e acaba com a

credibilidade. Ao invés disso, para obter um voto de confiança, fale do seu

conhecimento acumulado e possibilidades de aprender o suficiente para

desempenhar a função em tempo relativamente curto.

Tenha em mente que como profissionais todos nós somos como um

produto no mercado de trabalho e não há nada de errado nisso. Aí que está a

importância do marketing pessoal, para que possa mostrar que é capaz de

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entender às exigências desse mercado. Tudo isso pode ser resumido de forma a

fazer a coisa certa na hora certa.

O primeiro passo é não confiar no convencional. Estratégias que foram

vitoriosas durante as duas últimas décadas não oferecem mais o mesmo nível de

sucesso. Fuja de carreiras lineares dentro de uma mesma empresa.

Seja multifuncional, um termo que pode parecer complicado, mas que é

apenas sinônimo de polivalente. Nem desperdice seu talento contribuindo para

perpetuar burocracias. Inovação, flexibilidade e agilidade serão as marcas

registradas do século XXI.

Outra característica bastante mencionada pelos especialistas em recursos

humanos refere-se à constante atualização. É praticamente impossível explorar

uma imagem para sempre sem que haja novidades. Mas atualizar as questões

ligadas à especialização não basta. É fundamental manter-se em dia com os

aspectos culturais e sociais para o desenvolvimento da carreira em longo prazo.

Segundo Flávio Maia, (www.idgnow.terra.com.br), “fazer bem o marketing pessoal

não precisa se expor exageradamente, nem mudar formas de agir e pensar”.

O aprendizado contínuo é fundamental para o sucesso. O conhecimento

virou uma commodity perecível. A única competência durável de que podemos

dispor no futuro será a capacidade de aprender de forma contínua. E de aplicar no

dia-a-dia os conhecimentos adquiridos. Procure ser polivalente também no elenco

de competências essenciais. Além de qualificações técnicas, desenvolva

habilidades interpessoais e cultive o lado empreendedor. Cultive sua capacidade

de liderar, de trabalhar em equipe, de falar em público e de gerenciar conflitos. O

salto que fará uma diferença em uma carreira será evoluir de uma simples função

para outra de maior destaque. O desejo e a determinação constituem a força

motriz essencial para vencer nos dias de hoje. Isso será ainda mais determinante

no futuro.

O sucesso profissional não é o único critério para a felicidade humana. O

executivo verdadeiramente bem-sucedido também o é nas esferas da vida. Nem

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descuide da convivência com seus familiares. Cultive seus verdadeiros amigos,

que serão suas âncoras afetivas no momento de sobreviver à solidão inerente ao

poder organizacional.

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1.2 O HOMEM E AS MUDANÇAS

Para entender a importância do Marketing pessoal e a sua força como

instrumento de ascensão profissional, se faz necessário um descritivo do cenário

atual. É possível observar no mundo moderno, inúmeras transformações políticas,

culturais, econômicas que originam mudanças nas relações entre pessoas e

consequentemente na sociedade de uma forma geral.

A incorporação de mudança na nossa realidade é um processo contínuo e

cada vez mais rápido. Mudanças tecnológicas significativas são aplicadas ao

processo de produção, a sociedade industrial dá lugar à sociedade da informação

e do conhecimento. Constatamos, na realidade, a capacidade que essas

mudanças têm de alterar culturas, sociedade e o próprio homem.

Contudo, este homem, se construído em sua complexidade gerando a

individualidade, tem um traço comum, inerente a todos, que é a necessidade de

ser aceito. O enfrentamento das diversas situações que o mundo profissional lhe

propõe, vem exigindo que esse homem conheça cada vez mais suas

potencialidades e limitações. A busca por crescimento pessoal é um ponto de

partida para o enfrentamento da competitividade crescente.

No campo das organizações as estruturas piramidais de hierarquia rígida,

cedem lugar para estruturas horizontalizadas, com processos comunicacionais

mais rápidos, diminuindo as distâncias entre os espaços hierárquicos.

O comportamento humano ocupa posição de destaque nas organizações

e a reflexões sobre o comportamento organizacional tem focalizado temas como

liderança, motivação, comunicação. O maior desafio dos profissionais é interagir

com as novas realidades e isso pressupõe uma alta capacidade de adaptação e

abandono das velhas posturas.

Os cidadãos se defrontam com o inexorável futuro que chega em ritmo

alucinante. Questionamentos refletem as dúvidas de como enfrentá-lo e de quais

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passos deverão ser dados para uma perfeita adaptação aos novos parâmetros

que regulam a vida e o trabalho em todas as esferas. (Torquato, 2004, p.218).

A competitividade aumentou imensamente, principalmente, pela entrada

de mulheres no mercado de trabalho e a ampliação das mudanças tecnológicas.

Há menos de cinqüenta anos os empregos eram divididos somente entre a

população masculina. De lá pra cá, ocorreu à entrada de mulheres no mercado de

trabalho e hoje existem muito mais pessoas procurando uma colocação. A

velocidade da tecnologia também é outro fator que acirrou a concorrência. O

mundo se atualiza com grande velocidade e muito do que se aprende cai

rapidamente em desuso.

Uma das respostas mais apropriadas para as questões que surgem, esta

na estratégia da preparação pessoal. Nesse momento de alta competitividade,

mudanças freqüentes e crescente exigência por qualidade, o Marketing é

ferramenta de auxílio fundamental no processo da elaboração da estratégia

pessoal e, conseqüentemente da ascensão profissional dos indivíduos.

Marketing Pessoal, conceito que aplica os princípios do Marketing as

pessoas, é uma necessidade para os indivíduos nos dias de hoje. Fazer de si um

bom produto e saber vendê-lo as empresas é requisito fundamental para garantir a

permanência no mercado de trabalho, o destaque profissional e a conquista da

satisfação pessoal.

Atualmente, conhecimento técnico é apenas a base para a construção de

uma carreira bem sucedida. O diferencial entre um profissional e outro está,

principalmente, em suas atitudes e capacidade comunicativa.

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1.3 O MERCADO

De acordo com Crema (2004):

O termo mercado adquiriu muitos sentidos ao

longo dos anos. Nas cidades medievais os mercados

ficavam nas praças e vilarejos onde os compradores e

vendedores se reuniam para trocar seus bens. Hoje as

compras e vendas ocorrem em grandes áreas

comerciais inclusive no mundo virtual.

Já com tantas transformações rápidas em todo mundo, o mercado passou

a ser definido apenas aonde o cliente vai a procura do que precisa para o seu

consumo. O trabalhador que vai continuar a espera do seu cliente alvo não vai

apenas ganhar seu salário no final do mês. Essas pessoas passaram a ter mais

importância do que apenas atender, precisa atingir metas e, principalmente, fazer

parte da corporação da empresa onde trabalham, saber sua missão e o pôr que

estão naquele lugar. O resultado final não depende apenas das habilidades

técnicas, mas sim, da competência pessoal de que está obtendo esses resultados.

Só vender a imagem de bom profissional não funciona na realidade atual, é

preciso ser competente.

Segundo com pavão (2004):

As profundas transformações ocorridas e que

ainda estão a ocorrer afetarão estruturalmente as

relações comerciais e de trabalho, nas quais o

questionamento e a redefinição de conceitos se tornam

primordiais. Neste novo milênio, é imperativo um nível

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cada vez mais elevado de conhecimento por parte dos

profissionais que buscam ingressar, permanecer e

crescer nas organizações, seja formal ou informal.

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1.4 RECONHECENDO AS FACES NEGATIVAS E

POSITIVAS DO MARKETING PESSOAL

Os prejuízos contraídos pelo empresariado, onde a premissa baseia-se

em contratações aferidas, pode causar equívocos. Esses equívocos podem

classificar-se como “máscaras de contratação”, denominado marketing pessoal

negativo.

Geralmente se gasta muito tempo adaptando o candidato os candidatos

às vagas, perdendo tempo e fatalmente, produziram profissionais inoperantes,

inadequados e não aptos aos cargos. O custo de contratação torna-se alto e seu

refazimento deverá se da em um curto espaço de tempo, onde novas baterias de

contratação serão efetuadas. A produtividade das empresas se encontrarão

reprimidas, pois o ritmo necessário a ser impresso não atingirá sua totalidade e

seus objetivos principais.

De acordo com Bordin (2002):

Sem os músicos e maestro nos locais corretos de uma orquestra não se

atinge a melodia harmoniosa.

O resgate da autenticidade é o ponto máximo do marketing pessoal, o

profissionalismo, o aperfeiçoamento dos valores, do conhecimento e da cultura,

colocando como foco a educação.

Sabedores das vastas profissões existentes no mercado podem classificar

as reais necessidades para o candidato a marketing pessoal:

• “... educação comportamental – o profissional deverá ser observador, coerente,

sem alterações comportamentais.

• Cultura – o profissional deverá ser atualizado e conectado ao mundo.

• Conhecimentos técnicos adquiridos – conhecer profundamente sua área de

atuação.

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• Conhecimentos práticos – ter capacidade em executar seus conhecimentos

técnicos, atuação.

• Adaptação ao meio – ser flexível e ajustar as necessidades do momento.

• Crescimento técnico profissional e empresarial.

• Ética – valores necessários para elevar a autenticidade dos profissionais –

verdade e gentileza.

Benefícios do marketing pessoal – são simplificados no resgate da

conduta e dignidade, elevação da auto- estima, resignar-se ao bem.

A essência do marketing pessoal é a melhoria contínua e a transformação

dos desejos e anseios em realizações concretas.

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CAPÍTULO II

MARKETING PESSOAL COMO DIFERENCIAL

COMPETITIVO

2.1 UM PRODUTO CHAMADO VOCÊ O marketing pessoal utiliza os conceitos e os instrumentos do marketing

em benefício da carreira profissional e da vida dos indivíduos valorizando os seus

diferenciais mercadológicos, suas vantagens competitivas e catalisando os

processos que facilitem o melhor posicionamento no mercado. Dessa forma, tem

destaque quando aplicado por profissionais como uma ferramenta estratégica de

promoção pessoal e, consecutivamente, da organização que presta serviço.

Para os profissionais atenderem a todas as exigências do atual mercado

de trabalho, necessitam utilizar as estratégias do marketing pessoal e ser o seu

“produto pessoal”, ou seja, produto comercial com bagagem intelectual, que

oferece serviços e produtos, que concorre com outros, buscando,

permanentemente, ocupar espaço e posição no mercado. Para tanto é preciso

entendê-lo e manter-se nesse mercado, comportando-se de várias maneiras,

adequando-se às diversas situações, em suma, fazendo o uso do marketing

pessoal.

Conceitualmente, de acordo com Peters (2000, p.72), o Marketing Pessoal

“fortalece o crescimento pessoal e profissional da “marca” da pessoa”. Trata-se da

capacidade individual de atrair e manter relacionamentos pessoais e profissionais

entre a equipe, com clientes, com gerentes, diretores etc., de forma permanente

para que através e por meio deles se realizem ciclos de atendimento de

necessidades mútuas, gerando satisfação a todos.

Ainda, segundo Peters (2000, p.75): “é preciso ter consciência de que

você é um produto no mercado de trabalho – e deve acreditar nisso, se não quiser

ficar encalhado na prateleira”. Ou seja, sem se enxergar como um produto,

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dificilmente se conseguirá um emprego que satisfaça, onde consiga aplicar o que

tem de melhor e no qual encontre uma fonte permanente de aprendizado. Para o

mundo de marketing se adaptar como um produto é questão apenas de percepção

empresarial.

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2.2 MARCA

A palavra marca foi incorporada ao cotidiano das empresas brasileiras e já

é inclusive disciplina curricular de faculdades de administração e comunicação

conscientes da necessidade de atualização de seus programas a um cenário

empresarial e competitivo. Neste cenário, produtos e serviços tendem a se

equiparar nos aspectos técnicos funcionais, no qual a globalização acirra a

concorrência e faz com que a gestão da marca, em sentido mais global, seja fator

decisivo para a diferenciação.

Segundo a definição da American Marketing Association (AMA), “marca é

um nome, termo, símbolo, desenho ou uma combinação desses elementos que

deve identificar os bens ou serviços de um fornecedor ou grupo de fornecedores e

diferenciá-los da concorrência”.

Portanto, as marcas vão além de produtos e serviços. Pessoas também

podem ser vistas como marcas – afinal, muitas vezes elas também têm imagens

bem definidas que podem ou ao ser entendidas e amadas.

Segundo Peters (2000 p.78-80):

Você é a sua marca, você é seu projeto, você

deve saber se vender, você deve administrar sua própria

marca... Hoje em dia, o mais importante, para quem

quer trabalhar e fazer negócios, é ser diretor de

marketing da marca chamada você...

A utilização e a aplicação de marcas existem há séculos como um meio de

diferenciar os bens de um fabricante dos bens dos outros. Na verdade, a palavra

brand (marca, em inglês) deriva do nórdico antigo brandr, que significa “queimar”.

Isso porque as marcas a fogo eram, e de certa maneira ainda são usadas pelos

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proprietários de gado para marcar e identificar seus animais. Peters afirma ainda

que a gerência de uma marca extrapole o departamento de marketing, invadindo

todos os setores de uma organização, inclusive as pessoas, ou seja, “uma

obsessão com a marca não é simplesmente uma questão do departamento de

marketing. É assunto de contas a receber. De compras. De sistemas de

informação. De recursos humanos. Cada decisão... cada sistema..., deve refletir,

de forma visível, a atenção específica, obsessão à marca.” (PETERS, 1998, p.

349).

Qualquer pessoa que esteja tentando construir uma carreira está tentando

criar sua própria marca. Certamente, uma das chaves para uma carreira de

sucesso basea-se no fato de determinadas pessoas (colegas de trabalho,

superiores, ou até mesmo pessoas de fora da empresa) saberem quem você é, e

conhecerem suas habilidades, talentos, atitude e assim por diante. Ao construir

um nome e uma reputação dentro de um contexto de negócios, a pessoa está

essencialmente criando sua própria marca. O conhecimento e a imagem certos

podem ser inestimáveis para o modo como as pessoas o tratam e interpretam

suas palavras, ações e realizações.

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2.3 EXELÊNCIA

Outro diferencial na busca de uma carreira de sucesso é ter atitude

voltada para excelência. O sucesso exige que a excelência faça parte de sua vida.

Não há sentido em se destacar em apenas uma área. É necessário que tudo na

vida seja importante: excelência nas atitudes, hábitos, família, trabalho, em tudo. É

preciso buscar sempre fazer o melhor possível.

Quando se trata de sucesso, alcançar metas e atingir objetivos, o

indivíduo deve ser persistente, nunca deixar de lutar ou se contentar com o

segundo lugar. É necessário comprometimento, entusiasmo e empolgação com os

ideais. Se o foco está em se sobressair em todos os afazeres, a jornada se torna

mais agradável e equilibrada. Colocando amor nas ações praticadas, o indivíduo

passa a ter prazer em trabalhar, se sente motivado o tempo todo, tornando-se

mais emotivo, mais criativo, ou seja, consegue um equilíbrio dos dois lados do

cérebro, deixa de usar somente o lado racional e passa a usar também emocional

e imaginário e consegue, assim, obter resultados na vida profissional, pois o

principal ponto de interesse estará sempre diante dos olhos.

Com a escolha da atitude correta, o indivíduo pode se tornar do que já é,

acreditando em si mesmo, no seu trabalho e no seu potencial, não esquecendo a

humildade de estar sempre crescendo, se aperfeiçoando, superando os

obstáculos. Para conseguir realizar seus sonhos e objetivos, é preciso agir com

paixão; definida como um sentimento forte e profundo capaz de transformar as

vidas dos indivíduos. Para isso, é fundamental tomar essa paixão e transformá-la

em ação.

Uma vez alcançado o tão desejado sucesso, é preciso saber mantê-lo e

isso vai depender do grau de esforço e excelência que agregar a tudo que fizer

deste momento em diante. A intensidade da paixão direciona para o trabalho é

que vai determinar o ponto a que se vai chegar.

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CAPÍTULO III

NETWORKING

3.1 INSTRUMENTO DE DIVULGAÇÃO DA SUA MARCA

O mercado de trabalho está mudando muito rapidamente. Nas últimas

duas décadas, a aceleração do processo de globalização tem alterado em alta

velocidade o cenário enfrentado pelas empresas e pelas pessoas. Mais

competitivas entre si em termos mundiais, as organizações são forçadas a

tornarem-se mais enxutas e cada vez mais exigentes em relação ao desempenho

de sua equipe de profissionais. Elas precisam de resultados efetivos e rápidos

para permanecer em condições de competir crescer e assegurar a longevidade do

negócio. O mercado de trabalho está realmente muito mais competitivo, exigente e

excludente neste início de século XXI.

Não basta ser competente, é fundamental que o profissional saiba manter

suas condições de empregabilidade. Minarelli (1995) apresenta os seis pilares que

sustentam a carreira de um profissional: adequação vocacional, competência

profissional, idoneidade, saúde física e mental, reserva financeira e networking

(relacionamentos).

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3.2 REDE DE RELACIONAMENTOS HUMANOS Antes de tratarmos especificamente da técnica de networking, temos de

conceituar o que é rede de relacionamentos humanos. Como se sabe, a noção de

"rede" é bastante antiga. Etimologicamente, a palavra vem do latim rete,

significando entrelaçamento de fios com aberturas regulares formando uma

espécie de tecido. As principais finalidades das redes eram a caça ou coleta de

animais e o apoio, o suporte ou a sustentação de coisas ou pessoas.

A partir da noção de entrelaçamento, malha e estrutura reticulada, a

palavra rede ganhou novos significados, passando a ser empregada em diferentes

situações:

· estrutura física reticulada (rede de esgoto, rede elétrica);

· conjunto de meios de comunicação (rede telefônica, rede de televisão);

· rede de computadores (Internet, intranet);

· conjunto de indivíduos e grupos (rede de contatos, rede de espionagem);

· estabelecimentos que se destina a prestar determinado serviço (rede

bancária, rede pública de ensino, rede de crime organizado);

· rede de organizações (rede de empresas, rede de ONGs).

O emprego da palavra rede para designar um conjunto de organizações

não é novo. Afinal, há tempos organizações estabelecem relações entre si para

alcançar objetivos comuns, mas, conforme ressalta Castells (2000), ganharam

uma nova vida na chamada Era da Informação, valendo-se das novas tecnologias

de informação e comunicação, como a Internet.

Para este sociólogo, uma rede é:

"um conjunto de nós conectados, e cada nó, um

ponto onde a curva se intercepta. Por definição, uma

rede não tem centro, e ainda que alguns nós possam

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ser mais importantes que outros todos dependem dos

demais na medida em que estão na rede." (Castells,

1998).

Uma rede de organizações geralmente tem o objetivo de facilitar a

articulação entre pessoas e organizações de modo a ampliar as possibilidades de

decisão e ação de cada um de seus componentes e da rede como um todo. Uma

definição interessante para redes desta natureza é a empregada pela Organização

Mundial de Saúde:

Uma rede é um agrupamento de indivíduos,

organizações ou agências organizadas em bases não

hierárquicas em torno de questões ou reocupações, as

quais atuam proativamente e sistematicamente

baseadas no compromisso e confiança (WHO 1998).

Como as demais redes existentes, a de relacionamentos também é

multifuncional, pois oferece proteção, descanso, captação, distribuição e

integração.

Minarelli (2001) aponta que a rede é o canal que capta, integra e distribui

informações, bens e serviços com maior eficiência, e isso é verdade tanto na

operação de negócios quanto em relação às pessoas.

Quando alguém é informado sobre uma oportunidade de emprego, por

exemplo, está usando a rede como instrumento de captação. Quando através

dela, oferece-se uma vaga, a rede está sendo usada como instrumento de

distribuição. Essa bilateralidade, essa via de mão dupla, é uma característica

importante da rede de relacionamentos humanos.

Desta forma, Minarelli (2001) também define três níveis de relacionamento

com os quais convivemos:

• grupo primário: é formado por pessoas mais próximas, com as

quais temos forte

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• envolvimento emocional e disposição imediata de colaborar e

compartilhar objetivos comuns.

• grupo secundário: é o das relações mais formais e menos íntimas.

• grupo de referência: são as pessoas de nossas individuais, pois

seus valores e suas expectativas ordenam nosso padrão de comportamento.

Essa classificação pode ser traduzida de modo simplificado definindo-se o

grau de liberdade que temos com os outros e o grau de solidariedade que as

pessoas estão prontas a nos oferecer. Por trás da idéia de diferentes graus de

solidariedade estão a interdependência, a integração e a reciprocidade, elementos

fundamentais da vida social. Ninguém sobrevive sozinho. Precisamos, portanto,

dos outros, eles precisam de nós e, por causa disso, temos de nos manter

integrados ao grupo e dispostos a trocar benefícios. Quando fortalecemos a

integração e o intercâmbio com intencionalidade, estamos nos preparando para

aproveitar as melhores oportunidades oferecidas pela rede de relacionamentos.

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3.3 CAPITAL SOCIAL

Todos possuímos um conjunto de capitais: o intelectual, o profissional, o

moral, a saúde, o financeiro e o social. A rede de relacionamentos existe, sempre

existiu e vai continuar existindo enquanto houver seres humanos sobre a Terra.

O capital social é constituído de pessoas conectadas e múltiplas formas

por causa dos vários papéis que desempenham na vida. Minarelli (2001) afirma

que a grande rede de relacionamentos compreende várias sub-redes.

A família e amigos mais próximos, com quem temos conexões mais

afetivas, formam nossa rede pessoal de relacionamentos. Quando começamos a

trabalhar, iniciamos nossa rede profissional: colegas de faculdade e de trabalho

têm em comum conosco a mesma área de atuação e, portanto, informações e

conexões no mesmo mercado. Nossa rede organizacional é composta por

pessoas de todas as áreas de empresas nas quais passamos em nossa

experiência profissional.

As redes de oportunidades são aquelas às quais nos integramos por

iniciativa própria ou levada por alguém. As redes de oportunidade também são

formadas em torno de uma causa, o que fortalece ainda mais o vínculo. Integrar-

se a uma rede de oportunidade é a possibilidade de fazer novas conexões e

ampliar o capital social.

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3.4 A PRÁTICA DO NETWORKING

Todas as pessoas que integram a rede de relacionamentos humanos têm

necessidade de ajuda, mas, ao mesmo tempo, podem ser uma fonte de soluções

para os problemas dos outros. É navegando em meio aos nossos contatos que

nos colocamos diante das melhores circunstâncias para resolver nossas

dificuldades e também para ajudar os demais integrantes do grupo.

Há alguns anos, depois de décadas desperdiçadas em tentativas de

isolamento e individualismo, redescobrimos a importância e os benefícios do

capital social (a rede de relacionamentos). Em acordo com Minarelli (2001), “foi

criada uma palavra em inglês que já se incorporou à nossa linguagem diária:

networking. Formada de net (rede) e do gerúndio do verbo to work (trabalhar), ela

designa o sistema de interação na rede de relacionamentos”.

O seu princípio é básico do networking: “quanto mais pessoas

conhecemos, quanto mais circulamos, maiores as chances das oportunidades

aparecerem” (PETERS, 2000. p. 79).

Em termos pragmáticos, fazer networking é usar a rede de

relacionamentos humanos como técnica de solução de problemas. Podemos dizer

que o princípio dessa técnica é assumir que vivemos em rede, somos todos

conectados entre nós e estamos em interdependência.

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3.5 VALORES DE QUEM PRATICA NETWORKING

O avanço da tecnologia e a estruturação urbana e empresarial trouxeram

novos parâmetros para a convivência humana: isolamento, ritmo alucinante,

escassez de tempo, egocentrismo, concorrência, preocupação material etc. Para

fazer networking, Minarelli (2001) enumera os valores fundamentais:

reciprocidade, reputação e altruísmo.

Temos que estar dispostos a ajudar os outros; não pensar que é receber e

pronto. No mesmo nível de importância está o comportamento ético, porque é a

confiança depositada nos membros da rede que vai possibilitar sua navegação.

Quem não tem boa reputação não é indicado nem recebe ajuda. E o altruísmo é o

valor que move a humanidade na direção do bem. É o desejo de ajudar, de ser

solidário com o outro antes mesmo de imaginar que essa atitude possa gerar

algum benefício próprio no presente ou no futuro.

O networking trata-se de um conjunto de técnicas cujo objetivo é estimular

um comportamento natural de solidariedade e de ajuda recíproca em todos

aqueles que tomam consciência de que estamos em interdependência na rede de

relacionamentos humanos.

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3.6 OS INSTRUMENTOS DE NETWORKING

Atualmente, “quem você conhece” e “quem conhece você” são dois

atributos tão importantes para avançar na carreira quanto à capacitação técnica e

a habilidade interpessoal.

Minarelli (2001) define o período preparatório à atividade de networking.

Nesta ocasião são feitos:

• Inventário da carreira

• Auto-análise profissional

• Fixação de objetivos

• Redação de currículo

• Seleção de empresas-alvo.

Ainda segundo Minarelli (2001):

A segunda fase do networking inclui: criação de

base de dados organizada com nome e telefones,

estruturar listas de empresas-alvo e de pessoas-alvo,

além de preparar um plano de contatos e de visitas e

ainda um roteiro de entrevistas.

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3.7 OS PROCEDIMENTOS DE NETWORKING

Inventariar e organizar o capital social: Fazendo networking, os cartões

de visita serão a base para um banco de dados. Além disso, é possível também

organizar alguns dados importantes por meio da correspondência recebida, de e-

mails e fax.

Definir o foco do networking: Para Minarelli (2001), definir o foco do

networking é “planejar a abordagem de sua rede”. A abordagem responderá às

seguintes perguntas: O que preciso? Quais são os meios de chegar lá? Quem

pode me ajudar nisso? Onde pode estar aquilo que procuro?

Listas de empresas e pessoas-alvo: Ainda, segundo Minarelli (2001),

“estabelecer empresas alvo exige pesquisa”. É necessário escolher os ramos de

atividade empresarial nas quais tem maior interesse com dados como localização

geográfica, porte da empresa etc.

Para cada uma das empresas listadas há a inclusão da pessoa alvo. Para

chegar à pessoa alvo, será necessário ajuda que Minarelli (2001) define como

“pessoas meio”. Também define que as pessoas de sua rede podem

desempenhar os quatro seguintes papéis:

• Contratante – pessoas-alvo

• Intermediário – pessoas meio

• Informante – pessoas meio

• Influenciador – pessoas meio

Minarelli (2001) ainda define os papéis:

Contratante – é a pessoa-alvo, é quem tem o poder de decisão. O acesso

aos contratantes é sempre dificultado por pessoas que protegem seu tempo e

privacidade.

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Intermediário – é aquele que pode ajudar a fazer uma sondagem,

entregar uma carta ou agendamento de uma conversa. O intermediário exerce o

papel de facilitador de acesso.

Informante – é toda ou qualquer pessoa que tem informações ou sabe

quem tem.

Influenciador - essa é a categoria de maior potencial para se conseguir

contato pessoal com o contratante.

A matéria-prima do networking é a informação, e sua palavra-chave,

acesso. As pessoas importantes são, geralmente, bastante assediadas e, por isso,

costumam fechar-se em sua privacidade. O sucesso do acesso ao alvo dependerá

do contato com os membros dos papéis definidos acima.

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CONCLUSÃO

Durante todo esse trabalho, cansamos de afirmar, de diversas maneiras

que o tamanho do nosso sucesso está diretamente relacionado com a nossa

imagem pessoal.

Diariamente temos que passar para as pessoas uma boa impressão, pois

mais cedo ou mais tarde, essas mesmas pessoas poderão ser muito úteis aos

nossos projetos de crescimento profissional, contratando nossos serviços ou

indicando clientes e empresas que deles precisem.

A imagem que passamos é determinante para sermos notados como um

bom “produto”. Se as pessoas gostarem desse produto, as chances de se

defrontar com boas oportunidades profissionais, pessoais, esportivas, acadêmicas

ou qualquer outro tipo, aumentam consideravelmente.

Para ter sucesso o profissional precisa colocar em prática a regra dos

quatro agás:

HUMOR – HONESTIDADE – HABILIDADE – HUMILDADE

Humor – geralmente não gostamos de nos relacionar com gente

pessimista, mal- humorada, que se julga derrotada ou que vive se lamentando.

Gostamos sim de ouvir boas novas, procuramos conhecer pessoas de bem com a

vida e bem humoradas. Devemos ver o lado bom das coisas ruins e sorrir muito,

pois como diz o provérbio escocês: “Sorrir dá mais luz e custa menos que a

eletricidade”.

Honestidade – É a integridade do caráter. É abominável a propaganda

enganosa. O Marketing tem que ser feito em cima do que você realmente é e sabe

fazer. Evite qualquer atitude que possa ser mal interpretada. A verdade é

fundamental para a manutenção do produto.

Habilidade – A comunicação é a principal ferramenta do Marketing. Saber

se comunicar corretamente com os outros (fornecedores, clientes, colegas de

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trabalho, pessoas em geral) é de fundamental importância. Ter capacidade de

raciocinar sobre questões complexas e encontrar soluções, é em muitos casos,

mais importante do que experiência.

Humildade – Em momento algum podemos parecer arrogante e imaginar

que possui todos os conhecimentos necessários para se dar bem em qualquer

lugar. Mesmo que os outros o achem dessa forma, isto não lhe confere o poder de

subestimar as pessoas. Portanto, com prepotência e arrogância, só colherá

antipatia desnecessária.

Dito isto, podemos afirmar com todas as letras que o sucesso não se

mede no ter, mas no ser.

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