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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A MARCA COMO SINALIZADORA DOS VALORES
E MISSÃO NA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Por Teresa Cristina de Azevedo Tang
Orientador: Prof. Fernando Lima
Rio de Janeiro
Janeiro de 2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Trabalho Final do Curso
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A MARCA COMO SINALIZADORA DOS VALORES
E MISSÃO NA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Por Teresa Cristina de Azevedo Tang
OBJETIVO:
Mostrar a importância visual da marca
como sinalizadora dos valores e da
missão da empresa
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AGRADECIMENTOS
Ao corpo docente do curso de Comunicação Empresarial
do Instituto A Vez do Mestre que me deu as ferramentas
essenciais para a elaboração dessa monografia: o conhecimento,
a experiência e a dedicação, tão necessários para nós alunos que
buscamos o aprimoramento em nossas profissões e na vida
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DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia à minha família que
com muita paciência e tolerância soube compreender
a importância desse trabalho para mim, mulher e
profissional, mas, antes de tudo, esposa e mãe
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I – Marca: Definição, importância e processo de construção
CAPÍTULO II – Marca: Missão e Valores de uma empresa
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
INDICE
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INTRODUÇÃO
No passado, a marca possuía dois objetivos básicos: identificar um produto
e diferenciá-lo da concorrência. Estes objetivos continuam atuais, porém o
conceito de marca está evoluindo e passando por grandes transformações e
incorporando outras aplicações.
Segundo o INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial, marca é
"todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e
serviços de outros análogos, de procedência diversa, bem como certifica a
conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações
técnicas".
Em outras palavras, a Marca é a representação simbólica de um negócio,
de uma empresa que lhe imprime uma identificação e diferenciação dos serviços
que presta ou dos produtos que fabrica ou comercializa, podendo ser
representada graficamente de várias formas: símbolos abstratos, logotipos ou
derivações estilizadas do nome da empresa. Pode ainda ser uma palavra
existente ou um termo novo. Deve, de preferência, transmitir o valor da empresa
ou do negócio oferecido pela empresa.
Segundo a definição da American Marketing Association (AMA),
“ (...) marca é um nome, termo, símbolo, desenho ou uma combinação
desses elementos que deve identificar os bens ou serviços de um
fornecedor ou grupo de fornecedores e diferenciá-los dos da concorrência”.
(KELLER, 2007, p. 2).
A marca de um produto ou de uma empresa não é apenas o seu nome,
mas tudo que faça os consumidores identificá-los: cor, som, identidade
corporativa, símbolo, desenho, slogan, até a fonte utilizada. O papel fundamental
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de uma marca é a criação e a comunicação para a sociedade, da identidade de
uma organização, bem ou serviço. Junto com os benefícios, que são os direitos
legais implícitos, vem a responsabilidade de honrar a proposta que está sendo
apresentada ao mercado.
Uma marca forte proporciona rentabilidade e dá ao seu proprietário a
possibilidade de cobrar mais por produtos ou serviços similares aos da
concorrência, fator quase imprescindível para enfrentar um mercado cada vez
mais competitivo. Uma marca sólida é garantia de sustentabilidade e acrescenta
valor consistente, intangível e significativo ao patrimônio das empresas.
Muitas empresas estão reconhecendo cada vez mais a relevância
estratégica da marca em seus negócios e para um negócio novo, o processo de
construção da marca, branding, é tão importante quanto o processo de escolha
de um nome para o negócio.
Para que uma marca tenha valor é necessário definir que imagem ela deve
ter perante os diversos públicos com os quais irá se comunicar, qual será o seu
valor social na cultura globalizada. A construção de uma marca forte passa
necessariamente pela definição de um posicionamento claro e diferenciado da
marca, de seus valores, de sua missão e de seus objetivos.
Fazer o consumidor recordar e reconhecer essa marca associando-a ao
valores e princípios de sua missão é o grande desafio do profissional envolvido na
criação da marca que será a alma do negócio, atuando como elemento agregador
de valor, persuadindo a escolha e reforçando a satisfação do consumidor.
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CAPÍTULO I MARCA: DEFINIÇÃO, IMPORTÂNCIA E PROCESSO DE CONSTRUÇÃO
Quando pensamos em lançar um produto ou serviço ao mercado, nos
deparamos com um elemento de vital importância para qualquer organização – a
marca. As marcas fazem parte da nossa vida cotidiana tanto quanto o nosso local
de trabalho e os aspectos de nosso bairro. Marcas grandes e duradouras tornam-
se ícones - não só das empresas, mas das culturas como um todo.
Conhecemos atualmente inúmeras marcas que se sobrepõem ao seu
mercado de forma a tornarem-se sinônimo de uma categoria. Assim acontece
com as palhas de aço, sandália de borracha, sabão em pó, absorventes e
extratos de tomate, entre outros,
aplicada junto ao mercado.
que hoje possuem o poder de rotular uma
categoria, de modo a comprovar o quanto é importante uma marca bem criada e
A questão da importância de uma marca diante do mercado é um ponto de
forte preocupação entre as organizações. Esta preocupação ficou acentuada a
ponto de surgirem inúmeras pesquisas de recordação de marcas, mensurando as
mais lembradas na mente dos consumidores. Além destas, buscou-se identificar
também quais marcas encontravam-se em segundo e terceiro posto, pois assim,
os profissionais poderiam medir seus esforços ou redirecionar investimentos na
busca de uma melhor posição. Assim, valoriza-se cada vez mais a capacidade de
uma marca forte de simplificar o processo de decisão de um consumidor, reduzir
riscos e definir expectativas, porque nesse contexto, a marca é a maior
influenciadora da decisão de compra.
O processo de criação de uma marca é importantíssimo para as jovens
empresas. Ele consiste em criar ou identificar uma vantagem competitiva
sustentável, um diferenciador específico e positivo do que se pretende oferecer ao
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Mercado. Algo que seja muito valorizado pelo consumidor no momento da
compra.
A marca vale mais que o produto e até a empresa, pois a ela é dado um
papel de representar uma identidade comercial e de significação que constrói a
imagem da empresa junto ao mercado e à mente dos compradores e
stakeholders (interessados na força da marca; por exemplo, os acionistas). A
marca é a mina de ouro do negócio, pois, quando bem construída, oferece
diferenciação e valor; é uma entidade com personalidade independente, e está
além do produto.
Conseguir o sucesso de uma marca não é uma tarefa simples para
nenhum profissional de mercado envolvido na criação e na sua elaboração.
Inúmeros são os elementos e atributos necessários para dar início ao estudo de
uma marca. Sempre que uma marca for desenvolvida, deve-se pensar em sua
longevidade visualizando o futuro e as possíveis manutenções que poderão ser
oportunas em uma eventual mudança do cenário em que ela estiver inserida.
Com isso, desenvolver uma marca não limita-se apenas ao momento de sua
criação, mas sim em um trabalho a longo prazo, pois inúmeras análises deverão
ser realizadas, no mercado como em seus consumidores.
A marca deve transmitir o valor e a singularidade da oferta de uma
empresa. O nome da marca mais eficiente é o que deriva de sua declaração de
missão ou de sua proposição de valor ao cliente – esta constitui o elemento
central de uma estratégia de marketing. Com o crescimento da empresa – e a
decorrente evolução dos conceitos de “proposição de valor ao cliente” e de
“missão do negócio”– pode acontecer de a marca e o logotipo criados no início
precisarem de atualização ou de modificação.
Segundo Michael Porter, para que uma empresa constitua uma vantagem
competitiva ela deve optar por competir com o alto valor e reputação positiva de
sua marca.
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Mas que itens devemos considerar no momento da criação de uma marca?
Algumas orientações se tornam necessárias para a construção de marcas que
envolvem a identificação ou criação, para posterior exploração de uma vantagem
competitiva sustentável. Orientações voltadas para os processos de
desenvolvimento, criação, lançamento, fortalecimento, reciclagem e expansão da
marca. Estas tarefas visam criar e explicitar valores tangíveis e intangíveis,
construir uma identidade sólida, gerar confiabilidade e, por fim, dar à marca uma
boa imagem que reflita um caráter responsável e assegure que a marca ocupe
um lugar privilegiado no mercado e na mente dos consumidores.
As marcas sabem que seu legado emocional inspira paixão para a vida das
pessoas. Se a sua marca não consegue emocionar, sensibilizar, não tem como
ela ser uma marca que o público vai amar. O que acontece é que as marcas
desperdiçam tempo e dinheiro transmitindo informações que julgam importantes
mas que só estão incomodando as pessoas com coisas que elas não querem
saber. Os sentidos são as janelas das sensações humanas. Mas o coração é a
porta de entrada dos sonhos, dos prazeres, das paixões. Paixão provoca brilho
intenso, mas não é shampoo. Paixão remove manchas e deixa tudo limpinho, mas
não é sabão em pó. Paixão não vende em farmácia, mas cura qualquer mal
estar.
Independentemente do nível de detalhamento presente na definição da
missão de sua empresa, ou se de fato a missão é identificada e registrada, o que
é essencial para o negócio é a proposição de valor ao cliente. Como cores, fontes
e símbolos, a logomarca deve refletir a imagem geral que se deseja transmitir e a
essência do negócio. Trata-se de um elemento de design de elevada importância,
que estará presente em todo material ou meio de comunicação – papelaria,
identidade visual, site da empresa, folhetos, manuais etc.
As marcas fortes em geral contam com: vantagem competitiva implícita,
slogan, cor, símbolo (logotipo) e conjunto de relatos associados. As cores
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constituem o componente visual básico da marca e provocam reações
emocionais. A escolha da tipologia tem grande importância e o primeiro fator a
ser considerado na hora da definição desse elemento é sua facilidade de leitura.
Normalmente, as grandes marcas estão associadas à garantia de
qualidade e os consumidores tendem a assumir marcas como pontos de
referência. Todos eles trazem sempre consigo algum nome, uma marca forte fácil
de ser lembrada e reconhecida. Essa visão define os conceitos e a personalidade
da marca, adiciona valores e fideliza o cliente, que se identifica e interage com os
produtos. Por meio dessa estratégia, é possível saber qual é a visão do cliente
perante uma marca e saber como se irá atuar.
Para Kotler, a marca deve ter um nome singular, uma palavra ou idéia
principal (conceito), um slogan, cores que a identifiquem e a diferenciem,
símbolos e logotipos e um campo de associações, que dêem a marca um valor
mitológico e também ideológico.
A importância das marcas nos dias de hoje, apresenta as melhores
práticas do branding e reflete sobre qual será o seu futuro. A maioria é feita de
forma rápida, onde a qualidade da assinatura visual é questionável. Muitos
crescem demais em muito pouco tempo, e tanto a marca quanto os consumidores
e internautas reagem a isso. Possuem o caráter de experimentação em tempo e
espaços reais – pois só assim fazem parte da vida e do dia a dia de seus
consumidores – interatividade.
Quando uma empresa decide que é fundamental para o sucesso de seu
produto ter uma marca, ela tem consciência de que está optando por uma
continuidade, ou seja, ao identificar o que estão comprando, os clientes esperam
receber sempre a mesma qualidade, compra após compra.
Sobre a escolha do nome: o nome deve ter significado, ser real e fácil de
pronunciar, de reconhecer e de memorizar. O que se deve ser evitado são os
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nomes difíceis de explicar, criados a partir de números ou iniciais, difíceis de
identificar ou que tenham um significado negativo ou inadequado em outros
países.
Em seguida, é preciso definir a missão do negócio. Para isso, deve-se ter
em mente a missão de uma empresa através da captura da essência dos
objetivos do empreendimento e da filosofia subentendida. Na prática, algumas
perguntas úteis ajudam na definição da missão de uma empresa;
R Por que esta atividade? Quem são os clientes? O que a empresa pode
fazer para melhorar a vida deles ou contribuir para o sucesso dessas
pessoas – no presente e no futuro?
R Qual a imagem da empresa que se deseja transmitir?
R Como a empresa pretende criar a imagem de seus sonhos?
R Qual a natureza de seus produtos ou serviços? Quais os fatores
determinantes da qualidade e da definição dos preços?
R Qual o papel desempenhado pela empresa e por seus colaboradores?
R Que tipo de relacionamento a empresa pretende manter com seus
fornecedores?
R Quais são os diferenciais em relação à concorrência? Como a empresa
pretende usar a tecnologia, o capital, os serviços e produtos para atingir
seus objetivos?
R Quais filosofias e valores subentendidos auxiliaram na resposta às
perguntas anteriores?
O nome a ser escolhido deve ser de fácil memorização e único, pois visa
refletir o conceito do produto, uma vez que, futuramente, facilitará a estratégia de
posicionamento. Já que marca é uma promessa, seu nome deve ser o espelho
dos seus atributos.
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Segundo Douglas B. Holt:
“(...) graças à mágica do branding interno, a organização inteira deve, em
uníssono, carregar de emotividade o espírito da marca. As empresas
precisam olhar com atenção para dentro de si mesmas a fim de
compreender verdadeiramente a sua identidade e depois inculcar o espírito
de marca para assim expressar esse espírito em tudo o que fizerem.
Por conta da disputa acirrada entre todas as organizações e suas marcas,
vê-se os elementos visuais como elementos estratégicos que, usados de maneira
objetiva e estratégica podem ser decisivos para a construção de uma forte
imagem no mercado e diferenciação de seus competidores.
Assim, num mercado cada vez mais globalizado, a imagem da marca de
uma empresa ganha cada vez mais importância na gestão do marketing das
organizações. Com o aumento da concorrência e um grande leque de produtos
similares, a força que desempenha uma marca de qualidade ganha um peso
bastante fundamental para que se estabeleça uma vantagem competitiva. O
branding coloca a marca como o ponto central da gestão corporativa, alinhando
colaboradores, fornecedores, produtos, serviços e a comunicação em torno de
ações claras e valores essenciais da empresa para o consumidor.� � � � � � � � �
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CAPÍTULO II MARCA: MISSÃO E VALORES DE UMA EMPRESA
Por natureza, a comunicação institucional não pode ser separada das
demais comunicações, afinal agrega valor ao negócio das organizações e
contribui para criar um diferencial no imaginário dos públicos. É ela a responsável
pela construção da credibilidade e pela fixação de um posicionamento
institucional coerente e duradouro das organizações. Para que seja possível a
viabilização da comunicação com os diferentes públicos de uma organização,
existem diversos meios, tais como: meios ou veículos orais, escritos,
pictográficos, escrito-pictográficos, simbólicos, audiovisuais e telemáticos.
Por conta da disputa acirrada entre todas as organizações e suas marcas no
mundo, vê-se os elementos visuais como elementos estratégicos que, usados de
maneira objetiva e planejada, podem ser decisivos para a construção de uma
forte imagem não só no mercado, diferenciando-a de seus competidores, como
também para seu público interno, que se identifica e se sente representado pela
marca que veste em seu uniforme e que encontra em seu local de trabalho.
Por definição, a marca é a carteira de identidade do produto ou da empresa
e, seguindo a tendência mundial de especialização, muitas empresas optam por
lançar uma nova marca para entrar em um mercado absolutamente distinto. O
compromisso de posicionamento deve ser de longo prazo, baseando-se em:
Identificar os objetivos fundamentais de comunicação de uma empresa; definir as
impressões que se deseja construir nas mentes de todos os públicos, provendo
sentido na comunicação, de modo que, com o passar do tempo, a empresa se
sustente por um propósito lógico; determinar as bases do modo como a marca
quer ser percebida e associada pelos públicos escolhidos (prioritários); oferecer
diretrizes para os trabalhos de criação (design, naming e propaganda),
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possibilitando o exercício flexível da criatividade, todavia com atenção aos fatores
estratégicos
O perfil dos consumidores brasileiros mudou drasticamente nos últimos
anos, em função da abertura de mercado, da regulamentação de leis que os
protegem. Assim é fundamental que a embalagem seja um instrumento de
transparência para a empresa, ou seja, que ela forneça todas as informações
sobre o produto, seus componentes e desempenho, pois a verdade é um meio de
fidelização. Outro fator a ser considerado é a responsabilidade ecológica das
empresas ao escolherem os invólucros para seus produtos. Como a sociedade
tem se tornado mais consciente neste sentido e os governos adotado leis mais
severas, produto pode ter seu valor percebido acrescido, se sua embalagem for
biodegradável ou feita de materiais recicláveis. Essas ações de cidadania são os
preceitos básicos da ética organizacional e resultam na melhoria da imagem
corporativa, que na maioria das vezes, se converte em incremento do valor da
marca e num balanço social positivo.
É interessante lembrar que uma marca forte é resultado de dois fatores:
alto grau de lembrança e um conjunto forte, favorável e exclusivo de associações.
Tratando específicamente das associações com a marca, ou seja, sua imagem,
pode-se dividi-las em dois grandes conjuntos: existem as associações concretas
relacionadas a desempenho funcional e as abstratas na forma de imagens
mentais. É neste último bloco que reside as oportunidades de construção de
diferenciação de marca. Imagens mentais têm relação direta com emoção e assim
se configuram muitas possibilidades de criação de vínculos emocionais, e pode
aumentar a preferência dos clientes ou angariar novos.
Também é preciso considerar sua atitude em relação à própria
comunicação. Se estiverem predispostos a saber o que a empresa pretende,
terão mais probabilidade de ajudá-la a alcançar seu objetivo. Se não estiverem
entretanto, a empresa terá maior dificuldade em realizar suas metas. Os
diferentes públicos formam então, percepções baseadas nas mensagens que as
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empresas enviam de forma tangível. Se essas imagens refletirem com precisão a
realidade organizacional, o programa de identidade terá obtido êxito. Se as
percepções diferirem radicalmente da realidade, e isso ocorre geralmente quando
as empresas não dedicam tempo necessário a analisar a existência real de um
concorrente, ou a estratégia foi ineficiente ou o modo como a empresa se percebe
precisa ser modificado.
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Para moldar a identidade de uma marca, segundo a missão e
valores de uma empresa, um dos elementos mais importantes na identidade
corporativa é a visão que abranja os principais valores, filosofias, padrões e
objetivos da empresa. A visão corporativa é um eixo comum com o qual os
funcionários e idealmente, todos os outros públicos devem se relacionar. As
empresas geralmente mudam de nome para sinalizar mudanças de identidade ou
para fazer com que suas identidades reflitam melhor suas realidades.
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Temos como primeiro exemplo prático o caso da Vale do Rio Doce que
passou a se chamar apenas Vale apresentando sua nova marca que consiste em
uma imagem que lembra um coração (emoção) e, ao mesmo tempo, a letra V,
com a palavra Vale escrita ao lado. A imagem foi feita com base nas cores verde
e amarelo, da bandeira nacional, representando uma Vale em que não há
diferenças de países, religião ou princípio. Em qualquer lugar do mundo, a
pronuncia Vale é fácil. Vale significa valor. É um nome curto e de fácil fixação. A
idéia é transmitir pela marca a brasilidade, a força, a simplicidade e a sonoridade
do nome "Vale", que é usado em oito idiomas.
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Outro exemplo de uma nova concepção de marca é a da empresa
filandesa Nokia que em sua última reedição conseguiu transmitir através da
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expressão Connecting People , ou seja, Conectando Pessoas - escrita em
letras menores abaixo do nome da empresa -
e objetiva.
a sua missão e finalidade. Em
outras palavras, a marca causa um impacto ao consumidor ao ser simples, direta
A TIM, com o intuito de fortalecer a sua marca, fez o seu reposicionamento
criando o novo slogan “Você, sem fronteiras” (no lugar do antigo “Viver sem
fronteiras”), associando-a a conceitos como qualidade, inovação e compromisso
mas visando, unicamente, aumentar o seu prestígio entre os clientes de alto valor
base. A nova marca e sua campanha mostram bem a finalidade de sua mudança.
As cores são agradáveis. O nome é de uma sonoridade forte e de fácil
memorização. O desenho significa as ondas de transmissão que podem alcançar
o mundo inteiro, sem fronteiras, que ultrapassa os limites da lingua, do tempo e
do espaço. Tudo isso para expressar a sua finalidade principal: a liberdade na sua
comunicação.
As três marcas analisadas acima nos mostram que marca forte é aquela que
gera percepções positivas a partir da comunicação visual expressa com a
utlização de componentes visuais básicos que traduzam a missão e valores da
empresa. Através do exemplo dessas marcas vê-se que a qualidade do trabalho
de construção da nova comunicação visual de uma empresa deve atuar com seus
elementos visuais (símbolos, cores etc) de forma objetiva e estratégica.
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CONCLUSÃO
Segundo PRINGLE e THOMPSON (2000:49), as boas marcas trazem um
comprometimento e uma recompensa para o consumidor, pois este está sempre
esperando um algo a mais quando se compra um produto ou serviço de marca.
“As marcas podem ser em grande parte ´promessas`
criadas na mente dos consumidores, mas estas
precisam ser feitas e cumpridas, e toda vez que elas
forem descumpridas, haverá uma diminuição na
credibilidade e, também, do valor da marca”.
Deste modo, a partir do século XX, a marca não só teve o dever de
distinguir um produto dos demais como também representa uma alavancagem de
desempenho econômico diante de processos de aquisição, transmitindo toda sua
força durante as negociações. Nos dias atuais, as pessoas também depositam
uma enorme confiança em determinadas marcas, tornando-se fiéis aos seus
itens, pois crêem que os valores da empresa estão expressos nos seus produtos
no que diz respeito à responsabilidade social, credibilidade e qualidade. É
interessante ressaltar que a empresa deve fazer com que seus consumidores
tornem-se fiéis à marca e não apenas ao produto. Pois, caso a organização tenha
que descontinuar uma mercadoria, o consumidor deverá se adaptar a um outro
produto da empresa de mesma marca.
Com isso, podemos observar que as marcas que tem definido, em sua
razão de existir, um posicionamento que fale diretamente aquilo que seus
públicos desejam, têm uma grande probabilidade de se tornarem marcas mais
bem sucedidas que as concorrentes, pois, mesmo com as variantes de mercado,
a marca que uma vez deixou claro e fez com que seus consumidores
assimilassem suas filosofia, sua cultura e acima de tudo seu aspecto psicológico,
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seu arquétipo, certamente irá se destacar em determinado momento.
A intenção deste trabalho sobre a marca como sinalizadora dos valores e
missão na comunicação empresarial, é mostrar a importancia que ela , a marca,
tem ao construir, com o passar do tempo, um valor específico na mente de cada
pessoa, um valor intangível, emocional que, através de representações visuais,
contribuem imensamente para a formação de uma identificação do consumidor
com a proposta, valores e missão da empresa detentora da marca. Com isso, é
imprescindível um bom estudo e construção da marca da empresa onde devem
ser ressaltados as suas características e atributos.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Edição, Negócio Editora, 1998.
AAKER, David A. Construindo marcas fortes. 1a Edição, Ed. Artmed,
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Futura, 1996.
COBRA, Marcos e RIBEIRO, Áurea. Marketing: Magia e Sedução.
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PORTER, Michael E. - Vantagem Competitiva, Editora Campus, Rio
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PRINGLE & THOMPSON, Hamish & Marjorie. Marketing Social.
Marketing para causas sociais e a construção das marcas. São Paulo,
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TAVARES, Mauro Calixta. A força da marca. Como construir e manter
marcas fortes. São Paulo: Harbra, 1998.
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INDICE
Folha de rosto ..............................................................................1
Objetivo ........................................................................................ 2
Agradecimentos .......................................................................... 3
Dedicatória ................................................................................... 4
Sumário ........................................................................................ 5
Introdução .................................................................................... 6
Capítulo I - Marca:
Definição, importância e processo de construção .................. 8
Capítulo II – Marca:
Missão e valores de uma empresa ........................................... 14
Conclusão ................................................................................... 18
Bibliografia consultada .............................................................. 20
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