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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Parque Natural Municipal da Taquara O que fazer para preservar
Por: Ana Paula da Silva Leite
Orientadora: Maria Esther de Araújo
Duque de Caxias 2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Parque Natural Municipal da Taquara
O que fazer para preservar
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Ambiental
Por: Ana Paula da Silva Leite
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Agradecimentos
....aos meus professores e amigos que
sempre me apoiaram incentivaram na
busca do conhecimento.
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Dedicatória
Aos meus Pais que me ensinaram a
valorizar a Educação.
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Resumo
O Parque Natural Municipal da Taquara, objeto deste estudo, é uma
Unidade de Conservação praticamente desconhecida da maioria das pessoas,
mesmo na cidade de Duque de Caxias onde está localizado.
Uma das poucas áreas de Mata Atlântica ainda existentes, habitat e
refúgio de várias espécies, inclusive de espécies em extinção, o Parque sofre
com o mau uso dos frequentadores, presença de moradores (questão que
transita na Justiça), pouco apoio das autoridades locais e uma infraestrutura
insuficiente ao trabalho dos funcionários da Unidade e à utilização correta por
moradores e frequentadores da área.
O principal instrumento para executar as medidas mitigadoras e de
prevenção a futuros danos ambientais é o Plano de Manejo Ambiental, que
mapeia os problemas naturais e de infraestrutura enfrentados pela equipe que
trabalha no local e propõe medidas e atividades, desde a Educação Ambiental,
monitoramento e controle do uso da área, de maneira que seu bioma seja
preservado o máximo possível, sendo este o maior desafio – promover a
harmonia entre o uso desta Unidade de Conservação e a preservação de seu
meio ambiente. É o Plano de Manejo Ambiental do Parque a base deste
estudo, que visa ressaltar a importância de se preservar o meio ambiente,
preservando assim a vida como um todo.
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Metodologia
Para desenvolver este trabalho foi estudado o Plano de Manejo
Ambiental do Parque Natural Municipal da Taquara – sendo esta a principal
atividade, já que não há umavasta bibliografia sobre a Unidade e os
documentos da Administração Municipal forama base do Plano.
Também foi feito trabalho de campo no Parque, vendo de perto o estado
físico e as condições em que esta UC sobrevive aos impactos e das
dificuldades de proteger o local da degradação pelo mau uso de visitantes e
moradores. Ainda foram consultados sites da internet, especialmente do
governo para a pesquisa da Legislação Vigente.
Basicamente este trabalho se deve á colaboração odos funcionários do
Parque no trabalho de Campo e do Plano de Manejo Ambiental, que forneceu
uma visão geral do Parque e de suas necessidades.
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Sumário
Introdução 8
CAPÍTULO 1
O Parque Natural Municipal da Taquara 10
1.1 Características Físicas do Parque 11
1.2 Condições da Flora 13
1.3 Condições da Fauna 14
1.4 Condições do Rio Taquara 15
CAPÍTULO 2
Os Problemas do Parque 16
2.1 Problemas de Infra Estrutura 18
2.2 Problemas de Segurança 20
2.3 Problemas de Falta de Consciência da
Importância do Parque e da Educação
Ambiental 21
CAPÍTULO 3
O Plano de Manejo Ambiental do Parque 22
3.1 Objetivos do Plano de Manejo 23
3.2 Metodologia 24
3.3 Organização do Trabalho 25
Conclusão 30
Bibliografia Consultada
Anexo 33
Folha de Avaliação 34
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Introdução
De acordo com a Organização das Nações Unidas, para que se tenha uma
boa qualidade de vida uma cidade deve ter, pelo menos, 12m² de área verde
por habitante. Porém o ideal é de 40 m². Países como Inglaterra e Holanda tem
valores superiores ao mínimo estabelecido pela ONU, mas no Brasil não chega
a 2m² por pessoa, fato que alerta para a importância de se preservar o as
áreas verde.
No caso do Parque Natural Municipal da Taquara a situação é ainda mais
delicada. O Parque se localiza no 3º Distrito de Duque de Caxias, próximo à
APA de Petrópolis, é uma das últimas áreas de Mata Atlântica do Estado do
Rio de Janeiro, sendo assim um dos poucos refúgios para espécies nativas –
muitas já em processo de extinção, como por exemplo, o mico-leão-dourado.
Esta Unidade de Conservação também não pode contar com uma zona de
amortecimento, pois este espaço é ocupado por moradia e um pequeno
comércio. Também há uma indústria de tecidos nas proximidades. A
urbanização desordenada no entorno do Parque e nos bairros próximos
acabam comprometendo o equilíbrio térmico da região por causa da emissão
de gases (a região de Imbariê, distrito onde se localiza o Parque, serve de rota
de fuga do pedágio de Piabetá, na Rodovia Rio Magé, principalmente para os
caminhões, trazendo uma circulação de veículos cada vez mais intensa). A
criação de mais áreas verdes é essencial à mitigação deste problema.
No tocante a população local, dos bairros próximos e no resto da cidade, a
maioria desconhece que o Parque seja uma Unidade de Conservação. Quem
mora na região apenas tem conhecimento que ali existe uma cachoeira, a
Cachoeira das Dores, a qual utilizam como área de lazer e de rituais religiosos,
trazendo ainda mais degradação para o bioma.
Mas estes não são os únicos problemas do Parque da Taquara.
Além de problemas naturais devido à devastação da mata, a Unidade também
sofre com a caça e a pesca ilegais, introdução de fauna e flora exóticas pelo s
moradores do Parque – cuja presença resulta numa disputa judicial com o
INCRA, que possui terras dentro do Parque. Há também muitos problemas de
infra-estrutura: não há saneamento básico, a coleta de lixo nem sempre é feita,
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não há um posto de primeiros socorros, o orquidário e o auditório estão inativos
à espera de reforma, é necessária a instalação de mais sanitários públicos de
bebedouros e de iluminação, além da questão da segurança, pois o Parque
não pode ser fechado por haver moradia no seu interior e há apenas dois
policiais para fazer a ronda.
O objetivo deste trabalho é pautar os problemas do Parque, atentando assim
para a necessidade de se preservar não sé esta área verde mas todo o Meio
Ambiente, salientar a importância de incluir os moradores no processo de
preservação da Unidade e sugerir caminhos alternativos para adaptar o Plano
de Manejo Ambiental à realidade do Parque, já que há vários obstáculos para
que a Administração da área possa pôr este Plano em prática.
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Capítulo 1
O Parque Natural Municipal da Taquara
O Parque Natural Municipal da Taquara é uma Unidade de Conservação
localizada noMunicípio de Duque de Caxias, na Estrada Cachoeira das Dores,
Taquara – que fica no 3º Distrito da cidade. Encontra-se n o meio da Serra dos
órgãos, entre a APA de Petrópolis e a Reserva do Tinguá. Ocupando uma área
de 20,7959 hectares o parque é muito freqüentado, especialmente nos dias
quentes por causa da Cachoeira das Dores (Rio Taquara).
Foto: Ana Paula Silva
O Parque da Taquara recebe cerca de 4.000 pessoas ao mês, no verão,
entre moradores da Baixada Fluminense e de cidades vizinhas.Também
encontram-se lá a Cachoeira do Véu da Noiva, vários córregos, belas quedas
d’água e corredores ecológicos, além de uma grande variedade de flora, com
flores e árvores nativas e uma vasta gama de animais silvestres. Aves, como o
tiê sangue, a sabiá, o sanhaço e mamíferos, como o quati, a preguiça, o tatu e
muitos macacos (como por exemplo, o mico-leão- dourado) ainda são
encontrados no local. Há também um bromeliário com várias espécies da
planta, mas que não se encontra em boas condições, necessitando de reforma
urgente. Há também um auditório desativado que também carece de reformas.
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Em 11 de dezembro de 1992, através da lei 1.157, foi criado Parque Natural
Municipal da Taquara, com área de 20.7959 ha, no Terceiro Distrito de Duque
de Caxias, correspondendo ao lote da sede do Núcleo Colonial de Duque de
Caxias. Esta lei estabelece os limites do Parque e, em seu artigo 2º, os
princípios determinantes de sua criação:
”resguardados atributos excepcionais da natureza na região; a proteção
integral da flora,da fauna e demais recursos naturais, com utilização para
objetivos educacionais, científicos e recreativos; assegurar condições de bem-
estarpúblico”.
O artigo 4º, § único, também estabelece que: “o solo, as águas, afauna e
demais recursos naturais do Parque, ficam sujeitos ao regimeespecial de
proteção do Código Florestal, da Lei de Proteção à Fauna edemais normas
complementares...” e, mais recentemente, subordinando-o aoSNUC (Sistema
Nacional de Unidades de Conservação).
O INCRA, em 04 de Agosto de 1999, estabeleceu os direitos e
prazospara a implantação efetiva do Parque mediante um termo de concessão
dedireito real, de uso a favor da prefeitura do Município. Em 22 de fevereiro de
1999, a área originou o Parque foi efetivamente cedida à Prefeitura Municipal
deDuque de Caxias, conforme Memorial Descritivo, excluindo-se o
terrenocedido a FBU (Federação Brasileira de Umbanda) que totaliza 0,6550
ha,localizado no extremo noroeste do lote da sede. No seu entorno situa-se a
capela N. S. do Rosário, no sítioTaquara, o Museu Duque de Caxias, erguido
no local onde nasceu e morouLuís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias e
a fábrica Nova América deTecidos. Há um caminho, próximo à margem direita
do rio, que chega atéPetrópolis.
Os loteamentos ao redor do Parque estão ocupados de forma
desordenada, com infra-estrutura precária e abriga população
predominantemente pobre. Osserviços de saúde e educação estão distantes e
o transportetambém não é de boa qualidade.
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1.1 Características Físicas do Parque
Duque de Caxias faz limite ao Norte com Petrópolis e Miguel Pereira; ao Leste
com a Baía da Guanabara e Magé; ao Sul com o Rio de Janeiro e ao Oeste com
São João de Meriti, Belford Roxo e Nova Iguaçu.
“Localizada entre o mar e as montanhas, o clima está sujeito
a vários fatores geográficos, à circulação atmosférica e à
diversidade de temperatura e distribuição da precipitação.
(Amador, 1997 – Plano de Manejo do P.N.E. da Taquara,
Capítulo 4, página IV-3).
Duque de Caxias tem clima Tropical Quente, com calor bem distribuído
o ano todo mas o 3º Distrito (Imbariê), onde se localizado Parque Natural
Municipal da Taquara, e o 4ºDistrito (Xerém), contam com uma temperatura
amena por causa da flora que ocupa cerca de 30% da área total. Oprincipal
ecossistema é a Mata Atlântica. Por fazer parte da Serra dos Órgãos e integrar
a Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, a primeira APA FEDERAL de
responsabilidade do IBAMA.
Nas baixadas, as temperaturas são mais altas, alcançando 40°C no
verão. Nas partes altas chegam a 6°C no inverno. A média anual é de 20°C nas
serras e 24°C na baixada.A temperatura média anual do Município de Duque
de Caxias está em torno de 23,7ºC: no verão, de dezembro a março alcança
26ºC. De junho a setembro, no inverno, a temperatura média é cerca de21,4ºC.
A Serra do Mar é uma barreira natural os ventos úmidos, sendo esta região
umadas áreas de maior pluviosidade do Estado do Rio. O total anual médio é
de cerca de 1174,6 mm, tendo nos meses de setembro a março um índice
pluviométrico médiode 130 mm (estação chuvosa) e de maio a agosto, em
torno de 40,4 mm.
Em Duque de Caxias, o equilíbrio atmosférico tem dosagem
desigual. Esse desequilíbrio é causado por fatores naturais e artificiais. Destes
dois maiores poluidores do ar são as indústrias eos veículos automotores.
O Parque Taquara é de extrema importância para a cidade de Duque de
Caxias pelos seguintes fatores:
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_Área de Preservação do Patrimônio Natural: pois abriga fauna e
flora em processo de extinção a assim constitui um dos poucos refúgios para
estas espécies.
_Lazer Verde: visto que a cidade, assim como o Estadodo Rio de
Janeiro e o País, estão abaixo do que foi estabelecido pela ONU no que se
refere à porcentagem de área verde necessária à qualidade de vida da
população.
_Equilíbrio Térmico da Cidade:a proteçãoe a preservação desta área
deve mitigar os danos causados, pela emissão de gases e pela urbanização
desordenadas do entorno do Parque, ao clima local.
_ Atividades Culturais: instalando a devida infra-estrutura o local
deverá ser utilizado também como espaço para atividades artísticas e culturais,
uma das carências da região.
_Atividades de Educação Ambiental e Pesquisas Científicas:
desenvolver projetos educacionais, voltados para estudantes do Ensino
Fundamental ao Superior e pesquisas científicas, voltadas para a preservação
do meio ambiente.
_Ponto Turístico Internacional: pela beleza natural e seu clima
agradável o Parque pode ser um importante pólo turístico, inclusive para
estrangeiros.
Para que tudo isso seja viabilizado o Parque, com base em pesquisas e
análise da área, elaborou um Plano de Manejo, do qual trataremos mais
adiante e que tem muitos obstáculos a serem superados como a pouquíssima
assistência à infra-estrutura, a má utilização do espaço físico pelos visitantes, a
introdução de fauna e flora exóticas, a disputa judicial com o INCRA – devido à
existência de moradores dentro do Parque e a deficiência na segurança, já que
não é possível fechar o local por causa do trânsito das pessoas que residem lá
dentro.
1.2 Condições da Flora
Referente è vegetação, há vestígios da vegetação nativa nas florestas
do Tinguá e de Xerém, que são Unidades de Conservação Ambiental. Há
também vários ambientes de vegetação diversificada nos quais há vários
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estágios de regeneração de floresta ombrófila,manguezais e brejos.O Parque
Natural Municipal da Taquara encontra-se totalmente naRegião Fitoecológica
da Floresta Ombrófila Densa (uma formação florestal da Mata Atlântica).
Adelimitação real da Mata Atlântica é uma controvérsia, visto que, desde as
primeiras divisões propostas,seus limites variaram muito.
A Mata Atlântica pode ser definida como um misto de ecossistemas, de
estruturas e composições diversificadas por causa das diferenças de solo,
relevo e clima na área de ocorrência dessa biota no Brasil.
Na época do Descobrimento do Brasil, a Mata Atlântica estendia-se do Rio
Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, ocupando quase 1 milhão de km². O
relevo, como determinava uma alta unidade e pluviosidade e a Mata Atlântida
era uma faixa praticamente contínua, sua largura média era de 200 km², sendo
mais estreita nolitoral sul do Rio de Janeiro e nolitoral norte de São Paulo, onde
a escarpa é muito próxima da costa.
O território foi extremamente desmatado durante a colonização, por conta dos
muitos ciclos econômicos ao longo de nossa história. Cinco séculos dessa
ocupação desenfreada de nosso território reduziram a vegetação à pequenas
“manchas” nos mapas das regiões Sul e Sudeste do país.
Após séculos de desmatamento (cinco séculos de ocupação que reduziram a
Mata Atlântica) ainda podemos encontrar vestígios de vegetação nativa nas
florestas do Tinguá e de Xerém, que são Unidades de Conservação. Em Duque
de Caxias há também várias áreas de flora bastante diversificada, onde varia o
estágio de regeneração da mata, e ainda presença de Manguezais e Brejos. Entre
as causas da redução da Floresta podemos destacar o extrativismo iniciado com
a exploração do pau-brasil, os ciclos de cultura da cana-de-açúcar e do café no
Sudeste, do cacau na Bahia, da banana em São Paulo, a agricultura de
subsistência e a exploração imobiliária.
Onde a vegetação é mais densa ocorre um estágio médio de regeneração mo
qual encontramos espécies de árvores como açoita-cavalo,aleluia,camboatá,
canudeiro, caroba, carrapeta, cinco folhas, guapuruvu, guaraperê ,ipê-
amarelo,jacatirão,maminha-de-porca, pindaíba. Mas as mais frequentes são:
aperta-ruão, jaborandi, caapeba, caeté, fumo-bravo,grandiúvad'anta,pacová e
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sonhos-d'ouro.Mas também se ploriferam espécies exóticas como o jameleiro,
coqueiro, mangueira, e bananeira entre outras.
1.3 Condições da Fauna
Quanto à fauna, as populações estão cada vez mais reduzidas ,sendo mais
concentradas onde o acesso é mais difícil. Mas ainda muito aquém do
necessário para a perpetuação destas espécies. No Município de duque de
Caxias na fauna predominavam felinos, símios eoutros mamíferos silvícolas,
que foram desaparecendo com o desmatamento e a caça predatória. Hoje as
aves são maioria, mas também em processo de extinção. Devido à facilidade
de adaptação facilidades de adaptação, os animais comuns na região deDuque
de Caxiassão pequenos mamíferos, roedores e répteis, na mata fechada, nas
grotas das montanhas, no alto dos morros e montanhas.
Nas áreas mais degradadas, as planícies e encostas, próximo a sítios
epropriedades rurais , a fauna ainda sobrevive por causa das populações de
anfíbios e roedores que lhes serve de alimento.No Parque são frequentes
sapos, rãs e pererecas e também lagartos, lagartixas e cobras. Além dohabitat
fornecido pela Mata Atlântica, os ecossistemas aquáticos (os afluentes do Rio
Taquara propiciam a ocorrênciadesses animais). É possível a presença de
espécies exóticas deanuropois já houve um ranário no Parque, hojedesativado.
Na mata do Parque também econtram-se várias espécies de cobras, como a
cobra coral, a caninana, a jararaca e a surucucu.
1.4 Condições do Rio Taquara
O Rio Taquara, na área do Parque, vem sofrendo alterações em
suascondições naturais, como o descarte de lixo (principalmente por práticas
religiosas), descaracterização da vegetação e captação de água em seu leito
principal e em seusafluentes. Há uma pequena barragem que gerou um
enclave em seugradiente lótico, resultando num “fragmento ambiental”. O que
acaba afetando a fauna do rio, seja de forma direta ou indireta. Também há
espécies exóticas de peixes (como o peixe japonês, a carpa e o peixe beijador)
criados em lagos artificiais numa propriedade dentro do Parque,que são
abastecidos pelos afluentes do Taquara. Além da pesca desordenada.
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Nas imediações do Parque há uma indústria de tecidos quejá chegou a
captar cerca de 80% das águas do rio, que foram devolvidas
contendopoluentes químicos e orgânicos. Quem passa com frequência pela
região eventualmente pode ver as águas do rio com coloração artificial, como
azul ou vermelho. Atualmente, esta indústria capta parte da água que utiliza de
um dos afluentes do rio Taquara e o seu retornoao corpo hídrico é
intermediado por uma ETA, reduzindo a poluição – porém não o bastante.
Mediante a importância desta área para a preservação do meio-ambiente
é mais do que urgente a adoção de medidas mitigadoras e preventivas para
salvar o Parque e seus ecossistemas da total extinção. Para tanto deve-se
mapear e analisar os obstáculos à prática do Plano de Manejo e o também
estudar o próprio plano para que se encontre o melhor caminho para alcançar o
principal objetivo: a preservação desta biodiversidade.
No capítulo seguinte faremos um estudo dos problemas do Parque, que já
comentados superficialmente nesta etapa do trabalho, e das dificuldades em
saná-los.
Foto: Ana Paula Silva
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Capítulo 2
Os Problemas do Parque
Há, no interior do Parque, pontos onde ocorrem deslizamentos, porém sem
oferecer grandes riscos, que devem ser recuperados naturalmente. Mas há
locais onde ocorrem impactos causados pela degradação ambiental. Foi construída uma barragem Rio Taquara, assoreada por sedimentos vindos
das partes mais altas do Parque, cujabase está suspensa, por conta do
processo de erosão causada pelo turbilhão de uma queda d'água existente na
base desta barragem.
As trilhas abertas para instalar as cercas que delimitam a área do Parque,
onde há trechos com declives acentuados, sem vegetação, o que facilita a
erosão do solo e o assoreamento da rede de drenagem. A falta de canaletas
de drenagem (naturais ou artificiais) ao longo das trilhas submete os cursos
d’água temporários, ocupados ou não por construções, à dinâmica das águas
pluviais, que desestabilizam taludes e encostas.
Além da falta das canaletas para captar e escoar as águas da chuva, a falta
de pavimentação das vias internas de acesso também contribuempara a
erosão do solo, o assoreamento das águas pluviais e a poluição hídrica.
A introdução de espécies exóticas vegetais, nas vias internas e no entorno das
instalações desequilibram a flora pois atrapalham o processo natural de
polinização e semeadura, prejudicando a perpetuação da vegetação nativa.Um
outro fator negativo é a queda de frutos, em especial da jaqueira, muito comum
no local. Por ter um fruto grande e pesado oferece risco a quem transita nas
dependências do Parque e, por ter muitas sementes, se prolifera muito rápido.
A introdução de animais exóticos pelos moradores do local, (como
cachorros, gatos, galinhas e cavalos) também desestabiliza o ecossistema.
Especialmente os lagos artificiais, mantidos com água desviada ou represada
do Rio Taquara e seus afluentes, que estão aniquilando os peixes nativos da
Mata Atlântica.
Caça e pesca ilegais: embora a Guarda Florestal afirme combater
caçadores e pescadores ilegais e apreender seus equipamentos, é muito
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comum encontrar anzóis e armadilhas para a captura de animais dentro do
Parque.
Cultos religiosos: estes causam muita degradação ao meio ambiente local,
pois além de o lixo prejudicar o solo, pois materiais como o plástico e o vidro
levam décadas para se decompor, aqueles que se decompõem mais rápido,
como animais mortos e restos de alimentos, atraem animais que são vetores
de diversas patologias – além de contaminar o solo e as águas.
A queda de árvores, além de ser causada pela ação de cupins, o é também
pelo uso das fendas existentes nos troncos para colocar velas acesas em
rituais religiosos, o que faz com que a fenda vá aumentando até que a árvore
tombe, oferecendo risco a quemtransita no interior do Parque. Esta prática
também traz o risco de incêndios junto com a queda de balões.
A ocorrência deAcidentes Ofídicos é comum, pessoas são picadas por
cobras, venenosas, como a cobra coral e a jararaca mas não há estrutura
médica no local para garantir a integridade das vítimas. Se não for possível ser
atendido em até 3 horas, o óbito é inevitável. Vale ressaltar que os Hospitais
públicos mais próximos, Piabetá e Saracuruna, estão
constantementesobrecarregados e operam em condições precárias. Ídem para
os postos de saúde da região.
O acúmulo de lixo pela falta de consciênciae maus hábitos de moradores e
freqüentadores e restos de cultos religiosos (velas, animais mortos, tigelas,
etc) atrai animais, como ratos, baratas, mosquitos e moscas, que são vetores
de várias doenças, além de poluir as águas e o solo.
Não há coleta seletiva para separar o material reciclável do não reciclável,
e este destinado ao aterro sanitário. A coleta deficiente do lixo no Parque, por
parte da empresa responsável pela limpeza da cidade, agrava ainda mais a
situação.
O esgoto também é um problema grave. Há um sistema de fossa séptica e
sumidouro, porém não há caixa de gordura. Nem todas as instalações
possuem este sistema. E sem um pré-tratamento esse esgoto contamina o
solo, o lençol freático, o Rio Taquara, assim como seus receptores e afluentes.
A gordura produzida pelas residências e comércio (irregular) do local, é tão
prejudicial quanto o esgoto sanitário.
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Também falta divulgação. Como a Baixada não é uma região turística e a
área onde se localiza o Parque não é tão conhecida, o Parque carece de
divulgação. A própria população da região apenas sabe que ali há uma
cachoeira, mas ignora que seja uma Unidade de Conservação, ou mesmo sabe
o isto que vem a ser.
Comércio Clandestino: só podem existir estabelecimentos comerciais
dentro do Parque se determinados em planta anexa e operados pela Prefeitura
Municipal de Duque de Caxias ou por terceiros credenciados por ela. Os que lá
já existem dever ser extintos pois não obedecem a estes requisitos.
2.1 Problemas de Infra-Estrutura
A Infraestrutura é precária, o Parque é mantido por verbas municipais e
convênios de cooperação com a Petrobrás. Porém as verbas governamentais
são insuficientes, por conta de questões políticas, o que possibilita,futuramente,
que haja cobrança de entrada, aluguel de quiosques e até um patrocínio direto,
para investir em melhorias na infra-estrutura – como prevê a lei do Sistema
Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Dentre os problemas de
infraestrutura destacamos:
Iluminação:é bem precária pois só há luz nas residências e em alguns poucos
pontos do Parque.
Abastecimento de Água:feito pela captação de água, sem tratamentodos
afluentes e de nascentes do Rio Taquara. O que, juntamente com a barragem,
causa redução no volume d’água do Rio Taquara.
Estacionamento:não há área para estacionamento demarcada. Os
veículosparamem espaços vazios, dentro do terreno do Parque. O que também
degrada a vegetação e o solo do Parque.
Residências no interior do Parque: há 08 residências familiares, porém
apenas metade deste número é oficializado pelo Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária - INCRA e as demais são irregulares. Há uma
pendência judicial, ainda sem conclusão, pois é vedada a existência de
moradia em Unidades de Conservação. Porém o Parque Natural Municipal da
Taquara foi fundado em 04 de Agosto de 1999, através de um termo de
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concessão de direito real de uso a favor da Prefeitura de Duque de Caxias,
estabelecido pelo INCRA.
Áreas de Cultura e Lazer: está prevista a construção de uma praça central,
um mirante, quiosques e um centro de convenções. Há um orquidário
carecendo urgentemente de reforma, assim como um pequeno auditório
(pavilhão de educação ambiental), também sem condições de funcionamento.
Também há um berçário de mudas para reflorestamento, com espécies
nativas.
Relacionamento com os moradores: com alguns deles é muito bom, estes
até ajudam na manutenção auxiliando no recolhimento do lixo abandonado
pelos usuários do Parque e na limpeza dos banheiros, por exemplo. Mas há
também os que criam problemas aos funcionários do Parque, sendo um
obstáculo ao trabalho dos mesmos.
Projetos: pretende-se também a construção de uma estação de tratamento de
esgoto, mais banheiros públicos, bebedouros, de área de alimentação, um
horto (pavilhão da ecologia) para uso dos visitantes. Mas ainda não há
recursos suficientes para tirar estes projetos do papel.
Manutenção:A falta de manutenção dos últimos anos, a pouca atenção das
autoridades locais para com a causa do meio-ambiente e a má utilização do
espaço físico são conseqüências da falta de consciência e de Educação
Ambiental , que acarretou na atual situação do Parque Natural Municipal da
Taquara. Um lugar bonito mas que não conta com a devida estrutura de
conservação. Algumas propostas de melhoria estão previstas no Plano de
Manejo, que estudaremos na próxima etapa.
Além de medidas mitigadoras dos impactos negativos, o Plano estabelece
soluções a curto, médio e longo prazo para as mazelas do Parque, assim como
práticas preventivas. Assim como salvaras áreas verdes da destruição total, é
essencial que se estabeleça uma estratégia de preservação – inclusive com a
aplicação das leis ambientais já existentes.
2.2 Problemas de Segurança
A falta de Segurança, que é umproblema de todo o estado, interfere muito
na segurança do Parque. Coma a implantação das UPP’s na capital os
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criminosos migram para a Baixada, com maior incidência do que antes da
ocupação policial nas comunidades cariocas. Como não existe apenas um
acesso ao Parque, as cercas não controlam a entrada e saída de pessoas e a
mata facilita o esconderijo, é ainda maior o perigo para quem vive,trabalha ou
frequenta o local. Grande parte da população acaba evitando visitar esta UC.A
fiscalização é restrita a uma ronda da Polícia Militar, que tem um pequeno
posto (DPO) próximo à entrada do Parque. Não há estrutura para um
policiamento eficiente.
2.3 Falta de Consciência da Importância do Parque e da Educação Ambiental
O Parque Natural Municipal da Taquara éum patrimônio cultural do
Município de Duque de Caxias e habitat de um grande número deespécies da
flora e da fauna originais de Mata Atlântica. E para proteger todo esse
patrimônio é imprescindível a implantação de medidas mitigadoras e
preventivas, desde as reformas na infra-estrutura até a manutenção – com
especial atenção às áreas de obras em andamento, nas margens do lago e do
Rio Taquara, assim como nas vias de acesso internas.
A educação ambiental é a atividade essencial para formar a “consciência
ecológica”na sociedade. A Lei 9795/99, que instituiu a Política Nacional de
Educação Ambiental e reforça os artigos 205 e 225 da Constituição Federal
que dedicaaspectos da Educação Ambiental. Informalmente falando, a
Educação Ambiental é um conjunto de processos e ações de educação fora do
ambiente escolar, estimulada pela UNESCO, para o desenvolvimento humano,
também sendo aplicada à educação popular. Permitindo assim a todos, sem
exceção, a consciência dos problemasambientais e a buscar soluções para os
problemas desta ordem, com a participação da sociedade.
Os cidadãos têm direito e necessidade de um meio-ambiente saudável e
equilibrado. O incentivoda Educação Ambiental de toda a sociedade e o
compromisso do poder público num processo de gestão compartilhada, no qual
cidadãos e autoridades públicas assumam sua responsabilidade em garantir
uma qualidade de vida adequada, não somente para a atual população mas
também para as futuras gerações. Afinal, como diz um provérbio africano, “nós
não herdamos a terra de nossos avós, nós a tomamos emprestada de nossos
netos.”
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Capítulo 3
O Plano de Manejo
Plano de Manejo Ambiental é um projeto de planejamento ecológico que
define o zoneamento de uma Unidade de Conservação, fazendo o
levantamento das características de cada zona e propondo um plano de
desenvolvimento de acordo coma as finalidades do projeto. E este
planejamento deve levar em conta os ecossistemas presentes na área, os
benefícios de cada um para adequar o Plano às necessidades deste ambiente.
O Plano de Manejo Ambiental da Unidadede Conservação, localizada no3º
Distrito do Município de Duque de Caxias, denominada Parque Natural
Municipal da Taquara, tem base dados de trabalho de campo e dados
bibliográficos dos arquivos da administração municipal e nos relatos da
população vizinha do Parque, dos moradores do local e de lideranças locais.O
zoneamento, as medidas mitigadoras e o plano de monitoramento se baseiam
na experiência anterior da equipe técnicamultidisciplinar do Parque.
As justificativas para se realizar o Plano de Manejo Ambiental do Parque sãos
as várias funções que esta Unidade de Conservação desempenha e as que
pode vir a desempenhar dentro da dinâmica do município, por causa de suas
características naturais (já citadas anteriormente neste trabalho) como:
- Área de Preservação do Patrimônio Natural.
- Área de Lazer Verde.
- Área de Atividade Cultural.
- Área de Atividades de Educação Ambiental e Pesquisa Científica.
- Equilíbrio Térmico do Município.
Apesar de tudo isso há vários obstáculos à execução do Plano de Manejo
Ambiental, como a disputa judicial com o INCRA (também anteriormente citada
neste trabalho) e assim causando a deterioração em vários pontos da Unidade,
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resultando em impactos que podem se tornar irreversíveis. Isto mostra a
urgência de se por em prática o Plano de Manejo.
3.1 – Objetivos do Plano de Manejo
De modo geral podemos dizer que o objetivo deste plano de manejo é a
utilização social da Unidade, analisando a viabilidade de cada uma das
atividades a serem desenvolvidas, ou seja,viabilizara preservação do
Patrimônio Histórico, Cultural e Natural do Parque, tornando possível seu uso
comoárea de lazer, turismo e atividade cultural pela população caxiense e
pelos visitantes.
Os objetivos específicos dividem-se em objetivos de curto, médio e longo
prazo:
1- Objetivos a Curto Prazo:
- Identificar pontos de ocorrência de problemas ambientais mais freqüentes e
aplicar as devidas medidas mitigadoras.
- Identificar áreas que sofrem degradação da vegetação e da infra-estrutura da
Unidade, apontando soluções.
- Analisar as condições de limpeza e estabelecer um plano para limpar mantero
Parque limpo.
2 - Objetivos a Médio Prazo:
- Implantar medidas de recuperação das instalações físicas e de manutenção
das mesmas.
- Descrever o acervo natural do Parque e cuidar desua guarda e exposição.
- Harmonizar a utilização do Parque com as necessidades de preservação dos
patrimônios nele existentes.
3- Objetivos de Longo Prazo: - Utilização do Parque como área de lazer para a população caxiense e para os
visitantes.
- Realizar projetos de uso do Parque para fins culturais, sem que sejam postas
em risco as características naturais da área.
- Utilização da Unidade comoponto turístico, definindo áreas e condições para
instalação destes serviços.
- Plano geral de limpeza e manutenção do Parque e de toda sua infraestrutura.
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A harmonia entre adequação da preservação Unidade de Conservação aqui
estudada, com a sua utilização para visitação e pesquisa científica, é o objetivo
básico do Plano de ManejoAmbiental, em outras palavras, a aplicação prática
do “Desenvolvimento Sustentável” no local.
Porém no referente à utilização do Parque alguns dos objetivos tendem a
entrar em confronto que, para ser evitado, é necessário que o Plano de Manejo
Ambiental desenvolva, juntamente com uma detalhada pesquisa das condições
do Parque, uma metodologia adequada.
3.2 Metodologia
Cada forma de realizar um Plano de Manejo Ambiental deve se adaptar à
situação ambiental de cada local e é a equipe de pesquisa quem determinaa
forma mais apropriada a cada uma das situações encontradas. A metodologia
utilizada pelo Plano de Manejo aqui estudado parte da análise das condições
do Parque e de consulta a outros planos de manejo:
- Plano de Trabalho para a Realização do Plano de Manejo do Maciço
da Pedra Branca (CEPE-1978).
- Plano de Manejo do Parque Nacional da Tijuca
- Plano de Manejo do Jardim Botânico
- E aos Subsídiospara o Plano de Manejo do Parque Lage (IBPC,1990).
De acordo com a metodologia deste Plano de Manejo Ambiental há três
condições para a elaboração do mesmo: as características próprias da área; a
utilização pretendida e a legislação que regulamenta o uso da Unidade.Parte
do estudo das condicionantes físicas, biológicas eantrópicas da área do Parque
Natural Municipal da Taquara, possibilitando adefinição de projetos de caráter
urgente (visando salvaguardar bens e usuários do Parque) ea análise da
legislação vigente para definir as diretrizes de uso da área, que contrapostas à
analise das propostas de uso da área do Parque, resultando no zoneamento
doParque Natural Municipal da Taquara e, do zoneamento, são definidos os
projetos de médio e longo prazo, que aprovados pela comunidade e pelos
órgãos competentes, tornam-se propostas formais.
A metodologia do Plano de Manejo Ambiental do Parque Natural Municipal da
Taquara é dividida em quatro fases:
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Fase 1:Foi feito levantamento de informações, dividindo-se em três
subfases:
1A - Levantamento das Características do Parque Natural Municipalda
Taquara: levantamento das características físicas, biológicas e sócio culturais
do Parque e de seu entorno. Daí são definidas as medidas de maior
urgênciapara a preservação do patrimônio natural e dos usuários.Esse
levantamento foi também parte da elaboração das diretrizes de uso do Parque,
conforme a legislaçãovigente.
1B - Avaliação das Propostas de Uso do Parque: aqui houve um trabalho com
as instituições, públicas eprivadas, que atuam no Parque e com os
freqüentadores, para definir o uso que cada pretende para o mesmo. A partir
dessa pesquisa, as diferentes formas de uso foram avaliadas e valoradas,
conforme sua harmonia com as regrasbásicas de preservação e equilíbrio
ecológico do Parque. Esta análise também foi utilizada na elaboração do
zoneamento Parque Natural Municipal da Taquara com base nas diretrizes
estabelecidas anteriormente.
1.C - Revisão da Legislação:esclarecer os problemas quanto às decisões e
rever as condicionantes legais para os projetos e atividades no Parque.
Revisão esta utilizada nas diretrizes básicas para o Planode Manejo,
juntamente com as condicionantes físicas, biológicas eantrópicas.
Fase 2 - Diretrizes Básicas para o Plano de Manejo:São descrições
detalhadasdas limitações ao uso da área, principalmente as áreas
nãoutilizáveis e as limitações a usos previstos. Estas diretrizes levam em
considerações as condicionantes físicas, biológicas e antrópicas do local e as
limitações da legislação específica.
Fase 3 - Zoneamento do Parque Natural Municipal da Taquara: Após
definidas as diretrizes básicas de uso, foi definido umzoneamento de atividades
dentro do Parque, de maneira que os usospretendidos não entrem ao conflito.
Fase 4 - Plano de Manejo Ambiental: Na elaboração do Plano de Manejo
Ambiental, de acordo com zoneamento foram formalizadosos projetos de uso
do Parque. No Plano de Manejo estão detalhados do uso da área, da infra-
estrutura necessária, a proposta de sistemasde monitoramento dos impactos
ambientais das atividades propostas.Caso estes ocorram, a atividade
causadora do problema será reestruturada, para que estes problemas não
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ocorram mais, ressaltando a importância de avaliar cada projeto e proposta
emrelação às condicionantes ecológicas e antrópicas. Após formalizado o
Plano deve ser aprovado pelas entidadesenvolvidas na manutenção e proteção
do Parque, para que seja implantado.
Devido a falta de manutenção dos últimos anos, várias áreas do Parque
estão degradadas, sendo Plano de Manejo primordial, por sera forma mais
racional de reverter os impactos das últimasdécadas, primeiro mitigando-os e
depois, adotando medidas de prevenção a novas ocorrências. O Plano
deManejo Ambiental é uma proposta de proteçãode algo que consiste num
patrimônio público, histórico, cultural, arquitetônico e ecológico da área
analisada.
3.3 Organização do Trabalho
Para apresentar melhor as idéias geradas na elaboração do Plano de Manejo
Ambiental o trabalho foi organizado em capítulos, divididos em quatro partes,
expostos assim:
Parte I:Levantamento e Avaliação das condições atuais e futuras doParque,
contendo os seguintes capítulos:
- Levantamento: resultados dos trabalhos de campo, escritórios e bibliográfico,
realizados pela equipe da ECP –Environ Consultoria e Projetos Ltda, sendo
base para as decisões e planificar os projetos de utilização do Parque. Neste
levantamento estão incluídos os aspectos Geológicos, Geomorfológicos,
Geotécnicos, de Condições Atmosféricas,Hidrográfico, Faunístico, Florístico,
Histórico, Arqueológico de Peças Ornamentais, de Uso e Ocupação, de Perfil
dos Usuários e da Legislação.
- Avaliação de situação sócio ambiental:Interpretação das informações
anteriores para compor um quadro de problemas epotencialidades, atuais e
futuras .
Parte II:Diretrizes para utilização do Parque Natural Municipal da Taquara:
Descriçãodos tipos de uso possíveis no Parque, a contradição entre eles, suas
limitações, necessidades, benefícios e eventuais problemas.
Parte III: Zoneamento:
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Descriçãodas propostas de utilização do Parque, determinar os locais onde
serão implantadas, os cuidados a ser tomados para o funcionamento destas
atividades.
Parte VI:Medidas e Projetos: Formalização das medidas para funcionamento
dos planos propostos, os projetos de resolução dos problemas do Parque,
atualização destes projetos mesmo, dos planos de monitoramento das
condições doParque.
3.4 Legislação Referente ao Parque
É a Constituição Federal quem fundamente a preservação do meio
ambiente, por ser a lei maior. O artigo 225 da Constituição Federal de 1988,
que trata das questões do meio ambiente afirma que:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
poder público o dever de defendê-lo e à coletividade o de preservá-lo para a
presente e futuras gerações.”
§1° - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e promover o
manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
III – definir em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e
supressão permitidas somente através da lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.”
Ou seja, garantir legalmente que seja preservado o que está em boas
condições e recuperado o que foi degradado, por meio de processos que se
aproximem ao máximo do processo natural, com ou sem a intervenção do
homem.As áreas protegidas são um instrumento legal do direito constitucional
a um ambiente saudável.
Na parte superior do Parque encontramos vegetação nativa, de rica
diversidade, típica da Mata Atlântica – esta, tão ecologicamente importante,
que é considerada patrimônio nacional, conforme o artigo 225, § 4 da
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Constituição Federal. Mas é no artigo 5° que se enquadra o Parque Natural
Municipal da Taquara:
“O Poder Público criará:
Parques Nacionais, Estaduais e Municipais e Reservas Biológicas, com a
finalidade de resguardar os atributos excepcionais da natureza, conciliando a
proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais, com a utilização
com objetivos educacionais, recreativos e científicos,”
Sendo assim o objetivo fundamental do Parque, assim como o dos parques
em geral, é a preservação de seus ecossistemas contra qualquer forma de
degradação. E para garantir a harmonia entra a preservação e a utilização da
área, com base nas diretrizes do manejo ecológico, é que foi determinado o
zoneamento da Unidade. O Zoneamento Ambiental é que classifica, ordena e
limita o uso e as atividades exercidas numa área especialmente protegida –
Parques, Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental e de Proteção
aos Mananciais, Reservas Ecológicas e Extrativistas e unidades de
Conservação instituídas pelo Poder Público.
De acordo com a Resolução CONAMA de 11/1987 são classificadas
Unidades de Conservação áreas ecológicas, de importância cultural, criadas
pelo Poder Público, como os Parques Nacionais, Estaduais e Municipais. A
visitação destes locais, como disposta no §4° da Lei 9985/2000, submete-se a:
_normas e restrições definidas pelo Plano de Manejo Ambiental do Parque;
_normas previstas em regulamento;
_normas definidas pelos órgãos que administram a Unidade.
Vale ressaltar que o Plano de Manejo Ambiental do Parque também
abrange a Zona de Amortecimento e os corredores ecológicos, para que a
Unidade faça parte da vida econômica e social das comunidades ao seu redor.
Zona de Amortecimento é a área ao redor da UC, onde há restrições às
atividades humanas para que sejam minimizados (ao máximo) os impactos
negativos sobre o meio-ambiente. Para que se possa garantir as restrições
necessárias á preservação ambiental, lançamos mão da Resolução CONAMA
13/1990, artigo 2°:
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“Nas áreas circundantes das unidades de conservação, num raio de dez
quilômetros, qualqueratividade que possa afetar a biota deverá ser
obrigatoriamente licenciada pelo órgão ambiental competente.”
Esta resolução aplica-se à unidade em estudo pois a Lei 9985/200 não
definiu a Zona de Amortecimento.
Os Corredores Ecológicos são partes de ecossistemas, naturais ou
seminaturais, conforme a Lei do SNUC, que ligam Unidades de Conservação,
assim permitindo o fluxo de espécies, movimentando o bioma possibilitando a
recolonização de áreas degradadas e a manutenção de várias espécies que
precisem se expandir além dos limites destas áreas para sua sobrevivência e
perpetuação.
A zona de amortecimento do Parque Natural Municipal da Taquara tem
base nas bacias hidrográficas, em especial as que se localizam a oeste, onde a
água drena para o interior do Parque e na localização das áreas urbanas,
excluídas do mapa de localização. Daí a Equipe Técnica dividiu a zona de
amortecimento em 2 partes:
_ZAD (Zona de Amortecimento Direta): demarcada pela bacia aérea da área,
ao norte, entre o limite de Duque de Caxias e Petrópolis, cerca de 600 m da
serra (pela Avenida Automóvel Clube – em Duque de Caxias).
_ZAI (Zona de Amortecimento Indireta): um raio de até 10 km, no entorno do
Parque, conforme a resolução CONAMA 13/1990.
Porém a Zona de Amortecimento já foi invadida pela expansão da área
urbana. Há várias residências, um pequeno comercio, uma escola no entorno
do Parque.
A Lei 9605/1998 prevê punições penais e administrativas para qualquer
conduta ou atividade que lese o meio ambiente, por isso dedica um capítulo
para crimes ambientais. No artigo 38, destruir a floresta, em área de
preservação permanente, esteja ela já formada ou ainda em formação, ou
infringir qualquer das normas de proteção, é passível de detenção de um a três
anos ou multa, ou ainda ambas as punições. No artigo 40 está prevista
detenção de um a cinco anos, por dano direto ou indireto a qualquer Unidade
de Conservação. Qualquer dano às espécies em extinção (ou ameaçadas de)
será um agravante.
Art.38-A:
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“Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio
avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la
com infringência das normas de proteção: (Incluído pela Lei nº 11.428, de
2006).
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as
penas cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à
metade. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).”
As Unidades de Conservação também são tratadas no artigo 52, que
proíbe a caça e atividades de exploração da floresta, sem a devida licença
da autoridade competente. O que também é punido com detenção e ou
multa.
Art. 52:
“Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou
instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou
subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.”
No âmbito estadual é a lei 3467/2000 que prevê punições administrativas
para condutas e ou atividades que causem danos ambientais à UC. Como no
artigo 44, da lei 3467/2000:
“Destruir ou danificar a floresta considerada de proteção ambiental, mesmo que
em formação ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: Multa de
R$ 1.500, 00 a 50.000 por hectare ou fração.”
Mas esta norma é apenas para o estado do Rio de Janeiro.
No referente às ocupações existentes na área estudada ainda restam
quatro residências particulares e um pequeno comércio (que será desativado).
Estas ocupações contam com o amparo do Termo de Concessão de Direito
Real de Uso nº 01/1999, que a Prefeitura Municipal de Duque de Caxias
celebrou com o INCRA. Enquanto a Justiça não resolver esta questão (há uma
ação jurídica, visto que não é permitidaa existência de residência em áreas de
preservação) as moradias permanecem no Parque. E a solução não é tão
simples pois estas pessoas já residiam lá há vários anos antes da criação do
Parque – em 1992.
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Devido a estas dificuldades e também aos problemas de infraestrutura, assim
como os poucos recursos financeiros e humanos, a prática do Plano de Manejo
Ambiental ainda não é a que se pretende. E ainda levará um bom tempo para
que este projeto se concretize e, até lá é preciso que haja harmonia no
relacionamento dos funcionários do Parque e das autoridades competentes
com os habitantes do local, para que, ao menos, sejam evitados danos
maiores. Além de ser preciso adequar o Plano à realidade do Parque e do
Município de Duque de Caxias.
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Conclusão
Estudando a situação do Parque Natural Municipal da Taquara podemos ver a
importância e a urgência da Educação Ambiental. A falta da “consciência
ecológica”, tão (teoricamente) em voga, levou à degradação do meio ambiente,
cujas consequências são sofridas em todo o planeta: as alterações no clima
causaram o aquecimento global, que está derretendo as calotas polares e, com
isso aumentando o nível do mar – o que fará com que muitas cidades
litorâneas desapareçam. A poluição dos oceanos caminha para nos deixar sem
ar para respirar, já que é deles que vem80% do oxigênio do planeta e a
degradação das florestas ameaça o equilíbrio térmico da terra e a vida das
espécies que nelas vivem. Enfim, o planeta está muito doente e se não
cuidarmos dele, a vida será exterminada definitivamente.
Para piorar a situação não é todo mundo que tem consciência do mal que
faz ao, por exemplo, jogar lixo na rua ou queimar pneus. Muitos por ignorância
e muitos por descaso, por achar bobagem, que não fará diferença poisninguém
mais irá tomar as devidas precauções para que o meio ambiente não seja tão
agredido. Principalmente em se tratando da população da Baixada Fluminense,
cuja maioria tem pouca ou até nenhuma instrução e um nível cultural muito
baixo.
Por isso é importante que seja implantada um política de Educação Ambiental,
tanto nas escolas como para toda a sociedade, em todos os níveis, criando
uma cultura depreservação, ensinando às pessoas atitudes simples como
separar o lixo, não queimar pneus, reaproveitar materiais, etc. É necessário
mostrar às pessoas que não precisam parar de consumir mas fazê-lo com
consciência e equilíbrio. A Administração do Parque pode dar início a este
processo desenvolvendo um conjunto de medidas com a participação dos
moradores na manutenção do Parque e até mesmo no monitoramento, pois
eles sã os primeiros a sofrer com os estragos causados pelos visitantes. Aliás
os próprios habitantes da Unidade podem participar de uma campanha
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educativa junto aos visitantes. Já que a execução do Plano de Manejo é uma
tarefa a ser executada a longo prazo, durante o qual o Plano terá que sofrer
alterações para se adequar à realidade vigente.
Os estudantes das áreas relacionadas ao Meio Ambiente (como por
exemplo, biologia, geografia, geologia e a própria Gestão Ambiental) podem
participar do processo de aplicação do Plano de Manejo Ambiental estagiando
no Parque e divulgando-o nos meios de Comunicação, já que a Unidade é
quase desconhecida.
Mas obviamente não é um processo a curto prazo, já que educar a
sociedade não é fácil. Também é muito difícil sem o devido interesse das
autoridades do Município, já que a causa do Meio Ambiente não é de interesse
da maioria das pessoas. Mas não se pode desistir, o futuro do planeta depende
da preservação do Meio Ambiente, afinal os recursos naturais estão cada vez
mais escassos. Em tempos de “Sustentabilidade” não podemos mais deixar
este conceito só na teoria, temos que por em prática e mostrar a todos que é
possível mitigar os danos, recuperar parte do que foi destruído e preservar o
que ainda temos. O Parque Natural Municipal da Taquara depende disto para
cumprir a sua missão.
Anexo
Internet:
- Legislação Ambiental:
http://www.planalto.gov.br
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- Informações sobre o Parque Natural Municipal da Taquara:
http://www. visiteduquedecaxias.com.br
- Áreas Protegidas no Estado do Rio de Janeiro e Assuntos sobre
Meio Ambiente:
http://www.wikipedia.org
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Índice:
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO 1
O Parque Natural Municipal da Taquara 10
1.1 Características Físicas do Parque 11
1.2 Condições da Flora 13
1.3 Condições da Fauna 14
1.4 Condições do Rio Taquara 15
CAPÍTULO 2
Os Problemas do Parque 16
2.1 Problemas de Infra Estrutura 18
2.2 Problemas de Segurança 20
2.3 Problemas de Falta de Consciência da
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Importância do Parque e da Educação
Ambiental 21
CAPÍTULO 3
O Plano de Manejo Ambiental do Parque 22
3.1 Objetivos do Plano de Manejo 23
3.2 Metodologia 24
3.3 Organização do Trabalho 25
CONCLUSÃO 31
ANEXO 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34
ÍNDICE 38
FOLHA DE AVALIAÇÃO 39
Folha de Avaliação