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Considerando mais o lixo Considerando mais o lixo 2ª edição – Revisada e ampliada 2009

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Considerando

mais o lixo

Considerando

mais o lixo

2ª edição – Revisada e ampliada

2009

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Ficha Técnica

1ª ediçãoTEXTO ORGANIZADO POR:

Brenda P. Matos Engenheira Civil – SociólogaSecretaria Municipal de Saúde e Desenvolvimento SocialDepartamento de Saúde – Divisão de Vigilância Sanitária

Cláudia Queiroz Lopes Engenheira AgrônomaFundação Municipal do Meio Ambiente / FLORAMGerência de Educação Ambiental

Dayse C. de Abreu Nardi SociólogaCompanhia Catarinense de Água e Saneamento / CASANGerência de Recursos Hídricos e Meio Ambiente

Flávia Vieira Guimarães Orofino Engenheira SanitaristaCompanhia Melhoramentos da Capital / COMCAPAssessoria Técnica

Thyrza S. de Lorenzi Pires BiólogaCentro Federal de Educação Tecnológica/ CEFET-SCLaboratório de Experiências em Papel Artesanal / LEPA

Vera Delacoste Bicca ArquitetaKLIMATA – Centro de Estudos Ambientais

COLABORADORES

Luiz Sérgio Philippi Engenheiro SanitaristaUniversidade Federal de Santa Catarina / UFSCCentro Tecnológico / CTCDepartamento de Engenharia Sanitária e AmbientalLaboratório de Educação Ambiental / LEA

Paul Richard Miller Engenheiro AgrônomoUniversidade Federal de Santa Catarina / UFSCCentro de Ciências Agrárias / CCADepartamento de Engenharia Rural

ILUSTRAÇÕES Lis Figueiredo Artista PlásticaONDA – Organização Natural de Diversos Amigos

2ª edição

Revisão e Ampliação do Texto Adriana Baldissarelli, jornalista da ComcapCláudia Queiroz Lopes, agrônoma da FloramFlávia Vieira Guimarães Orofino, engenheira sanitarista da ComcapGlória Clarice Martins, jornalista e educadora ambiental da Comcap

Ilustrações Lis Figueiredo – Artista Plástica

Colaboração Janete Kichner – FatmaDaniela Kramer Frassetto – Ministério Público do Estado de Santa CatarinaPablo Rodrigues Cunha e Rafael Meira Salvador – ABES/SCMaria Tereza de Oliveira, assistente social da ComcapThyrza S. de Lorenzi Pires, bióloga, professora do IFSC

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Prefeitura Municipal de Florianópolis

Companhia Melhoramentos da Capital / COMCAP

Fundação Municipal de Meio Ambiente / FLORAM

Ministério da Saúde / Fundação Nacional de Saúde / FUNASA

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Copyright © 2009: COMCAP/FLORAM. É proibida a reprodução total ou parcial para fins

comerciais.

Projeto Gráfico e Diagramação: Annye Cristiny Tessaro

Ilustrações: Lis Figueiredo

Impressão: Copiart Gráfica e Editora

Tiragem: 20 mil exemplares

Distribuição Gratuita

Informações

COMCAP (48) 3338 3031 e 3271 6800www.comcap.org.br

FLORAM (48) 3222 4343 e 3338 0021

http://www.pmf.sc.gov.br/portal/meioambiente/

Gráfica e Editora Copiart LtdaRua São João, 247, Bairro Morrotes

Tubarão, SC, 88704-100Fone/Fax (48) 3626-4481

[email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C755 Considerando mais o lixo / [organização] Adriana Baldissarelli ... [etal.]. – 2. ed. rev. e ampl. – Florianópolis: Copiart, 2009.90p. ; il.

ISBN: 978-85-99554-18-0Inclui bibliografia e glossário.

1. Lixo – reciclagem. 2. Resíduos sólidos – tratamento.3. Meio ambiente. 4. Lixo – biodegradação. 5. Transmissão de doenças.I. Baldissarelli, Adriana. II. Lopes, Cláudia Queiroz. III. Orofino, FláviaVieira Guimarães. IV. Martins, Glória Clarice.

CDU 628.4CDD 628.445

(Bibliotecária responsável: Sabrina Leal Araujo – CRB 10/1507)

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Sumário

Considerando mais o lixo 7

Lixo: O que você tem a ver com isso? 9

O que são Resíduos Sólidos? 12

Por que os resíduos viram um problema? 21

Caminhos percorridos pelos resíduos 29

Mas, afinal, qual é o destino dos resíduos? 35

As novas relações com os resíduos 38

Como é feita a Reciclagem 42

Separar para Reciclar 59

Pensando globalmente, agindo localmente 64

Quanto lixo você produziu até hoje? 79

Você sabe pra onde vai o seu lixo? 80

Entidades do Grupo do Lixo 84

Instituições que atuam na área dos resíduos sólidos 85

Bibliografia 86

Glossário 89

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66666 Considerando mais o lixo

Impedir ou minimizar a produção de lixo. Esse deve serum comportamento capaz de gerar meios que não

sejam poluentes. Até 2010, todos os países deveriamter planos nacionais para a eliminação do Lixo.

Agenda 21, capítulos 20 e 22. ECO92.

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77777Considerando mais o lixo

Considerando mais o lixo

Cada vez mais, tem sido possível comprovar graves desequilíbriosdo ambiente global como reflexo de problemas econômicos e sociais eda má utilização e espoliação dos recursos naturais.

Os danos ao ambiente não respeitam fronteiras físicas,geográficas, culturais ou ideológicas e continuarão a se multiplicarenquanto o ser humano não tomar consciência de que seus atosatingem, em maior ou menor intensidade, todos os seres.

O acesso à informação clara e objetiva constitui o passo inicialpara o desenvolvimento de uma consciência crítica, capaz de levaras comunidades a se mobilizarem por um ambiente mais saudávele sustentável.

A partir da realização dos Fóruns Comunitários do Lixo emFlorianópolis, nos anos de 1997 e 1998, foi criado um fórumpermanente de discussão sobre a produção e destinação dos resíduossólidos, batizado de Grupo do Lixo, que se manteve até 2002.

Este livro surgiu da necessidade de compartilhar informaçõesbásicas com escolas, centros de saúde, lideranças comunitárias,grupos e indivíduos interessados no manejo e destinação dosresíduos sólidos.

Reúne, portanto, alguns conteúdos sobre resíduos sólidos:origem, caminhos até o destino final, problemas que podem causare alternativas para minimizá-los. Procura especialmente dispororientações a todos aqueles que buscam ter mais consideração pelosresíduos sólidos que produzem e pelas relações que são estabelecidasa partir desta produção.

A oportunidade de reeditar, revisar e ampliar a primeiraedição de outubro de 1999, já esgotada, surgiu em decorrência doconvênio firmado em 2008 entre a Companhia Melhoramentos daCapital (Comcap)/Prefeitura Municipal de Florianópolis e a

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88888 Considerando mais o lixo

Fundação Nacional de Saúde – Funasa/Ministério da Saúde/Ministério das Cidades. Tal iniciativa insere-se nas atividades doPrograma de Educação em Saúde e Mobilização Social (PESMS).

Para facilitar a leitura, estão destacadas com asterisco (*)algumas palavras referenciadas no glossário. Para torná-la maisacessível, a fim de desencadear novas ações, comportamentos eesperanças, incentiva-se a reprodução parcial ou total do material,uma vez citada a fonte.

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99999Considerando mais o lixo

Lixo: O que você tem

a ver com isso?

O lixo é o que sobra entre o desejo e a necessidade do serhumano. As pessoas consomem recursos naturais, processam estesrecursos para produzir energia e movimento e devolvem ao ambienterejeitos*, na forma de gases, esgoto e resíduos sólidos (lixo).

Os restos de todas as atividades humanas – domésticas,comerciais, industriais e de serviços – considerados pelos geradorescomo inúteis, indesejáveis ou descartáveis são denominados lixo,ou melhor, resíduos sólidos.

Na concepção tradicional, lixo é alguma coisa que deve serafastada, já que, em muitos casos, não pode ser evitada. Mas esteconceito tornou-se relativo: o que não serve mais a alguém, podeser aproveitado por outros.

O lixo não é um problema da natureza.

A natureza não tem lixo,

porque tudo nela se recicla.

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Na natureza, aliás, não há lixo, apenas os restos naturais daexistência como folhas, galhos, terra, areia, pedras, etc. Materialque, nas cidades, é retirado das ruas e logradouros* públicos pelosserviços de varrição e remoção.

Ainda que muitos recursos naturais sejam esgotáveis elimitados, nem sempre e nem todas as inovações tecnológicas*levam isso em conta. Ao contrário, calcula-se que 99% dos objetosproduzidos pela sociedade norteamericana, por exemplo, viram lixoem menos de seis meses.

O modelo de desenvolvimento predominante, resultado daRevolução Industrial iniciada há mais de dois séculos na Europa,sustenta-se na idéia de que progresso significa produção e consumode bens materiais.

Desde a Segunda Guerra, a produção e o consumo de benscaminham praticamente juntos. Valores como moda, prestígio evisibilidade social são incorporados ao comportamento de cadavez maior número de pessoas. Os até então valorizados conceitosde durabilidade dos bens e de inalterabilidade das decisões doconsumidor foram atropelados pela mentalidade do descartável*.Além das novas exigências de inovação e praticidade, houveaumento em escala do mercado consumidor. Esta larga produçãode mercadorias de vida curta refletiu no aumento do volume de lixogerado pela sociedade.

Foi no período do pós-guerra, portanto, que surgiu o novoindivíduo – o homo consumens. Para sustentar este modelo, nasúltimas décadas, a exploração de recursos naturais alcançou níveisincompatíveis com a gestão sustentável do planeta.

“Na naturezanada se perde, nada se cria,

tudo se transforma”.Lavoisier (1743 - 1794)

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1111111111Considerando mais o lixo

Este modelo de consumo está no limite!

O ser humano, capaz de transformar o mundo ao seu redor,portanto, terá de assumir a responsabilidade pelo uso racional dosrecursos naturais para garantir a preservação* e conservação*,além da recuperação* do ambiente onde já tiver sido degradado*.

O cidadão tem direito a um ambientesaudável: por isso deve defendê-lo com

atitudes individuais e coletivas.

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1212121212 Considerando mais o lixo

O que são Resíduos Sólidos?

Tudo aquilo que é descartado pelas pessoas e organizações (empresas, indústrias, escolas) em

aglomerações urbanas e em localidades rurais ou gerado pela natureza. Diz-se também que é tudo

aquilo que o ser humano joga fora porque não tem mais serventia ou valor comercial. Mas este

conceito de utilidade é relativo: materiais que são descartados por determinadas pessoas podem

ser reaproveitados por outras, passando, inclusive, a ter novo significado econômico.

Lixo. S.m. 1. Aquilo que se varre da casa, do jardim, da rua, e se joga fora; entulho.2. P.ext. Tudo o que não presta e se joga fora. 3. Sujidade, sujeira, imundície. 4. Coisa

ou coisas inúteis, velhas, sem valor. 5. Fig.V. Ralé. Fonte: Dicionário Aurélio

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1313131313Considerando mais o lixo

Para decidir o que fazer com os resíduos sólidos,é preciso conhecer sua classificação:

E Doméstico – é aquele resíduo produzido nasresidências. Contém jornais, revistas, papéis,embalagens de plástico, papelão, metais, vidros, trapos,restos de alimentos, lixo de banheiro, poeira e outros.

E Comercial – é aquele produzido em estabelecimentoscomerciais e de serviços e sua composição varia com anatureza da instituição. Hotéis, restaurantes e baresproduzem principalmente restos de comida. Lojas esupermercados descartam muitas embalagens. Bancose escritórios descartam bastante papel.

E Público – é proveniente da limpeza de logradourospúblicos. Compreende os restos das podas, das capinase da atividade de varrição (poeira, folhas, galhos e lixojogado pelas pessoas). Também pode conter os materiaisindevidamente deixados nas ruas pelos cidadãos comoanimais mortos e entulhos (móveis velhos,eletrodomésticos quebrados, restos de material deconstrução, etc).

Estes três tipos constituem o resíduo domiciliar coletadopelos sistemas públicos de limpeza urbana, destinados à reciclagemou a aterros sanitários e incineração.

Conforme a sociedade se torna complexa,novos tipos de resíduos exigem novas soluções

Atualmente, há oito categorias de resíduos de fontes especiais(industrial, tóxico, radioativo, tecnológico, agrícola, de saúde,construção civil e óleo de cozinha) que exigem acondicionamento,manipulação, tratamento e destinação diferenciadas:

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Resíduo industrial

Originado nas atividades dos diversos ramos daindústria como metalurgia, química, petroquímica,papeleira, alimentícia, etc. O resíduo industrial é bastantevariado, mas pode ser representado por cinzas, lodos,óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel,madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros,cerâmicas, etc. Nesta categoria, inclui-se também boaparte do lixo considerado tóxico.

Resíduo tóxico

Aquele que contém substâncias tóxicas capazes decausar danos à saúde e ao ambiente quando depositadoem local inadequado. Pilhas, lâmpadas fluorescentes,baterias de automóveis, de celulares, remédios, venenos,tubos de TV, t intas, solventes, embalagens deagrotóxicos. O cidadão deve verificar se há na cidadeColeta Especial para esse tipo de material ou,conforme legislação específica, devolver o materialusado ao fabricante.

Resíduo radioativo

É constituído de resíduos (restos de cápsulas e pastilhasde césio, urânio, irídio) e objetos (botas, luvas, roupas,pinças, frascos) uti l izados em laboratórios eequipamentos, medicamentos nas clínicas e hospitaispara o tratamento de algumas doenças e nas usinasnucleares. Precisa ser mantido em locais identificados esinalizados em caixas com blindagem adequada (chumboe concreto, por exemplo) para que a radiatividade nãoafete os seres vivos. A responsabilidade pelo transporte edepósito final destes resíduos é da Comissão Nacionalde Energia Nuclear – CNEN.

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Resíduo tecnológico

Resultante do fim do ciclo de vida* de equipamentoselétricos e eletrônicos. São os Resíduos de AparelhosElétricos Eletrônicos (RAEE) chamados popularmenteno Brasil de lixo eletrônico ou tecnológico. É compostopor restos de equipamentos de informática ecomunicação (monitores, PC's, impressoras, telefones,fax etc.); de eletrônica de entretenimento (televisores,aparelhos de som, leitores de CD etc.); de iluminação(sobretudo lâmpadas f luorescentes); de grandesaparelhos caseiros (fogões, geladeiras etc. com sistemadigital); de pequenos aparelhos caseiros (torradeiras,aspiradores etc.); de esportes e lazer (brinquedoseletrônicos, equipamentos de ginástica etc.); deaparelhos e instrumentos médicos e de vigilância.

São milhares de itens concebidos para facilitar a vidamoderna e que são praticamente descartáveis, uma vezque ultrapassados em períodos cada vez mais breves.

Esses produtos podem ser uma fonte valiosa para areciclagem de matérias-primas, quando tratadosapropriadamente; caso contrário, são altamente tóxicos.Por exemplo, um típico monitor de PC pode conter até25% do seu peso em chumbo.

A legislação brasileira trata os resíduos pelo elementocontaminante e determina o seu tratamento, porémapenas alguns manufaturados dispõem de normas legaisde descarte, como pilhas e baterias que são recebidas

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:www.cnen.gov.br/seguranca/normas/mostra-norma.asp?op=605 (NE 6.05)

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pelos fabricantes sem custo para o consumidor. A maioriados produtos ainda não dispõe de leis específicas e temseu custo ambiental pago pelo usuário.

Por conta de desinformação, apesar de conterem resíduostóxicos, monitores e reatores são vendidos como sucatae, o que não é reaproveitado – vidro, chumbo, fósforo,capacitor de ascarel e DHEP – vai parar no aterro sanitário.

O mercado da informática cresceu vertiginosamente nosúltimos anos, e o lixo também. Os resíduos eletrônicosestão entre as categorias de detritos com o maiorcrescimento no mundo e, hoje, atingem a marca de40 milhões de toneladas anuais.

No Brasil, 10 milhões de equipamentos novos chegamàs lojas todos os anos e, sem leis que regulamentem odestino do resíduo tecnológico, cerca de um milhão decomputadores são jogados fora anualmente. Os maisantigos contêm altas taxas de produtos químicosvenenosos ou metais pesados como o mercúrio,o cádmio e o chumbo. Quando incinerados, lançamgases tóxicos no meio ambiente, e o risco de vazamentodessas toxinas e metais pesados no solo e nos lençóisfreáticos é altíssimo.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:www.cdi.org.br

http://lixotecnologico.blogspot.com

Resíduo agrícola

Originado de atividades agrícolas e pecuárias, é denatureza orgânica, física ou química (no caso dosagrotóxicos). Em várias regiões do mundo, estes resíduos– que incluem embalagens de adubos, agrotóxicos,

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1717171717Considerando mais o lixo

rações, restos de colheita, etc – já constituem preocupaçãocrescente, destacando-se enormes quantidades de estercoanimal geradas nas fazendas de pecuária intensiva.Também as embalagens de agroquímicos diversos, emgeral altamente tóxicos, têm sido alvo de legislaçãoespecífica, definindo os cuidados na sua destinação finale, por vezes, co-responsabilizando a indústria fabricantedestes produtos.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:

Lei Federal Nº 9.974/2000

Resíduo de Serviços de Saúde (RSS)

Compõe-se de material descartado pela redehospitalar, centros cirúrgicos, ambulatórios,consultórios médicos e odontológicos, clínicasmédicas e veterinárias, farmácias, laboratórios,serviços de acupuntura e de tatuagem,estabelecimentos de ensino e pesquisa na áreade saúde, serviços de assistência domiciliar, eunidades móveis de atendimento à saúde.

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1818181818 Considerando mais o lixo

Nestes estabelecimentos, são gerados cinco tipos deresíduos, sendo que 80% (grupo D) considerados comoresíduo comum. A porção denominada infectante (oupotencialmente contaminada) com materialpatogênico* – 20% do total produzido – exige cuidadoespecial.

Grupo A – resíduo infectante ou que podeapresentar risco de infecção por agentes biológicos.

Grupo B – resíduo com substâncias químicas quepodem apresentar riscos à saúde pública ou ao meioambiente.

Grupo C – resíduo que contenha materialradioativo.

Grupo D – resíduo comum que é equiparado aoresíduo domiciliar.

Grupo E – resíduo perfurocortante, que pode causarperfurações e cortes, como agulhas, lâminas de bisturie vidros.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:Resolução CONAMA Nº 358/2005 (http://www.mma.gov.br/conama/)

Resolução ANVISA Nº306/2004 (http://anvisa.gov.br/Legis/index.htm)

Resíduo da Construção e Demolição / RCD

O entulho da construção civil é formado por argamassa,areia, cerâmica, concreto, madeira, metal, papel,plástico, pedra, tijolo, tinta, etc, provenientes deconstrução e demolição.

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1919191919Considerando mais o lixo

Quando jogado de maneira clandestina em terrenosbaldios, margens de rios e córregos e em áreas públicas,causa grande impacto ambiental. Provoca o entupimentoe o assoreamento de cursos d’água, de bueiros e galerias,e está diretamente relacionado às constantes enchentese à degradação de áreas urbanas, além de propiciar odesenvolvimento de vetores de doenças.

Além disso, há um grande desperdício no manejo desteresíduo, já que boa parte poderia ser reaproveitada,economizando novas retiradas de materiais da natureza.Estima-se que em um metro quadrado de construçãode um edifício são gastos em torno de uma tonelada demateriais novos.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:Resolução CONAMA Nº 307/2002

ABNT NBR 15.112/ 113/114/116

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2020202020 Considerando mais o lixo

Resíduo óleo de cozinha

O óleo de cozinha usado pode trazer muitos danos aomeio ambiente se for despejado no ralo da pia, no marou na rede de esgoto. Entre os principais está a formaçãode uma película superficial que dificulta a troca gasosaentre o ar e a água, provocando a morte das plantas eanimais aquáticos, além da impermeabilização* dasraízes das plantas, impedindo a absorção de nutrientes.É altamente prejudicial ao ambiente.

E O óleo fica retido no encanamento causandoentupimento das tubulações.

E Aumenta, estimadamente, em 45% os custo detratamento dos efluentes.

E Quando não há um sistema de tratamento deesgoto, espalha-se na superfície dos cursos d’água,causando sérios danos à fauna aquática.

E Provoca a impermeabilização do solo, contribuindocom as enchentes.

E Em decomposição, solta gás metano que causamau cheiro e agrava o efeito estufa.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:(http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-oleo-cozinha1.htm)

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2121212121Considerando mais o lixo

Por que os resíduos

viram um problema?

Quando um animal ou vegetal morre, passa por um processonatural de reciclagem, porque se decompõe e seus elementos voltampara o solo ou para a água, tornando-se alimento para outros animaisou plantas. A biodegradação* ocorre graças à ação de fungos ebactérias que se alimentam da matéria orgânica, transformando-aem compostos mais simples que são devolvidos ao ambiente.

Os resíduos produzidos pelos seres humanos, entretanto,contém muitos produtos industrializados que não se decompõemtão facilmente como os naturais.

Tempo aproximado de decomposição:

material

PapelTecido de algodãoCordaMeia de lãVara de bambuChicleteEstaca de madeiraLata de conservaLata de alumínioPlásticoGarrafa de vidroPneu

tempo

2 a 4 semanas1 a 5 meses3 a 14 meses1 ano1 a 3 anos5 anos13 anos100 anos200 a 500 anosaté 450 anosIndeterminadoIndeterminado

Fonte: UNICEF

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2222222222 Considerando mais o lixo

Além da demora na decomposição, a maior parte dos resíduosproduzidos no Planeta acaba sendo irresponsavelmente lançada emlixões (depósitos a céu aberto), ou jogada nos cursos d’água,para que desapareça o mais rápido possível do alcance da vista dequem o gerou. Ninguém quer ter lixo ao seu redor, mas sem destinoadequado, os resíduos sólidos causam problemas ambientaiscatastróficos.

O mau cheiro característico da decomposição deve-se àprodução de gases e à formação de um líquido escuro – o chorumeque, ao se infiltrar, polui o solo e a água subterrânea. Com isso, asfontes de água potável também acabam ficando poluídas.

OBS.: Este período de decomposição varia bastante, pois osdiversos materiais, quando encapsulados*encapsulados*encapsulados*encapsulados*encapsulados* debaixo de uma

montanha de lixo, podem permanecer intactos durante muitose muitos anos, inclusive a matéria orgânica. Os arqueólogos

do lixo já encontraram, nos Estados Unidos, por exemplo,uma alface que estava encoberta no aterro sanitário havia

mais de quatro anos. (National Geographic, maio 1991)

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2323232323Considerando mais o lixo

O lixo jogado por aí gera sériostranstornos à saúde pública. Atraianimais como insetos e roedores quepodem transmitir doenças graves. Esteé o caso da leptospirose (cujotransmissor é o rato), da dengue(transmitida pelo mosquito Aedesaegypti), da malária, da leishmaniosee da cólera, entre outras. Também atraiurubus, que causam problemas àaviação podendo provocar acidentes com vítimas fatais.

Doenças transmitidas pelos animais que vivem no lixo:

ChorumeChorumeChorumeChorumeChorume: Líquido escuro, malcheiroso,constituído de ácidos orgânicos,produto da ação enzimática dosmicroorganismos, de substânciassolubilizadas* através das águas dachuva que incidem sobre a massa delixo e, ainda, de substâncias formadasa partir de reações químicas queocorrem entre os constituintes dosresíduos. O chorume tem composiçãoe quantidades variáveis.

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2424242424 Considerando mais o lixo

O lixo, quando é jogado nas ruas, nas margens ou mesmodentro dos canais de drenagem, entope bueiros e galerias,bloqueando o escoamento das águas e causando enchentes einundações.

O acúmulo de resíduos nas encostas gera depósitosinstáveis*, que podem provocar deslizamentos* durante operíodo de chuvas.

Despejado nos manguezais, córregos e rios, o lixo com certezachegará ao mar, causando danos irreversíveis durante todo o trajeto.

A deposição de lixo nos oceanos já foi prática adotada porgrandes cidades costeiras e, hoje, está em desuso devido à crescentepreocupação universal com a poluição dos mares. Além de causarproblemas à navegação e à maricultura* , os detritosprejudicam a biota* marinha. Os sacos plásticos podem causara morte dos animais marinhos, que são estrangulados ou sufocadosao engolirem essas embalagens. As tartarugas marinhas,

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2525252525Considerando mais o lixo

por exemplo, osconfundem comáguas-vivas, seualimento preferido, eos golfinhos comemos sacos plásticospor confundi-loscom lulas. O isoportambém é umagrave ameaça: aoboiar nos oceanos epartir-se em peque-nos pedaços confun-de-se com alimentosde diversos ani-mais.

Foi descobertoem 2007, a 500milhas náuticas(cerca de 920 quilô-metros) da costa daCalifórnia, no Oestedos Estados Unidos,um gigantesco depósito de lixo plástico. O oceanógrafo norte-americano Charles Moore que descobriu a mancha de proporções

assustadoras, calcula que tenha mais de 100milhões de toneladas de detritos e que teriase formado há mais de 10 anos.

O depósito flutuante foi apelidado de“sopa plástica” pelos especialistas e temorigem atribuída às ações combinadas danatureza e do homem. Um quinto dosresíduos, estimam, foi jogado de navios ouplataformas petrolíferas e inclui itens comobolas de futebol, caiaques, sacolas plásticas

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2626262626 Considerando mais o lixo

e restos de naufrágios. O restante chegou da terra e acabou seagrupando no mar por influência das correntes marítimas.

“Parece uma ilha de plástico sobre a qual se pode andar.É uma sopa de plástico, uma coisa sem fim que ocupa uma áreaque pode corresponder a até duas vezes o tamanho dos EstadosUnidos”, relatou o diretor de pesquisa da Fundação de PesquisaMarítima Algalita, Marcus Eriksen, à Revista IstoÉ.

Muitas pessoas, mesmo estando preocupadas com o acúmulode resíduos na orla marítima, recolhem o lixo que levam para aspraias e, muitas vezes, jogam este material à beira das estradas ounas restingas. Quando não existe sistema de coleta, o lixo acumula-se.

Fonte: Revista IstoÉ, de 13 de fevereiro de 2008.

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2727272727Considerando mais o lixo

Os incômodos causados pelo lixo, às vezes, estimulam aspessoas a usar o fogo como forma de resolver o problema. A queimado lixo, entretanto, resulta em outras conseqüências desastrosas,pois libera gases venenosos na atmosfera, traz problemas à saúdee aborrecimentos à vizinhança. Pode, ainda, provocar incêndiosdifíceis de controlar.

O ser humano também está jogando resíduos no espaço.Satélites abandonados e outros objetos artificiais estão girando naórbita terrestre, provocando colisões e transformando o céu em umespaço perigoso.

Em matéria sobre a perda de controle da NASA sobre umsatélite espião de 10 toneladas, a Revista IstoÉ, de 23 dejaneiro de 2008, dá conta da “Ameaça que vem docéu”. Os incidentes causados pelo ferro-velhoespacial, aponta, já foram tantos que levaram asForças Armadas dos EUA a organizar um catálogoque relaciona nada menos do que 10 mil objetosque atualmente circulam ao redor da Terra.

Page 28: Considerando mais o lixo Considerando mais o lixo

2828282828 Considerando mais o lixo

A NASA, por exemplo, contabilizou até 1998 mais de 60janelas de ônibus espaciais danificadas pela ação de lascasdesprendidas de outras naves ou satélites que viraram lixo. As lascasorbitam a uma velocidade de 15 mil quilômetros por hora e podemcausar furos de 2,5 centímetros de diâmetros – o suficiente paraque janelas se estilhacem na volta à atmosfera terrestre.

De acordo com a matéria, se todo esse lixo desabasse aomesmo tempo e de uma só vez, com certeza os 75% de superfíciede água do Planeta seriam pouco para acomodá-lo.

O planeta Terra, hoje com uma população população população população população de cerca de6,6 bilhões de pessoas6,6 bilhões de pessoas6,6 bilhões de pessoas6,6 bilhões de pessoas6,6 bilhões de pessoas, produz em torno de 30 bilhões30 bilhões30 bilhões30 bilhões30 bilhõesde toneladas de resíduos por anode toneladas de resíduos por anode toneladas de resíduos por anode toneladas de resíduos por anode toneladas de resíduos por ano. Caso o padrão deconsumo norteamericano, que já é declaradamenteinsustentável, fosse adotado por outros países, seriamnecessários outros cinco planetas para servirem dedepósito ao material descartado.

Page 29: Considerando mais o lixo Considerando mais o lixo

2929292929Considerando mais o lixo

Caminhos percorridos

pelos resíduos

A produção

Nas áreas urbanas brasileiras, os resíduos sólidos domiciliaresproduzidos diariamente têm, em média, a seguinte composição em peso:

Estima-se que cada brasileiro produz, em média, de meio quiloa um quilo de lixo por dia. Conforme a Pesquisa Nacional sobreSaneamento Básico (PNSB), IBGE 2000, o valor médio nacional éde 0,92 kg por habitante/dia, sendo que destes 0,71 kg por habitante/dia é de resíduo domiciliar e 0,21 kg por habitante/dia é deresíduo público.

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Cada cidade, região ou bairro é diferente e, por isso,a quantidade e a qualidade de resíduos produzidos pelos habitantesvariam de acordo com estes fatores culturais e econômicos:

E Nível de renda familiar: maior poder aquisitivo, porexemplo, se traduz em maior consumo e maiorocorrência de embalagens.

E Grau de industrialização dos alimentos: implicamem maiores quantidades de embalagens e menor volumede resíduos orgânicos.

E Hábitos da população: aquisição de bebidas emvasilhames sem retorno, maior descarte de embalagensem período de grandes festas, compras nas feiras livres,consumo de determinados produtos em função defatores sazonais*, etc.

E Nível de consciência das pessoas com relação àdestinação dos resíduos.

A responsabilidade

A tarefa de l impezaurbana é de competênciado poder público muni-cipal, por ser um serviço desaneamento básico e desaúde pública de interessepredominantemente local.Compreende a coleta deresíduos sólidos, a triagem*para fins de reuso oureciclagem, o tratamento, inclusive por compostagem, acapinação, a varrição de ruas e a destinação final dos resíduos.

(Artigo 30 da Constituição Brasileira/1998)

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A Lei Nº 11.445, dejaneiro de 2007, é muitoimportante porque estabeleceas diretrizes nacionais para osaneamento básico articuladascom as políticas de desenvolvi-mento urbano e regional, dehabitação, de combate à po-breza, de proteção ambiental,de promoção da saúde equalidade de vida.

Entre os princípios fundamentais do saneamento básico está aprestação dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduossólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteçãodo meio ambiente.

No país, atualmente, o serviço de limpeza urbana é prestadopor órgãos da administração direta ou indireta dos governosmunicipais ou por empresas privadas contratadas pelas prefeituras.As prefeituras comprometem em média 5% das despesas correntescom a prestação dos serviços de limpeza urbana, de acordo com oInstituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo.

Uma nova forma de atuação no setor são os consórciospúblicos regulados pela Lei Federal Nº 11.107, também de 2007.

A coleta

A maior parte dos resíduos produzidos nas cidades brasileirasainda é recolhido pelo sistema de coleta comum ou convencional.

Este tipo de coleta recolhe os resíduos sólidos misturados,obedece a um roteiro regular para recolhimento nos domicílios* esegue dias e horários pré-estabelecidos. Os veículos coletores maisusados nas cidades são caminhões com carrocerias compactadorasque aumentam a capacidade de transporte, conferem facilidades paracarga e descarga e garantem segurança sanitária do sistema.

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A coleta diferenciada é aquela programada para recolherresíduos separados pelos geradores por tipos como a coleta deserviços de saúde, resíduos da construção civil, resíduos tóxicos,materiais recicláveis e resíduos orgânicos.

Além da coleta realizada pelo serviço de limpeza pública,milhares de pessoas sobrevivem da coleta de materiais recicláveisdas ruas, tanto nas regiões metropolitanas do Brasil como em outrospaíses em desenvolvimento.

Antigamente os sucateiros* ou garrafeiros faziam orecolhimento de porta em porta, comprando ferro, vidro e papelque revendiam às indústrias recicladoras.

A condição econômica e social do País, principalmente peloêxodo rural e a falta de emprego formal; o aumento na produção deresíduos e a falta de espaço para destinação final dos resíduosassociados à operação de indústrias recicladoras, fez surgir a figurado catador* que retira os resíduos recicláveis das ruas, separa,classifica e vende os materiais.

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3333333333Considerando mais o lixo

Este novo quadro, força a administração pública a criarpolíticas para incentivar e orientar a formação de cooperativasde catadores, para que por meio destas consigam negociar maioresvolumes de recicláveis, elevar os rendimentos e atender aosprincípios ambientais e sanitários recomendados à atividade.

A organização desta mão-de-obra resultou na criação em1999, do Movimento Nacional dos Catadores de MateriaisRecicláveis. O governo federal constituiu o Comitê Interministerialde Inclusão Social dos Catadores de Materiais Recicláveis.O Decreto nº 5.940/06 (que institui a separação dos resíduosrecicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administraçãopública federal direta e indireta, determinando sua destinação paraassociações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis)e a Lei Nº 11.445/07 (que determina a Política Nacional para oSaneamento Básico) são exemplos da formalização de políticaspúblicas para a inclusão social e econômica dos catadores.

Mais de meio milhão de pessoas, segundo estimativa doMovimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis(MNCR), sobrevivem de catar e comercializar resíduos sólidos nasgrandes cidades brasileiras.

Pelo Brasil afora, esses catadores, também chamadoscarroceiros, realizam um trabalho invisível. Em suas andanças embusca de material para revender, chegam em casos extremos acarregar a família, inclusive crianças, a bordo de suas carroças.

Além disso, ainda há pessoas que catam nos lixões, onde sesubmetem a riscos de doenças e todo tipo de exploração.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:(http://www.movimentodoscatadores.org.br)

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3434343434 Considerando mais o lixo

A presença dos catadores nos lixões ainda é uma realidadeem muitas cidades. Famílias inteiras encontram na garimpagem emdepósitos a céu aberto, o meio de sobrevivência. Calcula-se que,no Brasil, cerca de 45 mil crianças vivem próximo e sobrevivemdeles. Na década de 90, a quantidade era superior a 100 milcrianças. O fechamento dos lixões costuma criar impasses já queas comunidades, que vinham sobrevivendo há algumas geraçõesdesta atividade, mesmo correndo sérios riscos de saúde, precisamde alternativa para garantir a renda. Isto exige da municipalidadeum empenho na solução do problema, geralmente encontrada naorganização de associações ou cooperativas destes trabalhadores.

A coleta de materiais recicláveis é uma alternativade sustento para milhares de famílias.

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3535353535Considerando mais o lixo

No Brasil, a produção diária deresíduos é de cerca de 125 mil toneladas,35 mil a mais do que na década passada, e os destinos

são os seguintes:47,1% – Aterro Sanitário

22,3% – Aterro Controlado

30,5% – Lixões

5% não informaram o destino deseus resíduos

(Fonte: Pesquisa Nacional

Saneamento Básico – 2000 – IBGE)

Segundo pesquisa CICLOSOFT do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) de 2008,

405 municípios têm coleta diferenciada de materiais recicláveis (coleta seletiva), e com isso,

14% da população brasileira tem acesso a este serviço.

O Ministério das

cidades atualizou os

dados desta pesquisa em 2003 e

verificou que 1% do lixo é incinerado,3% enviado para reciclagem e 4,5 %

compostado.

Mas, afinal, qual é o

destino dos resíduos?

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O tratamento e o destino final

Lixões : são locais onde os resíduos são despejadosinadequadamente a céu aberto, causando problemas ambientais ede saúde pública, devido à poluição e à proliferação* de animaistransmissores de doenças. Danos:

E Contaminação pelo chorume

E Risco de explosões devido aos gases provenientes dadecomposição

E Mau cheiro

E Incêndios

E Presença de animais

Muita gente pensa que, se o lixão está longe de sua casa, nãoestá lhe causando problemas. Isso é um grave engano. A poluiçãocausada por um lixão atinge muitos e muitos quilômetros em volta,ou até mais, já que as águas e o ar movimentam-se.

Aterros Controlados: locais onde os resíduos sólidos sãodespejados sobre o solo e cobertos de terra na medida em que vãosendo compactados por tratores. Este tipo de aterro é tambémconsiderado uma disposição inadequada, uma vez que não possuicoleta e tratamento do chorume e dos gases.

Aterros Sanitários: este método de disposição dos resíduosé o de menor impacto ambiental, pois existe adequadaimpermeabilização do solo antes do início da colocação dosresíduos, sistema de drenagem do chorume, captação do gásproduzido e correta compactação e cobertura das camadas comterra, com total isolamento da área. A ocupação dos aterros é muitointensa, devido ao crescimento das cidades e ao aumento daquantidade de resíduos, implicando na necessidade de grandesáreas, próximas aos centros urbanos. Apesar das vantagens dosaterros sanitários em relação aos lixões, eles logo ficam cheios e hánecessidade de encontrar novos locais, cada vez mais distantes,para colocar mais resíduos.

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Em alguns municípios de grande porte, em razão daespeculação imobiliária e da dificuldade de obtenção dessas áreas,tem sido considerada mais viável a adoção de outros sistemas detratamento ou de consórcios entre as cidades da região paraimplantação e operação de aterro único, com o objetivo de reduzircustos.

Aterro operado incorretamente tende a se transformar em umlixão em curto espaço de tempo. Por esta razão, é necessária umagrande fiscalização nas unidades de disposição final de resíduossólidos por parte do órgão ambiental competente.

Incineração*: este processo permite a redução do volumede resíduos através da combustão, com temperaturas na ordem dos1100°C. Para alguns resíduos, como os gerados em serviços desaúde, esse método pode se tornar a melhor opção de destino.No entanto, a implantação requer altos custos e um manejoadequado, pois durante o processo podem ser gerados compostoscomo ácidos clorídrico e fluorídrico, monóxido de carbono, poeiras,dióxido de enxofre e óxidos de azoto, que, como em outrosprocessos industriais, precisam ser tratados para evitar a poluiçãoatmosférica.

Muitos países utilizam a energia elétrica gerada pela incineração.

Usinas de Reciclagem: nestes locais, os resíduos quechegam misturados são separados em materiais secos e materiaisorgânicos. Os recicláveis secos (papéis, vidros, plásticos e metais)são enviados às indústrias de reciclagem para seremreintroduzidos no ciclo econômico.

Os resíduos orgânicos são tratados através da compostagem,processo biológico que transforma este material, sob condiçõesadequadas, em um composto orgânico para uti l ização naagricultura.

Tanto o composto quanto os materiais recicláveis procedentesdas usinas tem qualidade inferior aos provenientes da coleta seletiva,onde os materiais são separados nas fontes geradoras comoresidências, comércios, escolas, etc.

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As novas relações

com os resíduos

A solução para o lixo começa com nova decisão e atitude.O ser humano é capaz de transformar o mundo ao seu redor, deve,portanto, ser responsável pelo uso racional dos recursos naturais epela preservação e conservação do ambiente.

É preciso conservar esses recursos e garanti-los para as futurasgerações. Na verdade, o melhor lixo é aquele que não é produzido.Porque evita a retirada de matéria-prima da natureza e a ocupaçãode áreas para descarte. Como não produzir resíduos é impossível,a saída é o caminho dos 4Rs: repensar, reduzir, reutilizar e reciclar.

Resistir não é fácil. As facilidades do descartável e a tentaçãodo consumo acabam incentivando um desperdício em escalaalarmante. Mas, ainda que o lixo possa sumir da vista de quem oproduz, torna-se praticamente eterno. Por isso, o mínimo que deveser feito com os resíduos gerados é devolvê-los ao destino na horae local certos.

Se continuar produzindo, consumindo e descartando sem cessar...... onde o mundo vai parar?

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Na maioria dos países europeus, onde a coleta seletiva é umhábito incorporado há muito tempo pela população, a tendênciaatual é a de diminuir a quantidade de lixo gerado. Reduzir aprodução de resíduos é mais ambientalmente correto que reciclá-los. Lá, na comunidade européia, o cidadão paga pela quantidadede resíduos que produz e as embalagens biodegradáveis pagammenos impostos do que as recicláveis. Também existe legislaçãodeterminando que as empresas sejam responsáveis pelorecebimento do seu produto depois da utilização pelo consumidor.Na Alemanha, por exemplo, uma carcaça de automóvel é deresponsabilidade da sua montadora.

No Brasil, encontra-se no Congresso Nacional, em fase deaprovação, o projeto de lei que institui a Política Nacional deResíduos Sólidos que visa responsabilizar as indústrias pelo lixopós-consumo, aumentar os incentivos fiscais e tributários parareciclagem e exigir dos municípios a criação de planos de gestãointegrada dos resíduos.

A redução, a reutilização e a reciclagem dos resíduospressupõem, na verdade, uma mudança de atitudes frente à maneirade consumir, produzir, des-cartar e de se relacionar com o ambiente.

REDUZIR

E Pensar antes de comprar. Para descartar menos. Metadedo que se compra é pura embalagem, que quase semprevai direto para o lixo.

E Procurar usar sacolas permanentes.

E Evitar adquirir produtos embalados com papelplastificado, parafinado ou metalizado (como os sacosde salgadinhos, por exemplo) pois eles não sãorecicláveis.

Pequenas atitudes no dia-a-dia podemfazer uma grande diferença.

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E Escolher produtos embalados em material reciclável.

E Só comprar o que vai usar.

E Evitar o consumo de materiais que resultam em lixotóxico, como é o caso das pilhas e de outros produtos.

REUTILIZAR

E Preferir embalagens retornáveis.

E Reutilizar ao máximo o material antes de descartá-lo.Inventar alternativas para novos usos. Ser criativo!

E Racionalizar o uso do papel. As folhas usadas de umlado só, ainda servem para rascunho ou para anotarrecados.

E Escrever nas duas faces do papel e sempre fazerfotocópias e impressões em frente e verso.

E Enviar os livros que não quiser mais para os “sebos”ou para as bibliotecas públicas. Eles podem ser úteispara outras pessoas.

E Levar roupas e móveis usados para os “brechós” ouencaminhá-los para doação.

Torne-se um consumidor consciente em tempo integral,por meio de ações afirmativas que inspirem outros aseguir o exemplo. Nada é mais poderoso do que um

indivíduo atuando para a mudança social e fomentandoa criação de uma consciência coletiva.

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RECICLAR

E Separar os materiais recicláveis em casa, no local detrabalho, na escola, etc. Este é o primeiro passo para areciclagem.

Reciclagem é o resultado de uma série de atividades, pelaqual materiais que se tornariam lixo são desviados, coletados,separados e processados para serem usados como matéria-primana manufatura de novos produtos.

A reciclagem devolve ao processo de produção materiais comopapel, plástico, vidro, metal e matéria orgânica que já foram usadose descartados.

Isto corresponde a preservar o ambiente e poupar energia,pois a reindustrialização diminui a extração dos recursos naturais.

Existem formas de reciclagem artesanal que a pessoa podeadotar, como a reciclagem do papel e a compostagem do materialorgânico.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:consulte: (www.cca.ufsc.br) – Depto Engenharia Ruralwww.cempre.org.brwww.recicloteca.org.br

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Como é feita a Reciclagem

Parte dos resíduos sólidos descartados é utilizada comomatéria-prima na produção de novos materiais. Observe os símbolose as cores que a indústria utiliza para identificar os materiais quepodem ser reciclados:

amarelo

Aço Metal Alumínio

verde

Vidro vermelho

Plástico

azul

Papel Reciclável

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Reciclagem de Papel

O papel virgem éfeito a partir de fibrasde celulose encon-tradas em madei-ras de árvoresque são fontesrenováveis dematéria-prima.

A recicla-gem do papelconsiste na utili-zação de papel epapelão usados eaparas* para aprodução de papéisnovos. Dispensa os pro-cessos químicos utilizados naobtenção da pasta de celulose, reduzindo com isso a poluição da águae do ar. Diminui, também, o corte de árvores e o desmatamento deáreas para plantio de árvores exóticas, como pinus e eucaliptos,espécies mais utilizadas na produção de papel. Com a reciclagem,há uma grande economia de água e gasta-se a metade da energiausada para fabricar o papel a partir da madeira.

Para ser reciclado o papel deve estar limpo, seco e sem apresença de elementos indesejáveis, como grampos, clips, etiquetas,etc, pois será separado pelo tipo e pela quantidade de sujeira quecontém.

Geralmente o processo de reciclagem do papel funciona assim:ao chegar à fábrica o papel/papelão entra em uma espécie de grandeliquidificador, chamado “hidrapulper” que tem a forma de umtanque cilíndrico. O equipamento desagrega o papel, misturado comágua, formando uma pasta de celulose. Por meio de peneiras, sãoretiradas as impurezas. Os passos seguintes (retirada de tintas,

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branqueamento, etc.) dependem da origem do material e para oquê será utilizado.

E Para fabricar 1 tonelada de papel reciclado são usados2 mil litros d'água. Para produzir a mesma quantidade,

a partir da madeira, gastam-se 10 mil litros.

E Uma tonelada de papel reciclado evita o corte de15 a 30 árvores.

E Papel reciclável reciclável reciclável reciclável reciclável é diferente de papel recicladorecicladorecicladorecicladoreciclado:reciclável quer dizer que o material poderá ser

reaproveitado; reciclado quer dizer que já foi submetidoao processo de reciclagem.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:www.cempre.org.br

www.recicloteca.org.br

Reciclagem de Vidro

O vidro é fabri-cado a partir de umamistura de areia, bar-rilha, calcário, feldspatoe aditivos. Derretidos aaltas temperaturas(1.500 ºC), formam umamassa semilíquida quedá origem a embalagensou a vidros planos.

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Para ser reciclado, ovidro é separado pela cor eé triturado em cacos, poisestes precisam de menortemperatura para serem fun-didos (1.300 ºC). Como oscacos podem ser reutilizadosindefinidamente, a economiade energia e a redução damineração de areia são asprincipais vantagens desteprocesso.

Reciclagem de Metal

Os metais são reti-rados da natureza em formade minérios, cujas reservassão esgotáveis. Estãoclassificados como metaisferrosos (ferro e aço) e não-ferrosos (alumínio, zinco,chumbo, níquel, cobre).Os metais podem se unir aoutros materiais formandoligas metálicas, comcaracterísticas bem dife-rentes dos metais que asoriginaram. Este é o caso doaço (ferro mais carbono), dolatão e do bronze (ligas de cobre).

O alumínio é largamente utilizado na fabricação de latinhasde bebidas, e a folha-de-flandres (aço revestido com estanho) éusada em embalagens para conservas de alimentos.

Para fabricar 1 kg de vidro(= 3 garrafas de litro) é necessária aextração de 1,3 kg de areia dos rios.

Com 1 kg de vidro quebrado se fazexatamente 1 kg de vidro novo.

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O processo industrial de reciclagem dos metais se dábasicamente da seguinte forma: ao chegar nas usinas de fundiçãopara serem derretidos, os metais vão para os fornos. Após atingir oponto de fusão e chegar ao estado líquido fumegante, os materiaissão moldados em tarugos, placas metálicas, lingotes, que serãotransformados conforme a sua destinação.

Objetos de aço e de alumínio podem ser reciclados sempre,sem que haja perda de qualidade do material. Com a reciclagemdo aço economiza-se 75% da energia usada para fabricá-lo a partirdo minério de ferro. A reciclagem do alumínio é ainda maisvantajosa, pois reduz em 95% o gasto com energia em relação aqueleque seria necessário para produzir o alumínio a partir da bauxita.

E A energia economizada com a reciclagem de uma únicalatinha de alumínio é suficiente para manter uma televisão

ligada por três horas.

E Cada tonelada de alumínio reciclado economiza a extração de5 toneladas de bauxita.

E Com a evolução do processo de reciclagem do alumínio já épossível que uma lata de bebida seja colocada na prateleira do

supermercado, vendida, consumida, reciclada, transformada emnova lata, envasada, vendida e novamente exposta na prateleira

em apenas 33 dias.

E A sucata ferrosa demora somente um dia a ser reprocessadae transformada novamente em lâminas de aço, usadas em

diversos setores industriais.

Reciclagem de Plástico

Os plásticos são produzidos a partir de resinas sintéticas(polímeros) derivados do petróleo. As resinas plásticas podem ter

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sua composição química modificada e dar origem a diversos tiposde materiais. Existem muitos tipos de plásticos. Os mais rígidos, osfininhos e fáceis de amassar, os transparentes, etc.

Eles são divididos em dois grupos de acordo com as suascaracterísticas de fusão ou derretimento: termoplásticos etermorrígidos.

Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao seremaquecidos, podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidose tomam uma nova forma. Esse processo pode ser repetido váriasvezes. Correspondem a 80% dos plásticos consumidos.

Os termorrígidos ou termofixos são aqueles que não derretemquando aquecidos, o que impossibilita a sua reutilização atravésdos processos convencionais de reciclagem.

Em alguns casos, estes materiais podem ser recicladosparcialmente através de moagem prévia e incorporação no materialvirgem em pequenas quantidades.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:www.recicloteca.org.br

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No símbolo internacional da reciclagem, existe umnúmero central que serve para identificar a família a queo plástico pertence, em função da sua composiçãoquímica:

PET – Polietileno Tereftalato: utilizado em garrafas derefrigerante, fibras sintéticas.

PEAD – Polietileno de Alta Densidade: engradados parabebidas, baldes, garrafas para álcool, produtos químicosdomésticos, bombonas, tambores, tubos para líquidos egás, tanques de combustível, filmes.

PVC ou V – Cloreto de Polivinila: tubos e conexões paraágua, encapamento de cabos elétricos, garrafas para águamineral e detergentes l íquidos, lonas, calçados,esquadrias.

PEBD – Polietileno de Baixa Densidade: filmes flexíveispara rótulos e embalagens (de alimentos, sacos industriais,sacos para lixo, lonas agrícolas, sacos de adubo, sacos deleite, etc).

PP – Polipropileno: embalagens para massas e biscoitos,potes de margarina, seringas, utilidades domésticas,autopeças, sacos de ráfia.

PS – Poliestireno: aparelhos de som e tv, copos descartáveis,embalagens alimentícias, revestimento interno de geladeira.

OUTROS – Plásticos especiais e de engenharia (CDs,eletrodomésticos, computadores).

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A maioria dos plásticos não é biodegradável. A disposição ematerros sanitários dificulta sua compactação e prejudica adecomposição dos materiais orgânicos. Criam camadas impermeáveisque afetam as trocas de líquidos e gases gerados no processo debiodegradação da matéria orgânica. Diante disso, a remoção,redução ou eliminação do plástico são metas a serem perseguidaspela sociedade. A reciclagem do plástico é, portanto, uma prioridadeambiental.

Mas as misturas de diferentes plásticos em um mesmo produto,o uso de rótulos com tintas tóxicas e a presença de outras impurezasdo lixo limitam muito a reciclabilidade* deste material.

A separação dos plásticos, bem como sua reciclagem, trazuma série de benefícios, como por exemplo, o aumento de vida útildos aterros sanitários, economia de energia e geração de empregonas indústrias de reciclagem.

A reciclagem é feita de forma diferente para cada tipo deplástico, porém em geral o processo se resume em quatro etapas:moagem, transformação em massa homogênea que passa por umfunil, formação das tiras (spaghetti) e dos grãos (pelets). A partirdo que, são encaminhados para diversos usos, onde são misturadosà matéria-prima virgem ou não.

Muitos produtos são fabricados com a reciclagem dosplásticos. A evolução do mercado e os avanços tecnológicos têmimpulsionado novas aplicações para o PET reciclado, das cordas efios de costura, aos carpetes, bandejas de ovos e frutas, vassourase escovas.

E Um barril de petróleo contém 159 litros. Apenas 4%são usados para a fabricação dos plásticos.

E O petróleo, um combustível fóssil que levou milhões de anospara se formar, é um recurso natural nãorenovável.

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E Os sacos plásticos são feitos de polietileno-termoplásticooriundo do petróleo. Segundo a agência de proteção ambiental dos

Estados Unidos são consumidos anualmente entre 500 bilhões eum trilhão de sacos plásticos ao redor do mundo.

Nathional Geographic – 2003

E Cerca de 200 diferentes espécies de vida marinha, incluindobaleias, golfinhos, focas e tartarugas morrem por causa dos sacos

plásticos.

(WWF – 2005)

E O uso de uma bolsa de tecido economiza seis saquinhosplásticos por semana – 24 por mês, 288 sacos por ano e 22.176

sacos ao longo da vida.

Para amenizar a produção e o descarte exagerado dosplásticos tradicionais, já existem algumas alternativas. Como a dosnovos plásticos com características biodegradáveis. Há pelo menosdois tipos desses:

Oxibiodegradáveis

Esses plásticos mantêm sua origem no petróleo, porémé adicionado ao processo de fabricação um aditivo quemuda as características de degradação, tornando-a maisrápida. A degradação do saco plástico oxibiodegradávelinicia quando é descartado. Sob condições comuns doambiente as ligações das moléculas de carbono ehidrogênio que formam o plástico são fragilizadas e vãose quebrando em partículas menores até torná-laspossíveis de serem digeridas por microorganismos. Otempo de decomposição, segundo os fabricante doaditivo (D2W), é de um a dois anos pra ser completa.

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Este material pode ser reciclado, porém requer osmesmos cuidados que os tradicionais.

Bioplásticos

Os chamados bioplásticos não tem petróleo em suacomposição. O plástico de fonte renovável e compostávelé um polímero vegetal à base de milho. Durante adecomposição, o plástico se torna um compostoorgânico. Por ter 50% de matéria-prima renovável, opolímero a base de milho, ajuda a balancear o ciclo decarbono, equilibrando o tempo de produção do plásticoao seu consumo e decomposição. Para a coloração eimpressão de imagens também são utilizados pigmentosorgânicos, o que impede o risco de contaminação commetais pesados. Isso facilita a utilização do bioplásticoem compostagens. Esse tipo de plástico leva apenasalgumas semanas para se decompor.

De onde veio

Pesquisas com plásticos feitos de milho existem desde adécada de 30, mas apenas nos últimos anos oslaboratórios obtiveram produtos com a resistência e afacilidade de manipulação exigidas pela indústria.

Para onde vai

O plástico compostável substitui o tradicional em quasetodas as aplicações, como canaletas, tubulações,espelhos de tomadas e interruptores. Pode também seraplicado em embalagens injetadas, plásticos filme,sacolas plásticas, embalagens de cosméticos, entreoutros. É bastante usado em tubetes para mudas dereflorestamento.

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Reciclagem de Matéria Orgânica

No Brasil, a matéria orgânica representa aproximadamentea metade de todo o re-síduo sólido produ-zido em uma cidade. Estafração do resíduo, quando não tratada adequadamente, é a principalresponsável pelo mau cheiro e por atrair animais que podemtransmitir doenças graves aos seres humanos.

Para ser reciclado, o resíduo orgânico deve ser recolhidoseparadamente, pois se estiver misturado a outras frações do lixo(rejeitos domésticos) terá como destino o aterro sanitário.

Os resíduos orgânicos adequadamente separados são tratadospor meio da compostagem, processo biológico que, sob condiçõescontroladas, transforma este material em adubo orgânico de altaqualidade. Este fertilizante possui bom valor comercial e temfundamental importância na produção de alimentos saudáveis, alémde contribuir na recuperação de solos e áreas degradadas.

Reciclagem de Outros Materiais

Pneus

No Brasil, uma das formas mais comuns de reaproveitamentodos pneus inservíveis é como combustível alternativo paraindústrias de cimento. Outro uso para os pneus é a fabricação desolados de sapatos, borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos

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para quadras poliesportivas, pisos industriais, além de tapetes paraautomóveis. Mais recentemente, surgiram estudos para utilizaçãodos pneus inservíveis como componentes para a fabricação de mantaasfáltica e asfalto-borracha, processo que tem sido acompanhadoe aprovado pela indústria de pneumáticos.

Os pneus velhos devem ser levados aos pontos derecebimento de onde as indústrias fabricantes, por lei,devem recolher e encaminhar ao reaproveitamento.

Caixas longa vida

Há diversas tecnologias disponíveis paraa reciclagem das embalagens feitas com ascaixinhas multilaminadas (tipo caixas deleite longa vida). A reciclagem das fibras e doplástico/alumínio que compõem a embalagemcomeça como nas fábricas de papel, em umequipamento chamado “hidrapulper”.

Durante a agitação do material com águae sem produtos químicos, as f ibras sãohidratadas, separando-se das camadas de plástico/alumínio. Emseguida, essas fibras são lavadas e purificadas e podem ser usadaspara a produção de papel utilizado na confecção de caixas depapelão, tubetes ou na produção de material gráfico.

O material composto de plástico/alumínio é destinado parafábricas de processamento de plásticos, onde é reciclado por meiode processos de secagem, trituração, extrusão e injeção. Ao final,esse material é usado para produzir peças plásticas como cabos depá, vassouras, coletores e outros.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:

http://www.reciclanip.com.br

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Outro processo de reciclagem permite que o plástico comalumínio seja triturado e prensado a quente, transformando-se emuma chapa semelhante ao compensado de madeira que pode serusada na fabricação de divisórias, móveis, pequenas peçasdecorativas e telhas. Esses materiais têm grande aplicação naindústria de construção civil como matéria-prima de chapas quepodem substituir o madeirite.

Uma nova tecnologia desenvolvida no Brasil trabalha com oprocessamento do composto de plástico/alumínio em um forno deplasma. O sistema aquece a mistura (o que preserva a qualidadedo alumínio). Neste processo, o plástico se quebra em moléculas,transformando-se em parafina e o alumínio se funde, tornando-sematéria-prima pura novamente, que pode voltar a ser folha parauso em embalagens longa vida.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:

www.tetrapak.com.br

Resíduos de Construção e Demolição

Entulhos de obras podem ser reciclados.Fragmentos e restos de materiais cerâmicos,

concreto e argamassas podem ser reutilizadosapós trituração em equipamento apropriado.O material obtido tem qualidade inferior àbrita, areia e outros materiais convencionais,mas tem utilidade na fabricação de elementosnão- estruturais como blocos de concreto paravedação e de material para manutenção de

ruas, com custo bem inferior.

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Óleo de cozinha

Diversas são aspossibil idades dereciclagem do óleo defritura, como aprodução de resinapara tintas, sabão,detergente, glicerina,ração para animais e biodiesel. O óleosaturado também tem sido aproveitado na produção de cosméticos,massa de vidro e desmoldantes de formas de concreto.

A transformação do óleo de cozinha em energia renovávelcomeça pela filtragem, que retira todo o resíduo deixado pelafritura, depois é extraída toda a água que está misturada a esseóleo. Dependendo do óleo, ele passará por uma purificaçãoquímica que retirará os últimos resíduos. Esse óleo “limpo” recebea adição de álcool e de uma substância catalisadora. Colocadono reator e agitado a temperaturas específicas transforma-se embiocombustível que após o refino pode ser usado em motorescapacitados para queimá-lo.

A reciclagem do óleo de cozinha proporciona a preservaçãodos recursos hídricos e a melhora da eficiência do sistema de coletae tratamento de esgoto, na medida em que reduz a quantidade degordura saturada nas instalações.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:Ana Cristina Neves. “HowStuffWorks – Como funciona areciclagem do óleo de cozinha”. Publicado em 20 de setembrode 2007 (atualizado em 27 de maio de 2008) http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-oleo-cozinha1.htm.

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Coleta Seletiva

O sistema mais eficaz de recolhimento de lixo que tem sedifundido mundialmente é a coleta seletiva. Os resíduos sãoseparados nas fontes produtoras (casas, escolas, locais detrabalho), com o objetivo de salvar os materiais que podem serreciclados industrial ou artesanalmente.

Para que os materiais possam ser reaproveitados ou recicladosé fundamental a participação do cidadão no processo, separando-os no seu local de geração.

Os materiais recicláveis secos separados, após coleta etriagem são enviados às diferentes indústrias de reciclagem e omaterial orgânico deve ser tratado por meio da compostagem.Os resíduos que não podem ser reaproveitados (rejeitos) sãodestinados aos aterros sanitários.

A coleta seletiva pode ser feita de duas formas básicas: coleta decasa em casa (também conhecida como porta em porta) ou por meiode Postos de Entrega Voluntária (PEV’s). Na primeira, o recolhimentodos materiais recicláveis ocorre em cada domicílio, geralmente, feitopor caminhões tipo baú. Na coleta por meio de PEV’s, a própriapopulação leva os materiais recicláveis em pontos pré-definidos, ondesão acumulados para posterior coleta. Os PEV’s podem ser de váriostipos: conjunto de latões, contêineres, pequenas caixas ou “baias”,identificados por cores, seguindo a normatização internacional.

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Composição dos materiais recicláveis na Coleta SeletivaComposição dos materiais recicláveis na Coleta SeletivaComposição dos materiais recicláveis na Coleta SeletivaComposição dos materiais recicláveis na Coleta SeletivaComposição dos materiais recicláveis na Coleta Seletiva

Papel/Papelão – 39% Plástico – 22%

Vidros – 10% Metais – 9%

Alumínio – 1% Longa Vida – 3%

Diversos – 3% Rejeito – 13%

Fonte: Pesquisa Ciclosoft – Cempre 2008

Vantagens da coleta seletiva

Promove a diminuição do volume de resíduos enviados aosaterros ou aos lixões, pois apenas os rejeitos resultantes do processode separação do lixo terão este destino.

A reciclagem economiza energia (para produzir os materiaisa partir de matérias-primas virgens, os gastos com energia são muitomaiores).

Diminui a extração dos recursos naturais.

Ajuda a conscientizar os cidadãos a respeito do destino dolixo, pois cada um passa a se responsabilizar por seus própriosresíduos de maneira mais efetiva.

Plástico Metal Vidro Papel

De um modo geral, a coleta seletiva coleta seletiva coleta seletiva coleta seletiva coleta seletiva vem avançandocomo alternativa privilegiada de tratamento dos

resíduos sólidos urbanos.

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Gera empregos formais (noscentros de triagem e nas indústriasrecicladoras) e informais (cooperativasde catadores de materiais recicláveis).

Incentiva a indústria dareciclagem (a inexistência de coletaseletiva na maioria dos municípiosbrasileiros restringe a disponibilidade

de material para ser reciclado).

Para que a reciclagem possa contribuirefetivamente com a preservação do ambiente, é preciso que todos osenvolvidos na questão sejam responsáveis por uma série de ações:

Às indústrias, cabe identificar claramente as matérias-primasutilizadas na fabricação de seus produtos e, se possível, evitar autilização de materiais diferentes em uma mesma embalagem, o quemuitas vezes dificulta ou até mesmo impede o processo de reciclagem.

Ao governo cabe desenvolver políticas públicas para o manejoadequado do lixo e incentivar tanto o desenvolvimento dos programasde coleta seletiva como a implantação de empresas recicladoras. Deve,ainda, eliminar a tributação excessiva sobre produtos reciclados eestimular seu uso através de campanhas educativas.

Aos meios de comunicação cabe a tarefa de disseminar asinformações corretas a respeitodos procedimentos e dosprogramas de coletaseletiva e reciclagemde resíduos sólidos.

À popula-ção cabe colabo-rar com a coletaseletiva, separan-do os materiais demaneira correta.

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Separar para Reciclar

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O caminho dos resíduos na coleta seletiva

Para viabilizar a reciclagem, as pessoas devem separar emcasa, nas escolas e nos locais de trabalho os materiais que podemser reaproveitados. No começo, será necessária a mudança dehábitos e de rotinas, mas o ganho ambiental e o benefício socialserão imensamente compensadores.

Os materiais recicláveis secos (papel, plástico, vidro emetal) devem ser separados dos materiais recicláveis orgânicos(sobras de frutas, verduras, legumes, restos de alimentos) e dosrejeitos (lixo de banheiro, materiais não-recicláveis). Se os materiaisrecicláveis não forem corretamente separados, eles não poderãoser reaproveitados e irão parar nos aterros, onde permanecerãopor séculos.

Os materiais orgânicos podem ser aproveitados através dacompostagem artesanal ou em grande escala, quando houver coletaespecial destes materiais pelo município.

Observações importantes na separação

E É necessário ter um recipiente só para materiaisrecicláveis secos. Deve-se remover os resíduos dealimentos das embalagens antes de enviá-las para areciclagem. Mas é preciso evitar o desperdício d'água.A limpeza é a única forma de prevenir o mau cheiro e oaparecimento de insetos e roedores, já que os recicláveispermanecem estocados nas casas, centros de triagem eindústrias até serem processados.

E Outra medida importante é tentar reduzir o volume dosmateriais, amassando caixas e latas, por exemplo.

E Colocar os materiais recicláveis em embalagensdiferentes para cada tipo – plástico, vidro, metal e papel– facilita o processo de classificação no Centro deTriagem.

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E Informar-se sobre onde entregar oóleo de fritura usado para que sejareciclado. Não despejar na pia,tanque, vaso sanitário outerreno.

O que separar

Materiais Recicláveis Secos

Papel

Jornais, l ivros, revistas, cadernos,folhetos comerciais, folhas de rascunho,papéisde embrulho, sacolas, caixas de papelão, caixas de brinquedos ecaixa de ovos, caixas multilaminadas (tipo longa vida).

Plástico

Garrafas de água, refrigerante e sucos, embalagens deprodutos de higiene e limpeza, embalagens de cosméticos (cremes,xampus, pasta de dente), baldes, bacias, tubos e canos, sacos,sacolas e saquinhos, restos de brinquedos e isopor.

Vidro

Garrafas, cacos de vidro, potes e frascos de alimentos, frascosde medicamentos e perfumaria, lâmpadas incandescentes, espelhos,vidros planos, cristais e vidros de automóveis.

Metal

Latas de bebidas e de alimentos, objetos de alumínio, cobre,latão, chumbo, bronze, ferro, zinco, fios, arames, pregos e parafusos.

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Tratamento artesanal do resíduo orgânico

Uma alternativa para quem mora em casa outem espaço é tratar seus resíduos orgânicos. Muitos

cidadãos enterram este material em seus quintais.Abrem buracos, colocam diariamente os restosde alimentos provenientes da cozinha e tapamcom folhas e uma camada de terra ou areia paraacelerar a decomposição e não atrair moscas.

Estes buracos, depois de cheios, são ótimos locaispara plantar mudas ou fazer uma horta.

Outros moradores, com mais experiência, misturam o lixocom folhas e terra num canteiro elevado e coberto (com plásticopreto ou até tapete velho). Introduzem minhocas, que colonizam omaterial em decomposição, produzindo húmus (é a minhoculturaou vermicompostagem).

Dependendo do tipo de resíduo, das condições do solo e dahabilidade de cada um, existirão muitas receitas diferentes parafazer um tratamento simples e sem problemas. Basta procurarinformação.

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Coleta Convencional

Materiais Não Recicláveis ou Rejeitos:

Lixo de Banheiro

Papel higiênico, lenços de papel, absorvente higiênico,fraldas descartáveis, cotonetes, preservativos, curativoscom sangue, compressas, algodão.

Materiais Diversos

Papéis plastif icados, metalizados ou parafinados(embalagens de salgadinhos e biscoitos), papel celofane,papel carbono e fotografias, fitas e etiquetas adesivas,acrílico, cerâmicas, pratos, vidros pirex e similares, tecidose trapos sujos, pedaços de couro, restos de cinzeiro, ciscos,poeira de varrição.

Materiais Recicláveis Orgânicos

Cascas e bagaços de frutas, verduras e legumes, restos decomida, borra de café, chá, folhas secas, flores, aparas degrama, mato, toalhas de papel molhadas ou engorduradas.

Enquanto não houver coleta seletiva de orgânicos nosistema público de coleta, esses materiais são entreguespara a coleta convencional. Mas podem ser recicladosatravés da compostagem doméstica.

Coleta Especial

Pilhas, lâmpadas fluorescentes, baterias de automóveis ecelulares, remédios, venenos, tubos de TV, tintas, solventes,embalagens de agrotóxicos e pesticidas. Há coleta especial paraesse tipo de material ou, conforme legislações específicas, deve serdevolvido ao fabricante.

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Pensando globalmente,

Agindo localmente:

O Lixo em Santa Catarina

Apenas um em cada oito municípios catarinenses depositavaos resíduos de forma adequada às leis ambientais, conforme dadosdo Anuário 2001 SC Sustentável, publicado pela Fatma. Nos outrossete, os resíduos domésticos acumulavam-se a céu aberto, não raropróximo a áreas de preservação, rios e lagoas, sem nada que osseparasse de pessoas e animais. Em 2006, felizmente, a containverteu-se: as prefeituras que dão destino adequado aos resíduossão maioria – o equivalente a 82,6% dos 293 municípios de SantaCatarina. A transformação começou justamente em 2001, com umainiciativa do Ministério Público Estadual (MPE), em parceria com

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a Fatma e o governo de Santa Catarina. Até então, poucosmunicípios se preocupavam com a questão – até porque coleta,transporte e destinação do lixo são serviços caros. O programa LixoNosso de Cada Dia, instituído pelo MPE, alavancou a mudança aoresponsabilizar as prefeituras pelas irregularidades.

Às custas de muita negociação, em apenas cinco anos oprograma, único no Brasil, conseguiu reverter o quadro desoladorem relação à questão dos resíduos sólidos no Estado. Agora, o MPEestima que Santa Catarina tenha alcançado o índice mais elevadodo país em municípios que destinam os resíduos domésticos deforma adequada. Alcançar esses números não foi nada simples. Asprefeituras dos 256 municípios que descumpriam a legislaçãoambiental receberam um prazo de dois anos para implantar aterrossanitários, usinas de reciclagem ou outras formas de destinaçãoadequada dos resíduos sólidos. Apesar dos altos índices de adesão,nem todas cumpriram o cronograma estabelecido nos termos deajustamento de conduta – como é chamado o compromisso demudança assinado com o Ministério Público. Sem acordo, o MPEabriu inquéritos policiais e moveu ações na Justiça contra osmunicípios que insistiam em descumprir a lei. A pressão funcionouna maioria dos casos, diminuindo progressivamente a lista vermelhado Ministério Público.

As alternativas encontradas pelas prefeituras para atender comqualidade e preços acessíveis às exigências do MPE foram osconsórcios públicos entre municípios e as parcerias público-privadas(PPPs).

Dois exemplos de sucesso são o Consórcio IntermunicipalSerra São Miguel, uma parceria entre os municípios de Ibirama,José Boiteux, Presidente Nereu e Lontras, com aterro sanitárioimplantado em 2004, localizado no município de Ibirama. E oConsórcio Intermunicipal do Médio Vale, formado por novemunicípios: Benedito Novo, Doutor Pedrinho, Rio dos Cedros,Rodeio, Timbó, Apiúna, Ascurra, Indaial e Pomerode.

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Como exemplo de parcerias público-privadas (PPPs) háas de Lages e Itajaí, onde foram estabelecidos acordos comempresas para viabilizar a construção dos aterros. Em Lages, aprefeitura abriu uma licitação para escolher quem iria implantar eoperar o aterro sanitário. Coube ao município conceder o terreno,o projeto de engenharia e buscar as licenças ambientais. A empresavencedora investiria na construção do aterro e mais tarde seriaresponsável pelo seu funcionamento, cobrando uma tarifa daprefeitura por cada tonelada de lixo depositada. Em Itajaí, aprefeitura cedeu uma parte do terreno, enquanto a empresavencedora ficou responsável pela implantação e operação do aterro.Os investimentos são partilhados entre os municípios de Itajaí eBalneário Camboriú.

Com relação à coleta se-letiva, segundo pesquisa Ciclosoftrealizada pelo CEMPRE em 2008,40 municípios catarinenses infor-maram possuir programas de coletaseletiva, ou seja, 14% do total demunicípios.

Em Blumenau, o ServiçoAutônomo Municipal de Água eEsgoto (Samae) passou a realizar emsetembro de 2005, a coleta seletivano município, através do ProgramaRecicla Blumenau, fazendo atriagem em novas instalaçõesequipadas com esteira elevatória edemais equipamentos.

No levantamento realizado em2005 pela Associação Brasileira deEngenharia Sanitária e Ambiental,por meio da Seção Santa Catarina,dos 32 municípios catarinenses

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pesquisados, apenas dois possuíam coleta de resíduos orgânicos ecompostagem (Rio do Oeste e Praia Grande). Vinte e seis municípiosinformaram que têm catadores, estimando-se 4 mil pessoasenvolvidas nesta atividade, e, além disso, foram identificadas12 associações ou cooperativas de catadores nestes municípios.

Quanto aos cuidados com lixo tóxico, um bom exemplo noEstado vem da Iguaçu Energia, empresa distribuidora de energiaem 10 municípios do Oeste de Santa Catarina, com a campanhaRecicla Lâmpadas. Iniciativa criada em novembro de 2006, emparceria com a ONG Agenda 21 e o Ministério Público Estadual.Em um ano e meio de projeto, a empresa recolheu, descontaminoue reciclou 32 mil lâmpadas fluorescentes. O resultado foi obtidopor meio de palestras de sensibilização da população, mobilizaçãoem escolas e com a instalação de caixas coletoras nas áreas deconcessão da empresa.

Santa Catarina é exemplo no recolhimento de embalagens deagrotóxicos, pois já consegue coletar mais de 70% de todas asembalagens util izadas. Operam no Estado seis centrais derecebimento de embalagens vazias de agrotóxicos, em Araranguá,Aurora, Campos Novos, Chapecó, Mafra e Tangará.

Durante o processo de autorização ambiental defuncionamento dos comércios de agrotóxico, a Fundação do MeioAmbiente (Fatma) entrega um kit com dois tambores para que oscomerciantes armazenem as embalagens devolvidas pelosagricultores e quando cheios são levados às Centrais deRecebimento para dali serem encaminhadas à reciclagem ouincineração (8% das embalagens são incineradas). Atualmente,existem 650 comércios com autorização da FATMA e kit.

A maior parte das embalagens são recicladas e transformadasem conduítes, cordas, tambores, sacos plásticos nas indústriasrecicladoras autorizadas em São Paulo. A incineração é realizadatambém em São Paulo, nos incineradores da Basf e da Clariant.

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Embalagens de agrotóxicos

A Lei Federal 9.974, de junho de 2000, disciplina a destinaçãofinal de embalagens vazias de agrotóxicos determinandoresponsabilidades para o agricultor, os comerciantes, o fabricantee o poder público.

E O agricultor deve lavar as embalagens de agrotóxicos(tríplice lavagem), depois inuti l izar, armazenartemporariamente, entregar no local indicado e guardaro comprovante por um ano.

E Os comerciantes, ao vender o produto, devem indicar olocal de entrega, cuidar deste local, entregarcomprovante e conscientizar o agricultor.

E A indústria deve recolher as embalagens vaziasdevolvidas às unidades de recebimento, dar a corretadestinação final: reciclagem ou incineração e orientar econscientizar o agricultor.

E Ao Poder Público cabe fiscalizar o funcionamento dosistema de destinação final, emitir as licenças defuncionamento para as Unidades de Recebimento deacordo com os órgãos competentes de cada Estado. Alémde apoiar os esforços de educação e conscientizaçãodo agricultor quanto às suas responsabilidades dentrodo processo.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:

www.inpev.org.br

Também já existem no Estado alguns sistemas paradesinfecção da fração infectante dos resíduos hospitalares,através de esterilização em autoclave, com vapor saturado a alta

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temperatura (134°C) e pressão – processo que também ajuda areduzir o volume dos resíduos.

No ano de 2005, foi criada a Política Estadual de ResíduosSólidos por meio da Lei nº 13.557.

O lixo em Florianópolis

A destinação final dos resíduos sólidos em Florianópolis éum problema antigo e complexo. Em 1830, foi aprovada uma leideterminando que o lixo urbano fosse lançado nos rios e no mar,para evitar que os detritos jogados pelos próprios moradores seacumulassem nas ruas e terrenos baldios.

O serviço de remoçãode lixo só teve início em1877 e era executadopor particulares comcarroções puxadosa burro. O destinofinal eram as praiasda Baía Norte, ondefaziam os despejos.

Mais tarde, em1914, para acabarcom o acúmulo de lixonas praias foi cons-truído próximo àPonte Hercíl io Luz,

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:http://www.abes-sc.org.br/novosite/programas/RelatoriodoProjetodeVerificacaodoSustentabilidadedoProgramaLixoNossodeCadaDiadoMinisterioPublicodoEstadodeSantaCatarina.pdf

http://www.scsustentavel.com.br/conteudos/residuosurbanos.html

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o forno do lixo, que funcionou durante quase meio séculoqueimando os resíduos da Capital.

Com o aumento da população e da produção de resíduos,em 1958, surgiu o lixão da cidade. Os resíduos sólidos passarama ser dispostos no manguezal do Itacorubi, em uma área deaproximadamente 12 hectares, durante mais de 30 anos,acarretando sérios problemas de saúde pública e de degradaçãodo mangue. Foi desativado em 1990, graças à pressão popular. Naárea, onde foi executado a partir de 2000 projeto de recuperação eorganização paisagística, hoje funciona o Centro de Transferênciade Resíduos Sólidos (CTReS), com Estação de Transbordo* daComcap, Centros de Triagem gerenciados por associações decatadores, um espaço de educação ambiental e o Museu do Lixo.

Durante as discussões para acabar com o lixão do Itacorubi,foi implementado, em 1986, o Programa Beija-flor, embrião dosistema de coleta seletiva em funcionamento atualmente nomunicípio.

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Florianópolis foi a primeira cidade no Brasil a implantar acoleta seletiva, e o Programa Beija-flor serviu como fonte deinspiração para outros projetos no País. O objetivo era tratar o lixodomiciliar dentro das comunidades que o produziam, incentivandoa coleta seletiva e o seguinte destino ao lixo: o material reciclávelseco era comercializado, o material orgânico era tratado atravésda compostagem (para que o adubo resultante fosse utilizado emhortas comunitárias) e os rejeitos eram encaminhados ao ponto decoleta convencional mais próximo.

Desde a década de 70, o serviço de limpeza urbana emFlorianópolis é realizado por uma empresa de economia mistamunicipal, a Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), cujaacionista majoritária é a Prefeitura Municipal de Florianópolis.

A cidade não possui indústrias de grande porte. As maioresindústrias são as do turismo, tecnologia e do vestuário (cujosresíduos são coletados junto com o lixo domiciliar) e a daconstrução civil.

O lixo domiciliar gerado no município é recolhido através dedois sistemas: coleta convencional e coleta seletiva.

Cerca de 98% dos moradores da cidade beneficiam-se dosistema de coleta de lixo convencional feito de porta em porta e osdemais utilizam-se de lixeiras comunitárias, pois moram em locaisde difícil acesso aos caminhões coletores. Todo o resíduo recolhidopela limpeza pública passa pela Estação de Transbordo da Comcap,no CTReS, localizado no bairro Itacorubi, e atualmente, segue parao Aterro Sanitário no município de Biguaçu, a 40 quilômetros dedistância, de propriedade de uma empresa privada.

A produção de resíduos sólidos no município de Florianópolisno ano de 2008 foi de 140 mil toneladas. Foram coletadas, em média,360 toneladas por dia, aumentando em 25%, para 450 toneladas/dia, nos meses de Verão. São mais de 10 mil toneladas por mês nosmeses de baixa temporada e acima de 14 mil toneladas/mês emdezembro e janeiro. Nos últimos 10 anos, a quantidade de resíduosencaminhados ao aterro sanitário aumentou em 32%.

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Em geral, nas áreas residenciais, a coleta convencional érealizada três vezes por semana e, nas comerciais e turísticas,seis vezes por semana.

Coleta Seletiva em Florianópolis

A coleta seletiva atinge em torno de 80% da população deFlorianópolis. O sistema municipal de coleta seletiva recolhe apenasos materiais recicláveis secos (papéis, plásticos, vidros emetais). Estes são encaminhados para as associações de catadoresou triadores devidamente registradas.

O material reciclável orgânico, portanto, é normalmenteencaminhado para a coleta convencional acondicionado em sacosplásticos bem fechados, junto com outros rejeitos (como por exemploo lixo de banheiro, que, devido às suas características patogênicas,não pode ser aproveitado).

A UFSC tem programa de recolhimento de material orgânicono seu campus e no Parque Municipal Professor João David FerreiraLima, no Bairro do Córrego Grande, administrado pela FundaçãoMunicipal de Meio Ambiente (Floram), por meio do Projeto FamíliaCasca e pela comunidade do Morro da Mariquinha, no Maciço doMorro da Cruz. A Comcap também desenvolve projeto decompostagem dos resíduos orgânicos produzidos por grandesgeradores.

Em 2008, o serviço de limpeza pública coletou 2 mil toneladasde materiais recicláveis. A Comcap incentiva e orienta aformação de cooperativas para organizar e integrar o trabalho decatadores. Com esta política, estima-se que 12,5% dos resíduossólidos produzidos em Florianópolis sejam reciclados, somadas asproduções da coleta seletiva da Comcap e dos catadores associadosou independentes.

Entre as associações que fazem a triagem dos materiaisrecicláveis recolhidos pela Comcap, está a Associação de

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Recicladores Esperança (AREsp). Depois de 10 anos de incubaçãono CTReS, a AREsp conquistou galpão com cessão pública e operana Chico Mendes, comunidade de origem dos triadores.

Coleta seletiva realizada pelos catadores

Pesquisa sobre os catadores, realizada pela PrefeituraMunicipal de Florianópolis em fevereiro de 2004, apontou a exis-tência de 415 catadores trabalhando diretamente na coleta demateriais recicláveis em Florianópolis, mais 370 pessoastrabalhando indiretamente.

Tal força de trabalho evitava que fossem encami-nhados aoaterro sanitário cerca de 1,3 mil toneladas/mês de resíduosrecicláveis, provocando impacto econômico e ambiental positivos.

Esse estudo também revelou que em média os catadorestrabalhavam cerca de nove horas por dia e de cinco a sete dias porsemana, sendo que 26% ganhavam até R$ 200, 34% ganhavam deR$ 201 a R$ 400 e 16% recebiam de R$ 401 a R$ 600. Além disso,trabalhavam sem nenhum direito trabalhista.

Atualmente as principais associações são a Associação dosColetores de Materiais Recicláveis (ACMR) e a AssociaçãoRecicladores Esperança (AREsp). Há outras em formação no Norteda Ilha, porém o setor tem grande carência de organização, tantopela ausência de uma gestão solidária, como pela dificuldade degerenciamento contábil, administrativo e operacional. Com exceçãoda AREsp e da ACMR, os catadores realizam o trabalho de cataçãoe comercialização em precárias condições de instalação, com faltade equipamentos adequados e desconhecimento sobre a realidadedo mercado, contexto que dificulta a agregação de valor aosmateriais obtidos.

A ACMR, por orientação do Ministério Público Estadual,desenvolve parceria com a Prefeitura e a Comcap e opera no CTReS.

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Destino dos recicláveis

Os materiais recicláveis re-colhidos pela Coleta Seletiva são

encaminhados para as asso-ciações de catadores outriadores e depois vendidospara aparistas, sucateiros,intermediários ou direta-mente às fábricas que irãoreindustrializá-los.

A maior parte doferro e aço é encaminhadavia sucateiros da região,para grandes indústrias noRio Grande do Sul(Gerdau) ou Minas Gerais

(Belgo Mineira), os demaissão encaminhadas para as 11 indústrias que reciclam metais emSanta Catarina.

O alumínio (latinha, perfi l , etc.) é encaminhado viaatravessador* que o classifica por tipo antes de mandar àsindústrias no Brasil e exterior.

Por meio de sucateiro o vidro é encaminhado para empresasbeneficiadoras que picam e tiram as impurezas, localizadas emSanta Catarina ou Rio Grande do Sul para depois seremcomercializadas com a indústria recicladora Saint Gobain, no RioGrande do Sul.

Os papéis são comprados por aparistas, que classificam eencaminham para as vinte e cinco indústrias distribuídas emmunicípios localizados em todas as regiões do Estado de SantaCatarina e o restante para indústrias do Paraná e São Paulo.

Existem mais de cem indústrias recicladoras de plásticodistribuídas em todas as regiões de Santa Catarina. Como exemplo,

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o PET e o plástico rígido, após classificados, são compradosdiretamente por indústrias da região do Médio Vale do Itajaí. Oplástico filme, parte é industrializado na Grande Florianópolis e orestante na Região do Médio Vale do Itajaí.

As embalagens multilaminadas (longa vida) são recicladasno Norte do Estado, na cidade de Benedito Novo, pela Alta Papéis,e no Meio Oeste, em Caçador, pela indústria Adami.

Óleo de cozinha

O recolhimento do óleo de cozinha é feito em programascomo o ReÓleo da Associação Comercial e Industrial deFlorianópolis (Acif), Rede Galo de Postos de Combustíveis e Cepagro– UFSC. A Comcap é parceira no Programa ReÓleo da Acif querecolhe de restaurantes, hospitais, shoppings, hotéis e outrosgeradores cadastrados. O sistema é feito com o armazenamento doóleo em bombonas, que são entregues aos geradores e recolhidasquando cheias. A empresa coletora leva o material recolhidoperiodicamente à Central de Armazenamento na Comcap, noItacorubi. Lá, a empresa recicladora recolhe o material paraprocessamento.

Para destinar à reciclagem o óleo usado na cozinha, osmoradores da Grande Florianópolis podem entregar o resíduo nosPEVs (Pontos de Entrega Voluntária) localizados na rede de PostosGalo (Saco dos Limões, Rio Tavares, Lagoa, Barra da Lagoa,Estreito, Centro de Florianópolis, Shopping Itaguaçu, Aririú), naAcif Regional Ingleses ou diretamente no CTReS da Comcap, noItacorubi.

A separação é fácil:

1 – Após a fritura dos alimentos, esperar o óleo de cozinhaesfriar.

2 – Colocar em uma garrafa PET, utilizando um funil comgase, se possível, para separar os resíduos sólidos.

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3 – Levar a garrafa tampada até o PEV – Ponto de EntregaVoluntária.

Além dos PEVs, o Programa ReÓleo mantém coleta regulardo material em rede que abrange mais de 800 bares e restaurantese pelo menos 25 condomínios.

Para saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber maisPara saber mais:

www.acif.org.br/projetos

Coleta de resíduos pesados e RCD

A Prefeitura Municipal de Florianópolis, por meio da Comcap,realiza a coleta de resíduos pesados uma vez ao ano em cada bairro.São roteiros semanais – sempre às terças-feiras – de recolhimentode materiais de grande volume como sofás, geladeiras, fogões epneus, em 73 bairros da cidade. Nos locais previamente agendados,os moradores devem depositar os materiais sucateados a partir das7h em frente as suas casas.

Além disso, a Comcap oferece local adequado, licenciado pelaFatma, para depositar materiais que não servem mais, comoentulhos de construção e demolição, restos de poda e objetosvolumosos. O serviço é gratuito para pequenos geradores, ao limitemáximo de um metro cúbico por pessoa a cada dia. Isto equivale aum quarto de uma caçamba ou uma caixa d’água de mil litros.

As entregas, no Aterro de Inertes, localizado no Bairro JoãoPaulo, atrás do antigo jornal O Estado, podem ser feitas de segundaa sexta, das 7h às 18h, e aos sábados, das 7h às 12h. A Comcap jáestuda novo local para deposição definitiva.

Entrega permitida

E Restos de poda

E Entulhos de construção

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E Terra

E Madeiras

E Pneus

E Móveis

E Papel, plástico, vidro, metal

Para quantidades acima de 1m³, devem ser contratadosserviços particulares de remoção.

Coleta de pneus

Pneus usados podem ser entregues em Ecocentroinstalado no CTReS (Rodovia Admar Gonzaga, nº 72,SC-404, km 0), no Itacorubi, instalado por meio deconvênio entre a Prefeitura Municipal de Florianópolise Reciclanip, entidade sem fins lucrativos criada pelosfabricantes de pneus.

A reciclabilidadereciclabilidadereciclabilidadereciclabilidadereciclabilidade é relativa e localizada!

ColetaSeletiva

ColetaResíduos Pesados

ColetaConvencional

PROGRAME-SEPROGRAME-SEPROGRAME-SEPROGRAME-SEPROGRAME-SE

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Está intimamente ligada à existência de mercado paradeterminado material na região e às tecnologias disponíveis para oreprocessamento.

Por exemplo: o vidro plano de janelas, os espelhos e os cristaissão considerados recicláveis em Santa Catarina, porque a indústriaque recicla vidro está instalada no vizinho Rio Grande do Sul e temtecnologia para isso. Há outros estados, entretanto, em que aindústria não dispõe ainda de técnica para reciclar vidro plano,espelho e cristal, então lá esses materiais são considerados não-recicláveis, ou seja, rejeitos.

Há 10 anos, não havia como reciclar embalagens “longa vida”ou multilaminadas. O material era considerado rejeito também emFlorianópolis, onde agora já é recolhido e reciclado, inclusive emindústrias catarinenses.

O isopor também, até bem pouco tempo, não era reciclado,hoje já é, nos municípios de São José e Joinville, mas, em funçãoda distância das indústrias recicladoras e do grande volume doproduto, outras regiões do Estado têm dificuldades em comercializá-lo.

Ainda assim, é importante que o usuário siga separando osmateriais, inclusive como forma de pressão para que passem a serreciclados.

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Quanto lixo você

produziu até hoje?

Em Florianópolis cada pessoa produz 770 gramas (0,77 kg)de resíduos sólidos por dia, segundo a Pesquisa de

Caracterização dos Resíduos Sólidos Urbanos, realizadapela Comcap/CEFET/UFSC, em 2002.

Com base nessa informação, você pode estabelecer umarelação de acordo com a sua idade:

Produção de lixo por ano = 365 dias/ano x 0,77 kg de lixo/dia

Total de lixo produzido durante a vida = produção de lixopor ano x sua idade

Ex.: 365 x 0,77 = 281,5 kg de lixo por ano

281 x 30 anos de idade = 8.430 kg de lixo produzidos até hoje.

Você pode ainda imaginar o espaço que todo esse lixo ocupano ambiente, calculando o seu volume:

1m³ de lixo = 1.000 litros de lixo (este é o volume da caixad'água de uma casa)

Esta quantidade de lixo pesa mais ou menos 200kg.

Calcule o volume relativo ao peso total de lixo usando a“regra de três”

Ex.: 1.000 litros = 200 kg

X litros = 8.430 kg

X = 42.150 litros ou 42,150 m³.

Neste caso, significa que você produziu sozinho oequivalente a 42 caixas d’água de mil litros cheias de lixo.

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Você sabe pra onde vai

o seu lixo?

É essencial:

E conhecer os sistemas de tratamento de lixo da suacidade (entre em contato com os órgãos ou empresasresponsáveis para agendar uma visita).

E identificar os pontos onde há acúmulo de lixo na suacomunidade, e organizar mutirões de l impeza,envolvendo a vizinhança, os empresários locais e oserviço de limpeza pública.

A AGENDA 21 DIZ:

Impedir ou minimizar a produção de lixo. Esse deve serum comportamento capaz de gerar meios que não

sejam poluentes. Até 2010, todos os países deveriamter planos nacionais para eliminação do lixo.

Agenda 21 e 22. ECO92

E Reduzir o lixo, reciclar e taxar materiais de embalagem.

E Exigir que a indústria adote métodos de produção maislimpos.

E Países desenvolvidos: promover a transferência demétodos de produção que produzem pouco lixo a paísesem desenvolvimento.

E Dar às pessoas o direito de conhecer os riscos oferecidospelos produtos químicos.

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E Limpar com urgência as áreas contaminadas e darajuda a seus habitantes.

E Fazer com que os poluidores paguem pelos custos dalimpeza.

E Garantir que os mili tares se l ivrem de maneiraapropriada de seu lixo perigoso.

E Proibir exportações ilegais de lixo perigoso para paísesque não estão equipados para lidar com ele.

E Minimizar a criação de lixo radioativo.

Falando sobre os resíduos:

Aproveite as informações contidas neste livro para colocar oassunto em discussão.

É importante conversar com as pessoas, fazer reuniões entreos vizinhos, discutir os resíduos na escola e no trabalho. Assim vocêtoma consciência da questão e ajuda outras pessoas a fazer omesmo.

Os resíduos podem ser uma poderosa ferramenta para aorganização das pessoas. O trabalho em torno do lixo buscafortalecer o espírito de cidadania, de solidariedade e de respeitoaos bens da coletividade.

Na perspectiva da adoção dos temas transversais, sugere-seaos professores incluir a questão dos resíduos no desenvolvimentode suas atividades pedagógicas. Por exemplo:

Português: elaborar redações, textos e roteiros para vídeo,teatro, jornal, etc;

Matemática: usar os números dos resíduos para proporproblemas e elaborar noções de conjunto, frações,percentuais, gráficos, etc;

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História: pesquisar a relação das diversas civilizações como lixo ao longo da história e estimular debates em tornoda realidade contemporânea, enfocando resíduossólidos e o ambiente;

Geografia: elaborar mapas da produção e destino dosresíduos, contextualizando a realidade social do aluno;

Línguas estrangeiras : investigar palavras-chave,utilizando-as em textos e diálogos;

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Artes: confeccionar brinquedos, utensílios, obras de arte,instrumentos musicais, etc. com sucata ou reciclagemde papel, etc;

Ciências: estudar os ciclos da natureza e discutir ainterferência dos resíduos nos ecossistemas e na vidado planeta. Pesquisar outros Rs, além de reduzir,reutilizar e reciclar.

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Entidades do Grupo do Lixo

(atuação entre 1998 e 2002)

Companhia Melhoramentos da Capital – COMCAP

Fundação Municipal de Meio Ambiente – FLORAM

Secretaria Municipal de Saúde e Desenvolvimento Social

Divisão de Vigilância Sanitária

Companhia Catarinense de Águas e Saneamento – CASAN

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina – CEFET/SC

Laboratório de Experiências em Papel – LEPA

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Laboratório de Educação Ambiental – LEA

Departamento de Engenharia Rural

Caixa Econômica Federal – CEF

Centro de Estudos Cultura e Cidadania – CECCA

Fundação Lagoa

Instituto Larus

Klimata Centro de Estudos Ambientais

Movimento Pró Qualidade de Vida do Distrito do Pântano do Sul

Movimento Campeche a Limpo

Organização Natural de Diversos Amigos – ONDA

Reciclovida Atividades Ambientais

Sociedade Ensino Educação Ambiental – SPEA

Cooperativa de Prestação de Serviços Beneficentes – CPSB

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COMCAP – CompanhiaMelhoramentos da CapitalFone: (48) 3271 6844Coleta Seletiva: (48) 3338 3031Fax: (48) 32716807e-mail : [email protected]

FLORAM – Fundação Municipal doMeio Ambiente de FlorianópolisGerência de Educação AmbientalFone: (48) 3338 0021

Secretaria Municipal de SaúdeGerência de Vigilância Sanitária e AmbientalFone: (48) 3212 3900

SUSP – Secretaria de Urbanismo eServiços PúblicosFone: (48) 3251 4907Fax: (48) 3251 4923

IFSC – Instituto Federal de Santa CatarinaCursos Técnicos de Saneamento e de MeioAmbientehttp://www.ifsc.edu.brFone: (48) 3221 0560

UFSC – Universidade Federal de SantaCatarinaCCA – Centro de Ciências Agrárias / Deptode Engenharia RuralFone: (48) 3721 5436

3721 5345CTC – Centro TecnológicoDepto de Engenharia AmbientalLEA – Laboratório de Educação AmbientalFone: (48) 3234 6459

CASAN – Companhia de Águas eSaneamentoGerência de Recursos Hídricos e MeioAmbienteFone: (48) 3221 5000

ABEPET – Associação Brasileira dosFabricantes de Embalagens PEThttp://www.abepet.com.brFone: (11) 378 1688

CELESC – Centrais Elétricas de SantaCatarinaProjeto Energia do FuturoReciclanip – www.reciclanip.com.br

Conselho Municipal de Saneamentowww.pmf.sc.gov.br/habitacaoFone: (48) 3251 6300Fax: (48) 3251 6302

KLIMATA – Centro de EstudosAmbientaisFone : (48) 3237 5124

Instituto Larushttp://www.larus.com.br

ONDA – Organização Natural deDiversos AmigosFone: (48) 3232 1103e-mail: [email protected]

AREsp – Associação de RecicladoresEsperançaFone: (48) 3025 3936http://www.aresp.hpg.ig.com.br

ACMR – Associação Coletores deMateriais RecicláveisFone: (48) 3024 5596

CAL – Movimento Campeche a Limpo

CEMPRE – Compromisso Empresarialpara ReciclagemFone: (11) 3889 7806http://www.cempre.org.br

RECICLOTECAFone / Fax : (21) 2551 6215 / 2552 6393http://www.recicloteca.org.br

ABIVIDRO – Associação TécnicaBrasileira das Indústrias Automáticasde Vidrohttp://www.abividro.org.brFone: (11) 3255 3033

PROMENOR

Fone: (48) 3224 0576

Instituições que atuam na área

dos resíduos sólidos

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Bibliografia

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www.recicloteca.org.br

www.resol.com.br

www.reciclanip.com.br

www.inpev.org.br

www.cdi.org.br

www.timbo.sc.gov.br/noticias_det.php?area=05&cod_noticia=339

www.mp.sc.gov.br/portal/site/noticias/detalhe.asp?campo=1761&secao_id=139

www.samae.com.br

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http://www.mtecbo.gov.br/busca/descricao.asp?codigo=5192 acessado em 22/01/2009.

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8989898989Considerando mais o lixo

Glossário

Aparas – sobra de papel cortado ou aparado nas margens, nasgráficas.

Atravessador – revendedor, intermediário.

Biodegradação – decomposição de uma substancia por ação demicroorganismos.

Biota – o conjunto de seres vivos, flora e fauna, que habitam ouhabitavam um determinado ambiente, como, por exemplo, biotamarinha e biota terrestre, ou, mais específicamente, biota lagunar,biota estuarina, biota bentônica.

Catador – pessoa que cata, seleciona e vende materiais recicláveiscomo papel, papelão e vidro, bem como materiais ferrosos e nãoferrosos e outros materiais reaproveitáveis. O trabalho é exercidopor profissionais que se organizam de forma autônoma ou emassociações e cooperativas. Trabalham para venda de materiais aempresas ou cooperativas de reciclagem.

Ciclo de Vida – conjunto de todas as etapas necessárias paraque um produto cumpra sua função, desde a obtenção dos recursosnaturais usados na sua fabricação até sua disposição final apóscumprimento da função.

Conservação – conjunto de medidas que visam conter asdeteriorações em seu início.

Degradado – deteriorado, estragado.

Depósitos Instáveis – depósitos de lixo que podem escorregarde uma encosta ou barranco.

Descartável – que se pode ou se deve descartar.

Deslizamentos – deslocamento de parte do solo em uma encostade morro.

Domicílio – casa de residência, habitação fixa.

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Encapsulados – incluído ou encerrado em uma cápsula, oucompartimento estanque.

Estação de Transbordo – Instalação onde o lixo é passado de umcaminhão menor para um maior, com mais capacidade de carga.

Fatores Sazonais – relativo às mudanças de estação.

Impermeabilização – processo pelo qual um material adquire acapacidade de não se deixar atravessar por fluidos.

Incineração – é o processo de queima de um material até reduzi-lo a cinzas, respeitando as normas ambientais.

Inovações Tecnológicas – criação de novidades técnico-científicas.

Logradouros – espaço destinado à circulação pública de veículos ede pedestres(ruas, travessas, becos, avenidas, praças, pontes, etc....).

Maricultura – cultivo de organismos marinhos.

Patogênico – capaz de produzir doenças .

Preservação – ação que visa garantir a integridade e a perenidadede algo; manter livre de perigo ou dano; defender, resguardar.

Proliferação - reprodução, multiplicação de indivíduos.

Reciclabilidade – capacidade de ser reciclável, de permitir oaproveitamento de sua matéria-prima para a confecção de um novoutensílio.

Recuperação – ato ou efeito de recuperar, restaurar, recobrar,restabelecer uma condição.

Rejeitos – resíduo de uma atividade, o que se repele, se joga fora,não tem utilidade.

Substâncias Solubilizadas – uma substância dissolvida em outra.

Sucateiro – indivíduo que negocia com sucata, ferro-velho.

Triagem, Usina de, Estação de – instalação onde é feita aseparação dos diversos materiais por tipos (papéis, plásticos,metais, vidraria, etc.) para posterior reaproveitamento.

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Anotações Importantes

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Anotações Importantes