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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATU-SENSO” PROJETO VEZ DO MESTRE MARKETING DE RELACIONAMENTO - OPORTUNIDADE VALIOSA DE CONHECER E FIDELIZAR O CLIENTE Fabiana Oliveira de Medêros Autora Fabiane Muniz Orientadora Rio de Janeiro Abril/2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU-SENSO”

PROJETO VEZ DO MESTRE

MARKETING DE RELACIONAMENTO -

OPORTUNIDADE VALIOSA DE CONHECER E

FIDELIZAR O CLIENTE

Fabiana Oliveira de Medêros

Autora

Fabiane Muniz

Orientadora

Rio de Janeiro

Abril/2004

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU-SENSO”

PROJETO VEZ DO MESTRE

MARKETING DE RELACIONAMENTO -

OPORTUNIDADE VALIOSA DE CONHECER E

FIDELIZAR O CLIENTE

OBJETIVO:

Trabalho monográfico apresentado como

requisito para o grau de especialista em

Marketing.

3

AGRADECIMENTOS

A mais nova amiga Lissa Venturini pela ajuda

na escolha do tema desta presente

monografia.

4

DEDICATÓRIA

A minha mãe pelo carinho e incentivo de não

desistir nunca diante das dificuldades e a

Victor Ghazi meu companheiro de todas as

horas que tanto me incentivou na elaboração

deste trabalho.

5

RESUMO

Tratou o presente estudo do Marketing de Relacionamento, que busca através

de dados e informações otimizar as ações de marketing, aumentando as

relações com os clientes e tornando-os fiéis.

A primeira seção (Parte I), “Fundamentos do Marketing de Relacionamento”

estabelece a filosofia básica sobre a qual das demais seções desta monografia

estão desenvolvidas. Nesta seção, foram apresentados aspectos históricos de

marketing em geral e o surgimento do marketing de relacionamento, que coloca

o cliente em primeiro lugar.

A seção “A Voz dos clientes” (Parte II) focaliza a importância de ouvir com

freqüência a voz do cliente que é a maior riqueza e razão de ser de qualquer

empreendimento.

Mantenha o relacionamento vibrante (Parte III) apresenta idéias adicionais para

que as empresas possam permanecer em sintonia com mudanças de

expectativa de seus clientes, sendo enfatizada a importância de encantar, o

tempo todo, o cliente. Isso dá lucro.

Na última seção (Parte IV) “Conquistar e fidelizar o cliente”, foram analisados

procedimentos específicos de conquista e fidelização dos clientes. Aborda

também a preocupação de se atrair e conquistar clientes na forma de parceria,

se concentrando no desenvolvimento de relacionamentos lucrativos e

duradouros.

Na conclusão foi ressaltada a importância das organizações cultivarem

relacionamentos se desejarem permanecer competitivas e lucrativas.

6

METODOLOGIA

Foram utilizados nesta monografia pesquisas bibliográficas e informações

retiradas de revistas.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 9

FUNDAMENTOS DO MARKETING DE RELACIONAMENTO 9

CAPÍTULO II 18

A VOZ DOS CLIENTES 18

CAPÍTULO III 27

MANTENHA O RELACIONAMENTO VIBRANTE 27

CAPÍTULO IV 34

CONQUISTAR E FIDELIZAR O CLIENTE 34

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 45

ANEXOS 47

8

INTRODUÇÃO

O objetivo do presente trabalho consiste em analisar o Marketing de

Relacionamento. O nosso dia-a-dia é um eterno relacionar-se. A todo instante é

preciso se comunicar com colegas, clientes, amigos, fornecedores e, até

mesmo, desconhecidos.

O mundo está mudando. Cada vez mais o indivíduo tem maior importância. A

era da produção em massa está terminando. Estamos entrando na era dos

produtos e serviços feitos para cada pessoa. Temos que nos adaptar ao cliente,

que quer produtos e serviços personalizados, ajustados as suas necessidades.

O relacionamento passa ser fator-chave de sucesso e é a única coisa estável

num mundo em contínua mudança. Por meio de relacionamentos estáveis a

empresa ganha credibilidade e reconhecimento que não são possíveis por meio

de propaganda.

Para haver relacionamento as empresas têm que estar preparadas para tratar

de um modo diferente cada um dos clientes. Os clientes querem sentir-se

seguros. Agora, mais do que nunca, eles preferem negociar com empresas que

os conheçam, que se lembram deles, desde a última vez.

A colocação de produtos de excelência à disposição do cliente não é mais

suficiente para mantê-lo na empresa. No ambiente de alta competitividade que

hoje se vive, é preciso que a empresa realmente se importe e cuide do seu

cliente e para que isto aconteça é preciso cultivar relacionamentos cada vez

melhores que fortalecerá a empresa e auxiliará na construção do seu jeito de

ser e atender o cliente.

9

CAPÍTULO I

FUNDAMENTOS DO MARKETING DE RELACIONAMENTO

1.1 Marketing Geral e de Relacionamento

Há cinqüenta anos nascia no Brasil a palavra Marketing. A atividade já

existia, mas muitos confundiam com promoção de vendas. Mas sem

desenvolvimento numa linha de modernização foi rápido e hoje o Brasil convive

com uma cultura do Marketing muito promissora (Cobra 1990).

Segundo Kotler (1993), marketing equivale ao:

“processo social e gerencial através do qual indivíduos e grupos obtêm o de que

necessitam e desejam por meio da criação e troca de produtos e valores.”

Atualmente estamos testemunhando o surgimento de um novo

paradigma de marketing – não aquela pregação do passado, de quanto mais se

pratica marketing maior será o volume de vendas, mas um marketing baseado

em conhecimento experiência.

É aí que entra o Marketing de Relacionamento – uma visão estratégica

de negócio, que busca através de dados e informações otimizar as ações de

marketing, aumentando as relações com os clientes e tornando-os fiéis.

Há diversas décadas existiam empresas orientadas para vendas. Estas

organizações focalizavam suas energias na mudança de mentalidade dos

clientes, de modo que se adequassem ao seu produto.

10

À medida que a tecnologia se desenvolveu e a concorrência aumentou,

algumas empresas modificaram suas abordagens e tornaram-se orientadas

para o cliente. Essas empresas passaram a modificar seus produtos de modo

que os mesmos fossem capazes de satisfazer às necessidades de seus

clientes.

Hoje as empresas de sucesso estão suplantando as antigas

metodologias de marketing e o desenvolvimento de novos produtos . O objetivo

destas empresas consiste em encantar os clientes, em vez de satisfazê-los. As

empresas excelentes almejam superar as expectativas dos clientes e deixar um

sorriso em suas faces.

Uma das coisas mais valiosas para as empresas são seus

relacionamentos – com os clientes, empregados, fornecedores, distribuidores,

revendedores e varejistas. O capital de relacionamento é a soma dos

conhecimento, experiência e confiança de que a empresa desfruta perante os

clientes, empregados, fornecedores e parceiros de distribuição. Esses

relacionamentos geralmente valem mais do que os ativos físicos da empresa.

Os relacionamentos determinam o valor futuro do negócio.

Qualquer deslize nesses relacionamentos prejudicará o desempenho da

empresa. Daí a necessidade de manter boletins de relacionamentos que

avaliem os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e as ameaças

referentes a esses relacionamentos. A empresa precisa agir com rapidez e

consertar com urgência qualquer deficiência em relacionamentos.

O tradicional marketing tendia a ignorar os relacionamentos existentes e

a construção de novos relacionamentos. A empresa era vista como entidade

autônoma, sempre empenhada em garantir os melhores termos em suas

transações.

11

Assim, sempre estava pronta para mudar de fornecedor ou distribuidor

em busca de vantagens imediatas. A premissa básica era a de que, em

condições normais, manteria os clientes existentes, consumindo boa parte de

suas energias na conquista de novos clientes.

O Marketing de Relacionamento representa importante mudança de

paradigma, por se tratar de evolução da mentalidade competitiva e conflituosa

para uma nova abordagem pautada pela interdependência e cooperação.

Agora, reconhece-se a importância das várias partes – empregados,

fornecedores, distribuidores, revendedores e varejistas – em constante

cooperação para fornecer mais valor aos clientes-alvo. Eis as principais

características deste novo marketing:

• Concentra-se nos parceiros e clientes, em vez de produtos.

• Atribui mais ênfase à retenção e cultivo dos clientes existentes do que à

conquista de novos clientes.

• Confia mais no trabalho de equipes interfuncionais do que nas atividades

e departamentos isolados.

• Ouve e aprende mais do que fala e ensina.

O que importa para os clientes é que as empresas estejam dispostas a

adaptar os seus produtos ou serviços, de modo que os mesmos possam

encaixar-se nas estratégias deles. Isto representa a evolução do marketing para

a empresa orientada para o mercado.

12

1.2 Coloque o cliente no centro do seu empreendimento

Colocar o cliente no centro do seu empreendimento, permitirá a empresa

estabelecer o elo vital entre a orientação voltada para o cliente e a lucratividade.

Simplesmente estar consciente das necessidades do seu público não é

suficiente para que a empresa possa permanecer competitiva. A transformação

dos conhecimentos sobre o cliente em relacionamentos duradouros e lucrativos

requer a adoção de uma abordagem flexível, criativa e dinâmica por parte de

todos os setores da empresa. Esta filosofia significa que o sucesso da venda

dependerá de total dedicação ao cliente. Dedicação esta necessária para a

coordenação de atividades e alocação de recursos entre setores, para o

reconhecimento dos meios mais eficientes de se agregar valor para o cliente, e

para o desenvolvimento da empresa, em face das rápidas mudanças de

exigências do mercado.

Manter clientes após a primeira venda tem se tornado cada vez mais

importante e desafiante. A competição acirrada tem feito com que muitos

clientes passem a ser mais exigentes e menos leais. À medida que produtos e

clientes vão ficando mais sofisticados, produtores e fornecedores competem em

serviço e qualidade. Uma empresa que ocupe a posição Número 1 hoje não

tem garantia alguma de ser a Número 1 amanhã.

Para sobreviver em mercados dinâmicos, as empresas precisam

estabelecer estratégias que sobrevivam às mudanças turbulentas no marcado.

Têm que construir alicerces fortes que não sejam derrubados pelas

tempestades. E isso não será feito concentrando-se em promoções. Ao

contrário, elas precisam conhecer a estrutura do mercado. Por isso, precisam

desenvolver relações com fornecedores, distribuidores, investidores e

principalmente com seus clientes. Essas relações são mais importantes do que

preços baixos e promoções relâmpagos.

13

Os relacionamentos, são a chave, a base para a seleção de clientes e

para a adaptação da empresa. Afinal, o que é um produto de sucesso além de

um relacionamento especial entre empresa e cliente? Esta é a razão pela qual,

à medida que as exigências sobre a empresa têm passado do controle de

custos para a competição de produtos, e desta para o serviço prestado aos

clientes.

Os clientes influenciam as mudanças nos produtos e serviços através da

participação nessas relações. As mudanças no ambiente de mercado podem

alterar rapidamente preços e tecnologia, mas boas relações podem durar a vida

toda.

1.3 Marketing é tudo

Marketing hoje é tudo. Não pode mais ser separado do desenvolvimento

de produtos, da produção, das finanças e das vendas. As empresas bem-

sucedidas têm que estas dispostas a adaptar seus produtos às necessidades

dos clientes. O pensamento voltado para publicidade está morto, o que conta

são as relações que a empresa desenvolve com seus clientes, parceiros,

distribuidores e até seus concorrentes.

Atualmente o marketing não é uma função; é uma forma de fazer

negócios. A competição e inovação tecnológica tem alterado profundamente o

grau de escolha no mercado que uma mudança fundamental se torna

necessária na abordagem de venda. Em vez de forçar um produto ao cliente, o

vendedor tem que fornecer o produto e o suporte que sejam capazes de ajudar

o cliente a alcançar as suas metas. Essa abordagem cria um relacionamento

entre cliente e vendedor muito mais profundo do que uma simples transação.

Segundo Regis McKenna (1993) essa abordagem depende da capacidade de

14

ouvir com sensibilidade e atenção as necessidades do cliente em cada

oportunidade.

Regis McKenna (1993) ainda argumenta que essa abordagem depende

da capacidade de ouvir com sensibilidade e atenção a necessidade do cliente

em cada oportunidade. O paradigma do marketing está mudando da

propaganda baseada em monólogo estático para o diálogo tecnologicamente

otimizado entre vendedor e cliente. Os vencedores utilizam conhecimentos

adquiridos, por meio de sua interação com clientes, para inovar, investir em

suas habilidades essenciais e recomendar produtos excelentes, que sejam

capazes de satisfazer às necessidades do seu público. Isto não quer dizer que

a venda seja simplesmente uma resposta reativa às necessidades do cliente.

Quando o marketing permeia cada um dos setores da empresa, esta poderá

antecipar ou até mesmo estimular as necessidades do cliente ou nichos de

mercado.

Marketing não é uma nova campanha publicitária ou a promoção do mês

corrente. O marketing tem de estar completamente impregnado na organização,

tem de fazer parte da descrição de cargo de todos os funcionários da empresa.

O propósito do marketing não é enganar clientes nem falsear a imagem da

empresa.

O seu objetivo é de integrar o cliente na formulação de produtos e

planejar um processo sistemático de interação capaz de dar substância ao

relacionamento entre cliente e fornecedor.

Organizações de sucesso têm consciência de que marketing é como

qualidade – está em toda a operação. Como qualidade, marketing é um aspecto

intangível que o cliente deve experimentar para poder avaliar. O propósito final

do marketing é servir às reais necessidades do cliente, comunicando a este a

substância do fornecedor.

15

O marketing inovador é um processo que aprende com o mercado e se

adapta de forma oportuna e original às mudanças. O marketing nesse novo

ambiente, orientado para o cliente, deve transformar-se em um diálogo entre

produtor e consumidor. Se quiserem sua fidelidade, as empresas precisam

aprender a ser fiéis a seus clientes. Clientes estes, que podem estar no mundo

inteiro ou no quarteirão ao lado.

1.4 Após a venda ter sido realizada

O relacionamento entre vendedor e comprador raramente termina

quando uma venda é realizada. Esse relacionamento vai sendo intensificado

cada vez mais após a venda ter sido efetuada e auxilia na decisão de escolha

do comprador por ocasião de sua próxima aquisição.

Segundo Theodore Levitt (1983), a venda, então, meramente consuma o

namoro e assinala o ponto em que o casamento é iniciado. A qualidade dessa

união irá depender de como o vendedor será capaz de administrar o

relacionamento.

Graças ao incremento da interdependência, uma proporção cada vez

maior de transações mundialmente realizadas está sendo feita através de

relacionamentos de longa duração entre fornecedores e clientes. Não se trata

de simplesmente conquistar e manter os clientes. É uma questão de

proporcionar aquilo que eles desejam. Os clientes querem empresas que sejam

capazes de manter suas promessas.

Algumas empresas ainda acham que sua missão terminou na hora que o

cliente assinou o contrato. Para as melhores, no entanto, esse é apenas o

primeiro encontro de uma longa série. Toda relação pressupõe algum grau de

dedicação e não há relacionamento, emocional ou comercial, que vá para frente

sem atenção, gentileza, cortesia ou cuidados. Os produtos tornaram-se muito

16

complexos e a repetição de negociações é difícil e muito dispendiosa. Sob

estas condições, o sucesso do marketing é transformado na inevitabilidade do

relacionamento. E o que era interface se transforma em interdependência.

A consumação da negociação muda a dinâmica do relacionamento. O

cliente espera que a empresa se lembre da compra como um favor concedido a

ele, e não como algo que tenha sido merecido por ela. Portanto, seria errado

supor que algum cliente estaria disposto a lhe dar alguma vantagem pelo

simples fato de ter optado pelo produto ou serviço de uma empresa. O inverso é

o que ocorre com maior freqüência. O cliente que encara a venda como uma

concessão ao vendedor está na realidade lançando um débito na conta da

empresa fornecedora. O vendedor passa a ter uma dívida com o comprador, ele

então se encontra na posição de ter de reconstruir o relacionamento a partir de

uma posição devedora.

A tendência natural dos relacionamentos, conjugais ou de negócios, é a

erosão da sensibilidade e atenção. A focalização de aspectos internos por parte

da organização vendedora conduz à insensibilidade e à falta de compromisso

no relacionamento com seus clientes. A melhor alternativa para a empresa é

substituir formalidades burocráticas por uma autêntica interação com o cliente.

O relacionamento sadio mantém, e preferivelmente amplia, as

possibilidades que já tenham sido criadas durante o período da negociação. O

relacionamento sadio requer uma luta consciente e constante contra a

tendência de deterioração do mesmo. Torna-se importante que a empresa

examine regularmente e com seriedade se o relacionamento está melhorando

ou piorando e verifique se as promessas estão sendo cumpridas de modo

completo, se algo está sendo negligenciado e em que posição ele se encontra

em relação aos seus concorrentes. O quadro a seguir compara as ações que

influenciam – para melhor ou para pior – o relacionamento da empresa com o

cliente.

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Ações que afetam o relacionamento

Ações positivas Ações negativas

Dar início a comunicações telefônicas Dar apenas telefonemas de retorno

Fazer recomendações Fazer justificativas

Empregar linguajar franco Empregar linguajar obsequioso

Utilizar o telefone Utilizar correspondência

Demonstrar consideração Aguardar ocorrência de mal-entendido

Fazer sugestão de serviço Aguardar solicitação de serviço

Utilizar frases como “nós vamos

solucionar os problemas”

Utilizar frases como “vocês devem

solucionar os problemas”

Ir em busca das dificuldades Aguardar que as dificuldades surjam

Utilizar linguagem coloquial ou

comunicações curtas

Utilizar comunicações rebuscadas

Mencionar problemas pessoais Omitir problemas pessoais

Conversar sobre o “nosso futuro em

conjunto

“Conversar sobre os êxitos do passado

Criar rotina de compromissos Praticar responsabilidade emergencial

Aceitar responsabilidade Transferir a culpa

Fazer planos para o futuro Relembrar o passado

Fonte: Shapiro, Benson P. Mantendo Clientes. São Paulo: Makron Books, 1994.

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CAPÍTULO II

A VOZ DOS CLIENTES

2.1 Para ter sucesso, é preciso ir além do óbvio com seus

clientes.

A simples preocupação de produzir um produto de qualidade, com boa

tecnologia, não está mais satisfazendo, em termos de diferenciação, porque os

concorrentes também podem ter produtos de qualidade e tecnologia.

É preciso ir além do óbvio. As empresas precisam encantar seus clientes

o tempo todo, e para que isto aconteça, é preciso cultivar relacionamentos.

As empresas devem visitar seus clientes. Perguntar a eles a respeito da

qualidade de seus produtos e de seu prazo de entrega. Perguntar o que mais

poderia fazer para melhorar. Transformar seus clientes em amigos.

É imprescindível que as empresas ouçam com freqüência a voz de seus

clientes. A empresa preparada para se mover rapidamente é aquela que ouve

intensamente os seus clientes.

Segundo Joel J. Santos (1995), o sucesso da empresa dependerá de um

sistema de escuta permanentemente ligado com seus clientes, decodificado

com agilidade, cuja voz deverá ser ouvida por todo o processo, tanto para os

pedidos que estão sendo atendidos como para as inovações com produtos

novos.

É um risco muito grande os executivos ficarem atrás de suas mesas

administrando através de memorandos e outros comunicados internos. O

segredo do sucesso está lá fora, no mercado.

19

As empresas que permanecerão vivas são aquelas cujos administradores

ficarão a maior parte de seu tempo no mercado, ouvindo e interagindo com os

clientes.

Agir com base na voz do cliente é um dos maiores fatores de

competitividade do mundo. Há empresas que estão em dificuldades financeiras

e em crises de segurança freqüente, porque ignoram a voz do cliente.

Cada cliente tem expectativas e desejos diferentes que precisam ser

atendidos. E para que isso ocorra, é preciso levá-lo para dentro de sua

organização. A empresa que continuar ignorando a voz do cliente, com certeza

não sobreviverá por muito tempo.

Ouvir cada vez mais os clientes nos dias atuais é uma questão de

inteligência. A empresa que não tratar seu cliente como objeto, certamente ele

voltará para fazer novas compras e garantirá não só a continuidade mas

também o sucesso do seu negócio.

O sucesso do negócio está em saber quem é o cliente. A missão

principal de uma empresa é compreender o cliente e atender, da melhor

maneira possível, as suas expectativas.

É importante que não sejam criadas regras padrão para todos os

clientes. Os clientes têm expectativas diferentes um dos outros.

O que importa é saber o que realmente o cliente quer. E o único jeito de

saber é perguntando a ele, preferencialmente de forma direta (pesquisa boca a

boca).

As empresas que estiverem dispostas a ouvir os seus clientes, eles lhe

dirão como satisfazer as suas necessidades.

20

2.2 A importância do atendimento no relacionamento empresa-

empresa e empresa-consumidor

Algumas pessoas pensam que as empresas que estão mais perto dos

clientes são aquelas que vendem para o consumidor final, o que não é verdade.

Tanto as empresas que vendem para outras como as que negociam com um

consumidor final estão sempre próximas de seu cliente. A importância do

atendimento é fundamental para ambas.

As condições comerciais são importantes numa negociação, porém,

quem compra são pessoas e estas têm atitudes de boa vontade ou não,

simpatia e empatia.

Várias pesquisas mostraram ao longo do tempo a importância que os

clientes dão ao item atendimento. Ninguém quer fazer negócio com uma

empresa se esta não tiver uma pessoa interessada e que se esforça em

atender.

As empresas devem fazer com que seus funcionários cada vez mais

trabalhem em equipe, buscando sempre a satisfação do cliente em todas as

suas atividades. Todos os processos e atividades da empresa devem estar

focalizados em atender ao cliente em suas necessidades e, se possível,

superar as expectativas deles. Os resultados do mau atendimento são

desastrosos, pois levam à perda definitiva do cliente.

É possível alcançar a satisfação dos clientes, mas não é uma tarefa fácil.

É necessária muita determinação e disposição das pessoas da empresa e,

principalmente, a convicção de que um cliente satisfeito é o maior patrimônio

que uma empresa pode ter. Portanto, torna-se essencial que a empresa

conheça o seu cliente, suas necessidades.

21

Isso só é conseguido quando a rotina é deixada um pouco de lado, parando-se

para ouvir os clientes e conhecê-los melhor.

É preciso entender também qual é a importância das necessidades para

os clientes. As necessidades podem ser as mesmas, mas podem variar em

importância de acordo com o cliente.

O melhor caminho para conhecer melhor os clientes é o Marketing de

Relacionamento. Este permite trabalhar o mercado de forma bastante

segmentada e dirigida aos clientes de maneira apropriada, estabelecendo um

efetivo diálogo com eles.

2.3 Desenvolvendo dependências e criando laços duradouros

Uma das indicações mais exatas de um relacionamento ruim ou em

decadência é a ausência de queixas do cliente. Ninguém jamais fica tão

satisfeito, especialmente durante um longo período de tempo. O cliente

provavelmente não estaria sendo franco, ou então não estaria sendo contatado,

ou possivelmente as duas situações. A ausência de franqueza reflete o declínio

de confiança e deterioração do relacionamento. Aspectos negativos vão se

acumulando. A comunicação prejudicada é ao mesmo tempo sintoma e causa

de problemas. Quando finalmente ocorre a erupção, geralmente é tarde demais

ou então torna-se muito dispendiosa a sua correção.

Podemos investir nos relacionamentos e tomar empréstimos junto a eles.

Todos nós praticamos as duas coisas, porém, raramente contabilizamos nossos

atos e quase nunca os administramos. Contudo, o ativo mais valioso de uma

empresa é o relacionamento com seus clientes.

Nem todos os relacionamentos podem e têm de ter a mesma duração ou

o mesmo grau de intimidade. Esses fatores dependem da extensão da

22

dependência real ou percebida entre a empresa e o cliente. E é claro que tais

dependências podem ser ampliadas ou diminuídas através de várias ligações

diretas estabelecidas entre as duas partes.

A capacidade que a empresa tem para prever intenções do comprador

fundamenta-se na qualidade do relacionamento como um todo. No bom

relacionamento a empresa compartilha planos e expectativas com o cliente.

Surpresas e previsões erradas são sintomas de maus relacionamentos; em tais

circunstâncias todos perdem, empresa e cliente.

Portanto, sistemas de dependências recíprocas vão se desenvolvendo. É

de responsabilidade da empresa cultivar o relacionamento com o cliente além

do simples valor monetário. Numa convivência apropriada tanto o cliente como

a empresa são beneficiados, do contrário o relacionamento não será duradouro.

Algumas empresas avaliam e recompensam seus clientes em virtude de

seus relacionamentos com eles. Como qualquer patrimônio esses

relacionamentos podem ser apreciados ou depreciados. Sua manutenção e

melhoramento dependerá menos de boas maneiras, relações públicas, tato,

charme ou manipulação do que de uma boa administração. O gerenciamento

do relacionamento exige de todas as partes da organização providências para

manutenção, investimento, melhoramento e até substituição. Seus resultados

podem ser espetaculares.

Atualmente algumas empresas exigem que seus funcionários do setor de

engenharia e produção tenham contato direto com clientes e usuários, não

apenas para obter idéias sobre novos produtos ou para obter feedback dos já

existentes, mas também para conhecer e responder aos clientes de forma

profunda e permanente, com o propósito de desenvolver relacionamentos e

laços que perdurem.

23

Com grande freqüência, funcionários de empresas preferem agir

apressadamente em vez de despender tempo nu contato mais profundo. É

muito mais fácil agir e posteriormente tentar consertar o relacionamento do que

fazer o oposto. É muito simples dizer, “vamos verificar o assunto e depois lhe

daremos um retorno”, ou então “vamos nos encontrar para almoçar um dia.

Todavia estas são táticas de desvio e adiamento e não de desenvolvimento de

relacionamento.

Segundo Theodore Levitt (1983), para administrar com eficácia o

relacionamento empresa-cliente é importante satisfazer aos quatro seguintes

requisitos:

1. Conhecimento: Compreender tanto as áreas problemáticas como as

que apresentam oportunidades.

2. Avaliação: Determinar o atual posicionamento da empresa,

especialmente em termos daquilo que se faz necessário para

obtenção dos resultados desejados.

3. Prestação de contas: Estabelecer a prática de apresentação regular

de relatórios sobre relacionamentos mantidos por indivíduo, e

posteriormente por grupos, de tal modo que tais relatórios possam ser

ponderados contra outras medidas de performance.

4. Ações: Tomar decisões, fazer alocações e estabelecer rotinas e

comunicações com base no impacto das mesmas sobre os

relacionamentos. Reforçar constantemente o conhecimento e as

ações.

A administração do relacionamento pode ser institucionalizada, porém

neste processo ela precisa ter características socioculturais. Há empresas que

24

estabelecem reuniões periódicas de sensitividade e seminários de

dramatização, em que seus funcionários de vendas interpretam papéis de

compradores. Elas realizam coleta de informações sobre encontros mantidos

recentemente com seus clientes. E também exigem que os funcionários

mantidos recentemente com seus clientes. E também exigem que os

funcionários que mantêm contato direto com os clientes façam periodicamente

as seguintes perguntas em relação a cada uma das contas atendidas: Como

está a nossa performance neste relacionamento?

Estamos melhorando ou piorando? Será que estamos falando com as

pessoas certas sobre os assuntos corretos? O que será que temos deixado de

fazer ultimamente”?

A ênfase em “ultimamente” não é por acaso. Tal ênfase reflete o

reconhecimento de que os relacionamentos naturalmente se deterioram e têm

de ser revigorados. Um crédito de relacionamento tem de ser descontado senão

expira, além disso, precisa ser utilizado logo, do contrário, depreciará.

Uma outra forma pela qual as empresas podem institucionalizar a

administração de relacionamentos é por meio de estabelecimento de rotinas

que assegurem os tipos de contatos com os clientes. É muito importante que as

empresas façam regularmente contatos “construtivos” com seus clientes

institucionais. Contato construtivo é definido como aquele capaz de comunicar

informações úteis aos seus clientes.

A administração de relacionamento é uma atividade especial, bastante

particular, e tão importante para a preservação e melhoramento do ativo

intangível, comumente conhecido com “valor intangível”, quanto a

administração dos ativos tangíveis da empresa. Contudo, o fato se ser uma

tarefa provavelmente mais difícil de ser realizada faz com que o trabalho duro a

ela dedicado tenha importância também maior.

25

2.4 O cliente é a maior riqueza de uma empresa

Cliente satisfeito é a maior riqueza que uma empresa pode ter. Quando

este está bem satisfeito com o produto ou serviço recebido, conforme desejado,

recebido no dia combinado e acrescido de valores adicionais e sentindo-se

disposto a realizar novas negociações.

À medida que as empresas tiverem mais clientes satisfeitos, a sua

riqueza será maior em função do aumento da participação e maior estabilidade

no mercado e de lucros futuros assegurados.

As empresas devem perceber que o cliente é o único ativo que possuem.

Até podem ter diversidade de produtos e serviços, mas se os clientes não os

quiserem por não estarem satisfeitos, elas não terão valor algum. Os clientes

devem ser tratados como ativos valiosos.

A propriedade dos clientes é temporária, pois há sempre concorrente

ansiosos para conquistá-los.

Algumas vezes, quando a empresa não tem consciência de quanto vale

um cliente, ela pode perdê-lo para um concorrente para sempre.

A qualidade do produto é tangível. Hoje não se discute. Tecnologia e

produto com qualidade física, nos dias atuais, seriam apenas requisitos para

entrar no jogo do mercado, mas não garantirão a participação nele.

Estamos em uma nova era econômica. Além de esforços incessantes

para encantar o cliente, as empresas não podem mais conviver com um grande

número de atrasos, erros, retrabalhos, materiais defeituosos, funcionários

insatisfeitos e desentrosados. Isso tudo acaba elevando custos e os preços,

contribuindo para levar os clientes (hoje tão raros) para os concorrentes.

26

O cliente é a razão da subsistência de qualquer empresa. Não basta a

empresa ter uma administração arrumada e uma boa produção. Se a empresa

não tiver clientes, seus objetivos não serão atingidos.

Sairão vencedoras aquelas empresas que tiverem maior capacidade de

inovação, com melhorias contínuas, que não se conformarem com os níveis de

qualidade de produtos e serviços, por melhores que eles sejam, e que possuam

sensibilidade, percepção e inteligência de agir em consonância com as

expectativas e os gostos, principalmente os não expressados, daqueles que

são a maior riqueza e razão de ser de qualquer empreendimento, os clientes.

O que é um cliente?

O cliente é a pessoa mais importante em qualquer tipo de negócio.

O cliente não depende de nós. Somos nós que dependemos dele.

O cliente não interrompe o nosso trabalho. Ele é o propósito de nosso trabalho.

O cliente é parte essencial de nosso negócio, não uma parte descartável.

O cliente não significa só dinheiro na caixa registradora. É um ser humano com

sentimentos, que precisa ser tratado com todo o respeito.

O cliente merece toda a atenção e cortesia possíveis.

Ele é o sangue de qualquer negócio. É ele que paga o seu salário.

Sem o cliente, você fecharia as suas portas. . .

Autor desconhecido (cit. Karls Albercht, Dow Jones Irwin,

em Serviços com qualidade, pág. 17).

27

CAPÍTULO III

MANTENHA O RELACIONAMENTO VIBRANTE

3.1 Assegure-se de que seus clientes retornarão

Hoje, relacionamentos vibrantes dependem de uma execução de alta

qualidade, do mesmo modo, as exigências de amanhã têm de ser levadas em

consideração. A habilidade de antecipar as condições de mudança do mercado

e as necessidades do cliente resulta em lucros mais altos a longo prazo. À

medida que vão evoluindo as empresas, os produtos e serviços e as

necessidades do cliente, os fornecedores precisam decidir onde investir o

tempo e os recursos, visando o desenvolvimento de relacionamentos

duradouros. Aqueles que efetivamente equilibram seus investimentos a longo

prazo, ao mesmo tempo em que aferem as necessidades atuais dos clientes

em relação à dinâmica do mercado, tornam seus clientes mais satisfeitos e

criam relacionamentos fortes e lucrativos.

À medida que os clientes se tornam familiarizados com um determinado

produto, eles passam a atribuir valor cada vez menor para os programas de

prestação de serviços oferecidos pelo fabricante. Suas decisões de compra se

tornam cada vez sensíveis a preço. Os clientes passam a decompor em

componentes os produtos que antes adquiriam em sistemas completos e

começam a acolher fornecedores que vendem a preços competitivos e

oferecem pouco em termos de prestação de serviço ao produto. Até mesmo o

mais remoto observador, depois de ter sido prevenido, consegue detectar esta

mudança de comportamento.

28

Naturalmente, quando uma linha de produtos está no início do seu ciclo de vida,

a maioria dos clientes não tem experiência alguma. Os clientes inexperientes

dão grande ênfase à prestação de serviço do produto. Eles são atraídos pelo

pacote que contém benefícios e tecnologia comprovada que lhes é oferecido

pelo fornecedor. Seus processos decisórios são lentos e se apoiam na

orientação dos fornecedores ao longo de todo o processo de compra.

Em tal situação de mercado, os fornecedores dotados de fortes recursos

de marketing e gerenciamento de contas estarão competindo com maior

eficácia. As empresas que não estão dispostas, ou estejam capacitadas para

administrar processos demorados de tomada de decisão, e não possam

fornecer soluções-chave para os problemas não terão sucesso com esse tipo

de cliente.

A experiência com o produto encoraja os clientes a assumirem

determinados riscos que anteriormente transferiam para o fornecedor. Esses

clientes já não procuram adquirir pacotes abrangentes de benefícios. O que

realmente importa para o cliente é que o relacionamento seja revigorado por

meio de contínuo melhoramento do produto ou serviço.

Quando o cliente compra não só de uma empresa, mas também de

outros fornecedores, a empresa em questão poderá estar bastante vulnerável.

O cliente, nessa situação “cômoda”, poderá comprar, tanto de um como de

outro fornecedor.

O quadro de vulnerabilidade, perante a concorrência, é muito perigoso

quando o cliente vê seus fornecedores com preços análogos e produtos mais

ou menos semelhantes.

Segundo Joel J. Santos (1995), algumas ações são fundamentais para

que as empresas não caiam nessa situação de vulnerabilidade. São elas:

29

• Planejar e implementar um programa de mudança de cultura.

Direcionar toda a empresa para os clientes, procurando melhorar a

qualidade dos produtos e serviços todos os dias.

• Iniciar procurando ouvir, pessoalmente, a voz dos principais clientes e

estabelecer um plano de ação.

• Procurar saber dos clientes no que você está falhando, o que você

poderia fazer para melhor atendê-los.

• Perguntar aos clientes o que os seus concorrentes estão fazendo

melhor do que você.

Trocar de fornecedor custa muito caro. Pesquisas existentes, mostram

que as principais causas de troca de fornecedores são, em primeiro lugar, a má

qualidade dos serviços; em segundo lugar, o preço mais baixo; e em terceiro, a

má qualidade do produto.

Há empresas que agem como se não estivessem participando de uma

“guerra” de mercado. Os concorrentes lutam, permanentemente, para corrigir as

suas próprias falhas. Vale ressaltar que máquinas, prédios, instalações,

sistemas operacionais, as melhores matérias-primas e até cumprimento de

prazo de entrega, os concorrentes poderão tê-los. Mas, aquele clima de magia,

de encantamento e o cultivo diário do relacionamento são tributos essenciais

que dificilmente os concorrentes poderão copiar o que faz com que o seu

cliente retornará a sua empresa e não o trocará por outro.

30

3.2 Trate o cliente como amigo

Para se ter um cachorro como um grande amigo, o que é preciso ser

feito? É preciso tratá-lo bem e fazer o que ele gosta. Com o cliente, é a mesma

coisa.

O cliente é um ser vivo que vive de expectativas e de necessidades a

serem atendidas.

As empresas devem procuram relacionar-se bem com o seu cliente. Dar

um tratamento personalizado. Devem levar sempre em conta algo mais do que

o dinheiro fazendo com que cada vendedor crie um “banco de dados” com as

características e gostos de cada cliente. Além de entregar o produto com

qualidade, na hora combinada e com preço razoável, é preciso identificar e

manter atualizado o nome do cliente, a data de seu aniversário, de sua esposa,

de sua netinha, o seu time de futebol favorito, o aniversário de sua empresa etc.

É muito importante que a as empresas lembrem e usem sutilmente essas datas.

O mesmo que se faz com um melhor amigo.

Se o maior inimigo, o concorrente, já estiver fazendo tudo isso,

certamente será preciso fazer muito mais. . .

O cliente estará disposto a pagar mais por um produto se ele perceber

que a pessoa que o vendeu poderá se tornar um amigo.

A empresa que não fizer de seu cliente o seu melhor amigo e o seu

pessoal não perder tempo para dar-lhe atenção especial, ele pode sair

rapidamente desta empresa e ir fazer negócios em outro local.

O sucesso de muitas empresas é decorrente de colocarem, com ação, os

clientes em primeiro lugar. Isso tudo tem muito fundamento, pois o cliente é

31

aquele que mantém a empresa “em pé”, é aquele que mantém e garante a

subsistência de qualquer negócio.

Principais conseqüências e ações de empresas que tratam bem os seus

clientes:

• São líderes de mercado.

• Cobram preço de venda superior aos preços dos concorrentes.

• Apresentam nível de rentabilidade superior aos preços dos

concorrentes.

• Inovam produtos e serviços todos os dias

• Têm preocupação contínua de melhorar a qualidade de produtos e

serviços.

• Desenvolvem programas permanentes de visita e de pesquisa do

nível de satisfação dos clientes.

• Todos dentro da empresas trabalham para servir o cliente, desde o

funcionário mais humilde ao nível mais elevado da corporação.

• Buscam, permanentemente, novas tecnologias.

• Mantêm programas permanentes de treinamento, com ênfase na “voz

do cliente”.

• Apresentam elevado nível de satisfação dos funcionários com o

trabalho.

• Níveis de atrasos de entregas de produtos praticamente nulos.

• Investem em tecnologia de informação.

32

Além disso, as empresas que tratam os clientes como gostariam que

fossem tratados, nunca estão em crise.

Como ressaltado, todos poderão imitar a tecnologia e qualidade tangível

dos produtos, porém, a grande diferenciação competitiva será alcançada

apenas pelas empresas que usarem a arte de excelência nos serviços, no

cultivo do relacionamento como forma de encantar os clientes.

3.3 Acabe com as regras. Elas afastam os clientes

A entrada de um cliente à uma empresa, deve ser motivo de festa, pois é

dele que esta depende.

Existem muitas empresas que deixam de atender o cliente como ele

deseja por causa de certas regras impostas. Regras, muitas das vezes, só

servem para afastar os clientes.

Há situações em que a organização precisa estabelecer alguns critérios

de organização para o próprio bem do cliente, mas não pode esquecer da

flexibilidade nem destas linhas básicas de ação:

• Evitar, de todas as formas, dizer não ao cliente. Ou, pelo menos, deve

saber como dizer não. Há várias formas de se interpretar o não,

portanto, é preciso ter cuidado com o tom de voz.

• Dar autonomia ao pessoal de linha de frente para melhor atender os

seus clientes.

É importante que as empresas pesquisem, as causas que podem estar

prejudicando um melhor atendimento aos seus clientes e estabeleçam um plano

de ação.

33

Karl Albrecht (1992) classificou a mediocridade dos serviços em sete

dimensões:

1. Livro de regras: colocar as normas da organização acima da

satisfação do cliente, sem qualquer flexibilidade por parte do

funcionário para usar do bom senso e satisfazer as necessidades dos

clientes.

2. Apatia: atitude de pouco caso e desdém, por parte do funcionário do

atendimento ao cliente.

3. Dispensa: procurar se livrar do cliente.

4. Condescendência: tratar o cliente com atitude paternalista.

5. Automatismo: “Obrigado-tenha-um-bom-dia. Próximo”.

6. Frieza: desatenção e impaciência para com o cliente.

7. Passeio: tratar o cliente como bola de pingue-pongue, jogando-o para

lá e para cá: “Desculpe, mas aqui não resolvemos esse tipo de

problema”.

As empresas precisam acabar com as regras e agir com rapidez porque

não há mais tempo a perder. Precisam estar atentas à concorrência que

freqüentemente está de olho em seus clientes.

34

CAPÍTULO IV

CONQUISTAR E FIDELIZAR O CLIENTE

4.1 Crie clientes fiéis

Toda empresa deveria ter um programa permanente de incentivos para

premiar os clientes fiéis, para que eles voltem a fazer novas compras.

A empresa precisa agradecer, com freqüência, aos seus clientes fiéis –

os clientes de sempre. O agradecimento pode ser feito das seguintes formas:

pessoalmente ou por telefone, para dizer-lhe o quanto aparecia fazer negócios

com ele.

Quando o cliente vai a uma empresa e compra algum produto, é

importante que um representante ligue para o cliente para agradecer-lhe e

saber se ele ficou feliz com a compra. Se recebeu no prazo combinado. Pode

servir com uma oportunidade para que, de forma sutil, possa ser oferecido ao

cliente outros produtos.

Os programas de incentivos são importantes para dizermos aos clientes

muito obrigado e o quanto eles são importantes.

Os incentivos aos clientes fiéis devem ser controlados pela empresa.

Inclusive é uma das excelentes maneiras de saber quem são os melhores

clientes.

Na realidade, a empresa deve usar todo o mecanismo de incentivo

necessário para encantar o cliente. Com isso, ele voltará a comprar novamente,

proporcionando, entre outras, as seguintes vantagens competitivas:

35

• As vendas sobem e os lucros aumentam.

• O custo de manutenção do cliente freqüente é minimizado.

• O cliente satisfeito irá contar aos seus amigos e, com isso, as vendas

aumentam (a melhor propaganda é a que se faz boca a boca).

• A possibilidade do cliente ser atraído pela concorrente diminui.

• Aumento da chance de vender outras linhas de produtos.

Se as empresas soubessem quanto realmente custa a perda de um

cliente, passariam a fazer avaliações mais exatas dos investimentos

necessários para não perdê-los. Infelizmente, algumas empresas possuem

sistemas contábeis em uso que não captam o valor do cliente leal. Muitos deles

focaliza custos e receitas do período em curso, ignorando fluxos de caixa que

poderiam ser esperados ao longo da vida de um cliente. Quando servidos de

modo correto, os clientes passam a gerar lucros cada vez maiores a cada ano

que permanecem com um fornecedor.

Os clientes satisfeitos não mudam sem uma boa razão. Não basta ter

esses clientes meramente satisfeitos. O lucro e progresso vêm de clientes fiéis

e amigos que orgulham-se de seu produto.

É essencial encantar o cliente para tê-lo para sempre.

36

4.2 A necessidade do relacionamento personalizado

Vivemos hoje uma concorrência global. Não somente em relação à

abrangência geográfica, mas também ao fato de não sabermos de onde vem a

concorrência.

Houve um tempo em que a qualidade e a tecnologia eram os grandes

diferenciais entre os produtos. Agora não são mais. Os clientes têm hoje uma

quantidade cada vez maior de opções de produtos de alta qualidade e a

tecnologia evolui cada vez mais rapidamente. Coisas óbvias hoje foram

revoluções tecnológicas no passado.

As empresas precisam se conscientizar de que tudo que é feito hoje,

pode ser feito da mesma forma pela concorrência em um tempo, as vezes, até

menor. Por este motivo, saber identificar as necessidades dos clientes e tratá-

los de forma personalizada passa ser o diferencial para as empresas

alcançarem resultados positivos. Os clientes são diferentes. Ignorar as

diferenças, ou não saber quais são elas, não as eliminam e não faz com que os

clientes tornem-se todos iguais.

É necessário que as empresas desenvolvam uma relação personalizada,

de forma que seja cada vez mais conveniente que o cliente faça negócio com

elas e que seja cada vez mais inconveniente mudar para um concorrente. Em

outras palavras, que a fidelidade traga conveniência para ele, o cliente.

O ser humano é infiel por natureza, pelo menos como consumidor.

Sempre quer experimentar novos produtos e serviços. Independentemente do

grau de satisfação, “a grama do vizinho é sempre mais verde” (como diz o

ditado popular). Satisfação não traz fidelidade, necessariamente.

37

Clientes satisfeitos mudam desde que não haja custo nessa mudança. O

que garante a fidelidade é a inconveniência de mudar. É claro que quando o

grau de insatisfação é maior do que o custo da mudança, o cliente muda e

recuperá-lo depois é tarefa virtualmente impossível.

Alguns dados são preocupantes: a maioria das empresas perde 50% de

seus clientes a cada 5 anos e 70% dos negócios perdidos tem como causa o

mau relacionamento com o cliente.

Quanto mais o cliente investe na relação, mais interesse tem que ela

funcione. Isso faz com que a fidelidade seja conveniente, porque mudar para

um concorrente é reinventar a relação, é começar do zero. Isso, além de

inconveniente, é caro.

A partir do conhecimento das necessidades dos clientes, as empresas

devem buscar personalizar seus serviços e produtos para fazer com que a

experiência de fazer negócios seja única. Quando mais se personaliza, mais

valor é entregue ao cliente, que vê conveniência em continuar com a empresa

que escolheu.

A personalização é algo bem simples quando se conhecem as

necessidades e preferências do cliente, mas exige flexibilidade da empresa e

treinamento adequado dos funcionários que têm contato com o cliente. Estes

devem estar preparados para mudar seu comportamento de acordo com cada

cliente.

Quanto mais sucesso as empresas tiverem na personalização, mais

simples e conveniente será para o cliente fazer negócio.

38

4.3 Seduzir sempre para conquistar e manter a conquista

A alma da organização deve estar sempre impregnada da noção de que

a ordem das coisas dependem da felicidade das pessoas e essa felicidade é

decorrente de uma força mágica, que arrasta todos para a consecução de

metas monetárias, mas que envolvem qualidade de vida e o prazer do trabalho.

Essa força mágica que mexe com a alma da organização são objetivos

que emanam do coração das pessoas e não de suas mentes. Essas pessoas

estão buscando o bem estar corporal, emocional e espiritual. E para fazer frente

a essas expectativas, as empresas modernas estão oferecendo exercícios de

alongamento durante o expediente. Há algumas que oferecem massoterapia

aos funcionários que são submetidos a esforço físico prolongado. Outras

oferecem exercícios de meditação ou cerimônias religiosas. É o esforço mágico

para encantar os clientes internos.

Mas não é só. A sedução das pessoas na organização é fruto também do

carisma do líder da equipe. Há dirigentes que encantam seus funcionários.

Para ver o futuro de uma empresa, é preciso olhar a organização como

uma entidade que seduz e induz as pessoas a verem o trabalho como a

extensão de suas casas.

Uma organização, para ser sedutora, precisa repensar o seu modelo de

atuação e isso implica em redirecionar suas ações. Há três tipos de

organização, em conformidade com o tipo de gerenciamento de negócio. Para

cada tipo de gerenciamento, devemos considerar três imperativos que norteiam

a ação gerencial: econômico, cultural e competitivo. (Harvard Business Review.

Março/abril 1999. P.135. Rethinking the organization)

39

1. Gerenciamento de Relacionamento com clientes. São empresas que

procuram identificar clientes potenciais, buscando atraí-los e, a partir

daí, construir um relacionamento mais permanente. Qualquer desleixe

e os clientes deixam de ser fiéis. Portanto, a chave é a sedução

permanente para conquistar, atrair e reter clientes.

O custo elevado de aquisição de clientes torna imperativo a

fidelização de clientes para manter a saúde da organização e, por

isso, ela precisa ser sedutora para encantá-los.

A sedução através de serviços deve fazer parte da cultura da

organização.

2. Gerenciamento de Inovação de produtos. São empresas que buscam

seus clientes através de concepção de novos e atraentes produtos ou

serviços.

A inovação exige velocidade e isso implica em custos elevados para o

desenvolvimento de novos produtos.

A organização deve ser centrada em funcionários criativos e precisa

ser atraente para obter os melhores talentos do mercado. Nesse foco,

apenas algumas empresas se tornam prósperas.

3. Gerenciamento de Infra-estrutura. São empresas que constróem e

gerenciam facilidades de elevado volume, através de atividades

operacionais receptivas, como logística e estoque, manufatura e

comunicação.

O volume elevado de transações exige uma fidelização de clientes

para inibir a perda de negócios. Ou seja, uma empresa que depende

40

de volume elevado de negócios para cobrir custos, em função da sua

infra-estrutura, deve estar atenta para seduzir seus clientes a

permanecerem fiéis. E isso exige da organização uma atenção

redobrada.

Uma organização precisa estar voltada para a sedução de clientes

internos e externos, fornecedores e consumidores finais. Sem isso ela não

existe. E para isso ela precisa criar um clima organizacional em que se saiba

reconhecer as necessidades e expectativas das pessoas. Isso implica em

reconhecer vantagens que não advém apenas do tamanho, reputação ou grau

de integração de uma organização, mas as novas vantagens, aquelas que vêm

da criatividade, velocidade, flexibilidade de uma organização especialista em

seduzir pessoas.

41

CONCLUSÃO

Em um ambiente cada vez mais competitivo, ter um novo e extraordinário

produto ou serviço não é mais suficiente para assegurar a obtenção de

sucesso.

No passado, o cliente era conhecido pelo nome, onde viviam, que tipo de

produto necessitava e quando necessitava. Conscientemente ou não, as

empresas dividiam seus clientes em grupos de maior ou menor valor. E

conscientemente ou não, os clientes eram divididos de novo com base em suas

necessidades e desejos.

Por que as empresas tinham todas estas preocupações e hoje, algumas

acreditam que isto não tem valor? Porque sabiam utilizar os seus

conhecimentos a respeito do cliente. Mesmo que esse cliente quisesse mudar

para um concorrente, não haveria maneira que o concorrente pudesse oferecer

o mesmo tipo de produto ou serviço personalizado. Utilizavam o conhecimento

do cliente para construir a fidelidade. Não custava nada encontrar esses

clientes – eles já estavam ali, na loja.

As empresas olhavam seus clientes como fonte confiável de receita, ao

longo de toda sua vida de transações. Os clientes eram considerados como se

fossem extensão da família – o que eles percebiam e valorizavam.

Vários negócios foram realizados neste modelo durante anos, até que a

tecnologia nos permitiu produzir bens e serviços em massa, para mercados de

massa. De um dia para outro, muitas empresas esqueceram como praticar o

relacionamento personalizado. Em vez de vender para clientes de forma

individual, passaram a lutar por maior participação no mercado.

42

Não se pode discutir que a produção em massa criou uma grande

riqueza e trouxe níveis nunca vistos de prosperidade a muitas regiões do

mundo. Mas houve conseqüências.

Utilizar o Marketing de Relacionamento é uma ótima alternativa para as

empresas saírem deste cenário. Ele possibilita à empresa tratar seus clientes

individualmente, e esta forma, desenvolver uma relação valiosa e duradoura.

Uma relação é construída a partir de uma série contínua de interações

colaborativas. A cada interação e nova personalização – empresa e cliente

investem em sua relação – a organização é capaz de adequar seus produtos e

serviços às necessidades do cliente. A relação torna-se mais inteligente

satisfazendo cada vez mais as necessidades do cliente de forma personalizada.

Um cliente cativo capacita a empresa prestadora de serviços ou de bens

alavancar os recursos de tempo e dinheiro investidos, quando da realização da

primeira venda: desde o aprendizado de fatores importantes relacionados com

a empresa ou com o cliente, e a identificação dos seus principais tomadores de

decisão, até a compreensão de como produtos e serviços adicionais poderão

melhorar o empreendimento do cliente. À medida que o relacionamento vai se

desenvolvendo, as organizações poderão comunicar com mais precisão as

características de seus produtos, e, talvez ainda mais importante, aprender

acerca de modificações ocorridas com os clientes, de modo a desenvolver

futuros produtos.

Para permanecerem competitivas, as organizações têm de prestar

grande atenção às necessidades e percepções do cliente. Porém, para

permanecerem lucrativas, elas precisam equilibrar as necessidades dos clientes

com suas próprias necessidades, e, o mais importante, cultivar

relacionamentos.

43

O futuro será caracterizado por intensos relacionamentos e as empresas

que já estão investindo no Marketing de Relacionamento sabem que cada

contato com o Cliente é uma oportunidade valiosa de conhecê-lo melhor, afim

de desenvolver ações que façam com que esse cliente se sinta especial,

transformando desconhecidos em consumidores, consumidores em Clientes e

Clientes em amigos (que recomendam para outros amigos).

44

BIBLIOGRAFIA

Albrecht, K e Bradford, L.J. Serviços com qualidade: A vantagem competitiva.

São Paulo: Makron, 1992.

Kotler, Philip. Marketing de A a Z 80 conceitos que todos profissional precisa

saber. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

Kotler, Philip. Marketing para o século XXI como criar, conquistar e dominar

mercados. São Paulo: Futura, 1999.

McKenna, Regis. Marketing de Relacionamento: estratégias bem-sucedidas

para era a era do cliente. Rio de Janeiro: Campus, 1993.

Mishawka, Victor. Criando valor para o cliente – a vez do Brasil. São Paulo:

Makron, 1993.

Rangel, Alexandre. Momento da qualidade. São Paulo: Atlas 1995.

Revista Grandes idéias em Marketing. Rio de Janeiro, Janeiro 2001 - número

52.

Revista Grandes idéias em Marketing. Rio de Janeiro, Dezembro 1999 - número

40.

Revista Seu Sucesso. A revista do empreendedor. Rio de Janeiro, Março 2004

- número 12.

Santos Joel, J. Encantar o cliente dá lucro. Revolucione a Sua empresa e Ame

os Seus Clientes: Fatores primordiais de Diferenciação dos concorrentes. Rio

de Janeiro: Campus, 1998.

Shapiro, Benson P. Mantendo Clientes. São Paulo: Makron Books, 1994.

45

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 9

FUNDAMENTOS DO MARKETING DE RELACIONAMENTO 9

1.1 - Marketing Geral e de Relacionamento 9

1.2 - Coloque o cliente no centro do seu empreendimento 12

1.3 - Marketing é tudo 13

1.4 - Após a venda ter sido realizada 15

CAPÍTULO II 18

A VOZ DOS CLIENTES 18

2.1 - Para ter sucesso, é preciso ir além do óbvio com seus clientes 18

2.2 - A importância do atendimento no relacionamento empresa-empresa e

empresa-consumidor. 20

2.3 - Desenvolvendo dependências e criando laços duradouros 21

2.4 - O cliente é a maior riqueza de uma empresa 25

CAPÍTULO III 27

MANTENHA O RELACIONAMENTO VIBRANTE 27

3.1 - Assegure-se de que seus clientes retornarão 27

3.2 - Trate o cliente como amigo 30

3.3 - Acabe com as regras. Elas afastam os clientes 32

46

CAPÍTULO IV 34

CONQUISTAR E FIDELIZAR O CLIENTE 34

4.1 – Crie clientes fiéis 34

4.2 – A necessidade do relacionamento personalizado 36

4.3 – Seduzir sempre para conquistar e manter a conquista 38

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 45

ANEXOS 47

47

ANEXOS

48

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO VEZ DO MESTRE

Pós-Graduação “Latu-Senso”

Título: Marketing de Relacionamento - Oportunidade valiosa de conhecer e

fidelizar o cliente

Data da Entrega: _______________________________________________

Avaliado por: ______________________________________ Grau: ______.

Rio de Janeiro, _____ de ____________________________ de _____.