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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE LOGÍSTICA COM ÊNFASE NO EDI, UMA FERRAMENTA DIFERENÇIADA DE NEGOCIAÇÃO NO MUNDO DO PETRÓLEO. Por: Wagner Vinícios Monteiro Orientador Prof. Carlos Alberto Cereja de Barros Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

LOGÍSTICA COM ÊNFASE NO EDI, UMA FERRAMENTA DIFERENÇIADA DE NEGOCIAÇÃO NO MUNDO DO PETRÓLEO.

Por: Wagner Vinícios Monteiro

Orientador

Prof. Carlos Alberto Cereja de Barros

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

LOGÍSTICA COM ÊNFASE NO EDI, UMA FERRAMENTA DIFERENÇIADA DE NEGOCIAÇÃO NO MUNDO DO PETRÓLEO.

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Logística

Empresarial.

Por: . Wagner Vinícios Monteiro

3

AGRADECIMENTOS

“Em primeiro lugar, agradeço ao meu

Senhor Jesus, pois me fortaleceu em

momentos difíceis renovando a sua

aliança comigo através de sua graça e

misericórdia; a minha mãe Selma Maria

Pinto Monteiro, que através de sua luta

constante nos inspirou a buscar os

nossos objetivos independentes dos

obstáculos que tivéssemos que

enfrentarmos, ao meu pai Adauto

monteiro (in memória) que nos deu

exemplo de homem de caráter, aos

meus irmãos; Neiva, Neivaldo,

Amarildo, Ronaldo e Marcelo, que tem

chegado junto comigo e minha família;

aos amigos Eric Vinícios e Italo Urbano

que contribuíram indiretamente para

confecção deste trabalho.”

4

DEDICATÓRIA

“Dedico este trabalho a minha

maravilhosa esposa Ana Claudia

Fernandes Monteiro, que foi a grande

incentivadora para que eu estivesse

fazendo este curso, estando lado a lado

comigo dando-me força, carinho, afeto,

amor,....Aos meus filhos Dhyego, Patrick,

Matheus e Vinícius que tiveram a

compreensão dos momentos que não

puderam lançar mão de minha presença.”

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RESUMO

A presente monografia objetiva apresentar um trabalho acadêmico de

LOGÍSTICA com ênfase no EDI Eletronic Data Interchange (Intercâmbio

Eletrônico de Dados), onde o EDI será a ferramenta principal de negociação

utilizada neste mercado globalizado. Isso tudo devido à notoriedade e

perceptibilidade da acirrada competitividade nesse lócus; que por sinal não é

diferente nos arredores do mundo do petróleo. Onde o mesmo terá a sua

implantação num Programa de Vendas para empresa PETROLEUM com

ano/base 2009; cuja proposta é de expandir seu ramo de negócio no mercado

internacional, na área de comercialização de derivados do petróleo.

Especialmente em face da sua relevância como uma das principais supridoras

do mercado sul-americano. Para tanto é necessário ter conhecimentos das

constantes alterações dos indicies de mercado, especialmente, o preço do

barril do petróleo. Então lançaremos mão do EDI (Intercâmbio Eletrônico de

Dados), pois neste caso será a ferramenta de suma importância para que se

agregue valor em nossa cadeia do sistema logístico. Portanto, será necessário

adotar um sistema de armazenagem racional desses produtos, pois as

informações (dados) terão que ser minuciosamente corretas, para que esta

não venha comprometer a tão famosa e esperada tomada de decisão, ou seja,

se os dados não estiverem corretos a previsibilidade de demanda estará

errada e conseqüentemente influenciará diretamente no resultado,

comprometendo assim toda a estrutura da empresa. Assim como no processo

de produção, são gerados estoques de produtos em processo, e na

distribuição, ha necessidade de armazenagem de tais produtos. Percebo que

esta operação, é talvez, a mais complexa em termos logísticos, por exigir

grande velocidade de informações na operação e flexibilidade para atender às

exigências e flutuações do mercado; assim sendo, tomaremos os devidos

cuidados para obtermos sucesso em nossas transações.

6

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I - O que é Petróleo? 09

CAPÍTULO II - O que é Logística 18

CAPÍTULO III – Aspectos Controláveis 24

CAPITULO IV – Aspectos Incontroláveis 29 CAPITULO V – Aspectos Atuais 33 CAPITULO VI – PROGRAMA DE VENDAS 36 CONCLUSÃO 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 41

ANEXOS 42

INDICE 53

7

INTRODUÇÃO O desenvolvimento do caráter internacionalista da indústria do petróleo é

facilmente observado. No início, a indústria do petróleo foi desenvolvida pela

figura do produtor individual. À medida que a demanda pelo produto aumentou,

esta figura do produtor individual foi substituída pelas companhias petrolíferas,

que passaram a não apenas comprá-lo para uso próprio, mas a explorá-lo e

comercializá-lo. A produção desta indústria foi, com isto, gradualmente, se

tornando verticalizada: todas as atividades eram desenvolvidas pela mesma

empresa.

A indústria do petróleo ganhou a sua dimensão internacional quando as

companhias passaram a exportar o óleo dos países produtores, criando assim

um mercado internacional para o produto. As economias de todos os países

avançados industrial e tecnologicamente tornaram-se dependentes do

petróleo, tendo em vista a sua raridade e escassez. Com isto, podemos

observar a nítida separação entre os países produtores, em especial os países

do Golfo Pérsico e os países consumidores, de modo geral aqueles da Europa

Ocidental.

Avaliando o mercado e percebendo a competitividade atual que gira no

entorno do mesmo, é necessário estar sempre se contextualizando, ou seja,

sempre inovando, investindo em toda a sua cadeia para que o seu produto

e/ou serviço não fique obsoleto.

Então, olhando com este viés, é que foi pensado na figura da logística,

pois embora somente nestes últimos anos tenha se enfatizado o termo

Logístico, sabemos que é uma ferramenta utilizada ha muitos e muitos anos

atrás, mas somente agora tem se dado uma entonação maior para o assunto,

devido à necessidade deste mercado tão competitivo, pois os produtos e/ou

serviços estão muito parecidos e o cliente por sua vez muito mais exigente.

Então as empresas têm feito em sua estrutura cada vez mais altos

investimentos em toda cadeia de suprimento para submeter toda a sua linha

de produção com diferentes valores agregados a tais produtos e/ou serviço

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para atender esta demanda. Assim sendo, a logística é uma das ferramentas

que tem cumprido este papel, pois consegue atender desde a demanda geral

até a específica de cada cliente, ou seja, outrora se pensava somente em

fabricar um determinado produto e/ou serviço e colocava-o no mercado

(chamamos de demanda empurrada - Push), hoje olhando para a

individualidade e necessidade de cada cliente, fabricam-se também produtos

e/ou serviços especifico de acordo com o gosto de cada cliente (chamamos de

demanda puxada - Pull). Então, para maior e melhor compreensão do assunto

estudado, o trabalho será dividido em seis capítulos, alem desta introdução.

Os capítulos I e II serão tratados dos conceitos, das origens e das

evoluções do petróleo e da logística com ênfase no EDI, bem como seus

principais fundamentos e características. Nos capítulos III, IV e V; serão

abordados os aspectos relevantes para tal mercado. Por fim, no capítulo VI,

será apresentado um plano de vendas para o ano/base 2009 para empresa

PETROLEUM, seguido da parte conclusiva.

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CAPÍTULO I

O QUE É PETRÓLEO

1.1. Origem e evolução

PETRÓLEO – Vem do latim: Petra (pedra) e Oleum (óleo).

O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, com cheiro característico e

em geral, menos denso que a água e com cor variando entre o negro e o

castanho escuro.

Embora objeto de muitas discussões no passado, hoje se tem como certa a

sua origem orgânica, sendo uma combinação de moléculas de carbono e

hidrogênio.

Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que

compõem o plâncton - organismos em suspensão nas águas doces ou

salgadas tais como protozoários, celenterados e outros - causados pela pouca

oxigenação e pela ação de bactérias.

Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se

acumulando no fundo dos mares e dos lagos, sendo pressionados pelos

movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na substância oleosa que é

o petróleo.

Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na rocha que foi

gerado - a rocha matriz - mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado

para se concentrar.

Estes terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por

camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo aloja-

se ali, ocupando os poros rochosos como forma "lagos". Ele acumula-se,

formando jazidas. Ali é encontrado o gás natural, na parte mais alta, e petróleo

e água nas mais baixas.

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1.2. Formação

A idade do nosso planeta, a Terra, é calculada em bilhões de anos. As

jazidas de petróleo, não tão idosas, também têm idades fabulosas, que variam

de um a quatrocentos milhões de anos.

Durante esse período, aconteceram grandes e inúmeros fenômenos, como

erupções vulcânicas, deslocamento dos pólos, separação dos continentes,

movimentação dos oceanos e ação dos rios, acomodando a crosta terrestre.

Com isso, grandes quantidades de restos vegetais e animais se

depositaram no fundo dos mares e lagos, sendo soterrados pelos movimentos

da crosta terrestre sob a pressão das camadas de rochas e pela ação do calor.

Esses restos orgânicos foram se decompondo até se transformarem em

petróleo.

1.3. Geologia

Aos detritos de rochas, resultante da erosão da crosta terrestre pela ação

da natureza, dá-se o nome de sedimentos.

Por longo tempo, os sedimentos foram se acumulando em camadas,

dando origem às rochas sedimentares. As diversas camadas dessas rochas

formam as bacias sedimentares.

O petróleo só poderá ser encontrado em áreas onde houve acumulação de

restos orgânicos e rochas sedimentares.

Todavia, depois de formado, o petróleo não se acumula na rocha em que

foi gerado. Ele passa através dos poros das rochas, até encontrar outra rocha

que o aprisione, formando a jazida.

A jazida é, então, uma rocha cujos poros são ocupados pelo petróleo. No

entanto, isso não significa que toda rocha sedimentar contenha uma jazida.

Sua busca é tarefa árdua, difícil e exige muita paciência.

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1.4. Atividade

1.4.1. Exploração

O ponto de partida na busca do petróleo é a Exploração, que realiza os

estudos preliminares para a localização de uma jazida.

Nesta fase é necessário analisar muito bem o solo e o subsolo, mediante

aplicações de conhecimentos de Geologia e de Geofísica, entre outros.

A geologia realiza estudos na superfície que permitem um exame

detalhado das camadas de rochas onde possa haver acumulação de petróleo.

Quando se esgotam as fontes de estudos e pesquisas de Geologia, iniciam-se,

então, as explorações Geofísicas no subsolo. A Geofísica, mediante o

emprego de certos princípios da física, faz uma verdadeira radiografia do

subsolo.

Um dos métodos mais utilizados é o da Sísmica. Compreende

verdadeiros terremotos artificiais, provocados, quase sempre, por meio e

explosivo, produzindo ondas que se choca contra a crosta terrestre e voltam à

superfície, sendo captadas por instrumentos que registram determinadas

informações de interesse do Geofísico.

1.4.2. Perfuração

A perfuração é a segunda fase na busca do petróleo. Ela ocorre em locais

previamente determinados pelas pesquisas Geológicas e Geofísicas.

Para tanto, perfura-se um poço - o Poço Pioneiro - mediante o uso de

uma sonda (ou Torre de Perfuração) que é o equipamento utilizado para

perfurar poços. Esse trabalho é feito através de uma Torre que sustenta a

coluna de perfuração, formada por vários tubos. Na ponta do primeiro tubo

encontra-se a broca, que, triturando a rocha, abre o caminho das camadas

subterrâneas. Comprovada a existência de petróleo, outros poços são

perfurados para se avaliar a extensão da jazida. Essa avaliação é que vai

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determinar se é comercialmente viável, ou não, produzir o petróleo descoberto.

Caso positivo, o número de poços perfurados forma um Campo de Petróleo.

1.4.3. Produção

Revelando-se comercial, começa a fase da Produção naquele Campo.

Nesta fase, o óleo pode vir à superfície espontaneamente, impelida pela

pressão interna dos gases. Nesses casos temos os chamados Poços

Surgentes.

Para controlar esse óleo usa-se, então, um conjunto de válvulas

denominado Árvore de Natal. Quando, entretanto, a pressão fica reduzida,

são empregados processos mecânicos, como o Cavalo de Pau, equipamento

usado para bombear o petróleo para a superfície, além de outros.

Os trabalhos em mar seguem os mesmos critérios aplicados em terra, mas

utilizam equipamentos especiais de perfuração e produção: as Plataformas e

os Navios-Sonda.

Junto à descoberta do petróleo pode ocorrer, também, a do Gás Natural.

Isso acontece, principalmente, nas bacias sedimentares brasileiras, onde o gás

natural, muitas vezes, encontra-se dissolvido no petróleo, sendo separado

durante as operações de produção. Tecnicamente chama-se a isto de Gás

Associado ao Petróleo.

O petróleo e o gás descobertos não são totalmente produzidos. Boa parte

deles fica em disponibilidade para futuras produções, em determinado

momento. São chamadas Reservas de Petróleo e de Gás.

Dos campos de produção, seja em terra ou mar, o petróleo e o gás seguem

para o parque de armazenamento, onde ficam estocados. Este parque é uma

grande área na qual se encontram instalados diversos tanques que se

interligam por meio de tubulações.

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1.4.4. Refino

Uma Refinaria é como uma grande fábrica, cheia de equipamentos

complexos e diversificados, pelos quais o petróleo vai sendo submetido a

diversos processos para a obtenção de muitos derivados. Refinar petróleo é,

portanto, separar suas frações, processá-lo, transformando-o em produtos de

grande utilidade: os derivados de petróleo.

A instalação de uma Refinaria obedece a diversos fatores técnicos, dos

quais se destacam a sua localização nas proximidades de uma região onde

haja grande consumo de derivados e/ou nas proximidades das áreas

produtoras de petróleo.

A Petrobrás possui 11 refinarias, estrategicamente localizadas do norte ao

sul do País. Responsáveis pelo processamento de milhões de barris diários de

petróleo, essas refinarias suprem nosso mercado com todos os derivados que

podem ser obtidos a partir do petróleo nacional ou importados: gasolina, óleos

combustíveis, além de outros.

1.4.5. Transporte

O transporte na indústria petrolífera se realiza por Oleodutos, Gasodutos,

Navios Petroleiros e Terminais Marítimos.

Oleodutos e Gasodutos são sistemas que transportam, respectivamente, o

óleo e o gás, por meio de dutos (tubos) subterrâneos. Navios Petroleiros

transportam gases, petróleo e seus derivados e produtos químicos.

Terminais Marítimos são instalações portuárias para a transferência da

carga dos navios para a terra e vice-versa.

Instalados estrategicamente em diversos pontos do País, a Petrobrás

dispõe, de 8 Terminais, uma rede de dutos e uma ampla frota de Navios

Petroleiros.

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1.5. PETRÓLEO NO MUNDO

Não se sabe quando despertaram as atenções do homem, mas o fato é

que o petróleo, assim como o asfalto e o betume, era conhecido desde os

primórdios da civilização.

Nabucodonosor usou o betume como material de liga nas construções dos

célebres Jardins Suspensos da Babilônia. Foi também utilizado para

impermeabilizar a Arca de Noé. Os egípcios o usaram para embalsamar os

mortos e na construção de pirâmides, enquanto gregos e romanos dele

lançaram mão para fins bélicos.

Só no século XVIII, porém, é que o petróleo começou a ser usado

comercialmente, na indústria farmacêutica e na iluminação. Como

medicamento, serviu de tônico cardíaco e remédio para cálculos renais,

enquanto seu uso externo combatia dores, câimbra e outras moléstias.

Até a metade do século passado, não havia ainda a idéia, ousada para a

época, da perfuração de poços petrolíferos. As primeiras tentativas

aconteceram nos Estados Unidos, com Edwin L. Drake. Lutou com diversas

dificuldades técnicas, chegando mesmo a ser cognominado de "Drake, o

louco". Após meses de perfuração, Drake encontra o petróleo, a 27 de agosto

de 1859.

Passados cinco anos, achavam-se constituídos, nos Estados Unidos, nada

menos que 543 companhias entreguem ao novo e rendoso ramo de atividades.

Na Europa floresceu, em paralelo á fase de Drake, uma reduzida indústria de

petróleo, que sofreu a dura competição do carvão, linhita, turfa e alcatrão -

matérias-primas então entendidas como nobre.

Naquela época, as zonas urbanas usavam velas de cera, lâmpadas de óleo

de baleia e iluminação por gás e carvão. Enquanto isso, no campo, o povo

despertava com o sol e dormia ao escurecer por falta de iluminação noturna.

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Assim, as lâmpadas de querosene, por seu baixo preço, abriram novas

perspectivas ao homem do campo, principalmente, permitindo que pudesse ler

e escrever á noite.

A invenção dos motores á gasolina e a diesel, no século passado, fez com

que outros derivados, até então desprezados, passassem a ter novas

aplicações.

Assim, ao longo do tempo, o petróleo foi se impondo como fonte de

energia eficaz. Hoje, além de grande utilização dos seus derivados, com o

advento da petroquímica, centenas de novos produtos foram surgindo, muitos

deles diariamente utilizados, como os plásticos, borrachas sintéticas, tintas,

corantes, adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos

farmacêuticos, cosméticos, etc. Com isso, o petróleo além de produzir

combustível e energia, passou a ser imprescindível à utilidade e comodidades

da vida de hoje.

1.6. PETRÓLEO NO BRASIL

A história do petróleo no Brasil pode ser dividida em três fases distintas:

1º Até 1938, com as explorações sob o regime da livre iniciativa. Neste

período, a primeira sondagem profunda foi realizada entre 1892 e 1896, no

Município de Bofete, Estado de São Paulo, por Eugênio Ferreira Camargo.

2º Nacionalização das riquezas do nosso subsolo, pelo Governo e a

criação do Conselho Nacional do Petróleo, em 1938.

3º Estabelecimento do monopólio estatal, durante o Governo do Presidente

Getúlio Vargas que, a 3 de outubro de 1953, promulgou a Lei 2004, criando a

Petrobrás. Foi uma fase marcante na história do nosso petróleo, pelo fato da

Petrobrás ter nascido do debate democrático, atendendo aos anseios do povo

brasileiro e defendido por diversos partidos políticos.

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Hoje, aos 35 anos de existência, e sempre voltada para os interesses do

País, a Petrobrás implantou uma grande indústria petrolífera, reconhecida e

respeitada em todo o mundo.

1.7. FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA

Com a crise do petróleo, em 1973, vário foram os problemas surgidos para

os países consumidores, entre eles os racionamentos de combustíveis e os

desempregos. Com isso, foram intensificados os trabalhos de exploração de

novos campos petrolíferos e, também, o desenvolvimento de programas

alternativos para a geração de energia.

São as fontes alternativas de energia, ou seja, a utilização de outras

matérias-primas, produtoras de energia, que não o petróleo. No Brasil, vários

programas nesse sentido foram desenvolvidos de modo a se reduzir à

dependência externa para o abastecimento de energia.

Hoje, o País conta, além da expansão da energia elétrica, com a

exploração e produção do xisto (rocha da qual se produz óleo e gás), o

aproveitamento de vegetais (dos quais a cana-de-açúcar, que produz álcool é

a mais importante), as energias solares, nucleares e dos ventos.

1.8. HISTÓRIA DO PETRÓLEO NO BRASIL

A história do petróleo no Brasil começou na Bahia, onde, no ano de 1858, o

decreto n.º2266 assinado pelo Marquês de Olinda, concedeu a José Barros

Pimentel o direito de extrair mineral betuminoso para fabricação de querosene

de iluminação, em terrenos situados nas margens do Rio Marau, na Província

da Bahia. No ano seguinte, em 1859, o inglês Samuel Allport, durante a

construção da Estrada de Ferro Leste Brasileiro, observou o gotejamento de

óleo em Lobato, no subúrbio de Salvador.

Em 1930, setenta anos depois e após vários poços perfurados sem

sucesso em alguns estados brasileiros, o Engenheiro Agrônomo Manoel Inácio

Bastos, realizando uma caçada nos arredores de Lobato, tomou conhecimento

que os moradores usavam umas lamas pretas, oleosas para iluminar suas

17

residências. A partir de então retornou ao local várias vezes para pesquisas e

coletas de amostras, com as quais procurou interessar pessoas influentes,

porém sem sucesso, sendo considerado como "maníaco". Em 1932 foi até o

Rio de Janeiro, onde foi recebido pelo Presidente Getúlio Vargas, a quem

entregou o relatório sobre a ocorrência de Lobato. Finalmente, em 1933 o

Engenheiro Bastos conseguiu empolgar o Presidente da Bolsa de Mercadorias

da Bahia, Sr. Oscar Cordeiro, o qual passou a empreender campanhas

visando à definição da existência de petróleo em bases comerciais na área.

Diante da polêmica formada, com apaixonantes debates nos meios de

comunicação, o Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral

- DNPM, Avelino Inácio de Oliveira, resolveu em 1937 pela perfuração de

poços na área de Lobato, sendo que os dois primeiros não obtiveram êxito.

Em 29 de julho de 1938, já sob a jurisdição do recém-criado Conselho

Nacional de Petróleo - CNP foi iniciada a perfuração do poço DNPM-163, em

Lobato, que viria a ser o descobridor de petróleo no Brasil, quando no dia 21

de janeiro de 1939, o petróleo apresentou-se ocupando parte da coluna de

perfuração.

O poço DNPM-163, apesar de ter sido considerado antieconômico, foi de

importância fundamental para o desenvolvimento da atividade petrolífera no

Estado da Bahia. A partir do resultado desse poço, houve uma grande

concentração de esforços na Bacia do Recôncavo, resultando na descoberta

da primeira acumulação comercial de petróleo do país, o Campo de Candeias,

em 1941.

A constatação de petróleo na Bacia do Recôncavo viabilizou a exploração

de outras bacias sedimentares terrestres, primeiramente pelo CNP e,

posteriormente, pela PETROBRÁS. O petróleo continua sendo descoberto e

explorado na plataforma continental e nos mais distantes rincões do subsolo

nacional; recentemente tivemos a inauguração das instalações de escoamento

de petróleo no Campo de Rio Urucu, na longínqua Bacia do Alto Amazonas.

18

CAPITULO II

O QUE É LOGÍSTICA

Muitos autores já tentaram conceituar o termo logístico, porém, pela

concepção desse trabalho, buscou-se a definição do Council of Logistics

Management, descrita por FILHO (2001:3):

Logística é a parte do processo da cadeia de suprimento que planeja, implementa e controla o eficiente e efetivo fluxo e estocagem de bens, serviços e informações relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, visando atender aos requisitos dos consumidores.

Na definição de FERREIRA (1986), Logística, do francês Logistique,

significa a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização

de atividades de projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento,

transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material, tanto

para fins operativos como administrativos.

2.1. Origem e evolução

Desde os tempos de Gênesis quando Deus anunciou o dilúvio que seria

exterminado da terra toda obra prima da sua criação; com exceção de Noé,

sua família e um casal de cada espécie de animal existente na face da terra já

se utilizavam à logística. Embora não seja mencionada na bíblia a logística que

Noé utilizou para que cada espécie pudesse adentrar na arca devido os

diversos lugares que estes animais viviam, pois não residiam em cativeiro e

nem tão pouco viviam próximos uns dos outros, pois cada espécie tem o seu

habitat natural específico. Assim sendo, seria necessária a mais enxuta

ferramenta utilizada dentro da logística (Just-in-time, Kamban, Lead-time,...)

para atender esta demanda do Senhor. Pois não há nenhum registro na bíblia

referente a alguma espécie ter ficado de fora dela.

Ao longo da história humana, as guerras têm sido ganhas e perdidas

através do poder e da capacidade da logística - ou a falta deles. Argumenta-se

que a derrota da Inglaterra na Guerra da Independência dos EUA pode ser, em

19

grande parte, atribuída a uma falha logística. O exército britânico na América

dependia quase que totalmente da Inglaterra para os suprimentos. No auge da

guerra, havia 12.000 soldados no ultramar e grande parte dos equipamentos e

da alimentação partia da Inglaterra. Durante os primeiros seis anos da guerra,

a administração destes suprimentos vitais foi totalmente inadequada, afetando

o curso das operações e o moral das tropas. Até 1781 eles não tinham

desenvolvido uma organização capaz de suprir o exército e, àquela altura

dos acontecimentos, já era muito tarde. Podemos notar que durante

muitos séculos, a logística esteve presente em diversos seguimentos, mas por

ocasião da Segunda Guerra Mundial, contando com uma tecnologia mais

avançada, a logística acabou por abranger outros ramos da administração

militar. Assim, a ela foram incorporados os civis, transferindo a eles os

conhecimentos e a experiência militar.

2.2. EDI Eletronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados).

É um padrão Internacional de EDI, desenvolvido pelas Nações Unidas

para descrição textual de documentos visando o armazenamento e envio por

meios eletrônicos.

“É uma troca automatizada, computador a computador de

informações de negócios estruturados, entre uma empresa e

parceiros comerciais de acordo com um padrão reconhecido

internacionalmente” (ECR BRASIL - EDI aplicado a cadeia de

abastecimento - 1998).

A sigla EDI representa o conceito de ELETRONIC DATA INTERCHANGE

(intercâmbio eletrônico de dados). “Basicamente, consiste em um conjunto de

protocolos de comunicação projetados para permitir a troca de dados e

execução de transações comerciais automaticamente em computadores

diferentes”

Ver Índice de Anexo (Anexo 1- Figura 1)

20

2.2.1 Origem e evolução

As primeiras iniciativas para construção de uma estrutura que permitisse a

troca de dados foram desenvolvidas em meados dos anos 50, sob a conduta

da United Nations Economic Commicion for Europe (UM/ECE). Apesar disso,

nesta época, o estagio de desenvolvimento das tecnologias de computação e

telecomunicação não permitia a implantação destes planos, e somente na

década de 60, é que começaram a aparecer os primeiros sistemas de EDI, na

Europa e nos EUA. Neste estágio inicial, estes sistemas eram configurados

para a necessidade especificas de determinados setores, surgindo, desta

forma, clusters de empresas conectadas eletronicamente nos setores mais

intensos em transações (troca de dados) (OECD, 1995).

Devido à adoção de forma dispersa, desenvolveram-se vários padrões

locais para transmissão dos dados, geralmente possuindo cada setor ou país

um padrão diferente, e não sendo estes padrões compatíveis entre si (ver

OECD, 1995)

Ele foi elaborado devido à globalização e o conseqüente relacionamento

entre diferentes países e economia. Após sofrer várias mudanças e

aperfeiçoamento deste programa, ele vem sendo implantado em diversos

países. Uma área onde o uso do EDI está sendo bastante explorado é a área

de Comércio Internacional. Pois as mercadorias chegam a seu destino antes

dos documentos associados. A geração do documento, seu envio ao

transportador e manuseio no porto de partida pode levar de 5 a 14 dias.

Enquanto isso, uma mercadoria pode ser transportada para um porto em

apenas um dia. Por outro lado, o envio de documentos para o exportador, do

explorador para o seu Banco, desse para o Banco do importador em seguida

para o próprio importador, pode ser em até 21 dias. E mais, dependendo das

distâncias ou rotas, o transporte do ponto de origem para o de destino pode

levar de 3 a 20 dias. Dessa forma, as mercadorias ficam armazenadas em

vários pontos, às vezes expostas a riscos, até que seja providenciada sua

liberação.

21

O uso EDI vem como solução, pois ao invés de se trocar um conjunto de

papéis é realizada a troca de mensagens eletrônicas as quais são

antecipadamente acordadas entre os parceiros comerciais e o EDIFACT vem

para padronizar esses documentos comerciais e tornar possível uma troca a

nível mundial com agilidade e clareza das informações.

Atualmente existem +ou- 200 mensagens padronizadas. Existem desde

mensagens para implementar a compra de mercadorias. Por exemplo; o

Pedido de Compra, até mensagens para transmitir o prontuário médico de um

paciente de um hospital para outro.

Fontes: www.serpro.gov.br/imprensa/publicacoes/tematec/1995/ttec21.

Exemplos de informações trocadas via EDI:

• Ordens de Compras;

• Notificação de recebimento de Ordens de Compras;

• Faturas;

• Notificações de créditos ou débitos;

• Informações sobre realização de pagamentos;

• Pedidos ou respostas de cotações de preços;

• Transferências de fundos.

OBS: O EDI é uma das principais ferramentas de comércio eletrônico devido

às suas características de segurança, agilidade e precisão.

• A configuração típica de EDI é aquela em que diversos clientes do

serviço trocam informações entre si através de um provedor de serviço

de EDI.

• Este provedor recebe o nome de VAN (value-added network).

Ver Índice de Anexo (Anexo 2 - Figura 2)

• O papel de uma VAN é o de centralizar informações recebidas dos

diversos clientes e, ordenadamente aos respectivos receptores.

• As VANs garantem a uniformidade das informações que trafegam entre

os clientes, evitando problemas oriundos das diferenças de protocolos

entre diferentes clientes.

22

• A VAN disponibiliza um software de comunicação de dados, que deve

ser instalado no cliente.

De forma simplificada, para utilizar o EDI a empresa necessita de um

microcomputador, modem e linha telefônica (normalmente privativa fornecida

pela CIA TELEFÔNICA).

Ver Índice de Anexo (Anexo 3 - Figura 3) Exemplo de comparação do Processo tradicional x Processo EDI (Compras):

a) Tradicional:

• Comprador verifica estoque e analisa necessidade de compras;

• Comprador digita pedido no sistema de compras;

• Comprador e fornecedor realizam negociação;

• Comprador formaliza pedido de compra e vendedor gera pedido de

venda;

• Vendedor verifica estoque e define data de entrega do produto;

• Empresa vendedora processa o pedido e gera nota fiscal;

• A empresa fornecedora realiza o processo de entrega;

• Caminhão chega ao destino e empresa compradora compara dados da

nota fiscal com o pedido de compras;

• Se tudo estiver certo, o recebimento das mercadorias é realizado.

Exemplo de comparação do Processo tradicional x Processo EDI (Compras): b) C/ EDI: • O sistema de compras da empresa identifica as necessidades de

compras e gera o pedido;

• A aplicação EDI traduz o pedido para o formato adequado e

automaticamente transmite para a empresa fornecedora;

• A empresa fornecedora recebe este documento e atualiza o sistema de

vendas;

• O sistema de vendas checa disponibilidade de estoque e de entrega,

processa o pedido e gera a nota fiscal que será enviada via EDI para a

empresa compradora;

23

• Enquanto a empresa fornecedora realiza o processo de entrega, a

empresa compradora já atualizou o sistema de recebimento; na

chegada do caminhão, a recepção das mercadorias é imediata.

Então, para inserirmos a empresa Petróleum no contexto internacional

como um das principais supridoras no mercado sul-americanos de derivados

será necessário compreendermos três (3) causas básicas das instabilidades no

mercado. São elas; Aspectos Controláveis; Aspectos Incontroláveis e Aspectos

atuais.

24

CAPÍTULO III ASPÉCTOS CONTROLÁVEIS

Como o próprio nome sugere, são índices controlados por um cartel

“OPEP” cujo monopólio dessa commodity está sobre o seu domínio. Como,

Preço Básico, Prazo de Entrega, Qualidade de Produção, Quantidade de

Distribuição.

3.1. PREÇO BÁSICO 3.1.1 - CRISE DO BARRIL DE PETRÓLEO MUNDIAL

Uma das razões que tem levado o preço do barril do petróleo oscilar tanto

em todo o mundo é a conseqüência da crise imobiliária que tem se expandido

em todos os setores de créditos internos dos Estados Unidos.

Para que tenhamos uma melhor compreensão; as cotações em Londres

haviam encerrado em 84,60 dólares, escalando, posteriormente, até os 84,88

dólares no ano de 2007. Hoje o mesmo tipo Brent do mar do Norte para

entrega em março de 2009, operava com desvalorização de 3,5%, negociado a

U$$ 46,67 no Intercontinental Exchange.

Entre outras razões, os preços do petróleo também foram afetados pelas

ameaças feitas pela Turquia de lançar uma ação militar no norte do Iraque

contra rebeldes curdos, assim como por uns dólares enfraquecidos, que torna

mais baratas matérias-primas como o óleo cru para compradores com moedas

fortes.

3.1.2. OPEP tem objetivo de satisfazer demanda mundial

O principal papel da OPEP, de acordo com o estatuto da mesma, é

coordenar as políticas petrolíferas desses países, de forma a evitar flutuações

25

desnecessárias no preço do barril, garantir o retorno financeiro aos países-

membro e o fornecimento de petróleo às nações consumidoras.

Segundo a confirmação do presidente da OPEP, Chakib Khelil, destacou

que o principal objetivo da organização é satisfazer a demanda mundial de

combustíveis e não se aproveitar da situação dos países consumidores, que

também são beneficiados a estabilidade dos preços internacionais, porém, na

prática, a OPEP decide o volume total de petróleo a ser produzido pelo

conjunto de países-membro. Este total é então dividido em cotas de produção

de cada membro. A quantidade produzida por estes países é suficientemente

grande para influenciar o preço mundial do barril (cerca de 40% da produção

mundial de petróleo e 55% do que é comercializado mundialmente são

produzidos pela OPEP). Assim, basta que a organização decida aumentar /

baixar a produção para fazer diminuir / crescer o preço do barril.

3.1.3. O Petróleo chegou ao preço dos 50 dólares / barril.

É óbvio que países excessivamente dependentes de tal commodity

sofrerão mais com o aumento de seus preços seja por uma queda nas

exportações (Rússia), seja pelo aumento monetário no lado das importações

(Argentina). Mas de forma geral, o mundo vem desenvolvendo formas

alternativas e criativas para substituir o petróleo e cada vez mais os aumentos

de seus preços tendem a impactar cada vez menos a economia mundial. A

mesma esteira se fez presente quando o preço da commodity chegou a

US$80.00, US$90.00, US$147.00 e agora UR$ 50,00 nada de substancial

aconteceu. A China e Índia continuaram a crescer de maneira intensa, os EUA

continuaram a consumir a referida commodity de forma irresponsável (como

sempre), os árabes e venezuelanos continuaram a chantagear o mundo da

mesma forma. Ou seja, as coisas continuarão do mesmo jeito.

Paradoxalmente, portugueses e brasileiros podem se dar muito bem com

tal queda ao longo prazo. Afinal a mega jazida descoberta no Espírito Santo

(de 5 a 8 bilhões de barris) e agora com a chegada do Pré-Sal que colocará o

Brasil no rol dos grandes países produtores do mundo e cuja Portugal tem

26

participação de 15%, deve se transformar num seguro estratégico para ambos

os países nas próximas décadas.

É dada como "explicação" a instabilidade que se vivem na Nigéria e em

Argel, importantes países produtores de petróleo.

As instabilidades na Nigéria não chegaram a afetar de forma contundente as

exportações daquele país. Nem mesmo as instabilidades no Iraque

(2006/2007) ou no Kuwait (1991) causaram, sozinhas, modificações bruscas e

duradouras nos preços de tal commodity. No entanto, as instabilidades na

Nigéria, associadas ao inverno rigoroso nos EUA e Europa (só na Romênia

foram 2 mortos de frio no dia anterior), as baixas reservas dos EUA, as

movimentações e manipulações da OPEP, as atitudes de grandes produtores

isolados como a Venezuela e Rússia, a forte demanda da China e Índia, enfim

tudo isso, em conjunto, explicariam a escalada dos preços que já duram mais

de um ano e não parece que terminará por enquanto.

Outro agravante, é que a produção americana é dependente da

intensidade de furacões que ocorrem no Golfo do México durante quatro

meses por ano, o que pode comprometer suas reservas e torná-los

momentaneamente mais dependentes dos árabes, como foi o caso de 2007.

Curiosamente, as gasolineiras estavam a subir os preços antecipando-se à

subida. No entanto é sabido que só cerca de 4 meses depois da subida do

crude é que se faz sentir o efeito na venda a retalho dos combustíveis, já que

os países possuem reservas estratégicas.

Tudo isso reflete as expectativas dos agentes econômicos que tentam

se anteciparem a um prejuízo iminente e/ou tirar vantagem de uma

situação presente.

Tal atitude é altamente prejudicial, pois potencializa e amplia a crise, o que

gera risco de inflação e recessão. Processo muito conhecido por nós

brasileiros. Para tal cabe uma atitude da população, ou se esta sozinha for

27

incapaz de reverter o aumento dos preços, cabe ao governo por meio de

órgãos reguladores e/ou fiscalizadores intervirem de modo a evitar abusos.

Fonte: www.globo.com(portal: G1 mês de maio/2009)

3.2. PRAZO DE ENTREGA

A competitividade global tem chamado a atenção de empresas e de

autoridades governamentais para uma atividade que sempre desempenhou

papel relevante nas economias desenvolvidas: a logística. Nos últimos dez

anos, o crescimento do comércio mundial tem superado, por larga margem, o

volume de bens e serviços produzidos. Isso decorreu, entre outras coisas, da

prática intensiva do global sourcing e da disseminação de unidade produtiva

pelo mundo, além da ação dos blocos econômicos, como o Mercosul, a Nafta e

a União Européia. Esses movimentos, estratégicos e operacionais, tornaram

visíveis os custos logísticos representados principalmente por custos de

transportes e de estoques. O Fundo Monetário Internacional estima que tais

custos, e em termos mundiais, estão na ordem de 15% do PIB. Em nosso país,

o chamado “custo Brasil” tem sido responsabilizado. Portanto, “A análise

depende das necessidades de cada país. De uma forma geral existe uma

análise do custo de toda a cadeia de suprimentos para definir o modal mais

adequado ao tipo de produto a ser transportado, envolvendo variáveis como o

valor agregado do produto, risco de roubo, custo de armazenagem, custo do

risco de descontinuidade no PDV, transit time e, obviamente, o custo dos

diversos modais disponíveis”, aponta, por sua vez, Arnaud Leglize, diretor

comercial e de marketing da Gefco Brasil (Fone: 21 2103.8193).

É bem verdade que geralmente o país importador usa o seu próprio modal

para trazer a commodity.

28

3.3. QUANTIDADE DE DISTRIBUIÇÃO

Esse também é mais um fator de controle da Opep, pois de acordo com a

demanda (países importadores), ela determina o seu cartel, o quanto de dessa

commodity deve ou não ser produzido, ou seja, maior distribuição (produção) é

igual à menor preço e/ou menor distribuição (disponibilidade do produto), maior

será o preço. Cartel: Neste caso são países que fazem acordo para dominar o

mercado. Os cartéis têm 4 características: divisão territorial do mercado,

controle das matérias primas, volume da produção e controle dos preços de

venda dos produtos. Trata-se da associação entre países do mesmo ramo de

produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As

partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em

nível alto, e quotas de produção é fixado para as empresas membro.

29

CAPÍTULO IV

ASPÉCTOS INCONTROLÁVEIS

4.1. RELACIONAMENTO SOCIAL

Os sucessivos governos norte-americanos sempre tiveram e continuam a

ter a esperança de dominar a região do Médio Oriente. No entanto, esse

domínio tem vindo a ser desafiado pelas políticas externas de outros países

como a Rússia e a China.

Estes dois países encaram esta região como uma mais vaia para o seu

crescimento tanto econômico como armamentista. Ambos se têm esforçado

através de sucessivos acordos econômicos por trazer esta região para as suas

esferas de influência devido ao seu enorme potencial energético (gás e crude)

e proximidade geográfica.

Com a invasão do Iraque em 2003 e a conseqüente deposição de Saddam

Hussein, os EUA despertaram a rivalidade entre xiitas e sunitas que Saddam

vinha conseguindo controlar. Este despertar não ocorreu apenas no Iraque,

mas em todo o Médio Oriente, e o já considerável sentimento antiamericano

ficou ainda mais forte. A idéia de fazer do Iraque um país democrático gerou

nesta região um sentimento de que democracia é sinônimo de colapso da

ordem política.

O Iraque, tradicionalmente um centro de poder no mundo árabe, tornou-se

com a invasão norte-americana um país cada vez mais violento e dividido. Um

excelente exemplo de um estado falhado.

Esta é sem dúvida uma região de contrastes e de extrema importância

para as grandes potências, uma vez que as principais reservas de petróleo se

encontram por lá. O cenário é cada vez mais hostil para com os EUA.

30

O Irão insiste no desenvolvimento do seu programa nuclear e será dentro

de pouco tempo um dos mais poderosos países do Médio Oriente, ao mesmo

tempo em que tem uma influência cada vez maior sobre a maioria xiita, cerca

de 60%, no Iraque. Este país apóia ainda vários grupos terroristas que insistem

em expulsar os americanos da região.

Israel é a maior potência militar e é vista pelos restantes países da região

como um inimigo dado a sua enorme ligação com EUA, e a sua prepotência

para com o povo palestino.

O petróleo é cada vez mais utilizado como uma arma contra o Ocidente.

Os países produtores de petróleo do Médio Oriente, desprovidos de

capacidade política e militar para fazer frente ao ocidente, utilizam o único

recurso de que dispõem, o crude, fazendo oscilar cada vez mais e de forma

crescente o seu preço. Só desta forma consegue alguma da sua tão desejada

visibilidade internacional.

Um outro problema que os EUA enfrentam é a crescente vontade que

Ahmadinejad, presidente iraniano, nutre em negociar a venda do petróleo

iraniano em euros e não em dólares. Desta forma enfraqueceria o dólar

americano, ao mesmo tempo em que arrastaria outros países da OPEP, como

a Venezuela, a seguirem os seus exemplos, desestabilizando desta forma a

economia americana e todo o mercado econômico mundial.

A vida para os norte-americanos não se encontra nada fácil. O crescente

sentimento antiamericano, a existência de mais um país na região com

armamento nuclear (além do Paquistão e Israel), o fracasso no Iraque,

dificuldades no processo de Paz entre Israel e a Palestina, proliferação de

ataques terroristas, etc. Tudo isso contribui para o crescente clima de

instabilidade e violência na região. Além disto, há que relembrar o papel da

China e da Rússia, nesta região.

32

4.3. NÍVEL TECNOLÓGICO

O Brasil desta vez estará mais preparado para enfrentar os desafios da

crise energética. Graças à tecnologia, um bom exemplo disso é produção de

automobilística dos carros flex, o etanol voltou a ser uma opção confiável para

o abastecimento de automóveis. O país já produz quase todo o petróleo de

que necessita – ainda não atingiu a auto-suficiência festejada pelo governo

Lula na campanha eleitoral de 2006, mas está bem próximo disso, com as

novas jazidas encontrado o Pré-Sal.

Assim, para o consumidor brasileiro, a escalada recente no preço do

petróleo deverá ter efeitos limitados. Ainda mais com o campo de Tupi,

descoberto pela Petrobras na Bacia de Santos, comprovando o que é tão vasto

como indicam as estimativas preliminares. Caberá ao país utilizar com

sabedoria as suas riquezas.

Dispor de reservas gigantescas de petróleo ou de qualquer outro recurso

natural não transforma nenhum país em uma nação rica e desenvolvida –

como demonstram a Venezuela de Hugo Chávez, o Irã de Mahmoud

Ahmadinejad e a Nigéria das guerras étnicas atrozes.

33

CAPÍTULO V

ASPÉCTOS ATUAIS

Não se sabe ao certo se haverá, nos próximos anos, petróleo suficiente

para suprir as necessidades crescentes dos dois gigantes asiáticos, a China e

a Índia.

O mundo produz atualmente em torno de 85 milhões de barris de petróleo

ao dia, ou 13,5 bilhões de litros (cada barril, medida de referência para a

indústria petrolífera, contém 159 litros). Os maiores consumidores são, de

longe, os americanos. A cada quatro barris extraídos em todo o mundo, um é

gasto nos Estados Unidos. Na comparação com os países ricos, os

emergentes ainda usam pouco petróleo. No Brasil o gasto per capita é de 4,5

barris ao ano. Na China a média é ainda menor, de 2 barris, e na Índia não

passa de 1. O dilema é que o consumo tem crescido a taxas elevadas nos

emergentes, principalmente na China e na Índia. Projeções indicam que o

consumo planetário avançará 50% até 2030, e metade desse incremento virão

de chineses e indianos.

Para atender a esse avanço na demanda, a produção mundial teria de

subir do atual patamar de 85 milhões de barris diários para pelo menos 130

milhões de barris. Para alguns dos maiores especialistas no assunto,

entretanto, é improvável que o planeta consiga superar a barreira dos milhões

de barris diários. Um dos motivos é que as reservas de exploração fáceis e

pouco profundas estão perto do fim. Outro motivo é o fato de que as maiores

reservas conhecidas estão hoje em países situados em zonas de conflito,

como o Oriente Médio e a África, ou governados por ditadores, como a

Venezuela e o Irã, que não permitem o investimento estrangeiro de grandes

empresas petrolíferas internacionais. Os mais otimistas esperam que o

petróleo caro desestimule o consumo, incentive o investimento em formas

alternativas e renováveis de energia e amplie a eficiência na utilização de

combustíveis fósseis.

34

5.1. COMPOSIÇÃO DA OPEP

A OPEP, que significa Organização dos Países Exportadores de Petróleo

(OPEC, em inglês), é composta por países em desenvolvimento, cujas

economias estão baseadas na exportação de petróleo e derivados. Estes

países são: Arábia Saudita, Argélia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Irã,

Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Qatar e Venezuela (composição em 2005).

5.2. BARREIRAS ECONÔMICAS

5.2.1. Definição geral:

Barreiras ao Comércio Internacional:

São medidas impostas por um país que dificultam ou impossibilitam a

exportação para o seu mercado interno; ou seja, são medidas indesejáveis no

contexto do comercio, porque tende a:

Restringir o fluxo de bens e serviços; aumentar os preços; e prejudicar o

consumidor. Tais como exemplo: políticas internas, cultura, impostos,...

Cada país tem suas próprias normas e regulamentações técnicas para

lidar com as necessidades das indústrias e da sociedade, dentro do âmbito

nacional.

Por esta razão as normas para um mesmo produto diferenciam de um país

para outro.

Com a intensificação do comércio mundial, essas diferenças como

unidade de medida, temperatura, expressões de datas entre outras, tornaram-

se uns problemas reais para as empresas, especialmente nos principais

países. Importadores do petróleo, fazendo com que estes se adaptassem a

esta nova realidade de mercado.

35

Então, após todas as análises acima citado, apresento o programa de

vendas como resultado para o qual foi proposto tal pesquisa.

36

CAPÍTULO 6

PROGRAMA DE VENDAS PARA O MERCADO INTERNACIONAL EM 2009.

6.1. JUSTIFICATIVA

Com o Programa de Vendas através do EDI, o nosso lócus (importação e

exportação) ampliará, devido a sua agilização e eficiência na concretização da

cadeia logística.

Para tanto, adotarei uma estratégia de venda forma efetiva, onde todos os

compradores de pequeno porte tenham acesso ao nosso programa de vendas

EDI, com as mesmas igualdades de condições obtidas pelos médios e grandes

clientes. Tais permissivas, em síntese, traduzem o reconhecimento de que as

condições financeiras e estruturais dos pequenos compradores impõem-lhes

permanentes limitações quanto a um suprimento regular de derivados de

petróleo, necessários à manutenção de seus negócios. A falta de capital de

giro, incluindo o acesso ao crédito, não permite que os pequenos clientes

tenham condições de manter estoques de derivados, tornando-os vítimas das

flutuações e oportunismo do mercado. Com a sistematização de ofertas

regulares de derivados às empresas de pequeno porte, assegura-se um

contínuo processo de alavancagem de um dos mais representativos

segmentos da economia mundial, propiciando a geração de renda e empregos.

Diante de tais premissas, torna-se imperativo que o benefício do Programa

se estenda às entidades voltadas tanto para a organização quanto para o

desenvolvimento desse segmento, a exemplo dos sindicatos, associações de

classe e cooperativas, desde que comprovadamente de pequeno porte e de

escala ainda incipiente, bem como para instituições públicas e privadas

voltadas para a pesquisa, a exemplo das universidades, escolas técnicas e

demais organizações similares.

37

6.2. OBJETIVOS:

a) viabilizar o acesso a tais produtos ou serviços aos clientes de pequeno

porte, por meio de vendas diretas; com isso atrairemos novos parceiros e

quebraremos algumas barreiras em nossos relacionamentos em nível de país,

tornando-se o mesmo com um invejável capital de prestígio externo.

b) garantir, de forma contínua e sistematizada, o suprimento regular dessa

commodity (derivados do petróleo), por meio da disponibilização de estoques

oficiais a preços de mercado e compatíveis com os praticados no mercado

internacional.

c) propiciar, também, às entidades de pequeno porte (interna) que

congregam e/ou representa esses produtores de derivados, visando a sua

organização e às entidades de pesquisa que contribuem para o

desenvolvimento do setor, o acesso a esses estoques, nas mesmas condições

de suprimento.

d) Implantar o Sistema de Pedido Perfeito, mesmo sabendo que não é uma

ferramenta muito fácil de se utilizar devido à grande demanda da complexidade

e individualidade de cada cliente. Iremos buscar ao longo da cadeia de

suprimento ferramentas que melhor adéquam ao seu perfil, com as suas

devidas singularidades, pois cada cliente tem em sua filosofia um determinado

padrão de qualidade. Então o que fazer?

Vamos tentar de alguma forma suprir essa gama de pormenores que são

exigidas neste mercado (lócus) tão competitivo, pois percebemos que cada dia

as empresas de logísticas buscam novas estratégias para melhor atender as

necessidades desse mercado.

Quando uma empresa de logística pensa em pedido perfeito, ela vive na

sua cadeia produtiva “a máxima” de fazer tudo corretamente, e tudo na

primeira vez, ou seja, uma das primícias desta é atender às necessidades do

cliente numa base de eficiência, eficácia e efetividade. Portanto, é necessário

buscar ao longo do tempo uma melhoria continua (Kaisen) em nosso nível de

serviço. É bem verdade, que à medida que se oferece um nível de serviço mais

elevado ao cliente, aumenta-se também o valor agregado ao longo da cadeia

38

de suprimentos. Então é necessário estar sempre revendo os seus processos

e os avaliando para que estes não venham comprometer o desenvolvimento

na estratégia da Gestão Qualidade Total (TQM – Total Quality Management)

da empresa, pois é necessário que todos os processos fiquem bem clarificados

e ajustado numa global percepção; e se estes verdadeiramente estão sendo

bons investimentos para as partes envolvidas nestes processos.

Enfim, segundo Bowersox (2001, p.79) a noção de

pedido perfeito é de que um pedido deveria ser

entregue de forma completa, no tempo certo, no

local certo, em condições perfeitas, com a docu-

mentação completa e precisa. E cada um desses

elementos individuais deve condizer com as es-

pecificações do cliente.

Significa prometer algo para um cliente e entregar corretamente em

termos de quantidades, integridade e especificações dos produtos, prazo de

entrega e condições de faturamento conforme combinado. Em outras palavras,

o desempenho e a execução do ciclo de pedido orquestrada com zero defeito.

Já que pode não ser possível oferecer defeito zero como uma estratégia

básica de serviço para todos os clientes, esse desempenho de alto nível pode

ser uma opção numa base seletiva.

Este padrão de atendimento hoje é alcançado devido aos avanços

tecnológicos, porém, como já havíamos falado acima, acarreta alto custo para

a empresa. Para que esta meta seja alcançada é necessário que haja um

estreito relacionamento entre fornecedor e cliente, havendo assim a

necessidade do EDI, ou seja, grandes trocas de informações para viabilizar o

entendimento exato de quais são as necessidades do comprador/vendedor.

Em suma, A Empresa PETROLEUM será signatária e participante ativa do

Global Compact das Nações Unidas, cujos dois primeiros princípios tratam

39

especificamente de direitos humanos. Com respeito ao pagamento de

impostos, a empresa PETROLEUM será signatária da Partnering Against

Corruption Initiative (Iniciativa de Parceria Contra a Corrupção - PACI) do

Fórum Econômico Mundial e da Extractive Industries Transparency Initiative

(Iniciativa de Transparência das Indústrias de Extração - EITI) do Banco

Mundial. Como conseqüência da postura da Companhia com relação à

questão dos direitos humanos em geral, o desempenho do preço das ações da

empresa PETROLEUM faz parte do Índice Dow Jones de Sustentabilidade,

que reflete apenas o desempenho das empresas que satisfazem critérios

específicos, entre os quais direitos humanos em todos os seus aspectos (sexo,

raça, idade, credo, convicções políticas, etc.).

Sendo assim, não fugiremos de nossa missão, como uma empresa séria

que possui idoneidade, credibilidade, padrão de liquidez e responsabilidade

social, fazendo com que a mesma seja uma das mais conceituadas empresas

a trabalhar com derivados do petróleo em todo o mercado mundial. Atendendo

a este mercado consumidor com o mais alto padrão de qualidade em termos

de atendimento, entrega e satisfação de nossos clientes. Tudo isso nos será

facilitado com a Troca Eletrônica de Dados (EDI).

40

CONCLUSÃO

Após a análise de todos os aspectos que envolvem o mercado

internacional (Políticos, Econômicos, Financeiros, Culturais, Sociais, entre

outros), percebe-se que esta crise no mercado tende a cada vez mais a

crescer, pois a maioria dos países importadores dessa commodity não tem

uma alternativa no que tange a recurso energético, ficando a mercê dos países

exportadores e pior ainda a mercê de sua própria crise interna, como é o caso

dos Estados Unidos (crise imobiliária).

Então, pensando especificamente neste caso a logística empresarial é um

assunto vital, pois exerce a função de estudar e dar formas de como a

administração pode obter cada vez mais eficácia e eficiência em seus serviços

de distribuição a seus clientes e consumidores, levando em consideração

planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de

movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A

própria definição de gestão de estoques evidencia seus objetivos, que são

planejar os estoques, as quantidades de materiais que entram e saem, as

épocas em que ocorrem as entradas e saídas, o tempo em que decorre entre

essas épocas e os pontos de pedido de materiais. Portanto, sem querer aqui

esgotar o assunto, compete somente reafirmar que esses objetivos acima

colocados podem ser atingidos se a empresa mantiver uma adequada

aplicação dos conceitos de logística em seus processos de gestão.

Em suma, eu como integrante da empresa PETROLEUM, conhecedor de

sua estrutura como empresa, dedicada à comercialização de derivados do

Petróleo, percebendo ainda a sua grande preocupação em trabalhar

obedecendo as Leis que regem sobre o Petróleo, tal como estudos sísmicos,

produção, importação, exportação de derivados, querendo continuar mantendo

a sua missão em atender as necessidades de todos os seus clientes com

qualidade, eficiência e efetividade em um alto nível de relacionamento

satisfatório, gerando com isto a fidelidade dos seus, proponho que a mesma

41

opte em continuar mantendo a sua visão na região sul-americana. Contudo, é

preciso estar sempre monitorando as oportunidades de negócio que venha a

existir em outras áreas importantes do mundo.

Para tanto, como Especialista em Logística Empresarial na área de

Petróleo e Gás, percebo com uma visão empreendedora, que este é o

momento certo para novos investimentos, pois me valho desse período de

crise mundial como uma oportunidade de alargar as fronteiras da empresa

PETROLEUM. Então elaborei e apresentei um programa de vendas para o

ano/base de 2009, sendo o EDI a ferramenta principal para tal negociação

para os próximos anos. Pois, percebemos através do estudo em epigrafe que

esta ferramenta trará grande beneficio para negociarmos de forma eficiente os

nossos produtos, devido a grande facilidade de agilização em todo o processo

logístico, desde o pedido de tal produto e/ou serviço até a entrega do mesmo.

42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOWERSOX, D.J. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos, 2006. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Bookman, 2002. CORREA, H. L. Planejamento Programação e Controle da Produção – MRP II / ERP, Conceitos, uso e implantação, São Paulo: Atlas, 2000. DRUCKER, Peter F. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Pioneira, 2000. FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 2ª ed. Rio de Janeiro: ed. Nova Fronteira. 1986. FILHO, Armando Oscar Cavanha. Logística - novos modelos. RJ. Ed. Qualitymark: 2001. FLEURY, Paulo Fernando, WANKE, Peter, FIGUEIREDO, Kleber Fossati (organizadores). Logística Empresarial: Ed. Atlas São Paulo, 2000. São Paulo: Pioneira, 2001. MENDES, M. L. Vanguarda Logística, Revista Exame. TORRES, L. MILLER, J. Alinhamento estratégico com o cliente, HSM Management, nº21, ano 4, jul/ago de 2000. Revista Petrobras - N° 99 - Abril de 2004. Revista Veja, Ed. Abril – edição 1788/2003.

43

ANEXOS

Índice de anexos Anexo 1 >> Figura 1;

Anexo 2 >> Figura 2;

Anexo 3 >> Figura 3.

Anexo 4 >> Artigos;

Anexo 5 >> Revistas;

Anexo 6 >> Internet;

47

ANEXO 4 ARTIGOS

Artigo publicado em „O Globo‟ de 21/01/2009 Por Emanuel Cancella, Diretor do Sindipetro-RJ De quem é o PRÉ-SAL?

Quem vai financiar a produção de petróleo e gás descoberto no pré-sal? A

Petrobrás, lógico! Com que dinheiro? O pré-sal e suas reservas gigantescas de

petróleo e gás são garantias para qualquer financiamento em bancos no Brasil

e no mundo. A Petrobrás financiou, com recursos próprios, durante décadas, a

pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para descobrir o pré-sal. O pré-sal

era inatingível para o mundo do petróleo. A Petrobrás aceitou o desafio e

chegou lá. Profundidades de 5 a 7 mil metros depois da lâmina d água de 2mil

metros no mar. Toda essa tecnologia foi desenvolvida no centro de pesquisas

da Petrobrás que gastou bilhões de reais.

No momento em que as reservas de petróleo e gás no mundo estão em

declínio, a Petrobrás trás essa noticia alvissareira que nos enche de orgulho: o

pré-sal possui reservas de petróleo e gás que nos coloca ao lado dos grandes

produtores de petróleo do mundo. Estamos falando em valores que podem

atingir trilhões de dólares. O preço do petróleo abaixo dos cinqüenta dólares é

artificial; qualquer especialista sabe que o patamar mínimo é de 100 dólares

quando sabemos que a commodity já atingiu preço internacional acima é de

140 dólares. A matriz energética do mundo tem como base o petróleo e o gás

e vai continuar a sê-lo, durante pelo menos os próximos cinqüenta anos.

Manter leilões de petróleo como quer a Agência Nacional de Petróleo

(ANP) é entregar o ouro (negro) aos bandidos, como diz o jargão popular. É

privatizar nosso petróleo e gás! Alguém sabe do dinheiro das privatizações de

FHC? E dos 10 leilões de petróleo realizados nos governos de FHC e Lula

também ninguém sabe! No silêncio criminoso dos governos e na desinforma-

48

ção da sociedade, as multinacionais avançam.

A empresa americana Exxon Mobil descobre em 21/01/2009 um

megacampo, BMS-22 de petróleo e gás na área do pré-sal. Grande parte de

nossas áreas com potencial petrolífero já estão entregues através dos leilões

às empresas privadas, em sua maioria multinacionais, incluindo o pré-sal.

Essas mesmas empresas, através dos Contratos de Risco adotados pelo

Governo de Ernesto Geisel estiveram no Brasil, de 1975 a 1988, sem sucesso.

A diferença é que no governo Geisel, a busca do petróleo e gás partia do zero,

já nos leilões da ANP as áreas com potencial petrolífero já estão mapeadas

pela Petrobrás, são as chamadas áreas azuis. Por isso é que os contratos de

Geisel eram chamados de risco, e também por isso nada foi encontrado

porque descobrir petróleo e gás e muito oneroso, e o risco é muito grande. A

Petrobrás financiou e correu todo o risco, para o governo através da ANP

entregar de mãos beijadas nosso petróleo e gás.

Enquanto isso, os nossos hospitais públicos continuam caóticos; o ensino

público deficiente; a segurança pública em crise; grande parte dos municípios

sem água e esgotos tratados. Sempre foi assim no Brasil, continuamos ao

longo da história a entregar nossas riquezas. Já levaram nosso ouro metal e

agora é o ouro negro. No futebol podemos nos dar ao luxo em ser o grande

exportador de craques, como Ronaldinhos, Kaká e Robinho, até porque no

Brasil eles se renovam a cada ano. Mas a natureza, para transformar os

fósseis em hidrocarboneto, precisa de milhões de anos. O petróleo tem que ser

nosso!

49

ANEXO 5

REVISTA

Revista Petrobras - N° 99 - Abril de 2004

A Petrobras no Mundo

Estados Unidos

O Primeiro do Mundo

Com um equipamento semelhante a um bate-estaca, o coronel Edwin L.

Drake, apelidado de "O louco", conseguiu extrair 19 barris por dia do primeiro

poço de petróleo do mundo, perfurado na Pensilvânia em 1859. Cinco anos

depois, os Estados Unidos tinham 543 companhias empenhadas na

exploração de petróleo - que substituiu como combustível o carvão e os óleos

de rícino e de baleia. Só a partir de 1896, quando Henry Ford construiu seu

primeiro automóvel, é que o petróleo passou a ser utilizado como combustível

de veículos. Em 1870, John D. Rockfeller criou a Standard Oil (atual Exxon).

De acordo com o Oil and Gas Journal, com reservas provadas de 22,7 bilhões

de barris, os Estados Unidos são o 12° maior produtor de petróleo do mundo.

A Petrobras participa da exploração e produção de 111 blocos no país, a

maioria no Golfo do México.

Colômbia

Mudando a Lei

O primeiro contrato para exploração de petróleo foi firmado em 1906. O

governo detém a posse das reservas de hidrocarbonetos, e a exploração de

óleo e gás natural é regulada pela estatal Ecopetrol (Empresa Colombiana de

Petróleos) e pelo Ministério de Minas e Energia. Companhias privadas operam

em joint ventures com a Ecopetro que, em 1999, passou a exigir apenas 30%

de participação mínima nos contratos de exploração - antes esse percentual

era de 50%. A BP (inglesa) e a Occidental (norte-americana) são as

companhias estrangeiras mais fortes na indústria de petróleo colombiana.

50

Depois de uma breve passagem por lá, nos anos 70, a Petrobras entrou na

Colômbia em 1986 e já é a terceira maior empresa de petróleo do país. Em

2004, todos os contratos de exploração passaram a ser executados e

acompanhados pela Agência Nacional de Hidrocarbonos (a ANP da Colômbia).

Nigéria

A força africana

As atividades de exploração se intensificaram a partir da década de 60,

com a instalação das multinacionais. Até os anos 90, a estatal Nigeriana

National Petroleum Corparation (NNPC), atuava em joint ventures no split 60%

NNPC, 40% companhias estrangeiras. A partir dos anos 90, o modelo mudou

para PSCs (sigla em inglês para Contratos de Produção Partilhada), em que a

NNPC tem participação variável na produção. Atuam no país as multinacionais

Shell, ExxonMobil, Chevron Texaco, Total, Agip, ConocoPhillips, Addax,

Statoil, Petrobras e Devon Energy, entre outras. A Petrobras se estabeleceu na

Nigéria, em 1998, e o primeiro bloco exploratório operado pela companhia em

águas profundas fora do Brasil - OLP-324 - situa-se lá, no delta do Niger. A

Nigéria é o 11° país do mundo em reservas de petróleo - 24,1 bilhões de barris

- e tem produção diária de 2,1 milhões de barris.

Bolívia

Nos anos 20

A exploração de petróleo em larga escala na Bolívia começou em 1924,

com a descoberta do campo de Bermejo pela Standar Oil Co. of New Jersey

(atual Exxon), que obtivera concessões na Bolívia. Em 1936, o governo

boliviano nacionalizou a atividade e fundou a estatal YPFB. As primeiras

refinarias foram construídas na década de 40 e a exportação de gás para a

Argentina começou em 1972. O maior foco da produção boliviana está no gás

natural. Em 1996, a Petrobras e a YPFB assinaram o contrato de fornecimento

de gás por 20 anos, o que resultou na construção de um gasoduto entre os

51

dois países de cerca de 3.100 km. As reservas de gás provadas são de 54

trilhões de pés cúbicos.

Argentina

Desde o século XIX

As primeiras experiências de extração de petróleo datam de 1885, ano da

fundação da Companhia Mendocina de Petróleo. A empresa explorou três

poços e construiu um oleoduto de 40 quilômetros. A partir daí, foram

exploradas com sucesso as regiões de Comodoro Rivadavia, Neuquén, Salta e

Mendoza, entre outras. A Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF), criada em

1922, foi a primeira empresa estatal de petróleo da América Latina. Em 1935,

a Lei do Petróleo ampliou a reserva de zonas presumivelmente petrolíferas em

favor da YPF. No fim da década de 50, a Companhia Pérez Companc, hoje

Petrobras Energia, iniciou suas operações. Na década de 90, a YPF foi

vendida à espanhola Repsol e a Argentina passou a exportar petróleo. A

produção está em mãos de empresas privadas, entre elas a Petrobras.

Angola

Produção crescente

A guerra civil que devastou o país depois da independência, em 1975,,

destruiu grande parte da infra-estrutura e da economia de Angola, hoje

dependente das exportações do petróleo: 60%do PIB e 90% dos impostos

arrecadados pelo governo são provenientes das vendas externas deóleo bruto

e derivados. É o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana,

atrás apenas da Nigéria. A maior parte do petróleo é extraida em Cabinda

(60%) da produção. A estatal de petróleo, Sonangol, foi criada em 1976 e dois

anos depois ganhou o monopólio de exploração e produção. Incentivada pelas

associações com empresas estrangeiras, a produção cresceu

aproximadamente 500% desde 1980, totalizando 960 mil barris por dia em

2003.

52

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

ANEXO 6

INTERNET

Documento adquirido na Biblioteca Temática do Empreendedor – SEBRAE

http://www.bte.com.br

Importância da Logística para o Comércio Exterior

Michel Abdo Alaby

A logística é parte integrante, senão a principal variável de eficiência para

o comércio exterior. Tempo, prazo de entrega, assistência técnica e pronta-

entrega são itens importantes da variável. Devemos entender a logística, não

somente como transporte, mas, sim, desde a comunicação até a entrega do

produto ao cliente.

No entanto, o quesito transporte é fundamental para o melhor

desempenho da logística, ainda mais em um país como o Brasil, líder natural

de um continente inteiro e dono de um potencial incalculável em termos de

produção. Porém, aqui a situação das estradas de rodagem e ferrovias é muito

precária, dificultando a chegada das exportações até portos e aeroportos.

Infelizmente, o modelo brasileiro privilegiou as rodovias, em função da política

nacional para incentivar as empresas automobilísticas. Com a privatização,

houve uma certa melhoria das estradas, mas o custo de pedágio muitas vezes

inviabiliza, por exemplo, a competitividade do setor agrícola para o mercado

externo. Logo um dos setores de maior poderio na competição com outras

nações. Diz-se inclusive, que o preço de um produto agrícola na porteira da

fazenda é competitivo, mas o FOB e o CFR não são tão competitivos, em

virtude dos custos de transporte interno e internacional serem caros.

Quanto às ferrovias, um país tão grande em dimensões deveria ter

desenvolvido ferrovias no sentido Norte-Sul para ser competitivo. Espera-se

que, com as privatizações realizadas no setor ferroviário, haja condições de

melhorar o transporte em termos de qualidade e custos para se chegar aos

portos.

53

Outra dificuldade para o comércio exterior é a precariedade no transporte

marítimo, tanto interno quanto externo. Infelizmente, o Brasil não é rota

principal do comércio exterior dentro deste modal. Os serviços portuários são

ineficientes, dificultando as rotas dos navios. Não há marinha mercante

nacional desenvolvida, apesar de existir uma política nacional para o setor.

Quanto ao transporte por cabotagem, ainda há pouca utilização e os custos

são altos.

Uma saída pelo Oceano Pacífico é uma alternativa positiva para a logística

nacional. A saída ideal é pelo Peru. Caso se utilize o Pacífico, os custos de

transporte para o Sudeste Asiático ficariam mais competitivos, já que pelo

Atlântico o navio deve pagar pedágios no Canal do Panamá.

O governo federal deve privatizar verdadeiramente os serviços portuários,

propiciar concorrência nos terminais privativos, buscar a implementação efetiva

do transporte multimodal (hoje não se aplica por questões de tributação do

ICMS nos estados) e buscar desenvolver o transporte de cabotagem. Estas

entre outras medidas fortaleceriam a integração entre a logística e o comércio

exterior.

Já a iniciativa privada (operadores logísticos e exportadores) precisa

utilizar métodos modernos de tecnologia no sistema de logística. É necessário

desenvolver estudos para Condomínios de Produção, os chamados Clusters,

fomentar parcerias com fornecedores e operadores logísticos, procurar

desenvolver Centros de Distribuição para pronta-entrega no exterior e mais do

que tudo, trabalhar com profissionais da área de logística.

Michel Abdo Alaby – Consultor em Comércio Exterior da Qualilog

Consulting. Economista, administrador e contador, é consultor da Organização

das Nações Unidas (ONU) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Técnico da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e do Comitê

Setorial de Comércio Exterior da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

http://www.qualilog.com - [email protected] - (11) 3772-3794

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

SUMÁRIO 6

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO I

O que é Petróleo 9

1.1 – Origem e Evolução 9

1.2 – Formação 10

1.3 – Geologia 10

1.4 – Atividades 11

1.4.1 – Exploração 11

1.4.2 – Perfuração 11

1.4.3 – Produção 12

1.4.4 – Refino 13

1.4.5 – Transporte 13

1.5 – Petróleo no Mundo 14

1.6 – Petróleo no Brasil 15

1.7 – Fontes Alternativas de Energia 16

1.8 – História do Petróleo no Brasil 16

CAPÍTULO II

O que é Logística 18

2.1 – Origem e Evolução 18

2.2 – EDI - Troca Eletrônica de Dados 19

2.2.1 – Origem e Evolução 20

CAPÍTULO III

Aspectos Controláveis 24

3.1 – Preço Básico 24

3.1.1 – Crise do Petróleo no Mundo 24

55

3.1.2 – OPEP 24

3.1.3 – O Petróleo chegou ao preço... 25

3.2 – Prazo de Entrega 27

3.3 – Quantidade de Distribuição 28

CAPITULO IV

Aspectos Incontroláveis 29

4.1 – Relacionamento Social 29

4.2 – Envolvimento Político e Conjuntura Econômica 31

4.3 – Nível Técnico 32

CAPITULO V

Aspectos Atuais 33

5.1 – Composição da OPEP 34

5.2 – Barreiras Econômicas 34

5.2.1 – Definição Geral 34

CAPÍTULO VI

Programa de Vendas Para o M.I. em 2009 36

6.1 – Justificativa 36

6.2 - Objetivos 37

CONCLUSÃO 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 42

ANEXOS 43

INDICE 54