universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo … maria de souza silva.pdf · 3.2 identificação...

43
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE HIGIENE E SEGU RANÇA DO TRABALHO Por: A na Maria de S ouza Silva Orientador Prof. Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2006

Upload: doanthu

Post on 09-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Por: Ana Maria de Souza Silva

Orientador

Prof. Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2006

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”

em Gestão de Recursos Humanos,

Por. Ana Maria de Souza Silva

3AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares, amigos e

principalmente a minha filha Ana Clara

que me inspirou a não desistir de mais

essa conquista em minha vida.

4

RESUMO

Esta monografia tem como tema a Higiene e Segurança do Trabalho.

Os Capítulos estão estruturados com a apresentação do conceito, sua

evolução histórica, definições e enfatiza a contribuição de alguns

pesquisadores ao longo do século XX, para o estudo do mesmo.

Abrange também suas dimensões e destaca os modelos para a avaliação da

Higiene e Segurança do Trabalho.

Oferecer condições de segurança tornou-se exigência legal necessária, as

empresas que ambicionam a competitividade.

Não é uma tarefa simples conciliar saúde, higiene e qualidade de vida aos

novos padrões de conhecimento, aliados à qualificação profissional e aos

novos estilos de vida.

O novo perfil do gestor de recursos humanos, deve exercer papel essencial

no que diz respeito a novas políticas gerenciais.

5

METODOLOGIA

O estudo será realizado conforme pesquisa bibliográfica, ou seja, colhendo

informações de autores consagrados, ou seja, que construíram um trabalho

científico sobre o tema dissertado.

Vale ressaltar também que foi estendido a pesquisa a outros veículos de

informação como: internet, jornais, revistas...

6

SUMÁRIO

RESUMO 04

METODOLOGIA 05

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I - Conceitos de Higiene do Trabalho 09

CAPÍTULO II - Condições Ambientais de Trabalho 12

2.1. Iluminação 13

2.2 Ruído 15

2.3 Condições Atmosféricas 17

2.4 Segurança do Trabalho 17

CAPÍTULO III – Prevenção de Acidentes 20

3.1 Estatística de Acidentes 32

3.2 Identificação das causas dos acidentes 34

3.3 Custo Direto e indireto dos acidentes 36

3.4 Prevenção de roubos 37

3.5 Prevenção de incêndios 39

3.6 Classificação de incêndios 39

3.7 Métodos de extinção de incêndios 39

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA 42

WEBGRAFIA 43

7

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é analisar os programas de segurança e de saúde

que constituem atividades paralelas importantes para a manutenção das

condições físicas e psicológicas do pessoal.

Busca a conscientização de todas as empresas tanto públicas quanto privadas,

que é indispensável o teor deste tema, pois trata questão de melhoria do meio

de vida e das condições de trabalho.

Existem alguns itens de grande necessidade que as empresas devem se

preocupar, itens estes que retratam as condições de trabalho de forma

organizada e específica junto ao empregado, é necessário que também seja

verificado os problemas específicos de determinadas categorias de

trabalhadores, a fim de proporcionar uma maior satisfação junto aos mesmos.

Não basta tão somente avaliar os aspectos a longo prazo de melhoria do

ambiente é necessário e primordial ter um processo continuo, é preciso

organização do trabalho e a concepção dos postos de trabalho juntamente com

uma reparação no espaço das atividades humanas e a sua distribuição no

tempo.

As empresas que atualmente desejam reter e motivar talentos faz-se

necessário à conquista de um ambiente prazeroso e comprometido

envolvendo colaboradores e empresa, buscando a melhoria da qualidade de

vida e consequentemente o clima organizacional da organização.

Para satisfazer o cliente externo, as organizações precisam compreender que

seu maior patrimônio são as pessoas que são responsáveis pelo produto ou

serviço oferecido.

Na busca de resultados em curto prazo, as pessoas que constituem o ativo

mais importante , são deixadas em segundo plano, desconsiderando assim a

importância da criação e das condições que propiciam o crescimento pessoal

e profissional do indivíduo . As relações interpessoais tendem a ser mais

8competitivas, a razão de ser das empresas traduzidas em termos de visão,

missão, objetivos e metas , nem sempre é partilhada e divulgada para

maioria dos que fazem parte.

A pesquisa busca exprimir melhor estas necessidades e aprimorar os

conhecimentos e buscar uma forma de vigilância nas empresas.

9CAPÍTULO I

CONCEITOS DE HIGIENE DO TRABALHO

Higiene e Segurança do Trabalho constituem duas atividades intimamente

relacionadas no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho

capazes de manter certo nível de saúde dos empregados. Segundo o conceito

emitido pela organização Mundial de saúde, a saúde é um estado completo de

bem-estar físico, mental e social e que não consiste na ausência de doença ou

de enfermidade.

Sabemos que a higiene do trabalho refere-se a um conjunto de normas e

procedimentos que visa a proteção da integridade física e mental do

trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes as tarefas do cargo e

ao ambiente físico onde são executadas.

A Higiene do Trabalho está relacionada com o diagnóstico e com a prevenção

de doenças ocupacionais a partir do estudo e controle de duas variáveis: O

HOMEM E SEU AMBIENTEDE TRABALHO.

De acordo com Chiavenato (1989) o plano de higiene do trabalho geralmente

envolve o seguinte;

Plano organizado – prestação não apenas de serviços médicos, mas

também de enfermeiros e auxiliares, dependendo do tamanho da

empresa.

Serviços médicos adequados – envolve dispensário de emergência e

primeiros socorros se for o caso, deve se incluir:

a) Exames médicos de admissão;

b) Cuidados contra injúrias pessoais;

c) Primeiros socorros;

d) Eliminação e controle de áreas insalubres;

e) Registros médicos adequados;

f) Supervisão quanto à higiene e saúde;

g) Relações éticas e de cooperação com as famílias dos empregados

doentes;

10h) Utilização dos hospitais de boas categorias; e

i) Exames médicos periódicos de revisão e check-up;

* Serviços adicionais – como parte do investimento empresarial sobre a

saúde do empregado e da comunidade, incluído:

a) Programa informativo destinado a melhorar os hábitos de vida e

esclarecer sobre assuntos de higiene e saúde;

b) Programa formal de convênios ocorra por ação com entidades locais

para prestações de serviços diversos;

c) Verificações interdepartamentais – em supervisores médicos e

executivos – sobre sinais de desajustamento, que implica mudanças de

tipos de trabalho, de departamento ou de horário;

d) Provisão de cobertura financeira para casos esporádicos de prolongados

afastamentos de trabalho por doenças ou acidentes, por meio de planos de

acidentes de vida em grupo, ou planos de seguro médico em grupo, ou

ainda, incluindo entre os benefícios sociais concedidos pela empresa.

Dessa maneira, mesmo afastado do serviço o emprego percebe o seu

salário normal, que é completado por este plano;

e) Extensão de benefícios médicos a empregados aposentados incluído

planos de pensão ou de aposentadoria.

O Gestor deve enfocar um quadro de saúde e segurança no trabalho

objetivando assegurar uma melhor proteção dos trabalhadores no locar de

trabalho através de medidas de prevenção de acidentes de trabalho e das

doenças profissionais, da informação, da consulta, da participação equilibrada

e da formação dos trabalhadores e seus representantes. Este quadro deve

servir de base para melhorias ambientais físicas e psicológicas do empregado.

A Higiene do trabalho ou higiene industrial como preferir, tem caráter

eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador,

evitando que adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho.

Entre os objetivos principais da higiene do trabalho, estão:

11

eliminação das causas das doenças profissionais;

redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas

doentes ou portadores de defeitos físicos;

prevenção do agravamento de doenças e de lesões; e

manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade

por meio de controle do ambiente de trabalho.

Segundo Baptista (1989) esses objetivos poderão ser obtidos:

pela educação dos operários. Chefes, capatazes, gerentes e etc...,

indicando os perigos existentes e ensinado como evitá-los;

mantendo constante estado de alerta contra os riscos existentes na

fábrica; e

pelos estudos e observações dos processos ou materiais a serem

utilizados.

12CAPÍTULO II

CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO

Segundo Richard ( 1989 )o trabalho das pessoas é profundamente influenciado

por três grupos de condições:

Condições ambientais de trabalho: como a iluminação, temperatura,

ruído etc..

Condições de tempo: como duração da jornada de trabalho, horas

extras, períodos de descanso etc...

Condições sociais: como organização informal, status etc.

A higiene do trabalho ocupa-se do primeiro grupo: as condições ambientais de

trabalho, embora não se descuide totalmente dos outros dois grupos.

Por condições ambientais de trabalho queremos referir-nos às circunstâncias

físicas que envolvem o empregado enquanto ocupante de um cargo, na

organização. É o ambiente físico que envolve o empregado, enquanto ele

desempenha um cargo.

Frederick Herzberg – Teoria dos Dois Fatores - ( Motivação e

Higiene )

Teoria dos dois fatores: os de higiene , cuja ausência causa insatisfação; e os

de motivação ( realização, reconhecimento, satisfação no trabalho,

responsabilidade e desenvolvimento pessoal), necessários à satisfação .

Herzberg acreditava na crença de que a relação de um indivíduo com o seu

trabalho é básica e que sua atitude em relação a este trabalho pode

determinar bem o sucesso ou fracasso de um indivíduo . Ele criou o conceito

de enriquecimento do trabalho ( job enrichment ). O psicólogo investigou a

questão “ O que as pessoas querem de seus trabalhos? “ . Formulando uma

pesquisa , selecionou 200 profissionais ( engenheiros e contadores ) e solicitou

13que os colaboradores descrevessem , situações nas quais se sentiram

excepcionalmente bem ou mal em relação a seu trabalho. Exatas respostas

foram tabuladas e categorizadas . Com o resultado desta pesquisa, Herzberg

concluiu que os fatores que levam a satisfação no trabalho são separados e

distintos dos fatores que levam a insatisfação.

Fatores Higiênicos: são localizados no ambiente que cercam as pessoas .

Essas condições são administradas pela empresa e estão fora do controle

das pessoas. Os principais fatores são ( trabalho, salário, status e segurança

e etc... ), a sua ausência pode deixar o empregado insatisfeito, mas sua

presença não é capaz de satisfazê-lo ou motivá-lo, ou seja, apenas evitam a

insatisfação, mas não provoca a satisfação.

Fatores Motivacionais: estão relacionados com o conteúdo de cargo e a

natureza das tarefas que a pessoa executa. Estão sob o controle do indivíduo

envolvendo sentimentos de crescimento individual , reconhecimentos

profissionais , e dependendo , assim das tarefas que o indivíduo realiza no

seu trabalho. Quando presentes trazem desenvolvimento das motivações

internas.

Os três itens mais importantes das condições ambientais são: iluminação,

ruído e condições atmosféricas.

2.1 ILUMINAÇÃO

A iluminação refere-se à quantidade de luminosidade que incide no local de

trabalho do empregado. Não se trata da iluminação em geral, mas a

quantidade de luz no ponto focal do trabalho. Assim, os padrões de iluminação

são estabelecidos de acordo com o tipo de tarefa visual que o empregado deve

executar: quanto maior a concentração visual do empregado em detalhes e

minúcias tanto mais necessárias a luminosidade no ponto focal de trabalho.

14A má iluminação causa fadiga à vista, prejudica o sistema nervoso, concorre

para a má qualidade do trabalho e é responsável por razoável parcela dos

acidentes. Um sistema de iluminação deve possuir os seguintes requisitos:

a) ser suficiente de modo que cada foco forneça toda quantidade de luz

necessárias a cada tipo de trabalho;

b) ser constante e uniformemente distribuída de modo a evitar a fadiga

dos olhos, decorrente das sucessivas acomodações, em virtude das

variações da intensidade da luz. Deve-se evitar contrastes violentos

de luz e sombra e as oposições de claro e escuro.

c) Ser disposta no sentido de não causar ofuscamento, ou

resplandecência, que tragam fadiga à visão, em face da necessidade

de constantes acomodações visuais.

Os níveis mínimos de tarefa visual são dispersos em classes;

Classe 01 LUXES

Tarefas visuais variáveis e simples 250 a 500

Classe 02

Observação contínua de detalhes 500 a 1000

Classe 03

Tarefas visuais contínuas e de precisão 1000 a 2000

Classe 04

Trabalhos muito delicada e de detalhes + de 2000

Níveis mínimos de iluminação para tarefas visuais (em luxes).

A distribuição da luz pode ser:

I. Iluminação direta faz a luz incidir diretamente sobre a superfície

iluminada. É a mais econômica e a mais utilizada para grandes

espaços.

II. Iluminação indireta faz a luz incidir sobre a superfície a ser iluminada por

meio da reflexão sobre paredes e tetos. É a mais dispendiosa. A luz fica

oculta da vista por alguns dispositivos ou anteparos opacos.

15III. Iluminação semi-indireta combina os dois tipos anteriores, pelo uso de

globos translúcidos para refletir a luz no teto e nas partes superiores das

paredes, que a transmitem para a superfície a ser iluminada (iluminação

indireta). Concomitantemente, alguma luz é difundida diretamente pelo

globo (iluminação dieta), havendo, portanto, dois efeitos luminosos .

IV. Iluminação semi-direta é aquela em que a maior parte da luz é dirigida

diretamente à superfície a ser iluminada (iluminação direta), havendo,

todavia, alguma luz que é refletida por intermédio das paredes e do teto.

Vale ressaltar o artigo da CIPA para conhecimento.

Seção VII - da iluminação

Art.175 Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada,

natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade.

§1o A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a

fim de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes

excessivos.

§2o 0 Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de

iluminamento a serem observados.

2.2 RUÍDO

O ruído é considerado, geralmente, como um som ou barulho

indesejável. O som tem duas características principais: a freqüência e a

intensidade. A freqüência do som é o número de vibrações por segundo,

emitidas pela fonte de ruído, e é medida em ciclos por segundo. A intensidade

do som é medida por decibéis. A evidência e as pesquisas feitas mostram que

o ruído não provoca diminuição no desempenho do trabalho. Todavia, a

influência do ruído sobre a saúde do empregado e, principalmente, sobre sua

audição, é poderosa. A exposição prolongada a níveis elevados de ruído

produz, de certa forma, perda de audição, proporcional ao tempo de exposição.

16Em outros termos quanto maior o tempo de exposição ao ruído maior o grau

de perda da audição.

O efeito desagradável dos ruídos depende da:

a) intensidade do som;

b) variação dos ritmos ou irregularidade; e

c) freqüência ou tom dos ruídos.

A intensidade do som varia enormemente. A menor vibração sonora audível

corresponde a 1 decibel, enquanto os sons extremamente fortes costumam

provocar sensação dolorosa a partir de 120 db. O quadro seguinte permite

rápida idéia da intensidade do som:

A portaria nr. 491, de 16-09-65, do Ministério do Trabalho e Previdência Social,

especifica que o nível máximo de intensidade de ruído em ambiente fabril é de

85 decíbeis. Acima disto, o ambiente é considerado insalubre. Para alguns

autores, ruídos entre 85 e 95 decíbeis podem produzir danos auditivos

crônicos, diretamente proporcionais às intensidades, freqüência e tempos de

exposição.

O controle dos ruídos à eliminação, ou, pelo menos, à redução dos sons

indesejáveis. Genericamente, os ruídos industriais podem ser:

a) contínuos (como máquinas, motores ou ventiladores);

b) intermitentes (como prensas, ferramentas pneumáticas, forjas); e

c) variáveis (como pessoas que falam, manejo de ferramentas ou

materiais).

Os métodos mais amplamente utilizados para o controle dos ruídos na

indústria, geralmente, podem ser incluídos em uma das quatro classificações

abaixo:

a) eliminação do ruído no elemento que o produz, mediante

reparação ou novo desempenho da máquina, engrenagens,

polias, correias etc;

17b) separação da fonte do ruído, mediante ou montagem das

máquinas e demais equipamentos sobre molas, feltros ou

amortecedores de ruído;

c) encerramento da fonte de ruído dentro de paredes à prova de

ruídos; e

d) tratamento dos tetos, paredes e solos em forma acústica para a

absorção de ruídos.

2.3 CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS

As condições atmosféricas que envolvem o cargo são, principalmente, a

temperatura e a unidade. Outros fatores também são importante como

ventilação, composição do ar, pressão barométrica, condições tóxicas.

2.4 SEGURANÇA DO TRABALHO

Segurança e Higiene do Trabalho são atividades interligadas que repercutem

diretamente sobre a continuidade da produção e sobre o moral dos

empregados.

Segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais,

médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando

as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as

pessoas da plantação de práticas preventivas. Seu emprego é indispensável

para o desenvolvimento satisfatório do trabalho. Seu emprego é indispensável

para o desenvolvimento satisfatório do trabalho. É cada vez maior o número de

empresas que criam seus próprios serviços de segurança. Dependendo do

esquema de organização da empresa, os serviços de segurança tem a

finalidade de estabelecer normas e procedimentos, pondo em prática os

recursos possíveis para conseguir a prevenção de acidentes e controlando os

resultados obtidos. Muitos serviços de segurança não obtém resultados, e até

mesmo fracassa, porque não estão apoiados em diretrizes básicas bem

delineadas e compreendidas pela direção da empresa ou porque deve ser

18estabelecido partindo-se do princípio de que a prevenção de acidente é

alcançada pela aplicação de medidas de segurança adequadas e que só

podem ser bem aplicadas por meio de um trabalho de equipe. A rigor, a

segurança é uma responsabilidade de linha e uma função de staff. Em outros

termos, cada chefe é responsável pelos assuntos de segurança de sua área,

muito embora exista na empresa um órgão de segurança para assessorar

todas as chefias em relação a este assunto.

Não se deve confundir o órgão de segurança da empresa com a CIPA:

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a mesma é regida pela Lei n.º

6.514 de 22/12/77 e regulamentada pela NR-5 do Ministério do Trabalho, a

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA foi aprovada pela

portaria n.º 3.214 de 08/06/76, publicada no D.O.U. de 29/12/94 e modificada

em 15/02/95. A CIPA é uma comissão composta por representantes do

empregador e dos empregados, e tem como missão a preservação da saúde e

da integridade física dos trabalhadores e de todos aqueles que interagem com

a empresa. A PUC, através do seu Serviço de Segurança e Medicina do

Trabalho e da CIPA, tem dedicado especial atenção aos problemas de

Medicina e Segurança do Trabalho. Boa parte desses esforços concentram-se

na conscientização dos funcionários, em todos os níveis. Sem essa

conscientização, o esforço do Serviço de Segurança e da CIPA esbarram em

dificuldades intransponíveis. A Segurança do Trabalho começa no trabalhador.

Daí a necessidade de informá-lo e treiná-lo através de cursos, palestras e

textos elucidativos.

A CIPA é uma imposição legal da C.L.T ( Consolidação das Leis do Trabalho ).

Nas empresas onde existem as duas, embora trabalhem em conjunto, com o

mesmo objetivo, CIPA e órgão de segurança devem ser chamados pelos seus

verdadeiros nomes e merecer a devida distinção. À CIPA cabe apontar os atos

inseguros dos trabalhadores e as condições de insegurança. Enfim, deve

fiscalizar o que já existe. Já o órgão de segurança aponta soluções, a CIPA

tem especial importância nos programas de segurança da pequena e média

indústria. Mas nas grandes seu conceito está mais evoluído: os membros da

CIPA auxiliam os supervisores e chefes nos assuntos de segurança.

19Um plano de segurança envolve necessariamente os seguintes requisitos:

a) a segurança em si é uma responsabilidade de linha e uma função

de staff, em face da sua especialização;

b) as condições de trabalho, o ramo de atividade, o tamanho, a

localização da empresa etc. Determinam os meios materiais

preventivos

c) a segurança não deve ficar restrita somente à área de produção.

Os escritórios, depósitos etc... também oferecem riscos cujas

implicações afetam a empresa toda;

d) o problema de segurança envolve necessariamente a adaptação

do homem ao trabalho ( seleção de pessoal ), adaptação do

trabalho ao homem ( racionalização do trabalho ), além de fatores

sócio-psicológicos, razão pela qual certas empresas vinculam a

segurança ao órgão de Recursos Humanos;

e) a segurança do trabalho em certas empresas pode chegar a

mobilizar elementos para o treinamento e doutrinação de técnicos

e operários, controle de cumprimento de normas de segurança,

simulação de acidentes, inspeção periódica dos equipamentos de

combate a incêndios, primeiros socorros; e a escolha , aquisição e

distribuição de uma série de peças de roupagem do pessoal (

óculos de segurança, luvas, macacões, botas etc... ), em

determinadas áreas da empresa.

A segurança do trabalho tem três áreas principais de atividade, a saber:

1. Prevenção de acidentes.

2. Prevenção de Roubos.

3. Prevenção de Incêndios.

Cada uma dessas três áreas será tratada separadamente, veremos isto no

próximo capítulo

20

CAPÍTULO III

PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Os acidentes do Trabalho e Seus Aspectos Legais:

O empregador pode, dentro de seu poder regulamentar, elaborar regulamento

interno que institua normas sobre utilização de roupas e sobre a aparência em

geral de todos os funcionários da empresa (uso de chinelos, bermudas,

camisetas cavadas, etc.), ainda que não esteja obrigado pela legislação ao

fornecimento de uniformes ou roupas especiais para o trabalho. O regulamento

interno também pode prever normas quanto ao asseio dos empregados, com

apresentar-se de unhas cortadas, cabelos presos para mulheres e curtos para

homens, dependendo da atividade exigida pelo profissional. Desta forma, cabe

a cada empregador, observar as atividades internas e a necessidade de boa

apresentação diante dos seus clientes, estabelecer regras de conduta a serem

seguidas por seus empregados. As Leis 8.212 e 8.213 de 9/12/91 estabelecem

a responsabilidade civil do empregador pelo acidente do trabalho e a co-

responsabilidade dos diretores, sócios, gerentes e administradores por crimes

contra a Previdência Social também autoriza a Previdência promover ação

regressiva contra a empresa ou terceiros causadores do acidente do trabalho,

garantindo a estabilidade de emprego ao acidentado por 12 meses após à

cessação do auxílio-doença da Previdência Social . As definições de acidentes

são muito variadas. Um grupo de consultores da Organização Mundial da

Saúde definiu acidente como “ um fato não premeditado do qual resulta dano

considerável”. O National Safety Council define-o como “ uma ocorrência numa

série de fatos que, em geral e sem intenção, produz lesão corporal, morte ou

dano material”. Segunda Baptista ( 1989 ) lembra que “ essas definições

caracterizam-se por considerar o acidente sempre como um fato súbito,

inesperado, imprevisto ( embora algumas vezes previsível ) e não premeditado

ou desejado; e , ainda, como causador de dano considerável, embora não

especifique se trata de dano econômico ( prejuízo material ) ou de dano físico

às pessoas ( sofrimento, invalidez ou morte )”.

21

Aos trabalhadores deve ser garantida formação adequada e suficiente, tendo

em conta as funções e o posto de trabalho.

Esta formação deve realizar-se de preferência durante o horário de trabalho.

DIREITO A RESGUARDAR-SE

O trabalhador tem o direito de se afastar do posto e do local de trabalho em

caso de perigo iminente e grave, sem ser prejudicado por isso.

DIREITO DE CONSULTA

Os representantes dos trabalhadores ou, na sua falta, os próprios

trabalhadores devem ser consultados sobre:

As medidas de higiene e segurança entes de serem postas em prática;

As medidas que, pelo seu impacte nas tecnologias e nas funções,

tenham repercussão sobre a segurança e saúde no trabalho;

O programa e a organização da formação no domínio da segurança,

higiene e saúde no trabalho;

A designação e a exoneração dos trabalhadores de segurança, higiene

e saúde no trabalho;

A designação dos trabalhadores encarregados de pôr em prática às

medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e da evacuação

dos trabalhadores.

DIREITO DE PARTICIPAÇÃO

Os trabalhadores e os seus representantes podem alertar, apresentar

reivindicações e propostas, de modo a minimizar qualquer risco profissional.

22

OBRIGAÇÕES DOS TRABALHADORES

Cumprir as prescrições de SHS no trabalho;

Zelar pela segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde das

outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas ações ou omissões

no trabalho;

Utilizar corretamente máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias

perigosas e outros equipamentos e meios postos à sua disposição;

Cooperar para a melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde no

local de trabalho;

Alertar imediatamente os responsáveis para as avarias e deficiências

detectadas.

MODALIDADES DE SERVIÇOS A ADOTAR PELAS EMPRESAS

A entidade empregadora pode adotar uma das seguintes modalidades:

Serviços Internos

Criados pela empresa, exclusivamente com trabalhadores da empresa e

funcionamento sob o seu enquadramento hierárquico;

Serviços Interempresas

Criados por várias empresas para utilização comum, por acordo escrito e

aprovado pelo IDICT;

23

Serviços Externos

Contratados pelas empresas, mediante contrato escrito, com a comunicação ao

IDICT até 30 dias depois do início da atividade da entidade prestadora de

serviços. As entidades prestadoras de serviços externos têm que ser

autorizadas pelo IDICT.

Os serviços devem ser dirigidos e acompanhados por técnicos com curso

superior e formação específica.

Para elegeres os teus representantes, contacta o teu sindicato ou os delegados

sindicais

Todos os trabalhadores têm de estar abrangidos por medidas que defendem a

sua segurança e a sua saúde na empresa ou no serviço onde trabalham.

TOMEMOS A INICIATIVA

A organização e a participação dos trabalhadores em matérias de segurança,

higiene e saúde no trabalho é um direito legal. É por força do decreto-lei

441/91, de legislação específica setorial já existente e das convenções

coletivas de trabalho.

O importante agora é:

* Conhecer bem esse direito;

Organizar-se para exerce-lo em todos os locais de trabalho.

Têm que ser os trabalhadores a impulsionar a criação da estrutura de

prevenção dos acidentes e doenças profissionais. Os patrões não estão

interessados em que as coisas avancem. O governo, esse, pouco tem feito

para cumprir a legislação existente.

24Vamos eleger os verdadeiros representantes dos trabalhadores. Vamos eleger

os nossos delegados para as questões de segurança, higiene e saúde. Nada

obsta a que o processo arranque. Foi isso que o Governo disse à Comunidade

Européia.

Vamos cumprir o nosso dever, elegendo, e obrigar os patrões e o Governo a

criarem condições para que os eleitos exerçam as suas funções.

Pela nossa saúde.

OBRIGAÇÕES DA ENTIDADE PATRONAL

O empregador é obrigado a assegurar aos trabalhadores condições de

segurança, higiene e saúde em todos os aspectos relacionados com o trabalho,

devendo designadamente.

Evitar riscos, combate-los na origem e avaliar os que não podem ser

evitados;

Conceber locais de trabalho e métodos de produção, escolher os

equipamentos de trabalho e selecionar as substâncias ou preparados

químicos que ofereçam o menor risco possível;

Atenuar o trabalho monótono e cadenciado;

Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou representa

menos perigo;

Planificar a prevenção no local de trabalho, tendo em conta a

componente técnica, a organização do trabalho, as relações sociais e os

fatores inerentes do trabalho;

Assegurar as condições para que os representantes dos trabalhadores

exerçam as suas funções;

Identificar e avaliar os riscos;

Planear a prevenção e coordenar medidas a tomar em caso de perigo

grave e iminente;

25

Promover e vigiar a saúde dos trabalhadores e recolher e organizar os

elementos estatísticos relativos à segurança e saúde da empresa;

Analisar os acidentes de trabalho e as doenças profissionais;

Afixar a sinalização de segurança necessária nos locais de trabalho;

Coordenar inspeções internas de segurança;

Manter atualizados os elementos sobre a situação da empresa para

consulta.

DIREITOS DOS TRABALHADORES

DIREITO A ELEGER REPRESENTANTES

O representantes dos trabalhadores para a SHST variam entre 1 (empresas

com menos de 61 trabalhadores) e 7 (empresas com mais de 1.500

trabalhadores). São eleitos por voto direto e secreto, segundo o método da

representação por método de Hondt.

Só podem concorrer listas apresentadas pelas organizações sindicais que

tenham trabalhadores representados na empresa ou listas subscritas, no

mínimo, por 20% dos trabalhadores da empresa.

Nenhum trabalhador pode integrar nem subscrever mais que uma lista.

Cada lista tem que apresentar tantos candidatos efetivos e tantos suplentes

quantos os representantes possíveis para a empresa ou serviço.

DIREITO À INFORMAÇÃO

Os trabalhadores, assim como os seus representantes na empresa,

estabelecimento ou serviço, devem dispor de informação permanente e

atualizada:

a) Na altura da admissão, mudança de postos de trabalho ou de funções;

26b) Quando os equipamentos mudam ou sofrem alterações;

c) Quando é adotada uma nova tecnologia;

d) Quando se realizam atividades que envolvam trabalhadores de diversas

empresas.

As instruções nas máquinas e nos materiais que os trabalhadores manuseiam

têm de ser em português.

É OBRIGATÓRIA A INFORMAÇÃO SOBRE:

Os riscos (a sinalização deve estar afixada nos locais de trabalho);

As medidas de proteção e prevenção relativas quer ao posto de

trabalho, quer à empresa ou serviço em geral;

As medidas a cumprir em caso de perigo grave e iminente;

As medidas de primeiros socorros, combate a incêndios e evacuação de

trabalhadores e sobre quais os trabalhadores ou os serviços

encarregados de as pôr em prática.

DIREITO À FORMAÇÃO

Aos trabalhadores deve ser garantida formação adequada e suficiente, tendo

em conta as funções e o postos de trabalho. Esta formação deve realizar-se de

preferência durante o horário e trabalho.

DIREITO A RESGUARDAR-SE

O trabalhador tem o direito de se afastar do posto e do local de trabalho em

caso de perigo iminente e grave, sem ser prejudicado por isso.

DIREITO DE CONSULTA

Os representantes dos trabalhadores ou, na sua falta, os próprios

trabalhadores devem ser consultados sobre:

27

As medidas de higiene e segurança antes de serem postas em prática;

As medidas que, pelo seu impacte nas tecnologias e nas funções,

tenham repercussão sobre a segurança e saúde no trabalho;

O programa e a organização da formação no domínio da segurança,

higiene e saúde no trabalho;

A designação e a exoneração dos trabalhadores de segurança, higiene

e saúde no trabalho;

A designação dos trabalhadores encarregados de pôr em prática às

medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e da evacuação

dos trabalhadores.

DIREITO DE PARTICIPAÇÃO

Os trabalhadores e os seus representantes podem alertar, apresentar

reivindicações e propostas, de modo a minimizar qualquer risco profissional.

OBRIGAÇÕES DOS TRABALHADORES

Cumprir as prescrições de SHS no trabalho;

Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde

das outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas ações ou

omissões no trabalho;

Utilizar corretamente máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias

perigosas e outros equipamentos e meios postos à sua disposição;

Cooperar para a melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde no

local de trabalho;

Alertar imediatamente os responsáveis para as avarias e deficiências

detectadas.

28RESPONSABILIDADES PELAS ATIVIDADES DE S.H.S.

A organização das atividades de higiene e segurança é da responsabilidade

patronal e são seus objetivos:

Prever as condições ao nível das instalações, equipamentos e

processos de trabalho;

Identificar e avaliar os riscos;

Planear a prevenção e coordenar medidas a tomar em caso de perigo

grave iminente;

Promover e vigiar a saúde dos trabalhadores e recolher e organizar os

elementos estatísticos relativos à segurança e saúde na empresa;

Analisar os acidentes de trabalho e as doenças profissionais;

Afixar a sinalização de segurança necessária nos locais de trabalho;

Coordenar inspeções internas de segurança;

Manter atualizados os elementos sobre a situação da empresa para consulta.

A segurança busca minimizar os acidentes do trabalho, podemos conceituar

acidente de trabalho como decorrente do trabalho, provocando, direta ou

indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que determina

a morte, a perda total ou parcial permanente ou temporária da capacidade

para o trabalho. A palavra acidente já significa ato imprevisto, perfeitamente

evitável na maioria dos casos. Segundo Chiavenato os acidentes do trabalho

classificam-se em:

Acidente sem afastamento: Após o acidente, o empregado continua

trabalhando, este tipo de acidente não é considerado nos cálculos dos

coeficientes de freqüência e de gravidade, embora deva ser investigado e

anotado em relatório, além de exposto nas estatísticas mensais.

Acidente com afastamento: É aquele que pode resultar :

a) Incapacidade temporária é a perda total da capacidade para o trabalho

durante o dia do acidente ou que se prolongue por período menor que

um ano. No retorno, o empregado assume sua função sem redução de

capacidade, em caso de acidente sem afastamento, onde ocorra

29agravamento de lesão, que determine o afastamento, o acidente

receberá nova designação, isto é, será considerado acidente com

afastamento, e o período de afastamento será iniciado no dia em que se

constatou o agravamento da lesão. Neste caso, será mencionado no

relatório do acidente e no relatório do mês.

b) Incapacidade permanente parcial é a redução permanente e parcial da

capacidade para o trabalho, ocorrida no mesmo dia, ou que se

prolongue por período menor que um ano.

A incapacidade permanente parcial é geralmente motivado por:

perda de qualquer membro ou parte do mesmo;

redução da função de qualquer membro ou parte do mesmo;

perda da visão ou redução funcional de um olho;

perda da audição ou redução funcional de um ouvido; e

quaisquer outras lesões orgânicas, perturbações funcionais ou

psíquicas, que resultem, na opinião do médico, em redução de menos

de três quartos da capacidade de trabalho.

c) Incapacidade total permanente é a perda total, em caráter permanente,

da capacidade de trabalho.

* A incapacidade total permanente é geralmente motivada por:

perda da visão de ambos os olhos;

perda da visão de um olho com redução, em mais da metade, da visão

do outro,

perda anatômica ou impotência funcional de mais de um membro de

suas partes essenciais ( mão ou pé );

perda da visão de um olho, simultânea à perda anatômica ou impotência

funcional de uma das mãos ou de um pé;

perda de audição de ambos os ouvidos ou, ainda, redução, em mais da

metade, de sua função;

quaisquer outras lesões orgânicas, perturbações funcionais ou

psíquicas,

30permanentes, que ocasionem, sob opinião médica, a perda de três

quartos ou mais da capacidade para o trabalho.

d) Morte.

Seção V - das medidas preventivas de medicina do

trabalho

Art.168 Será obrigatório o exame médico do empregado, por conta do

empregador.

§ 1o Por ocasião da admissão, o exame médico obrigatório

compreenderá investigação clínica e, nas localidades em que houver,

abreugrafia.

§ 2o Em decorrência da investigação clínica ou da abreugrafia, outros

exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para

apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a

função que deva exercer.

§ 3o O exame médico será renovado, de seis em seis meses, nas

atividades e operações insalubres, e, anualmente, nos demais casos. A

abreugrafia será repetida a cada dois anos.

§ 4o O mesmo exame médico de que trata o § 1o será obrigatório por

ocasião da cessação do contrato de trabalho, nas atividades, a serem

discriminadas pelo Ministério do Trabalho, desde que o último exame

tenha sido realizado há mais de 90 (noventa) dias.

§ 5o Todo estabelecimento deve estar equipado com material

necessário à prestação de primeiros socorros médicos.

Art. 169 Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das

produzidas em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou

objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo

Ministério do Trabalho.

31

Seção XV - das outras medidas especiais de proteção

Art.200 Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições

complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as

peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:

I. medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de

proteção individual em obras de construção, demolição ou

reparos;

II. depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis,

inflamáveis e explosivos, bem como trânsito e permanência nas

áreas respectivas;

III. trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras,

sobretudo quanto à prevenção de explosões, incêndios,

desmoronamentos e soterramentos, eliminação de poeiras,

gases, etc. e facilidades de rápida saída dos empregados;

IV. proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas

adequadas, com exigências ao especial revestimento de portas e

paredes, construção de paredes contra-fogo, diques e outros

anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação,

corredores de acesso e saídas amplas e protegidas, com

suficiente sinalização;

V. proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos,

sobretudo no trabalho a céu aberto, com provisão, quanto a este,

de água potável, alojamento e profilaxia de endemias;

VI. proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas,

radiações ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e

trepidações ou pressões anormais ao ambiente de trabalho, com

especificação das medidas cabíveis para eliminação ou

32atenuação desses efeitos, limites máximos quanto ao tempo de

exposição, à intensidade da ação ou de seus efeitos sobre o

organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites

de idade, controle permanente dos locais de trabalho e das

demais exigências que se façam necessárias;

VII. higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências,

instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros,

lavatórios, vestiários e armários individuais, refeitórios ou

condições de conforto por ocasião das refeições, fornecimento de

água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e

modo de sua execução, tratamento de resíduos industriais;

VIII. emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas

sinalizações de perigo.

Parágrafo único. Tratando-se de radiações ionizastes e explosivos, as normas

a que se referem este artigo serão expedidas de acordo com as resoluções a

respeito adotadas pelo órgão técnico.

3.1 ESTATÍSTICADE ACIDENTES

A VI Conferência Internacional de estatística do Trabalho, reunida em 1947, em

Montreal, estaleceu o Coeficiente de Freqüência de Gravidade como medidas

para controle e a avaliação dos acidentes. Ambos os coeficiente são utilizados

em quase todos os países, permitindo comparações internacionais ao lado de

comparações entre ramos diferentes de indústrias.

Para o cálculo do CF são necessárias as seguintes informações:

Número médio de empregados da empresa em determinado intervalo de

tempo ( dia, mês ou ano ) é a relação entre o total de horas trabalhadas

por todos os empregados nesse intervalo de tempo e a duração normal

33do trabalho no mesmo intervalo ( com base em 08 horas por dia, 25

dias ou 200 horas por mês, e 300 dias ou 2.400 horas por ano )

Homens/horas trabalhadas é o número que exprime a soma de todas as

horas efetivamente trabalhadas por todos os empregados da empresa,

inclusive do escritório, da administração , de vendas ou de outras

funções. São horas em que os empregados estão sujeitos a acidentes

no trabalho. No número de horas/homens trabalhadas devem ser

incluídas as horas extras e excluídas as horas remuneradas não

trabalhadas, tais como as decorrentes de faltas abonadas, licenças,

ferias, enfermidades e descanso remunerado. Para o empregado, cujas

horas efetivamente trabalhadas sejam de difícil determinação, serão

consideradas 08 horas por dia de trabalho. O número de horas/homens

trabalhadas refere-se à totalidade dos empregados da empresa,

devendo-se em caso diferente, mencionar a seção ou o departamento a

que se referir .

Coeficiente de Gravidade ( CG ) significa o número de dias perdidos e

computados em cada milhão de homens/horas trabalhadas, durante o

período de tempo considerado. É um índice que relaciona a quantidade de

afastamento com cada milhão de homens/horas trabalhadas, a fim de

ensejar comparações com outros tipos e tamanhos de indústrias.

Para o cálculo do CG são necessárias as seguintes informações:

Dias perdidos é o total de dias nos quais o acidente fica incapacitado

para o trabalho em conseqüência de acidente com incapacidade

temporária. Os dias são dias corridos, contados do dia imediatamente

seguinte ao do acidente até o dia da alta médica, inclusive. Portanto, na

contagem dos dias perdidos incluem-se os domingos, os feriados ou

qualquer outro dia em que haja trabalho na empresa. Em caso de

acidente, inicialmente considerado sem afastamento, mas, que por justa

razão, passar a ser incluído entre os acidentes com afastamento, a

34contagem dos dias perdidos será iniciada no dia da comunicação do

agravamento da agressão da lesão.

3.2 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DOS

ACIDENTES

A maior parte dos acidentes é provocada por causas que podem ser

identificadas e removidas, para que não continuem provocando novos

acidentes, de acordo com a Americana Standadrs Association, as principais

causas dos acidentes são as seguintes:

1. O agente é definido como o objeto ou a substância ( a máquina, o local

ou equipamento eu poderiam ser adequadamente protegidos )

diretamente relacionados com a lesão com a prensa, a mesa, o martelo,

a banheira etc...

Seção XI - das máquinas e equipamentos

Art.184 As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos

de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de

acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento

acidental.

Parágrafo único. É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o

uso de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo.

Art.185 Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com

as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do

ajuste.

35Art.186 O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre

proteção e medidas de segurança na operação de máquinas e equipamentos,

especialmente quanto à proteção das partes móveis, distância entre estas, vias

de acesso às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego de

ferramentas, sua adequação e medidas de proteção exigidas quando

motorizadas ou elétricas.

1. A parte do agente é aquela que está estreitamente associada ou

relacionada com a lesão como volante da prensa, o pé da mesa, a cabo do

martelo, o piso da banheira etc...

2. A condição insegura é a condição física ou mecânica, existente no local,

na máquina , no equipamento ou na instalação ( que poderia ter sido protegida

ou corrigida) e que leva à ocorrência do acidente, assim como piso

escorregadio, oleoso, molhado, com saliência ou buraco, máquina desprovida

de proteção ou com polias e partes móveis desprotegidas, instalação elétrica

com fios descascados; motores sem fio-terra, iluminação deficiente ou

inadequada.

3. O tipo de acidente é a forma ou o modo de contato entre o agente do

acidente e o acidentado, ou, ainda, o resultado desse contato como as batidas,

tombos, escorregões, choques etc.

4. O ato inseguro é a violação de procedimento aceito como seguro, ou

seja, deixar de usar equipamento de proteção individual, distrair-se ou

conversar durante o serviço, fumar em área proibida, lubrificar ou limpar

máquina em movimento.

5. O fator pessoal de insegurança é qualquer característica, deficiência ou

alteração mental, psíquica ou física – acidental ou permanente, que permite o

ato inseguro. São problemas como visão defeituosa, fadiga ou intoxicação,

problemas do lar, desconhecimento das normas e regras de segurança.

36

3.3 CUSTO DIRETO E INDIRETO DOS ACIDENTES

O acidente do trabalho constitui fator negativo para a empresa, para o

empregado e para a sociedade. Suas causas e custos devem ser analisados.

O Seguro de Acidentes do Trabalho evidentemente cobre apenas os gastos

com despesas médicas e indenizações ao acidentado. As demais modalidades

de seguro contra riscos fortuitos como o fogo, por exemplo, propiciam à

seguradora a fixação de taxas de acordo com o risco individual existente em

cada empresa.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na sua norma 18-R

estabelece que o custo direto do acidente é o total das despesas decorrentes

das obrigações para com os empregados expostos aos riscos inerentes ao

exercício do trabalho, como as despesas com assistência médica e hospitalar

aos acidentados e respectivas indenizações, sejam estas diárias ou por

incapacidade permanente. Em geral, estas despesas são cobertas pelas

companhias de seguro.

O custo indireto do acidente do trabalho, segundo a ABNT, envolve todas as

despesas de fabricação, despesas gerais, lucros cessantes e demais fatores

cuja incidência varia conforme a indústria. Já o INPS inclui no custo indireto do

acidente do trabalho os seguintes itens: gastos do primeiro tratamento,

despesas sociais, custo do tempo perdido pela vítima, perda por diminuição do

rendimento no retorno do acidentado ao trabalho, perda pelo menor rendimento

do trabalhador que substitui temporariamente o acidentado, cálculo do tempo

perdido pelos colegas de trabalho etc.

Aceita-se, em diversos países, a proporção de 4 para 1, entre os valores do

custo indireto e direto. O custo indireto representa, portanto, 4 vezes o custo

direto do acidente no trabalho, sem se falar na tragédia pessoal e familiar que o

acidente de trabalho pode provocar.

37

3.4 Prevenção de roubos (vigilância)

De modo geral, cada indústria tem seu serviço de vigilância com características

própria, não se podendo aplicar numa o que é feito em outra. Além disso, as

medidas preventivas devem ser revistas com freqüência, para evitar a rotina

que chega a tornar os planos obsoletos.

Um plano de prevenção de roubos(vigilância) geralmente inclui:

a) Controle de entrada e saída de pessoal

É um controle efetuado geralmente na portaria da indústria,

quando da entrada ou saída do pessoal. Trata-se de um controle

que pode ser visual ou baseado na revista pessoal de cada

indivíduo que ingressa ou sai da fábrica. Pode ser controle de

amostra (baseado em sorteio por meio de aparelho eletrônico que

cada empregado deve acionar) ou cem por cento. Geralmente

este controle se restringe ao nível de operários, por ser revestido

de aspectos pouco enaltecedores, pois está totalmente

sintonizado com a Teoria “X” de McGregor e assemelha-se ao

Sistema 1 – Autoritário Coercitivo – descrito por Likert. É

amplamente utilizado em nossas fábricas.

b) Controle de entrada e saída de veículos

A maioria das empresas exerce fiscalização mais ou menos rígida

quanto a veículos, principalmente caminhões de sua frota de

transportes ou veículos que tragam ou levem mercadorias ou

matérias-primas. Quando se trata de veículos da empresa, como

caminhões, peruas ou carros, a portaria anota na entrada e saída

da fábrica o conteúdo, o nome do motorista e, algumas vezes, a

quilometragem do veículo.

38c) Estacionamento fora da área da fábrica

Em geral, as indústrias mantêm estacionamento dos carros de

seus empregados fora da área da fabrica, a fim de evitar o

transporte clandestino de produtos, componentes ou ferramentas.

Algumas indústrias não permitem o acesso dos empregados aos

seus carros no estacionamento durante o horário de trabalho.

d) Ronda pelos terrenos da fábrica e pelo interior da fábrica

É muito comum esquemas de ronda dentro da fábrica e pelos

arredores, principalmente fora do horário de trabalho, não

somente para efeito de vigilância, como também para verificação

de prevenção de incêndios.

e) Registro de máquinas, equipamentos e ferramentas

As máquinas, equipamentos e ferramentas utilizadas pelo pessoal

são geralmente registradas e inventariadas periodicamente. As

ferramentas e instrumentos utilizados pelos operários são

geralmente depositados ao fim de cada jornada de trabalho no

respectivo almoxarifado, para efeito de controle e prevenção de

furtos. Algumas empresas, quando da admissão de operários,

fazem recibos de entrega de ferramentas, cabendo ao operário a

responsabilidade pela sua manutenção.

f) Controle contábeis

Certos controles contábeis são efetuados principalmente nas

áreas de compras, almoxarifado, expedição e recepção de

mercadorias, são aferidos periodicamente por empresas externas

de auditoria, os casos de superfaturamento ( compra de produtos

a preços maiores do que estipula a nota fiscal ), subfaturamento (

venda a preços menores do que consta na fatura ) ou pagamento

de faturas sem se dar baixa no registro possibilitam a localização

de evasão de mercadorias .

39

3.5 PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

A prevenção e o combate a incêndios, principalmente quando há mercadorias,

equipamentos e instalações valiosas a proteger, exigem um planejamento

cuidadoso.

É necessário um conjunto de extintores adequados, dimensionamento do

reservatório de água, sistema de detecção e alarme, como também o

treinamento do pessoal são pontos-chave.

O fogo que provoca um incêndio é uma reação química do tipo oxidação

exotérmica , ou seja, queima de oxigênio com liberação de calor, segundo

Chiavenato para haver a reação, é necessário ser composta de combustível,

comburente e catalisador.

3.6 CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Segundo Baptista ( 1989 ), para maior facilidade na estratégia de sua extinção,

os incêndios podem ser classificados em quatro categorias principais :

papel ;

líquidos inflamáveis;

equipamentos elétricos ligados;

gases inflamáveis sob pressão.

3.7 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS

Segundo Chavetando o fogo é o resultado da reação de três elementos

( combustível, oxigênio do ar e temperatura ), sua extinção exige, pelo menos,

a eliminação de um dos elementos que compõem o “ triângulo do fogo “.

Extinguir o incêndio pode ocorrer através da remoção ou isolamento do

combustível, abafamento: neutralização do comburente e resfriamento:

neutralização da temperatura .

40

CONCLUSÃO

A Teoria Comportamental tem como resultado a relação humana, havendo uma

reciprocidade entre empregador e empregado , mesmo que os interesses

sejam diversos. Entretanto existe uma necessidade de se desenvolver um

corpo de conhecimento para cada tipo de organização.

As sociedades criam sistemas produtivos para realizar atividades necessárias

ao crescimento e desenvolvimento. Estes sistemas se caracterizam de várias

formas: grandes, pequenos, autoritários, burocráticos, democráticos,

centralizadores autônomos, artesanais capitalistas, etc. Cada um com suas

características e processos, mas apesar da diversidade entre eles, todos pelo

menos algo em comum, ou seja, não podem prescindir das pessoas.

Antes de iniciar qualquer programa, uma organização deve conhecer as reais

necessidades de seus colaboradores, caso contrário estará perdendo tempo

e dinheiro. É importante que a empresa compreenda exigências de seus

diversos públicos internos e crie programa onde a adesão seja avaliada .

primeiro passo para que uma organização invista em Qualidade de Vida

no Trabalho é entender o que “ as pessoas ‘ tem como expectativa de

qualidade de vida. Enquanto para uns uma jornada de trabalho flexível

é de grande valia , para outros é uma grande bobagem .

É impossível agradar a todos, mas pelo menos se pode conseguir uma curva

de tendências que deve ser observada para evitar trabalho inútil.

Embora a necessidade de produzir e com isso gerar lucros, devemos levar em

conta que não estamos vivendo na época do Taylorismo.

A Segurança do Trabalho focaliza a prevenção de acidente, de roubos e de

incêndios. Na prevenção de acidentes, o órgão de segurança é

complementado pela CIPA. A avaliação dos acidentes é feitas através do

Coeficiente de Freqüência e do Coeficiente de Gravidade que permitem a

comparação com a situação de outras empresas. A prevenção de acidentes

procura identificar as causas dos acidentes, a fim de removê-las e evitar que

41continuem provocando novos acidente. O custo indireto de um acidente do

trabalho geralmente representa quatro vezes o seu custo direto. A prevenção

de roubos inclui esquemas de vigilância e de controle internos na empresa, a

prevenção de incêndios parte do conceito de triângulo do fogo que permite

classificar os tipos de incêndio e os métodos mais eficazes de prevenção e de

combate a cada um deles.

A abordagem da higiene e segurança no trabalho se volta cada vez mais

para a melhoria das condições de saúde das pessoas, a preservação da

sanidade física e mental, boa alimentação e, consequentemente , a qualidade

de vida das pessoas e sua capacidade de produzir mais e melhor. Trabalhar

com qualidade de vida não centrar-se nas doenças , ainda que se tente

preveni-las. Ações como estas foram desejadas e muitas vezes

implementadas por pessoas que trabalham. A lacuna que se instala neste

contexto é sabe e reconhecer o comportamento do ser humano em

organizações chamadas competitivas, que podem ou não pertencer ao

mundo pessoal do colaborador e gerar melhores condições de vida.

A capacidade e habilidade das organizações em desenvolver estratégias que

permitam continuar na liderança são um desafio enorme, porém crucial para

sua sobrevivência . As empresas que não conseguirem manter o ritmo de

evolução de novas formas e tecnologias perderão o trem da história,

renegadas a um segundo plano dentro deste novo cenário competitivo.

42

BIBLIOGRAFIA

Chiavenato, Idalberto. RECURSOS HUMANOS. Edição compactada São

Paulo: Editora Atlas S.A., 1989.

Moller, C. O Lado Humano da Qualidade. São Paulo: Pioneira, 1992.

Signorini, Márcio. Qualidade de Vida no trabalho. Rio de Janeiro: Taba Cultural,

2000.

43

WEBGRAFIA

http://www.rh.com.br

http://www.puc-rio.br/parcerias/CIPA/homeCIPA.html