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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DE PESSOAS Por: Fellipe Lucius Soares de Lima Orientadora Prof. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DE PESSOAS

Por: Fellipe Lucius Soares de Lima

Orientadora

Prof. Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Gestão de pessoas

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Empresarial

Por: Fellipe Lucius Soares de Lima

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, por estar sempre presente em minha vida e por ter me ajudado em cada momento da minha vida. Aos meus familiares, agradeço pelo simples fato de vocês existirem e estarem ao meu lado. Aos mestre pela sua dedicação e paciência..

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho monográfico aos meus pais, pelo grande incentivo para que eu estudasse e chegasse até a formatura, apesar de todas as barreiras ao longo do caminho, às dificuldades da vida.

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RESUMO

Sem pessoas não haveria a Gestão de pessoas. Em resumo, as organizações são

constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir

suas missões. Para as pessoas, as organizações constituem o meio através do qual

elas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um custo mínimo de tempo, de

esforço e de conflito. Muitos dos objetivos pessoais jamais poderiam ser alcançados

apenas por meio do esforço pessoal isolado. As organizações surgem para

aproveitar a sinergia dos esforços de várias pessoas que trabalham em conjunto.

Quando uma organização é formada a idéia e que cresça, ou no mínimo, sobreviva.

Este crescimento provoca um maior acúmulo de recursos necessários para sua

sobrevivência como aumento de capital, tecnologia etc. Conseqüentemente ocorre o

aumento de número de pessoas, bem como a necessidade de intensificar a

aplicação de seus conhecimentos, habilidades e destrezas indispensáveis à

manutenção e competividade de negócio. Com isso podemos verificar que os

recursos materiais, financeiros e tecnológicos só podem ser utilizados com eficiência

e eficácia, se ocorrer um planejamento ao contratar, ou seja, ter um processo

seletivo adequado para poder contratar a pessoa certa para o lugar certo.

Palavras-chave: Gestão, pessoas, organizações.

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METODOLOGIA

A pesquisa proposta é do tipo qualitativo, bibliográfico e descritivo, qualitativo,

pois não será feitas coletas e análises de dados quantitativos sobre a seleção de

pessoas. Bibliográfica, pois os dados serão coletados de livros, artigos e sites em

internet. E descritiva, pois serão feitas descrições dos métodos e processo de

seleção de pessoas.

As fontes de pesquisa serão feitas através de consultas à livros que serão

pesquisados na biblioteca do Centro Universitário Candido Mendes e na Biblioteca

Nacional. Serão pesquisados também sites na internet que falam sobre o assunto.

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SUMÁRIO

METODOLOGIA.................................................................................................................. 06

INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 08

CAPÍTULO I – GESTÃO DE PESSOAS.......................................................................... 12

CAPÍTULO II – AGREGAR PESSOAS............................................................................ 19

CAPÍTULO III – RECRUTAMENTO.................................................................................. 21

CAPÍTULO IV – SELEÇÃO DE PESSOAS..................................................................... 29

CAPÍTULO V – TÉCNICAS DE SELEÇÃO..................................................................... 36

CONCLUSÃO....................................................................................................................... 41

BIBLIOGRAFICA................................................................................................................... 43

INDICE................................................................................................................................... 45

FOLHA DE AVALIAÇÃO............................................................................................. 46

8

INTRODUÇÃO

É através do órgão responsável pela Seleção de Pessoal que se consegue,

para a empresa, o material humano necessário ao funcionamento dos seus diversos

setores de trabalho, quer administrativo quer técnico. Ocupa, pois, esse órgão, um

ponto-chave na administração, uma vez que, em grande parte, da qualidade de seu

trabalho depende a qualidade do elemento humano da empresa. Por força da

natureza e finalidade dos trabalhos que executa o setor de treinamento, cargos e

salários. Com aqueles, porque cuida do aprimoramento dos melhores selecionados;

com este, porque nele se encontram as especificações dos cargos a serem

ocupados, as faixas salários a que se referem as indicações sobre possibilidades de

carreira ou acesso, etc. Com os demais, porque os encarregados da seleção devem

conhecer os setores de trabalho para os quais selecionam indivíduos, devendo, pelo

menos, ter uma idéia das atribuições básicas que o selecionado vai ter, a fim de

poderem escolher “a pessoa certa para o lugar certo”.

Assim sendo, uma atribuição muito importante do serviço de seleção é

reconhecer as diferenças entre as pessoas e as exigências do trabalho e, ao mesmo

tempo, envidar todos os esforços para escolher as pessoas que melhor se ajustam a

os trabalhos que lhes serão atribuídos. A seleção de candidatos realmente aptos

será, também, a maior garantia do êxito para os posteriores cursos de treinamentos.

Isso porque um homem verdadeiramente qualificado poderá, através dos

referidos cursos de treinamento, atingir, no menor tempo, o mais alto grau de

capacidade profissional.

São as pessoas que lidam com a tecnologia, utilizam processo de trabalho,

compõem a estrutura organizacional, fazem produtos e serviços e entendem os

clientes. São elas que proporcionam produtividade, qualidade e competitividade para

as organizações. Sem as pessoas, as organizações não funcionam. A

competitividade organizacional depende das competências das pessoas. As

organizações estão se preocupando cada vez mais em realizar uma excelente

seleção de pessoas, onde será analisado se os candidatos possuem as

competências necessárias, que lhes possibilitem executar as atribuições que estarão

sob suas responsabilidades.

9

Ao selecionar um funcionário de forma correta, a empresa evita despesas,

com por exemplo, demissão devido não atendimento às necessidades do cargo e

função.

O objetivo principal deste estudo é analisar os processos e suas

características, compreender como melhorar a seleção de pessoas, descrevendo as

diferentes técnicas de seleção, sabendo que o processo de seleção de pessoas

constitui um processo composto de várias etapas ou fases seqüenciais pelas quais

passam os candidatos analisando que cada técnica de seleção proporciona certas

informações e respeito dos candidatos.

Em verdade existem quatro assuntos a serem pesquisados: processo de

gestão de pessoas as bases para a seleção de pessoas, técnicas de seleção, e

avaliação dos resultados da seleção de pessoas. Assim sendo, serão pesquisados

livros e publicações sobre estes quatro assuntos.

Uma seleção de pessoas deve buscar algum critério para alcançar certa

validade na comparação dos candidatos. O começo para o processamento de

seleção de pessoal é a obtenção de informações essenciais sobre o cargo a ser

preenchido e as competências desejadas pela organização. Segundo Chiavenato,

(2005: p.136); “As informações a respeito do cargo a ser preenchido podem ser

colhidas de cinco maneiras distintas: descrição e analise de cargos, técnicas dos

incidentes críticos, requisição de pessoa, analise do cargo do mercado e hipótese de

trabalho”.

Como argumenta Almeida, (2004: p.70); O processo de seleção requer uma

abordagem integrada com os demais subsistemas de gestão de pessoas, como o de

desenvolvimento e o de retenção. Para atrair profissionais competentes, a

organização deve ter políticas que valorizem o capital humano, dando-lhes

oportunidade de desenvolvimento e crescimento em suas carreiras.

As técnicas de seleção permitem analisar a rastrear as características

pessoais do candidato, através de seu comportamento. Segundo Faissal, (2005,

p.107); “Para tomar uma decisão que seja a mais certa possível, você precisa

conhecer detalhadamente algumas das principais técnicas de seleção, como testes,

dinâmicas de grupo e a entrevista”.

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Não há possibilidade de nos desenvolvermos economicamente e,

conseqüentemente, elevarmos o nosso nível social, sem aumentarmos as nossas

habilidades, sejam elas intelectuais ou técnicas. Logo, aumentar a capacitação e as

habilidades das pessoas é função primordial do treinamento. Treinar é “o ato

intencional de fornecer os meios para proporcionar a aprendizagem” Chiavenato,

(2005: p. 338), é educar, ensinar, é mudar o comportamento, é fazer com que as

pessoas adquiram novos conhecimentos, novas habilidades, é ensiná-las a mudar

de atitudes. Treinar no sentido mais profundo é ensinar a pensar, a criar e a

aprender a aprender.

A seleção de pessoas representa um processo composto de várias etapas

pelas quais passam os candidatos. Nas etapas de seleção os candidatos serão

analisados se possuem competências necessárias. O processo de seleção

configura-se como um novo processo de tomada decisão, onde cada candidato e

comparado com o perfil de competências que o cargo exige. Segundo Faissal (2005,

p.67); será proposta uma dinâmica da etapa de seleção que consideramos mais

adequada e que inclui a triagem, a análise ao perfil de competência, avaliação dos

candidatos, a decisão final, a verificação das referencias, o exame médico, o

feedback aos participantes e a avaliação.

Cada organização determinará suas decisões sobre os processos e

procedimentos de seleção mais adequados para alcançar os melhores resultados.

Em processo seletivo é preciso saber entrevistar bem, aplicar testes válidos, fazer

uma seleção eficiente com rapidez e agilidade, contar com um mínimo de custos

operacionais e procurar envolver outros integrantes da equipe na avaliação do

resultado. Segundo Chiavenato, (2005: p. 151); a eficácia reside em alcançar

resultados e atingir objetivos; saber trazer os melhores talentos para a empresa, e

sobretudo, tornar a empresa cada dia melhor com as novas aquisições de pessoal

Segundo Bohlanger, Snell e Sherman (2003, p.76), O recrutamento é o

“processo de localizar e incentivar candidatos potenciais a disputar vagas existentes

ou previstas’’.

Segundo Daft (2005, p.56), significa “as atividades ou praticas que diferem as

características desejadas dos candidatos pra os empregados específicos”.

11

Segundo Chiavenato (2005, p. 113): recrutamento e um conjunto de técnicas

e procedimentos que visam atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes

de ocupar cargos dentro da organização. É basicamente um sistema de informação,

por meio do qual a organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos

as oportunidades de emprego que pretende preencher.

O Problema principal desta pesquisa é estudar a importância do processo

seletivo. De forma geral são procuradas respostas para as seguintes perguntas:

Como definir o processo seletivo e suas características? Como melhorar a seleção

de pessoas? Como descrever as diferentes técnicas de seleção? Como entender as

tendências que estão ocorrendo no processo seletivo? Como avaliar os resultados

do processo seletivo?

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CAPÍTULO I

GESTÃO DE PESSOAS

“Você pode sonhar, projetar, criar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo, mas é preciso pessoas para tornar o

sonho realidade” Walt Disney

A Gestão de Pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que

predomina nas organizações. Ela é contingencial e situacional, pois depende de

vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura

organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da

organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos e de uma infinidade de

outras variáveis importantes.

A Gestão de Pessoas é representada pelas organizações e pelas pessoas.

Sem organizações e sem pessoas não haveria a Gestão de Pessoas. As

organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus

objetivos e cumprir suas missões. E para as pessoas, as organizações constituem o

meio através do qual elas podem alcançar vários objetivos pessoais, como um custo

mínimo de tempo, de esforço e de conflito.

1.1 O contexto da gestão de pessoas

Segundo CHIAVENATO (2005, p.04) “O contexto da gestão de pessoas é

formado por pessoas e organizações. As pessoas passam boa parte de suas vidas

trabalhando dentro de organizações.”

As organizações dependem das pessoas para poderem funcionar e alcançar

o sucesso, de outro lado separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil,

e muitas vezes as pessoas passam muito tempo dentro de uma organização, onde é

depositado todos os seus esforços. Assim as pessoas dependem das organizações

nas quais trabalhem para atingir seus objetivos pessoais e individuais. Crescer na

vida é ser bem sucedido quase sempre, significa crescer dentro das organizações.

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De outro lado as organizações sem pessoas não funcionam, com certeza as

organizações jamais existiriam sem as pessoas que lhes dão vida, dinâmica,

inteligência e criatividade. São as pessoas que solucionam problemas, atendem aos

clientes, produzem bens e serviços, que com suas competências ajudam as

organizações a terem um diferencial do mercado. Em verdade, podemos dizer que

cada uma das partes depende da outra, onde ocorre em conjunto, para cada um

atingir seus objetivos.

Dentro desse contrato podemos afirmar que as pessoas têm uma enorme

importância para as organizações. As organizações funcionam por meio das

pessoas que delas fazem parte, e que decidem e agem em seu nome. As maneiras

como as organizações chamam as pessoas que nelas trabalham tem um significado

importante, podendo assim representar o poder que elas atribuem às pessoas.

Como por exemplo: talento humano, capital humano, capital intelectual, se as

pessoas têm um valor maior para as organizações. Assim, o contexto em que se

atua a gestão de pessoas é representada pelas organizações e pelas pessoas.

Para Benedito Rodrigues Pontes (2005), o primeiro caminho trilhado pelas

companhias foi, portanto, investir nos processos para garantir os resultados Mas, na

conta do capital intelectual, os valores realmente produtivos - as pessoas - ficaram

em segundo plano. Ainda hoje, grande parte das empresas tem um perfil que dá

pouca importância à gestão dos seres humanos. Viver nessa realidade arcaica faz

com que boa parte das organizações ainda convivam com a figura envelhecida do

"departamento pessoal", estrutura que ficou à parte das tecnologias que

automatizaram atividades burocráticas como folha de pagamento, cálculo salarial,

políticas de benefícios e prêmios, planejamento de treinamento, entre tantas outras,

abrindo espaço para uma ação estratégica enquanto isso, aqueles que viram as

pessoas como diferencial competitivo fizeram do RH a área integradora das

estruturas internas e externas da empresa e tornaram-se exceções, destacando-se

no noticiário. Eles sabem que a chave do sucesso é pensar globalmente e agir

localmente.

1.2 O que é gestão de pessoas

Segundo Chiavenato (2005, p.13), “o seu trabalho, cada administrador – seja

ele um diretor, gerente, chefe ou supervisor – desempenha as quatro funções

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administrativas que constituem o processo administrativos, a saber: planejar,

organizar, dirigir e controlar”. A ARH procura ajudar ao administrador a

desempenhar todas essas funções porque ele não realiza seu trabalho sozinho, mas

através das pessoas que formam sua equipe. É com sua equipe de subordinados

que o administrador executa as tarefas e alcança metas e objetivos.

Segundo Chiavenato:

O conceito de Administração de Recursos Humanos (ARH) é o conjunto de políticas e praticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as pessoas ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, recompensa e avaliação do desempenho. A ARH tem por finalidade conduzir o melhor modo de se obter o máximo de resultados para as organizações, satisfazendo da melhor forma possível as necessidades das pessoas que contribuem para as organizações (CHIAVENATO, 2005, p.123).

Segundo Chiavenato (2005, p.04) “O contexto da gestão de pessoas é

formado por pessoas e organizações. As pessoas passam boa parte de suas vidas

trabalhando dentro de organizações.”

As organizações dependem das pessoas para poderem funcionar e alcançar

o sucesso, de outro lado separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil,

e muitas vezes as pessoas passam muito tempo dentro de uma organização, onde é

depositado todos os seus esforços. Assim as pessoas dependem das organizações

nas quais trabalhem para atingir seus objetivos pessoais e individuais. Crescer na

vida é ser bem sucedido quase sempre, significa crescer dentro das organizações.

De outro lado as organizações sem pessoas não funcionam, com certeza as

organizações jamais existiriam sem as pessoas que lhes dão vida, dinâmica,

inteligência e criatividade. São as pessoas que solucionam problemas, atendem aos

clientes, produzem bens e serviços, que com suas competências ajudam as

organizações a terem um diferencial do mercado. Em verdade, podemos dizer que

cada uma das partes depende da outra, onde ocorre em conjunto, para cada um

atingir seus objetivos.

Dentro desse contrato podemos afirmar que as pessoas têm uma enorme

importância para as organizações. As organizações funcionam por meio das

pessoas que delas fazem parte, e que decidem e agem em seu nome. As maneiras

como as organizações chamam as pessoas que nelas trabalham tem um significado

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importante, podendo assim representar o poder que elas atribuem às pessoas.

Como por exemplo: talento humano, capital humano, capital intelectual, se as

pessoas têm um valor maior para as organizações. Assim, o contexto em que se

atua a gestão de pessoas é representada pelas organizações e pelas pessoas.

Para Benedito Rodrigues Pontes (2005), o primeiro caminho trilhado pelas

companhias foi, portanto, investir nos processos para garantir os resultados Mas, na

conta do capital intelectual, os valores realmente produtivos - as pessoas - ficaram

em segundo plano. Ainda hoje, grande parte das empresas tem um perfil que dá

pouca importância à gestão dos seres humanos. Viver nessa realidade arcaica faz

com que boa parte das organizações ainda convivam com a figura envelhecida do

"departamento pessoal", estrutura que ficou à parte das tecnologias que

automatizaram atividades burocráticas como folha de pagamento, cálculo salarial,

políticas de benefícios e prêmios, planejamento de treinamento, entre tantas outras,

abrindo espaço para uma ação estratégica enquanto isso, aqueles que viram as

pessoas como diferencial competitivo fizeram do RH a área integradora das

estruturas internas e externas da empresa e tornaram-se exceções, destacando-se

no noticiário. Eles sabem que a chave do sucesso é pensar globalmente e agir

localmente.

Pessoas são capazes de conduzir a empresa a seus objetivos estratégicos,

gerando mudanças, riqueza e valor.

Os seres humanos são a chaves do sucesso ou do fracasso das estratégias

inovadoras de uma organização. Se os processos e a tecnologia são necessários

para transformar uma empresa, é importante também lembrar que são as pessoas

que dão vida a esses aspectos.

Assim como as pessoas, as situações de trabalho diferem de uma empresa

para outra, de um país para outro e por isso precisamos estar atentos as atuais

tendências do mercado e especialmente às pessoas - clientes internos e externos -

que a compõe.

1.3 Objetivos da gestão de pessoas

As pessoas constituem o principal ativo da organização. Daí, a necessidade

de tornar as organizações mais conscientes e atentas para seus funcionários. As

organizações bem-sucedidas estão percebendo que apenas podem crescer,

16

prosperar e manter sua continuidade se forem capazes de otimizar o retorno sobre

os investimentos de todos os parceiros. Principalmente, o dos empregados. E

quando uma organização está voltada para as pessoas, a sua filosofia global e sua

cultura organizacional passam a refletir essa crença. A Gestão de pessoas é a

função que permite a colaboração eficaz das pessoas – empregadas, funcionários,

recursos humanos, talentos ou quaisquer denominações utilizadas – para alcançar

os objetivos organizacionais e individuais. (Chiavenato, 2004, p. 10)

O objetivo da gestão de pessoas é tornar as organizações mas atentas para

seus funcionários. As organizações perceberam que para crescerem, prosperarem e

manterem sua continuidade teriam que investir em seus empregados (capital

intelectual). A gestão de pessoas é a função que permite a colaboração eficaz das

pessoas para alcançar os objetivos organizacionais e individuais. As organizações

tem que saber que as pessoas podem aumentar ou diminuir as forças e fraquezas

de uma organização dependendo da maneira como ela são trabalhadas. Podem

trazer soluções ou problemas. Para que os objetivos da gestão de pessoas sejam

alcançados é necessário que as pessoas sejam tratadas como fonte de sucesso

para a eficácia da organização.

Segundo Chiavenato, os objetivos da gestão de pessoas devem contribuir

para a eficácia organizacional através dos seguintes meios:

1. Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão. A função de RH e um componente fundamental da organização de hoje.Antigamente, a ênfaze era colocada no fazer corretamente as coisas através dos métodos e regras impostos aos funcionários para obter eficiência. O salto para a eficiência veio com a preocupação em atingir objetivos e resultados. Não se pode imaginar a função de RH sem se conhecer o negocio de uma organização cada negocio tem diferentes implantações na ARH. O principal objetivo da ARH e ajudar a organização a atingir suas metas, objetivos e a realizar sua missão. 2. Proporcionar competitividade à organização. Isso significa saber empregar as habilidades e competência da força de trabalho. A função da ARH é fazer com que as forças das pessoas sejam mais produtivas, para beneficiar clientes, parceiras e empregadas. Esta foi a crença que levou Walt Disney a construir a Disney a partir das suas próprias pessoas. No nível macroeconômico, a competitividade é o grau em que uma nação pode, em condições livres e justas de mercado, produzir bens e serviços que sejam bem aceitos nos mercados internacionais, enquanto simultaneamente mantém ou expande os ganhos reais de seus cidadãos. Nesta definição a palavra nação pode ser substituída por organização e a palavra cidadão por empregados.

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3. Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas. Quando um executivo diz que o propósito da ARH é construir e proteger o mais valioso patrimônio da empresa - as pessoas – ele está se referindo a este objetivo da ARH. Preparar e capacitar continuamente às pessoas é o primeiro passo. O segundo é dar reconhecimento as pessoas e não apenas dinheiro. Para melhorar e incrementar seu desempenho, as pessoas devem perceber justiça nas recompensas que recebem. Isso significa recompensar bons resultados e não recompensar pessoas que não se desempenham bem.tornar os objetivos claros e explicar como são medidos e quais as decorrências do sue alcance. As medidas de eficácia da ARH – e não apenas a medida de cada chefe – é que devem ser proporcionadas às pessoas certas, na fase certa de um desempenho de um trabalho, e no tempo certo para a organização. 4. Aumentar a auto-atualização no trabalho e a satisfação das pessoas no trabalho. Antigamente a ênfase era colocada nas necessidades da organização. Hoje, sabe-se que as pessoas precisam ser felizes. Para que sejam produtivas, as pessoas devem sentir que o trabalho e adequado as suas capacidades e que estão sendo tratadas eqüitativamente. Para as pessoas, o trabalho é a maior fonte de identidade profissional. 5. Desenvolver qualidade de vida no trabalho. Qualidade de vida no trabalho (QVT) é um conceito que se refere aos aspectos da experiência do trabalho, como estilo de gestão, liberdade e autonomia para tomar decisões, ambientes de trabalho agradável, segurança no emprego, horas adequadas de trabalho e tarefas significativas e agradáveis. 6. Administrar e impulsionar a mudança. Nas ultimas décadas, houve um período turbulento de mudanças sociais, tecnológicas, econômicas, culturais e políticas. Essas mudanças e tendências trazem novas abordagens, mais flexíveis e ágeis, que devem ser utilizadas para garantira sobrevivências das organizações. 7. Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável. Toda atividade da ARH deve ser aberta, transparente, confiável e ética. As pessoas não devem ser discriminadas, e seus direitos básicos devem ser garantidos. Os princípios éticos devem ser aplicados a todas as atividades da ARH. Tanto as pessoas como as organizações devem seguir padrões éticos e de responsabilidade social (CHIAVENATO, 2004, p.11).

1.4 Os processos de gestão de pessoas

A gestão de pessoas é um conjunto integrado de processos dinâmicos e

interativos. Os seis processos básicos de gestão de pessoas são, segundo

Chiavenato (2004, p.4):

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1. Processos de agregar pessoas. São os processos utilizados para incluir novas pessoas na empresa. 2. Processos de aplicar pessoas. São os processos utilizados para desenhar as atividades que as pessoas irão realizar na empresa. 3. Processos de recompensar pessoas. São os processos utilizados para incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas. 4. Processos de Desenvolver pessoas. São os processos utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas. 5. Processos de manter pessoas. São os processos utilizados para criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas 6. Processos de monitorar pessoas São os processos utilizados para acompanhar e controlar as atividades das pessoas (CHIAVENATO, 2004, p.4)

Todos esses processos estão bastante relacionados entre si, de tal maneira

que se interpenetram e se influenciam reciprocamente. Cada processo tende a

favorecer ou prejudicar os demais, quando bem ou mal utilizado. Um processo

rudimentar de agregar pessoas pode exigir um intenso processo de desenvolver

pessoas para compensar as suas falhas. O equilíbrio na condução de todos esses

processos é fundamental.

Figura 1: Os seis processos da gestão de pessoas (CHIAVENATO, 2004, p.14).

Gestão de pessoas

Processos de

agregar pessoas

Processos de

aplicar pessoas

Processos de

recompensar pessoas

Processos de

desenvolver pessoas

Processos de

manter pessoas

Processos de

monitorar pessoas

Recrutamento Seleção

Modelagem

de trabalho

Avaliação do

Remuneração

Benefícios

Incentivos

Treinamento

Desenvolvimento

Aprendizagem

Higiene, e

Segurança

Qualidade

Banco de

dados

Sistemas de

19

CAPÍTULO II

AGREGAR PESSOAS

2.1 Para que agregar pessoas

Segundo Benedito Rodrigues Pontes (2005, p. 16), agregar pessoas é a

atividade que garante que a organização mantenha sempre as pessoas certas, nos

lugares certos e nos momentos certos. Isto quer dizer que a contratação deve levar

em conta o aspecto dinâmico da organização, visto que a empresa deve ser flexível

o suficiente para adequar sua estrutura para responder as demandas do mercado, o

mesmo sendo verdadeiro para os profissionais que nela atuam.

Os processos de agregar pessoas representam as portas de entrada para

candidatos capazes de ajustarem suas competências pessoais com as

características da organização, ou seja, candidatos que tenham alguma coisa a

oferecer para o sucesso da organização. Neste processo ocorre uma peneira: Cada

organização analisa as características humanas que são impostas para o alcance de

seus objetivos organizacionais. O processo seletivo nada mais e do que a busca de

adequação entre aquilo que a organização pretende e aquilo que as pessoas

oferecem. Contudo segundo Chiavenato (2004, p. 98), não são apenas as

organizações que selecionam. As pessoas também escolhem as organizações que

pretendem trabalhar. Assim, trata-se de uma escolha recíproca: as organizações

escolhem as pessoas que pretendem engajar, e as pessoas escolhem as

organizações onde pretendem trabalhar.

Os profissionais que têm a responsabilidade de contratar pessoas devem

auxiliar os gestores a definir corretamente qual o perfil profissional ideal,

identificando as competências desejadas pelas organizações, definir o prazo

necessário para a realização do processo seletivo, elabora o planejamento das

etapas que serão realizadas. Analisar, verificar e sugerir as ferramentas que servirão

para analise dos candidatos, fazendo uma assessoria apoiando os gestores no

processo de entrevista e na escolha final.

20

2.2 Em que consiste o processo de agregar pessoas

Segundo Benedito Rodrigues Pontes, Claudia Aparecida (2005, p 16),

agregar pessoas consiste no planejamento, recrutamento, seleção e integração de

pessoal.

Quando uma organização realiza um afetivo planejamento de pessoal

associado ao treinamento e desenvolvimento de pessoas, muitas vezes torna-se

fácil o possesso de recrutamento e seleção, uma vez que o candidato à vaga é

alguém que já trabalhe na organização. O planejamento e muito importante, pois

não basta selecionar uma pessoa, depois de contratada é preciso que a organização

realize um programa de integração, treinamentos, que facilitem o candidato á se

adaptar a função que ira ocupar. Este planejamento também ajudara a atrair e

manter talentos. Hoje com o mercado cada vez mais acirrado, onde é realizado

planejamentos para tudo, onde as empresas competem igualmente por clientes por

clientes e bons profissionais, as organizações precisam estar cientes da importância

de se ter uma maior valorização das pessoas.

Quando as organizações não vêem as pessoas como diferencial competitivo

ainda mais nos dias de hoje em que todos chegam a obter recursos tecnológicos,

bons processos, o diferencial competitivo verdadeiro que uma empresa pode ter são

as pessoas, quando não vistos desta forma, as pessoas são vistas como recursos

de produção. Qualquer pessoa serve, não tem necessidade de seleção, ocorre

grande rotação de pessoal.

Por outro lado, as organizações que realiza um planejamento afetivo de

gestão de pessoas, conseguiram alcançar um processo de recrutamento e seleção

mais produtivo, mantendo pessoas mais qualificadas e motivadas.

21

CAPITULO III

RECRUTAMENTO

O objetivo deste capítulo consiste em apresentar as diversas etapas do

processo do recrutamento. Medidas especiais são recomendadas para que o

mesmo seja preparado de modo a evitar improvisações e corridas de última hora.

Em alguns casos mais complexos, o planejamento poderá requerer uma

sistematização maior, especialmente quando a empresa enfrentar um recrutamento

de âmbito nacional, um recrutamento de alto nível ou um recrutamento maciço,

devido à implantação ou expansão da Empresa.

Do planejamento passamos à execução. As funções rotineiras do recrutador

são especificadas. Esta descrição de funções serve tanto para o recrutador, quando

ele existe, como para o selecionador, ou outra pessoa que faça as vezes do

recrutador.

3.1 Planejamento

Um planejamento sistemático deve preceder à execução do recrutamento,

seja ele feito rotineiramente, seja em condições excepcionais. Geralmente, maior

planejamento se dedica aos casos especiais, como por exemplo, o recrutamento de

universitários ou de técnicos de alto nível. De qualquer forma, complexa ou não a

situação, o recrutamento envolve muitas etapas preparatórias, pois procura-se olhar

para o que a Companhia e o Mercado tem a oferecer e para os passos que serão

dados a fim de aproximar o candidato qualificado ao cargo claramente definido.

É um conjunto de procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente

qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. O recrutamento

consiste a partir dos dados referentes às necessidades presentes e futuras de

recursos humanos da organização, nas atividades relacionadas com a pesquisa e

intervenção sobre as fontes capazes de fornecer à organização um número

suficiente de pessoas necessárias à organização para a consecução dos seus

objetivos. Tem por objetivo imediato atrair candidatos, dentre os quais serão

selecionados os futuros participantes da organização. Segundo LACOMBE:

22

Recrutamento basicamente é um processo pelo qual as organizações atraem candidatos para abastecer o processo seletivo. Para chegar ao objetivo o recrutamento deve atrair um numero de candidatos suficientes para abastecer o processo seletivo. Candidatos estes com o perfil desejado pela organização, caso contrário só terão candidatos que não atendem as necessidades da organização, que muitas vezes só é detectado na entrevista com o candidato. Este processo poderá ser utilizado como uma atividade permanente, sendo apenas intensificada nas ocasiões em que existem vagas (LACOMBE, 2005, p.68),

O Recrutamento é apenas a primeira etapa de um processo que termina com

o contrato definitivo após a período de experiência. As empresas precisam manter

um banco de dados dos candidatos, para quando surgir vaga, sejam pesquisados

nestes cadastros, os candidatos com características que a organização deseja para

ocupar a vaga.

3.2 Fonte de recrutamento

O importante é diagnosticar fontes supridoras de recursos humanos,

localizadas no mercado, de recursos humanos, que lhe interessem especificamente,

para nelas concentrar seus esforços de recrutamento. Assim, as fontes de recursos

humanos são denominadas fontes de recrutamento, pois passam a representar os

alvos sobre os quais incidirão as técnicas de recrutamento.

As fontes de recrutamento são: a interna e a externa. No recrutamento

interno, os candidatos são recrutados dento da empresa. Quanto ao recrutamento

externo, os candidatos são recrutados no mercado de trabalho. Priorizando o

recrutamento interno, a organização irá preservar talentos, além de motivar seus

colaboradores, após recrutamento interno, verificado que no candidato com o perfil

desejado, certamente em buscar profissionais qualificados o mercado externo.

Segundo Chiavenato (2004, p. 113), vale a pena lembrar que não é adequado

as organizações concentrarem em seu processo de recrutamento somente no

interno, porque perde-se a oportunidade de oxigenar a organização, colocar sangue

novo, idéias novas etc. Além disso a organização precisa trazer uma competência

de fora, por não ter tempo pra treinar um funcionário, “isso ocorre quando não há

planejamento” ou por não existir pessoas qualificadas para determinada função.

23

Para identificar e mapear fontes de recrutamento, dentro dos requisitos que a

organização exigirá dos candidatos são necessários dois tipos de pesquisa: externa

e interna. Segundo Chiavenato (2004, p. 113)

Interno:

- O preenchimento das vagas e oportunidades é feito pelos próprios

funcionários atuais

- Os funcionários internos são candidatos preferidos

-Isto exige que sejam promovidos ou transferidos para as novas

oportunidades

- As organizações oferecem uma carreira de oportunidades ao funcionário.

Extermo:

O preenchimento das vagas e oportunidades é feito pela admissão de

candidatos externos

- Os candidatos externos são candidatos preferidos

- Isso exige que sejam recrutados extremamente e selecionados para

preencher as oportunidades

- As organizações oferecem oportunidades aos candidatos externos.

3.2.1 Recrutamento interno

O recrutamento interno é importantíssimo, e tem que ser feito com bastante

cuidado, pelo fato de mexer com a motivação das pessoas. Muitas vezes

colaboradores não entendem por quê não conseguiram uma promoção e tendem a

ficar desmotivados, para que isso não aconteça é preciso um efetivo planejamento

de pessoal, através desse planejamento cremos identificar os candidatos potenciais,

saberemos se eles apresentam as competências desejadas ou se há a necessidade

que esse candidato passe por treinamentos com intuito de desenvolve-los o é

quanto tempo será necessário que chegue ao patamar desejado. Recrutamento

interno é o preenchimento das vagas por meio de promoção ou transferência de

funcionário da organização. É a valorização das pessoas que atuam na organização.

Segundo Benedito Rodrigues Pontes, Claudia Aparecida Serrano (2005,

p.:45), “acreditamos que a inexistência do planejamento de pessoal não invalida a

possibilidade de realizar movimentações internas.

24

É importante que as empresas divulguem seu processo interno de forma clara

e que atinja toda organização, para que os interessados se inscrevam. É importante

que seja realizado o Freedback sobre seu desempenho no processo identificando

seus pontos fortes e o poderá ser aprimorado, para que o candidato reconheça que

foi um processo justo e conseqüentemente não fique desmotivado.

Não é desejável que aconteça, o requisitante abrir um processo seletivo, já

tendo um candidato preferencial, isso pode ser ruim para a organização porque os

demais candidatos podem passar a não acreditar nesse processo.

Segundo Francisco Lacombe:

O aproveitamento do pessoal da empresa tem as seguintes vantagens: motivar todos os empregados, sinalizando a disposição de promover a “prata da casa” e de se criar perspectivas de carreira, o custo de admissão é praticamente nulo, se houver uma boa avaliação dos candidatos, a possibilidade de acerto tende a ser maior, uma vez que eles já estão na empresas e são conhecidos, aproveita melhor o treinamento do pessoal, diminui a probabilidade de rejeição pelos colegas (LACOMBE, 2005, p. 69).

Um recrutamento interno ao apresenta inúmeras vantagens, porem para obter

de tais vantagens, uma boa avaliação de pessoal é necessário. O que não pode

ocorrer promoções mal sucedidas como pessoas desqualificadas para ocupar vaga,

que geralmente conseguem a vaga por falta d preparo de quem faz a avaliação, ou

até mesmo por indicação de alguém. Muitas vezes perde-se bons empregados, pela

falta de conhecimentos adequados das qualificações do pessoal.

No recrutamento externo os candidatos não aprovados, não terão influencia

na organização, já no recrutamento interno os candidatos aprovados ou não

continuam trabalhando na organização, por isso é preciso uma boa comunicação,

ser feito um freedback para evitar ressentimentos.

Caso a empresa enfatize mais o recrutamento interno, deverá ter um

planejamento de pessoal, onde verificará candidatos com potencial de crescimento,

analisando qual treinamento adequado, alem de preocupação de verificar se o

promovido ou transferido esta apto a exercer a função.

É preciso haver divulgação para acontecer o recrutamento externo, no caso

do recrutamento interno não á diferente, a divulgação terá que ser bem preparada,

para atrair somente candidatos com perfil para o cargo, Ainda mais nos dias de hoje

que grandes empresa.

25

Costumam anunciar o recrutamento interno em sua Intranet (site interno).

Esse processo embora mais democrático tem o risco de causar algumas frustrações

entre os não aproveitados.segundo Reinaldo Faissal (2005, p. 80), Intranet é muito

realizada quando se opta pela atração interna de candidatos, também servindo de

apoio ao programa de indicação dos empregados,quando se opta pela atração

externa. As informações sobre as vagas, os requisitos e o perfil de candidatos são

divulgadas para todos os empregados da organização, permitindo que aqueles que

possuem o perfil solicitado possam se inscrever nos processos seletivos ou indicar

profissionais da sua rede de relacionamento.

3.2.2 Recrutamento externo

Corresponde a uma pesquisa do mercado de recursos humanos. Sua análise

é feita de forma segmentada. Essa segmentação observa os interesses da

organização, ou seja deve ser decomposta e analisada conforme as características

exigidas pela organização em relação aos candidatos que visa a atrair e recrutar.

Segundo Reinaldo Faissal:

A atração externa dá se quando a organização busca no mercado de trabalho os candidatos para um determinado processo seletivo. Essa decisão esta geralmente relacionada com a política da organização que tem como estratégia a “oxigenação” periódica de seus quadros de empregados, como forma de agregar novas competências (FAISSAL, 2005, p. 72).

Um bom cadastro de candidatos é fundamental para o sucesso do

recrutamento externo. O importante não é a quantidade e sim a qualidade desse

cadastro, é preciso avaliar e guardar somente os currículos que possuem a

qualidade necessária para ocupar possíveis vagas que poderão ser abertas no

futuro. Portanto quando se guarda, arquiva um currículo sem ser avaliado só faz

aumentar o arquivo e gerar maior trabalho na seleção. Outra coisa importante é

manter os arquivos sempre atualizados. Pra facilitar na seleção dos candidatos com

possíveis habilidades e competência para ocupar a vaga.

26

3.2.2.1 Técnicas de Recrutamento Externo

O recrutamento externo obterá um maior numero de candidatos, abordado

uma enorme quantidade de candidatos que estará no mercado de trabalho. Por essa

razão, o recrutamento externo utiliza varias e diferentes técnicas pares influenciar e

atrair candidatos. Trata-se de escolher na melhor forma de ir até o candidato

desejado, onde quer que ele esteja e atraí-lo para a organização.

Segundo Chiavenato (2005, p.116):

O currículo assume enorme importância no recrutamento externo. Funciona como um catalogo, currículo ou portfolio do candidato. O CV apresentado em varias seções: dados pessoais (informações básicas, como nome,idade, endereço e telefone para contato), objetivo pretendido (cargo ou posição desejada), formação escolar (cursos feitos), experiência profissional( empresa onde trabalha ou trabalhou) e habilidade e qualidades profissionais (principais pontos fortes e competências pessoais) (CHIAVENATO, 2005, p.116).

Em um processo de recrutamento a primeira opção é o interno, onde se

aproveitam pessoas que já trabalham na empresa. No entanto o recrutamento

externo também tem suas vantagens, uma delas é a renovação de idéias, muitas

vezes é observado que funcionários possuem potencial para ocupar o novo cargo,

mas não a experiência, o que pode ser obtido pelo recrutamento externo.

Segundo Chiavenato (2004, p. 116) “O recrutamento externo tem suas

vantagens e desvantagens”.

Prós: Introduz sangue novo na organização; Enriquece o patrimônio humano; Aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimentos e destrezas; Renova a cultura; Incentiva a interação da organização com o MRH e indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o capital intelectual. Contras: Afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários da organização;. Reduz a fidelidade dos funcionários ao oferecer oportunidades a estranhos; Requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos candidatos externos. Isso significa custos operacionais; Exige esquema de socialização organizacional para os novos funcionários e é mais custos, onerosos, demorados e inseguro que o recrutamento interno.

27

Enquanto o recrutamento interno aborda os funcionários existentes, o

recrutamento externo aborda unia enorme quantidade de candidatos que estão

espalhados no mercado de trabalho.

Seu âmbito de atuação é imenso e seus sinais nem sempre são recebidos

pelos candidatos. Por essa razão, o recrutamento externo utiliza varias e diferentes

técnicas para influenciar e atrair candidatos.

As principais técnicas de recrutamento externo são: a) Anúncios em jornais e

revistas especializadas; b) Agencia de recrutamento; c) Contatos em escolas,

universidades e agremiações; d) Cartazes ou anúncios em locais visíveis; e)

Apresentação de candidatos por indicação de funcionários; f) Consulta aos arquivos

de candidatos; g) Banco de dados de candidatos.

Agências de Emprego. Boa parte da s empresas procuram agências de

emprego que respondem rapidamente às necessidades de mão-de-obra. Recruta

candidatos em todos os níveis de mão-de-obra, desde a mão qualificada até

elementos de alto nível profissional.

O custo deste tipo de recrutamento é bem mais do que outras fontes, porém

se toma compensador pela rapidez.

Entre as vantagens da utilização de uma agência de empregos pode-se

destacar: todo atendimento e a triagem dos candidatos é de responsabilidades da

agência evitando esse trabalho por parte da empresa e conservando sigilo, que,

muitas vezes, se toma importante; a rapidez, quando a agência já dispõe de um bom

cadastro de candidatos; há muitos candidatos que, em lugar de procurarem uma

infinidade de empresas, para uma escolha mais segura, preferem recorrer a uma ou

mais agências.

Apresentação de candidatos por parte dos funcionários. É um sistema de

baixo custo, alto rendimento e baixo índice de tempo. Quando a organização

estimula seus funcionários a apresentarem ou recomendarem candidatos,

3.3 Como saber quem deve ser recrutado

Segundo Francisco Lacombe (2005, p. 66). “Só é possível recrutar a pessoa

certa se soubermos antecipadamente o perfil desejado, isto é, as características

pessoais e profissionais”

28

O êxito no processo de recrutamento depende desse perfil bem definido. Por

isso é preciso identificar primeiro qual descrição da função da vaga em aberta. Nas

descrições de funções teremos informações relevantes sobre qual atividade será

exercida, qual características o candidato tem que ter para exercer a função e etc.

Para facilitar o recrutamento, seleção e o reposicionamento das pessoas adequadas

para cada função. Além disso, terá que ser analisado a cultura da empresa, seus

valores. Se o candidato for excelente, mas não tiver um perfil condizente com os

valores e a estratégia da empresa, provavelmente não conseguirá se adaptar.

3.4 As descrições de funções

Segundo Francisco Colombe, os seguintes objetivos das descrições as

funções são:

a) definir a função de forma ampla, b) oferecer meios para facilitar a coordenação e as comunicações entre as pessoas; c) proporcionar informações para facilitar o recrutamento, a seleção e o reposicionamento das pessoas adequadas para cada função; d) propiciar informações para facilitar a integração de novos empregados, indicando-lhes com quem devem se relacionar em cada assunto; e) fornecer subsídios para a avaliação e o treinamento das pessoas, bem como para um planejamento dos recursos humanos da empresa; f) assegurar a existência de um responsável formal para as atividades essenciais da empresa; g) fornecer subsídios para cobrança de resultados, contribuindo, dessa forma, para melhorar o controle na empresa (COLOMBE, 2005, p. 69).

As descrições de função são de suma importância para se conhecer o cargo

que os candidatos iram ocupar é uma ferramenta importante para auxiliar de forma

efetiva o processo seletivo, fica totalmente inviável fazer um recrutamento, escolher

candidatos, sem ao menos identificar as características necessária para ocupar a

vaga. Definindo quais as características que a função necessita, permitira identificar

os candidatos com perfil necessário, tornando assim o processo de recrutamento e

seleção mais eficaz. Não esquecendo que, como tudo muda rapidamente é preciso

atualizar sempre as descrições de funções.

29

CAPITULO IV

SELEÇÃO DE PESSOAS.

O recrutamento e a seleção de recursos humanos devem ser vistos como

duas fases de um mesmo processo: a introdução das pessoas na organização.

Seleção de pessoal é a escolha do homem certo para o cargo certo, ou entre os

candidatos recrutados aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa,

visando a manter ou aumentar a eficiência e desempenho do pessoal.

Se o recrutamento é uma atividade de divulgação, de chamada de atenção,

de incremento da entrada, portanto, uma atividade positiva e convidativa, a seleção

é uma atividade obstativa, de escolha, de opção de filtragem da entrada, de

classificação e, portanto, restritiva.

A tarefa do recrutamento é a de atrair com seletividade, mediante várias

técnicas de divulgação, candidatos que possuam os requisitos mínimos do cargo a

ser preenchido, enquanto a tarefa de seleção é a de escolher, entre os candidatos

recrutados aqueles que tenham maiores probabilidades de ajustar-se ao cargo vago.

Assim, o objetivo básico do recrutamento é abastecer o processo seletivo de sua

matéria-prima básica: os candidatos. O objetivo da seleção é o de escolher e

classificar os candidatos adequados às necessidades da organização.

A seleção visa solucionar dois problemas básicos:

• adequação do homem ao cargo;

• eficiência do homem no cargo.

Todo critério de seleção fundamenta-se em dados e informações a respeito

do cargo a ser mantido. As exigências da seleção baseiam-se nas especificações do

cargo, cuja finalidade é dar maior objetividade e precisão à seleção do pessoal para

aquele cargo.

Segundo Francisco Colombe, “A seleção abrange o conjunto de práticas e

processos usados para escolher, dentre os candidatos disponíveis, aquele que

parecer o mais adequado para a vaga existente.” (COLOMBE ,2005, p. 79)

30

Seleção de pessoas basicamente consiste em escolher o candidato mais

adequado ao cargo, com a finalidade de conseguir um bom desempenho. Uma boa

seleção costuma considerar não só a vaga, mas o potencial do candidato.

Cumpre salientar que a seleção de pessoas deve considerar a cultura da

empresa e os valores e crenças dos candidatos, pois ele deve ter condições de se

adaptar a essa cultura. Candidatos muito bons, mas que têm poucas perspectivas de

adaptação à empresa, não costuma ficar muito tempo no emprego, gerando custos e

perdas de tempo. Alem disso, é preciso considerar não só a qualificação, mas

também a personalidade do candidato, especialmente para as vagas em posições

que requer contato com os clientes.

Em uma seleção de pessoas, deve-se dar preferência aos candidatos que

possuem habilidades, atitudes e comportamentos estes que são difíceis de serem

adquiridos com treinamento, como por exemplo: habilidade de lidar com as pessoas,

capacidade de ouvir, de não perder controle de si.

A competitividade organizacional depende das competências das pessoas.

Num mercado cada vez mais acirrado em que a competição é muito forte, onde

ocorrem altos investimentos em recursos tecnológicos, procura em atender as

nece3ssidades dos clientes. As pessoas possuem papel fundamental no sucesso da

empresa, são as pessoas que lidam com a tecnologia, criam e utilizam processos de

trabalho, fazem produtos e serviços e atendem os clientes. Sem as pessoas as

organizações não funcionam.

Em quanto o objetivo do recrutamento é abastecer o processo seletivo de

suas matéria- prima os candidatos, o objetivo da seleção é escolher e classificar os

candidatos mais adequados às necessidades do cargo e da organização.

Na seleção de pessoas, ocorre a escolha dos candidatos que possam

ingressar na organização. Levando em consideração suas competências desejadas

pela organização.

Segundo Chiavenato, “existe duas alternativas para fundamentar o processo

seletivo: o cargo a ser preenchido ou as competências a serem preenchidas”.

(CHIAVENATO, 2008, p. 131).

O processo seletivo pode se basear em dados e informação sobre o cargo ou

em competências desejadas pela organização, essas informações são importantes

para que a seleção seja objetiva e precisa ao preencher o cargo.

31

Em um processo seletivo, temos de um lado o cargo a ser preenchido ou as

competências exigida pela organização e do outro, temos diversos candidatos, cada

um diferente do outro, disputando mais uma vez a mesma vaga. Para isso, a seleção

passa a ser configurada basicamente como processo de comparação e de decisão.

A seleção deve ser tomada como um processo realista de comparação entre

duas variáveis: a) os requisitos do cargo – fornecida pela análise e descrição do

cargo; b) perfil das características dos candidatos que se apresentam - é obtida por

meio da aplicação de técnicas de seleção. Segundo Chiavenato:

A melhor maneira de conceituar a seleção é representa-la como uma comparação entre duas variáveis: de um lado , os requisitantes do cargo a ser preenchido (requisito que o cargo exige de seus ocupantes) e, de outro lado, o perfil das características dos candidatos que se apresentam para deputá-lo. (CHIAVENATO, 2008, p. 132).

Cada candidato é comparado com o perfil desejado para ocupar e com os

demais candidatos. Essas comparações levam à escolha de um deles.

Quando nessa análise é verificado que as especificações do cargo ou as

competências desejadas são maiores que as características do candidato, não

atinge as condições idéias para ocupar o cargo.

Quando as características do candidato se equiparam as especificações do

cargo ou as competências desejadas, o candidato obtém condições para ocupar a

vaga. Quando as características dos candidatos forem maior que as especificações

do cargo ou as competências desejadas, o candidato de tem mais do que as

condições exigidas pelo cargo, o tornando superdotado para o cargo. Na realidade,

essa comparação não se concentra em um único ponto de igualdade, mas,

sobretudo em uma faixa de aceitação que admiti certa flexibilidade mais ou menos

perto do ponto ideal.

É a partir da descrição e analise do cargo, ou de definição da competência

desejada que estruturamos o processo seletivo a fim de alcançar o melhor resultado.

Uma vez feita a comparação entre as características exigidas pelo cargo e as

oferecidas pelos candidatos, pode acontecer que vários destes tenham condições

aproximadamente equivalentes para serem indicados ao órgão requisitante para

ocupar o cargo vago. O órgão de seleção não pode impor ao órgão requisitante a

aceitação dos candidatos aprovados no processo de comparação. Pode apenas

32

prestar serviço especializado, aplicar técnicas de seleção e recomendar aqueles

candidatos que julgar mais adequados ao cargo. A decisão final de aceitar ou rejeitar

os candidatos é sempre de responsabilidade do órgão requisitante. Assim, a seleção

é de responsabilidade de linha (de cada chefe de unidade organizacional) e função

de staff (prestação de serviço pelo órgão especializado).

Depois de realizada a comparação entre as competências desejadas pela

organização ou características exigidas pelo cargo e as características ou

competências dos candidatos, muitos candidatos podem apresentar as condições

ideais para ocupar o cargo. O órgão de seleção não pode impor ao órgão

requisitante quem deverá ou não ser contratado. Poderá apenas recomendar

aqueles candidatos que julgar mais adequado ao cargo, no entanto a decisão final

de aceitar ou não os candidatos é do órgão requisitante, assim, a seleção é

responsabilidade de linha (de cada chefe ou gerente) e função de staff (prestação de

serviço pelo órgão especializado).

Fonte: (CHIAVENATO, 2008, p.133) A seleção como responsabilidade de linha e função staff

Responsabilidade de linha Função de staff

• Decidir quanto ao preenchimento do cargo vago através da emissão da Requisição de Empregado (RE)

• Decidir quanto às características básicas dos candidatos

• Entrevistar os candidatos

• Avaliar e comparar os candidatos através dos resultados das entrevistas e das demais técnicas de seleção

• Decidir a respeito da aprovação ou rejeição dos candidatos

• Escolher o candidato final ao

• Verificar o arquivo de candidatos e/ou executar o processo e recrutamento

• Fazer as entrevistas de triagem dos candidatos que se apresentam

• Desenvolver técnicas de seleção mais adequadas

• Preparar e treinar os gerentes nas técnicas de entrevistar candidatos

• Aplicar testes psicométricos ou de personalidade, se necessário

• Assessora os gerentes no processo seletivo, se necessário

33

4.1 O processo de seleção de pessoas

A seleção começa com a analise dos currículos dos candidatos, quando se

faz um recrutamento costuma-se receber um grande numero de currículos, onde a

maioria é descartados, após uma simples leitura, nem mesmo entrando no cadastro,

após uma simples leitura, nem mesmo entrando no cadastro de candidatos.

Também são considerados os currículos dos candidatos cadastrados.

Segundo Reinaldo Faissal:

A analise curricular é, geral, o primeiro passo da triagem e funcionar como filtro inicial. A partir das informações fornecidas no currículo será possível formar uma primeira impressão sobre as qualificações dos candidatos e suas adequações ao perfil da posição para a qual se esta selecionando. (FAISSAL, 2005, p. 86).

O recrutamento tem como finalidade adquirir candidatos potenciais à etapa de

seleção. Dizemos candidatos potenciais porque nem todos que foram recrutados

estão de acordo com o perfil desejado pela organização.

Quando avaliamos um currículo, devemos analisar a experiência do

candidato, qual resultado ele gerou para as organizações onde trabalhou. Esse tipo

de dados e uma boa indicação do potencial do candidato; outro ponto que devemos

considerar e o desenvolvimento de carreira, analisando se o mesmo ocupava cargos

de responsabilidade ou se ocupava cargos que tiveram ocupação restrita, não

havendo um desenvolvimento profissional.

Também devemos avaliar se o candidato ficou bastante tempo na empresa,

mesmo que atualmente seja muito valorizada a diversidade de experiências

profissionais, não sendo mais desejado que um candidato desenvolva toda sua

carreira na mesma empresa. Candidatos com currículo que descrevem pouco tempo

e trabalho em diversas empresas mostram que o candidato que não conseguiu gerar

resultados para a organização. Por outro lado, vínculos de trabalho de longa

duração não devem ser considerados negativos, indicando acomodação ou falta de

ambição, pois o cargo ocupado poderá envolver altos níveis de complexidade e

responsabilidade.

34

4.2 Modelo de colocação, seleção e classificação de candidatos

Cada decisão sobre um candidato envolve o indivíduo em um determinado

tratamento. Tratamento significa o tipo d e resolução a ser tomada.

De acordo com o tratamento, podemos distinguir três modelos de decisão

sobre candidatos:

1. Modelo de colocação: Há um só candidato e uma só vaga a ser preenchida

por aquele candidato.

2. Modelo de seleção: Há vários candidatos e apenas uma vaga a ser

preenchida.

3. Modelo de classificação: Existem vários candidatos para cada vaga e

várias vagas para cada candidato.

O modelo de classificação parte de um conceito ampliado de candidato: a

organização não o considera interessado em um único e determinado cargo, mas

como candidato no cargo mais adequado às suas características pessoais.

4.3 As bases para seleção de pessoas

O processo eletivo se baseia em informações e dados sobre o cargo a ser

ocupado. As exigências dependem desses dois itens, a fim de que a seleção seja

mais objetiva e acertiva durante o preenchimento do cargo. Com esses dois termos,

a seleção de pessoal passa a ser configurada, basicamente como um processo de

comparação e de decisão.

Colheita de informações sobre o cargo. As informações a respeito do cargo a

ser preenchido podem ser colhidas através de cinco maneiras distintas:

• 1. Descrição e analise do cargo;

• 2. Técnica dos incidentes críticos;

• 3. Requisição de pessoal;

• 4. Análise do cargo no mercado;

• 5. Hipóteses de trabalho.

Quando o processo seletivo se baseia em competências desejadas pela

organização, a colheita de dados se limita à definição dessas competências. Quando

35

melhor definida a competência mais ela se torna um instrumento viável de medida

para comparar os candidatos.

36

CAPITULO V

TÉCNICAS DE SELEÇÃO

As técnicas de seleção são utilizadas para se pesquisar e obter dados sobre

tais características. Todavia, antes de discutirmos mais especificamente este

assunto, é preciso que se saiba que alguns critérios são importantes para a escolha

das técnicas a serem utilizadas, já que não é necessária (e pouco usual) a utilização

de todas as técnicas conhecidas de seleção.

A escolha das técnicas de seleção a serem adotadas numa determinada

situação depende dos seguintes fatores:

• número de candidatos em relação ao número de vagas;

• disponibilidade de instrumentos efetivamente válidos;

• tempo disponível para o desenvolvimento do processo seletivo;

• custo dos procedimentos envolvidos;

• tamanho da equipe de seleção e heterogeneidade de conhecimentos de procedimentos e técnicas.

Uma vez conhecidos os critérios necessários para escolhermos as técnicas a

serem utilizadas numa seleção, podemos discutir as mais conhecidas e a sua

aplicabilidade.

A entrevista pessoal é a técnica de seleção que mais influencia a decisão final

a respeito do aproveitamento ou não de um candidato a emprego. A entrevista de

seleção deve ser conduzida com bastante habilidade e tato, a fim de que possa

realmente produzir os resultados esperados.

Testes de Habilidades: se propõem a medir requisitos adquiridos pelas

pessoas, como a habilidade em leitura e em trabalho com números (execução de

cálculos).

Testes de Personalidade: se propõem a avaliar os candidatos de forma

genérica, revelando traços gerais da personalidade, ou de forma específica,

analisando certos fatores da personalidade, interesses, agressividade e ansiedade.

Parte-se da premissa que a personalidade e os interesses dos indivíduos têm

particular influência no desempenho de certos trabalhos, só devendo ser avaliados

37

até o ponto em que exerçam esta influência, para não cair no erro de se realizar o

psicodiagnóstico clínico do candidato.

Outro instrumento bastante conhecido do processo de seleção são os Testes

Psicológicos. De origem inglesa, a palavra "teste" é derivada do latim "testis", que

tem o sentido de "prova". Esta "prova" tem a finalidade de averiguar a presença ou

não de determinada característica em um indivíduo, ou então o comportamento do

mesmo indivíduo em ocasiões diferentes (Hoebert, 1989). Os primeiros testes

desenvolvidos na Psicologia foram elaborados com o intuito de diagnosticar

problemas de ordem clínica, advindo daí as principais críticas ao seu uso na

seleção, já que neste processo espera-se, em última análise, o prognóstico do

desempenho de indivíduos em determinados cargos.

Além disso, os testes também são criticados pelo fato de investigarem

informações que não se relacionam necessariamente à tarefa e por perderem de

vista a preocupação a respeito do que o candidato poderá realizar, isto é, a

potencialidade do candidato. Estes instrumentos, porém, são utilizados de maneira

corriqueira na seleção devido à argumentação de que eles se baseiam "na análise

de amostras do comportamento humano, examinando-as sob condições

padronizadas, verificando a capacidade ou aptidão, com o intuito de generalizar e

prever aquele comportamento sob determinada forma de trabalho" (CHIAVENATO,

2008, pp.75-76).

É importante reforçar a noção de que os testes só devem ser utilizados na

seleção tomando-se o cuidado de se observar a coerência de sua padronização em

relação à população na qual ele está sendo aplicado, além de não se esquecer que

eles são apenas um instrumento, cujos resultados deverão ser comparados aos dos

outros instrumentos utilizados na seleção para que se possa chegar a uma opinião

final sobre o candidato.

Finalizando, podemos afirmar que a Entrevista de Seleção é considerada pela

maioria das pessoas envolvidas com recursos humanos como um instrumento

extremamente útil, que tem a capacidade de avaliar as informações pertinentes ao

candidato, podendo tornar-se assim um instrumento caro para a empresa. Por isso,

a entrevista é geralmente usada só ao final do processo e apenas com aqueles

candidatos que satisfaçam os requisitos mínimos de emprego, devendo haver fases

anteriores que 'selecionem' previamente o candidato para a entrevista.

38

A Entrevista deve ser utilizada como um recurso complementar do processo

seletivo, exercendo um papel integrador em relação às demais formas de seleção, já

que as características dos candidatos.

A entrevista pessoal é a técnica de seleção que mais influencia a decisão final

a respeito do aproveitamento ou não de um candidato a emprego. A entrevista de

seleção deve ser conduzida com bastante habilidade e tato, a fim de que possa

realmente produzir os resultados esperados.

É possível obter aperfeiçoamento na precisão da avaliação mediante o

treinamento contínuo de entrevistadores, da ordenação adequada do processo de

entrevista ou da entrevista padronizada. A entrevista padronizada ou dirigida é

aquela planejada e organizada para ultrapassar as limitações e os defeitos dos

procedimentos ordinários de entrevista.

Etapas da entrevista de seleção - Alguns cuidados com relação à entrevista

podem promover seu aperfeiçoamento. A melhor maneira de delinear tais cuidados é

acompanhar as etapas que ocorrem ao desenrolar do processo da entrevista:

• preparação da entrevista;

• ambiente;

• fechamento da entrevista;

• avaliação do candidato.

a) preparação da entrevista

A entrevista não deve ser improvisada. O seu grau de preparação pode variar,

mas deve ser suficiente para determinar:

• objetivos específicos;

• o método de atingir o objetivo da entrevista;

• o maior número possível de informações sobre o candidato a ser entrevistado.

É importante que o entrevistador se informe a respeito dos requisitos

necessários ao cargo que se pretende preencher e das características essenciais ao

candidato. Essas informações são vitais para que o entrevistador possa, com relativa

39

precisão, verificar a adequação dos requisitos necessários ao cargo e características

pessoais do candidato.

b) ambiente

O estabelecimento de um ambiente não é exatamente um passo separado no

processo de entrevistar, porém merece realce especial.

O ambiente para uma entrevista pode ser de dois tipos:

• físico: local da entrevista de ser privado e confortável; • psicológico: o clima da entrevista deve ser ameno e cordial;

Antes mesmo de ser iniciada a conversação, a entrevista pode sofrer

influência: uma sala de espera inadequada, uma ante-sala excessivamente luxuosa,

um longo tempo de espera são aspectos que devem ser evitados. Do mesmo modo,

causará impressão bastante desagradável o fato de o candidato notar que sua carta

ou proposta de emprego quase não foi lida.

c) processamento da entrevista

É a entrevista propriamente dita. Trata-se da etapa fundamental do processo,

em que se obtém a informação desejada por ambos os componentes: o

entrevistador e o candidato. O entrevistador provoca estímulo (perguntas) no

candidato, a fim de estudar suas respectivos e reações comportamentais (retroação)

que lhe permitam reelaborar novas perguntas (estímulos) e assim por diante. Da

mesma forma que o entrevistador obtém as informações que deseja, deve também

prestar as informações que o candidato necessita para tomar suas decisões.

Procura-se inicialmente, em uma entrevista, travar conhecimento com o

candidato, de modo que se possa saber alguma coisa a respeito de sua vida e de

sua carreira profissional. Devem ser objetos de atenção, sua infância, sua educação,

os graus obtidos nas escolas por onde passou, as matérias de preferência, os

cargos que exerceu, o modo de encarar os trabalhos que lhe forem afetos, as razões

pelas quais se desligou das firmas onde trabalhava.

40

Na entrevista, podemos distinguir dois aspectos bastante significativos:

a) conteúdo da entrevista (aspecto material) - é o conjunto de informações que o candidato fornece a seu respeito, sobre a sua formação escolar, experiência profissional, compromissos, situação familiar e condição sócio-econômica.

b) comportamento do candidato (aspecto formal) - é a maneira pela qual ele reage dentro da situação: no caso, a entrevista é uma amostra do comportamento do candidato: sua maneira de pensar, agir, seu grau de agressividade, suas ambições e motivações

Encerramento. O entrevistador deve fazer algum sinal claro para demonstrar

o fim da entrevista e o entrevistado deve receber algum tipo de informação quanto a

sua ação futura.

Avaliação do candidato. A partir do momento em que o entrevistado deixa a

sala, o entrevistador deve imediatamente empreender a tarefa de avaliar o candidato

enquanto os detalhes estão frescos em sua memória. Se não tomou nota, deve

então registrar imediatamente os detalhes. Se utilizou uma folha de avaliação, deve

ser checada e completada. Deve tomar decisões em relação ao candidato se ele foi

rejeitado ou aceito ao final da entrevista.

41

CONCLUSÃO

A seleção vem logo após o recrutamento, nos processos de agregar pessoas

à organização. Seleção é o processo de escolher os melhores candidatos para a

organização.

No entanto, são as pessoas quem decidem a cultura, sua estrutura e a forma

de produzir os resultados separados. Desta forma, tudo gira em tomo de pessoas,

ou seja, toda empresa é uma organização humana.

Dentro deste raciocínio, destacamos a importância do Recrutamento para a

organização, uma vez que, cabe a ele subsidiar o corpo gerencial na identificação e

escolha de pessoas que deverão se co-responsáveis pelo alcance dos objetivos

organizacionais. Sendo assim, sua eficácia será percebida, na medida em que os

profissionais escolhidos souberem assumir o papel organizacional com competência

técnica, administrativa e interpessoal. Isto porque depende-se de pessoas e da

qualidade de sua interação, uma vez que são elas que determinam o desempenho

organizacional, que por sua vez, dependem dos ajustes dos indivíduos ao trabalho e

ao seu contexto cultural.

É importante também, que durante o processo seletivo, alguns cuidados

devem ser tomados para que não haja discriminação de candidatos. Ou seja,

cuidados com aspectos subjetivos e a pouca confiabilidade das técnicas aplicadas

devem ser levados em consideração para que o melhor candidato seja o escolhido.

Outro importante aspecto abordado foi a avaliação dos resultados da Seleção

de Pessoas, pois cada empresa precisa determinar quais são os processos e

procedimentos de seleção mais adequados e que proporcionam os melhores

resultados.

Pode-se concluir também que competências e habilidades, como autocontrole

emocional, empatia, comunicação, flexibilidade e ética profissional tornaram-se o

principal diferencial competitivo tanto para as empresas quanto para os profissionais.

Não só as organizações mas também os profissionais não podem perder tempo e

oportunidades para darem respostas às novas demandas do mundo globalizado e

competitivo. Caso isso ocorra, o progresso da organização bem como o

desenvolvimento profissional das pessoas, serão prejudicados.

42

Em uma época em que a globalização, a competição, o forte impacto da

tecnologia e as célebres mudanças se tornaram os maiores desafios externos, a

vantagem competitiva das empresas está na maneira de utilizar o conhecimento das

pessoas e colocá-lo rápida e eficazmente em ação na busca de soluções

satisfatórias e de novos produtos e serviços inovadores. Por isso, selecionar os

melhores candidatos tornou-se um diferencial importantíssimo para se alcançar os

objetivos da empresa.

A transformação das pessoas é a nova revolução que está ocorrendo nas

organizações bem sucedidas. Isso decorre de uma nova cultura e de uma nova

estrutura organizacional, onde o capital intelectual é essencial, desde que as

pessoas estejam devidamente preparadas e motivadas para tanto. O talento

humano passou a ser tão importante quanto o próprio negócio, pois é o elemento

essencial para preservação, consolidação e sucesso da empresa.

43

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da Administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

_________. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 1997.

_________. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 2008.

FAISSAL, Reinaldo. Atração e seleção de pessoas. Antonio Eugenio Valverde Mariani passos, Márcia da C.Furtado de Mendonça, Walnice Maria da Costa de Almeida. Rio de Janeiro: FGV, 2005.

LACOMBE, Francisco José Masset. Recursos Humanos: princípios e tendências.São Paulo: Saraiva, 2005.

Ribeiro, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia Empresarial. Rio de Janeiro: Wak, 2008.

MUCHINSKY, P.M.. Psicologia Organizacional. São Paulo: Thomson, 2004.

MOTTA, Paulo Roberto. Gestão contemporânea; a ciência e a arte de ser dirigente. 12 ed. Rio de Janeiro, 1991.

PONTES, Benedito Rodrigues. A arte de selecionar talentos: planejamentos recrutamentos e seleção por competência / Claudia Aparecida Serrano. São Paulo: DVS, 2005.

44

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

DRUCKER, Peter F. Foundation. A organização do futuro: como preparar hoje as empresas de amanhã. 2.ed. São Paulo: Futura, 1997.

DUBRIN, Andrew J. Princípios de administração. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 9. ed. Prentice Hall,2002.

THOMPSON, James D. Dinâmica Organizacional: Fundamentos Sociológicos da teoria Administrativa. São Paulo: McGraw-Hill,1976.

45

ÍDICE

FOLHA DE ROSTO........................................................................................................... 02

AGRADECIMENTO........................................................................................................... 03

DEDICATÓRIA.................................................................................................................. 04

RESUMO............................................................................................................................. 05

METODOLOGIA................................................................................................................ 06

SUMÁRIO........................................................................................................................... 07

INTRODUÇÃO................................................................................................................... 08

CAPÍTULO I – GESTÃO DE PESSOAS....................................................................... 12

1.1 O contexto da gestão de pessoas........................................................................... 12

1.2 O que é gestão de pessoas..................................................................................... 13

1.3 Objetivos da gestão de pessoas............................................................................... 15

1.4 Os processos de gestão de pessoas...................................................................... 17

CAPÍTULO II - AGREGAR PESSOAS.......................................................................... 19

2.1 Para que agregar pessoas................................................................................ 19

2.2 Em que consiste o processo de agregar pessoas................................................ 20

CAPÍTULO III – RECRUTAMENTO................................................................................ 21

3.1 Planejamento.............................................................................................................. 21

3.2 Fonte de recrutamento.............................................................................................. 22

3.2.1 Recrutamento interno.................................................................................... 23

3.2.2 Recrutamento externo................................................................................. 25

3.2.2.1 Técnicas de recrutamento externo................................................ 26

3.3 Como saber quem deve ser recrutado ................................................................... 27

3.4 As descrições de funções......................................................................................... 28

CAPÍTULO IV – SELEÇÃO DE PESSOAS................................................................... 29

4.1 Seleção como um processo de comparação........................................................ 33

4.2 Seleção como um processo de decisão e escolha.............................................. 34

4.3 O processo de seleção de pessoas........................................................................ 34

CAPÍTULO V – TÉCNICAS DE SELEÇÃO.................................................................. 36

CONCLUSÃO..................................................................................................................... 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...................................................................................... 43

BIBLIOGRAFIA CITADA................................................................................................... 44

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: Gestão de pessoas

Autor: Fellipe Lucius Soares de Lima

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: