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Cristiane de Souza Vivone RETENDO TALENTOS NUMA ORGANIZAÇÃO DENTRO DE UM CALL CENTER Rio de Janeiro 2004

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Cristiane de Souza Vivone

RETENDO TALENTOS NUMA ORGANIZAÇÃO

DENTRO DE UM CALL CENTER

Rio de Janeiro

2004

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO VEZ DO MESTRE

RETENDO TALENTOS NUMA ORGANIZAÇÃO

DENTRO DE UM CALL CENTER

OBJETIVOS:

Monografia como exigência para obtenção do

título de especialista do curso de pós-graduação

em GESTÃO de RECURSOS HUMANOS.

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me conceder a

oportunidade e merecimento de concluir mais

uma etapa em minha vida. A minha família, em

especial aos meus pais, que sempre torceram e

lutaram por mim e a todos que de uma forma

direta ou indireta transmitiram-me credibilidade

e incentivo constantes.

4

DEDICATÓRIA

À Professora e Orientadora, Ana Cristina, que

me transmitiu seus conhecimentos e

experiências profissionais, com dedicação e

carinho, que me guiou além das teorias, das

filosofias e das técnicas, dedico esta monografia

como prova de meu maior agradecimento e

profundo respeito.

5

RESUMO

Numa época de profundas mudanças no mercado de trabalho e de grande

competitividade nos negócios, as empresas precisam saber selecionar profissionais

talentosos e mantê-los, pois, na era do conhecimento, o capital intelectual é o ativo

principal das empresas bem-sucedidas.

A contratação eficaz e a retenção de pessoal são as duas bases do futuro bem-

estar de qualquer empresa. O sucesso da maioria das empresas de hoje depende mais

dos ativos humanos do que dos físicos ou financeiros, pois o talento humano

necessário para operar as empresas, principalmente baseadas no conhecimento são

muito difíceis de se encontrar.

Sem as pessoas certas nos cargos certos, nem uma empresa nem suas unidades

podem apresentar desempenho excepcional. Boas decisões de contratação criam uma

base para o desempenho mais eficiente de funcionários, das equipes e da empresa

como um todo. Por outro lado, decisões de contratação inadequadas prejudicam o

desempenho e são muito dispendiosas para serem corrigidas.

A retenção de talentos é o outro lado da equação dos ativos humanos. Numa

economia orientada pelo mercado, nunca se conseguirá manter todos. Na verdade, um

certo nível de rotatividade de pessoal pode melhorar a saúde de uma organização,

incutindo nos quadros novas idéias. Mas a rotatividade entre funcionários valiosos é

onerosa, causa perturbação e tem uma correlação negativa com a satisfação dos

clientes.

A retenção é importante porque a rotatividade de pessoal cria custos de

substituição e está claramente associada a baixos níveis de satisfação dos clientes, à

sua lealdade e a perdas de receitas.

6

A retenção é particularmente problemática hoje em dia, devido a vários

fatores – especialmente o envelhecimento da força de trabalho e o desequilíbrio cada

vez maior entre oferta e demanda de pessoal qualificado. Além disso, os trabalhadores

de hoje têm expectativas diferentes a respeito do equilíbrio entre trabalho e vida

pessoal.

As pessoas permanecem com seus empregadores quando vêem a organização

como fonte de orgulho, quando respeitam seus superiores, quando são remuneradas de

forma justa e quando acham que seu trabalho é importante.

As pessoas procuram lugares melhores quando o comando muda

desfavoravelmente, quando estão em conflito com seus superiores imediatos, quando

amigos íntimos deixam a empresa e quando suas responsabilidades mudam de maneira

que não os favorecem.

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METODOLOGIA

Aborda-se de forma clara e objetiva vários temas importantes, de maneira

prática e voltada para a solução de problemas, com o objetivo de apresentar estratégias

essenciais para que as pessoas queiram entrar e permanecer dentro da Organização e

alguns recursos para treinamento e desenvolvimento de carreiras para manter os bons

funcionários, levando em conta o mercado competitivo e a guerra por talentos. Utiliza-

se como fonte de pesquisa algumas bibliografias relacionadas ao tema em questão,

bem como a Internet e alguns vídeos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPITULO I 11

UMA BREVE VISÃO SOBRE A RETENÇÃO DE TALENTOS 11

CAPITULO II 26

TALENTO DE LIDERANÇA 26

CAPÍTULO III 37

DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DE PESSOAS 37

CAPÍTULO IV 45

RETENÇÃO DE TALENTOS EM CALL CENTERS 45

CONCLUSÃO 56

REFERÊNCIAS 58

ÍNDICE 59

9

INTRODUÇÃO

O futuro chega cada vez mais rapidamente. Novas tendências que afetam os

negócios surgem a cada dia. Tornam-se cada vez mais imprescindíveis pessoas

capazes e motivadas para assegurar a competitividade da empresa. São os talentos que

precisamos atrair, desenvolver e reter para a organização. Esta necessidade tem tirado

o sono da alta direção das empresas. Nos planos estratégicos tem aparecido como um

dos objetivos mais importantes. Um primeiro passo para que se possa agir e suprir esta

necessidade é um entendimento comum de quem são, de fato, os talentos para a

empresa. Pode-se, na empresa ou em qualquer outro lugar, separar as pessoas em

talentos e não talentos? Rotular as pessoas desta forma está correto?

Este questionamento mostra que não é tão simples como possa parecer,

separar, dentro de um grupo de pessoas, quem qualifica-se como talentos. O motivo é

muito simples. Todas as pessoas são talentos. O que as diferenciam é a forma da

manifestação de seus talentos. Mas somente quando a manifestação do talento

individual está alinhada com os valores, a missão, a visão e as necessidades presentes e

futuras da empresa pode-se dizer que se está frente a uma pessoa com o talento

desejado. Por este motivo é fundamental que as diferentes intensidades de

manifestação dos talentos sejam avaliadas quanto a estes alinhamentos. Somente desta

forma pode-se avaliar sistematicamente se está caminhando na realização do grande

objetivo no que diz respeito aos talentos: identificar os talentos essenciais, aqueles que

contribuem para a formação das competências essenciais da empresa e, portanto, para

a geração e preservação de resultados diferenciados.

Neste foco, todas as pessoas podem ter a oportunidade de manifestar seus

talentos e contribuir para o sucesso dos negócios da empresa. Entretanto, serão vistos

como possuidores de maior talento aqueles que sabem mais sobre as coisas que

contribuem para o sucesso da empresa e que aplicam mais o que sabem no dia a dia

10

porque uma grande força interna os motiva. Aqueles que têm os conhecimentos

necessários à empresa compartilham seus conhecimentos e participam do aprendizado

coletivo.

Qualquer que seja a empresa, ela necessita hoje, e continuará precisando no

futuro, de talentos em todas as funções e carreiras. Mas, dificilmente se conseguirá

atingir esta meta sem líderes talentosos. Líderes são exemplos inspiradores. Não basta

que existam equipes competentes. São necessários líderes que de fato obtenham

resultados concretos, positivos e significativos por meio das pessoas. Líderes que

reúnam competências técnicas, administrativas, interpessoais e políticas para alinhar

todos os propósitos individuais em uma única direção, a da visão da empresa. Líderes

que construam o clima organizacional típico das melhores empresas para se trabalhar,

aquelas que são capazes de atrair, propiciar desenvolvimento e motivar a permanência

dos talentos.

No ambiente de trabalho existem quatro pontos de grande importância para a

atração, o desenvolvimento e a retenção de talentos: o discurso e exemplo dos líderes,

os sistemas de trabalho existentes, as oportunidades propiciadas de treinamento e

desenvolvimento e a qualidade de vida percebida pelas pessoas. Uma avaliação das

práticas de gestão relativas a cada um destes tópicos, utilizando-se, por exemplo, os

critérios de excelência da FPNQ – Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade,

poderá sinalizar quais estão adequadas, são pró-ativas ou inovadoras e tem,

efetivamente, uso disseminado em toda a empresa. Poderá também identificar as

oportunidades de melhoria para que a empresa assegure maior capacitação para atrair,

desenvolver e reter seus talentos. Fortalecendo estes quatro tópicos as pessoas serão

mais competitivos, pois se terá talentos com competências adequadas e

comprometidos em atuar sinergicamente dentro de suas equipes e nos processos da

empresa. Desta forma, as pessoas serão capazes de atender a todas as partes

interessadas no negócio da empresa, hoje e no futuro.

11

CAPÍTULO I

UMA BREVE VISÃO SOBRE A RETENÇÃO DE TALENTOS

Quanto mais rápido uma companhia puder responder consistentemente melhor aos seus Clientes, em comparação às concorrentes, tanto mais elevados serão seu crescimento, seus preços e sua lucratividade.

George Stalk & Thomas Hout.

12

INTRODUÇÃO DO CAPÍTULO I

Este capítulo se dedica a uma visão geral sobre a retenção de talentos. O

capítulo se iniciará com algumas visões importantes que se tem que ter para se

gerenciar uma retenção de talentos. Como exemplo, pode-se citar nove maneiras de

gerenciamento para uma retenção de talentos: criar um bom ambiente de trabalho com

chefes que as pessoas respeitem; ter um bom começo incluindo a orientação dos novos

funcionários para que eles se sintam bem em seu local de trabalho; ter autonomia;

fazer acordos flexíveis de trabalho; colocar a pessoa que se deseja reter em cargos que

farão com que elas se esforcem, dando sempre o apoio necessário; criar cargos que

incentivem a retenção; ser um gerente orientado para a retenção no sentido de ter a

responsabilidade de garantir que sua unidade tenha o pessoal adequado; passar

informações a respeito da empresa e mostrar aos funcionários para que eles sintam

confiança na empresa e em si mesmos; e identificar com antecedência possíveis

desertores.

Será abordado em seguida o problema da rotatividade de pessoas dentro da

empresa e a retenção como oposto da rotatividade de pessoal, sendo que no primeiro

ponto será mostrado que é um pouco complicado se reter bons funcionários,

necessitando de algumas condições: as condições demográficas, as expectativas

culturais e as mudanças radicais no mundo do trabalho. No segundo ponto, que é o da

retenção como oposto da rotatividade de pessoal, será verificado que a retenção de

bons funcionários é importante porque tem três motivos ligados ao lucro: a

importância do capital intelectual, a ligação causal entre retenção de funcionários e

satisfação dos clientes e o custo da rotatividade de pessoal.

O alto preço da rotatividade de pessoal envolve três tipos de custos que

acabam por prejudicar os lucros, que são: as despesas diretas, os custos indiretos e os

custos de oportunidade.

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Coloca-se também as principais motivações que fazem com que as pessoas

continuem no emprego, que são: um supervisor respeitado, uma remuneração justa, o

orgulho da organização e um trabalho significativo.

Por fim será exposto os motivos pelos quais as pessoas deixam a empresa,

pois elas saem por diversas razões diferentes: seus amigos íntimos saem, o

comportamento da empresa é mudado, ocorre uma mudança desfavorável de

responsabilidades e acontecem conflitos com superiores imediatos.

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CAPÍTULO I

UMA BREVE VISÃO SOBRE A RETENÇÃO DE TALENTOS

1.1 –Gerenciamento para a Retenção de Talentos

É de fundamental importância que os gerentes saibam o que fazer para manter

o maior número possível de bons funcionários. Os pontos mais importantes que

devemos sempre levar em conta são:

1.1.1 – Crie um Bom Ambiente

Kotler (2002) afirma que se crie um bom ambiente com chefes que as pessoas

respeitam. Muitas vezes os gerentes supõem que as políticas e a cultura da empresa

determinam o ambiente de trabalho. O ideal é que as políticas sejam evitadas. De

qualquer modo, a atmosfera de um departamento é mais importante para os

funcionários individualmente do que a cultura da empresa como um todo.

Maus chefes não contribuem para um bom ambiente. Se por um acaso os gerentes ou supervisores da sua unidade são desagradáveis com seus subordinados ou muitos os repreendem em público, culpam os outros pelos seus próprios fracassos ou vivem de mal humor, pode ficar certo de que todos os funcionários com boas qualificações sairão da sua empresa. Às vezes é melhor substituir maus gerentes e supervisores do que substituir um número infindável de funcionários. (Kotler, 2002, p. 41)

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1.1.2 – Um Bom Começo

Um bom começo inclui a orientação dos novos funcionários para que eles se

sintam bem-vindos e membros do grupo e também começa com a contratação de

pessoas adequadas aos seus cargos e garantindo que elas compreendam onde estão

entrando, isso em termos da cultura da empresa e de aspectos específicos das

descrições de seu cargo.

1.1.3 – Dê Autonomia para as Pessoas

Dê as pessoas toda a autonomia possível, pois muitas delas gostam de

trabalhar com um mínimo de supervisão, e isso facilitará seu trabalho de gerente

deixando-as satisfeitas. Faça com que uma equipe saia em campo para explorar um

novo mercado ou resolver um problema de negócios, e se for viável, separe toda uma

unidade de negócios e deixe que seus membros trabalhem por conta própria.

1.1.4 – Seja Flexível

Acordos flexíveis de trabalho têm muito êxito na retenção de funcionários.

Nem todo gerente tem autoridade para criar acordos de trabalho inteiramente novos,

mas quase todos podem permitir certa flexibilidade, deixando que os funcionários

reorganizem o trabalho para cuidar, por exemplo, de um filho doente, ou para

consultar um médico. Os funcionários de hoje dão muito valor a este tipo de

flexibilidade.

16

1.1.5 – Faça com que as Pessoas se Esforcem

Kotler (2002) considera que quase todas as pessoas que se quer mais reter,

gostam de desafios e de sentir que lhes foi confiada responsabilidades maiores do que

elas tinham o direito de esperar. O ideal é que se coloque as pessoas que mais se deseja

reter em cargos que farão com que elas se esforcem, dando sempre o apoio de que

necessitam para serem bem-sucedidas.

1.1.6 – Crie Cargos que Incentivem a Retenção

Kotler (2002) dá dicas como:

Nada é mais desalentador para um funcionário inteligente do que um trabalho excessivamente repetitivo e isolado, pouco desafiador ou simplesmente desagradável. Assim, caso se veja uma rotatividade de pessoal inaceitavelmente elevada numa categoria de trabalho decisiva, deve-se fazer um bom exame daquilo que se está pedindo que as pessoas nessa categoria façam todos os dias. Caso um trabalho envolva uma ou mais tarefas desagradáveis, considere a possibilidade de eliminá-las ou terceirizá-las. (Kotler, 2002, p. 42).

1.1.7 – Seja um Gerente Orientado para a Retenção

O gerente tem a responsabilidade de garantir que sua unidade tenha o pessoal

adequado. Reter pessoas de desempenho bom e excelente faz parte desse trabalho. É

importante que o gerente tenha sempre consciência de que coordena sua equipe de

modo a incentivar os melhores funcionários a ficarem na empresa.

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1.1.8 – Passe Informações

A comunicação a respeito da empresa, do desempenho financeiro, de

estratégias e planos mostra aos funcionários que se pode confiar neles, que eles são

parceiros importantes e que se respeita sua capacidade de compreender e colaborar

com a empresa como um todo.

1.1.9 – Identifique com Antecedência seus Possíveis Desertores

Bons ambientes de trabalho e bons cargos são uma questão de opinião: aquilo

que desafia uma pessoa pode aterrorizar outra. Faça uma entrevista permanente,

perguntando aos funcionários como eles se sentem a respeito de suas atribuições, das

políticas da empresa e do ambiente de trabalho. Pergunte a respeito de metas

individuais, se eles se sentem incluídos ou excluídos pela cultura da empresa e o que

faria com que eles ficassem na empresa. Dessa forma pode-se receber um “feedback”

sobre seu desempenho como gerente.

1.2 – A Rotatividade de Pessoas

A rotatividade de pessoas pode não gerar custo nenhum, já que a saída desses

funcionários pode na verdade eliminar certos custos ocultos. Kotler (2002)

complementa dizendo que:

Podemos considerar, por exemplo, os custos de se terem pessoas medíocres ou incompetentes em cargos vitais. E qual seria o custo das más decisões freqüentemente tomadas por esses funcionários? O custo aumenta quando se considera a incompetência no nível da alta gerência. (Kotler, 2002, p. 43)

O desafio de se reter bons funcionários é complicado por vários fatores:

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1.2.1 – Condições Demográficas

Em alguns países, principalmente nos Estados Unidos, mudanças de caráter

demográfico tornaram a retenção especialmente difícil. A oferta de técnicos e

profissionais liberais altamente qualificados está sendo superada em muito pela

demanda, principalmente em áreas ligadas a computadores. É importante que

tenhamos uma escassez acentuada de profissionais qualificados, com uma

concorrência cada vez maior entre as empresas para recrutar e reter aqueles que estão

disponíveis.

1.2.2 – Expectativas Culturais

O segundo fator que também influencia fortemente os padrões de retenção são

as expectativas culturais, portanto as expectativas das pessoas a respeito do trabalho.

Kotler (2002) cita como exemplo:

Em alguns países os funcionários muitas vezes passam a vida inteira trabalhando para uma só empresa. Eles, seus colegas e as empresas se consideram quase uma família e dão uns aos outros a mesma dedicação, o mesmo empenho e apoio que dariam aos membros de suas famílias. Já as culturas de outros países enfatizam mudanças rápidas e contínuas, inclusive os “saltos entre empregos” por trabalhadores em busca da melhor combinação possível de trabalho, remuneração e oportunidades futuras. Portanto, podemos concluir que as metas de retenção de uma empresa podem ser mais ou menos difíceis, dependendo dos fatores culturais que influenciam as tendências de emprego na sua região ou em seu setor. (Kotler, 2002, p. 43)

1.2.3 – Mudanças Radicais no Mundo do Trabalho

O terceiro e último fator são as mudanças radicais no mundo do trabalho.

Algumas mudanças econômicas e culturais podem produzir alterações drásticas no

mundo do trabalho. Kotler (2002) também cita como exemplo:

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A necessidade crescente de qualificações técnicas. O desenvolvimento econômico no mundo inteiro, o surgimento da economia da Internet e os progressos cada vez mais rápidos da tecnologia em geral têm aumentado a demanda por pessoas com qualificações técnicas avançadas. Com um mercado global para a mão-de-obra técnica, a concorrência será intensa e virá de lugares inesperados. (Kotler, 2002, p. 43)

Kotler (2002) dá outro exemplo:

É o crescimento do recrutamento via Internet. A Internet tornou mais fácil para os funcionários ficar sabendo de vagas em outras empresas e se candidatarem a essas vagas. E não são mais apenas os jovens que entendem de computadores o suficiente para navegar na Internet em busca do emprego perfeito. Trabalhadores de todas as idades estão se sentindo cada vez mais à vontade no uso da Internet para explorar oportunidades externas de trabalho. Pode-se deduzir, então, que as empresas não podem mais esperar que os funcionários comecem cedo a trabalhar nelas e permaneçam ali indefinidamente. Em vez disso, as empresas precisam incentivar, de forma ativa e criativa, a permanência dos bons funcionários, principalmente em mercados de alta tecnologia. (Kotler, 2002, p. 43)

1.3 – A Retenção como Oposto da Rotatividade de Pessoal

A retenção não é simplesmente uma questão de “sentir-se bem”. A retenção

de bons funcionários é importante por três bons motivos ligados ao lucro. O primeiro

motivo é a importância cada vez maior do capital intelectual; o segundo é a ligação

causal entre retenção de funcionários e satisfação dos clientes e o terceiro e último

motivo é o custo da rotatividade de pessoal.

1.3.1 – O Capital Intelectual

Durante a Era Industrial, os ativos físicos de uma empresa, como por

exemplo, fábricas, maquinarias e terrenos, determinavam sua força para competir. Já

na atual “Era do conhecimento”, o capital intelectual é que define a vantagem

competitiva de uma empresa. O capital intelectual é formado pelos conhecimentos e

qualificações da força de trabalho da empresa. Hoje, as empresas bem-sucedidas

20

vencem com idéias inovadoras e produtos e serviços de alto padrão – que se originam

do conhecimento e das qualificações dos funcionários. Entre alguns exemplos de

pessoas que possuem capital intelectual estão os engenheiros de redes, analistas de

marketing direto, programadores de computadores e projetistas técnicos.

Sempre que um funcionário sai, a empresa perde o seu conhecimento

duramente conquistado e as qualificações por ele adquiridas. Quando esse funcionário

vai trabalhar numa empresa concorrente, a perda aumenta. Não só sua empresa ficou

privada de uma parte importante da sua base de conhecimento, mas seu concorrente a

conquistou – sem ter de investir o tempo e o dinheiro que sua empresa pode ter

investido em treinamento.

1.3.2 – Retenção e Satisfação dos Clientes

A satisfação dos clientes é um dos mais importantes fatores para a

sobrevivência e o crescimento da empresa. Esta é uma das razões pelas quais a

retenção é tão decisiva. Os funcionários satisfeitos com seu trabalho e com a sua

empresa têm mais probabilidade de deixar os clientes satisfeitos. Ter clareza dos

aspectos a serem trabalhados ou mantidos e saber o padrão de comportamento de

consumo permite que as empresas invistam em ações de melhoria em seus produtos,

serviços e processos com a certeza de retorno e lucratividade.

Como exemplo pode-se citar o Grupo Catho, empresa de recrutamento e

seleção, que tem por hábito fazer uma pesquisa de satisfação do cliente, desenvolvida

com tecnologia de ponta, para identificar os pontos favoráveis ao seu negócio ou

fatores que precisam ser melhorados na visão do seu cliente e em relação à

concorrência.

Através de um processo simples, a Catho ajuda a pessoa a identificar os

atributos da empresa a serem avaliados e, com base no seu mailing de clientes

21

selecionar a amostragem e as segmentações necessárias para uma pesquisa eficaz. A

partir daí, todo o trabalho é por conta da empresa, entregando com rapidez as mais

aprofundadas análises de satisfação, lealdade e comprometimento.

A Satisfação do Cliente é um item essencial para empresas que pretendem

obter ou manter o selo de qualidade ISO 9000, versão 2000.

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) as

empresas terão que comprovar a satisfação do cliente, apresentando pesquisas de

opinião de consumidores periodicamente. Para tanto, terão que atualizar seus sistemas

de gestão, incluindo este novo controle.

1.3.3 – Custo da Rotatividade de Pessoal

O alto preço da rotatividade de pessoal é o terceiro maior motivo que faz a

retenção ser importante. A rotatividade envolve três tipos de custos, cada um dos quais

prejudica os lucros:

1.3.3.1 – Despesas Diretas

Despesas diretas, incluindo os desembolsos com recrutamento, entrevistas e

treinamento de substitutos. Em um mercado com grande demanda de mão-de-obra, os

substitutos podem exigir salários mais altos que as pessoas que estão saindo, isso sem

mencionar o custo potencial da concessão de bônus.

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1.3.3.2 – Custos Indiretos

Custos indiretos, como o efeito sobre a carga de trabalho, o moral e a

satisfação dos clientes. Será que os clientes irão acompanhar os funcionários que

foram embora? Será que outros funcionários estão pensando em sair?

1.3.3.3 – Custos de Oportunidade

Custos de oportunidade, incluindo o conhecimento perdido e o trabalho que

não é executado enquanto os gerentes e outros funcionários se concentram em

preencher a vaga e preparar os substitutos.

1.4 – Motivos pelos quais as Pessoas Continuam na Empresa

As pessoas ficam numa empresa por vários motivos diferentes, que podem

variar de um país para outro, que são horários flexíveis, segurança de emprego, o

reconhecimento de um trabalho bem-feito, uma cultura de trabalho que reconhece a

importância da qualidade de vida ou a sensação de pertencer àquele lugar. Segue

abaixo as principais motivações que fazem com que as pessoas fiquem no emprego:

1.4.1 – Um Supervisor Respeitado

O relacionamento entre funcionário-supervisor é muito importante. As

pessoas terão maior probabilidade de ficar na empresa se tiverem um supervisor a

quem respeitam e que lhes dê apoio.

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1.4.2 – Remuneração Justa

As pessoas também querem trabalhar em empresas que ofereçam uma

remuneração justa. Isto inclui não só salários e benefícios competitivos, como também

uma remuneração intangível, na forma de oportunidades para aprender, crescer e

realizar.

1.4.3 – Orgulho da Organização

Kotler (2002) enfatiza que as pessoas querem trabalhar para empresas bem

administradas e dirigidas por líderes qualificados e engenhosos – isto é, gerentes de

alto nível que têm uma visão clara do futuro da empresa, que podem criar estratégias

poderosas para o sucesso e podem motivar outras pessoas a perceberem essa visão.

1.4.4 – Trabalho Significativo

Finalmente, as pessoas querem trabalhar em empresas que lhes permitam

realizar tipos de trabalho que apelem para seus interesses mais profundos. O trabalho

satisfatório e estimulante nos torna mais produtivos.

Alguns autores como Ed Michaels, Helen Handfield-Jones e Beth Axelrod

(2001) concluem que as empresas podem atrair e reter pessoas talentosas se prestarem

atenção àquilo que chamam de “Employee Value Proposition” (EVP), ou “Proposição

de Valor do Funcionário”. EVP é o equivalente, no trabalho, da proposição de valor

que toda empresa oferece aos seus clientes: uma medida de valor percebido para um

determinado custo. Eles sugerem que, se uma empresa quiser ter mais êxito em atrair e

reter talentos, ela deverá avaliar e reforçar sua proposição de valor para os

funcionários:

24

Para criar uma proposição de valor convincente para os funcionários, uma empresa precisa proporcionar os elementos essenciais que os gerentes procuram – trabalho estimulante, uma boa empresa, remuneração atraente e oportunidades de desenvolvimento. Algumas regalias a mais, roupas informais ou planos de saúde mais generosos não fazem a diferença entre um EVP baixo e um alto. Se quiser reforçar substancialmente o EVP da sua empresa, esteja preparado para mudar coisas fundamentais, como a estratégia de negócios, a estrutura da organização, a cultura e até mesmo a qualidade dos líderes. (MICHAELS, HANDFIELD-JONES e AXELROD, 2001, P.47).

1.5 – Motivos pelos quais as Pessoas Deixam a Empresa

Ed Michaels, Helen Handfield-Jones e Beth Axelrod (2001) enfatizam que as

pessoas também deixam a empresa por muitas razões diferentes, mas principalmente

porque uma ou mais das condições anteriores estavam ausentes desde o início ou

foram eliminadas posteriormente. Quase sempre as pessoas saem pelos motivos

errados. Muitas vezes saem sem entender realmente por que estão insatisfeitas, ou que

oportunidades para melhorar a situação podem existir na empresa. Assim, elas pulam

de empresa para empresa, cometendo sempre o mesmo erro.

Exemplifica-se agora porque algumas pessoas deixam a empresa:

1.5.1 – Amigos Íntimos Saem

Um ou mais colegas de quem um funcionário gosta particularmente e por

quem tem respeito deixam a empresa, rompendo assim uma associação muito

importante para ele.

25

1.5.2 – Muda o Comando da Empresa

Ed Michaels, Helen Handfield-Jones e Beth Axelrod (2001) dizem que: “ou a

qualidade das decisões da gerência piora, ou novos líderes – em quem os funcionários

ainda não confiam ou com quem não se sentem à vontade – assumem o comando.” (p.

47)

1.5.3 – Uma Mudança Desfavorável de Responsabilidades

As responsabilidades do cargo de uma pessoa mudam e com isso o trabalho

deixa de ser atraente para seus interesses mais profundos, ou perde significado e

estímulo.

1.5.4 – Conflito com Superiores Imediatos

Ed Michaels, Helen Handfield-Jones e Beth Axelrod (2001) dão dicas dizendo

que as pessoas também podem sair quando seu relacionamento com os chefes se torna

estressante ou problemático, e elas não vêem nenhuma outra opção na empresa.

26

CAPÍTULO II

TALENTOS DE LIDERANÇA

O que me faz acordar no meio da noite não é o que pode acontecer com a economia ou o que os nossos concorrentes podem fazer a seguir; é me preocupar se temos capacidade de liderança e talento para implementar novas estratégias globais mais complexas.

David Whitwam, Presidente e CEO (Chief Executive Officer – Principal Executivo da Empresa) da Whirlpool Corporation.

27

INTRODUÇÃO DO CAPÍTULO II

Este capítulo dedicará uma parte às teorias sobre os estilos de liderança, pois

como se verá, a liderança é uma questão de tomada de decisão do grupo. As teorias

estudam a liderança em termos de estilos de comportamento do líder em relação aos

seus subordinados, isto é, as maneiras pelas quais o líder orienta sua conduta. As

teorias sobre os estilos de liderança podem ser: autocrática, democrática, e liberal.

Em seguida será esboçado o perfil do novo líder, onde será denominado que

liderar requer cinco atributos mais ligados a uma disposição interna da empresa que

são: self-mastering (auto-maestria), stewardship (preparação das pessoas para o

sucesso), visão, empowerment (dar energia às pessoas), influência e persuasão.

Na seqüência será visto que a comunicação é o poder mais forte dentro da

empresa, onde alguns pontos do processo de comunicação tiveram início nas idéias de

Gestalt e Behavior. A comunicação com os clientes e com os funcionários também é

muito eficaz. Algumas empresas adotam formulários onde os clientes possam expor

sua opinião sobre um determinado produto e criam algumas técnicas para se ouvir os

funcionários, além do contato direto dos dirigentes com seus auxiliares, se tornando

dessa forma uma das empresas de maior sucesso do mercado.

28

CAPÍTULO II

TALENTOS DE LIDERANÇA

A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana,

principalmente nas empresas e em cada um de seus departamentos. Ela é igualmente

essencial em todas as demais funções da Administração: o administrador precisa

conhecer a motivação humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.

Alexandre Rangel Araújo (2003) – Presidente da Sociedade Brasileira da

Qualidade – SBQ, relata que: “liderança é a influência interpessoal exercida numa

situação e dirigida através do processo da comunicação humana à consecução de um

ou de diversos objetivos específicos”. A liderança também é encarada como um

fenômeno social e que ocorre exclusivamente em grupos sociais. Deve ser considerada

em função dos relacionamentos que existem entre as pessoas em uma determinada

estrutura social, e não pelo exame de uma série de traços individuais.

É um processo contínuo de escolha que permite à empresa caminhar em

direção à sua meta, apesar de todas as perturbações internas e externas. Assim, a

liderança é uma questão de tomada de decisão do grupo.

2.1 – Teorias sobre Estilos de Liderança

São as teorias que estudam a liderança em termos de estilos de

comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras pelas quais

o líder orienta sua conduta.

29

White e Lippitt (apud Byham, Smith e Paese, 2003, p. 105), fizeram um

estudo em 1939 para verificar o impacto causado por três diferentes estilos de

liderança em meninos de dez anos, orientando para as execuções das tarefas. Os

meninos foram divididos em quatros grupos e, de seis em seis semanas, a direção de

cada grupo era desenvolvida por líder que utilizaram três estilos diferentes:

2.1.1 – Autocrática

White e Lippitt (apud Byham, Smith e Paese, 2003, p. 106), relatam que

apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo; o líder determina

as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma por vez, na medida

em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo; o líder determina

qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho; “o líder

é dominador e é "pessoal" nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro”,

afirmam os dois autores.

2.1.2 – Democrática

As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo

líder; o próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo,

solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir

duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas

com os debates; a divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo, e cada membro

tem liberdade de escolher os seus companheiros de trabalho; o líder procura ser um

membro normal do grupo, em espírito, sem encarregar-se muito de tarefas. O líder é

"objetivo" e limita-se aos fatos em suas críticas e elogios.

30

2.1.3 – Liberal

Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com

participação mínima do líder; a participação do líder no debate é limitada,

apresentando apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer

informações desde que a pedissem; tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos

companheiros, fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do

líder; o líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos

acontecimentos. O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos

membros quando perguntado.

Os resultados dessa experiência tiveram uma enorme repercussão nos Estados

Unidos, pois, os meninos se comportaram da seguinte forma aos diferentes tipos de

liderança que foram submetidos:

Liderança Autocrática: O comportamento dos grupos mostrou forte tensão,

frustração e, sobretudo, agressividade, de um lado, e, de outro, nenhuma

espontaneidade, nem iniciativa, nem formação de grupos de amizade. Embora

aparentemente gostassem das tarefas, não demonstraram satisfação com relação à

situação. O trabalho somente se desenvolvia com a presença física do líder. Quando

este se ausentava, as atividades paravam e os grupos expandiam seus sentimentos

reprimidos, chegando a explosões de indisciplina e de agressividade.

Liderança Democrática: houve formação de grupos de amizade e de

relacionamento cordiais entre os meninos. Líder e subordinados passaram a

desenvolver comunicações espontâneas, francas e cordiais. O trabalho mostrou um

ritmo suave e seguro, sem alterações, mesmo quando o líder se ausentava. Houve um

nítido sentido de responsabilidade e de comprometimento pessoal além de uma

impressionante integração grupal, dentro de um clima de satisfação.

31

Liderança Liberal: embora a atividade dos grupos fosse intensa, a produção

foi simplesmente pequena. As tarefas se desenvolviam ao acaso, com muitas

oscilações, perdendo-se muito tempo com discussões mais voltadas para motivos

pessoais do que relacionadas com o trabalho em si. Notou-se forte individualismo

agressivo e pouco respeito com relação ao líder.

Quanto ao fato de o comportamento dos meninos ser diferente do

comportamento adulto, quanto a diferenciação das atividades escolares em relação às

atividades empresariais, quanto ao período relativamente curto da realização da

experiência, passou a defender a liderança democrática compatível com o espírito

americano da época -, extremamente comunicativa, que encoraja a participação do

trabalhador, que é justa e não-arbitrária e que se preocupa não somente com os

problemas do trabalho, mas também com os problemas dos trabalhadores.

Na vida prática, o líder utiliza os três processos de liderança, de acordo com a

situação com as pessoas e com a tarefa a ser executada ou levada adiante.

Melhoria da qualidade relaciona-se com um futuro apontado, relaciona-se

com a motivação dos integrantes da organização, com o engajamento de todos, com as

mudanças de atitudes, com o alinhamento de percepções de pessoas diferentes, com a

preparação de um ambiente construtivo. Todos estes itens são diretamente dependentes

de liderança – o executivo principal da organização. É o líder que nos aponta que

qualidade está no futuro e o que pode-se sentir, acreditando em si próprio.

Os executivos continuam arraigados na armadilha das responsabilidades

funcionais e das tarefas específicas.

Hoje em dia é preciso dotar as pessoas de um conjunto de habilidades que

lhes permita analisar as situações e isto não está acontecendo na escala que deveria

para otimizar a qualidade.

32

2.2 – O perfil do novo líder

De certo modo, líderes são pontes para o futuro. Mas até por este

compromisso com o futuro o perfil do líder está mudando.

Nas organizações, por exemplo, às habilidades que o caracterizaram somam-

se a outras, indispensáveis para tempos de mudanças.

Está cada vez mais clara a distância entre gerente e líder. Para Barry Wolf

(apud Byham, Smith e Paese, 2003, p. 66): “gerenciamento é ciência enquanto

liderança é arte”. Gerenciar consiste em planejar, organizar, dirigir e controlar,

enquanto liderar requer cinco atributos mais ligados a uma disposição interna. São

eles:

2.2.1 – Self-mastering

Pode ser traduzido como auto-maestria, estando relacionado com auto-

conhecimento, saber o que o torna diferenciado. Tem a ver com auto-estima.

2.2.2 – Stewardship

Descobrir as áreas de excelência de seu pessoal e saber como aplicar esses

recursos. É preciso sempre preparar as pessoas para o sucesso.

2.2.3 – Visão

Os líderes estão preocupados com uma visão voltada para o futuro, sempre

olhando para o amanhã, enquanto os gerentes são mais objetivos, se importando mais

precisamente com o aqui, agora.

33

2.2.4 – Influência e persuasão

Barry Wolf (apud Byham, Smith e Paese, 2003, p. 67) complementa dizendo

que os líderes não forçam, sabem ouvir e chegar ao coração das pessoas. Assim saber

lidar com o próximo será mais do que nunca a grande habilidade do líder do futuro.

Em vez de obediência, envolvimento. No lugar de imposição, persuasão, até porque os

reflexos comportamentais desses tipos de atitudes são bastante distintos e estão

diretamente ligados à produtividade.

2.2.5 – Empowerment

Dar autonomia às pessoas, energizá-las. Delegar poderes e autoridade. O líder

de hoje não é aquele que tem uma equipe que necessariamente concorda com ele, mas

uma equipe em que todos andam na mesma direção.

Nos padrões modernos de liderança, a empresa tem condições de funcionar

muito melhor e quem ouve as pessoas conhece as individualidades, sabe elogiar,

consegue tirar o máximo delas.

2.3 – Comunicação

A comunicação é o poder mais forte. A realidade existe e deixa de existir no

mesmo tempo em que é veiculada, comunicada. O fenômeno da comunicação pode

criar realidades e ao serem silenciadas deixarem de existir. A imagem das pessoas é

construída pela comunicação, mas também pode ocorrer o inverso. O poder está na

mão de quem detém a comunicação; detém a construção da realidade, criando a

opinião pública, pois numa sociedade como a nossa dispor desse meio é certeza de

sucesso.

34

A comunicação é importante no relacionamento entre as posições e no

esclarecimento e na explicação aos participantes inferiores das razões das orientações

tomadas. Os subordinados devem receber continuamente dos superiores um fluxo de

comunicações capaz de suprir-lhes as necessidades. Por outro lado, os superiores

devem receber dos subordinados um fluxo de comunicações capaz de lhes fornecer

uma idéia adequada do que está acontecendo.

O “merchandising” é muito eficiente, principalmente se veiculado através de

atores fazendo ou usando um determinado produto, marca ou até mesmo um

vocabulário específico. A busca do lucro apoiada pelos meios de comunicação, faz

enraizar no homem limites muito além do ético e moral.

Para Byham, Smith e Paese (2003, p. 68), o administrador deve rever o

trabalho dos seus subordinados periodicamente, para avaliar o seu desempenho e

habilidades. Essas necessidades de avaliação se fundamentam em:

O homem trabalha melhor quando conhece os padrões do seu trabalho; a organização opera mais eficientemente quando um homem e seu chefe têm um entendimento comum das suas responsabilidades e padrões de desempenho que a empresa espera obter deles; cada homem pode ser auxiliado a dar máxima contribuição à empresa e a utilizar ao máximo as suas habilidades e capacidades.

2.3.1 – Comunicação, Gestalt e Behaviorismo

Alguns pontos do processo de comunicação tiveram início nas idéias de

Gestalt e Behavior.

A publicidade tem o papel de informar sobre o produto. Através de um

processo manipulador subliminar o consumo do produto se dá sem nenhuma

racionalidade. Os publicitários, inteligentemente, motivando suas atitudes. Segundo

35

Behavior as pessoas são um repertório de estímulos e respostas. O comportamento

reflexo tem como causa um estímulo e este pode ser condicionado ou incondicionado.

Pensar no esforço que as pessoas sofrem ao estarem expostas a propaganda, faz com

que elas consumam e repitam tal comportamento. Desta forma, os comportamentos

são condicionados e reforçados e, portanto, administrados para viver.

A modelagem é o passo curto para o lançamento de um produto. As pessoas

ficam expostas, inicialmente, por um tempo bastante curto e logo após este tempo é

aumentado gradativamente e o processo se realiza. A cada anúncio tem-se o modelo de

como vestir, falar, agir e consumir. Quanto mais se conhece o que agrada ao público,

maior será o consumo do produto, pois a mídia tem o poder de criar e manejar

impressões.

2.3.2 – Comunicação com os Clientes

Para ouvir os clientes, existem sistemas de avaliação de produtos e serviços.

Pode-se citar como exemplos: formulários que são oferecidos ao cliente quando ele

recebe a mercadoria que comprou, ou quando ele fecha uma conta no hotel, ou durante

uma viagem de avião. Há outros sistemas para ouvir o cliente, como serviços de

atendimento ao consumidor (linhas diretas), reuniões periódicas com grupos de

clientes, clínicas de novos produtos que são apreciados pelos potenciais compradores

de engenharia simultânea, em que os clientes são envolvidos no desenvolvimento de

um novo produto.

2.3.3 – Comunicação com os Funcionários

Programas de sugestão, pesquisas de clima organizacional e reuniões de

funcionários com gerentes, são algumas das técnicas para ouvir os funcionários, além

do contato direto dos dirigentes com seus auxiliares, que é a mais importante de todas.

36

Quem está na linha de frente, fabricando produtos ou prestando serviços, tem

informações concretas sobre problemas e necessidades do sistema produtivo,

reclamações e elogios dos clientes, e outros aspectos da empresa e sua administração.

Principalmente a abertura dos canais de comunicação para que o funcionário se

manifeste, deve ter o objetivo de ouvi-lo a respeito dos seus motivos de satisfação e

insatisfação com a empresa.

Além de ouvir, a administração participativa deve procurar comunicar-se,

transmitindo informações para baixo e para os lados, sobre os fatos e decisões

importantes. Informações que as pessoas valorizam na situação de trabalho dizem

respeito aos objetivos da empresa, aos problemas que ela esteja enfrentando, as

responsabilidades e atribuições que devem ser cumpridas, ao futuro e aos eventos que

estão programados e irão afetá-las. Esconder tais informações contribui para a

desorientação e insatisfação das pessoas.

37

CAPÍTULO III

DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DE PESSOAS

O que está por trás de deixar o Cliente esperando? Provavelmente, desrespeito com o tempo dele, falta de profissionalismo e de visão estratégica.

Fábio Eltz

38

INTRODUÇÃO DO CAPÍTULO III

Este capítulo que segue se dedicará ao desenvolvimento e a gestão de pessoas.

A questão do desenvolvimento das pessoas na organização moderna é fundamental

para a manutenção e ampliação de seu diferencial competitivo. E a gestão de pessoas

em prol da excelência no atendimento a clientes é a grande preocupação das empresas,

pois tem que se atender os clientes com eficiência, ética e transparência, dando suporte

ao processo desse atendimento em busca de fidelização.

Um novo modelo de gestão de pessoas será apresentado com o intuito de

conciliar tanto a expectativa da empresa quanto a das pessoas. O contexto atual e

futuro impõe às empresas que se crie condições para que as pessoas tenham atendidas

as suas expectativas de desenvolvimento, realização e reconhecimento. As pessoas

tendo consciência de si mesmas exigem maior transparência por parte da empresa.

39

CAPÍTULO III

DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DE PESSOAS

O sucesso de uma organização depende cada vez mais do conhecimento,

habilidades, criatividade e motivação de sua força de trabalho. O sucesso das pessoas,

por sua vez, depende cada vez mais de oportunidades para aprender e de um ambiente

favorável ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades.

Neste contexto, a promoção das pessoas em todos os aspectos do trabalho

destaca-se como um elemento fundamental para a obtenção da sinergia entre equipes.

Pessoas com habilidades e competências distintas formam equipes de alto desempenho

quando lhes é dada autonomia para alcançar metas bem definidas.

Joel Dutra (2002) comenta que os desejos e necessidades das pessoas da

organização quando corretamente identificados e utilizados na definição das

estratégias, dos planos e das práticas de gestão organizacionais, promovem o

desenvolvimento, a atração e retenção de talentos humanos, bem como um clima

organizacional participativo, possibilitando o alcance do alto desempenho da

organização e o crescimento das pessoas.

3.1 – Desenvolvimento de Pessoas

A questão do desenvolvimento das pessoas na organização moderna é

fundamental para a manutenção e/ou ampliação de seu diferencial competitivo. É

fundamental porque as organizações estão cada vez mais pressionadas, tanto pelo

ambiente externo quanto pelas pessoas com as quais mantêm relações de trabalho, para

investir no desenvolvimento humano. As organizações estão percebendo a necessidade

40

de estimular e apoiar o contínuo desenvolvimento das pessoas, como forma de manter

suas vantagens competitivas. Ao mesmo tempo, as pessoas buscam seu contínuo

desenvolvimento para obter maior segurança quanto a sua inserção no mercado de

trabalho.

O grande desafio está em orientar esse desenvolvimento em um ambiente tão

volátil como o que se vive e provavelmente poderá viver amanhã. Para enfrentar esse

desafio, as pessoas têm que encontrar referenciais estáveis para balizar o seu

desenvolvimento e o da empresa.

As organizações e toda a sociedade caminham para maior complexidade

tecnológica e das relações. As pessoas necessitam ser preparadas para contextos cada

vez mais exigentes e complexos. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento humano está

cada vez mais associado à complexidade. Para Dutra (2002, p. 101), pode-se definir o

desenvolvimento da pessoa como “capacidade para assumir atribuições e

responsabilidades em níveis crescentes de complexidade”.

Pode-se entender, resumidamente, que desenvolvimento de pessoas é a

habilidade do líder em estruturar, motivar e preparar sua equipe para as demandas de

médio e longo prazo do negócio. Envolve a capacidade de promover um clima interno

favorável à participação e oferecer oportunidades concretas de desenvolvimento.

3.2 – Gestão de Pessoas em prol da Excelência no Atendimento a Clientes

A grande preocupação das empresas em se retratarem frente aos clientes,

fornecedores e concorrentes está na sua capacidade de atender. Eficiência, ética e

transparência devem dar suporte ao processo de atendimento a clientes em busca de

fidelização de seu nicho de atuação, comprometimento de seus colaboradores e

respeito no mercado competitivo.

41

Joel Dutra (2002, p. 101) fala que:

Com a tecnologia da informação e a busca de sobrevivência no atual ambiente de capital aberto, onde o know how não é mais sigiloso, resta às empresas valorizar o que as coloca como diferentes no mercado: o atendimento e as pessoas. As organizações competitivas, criativas e comprometidas com a qualidade e satisfação de seus clientes já descobriram que não conseguem se manter no mercado por muito tempo sem pessoas motivadas, envolvidas e satisfeitas. É uma questão de princípios das empresas, um alvo da gestão competitiva, é enfim a fonte de soluções.

Inúmeros são os projetos e processos de atendimento e relacionamento com

clientes a fim de equalizar os resultados em prol do crescimento da organização. O

laboratório farmacêutico Bristol-Myers Squibb propôs à sua rede de clientes

constituída de pequenas farmácias a se reunirem durantes três dias para assistir a

palestras sobre gestão de negócios. Muitos ouviram falar pela primeira vez em

conceitos como relacionamento com o consumidor e gerenciamento por categorias. A

proposta, segundo Gisele Cunha (2003, p. 12) – Gerente de Marketing da Bristol, é

melhorar o relacionamento do laboratório com as pequenas farmácias tornando-as

mais competitivas e não apenas vendedoras dos produtos farmacêuticos Bristol.

Segundo o site da Homepage Rede Gestão de Qualidade (2001, p. 02):

Os clientes desta forma sabem identificar a empresa que se compromete e se preocupa em atendê-los com eficácia e transparência. No setor bancário, o BankBoston foi caracterizado no ano de 2002 como banco de varejo de elite com a decoração mais elegante, ausência de filas, pessoal prestativo e gerentes altamente preparados. A parcela segmentada da população alvo do BankBoston que valoriza os fatores status e luxo colocou assim a instituição bem conceituada frente as necessidades e expectativas do seu nicho de mercado.

42

3.3 – Um Novo Modelo de Gestão de Pessoas

Segundo Fischer (1992), as organizações vêm passando por grandes

transformações em função de pressões que recebem tanto do contexto externo quanto

do contexto interno. As mudanças por que passam as organizações não estão limitadas

a suas estruturas organizacionais, seus produtos ou seus mercados, mas afetam

principalmente seus padrões comportamentais ou culturais e seus padrões políticos ou

relações internas e externas de poder. Essas mudanças são processos contínuos na vida

das empresas.

Fischer (1992, p. 23) complementa fazendo um questionamento:

Na década de 80 o questionamento e as mudanças profundas das práticas organizacionais motivadas por uma seqüência de ondas de globalização, inicialmente do sistema financeiro, posteriormente do sistema de comercialização e, atualmente, do sistema de produção. Com a globalização do sistema de produção, busca-se um processo de aquisição, transformação e distribuição globalizado e altamente integrado que agrega vantagens competitivas onde elas existirem. À globalização soma-se grande turbulência tecnológica e cada vez maior nível de exposição das organizações em função da necessidade de parcerias com fornecedores, clientes e concorrentes em termos globais, tornando-as muito mais susceptíveis às transformações do ambiente onde se inserem.

As características desse contexto levaram as empresas à procura de maior

flexibilidade para se adequarem à volatilidade do ambiente, maior prontidão para

usufruírem das oportunidades quando estas surgem e maior efetividade para apresentar

respostas com qualidade, preço e condições de entrega.

Caso a pessoa não verifique vantagens concretas para si própria na relação

com a empresa no presente e no futuro, ela dificilmente irá comprometer-se.

Atualmente, questiona-se duramente a eficácia de programas arrojados de benefícios e

salários para gerar compromisso; esses programas geram apenas dependência e

43

sentimento de gratidão que se mostram cada vez mais inadequados para suportar as

pressões de um ambiente competitivo em escala global.

Fischer (1992, p. 24) relata que:

O fato de as empresas serem obrigadas a observar melhor o conjunto de expectativas e necessidades das pessoas fez com que surgissem as pressões do contexto interno, ou seja, de dentro da própria organização. Essas pressões têm sua principal origem na forma como as pessoas passaram a enxergar sua relação com o trabalho e com a empresa. A partir dos anos 80, vai cristalizando-se a importância do ser em detrimento do ter na sociedade ocidental, ao mesmo tempo em que o ambiente que cerca as pessoas vai tornando-se cada vez mais volátil. As pessoas, principalmente as nações desenvolvidas, são impelidas a estabelecer sua relação com o mundo com base nelas próprias, pois qualquer referencial buscado fora delas torna-se movediço. Esse remeter-se a si mesmo torna as pessoas mais preocupadas em cuidar de sua integridade física, mental, social e espiritual e mais críticas de suas relações com o ambiente.

Esse movimento torna as pessoas mais atraídas por situações profissionais ou

de trabalho que lhes permitam maior autonomia e liberdade. Dessa forma, uma

empresa com postura autoritária tem mais dificuldade de conseguir o envolvimento

das pessoas do que uma empresa que estimula e oferece suporte para a participação

das pessoas nos processos decisórios que lhe digam respeito.

As pressões do contexto externo e interno geraram a necessidade de profunda

reflexão acerca da gestão de pessoas com um deslocamento do foco no controle das

pessoas para o foco em seu desenvolvimento. Desse modo, a pessoa deixa de ser um

paciente do processo de gestão para ser um agente do processo e passa, portanto, a

assumir papel importante na gestão de seu próprio desenvolvimento e de sua

competitividade profissional. Sendo assim, cabe à empresa estimular e dar suporte às

pessoas em seus processos de desenvolvimento e definir com maior precisão as

expectativas em relação a elas.

44

As empresas, de forma geral, têm grande dificuldade em definir com clareza o

que esperam das pessoas, e dificuldade ainda maior para definir os horizontes

profissionais que podem oferecer. O grande desafio que o contexto atual e futuro

impõe às empresas é o de criar condições para que as pessoas tenham atendidas suas

expectativas de desenvolvimento, realização e reconhecimento. Quanto mais

conscientes de si mesmas as pessoas, mais exigirão transparência por parte da

empresa, e esses aspectos se tornarão fatores críticos para a sustentação da

competitividade.

Esse é o pano de fundo para o surgimento da necessidade de uma nova forma

de pensar a gestão de pessoas, abrindo caminho para um novo modelo de gestão. Para

fazer frente às pressões do contexto interno e externo, busca-se um novo modelo de

gestão de pessoas que possa conciliar tanto a expectativa da empresa quanto a das

pessoas. Essas pressões sempre existiram e, ao longo do tempo, influenciaram o

conjunto de políticas e práticas das empresas no mundo e no Brasil, bem como o

comportamento dos trabalhadores. A compreensão das bases formadoras da gestão de

pessoas que orientaram sua evolução é fundamental para a compreensão do momento

atual e os desafios que possam vir a surgir.

45

CAPÍTULO IV

RETENÇÃO DE TALENTOS EM CALL CENTERS

Separe cada chamada telefônica, física e emocionalmente. O seu Cliente não sabe, nem quer saber que a pessoa que ligou antes deixou você enfurecido ou rindo histericamente. Inicie essa ligação de maneira equilibrada.

Kristin Anderson

46

INTRODUÇÃO DO CAPÍTULO IV

Este último capítulo apresentará a retenção de talentos em call centers, onde

para se ter uma boa empresa de call center é preciso investir na capacitação e na

comunicação eficaz entre as empresas e seus colaboradores, pois dessa forma se

conseguirá fidelizar o público interno, considerado o público mais difícil em um setor

com tanta rotatividade como é o de telemarketing.

Os talentos são as poucas pessoas que contribuem ao máximo com a empresa

e precisam ser reconhecidas, estimuladas e potencializadas para que maximizem os

resultados positivos que só elas podem alcançar. Devem ser mais bem remuneradas

porque contribuem mais do que os profissionais do conhecimento. Será colocado

também uma pesquisa sobre a Retenção de Talentos Humanos em Call Centers.

Para se reter talentos em busca de um sucesso financeiro de qualquer empresa

é preciso ter o benefício da estabilidade, bem como a importância de se dedicar ao seu

pessoal, o treinamento valioso e estar sempre presente.

A internet está modificando o recrutamento dentro das empresas, pois o

recrutamento online está permitindo que as empresas encontrem muitos candidatos

para um cargo, fazendo uma seleção em segundos, entrando imediatamente em contato

com os melhores. O recrutamento online também possibilita que as empresas

concentrem seus esforços de recrutamento e se distingam das concorrentes por meio de

táticas eletrônicas criativas.

47

CAPÍTULO IV

RETENÇÃO DE TALENTOS EM CALL CENTERS

Diariamente, o conceito e as facilidades dos call centers se ampliam. A

solução tornou-se mais abrangente, passando a ser chamado de contact center. Isso

porque o "centro de contato" do cliente com a empresa pode receber as solicitações e

reclamações pelos mais diversos canais, como telefone, fax, e-mail, Internet, pager.

Supõe-se que a distância física não seja uma barreira de entrada para as empresas de

call centers, no entanto, muitas empresas de telemarketing estão considerando a

proximidade geográfica com o cliente.

O atendimento através dos centros especializados é uma atividade que vem se

expandindo com imensa velocidade, apresentando alguns aspectos que precisam ser

ressaltados e observados. Qualquer organização que pretenda obter retorno satisfatório

com este tipo de serviço deve estar atenta, para evitar transtornos para si e para os

clientes.

Alguns itens precisam ser observados por qualquer empresa que estabelece

um serviço de atendimento por telefone: 1. Deixar claro o objetivo de cada linha de

serviço que for anunciada aos clientes; 2. Avaliar a demanda para evitar o stress da

linha seguidamente ocupada; e 3. Estabelecer seqüências lógicas para o atendimento,

evitando perda de tempo.

O setor de call center envolve tanto as empresas que fornecem os serviços de

call center quanto as empresas que possuem um setor ou departamento interno

responsável pelo atendimento ao cliente. A tendência é que as empresas que não sejam

especializadas no fornecimento de serviços de call center deixem de desenvolver tais

atividades e terceirizem o serviço, que cada vez mais demanda uma qualificação e

competência técnica.

48

Segundo o site da Homepage “Rede Gestão de Qualidade” (2001):

Uma das principais vantagens da instalação de empresas de call center, além de promover o desenvolvimento social via geração de emprego e renda, é dispor de uma melhor qualidade no atendimento ao consumidor, visto que esse item encontra-se muito além do desejado no Estado. Deve-se lembrar que as agências/fornecedoras de call centers não são apenas unidades de atendimento aos clientes, pois desenvolvem cada vez mais seu papel estratégico no processo de fidelização e conhecimento do comportamento dos clientes e consumidores. O telemarketing, por exemplo, pode ser utilizado para impulsionar as vendas, para consulta de preços, compra de produtos, consulta de informações pertinentes a algum produto ou serviço específico, etc.

Para ser uma boa empresa de Call Center é preciso investir na capacitação e

na comunicação eficaz entre as demais empresas e os seus colaboradores, pois dessa

forma se conseguirá fidelizar o público mais difícil: o público interno, principalmente

em um setor com tanta rotatividade como é o de Telemarketing.

Uma boa sugestão é inovar na gestão empresarial, investindo, principalmente,

nos seus recursos humanos como instrumento fundamental para atingir resultados

positivos. Outro ponto valioso é uma conversa informal entre o presidente da empresa

e os seus funcionários, sem a presença de seus superiores, pois dessa forma tem-se

uma base das queixas, dificuldades e até sugestões de mudanças de rotina que podem

ser levantados nessa reunião, e sendo assim, o profissional sente-se valorizado.

É preciso reter e qualificar muito bem todos os funcionários da empresa, pois

eles vão representar a empresa contratante. Essa integração interna permite um

crescimento e satisfação profissional dos funcionários, beneficia os clientes, mas

principalmente atinge de forma positiva os consumidores dos produtos das empresas

de telemarketing. Em telemarketing, o que diferencia uma empresa da outra é o calor

humano do operador: o saber atender, o sorriso na voz e a satisfação em fazer o

trabalho trazem um resultado bastante eficaz.

49

Outra dica de uma empresa bem sucedida na área de telemarketing é ter uma

política de Recursos Humanos direcionada para o aperfeiçoamento, treinamento e

melhoria do trabalho de seus profissionais e, em particular, de comunicação rápida

entre todas suas áreas operacionais. O ideal é que se faça um monitoramento do

trabalho dos profissionais diariamente por profissionais das diversas gerências de

atendimento, garantindo qualidade e resultados.

4.1 – O que significa “Talentos”?

Chowdhury (2003, p. 69) afirma que:

Os Talentos são relativamente as poucas pessoas que contribuem ao máximo com a empresa, e precisam ser reconhecidas, estimuladas e potencializadas para que maximizem os resultados positivos que só elas podem alcançar. Essas pessoas são diferentes. São os astros e as estrelas, e têm que ser tratadas como tal. Contribuem mais e devem ser mais bem remuneradas do que os profissionais do conhecimento. Os conceitos de remunerar “por desempenho” e identificar os colaboradores excepcionais como funcionários de “alto potencial” não são novos. Na verdade, trata-se de uma prática comum. Muitas empresas têm tentado administrar os desafios de identificar os mais fortes colaboradores e tratá-los de maneira diferenciada, sem criar um descontentamento excessivo no restante da força de trabalho.

As empresas precisam aprender a lidar com o passe livre sem ir á bancarrota

ao tratar os funcionários como clientes. Afinal, como gerente de recursos humanos,

tem que se tentar fazer com que esse Talento aceite o que está sendo oferecido e

depois crie lealdade com esse tratamento especial. E, assim, como as empresas cada

vez mais segmentam os clientes de alto valor para dar-lhes atenção dirigida, talvez seja

a hora de segmentar os funcionários (clientes internos) de alto valor para um

tratamento diferenciado.

50

A remuneração não pode ser considerada o principal fator na atração e

retenção de Talentos. O dinheiro é um fator importante para alguns, mas não para

outros. Os Talentos têm visão, objetivos e valores. Colegas, chefes, ambiente de

trabalho e oportunidade de fazer grandes diferenças para vencer no jogo dos negócios

atraem os Talentos tanto quanto ou mais do que o dinheiro. A remuneração justa é

certamente um fator de retenção. A remuneração inadequada é um desestímulo. A

remuneração excessiva não garante a felicidade do Talento. O entusiasmo no trabalho

é um fator central na produtividade e na satisfação dos Talentos, e, na verdade, de

todos os trabalhadores, de alto a baixo, em qualquer empresa.

4.2 – Pesquisa sobre a Retenção de Talentos Humanos em Call Centers

Retirado do Site da Homepage “Rede Gestão de Qualidade” (2001), a

Reisner Consultores, com o apoio da Megatrends Assessoria de Marketing, está

realizando a Primeira Pesquisa sobre a Retenção de Talentos Humanos em Call

Centers. Esta pesquisa tem o objetivo de avaliar o esforço realizado pelas empresas

para diminuir a rotatividade e o absenteísmo, e aumentar a motivação individual de

seus recursos humanos.

Espera-se com estes dados, auxiliar as empresas em seus projetos subsidiando

as futuras decisões para implantação de programas que visam melhorar a qualidade de

vida do operador nas centrais e, ao mesmo tempo, alcançar alta qualidade e

produtividade.

A pesquisa engloba temas relativos à seleção de pessoal, programas de

retenção, ambiente de trabalho, rotatividade e estresse, e avalia como as ações voltadas

ao bem estar dos operadores têm refletido na manutenção dos mesmos na empresa.

4.3 – Retenção de Talentos para o Sucesso Financeiro das Empresas

51

Toda vez que se perde um funcionário de valor, a empresa perde em

resultado. Por isso, é importante estabilizar a força de trabalho para que a empresa gere

mais lucro.

Existe uma relação entre recursos humanos e lucros. Substituir um

funcionário pode ser bastante caro. Em primeiro lugar, talvez tenha de se pagar horas

extra ou contratar temporários para preencher a lacuna formada. A produção encarece

quando não se consegue produzir o que era esperado. Perder prazos pode custar muito,

e às vezes, pode até mesmo custar um cliente.

Recrutar, selecionar e contratar um novo funcionário faz a pessoa perder

tempo e dinheiro. Depois, quando finalmente encontra-se alguém que acha que vai dar

certo, ainda tem de investir muito em treinamento até que o novo funcionário atinja os

níveis esperados de produtividade. Enquanto isso, a vida e a concorrência continuam.

4.3.1 – Os Benefícios da Estabilidade

Chowdhury (2003) relata que quando se tem uma força de trabalho estável,

também se obtém uma boa moral interna. As pessoas se conhecem, relacionam-se e

trabalham bem juntas. Esse tipo de relacionamento mostra todo o seu poder em

situações críticas, como grandes pedidos “para ontem” e problemas na linha de

produção, por exemplo. É mais provável que as pessoas se mobilizem para trabalhar

intensamente e ajudar uns aos outros quando se conhecem e acreditam no apoio

mútuo.

A continuidade é inestimável. Quando as pessoas têm um certo tempo de

casa, há uma espécie de fluxo que mantém tudo funcionando. Todos sabem onde estão

as coisas, como o trabalho é feito, como solucionar pequenos problemas que surgem

uma vez ou outra. Há uma espécie de “memória” corporativa sobre essas coisas que

52

tornam todas as operações mais eficazes. A confiança é maior e, logo, a produtividade

também é alta.

Os gerentes e supervisores não têm que se preocupar em contratar e treinar

novos funcionários a todo momento. Eles podem investir seu tempo na geração de

pedidos, na comunicação positiva com seus clientes e no trabalho mais próximo com

seus funcionários. O investimento de treinamento destina-se ao aprimoramento das

habilidades das pessoas que conhecem o negócio e desejam reforçar suas aptidões a

fim de contribuir.

Chowdhury (2003, p. 70) aconselha dizendo que:

A melhor maneira de reter boas pessoas é contratar boas pessoas. Algumas empresas não se importam com o real talento individual ou com o quanto cada um está interessado no trabalho da empresa. Para elas, não faz sentido contratar alguém que já vai sair dentro de algumas semanas ou até mesmo daqui a poucos meses. É bom evitar esses candidatos. Deve-se concentrar nas pessoas que se “encaixam” na sua empresa, naquelas que realmente querem fazer parte. O ideal é contratar aqueles que procuram uma carreira e não somente um emprego. Vale a pena selecionar adequadamente a fim de contratar somente os mais apropriados. Não se deve investir dinheiro em pessoas que não serão leais e que não vão se dedicar.

4.3.2 – A Importância de se Dedicar ao seu Pessoal

Quando alguém trabalha numa empresa, é como se estivesse fazendo parte de

uma família. Deve-se mostrar que a pessoa se preocupa com todos, reconhecendo suas

necessidades tão bem quanto as suas próprias. É bom encontrar um equilíbrio entre o

que as pessoas querem em suas vidas e o que se precisa para conduzir uma empresa.

É importante recompensar o seu pessoal quando eles obtiverem desempenho

excepcional. As recompensas podem ou não ser em dinheiro. A chave é estabelecer

53

padrões, recompensando sempre que cada um atingir ou ultrapassar as expectativas. É

sempre bom dar um pouco porque o retorno poderá ser muito.

Chowdhury (2003) dá como idéia a preparação de um local onde as pessoas

possam se desligar do trabalho por alguns minutos: uma sala para intervalos é um bom

exemplo, pois o investimento vale a pena.

4.3.3 – O Treinamento Valioso

As pessoas querem aprender e crescer. Deve-se considerar a oferta de

treinamento técnico e pessoal aos seus funcionários. É um importante benefício nas

boas empresas e também uma excelente forma de manter os funcionários ligados à

organização.

4.3.4 – Esteja Presente

Chowdhury (2003) dá uma ótima dica dizendo que o nível de retenção de

funcionários é mais alto em empresas onde o líder é altamente visível aos seus

subordinados. Há todo o trabalho para fazer, negociações com fornecedores e clientes

para zelar, mas o ativo mais importante é a equipe. É muito bom também agradecer

seus funcionários regularmente, pois sem eles não se consegue fazer nada. É

importante mostrar a eles o quanto se é grato pela sensibilidade e atenção que eles

dedicam ao trabalho. Não é só questão de dinheiro, é a importância das pessoas

sentirem que são queridas e valorizadas.

4.4 – Recrutamento Online

54

A Internet está modificando o recrutamento nas empresas. Existem hoje

milhares de sites oferecendo listas de empregos, como por exemplo, a Monster.com,

com 13% da força de trabalho dos Estados Unidos, que contém 18 milhões de

currículos, onde todos os dias várias pessoas entram em seu site.

O recrutamento online permite que as empresas encontrem muitos candidatos

para um cargo, façam uma seleção em segundos e entrem imediatamente em contato

com os melhores. Isto equivale a um vigésimo do custo de anúncios em classificados e

reduz em quinze dias o ciclo habitual de contratação, de 43 dias.

A Internet permite que os gerentes atinjam um número maior de candidatos

potenciais, e em lugares que não estavam disponíveis no passado. Ela também

possibilita que as empresas concentrem seus esforços de recrutamento e se distingam

das concorrentes por meio de táticas eletrônicas criativas. Mas as empresas que usam a

Internet somente como uma extensão das práticas de recrutamento baseadas em papel

estão deixando de explorar o poder do novo veículo. É importante se ter alguns

cuidados como:

4.4.1 – Ampliar o Número de Candidatos

Em um mercado de trabalho comprimido, as empresas precisam usar a

Internet para atingir candidatos “ativos” e também “passivos”. Os candidatos ativos

são os que veiculam seus currículos online. Os candidatos passivos – trabalhadores

qualificados bem empregados – constituem um grupo maior e mais atraente. Para

atingir os candidatos passivos, alguns especialistas recomendam que um ou mais

funcionários de Recursos Humanos dediquem-se a visitar e procurar nos sites

freqüentados pelos melhores candidatos.

4.4.2 – Concentrar-se nas Melhores Fontes

55

Uma lição que as pessoas estão aprendendo à medida que buscam o

recrutamento online é que a simples veiculação da existência de vagas no site da

empresa ou em grandes sites especializados, tem poucas probabilidades de fazer com

que apareçam rapidamente os candidatos certos, ou até mesmo qualquer candidato.

Uma maneira para ampliar as probabilidades de sucesso é usar sites menores –

especificamente, o número cada vez maior de sites que focalizam determinados tipos

de empregos em locais específicos.

4.4.3 – Diferencie-se

Quando os talentos estão escassos, um empregador precisa adaptar a lógica do

marketing ao seu esforço de recrutamento. De fato, ele deve tratar os possíveis

candidatos qualificados como “clientes”. E o primeiro passo em marketing é a

diferenciação.

Os empregadores estão usando inteligentemente a Internet para se diferenciar

dos concorrentes. Algumas empresas acrescentam um link aos seus sites, incentivando

os candidatos em potencial de outras regiões a compararem os custos de vida e a

calcular as despesas decorrentes de uma mudança de residência. Outros apresentam

técnicas para a redação de currículos em seus sites. Por exemplo, a Caterpillar oferece

em seu site (www.cat.com) um formulário de currículo para ser preenchido que

estimula os candidatos a preenchê-lo em tempo real, em vez de passar pelo processo

mais complicado de redigir, imprimir e enviar o currículo pelo correio. O formulário

também permite que a Caterpillar especifique as informações que deseja dos

candidatos, inserindo, por exemplo, um campo para “qualificações técnicas,

experiência no setor industrial ou noções de microinformática”.

CONCLUSÃO

56

Verificou-se através deste trabalho monográfico que atrair os funcionários

certos para os cargos certos é o primeiro desafio que tem que se seguir. Retê-los e

motivá-los, combinando seus próprios objetivos de carreira com os da empresa, é o

segundo.

O recurso crítico no mundo competitivo de hoje é gente talentosa. Encontrar e

manter os melhores funcionários necessários para o sucesso é um dos maiores desafios

que as empresas enfrentam hoje. Apesar dos custos com a rotatividade, não são muitas

as empresas que têm uma estratégia abrangente para salvaguardar seus recursos mais

valiosos.

Atrair e reter talentos é parte integrante para o sucesso e a sobrevivência da

empresa. Isto não se resolve somente com altos salários e mais incentivos. A solução

consiste em transformar a organização inteira para criar um ambiente em que as

pessoas queiram entrar e permanecer. O desafio é criar o que se define por Cultura

Adequada – a organização que atrai as melhores pessoas e as mantém.

Para se obter uma estratégia eficaz de retenção deve-se levar em conta alguns

fatores como: avaliação da cultura atual, compreensão dos aspectos que norteiam a

retenção, contratação de funcionários que melhor se adaptem à sua organização,

desenho e construção da Cultura Adequada e preparação dos gestores.

A habilidade de liderança está presente em qualquer relação entre duas ou

mais pessoas. Conhecendo os estilos de lideranças das pessoas pode-se ter uma maior

compreensão das relações estabelecidas, minimizando os conflitos interpessoais. Uma

vez que se tem uma organização com objetivos comuns definidos e compartilhados,

passa a ser de responsabilidade mútua (líderes e liderados) a manutenção de

comportamentos, valores e ideologias adotadas para que a liderança seja reflexo da

57

qualidade das relações interpessoais, procurando desta forma evitar a poluição dos

modos de se exercer o poder.

Uma vez que não há um modelo universal de liderança, o indivíduo deve

avaliar o momento e o comportamento a ser adotado, praticando assim a liderança

situacional. Esta exige líderes flexíveis, criativos e, principalmente, dispostos a

praticarem o constante aprendizado. Para consecução de seus projetos, o

empreendedor abre mão de sua centralização de poder e flexibiliza o seu estilo de

liderança, uma vez que necessita que determinados grupos executem suas tarefas. A

má distribuição e utilização do poder dentro das organizações podem gerar

desequilíbrios e descaracterizar o líder, causando sentimentos inibidores como: medo,

ansiedade, submissão, revolta, resistência à mudança etc.

Como todos exercem relações de liderança, e conseqüentemente, uma forma

de poder, convém que se fiquem conscientes de como se estão utilizando esses fatores

para obtenção dos objetivos, procurando adaptá-los as mais diversas situações.

Para se atuar sobre a gestão de pessoas, necessita-se permanentemente

compreendê-las. Para compreendê-las em toda a sua extensão e profundidade é preciso

utilizar uma lente. O modelo de gestão é uma lente que ajuda a pessoa a enxergar a

realidade em sua totalidade e complexidade, descortina o invisível, ou seja, as relações

ou situações subjacentes a compreensão, das quais tem-se notícias apenas por seus

efeitos.

O ambiente onde se está inserido exige um modelo de gestão de pessoas que

estimule e ofereça suporte ao desenvolvimento mútuo da empresa e das pessoas e que

ofereça a ambas orientação para esse desenvolvimento de forma clara, simples e

flexível.

58

REFERÊNCIAS

BYHAM, William C.; SMITH, Audrey B.; PAESE, Matthew J. Formando Líderes –

como identificar, desenvolver e reter talentos de liderança. São Paulo: Prentice Hall,

2003.

CAPPELLI, Peter. Contratando e mantendo as melhores pessoas. Rio de Janeiro:

Editora Record, 2003.

CHOWDHURY, Subir. A Era do Talento: obtendo alto retorno sobre o talento. São

Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003.

DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas – modelo, processos, tendências e

perspectivas. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2002.

FISCHER, R.M. A modernidade de gestão em tempo de cólera. Revista de

Administração da USP, v. 27, nº 4, out./dez. 1992.

MICHAELS, Ed.; HANDFIELD-JONES, Helen e AXELROD, Beth. A Guerra pelo

talento – o talento como diferencial estratégico entre as empresas. São Paulo: Ed.

Campus, 2001.

TOMPSON, Fernando. Homepage Rede Gestão de Qualidade, 2001.

59

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 09

CAPITULO I 11

UMA BREVE VISÃO SOBRE A RETENÇÃO DE TALENTOS 11

1.1 – Gerenciamento para a Retenção de Talentos 14

1.1.1 – Crie um Bom Ambiente 14

1.1.2 – Um Bom Começo 15

1.1.3 – Dê Autonomia para as Pessoas 15

1.1.4 – Seja Flexível 15

1.1.5 – Faça com que as Pessoas se Esforcem 16

1.1.6 – Crie Cargos que Incentivem a Retenção 16

1.1.7 – Seja um Gerente Orientado para a Retenção 16

1.1.8 – Passe Informações 17

1.1.9 – Identifique com Antecedência seus Possíveis Desertores 17

1.2 – A Rotatividade de Pessoas 17

1.2.1 – Condições Demográficas 18

1.2.2 – Expectativas Culturais 18

1.2.3 – Mudanças Radicais no Mundo do Trabalho 18

1.3 – A Retenção como Oposto da Rotatividade de Pessoal 19

1.3.1 – O Capital Intelectual 19

1.3.2 – Retenção e Satisfação dos Clientes 20

1.3.3 – Custo da Rotatividade de Pessoal 21

1.3.3.1 – Despesas Diretas 21

1.3.3.2 – Custos Indiretos 22

1.3.3.3 – Custos de Oportunidade 22

1.4 – Motivos pelos quais as Pessoas Continuam na Empresa 22

1.4.1 – Um Supervisor Respeitado 22

1.4.2 – Remuneração Justa 23

1.4.3 – Orgulho da Organização 23

1.4.4 – Trabalho Significativo 23

60

1.5 – Motivos pelos quais as Pessoas Deixam a Empresa 24

1.5.1 – Amigos Íntimos Saem 24

1.5.2 – Muda o Comando da Empresa 25

1.5.3 – Uma Mudança Desfavorável de Responsabilidades 25

1.5.4 – Conflito com Superiores Imediatos 25

CAPITULO II 26

TALENTOS DE LIDERANÇA 26

2.1 – Teorias sobre Estilos de Liderança 28

2.1.1 – Autocrática 29

2.1.2 – Democrática 29

2.1.3 – Liberal 30

2.2 – O perfil do novo líder 32

2.2.1 – Self-mastering 32

2.2.2 – Stewardship 32

2.2.3 – Visão 32

2.2.4 – Influência e persuasão 33

2.2.5 – Empowerment 33

2.3 – Comunicação 33

2.3.1 – Comunicação, Gestalt e Behaviorismo 34

2.3.2 – Comunicação com os Clientes 35

2.3.3 – Comunicação com os Funcionários 35

CAPÍTULO III 37

DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DE PESSOAS 37

3.1 – Desenvolvimento de Pessoas 39

3.2 – Gestão de Pessoas em prol da Excelência no Atendimento a Clientes 40

3.3 – Um Novo Modelo de Gestão de Pessoas 42

CAPÍTULO IV 45

RETENÇÃO DE TALENTOS EM CALL CENTERS 45

4.1 – O que significa “Talentos”? 49

4.2 – Pesquisa sobre a Retenção de Talentos Humanos em Call Centers 50

4.3 – Retenção de Talentos para o Sucesso Financeiro das Empresas 51

61

4.3.1 – Os Benefícios da Estabilidade 51

4.3.2 – A Importância de se Dedicar ao seu Pessoal 52

4.3.3 – O Treinamento Valioso 53

4.3.4 – Esteja Presente 53

4.4 – Recrutamento Online 54

4.4.1 – Ampliar o Número de Candidatos 54

4.4.2 – Concentrar-se nas Melhores Fontes 55

4.4.3 – Diferencie-se 55

CONCLUSÃO 56

REFERÊNCIAS 58

ÍNDICE 59

62

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós-Graduação “Lato Sensu”

Título da monografia: Retendo Talentos numa Organização dentro de um Call Center

Data da Entrega: ______________________________

Auto Avaliação: Como você avaliaria esta monografia?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

____________________________________________________________________.

Avaliado por: ______________________________ Grau _______________.

__________________. _______ de ______________________ de ________.

63

EVENTOS CULTURAIS