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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO PARTICIPATIVA NO PROCESSO EDUCACIONAL Por: Glória Inêz Caixeta Orientador Profª. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 04 de janeiro de 2005 2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO PARTICIPATIVA

NO PROCESSO EDUCACIONAL

Por: Glória Inêz Caixeta

Orientador

Profª. Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro 04 de janeiro de 2005

2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO PARTICIPATIVA

NO PROCESSO EDUCACIONAL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”

em Docência do Ensino Superior.

Por: . Glória Inêz Caixeta

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AGRADECIMENTOS

....às minhas Irmãs de Vida Religiosa

que tanto me incentivaram nesta

caminhada, aos amigos e parentes,

presenças tão encorajadoras em toda a

minha história, e a todos os colegas e

professores que me auxiliaram na

busca de material de pesquisa e

sugestões para que melhor eu

realizasse esse trabalho.

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DEDICATÓRIA

.....dedico este trabalho a Denise Alves

Morra, uma grande amiga e irmã, gerada

no coração, que sempre esteve comigo,

apoiando, incentivando e motivando a

fazer este curso.

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RESUMO

Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a gestão

Participativa, iniciando pela evolução da Gestão Educacional, a partir

de mudança paradigmática, fazendo um paralelo do que foi a gestão

no passado e como está sendo hoje e apontando caminhos para uma

gestão cada vez mais participativa e compartilhada.

Gestão é uma expressão caracterizada pelo reconhecimento da

importância da participação consciente e esclarecida das pessoas nas

decisões sobre a orientação e planejamento de seu trabalho.

No passado, não se falava em gestão, mas administração, cuja

cultura era a de que o Diretor tinha a autoridade máxima na escola e

suas ordens deveriam ser cumpridas. Havia uma visão tecnicista da

escola, onde a Direção era centralizada em uma pessoa, as decisões

vinham de cima para baixo, cumpria-se um plano previamente

elaborado, sem a participação dos professores, alunos e pais.

Hoje, a “gestão educacional” comumente utilizada para

designar a ação dos dirigentes, surge, por conseguinte, em

substituição a “administração educacional”, para representar não

apenas novas idéias, mas sim um novo paradigma, que busca

estabelecer na instituição uma orientação transformadora, a partir da

dinamização de rede de relações que ocorrem, dialeticamente, no seu

contexto interno e externo.

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METODOLOGIA

A metodologia usada foi o da pesquisa e leitura. Primeiramente, eu

escolhi o tema a ser pesquisado e desenvolvido. Fiz uma abordagem rápida do

problema, elaborei a justificativa e o objetivo, levantei hipóteses e delimitei meu

campo de pesquisa.

A partir de daí, iniciei a busca de material que pudesse me auxiliar na

execução do trabalho. Li vários livros, artigos de jornais e revistas, pesquisei na

Internet, em sites sobre educação, participei de vários congressos de educação

e recolhi tudo o que podia me ajudar a desenvolver o tema.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I - O que é Gestão? 10

CAPÍTULO II - Gestão, ontem e hoje 19

CAPÍTULO III – Gestão Participativa 30

CONCLUSÃO 38

ANEXOS 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 61

WEBGRAFIA CONSULTADA 63

ÍNDICE 64

FOLHA DE AVALIAÇÃO 65

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INTRODUÇÃO

As instituições escolares vêem sendo pressionadas a repensar seu

papel diante das transformações que ocorrem na sociedade, transformações

estas que ocorrem em escala mundial, decorrentes de um conjunto de

acontecimentos e processos, como: novos paradigmas produtivos, revolução

tecnológica, exclusão social, crise moral e ética e despolitização da sociedade.

Diante destes desafios qual e o papel da escola hoje? Qual papel dos

professores e como proceder na gestão desta escola?

Este trabalho pretende refletir sobre a Gestão Escolar. Para muitos

estudiosos, Gestão esta relacionado à Administração e Organização Escolar. A

administração escolar tem como objetivo: planejar, organizar, dirigir e controlar

os serviços necessários a educação (Santos 1966). Organização são unidades

sociais que existem para alcançar determinados objetivos (Chiavenato, 1989).

Afirma-se que o centro da organização e do processo administrativo é a

tomada de decisão. Os processos intencionais e sistemáticos de se chegar a

uma decisão e de fazer a decisão funcionar como prática denomina-se gestão.

A organização e os processos de gestão, incluindo a direção, assumem

diferentes significados conforme a concepção que se tenha dos objetivos da

educação em relação à sociedade e a formação dos alunos. Por exemplo,

numa concepção tecnicismo de escola, a direção e centralizada numa pessoa,

as decisões vem de cima para baixo, cumpre-se um plano previamente

elaborado, sem a participação dos professores, alunos e pais. Já numa

concepção democrática - participativa, o processo de tomada de decisões se

dá coletivamente com participação ampla de professores, alunos e pais. Assim

uma gestão pode estar centrada no indivíduo ou no coletivo.

A participação é o melhor meio de assegurar a gestão democrática da

escola, possibilitando o envolvimento de toda a comunidade escolar na tomada

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de decisões e no funcionamento da organização escolar. Proporciona um maior

conhecimento dos objetivos e metas, da estrutura organizacional e das

relações da escola com a comunidade.

Entre as modalidades mais conhecidas de participação estão os

Conselhos de Classe e os Conselhos de Escolas, os primeiros desde a década

de 80, sendo que o segundo existem em muitos municípios e estados

brasileiros mas só começa a ganhar corpo a partir da Lei 9394/96- LDB, que

manifesta a necessidade de os estabelecimentos escolares terem uma gestão

democrática e participativa, referindo-se aos Conselhos de Escolas, sendo que

estes devem funcionar de forma paritária e como instancias máximas de

decisão dentro da escola no que diz respeito aos aspectos administrativos e

principalmente pedagógicos.

Tornam se necessário algumas recomendações para o Planejamento

dos futuros gestores e suas comunidades: Elaboração de um plano de atuação

baseado no conhecimento da realidade, no traçado dos objetivos e na

concretização de metas exeqüíveis, onde algumas questões devem ser

respondidas, como: Que tipo de escola queremos? Que objetivos e metas

correspondem as necessidades da comunidade escolar? Como faremos para

colocar o projeto em constante avaliação, dentro da pratica da ação-reflexão-

ação?

Pode-se afirmar, no entanto, que uma Gestão Democrática e

Participativa só acontece com sujeitos compromissados com uma educação

cujo objetivo e a construção da cidadania e transformação da sociedade.

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CAPÍTULO I

O QUE É GESTÃO?

“...Gestão democrática só acontece

com sujeitos compromissados com

uma educação cujo objetivo é a

construção da cidadania e

transformação da sociedade”.

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I. O QUE É GESTÃO?

Gestão é uma expressão que ganhou corpo no contexto

educacional acompanhando uma mudança de paradigma no encaminhamento

das questões desta área. Em linhas gerais, é caracterizada pelo

reconhecimento da importância da participação consciente e esclarecida das

pessoas nas decisões sobre a orientação e planejamento de seu trabalho. O

conceito de gestão está associado ao fortalecimento da democratização do

processo pedagógico, à participação responsável de todos nas decisões

necessárias e na sua efetivação mediante um compromisso coletivo com

resultados educacionais cada vez mais efetivos e significativos.

Conforme afirmado em trabalho conjunto entre UNESCO e MEC,

"o diretor é cada vez mais obrigado a levar em consideração a evolução da

idéia de democracia, que conduz o conjunto de professores, e mesmo os

agentes locais, à maior participação, à maior implicação nas tomadas de

decisão" (Valérien, 1993:15). A essa exigência estaria vinculada a necessidade

de interpenetração da dimensão pedagógica e política, na questão

administrativa. Em conseqüência, os antigos fundamentos de administração

educacional seriam insuficientes - embora importantes - para orientar o

trabalho do dirigente educacional com essa nova dimensão.

A dinâmica intensa da realidade e seus movimentos faz com que

os fatos e fenômenos mudem de significado ao longo do tempo; as palavras

usadas para representá-los deixam de expressar toda a riqueza da nova

significação. Daí porque a mudança de designação de administração para

gestão educacional.

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I.1. Problemas globais demandam ação conjunta

Entende-se que a questão do desenvolvimento da qualidade de

ensino demanda uma orientação mais global e abrangente, com visão de longo

prazo, do que tópica, localizada nas estimulações de momento e próximas.

Isso porque se tem observado, ao longo da história de nossa educação, que

não se tem promovido a melhoria da qualidade do ensino por meio de ações

que privilegiaram ora a melhoria de metodologia do ensino, ora o domínio de

conteúdo pelos professores e sua capacitação em sentido mais amplo, ora a

melhoria das condições físicas e materiais da escola. Qualquer ação isolada

tem demonstrado resultar em mero paliativo aos problemas enfrentados, e a

falta de articulação entre eles explicaria casos de fracasso e falta de eficácia na

efetivação de esforços e despesas para melhorar o ensino, despedidos pelos

sistemas de ensino.

Observa-se que existem escolas com excelentes condições

físicas e materiais, em que os alunos vivenciam uma escolaridade

conservadora; outras, em que o trabalho consciente de professores

competentes perde-se no conjunto de ações pedagógicas desarticuladas;

outras ainda que, embora tenham uma proposta pedagógica avançada e bem

articulada, não conseguem traduzi-la em ações, por falta de sinergia coletiva.

Casos como esses indicam que embora existam certos instrumentos e

condições para orientar um ensino de qualidade, estes se tornam ineficazes

por falta de ações articuladas e conjuntas.

Firma-se, pois, o parecer de que falta, para a promoção de

qualidade da educação, uma visão global do estabelecimento de ensino como

instituição social, capaz de promover a sinergia pedagógica de que muitas das

melhores instituições estão carentes. Essa sinergia seria conduzida pela

equipe de gestão da escola, sob a liderança de seu diretor, voltada para a

dinamização e coordenação do processo co-participativo, para atender às

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demandas educacionais da sociedade dinâmica e centrada na tecnologia e

conhecimentos.

I.2. Ação conjunta demanda autonomia competente

A promoção de uma gestão educacional democrática e

participativa está associada ao compartilhamento de responsabilidades no

processo de tomada de decisão entre os diversos níveis e segmentos de

autoridade do sistema educacional. Desse modo, as unidades de ensino

poderiam, em seu interior, praticar a busca de soluções próprias para seus

problemas e, portanto, mais adequadas às suas necessidades e expectativas,

segundo os princípios de autonomia e participação, indicadas por Valérien

(1993), como duas das três principais características da gestão educacional. A

terceira característica seria o auto-controle, que equilibraria a autonomia e

participação, para que a unidade de ensino não venha a cair no espontaneísmo

e laissez-faire. Acrescentar-se-ia um quarto princípio de responsabilidade,

demonstrado pelo contínuo processo de comprovação pública de seu trabalho

e de esforços para melhorá-lo.

Em nome de uma ação democrática e autônoma, muitos

membros de unidades sociais apresentam ressentimento contra toda e

qualquer norma que possa estabelecer ordem e direcionamento ao seu

trabalho. A esse respeito cabe refletir sobre o significado subjacente ao

seguinte pensamento: "as normas existem para a obediências dos tolos e a

orientação dos sábios" (Oech, 1993). A gestão educacional cultiva relações

democráticas, fortalecendo princípios comuns de orientação, norteadores da

construção da autonomia competente.

A nova ótica do trabalho de direção do estabelecimento de ensino

lembra a necessidade e importância de que as decisões a respeito do processo

de ensino sejam efetivadas na própria instituição de ensino, envolvendo quem

vai realizar esta prática e seus usuários.

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Essa proposição de autonomia não deve eliminar a vinculação da

unidade de ensino com o sistema educacional que a sustenta. A autonomia é

limitada, uma vez que ações que promovam a força do conjunto só são

possíveis mediante uma coordenação geral, que pressupõe, além da

necessária flexibilidade, a normatização - entendida em seu espírito maior e

não em sua letra menor.

I.3. Gestão não é substituto da administração

O termo gestão tem sido utilizado, de forma equivocada, como se

fosse simples substituição ao termo administração. Comparando o que se

propunha sob a denominação de administração e o que se propõe sob a

denominação de gestão e ainda, a alteração geral de orientações e posturas

que vêm ocorrendo em todos os âmbitos e que contextualizam as alterações

no âmbito da educação e da sua gestão, conclui-se que a mudança é radical.

Conseqüentemente, não se deve entender que o que esteja ocorrendo seja

uma mera substituição de terminologia das antigas noções a respeito de como

conduzir uma organização de ensino. Revitalizar a visão da administração da

década de 70, orientada pela ótica da administração cientifica ( Perel, 1977;

Treckel, 1967) seria ineficaz e corresponderia a fazer mera maquiagem

modernizadora.

É importante notar que a idéia de gestão educacional desenvolve-

se associada a outras idéias globalizantes e dinâmicas em educação, como,

por exemplo, o destaque à sua dimensão política e social, ação para a

transformação, globalização, participação, práxis, cidadania, etc.

Pela crescente complexidade das organizações e dos processos

de sociais nelas ocorrentes - caracterizada pela diversificação e pluralidade de

interesses que envolvem e a dinâmica das interações no embate desses

interesses - não se pode conceber que estas organizações sejam

administradas pelo antigo enfoque conceitual da administração científica, pelo

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qual tanto a organização, como as pessoas que nela atuam, são consideradas

como componentes de uma máquina manejada e controlada de fora para

dentro. Ainda segundo esse enfoque, os problemas recorrentes seriam,

sobretudo, encarados como carência de "input" ou insumos, em

desconsideração ao seu processo e dinamização de energia social para

promovê-lo.

Os sistemas educacionais e os estabelecimentos de ensino,

como unidades sociais, são organismos vivos e dinâmicos, e como tal devem

ser entendidos. Assim, ao se caracterizarem por uma rede de relações entre os

elementos que nelas interferem, direta ou indiretamente, a sua direção

demanda um novo enfoque de organização. E é a essa necessidade que a

gestão educacional tenta responder. A gestão abrange, portanto, a dinâmica do

seu trabalho, como prática social, que passa a ser o enfoque orientador da

ação diretiva executada na organização de ensino.

A expressão “gestão educacional”, comumente utilizada para

designar a ação dos dirigentes, surge, por conseguinte, em substituição a

"administração educacional", para representar não apenas novas idéias, mas

sim um novo paradigma, que busca estabelecer na instituição uma orientação

transformadora, a partir da dinamização de rede de relações que ocorrem,

dialeticamente, no seu contexto interno e externo. Assim, como mudança

paradigmática está associada à transformação de inúmeras dimensões

educacionais, pela superação, pela dialética, de concepções dicotômicas que

enfocam ora o diretivismo, ora o não-diretivismo; ora a hétero-avaliação, ora a

auto-avaliação; ora a avaliação quantitativa, ora a qualitativa; ora a transmissão

do conhecimento construído, ora a sua construção, a partir de uma visão da

realidade.

Conseqüentemente, não se trata, apenas, de simples substituição

terminológica, baseada em considerações semânticas. Trata-se, sim, da

proposição de um novo conceito de organização educacional. A gestão,

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ressalte-se, não se propõe a depreciar a administração, mas sim a superar

suas limitações de enfoque dicotomizado, simplificado e reduzido, e a

redimensioná-la, no contexto de uma concepção de mundo e de realidade

caracterizado pela visão da sua complexidade e dinamicidade, pela qual as

diferentes dimensões e dinâmicas são utilizadas como forças na construção da

realidade e sua superação, sem precisar reinventar a roda.

Como resultado, a ótica da gestão não prescinde nem elimina a

ótica da administração educacional. Apenas a supera, dando a esta um novo

significado, mais abrangente e de caráter potencialmente transformador. Daí

porque ações propriamente administrativas continuarem a fazer parte do

trabalho dos dirigentes de organizações de ensino, como, controle de recursos,

de tempo.

Reforçando: o conceito de gestão educacional, diferentemente do

de administração educacional, abrange uma série de concepções não

abarcadas pelo de administração. Pode-se citar, dentre outros aspectos: a

democratização do processo de determinação dos destinos do estabelecimento

de ensino e seu projeto político-pedagógico; a compreensão da questão

dinâmica e conflitiva das relações interpessoais da organização, o

entendimento dessa organização como uma entidade viva e dinâmica,

demandando uma atuação especial de liderança; o entendimento de que a

mudança dos processos pedagógicos envolve alterações nas relações sociais

da organização; a compreensão de que os avanços das organizações se

assentam muito mais em seus processos sociais, sinergia e competência, do

que sobre insumos ou recursos.

Esse conceito pressupõe, ainda, a consciência de que a realidade

da instituição pode ser mudada sempre - e somente na medida que seus

participantes tenham consciência de que são eles que a produzem com seu

trabalho - e na medida que ajam de acordo com essa consciência (Kosik,

1976). O significado de práxis, embutido nesse pensamento, estabelece a

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importância de se dirigir a instituição não impositivamente, mas, sim, a partir

dela mesma, em sua relação integrada com a comunidade a que deve servir.

Isso porque "o homem, para conhecer as coisas em si, deve primeiro

transformá-las em coisas para si" (Kosik, 1976, p. 18).

Essa consciência sobre gestão, superando à de administração -

resultado do movimento social, associado à democratização das organizações

- demanda a participação ativa de todos que atuam na sociedade para a

tomada de decisão, pelo planejamento participativo, e a capacidade de

resposta urgente aos problemas da existência e da funcionalidade das

organizações.

O novo conceito de gestão escolar associa-se, pois, à

democratização e à participação consciente e responsável de toda a

comunidade escolar no processo decisório, em ações articuladas e conjuntas,

visando a um ensino de qualidade.

Nesse novo conceito, o gestor é aquele que oferece

oportunidades para que seus alunos possam aprender para compreender a

vida, a sociedade e a si mesmos. Para isto, é necessário que a organização

seja viva, caracterizada por uma rede de relações de todos os elementos que

atuam ou interferem na escola;

Seja o dinamizador social, mobilizador, articulador da diversidade

para dar-lhe consistência e unidade, responsável em promover transformações

de relações de poder, de práticas e da organização escolar;

Tenha visão da escola inserida em sua comunidade, a médio,

longo prazo, com horizontes largos, compartilhe do poder realizado pela

tomada de decisões de forma coletiva;

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As Coordenações Pedagógica e Educacional, não sejam apenas

parte do ambiente cultural, mas o formem e o construam, pelo seu modo de

agir, - da sua interação depende a identidade da escola na comunidade

As tensões, conflitos, contradições, incertezas são vistos como

condições e oportunidades de crescimento e transformação; ambiente

participativo criando uma visão de conjunto da escola onde a responsabilidade

não é mais indiferente ao que acontece na escola; - exige que a escola seja

competente e se disponha a contribuir.

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CAPÍTULO II. GESTÃO ONTEM E HOJE

“A razão nos dá a consciência do risco e da incerteza;

a intuição, o impulso e a energia necessárias à ação”

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CAPÍTULO II. GESTÃO ONTEM E HOJE

Até a bem pouco tempo, quase não se falava em gestão

educacional, mas administração, cujos princípios eram: planejamento,

organização, assistência à execução ou gerência, avaliação, relatório. A cultura

era: o Diretor está na escola como autoridade máxima e suas ordens devem

ser cumpridas. Havia uma visão tecnicista da escola, onde a Direção era

centralizada em uma pessoa, as decisões vinham de cima para baixo, cumpria-

se um plano previamente elaborado, sem a participação dos professores,

alunos e pais.

Dirigir uma escola era considerada uma tarefa rotineira: o diretor

tinha como função zelar pelo bom funcionamento da escola, centralizando em

si todas as decisões e administrar com prudência os eventuais imprevistos.

A administração era vista como um processo racional de

organização, de influência estabelecida de fora para dentro das unidades de

ação, bem como do emprego de pessoas e de recursos, de forma racional e

mecanicista, para que os objetivos organizacionais sejam realizados. O ato de

administrar corresponderia a comandar e controlar, mediante uma visão

objetiva de quem atua sobre a maneira distanciada e orientada por uma série

de pressupostos, a saber:

a) o ambiente de trabalho e comportamento humano são

previsíveis, podendo ser, em conseqüência, controlados;

b) crise, ambigüidade e incerteza são encarados como disfunção

e como problemas a serem evitados e não como oportunidades

de crescimento e transformação;

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c) o sucesso, uma vez alcançado, mantém-se por si mesmo e

não demanda esforço de manutenção e responsabilidade de

maior desenvolvimento;

d) a responsabilidade maior do dirigente é a de obtenção e

garantia de recursos necessários para o funcionamento

perfeito da unidade, uma vez considerada a precariedade de

recursos como o impedimento mais sério à realização de seu

trabalho;

e) os modelos de administração que deram certo não devem ser

mudados, correspondendo à idéia falta de que “time que está

ganhando não se muda”;

f) a importação de modelos de ação que deram certo em outros

contextos é importante, pois eles podem funcionar

perfeitamente, bastando para isso algumas adaptações;

g) o participante cativo da organização, como é o caso do aluno

e de professores efetivos em escolas públicas, aceita qualquer

coisa que seja imposta a ele;

h) o protecionismo a esses participantes é a contrapartida

necessária à sua cooptação;

i) o participante da instituição deve estar disposto a aceitar os

modelos estabelecidos e agir de acordo com ele;

j) é o administrador quem estabelece as regras do jogo e não os

membros da unidade de trabalho, cabendo a estes apenas

implementá-las;

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k) o importante é fazer o máximo, e não fazer melhor e o

diferente;

l) a objetividade garante bons resultados, sendo a técnica o

elemento fundamental para a melhoria do trabalho.

Pense nas limitações desse entendimento que, em certa época,

marcada pelo autoritarismo, pela rigidez e reprodutividade funcionaram

aparentemente bem. Porém, apenas aparentemente, pois os resultados do

rendimento escolar nesse período foram sempre baixos, uma vez que a escola

nele foi marcada pela seleção e exclusão de alunos que escapavam a um

modelo rígido de desempenho e, por conseguinte, falhou essa escola em

cumprir o seu papel social.

Atualmente, a situação mudou muito. As grandes e contínuas

transformações sociais, científicas e tecnológicas passaram a exigir um novo

modelo de escola e, conseqüentemente, um novo perfil de dirigente, com

formação e conhecimentos específicos para o cargo de diretor-gestor.

A expressão gestão escolar, em substituição à “administração

escolar” não é apenas uma questão semântica. Ela representa uma mudança

radical de postura, um novo enfoque de organização, um novo paradigma de

encaminhamentos escolares, ancorado nos princípios de autonomia, de

autocontrole e de responsabilidade. Segundo Helísa Luck, “a gestão não

deprecia a administração, mas supera as suas limitações de enfoque

dicotomizado, simplificado e reduzido, para atender às exigências de uma

realidade cada vez mais complexa e dinâmica.

Esse novo enfoque traz a tona o conceito de liderança educacional

indispensável a um bom diretor escolar. O diretor-líder desperta o potencial de

cada pessoa da instituição, transformando a escola em oficina de trabalho,

onde todos cooperam, aprendem e ensinam o tempo todo. Assim como a

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essência da gestão é fazer a instituição operar com eficiência, a eficácia da

gestão depende, em grande parte, do exercício efetivo da liderança.

O diretor-gestor imprime em suas ações, especialmente nas reuniões

que coordena, três características que favorecem a obtenção dos resultados

almejados: Simplicidade nos procedimentos, para não confundir os integrantes;

objetividade na comunicação, para evitar perda de tempo e imprimir rumo às

ações; transparência nas decisões, para merecer a confiança de todos. Tudo

isso exige a sabedoria de ouvir mais e falar menos, para ser um bom

negociador.

O diretor escolar-gestor e líder precisa também estudar, para se atualizar e

conhecer as mais recentes contribuições dos educadores sobre os processos

de capacitação de lideranças educacionais.

As comparações a seguir apontam sugestões para o novo

desempenho do diretor-gestor em oposição ao modelo tradicional, conservador

que não se adapta mais à complexidade da escola hoje:

No modelo tradicional, o diretor encarnava a autoridade,

assumindo uma posição de chefe. Havia uma postura no trabalho onde era

valorizada a burocracia e os regulamentos numa visão para “dentro”, sem

criticidade. Toda a responsabilidade era do administrador que não delegava

poderes. Sentia-se o único responsável pela escola. A tomada de decisão era

tarefa do administrador que era o dono do poder, e sempre quem decidia, tinha

a última palavra. O exercício da comunicação era do administrador que

centralizava as informações e as censurava. A consciência da missão

institucional quase não existia; o administrador determinava os propósitos e as

metas. Não as divulgava. O desenvolvimento de recursos humanos quase não

existia. O administrador fechava-se a planos de desenvolvimento pessoal. O

uso da avaliação escolar era muito limitado. O administrador cobrava do

professor apenas avaliação quantitativa dos alunos. Avaliava o desempenho do

pessoal, com fichas sigilosas. Não aceitava ser avaliado.

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Hoje, o gestor é o líder e facilitador que faz as coisas acontecerem.

preocupa-se com a inovação, administra-se por projetos, exerce a crítica dos

fatos. Hoje, o gestor coordena trabalho em equipe, valoriza iniciativas,

compartilha responsabilidades. Hoje, o gestor administra conflitos, facilita a

decisão do grupo, respeitando. Incentiva a participação na elaboração do plano

global da escola. Facilita informações a todos, auxilia seu pessoal com dados e

informações pedagógico-administradoras. Cria condições para estudos e

aperfeiçoamentos, incentiva projetos de recursos humanos, participa das

atividades como “clientes”. Promove e incentiva encontros coletivos para

reavaliar o papel da escola, envolvendo a comunidade, tornando-a como

referência para o plano político pedagógico. Participa dos critérios de avaliação

diagnóstica dos alunos; promove coletiva e permanentemente a avaliação total

da escola, incluindo-se na avaliação. Enfatiza a avaliação diagnóstica como

ponto de partida do planejamento escolar.

I. Construção do enfoque de gestão

Certos aspectos fazem parte da mudança de paradigma, e devem

ser considerados pelos que compõem a organização, a fim de que possam

dela participar criticamente e contribuir para o seu desenvolvimento. Esses

aspectos, embora indicados separadamente, não ocorrem, na realidade, de

forma isolada - são intimamente relacionados entre si, na construção de novas

e mais potentes realidades. Supera-se o enfoque de administração e constrói-

se de gestão mediante alguns avanços, que marcam a transformação da ótica

limitada, anteriormente apontada. A seguir, apresentamos cinco aspectos

dessa transformação.

I.1. Da ótica fragmentada para a ótica globalizadora, em que todos

participam da organização escolar, de forma interativa.

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O senso comum é marcado pela ótica limitada da dicotomização

que orienta uma visão da realidade de modo absoluto e isolado. Separa-se, por

exemplo, "eles" de "nós" - em que "eles" são os agentes responsáveis pelo que

de ruim acontece e, "nós" somos colocados como vítimas de suas ações, ou

como pessoas que agem de maneira sempre justa e correta.

De acordo com essa ótica, os professores não conseguiriam

ensinar eficazmente quando os alunos não quisessem ou não estivessem

preparados para aprender; o dirigente da instituição de ensino não conseguiria

promover um avanço na qualidade do ensino quando os professores não

colaborassem; a secretária não manteria seu trabalho em dia quando o

dirigente não lhe desse orientação. Estas são, no entanto, muitas das queixas

apresentadas no dia-a-dia de organizações de ensino e sugerem uma falta de

compreensão da interação de ações e de atitudes existentes no processo

social de sua organização.

É fundamental a superação dessa ótica e o relacionamento de

que cada um faz parte da organização e do sistema educacional como um

todo, e de que a construção é realizada de modo interativo entre os vários

elementos que constroem em conjunto uma realidade social. Por isso mesmo,

interferem no seu processo de construção, quer tenham, ou não, consciência

desse fato. Caso a orientação pessoal seja pela ótica de alienação, indicada

anteriormente, essa será reforçada pela própria atuação, construindo um

círculo vicioso autojustificado.

I.2. Da limitação de responsabilidade pelos resultados para sua

expansão, promovendo a redefinição de responsabilidades,

centrada no todo, independentemente das funções diferenciadas.

À medida que vigora na escola o entendimento de que ela é uma

criação pronta e acabada de um sistema maior, que determina seu

funcionamento e sobre o qual seus membros não têm nenhum poder de

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influência, ou muito pouco, esses membros consideram, da mesma forma, que

pouca ou nenhuma responsabilidade têm sobre a qualidade de seu próprio

trabalho. Esse entendimento está associado à fragmentação do trabalho geral

da escola em papéis, funções e tarefas e respectiva distribuição de atribuições.

Em acordo com essa ótica, os participantes tendem a delimitar as

suas responsabilidades a tarefas burocraticamente determinadas e de caráter

fechado, deixando de ver o todo e de sentir-se responsáveis por ele, e de

contribuir para a sua construção ou reestruturação. Nesse caso, é possível

identificar profissionais altamente eficientes em seu âmbito de ação, mas

totalmente ineficazes, como resultado de sua orientação circunscrita e limitada.

É o caso, por exemplo de um professor que ensina bem o conteúdo de sua

disciplina, mas que não contribui para a formação de seus alunos; de um

diretor de escola, que cumpre a legislação e zela pelo seu cumprimento, assim

como das determinações burocráticas do sistema, mas que não interfere na

dinâmica dos processos sociais de sua escola.

A esse respeito, indica-se que "quando os membros de uma

organização concentram-se apenas em sua função, ele não se sentem

responsáveis pelos resultados quando todas as funções atuam em conjunto"

(Senge, 1992, p. 29).

Em conseqüência, é da maior importância, a conscientização da

necessidade de redefinição de responsabilidades e não a redefinição de

funções. Aquelas centram-se no todo; estas, nas partes isoladas.

I.3. De ação episódica para o processo contínuo, porque a ação

centrada em eventos é vazia de resultados, e a educação é um

processo longo e contínuo.

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"Educação é um processo longo e contínuo". Essa afirmação é

um lugar comum. É preciso, portanto, superar a tendência de agir

episodicamente, de modo centrado em eventos, em casuísmos, que resultam

na construção de rotinas vazias de possibilidade de superação das dificuldades

do cotidiano.

É necessário prestar atenção a cada evento, circunstância e ato,

como parte de um conjunto de eventos, circunstâncias e atos que devem ser

orientados para resultados a curto, médio e longo prazo. Isso porque as

menores ações produzem conseqüências que vão além do horizonte próximo e

imediato. “Pense grande e aja no pequeno” é a afirmação de Amir Klink (1993),

navegador solitário de grande sucesso que, para obter sucesso em seus

empreendimentos ousados e corajosos, valoriza cada pequeno detalhe em seu

potencial de contribuir para ou prejudicar a realização de sua meta maior.

I.4. Da hierarquização e burocratização para a coordenação, pois a

organização coletiva depende da contribuição individual, mas em

ações coordenadas.

A crescente complexidade do trabalho pedagógico levou à

instituição de funções diferenciadas no sistema de ensino e na escola,

atribuídas a profissionais diversos. No entanto, nem sempre os membros da

organização educacional estiveram preparados para essas formas mais

complexas de ação e passaram a simplificá-las e a estereotipá-las,

burocratizando-as e estabelecendo, desnecessariamente, hierarquias e

segmentações inadequadas. Assim, o que poderia ter correspondido a um

avanço na educação, promoveu um dispêndio de recursos e de energia, sem

resultados positivos e operacionais paralelos.

O exagero da burocracia e da hierarquia teve como

conseqüência, no dia-a-dia das unidades de ensino, situações como ouvir-se:

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"vamos fazer, porque a diretora disse!"; de ver-se uma secretária escolar não

sair da secretaria, ou se o faz, dar atendimento a um aluno com má-vontade,

porque essa não é a sua função.

A superação da visão burocrática e hierarquizadora de funções e

posições, evoluindo para uma ação coordenada, passa, necessariamente, pelo

desenvolvimento e aperfeiçoamento da totalidade dos membros do

estabelecimento, na compreensão da complexidade do trabalho educacional e

percepção da importância da contribuição individual e da organização coletiva.

I.5. Da ação individual para a coletiva, porque o espírito de equipe, a

participação e a democracia são o grande da gestão.

A complexidade do processo do ensino depende, para seu

desenvolvimento e aperfeiçoamento, de ação coletiva, de espírito de equipe,

sendo este o grande desafio da gestão educacional.

A prática individualizada e mais ainda a individualista e

competitiva, empregadas em nome da defesa de áreas e territórios específicos

- muitas vezes expressada de forma camuflada e sutil - deve ser superada

gradativamente em nome de uma ação coletiva pela qual, no final, todos saiam

ganhando, aprimorando-se no exercício da democracia ativa e da socialização

como forma de desenvolvimento individual.

A descentralização dos processos de direção e tomada de

decisões em educação, a democratização dos processos de gestão da escola,

estabelecidos na Constituição Nacional, e a conseqüente construção da

autonomia da escola demandam o desenvolvimento de espírito de equipe e

noção de gestão compartilhada nas instituições de ensino, em todos os níveis.

A própria concepção de gestão educacional como um processo

de mobilização do talento e da energia humana necessários para a realização

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dos objetivos de promover nas instituições educacionais experiências positivas

e promissoras de formação de seus jovens alunos demanda a realização de

trabalho conjunto e integrado. Por outro lado, é importante considerar que a

sinergia de grupo em instituições educacionais constitui-se em forte elemento

cultural que, por si mesmo educada e forma os seus alunos.

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CAPÍTULO III GESTÃO PARTICIPATIVA

“Nunca consideremos a gestão como uma atividade

puramente técnica, divorciada dos valores e objetivos

educacionais, um receio sentido por muitos dos atores escolares.

A gestão deve ser antes tomada como uma atividade que pode facilitar

e estruturar a definição de objetivos e que pode igualmente dar-lhes

expressão prática.” (Ron Glatter)

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CAPÍTULO III GESTÃO PARTICIPATIVA

A construção de um processo de gestão centrado nos valores e

princípios democráticos é tarefa política e educativa da escola, que

representa uma das mais importantes e essenciais atividades públicas e

constitui lugar de formação do cidadão como um ser social histórico e o

sujeito de relações. O trabalho como princípio educativo é inerente ao

processo pedagógico da escola. Nesse sentido, não existem fórmulas de

gestão compartilhada; ela se constrói no processo político e cultural da

escola. Esta gestão não se limita ao administrativo. Pressupõe autonomia

administrativa e financeira, assim como a autonomia para que cada escola

possa construir seu projeto político pedagógico e estabelecer seu próprio

sistema de avaliação. Nesse sentido, a escola torna-se democrática para

sua essência pedagógica, traduzida por seu caráter público, pelas novas

relações sociais que estabelece pelo partilhamento das decisões e,

essencialmente, pela formação para a cidadania.

Para tanto, formação para a cidadania implica colaboração, co-

responsabilidade e solidariedade, o que torna a participação fator essencial

nessa construção coletiva. A organização e o funcionamento da escola, não

podem prescindir da competente participação de todos os envolvidos no ato

pedagógico. Por mais importante que seja o apoio logístico, a rotina e o

cotidiano, a essencialidade da gestão escolar está na relevância e na

pertinência da prática social da educação, portanto no aspecto pedagógico e

na organização da prestação do serviço educacional de qualidade.

De acordo com esses princípios, cabe ao Conselho Gestor

garantir a participação da comunidade interna e externa, a fim de que

assumam o papel de co-responsáveis na construção de um projeto

pedagógico que vise um ensino de qualidade. Para que isso aconteça é

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preciso preparar um novo diretor, libertando-o de suas marcas autoritárias e

anti-educativas. Para tanto, teria que se redefinir seu perfil na atual

conjuntura sócio-político-educacional. Urge que se desenvolvam

características de coordenador, colaborador e de educador, para que se

consiga implementar um processo de planejamento participativo.

Dentro desse espírito deve existir um Conselho Gestor de caráter

deliberativo, composto de representantes dos segmentos da comunidade

interna (diretor, vice-diretor, coordenadores pedagógicos e educacionais,

professores, alunos e funcionários) e externa (pais, instituições, sociedade

civil organizada, etc.), ficando com esse conselho a responsabilidade última

pela gestão administrativa e pedagógica da escola. Para efeito de

funcionamento este Conselho teria uma Diretoria Executiva, encarregada de

implementar as diretrizes e ações do Conselho, o qual seria composto de

três coordenações (pedagógica, comunitária e financeira), cujos

coordenadores seriam membros natos e mais os representantes da

comunidade interna e externa.

Tal prática, se adotada no cotidiano escolar, encontrará respaldo no

pressuposto de que ao aprender fazer fazendo é que se gesta a consciência

cidadã. Assim, por meio da prática, os envolvidos no processo vivenciam

situações de cidadania próprias da dinâmica social e do papel do cidadão

nessa dinâmica. Num processo colegiado, assinala-se ainda a ênfase dada

ao trabalho cooperativo e solidário, indispensável à vida em sociedade. Isto

só será viável no momento em que, se optando por uma gestão

compartilhada, a mesma seja viabilizadora da construção de um projeto

pedagógico de qualidade que espelhe a vontade política dos envolvidos no

processo. Nesta perspectiva, esse processo de administração vincula-se

intrinsecamente ao cumprimento da função social e política da educação

escolar, que é a formação do cidadão participativo, por meio da produção e

socialização do saber historicamente acumulado pela humanidade.

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De forma que, ao se firmar como prática política essencialmente

democrática, a gestão compartilhada preocupa-se em instituir uma forma de

organização escolar que enfrente e supere os conflitos pela síntese

superadora resultante das convergências e sintonias dos diferentes grupos

que integram a escola, através da participação coletiva. Elimina-se, assim, o

espírito corporativo e competitivo exacerbado, existente no interior do

espaço escolar e inicia-se um processo permanente da participação na

construção de uma educação comprometida com a transformação social.

Portanto, uma administração compartilhada, firmada numa

concepção de Conselho Gestor explicitada anteriormente, constituir-se-á em

efetivo espaço de comprometimento dos representantes da comunidade

interna e externa com o projeto pedagógico elaborado de forma partilhada.

Adotar tal princípio participativo, acredita-se na possibilidade da

consolidação de uma proposta pedagógica que melhor atenda às

necessidades dos atuais alunos, visando à construção de uma nova ordem

social. Nessa perspectiva, a tarefa dos agentes educativos implica, em

primeiro lugar, que eles compreendam que seu trabalho se estende ao

compromisso com a totalidade do processo escolar, não se restringindo por

conseguinte, somente à sala de aula. Isso, por sua vez, exige que eles

percebam a dimensão polítco-pedagógica de seu trabalho e o significado

social de co-responsabilizar-se pela definição do projeto pedagógico a ser

assumido pela escola. Em segundo lugar, que eles, em conjunto com a

comunidade externa, garantam a efetivação de uma proposta pedagógica

que leve ao pleno exercício da cidadania. Isto significa que eles devem

procurar garantir aos alunos a produção e posse sistemática do saber

científico historicamente acumulado, sem esquecer as experiências de vida

e a realidade social daqueles a quem devem educar. Este aspecto tem o

mérito de elevar o nível de consciência crítica dos alunos e de introduzi-los

na atualidade histórica e social de sua época, possibilitando-lhes uma

atuação consciente e competente na transformação histórica. Isto propicia

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aos alunos, além de condições de domínio do saber sistematizado, o efetivo

exercício democrático de participação nas decisões da vida escolar. Com o

desenvolvimento desse espírito cooperativo, os agentes educativos estarão

contribuindo para que os educandos se transformem em elementos ativos

da transformação da sociedade. Neste particular, cabe à escola desenvolver

o conhecimento enquanto formação do homem culto. Para tanto, faz-se

necessária uma gestão democrática como facilitadora do aprendizado do

aluno, permitindo-lhe que, pelas aptidões cognitivas, construa sua

caminhada ao longo da vida.

Nesse sentido parece estar implícita a importância da gestão

compartilhada, não apenas como instância de natureza administrativa, mas

como mediação de uma prática pedagógica e política que leve à construção

da escola de qualidade, pretendida pela classe trabalhadora. Colocada

nestes termos, essa forma de gestão é percebida como condição de

recuperação da função social da escola. Portanto, qualquer unidade escolar

que se utilize desse tipo de gestão, como facilitadora da emancipação do

cidadão e da universalização do trabalho intelectual terá que rever seu

projeto pedagógico para que o mesmo contribua para tal desiderato político-

social.

Gerir os espaços coletivamente é o princípio de quem acredita

que, com a participação e experiência de todos os atores da comunidade,

pode-se revolucionar o trabalho.

A gestão democrática possibilita construir participativamente um

Projeto de Educação de qualidade social, transformador e libertador, no qual

a escola, em seus diversos aspectos e tempos, contribua efetivamente para

o exercício dos direitos, a formação de sujeitos como cidadãos plenos

reafirmando os princípios da democracia, da solidariedade, da justiça, da

liberdade, da tolerância e equidade, na direção de uma nova sociedade mais

justa, igualitária, fraterna e democrática.

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A fundamentação da gestão está na contribuição de um espaço

de direito que deve:

a) promover condições de igualdade;

b) garantir estrutura material para serviços de qualidade;

c) criar um ambiente de trabalho coletivo que vise à

superação de um sistema educacional seletivo e

excludente;

d) inter-relacionar o sistema educacional com o modo de

produção/distribuição de riquezas com a organização

político; com a definição de papéis de poder; com as

técnicas do conhecimento, das ciências, das artes e das

culturas.

Faz-se necessário colocar em prática uma gestão que estimule a

participação dos diferentes segmentos do sistema de ensino/escola nas

instâncias de decisão, permitindo o trabalho de valorização da dimensão

humana e proporcionando uma ação prático-criadora que explicite as

contradições existentes no cotidiano do trabalho. Para garantir a

democratização da gestão deve-se ter uma organização em que predominem

as decisões coletivas pensadas à luz de um contexto mais amplo, que

extrapolem os muros da escola.

A participação dos diferentes segmentos na construção e decisão

do projeto político pedagógico da Educação não acontece de forma

espontânea, mas sim, realiza-se a partir da conscientização e perseverança de

todos, bem como na criação de mecanismos de participação que viabilizem as

intenções coletivas.

Nesta concepção, o Conselho de Escola constitui-se em um

instrumento fundamental para a efetivação da democratização da gestão, por

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meio do qual todos os seus membros precisam participar e defender pontos de

vista com segurança, certos de que conquistaram um espaço com igualdade,

numa prática participativa. Mas para que os mecanismos de participação se

efetivem é necessário um processo de formação permanente com os diferentes

segmentos da comunidade escolar, o qual consiga elevar o patamar de

intervenção, até porque, historicamente, neste país, temos tido poucas e

fragmentadas possibilidades de participação efetiva.

É assim, então que os Conselhos de Escola são compreendidos

como espaços:

a) informativos porque ampliam as informações

sobre os processos educacionais;

b) educativos como prática de reflexão e ação

sobre assuntos de interesse de todos;

c) organizativos tanto porque têm relações

institucionais de representação diante do poder e da

sociedade quanto porque podem se expandir para outras

ações coletivas.

Pode-se construir mecanismos de democratização da gestão

como: eleição de Professores coordenadores e Professores Assistentes de

unidade escolar, eleição de Conselho de Escola, criação e eleição de Grêmios

Estudantis e o Conselho de Compromisso, vinculado a Projeto de Ação

Compartilhada. Sabe-se que ainda há um longo caminho para que sejam

viabilizadas outras ações de participação e para que se consolidem os já

existentes.

Enfim, a democracia da gestão está diretamente ligada à

qualidade da educação, na medida em que possibilita a participação de mais

pessoas na construção do Projeto Político Pedagógico da escola e políticas

públicas para a educação da cidade, favorecendo a democratização dos

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saberes, o respeito às identidades, o desenvolvimento das pessoas, a

formação das lideranças e a consolidação de uma cultura mais democrática.

Este caminho de participação democrática é longo e vem sendo

aperfeiçoado nas últimas décadas com investimentos daqueles que

acreditavam no envolvimento de mais pessoas nos processos de

decisão,acompanhamento,fiscalização e avaliação, contribuindo assim com o

aperfeiçoamento da democracia de um modo geral.

A partir desse conceito é que define-se a gestão democrática

como um dos eixos norteadores da Proposta Curricular para a Escola, que já

tem grande acúmulo de prática e experiências pedagógicas elaboradas por

meio de processos de discussões coletivas e democráticas.

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CONCLUSÃO

Este trabalho quis ser uma reflexão sobre a mudança de paradigma de

administração para gestão, que vem ocorrendo no contexto das organizações e

dos sistemas de ensino, como parte de um esforço fundamental para a

mobilização e articulação do talento humano e sinergia coletiva, voltados para

o esforço competente de promoção da melhoria do ensino brasileiro e sua

evolução. Foram analisadas questões relacionadas à condução e orientação

das questões educacionais e delineia perspectivas para a orientação do

trabalho de gestão competente, à luz de um paradigma dinâmico, mobilizador

do talento humano e responsável pela transformação das instituições

educacionais.

Percebe-se, no entanto, mais importante que mudar o termo é mudar a

concepção subjacente ao rótulo utilizado. Cabe ressaltar que, com a

denominação de gestão, o que se preconiza é uma nova ética de direção,

voltada para a transformação das instituições e de seus processos, como meio

para a melhoria das condições de funcionamento do sistema de ensino e de

suas instituições.

Cabe também lembrar que apenas mudar denominações, em si, nada

significa. É necessário que a nova forma de representação denote originalidade

e efetiva atuação. Mas, negar ou menosprezar tudo o que a ótica anterior

demonstra, corresponderia a negar uma dimensão básica da realidade, uma

vez que uma nova ótica é sempre desenvolvida para superar a anterior,

mantendo por base os seus princípios, para determinar o progresso e

evolução.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 Conteúdo de revistas especializadas;

Anexo 2 Entrevista On Line

Anexo 3 Internet;

Anexo 4 Comprovantes de participação de Congressos Educacionais e de

eventos culturais

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ANEXO 1

Revista LINHA DIRETA, nº67 Capa A estratégia de “CRM” e a Gestão da Escola Orientadas para o aluno A estratégia de CRM proporciona à Instituição de Ensino, a oportunidade de examinar sua escola por intermédio dos olhos dos alunos e assim, oferecer valor agregado no relacionamento. Maria Neide – Rio de Janeiro (RJ)

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Revista LINHA DIRETA, nº75 Capa Gestão de mudanças: “cobra que não anda não engole sapo” Os gestores que quiserem acompanhar os avanços do mundo terão de desenvolver novas habilidades e competências que irão construir as novas equipes gerenciais.. Laila Aninger – Rio de Janeiro (RJ)

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Revista LINHA DIRETA, nº 76,78,78 e 79 Capa Liderança e mudança organizacional O líder é o condutor das grandes mudanças da organização: se o líder não estiver à frente do processo de mudança, quem vai fazer?. Hélio Gomes – Belo Horizonte (MG)

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ANEXO 2

ENTREVISTA

Marcelo Greco

m 1997, quando assumiu a direção da Escola Estadual Luiza Macuco, em Santos, Maura Dallan levou um susto. Ela encontrou um prédio em estado de abandono, com salas de aula pichadas e janelas quebradas. E o pior: alunos desmotivados e com baixo rendimento — da 5a série do Ensino Fundamental até a 3a do Ensino Médio. No final do ano seguinte, a escola nem parecia a mesma. A comunidade ajudou a recuperar as instalações, os níveis de aprovação cresceram e boa parte dos formandos ingressou na faculdade. O que fez a garotada "vestir a camisa" do Luiza Macuco? A criação de uma proposta pedagógica. Com base em sua experiência, a ex-diretora dá a receita desse "milagre". NOVA ESCOLA > Como o diretor consegue a adesão de toda a equipe na elaboração da proposta pedagógica?

Maura Dallan < O primeiro passo é ouvir. No início do ano letivo, ele pede que os representantes de alunos, pais, funcionários e professores façam uma avaliação do ano anterior. O que deu certo? O que não deu? Em seguida, todos falam de suas expectativas para o futuro da escola. Depois disso, o diretor se torna um articulador de consensos. Ele se reúne com o coordenador pedagógico e os professores para traçar objetivos e definir as estratégias para alcançá-los. Na hora de executar essas ações, ele precisa administrar diferenças individuais. Para isso, é importante conhecer cada pessoa envolvida no processo para que todos se engajem na busca de um ideal comum: fazer com que todos os alunos aprendam.

NE > Por que é importante envolver a comunidade?

Maura < Porque muitas vezes a direção e os professores pensam que desempenham um papel importante na vida do aluno, mas ele não vê isso. A escola deve se aproximar da comunidade para conhecer e entender a realidade que cerca o aluno, falar a mesma língua e atender às suas necessidades. Uma boa sugestão é nomear comissões de pais e encarregá-las de organizar campeonatos esportivos nos finais de semana na quadra da escola, cuidar dos banheiros ou da bilbioteca. Como a gestão participativa atribui responsabilidades a todos, o sucesso ou o fracasso tornam-se coletivos. E ninguém quer fracassar...

NE > Quanto tempo deve demorar a implantação da proposta pedagógica?

Maura < Em uma semana é possível diagnosticar os problemas e tomar as decisões para resolvê-los. Depois, os rumos das ações são acertados ao longo do ano. Avaliações constantes permitem que a escola multiplique o que dá certo e corrija o que não dá. Para o diretor, é muitas vezes difícil saber se os professores estão colocando em prática as diretrizes traçadas. Isso o desempenho dos alunos dirá. O importante é investir na capacitação, para garantir a implantação de tudo que foi proposto.

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ANEXO 3

INTERNET

Especialistas revelam o caminho das pedras para o diretor deixar de ser chefe – e se tornar um líder capaz de inspirar os professores e mudar a escola

m diretor capaz de exercer liderança educacional pode determinar a diferença entre uma escola estagnada e uma escola em movimento. O problema é encontrar esta figurinha difícil. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro, são raros os diretores que atuam como professores de professores e agentes dinâmicos de mudança. A boa notícia é que liderança educacional não é um dom que ou você tem, graças a Deus, ou não tem e acabou-se. Ao contrário, é uma habilidade que pode ser desenvolvida e exercitada a cada dia. Nova Escola garimpou a produção mais recente de três conhecidos educadores –Boudewijn van Velzen (Holanda), Eny Marisa Maia (Brasil) e Lorraine Monroe (Estados Unidos), todos envolvidos em processos de capacitação de lideranças educacionais em nosso país – e selecionou seis lições básicas para os diretores que, em 1999, queiram dar uma “virada” e passar a fazer diferença na vida de sua escola.

O diretor-líder vai além do gerenciamento e coloca as pessoas em primeiro plano. Administrar é, sem dúvida, uma dimensão essencial da liderança. Envolve gerenciar recursos financeiros; desenhar, implementar, acompanhar e avaliar planos; organizar, prover, facilitar; criar condições favoráveis ao aproveitamento dos alunos. Boa administração garante manter a casa em ordem – mas não basta para fazer com que uma escola se aperfeiçoe e mude.

Administradores intervêm apenas de maneira indireta no trabalho dos professores. Para que transformações na qualidade do ensino ocorram, é preciso que o diretor vá além. Deve atuar como líder educacional e influenciar diretamente o comportamento profissional dos educadores. Liderança focaliza as pessoas.

O diretor-líder está em contato permanente com os docentes.Faz com que cada profissional, aluno e pai, sinta que a escola lhe pertence. Deve ser fonte de inspiração, incentivo e apoio técnico. Estimula a criatividade, mas ao mesmo tempo estabelece padrões, confronta, corrige, capacita. Valoriza o desempenho dos professores, sabendo que receber reconhecimento os motiva a fazer cada vez melhor o seu trabalho. Por isso, é capaz de extrair o máximo de sua equipe de profissionais. O diretor-líder constrói um sonho e faz com que sua equipe embarque nele. Ele é capaz de sonhar – com nitidez – a escola como ela deve ser. Compartilha com

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os outros esta visão, que se traduz em imagens apaixonantes, energizadoras, sobre o papel e a importância da educação. Consegue fazer com que a equipe sinta que está embarcando em um projeto vital, até mesmo sagrado, que exigirá sacrifícios, mas também realizará algo muito importante, digno do melhor que existe em cada um.Uma visão suficientemente poderosa pode impulsionar o processo de planejamento. Estimula a comunidade escolar a projetar, programar, elaborar roteiros para concretizar o futuro desejado. O diretor-líder não se limita a registrar, no Plano da Escola, as decisões tomadas pela equipe – ele a convida a criar sua declaração de missão: uma fórmula que sintetiza o que a escola faz, com que propósito, de que forma, com que pessoas e entidades. Divulgada em cartazes, a declaração de missão ajuda a manter o foco no que é essencial – fazer com que os alunos aprendam cada vez mais. A missão expressa, em poucas linhas, a identidade da escola e comunica a razão de sua existência de forma clara e motivadora, a alunos, professores, funcionários e comunidade.

O diretor-líder faz com que sua equipe sinta que tem poder para realizar e transformar. Em vez de se lastimar e culpar Deus e o mundo pelos problemas da escola, transmitindo uma atitude de dependência e desamparo, o diretor-líder incentiva a equipe a descobrir o que é possível fazer para dar um passo adiante. Auxilia os profissionais a melhor compreender a realidade educacional em que atuam, a tomar decisões sobre prioridades baseando-se nesta compreensão, e a empreender, em conjunto, ações para colocá-las em prática. Ao resolver, passo a passo, problemas específicos, a comunidade escolar adquire consciência de seu poder de mudar a realidade, com os recursos disponíveis.

O diretor-líder transforma a escola em oficina de trabalho, onde profissionais aprendem uns com os outros, cooperando para solucionar problemas pedagógicos. Se o diretor é um líder, ele não deixa os professores abandonados à própria sorte, isolados em suas salas de aula. Organiza a jornada escolar, abrindo espaço para reuniões semanais ou pelo menos quinzenais dos docentes, por disciplina ou por série. Estimula-os a debater, em grupo, problemas pedagógicos como dificuldade em motivar a classe ou em estabelecer relações entre os conteúdos e a vida dos alunos. É o momento em que os professores refletem sobre sua prática e experimentam novas possibilidades. Partindo da análise dos dados das avaliações, podem descobrir, por exemplo, por que os alunos da 4a série estão encontrando dificuldade na divisão com dois algarismos e que procedimento usar para facilitar esta aprendizagem.Em um clima descontraído, não ameaçador, de cooperação, vão sentir-se à vontade até para falar sobre seus próprios erros, discuti-los e aprender com eles.

O diretor-líder é visto, todos os dias, por professores, alunos e pais. Ele gasta a sola dos sapatos, percorrendo diariamente todas as dependências da escola. Assim, comunica à equipe, aos alunos e aos pais que se importa com eles. Ao mesmo tempo, monitora como as atividades estão se desenvolvendo e identifica itens que poderão ser discutidos nas reuniões com os professores e outros funcionários. O diretor-líder sabe fazer alianças, buscando promover mais e melhor

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aprendizagem na escola.

Quando o diretor é um líder, ele é também um grande comunicador, capaz de mobilizar e articular os mais diferentes setores em torno da missão da escola. Convence e orienta os pais, por exemplo, a desenvolver sistematicamente os hábitos de estudo de seus filhos ou a trabalhar como voluntários em projetos de recuperação. Mapeia as organizações sociais e culturais da comunidade que possam desenvolver ações complementares junto aos alunos, como dança, teatro, estudo de línguas, informática, esportes.

.Solicita estagiários às universidades e ajuda no desenho de estratégias de capacitação em serviço para os professores. Recorre a rádios e jornais locais para divulgar os êxitos da escola, e a empresários, pedindo financiamento para projetos específicos. O diretor-líder, enfim, é capaz de trazer à tona o potencial de cada pessoa ou instituição e criar aquela certa magia que faz cintilar as escolas felizes, onde ninguém pára de aprender.

E, sempre que o seu trabalho é coroado de êxito, todos dizem: “Nós fizemos isso!”. São, que se traduz em imagens apaixonantes, energizadoras, sobre o papel e a importância da educação. Consegue fazer com que a equipe sinta que está embarcando em um projeto vital, até mesmo sagrado, que exigirá sacrifícios, mas também realizará algo muito importante, digno do melhor que existe em cada um.Uma visão suficientemente poderosa pode impulsionar o processo de planejamento. Estimula a comunidade escolar a projetar, programar, elaborar roteiros para concretizar o futuro desejado. O diretor-líder não se limita a registrar, no Plano da Escola, as decisões tomadas pela equipe – ele a convida a criar sua declaração de missão: uma fórmula que sintetiza o que a escola faz, com que propósito, de que forma, com que pessoas e entidades. Divulgada em cartazes, a declaração de missão ajuda a manter o foco no que é essencial – fazer com que os alunos aprendam cada vez mais. A missão expressa, em poucas linhas, a identidade da escola e comunica a razão de sua existência de forma clara e motivadora, a alunos, professores, funcionários e comunidade.

O diretor-líder faz com que sua equipe sinta que tem poder para realizar e transformar. Em vez de se lastimar e culpar Deus e o mundo pelos problemas da escola, transmitindo uma atitude de dependência e desamparo, o diretor-líder incentiva a equipe a descobrir o que é possível fazer para dar um passo adiante. Auxilia os profissionais a melhor compreender a realidade educacional em que atuam, a tomar decisões sobre prioridades baseando-se nesta compreensão, e a empreender, em conjunto, ações para colocá-las em prática. Ao resolver, passo a passo, problemas específicos, a comunidade escolar adquire consciência de seu poder de mudar a realidade, com os recursos disponíveis.

O diretor-líder transforma a escola em oficina de trabalho, onde profissionais aprendem uns com os outros, cooperando para solucionar problemas pedagógicos.

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Se o diretor é um líder, ele não deixa os professores abandonados à própria sorte, isolados em suas salas de aula. Organiza a jornada escolar, abrindo espaço para reuniões semanais ou pelo menos quinzenais dos docentes, por disciplina ou por série. Estimula-os a debater, em grupo, problemas pedagógicos como dificuldade em motivar a classe ou em estabelecer relações entre os conteúdos e a vida dos alunos. É o momento em que os professores refletem sobre sua prática e experimentam novas possibilidades. Partindo da análise dos dados das avaliações, podem descobrir, por exemplo, por que os alunos da 4a série estão encontrando dificuldade na divisão com dois algarismos e que procedimento usar para facilitar esta aprendizagem.Em um clima descontraído, não ameaçador, de cooperação, vão sentir-se à vontade até para falar sobre seus próprios erros, discuti-los e aprender com eles.

O diretor-líder é visto, todos os dias, por professores, alunos e pais. Ele gasta a sola dos sapatos, percorrendo diariamente todas as dependências da escola. Assim, comunica à equipe, aos alunos e aos pais que se importa com eles. Ao mesmo tempo, monitora como as atividades estão se desenvolvendo e identifica itens que poderão ser discutidos nas reuniões com os professores e outros funcionários. O diretor-líder sabe fazer alianças, buscando promover mais e melhor aprendizagem na escola.

Quando o diretor é um líder, ele é também um grande comunicador, capaz de mobilizar e articular os mais diferentes setores em torno da missão da escola. Convence e orienta os pais, por exemplo, a desenvolver sistematicamente os hábitos de estudo de seus filhos ou a trabalhar como voluntários em projetos de recuperação. Mapeia as organizações sociais e culturais da comunidade que possam desenvolver ações complementares junto aos alunos, como dança, teatro, estudo de línguas, informática, esportes.

Solicita estagiários às universidades e ajuda no desenho de estratégias de capacitação em serviço para os professores. Recorre a rádios e jornais locais para divulgar os êxitos da escola, e a empresários, pedindo financiamento para projetos específicos.

O diretor-líder, enfim, é capaz de trazer à tona o potencial de cada pessoa ou instituição e criar aquela certa magia que faz cintilar as escolas felizes, onde ninguém pára de aprender. E, sempre que o seu trabalho é coroado de êxito, todos dizem: “Nós fizemos isso!”

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ANEXO 4

COMPROVANTES DE PARTICIPAÇÃO

DE CONGRESSOS EDUCACIONAIS

E DE EVENTOS CULTURAIS

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CALVINO, Ítalo. Seis propostas para o próximo milênio. São Paulo: Cia das

Letras, 1999.

CARDOSO, Jarbas José. A Administração e a nova ordem mundial. Rio de

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_________ O administrador e seus desafios: perfil e qualificação em processo.

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MORIN, Edgard. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São

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MOTTA, Paulo Roberto. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser

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Cortez, 1986.

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VALERIEN, Jean. Gestão da escola fundamental: subsídios para análise e

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Sul, 1993.

WEBGRAFIA CONSULTADA

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Em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/adm01.htm

CARAPETO FERREIRA, Naura Syria. Gestão democrática da educação para

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Em: http://www.inep.gov.br

CASTRO,Cláudio de Moura. Escola para a Cidadania?

Em: http://www.novaescola.com.br

ESTEVÃO, Carlos. Gestão estratégica nas escolas.

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GIANINI, Rivo. O global e o local. Os desafios para o educador gestor do

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em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/adm01.htm

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paradigmática.

Em: http://www.novaescola.com.br

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Em: http://www.inep.gov.br

OLIVEIRA, Dalva Câmara de. Gestão democrática escolar: um estudo de

expectativa, efeitos e avanços.

Em: http://www.inep.gov.br

ÍNDICE

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FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

O QUE É GESTÃO 10

1.1 – Problemas globais demandam ação conjunta 12

1.2 – Ação conjunta demanda autonomia competente 13

1.3 – Gestão não é substituição da administração 14

CAPÍTULO II

GESTÃO ONTEM E HOJE 19

1 – Construção do enfoque de gestão 24

1.1 – Da ótica fragmentada para a ótica globalizadora 24

1.2 – Da limitação para a expansão 25

1.3 – Da ação episódica para o processo contínuo 26

1.4 – Da burocratização para a coordenação 27

1.5 – Da ação individual para a coletiva 28

CAPÍTULO III

GESTÃO PARTICIPATIVA 30

CONCLUSÃO 38

ANEXOS 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 61

WEBGRAFIA CONSULTADA 63

ÍNDICE 64

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: A VEZ DO MESTRE

Título da Monografia: Gestão Participativa no Processo Educacional

Autor: Glória Inêz Caixeta

Data da entrega: 04/01/2005

Avaliado por: Mary Sue Pereira Conceito:

Avaliado por: Conceito:

Avaliado por: Conceito:

Conceito Final: