universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo … · exemplo, e até mesmo como uma comunicadora de...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
EMBALAGENS: BAG-IN-BOX
Por: Eric Vinícios de Moraes Sptiz
Orientador
Prof. Carlos Alberto Cereja de Barros
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
EMBALAGENS: BAG-IN-BOX
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Logística Empresarial.
Por: Eric Vinícios de Moraes Sptiz
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AGRADECIMENTOS
A Deus, que pela sua infinita misericórdia me
proporcionou sabedoria, através da sua graça e
permitiu que eu caminha-se para a luz através de
tudo que absolvemos no aprendizagem que
realizamos no decorrer da nossa vida, aos Pastores
e as irmãs do grupo de oração, que tanto
intercederão por mim nessa nova caminhada de
vida, aos meus amigos Wagner Vinícios e Ítalo
Urbano, que juntos caminhamos em busca dessa
nova conquista, ao Professor e Orientador, que
desde o início desta pesquisa, orientou-me com
profissionalismo, auxiliando-me na elaboração dos
capítulos, com sua vivência na prática educacional,
a todos aqueles que, de uma forma ou outra, me
estimularam e me incentivaram nessa minha busca
de aperfeiçoamento.
4
DEDICATÓRIA
A quem mais eu poderia dedicar este
Trabalho que representa mais um objetivo
alcançado dentre tantos outros já realizados
durante essa minha caminhada.
A quem mais poderia ser, a não ser a vocês,
minha filha, meu pai, minha mãe, minha irmã,
meus avos e minha futura esposa que estão
sempre presentes, me apoiando e me dando
forças com seu amor e compreensão.
Que Deus continue nos abençoando de
maneira infalível!
Amo vocês!
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RESUMO
“A embalagem segundo Kotler, é o conjunto de atividades de projeto e produção do recipiente ou envoltório do produto”. A embalagem é conceituada como um recipiente ou um envoltório e pode ser classificada em três tipos: embalagem primária, embalagem secundária e embalagem de remessa. Segundo Kotler e Armstrong definem embalagem primária como sendo o invólucro básico do produto; embalagem secundária, como a que será jogada fora quando o produto for ser usado e embalagem de remessa, como a embalagem necessária para o armazenamento, identificação e transporte do produto, ou seja, a embalagem de transporte. Então se pode afirmar que a embalagem contém aspectos importantes para o produto: Como a providencia de proteção ao produto, evitando danos e perdas durante o manuseio e a armazenagem do mesmo durante o seu ciclo na cadeia de suprimentos, a inda serve como instrumento para aumentar a eficiência do produto, verificando como a embalagem afeta a eficiência da armazenagem, manuseio e transporte. Dentro do delineamento da embalagem Bag-in-Box podemos visualizar claramente os objetivos citados pelo Ballou, que o processo de embalar o produto pode ter, como: facilitar o manuseio e a embalagem; promover melhor utilização do equipamento de transporte; proteger o produto; promover venda do produto; alterar a densidade do produto; facilitar uso do produto e prover valor de reutilização para o consumidor. Sabendo que as embalagens de Bag-in-Box engloba todos os conceitos das embalagens tradicionais existentes na cadeia de suprimentos, como poderemos diferencia La das demais embalagens? O que é a tecnologia das embalagens Bag-in-Box? Porque o mercado consumidor tem pouca tendência a essa tecnologia em embalagem? Essas perguntas pertinentes ao assunto e estarão respondidas no decorrer da monografia, mas tomando como Objetivo Geral: Qual será perspectiva para o futuro e a maneira para tornar- La uma embalagem mais acessível ao mercado consumidor? A falta de divulgação, dos variados tipos de embalagens, (Bag-in-Box), como também, a falta de investimentos em equipamentos na indústria, para uma demanda de produção ainda maior, implica na oferta desse tipo de embalagem para o mercado consumidor, mas para um futuro próximo, de maneira que a cadeia de suprimentos vai aderindo a essa tecnologia em de embalagem, pelos seus benefícios e praticidade, podemos ter uma perspectiva muito boa para os próximos anos que virão.
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METODOLOGIA
A monografia foi desenvolvida usando os seguintes métodos: que
levam ao problema proposto, como leitura de livros, jornais, revistas, e a
resposta, após coleta de dados, pesquisa bibliográfica, observação do objeto
de estudo, como revisões bibliográficas referentes ao tema, consoante com a
doutrina, para conceituar o que é embalagem Bag-in-Box; bem como a divisão
em capítulos explicitando o entendimento sobre a embalagem Bag-in-Box
como uma tecnologia inovadora em embalagens, etc.
Contar passo a passo o processo de produção da pesquisa é
importante incluir os créditos às instituições que cederam o material ou que foi
o objeto de observação e estudo.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A História da Embalagem 12
CAPÍTULO II - Delineamento da Logística 17
CAPÍTULO III – Bag-in-Box (A Proposta) 34
CAPÍTULO IV – Estudo de Casos Sobre Embalagens 61
CONCLUSÃO 66
ANEXOS 68
BIBLIOGRAFIA 74
WEB GRAFIA 76
ÍNDICE 77
8
INTRODUÇÃO
Antigamente as embalagens, tinham sua função primordial em conter e
proteger produtos industrializados e eram considerados fatores como custo e
produção. Porém, nos dias atuais percebe-se que inúmeros fatores tornaram-
na uma importante ferramenta na logística. Diante da Globalização e de um
ambiente extremamente competitivo as empresas vem cada vez mais
aplicando novas tecnologias em suas embalagens, afim, de agregar valor em
seus produtos e mostrar seus diferenciais, a seus clientes que se tornam mais
exigentes até mesmo pela diversidade de oferta encontrada.
Detecta-se essa diversidade e esse ambiente competitivo quando se
passar nas gôndolas de um supermercado, ou em uma loja de conveniência.
Pode-se deparar com inúmeros produtos com diferentes embalagens e muitas
das vezes, o consumidor, ao ver uma embalagem diferenciada perante as
demais, acaba adquirindo o produto por este motivo. Embalagem esta, que
alguns anos atrás eram apenas um invólucro usado para conter e proteger
determinado produto. A embalagem gera sensações e novas experiências ao
consumidor no momento da escolha do produto.
A boa embalagem tem que chamar o consumidor, comunicar e
convencer, e, além disso, manter as suas funções primordiais de proteger o
produto, conservar, facilitar no transporte, entre outras. O mercado oferta as
embalagens atrativas aos olhos dos consumidores finais, ou seja, que
apresentem um design diferenciado e um apelo visual que transmita a
confiança e a garantia de que ele está levando para casa o melhor produto.
9
Para isso, inovação é palavra chave. É difícil para um produto sem
competitividade se lançar no mercado, daí a necessidade das embalagens
serem inteligentes, práticas e atrativas. Os consumidores estão cada vez mais
exigentes. Formam conceitos e atribuem valor ao produto, à marca e à
empresa que o produziu. Assim, a embalagem é um componente fundamental
para a construção da imagem da marca. As pequenas empresas devem
observar melhor a importância da embalagem para o reconhecimento da sua
marca, investindo agressivamente no desenvolvimento das embalagens e
design. Como na maioria das vezes, por não possuírem verbas para investirem
em meios de comunicação, devem aproveitar esta ferramenta de marketing
para agir como vendedor silencioso em uma glândula de supermercado, por
exemplo, e até mesmo como uma comunicadora de sua marca e produto,
resultando em volume de vendas.
Como a embalagem é o que resta após o consumo de um produto, ela
também passa a ser uma preocupação para os ambientalistas e para os
consumidores. Por este motivo que as empresas deverão estar preocupadas
ao desenvolver suas embalagens, não só pensando em todas as questões
ditas acima, mas também, na preservação ambiental, ciclo de vida e
reciclagem. As embalagens apresentam uma ampla variedade de formas,
modelos e materiais, e fazem parte da vida diária de diversas maneiras,
algumas reconhecidas coincidentemente, outras de influência bem sutil, todas,
porém, proporcionando benefícios que justificam a sua existência. O produto e
a embalagem estão se tornando tão inter-relacionados que já não se pode
considerar um sem o outro. O produto não pode ser planejado separado da
embalagem, que por sua vez, não deve ser definida apenas com base de
engenharia, marketing, comunicação, legislação e economia.
Segundo BOWERSOX, no interior de um armazém, de um
supermercado ou enquanto são transportados em um sistema logístico, os
produtos são identificados e protegidos por suas embalagens. A embalagem
10
que contém um produto é a unidade que deve ser movimentada pelo sistema
de manuseio de materiais de uma empresa. A embalagem é normalmente
analisada sob dois enfoques: como meio de sensibilizar o consumidor, onde o
foco principal está no marketing, ou como fator industrial, onde o foco está na
logística.
A questão principal das operações de logística é o projeto da
embalagem industrial. Os produtos ou peças específicas são normalmente
agrupados em caixas de papelão, sacos, caixotes ou barris, para um manuseio
eficiente. Os contêineres, usados para agrupar produtos específicos, são
chamados de embalagens secundárias (máster carton). Quando as
embalagens secundárias são agrupadas em unidades maiores, essa
combinação é conhecida como conteinerização ou unitização.
As embalagens Bag-in-Box é um tipo de embalagem desenvolvida
levando em concideração as condições mencionadas nos parágrafos
anteriores e é utilizada para comercializar bebidas ou xaropes de bebidas e
etc. Podem ser usadas para comercialização de vinhos, por exemplo, ou de
xaropes de refrigerantes associadas a máquinas do tipo post-mix. Trata-se de
uma embalagem com capacidade para de 1 a 5 litros na sua grande maioria,
podendo ter embalagens para maiores capacidades em proporções menores,
elas são elaborada em filme transparente multicamada (composta por nylon,
EVOH e polietileno) que é acondicionada dentro de uma caixa, normalmente
de papelão, com objetivo de faciliar o transporte e logística, acondicionamento,
fornecimento de volumes menores e de fácil reposição, além da interação com
leiautes de restaurantes e lanchonetes, frequentemente bem compactos. Sua
pricipal caracteírtica é de em mantém o sabor da bebida mesmo após aberto.
Com todas as essas características anteriormente mencionada, de
maneira global, é que as embalagens de Bag-in-Box se sobresai em relação às
11
demais embalagens. A embalagem em questão (Bag-in-Box) pode possuir e
gerar valores competitivos de maneira muito mais dinâmica para as empresas,
perante um mercado globalizado e altamente competitivo, tornando as no
mercado de pequeno, médio e grande porte empresas de superar desafios e
fazer desafios perante as demais concorrentes, conforme veremos no decorrer
dessa monografia.
Nos capítulos a seguir, serão descritos a historia da embalagem, da
logística e a evolução de ambas no decorre dos anos, com o surgimento da
embalagem Bag-in-Box e as tecnologias aplicadas na gestão de embalagens.
A inda dentro dos capítulos será visto as definições, os objetivos, as vantagens
e as desvantagens dos assuntos abordados, segundos embasamento nas
referencias bibliográficas pertinentes a cada assunto, dentro de cada capítulo.
Os anexo servirão de maneira ilustrativa para desmonstrar cada
situção referente ao seu contexto e as suas propriedades intrícicas, assim
sendo também: o cilco da Logística integrada com os processos de
pedidos,redes de instalações, armazenamento e manuseio de materiais
(embalagem), inventario e transporte. O cilco da integração da Logística com o
fluxo de inventário, clientes, distribuição ao mercado, apoio á produção,
compras, fornecedores e fluxo de informação.
12
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DE EMBALAGEM
Seguindo como base e referencia, o artigo de Danilo Endler publicado
no site www.topdeembalagem.com.br as primeiras embalagens surgiram à
cerca de meio milhão de anos. Surgiram com a origem do homem e serviam
como simples recipientes para beber, transportar e estocar alimentos. Esses
primeiros recipientes como chifres ocos, crânios de animais e grandes conchas
foram utilizados até que o homem, com sua habilidade manual, dominassem a
arte da fabricação de tigelas de madeira, cestas de fibras naturais, bolsas de
peles de animais, potes de barros, entre outros.
Esses recipientes começaram a ser utilizados em maior escala quando
o homem começou a se desenvolver, aprendeu a viver em sociedade e iniciou
o comércio entre regiões. O comércio aumentava e surgiam outras matérias-
primas para a fabricação da embalagem como o vidro, o metal, o papel, entre
outras. O grande desenvolvimento da embalagem aconteceu com a Revolução
Industrial, pois os primeiros apelos mercadológicos surgiram nessa época e
tecnologias como a impressão litográfica também. De acordo com a
Associação Brasileira de Embalagem – ABRE, “com a Revolução Industrial
começou a produção em série e a constante evolução das embalagens”.
Ainda, segundo o artigo de Danilo Endler, no final do século XIX e
início do século XX surgem às técnicas fotográficas e as técnicas de produção
começam a evoluir. A concorrência aumenta e o consumidor fica mais
exigente. Analisa qualidade e segurança das mercadorias. Dá-se então inicio a
13
preocupação com o aspecto mercadológico da embalagem. Porém, somente
nas décadas de 40 e 50, com o surgimento dos primeiros supermercados e,
conseqüentemente, da venda por auto-serviço, que a função da embalagem
como vendedora ganhou maior importância.
Aspectos visuais de forma e cor foram sendo cada vez mais
considerados. O volume e a variedade de embalagens para auto-serviço vêm
crescendo a cada ano. E a preocupação com o consumidor vem se
desenvolvendo tanto na parte de comunicação quanto na facilidade de uso da
embalagem. A embalagem foi evoluindo conforme a necessidade do homem.
Houve a necessidade de conter, de transportar e de armazenar. Depois surgiu
a necessidade de proteger e conservar os produtos. Hoje, surge a necessidade
de se vender.
1.1 - Embalagem: definições
A embalagem tem por sua função primordial em conter, proteger e transportar
produtos industrializados dentro da cadeia de suprimentos. Por isso tem o seu
custo embutido na produção se tornado uma grande ferramenta auxiliadora
nas atividades de logística. Outra, mais diretamente relacionada com a
definição de embalagem é conforme o Decreto-Lei n.o 366-A/97 P.293, diz
que:
Embalagem: são todos e quaisquer produtos feitos de
materiais de qualquer natureza utilizados para conter,
proteger, movimentar, manusear, entregar e apresentar
mercadorias, tanto matérias primas como produtos
14
transformados, desde o produtor ao utilizador ou
consumidor, incluindo todos os amigos "descartáveis"
utilizados para os mesmos fins.
Segundo Kotler (2000, p. 440) “Embalagem é o conjunto de atividades de
projeto e produção do recipiente ou envoltório do produto”. Embalagem é como
é chamado o recipiente ou o envoltório e pode se classificada em três tipos:
embalagem primária, embalagem secundária e embalagem de remessa (ibid,
p.440)
Diante da Globalização e de um ambiente extremamente competitivo as
empresas vem cada vez mais aplicando novas tecnologias em suas
embalagens, afim, de agregar valor em seus produtos e mostrar seus
diferenciais, a seus clientes que se tornam mais exigentes até mesmo pela
diversidade de oferta encontrada.
1.2 - Embalagem: objetivos
Kotler e Armstrong (1995, p. 201) definem embalagem primária como
sendo o invólucro básico do produto; embalagem secundária, como a que será
jogada fora quando o produto for ser usado e embalagem de remessa, como a
embalagem necessária para o armazenamento, identificação e transporte do
produto, ou seja, a embalagem de transporte.
As embalagens secundárias e as cargas unitizadas transformaram-se
nas unidades básicas de manuseio operações de logística. O peso, o volume e
15
os danos potenciais às embalagens secundárias determinam as exigências de
transporte e de manuseio dos materiais. Quando a embalagem não é projetada
para um processamento logístico eficiente, o desempenho geral do sistema é
prejudicado. A quantidade ou a apresentação para a venda no varejo ou
demonstração não deve ser o determinante principal das embalagens
secundárias.
Por exemplo, a cervejas, normalmente vendidas no varejo em pacotes
contendo 6 unidades, são acondicionadas em embalagens secundárias de 24
unidades. As embalagens secundárias devem ser largas, o suficiente para
propicia: economias de escala no manuseio, mas leves o bastante para facilitar
o manuseio por um indivíduo sem ajuda mecanizada.
Gobe, Moreira ET AL (2004, p. 102) definem embalagem como, “um
elemento fundamental da estratégia de produto na maioria das empresas, já
que quase todos os bens comercializados devem ser embalados”. Sendo
assim, a embalagem tem seu papel importante na elaboração, distribuição e
venda do produto.
Ballou (1993, p. 103) cita algum dos diversos objetivos que o embala
mento do produto pode ter, como:
a) Facilitar o manuseio e a armazenagem.
b) Promover melhor utilização do equipamento de transporte.
c) Proteger o produto
d) Promover venda do produto.
e) Alterar a densidade do produto.
f) Facilitar uso do produto.
16
g) Prover valor de reutilização para o consumidor.
A embalagem contém três aspectos que devem ser citados:
a) Ela providencia proteção para o produto evitando danos e perdas durante o
manuseio e a armazenagem do mesmo;
b) Serve como instrumento para aumentar a eficiência do produto verificando
como a embalagem afeta a eficiência da armazenagem, manuseio e transporte
do produto;
c) Serve para promoção e uso do produto servindo como um tipo de anúncio,
pois provê um meio atrativo para divulgar o mesmo (ibid, p. 195-196)
17
CAPÍTULO Il
DELINEAMENTO DA LOGÍSTICA
2.1 - HISTÓRICO DA LOGÍSTICA
Desde os tempos bíblicos, os líderes militares já se utilizavam da
logística. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram necessários
grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas,
armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram
necessários o planejamento, organização e execução de tarefas logísticas, que
envolviam a definição de uma rota; nem sempre a mais curta, pois era
necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e
ditribuição de equipamentos e suprimentos. Na antiga Grécia, Roma e no
Império Bizantino, os militares com o título de Logistikas eram os responsáveis
por garantir recursos e suprimentos para a guerra.
Carl von Clausewitz dividia a Arte da Guerra em dois ramos: a tática e
a estratégia. Não falava especificamente da logística, porém reconheceu que
"em nossos dias, existe na guerra um grande número de atividades que a
sustentam a pratica da logística e devem ser consideradas como uma
preparação para o planejamento logistico. É a Antoine-Henri Jomini, ou Jomini,
contemporâneo de Clausewitz, que se deve, pela primeira vez, o uso da
palavra "logística", definindo-a como "a ação que conduz à preparação e
sustentação das campanhas", enquadrando-a como "a ciência dos detalhes
dentro dos Estados-Maiores".
18
Em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na
Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou
algum tempo para que estes conceitos se desenvolvessem na literatura militar.
A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial, raramente aparecia a palavra
Logística, empregando-se normalmente termos tais como Administração,
Organização e Economia de Guerra.
2.2 - O Inicio da evolução da Logistica
Os primeiros indícios da evolução da logistica, foi com a verdadeira
tomada de consciência da logística entre os anos de 1908 e 1915. Foi
conciderada, como a ciência que teve sua origem nas teorias criadas e
desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais
dos Estados Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro
"Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra". Segundo Thorpe, a
estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das operações
militares, enquanto a logística proporciona os meios". Assim, pela primeira vez,
a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da Arte da
Guerra.
O Almirante Henry Eccles, em 1945, ao encontrar a obra de Thorpe
empoeirada nas estantes da biblioteca da Escola de Guerra Naval, em
Newport, comentou que, se os EUA seguissem seus ensinamentos teriam
economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra Mundial. Eccles,
Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do
Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logistica Militar, sendo
considerado como o "pai da logística moderna" Até o fim da Segunda Guerra
Mundial a Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após este
19
período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais
destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas
organizações e empresas civis.
2.2.1 – Efeito das novas exigências
Com Desenvolvimento as novas exigências para a atividade logística
no mundo passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de
redução de custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no
cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação
das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação,
análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas
metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e
adequação dos negócios. Apesar dessa evolução, até a década de 40 havia
poucos estudos e publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as
empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente. Foi então
que surgiu o conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude
do consumidor. Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o
MRP (Material Requirements Planning).
Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um
desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela
globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de
computadores na administração. Nesse novo contexto da economia
globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro
de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de
operações para moldes mundiais de operação.
20
Dentro da logística as atividades envolvidas é dividida em dois tipos de
atividades - as principais e as secundárias (Carvalho, 2002, p. 37):
• Principais: Transportes, Manutenção de Estoques, Processamento de
Pedidos.
• Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem,
Suprimentos, Planejamento e Sistema de informação.
2.3 - Logística: definições
O termo logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês
Logistique e tem como uma de suas definições "a parte da arte da guerra que
trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento,
obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e
evacuação de material para fins operativos ou administrativos". Logística
também pode ser definida como a satisfação do cliente ao menor custo total
(Ferreira, 1986, p. 1045). Pode-se dizer então que os termos Logística e
Cadeia de Suprimentos tem o mesmo significado, já que ambos têm a
finalidade de satisfazer o cliente com o menor custo possível. Outros
historiadores defendem que a palavra logística vem do antigo grego logos, que
significa razão, cálculo, pensar e analisar. Outra, mais diretamente relacionada
com a definição de logística é conforme a Oxford English dicionário define:
Logística como: "O ramo da ciência militar responsável
por obter, dar manutenção e transportar material, pessoas
e equipamentos". Outra definição para logística é: "O
tempo relativo ao posicionamento de recursos". Como tal,
a logística geralmente se estende ao ramo da engenharia,
21
gerando sistemas humanos ao invés de máquinas. (O
Oxford English dicionário)
Ainda podemos definir a logistica conforme ressalta Logfin é o
planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e
armazenagem de mercadorias, serviços e informações desde o ponto de
origem até o ponto de consumo com o objetivo de atender as necessidades do
cliente. Observa-se claramente nesta definição que a responsabilidade da
logística posiciona-se tanto com relação a materiais em movimento (fluxo)
quanto a materiais parados (armazenagem) e também a gestão das
informações geradas neste processo.
2.3.1 - Aspecto relevante
Outro aspecto relevante para o entendimento da logística: é o
conhecimento do nível de abrangência de sua área de influencia e de seu
escopo funcional e operacional que vai do suprimento de materiais à produção
até a colocação do produto acabado no ponto de venda na distribuição,
atuando assim como apoio indispensável e estratégico a toda as ações de
marketing das empresas.
2.4 - Logística: objetivos
O principal objetivo da Logística é fazer com que produtos e serviços
estejam disponíveis onde são necessários e no momento em que são
desejados com o menor custo possível e com o nível de serviço exigido pelo
cliente em oito níveis descritos abaixo:
22
1. Right Material (material correto)
2. Right Quantity (quantidade correta)
3. Right Quality (qualidade correta)
4. Right Place (lugar correto)
5. Right Time (tempo correto)
6. Right Method (método correto)
7. Right Cost (custo correto)
8. Right Impression (impressão correta)
2.5 - O Trabalho da Logística
No contexto da gestão da cadeia de suprimentos, a logística existe
para mover e localizar o inventário de maneira a alcançar os benefícios
desejados de tempo, local e posse, a um custo total mínimo. O inventário
possui valor limitado até que seja disponibilizado no tempo certo e no local
certo, para apoiar a transferência de propriedade ou a criação de valor
agregado. Se uma empresa não satisfaz adequadamente as exigências de
tempo e lugar, não tem nada a vender.
Para uma cadeia de suprimentos realizar o benefício estratégico
máximo da logística, a gama completa dos trabalhos funcionais deve ser
integrada. As decisões de uma área funcional causam impacto no custo de
todas as outras. É essa inter-relação de funções que desafia a implementação
bem-sucedida da gestão integrada de logística. A Figura do anexo -1 oferece
uma representação visual da natureza inter-relacionada de cinco áreas do
trabalho logístico: (l) processamento de pedidos; (2) inventário; (3) transporte;
(4) armazenamento, manuseio de materiais e embalagem; (5) rede de
23
instalações. O trabalho relacionado a essas áreas funcionais se combina para
criar as capacidades necessárias à obtenção de valor logístico.
2.6 - Operações Logísticas
O alcance operacional interno das operações de logística integrada é
ilustrado pela área sombreada no anexo -2. As informações de e sobre
clientes fluem dentro da empresa, na forma de atividades de venda, previsões
e pedidos. Informações vitais são refinadas em planos específicos de
produção, vendas e compra. Quando produtos e materiais são comprados,
inicia-se um fluxo de inventário de valor agregado, que, em última instância,
resulta na transferência de propriedade dos produtos acabados para os
consumidores. Assim, o processo é visto como dois fluxos inter-relacionados:
inventário e informação. Enquanto a gestão integrada interna é importante para
o sucesso, a empresa também deve se integrar na sua cadeia de suprimentos.
Para serem completamente efetivas no atual ambiente competitivo, as
empresas devem ampliar a integração de seu empreendimento, incorporando
clientes e fornecedores. Essa extensão reflete a posição da logística na
perspectiva mais abrangente da gestão da cadeia de suprimentos.
.
2.6.1- Focos operacionais
Ø Distribuição ao mercado: São as atividades relacionadas à oferta de
serviços ao cliente. Exige desempenhar o recebimento e o
processamento do pedido, inventários de distribuição, estocagem e
manuseio, e transporte externo dentro da cadeia de suprimentos. Inclui
a responsabilidade de se combinar com o planejamento de marketing,
em áreas como precificação, apoio promocional, níveis de serviço ao
24
cliente, padrões de entrega, manuseio de mercadorias retornadas e
apoio ao ciclo de vida. O objetivo fundamental da distribuição ao
mercado é dar assistência à geração de receitas ao oferecer níveis de
serviço ao cliente estrategicamente desejado ao custo total mínimo.
Ø Apoio à produção: São as atividades relacionadas ao planejamento,
programação e apoio às operações de produção. Exige planejamento
da programação e desempenho de estocagem de produtos em
processo, manuseio, transporte e classificação, seqüenciamento e
cálculo de tempo de fases de componentes. Inclui a responsabilidade de
armazenar o inventário nos locais de produção e flexibilidade máxima na
coordenação da postergação geográfica e de montagem entre as
operações de produção e de distribuição ao mercado.
Ø Compras: São as atividades relacionadas à obtenção de produtos e
materiais de fornecedores externos. Exige desempenho quanto a
planejamento de recursos, fonte de fornecimento, negociação,
colocação de pedidos, transporte interno, recebimento e inspeção,
armazenamento e manuseio, e garantia de qualidade. Inclui a
responsabilidade de se coordenar com os fornecedores em áreas de
programação, continuidade de fornecimento, cobertura de risco,
especulação, bem como em pesquisa para novas fontes ou programas.
O objetivo fundamental das compras é apoiar as organizações de
produção ou de revenda, oferecendo compras adequadas a um custo
total mínimo.
A distribuição de mercado consiste na movimentação de produtos
acabados para o cliente é a distribuição ao mercado. Na distribuição ao
mercado, o cliente final representa o destino final. A disponibilidade do produto
25
é uma parte vital do esforço de cada canal participante no mercado. Até
mesmo um agente de fabricante, que comumente não possui inventário
próprio, precisa ser apoiado pela disponibilidade de inventário, para
desempenhar as responsabilidades esperadas no mercado. Se uma variedade
apropriada de produtos não for entregue, com eficiência, quando e onde for
necessária, grande parte do esforço total da comercialização será colocada em
risco. É pelo processo de distribuição ao mercado que a colocação geográfica
e em tempo oportuno do inventário se tornam partes integrantes da
comercialização. Para apoiar a ampla variedade de sistemas de marketing que
existe em um país extremamente comercial, muito diferentes sistemas de
distribuição ao mercado estão disponíveis. Todos os sistemas de distribuição
ao mercado possuem um traço comum: conectam fabricantes, atacadistas e
varejistas às cadeias de suprimentos, para oferecer disponibilidade de produto.
Já a área de apoio à produção se concentra na gestão do inventário de
produtos em processo, à medida que fluem entre os estágios de produção. A
responsabilidade logística fundamental na produção é participar da formulação
de uma programação-mestre de produção, e cuidar de sua implementação, em
relação à disponibilidade oportuna de materiais, peças componentes e
inventário de produtos em processo. Assim, a preocupação total do apoio à
produção não é a de como a produção ocorre, mas, ao contrário, quais
produtos, quando e onde serão fabricados.
O apoio à produção é significativamente diferente da distribuição ao
mercado. A distribuição ao mercado procura servir os desejos dos clientes e,
portanto, precisa equilibrar a incerteza do consumidor e a demanda industrial.
O apoio à produção envolve necessidades de movimentação que estão sob o
controle da empresa produtora. As incertezas introduzidas pelos pedidos
aleatórios de clientes e pela demanda variável, que a distribuição ao mercado
precisa ajustar, não são comuns nas operações de produção. Do ponto de
vista do planejamento total, a separação entre apoio à produção, à distribuição
26
externa para o mercado e a atividades de compra de suprimentos oferece
oportunidades para especialização e eficiência melhorada. O grau em que uma
empresa adota uma estratégia de resposta serve para reduzir ou eliminar a
separação da produção.
E as compras, ao que dizem a respeito à aquisição e arranjo da
movimentação de recebimento de materiais, peças e/ou inventário acabado
desde os fornecedores até a produção ou plantas de montagem, armazéns ou
lojas de varejo. Dependendo da situação, o processo de aquisição é
comumente identificado por nomes diferentes. Na produção, o processo de
aquisição é normalmente chamado de aquisição (purchasing). Em círculos do
governo, a aquisição tem sido chamada tradicionalmente de suprimentos
(procurement).
No varejo e atacado, compra (buying) é o termo mais amplamente
utilizado. Em muitos círculos, o processo é referido como logística de
suprimentos (inbound logistics). Para a proposta deste texto, o termo compra
(procurement) incluirá todos os tipos de aquisição. O termo material é usado
para identificar o inventário, movimentando- se para recepção por uma
empresa, independentemente de seu grau de prontidão para revenda. O termo
produto é usado para identificar o inventário que está disponível para a compra
do consumidor. Em outras palavras, os materiais estão envolvidos no processo
de agregar valor pela manufatura/produção, ao passo que os produtos estão
prontos para o consumo. A distinção fundamental é a de que os produtos
resultam do valor agregado ao material, durante a produção, classificação ou
montagem.
Dentro de uma empresa típica, as três áreas
anteriormente acima mencionadas do foco operacional da
logística se sobrepõem. O fato de se considerar cada
27
uma como parte integrante do processo total de agregar
valor cria uma oportunidade de capitalização sobre os
atributos singulares de cada uma, no processo inteiro. O
desafio total de uma cadeia de suprimentos é integrar os
processos logísticos de empresas participantes de um
modo que facilite a eficiência total.
2.6.2 – Transporte
Segundo Bowersox p.51, o transporte é a área operacional da logística que
move e aloca, geograficamente, o inventário. Devido a sua importância
fundamental e ao seu custo visível, o transporte tem, tradicionalmente,
recebido considerável atenção gerencial. Quase todas as empresas, grandes
ou pequenas, possuem gerentes responsáveis pelo transporte. As
necessidades de transporte podem ser satisfeitas de três modos básicos:
Ø Primeiro, uma frota própria de equipamentos pode ser operada.
Ø Segundo, contratos podem ser feitos com competentes especialistas em
transportes.
Ø Terceiro, uma empresa poderá contratar serviços de uma ampla
variedade de transportadoras, que ofereçam diferentes serviços de
transporte, com base em embarque. Do ponto de vista do sistema
logístico, três fatores são fundamentais para o desempenho do
transporte: (A) custo, (B) velocidade e (C) consistência.
28
A) O custo do transporte é o pagamento por embarque entre duas
localizações geográficas, e os gastos relacionados à manutenção
do inventário em trânsito. Os sistemas logísticos devem utilizar
um transporte que minimize o custo total do sistema. Isso pode
significar que o método de transporte menos caro pode não
resultar no mais baixo custo total de logística.
B) A velocidade do transporte é o tempo exigido para completar um
movimento específico. Velocidade e custo de transporte estão
relacionados de duas formas. Primeiro, as empresas de
transporte, capazes de oferecer serviços mais rápidos,
comumente cobram tarifas mais altas. Segundo, quanto mais
rápido o transporte, mais curto é o intervalo de tempo em que o
inventário está em trânsito e não disponível. Assim, um aspecto
crítico, quanto à seleção do método de transporte mais
apropriado, está no equilíbrio entre velocidade e custo de serviço.
C) A consistência do transporte refere-se às variações em tempo
exigidas para se desempenhar uma movimentação específica
através de um número de embarques. A consistência reflete a
dependência ao transporte. Durante anos, gestores de transporte
reconheceram na consistência o mais importante atributo de
qualidade do transporte. Se um embarque entre duas
localizações leva três dias, na primeira vez, e seis, nas próximas,
a variação inesperada pode criar sérios problemas operacionais
na cadeia de suprimentos.
Quando falta consistência ao transporte, são necessários estoques de
segurança de inventário para proteção contra paralisações de serviço,
afetando o comprometimento geral de inventário, tanto do vendedor como do
29
comprador. Com o advento da nova tecnologia de informação para controlar e
registrar a situação de embarque, os gerentes logísticos têm procurado
movimentação mais rápida, enquanto mantêm a consistência. Velocidade e
consistência se combinam para criar o aspecto qualitativo do transporte.
Ao se projetar um sistema logístico, um equilíbrio delicado precisa ser
mantido entre o custo do transporte e a qualidade do serviço. Em algumas
circunstâncias, um transporte de baixo custo e lento é satisfatório. Em outras
situações, um serviço mais rápido pode ser essencial para alcançar os
objetivos operacionais. Encontrar e gerenciar a combinação de transporte
desejada dentro da cadeia de suprimentos é uma responsabilidade
fundamental da logística.
2.6.3 - Armazenamento, Manuseio de Materiais e Embalagem
Segundo Bowersox p.51, as três primeiras áreas funcionais da logística
são processamento de pedido, inventário e transporte, também podem ser
estruturadas em uma variedade de arranjos operacionais diferentes. Cada
arranjo tem o potencial de contribuir para um nível específico de serviço ao
consumidor, com um custo total associado. Em essência, essas funções se
combinam para criar uma solução sistêmica para a logística integrada. A
quarta funcionalidade da logística - armazenamento, manuseio de materiais e
embalagem – também representa parte integrante de uma solução de logística
operacional. No entanto, essas funções não possuem o status independente
daquelas anteriormente analisadas.
O armazenamento, o manuseio de materiais e a embalagem são
partes integrantes de outras áreas da logística. Por exemplo, o inventário,
geralmente, precisa ser armazenado em tempos específicos, durante o
30
processo logístico. Veículos de transporte exigem manuseio de materiais para
um carregamento e descarregamento eficientes. Finalmente, os produtos
individuais são mais eficientemente manuseados, quando embalados juntos
em caixas de papelão, ou outras unidades de carregamento. Quando se
necessita de instalações de distribuição no sistema logístico, uma empresa
pode escolher entre os serviços de um especialista em armazenamento, ou
operar ela mesma sua própria instalação. A decisão é mais ampla do que
simplesmente selecionar uma instalação para estocar inventário, já que muitas
atividades que agregam valor podem ser desempenhadas enquanto os
produtos são armazenados. Exemplos dessas atividades é sortimento,
seqüenciamento, seleção de pedidos, consolidação de transportes e, em
alguns casos, alteração e montagem de produtos.
Dentro do armazém, o manuseio de materiais é uma atividade
importante. Os produtos devem ser recebidos, movimentados, estocados,
classificados e montados, a fim de satisfazer as exigências do cliente. A mão-
de-obra e o capital diretamente investidos em equipamentos de manuseio de
materiais são elementos significativos do custo logístico total. Quando
desempenhado de forma inferior, o manuseio de materiais pode resultar em
danos substanciais nos produtos. De forma racional, pode-se dizer que quanto
menos o produto é manuseado, menor é o potencial para produtos
danificados, e a eficiência total do local de armazenamento aumenta. Há uma
variedade de mecanismos e ferramentas mecanizados e automatizados para
dar assistência ao manuseio de materiais. Na verdade, cada armazém e sua
capacidade de manuseio de materiais representam um mini sistema dentro do
processo logístico total.
Para facilitar a eficiência do manuseio, os produtos, na forma de latas,
garrafas ou caixas, são normalmente combinados em uma unidade maior.
Essa unidade maior, comumente chamada cartolina máster, oferece dois
atributos importantes. Primeiro, serve para proteger o produto durante o
31
processo logístico. Segundo, a cartolina máster propicia um manuseio simples,
ao criar uma embalagem grande, em vez de uma enorme quantidade de
produtos pequenos e individuais.
Para um manuseio e um transporte eficientes, a cartolina máster é
geralmente usada em unidades de carga maiores. As unidades mais comuns,
na utilização de cartolina máster, são estrados de rodagem (palpites), slip
sheets e vários tipos de contêineres. Quando efetivamente integrados nas
operações logísticas de uma empresa, o armazenamento, o manuseio de
materiais e a embalagem facilitam a velocidade e a tranqüilidade do fluxo total
do produto dentro do sistema logístico. De fato, muitas empresas
desenvolveram mecanismos para movimentar sortimentos amplos de produtos,
das fábricas de produção diretamente para as lojas de varejo, sem manuseio
intermediário.
2.6.4 - Rede de Instalações
Segundo Bowersox p.52 a economia clássica negligenciou a
importância da localização da instalação e o projeto total de rede para
operações comerciais eficientes. Quando os economistas discutiam,
originalmente, as relações de oferta e demanda, os diferenciais de custo de
transporte e localização da instalação eram entendidos como não existentes,
ou iguais, entre os competidores.
O projeto de rede estrutural preocupa-se em determinar o número e a
localização de todos os tipos de instalações necessários para o desempenho
do trabalho logístico. É também necessário determinar qual inventário e quanto
estocar em cada instalação, assim como as alocações aos clientes. A rede de
instalações cria a estrutura em que as operações logísticas são
32
desempenhadas. Assim, a rede integra as capacidades de informação e
transporte. As tarefas específicas de trabalho relativas ao processamento de
pedidos dos clientes, armazenamento de inventário e de materiais são todas
executadas dentro da rede de instalações.
O projeto de rede de instalações exige uma análise cuidadosa da
variação geográfica. O fato de que existe uma grande diferença entre
mercados geográficos é fácil de ilustrar. Os 50 maiores mercados
metropolitanos dos
EUA, quanto à população, são responsáveis pela maioria das vendas a varejo.
Assim, uma empresa que atua comercialmente em escala nacional, precisa
estabelecer uma rede logística capaz de servir os mercados principais. Uma
disparidade geográfica semelhante existe em típicos locais fornecedores de
materiais e de peças de componentes. Quando uma empresa está envolvida
numa logística globalizada, questões relacionadas ao projeto de rede se
tornam progressivamente mais complexas.
A importância de modificar continuamente a rede de instalações, para
acomodar mudanças na demanda e nas infra-estruturas da oferta, não pode
ser enfatizada demasiadamente. Sortimentos de produto, clientes,
fornecedores e exigências de produção estão constantemente mudando, em
um ambiente competitivo e dinâmico. A seleção de uma rede com localização
superior pode representar um passo significativo para se alcançar uma
vantagem competitiva.
Nas operações comerciais, entretanto, o número, o tamanho e o
relacionamento geográfico das instalações usadas no desempenho das
operações logísticas afetam diretamente as capacidades e o custo do serviço
aos clientes. A rede estrutural do projeto é uma responsabilidade fundamental
da gestão logística, já que a estrutura da instalação de uma empresa é usada
33
para embarcar produtos e materiais aos clientes. As instalações comuns da
logística são plantas de fabricação, armazéns, operações de cross-dock e lojas
de varejo.
Cross-dock é um processo de distribuição onde a
mercadoria recebida é redirecionada sem uma
armazenagem prévia, podendo ser feita em paletes
completo, misto ou pré-sortido.
34
CAPÍTULO Ill
BAG-IN-BOX
As embalagens têm por sua função primordial em conter, proteger e
transportar produtos industrializados dentro da cadeia de suprimentos. Por isso
tem o seu custo embutido na produção se tornado uma grande ferramenta
auxiliadora nas atividades de logística. Diante da Globalização e de um
ambiente extremamente competitivo as empresas vem cada vez mais
aplicando novas tecnologias em suas embalagens, afim, de agregar valor em
seus produtos e mostrar seus diferenciais, a seus clientes que se tornam mais
exigentes até mesmo pela diversidade de oferta encontrada.
Com a tecnologia das embalagens Bag-in-Box as empresas
conseguiram agregar valor em seus produtos e mostrar seus diferenciais, a
seus clientes dentro da cadeia de suprimentos e diversificar cada vez mais as
suas linhas de produtos acabados e semi-acabados. O primeiro comercial Bag-
in-Box foi inventado por William R. Scholle(em 1955) para a segurança do
transporte e distribuição de ácido de bateria. Embalagem Scholle ainda é o
líder mundial em Bag-in-Box, com fábricas espalhadas pelo mundo. No
entanto, atualmente, o Bag-in-Box vem crescendo em uma família muito mais
diversificada de produtos relacionados com os vários usos finais para uma
variada gama de produtos desenvolvidos pelas fábricas.
3.1 - Definição de Bag-in-box
As embalagens Bag-in-box é um tipo de embalagem desenvolvida
para o armazenamento e transporte de líquidos e é utilizada para comercializar
bebidas, xaropes e bebidas e estratos. Podem ser usadas para
35
comercialização de vinhos, por exemplo, ou de xaropes de refrigerantes
associadas a máquinas do tipo post-mix. Trata-se de uma embalagem com
capacidade para de 1 a 5 litros na sua grande maioria, podendo ter
embalagens para maiores capacidades em proporções menores, elas são
elaborada em filme transparente multicamada (composta por nylon, EVOH e
polietileno) ou filme metalizado, que é acondicionada dentro de uma caixa,
normalmente de papelão, com objetivo de faciliar o transporte e logística. A
bolsa é fornecida ao para seu enchimento como um pré-feito saco vazio
(conforme anexo 4 e 6), em seguida, geralmente remove a torneira e enche o
saco até encher com a quantidade certa e em seguida é substituído por outro,
seguindo a linha do rolo de filme na produção os tornado pequenos tanques
acondicionados em suas caixas.
As bolsas estão disponíveis como individuais para semi-automáticas
ou em sacos de web (onde as bolsas têm perfurações entre cada uma), estes
são utilizados em sistemas automatizados de encher o saco, para serem
automaticamente preenchido ou depois dentro de uma programação de cada
elemento industrializado na linha de produção (conforme anexo 7). Agora há
uma tecnologia disponível chamado FSF (Form Fill Seal) e Scholle caminham
por onde o equipamento é fornecido para o depósito que fabrica os sacos em
linha de rolos de filme, então o FlexiTap é inserido em seguida, preenchida na
linha Scholle. Além dessas caracteristicas todas acima mencionadas as
embalagens de Bag-in-box tem a sua propriedade de interação, com leiautes
de restaurantes e lanchonetes, frequentemente bem compactos. Outra, mais
diretamente relacionada com a definição de Bag in Box é conforme a empresa
Klabin, diz que:
A embalagem Bag in Box é um conceito inovador, que
traz um sistema em papelão ondulado com uma bolsa
plástica interna. É resistente a impactos, ao manuseio, a
baixas temperaturas e à umidade. Tem em sua
36
funcionalidade uma embalageme é conômica, Pratica e
leve para transportar, com capacidade maior de volume
em menor espaço, ela tem em seu diferncial a
capacidade de manter a bebida gelada por mais tempo e
concervar as propriedades da bebida por um periodo
muito mais longo que as demais embalagens existentes
na cadeia de suplimentos, sendo ainda um material
ecológicamente correto, pela seu facil descarte,
higiênização e reciclagem.
3.2 Pincipal caracteristica e vantagem
Sua pricipal caracterítica, é de em mantér o sabor do produto mesmo
após aberto, por um periodo não inferior a trinta dias, sem deixa-lo de perder
suas propriedades nutritivas desde o início do envaseamento até o termino do
produto na embalagem e no caso das bebidas, por exemplo o vinho:
Segundo a emprsa Klabin a principal vantagem do BAG-IN-BOX em
relação ao vinho, é que ele impede a oxidação do produto durante a
dispensação. Após a abertura, o vinho em uma garrafa, é oxidado pelo ar na
garrafa, que deslocou o vinho derramado e tem que ser consulmido, em até
treis dias corridos, porque após este praso o produto começa perde as suas
propiedaes iniciais, tornando o produto indesejavel para o consumo pela sua
oxidação. Já o vinho em um saco não é tocado por via aérea e, portanto, não
sujeito à oxidação até ser dispensado. O vinho dentro de uma embalagem
Bag-in-Box não está sujeito a contaminar a cortiça ou deterioração, conforme
nas outras embalagens, devido ao ritmo lento de acordo com o seu consumo
após a abertura e a tecnologia empregada.
37
A embalagem tende a conquistar Cada vez mais o mercado dentro da
cadeia de suplimentos, com o seu diferencial de embalagens especifica para
cada tipo de produto em diferentes seguimentos. O sistema Bag in Box
dispensa processos de higienização tradicinaonal ultilizados por outras
embalagens, diminuindo o lead time (tempo de recebimento e inspeção) no
processo de industrialização, tornando assim uma embalagem mais patica com
a minimização dos custos em determinados produtos acabados e
maximinização dos lucros na cadeia de suplimentos, demandando o poder as
indústrias, em ofertar produtos acabados em menor custo dentro da cadeia de
suprimento, podendo ainda ser utilizado para substâncias líquidas e pastosas
como sucos, vinhos, mostarda e iogurte, além de tinta à base de água e óleo
lubrificante, estando disponível em diferentes versões e diferentes litragens.
3.3 - Desvantagem
Para produtos de baixo valor comercial, as embalagens de Bag in Box
se tornam desvantajosa, por causa do custo elevado para os tais produtos, em
que irá elevar o custo total do produto e os tornalos um produto fora das
realidades de mercado.
Outra desvantagem é que os custos para implatação da tecnologia Bag
in Box ainda são muito altos para as empresas, tornando os produtos
acabados mais caros do que o previsivel pelas empresas. Apesar desse fator,
a solução do problema vem menimizando com o passar do tempo, pois a
alguns tempo atraz a tecnologia em questão era muito mais cara e vem se
cada vez mais se diminuindo ao longo do tempo, à maneira que as empresas
vem aderindo a esse tipo de tecnologia em embalagens em suas linhas de
38
produção e com facilidade de divulgar o marketing e apublicidade de suas
marcas em torno das embalagens de Bag in Box.
3.4 - Bag in Box como Tendência do mercado
Nos casos das empresas que já aderiram a utilização da embalagem
em questão, como forma de tecnologia inovadora nos seus negócios, cada vez
mais conceguem adquirir uma fatia maior do mercado nacional tanto quanto
do internacional também, dentro da globalização que envolve os dois tipos de
mercados favoráveis ao projeto logístico de embalagens Bag in Box.
A projeção para os proximos anos é que novas empresas aderem a
essa tecnologia em embalagens, não só por se adequar tão bem dentro de um
projeto logistico como também se destaca em relação ao marketing, leiautes de
restaurantes e lanchonetes em que a embalagem de Bag-in-Box favorece em
relação as outras embalagens, tornado assim uma ferramenta também do
marketing, para divulgar a marca da empresa comercializadora do produto.
3.4.1– Bag-in-Box visando o consumidor final
Dentro da cadeia de suprimentos o Bag-in-Box e as demais
embalagens se destacam em questões de marketing, serviço e satisfação ao
cliente entre outros:
Segundo a Brasil Pack Trends (2000, p. 257) “a embalagem é o
gigante da propaganda atual e a menos entendida”. A embalagem é o maior
veículo de propaganda. A mensagem que se encontra na embalagem em geral
39
alcança muito mais pessoas do que o produto possa pagar por meio de
qualquer outro meio de propaganda. E o principal, é gratuito, pois a empresa já
paga para conter e proteger o produto. (ibid, p. 257) Como o mercado é
abrangido quase em sua totalidade pela a embalagem, a marca e os apelos de
venda repetem-se por milhões de vezes nos pontos de vendas ou em qualquer
lugar onde o consumidor está em contato com a mensagem da embalagem. O
número de consumidores potenciais que estão em contato com a embalagem
pode ser maior do que os que estão em contato com os anúncios desses
produtos. (BRASIL PACK TRENDS, 2000, p. 252)
Segundo a Brasil Pack Trends (2000, p. 257) “uma embalagem
eficiente, que funciona também como um anúncio, pode, assim proporcionar
maior impacto promocional do que os esforços convencionais de propaganda”.
A embalagem elimina o tempo entre a recepção da mensagem da propaganda
nos veículos promocionais até a chance de encontrar o produto e comprá-lo,
pois permite que isto seja realizado no mesmo instante. (ibid, p. 257)
Para Cobra (1997, p. 220) “É necessário que a embalagem transmita
todas as informações que possam interessar ao consumidor, dizendo tudo o
que deve ser dito”. E complementa com a afirmação de que “é necessário
ainda que ela seja mais persuasiva que as da concorrência, e se possível, que
mostre o produto por meio de dispositivos transparentes”. Sendo assim, é
preciso que a embalagem tenha um grande poder de expressão e corresponda
a mensagem publicitária.
“Da mesma forma que uma boa embalagem ajuda a vender um
produto, a má prejudica e faz perder vendas.” (MESTRINER, apud, REVISTA
PACK 2000, p. 26). Sabe-se que a embalagem, sem um produto de qualidade,
preço adequado, propaganda e promoções de vendas apropriadas e um
eficiente plano de marketing será de poço valor. Porém, estes fatores sem uma
40
boa embalagem, certamente não renderão o máximo em suas funções, ou
melhor, serão todos prejudicados. São conhecidos muitos casos onde a
embalagem, individualmente, teve influência direta no resultado das vendas
(positivo e negativo).
Supondo-se que uma boa embalagem é aquela que favorece a venda,
o design da embalagem é a chave para o êxito nas funções de vendas e
comunicação. Kotler (2000, p. 313) afirma que “o design oferece uma maneira
consistente de diferenciar e posicionar os produtos e os serviços de uma
empresa” e ainda complementa com a seguinte afirmação: “o design é o
conjunto de características que afetam a aparência e o funcionamento do
produto em termos das exigências do cliente”. Com isso, Alessandra Silveira
em seu artigo publicado no site www.topdeembalagem.com.br expressa que
“Levando-se em consideração que, para o consumidor, produto e embalagem
são uma única peça e que está última será o primeiro contato com este
consumidor no ponto de venda, o design da embalagem ganha certa
importância.”
Alessandra Silveira, apud Fábio Mestriner - presidente da Abre, cita
alguns fatores para o investimento no design de embalagem e não em outras
mídias, são eles:
a) A embalagem é a mais poderosa ferramenta de marketing para os produtos
de consumo;
b) O investimento em design de embalagem é baixo se comparado com
promoção e propaganda;
c) A embalagem é a única mensagem que certamente estará presente no
momento do encontro entre o consumidor, e seu contato com ele é
prolongado;
d) É o canal direto de comunicação da empresa com o consumidor;
41
e) O consumidor faz a imagem do produto/empresa através da embalagem;
f) Mais de 90% dos produtos no ponto de venda não têm apoio de propaganda
para venda.
Segundo Blessa (2001, p. 34) para definir e criar uma boa embalagem
é necessário aprender muito sobre os hábitos de compra e estudar fatores, tais
como: tempo dedicado a cada compra; tempo que o consumidor dedica a
decisão de compra; de que forma o consumidor planejou suas compras;
quantas embalagens ele pode perceber em um lance de olhos; efeito das
diferentes formas, cores, letras e fotografias; preferência pelos diferentes
materiais; preferência pelas características dos produtos.
Com todos estes elementos em mente, os profissionais de marketing e
design devem estar também familiarizados com a tecnologia do produto e as
necessidades de proteção do mesmo. Blessa (2001, p. 35) ainda cita alguns
fatores importantes que os profissionais de marketing, design e merchandising
precisam analisar. São eles:
a) O produto ou marca é identificado prontamente de longe? (visualização
rápida a 4 m de distância)
b) A embalagem caracteriza claramente a natureza do produto? (seu
uso/finalidade)
c) Rapidamente entende-se o que o produto faz? (clareza de
apresentação/mensagem)
d) A embalagem atrai seu olhar? Chama a atenção entre os concorrentes nas
prateleiras?
e) Se o produto for montável, elétrico, mecânico ou eletrônico, tem
especificações suficientes para uma rápida decisão de compra?
f) Tem instruções rápidas de uso atrás ou nas laterais?
g) Várias embalagens juntas formam figuras maiores?
42
Formam um bom conjunto ou confundem o visual?
h) A embalagem tem tamanho apropriado para as gôndolas ou displays de
vários tipos de loja?
i) Foi testada na fábrica para proteger o produto e manter sua qualidade?
j) Está legalmente aprovada? (selos, chancelas do governo, atestados de
qualidade)
k) Seu material é resistente o seu uso e contato? (plastificação, resistência do
papelão)
l) Está registrada? (marca e design)
Segundo a Brasil Pack Trends (2000, p. 258) no local crítico da
decisão de compra que é o ponto de venda, a embalagem desempenha papéis
insubstituíveis por qualquer outro meio. São eles:
a) Atrair os olhos dos consumidores para o produto, quando ele está diante
das prateleiras (isto deve ser realizado, em média, em 1/5 de segundo).
b) Emite a mensagem “compre-me”, criando o desejo do produto.
c) Influi, no instante decisivo, na seleção de produtos igualmente aceitáveis.
d) Estimula a compra por impulso e serve como lembrete para o consumidor.
Para muitos produtos a embalagem é o seu símbolo lutando por
atenção na prateleira da loja e no armário de casa. Aprimoramentos na
conveniência de uso, aparência, possibilidade de reaproveitamento, volume,
peso, portabilidade, características de novos materiais são novidades que
promovem a modificação da embalagem de forma a adequá-la ao
processamento moderno, reciclagem de lixo e estilo de vida. A forma e a
função da embalagem podem ser quase tão importantes quanto seu conteúdo.
A embalagem faz a propaganda. Dessa maneira, elas devem enviar uma
mensagem clara, facilmente reprodutível na mídia visual.
43
Segundo Mestriner (2002, p.18) “é importante frisar que apenas uma
pequena parcela (menos de 10%) dos produtos expostos em supermercados
tem apoio de propaganda”. Daí a importância da embalagem no mercado
consumidor. Os potenciais de marketing e venda das embalagens deverão ser
melhores explorados. No ambiente das lojas de autoserviço, a embalagem tem
um impacto forte na decisão de compra. Segundo Blessa (2001, p. 36) “a
embalagem tem a mágica função de dar um psiu ao consumidor”. Blessa ainda
afirma que a cor é o primeiro fator que atinge o olhar e que os primeiros
cuidados devem dirigir-se para ela devido ao seu grande poder sugestivo e
persuasivo.
No Brasil, os consumidores apresentam um dos mais altos índices do
mundo de decisão de compra e marca nas lojas e hipermercados, em torno
de73%, e a embalagem assume um papel importantíssimo, como revela a
Brasil
Pack Trends (2000, p. 74 apud pesquisa realizada pela POPAI - Point of
Purchase Advertising Institute).
O consumidor brasileiro gasta em média 12% a mais do que planeja
em sua ida ao supermercado e hipermercado. Este cenário de consumo
favorece a compra por impulso, o apelo ao consumidor e sua conquista pela
embalagem. Entre os milhares de itens apresentados aos consumidores em
uma loja de auto-serviço, muitos passam despercebidos ou são ofuscados
frente aos concorrentes se a embalagem não se comunicar com o consumidor.
Para Blessa (2001, p. 36) não a dúvida de que a arrumação e colocação das
embalagens nas gôndolas de um supermercado ou em uma vitrine têm
importante função, como o design e os detalhes gráficos, ambos, mostrando
clareza e legibilidade nas inscrições, permite maior aproximação do
consumidor.
44
Segundo a Brasil Pack Trends (2000, p. 75) comparada a outros meios
de comunicação, a embalagem permite um contato direto com o consumidor.
Um contato físico e tátil, além de sensorial e intelectual. Por meio deste contato
reforça a imagem da marca e da empresa e valoriza as características do
produto.
3.4.2 – A primeira missão da embalagem é atrair
Para vender no supermercado ou em lojas de conveniência a
embalagem, antes de qualquer coisa, deve atrair a atenção do consumidor /
comprador. Devido a isso, a aparência é muito importante. A aparência agrupa
todos os aspectos visuais da embalagem, isso inclui forma, características
especiais, cor, ilustrações, texto, marca, logotipo e todas as outras
características do grafismo. (BRASIL PACK TRENDS, 2000, p. 255) A
aparência da embalagem reflete a atitude da empresa para com os seus
produtos.
A aparência provoca a primeira impressão e a mais forte sobre o
observador. Se a embalagem não transmitir qualidade, independentemente da
qualidade real do produto, se ela não for atraente e não for bem desenhada,
provocará o sentimento de dúvida e incerteza sobre o produto no consumidor.
(ibid, p. 255)
Durante o processo de compra a atenção do consumidor em um objeto se fixa
em torno de 2 a 10 segundos e o tempo de decisão de compra em frente a
gôndola não passa em média de 5 segundos. Sendo que a busca do produto
certo pelas prateleiras não levará mais de 15 segundos. Nesse tempo, outro
45
produto com uma embalagem melhor pode chamar a atenção do consumidor
que poderá efetuar a compra desse produto. (Blessa, 2001, p. 30) A percepção
visual do consumidor é o que determina a compra, conforme descrito abaixo
da avaliação dos sentidos humanos: (Fonte: Veronis, Shler & Assoc. apud
Blessa, 2001, p.30)
• Pelo Paladar--- 1,00%
• Pelo tato---------- 1,5%
• Pelo Olfato------- 3,5%
• Pela Audição- 11,0%
• Pela visão----- 83,0%
“Percepção visual Blessa (2001, p. 27) é o alicerce de qualquer esforço de
marketing para posicionar uma marca e é um conceito chave na teoria
psicológica e na prática do marketing”. “O poder de atração e o fascínio que a
embalagem exerce atuam diretamente na sensibilidade humana, atingindo a
parte motivacional, levando o indivíduo a reagir, realizando um desejo
despertado impulsivamente por meio da compra” (ibid, p. 34). O produto não é
identificado no mercado somente por marcas, a embalagem também é um
meio discriminatório por sua cor, forma e texto. Pode sugerir o nível de
qualidade de seu conteúdo. (op. cit., p. 34) Blessa (2001, p. 35) afirma que “a
percepção da embalagem é uma força excitante que pode impelir o
consumidor à aquisição do produto embalado”.
Segundo artigo da Revista Exame (2005, p. 86) “a embalagem deixa
de ser parte para ser o produto”. “Uma embalagem inovadora ajuda na
conquista,dos disputadíssimos espaços nos pontos-de-venda” Ainda segundo
o artigo da,Revista Exame, “a embalagem, em fração de segundos, tem que
46
chamar a,atenção, estabelecer uma empatia com o consumidor e, finalmente,
fazer a,mercadoria pular para o carrinho”.
3.4.3 – A embalagem na prateleira
Segundo Brasil Pack Trends (2000, p. 255) após ter dominado a
atenção do consumidor, a embalagem deve apresentar o produto de sua
melhor forma. Deve enfatizar as melhores características do produto. “A
embalagem deve convencer o consumidor de que este produto específico foi
feito especialmente para ele, e que irá satisfazer suas necessidades especiais”
(ibid, p. 255). O apelo deve ser feito ao seu mercado denominado alvo. “A
embalagem deve reforçar os sentimentos positivos do consumidor sobre o
produto.” (op. cit., p. 255) “A embalagem deve ajudar a formar o palco para
vender o produto, apelando para as emoções”. (BRASIL PACK TRENDS,
2000, p. 255). Ainda segundo a Brasil Pack Trends, pesquisas comprovam que
70% de todas as compras feitas no supermercado são compras resultantes de
decisões tomadas na loja. Mais de 50% das compras são realizadas por
impulso.
Segundo Blessa (2001, p. 77) 40 % dos consumidores brasileiros
nunca fazem lista de compras e resolvem suas compras na hora. E ainda
complementa que para os outros 47% que fazem lista de compras nota-se
apenas uma média de 12 itens planejados. O editorial “Point of Sale and the
Product” (apud BRASIL PACK TRENDS, 2000, p. 256), afirma:
Tudo tem êxito ou fracasso no local da venda. Todo o
tempo, talento e dinheiro investidos, em planejamento,
pesquisas, matérias-primas, processos e distribuição
chegam a um posto crítico quando os artigos são
47
oferecidos ao consumidor. É por isso que a aparência tem
uma tremenda importância. Os problemas de marketing
são incompreensíveis. O público compra nem sempre o
que necessita, mas o que deseja. Uma boa embalagem
tem efeito sobre os sentidos. A arte do marketing inclui
muitos elementos, mas a apresentação visual do produto
e a utilidade e beleza da embalagem constituem um
poderoso impulsionador das vendas. Os especialistas
estão lutando para atrair a atenção do consumidor, como
lograr a ação no tempo e no lugar, nos quais se obtêm os
lucros ou as perdas.
Os especialistas de embalagem já compreenderam a relação entre a
embalagem e a venda por auto-serviço. Por meio de um estudo da Dupont que
pesquisou como e por que as pessoas compram, menciona-se o porquê do
êxito das vendas de auto-serviço e quais necessidades as embalagens devem
satisfazer para que o varejista lhe conceda um espaço nas prateleiras:
(BRASIL PACK TRENDS, 2000, p. 256)
a) A embalagem deve ter uma aparência tal que leve logo a compra.
b) A embalagem deve ser desenhada de tal forma que mereça um lugar de
preferência para a sua exibição.
c) A embalagem deve reduzir ao mínimo o tempo necessário para sua venda.
d) A embalagem deve ser fácil de armazenar e exibir.
e) A embalagem deve prevenir a deterioração de seu conteúdo, durante o
período de venda.
f) A embalagem deve resistir à manchas e abrasões.
g) A embalagem deve impedir o roubo do produto.
48
Não se pode esquecer também de outros itens citados anteriormente
como: a arrumação das embalagens nas gôndolas, o design, as cores e os
detalhes gráficos. Estes também farão um show à parte nas prateleiras e
permitirão uma maior proximidade com o consumidor.
Segundo a Brasil Pack Trends (2000, p. 256) “a embalagem tem que
se comunicar em 4 segundos e se falhar nesta função, dificilmente sairá da
prateleira”. A embalagem deve passar clara e rapidamente todas as
informações necessárias sobre o produto, satisfazendo assim as necessidades
e desejos do consumidor, convencendo-o a levar o produto ao invés das
demais marcas concorrentes. “Para cumprir isto completa e efetivamente a
embalagem deve identificar o produto, informar o consumidor potencial sobre
as características importantes e motiva-lo a comprar”. (ibid, p. 256)
Blessa (2001, p. 27) afirma que o consumidor utiliza-se de pistas como
marca, preço, peça promocional, ingredientes, componentes do produto e
embalagem para inferir a qualidade. Mestriner (2002, p. 19) também concorda
quando afirma que “a embalagem precisa transmitir a informação básica para a
compreensão do que está sendo oferecido”. A comunicação da embalagem
deve ser realizada com o mínimo de esforço do consumidor, exigindo uma
clareza, simplicidade, brevidade e um design com arranjo apropriado dos seus
elementos. O rótulo da embalagem deve ser preciso e legível. A embalagem
deve permitir uma instantânea e completa identificação em qualquer lugar que
esteja. (BRASIL PACK TRENDS, 2000, p. 256)
A identidade do produto é o fato mais importante que se tem a
comunicar. Mesmo após se ter estabelecido o poder e lealdade da marca, as
pessoas tendem a comprar produtos e não marcas. Elas desejam comprar
milhos, perfumes, biscoitos, xampu ou qualquer outro produto. Uma
identificação fácil no ponto-de-venda torna a mercadoria mais atrativa e as
49
pessoas passam a ser atraídas por uma marca sobre outra que não tem seu
conteúdo claramente identificado. (ibid, p. 257)
3.4.4 – A embalagem bem projetada criar desejo
Os profissionais responsáveis pela criação de uma embalagem devem
no momento de sua criação projetá-la de forma a criar um real desejo no
consumidor potencial de comprar o produto. (BRASIL PACK TRENDS, 2000,
p. 257). Atualmente, o mundo está na era da produção e distribuição em
massa, e junto com todos os benefícios destes modernos métodos vem
também a semelhança dos produtos.
As empresas estão usando também de métodos similares de pesquisa,
máquinas, materiais e fórmulas tornando inevitável à similaridade dos produtos
com os produtos concorrentes. (ibid, p. 257) “É um fato conhecido que quanto
mais parecido um produto for do outro, menos razão se terá para preferir uma
marca em relação a qualquer outra” (op. cit., p. 257). Sendo assim a
embalagem deve criar um diferencial onde pouco se tem a diferenciar. Deve
enfatizar o que de pouca variação existe. Para Blessa (2001, p. 36) “o mais
importante da embalagem é o apelo motivacional, pois não se vende uma
mercadoria, vende-se uma idéia, isto é, uma maneira de satisfazer a um
desejo, de preencher uma necessidade”.
Segundo F. A. Paine (apud Cobra, 1997, p. 218) “a concorrência
determinou que a embalagem deve persuadir por si mesma. Vender o que
protege tanto quanto proteger o que se vende”. Assim se sabe que o teste final
50
da embalagem é efetuar a compra. O consumidor toma a decisão de comprar
ou rejeitar o produto. Em um artigo publicado no site www.furg.br o autor afirma
que a embalagem “fala” e que no ponto-de-venda substitui o vendedor.
“Enquanto os vendedores trabalham com o argumento, a palavra, a
embalagem tem que jogar com o seu visual”. A embalagem deve vencer a
última barreira do comprador no local de venda e fechar a venda. Uma
embalagem devidamente planejada fará o produto parecer melhor do que os
produtos de todas as outras embalagens concorrentes. (BRASIL PACK
TRENDS, 2000, p. 257). A embalagem é o final e o único vendedor da
empresa, no momento crítico de decisão. Ela deve ter o extra, que resulta em
venda. Independentemente do cuidado com que ela tenha sido concebida, se
não conquistar a venda inicial, terá falhado em sua missão primordial. (ibid, p.
257)
A Revista Pack (2005, p. 10) também afirma “considerada um
vendedor silencioso, a embalagem gera sensações e novas experiências ao
consumidor no momento da escolha do produto no ponto-de-venda”.
3.5 – A Embalagem Bag-in-Box dentro do Projeto
Logístico
Dentro de um projeto logístico Bag-in-Box se destaca como uma
embalagem eficiente no manuzeio, devido a sua cofiguração padronizada
dentro das quantidades de pedidos e adequando aos formatos padrões dos
palhetis, tornado assim uma ferrramente efeciênte nas atividades de logítica.
51
Segundo bowersox (2006, p.338), a embalagem e sua eficiência no
Manuseio de Materiais, reflete como causa de impacto na produtividade e na
eficiência das atividades logísticas. Todas as operações de logística são
afetadas pela utilidade da embalagem – o carregamento dos caminhões, a
produtividade nas separações nos armazéns, o transporte e a utilização cúbica
no armazenamento.
A eficiência no manuseio de materiais em todos esses casos é
bastante influenciada pelo projeto de embalagem, sua unitização e suas
características de comunicação. Ainda segundo bowersox(2006, p.338 e 339),
o projeto de embalagem dos produtos em configurações padronizadas e as
quantidades de pedidos facilitam a eficiência nas atividades logísticas. Por
exemplo, a utilização cúbica pode ser melhorada com a redução do tamanho
da embalagem pela concentração de produtos, tais como suco de laranja ou
amaciante de roupas; pela eliminação do ar no interior das embalagens; e pelo
embarque de itens desmontados, encaixados, com um mínimo de
amortecedores de choque.
3.6 – Bag-in-Box na utilização cúbica
Algumas empresas usam uma estratégia de utilização cúbica mínima
que permite competir, com sucesso, no mercado norte-americano. Alguns
especialistas acreditam que a melhora na utilização cúbica é a grande
oportunidade em termos de embalagens; eles prevêem que, em linhas gerais,
a diminuição da utilização cúbica das embalagens pode chegar a 50%, o que
significaria duplicar a eficiência do transporte. Além da diminuição nos custos
de transporte, essa prática reduz os valores aduaneiros, uma vez que é adiada
a agregação de valor até que o produto seja finalmente montado e vendido em
outro país.
52
A minimização da utilização cúbica é mais importante para produtos
leves, que atingem a capacidade cúbica de um veículo de transporte antes de
atingir seus limites de peso. Por outro lado, produtos extremamente pesados,
como garrafas de vidro com líquido, atingem a capacidade de peso de um
veículo de transporte antes que seu espaço cúbico seja preenchido. Quando
um veículo ou contêiner tem sua capacidade de peso atingida, a empresa
acaba transportando ar nos espaços onde não consegue preencher com
produtos, o que reduz a eficácia do transporte. O peso total pode, às vezes,
ser reduzido por meio de mudanças nos produtos ou nas embalagens para
minimizar custos.
No caso do Bag-in-Box, por exemplo, podemos substituir as
embalagens de garrafas de vidro por Bag-in-Box, aumentando de forma
significativa o número produto a serem transportados e conseqüentemente
Maxminizando os lucros. Devido à projeção da embalagem em menor peso,
em melhor espaço cúbico e por ser uma embalagem introduzida em uma caixa
de papelão quadrada ou retangular, dependendo da projeção para o produto a
ser transportado, se adequando assim as operações logísticas dentro da
cadeia de suprimentos.
3.7 – Bag-in-Box no processo de Unitização
Por ser uma embalagem facilitadora nos processos logísticos, a Bag-
in- Box também se destaca nas operações de Unitização, conforme descrito no
decorre dos próximos parágrafos, dentro dos processos de Unitização.
53
Segundo bowersox (2006, p.339) - Unitização é o processo de
agrupamento de embalagens secundárias em uma unidade física para
manuseio ou transporte de materiais. A maneira mais fácil de ilustrar o
conceito é a forma de conteinerização, que pode ser definida ainda segundo
bowersox, como incluir todas as formas de unitização, desde o uso de fita
adesiva para juntar duas embalagens secundárias até o uso de equipamento
de transporte especializado. Todos os tipos de conteinerização têm como
objetivo básico o aumento da eficiência do manuseio e do transporte.
As cargas unitizadas oferecem vários benefícios para o manuseio
individual de embalagens secundárias. Primeiro, o tempo de descarga e o
congestionamento no destino são minimizados. Segundo, o manuseio de
materiais é facilitado pelo uso de cargas unitizadas de produtos. As cargas
unitizadas consomem aproximadamente um quinto do tempo exigido para
carga ou descarga manual.
A verificação de recebimento dos embarques também é simplificada
pelo aumento do recebimento das cargas unitizadas identificadas por código
de barras. O estoque pode ser rapidamente posicionado para separação de
pedidos. Por fim, os danos ocorridos em trânsito podem diminuir por meio do
embarque de cargas unitizadas ou pelo uso de equipamentos de transporte
especializados. Todos esses fatores reduzem o custo das atividades logísticas.
Segundo o Google os Códigos de barras são seqüências
alfanuméricas, em forma de barras verticais de diferentes
larguras, legíveis eletronicamente, colocadas pelo
computador nos itens, caixas, contêineres, paletes e até
mesmo em vagões ferroviários. A maioria dos
consumidores está consciente do Código Universal do
Produto (UPC - Universal Product Code) presente em
praticamente todos os produtos de consumo.
54
3.8 - Bag in Box no processo de conteinerização
Segundo Bag-in-Box (2006, p.339 e 340), o processo de
conteinerização pode ser de duas maneiras, Contêineres Rígidos ou
Contêineres flexíveis.
Os contêineres rígidos oferecem um aparato em que as embalagens
secundárias ou produtos soltos são unitizados. A premissa é a de que ao se
colocar a mercadoria dentro de um contêiner, ele vai tanto protegê-la como
facilitar o manuseio. As perspectivas de uma conteinerização doméstica
extensiva tem sido alvo de grande atenção desde o início dos anos 50. O
potencial para o aumento da produtividade pela conteinerização é óbvio.
Aproximadamente metade do custo total do transporte doméstico de
bens está vinculada ao carregamento de produtos em veículos, manuseio nas
docas e plataformas, embalagem e preenchimento de reclamações por perdas
ou danos, advindas de furtos ou das seguradoras. As companhias aéreas
usam contêineres rígidos tanto para vôos de carga quanto para as bagagens
de passageiros. Os contêineres, projetados para caberem na área de carga de
aviões, facilitam a carga e descarga, ao mesmo tempo em que reduzem os
danos e furtos de produtos.
3.9 - Benefícios do uso de contêineres rígidos
• Melhoria da eficiência geral da movimentação de materiais
• Redução de danos no manuseio e em trânsito
• Redução de furtos
55
• Redução das exigências de proteção da embalagem
• Maior proteção em relação a elementos ambientais
• Reaproveitamento em maior número de vezes de uma unidade de
embarque, reduzindo assim o desperdício e a necessidade de dispor do
contêiner.
Os contêineres flexíveis, não protegem os produtos completamente. A forma
mais comum de uso de contêiner não-rígido é o empilhamento de embalagens
secundárias em paletes ou folhas separadoras (slipsheet).. Uma folha de
separação, que tem o tamanho e a finalidade semelhantes ao do palete, é
geralmente feito de papelão ou de filme plástico. Como as folhas de separação
ficam em contato direto com o chão, são necessárias empilhadeiras especiais
para manusear cargas unitizadas dessa maneira.
A principal vantagem da folha de separação é o baixo custo, que é o
ideal o arranjo com o Bag-in-Box para baixar o custo e introduzir a embalagem
de custo elevedo para muitos produtos no mercado cosulmidor. As folhas de
separação ainda permitem o uso descartável e são pouco significativas em
peso e volume. Os contêineres flexíveis são normalmente usados para
fornecer a base para cargas unitizadas.
A maior parte das associações industriais recomenda o uso de paletes
ou folhas separadoras padronizadas como plataforma de cargas unitizadas. A
indústria de bebidas, por outro lado, têm o padrão de palete de 32 x 36
polegadas. Os tamanhos mais freqüentemente utilizados pelas indústrias são
os de 40 x 48, 32 x 40 e 32 x 36 polegadas. Uma prática comum é a de
primeiro identificar as dimensões de entradas mais freqüentes para os
equipamentos de manuseio. Geralmente, quanto maior for à plataforma, mais
econômico será o manuseio de materiais. Por exemplo, os paletes de 40 x 48
56
polegadas oferecem 768 polegadas quadradas a mais por camadas
empilhadas do que os de 32 x 36 polegadas.
Considerando que as embalagens secundárias podem ser empilhadas
em até 10 camadas, o total de espaço adicional unitizado por paletes de 40 x
48 polegadas será de 7.680 polegadas quadradas. Isso representa 60% a mais
de espaço em relação aos paletes de 32 x 36 polegadas. A determinação final
do tamanho deve ser considerada com base na carga, na compatibilidade com
os equipamentos de manuseio e no transporte utilizado no sistema logístico, e
na prática-padrão do setor. Com a utilização dos modernos equipamentos de
manuseio, há poucas restrições de limite de peso. Embora possa ser usada
uma variedade de versões diferentes para empilhar embalagens secundárias
em folhas de separação ou paletes, as mais comuns são bloco, tijolo
assentado, fileira e helicoidal.
O método de bloco é utilizado para embalagens com largura e
comprimento iguais. Quando as larguras e comprimentos são diferentes, são
empregados os padrões de tijolo assentado, fileira ou helicoidal. Com exceção
do método de bloco, as embalagens são organizadas na unidade de carga
numa forma interposta em fileiras, formando ângulos de 90 graus, umas em
relação às outras.
A estabilidade da carga é maior com essa interposição. O padrão de
bloco não oferece esse benefício. Embora ofereça um bom ponto de partida
quando os tamanhos das embalagens secundárias são limitados, a maioria
dos padrões de paletes é determinada usando-se programas de computador.
O uso de cargas unitizadas em contêineres não-rígidos pode aumentar o
potencial de danos, caso não sejam adequadamente contidas durante o
manuseio ou transporte. Na maioria das situações, a estabilidade das pilhas é
insuficiente para assegurar a carga unitizada. Métodos padronizados de
57
melhoria da estabilidade incluem a amarra com corda, aparadores laterais,
fitas de aço, fita adesiva e tratamento antiderrapante, adesivos separáveis e
empacotamento.
Esses métodos basicamente prendem as embalagens secundárias aos
paletes, conforme ilustração no anexo A e B, em que se dimensionam os
padrões básicos de empilhamento de embalagens secundárias em paletes. Os
métodos mais comuns de contenção de cargas unitizadas continuam sendo o
empacotamento térmico a vácuo, por encolhimento ou sucção. Ambos os
métodos usam filme plástico semelhante àqueles usados na cozinha, para
preservar alimentos.
3.10 - Comunicação
O papel mais óbvio da comunicação é a identificação do conteúdo da
embalagem para todos os membros do canal. Informações comuns incluem o
fabricante, o produto, o tipo de contêiner, a quantidade e o número do Código
de barras (UPC- Universal Product Code)*. A informação na embalagem serve
para identificar o produto no recebimento, na separação de pedidos e na
verificação do embarque.
Segundo a Automatic I.D. News, (1999, p. 28), os sistemas de auto-
identificação (ID), como o código de barras e a leitura óptica eletrônica, foram
desenvolvidos para facilitar a coleta e a troca de informações logísticas. As
aplicações comuns incluem acompanhar recebimentos em armazéns e as
vendas a varejo. Esses sistemas de ID exigem investimentos significativos de
capital por parte dos usuários, mas substituem necessariamente os antigos
processos de coleta e troca de informações baseados em papéis, que eram
58
mais suscetíveis a erros e consumiam mais tempo. De fato, a acirrada
competição local e internacional está levando os expedidores, transportadores,
armazéns, atacadistas e varejistas a desenvolverem e utilizarem capacitações
de Auto ID para competir no mercado atual.
O Auto ID permite que os membros da cadeia de suprimentos
acompanhem e comuniquem rapidamente os detalhes de movimentação com
uma baixa probabilidade de erro, assim é fácil que venha a tornar-se uma
exigência de serviço fundamental para o acompanhamento das cargas pelos
transportadores.
Outro componente-chave da tecnologia de Auto ID é o processo de
leitura óptica, que representa os olhos do sistema de código de barras. Um
scanner coleta opticamente os dados do código de barras e os converte em
informações. Existem dois tipos de scanner: um modelo que pode ser
empunhado livremente e outro que permanece em posição fixa. Cada um
deles utiliza uma tecnologia de contato ou de não-contato. Os scanners de
manuseio livre são leitores a laser (laserguns - não-contato) ou bastões (wands
- contato). Os scanners de posição fixa são scanners automáticos (não-
contato) ou leitores de cartão (card readers - contato).
As tecnologias de contato requerem que o equipamento de leitura
toque propriamente o código de barras. Uma tecnologia de contato reduz os
erros de leitura óptica, mas diminui a flexibilidade. A tecnologia de leitores a
laser é a mais popular tecnologia de leitura óptica atualmente em uso; os
bastões de movimento são a tecnologia mais amplamente instalada. A
tecnologia de leitura óptica possui duas aplicações principais na logística:
59
• A primeira é o Ponto de Vendas (Pôs -Point Ofsale) nas lojas de varejo.
Além de imprimir recibos de caixa para os consumidores, a aplicação
PÔS no varejo oferecem controle preciso de inventário na loja. O PÔS
permite acompanhar precisamente cada Unidade Mantida em Estoque
(SKU - Stock Keeping Unit) vendida e pode ser usado para facilitar a
reposição de inventário. Além de assegurar um reabastecimento preciso
e o fornecimento de dados para as pesquisa de marketing, o PÔS pode
prover mais benefícios estratégicos no tempo certo para todos os
membros do canal de distribuição.
• A segunda aplicação logística da leitura óptica é para manuseio e
acompanhamento de materiais. Através do uso de leitores a laser, os
funcionários que manuseiam os materiais podem acompanhar a
movimentação de produtos, a localização de estoques, os embarques e
os recebimentos. Embora tais informações pudessem ser
acompanhadas manualmente, isso consumiria muito tempo e estaria
sujeito a erros. A utilização mais ampla de leitores ópticos nas
aplicações logísticas irá aumentar a produtividade e reduzir os erros. A
demanda por tecnologia de leitura óptica mais rápida e menos errática
está levando as rápidas mudanças no mercado em termos de
aplicações e tecnologia.
A inda dentro das questões, que envolvem comunicação referente as
embalagens, tem o aspecto de visibilidade, que é o aspecto principal na
identificação de conteúdo, para que os responsáveis pelo manuseio de
materiais sejam capazes de visualizar a etiqueta a uma distância razoável, em
todas as direções. Exceção a embalagens de alta visibilidade são as
embalagens de produtos de alto valor, que normalmente possuem etiquetas
pequenas, para minimizar o potencial de roubo. Outra, mais diretamente
relacionada com a comunicação segundo Bowersox (2006, p.341)é que:
60
Sabendo que uma das funções mais importante na logística de
embalagens é a comunicação, ou transferência de informação. Essa função
tem se tornado cada vez mais imprescindível, possibilitando a identificação de
conteúdo, o rastreamento e as instruções de manuseio.
3.11 - Rastreamento.
É a facilitação do rastreamento de embalagens também é importante.
Operações internas efetivas e aumento do número de clientes exigem que o
produto seja rastreado à medida que ele é movimentado na cadeia de
suprimentos. Um controle adequado de toda a movimentação reduz a perda ou
o roubo de produtos. Esse rastreamento detalhado seria excessivamente caro
se fosse realizado manualmente.
Entretanto, a disponibilidade de scanners portáteis para leitura de
códigos de barras e a identificação por radiofreqiiência (RFID) permitem um
rastreamento detalhado.
O RFID usa um chip embutido na embalagem, no
contêiner ou no veículo de transporte, o que permite que
a unidade de carga e o conteúdo sejam identificados e
verificados ao passar por pontos de controle ao longo das
instalações de distribuição e portões de acesso. Os
equipamentos de scanner de baixo custo e o aumento da
padronização de códigos aumentaram a capacitação e a
eficiência dos rastreamentos.
61
CAPÍTULO IV
ESTUDOS DE CASOS SOBRE EMBALAGENS
Neste capítulo segue dois estudos de caso retirados do livro Design de
embalagem, do autor Fábio Mestriner, publicado em 2002, para ilustração do
trabalho desenvolvido.
4.1 - Casos I: Sucos Del Valle
A Sucos Del Valle é uma empresa mexicana famosa pela qualidade
dos sucos que produz. Ao chegar ao Brasil, percebeu que precisava de novas
embalagens, com um visual mais adequado ao mercado local e principalmente
que permitisse uma entrada forte no ponto-de-venda para anunciar o seu
ingresso.
O segmento no qual atua era novo, mas embora viesse crescendo a
um ritmo acelerado ainda não era muito conhecido pelos consumidores,
principalmente o produto Del Valle, que pertence à subcategoria néctar, pois é
feita com o suco e a polpa da fruta.
62
4.1.1 - Objetivos do Projeto:
Desenhar uma linha de embalagens com grande impacto visual que
chamasse a atenção para a presença de um novo participante na categoria. O
objetivo secundário era informar que se tratava de um produto diferente com
características próprias.
4.1.2 - Estudo de Campo:
O estudo de campo revelou que a categoria dos sucos prontos para
beber era na verdade uma subcategoria dos sucos em geral e sofria forte
influência do que já estava consolidado no mercado. A linguagem visual da
categoria é muito padronizada, utilizando as frutas como elemento
preponderante na comunicação e o fundo como coadjuvante inexpressivo.
4.1.3 - Estratégia de Design:
Para obter o máximo de impacto visual dentro dos recursos disponíveis
para impressão em lata de alumínio e embalagem cartonada (flexografia), a
estratégia adotada foi utilizar ilustrações hiper-realistas, exagerando os
detalhes para conseguir uma melhor reprodução final. O fundo vermelho
intenso contrastando com a ilustração foi adotado para romper com tudo o que
havia até então e firmar uma posição única e exclusiva para mostrar que havia
chegado algo diferente no mercado. Finalmente, o logotipo cortado para ser
composto pela função de duas embalagens permitia a apresentação do nome
em tamanho grande na gôndola, gerando um conjunto de enorme impacto
visual.
63
A principal preocupação com a versão light foi falar a linguagem visual
dos produtos sem perder a percepção de sabor que é o principal atributo dos
sucos Del Valle. Impressão com tinta branca sobre cartão metalizado para criar
uma área de luz que se contrapõe ao logotipo. Um efeito moderno para um
produto voltado a um público também moderno. A composição dos painéis
para criar um forte display foi outro detalhe pensado para a embalagem. O
mesmo padrão visual foi mantido na lata e na embalagem cartonada. A maior
dificuldade de produção nas duas versões foi fazer com que imagens e cores
fossem iguais, mesmo sendo impressas sobre materiais diferentes com
tecnologia e equipamentos diferentes. As embalagens do suco Del Valle light
receberam o prêmio brasileiro de embalagem 2001 promovido pela
Embanews.
4.1.4 - Resultados Obtidos:
Em primeiro lugar, as novas embalagens cumpriram o objetivo principal
de chamar a atenção para o produto e seu diferencial, provocando a
experimentação e conseqüente adoção por parte dos consumidores. Em
segundo lugar, serviram como uma base forte para a ação da marca no
mercado que via o produto através de embalagens fortes e chamativas. E,
finalmente, a marca conquistou a liderança com folga no segmento néctar, e
vem ampliando sua participação e a distância que a separa do segundo
colocado que por sinal é uma empresa multinacional e muito forte. Neste
projeto como em outros, a conquista da liderança foi alcançada sem apoio de
comunicação, tendo na embalagem a principal ferramenta de marketing
utilizada nessa conquista.
4.2 - Caso II: Ripax
64
São quatro competidores principais no mercado de papel cut size. A
Ripasa com sua marca Ripax ocupava a última colocação, bem atrás dos
outros participantes. Esta categoria de produtos tem preços muito similares,
pois o mercado considera o papel sulfite uma commodity sem diferencial
percebido de uma marca para outra. Além do mercado nacional, este produto é
exportado para o mundo todo, pois o Brasil é muito competitivo em qualidade e
custos de produção deste tipo de papel.
4.2.1 - Objetivo do projeto:
O objetivo do projeto era atualizar o design da embalagem do papel
Ripax que estava muito defasado visualmente em relação a seus concorrentes,
cujas embalagens eram mais atuais. A empresa também pretendia criar uma
nova base visual para as ações de marketing que pretendia executar, incluindo
a entrada nos supermercados.
4.2.2 - Estudo de Campo:
O estudo de campo foi realizado em papelarias e algumas lojas de
informática. Na visita às lojas, nas conversas com os vendedores e na análise
da concorrência, ficou evidente que a categoria como um todo apresentava
embalagens pouco eficientes na informação que transmitia aos consumidores,
e, principalmente, embalagens defasadas em relação ao que acontecia em
volta delas nas lojas.
65
4.2.3 - Estratégia de Design:
Um produto concorre dentro de uma categoria, a categoria tem história
e uma linguagem visual construída ao longo do tempo. Neste caso, descobre
se que a categoria substituiu o antigo papel almaço como material de
papelaria. Com a automação dos escritórios, evolui para material de escritório
e, depois, com a informatização das empresas e a criação da internet, virou
suprimento de informática. Esse foi o ponto central da estratégia, ou seja,
posicionar o Ripax como suprimento de informática, adotando para sua
embalagem a linguagem visual dos produtos de informática e da internet. Ao
mudar seu posicionamento para suprimento de informática, o papel Ripax se
colocaria na vanguarda de seu segmento.
4.2.4- Resultados Obtidos:
Em primeiro lugar, a nova embalagem entusiasmou a Ripasa, que
sentiu que tinha um produto forte para trabalhar no mercado. No bojo de uma
série de ações de marketing que tiveram como base o novo design, a empresa
aumentou em quase 10 pontos sua participação no mercado, saindo do quarto
lugar e entrando na disputa pela liderança do mercado de papel cut size. A
aceitação da nova embalagem no mercado internacional foi excelente, pois o
mesmo posicionamento de vanguarda alcançado aqui se repetiu lá fora onde
as embalagens desta categoria ainda se posicionavam como material de
escritório. O sucesso alcançado nesses mercados abriu a porta para novos
desdobramentos da marca para uma linha de produtos forte e competitiva
voltada para as necessidades dos consumidores. Com todas essas conquistas,
o papel Ripax recebeu o Top de Embalagem 2000 da ADVB pelos resultados
alcançados.
66
CONCLUSÃO
O mundo mudou e tem mudado muito ao longo dos anos. Com as
embalagens não seria diferente. A mesma, hoje, tem que ir além de suas
funções primárias de conter, proteger e transportar devido ao aumento da
venda de produtos na forma de auto-serviço. As embalagens e as indústrias
vêm evoluindo para acompanhar o mercado e as exigências dos
consumidores. Sendo assim a embalagem é uma forte ferramenta da logística
e uma estratégia de marketing para as empresas, que já perceberam que a
elaboração de um bom projeto de embalagem pode trazer vantagens
significativas para elas. A embalagem ajuda na construção da imagem e da
marca de um produto e tem como objetivo do marketing atuar como vendedor
mudo no ponto de venda. Devido ao crescimento da concorrência, as
empresas têm investido muito em suas embalagens, para chamar a atenção
dos consumidores finais com os lealts.
As embalagens têm uma grande influência na decisão do consumidor
no ponto-de-venda e é a propaganda do produto no ponto-de-venda, a mesma
pode atraí-lo como também afastá-lo, além de um design atrativo com um tanto
de apelo emocional, as embalagens pode ter funções promocionais para
conseguirem a desejada venda. A embalagem também é influenciada pelo
consumidor. As empresas analisam o que o consumidor espera de
determinada embalagem. Assim, as mesmas tentam se adaptar as exigências
do consumidor em itens como funcionalidade, conveniência, praticidade,
67
qualidade, quantidade, atratividade, proteção, informação e até mesmo meio
ambiente, contudo as embalagens atrativas, funcionais e que não agridem
tanto ao meio ambiente são bem vistas pelo consumidor final e pela sociedade.
As empresas grandes ou pequenas, que ficarem atentas ao bom
desenvolvimento da embalagem dos seus produtos, só têm a ganhar, pois a
mesma leva o produto ao sucesso, alavancando as vendas. A tecnologia
inovadora das embalagens de Bag-in-Box, atende a todas as perspectivas
acima mencionadas no mercado consumidor, e as superas, em questões
relevantes ao prazo de validade e as qualidades intrínsecas dos produtos.
Assim sendo mantendo suas propriedades, logo após a abertura da
embalagem e por ter a facilidade em abrir e fechar a própria por meio de uma
torneira ou tampa móvel, facilitando assim o manuseio da própria e do produto
dentro da gestão da cadeia de suprimento. Com todas essas questões
relevantes e alto desempenho logístico das embalagens de Bag-in-Box, ainda
sendo o mercado tem pouca tendência a esse tipo de embalagem, pela sua
deficiência em questões de divulgação e falta de investimentos das indústrias
comercializadoras de produtos que utiliza as embalagens Bag-in-Box nos dias
atuais. Podemos visualizar a solução para o problema e prever para os
próximos anos, a grande prosperidade desse tipo de embalagem devido o as
exigências dos consumidores pela qualidade nos produtos e por despertar a
atenção do marketing a serem explorado em torno das embalagens de Bag-in-
Box, conforme as ilustrações dos anexos 5 e 6.
68
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Modelo da logística integrada;
Anexo 2 >> Integração da logística;
Anexo 3 >> Especificações técnicas do Bag-in-Box;
Anexo 4 >> Fotos de Bag-in-Box com torneira
Anexo 5 >> Fotos de Bag-in-Box
Anexo 6>> Um pacote de bexiga e um saco de completar-in-Box
Anexo 7>> Vários Bag-in-Box conectado
Anexo 8>> Tipo de palete
Anexo 9>> Modelos de arranjo em paletes
71
ANEXO 4
FOTOS DE BAG-IN-BOX COM TORNEIRA
Foto de um bag in Box da empresa Klabin
ANEXO 5
FOTOS DE BAG-IN-BOX
72
ANEXO 6
Um pacote de bexiga e um saco de completar-in-Box
ANEXO 7
Vários Bag-in-Box conectado
Sistema de refrigerantes
74
BIBLIOGRAFIA
EMBALAGEM (definição segundo o Decreto-Lei 366-A/97, de 20 de
Dezembro)
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KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar
mercados. (trad.) Cristina Bazán. 10. ed. São Paulo: Futura, 2001, P. 305
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<http://www.topdeembalagem.com.br/artigos/artigo.php>. Acesso em: 04 set.
2005.
77
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 12
HISTÓRICO DE EMBALAGEM
1.1- Embalagem: definições
1.2 – Embalagem: objetivos
CAPÍTULO I l 17
DELINEAMENTO DA LOGÍSTICA
2.1- Histórico da logística
2.2- O inicio da evolução da logística
2.2.1- Efeito das novas exigências
2.3- Logística: definições
2.3.1- Aspectos relevantes
2.4- Logística: objetivos
2.5- O trabalho da logística
2.6- Operações logísticas
2.6.1- Focos operacionais
2.6.2- Transporte
2.6.3- Armazenamento, manuseio de materiais e embalagem
2.6.4- Redes de instalações
CAPÍTULO I l l 34
78
BAG-IN-BOX
3.1- Definição de BAG-IN-BOX
3.2- Principal característica e vantagem
3.3- desvantagem
3.4- BAG-IN-BOX como tendência de mercado
3.4.1- BAG-IN-BOX visando o consumidor final
3.4.2- A primeira missão da embalagem é atrair
3.4.3- A embalagem na prateleira
3.4.4- A embalagem bem projetada cria desejo
3.5- BAG-IN-BOX dentro do projeto logístico
3.6- BAG-IN-BOX na utilização cúbica
3.7- no processo de unitização
3.8- BAG-IN-BOX no processo de conteinerização
3.9- Benefícios do uso de contêineres rígidos
3.10- Comunicação
3.11- Rastreamento
CAPÍTULO IV 61
ESTUDOS DE CASOS SOBRE EMBALAGENS
4.1- Caso l: Sucos Del Valle
4.1.1- Objetivo do projeto
4.1.2- Estudo de campo
4.1.3- Estratégia de design
4.1.4- Resultados obtidos
4.2- Caso ll: Ripax
4.2.1- Objetivo do projeto
4.2.2- Estudo de campo
4.2.3- Estratégia de design
4.2.4- Resultados obtidos
CONCLUSÃO 66