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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A CRIATIVIDADE NA PRODUÇÃO DE OBRAS DE ARTE NO REAPROVEITAMENTO DO LIXO SECO (SUCATA). IVANI ANA FRIEDRICH ORIENTADORA PROFESSORA FABIANE MUNIZ DA SILVA RIO DE JANEIRO ABRIL/2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A CRIATIVIDADE NA PRODUÇÃO DE OBRAS DE ARTE

NO REAPROVEITAMENTO DO LIXO SECO (SUCATA).

IVANI ANA FRIEDRICH

ORIENTADORA

PROFESSORA FABIANE MUNIZ DA SILVA

RIO DE JANEIRO

ABRIL/2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A CRIATIVIDADE NA PRODUÇÃO DE OBRAS DE ARTE NO REAPROVEITAMENTO DO LIXO SECO (SUCATA).

Trabalho monográfico apresentado à Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Arteterapia em Educação.

Por: Ivani Ana Friedrich

Rio de Janeiro

Abril/2009

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família, pela compreensão e

apoio durante essa trajetória.

Agradeço a minha professora orientadora Fabiane

Muniz da Silva e minha professora tutora Narcisa

Melo pela valiosa contribuição para a realização

desta monografia.

Agradeço também a Jacqueline Neis responsável

pelo núcleo de Florianópolis, que sempre esteve me

assessorado e me orientando quando necessitava

de esclarecimentos.

E em especial aos colegas professores Dionísio e

Clair Beskow que me incentivaram e me

encorajaram para a realização deste pós.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho as pessoas mais importantes

da minha vida, que sempre estiveram presentes

quando precisei me dando forças e condições para

trilhar o caminho para o mais difícil que ela se

apresentasse.

Ao meu marido Leandro, as minhas filhas

maravilhosas Bruna e Paula, e a minha mãe Liva por

acreditarem e ajudarem a concretizar este sonho. Ao

meu pai Edwaldo presente e ausente nesta

trajetória.

5

RESUMO

Partindo do pressuposto de que a humanidade cada vez mais se desliga

da natureza. Começando a destruí-la por causa da riqueza material, criando

assim, mais e mais resíduos orgânicos e inorgânicos a cada dia.

Com o intuito de preservar o Meio Ambiente através da Arte,

apresentamos um trabalho destinado aos que acreditam na reconstrução e

aprendizagem cotidiana de si mesmo, visando um mundo mais humano, mais

consciente, mais criativo e mais bonito. O trabalho apresenta aspectos

importantes e relevantes como à criatividade, o meio ambiente, o impacto

ambiental gerado pelo lixo e a produção de obras de arte desenvolvidas por

alunos de uma escola pública, usando a sucata (lixo seco) como material

didático e de fácil aquisição na construção de painéis decorativos.

6

METODOLOGIA

Esta pesquisa foi desenvolvida em uma escola da rede pública de

ensino localizada na cidade de Santa Cruz do Sul – RS, com duas turmas de 7ª

série, com alunos de aproximadamente 13 anos de idade.

Os estudos e práticas foram realizadas nas aulas de Artes (2 h/a por

semana), nos meses de setembro e outubro de 2008, onde os alunos se

reuniam em grupos para estudar novas alternativas de reutilização do lixo na

criação de obras de arte, produzindo, então, painéis artísticos, inspirados em

obras dos artistas plásticos Beatriz Milhazes e de Nuno Ramos, com o recurso

de materiais alternativos como: sucatas (lixo seco), papel Paraná, tintas, cola,

entre outros materiais.

A pesquisa bibliográfica – livros, sites, jornais e revistas – promoveu

uma reflexão muito grande sobre diversas questões. Haverá necessidade de

conhecer mais sobre as obras citadas, bem como algumas teorias/conceitos,

técnicas e práticas sobre criatividade, inovação, linguagens artísticas,

biografias, arteterapia, aprendizagem e cultura.

Após a conclusão dos painéis, os grupos de alunos realizaram um

relatório onde expuseram suas opiniões, críticas, aspectos positivos e

negativos e até mesmo sugestões, referente ao trabalho proposto. Anexo 01.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - CRIATIVIDADE 10

1.1 - Criatividade e Ensino 12

1.2 - A Criatividade nas Escolas 13

CAPÍTULO II - O MEIO AMBIENTE 16

2.1 - A Natureza 16

2.2 - A Questão Ecológica na Escola 18

2.3 - Educação Ambiental no Ensino das Artes 19

CAPÍTULO III - LIXO X ARTE 21

3.1 - Considerações sobre o Lixo 21

3.2 - O que é Arte? 22

3.3 - A Transformação do Lixo em Arte 23

CONCLUSÃO 26 ANEXOS 28 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33 BIBLIOGRAFIA CITADA 35

8

INTRODUÇÃO

O tema central deste estudo é a transformação do lixo seco em arte, no

ambiente escolar, envolvendo alunos do ensino fundamental da Escola

Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira, no município de Santa

Cruz do Sul, para a elaboração e produção de obras de arte.

A questão central desta monografia se pauta nos meios e nas

alternativas de como tornar o aluno mais consciente e criativo na preservação

do meio ambiente (especificamente no que se refere à produção e o destino do

lixo). E a arte do lixo pode ser a solução?

Justificamos a importância deste trabalho, por acreditarmos que a arte

seja uma solução para este problema ambiental, amenizando, assim, um pouco

o impacto ambiental. O reaproveitamento de objetos, oriundos do lixo, na

produção de obras de arte são realmente importante para o desenvolvimento

da criatividade e produtividade no âmbito escolar.

O trabalho criador é um processo no qual a sociedade se relaciona

com a natureza, transformando-a e humanizando-a, a fim de que ela não só se

configura em objeto útil às suas necessidades, mas que também expresse

suas idéias, imaginações e vontades, o que por sua vez entendemos por

criação, cultura e produção, interferindo esteticamente no meio ambiente.

A arte e o reaproveitamento do lixo não devem ser vista como uma

proposta isolada, mas sim compreendê-la como um elemento implícito na

educação estética, que, dada sua efetivação, vai oportunizar o aluno a

socialização e aquisição dos instrumentos necessários para que possa

participar ativa e criticamente da interpretação e construção da história.

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Obtendo, assim, uma economia da matéria prima e de energia fornecida pela

natureza, através do reaproveitamento de objetos “jogados fora”. Exemplo do

artista plástico Washigton Santana que transforma o lixo em arte, utilizando

objetos encontrados em depósitos de lixo para compor suas esculturas.

A arteterapia, como meio de utilização de modalidades expressivas,

trabalhando individualmente ou em grupos, possibilita o alcance dos objetivos.

Favorece o desenvolvimento da criatividade, da espontaneidade, fruto da

consciência da aquisição de habilidades motoras e cognitivas.

O objetivo primordial desta pesquisa é o desenvolvimento da

criatividade dos alunos, aumentando a autoestima, ter um espaço para a

catarse/canalização da agressividade e autoconhecimento, trabalhar seus

medos, melhorar relacionamentos, descoberta de seus potenciais, diminuição

do stress e melhoria na qualidade de vida, fazendo, assim, que o aluno

produza verdadeiras obras de arte, contribuindo para o avanço do

conhecimento na preservação do meio ambiente e da arte Contemporânea.

Ter alunos criativos, críticos e conscientes é vital no sistema

globalizado atual. Quanto mais criativos se tornam, mais soluções para os

problemas acham.

Para demonstrar isso, o trabalho está organizado em três capítulos.

No primeiro faz-se um apanhado sobre definições da palavra “criatividade”, a

criatividade no ensino e como ela é abordada nas escolas brasileiras. No

segundo capítulo, refere-se ao impacto ambiental que o lixo causa em nosso

meio e como pode ser trabalhada a questão ecológica nas escolas e no ensino

das artes, especificamente. Por fim, o terceiro capítulo trata sobre a

transformação do lixo seco em arte – produção.

10

CAPÍTULO I

CRIATIVIDADE

“Criar é, basicamente, formar. É poder dar uma forma a algo novo. Em qualquer que seja o campo de atividade, trata-se, nesse “novo”, de novas coerências que se estabelecem para a mente humana, fenômenos relacionados de modo novo e compreendidos em termos novos. O ato criador abrange, portanto, a capacidade de compreender; e esta por sua vez a de relacionar, ordenar, configurar, significar.” (Ostrower, 1987, p.9).

“Criatividade é uma habilidade crítica nos dias atuais, quer da perspectiva do indivíduo, quer das organizações, dadas as características de complexidade, incerteza, turbulência, mudança, progresso e competição, que caracterizam o mundo do trabalho e a sociedade maior. (Alencar, 2000, p.101).

“A definição de criatividade depende de quem exponha. Com freqüência, os pesquisadores são algo limitados em suas explanações, enunciando que a criatividade significa flexibilidade de raciocínio ou fluência de idéias; ou também pode ser a capacidade de transmitir novas idéias ou de ver as coisas em suas novas relações; em alguns casos a criatividade é definida como a capacidade de pensar de forma diferente das outras pessoas.” (Lowenfeld, 1977, p. 62).

Conceitos e mais conceitos sobre criatividade são transmitidos a

sociedade. Palavras como: “criar, criador, criativo, criatividade” traduzem um

discurso frequente na educação pela arte, porém o fazem dentro de uma

premissa tão genérica, que é difícil e definir o conceito.

11

A criatividade implica no surgimento de um produto novo, seja uma ideia

ou invenção original, seja a reelaboração e aperfeiçoamento de produtos ou

ideias já existentes.

Através de uma análise do comportamento de pessoas que deram

contribuições criativas, constatou-se que grandes ideias ou produtos originais

ocorrem especialmente em pessoas que estejam adequadamente preparados,

com amplo domínio dos conhecimentos relativos a uma determinada área ou

das técnicas já existentes. Mashow (1968) apud Alencar (1986, p.13) ressalta:

“A criatividade necessita não apenas de iluminação e de inspiração: ela

necessita também de muito trabalho, treino prolongado, atitude criativa,

padrões perfeccionistas.”

Lowenfeld (1977, p.66) cita que “a criatividade necessita ser alimentada por um tipo especial de ambiente. A atmosfera de “vale-tudo” parece exercer uma influência tão negativa quanto ao meio autoritário, onde os indivíduos estão completamente dominados. A criatividade deve ser amparada, mas, ao mesmo tempo, precisa ser orientada para caminhos socialmente aceitáveis”.

Em síntese, ser criativo é um processo que nasce com a criatura

humana. Criar é uma capacidade que todos temos, independente da classe

social, mas dependente do meio-socio-cultural em que está inserido.

Criar é vivenciar e tirar dessa experiência novas respostas, outros

caminhos para a ação.

Haetinger (1998, p. 16,17), através da pirâmide da criatividade, coloca

que os processos de pensamento divergente, a criatividade e o senso crítico

estão ligados como um triângulo – onde todos os lados são iguais e de igual

responsabilidade com o todo. Assim é a criatividade. Para desenvolvê-la

plenamente, sem o risco do falso criativo, devemos desenvolver o pensamento

lateral e o nosso senso crítico.

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Quando desenvolvemos a criatividade, melhoramos consideravelmente

nossa auto-imagem e auto-estima. Podemos discernir melhor as coisas que

são importantes para nós, conseguimos a todo momento gerar ideias novas e

únicas, o que é fundamental para nosso desenvolvimento como ser humano.

Criatividade- capacidade que o ser humano tem de gerar novas idéias,

independente da classe sócio-econômica, mas relacionada ao meio social em

que vive.

Pensamento Lateral ou Divergente- capacidade de gerar saídas para

resolver problemas, situações críticas. É o pensar único e diferrente, que nos

afirma como indivíduos. É a forma de pensar em diferentes direções, a

produção de idéias únicas e de caráter individual.

Senso crítico- é o processo de discernimento da realidade e,

principalmente, de si mesmo (autoestima), do que lhe serve (autoimagem) e de

sua relação com o mundo (sociabilidade).

1.1 – Criatividade e Ensino

Diante do impressionante processo de globalização e competição em

que vivemos, necessitamos fazer uso do nosso potencial criador. Convivemos

hoje com uma realidade muito conturbada, com muitos problemas como: a

violência, drogas, menor abandonado, tensões sociais, desemprego e com a

pobreza crônica de grande parte da população brasileira.

São problemas complexos, onde a solução não está na mão dos

educadores. A escola pode contribuir para formar no aluno um pensamento

crítico e criador e se preocupar não apenas com a capacidade do aluno de

reproduzir informações, mas também de produzir conhecimento, assim ela

estará dando sua parcela de contribuição amenizando alguns problemas que

convivemos no momento, e para que nos habilitemos para enfrentar futuros

problemas.

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1.2 – A Criatividade nas Escolas

Segundo Alencar (1986, p.59) O desenvolvimento do potencial criativo do

aluno, no contexto social presente, é uma das metas educacionais mais

importantes, e que maior ênfase deve receber por parte do sistema

educacional, de modo geral os nossos professores não oferecem muitas vezes

as condições mais adequadas para o desenvolvimento da criatividade no

aluno, sendo que o aluno mais criativo não é reconhecido na escola, nem

tampouco tem recebido uma atenção especial por parte dos seus professores.

A liberdade psicológica ocorre quando o professor, o pai, o terapeuta ou

qualquer outra pessoa permite ao indivíduo uma completa liberdade de

expressão simbólica, quando, então, é capaz de pensar, sentir, ser tudo o que

é no seu mundo íntimo. Esta liberdade favorece a abertura às próprias

experiências, o jogo espontâneo de percepções, conceitos e significados, que

estão relacionados à criatividade.

Na medida em que algumas barreiras sejam eliminadas, e técnicas de

ensino criativas forem implementadas, o comportamento criativo do aluno será

promovido. Dentre as barreiras destacam-se:

- Autoritarismo do professor;

- Hostilidade com relação ao aluno que questiona, que critica, que

discorda;

- Currículo inflexível, principalmente nas exatas e de uma rotina na sala

de aula;

- Reprodução do conhecimento em detrimento do conhecimento;

- Baixas expectativas tanto com relação ao potencial criador do aluno,

quanto com respeito às habilidades do aluno, de análise, síntese e avaliação.

O professor poderá favorecer a aprendizagem, o entusiasmo pela busca

de novos conhecimentos, e aspectos diversos do desenvolvimento social,

cognitivo e afetivo do aluno, como, pelo contrário, criar barreiras para este

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desenvolvimento, contribuindo ainda para tornar a aprendizagem um problema

aversivo e doloroso.

São características de uma atmosfera criativa:

- Dar chances ao aluno para levantar questões, elaborar e testar hipóteses,

discordar, propor interpretações alternativas, avaliar criticamente fatos,

conceitos, princípios, ideias novas.

- Dar tempo ao aluno para pensar e desenvolver as suas ideias criativas, pois

nem toda ideia ocorre imediatamente e espontaneamente.

- Criar um ambiente de respeito e aceitação mútua, onde os alunos possam

compartilhar desenvolver e aprender tanto uns com os outros e com o

professor, como também independentemente.

- Estimular no aluno a habilidade de imaginar conseqüências para

acontecimentos que já ocorreram no passado e/ou poderão ocorrer no futuro.

- Desenvolver a habilidade de pensar em termo de possibilidade, de fazer

julgamentos, de sugerir modificações e aperfeiçoamento para suas próprias

ideias e proposições.

- Diante de um problema, deve-se permitir que os alunos sigam as diversas

etapas do processo criativo, explorando e analisando os diferentes aspectos de

um problema.

- Implicar uma sensação de liberdade para inovar e explorar, sem medo de

avaliação.

- Valorizar o trabalho do aluno, as suas contribuições e suas ideias.

- Usar dos recursos mais adequados à manifestação da criatividade,

condizentes com o que está ensinando no momento. Alguns desses recursos

seriam:

- Dar oportunidade aos alunos para desenvolver sua imaginação e para

elaborar ideias novas com relação a um determinado tema proposto pelo

professor ou pelo aluno.

- Estimular a aplicação de princípios para gerar novas ideias, como

pensar em outros usos; adaptar; modificar; substituir; etc.

15

- Não considerar como disciplina alunos sentados quietos e de boca

fechada. Aceitar a espontaneidade, a iniciativa, o bom senso de humor e a

capacidade criadora.

- Não se deixar vencer pelas limitações do contexto em que se encontra,

mas fazer uso dos próprios recursos criativos para contornar as barreiras e as

dificuldades encontradas.

16

CAPÍTULO II

O MEIO AMBIENTE

2.1 - A Natureza

“O homem deve parar de conceber-se como senhor, e mesmo como pastor da natureza. Sabe para onde vai? Vai para onde quer? Não pode ser o único piloto. Deve ser o co-piloto da natureza, que, por sua vez, deve tornar-se o seu co-piloto. A ideia dupla ultrapassar/encontrar a natureza conduz-nos à concepção complexa da dupla pilotagem homem natureza.” (Morim, 1980, p. 94)

O homem desde o seu princípio vem se organizando em sociedade para

produzir suas condições de vida, convivendo com a natureza, transformando-a

pelo trabalho social. Fazendo uso da racionalidade para planejar melhor o seu

meio, construindo, assim, a sua história e cultura.

Como o homem concebe-se centro do universo e a natureza como algo

externo a ele, torna, assim, a natureza um objeto passível de manipulação e

conquista, legitimando uma prática de domínio.

O ser humano efetua ações que a transformem ou alterem, em geral,

para satisfazerem suas necessidades: derrubada de árvores (florestas) para o

aproveitamento da madeira e do solo para a agricultura ou pecuária, o

represamento de rios para gerar energia elétrica, irrigação ou abastecimento de

água e, mais recentemente, a manipulação de genes humanos.

Toda essa ação do homem sobre a natureza tem resultados no meio

ambiente, chamados de impacto ambiental.

17

Os diversos tipos de poluição e de degradação ambiental passam a

ameaçar a sobrevivência dos homens, e outros seres vivos no planeta.

É preciso aprender a consolidar nossas ideias com relação aos destinos

da sociedade em que vivemos e do planeta em que habitamos.

Na cultura dos movimentos que tem por objeto o meio ambiente,

aparece como uma questão estratégica a “reciclagem do lixo”. Entende-se que

frente à esgotabilidade dos recursos naturais, decorrentes do seu uso

predatório, é necessário e urgente que se promova a formação de uma

mentalidade que, continuando produtiva, reconheça poder tomar como

matériaprima aquilo que já se considerava sem possibilidade de uso e

destinado ao lixo.

Estão aí, apostando na inventividade e criatividade humanas, cada vez

mais novos produtos obtidos da reciclagem do lixo, muitos dos quais

combinando utilidade e arte. Certamente, os processos de reciclagem de lixo

que se desenvolvem mais facilmente são aqueles que representam vantagens

econômicas para a produção (como é o caso das latinhas de alumínio, ou o de

papel e papelão que tem garantido a sobrevivência de muitas pessoas).

Mesmo aqueles que não são totalmente viáveis economicamente têm

importância na possibilidade de diferentes usos e de reaproveitamento dos

recursos naturais, mais do que apenas o seu consumo indiscriminado.

O desenvolvimento do caráter humano na sociedade só ocorrerá se

pensarmos que cada pessoa, cada grupo, tem algo a dizer e direito a

sobreviver, e movidos pela espontaneidade – criatividade.

É um princípio filosófico que se contrapõe àquele da sociedade

excludente, cujo modo de produção tem como resultado produtos

diferenciados, dos mais baratos aos mais caros e sofisticados. Do ponto de

vista de emprego e trabalho, também tem se produzido diferentes postos de

18

trabalho, aquele de menos valor e outros supervalorizados (trabalhos que

requerem criatividade, capacidade de decisão e de interação com pessoas e

áreas diferentes).

Pensando nos registros ecológicos, esse processo de produção de

mercadoria produz ao mesmo tempo as condições ambientais, as relações

sociais e as subjetividades. Reciclar o lixo é valorizar outras funções e usos,

outros modos de desempenhar papéis, outros papéis para compor a cultura.

2.2 – A questão ecológica na Escola

A educação ambiental é um processo que deve durar toda a vida, não só

na escola, mas devemos começar pela nossa casa, escola, bairro e cidade,

pois serve de base para desenvolver novas maneiras de viver sem destruir o

meio ambiente.

Em nossa sociedade, atribuímos à escola a função de desenvolver

conhecimentos básicos, como a leitura e a escrita, entre outros. Esses

conhecimentos são úteis para que as pessoas possam ingressar no campo do

trabalho, cumprir seus deveres e participar de decisões sobre os rumos do

país.

A questão ecológica tem ocupado cada vez mais espaço nas escolas,

porque como os temas ambientais dizem respeito à relação entre o homem e a

natureza, seu estudo facilita a integração entre as disciplinas. Surge então a

interdisciplinariedade quando cada profissional faz a análise do ambiente de

acordo com seu saber específico.

O tema comum, extraído do cotidiano, integra e promove a interação de

pessoas, áreas, disciplinas, produzindo um novo conhecimento mais amplo e

coletivizado.

19

2.3 – Educação Ambiental no ensino das Artes

Através do saber e do conhecimento, o homem vem estruturando e

organizando os elementos plásticos, sonoros e gestuais, vinculados ao tempo,

ao espaço e ao contexto histórico, com finalidade de servir ou representar, na

perspectiva do trabalho criador. Os produtos deste trabalho criativo, no caso os

objetos, modificam e interferem esteticamente no meio ambiente, exigindo uma

mudança de relação dos agentes coletivos para com as novas significações

desses objetos, avançando, assim, para a superação do estado histórico

imediato da configuração do ambiente pela arte.

Nas artes visuais, o estudo dos elementos, pode ser utilizado para

expressar o mundo criticamente sob formas estéticas. O estudo do som através

de suas propriedades, também é compreendido e posto a serviço do homem,

para que ele produza, no seu ambiente, os efeitos sonoro-estéticos desejados.

Da mesma forma se dá na dança, no teatro. Essa interferência estética no meio

ambiente dependerá das mediações entre a arte e as outras esferas estruturais

de produção políticas, jurídicas, econômicas, tecnológicas, etc.

Isso não significa que a arte acompanhe o desenvolvimento regular que

corresponde a um tipo de produção, mas que, segundo Marx apud Müller

(2000) “visto que a arte goza de uma relativa autonomia, qualquer que seja o

tipo de produção material que predomina na sociedade, conserva-se aberta a

possibilidade de um desenvolvimento artístico superior ou inferior com relação

ao desenvolvimento econômico-social”. Decorre daí, o processo pelo qual

entendemos a arte como um trabalho construtivo e transformativo mediante o

qual, segundo Marx apud Müller (2000), “o homem produz objetos que a

expressam, que falam dele e por ele”. (Müller, 2000, p. 75).

Nesse entendimento de arte não devemos tomar a educação ambiental

como uma proposta isolada, mas sim compreendê-la como um elemento

implícito na educação estética, que, dada sua efetivação, vai oportunizar ao

20

aluno a socialização e aquisição dos instrumentos necessários para que ele

possa participar ativa e criticamente da interpretação e da construção de

história.

21

CAPÍTULO III

LIXO X ARTE

3.1 – Considerações sobre o Lixo

A palavra lixo, deriva do termo latim lix, significa “cinza”. No dicionário

Melhoramentos, ela é definida como imundície, sujidade, coisa de pouco ou

nenhum valor. Lixo na linguagem técnica é sinônimo de resíduos sólidos e é

representado por materiais descartados pelas atividades humanas.

Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando

surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena

quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimento.

A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir

objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no

mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de

resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver a era dos

descartáveis, em que a maior parte dos produtos – desde guardanapos de

papel e latas de refrigerante até computadores – são inutilizados e jogados fora

com enorme rapidez.

Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que

as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira

acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas, e piorou as

condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas

regiões menos desenvolvidas.

A questão é: O que fazer com tanto lixo? Felizmente, o homem tem a

seu favor várias soluções para dispor os resíduos em forma correta, sem

22

acarretar prejuízos ao ambiente e a saúde pública. O ideal, no entanto, seria

que todos nós evitássemos o acúmulo de detritos, diminuindo o desperdício de

materiais e o consumo excessivo de embalagens.

Nos últimos anos, nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada

vez mais os produtos jogados no lixo para fabricação de novos objetos, através

dos processos de reciclagem, o que representa economia de matéria prima

E de energia fornecidos pela natureza. Assim, o conceito de lixo tende a ser

modificado, podendo ser entendido como “coisas” que podem ser úteis e

reaproveitados pelo homem.

3.2 – O que é a Arte?

Segundo Feist (2003, p.8), define a arte assim, “de modo bem simples

que a arte é um produto da criatividade humana que, mediante conhecimentos,

técnicas e um estilo todo pessoal, transmite uma experiência de vida ou uma

visão de mundo, expressando verdades humanas e despertando emoções em

quem a usufrui”.

Quanto mais ampla é a visão de mundo do artista, quanto mais rica é

sua experiência de vida, maiores são as possibilidades de expressar verdades

humanas universais e emocionar seu público.

Feist (2003, p.9) cita que “nem todos que usufruem de uma obra de arte

captam as mesmas verdades humanas ou experimentam as mesmas

emoções. Um dia você vai ao cinema com um amigo, os dois assistem ao

mesmo filme, e um sai dizendo “Que chatice!”, enquanto o outro não para de

repetir “Que beleza!”. Um se entediou, o outro se empolgou. Porque cada um

entendeu ou interpretou o filme de um jeito”.

E nisso está um dos elementos que constituem a grandeza da arte: ela

permite várias interpretações, várias “leituras”, várias formas de ver e sentir o

23

mesmo produto artístico. Por isso provoca as mais diversas reações

emocionais e quase sempre nos leva a refletir sobre o homem e o mundo,

sobre nós mesmos e os outros.

3.3 - A transformação do Lixo em Arte

Através de muitos questionamentos e reflexões que fazemos

diariamente sobre o uso desenfreado de embalagens no nosso cotidiano e

sobre o destino que é dado a eles é preocupante para a sociedade. Com o

intuito de abordar esse problema nas aulas de artes, foi desenvolvido na

Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira, o plano de

pesquisa deste trabalho monográfico, realizado com duas turmas de alunos de

sétima série. Perguntas foram feitas: O que fazer com tanto lixo, que

diariamente colocamos fora? Podemos transformar o lixo em arte? O desafio

foi lançado e as idéias começaram a surgir.

Foi proposto, então, que cada aluno coletasse sucata (lixo seco),

produzidos em casa e também na escola e trouxessem para a aula. Objetos

que teriam como destino a lixeira. Apareceu de tudo: canudinhos plásticos,

prato quebrado, copos plásticos, caixas diversas, tampinhas, latinhas, garrafas

PET, botões velhos, retalhos de tecidos e de papéis, fios de diversas cores,

jornal, embalagens, pilhas usadas, bandejas de isopor, cd‟s velhos, etc.

As turmas foram divididas em grupos a critério dos próprios alunos por

questões de afinidade, originando grupos de quatro a nove componentes e teve

um aluno que devido a conflitos com a turma achou melhor trabalhar sozinho.

Cada turma trabalhou no seu horário normal de aula (dois períodos por

semana).

Para estudar a Arte Brasileira e Contemporânea concomitantemente a

professora de Artes trouxe reproduções de obras de arte do artista plástico

24

Nuno Ramos (SP) que para compor suas obras, o artista emprega diferentes

suportes e materiais e da artista plástica Beatriz Milhazes (RJ), pelo qual a sua

obra faz referências ao Barroco, a obra de Tarsila do Amaral e Burle Marx, à

padrões ornamentais e a Art Deco, entre outros. Apreciação das obras foi feita

com os alunos, bem como pesquisa de obras e biografia desses artistas

também.

A professora de Artes entregou para cada grupo uma folha de papel

Paraná (1,00 x 0,80 cm) pelo qual, os alunos projetaram formas inspiradas nas

obras de Beatriz Milhazes, criando assim uma composição plástica. Na medida

em que iam dando forma ao trabalho, novas ideias iam surgindo, ás vezes,

houve a necessidade de apagar tudo e recomeçar do zero (figura 01 – anexo

02). Esboço pronto deu-se início a pintura (figura 02 – anexo 02) e a colagem

do lixo seco (sucata) no painel (figura 03 e 04 – anexo 02). A colagem de

materiais diversos teve inspiração em obras de Nuno Ramos.

A criatividade aflorou, em alguns grupos mais em outros menos.

Sentiam-se motivados, comentavam sobre a cor, a forma, o título a ser

empregado, os objetos que iriam colar, a textura e o volume.

O resultado obtido foi impressionante, pois as turmas trabalharam

concentradas na execução do trabalho. A turma 71 considerada a mais difícil

de lidar, pois é barulhenta, conversadeira e agitada, mas foi a que mais se

comprometeu com o projeto desenvolvido e que melhor se comportou durante

o processo de criação.

Com a conclusão dos trabalhos, que são verdadeiras “obras de arte”, os

grupos fizeram um relatório referente à produção de painéis artísticos que

criaram nos meses de setembro e outubro de 2008, abordando os aspectos

positivos e negativos das aulas, do processo criador e sobre a conscientização

ecológica que cada um deve ter no dia-a-dia. (Anexo 01). Finalizando, os

painéis foram expostos no espaço cultural da “Antiga Estação Férrea”, em

25

Santa Cruz do Sul (figura 01 – anexo 03), durante aproximadamente um mês,

onde a comunidade escolar e o público em geral puderam apreciar os trabalhos

desses pequenos artistas. Atualmente, os painéis encontram-se expostas nos

corredores do educandário.

26

CONCLUSÃO

O desenvolvimento da criatividade não é uma tarefa fácil, mas todas as

pessoas são capazes de criar, de desenvolver o seu potencial criador, uns

mais outros menos. Podemos observar que a „arte‟ e a „arteterapia‟ é um

instrumento muito importante para o processo criativo, promovendo, assim,

boas mudanças, especialmente nos alunos, que poderão desenvolver sua

convivência social, sua autoestima e descobrir como poderão trabalhar de uma

maneira espontânea com seus sentimentos e principalmente seu potencial

criador.

A experiência com sucata, elementos da natureza e materiais

aparentemente sem utilidade produz uma revolução na nossa relação com o

meio ambiente, com o mundo, com os outros e com nós mesmos. Ela coloca

de cabeça para baixo o pragmatismo, o imediatismo e o utilitarismo que

presidem a cultura hegemônica: por um lado, coisas que parecem não ter

sentido ou utilidade podem ganhar, graças à criação, uma existência

privilegiada, prolongada ou não; por outro lado, coisas que parecem ser tão

importantes para o funcionamento de algo podem ser substituídas ou cumprir

outra função.

Uma mudança de mentalidade em relação à natureza e ao lixo é uma

das conseqüências disso, porque nos sentimos situados no universo: somos

parte dele e ela é parte de nós. Ao mesmo tempo, a percepção do potencial

dos objetos para uma constante transformação leva-nos a refletir sobre

destruição e construção e, no limite, sobre a vida e a morte.

Reciclar, aproveitando materiais descartados após seu uso, além de

minimizar a poluição, servirá para cuidar e trabalhar a consciência sócio-

27

ecológica dos alunos e familiares, que traduz uma postura, uma visão de

mundo. Em sentido amplo, trata-se de reciclar a vida e de aprender sobre ela

através da arte. Inventar e produzir obras artísticas com o lixo é uma

manifestação criativa que revela uma atitude responsável em relação à vida e

que se transmite na ação educativa como parte do processo educador. Por isso

é tão importante: faz parte da formação do educador, ao mesmo tempo em que

passa a fazer parte da ação de educar. Com essa relevância, deve ser

preocupação de todos, inclusive daqueles que formam educadores, como a

universidade.

28

ANEXO 01

Relatório referente à produção de painéis artísticos, realizados nos meses de

setembro e outubro de 2008, na E. E. E. M. Ernesto Alves de Oliveira.

A criatividade na produção de obras de arte no reaproveitamento do lixo

inorgânico (seco).

Nomes:

Turma:

- Relate o processo de criação, elaboração, desenvolvimento e conclusão da

obra.

- Comente sobre os diversos aspectos (positivos e negativos) do trabalho

produzido em aula.

- O que mais poderiam fazer para melhorar o ambiente escolar, a sua cidade,

etc.?

- O reaproveitamento do lixo e a arte são realmente relevantes para o

desenvolvimento da criatividade? Por quê?

- A arte do lixo está sendo vista como uma solução para o problema ambiental?

- Vocês se conscientizaram de que é necessário reaproveitar sucatas para a

preservação do meio ambiente e de tornar o ambiente escolar mais bonito e

gostoso de viver?

- O grupo pesquisou sobre os artistas: Beatriz Milhazes e Nuno Ramos citados

durante o processo de construção dos painéis?

- Alguma colocação ou sugestão que gostariam de fazer?

29

ANEXO 02 - Ilustração

Figura 01: Alunos elaborando o projeto gráfico no suporte.

Fonte: Registro fotográfico da autora, 2008.

Figura 02: Alunos pintando os painéis.

Fonte: Registro fotográfico da autora, 2008.

30

ANEXO 02 - Ilustração

Figura 03: Painel em fase de acabamento.

Fonte: Registro fotográfico da autora, 2008.

Figura 04: Alunos colando materiais (sucata) diversos.

Fonte: Registro fotográfico da autora, 2008.

31

ANEXO 03 - Exposição

Figura 01: Vista frontal da “Antiga Estação Férrea”, em Santa Cruz do Sul.

Local da Exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos.

Fonte: Registro fotográfico da autora, 2008.

Figura 02: Painel com transparências de reproduções de obras de Nuno

Ramos e de Beatriz Milhazes.

Fonte: Registro fotográfico da autora, 2008.

32

ANEXO 03 - Exposição

Figura 03: Painel intitulado como “Planeta Colorido”, realizado por alunas da

turma 71.

Fonte: Registro fotográfico da autora, 2008.

Figura 04: Visita dos alunos à exposição dos trabalhos.

Fonte: Registro fotográfico da autora, 2008.

33

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

ALENCAR, Eunice Soriano de. Como desenvolver o Potencial Criador. Um guia

para a liberação da criatividade em sala de aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995

_________________________. O Processo da criatividade. São Paulo:

Makron Books, 2000. 122p.

BELLO, Susan. Pintando sua alma: método de desenvolvimento da

personalidade criativa. 3ª edição. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2007.248p.

FUSARI, Maria F. de Rezende e, FERRAZ, Maria Heloísa C. de T. Arte na

Educação Escolar. São Paulo: Cortez Editora, 1992, 151 pg.

GALERIA – REVISTA DE ARTE nº 25. São Paulo; Área Editorial LTDA, 1991.

Bimestral. Beatriz Milhazes: Decor não é crime. P.56-59.

KUPPER, Maria Cristina. Freund e a Educação: o mestre do impossível. São

Paulo: Scipione, 2002

MAY, Rollo. A coragem de criar. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1975. 143p.

MARTINS, Miriam Celeste, PICOSQUE, Gisa, GUERRA, M. Terezinha Telles.

Didática do Ensino da Arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte.

São Paulo: FTD, 1998.

MINC, Carlos. Ecologia e Cidadania. São Paulo: Moderna, 2005 – (Coleção

polêmica).

PREDEBON, José. Criatividade - Abrindo o lado inovador da mente. São

Paulo: Atlas. 2001.

34

REVISTA PÁTIO. Ano XII, nº 46, Mai/Jul 2008. Tânia Ramos Fortuna: (Re)criar

brinquedos, reciclar a vida. P. 60 – 62.

RODRIGUES, Francisco Luiz, CAVINATTO, Vilma Maria. Lixo. De onde vem?

Para onde vai? São Paulo: Moderna, 1997. – (Coleção desafios)

SANTANA, Washington. A Arte do Lixo. São Paulo: DBA Artes Gráficas, 1993.

VÁSQUEZ, Adolfo Sanchez. As idéias Estéticas de Marx. Paz e Terra, 2ª

edição, 1987.

35

BIBLIOGRAFIA CITADA:

ALENCAR, Eunice Soriano de. Psicologia da Criatividade. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1986.

FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da Arte. 2ª edição. São Paulo:

Ed. Moderna, 2003, 112 pg.

HAETINGER, Max G. Criatividade. Criando arte e comportamento. Copyright,

1998.

LOWENFELD, Victor, BRITTAIN, W. Lambert. Desenvolvimento da Capacidade

Criadora. São Paulo: Mestre Jou. 1970.

MORIN, Edgar. O método II: A vida da vida. 2º edição. Publicações Europa –

América, Portugal, 1980.

MÜLLER, Jackson. Educação Ambiental: Diretrizes para a prática pedagógica.

Porto Alegre: Nova Prova. Edição FAMURS.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes,

1987. 200p.

36

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - CRIATIVIDADE 10

1.1 - Criatividade e Ensino 12

1.2 - A Criatividade nas Escolas 13

CAPÍTULO II - O MEIO AMBIENTE 16

2.1 - A Natureza 16

2.2 - A Questão Ecológica na Escola 18

2.3 - Educação Ambiental no Ensino das Artes 19

CAPÍTULO III - LIXO X ARTE 21

3.1 - Considerações sobre o Lixo 21

3.2 - O que é Arte? 22

3.3 - A Transformação do Lixo em Arte 23

CONCLUSÃO 26

ANEXOS 28

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33

BIBLIOGRAFIA CITADA 35

ÍNDICE 36