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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PAPEL DO MARKETING NAS EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO Por: Anderson Guaraciaba de Araujo Orientador Prof. Carlos Cereja Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PAPEL DO MARKETING NAS EMPRESAS PRESTADORAS DE

SERVIÇO

Por: Anderson Guaraciaba de Araujo

Orientador

Prof. Carlos Cereja

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PAPEL DO MARKETING NAS EMPRESAS PRESTADORAS DE

SERVIÇO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Marketing

Por: .Anderson Guaraciaba de Araujo

3

AGRADECIMENTOS

... Agradeço primeiramente a Deus, a

minha esposa que é meu grande amor,

e a meus pais que estão sempre ao

meu lado e torcendo pelo meu

sucesso.

4

DEDICATÓRIA

...Dedico a meu pai, meu grande amigo e

incentivador, pessoa que me espelho em

minha profissão e que tanto contribui para

meu crescimento profissional.

5

RESUMO

O tema abordado neste trabalho é marketing de serviços com ênfase no

benefício que o mesmo pode trazer para as empresas que prestam serviço. O

marketing precisa entender muito bem o comportamento do consumidor já que

este marketing se baseia principalmente na percepção do mesmo. No mercado

de serviços a percepção da qualidade é fortemente influenciada pela

experiência, um atributo que só pode ser avaliado depois do “uso” do serviço.

As empresas do ramos de serviços conseguem obter êxito com essa prática do

marketing de serviços? Pergunta esta que pode ser respondida, determinando

os benefícios do marketing de serviços as empresas, e identificando as

características do serviço.Estas empresas buscam aprimorar suas habilidades

competitivas para obter sucesso no mercado., sendo fundamental aplicar o

marketing de serviços em suas atividades. Estas empresas estão inseridas no

mercado brasileiro no setor de serviços. No capítulo 1, definiremos o conceito

de marketing, identificando seus aspectos, estrutura, características e uma

conclusão da classificação dos serviços. Já no capítulo 2 trataremos da

excelência do marketing de serviços nas empresas e seu benefício

proporcionado as mesmas e o grau de satisfação envolvido no serviço.

6

METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste estudo é descritiva e bibliográfica sobre o

tema marketing de serviços, e se deu através da consulta de livros. Do mesmo

modo alguns sites, foram igualmente consultados, onde foi possível, inclusive,

retirar conhecimentos que auxiliaram a composição do trabalho ilustrado.

Afim também de evidenciar o grande sucesso das empresas de serviço,

foram feitas consultas em revistas periódicas como a Veja, Época, Pequenas

empresas e Grandes negócios, etc.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Marketing de Serviços 09

CAPÍTULO II

A excelência do Marketing de serviços nas empresas brasileiras 15

CONCLUSÃO 24

ANEXOS 25

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34

BIBLIOGRAFIA CITADA 35 WEBGRAFIA 36 ÍNDICE 37

FOLHA DE AVALIAÇÃO 38

8

INTRODUÇÃO

Segundo López (1986), uma das perguntas mais óbvias e nem por isso

mais fácil de responder, é a que se refere aos motivos que levaram o homem a

trabalhar. A resposta de que o faz para satisfazer suas necessidades não

resolve a questão, pois encerra outra pergunta: Quais são estas

necessidades?

Todo mundo concorda que os homens trabalham para satisfazer suas

necessidades. O desacordo começa a aparecer no momento em que se

procura concretizar quais são estas necessidades. É claro que os filósofos

trataram ampla e inteligentemente desse tema ao longo dos séculos, mas com

freqüência suas elaborações serviram unicamente de base para formular

teorias, sem buscar com elas um direcionamento da ação prática. Entretanto,

ao denunciar situações reais em que certas necessidades ficavam insatisfeitas,

essas teorias se tornaram um elemento influente para provocar mudanças na

realidade. Nesse setor essencialmente prático que é o ambiente econômico

das empresas, tende-se a dar como certo que já sabemos o suficiente sobre

as necessidades humanas, através daquilo que o senso comum nos diz a

propósito do tema.

Na opinião de López, como as empresas dedicam-se à produção de

bens e serviços que satisfazem necessidades humanas, parece claro que, se

uma pessoa emprega seu esforço numa empresa, o faz para conseguir uma

parte destes bens e serviços, ou o seu equivalente em valor econômico. Se a

empresa funciona bem, será capaz de gerar suficiente valor econômico para

satisfazer os que contribuem com seu trabalho para gerá-lo.

CAPÍTULO I

9

MARKETING DE SERVIÇOS

O CONCEITO

Com o desenvolvimento da economia nota-se que o setor de serviços

vem crescendo a cada instante dia após dia. Esta mudança tem levado as

empresas, de modo geral a dedicarem maior atenção em uma ferramenta de

trabalho conhecido como Marketing de Serviços, uma disciplina que busca

estudar os fatos e fenômenos que ocorrem em todo processo de venda de

serviços.

Segundo, Kotler (1999), durante longo tempo os serviços foram

considerados uma atividade auxiliar, na sociedade atual eles tem função

decisiva. O atual ambiente competitivo tem estimulado um esforço permanente

das empresas de serviços para alcançar um ajustamento viável de seus

recursos. As oportunidades do mercado estão constantemente em mudança.

Segundo, Las Casas (2006), os serviços representam o “grosso” da

economia de hoje e também são responsáveis por grande parte da criação de

novos empregos.

O marketing de serviços pode ser entendido com todos os fatores do

composto de marketing, que auxiliam a empresa a entender a demanda de

mercado para seus produtos, através dos serviços identifica tanto as

necessidades não satisfeitas pelos produtos ou serviços ofertados, quanto às

novas oportunidades de produtos ou serviços.

No mercado competitivo de hoje em dia, produtos e serviços caminham

de mãos dadas. Na prática pode-se dizer, por exemplo, que um serviço de

hotelaria engloba uma série de produtos, como as instalações, mesas,

cadeiras, computadores, televisões e outros objetos tão ou mais importantes.

Observando no sentido oposto, nota-se que muitos bons produtos carecem de

serviços complementares como garantia, assistência técnica e orientações de

uso através de acompanhamento efetivo.

10

A abrangência de todos os conceitos de marketing de serviços é

baseada em aspectos mercadológicos, sendo eles competitivos e econômicos,

na percepção do nível de exigência do cliente e também na função do

marketing como forma de interação de toda a empresa.

1.1 – Conceitos de Marketing

Podem-se encontrar diversas definições para o marketing. Dentre elas,

para Associação Americana de Marketing, “marketing é o desempenho das

atividades que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor.”

Para Mc Carthy (2000), “marketing é um processo social que dirige o

fluxo de bens e serviços dos produtores para os consumidores, de maneira a

equilibrar a oferta e a procura, e visando alcançar os objetivos da sociedade

como um todo.”

Já o autor Las Casas, (2006), define marketing como, “a área do

conhecimento que engloba todas as atividades concernentes as relações de

troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos

consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou

indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que

estas relações causam no bem estar da sociedade”.

Segundo Kotler, (1999), “marketing é a análise, o planejamento, a

implementação e o controle de programas e/ou projetos formulados para

propiciar trocas voluntárias de valores com mercado-alvo, com o propósito de

atingir objetivos operacionais concretos.”

Hoje em dia a maioria das empresas trabalha com o marketing como

uma ferramenta para melhorar seu relacionamento com os clientes, ou seja,

ele é responsável em impulsionar toda a empresa para serem orientados para

o consumidor e para o mercado, os planos devem ser estabelecidos para

conquistar e manter consumidores em razão de muitos fatores afetarem a

satisfação do cliente.

A atividade de marketing está associada a todo o processo de gestão

da empresa integrando as áreas de planejamento e operações com a função

11

de direcionar toda a empresa em função dos objetivos, cumprirem metas e se

manter na concorrência do mercado. A venda acaba sendo uma consequência.

Desenvolver um programa em excelência e qualidade na prestação de serviços

é o primeiro passo para se conquistar cliente.

Na tentativa de se definir a palavra marketing, em conceito de

tradução, entende-se como mercado em movimento permanente.

As empresas hoje costumam entender este conceito, pois as mesmas

não podem mais se dar ao luxo de manter a mesma rotina todos os dias, elas

precisam se encaixar neste movimento que o marketing exige, devido à grande

concorrência no mercado em geral. A melhor maneira de se fazer isto é usar o

marketing para servir as necessidades do cliente e comunicar a substância da

empresa.

Marketing é o conjunto de operações executadas por uma empresa

envolvendo a venda do produto, desde a planificação de sua produção até o

momento que é adquirido pelo consumidor. (Dicionário Melhoramentos)

Observa-se que é feita a ligação da organização com seu mercado

através das atividades de comercialização representadas por produto, preço,

praça e promoção. Estes itens são chamados de composto de marketing, que

representam as principais etapas em todos os tipos de comercialização

possível, seja o objeto um bem, uma idéia, um serviço, etc. Todos os

elementos do composto de marketing são dirigidos a satisfação dos desejos e

necessidades dos consumidores

Enquanto as empresas procuram desenvolver um plano de marketing

mais adequado aos seus clientes, elas sofrem a influência de uma série de

variáveis, tais como: tecnologia, ambiente político/legal, concorrências

econômicas e outras, chamadas de variáveis incontroláveis, uma vez que a

maioria dos administradores não tem controle sobre elas, devendo-se adaptar

as suas imposições. O estudo do efeito destas variáveis, conforme

mencionado constitui-se no ponto de partida da comercialização, pois o

composto de marketing deve adaptar-se às condições ambientais.

1.2 – Definindo Serviços

12

A palavra serviço tem significados diversos, e alguns dicionários

registram variadas acepções desse substantivo masculino, e vamos listar

abaixo, algumas definições para que possamos elucidar melhor nossa

pesquisa:

• ato ou efeito de servir;

• exercícios de cargos ou funções obrigatórias;

• desempenho de qualquer trabalho, emprego ou comissão;

• estado de quem serve por salário;

• percentagem de uma conta de hotel ou restaurante,destinada a

gratificação ao pessoal;

• (economia) produto da atividade humana que, sem assumir a

forma de um bem material, satisfaz uma necessidade. Ex.: o

transporte, uma aula, um corte de cabelo.

Para se definir exatamente o que vem a ser um serviço, temos que

disponibilizar vários significados da palavra que são costumeiramente

utilizados para designar atos ou ações pertinentes ao campo de atuação de

marketing.

1.3 – Características dos serviços

Partindo da definição proposta por KOTLER E ARMSTRONG (1998 e

1998), de que um produto é tudo aquilo que satisfaz uma necessidade e que

tal satisfação pode ser promovida por um bem físico ou um bem intangível tem,

já aqui, uma primeira diferença, que é a característica da intangibilidade dos

serviços, contrapondo-se à natureza tangível dos bens de natureza física.

Para os mesmos autores, os serviços possuem quatro características

peculiares, que distinguem claramente um serviço de um produto físico:

Intangibilidade, Inseparabilidade, Variabilidade e Perecebilidade.

ü Intangibilidade - Os serviços são intangíveis porque não podem

ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou cheirados. Como os serviços são

atos ou performances, não é possível tanger um atendimento, uma consulta

13

médica, um corte de cabelos ou o deslocamento proporcionado pela compra

de uma passagem aérea.

A fim de reduzir essa incerteza do intangível, os consumidores

procuram por sinais e evidências da qualidade do serviço. Deduzem a

qualidade com base nas instalações, nas pessoas, nos equipamentos, no

material de comunicação, nos símbolos e nos preços percebidos. Por isso a

tarefa do prestador de serviço é “administrar as evidências”, para deixar

“tangível o intangível”. Enquanto o desafio dos profissionais de marketing de

produto é agregar-lhes idéias abstratas, o dos profissionais de marketing de

serviços é agregar evidências e imagens concretas a ofertas abstratas.

As empresas prestadoras de serviço tentam demonstrar a qualidade de

seus serviços por meio de prova física e apresentação. Um hotel desenvolverá

uma aparência e um estilo de lidar com os clientes que demonstrem sua

proposta de valor, seja limpeza rapidez ou algum outro benefício. Suponha que

um banco queira se posicionar como “rápido”. Ele pode deixar tangível este

posicionamento estratégico usando várias ferramentas de marketing, como por

exemplo:

- Instalações – os corredores internos e externos devem estar sempre

desimpedidos. A disposição dos caixas e o fluxo de pessoas devem ser

planejados cuidadosamente. As filas não devem ser longas.

- Pessoas – os funcionários devem estar ocupados. É preciso que haja

um número suficiente de funcionários para administrar o volume de trabalho.

- Equipamentos – computadores, copiadoras, mesas – devem ser e

parecer de última geração.

- Material de comunicação – textos e imagens – devem passar a idéia

de eficiência e rapidez.

- Símbolo – o nome e o símbolo devem sugerir serviço rápido.

- Preço – o banco pode anunciar que depositará cinco dólares na conta

de qualquer cliente, que ficar na fila por mais de 15 minutos.

Extraído de Kotler, Philip; Keller Kevin Lane. Administração de

Marketing, 2006, p.397.

14

ü Inseparabilidade – Os serviços são produzidos e consumidos ao

mesmo tempo. A simultaneidade faz com que, nos serviços em

que o cliente esteja presente, haja uma interação entre cliente e

prestador, de modo que o cliente também passa a fazer parte do

serviço e, consequentemente, a interferir em sua qualidade.

No caso de entretenimento e serviços profissionais, os compradores

estão muito interessados em um prestador de serviço específico. O show não

será o mesmo se Madonna estiver indisposta e for substituída por Shania

Twain. Quando os clientes demonstram forte preferência por determinado

prestador de serviço, o preço dele aumenta quanto mais limitado estiver seu

tempo.

Há diversas estratégias para superar essa limitação de tempo. O

prestador de serviço pode aprender a trabalhar com grupos maiores. Os

psicoterapeutas, por exemplo, podem diminuir a duração de suas sessões de

50 para 30 minutos e assim atender mais pacientes. A organização de serviços

pode treinar um número maior de pessoas. Artistas criativos também

desenvolvem técnicas para superar os limites da inseparabilidade.

ü Variabilidade - A sua qualidade depende, além de quem os

presta, também de quando, onde e como são proporcionados, o

que os torna altamente variáveis. Em função da variabilidade, um

funcionário pode ser eficiente e atencioso em algumas ocasiões e

ineficiente e desatencioso em outras, na medida em que seu

humor pode variar em função de circunstâncias profissionais e

pessoais. Para controlar a qualidade, as empresas de prestação

de serviços podem tomar três providências:

1- Investir em bons processos de contratação e treinamento – recrutar

os funcionários certos e oferecer a eles um excelente treinamento

são providências essenciais, independentemente do nível de

qualificação. Os funcionários devem mostrar competência, interesse,

capacidade de resposta, iniciativa, habilidade para solucionar

problemas e boa vontade.

15

2- Padronizar o processo de execução do serviço em toda a

organização – essa padronização é facilitada pelo preparo de um

projeto de serviços que simule ocorrências e processos em um

fluxograma, com o objetivo de detectar falhas potenciais.

3- Acompanhar a satisfação do cliente – utilizar sistemas de sugestão e

reclamação, pesquisas com clientes e comparação com

concorrentes. As empresas também podem desenvolver bancos de

dados e sistemas de informações do cliente para oferecer um

serviço mais personalizado.

Extraído de Kotler, Philip; Keller Kevin Lane. Administração de

Marketing, 2006, p.402.

ü Perecibilidade – Os serviços são perecíveis porque não podem

ser estocados para venda ou uso posterior. Isto pode representar

um sério problema para a empresa prestadora quando a

demanda é flutuante, como acontece nas empresas que lidam

com serviços de demanda cíclica, sazonal ou irregular.

Segundo Kotler e Armstrong (1999), as empresas de serviço também

podem empregar várias estratégias para produzir uma proporção melhor entre

demanda e oferta. Em termos de demanda, cobrar preços diferentes em

horários diferentes irá transferir uma parte da demanda dos períodos de pico

para os de não-pico, como ocorreu quando o McDonald’s começou a oferecer

o seu café da manhã Egg McMuffin, e os hotéis criaram pacotes especiais para

fins de semana. Serviços adicionais podem ser oferecidos durante os horários

de pico para proporcionar alternativas aos clientes que são obrigados a

esperar – como salas de coquetéis para esperar vagar uma mesa de

restaurante, e caixas automáticos nos bancos. Os sistemas de reservas

ajudam a administrar o nível de demanda; as empresas aéreas; hotéis e

médicos utilizam-nos regularmente.

Em termos da oferta, pode-se empregar funcionários em tempo parcial

para atender a demanda quando o volume aumenta. As universidades

empregam professores em tempo parcial quando o número de matrículas

aumenta, e os restaurantes recorrem a garçons e garçonetes em tempo

16

parcial. Pode-se administrar com mais eficácia a demanda nos horários de pico

se os empregados fizerem apenas tarefas essenciais durante esses períodos.

Algumas tarefas podem ser transferidas aos clientes, como preencher suas

próprias fichas médicas ou embalar suas próprias compras em

supermercados.

1.4 - Classificações dos serviços

As classificações podem conter limitações ou simplificações, mas

elas podem ser úteis para se ter uma perspectiva, em termos de amplitude e

profundidade dos serviços disponíveis, além de auxiliar na concepção do mix

de marketing mais adequado a cada tipo ou classe de serviço.

Segundo SEMENIK e BAMOSSY(1995), sugerem uma

classificação que é fruto de uma síntese de outros autores, feita por

RATHMELL(1974), segundo a qual os serviços podem ser tipificados com base

em fatores que contemplam o tipo de vendedor,tipo de comprador, os motivos

e as práticas de compra, as características ou atributos e o grau de

regulamentação governamental e o grau de contato com o cliente

Um primeiro tipo, tendo como base o cliente-alvo, envolve os serviços

destinados ao mercado consumidor (tais como serviços de manutenção

doméstica, serviços de barbeiro, etc.), e serviços destinados ao mercado

institucional (tais como consultoria, agência de propaganda e serviços de

manutenção).

O segundo tipo apresentado pelos autores, na sua síntese, divide os

tipos em serviços centralizados no homem e serviços centralizados na

máquina. No primeiro caso, há o concurso da mão-de-obra de forma mais

intensiva que na segunda, sendo exemplares desses tipos os casos de

massagistas, professores e pessoal de limpeza, ao passo que nos serviços de

transporte e telefonia, o valor do serviço está mais relacionado à máquina ou

equipamentos utilizados na prestação.

A habilidade e treinamento formal requeridos do prestador do serviço

são a base para a terceira categoria, que contempla os serviços de médicos,

17

advogados, dentistas e outros profissionais de curso superior de um lado e

serviços de limpeza, jardinagem e serviços de natureza mais braçal no outro

extremo.

Outro critério de categorização é saber se os serviços são prestados

por empresas orientadas para o lucro ou por entidades sem fins lucrativos, tais

como museus, orquestras, entidades filantrópicas, hospitais públicos, etc.

Quanto à regulamentação governamental, os serviços podem ser

divididos em serviços prestados por entidades altamente regulamentadas pelo

poder público, e serviços prestados por entidades que promovem sua auto-

regulamentação.

No primeiro caso, estão as empresas de utilidade pública, as escolas,

os hospitais e as concessionárias de serviços públicos, enquanto no segundo

caso encontra-se a maioria das empresas, que não sofrem tal tipo de controle.

Finalmente, os serviços podem envolver um maior ou menor grau de

contato com o cliente. Há serviços em que não ocorre ou pode não ocorrer

nenhum contato entre o cliente e o prestador, como é o caso do carteiro que

deixa uma carta na caixa do correio do cliente, ou do caixa do banco que

autentica documentos deixados num envelope e recolhidos por um

equipamento automático ou colocados numa urna. E há os serviços em que o

contato com o cliente é essencial e faz parte do próprio serviço, como é o caso

de um barbeiro ou cabeleireiro e mesmo do médico e do advogado.

18

CAPÍTULO II

A EXCELÊNCIA DO MARKETING DE SERVIÇOS

NAS EMPRESAS

2.1 – A competição em serviços

Segundo KOTLER e ARMSTRONG (1993), as atividades do marketing

de serviço exigem que, além dos quatro P’s do marketing tradicional voltado

para os clientes externos, sejam enfocados os aspectos que dizem respeito ao

marketing interno e ao marketing interativo.

19

No marketing tradicional, os quatro P’s criados por MCCARTHY (1976)

representam as estratégias operacionais ligadas ao Produto, ao Preço, à Praça

(Logística e Distribuição) e à Promoção (Comunicação de Marketing).

No marketing interno, a empresa deve concentrar esforços para treinar

e motivar seus funcionários, ressaltam os autores, citando William

Marriott(empresário fundador da rede de hotéis que leva seu nome), para

quem somente funcionários satisfeitos e orgulhosos do que fazem conseguem

transmitir satisfação e levar serviços de qualidade aos clientes que atendem. E

isto é fundamental para todos os ramos de serviço onde há maior contato e

interação entre empregados e clientes.

As ações de marketing interno isto é, as ações de marketing voltadas

para dentro da própria empresa, dirigidas para “vender” a idéia, o conceito da

própria organização para os “clientes internos”, devem preceder as ações de

marketing externo.

Segundo ZEITHAML, PARASURAMAN e BERRY (1990), que colocam

como de suma importância os aspectos relacionados à demonstração de boa

vontade e de consideração e atenção individualizada, aspectos estes que

interferem na maneira pela qual os clientes percebem a qualidade do serviço

prestado.

No que tange ao marketing interativo, isto é, nos contatos onde

interagem clientes e empregados, na consecução dos serviços, salientam os

autores que os clientes julgam a qualidade não apenas por seus aspectos

técnicos, qualidade técnica, mas também, pelos aspectos ligados à maneira

como o serviço foi prestado, que constitui a qualidade funcional.

Essa faceta da qualidade envolve a maneira pela qual o cliente foi

atendido e as habilidades, principalmente de relacionamento interpessoal,

demonstradas pelo prestador dos serviços. E, à medida que se acirra a

concorrência e aumentam as pressões para custos menores, o marketing

interativo precisa ser aprimorado, gerando, segundo KOTLER e ARMSTRONG

(1993), três tarefas desafiadoras para se atingir o sucesso: aumentar a

diferenciação competitiva, a produtividade, e a qualidade do serviço.

20

2.1.1 – Diferenciação competitiva

A diferenciação competitiva, dentre outros aspectos, inclusive

inovação na prestação dos serviços, pode ser transmitida aos clientes através

de três fatores, segundo KOTLER e ARMSTRONG (1993):

• através das pessoas, isto é, de funcionários mais capazes

e confiáveis que os dos concorrentes;

• através do ambiente físico, que, além de adequado ao

desempenho das atividades específicas do serviço, devem transmitir a

impressão de qualidade, sendo um dos componentes básicos da

“atmosfera de loja”, arranjo físico e disposição das instalações físicas,

inclusive sons, cores, odores,que, em seu conjunto, são responsáveis

por grande parte das sensações e impressões que sentem os clientes

da organização;

• através do processo, conjunto de ações e procedimentos

de execução dos serviços que deve procurar ser feito de modo a ser

percebido pelos clientes como mais eficaz que o processo dos

concorrentes.

2.1.2 – Produtividade

O aumento da produtividade, isto é, o aumento da quantidade

produzida em uma mesma unidade de tempo ou com os mesmos recursos, ou

a obtenção dos mesmos resultados com emprego de menor quantidade de

recursos (tempo, mão-de-obra, recursos financeiros, etc.), por sua vez, pode

ser alcançado, nos serviços, de diversas formas, tais como, dentre outras:

• tornar mais eficientes os funcionários, treinando melhor os

atuais ou contratando funcionários que estejam mais aptos a trabalhar

com afinco e a produzir mais com os mesmo recursos atuais;

• aumentar a quantidade de serviço prestado (por exemplo,

atendendo maior número de clientes), o que, em alguns casos, pode

21

ocasionar perda de qualidade e acabar gerando perdas maiores que os

ganhos de produtividade;

• “industrializando” os serviços, isto é, padronizando sua

execução ou fazendo-os através do uso de máquinas e equipamentos,

como nos casos de algumas lanchonetes e serviços bancários

automatizados;

• fazer com que o próprio cliente execute parte do serviço,

como ocorre nos estabelecimentos de auto-serviço (self-service), com

supermercados e alguns restaurantes, principalmente os de comida a

quilo. Contudo, apesar de suas evidentes vantagens, a excessiva

ênfase na produtividade pode comprometer a qualidade dos serviços e

deve ser encarada com os devidos cuidados, pois a qualidade é fator

primordial de fidelização do cliente

2.1.3 – Qualidade do serviço

No que tange à qualidade do serviço, KOTLER e ARMSTRONG (1993)

salientam que está é uma das principais formas de uma empresa se diferenciar

de seus concorrentes.

Entretanto, o conceito de “qualidade”, embora possa ser facilmente

entendido, é de difícil definição, e os autores referidos identificam cinco

abordagens básicas para definir o que vem a ser qualidade:

Ø qualidade transcendental;

Ø qualidade baseada no produto;

Ø qualidade baseada no usuário;

Ø qualidade baseada na produção;

Ø qualidade baseada no valor.

22

Pela abordagem, a qualidade transcendental se constituiria na

excelência inata, uma característica absoluta, passível de ser apreendida,

porém não de ser definida. Tal abordagem, não tem qualquer utilidade prática.

A definição da qualidade baseada no produto, ela é definida como um

conjunto mensurável e preciso de características.

Quando a definição da qualidade passa a ser abordada do ponto de

vista do usuário, ela pode ser entendida como a capacidade de promover a

satisfação de uma necessidade, de forma adequada às preferências do

consumidor, o que significa estar adequada ao uso, conforme JURAN (1974).

Na abordagem baseada na produção, a qualidade pode ser definida

como a conformidade às especificações, ou o grau de conformidade em que

determinado produto se atém às especificações do projeto, ou, que esteja em

conformidade com as especificações e adequado ao propósito com que as

especificações foram feitas.

Finalmente, na abordagem da qualidade centrada no valor, os custos e

os preços adquirem relevo e “um produto de qualidade é aquele que provê

desempenho ou conformidade a um preço ou custo aceitável”.

No que concerne aos serviços, o conceito de qualidade se torna ainda

mais complexo, pois não pode ser medido através de aspectos objetivos, como

acontece no caso dos bens físicos, pois, conforme assinalam

PARASURAMAN, ZEITHAML e BERRY (1988), a qualidade de serviço tem

natureza mais abstrata dada às características de intangibilidade e demais

características que compõem a singularidade dos serviços. Nesse caso, a

medida mais adequada, é a percepção da qualidade por parte do cliente.

A qualidade percebida pelo consumidor é o julgamento a respeito da

excelência geral ou superioridade do fornecedor. É uma forma de atitude,

relacionada, mas não equivalente à satisfação, e que resulta da comparação

das expectativas com as percepções de desempenho efetivo. Assim, o que os

clientes fazem é, em resumo, comparar o serviço que recebem com o serviço

que, segundo suas expectativas, deveriam receber. O julgamento da qualidade

resultará do grau e da direção do afastamento (ou discrepância) entre as

expectativas e o efetivamente recebido do fornecedor.

23

Assim, se um cliente julga ter recebido um serviço cuja qualidade

supera suas expectativas, ele considera haver recebido uma prestação de

qualidade superior e se sente inclinado a utilizá-lo novamente, ou recorrer

novamente à empresa que o prestou (KOTLER e ARMSTRONG, 1993), de

modo que é importante que a empresa se preocupe, constantemente, com a

qualidade do serviço que presta, medindo-a através da percepção dos clientes.

Por isso, a empresa deve identificar as expectativas de seus clientes e

esforçar-se para atendê-las e superá-las, de modo a conservar o cliente e

adquirir sua fidelidade, no que concordam autores como McKENNA (1993),

KOTLER e ARMSTRONG (1993), e conforme ressaltam ZEITHAML,

PARASURAMAN e BERRY (1990), ao assinalarem que as empresas cujos

serviços são percebidos como superiores, pelos clientes, obtêm, sobre os

concorrentes, melhores preços, maior lucratividade e maior fidelidade dos

clientes, além deste fato se constituir numa estratégia de diferenciação,

conforme bem assinala PORTER (1992).

Segundo KOTLER (1998), existem alguns fatores determinantes para

qualidade dos serviços, que são eles:

• Confiabilidade – a habilidade de prestar serviço como

prometido.

• Capacidade de resposta – cumprir o prometido no prazo

determinado.

• Segurança – conhecimento e cortesia dos funcionários,

transmitindo segurança.

• Empatia – consideração e atenção individualizada, que a

empresa presta a seus clientes.

• Itens intangíveis – aparência das instalações físicas, dos

equipamentos, funcionários e material de comunicação.

De acordo com Kotler (1998), muitos estudos demonstram que

empresas de serviços gerenciados com excelência possuem em comum,

práticas como a concepção estratégica, o comprometimento da alta gerência

com a qualidade, padrões rigorosos, sistemas de monitoramento do

24

desempenho dos serviços, atendimento às reclamações dos clientes e ênfase

na satisfação tanto dos funcionários quanto dos clientes.

Para Gronroos (2004), a qualidade de serviços é muito complexa. A

qualidade dos bens está tradicionalmente relacionada com suas

especificações técnicas, embora mesmo em um contexto de bens, uma

empresa que utilize uma estratégia de imagem, por exemplo, tente acrescentar

algo a qualidade do componente de seus produtos criando valor extra

imaginário para seus clientes usando, por exemplo, aspectos de moda, status

ou estilo de vida.

Serviços que são uma série de processos cuja produção e consumo

não podem ser separados, e nos quais muitas vezes o cliente participa do

processo de produção, seguramente serão percebidos como extremamente

complexos. Todavia para desenvolver modelos de gerenciamento e marketing

de serviços, é importante entender o que os clientes estão procurando e o que

avaliam.

Quando o fornecedor de serviços entende como os serviços serão

avaliados pelo usuário, é possível identificar modos de gerenciar essas

avaliações e influenciá-los na direção desejada. A relação entre o conceito de

serviço, o serviço oferecido aos clientes e os benefícios para os clientes tem de

ser esclarecida.

Ainda, de acordo com Gronroos (2004), qualidade é o que os clientes

percebem – Na literatura sobre qualidade de serviço nota-se que a qualidade

de um produto ou serviço em particular é qualquer coisa que o cliente perceba

que ela seja.

Dentro das empresas é preciso definir qualidade do mesmo modo que

os clientes o fazem, caso contrário pode-se tomar providências erradas em

programas de qualidade e investir mal o dinheiro e o tempo. Deve-se sempre

lembrar que o que conta é a qualidade como percebida por clientes.

25

Dimensões da qualidade: o que e como – conforme citado por

Gronroos, (2004). Basicamente a qualidade de um serviço, como percebida

por clientes, tem duas dimensões: uma dimensão técnica ou de resultado, e

uma dimensão funcional ou relacionada a processo. O hóspede de um hotel

receberá um quarto e uma cama para dormir, o consumidor dos serviços de

um restaurante obterá uma refeição, o passageiro de uma empresa aérea será

transportado de um lugar para outro, o cliente de um consultor de empresas

pode obter um novo esquema organizacional, a reclamação de um cliente

insatisfeito pode ser acertada em uma loja de varejo, e assim por diante. Todos

esses resultados de processos de serviço são obviamente parte da experiência

da qualidade.

O que clientes recebem em suas interações com uma empresa é

importante para eles e para sua avaliação da qualidade. Internamente isso é

considerado como a qualidade do serviço prestado, porém não é totalmente

verdadeiro. É uma mera dimensão da qualidade denominada qualidade técnica

do resultado do processo de produção do serviço. Na literatura de

gerenciamento de serviço, o termo “qualidade do resultado” também tem sido

usado para essa dimensão. É o que fica com o cliente ao final do processo de

produção do serviço e de suas interações comprador-vendedor.

O cliente é influenciado também pelo modo de como ele recebe o

serviço e como ele experimenta o processo simultâneo de produção e

consumo. Essa é outra dimensão da qualidade, estreitamente relacionada com

o modo como são tratados momentos da verdade dos encontros de serviço em

si e como o fornecedor de serviços funciona. Por conseguinte, ela é

denominada qualidade funcional do processo. Na literatura esta dimensão é

também é rotulada de “qualidade do processo”.

As duas dimensões da qualidade isto é, o que e como não são válidas

apenas para serviços. A solução técnica para um cliente – fornecida, por

exemplo, por uma máquina ou outro bem – é parte da qualidade técnica geral

percebida por este cliente.

26

2.2 – Endomarketing

É o marketing de relacionamento interno, a empresa fala com a

empresa, com o público interno. O endomarketing na definição de Bekin (2004)

utiliza ações gerenciais de marketing eticamente dirigidas ao público interno

das organizações, observando condutas de responsabilidade comunitária e

ambiental. O objetivo é relacionamento, treinar para vendas e atendimento ao

cliente.

Pessoas são o alvo das ações de endomarketing, investir em

treinamento, informação, incentivos, políticas sociais e ambientais, transformar

o cliente interno em parceiro, atribuir liderança. Os resultados dessas ações se

transformam em prestação de serviços de qualidade, reverte para a empresa

na busca pela excelência.

2.3 – A satisfação nos serviços

Segundo Kotler (2004), a satisfação do cliente após a realização da

compra depende do desempenho da oferta em relação às suas expectativas,

sendo que, de modo geral, "a satisfação do cliente consiste na sensação de

prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou

resultado) percebido de um produto em relação às expectativas do comprador"

(KOTLER, 1998, p. 58).

Kotler e Armstrong (1999) afirmam que a satisfação do cliente depende

do que ele percebe sobre o desempenho do produto ou serviço em relação às

suas expectativas. Se esse desempenho não corresponder às expectativas do

cliente, o comprador ficará insatisfeito. Se corresponder, ele ficará satisfeito.

Se exceder às expectativas, ele ficará maravilhado e, de acordo com os

autores, empresas inteligentes têm como objetivo maravilhar o cliente,

prometendo somente aquilo que podem oferecer e entregando mais do que

prometeram.

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A satisfação é função de desempenho e expectativas percebidos,

onde, caso o desempenho não alcance às expectativas, o cliente ficará

insatisfeito e, no caso do desempenho alcançar as expectativas, o cliente

ficará satisfeito, porém, se o desempenho for além das expectativas, o cliente

ficará altamente satisfeito ou encantado.

Ainda conforme Kotler (2004), os clientes formam as suas expectativas

baseados em experiências anteriores em compras, conselhos de amigos e

colegas e informações e promessas de profissionais de marketing e de

concorrentes. Se os profissionais de marketing estabelecerem expectativas

muito altas, o comprador provavelmente ficará desapontado.

Em função disso, de acordo com Kotler (2004), algumas das empresas

mais bem sucedidas de hoje estão elevando expectativas e encontrando

formas de garantir seu desempenho superior. O produto ou oferta alcançará

êxito se proporcionar valor e satisfação ao comprador-alvo. O comprador

escolhe entre diferentes ofertas com base naquilo que parece proporcionar o

maior valor. O valor é definido como a razão entre o que o cliente recebe e o

que ele oferece. O cliente recebe benefícios e assume custos. Os benefícios

incluem benefícios funcionais e emocionais. Os custos incluem custos

monetários, de tempo, de energia e psicológicos.

Como fator estratégico para as empresas prestadoras de serviço o

profissional de marketing pode aumentar o valor da oferta para o cliente com

diversas estratégias:

• Aumento de benefícios;

• Redução de custos;

• Aumento de benefício e redução de custos

• Aumento de benefícios em proporção maior que o aumento de

custo;

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• Redução dos benefícios em proporção menor que a redução de

custos.

Kotler (2004) ressalta que, embora a empresa centrada no cliente

busque criar um alto nível de satisfação, sua meta principal não é maximizar a

satisfação de clientes. Se a empresa aumenta a satisfação do cliente

reduzindo seu preço ou aumentando seus serviços, o resultado pode ser lucros

menores.

A empresa tem muitos públicos interessados, incluindo funcionários,

revendedores, fornecedores e acionistas. Gastar mais para aumentar a

satisfação de clientes pode desviar recursos referentes ao aumento da

satisfação dos demais 'parceiros'. Por fim, a empresa deve operar com base

na filosofia de Marketing de que está tentando alcançar um alto nível de

satisfação de clientes, assegurando, pelo menos, níveis aceitáveis de

satisfação dos demais públicos interessados, considerando as limitações de

seus recursos.

Segundo Hoffman e Bateson (2003), embora exista uma variedade de

definições alternativas, a definição mais popular da satisfação ou insatisfação

do cliente é que ela é uma comparação das expectativas do cliente com suas

percepções a respeito do encontro de serviço real.

Conforme Hoffman e Bateson (2003), embora alguns possam

argumentar que os clientes às vezes não têm razão, pouca evidência pode ser

encontrada sobre expectativas extravagantes de clientes, pois,

conseqüentemente, satisfazer clientes não é uma tarefa impossível. Na ver-

dade, satisfazer e exceder as expectativas do cliente pode resultar em vários

benefícios valiosos para a empresa. A propaganda positiva boca a boca feita

por clientes muitas vezes se traduz em novos clientes.

Na visão de Hoffman e Bateson (2003), sem clientes não há razão

para a existência da empresa, as quais devem principalmente no setor de

serviços, definir e medir proativamente a satisfação do cliente.

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De acordo com Lovelock e Wright (2005), uma empresa deve

inicialmente descobrir o quanto seus clientes atuais estão realmente satisfeitos

ou insatisfeitos para poder melhorar o nível da satisfação. Uma forma de medir

esta satisfação é solicitando ao cliente que identifiquem quais são os fatores

importantes em sua satisfação e, posteriormente, avaliar o desempenho de um

fornecedor de serviço e seus concorrentes nesses fatores.

Conforme os autores são evidentes que clientes irritados ou

insatisfeitos são problemáticos porque podem passar para outra companhia e

disseminar um boca a boca negativo. Mas os autores questionam se apenas

satisfazer o cliente é suficiente, pois acreditam que uma empresa poderia

argumentar que produtos e serviços raramente são perfeitos e que é muito

difícil agradar totalmente as pessoas.

Lovelock e Wright (2005) ressaltam que as empresas que assumem

essa perspectiva podem estar chamando os problemas, já que há muitas

indicações de que a mera satisfação dos clientes não basta. Clientes

satisfeitos ou indiferentes podem ser atraídos por concorrentes. Um cliente

encantado, porém, é mais propenso a permanecer fiel a despeito de ofertas

competitivas atraentes. A satisfação do cliente desempenha um papel

particularmente crítico em ramos altamente competitivos, onde há uma enorme

diferença entre a fidelidade de clientes meramente satisfeitos e a de clientes

completamente satisfeitos ou encantados.

2.4 – A importância do Pós-Venda nas organizações

Hoje em dia as organizações estão muito preocupadas com o que o

cliente percebe do seu negócio e alguns pontos são cruciais neste

entendimento, como:

• Maior preocupação com clientes e usuários;

• Mudanças nas expectativas da sociedade;

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• Responsabilidade social;

• Ética no trabalho;

• Valorização dos empregos;

• Fim da estabilidade;

• Pós-venda

Quem não tem uma história de pós-venda para contar por ter obtido

um serviço ruim? Ou não ter conseguido realizar a troca de algum produto por

ser sábado, ou ganhou um presente, mas não conseguiu trocá-lo por não

possuir nota fiscal, ou ainda teve aborrecimentos com a assistência técnica de

um produto que ainda estava na garantia?

Diante disto o Procon, principal entidade de defesa do consumidor

ligada a Secretaria Estadual de Justiça, tem recebido a cada dia um número

maior de reclamações. Isso demonstra que o consumidor brasileiro está mais

atento em relação a defesa de seus direitos, porém revela que as empresas

brasileiras, na sua maioria, não estão muito preocupadas em atender as

expectativas de seus consumidores.

É necessário a empresa identificar e satisfazer as necessidades do

cliente ao implementar o seu programa de serviço de suporte e assistência ao

produto. Pois de que adianta uma empresa com excelente infra-estrutura,

funcionários capacitados e treinados, um financeiro e administrativo eficazes,

mas sem o foco no cliente? Porque o pós-marketing ou marketing de

relacionamento consiste exatamente em, ao invés da empresa se preocupar

com a conquista de novos clientes, precisa estabelecer uma relação de

manutenção com o cliente atual, fazendo com que o mesmo torne-se fiel a

empresa.

É através da manutenção de uma carteira de clientes fiéis que uma

empresa pode minimizar a dependência de tentar conquistar continuamente

novos clientes numa luta com um número enorme de concorrentes, e cada vez

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mais capacitados. Por isso, a procura por novos clientes tem aumentado os

custos de marketing, e manter os clientes conquistados é mais viável e sai

mais baratos que atrair clientes novos, porque fazer ações estratégicas de

marketing direto ou retenção para quem tem interesse e já faz parte de seu

mercado atendido, é mais rentável para as empresas que buscar clientes

aleatórios através de propaganda em massa.

Cada nova transação gera um novo momento de pós-venda, e pode ter

características e natureza diferentes. O processo de pós-venda abrange as

interações de uma empresa com seus clientes ou vice-versa após a realização

da venda. Segundo Vavra (1993), esta interação deve ser continuada, porque

é tão importante e necessária quanto a venda, pois se a empresa quiser obter

oportunidades continuadas de negócios com mesmo cliente no futuro, precisa

criar um programa de satisfação ao cliente, visando uma estratégia ao ,longo

prazo, e o único caminho para uma sobrevivência rentável a longo prazo é o

marketing focado no cliente.

Para Levitt (1985) a venda consuma o namoro; depois começa o

casamento. O quanto o casamento tem de bom depende do quão bem o

relacionamento é administrado pelo vendedor. Isso determina se haverá

negócios continuados e se serão expandidos, ou haverá problemas e divórcio.

Em outras palavras, aumentam-se os custos ou os lucros.

Na verdade, os empresários precisam se conscientizar que os serviços

constituem o grande diferencial de um negócio, e as imagens positivas de

confiança, agilidade, empatia, comprometimento e bons serviços ainda

determinam a preferência do consumidor, através de um pós-venda bem

orientado e conduzido de forma altamente profissional e qualificada pelas

organizações.

Evidenciando um pouco mais essas preocupações das empresas nos

mercados, temos o pós-venda como um grande ponto em que a empresa pode

se diferenciar de seus demais concorrentes e que hoje não é muito explorado.

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Essa diferenciação poderá ser alcançada, através de alguns pontos, no qual

evidencia muito bem alguns autores como Kotler e Armstrong (1999):

• Através de tecnologia e processos operacionais utilizados;

• Facilidade de acesso aos serviços;

• Comunicação eficiente com usuários;

• Forma de atendimento aos clientes;

• Qualidade e motivação do pessoal;

• Clareza nas informações passadas;

• Interação empresa-cliente.

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CONCLUSÃO

Como visto no decorrer desta monografia, o marketing de serviço é

considerado uma evolução na atividade de marketing e imprescindível para as

organizações.

Através dos conceitos e definições evidencia-se a ênfase na prestação

de serviços como a forma mais eficaz de conquistar clientes, de adquirir status

diferenciado em relação à concorrência.

Conclui-se também que o diferencial de marketing de serviços, está na

mudança de foco dos princípios gerenciais, onde se transforma a utilidade

baseada em produto para utilidade total no relacionamento com o cliente, a

transação de curto prazo para relacionamento de longo prazo, a qualidade dos

produtos (bens/serviços) para a qualidade percebida pelo cliente em

relacionamento duradouro com o cliente, a produção de solução técnica como

processo-chave da organização para desenvolvimento de utilidade total e

qualidade total como processo-chave.

Além de investir em inovação tecnológica, mão-de-obra especializada

e treinamentos também são necessários investir no gerenciamento do

relacionamento com seus clientes, e criar estratégias de motivação para seus

funcionários, preparando-os para enfrentar a demanda da concorrência diária,

que assola o mercado.

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As etapas que envolvem um processo de serviço dentro de uma

organização precisam funcionar bem, especialmente quando há interação com

o cliente, porque se uma parte neste processo for mal administrada, havendo

falhas, tudo o que foi desenvolvido ao longo do caminho poderá ter sido vão,

levando o cliente a questionar e revisar sua opinião sobre o serviço da

empresa. Portanto, para qualquer ação de marketing desenvolvida por uma

empresa, é preciso que ela tenha uma base de conhecimento sobre o

comportamento do consumidor, sendo necessário estabelecer um canal direto

de comunicação com ele (cliente), para facilitar a conquista de sua alta

credibilidade.

Independente do nível de serviços é importante que ele seja definido e

comunicado claramente para que todos os envolvidos dentro de uma

organização saibam o que devem fornecer, e os clientes o que vão receber

pela frente.

As empresas devem buscar sempre o objetivo de atingir a excelência

nos serviços, e o êxito ocorrerá mediante o conhecimento das características

dos serviços e a importância do gerenciamento bem sucedido no

relacionamento com seus clientes, e esses, consequentemente terem ainda

mais suas expectativas atendidas através da perspectiva criada em relação à

empresa.

No século XXI, com a velocidade da informação a tecnologia passa a

ser uma ferramenta estratégica de suma importância para as organizações,

tendo em vista que com o uso dela, consegue-se oferecer mais vantangens,

tanto ao consumidor, como para a própria empresa, sendo assim, facilitando a

comunicação com os usuários e diminuindo os custos.

O marketing de serviços consolida uma realidade na prática de vendas,

na busca de soluções e determina que as necessidades do cliente e do

mercado é que ditam as regras e definem os novos procedimentos.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> O desbravador do varejo;

Anexo 2 >> Vale tudo por você.

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ANEXO 1

PRODUZINDO O MATERIAL

Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios Nº 244 O Desbravador do Varejo Ao adotar a modernidade e o pioneirismo como características, o Grupo Angeloni tonou-se referência entre as rede de supermercados do país Por Kátia Simões Cruzar os 205 km que separam a cidade de Criciúma da capital Florianópolis não é fácil. A BR-101 mais parece uma seqüência de desvio do que uma estrada federal. O que era para ser feito em duas horas exige o dobro de tempo. “É por isso que não sai mais daqui. Detesto andar atrás dos outros, quero estar sempre estar na frente”, a firma Antenor Angeloni, fundador ao lado do irmão Arnaldo, do grupo Angeloni, formado por 20 supermercado, 4 postos de combustíveis e 19 farmácias espalhados pelos estados de Santa Catarina e Paraná. Homem de poucas palavras, físico privilegiado para os seus 73 anos e olhar atento ao que acontece ao seu redor, ele conta que sempre se sentiu atraído por desbravar mercados. “Sou curioso, aberto a novidades e disposto a implantar em meus negócios o que possa melhorar a vida do cliente e torná-lo mais fiel”, diz. “Se isso significar pioneirismo, melhor”. A rede de supermercado Angeloni, que atendeu 26,7 milhões de cliente em 2008, é referencia regional e traz no DNA a marca do seu criador: olhos voltados para o futuro. Seu traço de pioneirismo reporta a sua própria criação, em 1959, quando se apresentou como o primeiro autosserviço do estado. Cinco décadas mais tarde, é vista como desbravadora do comércio digital no segmento. Implantou sua loja virtual em 1999 e há três anos saiu na frente, sendo a primeira do ramo a vender produtos pelo celular. Hoje 1% do faturamento da Angeloni, estimado em R$ 1,4 bilhão para este ano, é decorrente das transações online e a expectativa é de um crescimento anual médio de 25% até 2011 “O grande diferencial do comercio eletrônico praticado pela Angeloni não está apenas no uso da tecnologia de ponta, mas na forma de servir o consumidor”, afirma Edson Doria, diretor de novos negócios do grupo. Ao contrário da maioria das empresas, o cliente – responsável por cerca de 42 mil pedidos por ano só na área de alimentos – pode fazer suas compras online e retirá-las na loja física ou optar pela entrega em domicílio; receber os pedidos no mesmo dia, em cinco diferentes horários; enviar o pedido de compra por fax ou e-mail; adquirir alimentos fracionados de acordo com a suas necessidades e retirar nas lojas frutas, verduras e perecíveis com hora marcada. Paralelamente, os 700 mil membros do Angeloni Clube, portadores do cartão fidelidade da marca, podem fazer suas compras também pelo celular, tendo à disposição um catálogo com 8.500 produtos, entre eles eletrônico. “Basta baixar os programa gratuito que é instalado na primeira vez que o consumidor entra no site da rede via celular”, diz Doria. De acordo com o executivo, a transmissão da imagem do código de barras de cada produto ou a indicação dos números de identificação viabilizam a compra. O

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pagamento pode ser feito com o cartão de crédito, dinheiro ou cheque, com entrega na loja física ou em domicilio. “A proposta é estar sempre na vanguarda do comercio eletrônico do país, alem de oferecer ao cliente ao máximo de canais de venda possível”, afirma Doria. “O novo site, que deverá entrar no ar no próximo semestre, trará novos canais de interatividade, como blogs e chats, e ampliará os limites de entregas das vendas eletrônicas para além de Santa Catarina. A idéia é atender a região sul e depois, aos poucos abranger todo país.” Para Alberto Serrentino, sócio da Gouvêa de Souza & MD, consultoria de varejo, a incorporação de novos canais de venda e a interação entre eles são os principais diferenciais do Grupo Angeloni. “Eles são flexíveis e atentos as tendências de varejo internacional. Apesar de ser uma operação regional de médio porte, a empresa é uma das únicas do país a incorporar o celular o canal de comunicação e relacionamento com o cliente de forma estruturada e permanente. Esse é um sinal de vanguarda”, afirma. Disposto a garantir o máximo de comodidade e flexibilidade no atendimento aos clientes, com pleno controle da operação, o Grupo Angeloni inaugurou em 2006, em Porto Belo, na Grande Florianópolis, um Centro de Distribuição com 36 mil metros quadrados e capacidade de armazenamentos de 18 mil itens. Além de gerenciar o abastecimento da rede, o Centro, totalmente automatizado, permite o rastreamento das mercadorias da compra até venda no caixa, controla a reposição dos produtos vendidos nas lojas e garante a adequação dos estoques e redução das perdas por falta de produtos. O novo sistema de operação, que soma a logística afinada com a tecnologia e atendimento personalizado, na visão de Antenor, foi um dos responsáveis pelo bom desempenho da rede nos últimos anos. O Grupo Angeloni ocupa hoje o nono lugar no ranking de vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), sendo a maior rede de supermercados de Santa Catarina e a terceira da região Sul. “Não temos a pretensão de ser a maior, mas trabalhamos duro para ser a melhor nos locais onde atuamos, independentemente do porte e da tradição da concorrência”, afirma Angeloni. E ele sabe o tamanho do desafio que bate a sua porta. O Wal-Mart, maior varejista mundial do setor, está prestes a inaugurar suas primeiras lojas no estado, muitas delas próximas a unidades do Angeloni. “Não será o primeiro e nem o último desafio que teremos que driblar”, afirma o sócio. PASSO A PASSO O primeiro grande desafio foi transformar uma pequena loja de embutidos em supermercado e implantar o conceito de autosserviço em Criciúma, já que a proposta era vista como novidade até mesmo em São Paulo. “Quando removemos o balcão do primeiro mercado, as pessoas cochichavam que seria mais um negócio fadado ao fracasso”, lembra Angeloni. “Fomos determinados e persistentes em nossos propósitos, mudamos a cultura local com muito trabalho e oferta aos clientes de produtos que eles não encontravam na região e até mesmo no próprio estado.” Outro momento difícil aconteceu em meados dos anos 70, quando o grupo perdeu três lojas de uma só vez: duas foram destruídas pela enchente e uma saqueada. Foram 50 dias fora de operação e um pedido de concordata para garantir a sobrevivência do negócio. “Em seis meses liquidamos todas as dívidas com o faturamento das próprias lojas”, lembra o empresário. “Muitas vezes, é preciso dar um passo para trás para garantir passos futuros. É doloroso, mas ajuda a crescer com solidez.” O empreendedor observa, ainda, que

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quando foi fundada a Associação Catarinense de Supermercados, no fim dos anos 70, sete bandeiras dominavam o setor no estado. “Eram todas muito maiores que nós. Crescemos dando um passo de cada vez e ocupamos o espaço deixado por elas. Todas fecharam”, conta. De acordo com Angeloni, a receita para enfrentar a concorrência é acompanhar de perto o que ela faz de melhor, descobrir onde tropeça e não descuidar em nenhum momento da própria operação. “É preciso fazer um dia melhor do que o outro, atendendo o cliente em suas necessidades e surpreendendo-o com uma variada oferta de produtos e boas condições de compra”, diz. Hoje, as lojas Angeloni oferecem entre 18 mil e 35 mil itens, dependendo do porte, têm cerca de 5 mil metros quadrados da área e contam com uma alameda de serviços que abrigam a praça de alimentação, agência bancária e farmácia. “Quem tem um bom projeto de loja, que contempla não só a arquitetura, mas o conforto do cliente, a ambientação dos produtos, além da facilidade de acesso e boa logística, já domina boa parte do segredo do sucesso”, afirma. “A ordem é fazer benfeito, pois assim o retorno será natural.” O fazer benfeito a que ele se refere implica em administrar treinamento contínuo à equipe; observar com rigor a procedência e a qualidade de cada produto; formar parcerias com fornecedores para oferecer ao cliente melhores condições de compra; dar benefícios aos funcionários atrelados a metas e administrar a empresa de forma profissional, embora ela seja na essência uma empresa familiar. CARTILHA PRÓPRIA Antenor não esconde que muito de sua cartilha empreendedora ele aprendeu na prática, observando a concorrência, viajando e conhecendo as principais operações de varejo da Europa e dos Estados Unidos, lendo, colocando a mão na massa e respeitando o próprio feeling. “Eu sempre fui muito determinado e obcecado por fazer o melhor”, diz. “Sou mais da prática do que da teoria. É errando que se aprende e não manual de gestão que seja mais eficiente que a escola do dia a dia. Não é a toa que boa parte de que está à frente de consultorias não consegue levar seus negócios adiante. Eles quebram”. Outro cuidado essencial para quem espera fazer a diferença é trabalhar com recursos próprios, afim de não dar um passo maior que a própria capacidade, e estar aberto a modernidade. “Eu detesto computador, não sei sequer ligar a máquina, mas faço questão que a empresa seja de vanguarda, que aplique o que há de mais novo em tecnologia para garantir melhores resultados continuamente e facilitar a vida do cliente”. Praticante de pilates, bom dançarino de vanerão, dança típica do sul, e um apaixonado por vinho – tem mais de 4 mil garrafas, a maioria franceses –, Angeloni hoje não passa mais do que três horas de seu dia a frente dos negócios. “Um bom empreendimento se traduz nos números, eles são o reflexo da realidade, e os nossos tem se mostrado bastante positivos”, afirma. Longe de querer ser o dono da verdade, ele garante que sabedoria total não existe. “O que existe é sorte, persistência, foco, crença no próprio sonho, bom senso e paciência. Na vida é assim e nos negócios também não é diferente.”

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ANEXO 2

Revista Época Negócios – Nº42 VALE TUDO POR VOCÊ Acompanhe, minuto a minuto, a guerrilha travada pelas quatro grandes operadoras de celular para conquistar o cliente no mercado mais disputado no mundo. Entenda as recentes mudanças no controle acionário de Vivo e Oi e o que você e sua empresa podem ganhar com isso Por Marcos Todeschini Alex Salgado está numa chamada em viva voz na sala da diretoria de top clientes da operadora Tim, em São Paulo. Responsável pelo time de vendas da empresa ele conversa com um funcionário do Rio de Janeiro, pontuando bem a questão. Acontece assim o diálogo: - O que eu quero saber é: Quando vamos resolver este problema? - Estamos aguardando a resposta dos fornecedores, Alex. - Então aperte os fornecedores, cara. Porque esta resposta eu não aceito. Os clientes não podem esperar. Tenho certeza de que com duas ligações você resolve o problema. E sentencia ríspido: - Procure uma solução. A tensão vivida na sala da diretoria da Tim é apenas um exemplo do que acontece nos bastidores setor de telefonia móvel no Brasil. Frenético, ultracompetitivo, dinâmico e imprevisível, não há parâmetros que o comparem a outros setores da economia. Duas negociações simultâneas, ocorridas no final de julho e que tiveram como pivô a Portugal Telecom (PT), deixaram este cenário ainda mais acirrado. O interesse de duas empresas de telefonia fixa por operadoras de celular explica-se por dois motivos. O primeiro está ligado ao processo de consolidação por que passa atualmente o mercado brasileiro. Ocorre aqui o que já aconteceu em mercados mais maduros. “As empresas prestadoras de serviços em telecomunicações juntam-se para formar três ou quatro grandes conglomerados e oferecer aos consumidores e empresas pacotes que agreguem vários serviços”, diz a analista de telecomunicações Elia San Miguel, da consultoria americana Gartner. O segundo motivo é a opção cada vez mais forte dos consumidores por telefones móveis e banda larga, em detrimento das linhas fixas. Junte-se a isso o fato de o mercado brasileiro ser um dos mais competitivos do mundo e está formado um cenário que implica desafios imensos. Juntas, as quatro maiores operadoras de celular que atuam no país movimentam R$ 92 bilhões, gerenciam cerca de 180 milhões de linhas e empregam quase 40 mil pessoas. O grande drama está em como esses números são divididos. As quatro repartem de forma quase igualitária o mercado e disputam o consumidor celular a celular. Vivo caminha à frente, como uma fatia de 30,2% do mercado. Claro tem 25,3% 4 Tim, 24%. Logo abaixo, aparece a Oi com 21,1%.

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Atiradores de elite, campo de batalha, espionagem, inimigo. Muito do vocabulário utilizado informalmente dentro dos muros das companhias de celular relaciona-se a um cenário de guerra – e não é por acaso. As 185 milhões de linhas em operação (quase uma por habitante e com perspectiva de chegar em 2018 com cerca de 270 milhões) fazem do Brasil o quinto maior mercado do mundo e um campo de batalha que caminha para a saturação. As operadoras travam uma disputa cada vez mais acirrada para entrar em um estágio em que mercados mais maduros, como os da Europa e dos Estados Unidos, estão a mais tempo. Daí surge uma espécie de “rouba-monte” (uma tradução livre para o termo em inglês churn), em que a estratégia é fazer com que os clientes migrem o mais rápido possível da operadora concorrente. E para isso, vale tudo. Ou quase tudo. Pacote com torpedos grátis? Tem. Plano para falar infinitamente durante um ano? Tem. Bônus para conversar de graça com a mãe, o pai ou o avô? Também tem. Aparelho gratuito se comprovar ser cliente de outra operadora? É só escolher o modelo. Se uma empresa lança um plano novo, dali a poucos dias as concorrentes dão a replica, muitas vezes com aprimoramentos e uma grande quantia investida em marketing, para a divulgação. “Monitoramos tudo. Muitas vezes sabemos com antecedência o que as outras vão laçar. Sempre vasa alguma coisa”, diz Flavia Bittencourt, diretora de marketing da Oi. Rádio outdoors, TV, You Tube, Facebook. A competição na telefonia está escancarada nas mídias tradicionais e nas novas. As campanhas tentam atrair seus consumidores com aquilo que as operadoras acham que têm de diferente. Os gastos com propaganda e marketing são diluídos no custo para aquisição de novos clientes e aparecem nos balanços. Para conquistar o consumidor, nada de economia. Só no ano passado as quatro operadoras investiram R$ 674 milhões. A Claro contratou o jogador Ronaldo Fenômeno para divulgar um pacote que dá a liberdade de montar o plano de acordo com suas necessidades. Na Vivo, a jornalista Marília Gabriela alardeia o plano de expansão da rede 3G para 2,8 mil cidades. Para anunciar as vantagens de seu pré-pago, a Oi escalou um time formado pelo ator Rodrigo Santoro e o técnico Dunga que, quando gravou a campanha, usava um celular da Claro, pequena gafe, mas imperdoável num mercado tão acirrado. A Tim tem os atores Wagner Moura e Daniele Suzuki divulgando seus planos de R$ 0,25. A Nextel escalou os cantores MV Bill e Herbert Viana para convidar as pessoas a entrar para o clube, que ganha cada vez mais adeptos entre empresas e pessoas físicas. Campanha Pesada A estratégia de estimular o tráfego interno foi o que salvo a Tim do prejuízo em que se encontrava há pouco mais de um ano. O foco no mercado de baixa renda, um ano antes, havia feito com que a operadora perdesse participação de mercado e receita. Um sinal vermelho acendeu e a controladora da empresa, a Telecom Itália, trocou cinco de seus oitos diretores no Brasil. Um novo presidente, Luca Luciani, foi importado da Itália. A nova equipe criou o plano Infinity um modelo que leva em conta por chamadas e não mais por minutos. O custo de uma ligação é de R$ 0,25 – independente mente do tempo de duração da chamada – desde que feita para celulares da própria Tim. No não passado, a Tim foi a operadora que mais investiu em publicidade: R$ 220 milhões. A campanha do Infinity incluiu também a venda de chips a R$ 5 nos centros das principais capitais do país para que as pessoas pudessem criar comunidades. A adesão foi imediata e a

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campanha amealhou 23 milhões de clientes em um ano. O tráfego na rede da Tim dobrou no período, de 5 bilhões de minutos falados, no primeiro trimestre de 2009, para 10 bilhões no mesmo período de 2010. E a empresa reverteu o prejuízo de R$ 165 milhões no primeiro trimestre de 2009, chegando a um lucro de R$ 30 milhões no mesmo período desde ano. “Enxergamos uma grande possibilidade de crescer no mercado de voz e pegamos pesado”, afirma Maurício Bacellar, diretor de sustentabilidade e comunicação da Tim. A estratégia é bem diferente daquela usada há cinco anos, quando as brigas entre as operadoras se concentravam em atrair e fidelizar clientes. Na época, elas se preocupavam em oferecer aparelhos modernos e subsidiados. Em troca, o cliente assinava um contrato que o prendia na operadora por um bom tempo. Se rescindisse o contrato pagava multa. “Essa situação era ruim para as empresas de telefonia porque suas margens ficavam pressionadas pelo subsídio. E também era ruim para o cliente, que ficava preso ao plano” diz Luiz Fernando de Azevedo, analista da Bradesco Corretora. “Com a escala, os aparelhos hoje viraram quase commodity.” Os subsídios a aparelhos deixaram, assim, de ser um componente de custo tão pesado e contribuíram para tornar o balanço financeiro das empresas mais saudável. A margem Ebitda, que mal costumavam passar de 20%, até três anos atrás, hoje gira em torno de 30%. Um dos movimentos fundamentais para a mudança da estratégia e que colocaram uma pitada a mais de sal na briga pelo mercado foi à portabilidade numérica, a possibilidade de mudar de operadora e levar o numero de seu telefone. A lei começou a ser implantada gradualmente, por regiões, em setembro de 2008, e foi concluída em março de 2009 – dez anos depois em entrar em vigor nos Estados Unidos. Na época, a Oi havia sido uma das primeiras das a levantar a bandeira do desbloqueio dos celulares – não por benevolência, mas por necessidade. A operadora entrou no mercado de telefonia celular, em 2002, como um braço da Telemar, empresa de telefonia que operava nas regiões Norte, Nordeste e litoral do Sudeste. Com a compra da Brasil Telecom, que operava no restante do país, tornou-se nacional e precisou entrar em mercados onde as outras já estavam consolidadas. Para isso, apelou para uma proposta ousada baseada na portabilidade. Numa agressiva campanha publicitária, que mostrava umas pessoas presas a uma algema, defendeu a liberdade total de escolha, sem contrato de fidelização. “fomos machos o bastante a garantir o melhor atendimento. Afinal, se a gente pregava o fim da multa, dos contratos e da liberdade para mudar, era porque bancávamos o serviço”, diz Flávia Bittencourt, da Oi. “Precisávamos garantir que os clientes não iriam debandar.” Primeiro, a operadora desbloqueou os aparelhos de toda a base de clientes. Depois, diante da relutância da concorrência, começou a desbloquear também os dos outros. Foi acusada de manusear aparelhos sem autorização. “A história deu até polícia”, afirma Flávia. “Prenderam a gerente de uma loja porque a concorrência dizia que estávamos estragando os aparelhos.” Com fala apressada e mãe de quatro filhos, Flávia é um exemplo de quem já teve contato com outros negócios, mas se sente atraída pelo dia a dia frenético das empresas de telefonia. Digo para a minha equipe que se você levantar para trabalhar e o olho não brilhar, é melhor cair fora, diz Flávia, que cuida ao mesmo tempo de nove campanhas diferentes de marketing para cada região onde a Oi atua. Idéia e projetos são discutidos todas as segundas-feiras, numa reunião entre os diretores e o presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco. “Nossa estrutura é muito rápida. Não tem enrolação. Já saímos da

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reunião com projetos aprovados ou não. É uma das vantagens de ser uma empresa brasileira. Não dependemos da aprovação de mexicanos ou italianos”, alfinetava Flávia, dias antes da divulgação dos portugueses da PT. A agilidade com que decisões têm de ser tomadas acaba tendo reflexos também no tipo de parcerias que a empresa faz. Uma das mais recentes foi com a companhia aérea Tam e com os postos Ypiranga, duas das dez empresas parceiras no programa Oi Pontos, em que os clientes do pós-pago acumulam pontos e os trocam por benefícios, como milhas e produtos. Para promover o programa o marketing sugeriu trocar na fachada, os logotipos dos parceiros pelo da Oi.”Tínhamos pouco tempo para executar a idéia. Escolhemos as empresas que achávamos que fossem topar rapidamente”, diz Flávia. Na semana seguinte, um avião da Tam amanheceu pintado e 200 uniformes de frentistas da rede Ypiranga saiam da alfaiataria com a marca Oi. Afáveis e Linha-Dura A dificuldade de fazer os vendedores entenderem que precisam vender os dois pacotes ao mesmo tempo, de telefone fixo e celular, tem haver com o momento de consolidação por que passa o setor de telefonia. As empresas vivem compras e fusões para ganhar abrangência nacional e colocam debaixo do mesmo guarda-chuva diferentes serviços. O raciocínio dessas aquisições, do ponto de vista operacional, segue uma mesma lógica. Operando sobre a mesma estrutura, os gastos administrativos caem. Outra vantagem se dá na parte da sinergia fiscal. Ligações de fixo para celular, por exemplo, não precisam mais pagar pela taxa de interconexão – e vice-versa, eliminando os impostos decorrentes disto. Também há vantagens no que se refere ao uso da infraestrutura. Estima-se que a Tim tenha economizado mais de R$ 250 milhões pela estrutura adquirida pela chegada da Intelig. Do ângulo do relacionamento com o consumidor, a maior vantagem da união entre fixo e celular é a sinergia de produtos. Assim, elas conseguem se tornar o que o mercado chama de quadriplay: empresas que oferecem telefonia fixa e móvel, além de banda larga e televisão. Essa é uma tendência para o futuro. A única que já ofereceu esse pacote completo no mercado é a Oi. Mesmo assim, em apenas algumas regiões do país. “Ainda vemos uma competição entre fixa e móvel”, Diaz Luiz Minoru Chibata, diretor de consultoria da PromonLogicalis e ex-consultor de telefonia. “A tendência final do processo de consolidação é deixar de ter fornecedoras específicas para cada um desses serviços.” Com uma gama de diferentes serviços oferecidos sob uma mesma estrutura, as empresas ganham escala e economizam em custo. Conseguem, assim, oferecer um preço mais competitivo aos consumidores. Na Europa, onde a consolidação já aconteceu, isso levou o preço médio dos serviços de telefonia, TV e Internet baixar cerca de 20%. “No fim das contas, os maiores beneficiados serão os consumidores”, diz Minoru. Portanto, para o consumidor, a princípio isso acarretará uma melhor oferta de preços pelos serviços. Uma conseqüência negativa desta competição, porém, diz a respeito à facilidade com que o consumidor migre de uma empresa à outra. “Se diversos serviços estiverem atrelados à mesma empresa e um deles por acaso não funcionar direito, é menos provável que um cliente migre para a concorrência, por questão de comodidade”, diz Eduardo Tudi, da consultoria da Teleco.

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Adversário ou Aliado? Tudo leva a crer que as próximas brigas nesse mercado caminham para áreas que não necessariamente têm relação com a telefonia celular. A causa disso tem nome. Ou melhor, sigla: 3G. Por meio dessa tecnologia, é impossível conectar-se à internet, seja usando um aparelho celular adequado ou uma porta USB, em que é conectado uma espécie de pen drive. Para as empresas, trata de uma forma de deixar mais robusta a receita que vem dos dados transitados. Para o consumidor é a concretização da tão sonhada conectividade à internet em qualquer lugar, a qualquer hora. No Brasil, o tráfego de dados ainda está em fase intermediária. Mas não se passaram nem dois anos desde que a rede 3G começou a ser comercializada e ela hoje já possui mais clientes que a banda larga de telefonia fixa. E tantos problemas quanto. Quedas constantes de rede e conexão lenta atazanam os usuários. Com o acesso ilimitado, muitos deles passaram a ficar conectado o dia todo. Cybercafés compraram pacotes e colocaram a rede a disposição dos clientes. O resultado é que 7% dos usuários de 3G consomem atualmente 90% da rede. Em alguns lugares, as operadoras se obrigaram a devolver o dinheiro e descontinuar o serviço, porque simplesmente não encontraram uma solução. O problema apresentado neste início da rede 3G no país aponta para uma questão que é realidade atualmente nos Estados Unidos: a necessidade de constantes investimentos para sua ampliação. Neste ano, serão investidos no país R$ 17 bilhões, dinheiro que sairá das empresas de telecomunicações. Companhias de internet, como Google, Facebook e Yahoo!, não deveriam desembolsar algum? Essa é uma questão que se discute lá fora. Com a popularização das redes sociais e de aplicativos para fotos e vídeos, essas empresas são responsáveis por gerar boa parte das redes 3G. Assim, começam a surgir estudos para que os sites paguem uma espécie de taxa toda vez que um usuário acessar suas páginas pelo celular. Para o bolso do consumidor pode ser bom, porque os investimentos em infraestrutura não seriam totalmente repassados à conta. “Para as operadoras, é uma maneira de depender menos dos clientes para arrecadar receitas”, diz Luiz Minoru.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1- ALBRECHT, KARL. Revolução nos serviços: como as empresas podem

revolucionar a maneira de tratar seus clientes. 6 ed. São Paulo,

Pioneira, 1994.

2- KOTLER, PHILIP E KELLER, KEVIN L. Administração de Marketing. 12

ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

3- LOVELOCK, C.; WRIGHT, L. Serviços: Marketing e Gestão. 1 ed. São

Paulo: Saraiva, 2003

4- KOTLER, P. Administração de Marketing – A edição do novo milênio. 10

ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.

5- HOFFMAN, K. D.; BATESON, J. E. G. Princípios de Marketing de Serviços – Conceitos, Estratégias e Casos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

6- FONSECA, J. M.; TREZ, G.; ESPARTEL, L. B. O impacto das falhas e

recuperação dos serviços na satisfação, lealdade e confiança. Brasília

(DF)In: Encontro Nacional da Associação Nacional dos Programas de

Pós-Graduação em Administração – Enanpad, 2005.

7- URDAN, F. T.; URDAN, A. T. Gestão do Composto de Marketing. São

Paulo: Atlas, 2006.

8- VAVRA, TERRY G. Marketing de Relacionamento: Aftermarketing. São

Paulo: Atlas, 1993.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1- KOTLER, P. Como criar,conquistar e dominar mercados. São Paulo:

Ediouro, 1999.

2- LAS CASAS, ALEXANDRE LUZZI. Marketing de serviços. 4 ed. São

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3- ANTONIO HOUAISS. Melhoramentos dicionário prático da língua

portuguesa. 5 ed. São Paulo: Melhoramentos, 2000.

4- KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 8 ed. São

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5- K DOUGLAS HOFFMAN, JOHN.; BATESON , G. Princípios de

Marketing de Serviços 3 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2003.

6- PARASURAMAN, A., ZEITHAML, V.A., BERRY, L.L. SERVQUAL: Item de múltiplas escalas de medição, percepções de Qualidade de Serviço ao Cliente. Journal of Retailing, Vol. 64, spring, pp. 12-40, 1988.

WEBGRAFIA

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1- www.wikipedia.org.marketingdeservicos.com.br - (05/07/2010)

2- www.portaldomarketing.com.br - (15/07/2010)

3- www.auletedigital.com.br - (15/07/2010)

4- www.iavm.com.br - (25/06/2010)

5- www.veja.com.br – (18/07/2010)

6- www.revistameioemidia.com.br – (20/07/2010)

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Marketing de Serviços 9

1.1 – Conceitos de Marketing 10

1.2 – Definindo Serviços 12

1.3 – Características dos Serviços 12

1.4 – Classificações dos Serviços 16

CAPÍTULO II

A Excelência do Marketing de Serviços nas Empresas 19

2.1 – A competição em serviços 19

2.1.1 – Diferenciação competitiva 20

2.1.2 – Produtividade 21

2.1.3 – Qualidade do serviço 22

2.2 – Endomarketing 26

2.3 – A satisfação nos serviços 27

2.4 – A importância do Pós-Venda nas organizações 30

CONCLUSÃO 34

ANEXOS 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45

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BIBLIOGRAFIA CITADA 46

WEBGRAFIA 47

ÍNDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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