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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM AS PREMISSAS PARA UM EMPREENDIMENTO DE SUCESSO Por: Elisangela Almeida de Jesus Orientador Profª. Aleksandra Sliwowska Niterói Julho / 2011

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1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

AS PREMISSAS PARA UM EMPREENDIMENTO DE SUCESSO

Por: Elisangela Almeida de Jesus

Orientador

Profª. Aleksandra Sliwowska

Niterói

Julho / 2011

2

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

AS PREMISSAS PARA UM EMPREENDIMENTO DE SUCESSO

Apresentação de monografia à Universidade Cândido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão Empresarial.

Por: . Elisangela Almeida de Jesus

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por ter me dado

forças para prosseguir num caminho cheio

de obstáculos. A minha mãe pelo incentivo

nos meus estudos por nunca me deixar

desistir nas dificuldades encontradas.

4

DEDICATÓRIA

A minha família e amigos que sempre me

incentivou a dar continuidade aos estudos,

mostrando-me a importância na aquisição de

conhecimento para o crescimento de

qualquer ser humano.

Em especial a minha mãe, que em todos os

momentos esteve ao meu lado para que eu

nunca desistisse. A minha irmã sempre

disposta a ajudar, ao meu sobrinho por ser

tão especial na minha vida e ao meu pai (In

Memoriam) que não pode acompanhar o

início da minha carreira universitária, mas

que sempre torceu por mim.

5

RESUMO

O objetivo da pesquisa foi buscar um pouco mais de conhecimento para a

implantação de um empreendimento bem sucedido, para tanto, fez-se necessário

o entendimento da figura do empreendedor, suas características, seus desejos,

suas idéias, suas visões, a necessidade de não ser mais empregado e sim seu

próprio patrão.

O Empreendedorismo é um motor de arranque na economia, os pequenos

empresários estão em crescimento contínuo, com as micros e pequenas

empresas, onde as famílias muitas vezes estão reunidas em prol de um objetivo

sustentável e duradouro.

O gargalo encontrado nos passos inicias para elaboração e montagem do

empreendimento, órgãos de apoios, leis existentes, formas jurídicas para

constituição do mesmo.

6

METODOLOGIA

O método utilizado foi a consulta em livros relacionados ao assunto

empreendedorismo e implementação de novos negócios, consulta a sites

existentes e artigos acadêmicos já publicados. Objetivando o esclarecimento das

possíveis dúvidas e incertezas na montagem de um empreendimento.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 09

EMPREENDEDOR 09

CAPÍTULO II 14

IDENTIFICANDO A VIABILIDADE DA ABERTURA

DE UM EMPREENDIMENTO 14

CAPÍTULO III 36

QUESTÕES LEGAIS DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA 36

CAPÍTULO IV 44

FINANCIAMENTO E ASSESSORIA PARA

O EMPREENDIMENTO 44

CONCLUSÃO 50

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52

ÍNDICE 54

FOLHA DE AVALIAÇÃO

8

INTODUÇÃO

A crescente mudança no mundo globalizado, as exigências do mercado por

profissionais qualificados e a crescente oportunidade para inovar, faz com que

desenvolva grandes empreendedores. Um sonho, uma idéia, cansado de ter

chefe, horário à cumprir, submissão, esses fatores atribuem para o

desenvolvimento de um negócio próprio, ou seja, ser o patão, ter flexibilidade em

horários, dias e condições para trabalhar, viver a vida de acordo com o que

planejar, fazer retiradas de valores sem limites, algo sem grandes preocupações e

de grande rentabilidade, ou seja, todo o lucro do empreendimento será seu.

Empreender vai além de realizações pessoais, há um mercado a ser conquistado,

o patrão é o responsável por tudo que irá acontecer no empreendimento: pessoas,

finanças, clientes, etc.

Para um empreendimento de sucesso, faz-se necessário seguir algumas

regras ou premissas na montagem do mesmo. O sucesso dependerá de como foi

elaborado os estudos no inicio do projeto, o conhecimento do que está sendo

lançado no mercado atual e totalmente globalizado.

9

CAPÍTULO I

EMPREENDEDOR

1 – O que é Empreendedor?

" O Empreendedorismo é um comportamento e não um traço de

personalidade. Não há pré-requisito para se tornar um empreendedor, todos nós

podemos tornar-se um em maior ou menor grau. Fatores como persistência,

dedicação, responsabilidade, obstinação, visão o de futuro, são determinantes do

sucesso do candidato a empreendedor" (Drucker, 1996, p. 31)

" A palavra empreendedor (entrepeneur) tem

origem francesa e quer dizer aquele que assume

riscos e começa algo novo" (Hirsrish, 1986).

Para Dornela (2001), "o empreendedor é aquele que faz as coisas

acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização".

Dornelas (2007), cita que para Schumpeter (1949), "o empreendedor é

aquele que quebra a ordem corrente e inova, criando mercado através de uma

oportunidade identificada". E que para Kirzner (1973), “o empreendedor é aquele

que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente

de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente”.

Para Filion (1991), “ um empreendedor é uma pessoa que imagina

desenvolver e realizar visões” .

Baseando-se na ideia dos atores, subentende que o empreendedor é um

exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo atento a informações, o

qual entende que as chances melhoram quando o seu conhecimento aumenta, é

aquele que apresenta determinadas habilidades para criar, abrir e gerir um

negócio ou projeto (técnico, científico, empresarial), gerando resultados positivos.

O mesmo é essencial para a geração de riquezas dentro de um país.

10Acredita-se que o empreendedor atualmente seja o "motor da economia", uma vez

que o mesmo não tem medo de correr riscos e estão sempre buscando novas

oportunidades e atualizando as existentes. O empreendedor é visionário e

desafiador, mesmo em tempo de crise está sempre buscando o seu diferencial,

busca melhorar as condições de vida da população promovendo o crescimento

econômico, através da geração de auto-emprego, compra de empresas com

mudança no foco já existente, inovação em projetos e estudos, é um fator

importantíssimo na geração de empregos e renda.

Muitas características ajudam no desenvolvimento ou aperfeiçoamento de

um empreendedor, tais como: garra, determinação, força de vontade, capital

intelectual, etc. Vejamos os comentários de alguns autores referente às

características do perfil de um empreendedor :

1.2 - Perfil de um empreendedor

Para Dolabela (2006), o perfil do empreendedor é definido em:

• Empreendedor é um ser social, produto do meio em que vive (época

e lugar). Se uma pessoa vive em um ambiente em que ser empreendedor é visto

como algo positivo, então terá motivação para criar o seu próprio negócio.

• É um fenômeno regional, ou seja, existem cidades, regiões países

mais – ou – menos empreendedores do que outros. O perfil do empreendedor

(fatores do comportamento e atitudes que contribuem para o sucesso) pode variar

de um lugar para outro.

Dornelas (2007, p. 5 - 7), destaca como as características dos

empreendedores de sucesso as seguintes:

• São Visionários: Eles têm a visão de como será o futuro para o seu

negócio e sua vida, e, o mais importante, têm a habilidade de implementar seus

sonhos.

11• Sabem tomar decisões: Eles não se sentem inseguros, sabem tomar

as decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade,

sendo um fator-chave para o seu sucesso. E, além de tomar decisões,

implementam sua ações rapidamente.

• São indivíduos que fazem a diferença: Os empreendedores

transformam algo de difícil definição, uma idéia abstrata, em algo concreto, que

funciona, transformando o que é possível em realidade (Kao, 1989; Kets de Vries,

1997). Sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado.

• Sabem explorar ao máximo as oportunidades: Para a maioria das

pessoas, as boas idéias são daqueles que as vêem primeiro, por sorte ou acaso.

Para os visionários (os empreendedores), as boas idéias são geradas daquilo que

todos conseguem ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em

oportunidade, através de dados e informação.

• São determinados e dinâmicos: Eles implementam suas ações com

total comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos,

com uma vontade ímpar de "fazer acontecer". Mantêm-se sempre dinâmicos e

cultivam um certo inconformismo diante da rotina.

• São Dedicados: Eles dedicam 24 horas por dia, sete dias por semana,

ao seu negócio. Comprometem o relacionamento com amigos, com a família e até

mesmo com a própria saúde. São trabalhadores exemplares, encontrando energia

para continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente. São incansáveis

e loucos pelo trabalho.

• São otimistas e apaixonados pelo que fazem: Eles adoram o seu

trabalho. E é esse amor ao que fazem o principal combustível que os mantém

cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-o os melhores vendedores

de seus produtos e serviços, pois sabem, como ninguém como fazê-lo. O

otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, em vez de imaginar o

12fracasso.

• São independentes e constróem seu próprio destino: Eles querem

estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem ser

independentes, em vez de empregados: querem criar algo novo e determinar seus

próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão e gerar

empregos.

• Ficam ricos: Ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores.

Eles acreditam que o dinheiro é conseqüência do sucesso dos negócios.

• São Organizados: Os empreendedores sabem obter e alocar os

recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros de forma racional,

procurando o melhor desempenho para o negócio.

• Planejam, planejam, planejam: Os empreendedores de sucesso

planejam cada passo do seu negócio, desde o primeiro rascunho do plano de

negócio até a apresentação do plano a investidores, definição das estratégias de

marketing do negócio etc., sempre tendo como base a forte visão do negócio que

possuem.

Em pesquisa pela Internet, encontro as seguintes características do perfil

de um empreendedor:

• Criatividade;

• Capacidade de organização e planejamento;

• Responsabilidade;

• Capacidade de liderança;

• Habilidade para trabalhar em equipe;

13• Gosto pela área em que atua;

• Visão de futuro e coragem para assumir riscos;

• Interesse em buscar novas informações, soluções e inovações para o

seu negócio;

• Persistência (não desistir nas primeiras dificuldades encontradas)

• Saber ouvir as pessoas

• Facilidade de comunicação e expressão

Confrontando as idéias levantadas, os autores apresentam diversos pontos

em comum, ou seja, há um perfil de Emprendedor montado, uns desenvolvem

essas habilidades no decorrer da vida, e outros, só aperfeiçoam as existentes.

Entendendo um pouco do nome Empreendedor e as características do

mesmo, faz-se o entendimento que não é o bastante ter uma idéia, um sonho,

conhecimento de mercado e força de vontade para ser o seu próprio patrão, ou

seja, independência absoluta. Um empreendedor é muito comprometido e com

grandes responsabilidades.

14

CAPÍTULO II

IDENTIFICANDO A VIABILIDADE DA ABERTURA DE

UM EMPREENDIMENTO

O ato de empreender está relacionado à identificação, análise e

implementação de oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a

criação de valor. Utilizando dados de (DOLABELA, 2003 pg. 79), o qual menciona

que lançar-se no mercado sem o conhecimento do negócio o qual deseja atuar é

uma aventura e não empreendedorismo. Para tanto, faze-se necessário a

compreensão da estrutura e funcionamento do negócio, as empresas que atuam

no segmento, quem são os clientes, como se comportam e qual o seu potencial,

pontos fracos, fortes, concorrência, fatores críticos de sucesso, vantagens

competitivas.

2.0 – MATRIZ SWOT

A Matriz Swot método de análise do ambiente empresarial, criado por

Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois professores da Harvard Business

School e posteriormente aplicada por numerosos acadêmicos. Estuda o ambiente

de uma organização segundo quatro variáveis: Strengths (forças), Weaknesses

(fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).

Para os autores (Helton Haddad Carneiro, Evandro Cesar Tenca, Paulo

Henrique Schenini e Sandra Fernandes, 2004 pg. 45, 46 e 47), A Matriz Swot

(strengths, weaknesses, opportunities and threats) já é usada há muitos anos para

um demonstrativo básico qualitativo de aspectos positivos e aspectos negativos de

seu produto ou serviço. Pelo poder da síntese, o Swot auxilia na percepção de

conjunto das variáveis controláveis, e incontroláveis, facilitando sua análise

15(Kotler, 1996:85).

É a combinação da análise do ambiente interno (S - Strenghts - Pontos

Fortes e W - Weaknesses - Pontos Fracos) e do ambiente externo (O -

Opportunities – Oportunidades e T - Threats - Ameaças ou Riscos).

Seguindo a linha dos autores citados e estudos acadêmicos já publicados

encontra-se uma definição da estrutura da Matriz Swot:

• Pontos Fortes: Deve ser listados em tópicos todos os aspectos mais

positivos da organização em relação ao seu produto, serviço ou unidade de

negócios. São variáveis com boa possibilidade de controle pela sua empresa e

são fatores de elevada importância. É uma característica interna ou uma situação

que dá à organização uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes ou uma

facilidade para o alcance dos objetivos. Pode-se identificar por meio das

perguntas:

1. O que você (organização/equipe/pessoa) faz bem?

2. Que recursos especiais a organização possui e pode aproveitar?

3. O que outros (organizações/ equipes/pessoas) acham que você faz bem?

Exemplos de análise interna a ser identificada:

• As competências essenciais da empresa;

• As competências em P&D (Pesqusa e Desenvolvimento);

• A competência da marca;

• A capacidade para inovações;

• Competências em vendas, serviços;

16• Competências em logística e distribuição;

• Participação no mercado;

• Tendências de investimentos;

• Competências operacionais;

• Disponibilidade para crescer.

• Pontos Fracos: Deve ser listados em tópicos os aspectos mais

negativos da empresa com relação ao seu produto, serviço ou unidade de

negócios. São variáveis com boa possibilidade de controle pela sua empresa e

são fatores de elevada importância. Ponto fraco é uma característica interna ou

uma limitação em um processo, área ou atividade da empresa, que coloca a

organização em situação de desvantagem em relação com seus concorrentes ou

de dificuldade para o alcance dos objetivos. Pode-se identificar por meio das

perguntas:

1. O que a organização pode melhorar?

2. Onde a organização tem menos recursos ou vantagens que os outros?

3. O que outros acham que são fraquezas da organização?

• Oportunidades: Devem ser listados em tópicos os aspectos

positivos em relação ao mercado, para o seu produto, serviço ou unidade de

negócios. São variáveis normalmente incontroláveis pela sua empresa e são

fatores de elevada importância. É uma situação externa que dá à organização a

possibilidade de alcançar seus objetivos ou de melhorar sua posição competitiva

e/ou seu desempenho. Pode-se identificar por meio das perguntas:

1. Quais são as oportunidades externas que você pode identificar

considerando as variáveis acima?

172. Que tendências você pode aproveitar em favor da organização?

• Ameaças: Devem ser listados em tópicos os aspectos externos mais

significativos para inseguranças quanto ao sucesso do seu produto, serviço ou

unidade de negócios. São variáveis normalmente incontroláveis pela sua empresa

e são fatores de elevada importância. É uma situação externa que coloca a

organização diante de dificuldades para o alcance dos objetivos ou de perda de

mercado e/ou redução de rentabilidade. Pode-se identificar por meio das

perguntas:

1. Que ameaças (leis, regulamentos, aspectos sociais, econômicos e

culturais) podem prejudicar a organização?

2. O que os concorrentes estão fazendo?

Conhecendo a Matriz Swot é possível eliminar possíveis pontos fracos da

organização em áreas nas quais você enfrenta riscos graves de seus concorrentes

e/ou tendências desfavoráveis em um ambiente de negócios dinâmicos;

Explorar as oportunidades descobertas onde sua empresa tem pontos

fortes significativos;

Melhorar ou Desenvolver possíveis pontos fracos em áreas que contêm

oportunidades potenciais;

Monitorar as áreas nas quais você identificou pontos fortes para não ser

surpreendido no futuro.

Além da Matriz Swot, uma outra ferramenta utilizada na viabilidade de

abertura de um negócio é o plano de negócio. O mesmo, é objeto de estudos

acadêmicos já publicados onde é possível identificar se as estratégias utilizadas

são as mais viáveis. Para Dolabela ( 2002 ), “ Ele pode indicar várias direções.

Inclusive a de que o negócio não é interessante, é pouco lucrativo, não é viável

18financeiramente. Ou que talvez não seja um negócio para você, especificamente,

mas para quem tenha muito capital para investir. Ou que, por outro motivo

qualquer, não seja adequado às suas características pessoais. Com o estudo de

viabilidade, você irá verificar se a sua idéia inicial é realmente um negócio, uma

oportunidade para você.”

Abaixo um plano de negócio detalhado publicado na internet do autor

Marcelo Marinho Aidar.

2.1 ESTRUTURA DE UM PLANO DE NEGÓCIO

SUMÁRIO

1. Resumo Executivo

1.1 Projeto do Plano

1.2 Os Responsáveis e suas Competências

1.3 Os Produtos, Serviços e a Tecnologia

1.4 O Mercado Potencial

1.5 Competências Distintivas – Elementos de Diferenciação

1.6 Previsão de Vendas

1.7 Rentabilidade e Projeções Financeiras

1.8 Necessidades de Financiamento

2. Descrição Geral da Empresa

2.1 A Missão da Empresa

2.2 Visão e Objetivos da Empresa

192.3 Estrutura Organizacional e Legal (Organograma)

2.4 Parcerias

2.5 Projeção Financeira

3. O Plano de Produtos e Serviços

4. O Plano de Marketing

4.1 Análise do Mercado

4.2 Concorrência

4.3 Estratégias de Marketing

5. O Plano Gerencial

6. O Plano Operacional

7. O Plano Financeiro

7.1 Investimento Inicial

7.2 Projeção dos Resultados

7.3 Projeção do Balanço Patrimonial

7.4 Ponto de Equilíbrio

7.5 Análise de Investimentos

8. O Plano Jurídico

201. RESUMO EXECUTIVO

O resumo ou sumário executivo deve conter de uma a três páginas e traz

uma visão geral do plano de negócios. Ele ilustra os diversos módulos do plano de

negócios, possibilitando conduzir o seu entendimento, demonstrando seus

principais tópicos e apresentando os cenários, a empresa e o negócio. Ele é

fundamental para que se possa conseguir cinco minutos de atenção do leitor, pois

permite que, nesses poucos minutos, se possa entender, avaliar e acompanhar os

planos da empresa, os produtos e/ou serviços, o mercado e o planejamento

financeiro. O Resumo Executivo deve ser feito após a elaboração de todos os

demais itens do plano de negócios, pois é um resumo deles. Um bom resumo

executivo responde às seguintes questões sobre o plano de negócios:

1.1 Projeto do Plano

Definição, de forma sintética, do plano de negócios que se pretende

desenvolver e implantar. Indica como a empresa será estruturada para iniciar suas

atividades, os produtos e/ou serviços que serão oferecidos, as características do

mercado almejado, bem como as estratégias a serem adotadas para o alcance

dos objetivos.

1.2 Os Responsáveis e suas Competências

Consiste na descrição sumária das funções que os executivos e gerentes

exercem ou exercerão na empresa, enfatizando a formação, o conhecimento e a

experiência de cada um.

1.3 Os Produtos, os Serviços e a Tecnologia

Principais características dos produtos e/ou serviços oferecidos pela

empresa, bem como a tecnologia empregada. A descrição sintética deve conduzir

ao completo entendimento do produto, do processo e da tecnologia envolvida.

211.4 O Mercado Potencial

É o segmento da população que possui interesse, renda e acesso aos

produtos e serviços oferecidos por determinada empresa. O estudo das

características deste mercado é de extrema importância para que se possam

conhecer as necessidades e os desejos dos consumidores e atendê-los de

maneira mais eficiente. Pode-se também resumir aqui as necessidades dos

principais segmentos de mercado que serão atendidos.

1.5 Competências Distintivas – Elementos de Diferenciação

Entende-se por elementos de diferenciação as características dos produtos

e/ou serviços que os tornam únicos perante a concorrência, atraindo a preferência

do consumidor. As vantagens competitivas e as estratégias de marketing são, na

maioria dos casos, os fatores mais expressivos utilizados para diferenciar uma

empresa de outra. As barreiras à entrada da concorrência devem também ser

tratadas aqui.

1.6 Previsão de Vendas

Projeção da demanda da empresa, tendo em vista o segmento de mercado

pretendido, as tendências mercadológicas a curto, médio e longo prazos, a

capacidade do público-alvo em aceitar e absorver o novo produto e/ou serviço

disponibilizado, entre outros fatores.

1.7 Rentabilidade e Projeções Financeiras

Representam a principal fonte de referência e controle da solvência do

negócio, sendo utilizadas pelo empreendedor para conduzir suas atividades dentro

dos parâmetros planejados, corrigir distorções e adaptar-se às novas variáveis

decorrentes de mudanças na conjuntura. O estudo da rentabilidade do negócio e

dos resultados financeiros de determinado período é extremamente importante

22para que se possa avaliar o desempenho da empresa e seu grau de eficiência,

tendo em vista a comparação entre os resultados esperados e os reais.

1.8 Necessidades de Financiamento

Necessidades de recurso quando o empreendedor não possui recursos

próprios suficientes para arcar com os gastos, havendo, assim, necessidade de

financiamento.

2. DESCRIÇÃO GERAL DA EMPRESA

Este tópico contém as informações básicas da empresa para a atual

estrutura de negócios. Fazem parte deste capítulo:

2.1 A Missão da Empresa

A missão da empresa diz respeito à razão da existência da organização,

com ênfase nas necessidades de seus clientes que ela irá atender por meio de

seus produtos e serviços.

As questões a ser respondidas aqui são:

• Qual é a missão da empresa?

• Quem são e quem serão os consumidores?

• Quais são os principais produtos e serviços?

• Quem são os concorrentes diretos do negócio?

• Qual é a base tecnológica da empresa?

• Quais são as vantagens competitivas?

23• Qual a postura e a imagem que a empresa deve possuir na

comunidade?

• Quais as atitudes da empresa com relação aos colaboradores?

2.2 Visão e Objetivos da Empresa

Enquanto a missão diz respeito à situação da empresa no presente, a visão

indica como se deseja que ela esteja no futuro. Para ser desafiadora para os

colaboradores da empresa, a visão representa algo difícil, mas não impossível de

se alcançar. Ela geralmente não menciona prazos e metas quantitativas, que são

mais destacados no nível dos objetivos e planos.

• Qual é a visão da empresa?

• Como será a empresa daqui a 3, 5 e 10 anos ?

• Haverá mudanças em relação ao seu início ou ao que ela é hoje?

• Qual é a imagem que se pretende que o consumidor tenha da empresa

no futuro?

• A empresa pretende financiar seu crescimento com recursos próprios ou

de terceiros?

• Como a empresa planeja contribuir para a comunidade na melhoria da

qualidade de vida?

2.3 Estrutura Organizacional e Legal (Organograma)

Destaca o tipo de empresa, seu funcionamento, a composição de suas

áreas, diretorias e departamentos ressaltando:

• Qual é o regime jurídico escolhido pelos sócios para conduzir o

negócio?

24• O tipo de negócio, serviço ou produto da empresa necessita de alguma

licença especial, algum controle governamental ou ambiental?

• Existe alguma legislação específica voltada para o negócio da empresa?

• Quais são as Diretorias e o nome dos diretores? Como é organizada a

divisão das responsabilidades, das especializações dentro da empresa? Qual é a

formação e a especialização de cada dirigente da empresa?

• A empresa possui assessorias próprias ou terceirizadas?

• Como está organizado o processo decisório? As decisões são tomadas

em grupo, equipes de projeto ou por área de ação?

2.4 Parcerias

Breve explicação dos relacionamentos da empresa com outras que atuam

como parceiros no fornecimento, vendas conjuntas ou distribuição. Destacar se:

• a empresa possui algum parceiro que agrega valor em seus serviços ou

produtos;

• existe algum fornecedor, distribuidor, cliente ou parceiro de importância

estratégica para o futuro do negócio.

2.5 Projeção Financeira

Apresentação resumida das projeções financeiras para os próximos cinco

anos, em relação a:

• vendas;

• margem bruta;

• renda líquida após o imposto;

25• renda líquida após impostos e vendas;

• retorno sobre patrimônio;

• retorno sobre ativos.

3. O PLANO DE PRODUTOS E SERVIÇOS

É interessante mostrar nesta seção um protótipo ou fotografia, no caso de

comércio ou indústria, do produto a ser vendido ou produzido. Também devem ser

apresentados resultados de testes que tenham sido realizados para demonstrar a

funcionalidade do produto ou serviço. Destacar:

• o produto ou serviço que está sendo oferecido;

• qual é a aparência do produto;

• qual é o estágio de desenvolvimento do produto;

• quais as características únicas dos produtos ou serviços;

• quais são suas vantagens distintivas;

• quais são os produtos ou serviços adicionais previstos;

• que tipo de proteção legal se aplica (patentes, copyrights ou marcas

registradas);

• que aprovação regulamentar governamental é necessária?

• quais os riscos de obsolescência dos produtos;

• quais os possíveis impactos ambientais e comunitários o produto ou

serviço pode apresentar;

• como o produto pode ser testado, avaliado e certificado.

264. O PLANO DE MARKETING

Um produto pode ser bem elaborado, mas não ser de interesse dos

clientes. O plano de marketing deve, portanto, identificar os benefícios dos

produtos e serviços oferecidos percebidos pelos clientes. Esta seção apresenta os

principais enfoques relacionados ao mercado pretendido pela empresa e às

estratégias de marketing que devem ser adotadas no sentido de otimizar o

desempenho organizacional. O plano de marketing possui os seguintes tópicos:

4.1 Análise do Mercado

• Quais são os fatores (culturais, sociais, pessoais e psicográficos) que

influenciam o comportamento do consumidor?

• Quais são os critérios – geográficos, demográficos, comportamentais,

volume, tecnologia etc. – que podem ser aplicados para segmentar o mercado?

• Quais são os grupos (segmentos) resultantes da segmentação?

• Quais são os segmentos mais atrativos para a empresa?

• Qual é o mercado-alvo selecionado? Descreva o perfil do cliente que

compõe o(s) segmento(s) da sua empresa.

• Qual é o tamanho de seu mercado-alvo?

• Qual parcela de mercado você espera obter?

• Que benefícios podem ser agregados ao(s) seu(s) produto(s) e

serviço(s) para atender seus clientes?

274.2 Concorrência

• Quais são os concorrentes mais importantes deste mercado?

• Como pode ser avaliada a tendência de crescimento ou declínio neste

mercado?

• Como seus negócios se comparam aos dos concorrentes?

• Qual é sua principal estratégia competitiva?

4.3 Estratégias de Marketing

• Quais estratégias serão utilizadas para atrair o cliente (comunicação,

promoção, localização etc.)?

• De que forma você pode identificar/localizar seus clientes potenciais?

• Qual estratégia de distribuição será utilizada (venda direta, distribuição

indireta por meio de atacadistas e varejistas, contratação de

representantes)?

• Onde serão comercializados seus produtos e serviços (regiões e

países)?

• Que procedimentos serão adotados e quais as habilidades especiais de

vendas serão exigidas para tanto?

• Que tipo de promoção de vendas e de propaganda serão utilizadas?

• Qual política de preços e crédito será adotada?

• Como serão abordados os problemas de sazonalidade na venda de

seus produtos?

285. O PLANO GERENCIAL

O empreendedor precisa encontrar as pessoas mais adequadas para ajudá-

lo a tocar seus negócios. Também precisa tomar decisões a respeito da seleção

de uma nova localização e dos arranjos de mobiliário e equipamentos

necessários. O plano gerencial deve refletir, assim, a estrutura organizacional que

aponte os principais membros da equipe gerencial e suas inter-relações. As

principais atividades também devem estar descritas neste plano.

• As principais questões a serem levantadas nesta seção são:

• Como a propriedade entre os sócios será distribuída?

• Quem são os membros da equipe gerencial?

• Quais as habilidades, educação formal e experiência de cada um?

• Que outros investidores ou diretores estarão envolvidos e quais as suas

qualificações?

• Que cargos existem e quais os planos para preenchê-los?

• Que consultores serão procurados e quais as suas qualificações?

• Como os funcionários serão selecionados e remunerados?

• Como será o processo decisório na empresa (níveis de autonomia e

responsabilidade)?

• Qual sistema de trabalho será adotado para estimular a criatividade,

inovação e compromisso dos funcionários?

• • Quais os programas de treinamento, desenvolvimento e integração de

novos funcionários para garantir seu alinhamento com as estratégias do negócio?

296. O PLANO OPERACIONAL

O plano operacional mostra como serão produzidos os produtos e/ou

prestados os serviços. Ele deve explicar a abordagem adotada para assegurar a

qualidade da produção, o controle do estoque e o uso de terceirização.

As questões relativas às matérias-primas críticas também devem ser

abordadas aqui. As principais questões relativas ao plano operacional são:

• Como serão produzidos os produtos ou serviços (indicar os principais

processos de produção)?

• Quais os principais processos de apoio?

• Que processos serão terceirizados?

• Quais instalações ou unidades de operação serão usadas?

• Qual a capacidade dessas instalações?

• Qual o método de produção e leiaute utilizados?

• Quais os procedimentos de controle da produção?

• Como será controlada a qualidade do produto e serviço?

• Como serão controlados os estoques?

• Qual o impacto ambiental resultante da produção ou da utilização dos

produtos/serviços?

• Quais as vantagens e desvantagens da localização escolhida?

• Quais os principais custos de produção?

• Quais os materiais ou componentes críticos para a produção?

30• Quais as fontes de fornecimento existentes?

• Quem são os principais fornecedores, suas qualificações, certificações e

sua localização?

• Que tipos de contratos de fornecimentos serão firmados?

• Como será definida a logística de fornecimento?

7. O PLANO FINANCEIRO

O plano financeiro representa a principal fonte de referência e controle da

saúde financeira do negócio, sendo utilizada pelo empreendedor para projetar e

conduzir suas atividades dentro dos parâmetros planejados, corrigir distorções,

adaptar-se a novas variáveis decorrentes de mudanças na conjuntura. Ele é

também utilizado como documento para divulgar a empresa, prospectar parceiros,

investidores e captar capital de risco. É, também, uma boa ferramenta para

análise de crédito por parte de fornecedores e instituições bancárias.

O plano financeiro contempla os tópicos referentes às necessidades de

capital para os investimentos iniciais de mobilização da empresa, projeta os

resultados, considera as receitas, os custos previstos e apresenta as análises

componentes da parte financeira do negócio, tais como o fluxo de caixa, o balanço

patrimonial, e finaliza com a análise do investimento projetado, utilizando-se de

técnicas mais exigidas no mercado atualmente.

As questões mais relevantes a ser feitas são:

• Quais as suposições usadas para as projeções financeiras?

• Que nível de receita é projetado pelos meses e anos?

• Que despesas são projetadas pelos meses e anos?

31• Que lucros são projetados pelos meses e anos?

• Que posições financeiras existem agora, e o que é antecipado em vários

pontos durante os próximos cinco anos?

• Quando os negócios atingirão o ponto de equilíbrio?

• Quais os recursos financeiros exigidos agora?

• Quais os fundos adicionais exigidos?

• Como esses fundos serão usados?

• Quanto foi investido e emprestado pelos responsáveis?

• Quais fontes potenciais adicionais serão exploradas?

• Quais as proporções de fundos que serão débito e patrimônio?

• Que tipo de participação financeira está sendo oferecido?

Em linhas gerais, a parte financeira do plano de negócio pode subdividir-se

nos seguintes tópicos:

7.1 Investimento Inicial

Investimento inicial é tudo aquilo que o empreendedor deverá gastar para

iniciar suas atividades. Estes gastos incluem: registros e licenças do governo,

máquinas, móveis, equipamentos, pesquisas de mercado etc.

Além disso, contempla, também, os recursos financeiros que a empresa

deverá ter para cumprir com seus compromissos.

• Será adquirido algum imóvel (sala, andar, prédio, galpão) para o

funcionamento da empresa? Quanto será gasto?

32• Que equipamentos a empresa deverá possuir? Microcomputadores,

impressoras, aparelhos de fax, secretária eletrônica etc.? Quanto será gasto para

adquiri-los?

• A atividade da empresa exige algum tipo de maquinário? Tratores,

prensas, alto fornos etc.? Qual o valor a ser gasto na compra destes?

• Quais os gastos com móveis e utensílios? Serão adquiridos armários,

arquivos, mesas, cadeiras, filtro de água, cadeados, freezer etc.?

• A empresa comprará algum veículo para uso exclusivo? Qual o valor a

ser pago por ele?

• Quais serão os gastos com registros de marcas e patentes? E com

licenças e alvará de funcionamento?

• Quanto a empresa deverá ter em caixa (dinheiro, bancos) para saldar

seus compromissos, até que se obtenha receita suficiente para isso?

• A empresa terá gastos com pesquisas de mercado para avaliar o nível

de aceitação do produto/serviço oferecido?

• Haverá gastos com treinamento de pessoal antes do início das

atividades?

• A empresa terá gastos com especialistas para desenvolvimento de

marca, marketing e embalagens?

7.2 Projeção dos Resultados

Esta planilha faz uma projeção das entradas e saídas de recursos

financeiros da empresa, de acordo com os dados lançados nas planilhas de

receitas, custos fixos, custos variáveis (em cada produto), impostos e despesas.

33No plano de marketing foram definidos prazos oferecidos aos clientes (30

ou 60 dias) para pagamentos durante o primeiro ano. Calcule o percentual que

cada venda a prazo representará em relação ao total. Verifique o saldo de caixa

apurado e veja se os prazos para pagamentos influenciam este saldo. Procure

estabelecer a melhor política de vendas, levando em consideração as

necessidades do seu público e as possibilidades da empresa em oferecer tais

prazos.

7.3 Projeção do Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é um demonstrativo dos direitos e obrigações

acumulados pela empresa durante certo intervalo de tempo (usualmente, um ano).

Com relação aos direitos (ATIVO), contempla os valores disponíveis (caixa,

bancos), valores a receber (duplicatas a receber de clientes – vendas a prazo),

valores imobilizados (móveis, equipamentos, prédios), ou investimentos (ações de

outras empresas). Em contrapartida, demonstra as obrigações (PASSIVO) para

com terceiros, tais como: salários a pagar, impostos a recolher, financiamentos,

contas a pagar, além das obrigações para com os sócios referentes ao capital

social, lucros ou prejuízos acumulados ou reservas de lucros (estas obrigações

compõem o Patrimônio Líquido, e não são exigíveis, apesar de estarem no

Passivo).

7.4 Ponto de Equilíbrio

É a relação que se estabelece quando as receitas obtidas igualam-se às

despesas geradas (custos fixos + custos variáveis). Dizemos que quando é

atingido o ponto de equilíbrio contábil, a empresa não apresentará lucro ou

prejuízo. Neste quadro é demonstrado quanto a empresa deverá vender de cada

produto/serviço para cobrir seus custos, cálculo do ponto de equilíbrio contábil é

bastante simples: divide-se o valor dos custos fixos pela margem de contribuição

unitária do produto. O resultado expressa a quantidade a ser vendida daquele

produto para a cobertura dos custos totais.

347.5 Análise de Investimentos

Esta planilha contempla os métodos mais comuns utilizados pelas

empresas e exigidos pelas instituições financeiras para se avaliar a viabilidade de

um empreendimento. Estes métodos são: Pay Back (tempo de retorno), TIR (Taxa

Interna de Retorno) e o VPL (Valor Presente Líquido), descritos abaixo:

O Pay Back é o período de tempo necessário para a empresa recuperar os

gastos referentes ao investimento inicial do negócio. É calculado com base no

saldo acumulado do fluxo de caixa projetado pela empresa. O ponto em que este

saldo é “zerado”, ou passa de negativo para positivo, é o ponto exato em que

todos os gastos com o investimento inicial do negócio retornam para a empresa.

A TIR é uma taxa calculada com base no fluxo de caixa líquido projetado,

comparativamente com o investimento inicial apresentado. Informa quanto o

rendimento irá render em cada período (se o fluxo de caixa for mensal, o

rendimento será mensal, se o fluxo de caixa for anual, o rendimento também será

anual), podendo, assim, ser comparada com as taxas oferecidas no mercado

financeiro.

8. O PLANO JURÍDICO

Em alguns casos, o plano jurídico é apresentado na descrição geral da

empresa. Na realidade, ele nada mais é do que uma descrição da forma jurídica

de constituição da empresa e questões legais relacionadas. As três principais

alternativas são a empresa limitada, a sociedade por cotas e a sociedade

anônima, embora haja muitas variações que mereçam destaque dentro destes

tipos de constituição da empresa. As questões mais importantes no âmbito do

plano jurídico são:

35• Como a empresa será juridicamente constituída (empresa individual,

sociedade por quotas de responsabilidade limitada, sociedade anônima comum ou

unidade de negócios de uma corporação)?

• Quais as implicações jurídicas dos débitos da forma de constituição

escolhida?

• Quais as vantagens e desvantagens tributárias dessa forma de

constituição?

• Qual é a data da incorporação?

• Que advogado ou escritório jurídico foi selecionado para representar a

empresa?

• Que tipo de relacionamento existe com esse advogado ou escritório

jurídico?

• Que questões legais são significativas atuais ou potencialmente?

• Que licenças/permissões podem ser exigidas?

As informações do Plano de Negócio são analisadas para uma futura linha

de crédito / financiamento para implementação do empreendimento.

36

CAPÍTULO III

QUESTÕES LEGAIS DE CONSTITUIÇÃO DA

EMPRESA

A escolha da forma jurídica da empresa vai determinar o modelo de

funcionamento, faz-se, necessário o conhecimento do determinado estatuto

jurídico a ser tomada de modo a valorizar os pontos fortes da futura empresa

tendo em atenção às características que melhor se adaptem às expectativas de

desenvolvimento. Com base nas consultas realizadas na Internet e o livro do

professor Flávio de Almeida (2001), há um um passo-a passo para ser seguido

na questão jurídica da empresa

3.0 – FORMAS JURÍDICAS DA EMPRESA

A legislação comercial, atualmente em vigor, consagra as seguintes e

principais formas jurídicas da empresa:

3. 1.1. Sociedade Anônima

Normalmente abreviado por (S.A., SA ou S/A) é uma forma de constituição

de empreendimentos a qual o investimento inicial (capital social) não se encontra

atribuído a um nome em específico, mas está dividido em ações. A Sociedade

Anônima é atualmente regida pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das

SA). As S/A são fiscalizadas no Brasil pela CVM (Comissão de Valores

Mobiliários)

Principais características:

• Capital social representado por ações, no início das atividades não há o

investimento em moeda corrente e sim em ações adquiridas no mercado.

37• Responsabilidade do acionista limitada apenas ao preço das ações

subscritas ou adquiridas. Isso significa dizer que uma vez integralizada a ação o

acionista não terá mais nenhuma responsabilidade adicional, nem mesmo em

caso de falência, quando somente será atingido o patrimônio da companhia.

• Há um número mínimo de acionistas para abertura de uma S/A, ou seja,

a empresa não poderá ser constituída por uma única pessoa;

• Todas as ações têm o mesmo valor nominal, que são fixados na

fundação da S/A pelos seus fundadores. Caberá qualquer alteração ser revisada e

alterada em assembléia geral ou ao conselho de administração quando se tratar

de emissão de novas ações;

• Não são permitidas contribuições em espécie como forma de realizar o

capital tudo deverá ser feito através da obtenção das ações.

• Podem ser constituídas recorrendo à subscrição pública;

• A administração e fiscalização da sociedade estão cometidas a um

Conselho de Administração e a um Conselho Fiscal do qual fará sempre parte um

Revisor Oficial de Contas (ROC);

• O contrato de sociedade deve indicar: o número de ações emitidas, o

seu valor nominal, as condições particulares (se existirem), a que ficará sujeita a

transmissão das ações, o montante de capital realizado (se não houver sido na

sua totalidade) e o prazo de realização do capital subscrito e não realizado bem

como a composição da Assembléia Geral e a estrutura do conselho de

Administração e do Conselho Fiscal da Sociedade.

As S/A são organizações de grandes valores no mercado, uma vez que as

mesmas movimentam a nossa economia através das Bolsas de Valores.

383.1.2 - Sociedade por Quotas;

A sociedade por quotas, de responsabilidade limitada, é aquela que é

formada por duas ou mais pessoas, as responsabilidades são assumidas de

acordo com o investimento inicial. Podem ser constituídas por documento público

ou particular. Poderá essas sociedades usar de uma firma social, trazendo, nesse

caso, pelo menos o nome de um dos sócios, ou uma denominação particular ao

nome social deve ser acrescida a palavra limitada ou a frase sociedade de

responsabilidade limitada.

Principais características:

• Capital social representado por quotas, ou seja, cada valor investido

pelos sócios é integralizado em quotas;

• Responsabilidade solidária dos sócios, nas sociedades por quotas a

responsabilidade dos sócios é pelo total do capital social.

• O patrimônio social responde para com os credores pelas dívidas da

sociedade, é o valor que a empresa tem em bens, caixa, material para honrar os

compromissos;

• Na elaboração do contrato social é necessário apresentar um valor para

compor o capital social;

• O patrimônio social responde pelas dívidas da sociedade e não dos

sócios;

• A empresa não poderá ser constituída por uma única pessoa;

• A firma deve ser formada pelo nome ou firma de todos ou alguns dos

sócios, por denominação particular ou por ambos, acrescida sempre da expressão

“Limitada” ou da abreviatura "Ltda.";

39• As entradas para o capital social podem ser feitas em dinheiro ou em

bens diferentes;

• A realização do capital pode ser diferida até 50% do valor subscrito, em

dinheiro;

• O contrato de sociedade deve indicar o montante de cada quota e

respectivo titular, bem como o montante de entradas diferidas (se as houver).

As empresas de sociedade limitadas são utilizadas por famílias, grupos de

profissionais de uma mesma formação e por pessoas que desejam seu próprio

negócio com idéias diversas, ou seja, sócios.

3.1.3 - Sociedade em Nome Colectivo

Nestas sociedades os sócios além de responderem individualmente pela

sua entrada, respondem pelas obrigações sociais em relação à sociedade.

Principais características:

• Não existe montante mínimo estipulado por lei para o capital social, ou

seja, o valor de investimento inicial;

• Responsabilidade solidária, subsidiária e ilimitada dos sócios;

• O número de sócios não poderá ser inferior a 2 pessoas;

• São admitidas contribuições de indústria, contudo, o seu valor não é

computado no capital social;

• A firma, quando não individualiza todos os sócios, deve conter o nome

ou firma de um deles, com o aditamento, abreviado ou por extenso " E

Companhia" ou por qualquer outro que indique a existência de outros sócios;

40• O contrato social de sociedade deve indicar a caracterização da entrada

de cada sócio.

É uma sociedade onde cada sócio é responsável pelos seus atos dentro da

empresa isoladamente, o mesmo poderá ser acionado individualmente sem o

comprometimento dos demais sócios.

3.1.4. Sociedade em Comandita

Na sociedade em comandita há dois tipos de sócios: os sócios os

comanditados, e comanditários. Os primeiros são, necessariamente, pessoas

físicas que respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais,

colaborando com capital; já os segundos, são obrigados apenas pelo valor de

suas quotas

Principais características:

• Os sócios possuem diferentes níveis de responsabilidade: sócios com

responsabilidade limitada (comanditários, contribuem com o capital) e sócia com

responsabilidade ilimitada (comanditados, contribuem com bens e serviços);

• Cada um dos sócios comanditários responde apenas pela sua entrada.

Os sócios comanditados respondem pelas dívidas da sociedade nos mesmos

termos da sociedade em nome coletivo;

• A entrada do sócio comanditário não pode consistir em indústria;

• Existem duas modalidades de Sociedade em Comandita: Comandita por

ações (nas quais o capital está representado por ações) e Comandita Simples,

que seguem as disposições legais das sociedades em nome coletivo;

41• Contrato de sociedade deve indicar os sócios comanditados e os

comanditários bem como a indicação de que se trata de uma sociedade em

comandita por ações ou comandita simples;

• A firma é formada pelo nome ou firma de um, pelo menos, dos sócios

comanditados e o aditamento "Em Comandita" ou "& Comandita por Ações";

• O nome dos sócios comanditários não pode figurar na firma da

sociedade, salvo se o consentirem expressamente.

As Comanditas apresentam uma flexibilidade para inicialização do capital

social, o empreendedor poderá está iniciando seu valor como bens e serviços.

3.1.5 - Empresário em Nome Individual

É a abertura de uma empresa no nome da pessoa, ou seja, a

empresa tem o nome do empreendedor.

Principais características:

• Pessoa singular equiparada a pessoa coletiva (empresa);

• Responsabilidade ilimitada por dívidas contraídas;

• Obrigatória a inscrição na Segurança Social.

Responsabilidade individual, capital inicial registrado em um único nome, as

divida da empresa é do empreendedor.

Com base nas formas jurídicas descritas é possível extrair que há uma

legislação em vigor para qualquer tipo de empreendimento, há isenções de

impostos, impostos exorbitantes, local correto para inicialização das atividades,

outros poderão funcionar em qualquer local, empresas com formação de diversos

sócios com responsabilidades igualitárias ou responsabilidades diferenciadas.

42Para todos os empreendimentos legalizados há uma legislação e órgão

competentes para apoio.

3.2 – ASPECTOS JURÍDICOS IMPORTANTES

3.2.1 - Consulta do Nome da Empresa (HOMONÍMIA)

Todo nome, razão ou denominação social têm de ser inéditos. As juntas

comerciais ou os cartórios civis das pessoas jurídicas precisam ser consultados

previamente, para se saber da existência de nome igual ou similar.

3.2.2 - Consulta dos Sócios na Receita Federal e Estadual

Para registrar a empresa será necessário – certidão de nada consta CDN

na Receita Federal e Estadual. Se houver alguma pendência quanto à declaração

de imposto de renda ou alguma restrição por débito anterior, deverá ser

providenciada a devida regularização.

3.2.3 - Consulta Da Marca

Toda empresa deve ter um nome de fantasia. Isso evita deixar os ovos no

mesmo cesto. Se houver algum fracasso e comprometer a razão social do

empreendimento, o nome ou marca poderá ser resguardado. O Instituto Nacional

de Propriedade Industrial (INPI) é o órgão responsável pelo registro das marcas e

patentes brasileiras. A consulta é parecida com a que é feita para checar a razão

social. A marca pode, com os anos, vir a ter um grande valor, principalmente pelo

avanço do sistema de franquia.

3.2.4 - Contrato Social

É a certidão de nascimento da nova empresa. É importante que estejam

previstos e apostos vários dados e exigências legais, tais como:

• qualificação dos sócios;

43• denominação ou razão social;

• endereço da sede da empresa;

• objetivo social;

• capital social;

• administração a cargo de quem e de que forma;

• retirada pró-labore;

• data de início das atividades;

• transferências das cotas;

• balanço patrimonial;

• ausência de algum sócio;

• proibições;

• foro competente;

• procuradores;

• impedimentos;

• outros a cargo dos sócios e/ou do contador.

A natureza jurídica da empresa e o plano de negócio são elementos

primordiais na busca de parceiros para investimentos juntos os empreendimentos,

contudo, a carga tributária incidente no mesmo, amplia o conhecimento para o real

gasto na abertura da empresa.

44

CAPÍTULO IV

FINANCIAMENTO E ASSESSORIA PARA O

EMPREENDIMENTO

É chegada a hora de colocar em prática tudo que já foi analisado para

abertura do próprio negócio, a idéia está saindo do papel e sendo colocada em

prática, realização, satisfação e decisão tomada. Na falta de capital para o

mesmo, faz-se, necessário saber as possíveis fontes de recursos para solução

desse problema inevitável.

Para os atores (Pavani, Cláudia, José Arnaldo Deutsaher, Santiago Maya

Lópes, 1999), há um cheque list para o financiamento, o qual já foi preenchido no

plano de negócio ou listado pelo o empreendedor:

• Como a empresa recuperará o investimento que ela está realizando?

O empreendedor deverá saber de que forma o seu investimento será pago,

ou seja, o prazo máximo para começar obtenção de lucros diminuindo as

despesas.

• Ela licenciará a tecnologia, produzirá e venderá os produtos,

serviços, distribuirá no mercado?

O empreendedor apresentará a definição do mercado que atuará e como

atuará.

• Quão rentável o negócio da empresa espera ser?

A margem de lucro esperada da empresa, ou seja, após todos os

pagamentos, retirados de sócios, quanto ainda sobrará.

• Que montante de capital a empresa espera levantar agora? Quanto

45mais adiante?

Qual o valor do capital inicial para abertura do negócio, deve levar em

consideração uma sobra de caixa para as atividades iniciais.

• Quando a empresa espera tornar-se rentável?

Qual será paybak da empresa, em quantos anos ela espera está sendo

uma empresa líquida, ou seja, com sobra de caixa.

• Qual a atual estrutura de controle acionário?

Forma jurídica que a empresa irá se enquadra, é através da mesma que a

definição do controle acionário.

• Os investidores atuais farão novos aportes?

Sabendo do total necessário para iniciar as atividades, expectativas futuras,

saberá se os investidores farão novos investimentos, e em qual o tempo,

O cheque list sugerido pelo ator, já foi incluso no decorrer da abertura do

empreendimento, uma vez que o empreendedor já montou o seu plano financeiro

junto com o plano de negócio, o resumo do mesmo, faz-se, necessário como um

folder para conseguir o investimento.

Para os mesmos, com o plano de negócio algumas fontes serão de grande

ajuda nessa reta final.

• Sócios potenciais: para estabelecer acordos e direção.

• Parceiros: para estabelecer estratégias conjuntas.

• Bancos: para conseguir financiamentos.

• Intermediários: pessoas que ajudam a vender o seu negócio.

46• Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas e

outros interessados.

• Executivos de alto nível: para aprovar e alocar recursos.

• Fornecedores: para outorgar crédito para compra de mercadorias e

matéria-prima.

• Gente talentosa: que você, deseja contratar para fazer parte da

empresa.

• A própria empresa: para comunicação interna com os empregados.

• Clientes potenciais: para vender o produto ou serviço.

4.1 – Recursos pessoais

Muitos empreendedores ao começarem a montagem de um plano de

negócio já apresentam fontes de recursos para concretização do empreendimento.

Utilizam verbas rescisórias, ou seja, indenizações de empregos anteriores, vendas

de automóveis, imóveis, investimentos feitos no decorrer da vida.

O investimento próprio é utilizado por grande maioria dos

empreendedores, o que é fundamentado em (DORNELES, 2008), “em

aproximadamente 59% dos casos apenas recursos próprios foram utilizados para

a implementação do negócio, evidenciando a acentuada aversão do

empreendedor a capital de terceiros, principalmente no início das atividades”.

4.2 – Incubadoras

Com base em pesquisas na Internet, artigos acadêmicos publicados e

consulta no livro (DORNELES, 2008) é sabido que uma Incubadora de empresa

prepara, fortalece, orienta e apóia os empreendedores para sobreviver no

mercado, onde que mais da metade das micros e pequenas empresas, 56%

47fecham as portas até o terceiro ano de vida, segundo dados do Sebrae. A mesma

oferece apoio estratégico, ambiente flexível e encorajador, custo bem menor do

que no mercado, na medida em que esses custos são rateados e as vezes

subsidiados.

Há dois tipos de Incubadoras as abertas e as fechadas:

• Incubadoras Abertas: as empresas incubadas não precisam estar

instaladas no mesmo local. Elas contam com os serviços de apoio e usam

circunstancialmente a estrutura compartilhada, como é o caso das incubadoras de

cooperativas.

• Incubadoras Fechadas: cada empresa possui o seu módulo, ou

espaço privativo de trabalho, constituído de uma ou mais salas pequenas, mais os

espaços coletivos a serem utilizados por todos.

O apoio oferecido pelas Incubadoras:

• Infraestrutura: Salas individuais e coletivas, laboratórios, auditório,

bilblioteca, salas de reunião, recepção, copa cozinha, estacionamento.

• Serviços Básicos: Telefonia e acesso a Web, recepcionista,

segurança, xerox, etc.

• Assessoria: Gerencial, contábil, jurídica, apuração e controle de

custo, gestão financeira, comercialização, exportação e para o desenvolvimento

do negócio

• Qulificação: Treinamento, cursos, assinaturas de revistas, jornais e

publicações

• Network: Contatos de nível com entidades governamentais e

investidores, participação em eventos de divulgação das empresas, fóruns.

48Segundo dados do Anprotec -Associação Nacional de Entidades

Promotoras de Empreendimentos de Tecnologia Avançada, existem hoje no Brasil

cerca de 150 incubadoras espalhadas pelo Brasil, número que mal chegava a 10

em 1991. Estima-se em cerca de 1.100 o número de empresas residentes nessas

incubadoras, o que representa a geração de cerca de 6.100 novos empregos.

Fonte site: http://www.e-commerce.org.br/incubadoras.php : Acesso: 18/07/20111

As Incubadoras apresentam um processo criterioso para aceitação

de empreendedores, as ideias bem elaboradas e estruturadas podem está sendo

colocadas em prática com um apoio sério. Quando falta capital é uma forma para

total verificação da possível existência sólida do empreendimento, tendo em vista

que está atuando com outros que também buscam o sucesso.

4.3 – Governo

É um apoio importante ao empreendedor, uma vez que o mesmo contribui

para o crescimento econômico gerando novos empregos. Alguns órgãos de apoio

do governo:

49• FINEP: Concede financiamentos reembolsáveis e não-

reembolsáveis. O apoio da FINEP abrange todas as etapas e dimensões do ciclo

de desenvolvimento científico e tecnológico: pesquisa básica, pesquisa aplicada,

inovações e desenvolvimento de produtos, serviços e processos. A FINEP apóia,

ainda, a incubação de empresas de base tecnológica, a implantação de parques

tecnológicos, a estruturação e consolidação dos processos de pesquisa, o

desenvolvimento e a inovação em empresas já estabelecidas, e o

desenvolvimento de mercados.

• BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

Social): Investe em empreendimentos de organizações e pessoas físicas segundo

critérios que priorizam o desenvolvimento com inclusão social, criação de emprego

e renda e geração de divisas.

Os programas de governo avaliam o real impacto que contribuirá o

empreendimento na economia. Todos tem acesso aos financiamentos desde que

estejam bem estruturados e dispostos a submeter ao crivo dos órgãos.

50

CONCLUSÃO

No mundo globalizado onde tudo é uma cadeia para o desenvolvimento e

crescimento financeiro, os fatos e acontecimentos acontecem em tempo real, é

muito importante que o empreendedor identifique suas reais características

empreendedoras, buscando um empreendimento sustentável apresentando

competência e captação adequada para o mesmo.

Um empreendedor não reunirá todas as características para o sucesso, faz-

se necessário aperfeiçoamento nas existentes e conhecimentos das ausentes.

Está apto a ouvir, aprender, saber, buscar conhecimento, inovar. Um

empreendimento é formado por vários departamentos o qual envolve pessoas

diferentes, cabe ao empreendedor a consciência de saber liderar, motivar, montar

equipe comprometida.

Conhecer as suas atividades nas quais irá atuar, suas forças e fraquezas,

oportunidades e ameaças. É estratégia para está sempre no mercado, não deixar

que o tempo e experiência o deixa obsoleto, ou seja, sem inovar com novos

produtos ou serviços, ou trazendo um aprimoramento para os existentes.

Um empreendedor tem que ter sempre a certeza que o seu

empreendimento será algo que ultrapassar as suas expectativas, será solido, que

contribuirá para a economia do país e será a sua realização profissional e

financeira.

Conclui que um empreendedor terá grandes barreiras para a montagem do

seu empreendimento, atualmente há muitos incentivos do governo para que os

mesmos deixem de exercer atividades informais e legalizem-se, ou seja, saiam da

informalidade e mostrem a sua existência. O grande problema são as taxas de

juros e a burocracia encontrada para o mesmo.

O objetivo do nosso país atualmente é está investindo e capacitando os

51empreendedores na abertura de pequenas e medias empresas. Faz-se necessário

o aprimoramento, conhecimento, escolas e profissionais voltados para ajudar que

haja uma conscientização que o negócio não é só realização de sonhos.

52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Flávio De. Como montar seu negócio próprio - os segredos do projeto

de negócios - Belo Horizonte: Editora Leitura 2001.

DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa – uma idéia, uma paixão e um plano

de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa: Cultura

Editoras 2002.

_____________. Oficina do empreendedor – a metodologia de ensino que ajuda a

transformar conhecimento em riqueza: Cultura Editoras 2003.

DEUTSCHER, José Arnaldo; LOPEZ, Santiago Maya; PAVANI, Cláudia – Plano

de Negócios: Lexikon 1999.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo – transformando idéias em

negócios: Editora Campus 2008.

_____________. Empreendedorismo na prática – mitos e verdades do

empreendedor de sucesso: Elsevier 2007.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor

(enterpreneurship) – práticas e princípios: Editora Pioneira 1987.

_____________. Administração em tempos de grande mudanças: Editora pioneira

1996.

LAROSA, Marco Antônio. Como produzir uma monografia – passo a passo siga o

mapa da mina: Wak 2008.

http://www.telecentros.desenvolvimento.gov.br/_arquivos/capacitacaoempresarial/

Modelodeplanodenegocio.pdf : Acesso em Junho/2011.

53http://paginas.fe.up.pt/~ee97042/Faculdade/EG/formas_juridicas_de_empresa.htm

: Acesso em Julho 2011.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B3nima : Acesso em Junho/2011.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_limitada : Acesso em Julho/2011.

54

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTOS 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – Empreendedor 09 1.1 – O que é empreendedor?

1.2 – Perfil de um empreendedor 10

CAPÍTULO II – Identificado a viabilidade da abertura de um empreendimento 14

2.0 – Matriz Swot 14 2.1 - Estrutura de um plano de negócio 18

CAPÍTULO III – Questões legais de constituição da empresa 36 3.0 – Formas jurídicas da empresa 36 3.1.1 – Sociedade anônima 36 3.1.2 – Sociedade por quotas 38 3.1.3 – Sociedade em nome colectivo 39 3.1.4 – Sociedade em comandita 40 3.1.5 – Empresários em nome individual 41 3.2 – Aspectos Jurídicos importantes 41 3.2.1 – Consulta do nome da empresa (Homonímia) 42 3.2.2 – Consulta dos sócios na Receita Federal e Estadual 42 3.2.3 – Consulta da Marca 42 3.2.4 – Contrato Social 42

55CAPÍTULO IV – Financiamento e assessoria para o empreendimento 44

4.1 – Recursos pessoais 46 4.2 – Incubadoras 46 4.3 – Governo 48 CONCLUSÃO 50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52 INDICE 54 FOLHA DE AVALIAÇÃO 56

56

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Título da Monografia: As premissas para um empreendimento de sucesso

Autor: Elisangela Almeida de Jesus

Data da entrega: 25/07/2011

Avaliado por: Conceito: