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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A Produção Legislativa da Câmara Municipal de Niterói e sua
Contribuição para a área da Educação
Por: Lorena Neves Pestana Ribeiro
Orientadora
Prof.ª Ma. Flávia Martins de Carvalho
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A Produção Legislativa da Câmara Municipal de Niterói e sua
Contribuição para a área da Educação
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Pública
Por: . Lorena Neves Pestana Ribeiro
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por tudo o que
Ele é e representa para mim. A minha família
em especial ao meu marido Bruno Gonçalves
Ribeiro, por toda a sua dedicação e paciência
com a minha pessoa.
4
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado ao meu esposo,
Bruno Gonçalves Ribeiro, que sempre
está ao meu lado em todos os momentos,
dizendo sempre que posso realizar tudo
que realmente quero e sou capaz de fazer
tudo aquilo que desejo, pois acredita na
minha capacidade
5
RESUMO
Esta tese tem por objetivo investigar a legislação elaborada pela
Câmara Municipal de Niterói em matéria de educação, tentando analisar as
concepções de educação que fundamentam essas proposições legislativas, o
conteúdo dessa produção legislativa.
Para tornar o estudo mais exequível, a pesquisa foi limitada aos
Projetos de Lei, referentes à área de educação, protocolados na Câmara
Municipal de Niterói, a partir da primeira legislatura iniciada após a
promulgação da atual Constituição da República Federativa do Brasil (1989-
1992), quando os municípios passaram a ser investidos de novas
responsabilidades e maior autonomia terminando no ano de 2004.
Trabalhando apenas com os Projetos de Lei que foram sancionados, ou seja,
que se transformaram efetivamente em diploma legal.
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METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida numa linha qualitativa, ou seja, buscando
a compreensão do fenômeno estudado por meio de análises que apreendam o
sentido imediato e profundo dos aspectos investigados. A interpretação de
dados obtidos por meio do uso de diferentes instrumentos de produção de
informações e com base em diferentes fontes permitirá proceder a um
instigante cruzamento de dados e fontes, o que ampliará minhas possibilidades
analíticas (LUDKE; 1986).
Numa primeira etapa, realizei um levantamento exaustivo da
produção legislativa da Câmara Municipal de Niterói, no período de 1989 a
2004, selecionando todas as proposições que abordam a temática
educacional. Em seguida, classifica-se a produção legislativa identificada, da
seguinte forma: Projetos de Lei sancionados que estão em vigor; Projetos de
Lei sancionados e posteriormente revogados; Projetos de Lei vetados
parcialmente; Projetos de Lei vetados integralmente.
Após esta análise de conteúdo, foi focado apenas os Projetos de
Lei sancionados, buscando categorizá-los tematicamente, tendo como foco
investigativo em temas: Alimentação; Assistência; Autorizações; Cargos,
Civismo; Utilidade Pública; Convênios; Criação; Cultura; Currículo; Espaço
Cultural; Normas Escolares, Organização do Sistema de Ensino e Transporte.
No decorrer da pesquisa foi utilizada a técnica de análise de conteúdo
(BARDIN, 1988), buscando construir categorias mais precisas de análise, em
diálogo com os objetivos da pesquisa, com os meus referenciais de análise e
com o conteúdo dos dados produzidos ao longo da pesquisa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Políticas Educacionais no Brasil 10
CAPÍTULO II - A Câmara Municipal de Niterói 26
CAPÍTULO III – Responsabilidades do Município com a Educação 43
CAPÍTULO IV – Contribuições dos Projetos Sancionados para os Munícipes de
Niterói 58
CONCLUSÃO 73
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 76
ÍNDICE 93
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INTRODUÇÃO
A presente proposta de pesquisa pode contribuir para ampliar os
estudos na área de política educacional, em especial aqueles que se referem à
participação direta do Poder Legislativo na formulação de políticas públicas de
educação. Tais estudos permitem aprender, não apenas o conteúdo dos
projetos, mas as concepções, os interesses em disputa e as forças
concorrenciais que se articulam em torno das proposições legislativas
(SAVIANI, 2001).
A presente pesquisa também se reveste de grande interesse
público, na medida em que expõe aspectos do trabalho de uma entidade que
deveria estar permanentemente a favor do interesse público, já que é uma
Casa de representação popular e simboliza um dos poderes constituídos da
República Federativa do Brasil, em nosso Município. Logo, o motivo para se
estudar a produção legislativa da Câmara Municipal de Niterói na área de
educação consiste por ser tema de elevada relevância social.
Por fim, ressalta-se que o presente estudo contribui para a
consolidação do percurso no campo da pesquisa em políticas públicas de
educação e a relação entre Poder Legislativo e educação.
A presente tese tem por objetivo identificar e analisar a produção
legislativa da Câmara Municipal de Niterói, sob a forma de Projetos de Lei
referentes à área de educação, no período de 1989 a 2004, para a realização
deste estudo realizou-se um levantamento dos Projetos de Lei apresentados
na Câmara Municipal de Niterói, no período estudado, selecionando para
análise aqueles que se referem à área de educação.
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Buscando Investigar os Projetos selecionados, observada a ênfase
anteriormente mencionada, buscando compreender as concepções de
educação que os fundamentam.
Para a construção do referencial teórico deste estudo, a tese em
quatro capítulos, no Capitulo 01 busca-se aprofundar a discussão sobre um
dos aspectos centrais do Pacto Republicano que estrutura o federalismo no
Brasil, a saber, a relação entre os entes federados: União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, desde o ano de 1889 a 2003. Este capítulo se faz
necessário para avançar no estudo sobre as competências dos municípios em
matéria de educação, observadas principalmente a Constituição brasileira e a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e, dentre as competências
municipais, estudar as iniciativas que estão ao alcance das Câmaras
Municipais. Esta discussão sobre o federalismo brasileiro, com ênfase na
abordagem dos alcances e dos limites da instância municipal, implicará discutir
o tão propalado regime de colaboração entre os entes federados, cláusula
inscrita no dispositivo constitucional, que, no entanto, até hoje, vinte e três
anos após a promulgação da Carta Magna de 1988, permanece sem a devida
regulamentação. No Segundo Capítulo o estudo foca a História da Câmara
Municipal de Niterói, suas funções e atribuições passando após para um
estudo sobre a função dos vereadores, terminando com um breve resumo
sobre a educação do município de Niterói.
No Capítulo três são abordados os Projetos de Lei sancionados
divididos em categorias, para que, no capítulo quatro possa discutir e apontar
as suas contribuições.
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Capitulo 01
Políticas Educacionais no Brasil
As Políticas Públicas são ações assumidas pelo governo, no âmbito da
União, dos Estados e dos Municípios, as quais podem ter participação ou não
da sociedade, tendo por objetivo direitos humanos coletivos ou direitos sociais
garantidos em lei. Esta compreende tudo que o Estado realiza tais como:
investimentos e serviços prestados. SECCHI (2011) define Políticas Públicas,
como uma atividade ligada à obtenção e manutenção dos recursos
necessários para o exercício do poder sobre o homem, que tratam do
conteúdo concreto, do conteúdo simbólico de decisões políticas, do processo
de construção e atuação dessas decisões, e completa afirmando que Política
Publica é uma diretriz elaborada para enfrentar um problema público.
As políticas públicas devem oportunizar a melhoria da qualidade de
vida da população redistribuindo renda, contudo, alguns gestores por
desenvolver de forma equivocada o plano político, contribuindo para privilegiar
setores dominantes da sociedade, aumentando consequentemente, ainda
mais a concentração da renda e da desigualdade social.
Não se pode negar que, a discussão sobre políticas e gestão da
educação tem sido objeto de vários estudos e pesquisas no cenário tanto
nacional quanto internacional. Trata-se de temática com várias perspectivas,
concepções e cenários complexos em disputa. Nesse sentido, é fundamental
destacar fatos marcantes da Política Educacional desenvolvida no Brasil. Para
que possa compreender melhor as Políticas implantadas na área de Educação,
nada mais coerente que apresentar um breve histórico.
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1.1-Período da Primeira República (1889 - 1929)
O Período da Primeira República era composto por um sistema
presidencialista, o qual o Presidente da República é o chefe de governo e
chefe de Estado.
Esta época teve como destaque a Reforma de Benjamin Constant,
com princípios orientadores como a liberdade e o sistema laico do ensino,
como também a gratuidade da escola primária. Estes princípios seguiam a
orientação do que estava estipulado na Constituição brasileira. Essa Reforma
ainda possuía objetivo de transformar o ensino em cursos superiores. Essa
reforma teve seus méritos quando tentou acabar com os preparatórios,
estabelecer o processo educativo sob o modelo seriado, como também ampliar
o currículo das escolas brasileiras, abrindo-o ao enciclopedismo, na qual foi um
movimento filosófico-cultural, desenvolvido na França e que buscava catalogar
todo o conhecimento humano a partir dos novos princípios da razão. Por esta
vertente, a Reforma Benjamin Constant buscava a substituição do ensino
acadêmico por um currículo mais enciclopédico, com a inclusão de disciplinas
científicas e a consagração do ensino seriado. Com o tempo a reforma foi
assimilada pelos ensinos primário e secundário.
1.2-Período da Segunda República (1930 - 1936)
As primeiras grandes modificações na área de Educação começam a
ocorrer na década de 1930, pois possuíam a ideia de que era indispensável à
modernização do Brasil. Todos passavam a valorizar o papel da educação, que
passou a cumprir papel de horizonte ideológico.
Cabe destacar que, nesta época ocorreu o início da saída dos
trabalhadores do campo em direção à cidade, com o intuito de buscar
melhores condições de trabalho. No Governo do ex-presidente Getúlio Vargas,
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preocupado com a formação somente da elite, criou-se uma nova função
dentro da escola rural, ou seja, a formação técnico-profissional de
trabalhadores, aperfeiçoando os trabalhadores rurais, contendo, assim, a
imigração dos estudantes da área rural para a cidade.
“Conseqüência da estrutura federativa da Primeira
Republica a estrutura de ensino vigente no Brasil até
1930 nunca pudera se organizar como um sistema
nacional integrado. Ou seja, inexistia uma política
nacional de educação que prescrevesse diretrizes gerais
e a elas subordinasse os sistemas estaduais. Os projetos
implementados pela União, até aquele momento, limitava-
se, quase que exclusivamente ao Distrito Federal e,
embora apresentados como “modelo”, os estados da
Federação eram obrigá-los a adotá-los” (SHIROMA, 2007,
p.16).
Outra medida que ocorreu durante o Governo Provisório de Vargas foi
a Criação do Ministério dos negócios da Educação e Saúde Pública, esta vinha
de uma antiga reivindicação de educadores e intelectuais brasileiros, este
conferia a União poder para exercer Tutela sobre vários domínios do Ensino no
país.
“Tratava-se de adaptar a educação a diretrizes que,
notadamente a partir daí, se definiam tanto num campo
político quanto educacional. o objetivo era o de criar um
ensino mais adequado à modernização que se almejava
para o país e que se constituísse em complemento da
obra revolucionária, orientando e organizando a nova
nacionalidade a ser construída.” (SHIROMA, 2007, p.16).
Em 1931 surge a reforma Francisco Campos, que por intermédio de
um conjunto de Decretos influenciou concretamente o ensino primário no
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Brasil, apesar de não mencionar em seus dispositivos diretamente este campo
da educação. De um modo geral, a reforma possibilitou um grande avanço no
que diz respeito à regulamentação da educação em âmbito nacional, pois
tentou retirar do ensino secundário a conotação de ponte para o ensino
superior e criou um corpo de inspetores especializados por grupos de matérias
e estabelecimentos, o que reforçou a estrutura curricular desses
estabelecimentos educacionais, na medida em que ofertou suporte técnico e
administrativo. Dessa forma, as escolas foram obrigadas a abandonar os
cursos preparatórios, aulas avulsas e implantar um currículo, que, em sua
maioria, era enciclopedista. O Decreto nº 18.851/1931, de 11 de abril de 1931,
elaborado por Francisco Campos, dispunha sobre a organização do Ensino
Superior no Brasil e adotava o regime universitário, além de prever entre suas
exigências a presença da Faculdade de Educação, Ciências e Letras nas
Universidades, sinalizando desta forma a participação da Educação no projeto
desenvolvimentista da nação brasileira.
Ainda em 1931, a Igreja Católica pressionou o governo para a inclusão
do ensino religioso nas escolas primárias, normais e secundárias no país de
forma facultativa. O presente movimento gerou grande repercussão, surgindo o
Manifesto dos Pioneiros em 1932, que lutavam por uma escola de qualidade,
laica e gratuita. Assim, conseguiram a aprovação das propostas de ensino
primário obrigatório, gratuito e universal por competência da União tendo os
Estados e Municípios que se adaptarem as determinações Federais. Com isto
foi instituído o Conselho Nacional de Educação com o intuito de elaborar um
Plano Nacional de Educação.
O Manifesto dos Pioneiros gerou rompimento entre o grupo católico e o
grupo dos renovadores, este rompimento evidenciou-se de forma concreta com
a retirada do grupo católico da Associação Brasileira de Educação, fundando
em seguida a Confederação Católica Brasileira de Educação. O Manifesto é
sem dúvida uma importante contribuição deixado para o longo século XX,
influenciando a política educacional e estabelecendo novos marcos com
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propostas de reconstrução social e educacional. Apresentando princípios de
uma educação pública, laica, gratuita e obrigatória, o Manifesto assim como
todo instrumento social e coletivo.
“O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932)
contribuiu definitivamente para pôr em relevo as clivagens
ideológicas existentes entre as forças em confronto.
Redigido por Fernando de Azevedo e assinado por mais
26 educadores e intelectuais, o documento dirigido ao
povo e ao governo trazia a marca da diversidade teórica e
ideológica do grupo que o concedeu. Mas apresentava
idéias consensuais, como a proposta de um programa de
reconstrução educacional em âmbito nacional e o
principio da escola publica, leiga, obrigatória, e gratuita e
do ensino comum para os dois sexos” (SHIROMA, 2007,
p.20).
A Constituição de 1934, trouxe grandes contribuições para a educação
brasileira, disponibilizando um capítulo inteiro dedicado à Educação e Cultura,
dispõe, pela primeira vez em uma Carta Magna, que a educação é direito de
todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes Público. Afirma
ainda que, a responsabilidade é dos Estados em “organizar e manter” sistemas
de educação nos seus territórios, de acordo com as diretrizes da União e ainda
garante a questão da gratuidade do ensino e focaliza o ensino primário
integral. Apesar disto tudo, não aboliu o ensino religioso, mantendo-o como
matéria de caráter facultativo nas escolas. Pode-se observar que a
Constituição de 1934, em relação à área da Educação e Cultura coaduna com
as reivindicações e as propostas que constavam no Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova.
Por fim, com o advento da Constituição de 1934 estabeleceu a
necessidade de criar um Plano Nacional de Educação, além de proporcionar a
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gratuidade e a obrigatoriedade do ensino elementar. SHIROMA (2007) destaca
como objetivo deste período a criação de um ensino mais adequado, pois se
desejava a modernização do país.
1.3-Período do Estado Novo (1937 - 1945)
Em 1937 foi outorgada a quarta constituição Brasileira, sua principal
característica era a enorme concentração de poderes nas mãos do chefe do
Executivo. Esta não realizou grandes mudanças na educação. Manteve a
educação dual, ou seja, uma escola propedêutica para os ricos, uma escola
pré-vocacional para os mais pobres como preparação para o trabalho,
atendendo assim, os anseios dos dominantes burgueses, que em poucas
palavras significava formar uma “elite” com condições intelectuais para o
domínio e uma classe de trabalhadores para atender a demanda do mercado,
obtendo ainda uma contenção da inação oriunda da migração que hora vinha
ocorrendo por parte das populações rurais. O Estado Novo estabeleceu uma
política educacional com ideias de nacionalismo, moral e civismo, culto à Pátria
e às tradições. Aparentemente, o ensino profissional instituído na época, pode
ser visto como uma boa intenção do governo, para contribuir com o progresso
social e econômico do país, em concordância com o que queriam os
renovadores. Porém, um olhar mais cuidadoso revela que as consequências
desta orientação educacional funcionariam de modo a contribuir com os
abismos sociais.
“A nova Constituição dedicou bem menos espaço à
educação do que a anterior, mas o suficiente para incluí-
la em seu quadro estratégico com vistas a equacionar a
“questão social” e combater a subversão ideológica. Não
foram casuais os discursos e as referencias a um ensino
específico para as classes menos favorecidas, o pré
vocacional e profissional” (SHIROMA, 2007, p.22).
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Merece destaque que, em 1939 criou-se o Curso de Pedagogia, de
acordo com este esquema é neste período que, a História da Educação passa
a fazer parte do currículo como disciplina ligada à formação do professor.
A partir de 1942, com a Reforma Capanema, sob o nome de Leis
Orgânicas do Ensino, foi estruturado o ensino industrial, reformulado o ensino
comercial e criado o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI,
além das mudanças ocorridas no ensino secundário.
“Da Parte do Governo nenhuma movimentação
significativa na definição de políticas para a educação se
anunciou até 1942, quando o então ministro da Educação
e Saúde Pública, Gustavo Capanema, implementou uma
série de reformas que tomaram o nome de Leis Orgânicas
do Ensino, que flexibilizaram e ampliaram as Reformas
Campos.” ( SHIROMA, 2007, p.23).
De acordo com SHIROMA (2007) as Leis orgânicas foram
complementadas por Raul Leitão, segue os seguintes Decretos-Lei:
• Decreto-Lei n. 4.073/1942, de 30 de janeiro de 1942, que
organizou o ensino industrial;
• Decreto-Lei n. 4.048/1942, de 22 de janeiro de 1942, que
instituiu o SENAI;
• Decreto-Lei n.4.244/1942 de 9 de abril de 1942, que
organizou o ensino secundário em dois ciclos: o ginasial, com quatro
anos, e o colegial, com três anos;
• Decreto-Lei n.6.141/1943, de 28 de dezembro de 1943,
que reformou o ensino comercial.
• Decreto-Lei 8.530/1946, de 02 de janeiro de 1946, que
organizou o ensino normal;
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• Decretos-Lei n 8.621/1946 e 8.622, de 10 de janeiro de
1946, que criaram o SENAC;
• Decreto-Lei n. 9.613/1946 de 20 de agosto de 1946, que
organizou o ensino agrícola.
•
Após a Reforma o ensino ficou composto por cinco anos de curso
primário, quatro de curso ginasial e três de colegial, podendo ser na
modalidade clássico ou científico. O ensino colegial passou a se preocupar
mais com a formação geral.
1.4-Período da Nova República (1946 - 1963)
Neste período foi promulgada a Constituição de 1946, na qual
determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primário e atribui
competência à União para legislar sobre as diretrizes e bases da educação
nacional. A educação passa a ser considerada como direito de todos que será
ministrada no lar e na escola, com o intuito de inspirar nos princípios de
liberdade e os ideais de solidariedade humana (Art. 166). O ensino dos
diferentes ramos será ministrado pelos poderes públicos e é livre à iniciativa
particular (Art. 167). Importante dado neste período consiste que, a União
deverá aplicar dez por cento, e os Estados e Municípios vinte por cento da
renda resultante dos impostos na manutenção e desenvolvimento da educação
(Art. 169).
A União organizará o sistema federal de ensino e dos territórios, ainda
o sistema federal de ensino terá caráter supletivo, estendendo-se a todo o país
nos estritos limites das deficiências locais (Art. 170). Sendo que cada sistema
de ensino terá obrigatoriamente serviços de assistência educacional que
assegurem aos alunos necessitados condições de eficiência escolar (Art. 172).
“A Carta de 1946 defendia a liberdade e a educação dos
brasileiros. Esta era assegurada como direito de todos, e
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os poderes públicos foram obrigados a garantir, na forma
da lei, a educação em todos os níveis, juntamente com a
iniciativa privada” (SHIROMA, 2007, p.25).
A Constituição procurou conciliar a antiga disputa ideológica entre os
defensores da escola pública e das escolas particulares, proporcionando
educação gratuita ao mesmo tempo em que a deixara livre para a iniciativa
privada explorar economicamente a educação.
A nova Constituição fez voltar o preceito de que a educação é direito
de todos, inspirada nos princípios proclamados pelos Pioneiros, no Manifesto
dos Pioneiros da Educação Nova, nos primeiros anos da década de 30, ainda
o então Ministro Raul Leitão da Cunha regulamenta o Ensino Primário e o
Ensino Normal, além de criar o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial -
SENAC, atendendo as mudanças exigidas pela sociedade após a Revolução
de 1930.
No fim do Estado Novo e durante o Governo Provisório, a Lei Orgânica
do Ensino Primário organizou esse nível de ensino com diretrizes gerais, que
continuou a ser de responsabilidade dos estados; organizou o ensino primário
supletivo, com duração de dois anos, destinado aos adolescentes, a partir dos
13 anos e a adultos; a legislação de ensino organizou também o ensino normal
e o ensino agrícola e criou o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial -
SENAC. Nesse momento, o Ministério da Educação estava a cargo de Raul
Leitão da Cunha.
No fim dos anos de 1948 o anteprojeto foi encaminhado a Câmara
Federal, iniciando debates ideológicos das propostas que foram apresentas.
Em um primeiro momento a discussão gravitava em torno das contradições
das propostas constitucionais. Após a apresentação de um substitutivo do
Deputado Carlos Lacerda, as discussões relacionam-se sobre a
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responsabilidade do Estado perante a educação, inspirando-se nos
educadores de 1930 e a participação de instituições de ensino privadas.
“Iniciou-se, então, um longo e intenso debate e luta
ideológica sobre os rumos da educação brasileira, que iria
persistir até 1961, quando foi promulgada a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 4.024 de
20 de dezembro, com a vitória das forças conservadoras
e privatistas e sérios prejuízos quanto à distribuição de
recursos públicos e à ampliação das oportunidades
educacionais” (SHIROMA, 2007, p.25).
Após 13 anos de debates extensos foi promulgada a Lei 4.024, em 20
de dezembro de 1961. prevalece as propostas da Igreja Católica e dos
estabelecimentos particulares de ensino em contraposição a defesa estatal da
educação.
Em 1950, no Estado da Bahia, Anísio Teixeira inaugurou o Centro
Popular de Educação (Centro Educacional Carneiro Ribeiro), dando início a
sua ideia de escola-classe e escola-parque. Em 1953, a educação passa a ser
administrada por um Ministério próprio: o Ministério da Educação e Cultura. Em
1961, iniciou uma campanha de alfabetização, cuja didática, criada por Paulo
Freire, visava alfabetizar em 40 horas adultos analfabetos. Em 1962 é criado o
Conselho Federal de Educação, que substituiu o Conselho Nacional de
Educação e os Conselhos Estaduais de Educação. Ainda em 1962 é criado o
Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo
Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo Freire.
1.5-Período do Regime Militar (1964 - 1985)
Nos anos de 1960 e ainda na década de 70 o debate educacional
gravitou para a universalização da escola básica e o acesso em escolas
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públicas. As políticas educacionais visaram a questão da quantidade de alunos
que a escola deveria alcançar, em detrimento da qualidade de educação
oferecida. A escola assume um papel da preparação do homem integral e suas
amplas habilidades, a escola assume então a função de salvadora da
humanidade.
“A Reforma do ensino dos anos 1960 e 1970 vinculou-se
aos termos precisos do novo regime. Desenvolvimento,
ou seja, educação para a formação do “Capital Humano”,
vínculo estrito entre educação e mercado de trabalho,
modernização de hábitos de consumo, imigração da
política educacional aos planos gerais de
desenvolvimento e segurança nacional, defesa do
Estado, repressão e controle político-ideológico da vida
intelectual e artística do país” (SHIROMA, 2007, p.29).
Nos anos 1964, o golpe militar impediu a revolução da educação
brasileira, alegando as propostas de comunistas e subversivas. Durante esse
período alunos e professores foram presos, feridos e alguns até mortos, a
União Nacional de Estudantes (UNE) foi proibida de funcionar, professores
foram demitidos e alguns exilados. O Decreto-Lei nº 477/1964 impôs que
alunos e professores ficassem inoperantes politicamente. Paralelamente,
nesse período ocorreu uma expansão universitária, além da criação do
vestibular classificatório. Para o combate ao analfabetismo foi criado o
MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização, idealizado em sua didática
pelo então exilado Paulo Freire. O MOBRAL acaba sendo extinto, entrando a
Fundação Educar, devido a denúncias de corrupção.
Nos meados da década de 1970, crescia um movimento que
reivindicava mudanças no sistema educacional brasileiro. Defendendo
princípios, tais como: educação pública e subjetiva e dever do Estado em
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conceder. A erradicação do analfabetismo e a universalização da escola
pública.
Algumas propostas para esse novo projeto educacional abordarei a
seguir conforme SHIROMA (2007).
• Melhoria da qualidade na educação: preocupações com a
permanência do educando na escola e a redução da distorção idade-
série; assistência aos alunos com programas de merenda escolar,
transporte e material didático; redução do número de alunos por sala de
aula; adequação e aparelhamento das instalações escolares
(bibliotecas, laboratórios); alterações nos conteúdos e concepções
curriculares; superação da formação profissional estreita e
implementação da educação politécnica; adequação regional do
calendário escolar; revisão de métodos e técnicas de ensino e dos
critérios de avaliação do rendimento escolar; mudança do conteúdo dos
livros didáticos; formação docente e retribuições salariais.
• Profissionais da educação, valorização e qualificação dos
profissionais (professores, especialistas e demais funcionários); plano
de carreira nacional com piso salarial unificado; reestruturação da
formação de professores e especialistas; preparação e fixação de
docentes nas séries iniciais e pré-escolar.
• Democratização da gestão, democratização dos órgãos
públicos de administração do sistema educacional e transparência de
suas ações; descentralização administrativa e pedagógica; gestão
participativa dos negócios educacionais; eleição direta e secreta para
dirigentes de instituições de ensino; constituição de comissões
municipais e estaduais de educação autônomas e amplamente
compostas para acompanhamento e atuação nas políticas educativas;
Conselho Federal de Educação; Colegiados Escolares.
• Financiamento da Educação, defesa da exclusividade de
verbas públicas para a escola pública e a transparência do sistema de
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financiamento da educação publica e do aumento dos recursos para a
área.
• Níveis de ensino, ampliação da obrigatoriedade da
escolaridade (creche, pré-escola, 1ºe2º graus, abrangendo a faixa etária
de 0 a 17 anos).
Em 1979 devido à elevação das taxas de juros e a recessão nos
Estados Unidos da América, os banqueiros internacionais decidiram cortar os
créditos para o Brasil. Trazendo como conseqüência: o desequilíbrio financeiro
do setor público e da dívida externa. O governo Sarney, estava com baixos
índices de aprovação da população, no final do seu governo os militares ainda
mantinham seu poder, e gradativamente voltava ao governo os líderes que os
havia apoiado.
Os governos de oposição aos poucos foram projetando novas políticas
educacionais diferentes daquelas geradas pelos governos militares. Em 1987
iniciou o movimento da Constituinte. Em 1988, a Constituição brasileira é
homologada e fornece mudanças para a educação brasileira. Em 1987 iniciou
os debates para a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A
LDB é aprovada em 1996, mas não impede e nem obriga o Estado a realizar
mudanças significativas na educação.
1 .6-Período da Abertura Política (1986 - 2003)
Ao término do Regime Militar enfatiza-se os debates educacionais,
com cunho político, retirando-se de tal debates o norteamento pedagógico.
Outros atores começam a compor a área educacional, que antes estavam
impedidos por questões políticas, passam a assumir cargos na área
educacional, visando que a educação assuma um caráter mais amplo.
No final da década de 80, mas precisamente em 5 de outubro de 1988,
surge à Nova Carta Magna que possui um capítulo especial sobre Educação.
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Com isso pode-se perceber que o Poder Constituinte Originário reservou um
espaço próprio para a Educação dentro da Constituição, elevando a educação
como um direito de todos e dever do Estado e da família.
Promulgada em 1988, a Constituição Cidadã forneceu o
arcabouço institucional necessário às mudanças na
educação brasileira. Respeitava a direção indicada pelo
conselho produzido entre os educadores a partir de
meados da década de 1970 e que encontrara nos anos
1980 as condições para florescer (SHIROMA, 2007,
p.42).
A responsabilidade em atuar prioritariamente no ensino fundamental e
em educação infantil, conforme os ditames constitucionais ficou sobre
incumbência dos municípios. A Constituição passa a definir, com maior
clareza, o papel da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
em relação a seus sistemas de ensino. Os Estados e o Distrito Federal devem
atuar prioritariamente nos ensinos fundamental e médio, os Municípios, na
educação infantil, enquanto a União tem a seu cargo a organização do sistema
federal de ensino e o dos Territórios, além de reconhecer a educação como
direito das crianças menores de 06 anos.
SHIROMA, (2007) destaca que os anos 90 e 2000 foram marcados por
um grande numero de reformas educacionais no Brasil, primeiramente destaco
como assegurar o acesso e a permanência na escola através de programas
como “Acorda Brasil! Ta na hora da Escola!” tendo como objetivo de incentivar
parcerias da sociedade civil com o poder público e também a Bolsa Escola que
concede um auxilio financeiro as família que matricularem seus filhos nas
escolas públicas e cuja renda per capita seja inferior a do estipulado no
programa.
24
Ressalto como grande marco a iniciativa do governo federal de ampliar
o ensino fundamental para 09 anos e em seguida a obrigatoriedade da
educação básica, dando merecimento às etapas de educação infantil e ensino
médio que até então não eram tidas como obrigatórias, este ainda foi
destacado com a criação do FUNDEB (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação), que permite que os impostos recolhidos pelo estado e município
possam investir este fundo na Educação Básica e ainda nas modalidades de
Educação de Jovens e Adultos, Educação especial e na valorização de todos
os profissionais da educação, a Criação do FUNDEB foi de grande avanço
tendo em vista que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), não investia em todos
os níveis e modalidades da educação fazendo com que alguns ficassem em
situações precárias, pois o fundo só poderia ser utilizado no Ensino
Fundamental.
Com relação a Educação Superior merece um grande destaque a
democratização do acesso ao ensino superior para jovens, negros e oriundos
da periferia, este jovens puderam usufruir do Programa do PROUNI, fazendo
com que estes possam ter acesso ao ensino superior privado com bolsas de
até 100%, este programa beneficia muitos jovens que será o primeiro de sua
família a ter um curso de graduação.
Com o passar dos anos a educação brasileira vem sendo transformada
e esta vem tendo como objetivo possibilitar uma educação de qualidade para
todos, infelizmente a educação para todos só esta sendo praticada da década
de 90 em diante, pois anteriormente era dada a educação a uma minoria na
qual eram homens brancos de uma classe predominante e esta exclusão
acarretou conseqüências até os dias de hoje, pois infelizmente hoje e dada a
educação para todos mais ainda não conseguimos alcançar a educação de
qualidade, várias reformas, políticas implantadas são aplicadas mais ainda
falta muito para conseguirmos recuperar o tempo perdido. Atribuo como o
25
principal responsável a reforma universitária e a inserção dos cursos técnicos
no ensino médio público, na qual os estudantes deixaram de aprender
disciplinas fundamentais para o vestibular para aprender disciplinas para a sua
formação profissional, mas infelizmente este não conseguia emprego na área
técnica e não conseguia entrar na Universidade por não ter conteúdo para as
provas, isto acarretou até os dias de hoje onde somente na década de 90 foi
retirado o ensino técnico como obrigatório e passando a ser opcional após a
sua formação básica.
26
Capitulo 02
A Câmara Municipal de Niterói
2.1- A História da Câmara Municipal de Niterói
Inaugurada em 1º de agosto de 1917, o prédio que hoje abriga a
Câmara sediou a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro até 1975.
Em 10 de maio de 1819, Dom João VI emite um alvará régio que
determina a povoação dos bairros: São Domingos da Praia Grande e seu
entorno, nomeando-o de Vila Real da Praia Grande. Nesse mesmo alvará o rei
D. João VI determina que a Câmara tenha um juiz de fora, três vereadores e
um procurador.
“Empossados os oficiais da Câmara, realizou-se a primeira
reunião ordinária na qual se decidiu apenas a celebração
de um Te- Deum, na Igreja de Nossa Senhora da
Conceição (Centro), para comemorar a instalação da Vila.
À tarde os Vereadores, oficiais militares, grandes
proprietários, comerciantes e pessoas do povo
compareceram a Igreja Nossa Senhora da Conceição, em
clima festivo” (RODRIGUES, DOMINGUES, 2008, p.18)
Ainda em 1819, no mês de agosto declarou-se a autonomia da Vila,
erguendo-se o Pelourinho, feito de madeira símbolo de tal ato. E tomaram
posse o primeiro juiz de fora e presidente da Câmara, José Clemente Pereira,
nomeado pelo Rei, os vereadores escolhidos Pedro Henrique da Cunha, João
Moura Brito, Quintiliano Ribeiro de Magalhães e o primeiro procurador, o major
Francisco Faria Homem.
27
As reuniões pioneiras da Câmara ocorreu no atual Hospital Santa
Cruz, localizado na Rua Dr. Celestino, no Centro de Niterói. Em 1820
encaminha ao rei uma indicação do local que abrigaria a Casa da Câmara e
Cadeia, bairro São João.
“Em 1º de outubro de 1828, o imperador Dom Pedro I
sanciona a primeira Lei Orgânica do Município, revogando
as Ordenações Filipinas, que até então regiam as
municipalidades brasileiras. Vigorou por todo o Império,
servindo até os dias de hoje como base a toda legislação
sobre o assunto” (RODRIGUES, DOMINGUES, 2008,
p.19)
Alguns anos depois, em 1835, a Vila Real da Praia Grande é elevada à
condição de cidade com o nome de Nichteroy e é instituída como capital da
então província do Rio de Janeiro.
Em 17 de novembro de 1889, a Câmara Municipal de Niterói proclama
a sua adesão ao regime republicano com a seguinte Moção:
“A Câmara Municipal de Niterói, forte pela consciência de
que ainda agora exprime a vontade do povo que a elegeu,
aceita e proclama a Republica Federativa Brasileira. A
Todos os Moradores do município, sem distinção de
nacionalidade, pede auxiliarem o governo a manter a
tranqüilidade e a segurança pública” (RODRIGUES,
DOMINGUES, 2008, p.21)
Em 1892 foi realizado no município de Niterói as primeiras eleições
para vereadores e Juízes da paz. Logo após realizou-se a reforma
constitucional em 1903, que modifica a organização administrativa das cidades
brasileiras. Em 4 de janeiro de 1904 é criada a Prefeitura Municipal de Niterói,
28
que passa a exercer o Poder Executivo, ficando delegada à Câmara de
Vereadores a função legislativa do município.
Nas primeiras décadas do Século XX, grandes obras de reformulação
urbana são realizadas em Niterói. Em 1913, por determinação do Prefeito
Feliciano Sodré, a antiga Casa de Câmara e Cadeia é demolida e em seu lugar
é construído o novo Paço Municipal, um palacete de arquitetura eclética com
projeto do engenheiro militar Vilanova Machadoque. O novo prédio abriga tanto
a Câmara quanto a Prefeitura até a inauguração do Palácio Araribóia,
em 1910, como sede do ramo Executivo.
Em 1975 ocorre a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de
Janeiro, Niterói deixa de ser a capital. Com a transferência das instituições de
governo para a nova capital – a cidade do Rio de Janeiro – a Câmara
Municipal instala-se no prédio que abrigava a Assembléia Legislativa, local
onde funciona desde então.
O prédio onde, atualmente, está instalada a Câmara Municipal de
Niterói é uma das edificações que compõem a Praça da República,
conformando um Centro Cívico juntamente com a Delegacia de Polícia Civil, o
Fórum do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - Comarca de
Niterói, a Escola Estadual Liceu Nilo Peçanha e antigo estado do Rio de
Janeiro. GUELMAN (2007) descreve a Câmara Municipal de Niterói como uma
arquitetura monumental como a dos modelos europeus imponentes, unindo
traços neoclássicos e a ornamentação pesada do final do ecletismo.
A fachada principal do prédio inspira-se em um templo romano, com
seis colunas e um frontão triangular de ornamentação simples, onde se vê
pintado o brasão do estado do Rio de Janeiro.
29
Figura 01- Prédio da Câmara Municipal de Niterói
A figura feminina ornada de vestes romanas possui em sua mão direita
uma espada e a mão esquerda aponta para um livro, simboliza a Ordem que é
fundamental nas leis. O Progresso é simbolizado também por uma figura
feminina que traz na sua mão direita uma tocha e nos seus pés um jovem que
segura engrenagens industriais, simbolizando o desenvolvimento industrial,
que gera um progresso.
“ A fachada principal, inspirada num templo romano, possui
seis colunas e um frontão triangular de ornamentação
simples, onde se vê pintado o brasão do Estado do Rio de
Janeiro. A entrada se faz por cinco grandes portas em arco
pleno precedidas por ampla escadaria, onde duas
esculturas, do italiano Hugo Tadei, representam a ordem e
o progresso. Na calçada, dois sólidos pedestais sustentam
dois leões de cimento.” (Guelman, 2007, p.32).
30
No nível da calçada, dois sólidos pedestais sustentam dois leões de
cimento, um de costas para o outro, olhando para lados opostos, simbolizam
os dois horizontes e o percurso do sol. Vigiando o passar do dia, representam
o ontem e o amanhã e simbolizam o rejuvenescimento e vigor – esforço e
repouso.
O prédio foi construído pela firma Meanda Curty e inaugurado em 1º de
agosto de 1917. Em 26 de janeiro de 1983 o prédio foi tombado pelo Instituto
Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC – juntamente com todo o conjunto
urbanístico da Praça da República, através do processo E-03/18.213/83.
Existente desde a instituição da Casa em 1819, o Arquivo da Câmara
Municipal de Niterói, atualmente Arquivo Historiador Divaldo Aguiar Lopes, teve
suas funções oficializadas através da Lei Orgânica dos Municípios, de 1º de
outubro de 1828, decretada pelo Imperador Dom Pedro I, que organizou a
administração municipal no Brasil.
Seu acervo documental é composto por atas, livros de posse, notas de
juízes de paz de freguesias (contendo escrituras de compra e venda de
escravos e terras), registros de provisões, ofícios, portarias, requerimentos,
códigos de postura, códigos tributários, livros caixa, livros de protocolo, anais,
atos, projetos e fichas de vereadores e documentos avulsos (atestados de
óbitos de escravos, declarações, cartas e procurações). Este acervo pode ser
consultado diariamente na própria Câmara.
Agregam valor ao acervo a documentação oficial produzida pela
Assembléia Legislativa da Província do Rio de Janeiro, resultado dos quase 30
anos em que o antigo edifício da Câmara esteve ocupado pelo governo
provincial.
31
2.2-Atribuições da Câmara Municipal
As atribuições da Câmara Municipal estão divididas em duas
funções principais: a legislativa e a fiscalizadora. A função legislativa é o poder
de elaborar, modificar e revogar as leis, para a vida do Estado e conduta de
seus jurisdicionados. Assim, cuida de estabelecer a ordem jurídica dentro do
município que está sob sua competência, autorizando isenções e outros
benefícios fiscais, votando o orçamento anual, a Lei das Diretrizes
Orçamentárias e o Plano Plurianual, criando e extinguindo cargos públicos,
suplementando a Legislação Federal e Estadual no, que couber, votando e
alterando a Lei Orgânica Municipal.
Já a função fiscalizadora é a responsabilidade de verificar a correta
aplicação do dinheiro público compreendendo assim a fiscalização de toda
área contábil, financeira, operacional e patrimonial, a verificação da aplicação
dos recursos previstos na manutenção do ensino, criação de comissões para
investigação de determinado fato, fiscalização quanto à correta aplicação e
destinação do Patrimônio Municipal.
Cabe destacar que, a Câmara Municipal possui ainda duas funções
atípicas: a função administrativa e a função julgadora. A função administrativa
consiste na organização dos serviços administrativos: nomeando, contratando,
transferindo, demitindo do seu quadro funcional, além de buscar melhorias
para estes serviços. A função julgadora geralmente é exercida em casos de
cassação de mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito.
2.3- A Câmara Municipal de Niterói de 1989 a 2011
A Câmara Municipal de Niterói é o órgão legislativo do município
de Niterói. Está instalado onde outrora funcionava entre 1917 a 1975 o palácio
da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, compondo o conjunto
32
arquitetônico cívico-cultural da Praça da República no Centro de Niterói, ex-
capital do estado do Rio de Janeiro.
Rodrigues (2008) descreve que o ano de 1989 o Presidente da
Câmara era Armando Barcelos, eleito pelo Partido Democrático, tendo
presidido a câmara ate o ano de 1991, passando a assumir a presidência
Fernando Nery de Sá, eleito pelo PTR uma das suas principais realizações foi
a abertura dos portões principais da Câmara para os cidadãos niteroienses,
realizando uma serie de eventos culturais e educacionais, como: saraus,
exposições, lançamentos, literários e vernissages.
Raul Fernando de Oliveira Rodrigues, torna-se o novo Presidente da
Câmara dos anos de 1997 a 2000 onde traz melhorias na qual uma
consolidação das audiências públicas criadas pela Lei Orgânica Municipal,
possibilitando uma maior integração entre os edis e a comunidade, a “Sessão
Simulada”, onde os alunos das Escolas de Niterói tem a oportunidade de
conhecer a dinâmica dos trabalhos legislativos, e ainda implantou atendimento
odontológico para os funcionários da Câmara e seus dependentes. A partir do
ano de 2001 a casa legislativa de Niterói foi presidida por Plínio Comte Leite
Bittencourt até o ano de 2004, nestes anos pode-se destacar como
contribuição: a Reforma do Regimento Interno da Câmara, a criação da
Comissão Permanente de Segurança, a informatização do processo legislativo,
os terminais de consulta popular, a instalação do elevador interno para
deficientes físicos e a implantação da Tv Câmara.
Nos anos de 2005 a 2008 José Vicente Filho foi eleito como Presidente
da Câmara de Niterói, este priorizou um planejamento editadorial, publicando
os livros: “Escrituras de Terras em Registros Paroquiais de Niterói- Inventário
Documental dos livros das Frequesias de São Lourenço e São Sebastião de
Itaipú”; “Catalogo Descritivo dos Livros de Ata da Câmara Municipal de Niterói
(1819-1990)”; “Patronos das Medalhas da Câmara Municipal de Niterói” e
“Chefes do Legislativo de Niterói- De José Clemente a José Vicente”. Esse
33
ainda investiu na conservação do patrimônio material da casa legislativa,
restaurando a fachada principal do prédio de todo seu acervo cultural, e para
dar continuidade a este serviço criou a Comissão Permanente de Avaliação de
Documentos.
Atualmente, a Câmara Municipal de Niterói é composta por 18
vereadores eleitos a cada quatro anos por sufrágio direto pelos cidadãos do
município. Com o advento da Emenda Constitucional nº 58/2009, o número
mínimo e máximo de Vereadores coadunado com o número de habitantes
continuou estabelecido na Carta Magna de 1988, contudo a quantidade de
cadeiras, entre o mínimo e o máximo disciplinado, quem decide é a Câmara
Municipal.
Assim, a Câmara Municipal de Niterói, em 06 de outubro de 2011,
respeitando o Princípio Constitucional da Anualidade, votou o Projeto de
Resolução, a fim de modificar o número de cadeiras de Vereadores, que em
Niterói passa a ser de vinte e uma cadeiras, a partir da legislatura 2013-2016.
A Câmara é gerida pela Mesa Diretora na qual é o órgão da Câmara
encarregado de dirigir os trabalhos, com atribuições de natureza legislativa e
administrativa, composta pelo Presidente, 1º Vice-presidente, 2º Vice-
presidente, 1º Secretário e 2º Secretário eleitos a cada dois anos pelo conjunto
dos vereadores.
A Câmara é composta por 13 Comissões, estas têm mandato de 2
anos e analisam os projetos de lei ou resolução, emitindo pareceres, a Câmara
Municipal de Niterói possui as seguintes Comissões:
1) Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final;
2) Comissão de Finanças e Orçamento, Defesa do
Consumidor e Direitos do Contribuinte;
3) Comissão de Urbanismo, Transportes, Obras e Serviços
Públicos;
34
4) Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e
Sustentabilidade
5) Comissão de Educação e Cultura;
6) Comissão de Administração, Estatística e Servidores
Públicos;
7) Comissão de Saúde e Desenvolvimento Social;
8) Comissão de Ciência e Tecnologia e Formação
Profissional;
9) Comissão de Esporte, Turismo e Lazer;
10) Comissão de Segurança Pública e Controle Urbano
11) Comissão de Direitos Humanos, da Criança, do
Adolescente, do Idoso, da Mulher e da Pessoa com Deficiência
12) Comissão de Fiscalização das Fundações Municipais,
Autarquias e Empresas Públicas
13) Comissão de Desenvolvimento Econômico e Indústria
Naval
2.4 – A Função dos Vereadores
A Câmara de Vereadores exerce a função do Poder Legislativo na
esfera municipal. Os vereadores são eleitos através do voto direto, cujo
mandato tem duração de quatro anos, sendo a reeleição ilimitada. A
quantidade de membros desse cargo político é estabelecida através do
contingente populacional de cada município (quanto mais habitantes, maior
será o número de vereadores de uma cidade). Em conformidade com o artigo
29 da CRFB/88, foi estabelecido um número mínimo de 9 e um máximo de 55
vereadores, coadunado com a quantidade de habitantes por município.
Para se candidatar é necessário atender aos seguintes requisitos:
• Ter nacionalidade brasileira;
• Estar filiado em algum partido político;
• Ter idade mínima de 18 anos;
35
• Possuir domicílio eleitoral no município pelo qual concorre
ao cargo
• Ter pleno exercício dos direitos políticos.
•
Os Vereadores são eleitos juntamente com o Prefeito de um município,
no qual os primeiros têm a função de discutir as questões locais e fiscalizar o
ato do Executivo Municipal (Prefeito) com relação à administração e gastos do
orçamento. Eles devem trabalhar em função da melhoria da qualidade de vida
da população, elaborando leis, recebendo o povo, atendendo às
reivindicações, desempenhando a função de mediador entre os habitantes e o
Prefeito.
Segundo o art. 97 da Lei Orgânica do Município de Niterói, são
deveres do Vereador:
I- Quando investido no mandato, não incorrer em
incompatibilidade prevista na Constituição ou na Lei Orgânica do
Município;
II- Observar as determinações legais relativas ao
exercício do mandato;
III- Desempenhar fielmente o mandato político,
atendendo ao interesse público e às diretrizes partidárias;
IV- Exercer a contendo o cargo que lhe seja conferido
na Mesa ou em Comissão, não podendo escusar-se ao seu
desempenho
V- Comparecer às sessões pontualmente, salvo motivo
de força maior devidamente comprovado, e participar das votações,
salvo quando se encontre impedido;
VI- Manter o decoro parlamentar;
VII- Não residir fora do município
VIII- Conhecer e observar o Regimento Interno
36
Cabe aqui reforçar as funções dos Vereadores: 1) Legislar: consiste
em sua função precípua, ou seja, nada mais é senão a função típica conferida
a qualquer membro de legislativo. Para isso, elaboram projetos, de acordo com
a competência descrita nos incisos I e II, do artigo 30, da Constituição Federal,
bem como apresentam outras proposições que são votadas na Câmara
durante as sessões ordinárias e/ou extraordinárias. 2) Fiscalizar: esta é a mais
importante função do Vereador, voltada para o controle e a fiscalização dos
atos do Executivo, impedindo-lhe os abusos. LENZA (2008) ressalta que a
Constituição de 1988 consagrou "um sistema harmônico, integrado e sistêmico
de perfeita conveniência entre os controles internos de cada Poder e o controle
externo exercido pelo Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas (art. 74,
IV)". A fiscalização da Câmara é exercida individualmente ou por membros,
comissões permanentes ou comissões especiais de investigação, tais atores
encaminham as suas considerações para o plenário, e para o Prefeito que é o
chefe do Executivo Municipal. 3) Sugerir: a função de sugerir se aplica às
questões em que os Vereadores não possam apresentar um Projeto de Lei.
Aludida função se materializa através da "Indicação", servindo de alerta ao
Executivo sobre determinada necessidade da população, estimulando as
providências cabíveis. 4) Representar: o Vereador é um “porta voz da
população”, do partido e dos movimentos organizados. Cabendo então
organizar e conscientizar a população. É importante a realização de
seminários, debates e audiências públicas, para exercer reflexão da
população. Outra atribuição ainda do vereador é a de elaboração da Lei
Orgânica, que constitui a Constituição Municipal, visando medidas para
melhoria do município.
De acordo com a Carta Magna de 1988 no art. 29:
“O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada
por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
37
Constituição, na Constituição do respectivo Estado.”
(BRASIL, 1988).
Assim, de acordo com a Constituição Federal, cada município,
obedecendo aos valores máximos de remuneração, deve estabelecer o valor
do subsídio (salário) dos vereadores. Esses valores são definidos conforme o
contingente populacional de um determinado município. Exemplo: de 50 mil a
100 mil habitantes, o salário será de até (máximo) 40% do subsídio destinado
aos deputados estaduais; municípios com mais de 500 mil habitantes, 75% do
salário dos deputados estaduais.
Segundo os art. 114 e 115 do Regimento Interno da Câmara Municipal
de Niterói os vereadores podem realizar na Casa Legislativa as seguintes
proposições:
I. Projetos de Lei: a Iniciativa dos Projetos de Lei cabe a
qualquer Vereador, às Comissões Permanentes, ao Prefeito e aos
Cidadãos.
II. Projeto de Resolução: destina-se a regular as matérias
de caráter político ou administrativo relativas a assuntos de economia
interna da câmara, como as arroladas aos Projetos Substitutivos.
III. Projetos de Decretos Legislativos: destina-se a regular
as matérias de exclusiva competência da Câmara, sem a sanção do
Prefeito como as arroladas aos Projetos de Emenda a Lei Orgânica.
IV. Projetos Substitutivos: é o Projeto de Lei, de resolução
ou de decreto legislativo apresentado por um Vereador ou Comissão
para substituir outro já apresentado com o mesmo assunto.
38
V. Projeto de Emenda a Lei Orgânica: é o Projeto específico
para a alteração de um artigo, parágrafo, inciso ou alínea da Lei
Orgânica Municipal.
VI. Emendas ou Subemendas: é a proposição apresentada
como acessória de outra, ao artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
VII. Pareceres de Comissões Permanentes: é o
pronunciamento por escrito de Comissão Permanente sobre a matéria
que lhe aja sido regimentalmente distribuída.
VIII. Relatórios das Comissões Especiais de Qualquer
natureza: é o pronunciamento escrito e por esta elaborado, que encerra
as suas conclusões sobre o assunto que motivou a sua contribuição.
IX. Requerimentos: é todo o pedido verbal ou escrito de
Vereador ou de Comissão, feito ao Presidente da Câmara, ou por seu
intermédio, sobre assunto do expediente ou da ordem do dia, ou de
interesse pessoal do Vereador.
X. Recursos: é toda petição de Vereador ao Plenário contra
ato do Presidente.
XI. Representações: é a exposição escrita e circunstanciada
de Vereador ao Presidente da Câmara ou ao Plenário, visando a
destituição do membro de Comissão Permanente, ou destituição do
membro da Mesa.
XII. Moções: é a proposição pela qual o Vereador expressa
seu regozijo, congratulação, louvor, pesar e repúdio.
39
XIII. Indicações: é a proposição em que o Vereador sugere aos
poderes competentes medidas de interesse público)
2.5- Tramitação das Proposições:
A proposição depois de escrita é encaminhada no prazo máximo de três
dias. Se a proposição consistir em: Projeto de Lei, Mensagem Executiva, de
Decreto Legislativo, de Resolução ou de Projeto Substitutivo, será lida pelo
Secretário no expediente e encaminhada pelo prazo máximo de 24 horas as
Comissões Competentes para os pareceres técnicos, através da Secretaria da
Mesa Diretora e das comissões Permanentes. Caso o Prefeito vete, a matéria
será encaminhada a Comissão de Constituição e Justiça, que encaminhará ao
Plenário, para que, no conjuro de Vereadores decidam em manter ou não o
veto do Prefeito, caso seja derrubado o veto pelos Vereadores, a Mesa
Diretora promulgará a matéria vetada. Qualquer Vereador pode manifestar a
intenção de discutir os requerimentos, como também de justificar o seu voto.
2.6- Educação de Niterói:
Ao município compete oferecer a educação infantil em creches e pré-
escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental. Algo recente a ser atribuído
aos municípios, essa especificação entra em vigor após a Carta Magna de
1988 e após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.
Outro marco para a organização do sistema municipal de educação de
Niterói foi a criação da Fundação Municipal de Educação (FME), lei municipal
nº 924/91 e decreto municipal nº 6.172/91 que é responsável que entre outras
atribuições é responsável por: Reformulação pedagógica; Valorização dos
profissionais; Capacitação dos profissionais educacionais.
2.6.1- O Período de 1991 a 1997
40
O período se iniciou sob a gestão presidencial de Fernando Collor de
Mello, tendo, no governo estadual, Leonel de Moura Brizola (1991-1994) e, na
Prefeitura de Niterói, Jorge Roberto Silveira, na segunda metade de sua
primeira administração.
A gestão da Professora Lia Faria começou em meio a um período
conturbado, devido à recente criação da Fundação Municipal de educação de
Niterói (FME) e à desconfiança que os professores expressavam em relação a
tal processo. Eles acreditavam que a FME representaria o fim do regime
estatutário do funcionalismo público municipal da área de educação.
Criada pelo Legislativo Municipal, através da Lei nº 924/91, de
25/01/91, e pelo Decreto nº 6.172/91, de 19/08/91, publicados em 31/01/91 e
21/08/91, respectivamente, a Fundação Pública Municipal de Educação de
Niterói, posteriormente chamada de Fundação Municipal de Educação de
Niterói (FME), se tornava gerenciadora do sistema público municipal de
educação O Governo Municipal à época declarou que a criação da Fundação
Municipal de Educação surgiu das necessidades de otimização da
administração educacional. Entre as vantagens propagadas, estaria a maior
autonomia administrativo-financeira da gestão municipal de educação.
2.6.2- O Período de 1998 a 1999
O período se inicia no final da primeira gestão presidencial de
Fernando Henrique Cardoso, tendo no governo estadual Marcello Alencar, que
concluía seu mandato de governador, e a Prefeitura de Niterói sob a segunda
administração de Jorge Roberto Silveira, terceira gestão consecutiva na
Cidade do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
A partir de 1998, com um novo Presidente, Professor Plínio Comte
Leite Bittencourt, a FME passou a utilizar o slogan “Construindo a Escola do
41
Nosso Tempo”. Nesse período, havia uma grande pressão por parte das
escolas para o término do processo da avaliação continuada e o retorno a um
sistema rígido de seriação. Mas tal retorno poderia representar a volta dos
altos índices de retenção e de evasão.
2.6.3- O Período de 2000 a 2003
Nesse período, o Brasil ainda se encontrava sob a presidência de
Fernando Henrique Cardoso. O governo estadual passou pelas administrações
de Anthony Garotinho (01/01/1999 a 05/04/2002) e Benedita da Silva
(06/04/2002 a 31/12/2002). Como Prefeitos de Niterói, tivemos Jorge Roberto
Silveira, que iniciou seu terceiro mandato em 2001; e Godofredo Pinto, que
assumiu o cargo, após a desincompatibilização de Silveira, que disputou, sem
êxito, o Governo do Estado, em 2002.
No período compreendido entre janeiro de 2000 e janeiro de 2004, a
FME conviveu com mais três novas Presidências: em 2000 e 2001, se realiza a
gestão do Professor Reynaldo Mattoso Cavalcanti; em parte de 2001 e em
2002, a do Professor Arthur Santa Rosa; e, de 2002 a 2003, a da Professora
Maria Inês Azevedo Oliveira. Estes períodos se consolidaram como gestão de
continuidade à presidência do Professor Plínio Comte Leite Bittencourt.
2.6.4- O Período de 2003 a 2005
Em 2003, assume a Presidência da República Luiz Inácio Lula da
Silva. O governo do Estado do Rio de Janeiro passou a ser administrado por
Rosinha Garotinho. Niterói tem como Prefeito o Professor Godofredo Pinto.
Iniciou-se uma nova gestão na FME, presidida pela Professora Maria
Felisberta Baptista da Trindade. Com ela, começou um novo ciclo de
discussões com as escolas, buscando definir caminhos para a Educação
Municipal. As reflexões e decisões seriam utilizadas como subsídios ao Plano
Municipal de Educação (PME).
42
A gestão da Professora Maria Felisberta à frente da FME encerrou as
gestões da equipe do Professor Comte Bittencourt” frente à FME, que por
cerca de cinco anos administrou a educação municipal (1998 – 2003).
43
Capitulo 03
Responsabilidades do Município com a Educação
Constantemente nos remetemos a política como eleições, parlamento,
campanhas, pessoas que representam um determinado grupo e que
representam também uma sociedade. O sentido da palavra política é expresso
pelo termo “policy”, derivado do inglês, que remete a orientações para a
decisão e ação. “O termo política pública que se ancora no sentido ‘policy’
tratam do conteúdo concreto e do conteúdo simbólico de decisões políticas, e
do processo de construção dessas decisões.” Ou seja, a política pública é um
caminho, uma direção para enfrentar os problemas públicos considerados pelo
coletivo como relevante, tais políticas apresentam segundo SECCHI (2010)
uma intencionalidade pública e uma resposta a um problema público.
A análise abordada neste capitulo será as políticas
governamentais, que remetem a atores governamentais, do qual o objeto da
pesquisa são os Projetos de Lei demandados do Poder Legislativo, porém
cabe destacar que, não é somente os atores governamentais que realizam tais
políticas, a população também faz políticas públicas.
A identificação do problema público pode aparecer subitamente
(catástrofes naturais), pode ganhar importância aos poucos (remuneração dos
profissionais de educação) e pode estar presente há bastante tempo na
sociedade (moradores de rua). SECCHI (2010) nos aponta algumas diretrizes
para a identificação do problema público, dentre as quais estão: a percepção
do problema (para ser analisado o problema deve interferir afetando a
percepção das pessoas), definição ou delimitação do problema (definir seus
elementos) e a avaliação da possibilidade de resolução (o problema
apresentado precisa apresentar uma capacidade de resolução, parcial ou
integral).
44
O objeto empírico desta pesquisa são os projetos de lei, nos anos de
1989 a 2004, que contribuíram de forma significativa para o campo
educacional. Tais projetos encontram-se no acervo riquíssimo do Arquivo da
Câmara Municipal de Niterói.
Este período é marcado por grandes mudanças devido a homologação
da Constituição da República Federativa do Brasil em que traz para o campo
educacional mudanças significativas, envolvendo também o município para
atuar na área educacional.. A nova Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) propõe que os Municípios serão
responsáveis para atuar no ensino fundamental e na educação infantil. Ao
município cabe também aplicar 25% da sua receita resultante de impostos à
manutenção e desenvolvimento do ensino.
A Constituição e a LDB permitem a organização do ensino pelos
municípios, possibilitando que cada município seja autônomo, para monitorar e
avaliar seu sistema educacional.
A Carta Magna de 1988 coloca a Educação como um direito de todos e
dever do Estado e da família. A responsabilidade em atuação prioritária no
Ensino Fundamental e em Educação Infantil fica sobre incumbência dos
municípios, que deverá proporcionar um desenvolvimento integral da formação
dos indivíduos e contribuir para a qualificação profissional. A Constituição
Brasileira de 1988, no capítulo III – Seção I – Da Educação, estabelece:
“CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO
DESPORTO - Seção I - DA EDUCAÇÃO
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado
e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
45
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
(BRASIL, 1988).
A Constituição de 1988, ao ser aprovada atribuiu obrigações aos
municípios frente à educação, que ainda não lhes eram outorgadas. Assim, os
municípios passam á:
“Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios organizarão em regime de colaboração seus
sistemas de ensino.
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino
fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a
universalização do ensino obrigatório. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)” (BRASIL,
1988).
É na Constituição de 1988 que a Educação aparece pela primeira vez
como um dos direitos sociais, resultando em direitos que pertencem a todos os
cidadãos, independente de raça, religião, opção sexual. Tal direito é colocado
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) como um
direito público subjetivo. A educação é colocada como responsabilidade do
Estado e também da família. A gratuidade do ensino em estabelecimentos
oficiais passa também a incluir a formação no ensino médio. O ensino
fundamental passa a ser gratuito e obrigatório para aqueles que não tiveram
acesso em idade própria, temos visto o grande crescimento que a educação de
jovens e adultos vem ganhando nas instituições de ensino.
46
A nova Constituição traz mudanças significativas nas modalidades de:
Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, nas composições do
ensino escolar: Educação Básica (educação infantil, ensino fundamental,
ensino médio) e Ensino Superior.
A Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases dão autonomia
aos municípios para que esses organizem seus sistemas de ensino, em
colaboração com a União e os Estados de forma a garantir a universalização
do ensino obrigatório. Os municípios têm assumido de forma significativa as
matrículas da educação infantil e do ensino fundamental, visto que o Estado
passa a atuar prioritariamente no ensino fundamental e no ensino médio. Cabe
aos municípios agora garantir a universalização do ensino fundamental.
É interessante notar que a Constituição Brasileira de 1988 e os
documentos que se referem a política educacional brasileira coloca a
educação infantil integrante da educação básica e amplia a oportunidade de
universalização da oferta de ensino, a educação infantil passa a ser a primeira
etapa da educação básica. Tais documentos representam um grande avanço
na legislação frente ao campo educacional. Possibilitando o avanço e a
garantia da educação básica brasileira.
Entre outros documentos que passam a fundamentar a educação a
partir dos anos de 1988, temos: Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988),
o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (BRASIL, 1990), a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) e o Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998).
A partir do proposto pela Constituição Federal de 1988 (BRASIL,
1988), cria-se a lei nº. 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente
(Brasil, 1990), que coloca o poder público com a responsabilidade de oferecer
a educação básica para crianças e jovens tendo em vista seu pleno
desenvolvimento. Tal como é citado no Estatuto da Criança e do Adolescente:
47
“Título I
Das Disposições Preliminares
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade
em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
(BRASIL, 1990).
Tais direitos respaldados no Estatuto da Criança e do Adolescente é
citado na Carta Magna.
“Art. 6º: São direitos sociais: a educação, a saúde, o
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma da Constituição”
(BRASIL, 1988).
Durante esse período na qual analisei o Município de Niterói foi
governado por três prefeitos em cinco mandatos diferentes.
Prefeitos do Município de Niterói referente aos anos de 1989 a 2004:
Jorge Roberto Silveira 1989 – 1993
João Sampaio 1993 – 1997
Jorge Roberto Silveira 1997 – 2001
Jorge Roberto Silveira 2001 - 2002 (Reeleito. Governa por
dois anos. Tenta a eleição para o
governo do Estado)
Godofredo Saturnino da Silva Pinto 2002 - 2004 (Por ser vice, assume o
48
restante do mandato de Jorge
Roberto Silveira)
As políticas públicas em educação podem ser: Leis incorporadas por
um Sistema de Ensino, que são projetadas por Aparelhos Ideológicos. Fazem
parte das políticas educacionais, os professores, alunos e os profissionais da
escola.
A importância destas políticas nos permitirá estudar as análises e
interpretar os marcos políticos educacionais. Elas visam: assegurar recursos
públicos para o financiamento da educação; organização da gestão escolar,
etc. Além disso buscam compreendem a educação como um instrumento de
inserção social, buscando conhecer, entender, valorizar e problematizar a
realidade trazida pelas necessidades do mundo. Esta proposta deve estar
comprometida com medidas que protejam os direitos da população, suprindo
as necessidades e a possibilidade da saudável relação entre gerações; com a
compreensão da existência de organizações familiares que diferem do clássico
modelo nuclear e que estas também desempenham o papel de proteger e
educar os seus; com o respeito as diferenças
O Poder Legislativo de Niterói durante os anos de 1989 a 2004 propõe
um número significativo de Projetos de Lei na temática educacional,
totalizando cento e dezesseis (116), sendo que deste universo somente 51
(cinquenta e um) Projetos de Lei foram aprovados, que serão o objeto empírico
de análise.
Então através da análise dos Projetos de Lei de 1989 a 2004 o objetivo
final é apresentar as contribuições do Poder Legislativo para a sociedade e
entender o salto qualitativo que o Município de Niterói apresenta no campo
educacional.
49
Para uma melhor abordagem e estudo, os projetos de lei foram
classificados nas seguintes categorias:
Alimentação: Projetos de Lei relacionados nas melhorias na
Alimentação dos Alunos da Rede Municipal de Educação de Niterói.
Assistência: Projetos de Lei cujo objetivo é prestar auxílio aos alunos
da Rede Municipal de Ensino,
Autorizações: Projeto de Lei que autoriza o Poder Executivo a
implementar ações importantes voltadas para a Educação.
Cargos: Projetos de Lei cujo objetivo é a criação de cargos
permanentes na Secretaria de Educação ou na Fundação Municipal de
Educação;
Civismo: Projetos de Lei que estabelecem atos cívicos dentro das
escolas.
Convênios: Projetos de Lei cujo objetivo é estabelecer convênios com
outras entidades para melhorar a educação.
Criação de Órgãos: projetos de Lei cujo objetivo é a criação de
órgãos na administração pública direta, assim como a criação de autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista pertencentes a
administração pública indireta, como também a criação de Conselhos.
Currículo: Projetos de Lei que atingiram o currículo educacional,
modificando disciplinas, alterando o campo curricular do sistema de ensino do
município de Niterói.
50
Normas Escolares, Organização do Sistema de Ensino: Projetos de
Lei que estruturaram o sistema escolar, seja em níveis de profissionais
(Cargos), seja dentro do ambiente escolar mais diretamente (Normas
Escolares e Organização do Sistema de Ensino).
Transporte: tem em sua essência a incorporação da temática do
transporte escolar, tratando sobre o tempo de uso de tais transportes e
expressões usadas nos coletivos.
As categorias foram criadas, pois em sua essência, muitos Projetos de
Lei tinham em suas propostas pareceres em comum.
Há ainda projetos que merecem análise, pois em suas propostas
trazem contribuições para a área educacional, contudo, por motivos que serão
posteriormente estudados, os Projetos de Lei não prosseguiram. Esses
projetos estão divididos na subcategoria:
Projetos Rejeitados: são Projetos de Lei que ao serem encaminhados
para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Casa Legislativa teve
parecer contrário à continuação da sua tramitação, ou por vício de
inconstitucionalidade ou por vício de ilegalidade. Cabe destacar que, para o
Projeto de Lei ser rejeitado, o parecer da CCJ terá que ser submetido ao
Plenário da Câmara Municipal, para confirmação pelo conjunto dos
Vereadores. Isto posto que, como o Plenário é Soberano poderá ignorar o
parecer da Comissão e votar a favor da tramitação do Projeto de Lei.
Projetos Retirados pelo Autor: são Projetos que por algum motivo,
ou por inconstitucionalidade ou ilegalidade, ou por simples vontade do autor da
propositura legislativa foi retirado de pauta e da tramitação da Casa Legislativa.
Projetos Vetados: São Projetos de Lei que depois de votados e
aprovados em dois turnos na Câmara Municipal são encaminhados para o
51
Poder Executivo, para que dentro de 15 dias seja sancionado ou vetado
Prefeito. Caso o Prefeito opine pelo veto terá que fazer expressamente, dentro
do prazo de 15 dias, justificando os motivos do seu veto, que poderá ser
jurídico, em virtude de vício de inconstitucionalidade ou de ilegalidade, ou
discricionário, em virtude de ausência de conveniência e oportunidade para a
efetivação do Projeto de Lei.
3.1- Projetos Promulgados e Sancionados
Após uma vasta análise de todos os Projetos de Lei aprovados
relacionados à Educação da Câmara Municipal de Niterói, nos anos de
1989 a 2004, podem-se perceber os seguintes resultados:
No Ano de 1989, foram aprovados 05 Projetos de Lei sendo 04 de
autoria de Vereadores e um através de Mensagem Executiva, sendo as Leis:
Vereador
Ou Mensagem Executiva
Ementa
Lei nº
Marcos Gomes
O provimento dos cargos de diretores de escolas públicas do município de Niterói será feito somente por eleições diretas
Lei 748/89
Valter Barros Fica assegurada a matrícula de alunos na Rede Municipal de Ensino de Primeiro Grau para Filhos de Pais que comprovadamente até 02 (dois) pisos salariais vigentes no município de Niterói.
Lei 746/89
Fernando de Oliveira Rodrigues
Ficam os alunos de Ensino Fundamental de Rede Municipal de educação, de acordo com o Art. 208, inciso VII da Constituição Federal, com direito a assistência: Médica, Psicológica e Odontológica.
Lei 848/90
Valter Barros Fica o Poder Executivo autorizado a inserir Material Promocional nos Uniformes e Livros didáticos.
Lei 796/90
Mensagem Executiva
Criação de Cargos Comissionados e Funções Gratificadas ma Sec. Municipal de Educação.
Lei 763/89
52
No Ano de 1990, foram aprovados 04 projetos de lei sendo 02 de autoria de Vereadores e 02 através de Mensagem Executiva, sendo as leis:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei nº
Fernando de Oliveira Rodrigues
Ficam os alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal, de acordo com o art. 208, inciso da Constituição Federal, com direito a assistência média, psicológica e odontológica.
Lei 848/89
Mensagem Executiva
Transforma empregos em correspondentes cargos efetivos de professores e médicos concursados e dá outras providencias.
Lei 357/90
Mensagem Executiva
Altera o valor da Gratificação de Regência Ininterrupta de Turma Lei 833/90
Wolney Trindade
Os Concursados para a área de saúde e educação, ficarão vinculados na Unidade a que forem lotados por pelo menos 5 anos, a fim de evitar que referidas Unidades, de saúde ou escolar, fiquem mal atendidas em seu quadro de pessoal.
Lei 907/90
No Ano de 1991, foram aprovados 07 projetos de lei sendo 04 de autoria de Vereadores e 03 através de Mensagem Executiva, sendo as Leis:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei nº
Mensagem Executiva
Fica o Poder Executivo Autorizado a Criar a Fundação Municipal de Niterói
Lei 924/91
Mensagem Executiva
Dispõe sobre o Quadro de Pessoal da Fundação Municipal de Educação de Niterói
Lei 963/91
Adyr Morra Filho
Institui o Programa de Educação Ambiental no currículo das escolas da Rede Municipal.
Lei 1009/91
Mensagem Executiva
Dispõe sobre a criação de cargos em comissão na Fundação Municipal de Educação de Niterói
Lei 977/91
Adyr Motta Filho
Dispõe sobre a autorização para instalação e funcionamento de estabelecimento de atendimento a criança de 0 á 6 anos
1153/92
Valmir Garcia Fica o Prefeito Municipal autorizado a criar os Conselhos tutelares do Município de Niterói.
Lei 1163/93
Valmir Garcia Dispõe sobre a proibição do uso do fumo nas dependências fechadas das escolas do 1º Grau e unidades de saúde da Rede Municipal.
Lei 1068/92
53
No Ano de 1992, foram aprovados 02 Projetos de Lei sendo 01 de autoria de Vereador e 01 através de Mensagem Executiva, sendo as leis:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei nº
Mensagem Executiva
Ficam criados no Quadro Permanente da Fundação Publica de Educação aprovado pela lei 963/91, cargos constantes do anexo I desta lei
Lei 1073/92
Wolney Trindade
Institui a Meia Entrada para Ingresso de estudante nos locais e nas condições que especifica.
Lei 1482/95
No Ano de 1993, foram aprovados 07 projetos de lei sendo 01 de autoria de Vereadores e 04 através de Mensagem Executiva, sendo as leis:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei nº
Mensagem Executiva
Ficam acrescidos ao Quadro Permanente da Fundação Publica Municipal de Educação, aprovado pela lei 963/91, e constante do respectivo no anexo I
Lei 1171/93
Jorge Alberto P. Rodrigues Filho
Dispõe sobre a autorização para criação do conselho escola comunidade -CEC nas Unidades Escolares da Rede Pública Municipal de Niterói
Lei 1210/93
Francisco José
Fica adotado nas escolas Municipais o Projeto Horta doméstica em conjunto com a empresa de assistência técnica rural (E.M.A.T.E.R.)
1220/93
Marcos Gomes
Fica obrigatória a inclusão na disciplina “Ciências Físicas e Biológicas” do estabelecimento da Rede Pública Municipal as Doenças Sexualmente Transmissíveis - AIDS-SIDA
Lei 1246/1993
Mensagem Executiva
Ficam criados no quadro permanente da Fundação Pública Municipal de Educação de Niterói, aprovado pela Lei nº 963/91 118 cargos efetivos, discriminados no anexo único desta lei
Lei 1235/93
Mensagem Executiva
Dispõe sobre o Quadro de Pessoal da Fundação Pública Municipal de Educação
Lei 1256/93
Mensagem Executiva
Dispõe sobre a criação dos cargos que menciona na Fundação Pública Municipal de Educação de Niterói-FME
Lei 1262/1994
54
No Ano de 1994, foram aprovados 05 projetos de lei sendo 04 de autoria de Vereadores e 01 através de Mensagem Executiva, sendo as leis:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei nº
Francisco José
Fica incluído no currículo do 1º grau nas escolas Públicas Municipais noções básicas sobre trânsito
1405/95
Francisco José
Fica incluído no currículo Escolar da 7º e 8º série do 1º grau nas escolas públicas, noções básicas de primeiros socorros.
1405/95
Mensagem Executiva
Dispõe sobre a gratuidade de passagem de ônibus para estudantes da Rede Pública de Ensino
1292/94
Francisco José
Ficam incluídas nos programas curriculares das escolas de 1º grau do município de Niterói; Noções Básicas e de orientação sobre a natureza e uso e os efeitos físicos e sociais das drogas e do álcool
1336/94
Francisco José
Dispõe sobre a obrigatoriedade de exames anuais de acuidade visual a capacidade auditiva nas escolas da rede publica municipal
1417/95
No Ano de 1995, foram aprovados 03 projetos de lei sendo todas através de Mensagem Executiva, sendo as leis:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei nº
Mensagem Executiva
Dispõe sobre a aplicação de sistema Braille pela Fundação Pública Municipal de educação de Niterói, na Rede Municipal de Ensino
Lei 1428/95
Mensagem Executiva
Cria o Conselho Municipal de Educação de Niterói e dá outras providencias
Lei 1435/95
Mensagem Executiva
Dispõe sobre a criação de 25 cargos de provimento efetivo na Fundação Pública de Educação de Niterói
Lei 1429/95
No Ano de 1996, foi protocolado somente 01 projetos de lei sendo este através de Mensagem Executiva, sendo a lei:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei
Mensagem Executiva
Cria as creches e cargos que menciona na estrutura da FME Lei 1518/96
55
No Ano de 1997, foram aprovados 03 projetos de lei sendo 01 de autoria de Vereador e 02 através de Mensagem Executiva, sendo as leis:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei
Mensagem Executiva
Cria o Conselho de Alimentação Escolar do Município de Niterói, integrando a estrutura básica da secretaria municipal de educação.
Lei 1577/97
Mensagem Executiva
Cria no Quadro Permanente da FME 70 (setenta) cargos efetivos de professor, nível 05 (cinco), e 20 (vinte) cargos de auxiliar de creche
Lei 1571/97
Rodrigo Neves Barreto
Fica Instituído o Programa Bolsa Escola no município de Niterói Lei 1651/98
No Ano de 1998, foi protocolado somente 01 projetos de lei sendo este através do Vereador Fernando Nery de Sá, sendo a lei:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei
Fernando Nery de Sá
Torna obrigatório, nas escolas municipais, aos alunos juntamente com os professores, a cantar o Hino Nacional, diariamente no pátio, todos juntos, no inicio das aulas e serão cantados outros Hinos Comemorativos, o Hino da Independência, à Bandeira e outros
Lei 1664/98
No ano de 1999 nenhum Projeto de Lei com o objeto de melhorar a Educação
do Município de Niterói foi aprovado se tornando Lei.
No Ano de 2000, foi aprovado 01 Projetos de lei sendo este através de mensagem executiva, sendo a lei:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei
Mensagem Executiva
Fica criado o conselho de Alimentação Escolar CAE do município de Niterói, integrado à estrutura básica da secretaria municipal de Educação de Niterói, como órgão colegiado, deliberativo, de assessoramento e fiscalizador da aplicação dos recursos destinados
Lei 1807/00
56
à merenda escolar No Ano de 2001, foram aprovados 06 Projetos de Lei sendo os 06 de autoria de Vereadores, sendo as leis:
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei
José Antônio Toro Fernandes- Zaf
Cria nas Unidades de Ensino da Rede Municipal cursos de Defesa Pessoal
Lei 1930/02
João Geraldo B. De Menezes- Gegê Galindo
Dispõe sobre o atendimento ambulatorial médico e dentário em escolas públicas municipais de 1º e 2º graus do Município de Niterói, e da outras providencias.
Lei 1938/02
Ricardo Clemente das Neves
Dispõe sobre a inserção da leitura prazerosa dentro das escolas Públicas Municipais de Niterói
Lei 1873/01
Ricardo Clemente das Neves
Dispõe sobre obrigatoriedade das escolas municipais, reservarem uma sala de aula para alfabetização de jovens e adultos.
Lei 1933/02
Ricardo Clemente das Neves
Dispõe sobre a criação de um programa assistencial para portadores de necessidades especiais, matriculados nas escolas municipais.
Lei 1984/02
Ricardo Clemente das Neves
Dispõe sobre a criação de um programa de prevenção, acompanhamento e tratamento dos problemas de coluna vertebral para alunos da Rede Pública Municipal
Lei 1990/02
No Ano de 2002, foram aprovados 02 projetos de lei sendo 01 de autoria de
Vereador e 01 através de Mensagem Executiva, sendo as leis
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei
Ricardo Clemente das Neves
Estabelece o ensino da matéria “Educação Social”, a partir da sexta série do ensino fundamental na grade extracurricular das escolas municipais de Niterói
Lei 2097/03
Mensagem Executiva
Dispõe sobre o abono de ausências dos Servidores da Rede Pública Municipal de Educação no ano de 2000.
Lei 2038/02
57
No Ano de 2003, foi aprovado 01 Projeto de Lei sendo de autoria do Vereador
Rodrigo Neves Barreto, sendo a lei
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei
Rodrigo Neves Barreto
Dispõe sobre a Criação de Grêmios Estudantis na Rede Municipal de Ensino de Niterói
Lei 2098/2003
No Ano de 2004, foram aprovados 03 projetos de lei sendo 03 de autoria de
Vereadores e 01 através de Mensagem Executiva, sendo as leis
Vereador ou
Mensagem Executiva
Ementa Lei
Ricardo Clemente das Neves
Dispõe sobre o provimento dos cargos e de Diretor Adjunto das Unidades Escolares da Rede Pública municipal de ensino
Lei 2124/04
Edgar Folly Permite a utilização das unidades que integram a Rede Municipal de Ensino Público por cursos pré vestibulares comunitários
Lei 2166/04
Mensagem Executiva
Ficam criados, no quadro de pessoal da Fundação Municipal de educação, os cargos de provimento em comissão relacionados no anexo único desta Lei
Lei 2139/04
58
Capitulo 04
Contribuições dos Projetos Sancionados para
os Munícipes de Niterói
A partir deste momento passa-se a analisar as Leis Municipais de
Niterói, usando os critérios de categorias como já foi mencionado
anteriormente.
Citarei algumas Leis pelas categorias já mencionadas anteriormente, a
primeira que merece destaque é a categoria Alimentação, que traz
contribuições significativas para a Alimentação Escolar. As Leis dessa
classificação trouxeram mudanças significativas para a merenda escolar, como
por exemplo: a Lei Municipal nº 1.577 de 1997, que contem a seguinte ementa:
Cria o Conselho de Alimentação Escolar do Município de Niterói, integrado a
estrutura Básica da Secretaria Municipal de Educação. Destaca-se que,
vinculado na categoria, criou-se o Conselho Municipal de Alimentação Escolar.
Esse projeto foi proposto na forma de Mensagem Executiva nº 05, enviada
pelo Prefeito Jorge Roberto Silveira, que colocou a criação desse Conselho
vinculado a Secretaria Municipal de Educação, integrando o Conselho a
estrutura básica da Secretaria. Cabe destacar que, em 2000 esse projeto é
reelaborado e passa a ser de responsabilidade da Secretaria Municipal de
Educação. Assim, passa a assessorar e a fiscalizar os recursos que são
destinados a merenda escolar, em Niterói.
No teor do Processo, em sua justificativa, o Poder Executivo afirma
que a Lei Federal nº 8.913 de 12 de julho de 1994, estabelece a
municipalização da merenda escolar e que os municípios tinham que criar os
Conselhos de Alimentação, a fim de que a União transferisse as verbas.
Assim, o repasse da verba para a alimentação escolar só seria realizada
mediante o Conselho de Alimentação de cada município. Estabelecido em lei,
tal Conselho devia ser incorporado obrigatoriamente por representantes da
59
administração municipal, professores, pais alunos e por trabalhadores rurais
(indicado pela Federação de Associação de Moradores de Niterói).
Não se pode deixar de mencionar que, o Conselho de Alimentação
Escolar (CAE) foi criado em 1994, por Lei Federal, sendo a sua função apenas
consultiva e de assessoria aos Estados, municípios e Distrito Federal (também
conhecidos com entidades executoras). Em 1998 o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) eliminou a necessidade de convênio
específico para o repasse de recursos às entidades executoras e, por
conseguinte, ampliou o papel do CAE que, a partir de 2000, passou a fiscalizar
a utilização dos recursos federais repassados. A única exigência para que uma
unidade executora receba verba do governo federal para a merenda escolar é
a existência de um CAE.
Assim, importante ressaltar que a competência do Conselho de
Alimentação Escolar é desenvolver programas de alimentação e a elaboração
do cardápio; priorizar os produtos da região; exercer fiscalização sobre os
alimentos a serem distribuídos as escolas (armazenamento, conservação e
higiene); promover e incentivar a realização de cursos de nutrição, preparação
e conservação de alimentos e manutenção de alimentos, utensílios e materiais
utilizados nas escolas; promover um levantamento estatístico juntos aos
estabelecimentos de ensino da rede municipal e com a comunidade, para orçar
e avaliar financeiramente os custos do programa de alimentação escolar;
desenvolver campanhas de esclarecimento de alimentação; articular-se com
órgãos da União e do Estado visando a prestação de assistência técnica, em
especial a área de pesquisa em alimentação e nutrição, elaboração de
cardápios e na aplicação de programas relativos de recursos.
A Lei Municipal de Niterói propõe que o Conselho de Alimentação
Escolar fosse composto por: Secretário Municipal de Educação (que presidirá),
representante da Fundação Pública Municipal de Niterói, um professor
(representante do corpo docente), dois pais de alunos, um trabalhador rural
(indicado pela Federação das Associações de Moradores de Niterói), um
60
representante da Secretaria Municipal de Saúde, um representante da
Secretaria Municipal de Promoção Social, um representante da Câmara
Municipal de Niterói e um representante da Associação Comercial e Industrial
de Niterói.
No ano de 2000 foi encaminhado para a Câmara Municipal de Niterói a
Mensagem Executiva nº 12, que aprovada passou a ser Lei Municipal
1.807/2000, com o intuito de criar o Conselho de Alimentação Escolar (CAE),
no município de Niterói, integrado à estrutura básica da Secretaria Municipal de
Educação de Niterói, como órgão deliberativo, de assessoramento e
fiscalizador da aplicação dos recursos destinados a merenda escolar.
Neste momento, destacam-se as atribuições do Conselho, que
consiste em acompanhar a aplicação dos recursos federais transferidos a
conta do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), zelar pela
qualidade dos produtos em todos os níveis, receber, analisar e remeter ao
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com parecer
conclusivo, as prestações de contas PNAE encaminhadas pelo município;
elaborar seu Regimento Interno a ser aprovado pelo Poder Executivo”.
Pode se dizer que esta Lei é apenas para se cumprir o que dispõe a
Lei Federal em vigor.
Outra categoria que gostaria de mencionar é a de Transporte Escolar.
Nesta categoria, pode-se destacar a Lei Municipal nº 1.292/1994, enviada
através da Mensagem Executiva nº 04/1994, pelo então Prefeito João
Sampaio. A ementa do projeto de Lei consiste: Dispõe sobre a gratuidade de
passagem de ônibus para estudantes da Rede Pública de Ensino. O presente
Projeto visou garantir a gratuidade da passagem de ônibus para estudantes da
Rede Pública de Ensino.
O Projeto está em consonância com a Lei Orgânica do Município de
Niterói, especificadamente com o artigo 279. No entanto na data referida do
61
Projeto de Lei ainda não tinha entrado em vigor. O projeto se aplicaria aos
alunos da rede pública uniformizados, nos dias letivos e nos horários de aulas.
A Lei ainda alcança os alunos que estudam durante o período noturno. O
projeto previa uma multa para as empresas de ônibus coletivos que
descumprirem tal direito.
“Art. 276 - O transporte coletivo de passageiros é um
serviço público, sendo de responsabilidade do Município
seu planejamento, operação, concessão, permissão e
fiscalização.” – Lei Orgânica do Município de Niterói. (Lei
Orgânica do Município de Niterói, 2005, pg. 68)
Neste Projeto pode-se caracterizar a grande contribuição concebida
para os alunos da Rede Municipal de educação de Niterói, pois buscou garantir
a permanência dos alunos nas escolas, uma vez que muitos deixavam de
freqüentar a escola por não ter condições financeiras para se locomoverem,
trazendo muitas vezes a evasão escolar.
Na categoria Assistência Médica: vislumbra-se de grande importância a
Lei Municipal nº 848 de 1990, de autoria do Vereador Fernando de Oliveira
Rodrigues. A Ementa da Lei dispõe: Institui que os alunos de Ensino
Fundamental de Rede Municipal de Educação, de acordo com o art. 208,
inciso VII da Constituição Federal, tenham direito a assistência: médica,
psicológica e odontológica. Este nobre Vereador justiçou esta Lei da seguinte
forma:
“Vimos neste inciso do artigo 208 da Constituição Federal
uma medida de grande alcance Social. As crianças que
estudam nas escolas do nosso município merecem uma
atenção especial por parte do Poder Público Municipal a
nível de assistência médica. As carências de uma boa
parte de cidadãos do nosso município nos leva a crer na
dificuldade que os mesmos encontram no campo da
62
Assistência Médica, isso sem falar na parte Psicológica e
Odontológica tão esquecida nos nossos dias. Acreditando
que a assistência Odontológica e Psicológica além da
Assistência Médica, muito irão beneficiar as crianças do
nosso Município, e os serviços para tal investimento não
muito elevados, e sendo um dever do Poder Público,
merecem ser colocados em prática no nosso Município.”
(NITERÓI, Lei nº 848 de 1990, pg. 02)
A Carta Magna propõe princípios educacionais para que o ensino seja
ministrado, alguns desses princípios serão analisados dentre os Projetos de
Lei analisados.
“Art. 206. O ensino será ministrado com base nos
seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência
na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar,
garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas
e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da
lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os
profissionais da educação escolar pública, nos termos de
63
lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de
2006)
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de
trabalhadores considerados profissionais da educação
básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou
adequação de seus planos de carreira, no âmbito da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53,
de 2006)” (Brasil, 1988)
No campo educacional, constantemente, percebe-se a necessidade de
inclusão de conteúdos no currículo escolar. A nova Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – LDBEN coloca como finalidade da educação garantir
o pleno desenvolvimento humano dos educandos. Currículo não é uma
orientação acabada que deve ser seguida, é um caminho, uma construção de
conhecimentos, valores, de conteúdos que devem ser contemplados.
Entende-se currículo como algo que deve contemplar os diversos
saberes que estão dados em nossa sociedade, visto que a escola é uma
instituição responsável pela formação de cidadãos, cidadãos esses que se
constroem no mundo onde a diversidade e o pluralismo estão presentes o
tempo todo.
Constantemente os Sistemas de Ensino reorganizam seus
componentes curriculares, destacaremos alguns Projetos de Lei que
modificaram o currículo para a inclusão de questões que consideraram
relevantes para tal campo. O currículo é sempre reorientado quando os
sistemas de ensino consideram que questões relevantes devem ser
contempladas, tais questões podem ser temáticas que abrangem assuntos no
que se referem ao campo da saúde, ética, educação sexual, diversidades
étnicas raciais etc.
64
O Estatuto da Criança e do Adolescente coloca a educação como um
direito das crianças e dos adolescentes. Educação essa que deve promover o
aluno em seus aspectos físicos, psicológicos, cognitivos, deve ser uma
educação que forme cidadãos. É na escola que a criança mais se socializa
com outras pessoas, interagindo e nessa interação se transformando. O
currículo escolar deve proporcionar aos alunos acessos aos diversos
elementos culturais, aos instrumentos tecnológicos e também as obras
artísticas. O conhecimento tal como proposto na Grécia Antiga deve estar a
serviço do bem comum.
No decorrer dos diversos contextos educacionais, entendeu-se
currículo de determinadas maneiras:
• Conteúdos a serem ensinados, objetivos a serem
contemplados no ensino;
• Planos pedagógicos elaborados pelos professores,
escolas e sistemas de ensino,
• Avaliação que engloba os conteúdos selecionados
que serão apreendidos.
O currículo resultaria das diversas ações escolares, que objetivam a
apreensão do conhecimento.
Segundo SILVA (2004) o currículo já significou a relação de matérias
ou disciplinas, com seus conhecimentos organizados. Porém atualmente
compreende-se currículo como tudo o que acontece na vida de alguém, tudo o
que acontece no meio constitui currículo escolar e este resultaria das diversas
ações escolares, que objetivam a apreensão do conhecimento.
Assim, a Lei Municipal nº 1.009/91, proposta pelo Vereador Adyr Mora
Filho, incluiu no currículo do 1º grau o estudo da Educação Ambiental, este
possuía a seguinte ementa: Institui o Programa de Educação Ambiental no
Currículo das Escolas da Rede Municipal de Niterói. Sua intenção não era o
acréscimo de mais uma disciplina, mas sim a incorporação de valores e
65
orientações que influenciassem a postura dos alunos quanto ao cuidado ao
Meio Ambiente. Este seria um trabalho não só dos órgãos responsáveis pela
educação mais a junção com a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria
Municipal de Urbanismo, além da colaboração de organizações não
governamentais voltadas para esta área.
A iniciativa desta Lei é importante e traz contribuições para a
educação, pois reforça muitas ideias relevantes para a formação do sujeito em
sociedade além de ser um trabalho com a colaboração de diversas instâncias
do Município.
Algo a se destacar neste projeto é o seu artigo 1º inciso II, que
demonstra a preocupação de influenciar os estabelecimentos de ensino
estaduais, para que estes direcionem também a temática educação ambiental.
Este projeto mostra de forma clara a preocupação do Poder Legislativo em
cuidar também do meio ambiente, criando assim uma consciência ambiental
nos estudantes.
A entrada dessa temática previa a formação e a informação social. Tal
programa deveria ser ministrado em concomitância com as outras disciplinas
do currículo já existente. Ou seja, em 1991 a referida Lei já apresentava um
avanço de interdisciplinaridade que somente será justificada nos anos de 1996
com os Parâmetros Curriculares Nacionais. “Vê-se a importância de se incluir a
temática do Meio-Ambiente como tema transversal dos currículos escolares,
permeando toda prática educacional”.
Esta Lei tem o objetivo a implantação do programa estimulando a
consciência crítica, o desenvolvimento de habilidades e instrumentos que
possibilitassem em soluções para determinados problemas que a temática
abordasse e o desenvolvimento de atitudes que estimulassem a participação
dos cidadãos no equilíbrio do meio.
66
O programa seria aplicado pelos próprios professores da Rede que de
acordo com o que é proposto na Constituição teria uma Formação Continuada
para se capacitar e ampliar os seus conhecimentos possibilitando então uma
melhor especialização na área. Tal curso foi de incumbência da Secretaria
Municipal de Educação, com concordância das Secretarias Municipais de
Urbanismo e Meio Ambiente e a Secretaria Municipal de Saúde. Porém tal
projeto não informa como seria efetivada tal formação, aponta a possibilidade,
porém não é apontado o caminho que seria percorrido.
A temática de educação ambiental tem extrema importância visto que a
cada dia mais percebemos o quanto as nossas ações são fundamentais para a
conservação do Ambiente, da Vida e no cuidado do Planeta Terra.
A Lei Municipal nº 1.246/1993, de autoria do Vereador Marcos Gomes
estabelece nos currículos escolares das escolas de 1º grau da Rede Pública
Municipal, a inclusão da disciplina Ciências Físicas e Biológicas e também
informações e orientações das doenças sexualmente transmissíveis e da
Síndrome de Imuno Deficiência Adquirida. A matéria deverá ser obrigatória na
8º série do primeiro grau, atualmente nono ano do Ensino Fundamental.
A Lei tem um alto valor para a conscientização dos alunos, pois a cada
dia cresce mais o número de pessoas infectadas. O Brasil é um dos líderes no
ranking no que se refere as doenças sexualmente transmissíveis. O maior
número de casos se concentra na região Sudeste. O aumento desse número
pode e deve ser reduzido com a escola atuando para a reflexão dos alunos,
juntamente com todo o seu corpo de funcionários. O Vereador Marcos Gomes
ainda aduz que:
“A faixa etária em que a AIDS é mais incidente, em
ambos os sexos, é a de 20 a 59 anos de idade. Chama
atenção a análise da razão de sexos em jovens de 13 a
19 anos. Essa é a única faixa etária em que o número de
67
casos de AIDS é maior entre as mulheres. A inversão
apresenta-se desde 1998, com oito casos em meninos
para cada 10 em meninas. Mas, em relação aos jovens,
os dados apontam que, embora eles tenham elevado
conhecimento sobre prevenção da AIDS e outras
doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de
crescimento do HIV.” (NITERÓI, Lei nº 1.246 de 1993, pg.
04)
Ou seja, é fundamental para a conscientização dos cidadãos que a
escola juntamente com a Fundação de Saúde e os órgãos de Fiscalização
atuem para uma formação e uma reeducação sexual desses cidadãos que
estão sendo formados, visto que a escola tem um papel de formação de
cidadãos, atuando então para transformação de saúdes e hábitos.
“Quanto à AIDS e outras doenças sexualmente
transmissíveis, a abordagem deve ser inicial e
esclarecedora, trabalhando-se os preservativos como
método prático de contracepção e o único método que
pode ser associado à prevenção de doenças. Quanto ao
estudo da Aids, neste ciclo, pode-se abordar as formas de
contágio, a associação da síndrome com múltiplos
sintomas e manifestações decorrentes de infecções
oportunistas e as formas de tratamento dos doentes, para
manter sua dignidade como ser humano, deixando-se
estudos mais aprofundados para o ciclo seguinte”.
(NITERÓI, Lei nº 1.246 de 1993, pg. 04)
Esta Lei, porém deveria não só atuar em áreas específicas como as
Ciências físicas e biológicas, deveriam estar em concomitância com as outras
áreas do conhecimento. A escola é uma instituição em que os alunos se
formam para a vida, em nossa sociedade não são todas as famílias que tem a
68
liberdade de conversar com os seus sobre assuntos que se referem ao campo
educacional.
A Lei Municipal 1.406/95, de autoria do Vereador Francisco José inclui
no currículo do 1º grau das escolas públicas municipais, noções básicas sobre
trânsito. Objetivando que os alunos tenham noções básicas sobre o trânsito
possibilitando então um melhor comportamento em sua fase adulta. Esta lei
previa o que a Lei Orgânica do Município de Niterói já estabelecerá em seu
inciso XII do artigo 13.
“Da Competência Comum
Art. 13 - É da competência do Município, em comum com
a União e o Estado:
XII - estabelecer e implantar política de educação para a
segurança do trânsito;” (Lei Orgânica do Município de
Niterói, 2005, pg. 07)
A Lei Municipal 1405/95, de autoria do Vereador Francisco José, fica
incluído no currículo escolar da sétima á oitava série do primeiro grau,
atualmente oitavo e nono ano do Ensino Fundamental, nas escolas públicas
municipais, noções básicas de primeiros socorros. O autor considera que os
alunos destas séries estão mais aptos a assimilarem tais conhecimentos
quando aparecer necessário. A realização de tal trabalho contará com a
participação da Secretaria Municipal de Saúde.
A Lei Municipal nº 1.336/94, também de autoria do Vereador Francisco
José, estabelece a inclusão nos programas curriculares das escolas municipais
de 1º grau de Niterói, noções básicas e de orientação sobre a natureza e uso e
os efeitos físicos e sociais das drogas e do álcool. O consumo de álcool e
drogas tem aumentado a cada dia em nosso País e os seus consumidores
cada vez mais e mais se torna cidadãos mais jovens. O que tem sido
69
alarmente para Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto prevê um programa
de prevenção e educação dos efeitos físicos e sociais das drogas e do álcool.
A Lei Municipal nº 2.097/03, de autoria do Vereador Ricardo Clemente
das Neves, visa estabelecer a matéria Educação Social, a partir da sexta série
do ensino fundamental na grade extra curricular das escolas municipais de
Niterói. A Lei objetiva a formação de um cidadão participativo, solidário,
responsável. Os conteúdos da matéria seriam assim distribuídos:
• Educação;
• Sexualidade Humana;
• Sexualidade e Meio;
• Drogas;
Esta Propositura pretendia trabalhar transversalmente a disciplina em
concordância com as outras matérias. Querendo estimular a reflexão dos
alunos frente tal temática, favorecendo também para o a criatividade de cada
educando. Tal projeto coloca o aluno em uma perspectiva construtivista, pois
os alunos seriam vistos como agentes ativos no processo de ensino e
aprendizagem.
Esta também visa quebrar preconceitos de uma sociedade que embora
se diga moderna é em sua essência ainda conservadora. Tal conservação tem
impossibilitado muitos jovens de se informarem e se prevenirem em atitudes
que cada vez mais e mais são tão prematuras (o uso de drogas, gravidez na
adolescência, sexo na adolescência, etc.). É fundamental que os alunos
tenham um conhecimento completo de seu corpo como um todo, sabendo de
sua formação, os cuidados, e as prevenções que devam ser tomadas. Para
que tal aprendizagem ocorra de maneira prazerosa e significativa é de suma
importância o papel da escola nesse processo. Visto que tal papel por
inúmeras vezes tem se ocultado no seio familiar.
70
As Leis elaboradas, das quais a temática está inclusa diretamente na
reformulação curricular das escolas municipais da rede de Niterói previam a
formação de um cidadão crítico, reflexivo, que saiba o valor de sua consciência
sobre a sua vida e sobre o meio do qual ele está inserido. A escola é colocada
como uma instituição que atua em favor de uma formação mais crítica. A
escola atua no sentido de informar e formar os alunos sobre seus direitos e
deveres frente ao mundo. Para isso é fundamental que os alunos tenham
consciência e aprendam a cuidar do seu corpo, de saber sobre noções de
transito o que levaria a cada vez mais a diminuir taxas de acidentes de trânsito,
acidentes que levam a morte de muitos inocentes.
É fundamental que as escolas, por possuírem o papel de desenvolver
e educar o cidadão se responsabilize sobre o meio ambiente e seja agentes de
informação para a conscientização de seus alunos, conscientizando da
necessidade de medir os efeitos sobre a natureza, conscientizando que para
continuar a viver precisa-se cuidar do planeta.
A escola tem entre outros objetivos garantir a cidadania, além do
ensino de conteúdos, a escola é uma instituição que deve se preocupar em
formar cidadãos críticos e reflexivos. Os conteúdos tradicionais continuam
sendo referências para o ensino, mas a escola deve ir além: formando e
informando os alunos sobre os cuidados com seu meio, seu corpo, seu
próximo, conhecendo a ele mesmo para ter uma melhor formação do mundo.
A escola assume com isso a importância em ensinar também cuidados sobre o
meio ambiente, orientação sexual, cuidados no trânsito. Possibilita assim, os
alunos a enriquecerem culturalmente.
A saúde é um direito de todos os cidadãos, é importante que os alunos
apreendam que para ter uma vida saudável é necessário a criação e o cultivo
de hábitos saudáveis. Necessário que eles reconheçam a interferência do meio
que vive na qualidade de vida. É fundamental que a escola atue como agente
produtora de tais informações cada vez mais cedo o que estimulará uma
71
prevenção para uma boa qualidade de vida. Possibilitar aos alunos um
conhecimento sobre o meio ambiente, sobre orientações sexuais, sobre o
respeito à diversidade será uma ação que colheremos bons resultados para a
vida futura, pois possibilitará a criação de novos hábitos e de cuidados frente
tais temáticas que se fazem presente em nossa sociedade.
A mídia informa através de comerciais, desenhos, filmes o uso de
álcool e drogas como algo presente no cotidiano, omitindo, porém que tais
substancias trazem um risco para a saúde dos jovens. É importante a escola
atuar juntamente com os órgãos responsáveis com medidas preventivas para
hábitos saudáveis e cuidados com a sua vida. É importante que o aluno tenha
conhecimento dos efeitos que tais substâncias causam em seu organismo,
permitindo que ele tenha consciência da dependência que o álcool e as drogas
trazem para a sua vida, tendo então conhecimento para uma melhor liberdade
de escolha.
Tais temáticas podem ser trabalhadas de maneira transversal e
interdisciplinar, pois elas entram em concomitância ao que a escola toma como
o conteúdo básico. Unindo as matérias tradicionais e os saberes dos alunos.
Ao analisar os Projetos de Lei, percebe-se que suas temáticas se
integravam com a formação integral do individuo. É importante que os
currículos escolares integrem o conhecimento, a cultura e a diversidade.
O currículo do ensino médio e fundamental tem uma base nacional
comum, que deverá ser complementada em cada sistema de ensino, por uma
parte diversificada conforme a necessidade de cada localidade. O município de
Niterói objeto de nosso estudo se preocupou em garantir aos alunos de seu
sistema um currículo além do mínimo exigido, um currículo que de fato
assegurasse a todos um direito a uma educação de qualidade.
72
Pode-se observar que, com o decorrer dos anos, estão sendo
propostos cada vez menos Projetos de Lei para melhorar a Educação no
Município de Niterói, o que constata-se que no decorrer de anos nenhum
Projeto de Lei foi aprovado.
73
CONCLUSÃO
O Poder Legislativo, assim como os demais agentes políticos
governamentais e não governamentais, estão sempre procurando a
identificação desses problemas seja para integrar ao seu trabalho, seja para
justificar o porquê que tais atores estão envolvidos em determinados cargos.
Quando um problema é identificado e um determinado ator tem um interesse
para a solução desse problema, esse problema se torna prioridade para tal
ator passando então a pertencer a sua agenda que seria uma lista de
prioridades.
Ressalta-se que as atribuições da Câmara Municipal estão divididas
em duas funções principais: a legisladora e a fiscalizadora. A função
legisladora se destaca dentre elas já que cuida de estabelecer a ordem jurídica
dentro do município que está sob sua competência. Autorizando isenções e
outros benefícios fiscais, votando o orçamento anual, a Lei das Diretrizes
Orçamentárias e Plano Plurianual, criando e extinguindo cargos públicos,
suplementando a Legislação Federal e Estadual no, que couber, votando e
alterando a Lei Orgânica Municipal. A função fiscalizadora tem a
responsabilidade de verificar a correta aplicação do dinheiro público
compreendendo assim fiscalizar toda área contábil, financeira, operacional e
patrimonial, verificação da aplicação dos recursos previstos na manutenção do
ensino, criação de comissões para investigação de determinado fato,
fiscalização quanto à correta aplicação e destinação do Patrimônio Municipal.
O conceito de campo, proposto pela sociologia de Pierre Bourdieu,
entendido como arena de lutas concorrenciais, nas quais os agentes sociais
disputam, com base na espécie e no volume de capital de que dispõem as
melhores posições objetivas e simbólicas do campo, vale dizer, disputam poder
e prestígio. Nessa perspectiva, pode-se chegar a conclusão que as políticas
educacionais e a produção legislativa do Parlamento municipal são elementos
constituintes do campo político, ao qual Pierre Bourdieu conferiu absoluta
74
centralidade, tanto em sua formulação teórica, quanto em seus estudos
empíricos (BOURDIEU, 1989, 1998). Assim, os interesses conflitantes em
torno da produção legislativa da Câmara Municipal de Niterói na área de
educação e as forças concorrenciais que disputam o conteúdo dessa produção
foram principalmente analisados com base no conceito de campo.
Desta forma, a presente pesquisa teve por finalidade questionar quais
são as verdadeiras intenções dos Vereadores de Niterói ao proporem os
Projetos de Lei no tange a área da Educação, a fim de demonstrar que, por
Projetos de Lei bem estudados e em conformidade com os anseios e as
demandas sociais da cidade, a Lei não se torna letra morta, mas sim conteúdo
de plena eficácia, que acrescenta melhorias na vida de muitos cidadãos e
cidadãs niteroienses.
75
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
01- BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições Setenta,
1988.
02- BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa, Difel, 1989.
03- BOURDIEU, Pierre. de educação. Petrópolis, Vozes, 1998.
04- CÂMARA MUNICIPAL DE NITERÓI. Lei Orgânica do Município de
Niterói. 2005
05- GUELMAN, Regina Prado. A Preservação do Patrimônio Cultural de
Niterói. Niterói. Fundação de Arte de Niterói, 2007
06- LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12ª ed., São
Paulo Saraiva, 2008.
07- LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo, EPU, 1986.
08- MINISTERIO DE EDUCAÇÃO E CULTURA. Parâmetros Curriculares
Nacionais- Meio Ambiente. 1997
09- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 14 de 1989 Ementa o provimento dos
cargos de diretores de escolas públicas do município de Niterói, será
feito somente por eleições diretas. Niterói- RJ: 1989
10- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 17 de 1989. Estabelece passe livre nos
transportes coletivos do município, concedido pela prefeitura, aos
estudantes de 1º e 2º graus, residentes na cidade. Niterói- RJ: 1989
76
11- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 27 de 1989. Fica assegurada a matrícula de
alunos na Rede Municipal de Ensino de Primeiro Grau para Filhos de
Pais que comprovadamente até 02 (dois) pisos salariais vigentes no
município de Niterói. Niterói- RJ: 1989
12- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 42 de 1989. Ficam as escolas municipais
sob a responsabilidade das associações de moradores dos respectivos
bairros, cedida as mesmas nos finais de semana (sábado e domingo),
para serem usadas como área de lazer para a comunidade. Niterói- RJ:
1989
13- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 69 de 1989. Proíbe aos estabelecimentos
da Rede Municipal de ensino no município de Niterói, a cobrança de
taxas e contribuições e dá outras providencias. Niterói- RJ: 1989
14- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 96 de 1989. É obrigatório a execução do
Hino Nacional da República Federativa do Brasil e o hasteamento do
Pavilhão Nacional, nos dias úteis nos estabelecimento de Ensino de
Niterói. Niterói- RJ: 1989
15- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 174 de 1989. Fica a Prefeitura Municipal de
Niterói, autorizada a Criar no âmbito da secretaria municipal de
educação, um curso de vestibulandos. Niterói- RJ: 1989
16- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 218 de 1989. Estabelece licença
remunerada aos profissionais de educação para a ocupação de cargos
de direção na entidade de classe SEPE (Sindicato Estadual dos
Profissionais da Educação). Niterói- RJ: 1989
17- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 233 de 1989. Ficam os alunos de Ensino
Fundamental de Rede Municipal de educação, de acordo com o Art.
208, inciso VII da Constituição Federal, com direito a assistência:
Médica, Psicológica e Odontológica. Niterói- RJ: 1989
77
18- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 234 de 1989. Fica o poder executivo
autorizado a implantar atendimento educacional aos portadores de
deficiência, de acordo com o Art. 208, Inciso III da Constituição Federal,
Na Rede Municipal de Ensino. Niterói- RJ: 1989
19- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 236 de 1989. Fica o Poder Executivo
autorizado a inserir Material Promocional nos Uniformes e Livros
didáticos. Niterói- RJ: 1989
20- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 237 de 1989. Fica o Poder Executivo
obrigado a oferecer aos alunos da rede Municipal de Ensino Uniformes
e Livros Didáticos Grátis. Niterói- RJ: 1989
21- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 315 de 1989. Criação de Cargos
Comissionados e Funções Gratificadas ma Sec. Municipal de Educação.
Niterói- RJ: 1989
22- NITERÓI. Lei nº. 848, de 04 de setembro de 1990. Ficam os alunos do
Ensino Fundamental da Rede Municipal, de acordo com o art. 208,
inciso da Constituição Federal, com direito a assistência média,
psicológica e odontológica. Niterói- RJ: 1990
23- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 233 de 1990. Ficam os alunos do Ensino
Fundamental da Rede Municipal, de acordo com o art. 208, inciso da
Constituição Federal, com direito a assistência média, psicológica e
odontológica. Niterói- RJ: 1990
24- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 352 de 1990. Cria no âmbito da Secretaria
Municipal de Educação o Programa “Aluno Destaque”. Niterói- RJ: 1990
25- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 357 de 1990. Transforma empregos em
correspondentes cargos efetivos de professores e médicos concursados
e dá outras providencias. Niterói- RJ: 1990
78
26- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 381 de 1990. Altera por valor da
Gratificação de Regência Ininterrupta de Turma. Niterói- RJ: 1990
27- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 399 de 1990. Criação da Fundação
Municipal de Educação. Niterói- RJ: 1990
28- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 414 de 1990. Dispõe sobre as Novas
diretrizes do Conselho Municipal de Defesa da Criança e do adolescente
na forma do art. 88 e Art. 89 do ECA. Niterói- RJ: 1990
29- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 452 de 1990. Fica o Poder Executivo
Autorizado a Criar a Função Pública Municipal de Educação. Niterói-
RJ: 1990
30- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 462 de 1990. Os Concursados para a área
de saúde e educação, ficarão vinculados na Unidade a que forem
lotados por pelo menos 5 anos, a fim de evitar que referidas Unidades,
de saúde ou escolar, fiquem mal atendidas em seu quadro de pessoal..
Niterói- RJ: 1990
31- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 513 de 1990. Autoriza a celebração de
convenio com a APAE- NITERÓI. Niterói- RJ: 1990
32- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 531 de 1990. Fica o Prefeito Municipal de
Niterói, autorizado a Inserir no Corpo da Lei838/90 a extensão dos
benefícios de gratificação de Regência de Classe, aos Professores de
Educação Física, Lotados na Secretaria Municipal de Esporte, Turismo
e Lazer. Niterói- RJ: 1990
33- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 546 de 1990. Fica o Gov. Municipal de
Niterói autorizado a criar o conselho escola- comunidade nas
localidades onde existem estabelecimentos de ensino da prefeitura de
Niterói. Niterói- RJ: 1990
79
34- NITERÓI. Lei nº. 1009, de 22 de novembro de 1991. Institui o Programa
de Educação Ambiental no currículo das escolas da Rede Municipal.
Niterói- RJ: 1991
35- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 02 de 1991. Fica o Poder Executivo
Autorizado a Criar a Fundação Municipal de Niterói. Niterói- RJ: 1991
36- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 40 de 1991 Dispõe sobre a licença do
exercício do cargo de provimento em comissão ou função de
profissionais da educação da rede pública municipal eleitos para cargos
de direção a nível estadual e ou municipal do Sindicado Estadual dos
Profissionais da Educação. Niterói- RJ: 1991
37- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 121 de 1991. Fica obrigado em toda
unidade de Ensino Municipal praticar coleta seletiva de lixo. Niterói- RJ:
1991
38- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 127 de 1991. Ficam as empresas
concessionárias de transportes coletivos do município de Niterói
obrigadas a conceder “passes livres” as professoras da Rede Municipal
de Ensino de Niterói. Niterói- RJ: 1991
39- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 147 de 1991. Fica o Poder Executivo
autorizado a projetar e construir uma biblioteca Municipal no bairro de
Piratininga em área tecnicamente indicada para atender a população e
principalmente aos estudantes da região oceânica. Niterói- RJ: 1991
40- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 168 de 1991. Dispõe sobre o Quadro de
Pessoal da Fundação Municipal de Educação de Niterói. Niterói- RJ:
1991
41- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 216 de 1991. Institui o Programa de
Educação Ambiental no currículo das escolas da Rede Municipal.
Niterói- RJ: 1991
80
42- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 244 de 1991. Dispõe sobre a criação de
cargos em comissão na Fundação Municipal de Educação de Niterói.
Niterói- RJ: 1991
43- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 280 de 1991. Cria a obrigatoriedade dos
órgãos do Poder Executivo e nas escolas públicas municipais, da coleta
seletiva do lixo e dá outras providencias. Niterói- RJ: 1991
44- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 282 de 1991. Dispõe sobre a meia-entrada
para ingresso de estudantes nos locais e nas condições que especifica.
Niterói- RJ: 1991
45- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 294 de 1991. Dispõe sobre a autorização
para instalação e funcionamento de estabelecimento de atendimento a
criança de 0 á 6 anos. Niterói- RJ: 1991
46- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 296 de 1991. Fica o Prefeito Municipal
autorizado a criar os Conselhos tutelares do Município de Niterói.
Niterói- RJ: 1991
47- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 297 de 1991. Dispõe sobre a proibição do
uso do fumo nas dependências fechadas das escolas do 1º Grau e
unidades de saúde da Rede Municipal. Niterói- RJ: 1991
48- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 301 de 1991. Passa a denominar-se Escola
Doutel de Andrade a escola reconhecida até a presente data como
escola 31 de março no Fonseca. Niterói- RJ: 1991
49- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 13 de 1992. Institui obrigatoriamente Ensino
de noções das normas de transito, nas escolas públicas e particulares
do 1º grau no município de Niterói. Niterói- RJ: 1992
50- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 86 de 1992. Ficam criados no Quadro
Permanente da Fundação Publica de Educação aprovado pela lei
963/91, cargos constantes do anexo I desta lei. Niterói- RJ: 1992
81
51- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 242 de 1992. Institui a Meia Entrada para
Ingresso de estudante nos locais e nas condições que especifica.
Niterói- RJ: 1992
52- NITERÓI. Lei nº. 1246, de 02 de dezembro de 1993. Fica obrigatória a
inclusão na disciplina “Ciências Físicas e Biológicas” do estabelecimento
da Rede Pública Municipal as Doenças Sexualmente Transmissíveis -
AIDS-SIDA. Niterói- RJ: 1993
53- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 242 de 1993. Institui a Meia Entrada para
Ingresso de estudante nos locais e nas condições que especifica.
Niterói- RJ: 1993
54- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 242 de 1993. Institui a Meia Entrada para
Ingresso de estudante nos locais e nas condições que especifica.
Niterói- RJ: 1993
55- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 35 de 1993. Ficam acrescidos ao Quadro
Permanente da Fundação Publica Municipal de Educação, aprovado
pela lei 963/91, e constante do respectivo no anexo I. Niterói- RJ: 1993
56- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 58 de 1993. Construção nas Escolas
Públicas da Rede Municipal de Ensino de Ambulatórios Médico
Odontológicos. Niterói- RJ: 1993
57- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 69 de 1993. Dispõe sobre a autorização
para criação do conselho escola comunidade -CEC nas Unidades
Escolares da Rede Pública Municipal de Niterói. Niterói- RJ: 1993
58- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 156 de 1993. Fica adotado nas escolas
Municipais o Projeto Horta doméstica em conjunto com a empresa de
assistência técnica rural (E.M.A.T.E.R.). Niterói- RJ: 1993
82
59- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 218 de 1993. Fica criado no âmbito da
Prefeitura Municipal de Niterói o Projeto vamos estudar servidor. Niterói-
RJ: 1993
60- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 237 de 1993. Fica obrigatória a inclusão na
disciplina “Ciências Físicas e Biológicas” do estabelecimento da Rede
Pública Municipal as Doenças Sexualmente Transmissíveis - AIDS-
SIDA. Niterói- RJ: 1993
61- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 307 de 1993 Ficam criados no quadro
permanente da Fundação Pública Municipal de Educação de Niterói,
aprovado pela Lei nº 963/91 118 cargos efetivos, discriminados no
anexo único desta lei. Niterói- RJ: 1993
62- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 358 de 1993. Passa a ser obrigatório a
adoção do sistema braille nos estabelecimentos de ensino da rede
municipal devendo o poder executivo nesse sentido, através de seus
órgãos competentes, estabelecer critérios para relacionar pelo menos
uma escola em cada região no município. Niterói- RJ: 1993
63- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 376 de 1993. Dispõe sobre o Quadro de
Pessoal da Fundação Pública Municipal de Educação. Niterói- RJ: 1993
64- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 405 de 1993. Dispõe sobre a criação dos
cargos que menciona na Fundação Pública Municipal de Educação de
Niterói-FME. Niterói- RJ: 1993
65- NITERÓI. Lei nº. 1292, de 10 de junho de 1994. Dispõe sobre a
gratuidade de passagem de ônibus para estudantes da Rede Pública de
Ensino. Niterói- RJ: 1994
66- NITERÓI. Lei nº. 1336, de 04 de novembro de 1994. Ficam incluídas
nos programas curriculares das escolas de 1º grau do município de
Niterói; Noções Básicas e de orientação sobre a natureza e uso e os
efeitos físicos e sociais das drogas e do álcool. Niterói- RJ: 1994
83
67- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 37 de 1994 Fica incluído no currículo do 1º
grau nas escolas Públicas Municipais noções básicas sobre trânsito.
Niterói- RJ: 1994
68- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 38 de 1994. Fica incluído no currículo
Escolar da 7º e 8º série do 1º grau nas escolas públicas, noções básicas
de primeiros socorros. Niterói- RJ: 1994
69- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 64 de 1994. Dispõe sobre a gratuidade de
passagem de ônibus para estudantes da Rede Pública de Ensino.
Niterói- RJ: 1994
70- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 162 de 1994. Ficam incluídas nos
programas curriculares das escolas de 1º grau do município de Niterói;
Noções Básicas e de orientação sobre a natureza e uso e os efeitos
físicos e sociais das drogas e do álcool. Niterói- RJ: 1994
71- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 163 de 1994. Dispõe sobre a
obrigatoriedade de exames anuais de acuidade visual a capacidade
auditiva nas escolas da rede publica municipal. Niterói- RJ: 1994
72- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 193 de 1994. Dispõe sobre a introdução de
estudos básicos de direitos do consumidor nas escolas de 1º Grau como
conteúdo curricular. Niterói- RJ: 1994
73- NITERÓI. Lei nº. 1405, de 10 de julho de 1995. Fica incluído no
currículo do 1º grau nas escolas Públicas Municipais noções básicas
sobre trânsito. Niterói- RJ: 1995
74- NITERÓI. Lei nº. 1406, de 12 de julho de 1995. Fica incluído no
currículo Escolar da 7º e 8º série do 1º grau nas escolas públicas,
noções básicas de primeiros socorros. Niterói- RJ: 1995
84
75- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 28 de 1995. Torna responsabilidade da
Prefeitura municipal de Niterói, a educação escolar de filhos de agentes
policiais e soldados mortos no exercício da profissão. Niterói- RJ: 1995
76- NITERÓI. Projeto de Lei nº 194. de 1995. Dispõe sobre a aplicação de
sistema Braille pela Fundação Pública Municipal de educação de Niterói,
na Rede Municipal de Ensino. Niterói- RJ: 1995
77- NITERÓI. Projeto de Lei nº 225. de 1995. Fica instituído nas escolas
municipais de Niterói, no início e término das aulas, o momento de
oração. Niterói- RJ: 1995
78- NITERÓI. Projeto de Lei nº 234. de 1995. Cria o Conselho Municipal de
Educação de Niterói e dá outras providencias. Niterói- RJ: 1995
79- NITERÓI. Projeto de Lei nº 251. de 1995 Dispõe sobre a criação de 25
cargos de provimento efetivo na Fundação Pública de Educação de
Niterói. Niterói- RJ: 1995
80- NITERÓI. Projeto de Lei nº 100. de 1996. Limita a carga de material
escolar transportado pelos alunos das escolas municipais de Niterói em
10% do peso corporal do aluno. Niterói- RJ: 1996
81- NITERÓI. Projeto de Lei nº126. de 1996. Cria as creches e cargos que
menciona na estrutura da FME. Niterói- RJ: 1996
82- NITERÓI. Projeto de Lei nº 144. de 1996. Fica instituído no Âmbito da
Fundação Municipal de Educação a distribuição gratuita de Kit de
Material didático. Niterói- RJ: 1996
83- NITERÓI. Projeto de Lei nº 247. de 1996. Fica Instituído o dia Municipal
do Ensino, a ser comemorado a cada dia 23 de Maio. Niterói- RJ: 1996
85
84- NITERÓI. Lei nº. 1577, de 07 de maio de 1997. Cria o Conselho de
Alimentação Escolar do Município de Niterói, integrando a estrutura
básica da secretaria municipal de educação. Niterói- RJ: 1997
85- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 46 de 1997. Cria o Conselho de
Alimentação Escolar do Município de Niterói, integrando a estrutura
básica da secretaria municipal de educação. Niterói- RJ: 1997
86- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 56 de 1997. Cria no Quadro Permanente
da FME 70 (setenta) cargos efetivos de professor, nível 05 (cinco), e 20
(vinte) cargos de auxiliar de creche. Niterói- RJ: 1997
87- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 84 de 1997. Institui nas Escolas da Rede
Municipal Concurso pela preservação do meio ambiente natural do
município. Niterói- RJ: 1997
88- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 222 de 1997. Fica Instituído o Programa
Bolsa Escola no município de Niterói. Niterói- RJ: 1997
89- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 249 de 1997. Dispõe sobre a proibição do
ato de fumar no interior das Escolas Municipais, incluindo-se os pátios e
as praças de esporte. Niterói- RJ: 1997
90- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 268 de 1997. Institui o “Passe Livre da
Cultura” para professores da Rede Municipal de Ensino. Niterói- RJ:
1997
91- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 18 de 1998. Torna obrigatório, nas escolas
municipais, aos alunos juntamente com os professores, a cantar o Hino
Nacional, diariamente no pátio, todos juntos, no inicio das aulas e serão
cantados outros Hinos Comemorativos, o Hino da Independência, à
Bandeira e outros. Niterói- RJ: 1998
86
92- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 06 de 1999. Inseri no Currículo das Escolas
Públicas Municipais de Niterói a disciplina História do Município de
Niterói. Niterói- RJ: 1999
93- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 30 de 1999. Fica concedido aos estudantes
em geral o benefício do abatimento dos 50% para todos os eventos
culturais e esportivos no município de Niterói. Niterói- RJ: 1999
94- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 308 de 1999. Fica criado o evento anual
cívico educacional em honra à nossa Bandeira Nacional, símbolo de
nossa Pátria, no dia 19 de novembro.. Niterói- RJ: 1999
95- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 398 de 1999. Incluir na disciplina de
Educação física da rede municipal de ensino a prática da capoeira.
Niterói- RJ: 199
96- NITERÓI. Lei nº. 1807, de 02 de setembro de 2000. Fica criado o
conselho de Alimentação Escolar CAE do município de Niterói,
integrado à estrutura básica da secretaria municipal de Educação de
Niterói, como órgão colegiado, deliberativo, de assessoramento e
fiscalizador da aplicação dos recursos destinados à merenda escolar.
Niterói- RJ: 2000
97- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 124 de 2000. Incluir no currículo escolar o
ensino do criacionismo. Niterói- RJ: 2000
98- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 280 de 2000. Os Veículos utilizados para
transporte escolar terão idade máxima, a contar das data de fabricação,
fixada em 10 anos. Niterói- RJ: 2000
99- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 318 de 2000. Cria no Âmbito Municipal o
Projeto “O Teatro vai a escola”. Niterói- RJ: 2000
87
100- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 409 de 2000. Fica obrigatório o uso
da expressão “Diga Não às Drogas”, nos veículos destinados aos
transportes escolares e Turismo. Niterói- RJ: 2000
101- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 427 de 2000. Fica criado o conselho
de Alimentação Escolar CAE do município de Niterói, integrado à
estrutura básica da secretaria municipal de Educação de Niterói, como
órgão colegiado, deliberativo, de assessoramento e fiscalizador da
aplicação dos recursos destinados à merenda escolar. Niterói- RJ: 2000
102- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 55 de 2001. Cria nas Unidades de
Ensino da Rede Municipal cursos de Defesa Pessoal. Niterói- RJ: 2001
103- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 100 de 2001. Dispõe sobre o
atendimento ambulatorial médico e dentário em escolas públicas
municipais de 1º e 2º graus do Município de Niterói, e da outras
providencias. Niterói- RJ: 2001
104- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 108 de 2001. Dispõe sobre a
inserção da leitura prazerosa dentro das escolas Públicas Municipais de
Niterói. Niterói- RJ: 2001
105- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 142 de 2001. Dispõe sobre
obrigatoriedade das escolas municipais, reservarem uma sala de aula
para alfabetização de jovens e adultos. Niterói- RJ: 2001
106- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 147 de 2001. Dispõe sobre a criação
de um programa assistencial para portadores de necessidades
especiais, matriculados nas escolas municipais. Niterói- RJ: 2001
107- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 221 de 2001. Dispõe sobre a criação
de um programa de prevenção, acompanhamento e tratamento dos
problemas de coluna vertebral para alunos da Rede Pública Municipal.
Niterói- RJ: 2001
88
108- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 267 de 2001. Cria nos
estabelecimentos Públicos Municipais de Ensino, o programa de
atendimento aos indivíduos com problemas de audição. Niterói- RJ:
2001
109- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 23 de 2002. Estabelece passe livre
nos transportes coletivos aos alunos de ensino fundamental e médio da
rede pública municipal e estadual. Niterói- RJ: 2002
110- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 122 de 2002. Estabelece o ensino da
matéria “Educação Social”, a partir da sexta série do ensino
fundamental na grade extracurricular das escolas municipais de Niterói.
Niterói- RJ: 2002
111- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 192 de 2002. Dispõe sobre o abono
de ausências dos Servidores da Rede Pública Municipal de Educação
no ano de 2000. Niterói- RJ: 2002
112- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 199 de 2002. Proíbe o consumo de
cigarros em quaisquer recinto das escolas públicas ou privadas de 1º e
2º grau no município de Niterói. Niterói- RJ: 2002
113- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 229 de 2002. Dispõe sobre o Serviço
Social Escolar, nas escolas municipais. Niterói- RJ: 2002
114- NITERÓI. Lei nº. 2097, de 08 de junho de 2003, Estabelece o
ensino da matéria “Educação Social”, a partir da sexta série do ensino
fundamental na grade extracurricular das escolas municipais de Niterói.
Niterói- RJ: 2003
115- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 04 de 2003. Fica criado no âmbito do
Município de Niterói a Ronda Escolar. Niterói- RJ: 2003
116- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 05. de 2003. Fica criado área de
estacionamento gratuito em frente a Escolas, Hospitais em Geral,
89
Prédios Públicos, Estabelecimentos Comerciais, Instituições Religiosas
e outros, para todos os veículos de transporte de deficientes físicos.
Niterói- RJ: 2003
117- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 07 de 2003. Dispõe sobre a Criação
de Grêmios Estudantis na Rede Municipal de Ensino de Niterói. Niterói-
RJ: 2003
118- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 08 de 2003. Autoriza o Poder
Executivo a implementar nas Unidades Escolares da Rede Municipal de
Ensino a disciplina de Xadrez. Niterói- RJ: 2003
119- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 44 de 2003. Fica autorizada a
implantação do Cartão do Aluno magnético para registro de todo o
histórico de alunos da rede pública municipal de Niterói. Niterói- RJ:
2003
120- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 110 de 2003. Dispõe sobre
provimento dos cargos de Diretor e de Diretor-Adjunto das Unidades
Escolares da Rede Pública Municipal de Ensino. Niterói- RJ: 2003
121- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 153 de 2003. Cria “As Olimpíadas
para Portadores de Necessidades Especiais de Niterói”. Niterói- RJ:
2003
122- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 178 de 2003. Autoriza o Poder
executivo Municipal a implantar a prática de capoeira nas Unidades
Escolares da rede municipal de ensino. Niterói- RJ: 2003
123- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 184 de 2003. Autoriza o Poder
Executivo Municipal a Restabelecer o ensino da 1ª a 4ª série do ensino
fundamental na A.P.A.D.A. (Associação de pais e amigos dos
deficientes de audição, para atender crianças e adolescentes portadores
de necessidades especiais. Niterói- RJ: 2003
90
124- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 208 de 2003. Fica o Poder Executivo
autorizado a criar a Escola Pública Municipal de Música, e dá outras
providencias. Niterói- RJ: 2003
125- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 01 de 2004. Dispõe sobre o
provimento dos cargos e de Diretor Adjunto das Unidades Escolares da
Rede Pública municipal de ensino. Niterói- RJ: 2004
126- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 03 de 2004. Permite a utilização das
unidades que integram a Rede Municipal de Ensino Público por cursos
pré vestibulares comunitários. Niterói- RJ: 2004
127- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 24 de 2004. Dispõe sobre vagas
existentes nas unidades administrativas escolares do Município. Niterói-
RJ: 2004
128- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 40 de 2004. Ficam criados, no quadro
de pessoal da Fundação Municipal de educação, os cargos de
provimento em comissão relacionados no anexo único desta Lei. Niterói-
RJ: 2004
129- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 49 de 2004. Autoriza ao Poder
Executivo a implantação da Língua Brasileira de Sinais ou legendas no
sistema educacional público do município de Niterói. Niterói- RJ: 2004
130- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 78 de 2004. Dispõe sobre a criação
do programa Municipal de Esporte-Educação Mais Esporte, no
Município de Niterói, e dá outras providencias. Niterói- RJ: 2004
131- NITERÓI. Projeto de Lei nº. 96 de 2004. Concede adicional de
periculosidade e auxilio transporte para profissionais de ensino e
pessoal de apoio na rede municipal. Niterói- RJ: 2004
132- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Constituição dos Estados
Unidos do Brasil de 18 de setembro de 1946. 1946
91
133- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 4024, Fixa as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional de 20 de dezembro de 1961. 1961
134- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Constituição Federativa do
Brasil de 1988. 1988
135- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 8069, Estatuto da Criança
e do Adolescente de 13 de julho de 1990. 1990
136- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 8.913, Dispõe sobre a
Municipalização da Merenda Escolar de 12 de julho de 1994. 1994
137- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 9.394, Fixa as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional de 20 de dezembro de 1996. 1996
138- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 10.172 de 09 de janeiro
de 2001, Plano Nacional de Educação. Brasília-DF: 2001
139- RAMOS, Diego da Silva. As Funções do Vereador.
http://www.artigonal.com/doutrina-artigos/as-funcoes-do-vereador
2902612.html. 01-10, 2011
140- RODRIGUES, Antoane, DOMINGUES, Jean Pierre Guerra.
Chefes do Legislativo de Niterói - De José Clemente a José Vicente.
Niterói
141- SAVIANI, Dermeval. Política e educação no Brasil: o papel do
Congresso Nacional na legislação do ensino. 6 ª ed., Campinas, Autores
Associados, 2001
142- SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas, Conceitos, Esquemas de
Análise, Casos Práticos. São Paulo:Cengage Learning, 2010
92
143- Secretária da Mesa Diretora e Formatada pela Secretaria da
Mesa Diretora e das Comissões Permanentes. Regimento Interno da
Câmara Municipal de Niterói. 4º Edição, Niterói: 2008, 92 p.
144- SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia Marcondes de,
EVANGELISTA, Olinda. Política Educacional. 4ª ed., Rio de Janeiro,
Lamparina, 2007
145- SILVA, Tomaz Tadeu da. Os novos mapas culturais e o lugar do
currículo numa paisagem pósmoderna. In: SILVA, Tomaz Tadeu da;
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Territórios contestados. Petrópolis:
Vozes, 2004.
93
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
( Políticas Educacionais no Brasil) 10
1.1 - Período da Primeira República (1889 - 1929) 11
1.2 – Período da Segunda República (1930 - 1936) 11
1.3 - Período do Estado Novo (1937 - 1945) 15
1.4 - Período da Nova República (1946 - 1963) 17
1.5 - Período do Regime Militar (1964 - 1985) 19
1.6 – Período da Abertura Política (1986 - 2003) 22
CAPÍTULO II
(A Câmara Municipal de Niterói) 26
2.1 - A História da Câmara Municipal de Niterói 26
2.2 – Atribuições da Câmara Municipal 31
2.3 - A Câmara Municipal de Niterói de 1989 a 2011 31
2.4 - A Função dos Vereadores 34
2.5 - Tramitação das Proposições 39
2.6 – Educação de Niterói 39
2.6.1 - O Período de 1991 a 1997 39
2.6.2 - O Período de 1998 a 1999 40
2.6.3 - O Período de 2000 a 2003 41
2.6.4 - O Período de 2003 a 2005 41
94
CAPÍTULO III
(Responsabilidades do Município com a Educação) 43
3.1 - Projetos Promulgados e Sancionados 51
CAPÍTULO IV
(Contribuições dos Projetos Sancionados para os Munícipes de Niterói) 58
CONCLUSÃO 73
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 76
ÍNDICE 93