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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTÂNCIA DO INVESTIMENTO NO CAPITAL HUMANO PARA A
MAIOR MOTIVAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Por: Jaísa Costa Barros
Orientador: Prof. Ms. Ana Cristina
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTÂNCIA DO INVESTIMENTO NO CAPITAL HUMANO PARA A
MAIOR MOTIVAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Apresentação de Monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por:. Jaísa Costa Barros
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus e aos meus pais por ter me dado a graça de estar aqui neste momento tão especial
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DEDICATÓRIA
Dedico esta obra aos mestres que foram capazes de orientar, motivar e encaminhar para uma vida profissional de êxito.
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RESUMO
O objetivo deste estudo foi o de expor a importância de investir no
Capital Humano, mostrando como o investimento pode contribuir com o
aumento da motivação dos servidores públicos, verificando se os órgãos
investem na melhoria contínua de seus colaboradores e levantar até que ponto
os colaboradores estão satisfeitos com a instituição onde trabalham.
A pesquisa buscou contribuir com a Administração Pública mostrando
como um investimento adequado pode incentivar os servidores a produzirem
mais e melhor, pois a insatisfação por parte do colaborador pode gerar
conseqüências negativas.
E função disto há uma maior necessidade de aprimorar os
conhecimentos do servidor, fazendo com que o mesmo sinta-se valorizado na
instituição onde atua. Por isso torna-se de grande importância para a
organização investir no Capital Humano, proporcionando o desenvolvimento do
colaborador, fazendo com que ele sinta-se motivado a atuar no novos desafios
e projetos da Administração Pública.
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METODOLOGIA
Achou-se por bem classificar o Projeto de Pesquisa quanto aos meios, com
base em Vergara (2000).
A pesquisa foi bibliográfica e de campo. Bibliográfica porque para uma
melhor fundamentação do trabalho foi realizado um estudo sobre cultura
organizacional, motivação e gestão do conhecimento, para que se tivesse
dados suficientes e adequados para elaboração do projeto.
E a pesquisa foi de campo porque coletou dados junto aos servidores
públicos com a finalidade de medir o grau de satisfação deles e afim de avaliar
se o governo proporciona a eles a oportunidade de desenvolvimento
profissional.
- População e Amostra
A pesquisa de campo foi realizada com vinte servidores do Ministério do
Trabalho, que foram escolhidos aleatoriamente para serem o universo da
pesquisa de campo.
O tipo de amostra foi não probabilística, utilizando-se o critério de
tipicidade..
- Forma de Entrada em Campo
A entrevista foi realizada de acordo com acessibilidade que o
pesquisador tem aos servidores.
- Coleta de Dados
Instrumentos de Coleta de Dados
Os dados foram coletados por meio de:
a) Pesquisas Bibliográficas em livros especializados na elaboração de
projetos, livros de administração voltados para a área da Gestão
Estratégica de Pessoas e do Conhecimento, Cultura Organizacional e
Motivação.
A princípio, para melhor embasamento teórico do trabalho, serão
utilizados os seguintes títulos:
- DAVENPORT, Thomas O.Capital Humano: O que é e por que a pessoas
investem nele. São Paulo: Nobel, 2009;
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- PONCHIROLLI, Osmar. Capital Humano: sua importância na gestão
estratégica do conhecimento. 3.ed. Curitiba: Juruá, 2009;
- TEIXEIRA, Gilnei Mourão; SILVEIRA, Aristeu Coelho da; NETO, Carlos
Pinheiro dos Santos Bastos; OLIVEIRA, Gercina Alves de. Gestão Estratégica
de Pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
- VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em
administração. 3.ed. São Paulo:Atlas, 2000;
b) Pesquisa de Campo através de um formulário com perguntas abertas,
distribuído para as vinte pessoas.
O formulário teve por objetivo avaliar o grau de satisfação dos
trabalhadores com o órgão onde atuam e constatar se o investimento na
capacitação deles, poderia fazê-los sentir- se mais motivados a produzir mais e
melhor.
Tratamento e Interpretação dos Dados
Após uma definição da metodologia, do material a ser pesquisado e o que
se desejava descobrir e aprender com a pesquisa, começou-se a trabalhar e
interpretar os dados.
A interpretação dos dados se deu-se da seguinte forma:
Depois da aplicação do formulário foi realizada a apuração e análise dos
formulários aplicados.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 11
CAPÍTULO II - O CAPITAL HUMANO 20
CAPÍTULO III – MOTIVAÇÃO 27
CAPÍTULO IV - ANÁLISE E INTEPRETAÇÃO DA PESQUISA DE CAMPO 36
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 39
ANEXOS 40
9
INTRODUÇÃO
Atualmente vive-se na era do conhecimento, por isso é muito importante
que a instituição tenha consciência da necessidade em investir na inovação
intelectual e na valorização do seu pessoal.
Hoje pode-se constatar a preocupação com a motivação dos
colaboradores nas empresas privadas. Muitas delas já estão investindo na
capacitação e na melhoria continua do seu pessoal.
Situação oposta a que acontece nos órgãos públicos que muitas vezes
têm servidores desmotivados com a falta de valorização profissional,
acarretando inúmeros problemas como: o absenteísmo e a desídia no trabalho.
Sob esse ponto de vista será mostrado, nesse trabalho, o tema
MOTIVAÇÃO E CAPITAL HUMANO
O grande problema abordado nessa pesquisa é: Como o investimento
no Capital Humano pode motivar as pessoas? Quando foi proposta a
realização de um projeto de pesquisa optou-se por falar sobre a importância
em investir no Capital Humano, sendo que esta é uma área muito ampla
decidiu-se então em delimitá-la através do seguinte tema: A importância do
investimento no Capital Humano para a maior motivação dos servidores
públicos, tendo como universo de pesquisa as instituições governamentais.
O tema em tela justifica-se pela importância em investir na melhoria
continua dos servidores públicos e como este investimento pode motivá-los a
trabalhar com maior dedicação à instituição.
Tem-se como objetivo geral: expor, com base nos resultados das
pesquisas bibliográficas e de campo, através de gráficos, a importância de
investir no Capital Humano, mostrando como o investimento pode contribuir
com o aumento da motivação dos servidores públicos.
Os objetivos específicos são realizar um estudo bibliográfico sobre Capital
Humano, Motivação e Cultura Organizacional com a finalidade de obter um
maior embasamento teórico sobre o tema; e levantar, através da pesquisa de
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campo, se os órgãos públicos investem na melhoria dos servidores e até que
ponto os servidores estão satisfeitos com as instituições onde trabalham.
A hipótese que deseja-se levantar é que o investimento no Capital
Humano pode motivar os servidores, proporcionando a eles oportunidades de
crescimento pessoal e profissional, através de incentivos a qualificação, da
realização de cursos nas instituições e criação de um plano de cargos e
salários que possibilitem a progressão funcional dentro da carreira.
A pesquisa foi bibliográfica e de campo. Bibliográfica porque para uma
melhor fundamentação do trabalho foi realizado um estudo sobre cultura
organizacional, motivação e gestão do conhecimento, para que se tivesse
dados suficientes e adequados para elaboração do projeto.
A pesquisa de campo teve o intuito de coletar dados junto aos servidores
públicos com a finalidade de medir o grau de satisfação deles e avaliar se o
governo proporciona a eles a oportunidade de desenvolvimento profissional.
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CAPÍTULO I
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1.1 Definição
Como a pesquisa de campo foi realizada com os servidores o Ministério
do Trabalho, um órgão público Federal, faz-se necessário explicar um pouco da
estrutura da administração pública.
A Administração Pública pode ser definida como o conjunto de órgãos,
pessoas jurídicas e agentes públicos, instituídos por vontade do estado, para a
realização de atividades administrativas em proveito a satisfação dos
interesses públicos.
Pode-se dividir a Administração Pública em direta e indireta. A
administração direta é composta por órgão da União, Estados, Municípios e
Distrito Federal, com a finalidade de exercer a função administrativa do Estado,
típica ou atipicamente; enquanto, a administração indireta é composta por
entidades com personalidade jurídica própria, que foram criadas para realizar
as atividades de governo de forma descentralizada.
Será objeto de estudo a Administração direta, visto que o Ministério o
Trabalho é um órgão da União, que exerce atividade diretamente subordinada
ao Poder Executivo, tendo por função típica a execução de atividades
administrativas Estatais.
1.2 O Ministério do Trabalho
Como foi dito anteriormente, o Ministério do Trabalho e Emprego
(M.T.E.) é um órgão integrante do Poder Executivo Federal, vinculado à
Presidência da República responsável pela formulação e implementação de
políticas públicas voltadas à geração de trabalho, emprego e renda, bem como
pela fiscalização da legislação trabalhista, com foco nas questões de
segurança e saúde que envolvem as relações de emprego.
O M.T.E. tem como missão promover políticas públicas de emprego,
trabalho e renda, garantindo ações de desenvolvimento orientadas pela
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inclusão social das relações de trabalho e o estímulo ao empreendedorismo e
às atividades econômicas orientadas pela autogestão.
1.2.1 Breve Histórico do Ministério do Trabalho e Emprego
O Presidente Getúlio Vargas instituiu por meio do decreto nº
19.433/1930, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, assumido pelo
Ministro Lindolfo Leopoldo Boeckel Collor. Até então, as questões relativas ao
mundo do trabalho eram tratadas de forma eventual, no âmbito do Ministério da
Agricultura.
Durante seus dois mandatos como presidente (1930-1945 e 1951-1954),
Vargas, criou inúmeros benefícios aos trabalhadores,como: salário-mínimo, a
carteira profissional, a semana de trabalho de 48 horas, a regulamentação do
trabalho das mulheres e dos menores de idade, as férias remuneradas e a
criação do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS).
Cabe mencionar que a gestão de Lindolfo Collor e de seu sucessor,
Joaquim Pedro Salgado Filho, marcou a regulamentação de iniciativas
importantes, como a extensão das Caixas de Aposentadorias e Pensões (antes
restritas a marítimos, portuários e ferroviários) a diversas categorias
profissionais, por meio dos Institutos de Aposentadoria e Pensões. Também
foram criadas comissões Mistas de Conciliação entre empregadores e
empregados, embrião da futura Justiça do Trabalho.
Em 1932, foram criadas as Inspetorias Regionais, transformadas em
Delegacias Regionais do Trabalho (DRT) em 1940.
Em 1934, o então Ministro Agamenon Magalhães instituiu o seguro em
caso de acidente de trabalho, bem como indenizações em caso de demissão
sem justa causa no comércio e na indústria.
Os anos 60, por sua vez, marcaram a criação do sistema único de
previdência pública, batizado Instituto Nacional de Previdência Social (INPS),
atualmente chamado de Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Também foi criado o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
complementando a organização do sistema.
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Com relação à denominação do Ministério, no começo dos anos 60 o
nome mudou para Ministério do Trabalho e Previdência Social, e em 1974 para
Ministério do Trabalho. Em 1990 o nome foi alterado para Ministério do
Trabalho e Previdência Social, e em 1992 para Ministério do Trabalho e da
Administração Federal. A denominação atual, Ministério do Trabalho, surgiu em
1º de janeiro de 1999.
Em 03 de janeiro de 2008, o Decreto nº 6341 alterou a denominação das
DRT para Superintendências do Trabalho e Emprego (SRTE).
1.3 Servidores Públicos
Servidores Públicos são agentes administrativos que possuem vínculo
com a Administração Pública, ocupando cargos públicos em órgão, autarquias
e fundações públicas.
Para que uma pessoa torne-se um servidor público há necessidade de
aprovação em concurso público. Após a aprovação, o então candidato, será
nomeado e posteriormente tomará posse em seu cargo. Os servidores civis
federais vinculam-se à Administração Pública por uma relação estatutária, o
chamado Regime Jurídico Único, que no âmbito federal é regulamentado pela
lei 8112/90.
A mesma lei 8112 que regulamenta a relação entre o servidor e a
Administração Pública, impõe os deveres funcionais de cada servidor, dentre
eles estão: exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; atender com
presteza; ser leal às instituições a que servir e tratar com urbanidade as
pessoas. O não cumprimento desses deveres é passível de punição nos
termos da lei.
Sendo assim, verifica-se que o servidor público, como o próprio nome já
diz, deve servir ao interesse da população, tratar a todos com urbanidade e
respeito. Deve cumprir seus deveres funcionais, não apenas, visando evitar
punições, mas também com a consciência de que esse é o seu papel e a razão
de sua existência no serviço público.
1.3.1 A diferença entre servidor e funcionário público
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Com o advento da Constituição Federal de 1988, excepcionalmente,
admitiu-se a aquisição da estabilidade no serviço público sem prévia aprovação
em concurso, tal fato ocorreu na época em que a Constituição foi promulgada,
todos os servidores, então celetistas, que possuíam cinco anos continuados de
serviço público, completados em 05/10/88, adquiriram a estabilidade
constitucional extraordinária, que tem previsão no art. 19, caput, do ADCT da
Constituição Federal. Isto é, os servidores até então celetistas não
concursados foram transformados em estatutários possuidores de estabilidade.
Entretanto algumas dessas pessoas que adquiriram a estabilidade não
possuíam qualificação profissional para o desempenho do cargo. Outras
acomodaram-se por conta da estabilidade adquirida e hoje, apenas, aguardam
o momento de aposentar-se. O comportamento desidioso desses servidores
faz com que o serviço público federal seja mal visto. Quem nunca falou:
funcionário público não trabalha ou ser funcionário público é a maior moleza.
A pesquisa de campo realizada no Ministério do Trabalho mostrou que
essa realidade é diferente. Existem servidores recém concursados e até
mesmo antigos preocupados em cumprir os seus deveres funcionais.
É claro, que como em qualquer outro lugar, inclusive como nas
empresas privadas, existem alguns servidores, em geral mais antigos, (aqueles
que chamam de funcionários públicos) pouco comprometidos com o serviço e
com o dever de satisfazer o interesse público, porém pelo menos dentro do
Ministério do Trabalho, hoje, eles são minoria.
A questão não é criticar os maus servidores e sim buscar formas de
resgatar a motivação perdida com o passar dos anos e não deixar com que os
novos servidores deixem-se acomodar pelo fator estabilidade.
Portanto, é necessário que o gestor público invista constantemente na
melhoria continua dos servidores, capacitando-os e desenvolvendo suas
competências. O setor público deve mostrar ao colaborador a importância dele
para o progresso do serviço e para a satisfação dos interesses públicos.
1.4 Por que o Ministério do Trabalho deve mudar
Apesar de possuir uma política voltada à geração de trabalho, emprego,
renda e proteção ao direito dos trabalhadores, durante muitos anos o que se
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viu no Ministério do Trabalho foi a imensa terceirização dos serviços, fazendo
com que os servidores ficassem esquecidos. As condições de trabalho eram e
ainda são muito ruins, falta material de expediente e equipamentos adequados
para os servidores.
Entretanto, desde 2009, a situação do Ministério tem mudado, com a
saída dos terceirizados e a chegada dos novos servidores as condições de
trabalho melhoraram um pouco, mas ainda estão longe do ideal. Para que a
melhoria ocorra de fato é necessária uma mudança não apenas física, mas
também cultural e comportamental.
É necessária a aplicação de novas estratégias, novas filosofias de
administração e principalmente novas formas de avaliação do valor do
Ministério, que contemple o recurso do conhecimento. Hoje o conhecimento é,
também, um fator de produção, assim como natureza, capital e o trabalho.
O gestor público deve ter consciência que os servidores devem ser
tratados com bastante atenção. O investimento na melhoria contínua deles é
um fator estratégico, que contribui não apenas para a sobrevivência do
Ministério, mas também para o crescimento sustentável do órgão.
À luz deste cenário, algumas conclusões, sobre o Ministério, são
oportunas. A capacitação dos servidores deve ser considerada como um fator
crítico para o sucesso do órgão. Os servidores devem estar prontos para agir,
ousar, buscar novas soluções para antigos problemas, mas para isso é
necessário que eles sintam-se motivados.
Deve haver por parte do Ministério do Trabalho um ambiente propício,
favorável e encorajador a essas mudanças comportamentais, como programas
de capacitação e incentivos à qualificação. Em se tratando da área de Gestão
de Pessoas, o órgão deve alinhar suas estratégias de R.H. a quatro pontos
chave para o aumento da qualificação dos seus servidores.
O primeiro ponto está associado ao conhecimento do trabalho, do
negócio e de todo o sistema que envolve as operações; o segundo ponto é a
informação sobre os processos, qualidade, retroalimentação das informações,
eventos e resultados; o terceiro ponto está relacionado ao poder de agir e
tomar decisões sobre o trabalho em todos os seus aspectos; e por último, o
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quarto diz respeito ao sistema de recompensas praticado pelo órgão, que deve
estar ligado aos resultados e ao crescimento em capacidade de contribuições,
ou seja, no próprio desempenho das pessoas.
Como já vimos a razão de ser da Administração Pública é a satisfação
dos interesses públicos e para isso é necessário manter em seu quadro
funcional pessoas com capacidade de desenvolver novas competências . Por
essa razão é importante que o ministério invista cada vez mais na melhoria da
qualidade de vida dos seus servidores.
Portanto, um colaborador que desenvolve continuamente suas
habilidades, aplica-as de modo que possa ajudar na satisfação do interesse
público, agrega valor ao Ministério e este deve apoiar o desenvolvimento do
servidor, propiciando a ele um local de trabalho desafiante, que lhe
recompensará pelas suas contribuições.
1.5 A cultura Organizacional
Sabe-se que é urgente e necessário repensar a gestão de pessoas, de
môo a torná-la uma gestão estratégica, na qual os servidores agregam valor
aos órgãos públicos e constituem um diferencial competitivo.
Entretanto, é preciso conhecer as ferramentas que podem auxiliar nessa
mudança na gestão de pessoas. Uma gestão estratégica diz respeitos às
implicações futuras de decisões presentes e é composta de ações inter
relacionadas e interdependentes que visam ao alcance de objetivos
previamente estabelecidos.
Uma das estratégias que devem ser utilizadas na gestão de pessoas é a
avaliação da cultura. Johann (2004:8) aborda a questão da cultura corporativa
“como algo que pode ser modelado e gerenciado com o objetivo de contribuir
para a elevação do desempenho da empresa” Johann também afirma que é
preciso:
“que a cultura de uma empresa se torne densa, com alto
grau de valores compartilhados pelas pessoas, e ao
mesmo tempo, flexível e capaz de internalizar
continuamente valores que levem a organização aos
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crescentes desafios que o ambiente externo lhe impõe.”
(JOHANN,2004,p.55)
Independentemente do órgão, estrutura, tamanho e área de atuação, o
departamento de gestão de pessoas deverá sempre estar ciente que sua
função é captar, desenvolver e reter seus recursos humanos, visando o
cumprimento da missão da instituição, neste caso a satisfação do interesse
público.
A cultura da gestão pública deve estar orientada para proporcionar aos
colaboradores oportunidades de condições de trabalho, voltadas para a
conquista da cidadania plena. Essa orientação serve como a base conceitual e
valorativa que a gestão de pessoas de todas as instituições deveriam estar
apoiadas. Contudo, nem sempre essa orientação está presente na gestão de
pessoas.
Por essa razão que para uma gestão de pessoas eficaz é necessário
que haja uma avaliação e possível reestruturação da cultura organizacional.
Para Teixeira modelos culturais considerados ideais
“Se afiguram mais como uma gradação de um processo
evolutivo cultural, demandariam da gestão de pessoas:
políticas e práticas que cultivassem os valores centrais
da organização; divergência no pensar; flexibilidade no
agir; coesão no comprometimento com as ações e com o
esforço para alcançar objetivos e obter resultados; e,
ainda, o desenvolvimento de programas permanentes de
socialização e educação corporativa, visando à
conservação vigilante dos valores nucleares da cultura,
de modo a mantê-los em equilíbrio dinâmico dentro do
campo de forças internas e pressões externas atuantes
sobre a organização.” (TEIXEIRA,2005,p.76)
Portanto um programa de gerenciamento e revaloração da cultura
organizacional é importante para uma gestão estratégica de pessoas. Devendo
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ela estar inserida em um órgão que tem como princípio a valorização da
atuação da gestão de pessoas na instituição.
1.6 Ferramentas necessárias para uma eficaz gestão de
pessoas
Como foi visto é necessário que as instituições públicas passem a adotar
a cultura de valorização da gestão de pessoas. Mas para uma gestão de
pessoas eficaz é importante a utilização de algumas ferramentas que serão
indicadas a seguir:
- Aplicação de planos estratégicos
Consiste na transformação das idéias debatidas em reuniões de gestão
em um conjunto de ações organizacionais, voltadas para melhoria da gestão de
pessoas.
- Suporte à competitividade
Exige que a gestão de pessoas proporcione políticas e instrumentos
para que a instituição torne-se atrativa e retenha os seus talentos, além disso
faça com que o desempenho dos colaboradores constitua-se em um diferencial
competitivo.
- Preparar-se para um novo modelo de gestão do conhecimento
Hoje para um pleno atendimento do interesse público é necessário que o
servidor tenha como principais ferramentas de trabalho: o conhecimento, a
criatividade, a inovação, a flexibilidade e a aptidão para atuar de forma
multifuncional e com maior autonomia. Para Texeira (2005:82) “A gestão
desses empregados é tarefa bem mais complexa que a prevalecente nos
nossos dias, requerendo todo um redirecionamento das estratégias e das
políticas da gestão de pessoas.”
Logo, a administração pública deve estar preparada para investir na
melhoria contínua do seu servidor, nessa nova era do conhecimento.
- Ambiente propício à negociação
A negociação é de extrema importância na gestão de pessoas, visto que
proporciona uma maior participação dos servidores no processos
administrativos e nas decisões institucionais, aumentando o seu
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comprometimento com o trabalho. Além de minimizar conflitos e assegurar uma
maior eficácia da administração.
- Maior transparência
Hoje em dia os servidores não aceitam mais desempenhar, cegamente,
suas atribuições. Eles exigem condições para que possam avaliar as
estratégias e planos de trabalho da instituição. Essa atitude é importante, pois
demonstra envolvimento do colaborador com a atividade da empresa.
Portanto a instituição deve assegurar o máximo de transparência e
visibilidade das suas ações. Vale mencionar Bohlander e outros autores citados
por Teixeira,(2009:40), que dizem que “as empresas de sucesso do século XXI
serão aquelas que conseguirem captar, armazenar e alavancar melhor o que
seus funcionários sabem.”
Por essa razão é importante que a Administração Pública cultive a
cultura de valorização do seu capital humano.
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CAPÍTULO II
O CAPITAL HUMANO
2.1 O que é Capital Humano
O conceito de capital humano se desenvolveu gradualmente durante
séculos. Entretanto, a idéia sobre a importância dele surgiu na década de 1950,
nos estudos de Theodore W. Shultz, que em 1979 dividiu o prêmio Nobel de
Economia com Sir Arthur Lewis.
A definição, também, foi desenvolvida e popularizada por Gary Becker e
retomada, nos anos 80, pelos organismos multilaterais mais diretamente
vinculados ao pensamento neo-liberal, na área educacional, no contexto das
demandas resultantes da reestruturação produtiva.
O termo Capital Humano deriva dos conceitos de "capital fixo"
(maquinaria) e "capital variável" (salários). O "capital humano" pode ser
considerado como o capital incorporado aos seres humanos, especialmente na
forma de saúde e educação. É representado pela quantidade e qualidade da
informação adquirida pelos indivíduos e por ele reproduzida e aplicada no
processo produtivo.
Contudo, cabe ressaltar, que a idéia de utilizar o termo "capital" para
seres humanos, no sentido de transformar pessoas em capital para as
empresas, desagradava o movimento humanista que marcou a esquerda no
pós-guerra.
Com o crescimento dos comentários e pesquisas sobre esse assunto e a
descoberta de que os investimentos em capital humano resultam em maior
retorno às instituições, começou um movimento de valorização do empregado.
2.1.1 Origem e evolução do Capital Humano
Como foi dito anteriormente a noção de capital humano se desenvolveu
durante os últimos séculos.
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Em 1611, Randle Cotgrave definiu em seu dicionário capital como
“riqueza, valor; uma propriedade; substância essencial ou principal de um
homem”. Dessa maneira, no contesto econômico, a palavra capital significava
riqueza em nível individual.
A partir do século XVII, o capital saiu da esfera individual para a
institucional. Capital passou a significar recursos para se lançar uma
organização. Adam Smith e Edmund Burke escrevem sobre o capital social de
uma empresa e sobre a importância de começar um negócio com capital
(dinheiro).
Jeremy Bentham, em 1973, estende a noção de capital dos níveis
individual e empresarial para o nacional, ele fala sobre o capital humano como
meio circulante na nação: “Em proporção à quantidade de capital que um país
tem disponível, será... a quantidade de suas transações comerciais”.
No início do século XIX, o termo Capital passou a significar uma unidade
de valor vinculada ao trabalho empreendido para criá-la. Devido ao livro de Karl
Marx (1867), O Capital, a relação entre dinheiro e trabalho abalou a Europa.
Neste trabalho, Marx argumentou que todo valor vem da mão-de-obra e que os
investimentos em terra ou tecnologia apenas transferiam valor, mas não o
adicionavam.
Ao passo que Marx fazia suas afirmações, a Revolução Industrial
determinava uma visão diferente no mundo capitalista – a de que os seres
humanos eram um meio necessário para um determinado fim; que eram
indispensáveis intercambiáveis.
Foi nessa época que a noção de “recursos humanos” surgiu. Para o
autor Osmar Ponchirolli:
“desde os sistemas de valor do século XIX, os industriais
focalizavam novos meios de engenharia e produção e a
função das pessoas e o trabalhador em geral não eram
muito valorizados. Os funcionários eram tratados como
parte da produção e o pessoal, como empregados de
estoque.” (PONCHIROLLI, 2009,p.118)
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Nos anos 70 os gerentes praticaram o planejamento estratégico, em 80
a gestão da qualidade total (TQM) e a reengenharia nos anos 90. Cada um
desses movimentos trouxe contribuições significativas para o desenvolvimento
institucional. Entretanto, poderiam ter tido melhores resultados, caso tivessem
assumido o valor do capital humano por completo.
Em 1993, Michael Hammer e James Champy tiveram a idéia de
acrescentar o elemento humano que faltava nas atuais seqüências de
reengenharia. O obituário do Chicago Tribune, de 28 de fevereiro de 1998,
aclamou Theodore Schultz como “o pai do capital humano”. A noção de capital
humano ganhou bastante reconhecimento, com quase dois milhões de sites
sobre o assunto na Internet.
2.2 A importância do Capital Humano para o serviço público
Sabe-se que atualmente somente através do conhecimento as
instituições podem inovar, mantendo-se competitivas e ativas. Ao contrário dos
bens materiais, que se depreciam com o passar do tempo, o conhecimento é
ilimitado, pois tende a crescer quando é utilizado e estimulado – idéias geram
idéias.
Sendo assim, a mudança é imprescindível. Os órgãos públicos
caracterizados por possuírem uma estrutura rígida e arcaica, que impede a
criatividade dos servidores, devem mudar. O primeiro passo para a mudança é
ter consciência da necessidade de gerenciar eficazmente o conhecimento. Pois
as instituições tendem a se diferenciar pelo que sabem e pela forma como
conseguem utilizar esse conhecimento.
Precisam perceber que os seres humanos em seu trabalho são ativos
que devem ser valorizados, medidos e desenvolvidos como qualquer outro
ativo do órgão. São ativos dinâmicos que podem ter seu valor aumentado com
o tempo, sendo os mais importantes de todos os ativos, segundo o autor:
“para dar valor às pessoas, as empresas devem ir além
da noção de recursos humanos e em direção à noção de
capital humano, uma noção que vê as pessoas não como
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recursos perecíveis a serem consumidos, mas como um
bem de valor a ser desenvolvido, um elemento
estratégico.” (PONCHIROLLI, 2009, p.122)
Quando os recursos humanos de uma instituição são mal gerenciados o
valor da empresa pode ser depreciado. Idéias como a valorização do pessoal
ainda têm sido pouco utilizadas. Contudo, já é consenso que a maneira antiga
de gerenciar pessoas não serve mais aos propósitos dos órgãos atuais.
Os órgãos devem passar a exigir do seu Capital Humano (os servidores)
aptidão para trabalhar em equipe, adaptar-se a mudanças e exercer a
liderança. Entretanto, a mudança organizacional não é simples, ela requer uma
modificação da estrutura, dos processos e da cultura institucional. Essa
mudança visa incorporar ao órgão a valorização e a gestão do conhecimento.
2.3 Gestão do Conhecimento e do Capital Humano
A Gestão do Conhecimento surgiu no início da década de 1990 e hoje
faz parte da estratégia empresarial, de acordo com as afirmações de Osmar
Ponchirolli:
“Ela trata da prática de agregar valor à informação e
distribuí-la, tendo como tema central o aproveitamento
dos recursos existentes na empresa. Enfatiza o Capital
Humano proporcionando a criação de novas idéias e
processos, identificando, captando, distribuindo,
compartilhando e alavancando conhecimento.”
(PONCHIROLLI, 2009, p.78)
A gestão do conhecimento tem por objetivo proporcionar um ambiente
no qual se possa identificar, compartilhar e criar conhecimento, agregando
valor à organização, contribuindo para satisfação dos colaboradores e
consequentemente melhoria dos serviços prestados.
A era do conhecimento está em alta, porém é preciso que o
conhecimento possa ser colocado em prática. Pois são as ações provenientes
dele que gerarão as soluções que os órgãos necessitam.
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Entende-se que Gestão do Conhecimento é a maneira de se
transformar os bens intelectuais das instituições em maior produtividade e
consequentemente melhoria nos serviços prestados. Além disso a capacitação
das pessoas é um dos fatores críticos de sucesso nesses novos tempos.
A gestão do conhecimento faz com que sejam criadas condições para
que os conhecimentos acumulados pelos servidores da organização não se
percam ou fiquem restritos a uma pequena parte dela.
A instituição deve apoiar o desenvolvimento do seu pessoal, propiciando
um local de trabalho desafiante. Principalmente quando o colaborador
desenvolve continuamente suas habilidades aplicando-as de modo que possa
ajudar a companhia a ter sucesso, agregando valor ao negócio.
Cabe ressaltar, ainda que cada gestor do órgão é também um gerente
de Recursos Humanos, a medida em que ele direta e continuamente interage
com sua equipe de trabalho. Sendo, assim, cada gestor também é responsável
pela administração do capital humano.
Independentemente de sua área de atuação ele deve liderar sua equipe,
treinar seu pessoal deve comunicar e orientar o curso das ações e avaliar o
desempenho dos servidores.
2.4 O conhecimento como ferramenta estratégica de gestão
Sabe-se que é necessário as instituições públicas investirem na gestão
do conhecimento, e principalmente terem consciência de que essa gestão deve
ter como objetivo a valorização do capital humano existente no órgão. A
Gestão do Conhecimento é uma ferramenta estratégica que se for utilizada
adequadamente tende a gerar maior satisfação dos servidores e melhoria dos
serviços prestados a população.
Pode-se dizer que estratégia é a maneira como uma instituição
administra seus recursos, as suas capacidades e competências, a fim de
alcançar as metas estabelecidas. O órgão deve potencializar os recursos
humanos, os reconhecendo como pontos fortes, capazes de superar as
mudanças no ambiente e atingir os objetivos desejados.
25
As instituições que consideram o capital humano como elemento
estratégico, podem não apenas superar problemas, mas também adquirir
competências gerências essenciais para a sua existência. Por isso, o uso do
termo capital humano, como elemento estratégico para indicar instrumento de
aumento do poder de competição, é legítimo, para o autor:
“O processo de Gestão do Conhecimento na
organização envolve a geração, a codificação e o
compartilhamento do conhecimento na organização. A
geração do conhecimento refere-se a todas as formas de
criação do conhecimento, seja a partir da interação com
o ambiente externo, ou até mesmo, da interação entre os
indivíduos da organização. A codificação tem como
objetivo identificar e estruturar os conhecimentos úteis
para a organização, de forma a torná-los acessíveis
àqueles que dele precisam. O compartilhamento
corresponde à transferência do conhecimento, seja esta
espontânea (informal) ou estruturada (formal), entre os
membros da organização.” (PONCHIROLLI,2009,p.80)
Desse modo, é importante que os gestores públicos propiciem um
ambiente no qual as pessoas busquem e compartilhem conhecimento.
Contudo, para que a troca de informações aconteça não podem existir
fronteiras departamentais. Se as barreiras setoriais existirem cada
departamento se isolará, impedindo a troca de idéias e limitando a gestão
estratégica do conhecimento.
Um ambiente organizacional baseado na gestão estratégica do
conhecimento requer a integração de três dimensões organizacionais: infra-
estrutura, pessoas e tecnologia, conforme Osmar Ponchirolli:
“as três dimensões da organização da era do
conhecimento são: a dimensão da infra-estrutura, que
busca criar um ambiente propício à Gestão do
Conhecimento e envolve variável como estrutura
26
organizacional, estilo gerencial, cultura organizacional,
visão holística; a dimensão pessoas, caracterizada pela
busca da aprendizagem constante, pelo incentivo à
criatividade, à inovação e ao compartilhamento do
conhecimento, pela valorização da intuição e, ainda pela
consciência da existência e da necessidade de se
trabalhar modelos mentais, bem como viabilizar a sua
descoberta; a dimensão da tecnologia compreendendo o
suporte da tecnologia às atividades relacionadas à
Gestão do Conhecimento. Redes de computadores
(internet, intranet e extranet), groupware, workflow, GED
(gerenciamento eletrônico de documentos),
datawarehouse são algumas da ferramentas que apóiam
o gerenciamento do conhecimento na organização.”
(PONCHIROLLI, 2009, p.80)
Considerando o capital humano como fator estratégico, os órgão
públicos podem, além de superar os problemas adquirir competências
necessárias ao desenvolvimento institucional.
A capacidade intelectual do empregado moldada a um sistema de
trabalho específico e com método adequado, é importante para o êxito da
organização. Este investimento no ativo imaterial fará diferença na melhoria da
prestação dos serviços.
A instituição que adquirir forças intelectuais ou investir na formação
delas deverá buscar manter tais ativos intangíveis sempre atualizados e em
constante evolução, essa ação passa a ser um objetivo estratégico de valor.
27
CAPÍTULO III
MOTIVAÇÃO
3.1 Origem e evolução da motivação
Antes da revolução industrial o principal modo de motivar era através da
coação que consistia em punir e castigar os trabalhadores, gerando um
ambiente de medo. Considerando que as organizações surgiram bem antes da
revolução industrial, supõe-se que a preocupação com a questão motivacional
é bem recente.
Foi através da revolução que passaram a ser feitos investimentos
objetivando maior eficiência na produção. Essa mudança nos negócios passou
a exigir melhoria nas formas de trabalho. Os administradores passaram a
preocupar-se não apenas com recrutamento dos trabalhadores, mas também
em treiná-los e faze-los produzir mais e melhor.
Nessa época os gestores começaram a delinear planos de salários que
pudessem recompensar aqueles funcionários que produzissem melhor e com
mais rapidez, fazendo o que o gestor determinasse.
Baseados na administração científica, defendida por Taylor, os
empresários utilizavam formas de controlar os funcionários, a fim de medir e
determinar o nível de produtividade. Passou-se a acreditar que o dinheiro seria
a principal fonte de incentivar a motivação.
Seguindo os pensamentos de Taylor, os primeiros psicólogos industriais
afirmavam que para motivar os trabalhadores seria necessário investir, apenas,
em uma sistemática de punição/recompensa. Para eles, os operários eram
seres passivos que aceitavam ordens sem fazer questionamentos.
Entretanto, nessa fase de extrema produtividade industrial os
trabalhadores perceberam que estavam arriscando a sua segurança no
trabalho. Passaram, então a restringir a produtividade, preservando a
permanência no trabalho por mais tempo. As recompensas materiais tornaram-
se direitos e passaram a não incentivar mais os operários.
28
Surge, então, Elton Mayo, afirmando que os administradores deveriam
procurar fazer com que os trabalhadores se sentissem valorizados e
percebessem a sua importância e utilidade no trabalho. Essa estratégia
consistia em reconhecer o valor de cada pessoa no trabalho e satisfação de
suas necessidades sociais, Bergamini diz que:
“Para os adeptos da Escola das Relações Humanas, os
objetivos motivacionais a serem perseguidos em situação
de trabalho orientavam as pessoas para se sentirem
úteis e importantes. Além disso era necessário satisfazer
ao desejo natural dos trabalhadores de se considerarem
parte integrante de um grupo social, sem que fosse
esquecido o reconhecimento individual de cada um
deles. Essas necessidades eram por assim dizer
consideradas mais importantes e substituíam com
vantagens o efeito das recompensas pecuniárias. O
papel desempenhado pelos supervisores deveria deixar
clara a preocupação e simpatia para com os problemas,
as necessidades e os desejos dos subordinados. Embora
de maneira diferente, continuo-se a manipular as
pessoas no trabalho”(BERGAMINI,2006,p.21)
Diante dessa nova maneira de enxergar os trabalhadores, constatou-se
que os gestores deveriam proporcionar a eles maior conhecimento das
diretrizes e participação nas ações da empresa, tendo espaço para emitir
opiniões sobre os objetivos traçados.
As recompensas pelo bom desempenho deixaram de ser individuais e
passaram a ser coletivas. Entretanto, como se sabe a questão da motivação é
mais complexa do que apenas garantir recompensas, para Bergamini:
“Dentro de uma perspectiva mais abrangente, os
modelos de administração consideram os trabalhadores
como indivíduos que se mostram motivados por um
29
conjunto mais complexo de fatores que, por sua vez,
guardam correlações entre si.” (BERGAMINI,2006,P.22)
Na verdade o colaborador já possui a motivação internalizada dentro de
si, cabe aos gestores aceitar que cada indivíduo é único, possuindo seus
próprios talentos e habilidades, assim como os fatores que os mantêm
motivados.
Dessa maneira o administrador deve perceber que cada colaborador
pode contribuir de maneira diferente para a consecução dos objetivos
organizacionais, deve ver os trabalhadores como talentos a serem
desenvolvidos e estimulados a permanecer e contribuir cada vez mais com a
instituição, fazendo com que as pessoas sintam-se envolvidas pelo trabalho e
continuem com a mesma vontade e motivação mostrada quando ingressaram
na instituição.
3.2 Abordagens e teorias sobre motivação
Considerando que o ser humano é um ser movido pela satisfação de
suas necessidades, surgiram algumas teorias que visam mapear o
funcionamento da motivação humana, tentando explicar o comportamento
humano em busca da realização de seus objetivos e desejos.
A teoria comportamentalista explica a motivação com conceitos como
recompensa e incentivo, sendo recompensa o “premio” recebido em
conseqüência de um comportamento, já o incentivo é um comportamento
encorajado pela conquista de um “prêmio”. Para os comportamentalistas a
motivação é extrínseca.
Existe também a teoria humanística, enfatizando que as fontes de
motivação são intrínsecas, para Carl Rogers e Abraham Maslow necessidades
como auto-realização e autodeterminação nascem no interior de cada
indivíduo.
Outra abordagem que dá maior importância à motivação intrínseca é a
cognitivista, afirmando que o comportamento é determinado pelo pensamento.
Enfatiza que os indivíduos têm suas próprias reações aos eventos externos,
30
fazendo com que dessa maneira os fatores internos determinem o
comportamento.
Portanto, pode-se dizer que em comum estas três teorias têm a crença
de que os seres são motivados pela necessidade de realizar seus potenciais,
seja essa motivação intrínseca ou extrínseca.
3.2.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades - Abraham Maslow
Para Maslow o que move o ser humano é o desejo de satisfação das
necessidades. Ele organizou as necessidades humanas em forma de uma
pirâmide, sugerindo que a motivação para satisfazer as necessidades do topo
(necessidade de auto-realização) surgirá apenas quando as necessidades da
base forem satisfeitas.
Cabe ressaltar que na dinâmica empresarial a pirâmide de Maslow não
tem uma forma rígida, podendo sofrer variações de acordo com a estrutura e
organização da empresa, e, principalmente variar conforme as necessidades
de cada colaborador que nela atua.
Maslow conclui que as necessidades variam de acordo com o momento
vivido pelo indivíduo, sua teoria demonstra que, em geral, uma pessoa deve
realizar uma necessidade mais urgente para buscar a realização da próxima
necessidade. Entretanto, ele afirma que mesmo quando satisfeitas as
necessidades do topo da pirâmide, a motivação não diminui, e sim, aumenta o
desejo de buscar maior satisfação.
3.2.2 Teoria das necessidades socialmente adquiridas –
McClelland
McClelland identificou através de pesquisa de padrões motivacionais
três tipos de necessidades: realização, afiliação e poder, Cavalcanti explica
que:
“Realização refere-se à necessidade de superar os
desafios e atingir metas; afiliação, às necessidades
sociais de relacionamento e pertencimento; e poder, à
31
necessidade de influenciar pessoas e situações.”
(CAVALCANTI, 2006, p.92)
Para McClelland a cada momento o ser humano é influenciado por
necessidades diferentes. Entretanto, cada indivíduo possui um tipo de
necessidade dominante, desenvolvida ao longo de sua vida.
É importante fazer a identificação dos perfis de necessidade,
associando-os a determinados setores de trabalho, visando um melhor
desempenho na organização. Os gestores podem através da identificação de
perfil trabalhar as necessidades de cada colaborador, desenvolvendo e
aprimorando competências.
3.2.3 Teoria dos dois fatores – Herzberg
Herzberg, identificou por meio de muitos estudos práticos a existência de
dois fatores distintos que influenciam na satisfação do colaborador com o seu
trabalho; são eles: os Fatores Higiênicos e os Motivacionais.
Para Herzberg os fatores higienicos estão relacionados com as
condições externas à atividade laboral desenvolvida. Englobam condições
físicas e ambientais como: salário, benefícios socias, políticas da empresa,
relacionamento interpessoal, chefia, etc.
Entretanto, o investimento na melhoria dos fatores higiênicos se destina,
apenas, a evitar a insatisfação dos colaboradores, existente quando há
precariedade nas condições de trabalho. Esse fatores não inluenciam na
motivação do funcionário, visto que sua atuação sobre o comportamento não
consegue elevar duradouramente a satisfação.
Já os fatores motivacionais são relacionados ao trabalho em si, como
por exemplo: reconhecimento recebido, responsabilidade, capacitação e
desenvolvimento. Eles têm efeitio direto no aumento da satisfação e no
aumento considerável da produtividade e da qualidade na prestação dos
serviços.
“Adicionalmente, a princípio, estar satisfeito não
garantiria motivação, pois “necessidades satisfeitas não
32
mais motivam”. Porém, as conclusões a que a pesquisa
chegou fazem sentido e se articulam bem com a teoria
de Maslow. As necessidades na base da pirâmide, se em
falta, geram desconforto; porém, se atendidas, não mais
motivam. As necessidades no topo da pirâmide por sua
vez, se satisfeitas continuam motivando.” (CAVALCANTI,
2006, p.94)
Portanto, conclui-se que todas as teorias acima, têm uma certa
correlação entre si. Foram e são de importante aplicação nas instituições,
sejam elas públicas ou privadas, pois mostram aos gestores como funciona a
questão da motivação nos colaboradores.
3.3 O que é motivação e por que as organizações devem
investir nela?
Vimos que antigamente aos administradores cabia delinear planos
salariais que pudessem ser considerados como verdadeiros estimuladores para
o trabalhador. Assim, o funcionário maximizava os ganhos da organização à
medida que trabalhava com maior rapidez, fazendo o que o gerente ordenasse.
Esse conceito foi enfatizado por Taylor que afirmava que o dinheiro seria
a principal fonte de incentivo ao trabalhador. Porém, ao longo do tempo
percebeu-se que o dinheiro não era um fator motivacional, pois logo os
incentivos econômicos tornam-se direitos ao invés de recompensas.
Surgiu então através de Elton Mayo uma nova filosofia administrativa,
que afirma que a melhor maneira de incentivar os empregados deveria
caracterizar-se por promover o reconhecimento do valor de cada pessoa, além
de buscar, de forma muito especial, a satisfação das suas necessidades
sociais, fazendo com que os empregados sentissem a sua utilidade e
importância pessoal no trabalho.
Mas afinal o que é motivação e porque ela é tão importante nas
organizações? Stoner e Freman (segundo Cavalcanti, 2009, p.86) afirmam que
33
“motivação refere-se aos fatores que provocam canalizam e sustentam o
comportamento de um indivíduo.”
Motivação palavra que tem origem do Latim (movere, mover) designa
em psicologia, em etologia e em outras ciências humanas a condição do
organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do
comportamento. Em outras palavras é o impulso interno que leva à ação.
Conclui-se então que motivação é uma energia interior que se modifica
constantemente, direcionando e intensificando os objetivos de uma pessoa.
Entretanto, não se pode descartar a influência do ambiente externo na
motivação humana.
É essa influência do meio externo sobre o trabalho e a motivação que
está sendo abordada nessa pesquisa. Pretende-se mostrar que quando o
colaborador percebe que a instituição onde trabalha investe no crescimento
pessoal e profissional, preocupando-se com o bem estar dele, ele tem
satisfação em trabalhar e realiza as atividades laborais com maior qualidade.
Portanto, é necessário que os administradores mostrem sua
preocupação e simpatia para com os problemas, as necessidades e desejos
dos subordinados, sabendo como motivá-los a desenvolver um trabalho de
qualidade. Como afirma Bergamini:
“O fracasso da maioria de nossas empresas não está na
falta de conhecimento técnico. E, sim, na maneira de
lidar com as pessoas. Foge a nossa compreensão o
Hábito dos administradores de achar que os
trabalhadores não produzem com qualidade apenas por
falta de conhecimento técnico. Na realidade, isto está
ocorrendo devido a maneira como são tratados pela
direção das empresas.” (BERGAMINI, 1997,p.24)
Um trabalhador que não vê perspectiva em seu trabalho, no sentido de
desenvolver suas capacidades, não terá motivação para desenvolver bem sua
função no serviço público. Desenvolverá sua tarefa com pouca motivação e
interesse influenciando, assim, o bom andamento da dinâmica trabalhista.
34
Por isso os administradores devem incentivar os trabalhadores a
conhecer tudo sobre a organização, dando abertura suficiente para que emitam
opiniões, tanto nas diretrizes estratégicas quanto nas diretrizes administrativas.
Os modelos atuais de administração pública precisam ver os servidores como
indivíduos que se mostram motivados por um conjunto mais complexo de
fatores que guardam correlações entre si.
As pessoas passam a ser vistas como portadoras de talentos potenciais,
e cabe à administração encontrar estratégias a fim de desenvolver estes
talentos, motivando, assim, o colaborador a produzir cada vez mais. E
reduzindo ou até eliminando problemas ocasionados pela desmotivação, como
o absenteísmo e o tournouver nas organizações.
Uma das estratégias deve ser o investimento no capital humano, isto é
proporcionar meios para aprimoração e desenvolvimento das habilidades dos
servidores, reconhecendo a importância deles para o órgão e valorizando-os.
Sabe-se que não é tarefa fácil motivar os servidores, principalmente os
mais antigos que muitas vezes estão apenas aguardando a aposentadoria.
Entretanto, o administrador público deve saber agir estrategicamente em prol
do desenvolvimento dos colaboradores, visando uma melhoria na qualidade
dos serviços prestados e maior satisfação dos servidores.
Os gestores públicos devem atuar de maneira em que o potencial dos
servidores torne-se ação a favor dos objetivos da administração pública. Para
isso é necessário buscar conhecer os aspectos gerais e particulares que
motivam os indivíduos.
Cabe ressaltar que a motivação não é importante apenas sob o enfoque
institucional, que visa servidores mais produtivos. Ela visa também o lado
humanista, melhorando a qualidade de vida do colaborador no trabalho, à
medida que ele sente-se mais valorizado.
3.4 A motivação dos servidores através do investimento no
capital humano
35
O primeiro passo que o gestor público deve dar para promover a
motivação dos servidores deve ser o de ter consciência de que as ações
motivacionais não devem mais ser restritas, apenas, a programas de
premiações, salários ou cesta de benefícios.
Esses incentivos, certamente proporcionam satisfação dos
colaboradores, mas já não são suficientes para fazer com que os servidores
executem suas atividades com qualidade e satisfação. Como foi visto esses
são os chamados fatores higiênicos que apenas servem para reduzir a
insatisfação com o serviço.
Portanto, é necessário que o órgão público valorize os servidores,
considerando não apenas o aspecto material, mas também a valorização do
conhecimento, transformando este em competências.
Os servidores que trabalham em um ambiente onde se sentem
valorizados, onde suas habilidades são exploradas de maneira a melhorar as
rotinas de trabalho e potencializar a realização das tarefas, tendem a prestar
serviços melhores e com maior qualidade.
Os colaboradores públicos ao perceberem que são peças importantes
no desenvolvimento institucional tendem a motivar-se, visto o desafio de
qualificar-se e aperfeiçoar-se para o desempenho da sua função. Em
contrapartida os órgãos que reconhecem seus servidores como ativos valiosos
tendem a evoluir.
36
CAPÍTULO IV
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA PESQUISA DE
CAMPO
A pesquisa de campo foi realizada entre os meses de dezembro e
março, com os servidores recém concursados do Ministério do Trabalho e
Emprego (M.T.E.). Através dela pode-se constatar que no Ministério do
Trabalho o programa de treinamento/capacitação não foi implementado como
deveria em todos os setores.
O gráfico 1 mostra que 95% dos entrevistados dizem que o M.T.E. não
proporciona o desenvolvimento através de cursos e treinamentos. Dentre esses
95% todos afirmaram que gostariam que o órgão investisse na capacitação
profissional dos servidores.
Dos 5% que tiveram cursos e treinamentos, todos disseram que sentem-
se mais valorizados quando o órgão proporciona o desenvolvimento e que essa
satisfação faz com eles produzam mais e melhor.
Sobre o que os servidores consideram mais importante para sentirem-se
motivados a trabalhar mais e melhor o gráfico 2 mostra que o item que mais se
destacou foi “Qualidade de vida no trabalho”, seguido por Salário e Incentivos à
Qualificação.
Ressalta-se que apesar de a estabilidade ser um dos principais atrativos
do serviço público, apenas 50% afirmaram que ela é o item mais importante
para que eles se sintam motivados a produzir com maior qualidade.
Portanto, percebe-se a necessidade de investir nos servidores,
enxergando eles como um verdadeiro capital humano. Como foi visto eles
querem e precisam de reconhecimento e de um maior investimento na sua
capacitação. O Ministério do Trabalho deve adotar a cultura de valorização do
pessoal, proporcionando a melhoria da qualidade de vida no trabalho e criando
meios de incentivar a qualificação do pessoal.
37
CONCLUSÃO
Constatou-se que está acontecendo uma evolução na maneira de gerir
pessoas nas instituições e que a tendência atual é a de valorizar os recursos
humanos, investindo cada vez mais na melhoria contínua dos colaboradores.
Foi verificado que o funcionário motivado tende a produzir mais e, além
disso, a motivação reduz os índices de absenteísmo e de rotatividade nas
empresas. Empresas que investem no seu Capital Humano tendem a se tornar
mais competitivas.
As instituições devem investir cada vez mais na gestão do
conhecimento, pois esse é o ativo mais precioso que uma organização pode
possuir, visto que não se deprecia com o passar do tempo e se estimulado
tende a melhorar cada vez mais.
Entretanto, o que foi visto no resultado da pesquisa de campo é que a
Administração Pública, neste caso representada pelo Ministério do Trabalho,
ainda não tem a cultura de investir na valorização e na melhoria contínua dos
seus servidores.
A mudança no modo de administrar pessoas, nos órgãos públicos, deve
ocorrer urgentemente. A Administração Pública deve deixar de lado a estrutura
rígida e arcaica, muito comum nos Departamentos de Pessoal e investir mais
na Gestão de Pessoas.
Portanto, o órgão deve ter a consciência que a melhor maneira de
motivar os colaboradores não é, apenas, através de recompensas materiais,
mas sim estimulando o conhecimento, transformando este em competências.
Servidores que trabalham em um ambiente onde se sentem valorizados,
tendem a prestar serviços melhores e com maior qualidade. Em contrapartida
os órgãos que reconhecem seus servidores como ativos valiosos tendem a
evoluir.
A evolução do setor público através da potencialização do capital
humano é muito benéfica, não apenas para os servidores que tem a qualidade
38
de vida laboral melhorada como também para os contribuintes que podem
usufruir de serviços de qualidade.
39
BIBLIOGRAFIA
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. 4.ed. São Paulo:
Atlas, 2006;
CAVALCANTI, Vera Lúcia; CARPILOVSKY, Marcelo; LUND, Myrian; LAGO,
Regina Arezynska. Liderança e motivação. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora
FGV,2006;
DAVENPORT, Thomas. O.Capital Humano: O que é e por que a pessoas
investem nele. São Paulo: Nobel, 2009;
JOHANN, Silvio Luiz. Gestão da cultura corporativa. São Paulo: Saraiva,2004.
PONCHIROLLI, Osmar. Capital Humano: sua importância na gestão
estratégica do conhecimento. 3.ed. Curitiba: Juruá, 2009;
TEIXEIRA, Gilnei Mourão; SILVEIRA, Aristeu Coelho da; NETO, Carlos
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de Pessoas. Rio de Janeiro:Editora FGV, 2005;
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Recursos Humanos M.T.E. Brasília: 2009
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do-capital-humano.html > Acessado em 26/02/2010
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26/02/2010
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Acessado em: Data: 25/02/2010.
Wikipedia. < URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o >
acessado em: 25/02/2010;
40
ANEXOS
Anexo 1 - Questionário
Universidade Cândido Mendes – Projeto a Vez do Mestre Meu nome é Jaísa Costa Barros sou estudante do curso de Gestão de Recursos Humanos da UCAM – IAVM. Esta pesquisa tem por finalidade mensurar o grau de satisfação dos servidores com o órgão em que trabalham e verificar se as instituições estão investindo no desenvolvimento dos mesmos. Órgão e Setor onde Trabalha_______________________________________________
Tempo de Serviço__________________________ Idade________________________
P.1 O órgão em que você trabalha proporciona o seu desenvolvimento, como por exemplo, oferecendo-lhe cursos/treinamentos? (a) Sim (Vá para a P.2) (b) Não (Vá para a P.4) P.2 Você fica satisfeito e sente-se mais valorizado quando o órgão proporciona o seu desenvolvimento através de cursos/treinamentos? (a) Sim (Vá para P.3) (b) Não. Por que?__________________________________________(Vá para a P.5) P.3 Essa satisfação e esse sentimento de valorização incentiva você a produzir mais e melhor? (a) Sim (Vá para a P.5) (b) Não. Por que?_________________________________________(Vá para a P.5) P.4 Você gostaria que o órgão investisse na sua capacitação profissional? (a) Sim (b) Não P.5 O que é mais importante para você sentir-se motivado a trabalhar mais e melhor? (a) Salário (b) Estabilidade (c) Qualidade de Vida no Trabalho (d) Incentivos a Qualificação (cursos, treinamentos, progressão funcional) (e) Outros ___________________________
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Anexo 2 – Gráficos
Gráfico 1
O órgão em que você trabalha proporciona o seu desenvolvimento, oferecendo cursos e treinamentos?
5%
95%
Sim
Não
Gráfico 2
15
10
19
13
1
0
5
10
15
20
1
O que é mais importante para você sentir-se motivado a trabalhar mais e melhor
Salário
Estabilidade
Qualidade de Vida no Trabalho
Incentivos a Qualificação
Outros - Carga Horária Menor