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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
DEMONSTRAR O DESENVOLVIMENTO DOS SETORES DE PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING, QUE
RESULTARAM NO AUMENTO EXPRESSIVO DO CONSUMO DE AUTOMÓVEIS POR MULHERES
AUTOR
Sergio Alves Da Fonseca
ORIENTADOR
Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves
RIO DE JANEIRO 2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
DEMONSTRAR O DESENVOLVIMENTO DOS SETORES DE PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING, QUE RESULTARAM NO AUMENTO EXPRESSIVO DO
CONSUMO DE AUTOMÓVEIS POR MULHERES Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes – Instituto a Vez do Mestre, como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Engenharia da Produção. Por: Sergio Alves da Fonseca.
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Agradeço a Deus e aos familiares, amigos, corpo docente, dentre os muitos, que com incentivo e presteza, me possibilitaram concluir com êxito este curso de pós-graduação.
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Dedico votos de agradecimento, em especial a minha família, esposa e filhos, pois são a base de toda a minha motivação.
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RESUMO
O marketing de consumo é uma importante ferramenta de mercado, e, quando eficaz, propicia aos segmentos que formam a cadeia de produção de determinado bem, alcançarem o consumidor final. O potencial de compra do consumidor feminino, fator de demanda retraída do consumo de automóvel, impulsiona o aquecido mercado produtor, dos fabricantes às seguradoras, para o surgimento de uma abordagem específica através da propaganda e dos produtos diferenciados, sem o ser restritivo, e projeta as vendas, alavancando e sedimentando este segmento de mercado. Importante observar que o marketing se insere na economia e forma comportamento social, sobretudo de consumo. Qualidade que este mercado soube captar e explorar oportunamente, elevando as margens de vendas diretas nas duas últimas décadas dos índices iniciais de 19% para os atuais 42%. A análise dos dados demonstra o potencial e as características deste segmento de consumo e possibilita conhecer os parâmetros e os esforços desenvolvidos para o êxito final consolidado, e, por conseqüente, os resultados totais positivos superam os 42%, pois a mulheres influenciam indiretamente em outros 30% das compras. As fontes de consultas usadas neste estudo são os dados coletados em Órgãos Oficiais de controle de trânsito, as pesquisas com grupos de consumidores ("oficinas" e "clínicas"), os dados estatísticos e as campanhas publicitárias, dentre outras. O enfoque do assunto observará uma ótica abrangente, a mais ampla possível, não se atendo apenas as ações de adequação e desenvolvimento do mercado e do produto a mulher como consumidora final, mas, sobretudo, a inteligência aplicada de forma a estimular o latente interesse desse nicho de consumidores e a agregar valor e gerar atratividade ao produto. A hipótese evidenciada neste estudo é a de que não ocorreu um desenvolvimento unilateral. Neste período, a evolução do poder econômico das mulheres e a eficiência dos meios de produção, venda e serviços relacionados a indústria de automóvel, caminharam lado a lado. Evoluíram as políticas de segurança, conforto, otimização de espaços, dentre outras, no que se refere ao automóvel, e as políticas de valorização do potencial da mulher na sociedade, e no seu conseqüente aumento de poder econômico.
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METODOLOGIA
O presente objeto deste estudo foi desenvolvido através de uma
exposição detalhada de dados coletados em diversos meios de informação
acadêmicos, mídias eletrônicas, bibliográficos, dentre outros elementos concretos
que estabeleçam a existência de relevante material probatório de uma relação de
mercado e consumo.
Destarte, este referido estudo foi desenvolvido por processo de
pesquisa bibliográfica, em diversos meios de publicações, como livros, jornais,
periódicos especializados, dentre outros, com foco nas demonstrações dos dados
estatísticos que resultaram nesta monografia.
Outro sim se apropriou também dos meios de pesquisa eletrônica para
se obter uma gama de material, apresentados sob a forma de revistas eletrônicas,
sites da internet, dentre outras mídias.
Isto posto, a pesquisa resultou neste trabalho que reproduz os
resultados do conhecimento produzido por processos de estudos quantitativos
expressos sobre a forma de dados estatísticos, de estudos qualitativos que se
traduzem em parâmetros utilizados por instituições diversas, e, exploratória, visto
que buscou alcançar o maior conhecimento sobre o tema abordado, além da
pesquisa descritiva, pois visou a obtenção de um resultado simplesmente
descritivo, sem a pretensão de uma análise crítica do tema.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
CONCEITUAÇÃO E HISTÓRICO DA CIÊNCIA DO MARKETING 11
CAPÍTULO II
DADOS ESTATÍSTICOS E ESTUDOS DA ALAVANCAGEM DO CONSUMO DE
AUTOMÓVEIS E PRODUTOS DESTE SEGMENTO PELAS MULHERES 14
2.1 – Dados estatísticos 14
2.2 – Estudos e desenvolvimento dos produtos 15
CAPÍTULO III
O PODER DE COMPRA DAS MULHERES 21
CAPÍTULO IV
MARKETING E PUBLICIDADE DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA COM
FOCO NO PÚBLICO FEMININO 23
4.1– Dados Mercadológicos Gerais 23
4.2 – Dados das montadoras 24
CAPÍTULO V
MARKETING E PUBLICIDADE DAS SEGURDORA DE AUTOMÓVEIS COM
FOCO NO PÚBLICO FEMININO 27
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5.1 – Das Operadoras de Seguros 27
5.2 – Dos Órgãos Públicos 30
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA 36
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INTRODUÇÃO
O tema desta monografia é o estudo dos demonstrativos da existência
de um bem de mercado, automóvel, ofertado a um consumidor específico, mulher,
e, da política setorial deflagrada nos setores de produção, comercialização e
marketing da indústria de automóvel, que resultaram no aumento expressivo do
consumo de automóvel pelo consumidor mulher, que correspondia a um
segmento com demanda de consumo retraída, vistos o potencial econômico e o
interesse crescente pelos bens por estes ofertados. Enfocar os diversos estudos
e esforços desenvolvidos pelos setores da cadeia produtiva da indústria
automobilística, que proporcionaram o aperfeiçoamento dos mecanismos e
permitiram criar ferramentas utilizadas para estimar a eficiência e a aceitação do
produto, otimizar os meios de produção com a conseqüente redução de custos,
desenvolver campanhas de marketing, e, dentre outros, ofertar produtos
diferenciados, como a exemplo, apólice de seguros.
Analisar os dados estatísticos coletados por Órgãos Públicos, bem
como os diversos bancos de dados existentes, e ter o conhecimento de como
estes possibilitaram consolidar ações estratégicas, como o marketing a exemplo,
e a formação de políticas específicas, duradoras e eficazes.
Demonstrar que os fatores de redução de vendas de uma empresa não
estão unicamente condicionados ao mercado, as estratégias agressivas dos
concorrentes, aos fabricantes, ao dólar ou ao preço de venda, pois existem outras
causas, tais quais: tecnologia obsoleta; indefinição do público alvo do produto;
desatenção aos clientes já conquistados; ausência ou ineficiência de ferramentas
de gestão estratégica para vendas, produção e outros elementos pertinentes a
execução da atividade da empresa.
Conhecer os contraditórios, tal qual a frase do tipo "Mulher no volante
perigo constante", que é comum no dia a dia do trânsito de todo o país e ver que
esta opinião contraria as estatísticas oficiais.
Conhecer, de forma geral, a evolução deste nicho de mercado e poder
acrescer, por meio deste estudo, a visão daquele que venha dele se utilizar,
informações concisas e inovadoras.
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Desenvolver o processo de pesquisa buscando dados de produção e
consumo, bem como as demonstrações dos parâmetros usados para definir os
padrões, ditos modelos, adequados a atender a necessidade deste público
consumidor. Estudo dos métodos de desenvolvidos para agregar valor e gerar a
atratividade ao produto.
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CAPÍTULO I
CONCEITUAÇÃO E HISTÓRICO DA CIÊNCIA DO MARKETING
"O melhor livro de marketing não foi escrito por um professor da
Harvard. Nem por um diplomado da General Motors, General Electric, nem
mesmo da Procter & Gamble.
O melhor livro de marketing foi escrito por um general prussiano
aposentado, Karl von Clausewitz. Intitulado On War, o livro de 1832 delineia os
princípios estratégicos que amparam todas as guerras que lograram êxito.
Clausewitz foi o grande filósofo da guerra. Suas idéias e conceitos perduraram
por mais de 150 anos. Hoje, On War é amplamente citado em West Point,
Sandhurst e St. Cyr.", RIES; TROUT (1986).
A definição clássica do marketing leva à crença de que esta ciência
está apenas relacionada com a satisfação das necessidades e desejos dos
consumidores.
No livro “Marketing de Guerra”, RIES, AL & TROUT, JACK, trazem os
conceitos clássicos de marketing, a expor:
- Marketing é uma "atividade humana dirigida à satisfação das
necessidades e desejos através de um processo de troca", Phillip Kotler;
- Marketing é "o desempenho de atividades empresariais que dirigem o
fluxo de bens e serviços do produtor para o consumidor", assim é definido pela
American Marketing Association;
- Marketing é "a execução das atividades que buscam realizar os
objetivos de uma organização, prevendo as necessidades do freguês ou cliente e
dirigindo um fluxo de bens e serviços para a satisfação dessas necessidades, a
partir do produtor para o freguês ou cliente", diz E. Jerome McCarthy, da Michigan
State University.
Talvez a explicação mais completa da teoria das "necessidades e
desejos" seja a definição proporcionada por John A. Howard, da Columbia
University, em 1973. Marketing, diz Mr. Howard, é o processo de:
(1) identificar as necessidades do cliente,
(2) conceituar essas necessidades em termos da capacidade de
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uma organização para produzir,
(3) comunicar essa conceituação aos diferentes níveis de poder na
organização,
(4) conceituar o produto adequado às necessidades do cliente,
previamente identificadas e
(5) comunicar todos esses conceitos ao cliente.
São esses os cinco passos para o sucesso de marketing nos dias
atuais?
Será que ao identificar, conceituar e comunicar ajudaria a American
Motors a concorrer e obter sucesso com a General Motors, Ford e Chrysler? Sem
falar da Toyota, Datsun, Honda, e o restante dos importados?
Digamos que a American Motors desenvolva uma estratégia de produto
baseada na identificação das necessidades do cliente. O resultado seria uma
linha de produtos idênticos aos da General Motors, que despende milhões de
dólares pesquisando o mesmo mercado para identificar as mesmas necessidades
do cliente.
Isto é tudo o que diz respeito ao marketing? A vitória pertence ao lado
que fizer um melhor trabalho de pesquisa de mercado?
Evidentemente alguma coisa está errada. Quando a American Motors
ignora as necessidades do cliente, a empresa tem muito mais sucesso. O Jeep,
um produto tomado por empréstimo aos militares, é um vencedor. Os automóveis
de passageiros da American Motors são perdedores.
Nenhum grupo pesquisado admitiria a probabilidade de comprar um
Jeep. Tampouco a identificação das necessidades do cliente tem a probabilidade
de ajudar a quem não se propôs em primeiro lugar a concorrer com um líder.
Exemplos históricos; enquanto outros estavam perdendo milhões no
negócio de computadores, a Digital Equipment Corporation estava ganhando
milhões explorando a fraqueza da IBM em computadores pequenos; igualmente,
a Savin estabeleceu com sucesso uma cabeça de ponte em pequenas máquinas
copiadoras de baixo preço, um ponto fraco na Xerox; a Pepsi tirou proveito de seu
sabor mais doce para desafiar a Coke no mercado altamente concorrido de
refrigerantes de cola, e, ao mesmo tempo, a Burger King estava progredindo
contra a McDonald's com seu diferencial "grelhar, não fritar".
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O marketing, antes voltado para o cliente, agora orienta a empresa
para o concorrente. Deve procurar seus pontos fracos e lançar contra eles os
seus ataques de marketing. Isto é ilustrado por muitas histórias recentes de
sucesso em marketing.
Há os que dizem que um plano de marketing bem pensado sempre
inclui uma seção sobre a concorrência. Com efeito, inclui. Geralmente, lá pelo
final do plano, em uma seção intitulada "Avaliação Competitiva". Quase sempre, a
parte principal do plano diz qual o mercado, seus vários segmentos e miríades de
dados estatísticos sobre o cliente, cuidadosamente extraídos de intermináveis
discussões em grupo, painéis de testes e testes de conceito e de mercado. O
planejamento estratégico se torna cada vez mais importante.
Hoje, a verdadeira natureza da ação de marketing envolve conflito
entre empresas, não a satisfação das necessidades e desejos humanos.
Se as necessidades e desejos humanos forem satisfeitos no processo
da concorrência empresarial, então é de interesse público deixar que a
concorrência continue. Mas não nos esqueçamos da verdadeira essência do
marketing, acima de tudo.
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CAPÍTULO II
DADOS ESTATÍSTICOS E ESTUDOS DA ALAVANCAGEM DO
CONSUMO DE AUTOMÓVEIS E PRODUTOS DESTE SEGMENTO
PELAS MULHERES
2.1 – Dados estatísticos
O público feminino, cada vez mais, ganha força na participação das
vendas de automóveis e representa hoje, em média, 42% das compras de
veículos no País, de acordo com dados fornecidos pelas montadoras. Esse
percentual vem crescendo ano a ano, mas nem por isso as montadoras estão
preocupadas em fazer um carro específico para as integrantes do "clube da
Luluzinha".
Elas compraram quase a metade dos 3 milhões de automóveis
vendidos no País no ano de 2009, em números mais precisos, estamos falando
de mais de 1.200.000 carros, movimento que acompanha as mudanças sociais
ocorridas nos últimos anos, com mais mulheres chefes de família, em cargos
profissionais importantes e poder aquisitivo mais elevado.
Em uma década, a participação do público feminino nas compras
diretas de carros saltou de 25% para 42%, segundo cálculo das montadoras.
Nos critérios de compra, 43% das mulheres apontam o preço como o
mais importante, resposta escolhida por 38% dos homens. Conforto vem na
seqüência para 32% do público feminino e 28% do masculino.
Consumo e estilo externo estão quase empatados com acerca de 28%
e 27% das preferências, respectivamente. Já o espaço interno é mais valorizado
pelas mulheres, enquanto valor de revenda e robustez tem mais pontos entre os
homens, informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Além disso, elas influenciam em metade das aquisições feitas pelos
homens, o que elevaria o índice de participação feminino a valores entre 70 e
80%. Com tanto poder de fogo, as mulheres recebem atenção especial das
fabricantes.
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O Brasil acaba acompanhando as tendências norte-americanas.
Pesquisa recente da Intelligence Factory, braço da Y&R realizada, em julho/09,
constatou que 4O% dos automóveis fabricados nos Estados Unidos são vendidos
para o publico feminino. Lá, as mulheres solteiras, divorciadas ou viúvas
representam um batalhão com poder de consumo de US$ 34 bilhões. Devido à
base brasileira de dados restrita, a, executiva não conseguiu números
correspondentes no Brasil para comparação.
2.2 – Estudos e desenvolvimento dos produtos
De acordo com a pesquisa da Intelligence Factory, montadoras como
Peugeot, Renault, Rover, e Saturn estão investindo mais intensamente no
marketing em revistas femininas.
Considerando-se as tendências verificadas no mercado de consumo
com relação à ascensão do público feminino, pode-se questionar quais
providências deveriam ser tomadas pela indústria automobilística no que se refere
ao designe de um novo veículo. Se o intuito das mulheres é igualarem-se
socialmente aos homens por meio do automóvel, cabe as montadoras cuidar para
que o designe transmita a sensação de poder, virilidade e força, atributos ligados
ao sexo masculino. Desvendarem-se os conteúdos psíquicos dos significados,
valores ou representações sociais atribuídos ao automóvel. O objetivo foi tão
somente identificar se há diferenças ou semelhanças entre as escolhas
associadas ao automóvel por homens e por mulheres.
As mulheres possuem características de consumo distintas dos
homens, BARLETTA (2006), como seria o automóvel ideal para as mulheres? O
automóvel deveria apresentar delicadeza, característica tipicamente associada às
mulheres, ou deveria apresentar força e agressividade, valores normalmente
atribuídos aos homens? Qual o designe do automóvel mais adequado para as
mulheres?
O sentimento dos resultados apresentados por estes questionamentos
são percebidos nos índices quantitativos e qualitativos, demonstrados a seguir,
em toda sua extensão, através da diversidade de valores percentuais e das
inovações estabelecidas na relação do produto automóvel, e todos os setores
diretos e indiretos, com o consumidor.
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Na Alemanha, o Peugeot 206 e o Renault são sucessos de vendas
entre as mulheres solteiras. Na Holanda, o Corsa da linha Opel da General
Motors (GM) e o Volkswagen Pólo são os veículos com maior receptividade nesse
nicho de mercado. No Japão, a Toyota lançou uma campanha recente para atrair
público feminino para Will Vi, carro pequeno de quatro portas.
A exemplo do que ocorre no exterior, mulheres brasileiras acabam
tendo uma preferência muito grande por picapes ou utilitários, por se sentirem
mais seguras. Mas ainda não são as maiorias das compradoras. No caso da S10
e da Blazer, da General Motors, a clientela feminina é de 10% e 20%,
respectivamente.
0 crescimento do número de mulheres que compram carro é percebido
nas concessionárias.
Em alguns casos, a participação delas nas compras praticamente
dobrou nos dois últimos anos. É o caso da paulista Sopave, uma das maiores
revendas Volkswagen, com vendas mensais de 1000 carros novos e outros 600
usados. Atualmente, de 47% a 49% das suas vendas realizadas são feitas para o
público feminino. Há dois anos, esse percentual era de 22%.
2.2.1 – Renault
Pesquisa feita pela Renault ao longo dos últimos três anos, com cerca
de 7 mil pessoas ouvidas em vários Estados, mostra que a preferência das
mulheres está cada vez mais próxima da dos homens no que se refere ao
automóvel. "Apesar de algumas necessidades específicas, os critérios de compra
estão muito próximos aos do homem", CASTANHO (08/04/10).
Um dos poucos casos bem sucedidos foi o do Twingo Benetton, na
Renault, compacto multicolorido que vendeu 21 mil unidades na Europa. Mas, no
Brasil, um carro segmentado pode ser sinônimo de encalhe certo. Foi o que
aconteceu com o Chevette Jeans, da General Motors, e com o Lady Fusca, da
Volkswagen, que acabou nem saindo do papel, assim que uma analise constatou
um alto índice de rejeição das mulheres ao produto.
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2.2.2 – Volkswagen
Entre os modelos Volkswagen, o Fox e o CrossFox lideram na
preferência de compra das mulheres: 51% e 52%, respectivamente. Em
setembro, 51% dos automóveis vendidos foram adquiridos por mulheres, para
KAKINOFF (23/10/06), mais do que um fato isolado, essa é uma tendência de
mercado.
Levando em conta o poder de compra feminino no mercado
automobilístico, a Volks convida periodicamente mulheres de várias faixas sociais
e etárias para participarem de "clínicas" de novos produtos. Elas opinam sobre
nomes, cores, estofamentos e até mensagens das propagandas dos futuros
lançamentos, que são consideradas no desenvolvimento dos veículos da marca.
A montadora tem colhido bons frutos com esta estratégia.
Entre as marcas do Grupo Volkswagen, as mulheres compram 53% do
modelo Ibiza (Seat), 40% do Polo Classic (VW), 38% do Gol (VW), 32% do Golf
(VW) e mais de 30% do Audi A3 (Audi).
Comparada aos clientes masculinos, a Volks constata que a clientela
feminina segue melhor as recomendações do fabricante (costuma ler os manuais
dos carros e preocupar-se com os cuidados com o veículo), usa mais a rede de
concessionários.
O Fox é o campeão entre as mulheres devido à posição alta de dirigir e
a grande variedade de porta-objeto, além do espaço interno. Isso está relacionado
ao perfil feminino, que busca mais conforto no momento de escolher um modelo.
“O percentual de mulheres que adquirem o Fox chega a 48% (oito pontos
percentuais acima da média)”, OLIVAL (07/03/08).
Em 2002 (ano de lançamento do Polo), a Volkswagen realizou
pesquisas com consumidoras para identificar o que elas esperavam dos carros da
marca. Desde então, a marca foi pioneira na introdução de vários itens de
conforto solicitados, algumas mudanças foram incorporadas para atender às
exigências femininas: regulagem de altura dos bancos do motorista em toda a
linha e em todas as versões, desde as mais básicas; espelho no quebra-sol do
motorista e do passageiro em toda a gama e em todas as versões; troca da
maçaneta das portas dos carros lançados a partir de 2002 por peças
desenvolvidas para evitar que as unhas quebrem; troca do tecido dos bancos dos
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veículos, pois os antigos podiam desfiar a meia-calça; e o aumento no número de
porta-objeto.
Recursos tecnológicos como o Bluetooth e o recém lançado Park
Assist, novo sistema oferecido no Tiguan, têm grande aceitação também entre as
mulheres. O equipamento avalia o espaço disponível em vagas paralelas e faz
automaticamente a manobra, sem precisar das mãos ao volante.
2.2.3 – Fiat
A Fiat, por exemplo, dispõe de itens opcionais específicos. Entre eles,
o assento especial para bebe e o suporte para mamadeira, onde é possível
esquentá-la, ligando-a no acendedor de cigarros. Itens como suporte para
sombrinha, também bem-vindos, proporcionam um grande volume de vendas, e
são mantidos entre os opcionais na nova família Palio, lançada recentemente,
MAZZUCATO (07/03/08).
Para a Fiat, o público feminino ganhou mais importância com o
lançamento da linha Palio, em 1997. Aliás, 43% das vendas do Palio e 42% do
Weekend, os dois modelos mais vendidos da marca italiana, são destinados às
mulheres. O carro com quatro portas é um dos preferidos. "O público feminino tem
algumas exigências especificas como conforto, segurança, dirigibilidade e espaço
interno", MAZZUCATO (07/03/08). Segundo ele, esses percentuais vêm
mantendo-se estáveis durante os últimos dois anos.
O Palio Adventure e o Idea são os preferidos das motoristas, que
correspondem a 47% dos donos desses carros. Os motivos, segundo a empresa,
são espaço interno, design mais arredondado, maior conforto e segurança. Além
disso, o Idea possui um segundo espelho retrovisor, para que o motorista possa
observar o que ocorre no banco traseiro, caso tenha filhos. Outra novidade é a
abertura do tanque de gasolina por um botão interno, porque, segundo a Fiat, as
mulheres não gostam de entregar a chave do carro a frentistas nos postos de
combustível.
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2.2.4 – Citroen
Para GREIF (07/03/08), os carros da marca Citroen têm projetos que
coincidem com o que pede o universo feminino, como nos casos dos porta-
objetos dos espelhos iluminados ou mesmo das mesinhas tipo avião, presentes
desde o C3, carro de entrada da montadora no país, com índice de venda de
58%.. O Picasso foi criado pensando nas mulheres, e traz esses atributos. O
público feminino é responsável por 56% das compras do modelo.
2.2.5 – Produtos
Segundo pesquisa encomendada pela seguradora britânica Sheila’s
Wheels, 92% das mulheres consultadas revelaram que já deixaram de usar o
cinto de segurança por se sentirem incomodadas com ele. Por isso a Sheila’s
Wheels e a Motor Industry Research Association, instituição fundada há mais de
100 anos no Reino Unido, cujo objetivo é desenvolver novos produtos e
tecnologias para a indústria automotiva concebeu o produto que se chama S-Clip,
por seu formato sinuoso. O funcionamento do dispositivo é simples. Basta atá-lo
junto à trava do cinto e ele se encarrega de desviar a correia alguns milímetros,
evitando que ela passe sobre o seio. Seus criadores garantem que o uso correto
do S-Clip não compromete a eficiência do cinto de segurança.
Antes de dar início ao projeto do S-Clip, a Sheila’s Wheels entrevistou
25 corretoras de imóveis – profissionais que passam muitas horas do dia atrás do
volante – sobre o uso do cinto de segurança. Os dados colhidos nesse estudo
motivaram a realização de uma pesquisa maior, envolvendo 534 mulheres no
Reino Unido. De acordo com a amostragem, 23% das entrevistadas admitiram
que passam o cinto de segurança por baixo do braço enquanto dirigem. Mais da
metade (55%) delas afirmou que ajusta a correia para torná-la mais confortável, e
14% revelou que não afivelam o equipamento, fonte: Carsale.
Entre os atributos mais valorizados pelo público feminino estão a
comodidade, o conforto e a praticidade. Para esse público, o design interno, o
cuidado com os detalhes e os itens de tecnologia é determinante para a decisão
de compra de um novo veículo. Os itens de tecnologia são bem avaliados
considerando os aspectos práticos dos resultados.
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Em outras palavras, quando o assunto é automóvel, a compra da
mulher é mais racional, enquanto a do homem é mais emocional. "Ela nota itens
como a versatilidade para levar as crianças à escola ou para fazer uma viagem
com a família", GREIF (07/03/08).
Itens como ar condicionado, para manter os vidros fechados devido
aos assaltos nos cruzamentos, são praticamente obrigatórios nos carros das
mulheres, que, quando podem, não dispensam um carro blindado.
A preocupação das montadoras acaba sendo em pequenas sutilezas
como o trinco da porta, mais fácil de abrir e ergonômico para não quebrar as
unhas. Mas há também alguns itens opcionais de fabrica.
A mulher compra o carro de dentro para fora.
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CAPÍTULO III
O PODER DE COMPRA DAS MULHERES
Segundo matéria publicada edição da Revista Pequenas Empresas &
Grandes Negócios (nº 212, setembro de 2006) no Reino Unido as mulheres
compram 85% dos produtos, e nos Estados Unidos mais de 75%. No Brasil, elas
respondem por 94% do mobiliário doméstico, 45% dos carros novos, 92% dos
pacotes de viagens e 88% dos planos de saúde. Movimentaram no ano anterior
57,9 bilhões de reais apenas em compras no cartão de crédito.
As mulheres são responsáveis hoje por mais de 70% das compras
diretas e indiretas de veículos no Brasil. Esse percentual que vem gradativamente
aumentando nos últimos anos, é formado por 42% de mulheres proprietárias de
veículos e 30% consumidoras que influenciam outros consumidores no momento
da compra.
Com todo este poder de compra as mulheres deveriam passar a ser o
principal foco de atenção na estratégia de marketing das empresas, tanto no que
tange a produtos de consumo rotineiros, como supermercados e vestimentas,
mas também de bens duráveis, como automóveis e apartamentos.
Diversas empresas já perceberam o poder de compra das mulheres e
começaram a desenvolver táticas e estratégias de mercado com produtos
exclusivos ao público feminino.
Portanto é preciso traçar um perfil destas poderosas consumidoras e
entender como elas consomem para tirar proveito de seu poder de compra. Na
verdade, elas têm atitudes de consumo, preferências, prioridades e exigências
diferentes dos homens. Curioso é notar o processo como a compra ocorre.
“Enquanto o homem adquire um veículo por experiência prévia, ela
sempre compra por recomendação de terceiros", COSTANTINI (07/03/08).
De acordo com BELÉM (02/04/10), o número de mulheres sozinhas
com poder aquisitivo elevado é sensivelmente crescente no País. "O mais
interessante é que elas começam a ir às lojas sozinhas para comprar os próprios
carros", diz. É na escolha do modelo que inicia a tênue linha da diferença dos
sexos no segmento automotivo: os homens são mais emocionais e as mulheres
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mais racionais, buscando itens de conforto e segurança. Já os homens gostam de
serem vistos dentro do carro. "A mulher é mil vezes mais exigente que o homem".
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CAPÍTULO IV
MARKETING E PUBLICIDADE DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
COM FOCO NO PÚBLICO FEMININO
4.1 – Dados Mercadológicos Gerais
"Uma coisa é certa: mulher não quer seu carro tachado como 'carro de
mulher'. A gente tem ações de marketing direto com mulheres, mas não vamos
para a mídia falar que determinado carro é de mulher”, CIACO (07/03/08). Sim,
para as montadoras, seria restringir demais. Aliás, quando um determinado
modelo começa a ser conhecido como "de mulher", as marcas tratam de entrar
em ação para retirar essa pecha.
Considerar apenas aspectos mercadológicos e promover modificações
em um produto com diferentes significados é, no mínimo, uma tarefa delicada e
que pode potencializar riscos de insucesso no mercado.
Cabe às montadoras interpretar as forças atuantes no mercado, como
por exemplo, o de compra das mulheres, que vêm aumentando a participação na
atividade econômica (HOFFMANN; LEONE - 2004) e ganhando atenção das
empresas, BARLETTA (2006).
“Mulher não quer um carro cor-de-rosa. Ela procura o carro como
sinônimo de autonomia, liberdade, que permita realizar seus sonhos",
COSTANTINI (07/03/08), para quem o sexo feminino é um importante indicador
de tendências. "Há cinco anos as mulheres reclamavam de falta de porta-treco.
Faltavam lugares para copos, garrafas e outros objetos nos automóveis. Hoje os
homens pedem o mesmo. Elas têm uma visão antecipada do que vai ser
necessidade do mercado como um todo", diz a diretora, baseada nas clínicas
realizadas pela marca.
Aliás, as experiências antigas mostram que esse tipo de segmentação
é visto com maus olhos pelas próprias mulheres. “Elas consideram uma espécie
de discriminação e não gostam de serem tratadas como exceção”, BELÉM
(02/04/10).
Marcas como Kodak, Nike, Montblanc, Tigre, HP do Brasil, Itaú e
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Bradesco Seguros também desenvolveram produtos e estratégias específicas
para conquistar o público feminino.
4.2 – Dados das montadoras
4.2.1 – Ford
A Ford do Brasil criou dois comitês para discutir os gostos e as
tendências de cores e acabamentos internos de seus veículos que mais atraem
as mulheres.
4.2.2 – Renault
A Renault em parceria com O Boticário lançou em 2002 o “Clio Sedan
O Boticário” com detalhes de acabamentos direcionados a elas.
4.2.3 – Volkswagen
A Volks, como já fora mencionado, convida periodicamente mulheres
de várias faixas sociais e etárias para participarem de "clínicas" de novos
produtos. "Cada vez mais a Volkswagen está ouvindo o público feminino. Hoje,
os grupos de pesquisa são divididos em igual percentual entre homens e
mulheres e em alguns casos fazemos grupos somente de mulheres", ZOLA
(06/03/10).
"A preocupação em atender o público feminino não está somente
restrito ao desenvolvimento do veículo, mas também está presente nas
campanhas de comunicação. Para produzir o filme de lançamento do Novo Gol,
por exemplo, ouvimos um grupo somente de mulheres para uma avaliação prévia,
seguimos o conceito melhor avaliado por elas", ZOLA (06/03/10).
Com novo design interno e externo, o modelo Gol aumentou a sua
participação na preferência de compra das mulheres. O modelo que antes tinha
15% de suas vendas para o público feminino agora já registra 40%.
As mulheres também são muito mais receptivas a uma nova cor,
apesar de manterem o prata e o preto no topo da lista de preferências, a cor
vermelha também tem uma ótima aceitação. Os revestimentos internos também
25
são analisados de forma criteriosa pelas mulheres, como os tecidos, a forma dos
bancos e as texturas dos revestimentos.
"Mudamos a cada ano o nosso leque de cores e introduzimos novos
revestimentos de bancos e novas texturas. Temos um grupo feminino de
designers no Color & Trim que trabalha no desenvolvimento de novas cores e
tecnologias de tecidos sempre seguindo as tendências de moda, arquitetura e
design", BIONDO (06/03/10).
A Volkswagen também oferece Curso de Mecânica exclusivo para o
público feminino o M.I.M., curso de Mecânica Inteligente para Mulheres. O
objetivo é auxiliar a mulher a entender melhor o seu carro, além de mostrar a
importância de fazer as revisões nas concessionárias autorizadas e utilizar peças
e acessórios originais. No curso, as mulheres irão aprender mecânica básica de
uma forma muito divertida, simples e direta, além de tirar as dúvidas mais
freqüentes que permeiam o universo feminino.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher lançou uma
Campanha Publicitária parabenizando as mulheres em filme, anúncio em revista e
na internet. Veiculou o filme de 60’ na TV aberta. O filme começava com um
aviso: "no dia Internacional da Mulher, a Volkswagen fez este comercial para
ajudar os homens". A partir daí, são dados vários conselhos para os homens
entenderem um pouco mais a alma feminina. O filme termina com a locução:
“Homenagem da Volkswagen à sofisticada engenharia feminina". Nas revistas, o
anúncio, impresso em página dupla, mostra um guardanapo com uma marca de
batom que se parece com a silhueta do New Beetle e o título "Isso não é uma
homenagem às mulheres, é um obrigada da Volkswagen por tanta inspiração. 8
de março".
4.2.4 – Chevrolet
Também no Dia Internacional da Mulher a Chevrolet, usando o
momento apropriado para fazer um marketing básico, ofereceu um check-up
gratuito de mais de 30 itens e também palestras sobre conceitos básicos de
mecânica para proprietárias de veículos Chevrolet. Essa ação fez parte da Clínica
de Serviços Chevrolet e acontece entre dia 1 e dia 15 de março.
26
Salta aos olhos a maneira diferenciada como a mulher se relaciona
com o automóvel. Enquanto o homem enxerga o lado "carrão", destacando
potência, ronco do motor, rodas de liga leve e outros detalhes que remetem mais
ao exterior do veículo, a mulher se preocupa mais com itens mais funcionais e
objetivos, como consumo de combustível e facilidades internas, como boa
quantidade de porta-objeto ou a presença de luz no espelho do pára-sol.
“Enquanto o homem adquire um veículo por experiência prévia, ela
sempre compra por recomendação de terceiros", COSTANTINI (07/03/08).
27
CAPÍTULO v
MARKETING E PUBLICIDADE DAS SEGURADORAS DE AUTOMÓVEIS COM
FOCO NO PÚBLICO FEMININO
5.1 – Das Operadoras de Seguros
Com base nos dados estatísticos que apontam um envolvimento menor
de mulheres em acidentes de trânsito, algumas empresas de seguros de veículos
até oferecem descontos quando o principal condutor especificado no plano for
uma mulher.
A Valor Corretora de Seguros de Ourinhos, por exemplo, oferece
planos do Unibanco e da AGF que possuem essa característica. “No caso do
Unibanco, há até um produto específico chamado “Mulher”, agrega valor ao
produto, FRANCISCO (26/03/10), o desconto é de aproximadamente 20%.
Mas outras características entram no cálculo do seguro e, no caso das
mulheres, podem render um desconto ainda maior. “Se a mulher tiver mais de 36
anos o desconto é maior, se tiver filhos menores de 10 anos, ainda mais, e, em
alguns casos, dentro de certas características, chegam a render um desconto de
30% a 40% no valor do seguro”, FRANCISCO (26/03/10).
Essas ofertas são baseadas em estatísticas feitas pelas companhias de
seguro.
“Pegou” e “Houve há muito tempo uma campanha promocional de uma
seguradora com desconto para mulheres e pegou tanto que até hoje elas me
perguntam se não é mais barato para o sexo feminino”, VIEIRA (26/03/10),
trabalha há 15 anos no ramo e afirma que o seguro de veículos das companhias
com que trabalha têm o mesmo preço para homens e mulheres.
A Indiana Seguros, que tem matriz em São Paulo, fez um levantamento
com 100 mil clientes homens e 100 mil mulheres e comprovou que as jovens são
mais prudentes na direção do que os rapazes. Na faixa dos 24 anos, por exemplo,
elas batem o carro 32% menos do que eles, os danos também são em torno de
8% menores. Já aos 33 anos, o número é ainda mais evidente: as mulheres
causam prejuízos 14% menores quando comparados aos provocados pelos
28
homens.
A mesma pesquisa demonstrou ainda que o custo médio das colisões
provocadas por mulheres é 10% menor que as causada por homens, embora as
mulheres causem 15% mais danos a terceiros do que os homens – o que é
explicado pelo volume de pequenas batidas provocadas por mulheres, que ficam
abaixo da franquia do veículo e não foram analisadas pela pesquisa.
Em compensação, infelizmente, as mulheres continuam sendo o alvo
preferencial de furtos e roubos a partir dos 29 anos: o índice é 8% maior que os
homens vítimas desses crimes. Porém, antes dessa idade, por conta dos hábitos
noturnos, os homens são as maiores vítimas.
De olho nesse público-alvo, as seguradoras de veículos criaram
serviços especiais para atrair o que consideram clientes mais exigentes. Dados
da Brasil Veículos, seguradora do Banco do Brasil, mostram que o número de
sinistros de perda parcial envolvendo o público feminino é em torno de 10% maior
do que aqueles em que um homem é o responsável. “Os benefícios foram
desenvolvidos com o objetivo de atender todas as exigências e necessidades
específicas das seguradas, que em nossa carteira de clientes representam 46%
dos condutores”, OLIVEIRA (18/01/09).
Mais do que preservar o carro, a mulher preocupa-se com imprevistos.
“Ela utiliza o automóvel como solução em sua rotina diária. Por isso, deseja que
ele esteja em bom estado, de forma que não a coloque numa situação inesperada
na rua, especialmente quando acompanhada dos filhos” e “Os levantamentos
revelaram que o público feminino carecia de um seguro de veículo que atendesse
a seus anseios de boa relação custo-benefício e atendimento diferenciado”,
GONÇALVES (18/01/09). Dois anos após o lançamento, o produto mostrou
crescimento de 50% na participação das mulheres. Hoje, elas respondem por
45% do total de apólices nesse segmento na empresa.
Além dos serviços convencionais, veja o que algumas empresas
oferecem de especial para motoristas do sexo feminino:
● Em caso de acidente, furto ou roubo, acompanhamento à
delegacia e motorista para levar a vítima em casa;
● Atendimento especializado em mecânica com tira-dúvidas 24 horas
por telefone;
● Assistência residencial (encanador, eletricista, assistência técnica
29
de eletrodomésticos e computador);
● Desconto na compra de GPS;
● Envio de moto ou táxi para transporte até a residência e reboque
em caso de pane;
● Motorista amigo para quando você não estiver em condições de
dirigir depois da meia-noite;
● Ajuda em troca de pneus;
● Cobertura para bens pessoais deixados dentro do veículo;
● Serviço de baby sitter com profissional quando a segurada não
pode ficar com os filhos;
● Assistência nutricional profissional para esclarecer dúvidas e orientar
sobre como manter e preparar uma alimentação saudável.
Homens pagam até 30% mais caro por seguro de carro do que as mulheres,
pois elas provocam menos acidentes, segundo pesquisa.
Levantamento aponta que homens se envolvem em 80% dos
acidentes. As estatísticas comprovam: a maioria dos acidentes de trânsito é
provocada por homens, de acordo com levantamento do Sindicato das Corretoras
de Seguros do Distrito Federal.
Enquanto os homens insistem em chamar as mulheres de “barbeiras”,
as companhias de seguro cobram mais caro deles.
O exemplo é um carro popular. Um homem de 30 anos vai pagar um
seguro de R$ 2,7 mil. Já a mulher, da mesma idade, vai pagar um seguro de R$
1,9 mil. A economia é de R$ 800, quase 30% menos que os homens pagam.
“Os acidentes que as mulheres se envolvem são, geralmente,
pequenos. É um arranhãozinho aqui, um arranhãozinho acolá. Enquanto que um
jovem ou outra pessoa do sexo masculino, os acidentes que eles se envolvem
são realmente expressivos”, ALVES ( 18/01/09).
“As mulheres são mais prudentes, mais cautelosas. Todo que o homem
não é”, confessa um motorista.
As mulheres já são quase 50% da clientela das Seguradoras de
Veículos e, por serem consideradas mais cautelosas na hora de dirigir, podem
pagar um pouco menos no valor total do seguro. E, apesar de também causarem
acidentes de trânsito, são as colisões envolvendo homens que terminam com
mais freqüência em perda total do veículo.
30
“A mulher bate o carro com menos intensidade do que o homem” e
"Homens são geralmente mais ousados e têm dirigibilidade com velocidade mais
elevada, causando perdas totais por colisão, já a mulher, trabalha muito mais com
a prevenção do que com a reação”, SEBASTIÃO (03/06/09).
“As mulheres também são mais cuidadosas ao volante, batem com
menos freqüência e os acidentes têm intensidade menor também. Isso porque
elas andam mais devagar, bebem menos - o que contribui muito para a ocorrência
de acidentes - e geralmente têm mais zelo. Com isso, os danos médios dos
acidentes envolvendo mulheres, são menores”, GOLDMAN (03/06/09)
O cuidado com o carro é detectado nas mulheres também na hora de
estacionar. "A mulher costuma deixar o carro mais em estacionamentos do que na
rua, diferentemente do homem, e, quando param na rua procuram lugares mais
movimentos, com mais luz", SEBASTIÃO (03/06/09).
As seguradoras consideram também que, apesar do grande número de
mulheres ao volante nas ruas, elas ainda estão menos expostas aos riscos do
que os homens. "A exposição da mulher é menor, pois elas dirigem menos tempo
que os homens. Enquanto é jovem, muitas só guiam quando pegam o carro
emprestado do pai ou do namorado. Depois de adultas, mesmo que elas tenham
carro, muitas vezes eles ficam na garagem", GOLDMAN (03/06/09).
Quando se fala da mulher motorista, surgem sempre duas colocações.
Uma delas parte da ótica masculina e reza que mulher é barbeira.
Outra teoria — levantada geralmente pelas próprias ofendidas — diz
que a mulher dirige melhor, por ser mais cuidadosa.
E, para “provar” a afirmação, é comum alguém alegar o fato de que
algumas companhias de seguro oferecem descontos para mulheres justamente
porque elas se envolvem menos em acidente.
5.2 – Dos Órgãos Públicos
A mulher é mais cuidadosa ao volante, e, segundo dados do
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) respondem por
somente 3% dos acidentes em estradas federais fonte: Carsale.
Frase do tipo "Mulher no volante perigo constante", é comum no dia a
dia do trânsito de todo o país. Mas esta opinião contraria as estatísticas do
31
DENATRAN - Departamento Nacional de Transito, que revelam que no passado,
do total de condutores envolvidos em acidentes de trânsito com vítima, 86% eram
homens e apenas 14% mulheres.
Elas representam 29% dos condutores habilitados, ou seja, de cada 10
veículos que circulam no país, apenas 3 são conduzidos por mulheres.
Nos dados estatísticos dos Órgãos Públicos que disciplinam a matéria
constam que o país tem 33%, um terço, de motoristas do sexo feminino. Segundo
DENATRAN o número de motociclistas mulheres cresceu 50% desde 2004. O
número de mulheres com habilitação para dirigir automóveis cresceu 44% entre
dezembro de 2004 e dezembro de 2008.
Segundo dados do DENATRAN, em 2004 o país tinha 10.374.385 de
mulheres habilitadas. Já em dezembro de 2008 o total chegou a 14.999.114.
Em relação às mulheres com habilitação "A", necessária para a
condução de motocicletas, o departamento registra 2.534.242 de motociclistas.
As mulheres se envolvem em menos acidentes com vítimas.
A pesquisa revelou ainda que dos condutores envolvidos em acidentes
de trânsito com vítimas, ocorridos de 2004 a 2007, apenas 11% eram mulheres.
De acordo com o levantamento, 1.702.738 de condutores estiveram envolvidos
em 1.574.829 acidentes de trânsito com vítimas registrados nesse período.
Considerando a média de condutores envolvidos se identificou que 71% eram
homens, 11% mulheres e 18% não informados.
Segundo o departamento de estatística do DETRAN, as multas por
falar no celular ao dirigir são divididas em 55,7% para mulheres e 44,3% para os
homens.
O Distrito Federal tem 1,2 milhão motoristas habilitados. Como em todo
o mundo, os homens são a maioria: 64%. As mulheres, 36%. Mas quando o
assunto é acidentes, a proporção é bem maior: eles estão envolvidos em 80% das
colisões.
“A gente tem um número maior de homens habilitados. Em segundo
lugar tem uma relação, sim, com a questão de comportamento, com aceitação de
risco maior da parte do sexo masculino, que é um dado cultural, muito
provavelmente ligado à socialização”, PAVANI (06/03/09).
Diferentemente das mulheres, o perfil dos homens; que a leitura da
amostra revela ser a maioria no trânsito, na proporção de 2,6 homens para uma
32
motorista; são mais agressivos, dirigem mais sem o cinto de segurança, avançam
mais o sinal vermelho e são multados por excesso de velocidade com muito mais
freqüência, 81,4% contra 18,6% das mulheres, na modalidade de 50% acima da
velocidade permitida. Eles lideram também as multas de 20 a 50% acima da
velocidade permitida na via.
Se nas ruas as mulheres ainda são perseguidas pela fama de más
motoristas, este mito não chega às seguradoras de automóveis.
Realmente as mulheres são minoria nos acidentes de trânsito.
Pesquisas divulgadas por diversos meios de comunicação citam que elas são
responsáveis por cerca de apenas 30% dos acidentes. O que muitas vezes não é
citado nessas pesquisas, porém, é que as mulheres também são minoria no
número de cartas de habilitação.
Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN),
em novembro de 2002 havia 35 milhões de motoristas no país. As mulheres eram
apenas 9 milhões contra quase 26 milhões de homens. O índice de mulheres que
guiam é de apenas 26,17%.
Em Santa Cruz do Rio Pardo, neste período, as estatísticas dos
acidentes indicou números se aproximam dos dados nacionais. Dos envolvidos
em acidentes 71,7% são homens e 28,3% são mulheres. Do número de
habilitações expedidas 71,7% são homens e 28,6% são mulheres. Do
envolvimento proporcional em acidentes 4,68% são homens e 4,59 são mulheres.
Um levantamento feito pela Polícia Militar aponta que entre fevereiro e
maio deste ano foram registrados 116 acidentes de trânsito na cidade — com
vítima, sem vítima e atropelamentos. Os condutores dos veículos envolvidos
eram, na maior parte, homens — mais de 70%. Foram 198 condutores homens
contra 78 mulheres — alguns acidentes tinham mais de dois veículos envolvidos.
Ocorre, porém, que o número de homens motoristas também é
superior ao de mulheres em Santa Cruz do Rio Pardo. Um levantamento feito pelo
DEBATE junto à CIRETRAN constatou que em 2002 o órgão expediu quase 6 mil
carteiras de habilitação— entre novas, renovações e transferências.
Desse total, apenas cerca de 1.700 referiam-se à mulheres. Os
homens condutores representaram 71,4% das habilitações.
Comparando os dados da CIRETRAN e da Polícia Militar pode se
chegar à conclusão de que, na realidade, homens e mulheres empatam no
33
quesito “barbeiragem”.
O número de homens que se envolveram em acidentes este ano
representa 4,5% dos que tiveram habilitação em 2002. No caso das mulheres, o
índice é o mesmo.
Na atividade profissional com cargas pesadas é pequena a presença
feminina, e, como ilustração, citam-se: Maria Eliete Nascimento, há 15 anos
conduz um caminhão dentre 40 homens; Marina Nunes Pereira, está há 6 anos
na profissão motorista de transporte coletivo.
34
CONCLUSÃO
Diversos elementos comprovam a dissertativa de que o universo de
mulheres consumidoras alavancou a produção e o consumo de automóveis e
serviços acessórios. Fatores múltiplos convergem numa única resultante –
aumento da produção industrial e dos setores que compõem a cadeia produtiva
de veículos decorrentes do aumento expressivo do consumo feminino. Dados
analíticos de comportamento de um mercado, das relações que se originam entre
seus componentes, utilizando-se dados estatísticos coletados por Órgãos
Públicos, bem como os diversos bancos de dados existentes, a exemplo, dos
fabricantes e seguradoras, e conhecer como estes possibilitaram consolidar
ações estratégicas, como o marketing a exemplo, e a formação de políticas
específicas, duradoras e eficazes.
Órgãos Públicos de controle de trânsito, dentre outros, são provas
cabais, incontestáveis, e, quando analisadas conjuntamente com os quantitativos
da evolução dos quadros sócio-econômicos, demonstrativos do poder econômico
das mulheres e da sua atual posição social desta na estrutura familiar,
demonstram o crescimento simultâneo de ambos.
A ferramenta do Marketing comprovadamente desenvolveu sucessivas
ações através de campanhas com enfoque preciso no público feminino,
explorando o poder econômico, a projeção e o status social, a quebra do viés
preconceituoso e o conseqüente aumento da auto-estima, as necessidades e
adequações específicas do produto, dentre outros. A indústria automobilística
desenvolveu e aperfeiçoou seu produto as necessidades deste público
consumidor com base nestes novos bancos de dados. Os setores de serviços,
seguros, a exemplo, desenvolveram produtos com preços e características
diferenciados.
Em sendo a origem dos dados estatísticos sobre ser a mulher melhor
motorista que o homem formada em bases desproporcionais, isto é, o percentual
entre homens e mulheres condutoras analisados era muito diferenciado,
permanecia o descrédito e a dúvida quanto a real motivação deste demonstrativo.
Seria manipulação de dados com fins de desatravancar um possível inibidor da
35
demanda retraída do produto veículo pelo potencial consumidor feminino? Fato
notório é que este enfoque dado ao assunto, este painel, impulsionou o consumo.
Entretanto, com o passar dos tempos, houve a consolidação dos dados
levantados pelo estudo, e, atualmente, a mulher persevera na liderança como
melhor motorista e com menor potencial de gravidade no resultado dos acidentes
causados.
Fato posto, não é possível que em pleno Século XXI os preconceitos
sociais não possam ser suplantados pelos valores lógicos e probatórios. Criticar
só por criticar se torna pequeno e mesquinho ante a necessidade de se conviver
socialmente com dignidade e respeito, indiferentemente de razões de sexo; que é
o caso; classe social ou qualquer outra alegação fútil.
36
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te acesso em 02/04/10.
38
ÍNDICE
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
CONCEITUAÇÃO E HISTÓRICO DA CIÊNCIA DO MARKETING 11
CAPÍTULO II
DADOS ESTATÍSTICOS E ESTUDOS DA ALAVANCAGEM DO CONSUMO DE
AUTOMÓVEIS E PRODUTOS DESTE SEGMENTO PELAS MULHERES 14
2.1 – Dados estatísticos 14
2.2 – Estudos e desenvolvimento dos produtos 15
2.2.1 – Renault 16
2.2.2 – Volkswagen 17
2.2.3 – Fiat 18
2.2.4 – Citroen 19
2.2.5 – Produtos 19
CAPÍTULO III
O PODER DE COMPRA DAS MULHERES 21
CAPÍTULO IV
MARKETING E PUBLICIDADE DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA COM
FOCO NO PÚBLICO FEMININO 23
4.1 – Dados Mercadológicos Gerais 23
4.2 – Dados das montadoras 24
4.2.1 – Ford 24
4.2.2 – Renault 24
4.2.3 – Volkswagen 24
4.2.4 – Chevrolet 25
CAPÍTULO V
MARKETING E PUBLICIDADE DAS SEGURADORAS DE AUTOMÓVEIS COM
FOCO NO PÚBLICO FEMININO 27
5.1 – Das Operadoras de Seguros 27
39
5.2 – Dos Órgãos Públicos 30
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA 36