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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS - BENEFICIANDO A INSTITUIÇÃO Por Érica Bastos Vieira Coutinho Orientadora Professora Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS - BENEFICIANDO A INSTITUIÇÃO

Por Érica Bastos Vieira Coutinho

Orientadora

Professora Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS - BENEFICIANDO A INSTITUIÇÃO

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão de Recursos Humanos.

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AGRADECIMENTO

“Nenhum ser humano se desenvolve

por si mesmo”

Virginia Satir

À Deus, por me sustentar nos

momentos em que pensei em desistir,

à minha família que contribuiu direta ou

indiretamente para mais esta

conquista, aos professores pela forma

como disseminaram o conhecimento

que agora me completa enquanto

pessoa e profissional.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu padrasto Zaqueu Soares e ao meu Marido Celso Roberto.

Érica Bastos Vieira Coutinho

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“Os verdadeiros analfabetos não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender”.

(Alvin Toffler)

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RESUMO

O presente trabalho procura destacar os benefícios que a implantação

da ferramenta, Plano de Cargos e Salários pode trazer para empresa. Para que

o assunto abordado seja perfeitamente entendido pelo leitor, no primeiro

capítulo o histórico da área de Gestão de Recursos Humanos é apresentado,

visto que de forma macro, as responsabilidades destas práticas estão inseridas

nesta área.

Já no segundo capítulo, estão explicitados os processos que constituem

as competências do departamento de RH, sob uma visão mais arrojada e

atualmente praticada pelas grandes empresas. Uma visão estratégica.

Em seguida, no capitulo terceiro, finamente trata das fases de

implantação de um plano de cargos e salário e evidencia os benefícios que a

empresa que opta por utilizar tal ferramenta possa vir a ter

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METODOLOGIA

Este trabalho tem como base para sua construção, artigos, publicações,

entrevistas e pesquisas em sites especializados em gestão de recursos

humanos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09 CAPITULO 1 11 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS: HISTÓRICO, CONCEITOS E OBJETIVOS. CAPITULO 2 19 VISÃO ESTRATÉGICA DOS PROCESSOS DE RECURSO HUMANOS CAPITULO 3 35 O PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS E OS

BENEFICIOS PARA EMPRESA

CONCLUSÃO 46 INDICE DE ANEXOS 48 ANEXOS 49 BIBLIOGRAFIA 54 INDICE 56 FOLHA DE AVALIAÇÃO 59

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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho e tonar claro os benefícios que a implantação

de um Plano de cargos e Salários pode trazer para empresa e auxiliar o

profissional de RH com os argumentos necessários para a conquista do

engajamento da alta diretoria numa possível implantação deste projeto na

empresa onde atua.

O Plano de Cargos e Salários é uma ferramenta de RH, cujos objetivos

claros são os de desenvolver estrutura e normas de Cargos e salários,

buscando coerência nas práticas de promoções internas, bem como suas

relações com os salários e cargos praticados no mercado.

Ainda há muitas grandes e médias empresas que não enxergam nesta

ferramenta os benefícios que a própria organização possa vir a ter, mas

apenas uma possibilidade de motivar o seu pessoal. Com este raciocínio,

muitas delas preferem não investir na implantação de um Plano de Cargos e

Salários, e afirmam encontrar em outras ferramentas e alguns tipos de

recompensa, uma forma mais eficaz e mais barata de motivar seu pessoal. E

não é mentira. Trabalham com prêmios e recompensas por produção, sorteios

e reconhecimento formalizado a toda organização. Mas também é certo de que

na maioria dos casos, estas formas de motivação não são duradouras e nem

se estende a todos os funcionários, levando em conta a natureza das suas

atividades e o de suas competências pessoais.

É de responsabilidade do RH que algumas informações que contribuirão

para aceitação por parte da diretoria, cheguem dentro da empresa. Por

exemplo, o tão comentado “Apagão de Talentos”. Este é um forte argumento

quando se apresenta as vantagens que a empresa possa vir a ter se praticar o

PCS. Tal ferramenta tem se mostrado muito eficaz na atração destes talentos e

principalmente a manutenção dos mesmos, que são constantemente

assediados pela concorrência.

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É necessário que o profissional de Rh esteja preparado para tornar

explícitas as vantagens que uma organização possa ter com a implantação de

um PCS. Para isso, é essencial tornar quantitativo os resultados alcançados e

explicitar a sua contribuição para o alcance dos objetivos organizacionais.

Visto que os resultados tangíveis da implantação de um plano de cargos

e salários são na verdade consequência dos resultados intangíveis do mesmo,

ou seja, o retorno quantitativo (redução dos custos, aumento da lucratividade,

aumento da produtividade, atração de talentos...) aparece posteriormente ao

retorno qualitativo (retenção de talentos, motivação...), acredita-se que a

Gestão estratégica das organizações, precisa de fatos para que os possam

fazer enxergar os resultados propostos pelos profissionais especialistas.

Para que este estudo possa servir de base para outros profissionais, o

mesmo será realizado com base no histórico e teorias direcionadas à cultura

trabalhista do Brasil, mesmo que se apresentem trechos de literatura

estrangeira, considerando-se a influência desta na pratica referente ao tema a

ser desenvolvido.

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CAPÍTULO 1

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS: HISTÓRICO, CONCEITOS E OBJETIVOS.

Este capítulo tratara a Gestão de Recursos Humanos, numa tentativa de

situar o leitor sobre a plataforma em que se insere o tema do estudo

apresentado. Nele estarão explicitados o histórico e desenvolvimento,

nomenclaturas utilizadas para denominar as práticas e o objetivo das mesmas.

1.1 HISTÓRICO

Segundo Chiavenato (2000) a expressão Recursos Humanos é utilizada

desde o seu surgimento, fundamentada em princípios e práticas da

administração científica e, até os dias atuais, dá suporte à racionalização do

trabalho, visando ao número de produtividade e redução de custos.

A Gestão de Pessoas (GP) é responsável por “um

conjunto de políticas e práticas que permitem a

conciliação de expectativas entre a organização e as

pessoas para que ambas possam realizá-las ao longo do

tempo”

Joel Souza Dutra, 2008 p 17

Com base nos estudos de Albert Cherns (1982) e Malvezzi (2010). (Joel

Souza Dutra) Até aproximadamente 1700 o trabalho era algo artesanal e a

figura do trabalhador era o artesão, que tinha as competências para

desenvolver seus produtos manufaturados, em troca de insumos que

garantisse sua sobrevivência. No início do século XVIII a população inglesa

inicia um crescimento extremamente rápido, e a maior demanda por produtos

institui a escassez de matéria prima, para os trabalhadores da manufatura.

Então os homens mais ricos, tiveram a ideia de adquirir matéria prima em

maior quantidade para armazenar e, durante os momentos de escassez,

oferecer aos artesãos que fabricassem produtos para eles (trabalhassem como

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empregados). Desta forma os artesãos não mais produziriam seus próprios

produtos, ao invés disso, seriam remunerados por aquele dia de trabalho. A

este fenômeno deu-se o nome de enclosure.

A novidade da forma como se poderia ganhar dinheiro e a contínua falta

de matéria prima, fez com que os trabalhadores rurais migrassem para grandes

centros metropolitanos onde estavam sendo estabelecidas as indústrias. Surgiu

então um problema que era justamente a falta de experiência de trabalhadores

que, até então, só conheciam atividades específicas ligadas ao cultivo da terra

ou atividades manufatureiras básicas e encontravam, pela primeira vez na vida,

um local de trabalho onde o ritmo não mais era ditado por eles, mas sim por

outra pessoa (ou indústria).

O modelo predominante na época era o do “homem econômico” cujo o

único intuito de se trabalhar era o dinheiro e o medo de não ter o que comer ou

onde morar, tendo então como resposta a demandas da época a

administração científica (regida por leis como as ciências naturais impulsionas

pela física e a química) como proposta por Taylor (CHERNS, 1982).

Com a contínua expansão industrial, por volta de 1829 o cenário

apresentado era o de pressão por mais produção, as indústrias passam a ter

maiores poderes políticos (em função do alto acúmulo de capital) submetendo

seus trabalhadores a uma jornada de trabalho desumanizante que girava entre

18 e 22 horas diárias. Alia-se a isso o as condições insalubres do local de

trabalho4 e temos um contexto onde o principal problema encontrado na

gestão desses trabalhadores foi logicamente o da fadiga. A saúde dos

trabalhadores começa a chamar a atenção, ou melhor, a falta dela. O alto

número de empregados que entravam em óbito elevou esta questão a

patamares de alta atenção dos industriais da época dirigindo sua cautela para

a otimização do desenho do ambiente de trabalho e das tarefas buscando

diminuir tais problemas. Tem-se como modelo de homem do trabalho o

“homem máquina” culminando com o início da medicina ocupacional (ainda

que precária e rudimentar).

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Como aponta Malvezzi (2010), entre 1880 e 1920 algumas mudanças

significativas ocorrem, tais como o início da troca dos motores a vapor para a

energia eletromecânica. Em decorrência da falta de experiência o que ocorre é

uma inconsistência oscilatória de produção entre altos e baixos, devido à

constante quebra de maquinário falta de peças e demais problemas

relacionados a esta nova tecnologia. Tal cenário incentivou a transformação na

estrutura ocupacional a medida que foram sendo requisitados cada vez mais

trabalhadores “especializados” nas máquinas assim como em sua manutenção.

Diante deste contexto, o problema encontrado foi a alocação de pessoas7 uma

vez que a especialização era produto raro entre os recursos humanos da

época. É neste período que a psicometria8 teve seu avanço garantido como

aponta Spector (2002) com o nascimento dos primeiros testes psicológicos

(Army Alpha e Army Beta). O modelo de homem então passa a ser o “homem

funcional” (como aquele que necessita ser encaixado no local certo).

No século XIX, com a necessidade de controlar e contabilizar os cadastros

dos trabalhadores, suas faltas e atrasos, viu-se a necessidade de criar um

departamento para agir sobre estas responsabilidades, criou-se então

Departamento de Recursos Humanos. Na época, era comum que os

funcionários responsáveis por estas atividades agissem de forma inflexível e

fria, principalmente nas demissões. Estes profissionais eram conhecidos com

“Chefes de pessoal”. Para os trabalhadores, um convite ao Departamento de

Pessoal, significava demissão. Isso foi a realidade de muitas empresas, por

muito tempo e pode ser ainda hoje de algumas que insistem em manter as

prática mais conservadoras de DP, em função, principalmente, da falta de

conhecimento das pessoas que a gerem.

As primeiras mudanças sobre a visão em relação ao Departamento de

pessoal surgiram em grandes empresas que investiram em estudos e

pesquisas em psicologia organizacional e da sociologia no trabalho, para que

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os “chefes de pessoal” olhassem para os trabalhadores como seres humanos e

não como mais um insumo da produção.

Foi o engenheiro Frederick W. Taylor que entre 1903 e 1906 em busca pela

maximização da eficiência na produção elaborou dentre outros, os primeiros

estudo em relação ao desenvolvimento de pessoal e seus resultados,

acreditava que oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos

trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria possibilidade de fazê-los produzir

mais e com melhor qualidade. Fica claro que seu foco não eram as pessoas,

mas este pode ter sido o pontapé inicial para o grande desenvolvimento que se

deu as áreas de recursos humanos. Logo em seguida, em 1916, Henri Fayol

lançou, publicou o livro “Administração Geral e Industrial” citando, pela primeira

vez, a divisão das funções do administrador: planejar, organizar, coordenar,

comandar e controlar.

A partir de 1920, importância da relação entre empregados e empregadores

tornou-se a base do novo modelo de administrar. Surge então um novo desafio

para “Chefe de pessoal”, que antes operava à base da força e do autocratismo

e, no novo modelo, o que passava a prevalecer era aumentar a produtividade

eliminando os conflitos e os custos que estes representavam para a

organização.

Os indivíduos e suas necessidades passam a ser o foco da nova forma de

administração. Da evolução desta nova condição se deu então o Behaviorismo,

cuja base também era fundamentada no comportamento humano, porém

existia a singeleza e o empirismo, pois entendia que a simples satisfação no

trabalho geraria a eficiência.

No Brasil a história dos Departamentos de RH inicia-se junto à legislação

trabalhista na década de 30, com o movimento sindical e a proteção aos

trabalhadores que levaram às modificações significativas nas relações de

trabalho no Brasil, surgindo naquele momento a proteção social aos

trabalhadores.

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Antes disto, no período conhecido como Pré-Jurídico, as relações entre

as empresas e seus empregados eram fundamentas na inexistência de

legislação trabalhista e de departamento de pessoal e na descentralização das

funções.

Após a criação das leis trabalhistas, surge então o departamento de pessoal,

com a finalidade de garantir as exigências legais estavam sendo atendidas.

Como marco principal nas relações de trabalho, tivemos em 1943, a

promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (a CLT, legislação

reguladora do trabalho no Brasil). Esta legislação criou a Carteira Profissional,

regulamentou horários de trabalho, definiu férias remuneradas, instituiu as

Comissões Mistas nas Juntas de Conciliação, estabeleceu as condições de

trabalho para menores, entre outras normas.

Nas décadas de 45 à 64, Fase Tecnicista, chegam ao Brasil a indústria

automobilística, são implementados os subsistemas de RH e começa-se a se

preocupar com a eficiência e desemprenho dos trabalhadores. Acompanhando

a este novo ambiente coorporativo, as leis trabalhistas evoluem na direção da

Segurança no Trabalho, Saúde Ocupacional e Pensões.

A partir de 1964, inicia-se a Gestão Personalizada e até 1990 surge a

Gestão Estratégica. Inaugura-se então a gerência de RH com integração dos

enfoques administrativo, estruturalista e comportamental, as reformas

estruturais profundas, movimento da qualidade, surgem novas necessidades e

a nova abordagem de Gestão de Pessoas. Em resumo, a partir do conceito de

“Administração de RH a visão de gestão passa de uma visão clássica,

passando pelo conceito de “Administração de Recursos Humanos” e finalmente

chegando a uma visão mais contemporânea quando falamos de “ Gestão de

Pessoas”

Democracia no trabalho, liderança e Motivação são temas abordados a

parti de 1945, quando a função de chefe de pessoal se envolveu com as

teorias de Mcgregor, Barnard e outros – o poder das relações informais

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começou a ser valorizada a função de “cuidar do pessoal”, ou seja, o chefe de

pessoal deveria se preocupar ainda mais com o empregado e com a

organização, pois nesta época surgiram as questões legais e sindicais. O

Chefe de pessoal passou a ser um gerente de pessoal, porém, ele continuava

diretamente ligado às relações burocráticas que sempre existiram, cumprindo e

fazendo cumprir regras e normas.

Foi na década de 50 que a função de Gerente de Pessoal passou a ser

denominada como Gerente de recursos humanos. Na década de 60, a

nomenclatura Gerente de relações industriais, permitiu às organizações

distinguir quem cuidaria dos aspectos administrativos e políticos e quem

cuidaria das questões “humanas”.

Por muito tempo, mesmo após a evolução acima descrita este

departamento “representou a maneira impositiva e coercitiva a qual as

organizações tratavam os seus funcionários. Depois, recebeu a denominação

de Recursos Humanos (RH) e teve enorme popularidade no mundo todo ao

trazer uma nova postura, mais aberta e dinâmica, em relação aos funcionários,

considerados como o mais importante recurso organizacional” (CHIAVENATO,

2008).

1.2 CONCEITOS

Segundo o pesquisador Nilson Rosa de Farias, existem várias

nomenclaturas paras definir o conjunto destas práticas. A diferença entre elas

podem não existir ou estar relacionadas ao período em que foram utilizadas no

ambiente coorporativo. Seguem abaixo exemplos destas nomenclaturas e em

seguida a especificação de três das quais compõe a evolução a partir do início

do século XX, que irão nos auxiliar na identificação da evolução das práticas de

gestão de RH.

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Mais recentes:

Gestão de Pessoas

Gestão de Talentos

Gestão de Capital Humano

Relações Industriais: esta nomenclatura foi utilizada no período conhecido

como industrialização clássica, que abrange os anos de 1900 à 1950, quando

as organizações tinham como características predominantes estruturas

Funcional, Burocrática Piramidal, Rígida e Inflexível, num ambiente estático e

previsível, onde a cultura tinha foco no passado e na tradição, mantendo o

status quo. As pessoas eram Fatores de produção inertes, sujeito a

regulamentos rígidos e ao controle.

Administração de Recursos Humanos: Nomenclatura utilizada a partir de

1950 e que se manteve até 1990, este período é conhecido como

Industrialização Neoclássica e teve como principal característica organizacional

uma cultura com foco na adaptação ao ambiente, que vivia a intensificação das

mudanças. As pessoas passam a serem vistas como recursos que precisam

ser administrados.

Administração de Pessoas: Após 1990, com um ambiente imprevisível e

turbulento, quando as culturas das organizações precisam estar focadas no

futuro e dando ênfase na mudança e principalmente nas inovações, as pessoas

passam a ser finalmente vistas como seres humanos proativos. A estrutura

organizacional passa então a ser mais flexível e fluída, redes de equipe e

multifuncionais ganham considerável importância.

Hoje, existem várias formas diferentes de denominar o departamento que

cuida das questões humanas nas empresas: Capital humano, Gestão com

pessoas, Capital intelectual, e outros criados pelas próprias empresas, para se

diferenciar, exemplo Pessoas e Serviços. Muitas vezes podemos relacionar a

nomenclatura utilizada com o tipo de gestão que a empresa aplica sobre seu

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corpo funcional. Nas empresas mais tradicionais, faltam ações inovadoras e

mais voltadas ao empregado. Já nas empresas que utilizam nomenclaturas

mais arrojadas é mais comum encontrar um RH que age estrategicamente na

intensão da satisfação do funcionário.

1.3 OBJETIVOS

Para Chiavenato (2008) os objetivos da Gestão de RH passaram por

tantas transformações quanto a sua própria evolução, conforme citados no

tópico anterior. Porém neste estudo serão abordados somente os objetivos que

hoje fazem parte do atual contexto da prática que agem de forma estratégica,

ou seja, atua em função dos objetivos estratégicos da organização.

Infelizmente, em muitos casos, estes objetivos e a certeza da possibilidade de

alcança-los não são conhecidas por todos os que constituem as organizações,

ficam retidos na área de recursos humanos.

Ø Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão.

Ø Garantir um equilíbrio entre os interesses dos funcionários e os da

organização.

Ø Contribuir para a melhoria do desempenho individual e organizacional.

Ø Atrair, desenvolver e manter profissionais qualificados.

Ø Garantir o comprometimento e a motivação dos indivíduos.

Ø Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho.

Ø Administrar as mudanças.

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CAPÍTULO 2

VISÃO ESTRATÉGICA DOS PROCESSOS DE RECURSO HUMANOS

Neste capítulo, exemplificar-se-ão definição e conceito de Gestão

Estratégica de RH, para tornar a compreensão dos processos, ainda nestes

posteriormente apresentados, mais clara, já que estarão orientados à este tipo

de gestão.

2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA DE RH

“O RH estratégico busca o envolvimento das

pessoas no alcance dos objetivos

organizacionais e ao mesmo tempo, no de seus

próprios”.

DUTRA, 2006 p 21

Compreender o significado da gestão estratégica de pessoas pode

corresponder ao ato de destituir a despersonalização nas relações entre as

pessoas, da categoria de consequência mais grave e mais danosa de um

modelo mecanicista e reducionista, com o qual as organizações foram

projetadas e administradas ao longo de tantas décadas.

“A área de recursos humanos passou a ter a

função estratégica de atrair, reter e motivar as

pessoas necessárias à realização dos negócios

da empresa”.

PEREIRA, 2008, p. 48

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Na gestão estratégica de pessoas os funcionários são considerados

partes integrantes da empresa são valorizadas e comprometidas com os

objetivos da organização. Há um sentimento de pertencimento, cria-se uma

relação de compromisso mútuo, no qual o empregador trata o funcionário, não

como um custo a ser controlado, mas como um ativo a ser desenvolvido.

Para que as ações internas estejam alinhadas ao objetivo estratégico

Organizacional é fundamental que estes sejam claros, simples, objetivos, fáceis

de compreender e principalmente, que sejam muito bem disseminados por toda

à organização.

“Visões estratégicas podem ser de tal forma

amplas, que transmitem pouco significado e

orientação às pessoas da organização.

Estabelecer estratégias não garante o sucesso,

pessoas comprometidas e competentes são

quem farão as estratégias evoluírem”.

Ulrich (2000) p 21

Ainda na linha de entendimento de Ulich, “Os profissionais de RH da

atualidade devem estimular a construção de relacionamentos confiáveis;

conhecer os negócios o bastante para se engajar nas discussões; certificar-se

de que os sistemas operacionais básicos de sua área estão desenhados

corretamente; participar dos processos tanto de elaboração como de execução

das estratégias; conhecer a teoria e as ferramentas necessárias para identificar

e administrar um talento; possibilitar que, nas empresas, as coisas aconteçam

de maneira certa, no momento correto”.

Segundo Girardi (2008) um planejamento estratégico adequado conduz

a organização à eficiência operacional e à eficácia dos seus negócios.

2.2 PROCESSOS DE RH

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Segundo ULRICH (2000) Recursos humanos estratégicos revelam o

poder das táticas de RH em influenciar não apenas o desempenho individual,

mas também o da empresa, oferecendo estratégias possíveis que produzam

resultados palpáveis desde a produção até a sala da diretoria.

Os profissionais de RH da atualidade devem estimular a construção de

relacionamentos confiáveis; conhecer os negócios o bastante para se engajar

nas discussões; certificar-se de que os sistemas operacionais básicos de sua

área estão desenhados corretamente; participar dos processos tanto de

elaboração como de execução das estratégias; conhecer a teoria e as

ferramentas necessárias para identificar e administrar um talento; possibilitar

que, nas empresas, as coisas aconteçam de maneira certa, no momento

correto. (ULRICH, 2008).

Conforme Chiavenato (2008), a área de RH envolve os seguintes

processos: Agregar Pessoas, Aplicar Pessoas, Recompensar Pessoas,

Desenvolver Pessoas, Manter Pessoas e Monitorar Pessoas.

Seguem abaixo as exemplificações de cada um dos processos:

2.2.1 Agregar

Segundo Chiavenato (2008), o processo de agregar pessoas constitui as

rotas de ingresso das pessoas na organização. Ainda seguindo a mesma linha,

estes processos constituem o primeiro grupo de processos da moderna gestão

de pessoas. Trata-se dos processos de Recrutamento e Seleção de pessoas.

A obra fala de duas abordagens deste processo, uma tradicional e outra

mais moderna.

Na abordagem mais tradicional, predomina o enfoque operacional e

burocrático. Estes procedimentos obedecem as praticas rotineiras, processos

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sequenciais e uniformes. O foco esta unicamente no preenchimento da vaga e

manter o status quo da empresa.

Já na abordagem moderna do processo, o enfoque é estratégico.

Pensa-se nos benefícios à longo prazo. Há uma busca de melhoria contínua e

não apenas em preencher a vaga. Busca de mudança através de criatividade e

inovação que se introduz na organização, através de novos valores humanos.

Há forte ênfase na eficácia, pois se procura através do processo de agregar

pessoas à aquisição de novas habilidades e competências que permitam à

organização realizar sua missão e alcançar os seus objetivos globais em um

mundo de transformação.

Os processos que agregam as pessoas:

2.2.1.1 Recrutamento de Pessoas

Conforme Chiavenato (2008), o recrutamento corresponde ao processo

pelo qual a organização atrai candidatos no mercado de recursos humanos

(MRH) – conjunto de candidatos a empregos. O recrutamento pode ser interno,

atua sobre os candidatos que estão trabalhando dentro da organização ou

externo, que atua sobre os candidatos que estão no MRH, portanto fora da

organização.

Seguem alguns conceitos de recrutamento:

Segundo, Schermerhorn (1996), recrutamento é um conjunto de

atividades desenhadas para atrair candidatos qualificados para uma

organização.

Já para Chiavenato (1997), recrutamento é um conjunto de técnicas e

procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente qualificados e

capazes de ocupar cargos dentro da organização, por meio do qual a

organização. É basicamente um sistema de informação, por meio do qual a

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organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos as

oportunidades de emprego que pretende preencher.

Para Gómez-Mejía, Balkin & Candy (1995), recrutamento é o processo

de atrair um conjunto de candidatos para um particular cargo. Ele deve

anunciar a disponibilidade do cargo no mercado e atrair candidatos qualificados

para disputa-lo. O mercado do qual a organização tenta buscar os candidatos

pode ser interno, externo ou uma combinação de ambos. Em outras palavras, a

organização deve buscar candidatos dentro dela, fora ou em ambos os

contextos.

2.2.1.2 Seleção de Pessoas

Para Chiavenato (2008) a seleção de pessoas funciona como uma

espécie de filtro que permite que apenas algumas pessoas possam ingressar

na organização: aquelas que apresentam características desejadas pela

organização.

É o processo seguinte ao recrutamento, citado no tópico anterior,

quando os conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais atraídos

pelo recrutamento serão avaliadas e comparadas aos conhecimentos,

habilidades e atitude necessários para que as atividades do cargo pretendido

sejam efetuadas com sucesso.

Em outros conceitos, expresso por autores pode perceber que o

entendimento deste processo está uniforme. Vamos ver alguns desses, que o

próprio Chiavenato explicita em sua obra em 2008.

Seleção é o processo de escolher o melhor candidato para o cargo.

David Cenzo &Stephen Robbins (1996)

Seleção é o processo pelo qual ima organização escolhe de uma listra

de candidatos a pessoa que melhor alcança os critérios de seleção para a

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posição disponível, considerando as atuais condições de mercado. Ivancevich

(1995)

Seleção é um processo decisório baseado em dados confiáveis parar

agregar talentos e competências capazes de contribuir no longo prazo para o

sucesso da Organização. Chiavenato (1994)

Para Chiavento (2008), existem duas alternativas para fundamentar o

processo de seleção: O cargo a ser preenchido e as competências a serem

capturadas. Para o autor, a seleção é configurada, basicamente como um

processo de comparação e decisão.

O processo é bidirecional. Ou seja, enquanto a empresa decide sobre as

pretensões dos candidatos, estes comparam e decidem sobre as ofertas das

empresas de se candidatam.

Este processo é um todo de subprocessos que são fundamentais para

que o profissional escolhido seja realmente o que mais agregará valor a

empresa e que tenha consigo as competências que realmente contribuirá para

o alcance dos objetivos organizacionais. Os processos são: Colheita de

informações sobre o cargo; Mapeamento das competências essenciais; e a

seleção em si, ou seja, o momento em que serão comparadas as necessidades

do cargo e a capacidade dos candidatos. Chiavenato (2008)

2.2.2 Aplicar

Segundo Chiavenato (2004) , aplicar pessoas é o processo que se

sucede os processos anteriormente citados neste estudo, resumidos em

“aplicar pessoas”. Para o autor, as organizações somente funcionam quando

as pessoas estão em seus postos de trabalho e são capazes de desempenhar

adequadamente os papéis para os quais foram selecionadas, admitidas e

preparadas. Este processo mostra como as pessoas são recepcionadas,

escolhidas, introduzidas e iniciadas na organização. Envolvem os primeiros

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passos na integração do indivíduo na organização, o desenho do cargo a ser

desempenhado e a avaliação desse desempenho no cargo. Uma vez

recrutadas e selecionadas, as pessoas deverão ser integradas à organização,

posicionadas em seus respectivos cargos e tarefas e avaliadas quanto ao seu

desempenho. Este processo está dividido em três ações, que seguem

exemplificadas segundo Chiavenato (2008)

2.2.2.1 Orientação de Pessoas

Trata-se de posicionar as pessoas em suas atividades na organização e

esclarecer o papel dela e os objetivos. Determinar a posição de alguém perante

os pontos cardeais; encaminhar, guiar, indicar o rumo a alguém, não apenas no

momento do ingresso de um novo funcionário, mas também para antigos

funcionários que passam por um processo de mudanças organizacionais.

Imprimir rumos e direções, definir comportamentos e ações, estabelecer metas

e resultados a cumprir são algumas das providências orientadoras que a

organização deve oferecer aos seus funcionários. O importante é saber para

onde a organização vai... Conhecer a missão e a visão da organização é

fundamental. E, sobretudo, ajustar-se à sua cultura organizacional.

2.2.2.2 Modelagem do Trabalho

Trata-se da maneira de desenhar e estrutura os cargos dentro da

organização. O desenho organizacional representa a arquitetura da

organização: como os órgãos e cargos estão estruturados e distribuídos, quais

as relações de comunicação entre eles como o poder estão definidas e como

as coisas deverão funcionar. Hoje a modelagem do trabalho requer flexibilidade

e intensa participação das pessoas envolvidas.

Sobre os cargos, Chiavenato se aprofunda no conceito, apresentando as

antigas e novas estruturas da divisão do trabalho. E denomina cargo como uma

composição de todas as atividades desempenhadas por uma pessoa – o

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ocupante – que podem ser englobadas em um todo unificado e que figura em

certa posição formal do organograma da empresa.

O autor explica que para desenhar um cargo é necessário definir quatro

condições básicas: O conjunto de tarefas ou atribuições que o ocupante deve

desempenhar; como as tarefas ou atribuições devem ser desempenhadas; a

quem o ocupante do cargo deve se reportar e quem o ocupante do cargo deve

supervisionar.

Apresentando os modelos de desenho de cargos, Chiavenato apresenta

dentro dos Modelos Clássicos: A pessoa como apêndice da máquina;

fragmentação do trabalho; Ênfase na eficiência e Permanência. O Modelo

Humanístico e o Modelo Contingencial, cuja característica principal é ser

dinâmico e se basear na contínua mudança e revisão do cargo como uma

responsabilidade básica colocada nas mãos do gerente ou de sua equipe de

trabalho. Tal modelo atende as características das organizações modernas que

exigem produtividade e qualidade para alcançar altos níveis de desempenho

pela melhoria contínua na aplicação dos talentos criativos e da capacidade de

autodireção e de autocontrole dos seus membros, enquanto proporciona

oportunidades de satisfação das suas necessidades individuais.

Este processo é de extrema importância para que o assunto principal

deste estudo, ou seja, o Plano de Cargos e Salários obtenha sucesso na sua

implantação.

2.2.2.3 Avaliação de desempenho

“O desempenho humano precisa ser excelente em todos os momentos

para que a organização tenha competitividade para atuar e sair-se bem no

mundo globalizado de hoje”. Chiavenato (2008)

A avaliação de desempenho é uma apreciação sistemática do

desempenho de cada pessoa, em função das atividades que ela desempenha,

das metas e resultados a serem alcançados, das competências que ela oferece

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e do seu potencial de desenvolvimento. Pode receber outras denominações

como avaliação no mérito, avaliação de pessoas, relatórios de progresso,

avaliação de eficiência individual ou grupal etc.

Os objetivos de se avaliar o desempenho dos indivíduos podem estar

orientados a diversas ações, tais como: Recompensas, Retroação,

desenvolvimento, relacionamento, percepção, potencial de desenvolvimento e

aconselhamento. Existem muitas alternativas de métodos de avaliação onde a

responsabilidade de avaliar passeia entre as seguintes personagens: Gerente,

indivíduo e o gerente, a equipe de trabalho, avaliação 360º(feita de modo

circular por todos os elementos que mantém alguma interação), avaliação para

cima (equipe avalia o gerente), comissão de avaliação de desempenho

(comissão especialmente designada) e órgão de RH (o órgão de RH assume a

responsabilidade de avaliar os indivíduos – organizações conservadoras)

"No processo de avaliação de desempenho, tanto o avaliador quanto o avaliado

devem ter uma compreensão comum do que seja o desempenho esperado.

Isso implica a necessidade de se especificarem objetivos e explicar os passos

a serem dados para alcançá-los". (MAXIMIANO, 1995, p.441).

2.2.3 Recompensar

Segundo Chiavenato, recompensar pessoas “constituem os elementos

fundamentais para o incentivo e motivação dos funcionários da organização,

tendo em vista de um lado os objetivos organizacionais a serem alcançados e,

de outro lado, os objetivos individuais a serem satisfeitos”... “algumas

organizações ainda utilizam processos fixo e rígidos, genéricos e padronizados,

tradicionais e ultrapassados”... Mas, em uma abordagem mais moderna, ”a

suposição de que as pessoas são motivadas por uma enorme variedade de

incentivos, como salário, objetivos e metas a atingir, satisfação no cargo e na

organização, necessidades de outo-realização, etc.”. Ainda segundo o autor,

são três os processo que as organizações utilizam para incentivar e

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recompensar seus funcionários: a remuneração, os incentivos e os benefícios e

serviços oferecidos aos mesmos.

2.2.3.1 Remuneração

A remuneração é uma retribuição que cada parceiro recebe por investir

com trabalho, dedicação e esforço pessoal, com seus conhecimentos e

habilidades. A remuneração total de um indivíduo é dividida por três

componentes principais: remuneração básica, incentivos salariais e benefícios.

Dentro d remuneração básica, encontraremos um subcomponente que fará

parte do tema principal deste estudo. O Salário, que pode ser mensal ou por

hora.

Para que no próximo capítulo, a ideia de salário esteja clara, para que o

leitor deste tenha certeza do entendimento da ferramenta apresentada, segue

abaixo maiores informações sobre salários:

Segundo Chiavenato (2008), salário é uma contraprestação pelo

trabalho de uma pessoa na organização. Em troca do dinheiro a pessoa

empenha parte de si mesma. Existem três tipos de salário: O salário por

unidade de tempo (pago de acordo com o tempo que a pessoa fica a

disposição da empresa), o salário por resultado (referente à quantidade de ou

número de peças produzidas) e o salário por tarefa (fusão dos dois tipos

anteriores).

A definição dos salários é complexa e envolve decisões múltiplas, pois

os fatores internos e externos são inter-relacionados e exercem efeitos

independentes ou harmonicamente uns com os outros, no sentido de elevar ou

baixar os salários.

Há vários critérios para construção de um plano de remuneração, são

eles: Equilíbrio interno versus equilíbrio externo, remuneração fixa ou variável,

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por desempenho ou tempo de casa, igualitarismo ou elitismo, remuneração

abaixo do mercado ou acima do mercado, prêmios monetários ou não

monetários, aberta ou confidencial, centralização ou descentralização das

decisões salariais, remuneração das competências e a que será aprofundada

no próximo capítulo, remuneração do cargo.

2.2.3.2 Programas de Incentivos

Outro processo de recompensa descrito pelo autor e o Programa de

benefícios. Segundo Chiavenato, “não basta remunerar as pessoas pelo seu

tempo dedicado à organização. Isso é necessário, mas insuficiente. É preciso

incentivá-las continuamente a fazerem o melhor possível, a ultrapassarem o

desempenho atual e a alcançarem metas e resultados desafiantes formulados

para o futuro.”.

O autor informa que a maioria das empresas bem-sucedidas está

utilizando este tipo de programa, utilizando um sistema de recompensa e

(incentivos) e punição (penalidade). Outras apostam em outros métodos de

remuneração como a remuneração variável, flexível, planos de bonificação

anual, distribuições ou venda de ações da empresa aos funcionários,

participação nos lucros e remuneração por competência.

2.2.3.3 Benefícios e Serviços

Benefícios constituem pagamentos financeiros indiretos oferecidos aos

funcionários. Incluem Saúde e segurança, férias, pensões, planos de

educação, descontos em produtos da companhia etc. DESSLER (1997)

De acordo com Chiavenato (2008). No passado, os benefícios estavam

fortemente atrelados ao paternalismo existente nas organizações. Hoje, os

benefícios fazem parte dos atrativos com que as organizações retêm seus

talentos. Há grande variedade de benefícios sociais que dificulta, até certo

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ponto, a sua classificação adequada. Os benefícios são classificados quanto à

sua exigibilidade legal (férias, 13º salário, aposentadoria, seguro acidente de

trabalho, auxilio doença, salário família, salário maternidade etc.), quanto á sua

natureza (benefícios monetários – férias, 13º salário, gratificações etc. – e

benefícios não monetários – refeitório, clube ou grêmio, assistência

odontológica etc.) e quanto aos seus objetivos (serviço social, creche para

filhos de funcionários, seguro de vida em grupo, assistência odontológica etc.).

Os benefícios e serviços oferecidos aos colaboradores visam a

satisfazer vários objetivos individuais, econômicos e sociais, tais como: Reduzir

a fadiga física e psicológica das pessoas, reduzir o absenteísmo, melhorar a

qualidade de vida das pessoas, preencher deficiências, lacunas ou carências

da previdência social, do sistema educacional e dos demais serviços prestados

pelo governo ou pela comunidade, como transporte, segurança etc.,

2.2.4 Desenvolver

“Os processos de desenvolvimento de pessoas estão intimamente

relacionados com a educação”. Para Chiavenato (2008), o mesmo “deve

assegurar ao ser humano a oportunidade de ser aquilo que pode ser a partir de

suas próprias potencialidades, sejam elas inatas ou adquiridas”... “desenvolver

pessoas é dar-lhes a formação básica para que aprendam novas atitudes,

soluções, ideias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e

se tornem mais eficazes naquilo que fazem”.

Estes processos envolvem três estratos que se superpõe: Treinamento,

desenvolvimento (T&D – tratam aprendizagem no nível individual e como as

pessoas aprendem e se desenvolvem) e desenvolvimento organizacional

(abrange e refere-se a como as organizações apresentem e se desenvolvem

através da mudança e novação).

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2.2.4.1 Treinamento

Recentemente o processo de treinamento tem sido considerado como

um meio para alavancar o desempenho do cargo, desenvolver competências

nas pessoas para que se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim

de contribuir melhor para os objetivos organizacionais e se tornarem cada vez

mais valiosas.

“Ele enriquece o patrimônio humano das

organizações”

CHIAVENATO, 2008, p 65

O processo de treinamento é um ciclo contínuo, composto por quatro

etapas. Diagnóstico, identificação das carências a serem cobertas com o

treinamento. Desenho, elaboração do projeto de modo a atender a carência

identificada na fase anterior. Na Implementação o treinamento propriamente

dito e o processo de avaliação, que verifica a eficácia do treinamento. Neste

ultimo processo verifica-se se há necessidade de repetição do treinamento ou

implantação de outro, por isso, este processo é considerado contínuo.

Existem diversas técnicas de treinamento, segundo Chiavenato, este

processo pode ser aplicado das seguintes maneiras: Leituras, Instrução

programada, Treinamento em classe, computer-based training e e-learning.

2.2.4.2 Desenvolvimento de Pessoas e de Organizações.

Desenvolvimento de Pessoas: relacionado com a educação e coma

orientação para o futuro. Para Cenzo e Robbins (1996), é mais profundo de

formação da personalidade e da melhoria da capacidade de compreender e

interpretar o conhecimento, do que com a repetição de em conjunto de fatos e

informações a respeito de habilidades motoras ou executores, estas

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desenvolvidas nos treinamentos. Estes resultados são atingidos através de

métodos de desenvolvimento de pessoas que podem ser dentro do cargo:

Rotação de cargos, Posições de Assessoria, Aprendizagem prática, atribuição

de comissões, participações em cursos e seminários externos, exercícios de

simulação, treinamento outdoor (fora da empresa), estudo de casos, jogos de

empresa, centros de desenvolvimento internos e Coaching. Ou fora do cargo:

Tutoria (mentoring) ou aconselhamento de funcionários.

Segundo Chiavenato, o desenvolvimento de pessoas está diretamente

relacionado à sua carreira. Por isso, os funcionários precisam de algumas

orientações para desenvolver duas carreiras, seja dentro ou fora da

organização. Para isso, existem métodos de desenvolvimento de carreiras. São

eles: Centro de avaliações, Testes Psicológicos, avaliação de desempenho,

projeções de promovabilidade e planejamento de sucessão. Além dos

esquemas de orientação: Aconselhamentos e serviços de informação aos

colaboradores. Atualmente o mais conhecido e aplicado programa de

desenvolvimento de funcionários é o programa de trainees, encontrado nas

organizações mais bem-sucedidas.

Desenvolvimento Organizacional (DO): segundo thomas Cummings &

Christopher Worley (1993), trata-se de um abordagem de mudança

organizacional na qual os próprios colaboradores formulam a mudança

necessária e a implementam através da assistência de um consultor interno ou

externo. Inda segundo os autores, o DO é baseado na pesquisa de ação

(coleta de dados do ambiente a sofrer a mudança). Aplica conhecimento das

ciências comportamentais, muda atitudes, valores e crenças dos funcionários e

muda a organização rumo a uma determinada direção. O processo dá se

inicialmente pela identificação de um diagnóstico, pela intervenção (a mudança

propriamente dita) e pelo reforço (estabiliza e mantém a nova situação).

Algumas técnicas podem ser utilizadas para no DO. São elas:

treinamento da sensitividade, análise transacional, desenvolvimento de

equipes, consultoria de procedimentos e retoação (feedback) de dados.

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2.2.5 Manter

Para CHIAVENATO (2008) a manutenção de pessoas exige um conjunto

de cuidados especiais, entre os quais sobressaem os estilos de gerência, as

relações com os empregados e os programas de higiene e segurança do

trabalho que assegurem qualidade de vida na organização. Este processo

existe para manter os participantes satisfeitos e motivados e para assegurar-

lhes condições físicas, psicológicas e sociais de permanecer na organização,

obter seu compromisso e de vestir a camisa. Os processos mais sofisticados e

desenvolvidos são os que dão ênfase à liberdade e à autonomia das pessoas,

bem como privilegia a diferença e a diversidade, baseando-se nas diferenças

individuais das pessoas.

2.2.5.1 Relações com Empregados

Para Milkovich & Boudreau (1994) as atividades de relação com o

funcionário tem por objetivo a criação de uma atmosfera de confiança, respeito

e consideração e buscam maior eficácia organizacional através da remoção de

barreiras que inibem a plena participação dos funcionários e cumprimento de

suas políticas organizacionais. Para Chiavenato (2008), a organização deve

tratar seus empregados com respeito e deve oferecer meios de atender às

suas necessidades pessoais e familiares.

Segundo Milkovich & Boudreau, os gerentes tem como principais

decisões para desenhar um programa de relações com os empregados devem

incluir: Comunicações, cooperação, proteção, assistência e disciplina e conflito.

2.2.5.2 Higiene, Segurança e Qualidade de Vida.

Para Chiavenato, as condições ambientais de trabalho, devem

assegurar que a saúde física e mental e as condições de saúde e bem- estar

das pessoas. Para tanto, existem programas de higiene do trabalho, os

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principais estão relacionados ao ambiente físico (iluminação, ventilação,

temperatura, ruídos e conforto), ao ambiente psicológico (relacionamentos

humanos agradáveis, atividades agradável e motivadora, estilo de gerência

democrática e participativa, eliminação de possíveis fontes de stress e

envolvimento pessoal e emocional), a aplicação dos princípios de ergonomia

(em máquinas e equipamentos, mesas e instalações ajustadas individualmente

e ferramentas que diminuem o esforço físico) e à saúde ocupacional.

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CAPÍTULO 3

O PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS E OS BENEFICIOS PARA EMPRESA

Neste capítulo, serão apresentados os elementos que compõe um Plano

de Cargos e Salários, além de algumas definições e o assunto principal deste

estudo, os benefícios que esta ferramenta pode trazer para a organização que

a implanta.

3.1 DEFINIÇÕES

Conforme exposto no capítulo anterior, a Gestão de Recursos humanos

é constituída por diversos processos que têm por objetivo agregar pessoas,

aplica-las, recompensá-las dentre outras.

Neste capítulo vamos evidenciar uma prática inserida dentro do

subprocessos de remuneração que por sua vez está inserido nos processos de

recompensar pessoas. O plano de remuneração do cargo, conhecido como

plano de cargos e salários.

Para Chiavenato (2003), a Política de Administração de Cargos e

Salários da Empresa tem por objetivo reconhecer a capacitação profissional e o

desempenho dos seus funcionários. O desenvolvimento técnico-profissional do

funcionário e sua contribuição efetiva para os resultados da empresa serão os

indicadores utilizados para esse e conhecimento.

Ainda nesta obra, o autor diz que na organização, cada função ou cada

cargo tem seu valor individual. Contudo, só se pode remunerar com precisão e

equidade o ocupante de um cargo se conhecer o valor deste em relação aos

demais cargos da organização e à situação existente no mercado. Tendo a

organização um conjunto de cargos integrados em diferentes níveis

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hierárquicos e em diferentes setores de especialidade, a administração de

cargos e salários é um assunto que abrange a organização como um todo,

repercutindo em todos os seus níveis e setores.

Um Plano de Cargo e Salário é um subsistema de um departamento de

RH, departamento que é parte da administração geral, gerador de normas e

procedimentos que estabelecem e mantém as estruturas de cargos e salários

justas e equilibradas na organização através de atividades que delineia

atribuições, deveres e as responsabilidades de cada cargo e os níveis salariais

a serem praticados.

Para o contemporâneo escritor, administrador e consultor Zimpeck

(1992) o PCS trata-se de um gerenciamento eficiente das políticas de

remuneração, estruturas e perfis de cargos e planejamento de pessoal dentro

das organizações.

“A análise da descrição de cargos

é a base fundamental de todo um sistema

de administração de salários, pois, das

informações que seu uso deriva é que é

possível estabelecer critérios e técnicas

de remuneração. E tudo isto resulta de

que para valorar cargos é preciso antes

conhecê-los.”

Zimpeck, 1992, p 40

O sucesso de um Plano de Cargos e salários tem sua garantia de sucesso,

quando implantado a partir de um RH bem estruturado com política definida e

bem difundida em toda empresa.

3.2 FASES PARA IMPLANTAÇÃO E EXECUÇÃO DO PCS

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3.2.1 Planejamento e divulgação

3.2.1.1 Elaboração do plano

Segundo o consultor Ricardo Ferreira, elaborar PCS as empresas

devem adotar um modelo que seja compatível com seu perfil e tamanho, dos

sistemas mais simples e de custo reduzido aos mais complexo e de custo mais

elevado. A implantação de um PCS demanda planejamento e cuidado com

aspectos técnicos, políticos e outros relacionados com a cultura da

organização.

3.2.1.2 Patrocínio da Diretoria

Para o consultor Ricardo Ferreira a aprovação e patrocínio da diretoria da

empresa devem ser considerados o primeiro passo do processo de

implantação de um PCS, a aprovação e patrocínio da diretoria. Sem isso, a

probabilidade de todo o trabalho abaixo descrito seja feito em vão.

Na elaboração do plano que será apresentado, a utilização de métodos

quantitativos permitirá demonstrar os pensamentos e atitudes abstratas da

administração através de valores concretos, bem como resultará na construção

de uma estrutura que evite comportamento contraditório, definindo um padrão

de conduta.

Mais importante que a implantação do plano de cargos e salários, no

entanto é o apoio que a administração deve dispensar ao trabalho, durante seu

desenvolvimento, e à manutenção, promovendo as atualizações necessárias e

implantando um plano de avaliação de pessoal.

3.2.1.3 Divulgação

Aprovado o plano pela diretoria, passa-se então para a fase de divulgar e

explicar o PCS tem como principais objetivos, mobilizar os funcionários em

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favor da implantação, para que não haja desconfiança no momento das

entrevistas de mapeamento (exemplificada a frente) e reduza o impacto das

mudanças na política de remuneração na ocasião da efetiva implantação.

3.2.2 Análise da situação atual

Para Chiavenato (2008), para assegurar o equilíbrio interno dos salários

a administração salarial utiliza a avaliação e classificação dos cargos.

3.2.2.1 Levantamento e Mapeamento

È a fase quando se deve identificar e levantar todas as funções

existentes na empresa em todos os níveis através, de processos de entrevistas

e/ou questionários para a elaboração das Descrições de Cargo. O processo de

levantamento também deve servir para análise, uniformização e padronização

dos cargos.

Através de entrevistas com os funcionários e/ou seus superiores diretos,

identifica-se quais são suas principais funções/ atividade. É um registro formal

das informações sobre um determinado cargo. Deve ser feita de forma clara,

de modo que um leitor não familiarizado com o cargo possa entender sua

importância, suas dificuldades, objetivo principal, em fim, sua razão de existir

naquela organização.

Segundo artigo divulgado no site RH Portal em julho de 2010, o

levantamento e análise de todos os postos de trabalho da empresa é que serão

o subsidio para a elaboração das Descrições de Cargo. Ela é a narrativa que

contém os aspectos intrínsecos do cargo, seu conteúdo, ou seja, o que o cargo

faz, como faz e para que faz, bem como com as Especificações, Competências

e Habilidades para o pleno desempenho do ocupante da posição.

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Para o consultor Ricardo Ferreira (2010), o levantamento de funções

determina a identificação das atividades executadas pelo funcionário,

normalmente selecionado por amostragem considerando-se determinados

grupos de atividades. O levantamento pode ocorrer por observação local,

entrevistas ou questionários com base no formulário de descrição de cargos

(anexo 1).

3.2.2.2 Políticas e Práticas

Identifica-se qual a política de RH e suas práticas para que sejam

verificados o impacto que a implantação do plano de cargos e salários trará e

quais os ajustes necessários para o sucesso da nova política salarial e de

crescimento profissional interno. Toda e qualquer alteração sofrida na politica

de RH de qualquer organização deve ser imediatamente divulgada aos seus

colaboradores. Uma comunicação clara e eficiente é fundamental para o

sucesso da implantação dos PCS.

3.2.3 Avaliação e Classificação dos cargos

Para Chiavenato (2008), a avaliação de cargos é o processo através do

qual se aplicam critérios de comparação dos cargos para se conseguir uma

valorização relativa dos salários dos diversos cargos... e a Classificação de

cargos é o processo de comparar o valor relativo dos cargos, a fim de coloca-

los em uma hierarquia de classes que podem ser utilizadas como base para a

estrutura de salários.

Em 2008 Chiavenato apresentou em sua obra, os mais tradicionais

métodos de avaliação de cargos, conforme abaixo:

Ø Método de avaliação por escalonamento simples: Comparação

cargo a cargo pelo fato de que cada cargo é comparado com os demais

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em função do critério escolhido como base de referência (como

complexidade, responsabilidade, importância etc.).

Ø Método de avaliação por categorias predeterminadas: Divisão e

separação dos cargos em categorias predeterminadas, como cargos

mensalistas e cargos horistas, por exemplo.

Ø Método de avaliação por pontos: Os cargos são comparados através

de fatores de avaliação com valores em pontos.

Segundo site RH Portal (2010), é o momento de adequar o valor relativo

de cada cargo (equilíbrio interno), ou seja, dimensionar e hierarquizar por

ordem de importância todos os cargos da organização. Existem diversas

técnicas e metodologias de Avaliação de Cargos, e a empresa deverá escolher

qual a mais adequada às suas necessidades.

3.2.4 Pesquisa Salarial

Para Chiavenato (2008), os salários devem obedecer a um duplo

equilíbrio internou e externo, ou seja, deve haver compatibilidade de salários

dentro da organização (equilíbrio interno) e dentro do mercado (equilíbrio

externo). Na fase de em que se avalia e classifica os cargos, está sendo

garantido o equilíbrio interno. Porém para que haja também um equilíbrio com

os salários praticados pelo mercado, é necessária a realização de uma

pesquisa salarial, que se baseia em amostras de cargos que representam o

mercado de trabalho.

Segundo artigo do site RH portal (2010), a pesquisa salarial é junto com

a Avaliação dos Cargos é parte fundamental de todo o PCS e objetiva obter

elementos de comparação entre a estrutura da empresa e os níveis de

remuneração praticados pelas principais empresas do mercado na qual a

organização se insere. É a garantia da equidade externa de qualquer política

salarial, deve ser feita através de uma pesquisa de mercado junto às outras

empresas da mesma região, porte, ramo de atividade etc.

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Voltando para obra de Chiavenato (2008), o autor ressalta para não

precisar trocar informações a respeito de todos os cargos, torna-se necessário

selecionar cargos de referência ou amostrais que o cargo de referência numa

pesquisa salaria, pode possuir três características: Devem representar vários

pontos da curva ou reta da organização.

Segundo o consultor Ricardo Ferreira (2010), a pesquisa salarial é

composta pelas seguintes atividades:

Ø Definir cargos a serem pesquisados

Ø Definir painel de empresas a serem pesquisadas (Mínimo de 10 e

máximo de 25)

Ø Fazer contato p/ telefone convidando empresas

Ø Preparar o caderno de coleta de dados/ pesquisa

Ø Enviar carta convite (anexo 2) para empresas, anexando caderno de

coleta de dados (anexo 3)

Ø Fazer contato p/ telefone confirmando recebimento da carta / caderno,

alertando prazos e acertar data das visitas.

Ø Visitar empresas do painel pesquisado (anexo 4)

Ø Análise / Consistência dos dados

Ø Fazer Consolidação / Tabulação / Comparativo dos dados

Ø Análise dos resultados

Ø Elaboração de relatório com os resultados da pesquisa

Ø Aprovação

Ø Revisão / Ajustes

Ø Envio do resultado da pesquisa, anexando carta de agradecimento.

3.2.5 Política Salarial

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Para Chiavenato (2008), a política salarial é um conjunto de decisões

organizacionais tomadas a respeito de assuntos relacionados com a

remuneração e benefícios concedidos aos colaboradores. Ainda segundo o

autor, para ser eficaz a política salarial deve atender simultaneamente sete

critérios, conforme relacionados e exemplificados abaixo:

Ø Adequada: A compensação deve distanciar-se dos padrões

mínimos estabelecidos pelo governo ou pelo acordo salarial.

Ø Equitativa: cada pessoa deve ser paga proporcionalmente de

acordo com seu esforço, habilidade e capacitação profissional.

Ø Balanceada: salário, benefícios e outras recompensas devem

proporcionar um pacote total de recompensas que seja razoável.

Ø Eficácia quanto ao custo: Os salários não podem ser excessivos,

em função do que a organização pode pagar.

Ø Segura: os salários devem ser suficientes para ajudar os

empregados a sentirem-se seguros e ajuda-los a satisfazer as

suas necessidades básicas.

Ø Incentivadoras: Os salários devem motivar eficazmente o trabalho

produtivo.

Ø Aceitável para os empregados: As pessoas devem compreender o

sistema de salários e sentir que ele representa um sistema

razoável para eles e também para a organização.

Para o Ricardo Ferreira (2009), “o termo política salarial, possui um

campo semântico muito vasto, podendo representar coisas diferentes”. O

mesmo sugere que o termo refere-se ao posicionamento do salário médio de

mercado nas diversas faixas salariais e apresenta as estas posicionamentos

conforme a seguir:

Ø Política Moderada: quando a média salarial de mercado está

posicionada no ponto central da faixa salarial;

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43

Ø Política Agressiva: quando a média salarial de mercado está

posicionada no ponto inicial da faixa salaria;

Ø Política Passiva: quando a média salarial de mercado está

posicionada no ultimo nível salarial da faixa salarial.

Ainda para este auto, a Politica salaria deve ter como conteúdo:

Ø Estrutura de cargos e salários: Classificação do cargo e as faixas

salariais para casa classe de cargo.

Ø Salário de Admissão: É o limite inferior da classe salarial –

normalmente é o salário mínimo vigente do pais ou salários

mínimo da categoria sindical.

Ø Previsão de reajuste salarial: por determinação legal ou

espontânea.

3.2.6 Estrutura Salarial ou de Cargos e Salários

Para o economista e especialista em RH Mario Fagundes, nesta fase a

empresa deverá fazer o "casamento" entre a Avaliação de Cargos e os

Resultados da Pesquisa Salarial; é o momento onde se calcula os valores das

faixas salariais para cada cargo ou grupo de cargos da empresa, bem como é o

momento onde a organização vai determinar o grau de agressividade definido

pelo Salário Médio de Mercado.

Segundo o Consultor Ricardo Ferreira, após a definição, avaliação dos

cargos, da pesquisa salarial realizada e a definição da política salarial que será

adotada pela empresa. Inicia-se o processo de construção da estrutura que

definirá as amplitudes de faixas (%), variações (5) entre os níveis salariais,

estabelecendo relação básica (nº de pontos e salários), compondo classes de

cargos para os diferentes agrupamentos de cargo e realizando estudos para

determinação das faixas salariais.

3.2.7 Processos de conclusão na implantação do Plano:

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44

Para Ricardo Ferreira (2009), para que se garanta o sucesso da

implantação, é fundamental que se cumpra os procedimento abaixo

relacionados:

3.2.7.1 Enquadramento Salarial:

Realiza-se análise comparativa, verifica-se o impacto na folha

salarial e faz-se novas propostas se necessário.

3.2.7.2 Sistema de utilização e manutenção do plano salarial:

Fixação e descrição de rotinas para tratamento de alterações

no conteúdo dos cargos, criação e extinção de cargos e

acompanhamento de valores de mercado.

3.2.7.3 Elaboração e apresentação do manual de cargos e salários:

Para que seja divulgado para todos os profissionais que

constituem o quadro da empresa.

3.3 OS BENEFÍCIOS PARA ORGANIZAÇÃO

Para o Marcio Fagundes (2010), quando se remunera o empregado

adequadamente pelo seu desempenho e dedicação, é mais eficiente a atração

e retenção de talentos na organização.

Além disso, para o consultor Ricardo Ferreira o PCS amplia a

flexibilidade da organização, dando-lhe os meios adequados à movimentação

do pessoal, racionalizando as possibilidades de desenvolvimento da carreira,

obter dos empregados aceitação dos sistemas de remuneração adotados pela

empresa e manter equilíbrio entre os interesses financeiros da organização e a

sua política de relações com os empregados.

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45

“É um importante instrumento gerencial para as questões relacionadas à

remuneração e carreira profissional dentro de uma organização. Além de

permitir que o trabalhador enxergue a trajetória que tem pela frente, em termos

de evolução salarial e sua perspectiva de carreira mantendo-o motivado e

assim reduzindo o absenteísmo e aumentando a produção quantitativamente e

qualitativamente. Assim, com a eficácia desta ferramenta, associada a

ferramentas de avaliação de desempenho e desenvolvimento de pessoal, pode

se perceber a médio e longo prazo, aumento na lucratividade da empresa”.

Ainda segundo Ricardo, o PCS Torna a instituição inovadora,

competitiva e equitativa quanto à remuneração.

Ajuda a empresa a continuar atraindo pessoas criativas e entusiásticas

que contribuam para o seu sucesso, além de propiciar formação de equipes de

alto desempenho.

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CONCLUSÃO

“Em plena era do conhecimento, toma-se como

base da excelência empresarial o capital humano.

A capacidade e sobrevivência das empresas

dependem das pessoas agregadas aos seus

valores patrimônios para o desenvolvimento

tecnológico, mudança e enfrentamento da

globalização. Os subsistemas de provisão de

recursos humanos providenciam de forma

inesgotável valores e talentos humanos capazes

de formar o cérebro e o sistema nervoso da

empresa moderna”.

Idalberto Chiavenato

Com um mundo cada vez mais globalizado, onde se extinguem as

fronteiras entre as negociações entre empresas de diversos países, não

semente o mercado da competitividade está cada vez mais agressiva em

relação à conquista de novos consumidores, mas também, e quem sabe se

não, principalmente a competividade entre as empresas em busca dos talentos

disponíveis, ou não, no mercado de trabalho se torna cada vez mais acirrada. E

cabe a cada empresa, envolvida nesta luta pela melhor oferta de

competências, se tornarem cada vez mais atrativa para o profissional. A

evolução do perfil profissional deve ser acompanhada pelos profissionais de

RH. Entender que as necessidades básicas de geração x são diferentes das da

geração y e, principalmente, se antever nas necessidades da geração z, que

promete chegar ao mercado mais exigente quanto a sua qualidade de vida,

responsabilidade social e ecológica é requisito mínimo para quem tem a

responsabilidade de atrais e reter esses talentos.

Neste estudo, foi apresentado uma das ferramentas mais básicas

utilizadas pela gestão tradicional de RH, mas que pode ser aplicada de maneira

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estratégica, quando se visa aumentar e enriquecer o capital intelectual da

organização, fazendo com que seus objetivos estratégicos organizacionais

sejam alcançados com eficiência e eficácia, tornando-a mais competitiva e

fazendo-a se destacar no mercado.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Exemplo de Questionário de Mapeamento de cargos;

Anexo 2 >> Exemplo de Carta Convite para Pesquisa Salarial

Anexo 3 >> Exemplo de Caderno de Coleta de Dados para Pesquisa Salarial

Anexo 4 >> Exemplo de Painel Pesquisado

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ANEXOS 1

Questionário de Mapeamento de Cargos

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ANEXOS 2

Carta Convite para Pesquisa Salarial

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ANEXOS 3

Caderno de Coleta de Dados para Pesquisa Salarial

(Apenas será apresentado a capa e o índice, visto que o

documento é constituído por 34 páginas)

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ANEXOS 4

Painel Pesquisado

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BIBLIOGRAFIA

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Pessoal. Como agregar talentos à Empresa. São Paulo: Atlas, 1999

4. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: O Capital Humano das

Organizações. São Paulo, Editora Athas,2004.

5. CHIAVENATO, Idalberto. Remuneração, Benefícios e Relações de

Trabalho. SãoPaulo, 2003.

7. DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e

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8. FERRARI, Ricardo. Administração de recursos humanos: a importância de

privilegiar as pessoas. 28 abr. 2008.

9. Apostila COAD: FERREIRA, Ricardo Nascimento, Plano de Cargos e

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10. MALVEZZI, S. Evolução da administração industrial. Aulas proferidas na

Universidade de São Paulo (USP) no Programa de Pós Graduação Stricto

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11. SPECTOR, P. E. Psicologia nas organizações. 2ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

12. ULRICH, Dave. Recursos humanos estratégicos: novas perspectivas para

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13. ZIMPECK, B G. Administração de salários. 7 ed. São Paulo: Atlas, 1990.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 6

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I 11

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS: HISTÓRICO, CONCEITOS E OBJETIVOS.

1.1 – Histórico 11

1.2 - Conceitos 16

1.2 - Objetivo 18

CAPÍTULO II 19

VISÃO ESTRATÉGICA DOS PROCESSOS

DE RESURSOS HUMANOS.

2.1 – Gestões Estratégica de Recursos Humanos 19

2.2 – Processos de Recursos Humanos 20

2.2.1 – Agregar 21

2.2.1.1 Recrutamento de Pessoas 22

2.2.1.2 Seleção de Pessoas 23

2.2.2 – Aplicar 24

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2.2.2.1 Orientação de Pessoas 25

2.2.2.2 Modelagem de Trabalho 25

2.2.2.3 Avaliação de desempenho 26

2.2.3 – Recompensar 27

2.2.3.1 Remuneração 28

2.2.3.2 Programas de incentivos 29

2.2.3.3 Benefícios e Serviços 29

2.2.4 – Desenvolver 31

2.2.4.1 Treinamento 31

2.2.4.2 Desenvolviment de pessoas e de organizações

32

2.2.5 – Manter 33

2.2.3.1 Relações com os empregados 28

2.2.3.2 Higiene, saúde e qualidade de Vida 29

CAPÍTULO IIl 35

O PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS E OS

BENEFÍCIOS PARA EMPRESA

3.1 – Definições 35

3.2 – Fases para implantação e execução do PCS 36

3.2.1 – Planejamento e divulgação 36

3.2.1.1 Elaboração do plano 36

3.2.1.2 Patrocínio da Diretoria 37

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3.2.1.3 Divulgação 37

3.2.2 – Análise da situação atual 38

3.2.2.1 Levantamento e Mapeamento 38

3.2.2.2 Políticas e Práticas 39

3.2.3 – Avaliação e Classificação dos Cargos 39

3.2.4 – Pesquisa Salarial 40

3.2.5 – Política Salarial 41

3.2.6 – estrutura Salarial ou de Cargos e Salários 43

3.2.7 – Processos de conclusão da implantação do PCS

43

3.2.7.1 E 38

3.2.7.2 Sistema de utilização e manutenção do PCS

44

3.2.7.3 Elaboração de apresentação de manual do PCS

44

3.3 – Os Benefícios para a Organização 44

CONCLUSÃO 46

LISTA DE ANEXOS 48

ANEXOS 49

BIBLIOGRAFIA 54

INDICE 56

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: