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EXPORTAÇÃO – SEUS CAMINHOS E INCENTIVOS Exportation - Its Ways And Incentives Autores: Alexandre Violin Garcia Assistente Contábil – Graduando em Ciências Contábeis e Atuariais Escritório de Contabilidade San Mannuel UniSALESIANO – Centro Universitário Católico Auxilium Birigüi-sp Brasil e-mail: [email protected] João Marcos Medeiros Scaramelli Assistente Contábil – Graduando em Ciências Contábeis e Atuariais Escritório de Contabilidade Nova Era UniSALESIANO – Centro Universitário Católico Auxilium Araçatuba-SP Brasil e-mail: [email protected] Artigo Cientifico Apresentado no: I Congresso UniSALESIANO de Desenvolvimento Regional - Universidade, Emprego, Empresa.

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EXPORTAÇÃO – SEUS CAMINHOS E INCENTIVOSExportation - Its Ways And Incentives

Autores:

Alexandre Violin GarciaAssistente Contábil – Graduando em Ciências Contábeis e Atuariais

Escritório de Contabilidade San MannuelUniSALESIANO – Centro Universitário Católico Auxilium

Birigüi-spBrasil

e-mail: [email protected]

João Marcos Medeiros ScaramelliAssistente Contábil – Graduando em Ciências Contábeis e Atuariais

Escritório de Contabilidade Nova EraUniSALESIANO – Centro Universitário Católico Auxilium

Araçatuba-SPBrasil

e-mail: [email protected]

Artigo Cientifico Apresentado no:

I Congresso UniSALESIANO de Desenvolvimento Regional - Universidade, Emprego, Empresa.

28 de Setembro de 2006.

Publicado nos Sites.

http://www.netlegis.com.br/indexRC.jsp?arquivo=detalhesArtigosPublicados.jsp&cod2=817http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/0f5e363a16336c5e03256c67006799da/5539798a4fd106e9832572960046044e/$FILE/ARTIGO%20EXPORTA%C3%87%C3%83O.doc .

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AGRADECIMENTOS

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” Cora Coralina

Os agradecimentos vão para Deus, pela vida, aos amigos, pela paciência de nossa

ausência, a família por suportar nossos momentos de silêncio e buscas, aos nossos três

importantes mestres, que nos auxiliaram na elaboração e instrução do trabalho cientifico, são

eles a Profª. Fabiane, a Profª. Cleide e o Profº. Irso, que estiveram sempre disponíveis e

oportunos com suas idéias e indicações, ao coordenador do curso de ciências contábeis Profº

Antonio Moreira por nos incentivar e por fim a Instituição Educacional UniSALESIANO por

nos oferecer e proporcionar os mecanismos de nossa conquista.

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RESUMO

Nas últimas décadas a globalização deu um salto quantitativo e qualitativo tornando-se um fenômeno de integração social e econômica. Muitos fatores contribuíram para isso, como a internet e os veículos de comunicação viam satélite. A globalização trouxe novos desafios para as empresa. Para não ficarem para trás e para não perderem espaço no mercado cada vez mais competitivo e acirrado, devido à globalização, as empresas precisam acompanhar a evolução da internacionalização buscando e oferecendo seus produtos a outros mercados, já que muitas vezes, o mercado interno encontra-se saturado. Para isso, precisam voltar suas estratégias para conquista do mercado externo. As exportações trazem inúmeras vantagens para a empresa, como expansão mercadológica, maior qualidade dos produtos, maior retorno financeiro, benefícios fiscais e incentivos financeiros para a produção e comercialização dos produtos. Porém, para entrar neste mercado a empresa necessita de algumas certificações e registros, tomar alguns cuidados e contratar alguns serviços, procedimentos bastante peculiares, porém compensados pelas vantagens trazidas pelo negócio. Fato é que hoje, apostar nesse mercado evita que a empresa fique vulnerável a crises internas de natureza econômica, redução no faturamento devido a períodos de sazonalidade ou a ataques desleais da concorrência, além de maior possibilidade de crescer, de correr menos riscos de passar por dificuldades financeiras e sofrer pela falta de oportunismo de seus gestores.

PALAVRAS CHAVES: Competição, exportação, retorno, mercado e oportunidade.

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ABSTRACT

On last decade, the globalization had a quantitative and a qualitative increases to it self, becoming an economical and social integration fenomen. There are a lot of terms that added in this, like the internet and the comunication way by satelites. The globalization brings new choices to enterprises. Not wanting to waste time on an incited and a competitive market due the globalization, the companies need to follow the evolution of the internationalization, searching and offering their products to another market, that sometimes, are fulled of this. To do this, they need to pay attention to the strategies to conquer the external market. Exportation brings several advantages to the companies, like marketing expansions, better products quality, bigger financial return, tax financial benefits and some incentive for the production and comercialization of these products.  But, start this place need some certifications and registers, take some cares, and contract some services and peculiar procedures, but the advantages brought with the business are compensators. Nowadays, betting in this market prevents the companies to stay vulnerable to the intern crises, reduction of the invoicing due the disloyal attacks of the competition, they have a grater possibility of growing, and it runs little risks to pass for financial difficulties and to suffer for the opportunism lack of its managers.

KEY WORDS: competition, exportation, returns, market and opportunity.

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INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, pôde-se acompanhar o salto quantitativo e qualitativo de

um fenômeno de integração social e econômica mundial denominada globalização. Podem-se

apontar vários fatores que contribuíram para isso, dentre esses, os veículos de comunicação

via satélite, a telefonia móvel e o advento da internet que passou a possibilitar a comunicação

multifuncional entre as pessoas, independentemente da posição geográfica ocupada no globo,

em tempo real, sem necessidade de sair de suas casas. Fazendo com que as informações, de

maneira geral, espalhem-se por todo o mundo a uma velocidade impressionante.

O Mundo todo, acompanhando a evolução e o fortalecimento da globalização, também

vem aumentando gradativamente suas relações comerciais. Além do crescimento das relações

comerciais, por causa da globalização, a saturação dos mercados internos e a alta

competitividade, entre outros, também são fatores que levaram as empresas a buscar novas

alternativas de mercado para aumentarem seu faturamento e seus lucros. Passaram, então, a

voltar suas estratégias para a conquista de mercados externos, motivadas também pela

possibilidade de reduzir seus custos de produção, através da instalação de unidades produtivas

em países que oferecem mão-de-obra, matéria-prima, energia elétrica e outros insumos mais

baratos. Ao conquistar o mercado externo, a empresa aumenta sua produtividade

proporcionando maior capacidade de negociação na aquisição de matéria-prima, diminuindo

ainda mais o custo da fabricação e tornando-as mais competitivas e, assim, ampliando sua

margem de lucro. A diversificação de mercados (interno e externo) permite, muitas vezes, a

eliminação da sazonalidade de determinados produtos. Por exemplo, uma empresa que fabrica

produtos voltados para o clima frio, poderá produzi-los o ano inteiro, porque terá diferentes

mercados onde vendê-los e não dependerá somente das estações nacionais.

No entanto, para competir no mercado externo é necessário que os profissionais à

frente da administração dos negócios, proprietários ou funcionários, desenvolvam uma

mentalidade global para possibilitarem que a empresa torne-se uma companhia global, aberta

às tendências e exigências do mercado em questão.

Segundo Tófoli (2006) “Para moldar suas empresas em companhias verdadeiramente globais, os empresários devem desenvolver uma mentalidade global. Os meios tradicionais, de operar com pouca diversidade cultural e sem competição global, não são mais eficientes. O desenvolvimento de uma mentalidade global entre empresários que não possuem experiências internacionais e possuem pouca experiência com diversidades e culturas é desafiadora.”.

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Segundo Tófoli (2006), “a arena internacional apresenta tanto oportunidades como

ameaças para empresas que procuram competitividade em mercados globais”; porém, já não

existem mais fronteiras nacionais, culturais ou distâncias geográficas e a empresa que não

voltar suas estratégias para o mercado internacional corre risco de ficar para trás e perder

espaço interno para empresas estrangeiras.

A imagem de uma empresa que prática a exportação muda significativamente,

tornando seu produto uma referência em relação ao de seus concorrentes, além de ser

reconhecida como uma empresa que oferece produtos de qualidade. Essa é uma certeza

proporcionada pelo simples fato da empresa cumprir com as exigências do mercado externo.

Além das vantagens privadas do negócio, a exportação ainda traz benefícios sociais ao país,

devido geração de empregos, o aumento da produção, e os funcionários passam a sentir

orgulho de trabalhar em uma empresa que exporta seus produtos.

1 – CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO DA EXPORTAÇÃO:

1.1 - Exportação direta

É considerada exportação direta a operação em que a empresa fabricante conduz todo

o processo de exportação, desde o princípio até a conclusão do negócio, com a respectiva

emissão da nota fiscal em nome do importador, no exterior, mesmo que a operação tenha sido

mediada por um agente ou representante comercial no Brasil ou no exterior.

Segundo Garcia (2001) “[...] caracteriza-se por exportação direta aquela operação de venda de produto feita pelo seu fabricante ou produtor diretamente ao comprador estrangeiro, cujo domicilio seja no exterior, sem que para a ocorrência dessa operação tenha havido qualquer interveniência de empresa comercial no Brasil”.

Na exportação direta, o empresário cuida de todos os detalhes da negociação, e

embora seja muito mais burocrática que a indireta, é a quem tem maior possibilidade de

retorno financeiro (lucratividade).

Como citado anteriormente, neste tipo de operação, a empresa cuida de todas as etapas

da operação, começando pela seleção do mercado, os registros necessários para a exportação,

o contato com o exterior até a definição da modalidade de pagamento.

1.1.01 - Seleção do mercado

A seleção de mercado é o passo inicial para empresa que deseja ingressar nas

exportações, pois, primeiro ela precisa saber para quem ela poderá oferecer seus produtos.

Segundo Garcia (2006), “A pesquisa de mercado permite encontrar o caminho ideal, quando

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se tem em vista delimitar o espaço possível para a colocação de um produto, seja no âmbito

interno ou externo”, para isso podem realizar pesquisas de mercado a fim de tomar

conhecimento das características gerais do mercado externo, principalmente quanto à posição

geográfica, população, aspectos culturais, religiosos e econômicos, meios de transporte e

comunicações, organização política e administrativa e as barreiras tarifárias (tarifas de

importações, taxas diversas e valoração aduaneira) e as barreiras não-tarifárias (quantitativas

licenciamento de importação, procedimentos alfandegários, subsídios, medidas de

salvaguarda e medidas sanitárias e fitossanitárias). É importante observar que as barreiras

técnicas podem ocorrer devido à falta de transparência das normas e regulamentos.

Para isso podem-se utilizar alguns mecanismos como:

a) Pesquisas em órgãos ou entidades como o SECEX (Secretaria de Comércio

Exterior), o M.D.I.C. (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior e o M.R. E - Ministério das Relações Exteriores), com o intuito de

levantar dados estatísticos relacionados às exportações brasileiras nos últimos

anos;

b) Representações diplomáticas de outros países instalados no território nacional

(Câmaras de comércio e Consulados);

c) Sites de Internet como o www.braziltradenet.gov.br ou do MRI, entre outros;

d) Participação em feiras internacionais no Brasil e no exterior. É uma excelente

oportunidade não só para manter contatos com potenciais clientes, como

também para conhecer a realidade do mercado;

e) Vitrine do Exportador - é um serviço oferecido pela Secretaria de Comércio

Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior (MDIC), que vem a promover as empresas exportadoras, abrindo as

janelas da divulgação dos seus produtos no mercado internacional;

f) Missões técnicas ou comerciais1 - dirigidas a potenciais países importadores. É

de grande importância para a melhor inserção competitiva da empresa no

mercado internacional, podem ser para promoção de negócios, a realização de

parcerias ou o contato com novos mercados ou técnicas.

1.1.02 – Contato com o exterior

Segundo Garcia (2006) “Toda negociação comercial, seja de mercado interno ou externo, principalmente neste, deve ser formalizada através de expediente que permita às partes dispor de prova futura das condições

1 Missões técnicas e comerciais são realizadas por instituições governamentais e organizações de classe.

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pactuadas. Para aquela operação e se for levado em conta às distâncias geográficas que imperam nos negócios internacionais e o idioma que deve ser uniforme para o perfeito conhecimento dos termos do negócio, facilmente conclui-se que na exportação o contato escrito deve predominar. Em um primeiro contato a empresa deve disponibilizar ao futuro importador em potencial, informações sobre a existência de sua empresa e sobre o produto que deseja oferecer”.

Portanto a empresa deverá enviar ao possível importador uma carta contendo

informações como: a denominação completa, localização, principais clientes, expressão no

mercado em que opera e os mercados abrangidos por suas operações. Sobre os produtos que

serão oferecidos, deverão conter informações quanto à denominação popular e/ou científica,

sobre as normas técnicas e internacionais que respeitam matérias-primas empregadas em sua

fabricação, normas de controle de qualidade dos insumos e do produto em si, aspectos

peculiares quanto à embalagem e apresentação, quantidades mínimas e máximas que podem

ser oferecidas.

A empresa importadora, conhecendo e tendo o interesse em contar com o produto da

exportadora (o que quer dizer que o contato preliminar deu resultado) irá requerer a expedição

de um contato de cotação (mais conhecido como Fatura Pro Forma). Esta carta deverá conter

todos os pormenores relativos à operação como a descrição do produto, a condição de venda,

as condições de pagamento, a embalagem, os volumes mínimos e máximos, o transporte

internacional, o seguro internacional, o preço, o prazo de entrega, a validade da cotação, as

fontes de referência e documentos, nada pode ser omitido. O cuidado na elaboração deve ser

redobrado, pois a partir desta que poderá surgir o pedido de compra. Garcia (2006) enfatizam

a importância dos cuidados na elaboração da Fatura Pró-Forma, pois todos os elementos

abordados na carta deverão ser cumpridos rigorosamente.

1.1.03 – Modalidades de pagamento

A escolha da modalidade de pagamento é feita de comum acordo entre o exportador e

o importador e depende, basicamente, do grau de confiança comercial construída durante os

contatos anteriores.

Segundo Garcia (2006), [...] “quando uma empresa propõe-se a vender seus

produtos no mercado internacional ela deve ter perfeito domínio das formas

usuais mais utilizadas para pagamento dos compromissos comerciais”.

Arroladas abaixo se encontram as modalidades de pagamento mais utilizado no

comércio internacional, são elas:

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Pagamento antecipado - o importador remete previamente o valor da transação, após o

saque. O exportador providencia a exportação da mercadoria e o envio da respectiva

documentação. Essa modalidade de pagamento não é muito freqüente, já que coloca o

importador na dependência do exportador;

a) Remessa sem saque - o importador recebe diretamente do exportador os

documentos de embarque, sem fazer o saque, promovem o desembaraço da

mercadoria na alfândega e posteriormente providencia a remessa do dinheiro,

diretamente para o exportador. Essa modalidade de pagamento é de alto risco

para o exportador, visto que em caso de inadimplência não há nenhum título de

crédito que lhe garanta a possibilidade de protesto e/ou início de ação judicial;

b) Cobrança documentária - ao contrário das anteriores, a cobrança documentária

é caracterizada pelo manuseio dos documentos através de bancos que fazem a

interveniência nesse tipo de operação, esses são meros cobradores

internacionais de uma operação de exportação, cuja transação foi fechada

diretamente entre o exportador e o importador, não lhes cabendo a

responsabilidade quanto ao resultado da cobrança. O processo seguinte é o de

embarque da mercadoria pelo exportador e o envio dos documentos de

embarque a um banco, que os remete para outro banco, na praça do

importador, para que sejam apresentados para pagamento (cobrança à vista) ou

para aceite e posterior pagamento (cobrança a prazo).

1.2 - Exportação indireta – via interveniente

Ao contrário da exportação direta, neste tipo de comercialização, a empresa não

precisa dispender tempo nem dinheiro para realizar pesquisas ou negociar seus produtos com

os importadores, visto que a negociação e feita com uma empresa interveniente1 que assume o

compromisso remeter ao exterior o produto adquirido. Segundo Garcia (2001) “Por indireta

entende-se aquela operação comercial de venda, de um produto, feita com fins específicos de

exportação, a um interveniente comercial localizado no Brasil”. A interveniência pode ser

praticada por diversos tipos de empresas, desde que esteja prevista em seu objeto social, a

exportação. Dentre elas, destacam-se:

a) Empresa comercial exclusivamente exportadora;

1 Empresa interveniente são elas que compram e vende produtos de outras empresas no comércio internacional.

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b) Empresa comercial de atividade mista (operações no mercado interno,

importação e exportação);

c) Cooperativas ou consórcios de fabricantes ou exportadores;

d) Indústria cuja atividade comercial da exportação seja desenvolvida com

produtos fabricados por terceiros.

A determinante básica que difere esta operação de qualquer outra operação comercial

de venda no mercado interno é o fato de a empresa adquirente do produto (interveniente)

comprometer-se a remetê-lo ao exterior como venda como remessa de amostra ou como

consignação ou outras operações. Caso esta remessa não aconteça no prazo máximo e

improrrogável de um ano, os impostos não recolhidos anteriormente pela empresa remetente,

devido aos incentivos concedidos a esta operação, deverão ser feitos.

1.3 - Exportação – via trading company

O tratamento fiscal dessa operação é idêntico ao da exportação indireta. Porém, a

venda feita a trading company1 traz a característica de ser conduzida por empresa de médio

para grande porte, trazendo maior transparência e segurança ao negócio. O decreto-lei nº.

1.248/72 atribuiu algumas peculiaridades a este tipo de empresa. Em face da legislação

peculiar, a venda feita pelo fabricante à empresa de trading company tem características de

exportação direta.

Tanto a opção por esta operação como pela exportação indireta traz maior

simplicidade e menor custo ao produtor/fabricante por não ter que fazer pesquisas de

mercado, negociações com importadores e riscos na movimentação internacional das

mercadorias. Porém, é necessário que sejam tomadas precauções com relação à qualidade da

empresa interveniente ou da trading que está adquirindo seus produtos e redobrada atenção

quanto às exigências fiscais. Afinal, é a “marca” da empresa que está em jogo e uma má

colocação do produto no mercado externo pode trazer prejuízos a ela.

2 - PREPARANDO PARA EXPORTAR:

2.1 – Documentação de Controle do Governo Brasileiro

Como toda e qualquer movimentação de mercadorias, financeiras e/ou econômicas, é

necessária algumas documentações básicas para exportação.

1 Trading Company tem sua caracteristas empresas de médio e grande porte e as mesmas oferecem seus serviços com, mas transparência e segurança.

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O SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior) é um instrumento

informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do comércio exterior

brasileiro. Esta ferramenta facilita o acesso às informações, eliminando controles paralelos e

diminuindo significativamente o volume de documentos envolvidos nas operações, além da

redução de custos e da burocracia.

Conforme o site SRF (Secretária Receita Federal), (2006). [...] “O SISCOMEX é sistema informatizado que integra, desde 1993, as atividades da Secretária do Comércio Exterior (SECEX), da Secretária da receita federal (SRF) e do Banco Central do Brasil (BACEN), no registro, no acompanhamento e no controle de diferentes etapas da exportação”.

Nosso país é único do mundo a dispor de um sistema de registro de exportações

totalmente informatizado. Após o cadastramento no SISCOMEX o próximo passo é o RE

(Registro de Exportador) tanto pra pessoas físicas como jurídicas. É importante ressalvar que

as pessoas físicas somente podem exportar mercadorias que não revelem prática de comércio

e, desde que não se configure habitualidade, com algumas exceções previstas na Secretaria de

Comércio Exterior. Será dispensado o RE às empresas ou pessoas físicas que utilizar remessa

postal (exceto donativos), até limite de US$ 10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da

América) ou o equivalente em outra moeda. .

Nos últimos tempos, os órgãos governamentais, com o intuito de desburocratizar as

exportações, criaram o RES (Registro de Exportação Simplificado) para facilitar a atuação de

micro ou empresas de pequeno porte e também das que pretendem realizar operações de

exportação que não ultrapassem o montante de US$ 20.000,00 (vinte mil dólares dos Estados

Unidos da América).

Após os registros governamentais, é preciso fazer o despacho aduaneiro de exportação

que é um procedimento fiscal pelo qual se realiza o desembaraço aduaneiro da mercadoria

destinada ao exterior. Assim que inicia definitivamente o embarque da mercadoria, é emitido

o CE (Comprovante de Exportação). Trata-se de um documento oficial emitido pela SRF que

comprova o efetivo embarque da mercadoria. O CE consubstancia a operação de exportação e

tem força legal para fins administrativos, cambiais e fiscais.

3 - CONHECENDO REGRAS E OS PROCEDIMENTOS PARA EXPORTAÇÃO

3.1 – Regime aduaneiro2

Qualquer empreendedor que resolva adentrar no mercado internacional deverá

conhecer algumas regras, procedimentos e mecanismos deste novo mercado. Assim, um bom 2 Regimes aduaneiros são normas e regras de definição sobre o processo de importação e exportação.

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empreendedor precisa entrar em contato com um mundo novo que tenha sua própria história e

identidade. Uma destas identificações é o regime aduaneiro que, basicamente, defini-se como

procedimento comum de importação e de exportação de mercadorias e de pagamento de

tributos.

Conforme Muto (2004) “Regime é um conjunto de regras que estabelecem certa conduta obrigatória. É método, sistema ou forma de governo. Logo, chamamos de regime aduaneiro ao tratamento tributário e administrativo aplicáveis às mercadorias submetidas a controle aduaneiro, segundo a natureza e objetivos da operação, e de acordo com as leis e regulamentos aduaneiros”.

Mesmo assim, o governo criou novos mecanismos que permitem a entrada ou a saída

de mercadorias do território aduaneiro com a suspensão ou isenção de tributos. O território

aduaneiro compreende todo o território nacional, inclusive o mar territorial, as águas

territoriais e o espaço aéreo correspondente.

3.2 – Termos Internacionais de Comércio - INCOTERMS3

Os INCOTERMS (International Commercial Terms / Termos Internacionais de

Comércio) servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda

internacionais, os direitos e obrigações recíprocas do exportador e do importador. Um

conjunto-padrão de definições que determina regras e práticas neutras como, por exemplo, o

local onde o exportador deverá entregar a mercadoria, quem pagará o frete e quem será o

responsável pela contratação do seguro.

“Os Incoterms (Termos de Comércio Internacional), publicados pela Câmara Internacional de Comércio (CIC), são regras internacionais, uniformes e imparciais, que constituem toda a base de negociação de compra e venda internacional, definido os direitos, obrigações, custos e riscos das partes no contrato de venda”. Conforme descrito no Manual básico de Exportação do Sebrae-SP (2004).

Os INCOTERMS são estabelecidos em três letras. Estes termos simplificam os

contratos de compra e venda internacional, ao contemplarem os direitos e as obrigações

mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo de elaboração

do produto. Eles têm força legal devido ao significado jurídico preciso e efetivamente

determinada. Assim, simplificam e agilizam a elaboração das cláusulas dos contratos de

compra e venda.

3 Incoterms são códigos utilizados para auxiliar sobre a responsabilidade do exportador e comprador em ralação pagamentos de fretes.

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3.2 – Embalagens, nomenclaturas, normas e certificados.

Qualquer movimentação internacional necessita de preparação e cuidados especiais.

Com as embalagens, são necessários alguns cuidados com relação à preparação da

mercadoria, com o controle da qualidade das embalagens do produto ou das embalagens para

transportada. Algumas regras se destacam como exigências do mercado internacional, tanto

sob o aspecto de cumprimento da legislação dos países importadores quanto da adaptação da

aparência externa de seu produto ao gosto do consumidor e da imagem do país no exterior.

São necessários cuidados especiais na nomenclatura das mercadorias que é uma

"linguagem" utilizada para a identificação da mercadoria no comércio internacional. Essa

linguagem foi criada a fim de facilitar o processo de troca comercial entre as nações,

independentemente de diferenças lingüísticas ou culturais.

Por fim, todo e qualquer mercado necessita de normas e certificações que

regulamentam as regras e procedimentos que devem ser respeitados para se atingirem os

níveis desejados de qualidade do produto ou do serviço prestado. No Brasil, temos o sistema

de Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que auxilia a

empresa nacional a atingir níveis de qualidade e conformidade mais elevados.

No comércio internacional, as normas técnicas e ambientais, muitas vezes, tornam-se

empecilhos para as exportações brasileiras, são chamadas “barreiras técnicas não-tarifárias”.

Por isso é importante informar-se sobre as normas técnicas de qualidade relacionadas aos seus

produtos nos países de destino.

4 - ESTRATÉGIAS E PLANEJAMENTO:

4.1 – Formação de preço, contratação seguro crédito e transportadora.

A determinação do preço de exportação é um dos aspectos mais importantes e

decisivos para a conquista e permanência em qualquer mercado, principalmente no externo.

Na hora de formular o preço de venda para exportação, deve-se atentar para o fato de que, no

mercado interno, o preço é formado por custos de produção, comercialização, tributos

internos etc.; porém, quando falamos de exportação, a composição do preço deve considerar

novos elementos, bem como excluir outros que não incidirão nas vendas externas. Sua fixação

deve merecer atenção especial, tendo em vista que alterá-lo num curto espaço de tempo,

quando o assunto é mercado internacional, é quase inaceitável.

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Outro fator importante é com relação à contratação de seguro de crédito que garante ao

exportador uma indenização por perdas líquidas definitivas, em conseqüência do não

recebimento de créditos concedidos a clientes no exterior.

Segundo o site da SBCE – Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A. (2006). “Seguro de crédito à exportação é muito mais que um simples seguro. Antes de tudo é um instrumento de prevenção. A análise e o monitoramento constante da situação financeira dos importadores é em si um instrumento comercial muito eficaz na seleção da clientela, no direcionamento e na concentração dos esforços de vendas para o desenvolvimento de novos mercados”.

Esta necessidade é devida a três tipos de riscos como os comerciais, os políticos e os

extraordinários. Os comerciais são os riscos de ocorrência de atos ou fatos relacionados com o

devedor estrangeiro ou seu garantidor. Os riscos políticos e extraordinários referem-se às

possibilidades de ocorrência de atos, fatos ou situações, geralmente, alheios à previsão normal

dos contratantes de origem político-governamental, como a ocorrência de fenômenos da

natureza temporal, econômica, financeira e/ou cambial.

O empreendedor deverá também planejar estrategicamente o transporte das

mercadorias. A contração do transporte (frete) é tão importante quanto o preço e a contratação

do seguro, pois falhas da transportadora podem levar tudo a perder. Os custos de fretes são

influenciados pelo tipo de carga, peso, volume, fragilidade, embalagem, valor ou distância.

Existem diversos tipos de fretes:

Conforme Amaral (2002) [...] “toda diferença de tráfego, riscos, etc., guardam as mesmas características, que é a posse das mercadorias, por parte do transportador, enquanto estiverem na fase de transporte, até seu aero/porto no destino final. Ele é prova fundamental de que mercadoria foi embarcada, o que de certa forma, prova o direito d exportador de receber o pagamento por aquela operação realizada”.

a) Frete marítimo (frete básico): o valor é cobrado segundo o peso ou o volume

da mercadoria (cubagem), prevalecendo sempre o que propiciar maior receita

ao armador.

b) Frete aéreo possui algumas vantagens sobre o marítimo, pois é mais rápido e

seguro e são menores os custos com seguro, estocagem e embalagem, além de

ser mais viáveis para remessa de amostras, brindes, etc.

c) Frete rodoviário internacional caracteriza-se pela sua carga e maior o custo

operacional.

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d) Frete ferroviário não é tão ágil e não possui tanta via de acesso quanto o

rodoviário; porém, é mais barato, propiciando menor frete, transporta

quantidades maiores e não está sujeito a riscos de congestionamentos.

4.2 – Contratação de câmbio4, remessa postal e comércio eletrônico.

Por fim, no planejamento das estratégias, a empresa deverá dar atenção, no

recebimento dos numerários, ao processo cambial ou de divisas. Segundo Amaral (2002) [...],

“o fechamento deste é verificada a responsabilidade dos participantes da operação. Na prática,

existe uma mutua confiança [...]” onde são compradas e vendidas as moedas dos diferentes

países, pois não são aceitas moedas estrangeiras em pagamento das exportações. Os corretores

de câmbio atuam como intermediários entre os bancos e as partes interessadas, encarregando-

se de procurar as melhores taxas e condições para seus clientes. O Banco Central do Brasil é o

órgão executor da política cambial brasileira. É ele quem autoriza os bancos comerciais a

operarem no mercado cambial. O contrato de câmbio é o instrumento firmado entre o

vendedor e o comprador de moedas estrangeiras, no qual se mencionam as características

completas das operações de câmbio e as condições sob as quais se realizam. Ele tem por

objeto a troca de divisas.

Definições dos tipos de câmbio:

Câmbio Tradicional Câmbio SimplificadoSem limite de valor Com limite de valor (até US$ 20.000,00)

Preenchimento do Contrato de Câmbio exige 26 informações

Preenchimento do Boleto de Compra e Venda requer apenas 5 informações

Exportador assina Contrato de Câmbio Exportador assina apenas Boleto de Compra e Venda, comprovando a negociação da moeda estrangeira.

Exportador é obrigado a entregar ao banco os documentos representativos da

exportação

Exportador está dispensado de entregar ao banco os documentos representativos

da exportaçãoBanco é o responsável por guardar os

documentos de exportação, por 5 anos, para eventual apresentação futura ao Banco

Central.

Exportador é o responsável pela guarda dos documentos de exportação, por 5

anos, para eventual apresentação futura ao Banco Central.

Fonte: BACEN – Banco Central do Brasil.

O empreendedor também tem possibilidade de exportar sem burocracia utilizando o

Exporta Fácil dos correios. Segundo o site dos Correios (2006) “O Exporta Fácil é um

conjunto de serviços dos Correios oferece facilidades para empresas e pessoas físicas

4 Contratação de câmbio e necessário, pois nenhuma venda pode ser recebida em moeda estrangeira.

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(artesãos, agricultores, etc.) que desejam exportar seus produtos de maneira mais simples.” e

auxiliam as empresas que vendem suas mercadorias com valores até US$ 10.000,00 (dez mil

dólares).

Conhecido como e-commerce ou comércio eletrônico, vem gerando significativas

modificações nas relações comerciais em geral. A utilização dessa modalidade proporciona

atendimento direto ao consumidor de modo mais rápido e simples, a um custo reduzido.

Este investimento segundo Felipini (2006) [...] “o fato que estar na Internet, é estar 24 horas no ar, sete dias por semana, durante todo o ano, como uma espécie de antena de alcance global. Pronta para trocar  informações, a um custo baixíssimo, com um mercado mundial crescente de mais de meio bilhão de internautas pertencente às camadas de renda mais altas da população”.

5 - CONTABILIDADE INTERNACIONAL

O maior desafio aos empreendedores para concretizar as operações de exportação está

em como buscar apoio e auxílio para as tomadas de decisões. Neste momento, surge o papel

expressivo de um importante profissional que auxiliará em todo o processo de

internacionalização. O contador tem em suas mãos todos os mecanismos para analisar as

regras e práticas contábeis de outros países baseado em suas economias e cultura. O acesso

direto aos fatos contábeis quando, modificados simplesmente para uma apresentação e não

orientada corretamente, pode causar situações desastrosas.

A comunicação das informações contábeis no exterior é baseada em um sistema

uniforme e acessível para controle interno e possível auditoria externa. Todo este processo de

harmonização das informações é baseado em iniciativas e orientações do ISAB (International

Accouting Standard Board), ONU e outros organismos internacionais que estabelecem

procedimentos contábeis que são aceitos pelos mercados de capital.

Existem diferenças quanto às demonstrações contábeis, brasileiras com relação às de

outros países, conforme consta no site da Gesbanha. “As diferenças internacionais nos

relatórios financeiros são muitas e variadas. As diferenças culturais são claramente as mais

relevantes, contudo são as causas de tais diferenças que influenciam os relatórios financeiros”.

O Brasil, como sempre, com o intuito de auxiliar os empreendedores junto ao

comércio exterior, começa a padronizar um sistema de contabilidade alinhado às práticas

contábeis internacionais, através de uma parceria abrangente com o Conselho Federal de

Contabilidade (CFC), IBRACON, Bovespa, entre outros.

Conforme o site da Gesbanha (2006) “Nos países da Europa continental a contabilidade é vista como um instrumento de informação destinado a várias categorias de utilizadores que tenham interesses na empresa

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(investidores, credores, administração fiscal, fornecedores, clientes e até o grande público); enquanto que os países anglo-saxônicos concentram-se principalmente nas necessidades dos portadores de capital, e em particular os investidores. Na Europa Continental, a contabilidade está orientada para todos os parceiros da empresa (stakeholders), enquanto que nos países anglo-saxônicos orienta-se para o ponto de vista dos seus accionistas (shareholders)”.

Desta forma, a contabilidade internacional terá por objetivo levar aos profissionais da

área e aos gestores de empresas, os conhecimentos necessários sobre as normas vigentes no

mundo, adaptando suas demonstrações conforme as exigências de outros países, baseados nos

interesses comerciais e financeiros.

6 - INCENTIVOS À EXPORTAÇÃO

6.1 - INCENTIVOS FISCAIS

Os incentivos fiscais5 para a exportação são concedidos através da “eliminação” dos

tributos incidentes sobre os produtos nacionais com destino ao mercado externo. Tem como

objetivo principal desonerar (tributariamente) o produto, para que este tenha maior

competitividade no mercado externo, já que não terá agregado ao seu custo o valor dos

impostos que normalmente são aplicados ao produto, quando é comercializado no mercado

interno. Os incentivos fiscais à exportação são garantidos pela não aplicação dos impostos

relacionados abaixo, os quais conhecerão as particularidades e definições um a um. De acordo

com Garcia (2006),

a) IPI – imposto sobre produtos industrializados;

b) ICMS – imposto sobre circulação de mercadorias e serviços de transporte e

telecomunicações;

c) PIS – programa de integração social;

d) COFINS – contribuição para financiamento da seguridade social;

e) IE – imposto de exportação;

f) Credito presumido do IPI para ressarcimento do PIS e COFINS cumulativos

incidentes sobre a aquisição de matéria prima, produto intermediário e material

de embalagem;

g) Drawback suspensão;

h) Drawback isenção;

i) Drawback restituição;

5 Incentivos fiscais são oferecidos em relação impostos que incidem na exportação para que produtor busque os novos mercados internacionais.

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j) Drawback interno;

k) IOF – imposto sobre operações financeiras;

l) IR – imposto de renda.

6.1.01 - IPI

O IPI é um tributo de competência federal, indireto (pois é repassado ao consumidor

final, mas quem o recolhe é a empresa), seletivo (por possuir alíquotas diferenciadas que

variam de acordo com a essencialidade dos produtos) e não-cumulativo (pois seu

recolhimento é feito através da equação “IPI s/ vendas – IPI s/ compras = imposto a recolher /

compensar”), nas operações de exportação o IPI:

a) Imune (impossibilidade de tributação garantida pela constituição federal) nas

exportações diretas conf. Inciso III, do § 3º, art. 153 da constituição federal;

b) Suspenso (não aplicação, pela destinação final do produto) na exportação

indireta;

c) Isento (dispensa do pagamento) nas vendas equiparadas à exportação (trading

company).

É importante salientar que para todos os tipos de exportação (direta, indireta ou

equiparada) é garantida a manutenção do imposto creditado nas aquisições de insumos,

materiais de embalagem e outros materiais utilizados no processo de produção dos produtos

exportados, inclusive para abatimento no imposto debitado na venda do produto no mercado

interno.

6.1.02 - ICMS

O ICMS é um tributo de competência estadual, indireto, seletivo (variação da alíquota

de Estado para Estado e de alguns produtos por essencialidade) e não-cumulativo (sua

apuração é igual a do IPI), nas operações de exportação o ICMS é tratado pela:

a) Não incidência tanto nas exportações diretas, quanto nas indiretas e como nas

vendas equiparadas (trading company).

Assim como com o IPI, é garantida a manutenção do crédito relativo às aquisições de

insumos, materiais de embalagem e outros materiais utilizados no processo de produção dos

produtos destinados à exportação, inclusive para abatimento no imposto debitado na venda

dos produtos no mercado interno.

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6.1.03 - COFINS

A COFINS é um imposto de competência federal, pode ser cumulativo (alíquota de 3

% sobre a receita bruta de vendas) ou não-cumulativo (apura-se o imposto da mesma forma

que o IPI e o ICMS, aplicando a alíquota de 7,6 % s/ às vendas de produtos, mercadorias e/ou

serviços e 7,6 % s/ às compras de insumos utilizados na produção). A COFINS com relação

às operações de exportação é:

a) Isenta conf. Lei complementar 70, de 30/12/1991 sobre as exportações diretas,

indiretas e vendas equiparadas (trading company);

b) Pode manter e utilizar os créditos do imposto (quando no regime da não

cumulatividade) relativos aos produtos vendidos ao exterior.

6.1.04 - PIS

O PIS é um imposto de competência federal, assim como a COFINS, pode ser

cumulativo (alíquota de 0,65 % sobre a receita bruta de vendas) ou não-cumulativo (apura-se

o imposto da mesma forma que a COFINS, aplicando a alíquota de 1,65 % s/ às vendas de

produtos, mercadorias e/ou serviços e 1,65 % s/ às compras de insumos utilizados na

produção). Quanto às operações de venda ao mercado externo, o PIS é:

a) Isento nas exportações diretas, indiretas e de vendas equiparadas (trading

company) conf. Art. 5º da lei 9004, de 16/03/95;

b) Pode manter e utilizar os créditos do imposto (quando no regime da não

cumulatividade) relativos aos produtos vendidos ao exterior.

6.1.05 - IE

Segundo o artigo 153, inciso II da constituição federal, o imposto sobre exportação é

um tributo de competência exclusiva da união, extrafiscal, tem como fato gerador a saída de

mercadorias/produtos do território nacional. Considera-se ocorrido o fato gerador quando

expedida a guia de exportação. Tem como característica principal o fato de ser cobrada com

fins fiscais e regulatórios. É Importante salientar que o preço de venda dos produtos (que é à

base de cálculo para o imposto) não pode ser inferior ao seu custo de produção/aquisição,

acrescido dos impostos incidentes e margem de lucro de 15% sobre a soma dos itens

anteriores (custos e impostos). A alíquota deste imposto é de 30%, facultado ao poder

executivo, por meio de decreto, reduzi-la ou aumentá-la sem que obedeça ao princípio da

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anterioridade para que possa atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.

Em caso de elevação, a alíquota não poderá ser superior a 150%.

6.1.06 - Crédito presumido do IPI para ressarcimento do PIS e da COFINS cumulativos

incidentes sobre a aquisição de MP, PI e ME.

Segundo Garcia (2006, p.153), “A origem deste incentivo remonta à edição da Medida

Provisória nº. 674/94, que o Congresso Nacional transformou na lei nº. 9.363, em 13/12/96”.

Fazem jus ao beneficio as empresas cujas receitas auferidas nas vendas de exportação diretas

e/ou indireta estejam sujeitas ao regime cumulativo do PIS e da COFINS.

O crédito do IPI é concedido como forma de restituição pelo pagamento do PIS e da

COFINS agregados ao valor de compra dos insumos utilizados na fabricação de produtos

destinados à exportação. O valor do crédito é apurado através da fórmula:

a) Base cálculo = receita de exportação / receita operac. Bruta

b) Valor de insumos = valor das compras x base de cálculo

c) Crédito presumido = valor dos insumos x 5,37 %

O valor encontrado pode ser aproveitado nas operações internas com débito do

imposto ou ressarcido em espécie.

6.1.07 - Drawback1 - suspensão

Trata-se de operação de importação de insumos vinculada ao compromisso de

exportação futura. Para gozar deste beneficio a empresa, deve pleiteá-lo antes de realizar a

importação dos insumos através do preenchimento do formulário “pedido de drawback” que

dará origem ao ato concessório, e então será fixado o prazo para cumprimento do

compromisso. O prazo para cumprimento do compromisso é de 1 ano, podendo ser renovado

por igual período. Em caso de bens de longo período de fabricação, o prazo poderá ser de até

5 anos. Na chegada do insumo importado, a empresa firma um termo de responsabilidade

junto à receita federal para que sejam suspensos os impostos que normalmente oneram a

operação.

6.1.08 - Drawback – isenção

Trata-se de operação de importação de insumos para reposição de estoques de insumos

utilizados na fabricação de produtos já exportados (drawback suspensão). O beneficio é

1 Drawback é o compromisso da empresa que quando realiza a compra de insumos no exterior deverá a mesma realizar exportação dos produtos utilizados pelo mesmo.

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pleiteado após a importação, fabricação e exportação do produto, através de formulário

“pedido de drawback” junto de comprovante de exportação e respectivos comprovantes de

importação que darão origem ao ato concessório. O prazo para pleitear o benefício é de 2 anos

contados a partir da data da primeira declaração de importação utilizada no pedido de

drawback. O embarque dos produtos importados através do drawback isenção é de 1 ano após

emissão do ato concessório, podendo ser prorrogado por mais 1 ano.

Para ambos os benefícios (drawback suspensão e isenção), os impostos beneficiados sobre

a importação são:

a) II – Imposto de importação;

b) IPI;

c) ICMS;

d) AFRMM - adicional de frete para renovação da marinha mercante.

6.1.09 - Drawback – restituição

Assemelham-se ao drawback isenção, por ser pleiteado após a importação, fabricação

e exportação do produto. Apesar de ter exportado o produto, fabricado com insumos

importados, a empresa não tem interesse em repor seu estoque através da isenção; portanto,

decide-se pela restituição dos impostos federais que incidiram na importação anteriormente

efetuada.

6.1.10 - Drawback – interno

Trata-se de operação de aquisição de insumos nacionais no mercado interno com

regime especial de suspensão do IPI, quando o produto final é destinado à exportação. Para

gozar deste benefício, a empresa deve apresentar requerimento junto à receita federal,

contendo o plano de exportação, a identificação do exportador, dos fornecedores, a descrição

dos insumos e dos produtos finais que serão exportados (com seus preços fixados em dólar).

Quantidades, códigos de classificação na TIPI e o prazo para cumprimento do plano que pode

ser de 1 ano, prorrogável por mais 1 ano, e, no prazo de 30 dias, apresentarem a comprovação

do cumprimento do plano.

6.1.11 - IOF

Tem alíquota de 0% para as seguintes operações vinculadas à exportação:

a) Crédito, câmbio e seguros;

b) Títulos e valores imobiliários;

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c) Operações de crédito às exportações;

d) Adiantamentos de contrato de crédito (ACC).

6.1.12 - IR

Possui alíquota de 0% para as seguintes operações vinculadas à exportação:

a) Remessas ao exterior para pagamento de despesas com promoções,

propagandas e pesquisas de mercado, como feiras e exposições ou na

manutenção de escritórios, armazéns, depósitos e entrepostos;

b) Solicitação, obtenção e manutenção de direito de propriedade industrial;

c) Comissões pagas a agentes;

d) Juros e descontos de cambiais de exportação e comissões de banqueiros

referentes a essas cambiais;

e) Juros e descontos de créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento

de exportações.

6.2 - INCENTIVOS FINANCEIROS1

Segundo Garcia (2006) os incentivos financeiros são representados por linhas de financiamento concedidas às empresas exportadoras para o desenvolvimento da produção (fase pré-embarque) e a comercialização (fase pós-embarque) de seus produtos destinados ao exterior. Conheceremos a seguir alguns programas de financiamento destinados à produção e comercialização abordados e descritos por Garcia (2006).

6.2.01 - Financiamentos a Produção

1) O BNDES-Exim Pré-Embarque do BNDES (Banco Nacional do

Desenvolvimento Econômico e Social) é uma linha de financiamentos para a

produção destinada à exportação de bens de longo ciclo de produção ou bens

de capital como máquinas e equipamentos.

2) O PROGER Exportação - é uma linha de financiamento às exportações

destinadas ao financiamento da produção nacional de bens e as atividades

diretamente envolvidas com a promoção da exportação. Abrange, inclusive,

despesas com pacotes de viagem para participação em feiras e eventos

comerciais no país e no exterior, aquisição de passagens aéreas, hospedagem,

traslado, transporte de bagagem, locação de espaço físico, montagem e

ambientação de estande, produção de material promocional, entre outros,

1 Incentivos financeiros são oferecidos às empresas com estímulos as empresas em seus processos de exportação tanto na área de produção como a de comercialização.

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destinado às ME (Micro-Empresas) e às EPP (Empresas de Pequeno Porte),

com faturamento bruto anual de até R$ 5 milhões.

3) PGNI – Programa de Geração de Negócios Internacionais para ME´s e EPP´s -

tem sua área de atuação disponível em todo território nacional, na agência de

relacionamento do cliente. Tem por objetivo contribuir para o incremento e

desburocratização do comércio exterior brasileiro, com foco nas exportações e

como forma de auxiliar a inclusão social a partir da inserção, de micro e

pequenas empresas no mercado internacional. Tem como faturamento bruto

anual a quantia de até R$ 10 milhões.

6.2.02 - Financiamento à comercialização

1) ACE – Adiantamento sobre Cambiais de Exportação – é regulado pela circular

do Banco Central do Brasil nº. 2.231/92, tradicionalmente conhecido no

mercado interno como desconto de títulos. Representa o saque representativo

da operação de exportação. É feita mediante cessão, pelo exportador, do

respectivo endosso a favor do banco;

2) Proex – Programa de Financiamento às Exportações – previsto na lei nº.

10.184, de 12/02/01, permite ao Tesouro Nacional pactuar encargos financeiros

compatíveis com os praticados no mercado internacional para financiamento à

exportação de bens e serviços nacionais. As condições para aplicação dessa

modalidade serão estabelecidas pelo MDIC, observadas as disposições do

Conselho Monetário Nacional;

3) BNDES-Exim Pós Embarque – Nesta modalidade de financiamento, o BNDES

financia a comercialização de bens e serviços no exterior, refinanciando o

exportador à semelhança do financiamento Proex, através de seus agentes

financeiros, que são os bancos comerciais.

Os incentivos financeiros segundo o portal Exportador do governo do Estado de São Paulo (2006) “O principal propósito do financiamento às exportações é tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional. Se sua empresa tem um produto de boa qualidade, semelhante aos melhores do mundo, mas você não consegue ser competitiva, uma das razões, uma das razões pode estar no financiamento. Muitas vezes, a decisão de compra de um bem ou serviço, pode ser determinado pelas condições de pagamento. O financiamento à exportação pode ser concedido na fase de produção da mercadoria, é o chamado crédito pré-embarque ou após o embarque da mercadoria, chamado pós-embarque. [...]”.

6.3 – INCENTIVOS INSTITUCIONAIS

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6.3.01 – Programa Brasil Exportador

O governo brasileiro criou o Programa Brasil Exportador que objetiva formular,

consolidar e racionalizar as ações de promoção das exportações. O Brasil Exportador tem a

participação de diversas instituições que possuem distintos papéis no comércio exterior. A

idéia central é a de que precisamos, além de exportar mais, exportar melhor.

Segundo Ministro Furlan - Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior o Programa Brasil Exportador (2006) [...] “o Governo Federal deveria lançar uma campanha em âmbito nacional, que poderia ser denominada Programa Brasil Exportador, nos moldes do Programa Brasil Empreendedor que já treinou com sucesso cerca de 1.400.000 de pessoas em 2000, na área de Gestão Empresarial. O Programa Brasil Exportador seria voltado inicialmente para aqueles mercados-alvo, com grande potencial exportador, onde, utilizando-se dos diversos parceiros espalhados pelo território nacional (Sebrae/Senac/Federações/Sindicatos/Associações, etc.), o governo estaria ampliando os conhecimentos básicos sobre Comércio Exterior, Mercado Externo, Formação de Preço, Marketing Internacional, etc.”.

6.3.02 – Associações e entidades de apoio

Existem instituições que formam, informam, auxiliam as empresas no processo de

exportação e estimulam a sua entrada no mercado externo. Dentre as elas temos a Agência de

Promoção de Exportações do Brasil - APEX-Brasil, SEBRAE, SENAI, CNI, Federações das

Indústrias, associações, sindicatos, câmaras de comércio que são sociedades civis, sem fins

lucrativos, constituídos com o aval oficial do país que representam. Todas estas instituições

visam estimular o comércio exterior. Assim, os nossos empreendedores necessitam estar

próximo delas para estar determinada pronta para seu sucesso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Muitos são os passos a serem dados e os cuidados a serem tomados para que uma empresa

possa iniciar sua “vida” empresarial no mercado internacional. Como se não bastassem todas

as burocracias a serem vencidas, muitas vezes, as empresas encontram dificuldades para

entrar neste mercado, devido ao difícil acesso aos consumidores, a alta competitividade e as

incertezas provocadas pelas negociações. Porém, mesmo com todas as dificuldades

apresentadas, o mercado externo é uma ótima opção paras as empresas, pois, traz grande

retorno, tanto financeiros, quanto de expansão mercadológica e melhora da imagem.

23

Com o intuito de estimular as exportações, o Governo garante vários incentivos fiscais

como isenção e imunização de vários tributos; porém este fato não seria vantajoso se não

fosse possível que as empresas pudessem utilizar o crédito na aquisição dos insumos

empregados no processo de produção, além disso, disponibiliza incentivos financeiros, linhas

de financiamento para produção e comercialização às empresas.

Conclui-se, facilmente, que as operações de venda ao mercado externo são muito

vantajosas para as empresas, embora poucas sejam as empresas que praticam esta operação.

Muitos empresários, talvez, ainda não tenham conhecimento dos incentivos proporcionados

pelo Governo, o restante, talvez, ainda falte coragem e espírito empreendedor para encarar

este mercado competitivo, porém, com alta possibilidade de retorno financeiro (lucros).

Verdade é que é hora de acordar para a nova realidade mercadológica. Já se passou o

tempo em que nossos concorrentes eram empresas da mesma cidade ou região. Com o passar

do tempo, a concorrência tende a aumentar e já não temos mais que nos blindar apenas das

ameaças locais, mas sim, de empresas estrangeiras que todo dia exportam para nosso país

mercadorias e produtos de todos os tipos e para todos os setores. Hoje, as empresas nacionais

concorrem diretamente com empresas de diversos países do mundo, principalmente China e

Estados Unidos.

Afinal de contas, porque focarmos um mercado consumidor limitado a nossa cidade,

estado ou país, quando existe a oportunidade de oferecer produtos e serviços para todo o

mundo? Claro que o mercado internacional não é nenhum “mar de rosas”, como todo negócio,

ele oferece riscos, mas cabe a cada empresário que deseja expandir seus negócios, analisar o

custo x benefício da operação e formular a melhor estratégia para sua empresa, a fim de levá-

la ao sucesso.

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REFERÊNCIA:

GARCIA L. M. Exportar Rotinas e Procedimentos, Incentivos e Formação de Preços. 7. ed. São Paulo, 2001, Edições Aduaneiras Ltda., 230 p.

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Amaral O. Comercio Exterior - Importação, Exportação e Câmbio. Apostila básica completo. 2002, 96 p.

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Meu Próprio Negócio Coleção. Como vender para outros países. 2 ano. nº. 2. São Paulo, On Line, 2006, 82 p.

FERREIRA A. B. H. Mini Aurélio Século XXI Escolar. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira S.A., 2000, 790 p.

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Monografia. As implicações práticas do uso de diferentes padrões e os impactos quanto à gestão do crédito para exportação. Universidade de São Paulo, 2002.

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Autores:

Alexandre Violin GarciaAssistente Contábil – Graduando em Ciências Contábeis e Atuariais

Escritório de Contabilidade San MannuelUniSALESIANO – Centro Universitário Católico Auxilium

Birigüi-spBrasil

e-mail: [email protected]

João Marcos Medeiros ScaramelliAssistente Contábil – Graduando em Ciências Contábeis e Atuariais

Escritório de Contabilidade Nova EraUniSALESIANO – Centro Universitário Católico Auxilium

Araçatuba-SPBrasil

e-mail: [email protected]

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