unimed blumenu - ed. 48

36
48 Jul/Ago 2010 É A MÃE QUEM DECIDE Letícia, Ronaldo dos Santos e o filho Matheus Eduardo aguardam a chegada de Arthur Henrique. O parto será normal e em casa

Upload: mundi-editora

Post on 20-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Revista da Unimed Blumenau. Traz reportagens com foco na prevenção de doenças, qualidade de vida, promoção da saúde e medicina. Produzida pela Mundi Editora, Blumenau / SC.

TRANSCRIPT

Page 1: Unimed Blumenu - Ed. 48

48 Jul/Ago 2010

é a mãequem decide

Letícia, Ronaldo dos Santos e o filho matheus eduardo aguardam a chegada de arthur Henrique. O parto

será normal e em casa

Page 2: Unimed Blumenu - Ed. 48
Page 3: Unimed Blumenu - Ed. 48

editORiaL

ÍNdice

20

04 em FOcO Unimed recebe quatro certificações Ouro 06 PÁGiNaS VeRdeS com a presidente da Abludef, Maria Helena Mabba 14 tRÂNSitO A forma correta de levar as crianças no carro 16 NOSSa GeNte com Viviane Cristine de Souza Siqueira 18 GRiPe a Prevenção não pode ser esquecida 22 SeXuaLidade Como tratar o assunto na adolescência 27 SuSteNtaBiLidade A qualidade ambiental nas edificações 30 aRtiGO Cuidados odontológicos começam na estação 32 ViaGem Os encantos de Santiago de Compostela

Nova técnica cirúrgica diminui os riscos em procedimentos cardíacos

10 Parto humanizado gera menos trauma para a mamãe e para o bebê

24 A influência das cores no dia a dia das pessoas

3

Veículo de Divulgação da Unimed Blume-nau - Cooperativa de Trabalho Médico.

CONSELHO EDITORIALDr. Alfredo NagelDr. Cleonildo de OliveiraDr. Fernando SanchesDr. Jauro SoaresDr. Odilon AscoliDr. Roberto A. MoreiraDr. Rodrigo VanzelliLuiz Mund

EDITOR-EXECUTIVOSidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) [email protected]

EDITORA-ASSISTENTEGisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC)

REPÓRTERESBeatriz Alves Gaviolli e Mariana Tordivelli

GERENTE DE ARTERui Rodolfo Stüpp

FOTO DE CAPAIvan Schulze / Especial Mundi Editora

EDITORA-CHEFEDanielle [email protected]

GERENTE-GERAL COMERCIALDenilson Mezadri - 47 [email protected]

GERENTE COMERCIALEduardo Bellidio - 47 [email protected]

DIRETOR-EXECUTIVONiclas Mund [email protected]

UNIMED BLUMENAURua das Missões, 455 • Blumenau/SCFone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570

HOSPITAIS

UNIDADE CENTRONeumarkt Trade & Financial Center, 5º andar • Blumenau/SCRua Ingo Hering, 20 | Anexo ao Shopping NeumarktFone: 47 3037.8500UNIDADE VILA NOVA Rua Almirante Barroso, 1159, Bairro Vila Nova • Blumenau/SCFone: 47 3331.8700UNIDADE TIMBÓRua Pomeranos, 3000, Bairro Pomeranos • Timbó/SCFone: 47 3281.4000

CONSELHO ADMINISTRATIVODr. Jauro SoaresDr. Marco Antônio BramorskiDr. José Carlos ArenhartDra. Andréia F. de A. Souza Dr. Gustavo De RéDr. Marco Antônio CavalcantiDr. Fernando César SanchesDr. Jacy BrunsDra. Maura Milano CuccoDr. Rodrigo VanzelliDr. Tarcisio Lins Arcoverde

Divulgação Banco de ImagensBanco de Imagens

Estamos iniciando uma nova campanha eleitoral. Depois das convenções partidárias de junho, teremos mais 90 dias de debates e, no dia 3 de outubro, vamos escolher os novos dirigentes do País. A saúde vai estar no centro das discussões porque as pesquisas mostram que é a prioridade número um dos brasileiros. O debate, no entanto, não pode ser vazio e retórico, apenas para eleger políticos para mais quatro anos de mandato. Precisamos de propostas consistentes e eficazes. No campo da saúde suplementar, a presença do governo deve ser regulatória, mas não intervencionista como ocorre de modo contumaz. Nos últimos anos, o governo passou a linha limite, misturando seu papel de agente público da saúde (SUS) e agente regulador da saúde suplementar, repassando às operadoras cada vez mais responsabilidades e serviços e aos beneficiários, mais custos. A ANS acabou de repetir esta prática agora, com a RN 211, que entrou em vigor no dia 7 de junho. Esta ação política demagógica, em um primeiro momento beneficia os clientes dos planos de saúde, mas, com o repasse dos novos custos para as mensalidades, acaba vitimando os que menos podem custear as despesas crescentes, excluindo os menos favorecidos do sistema de saúde suplementar. Em favor dos próprios beneficiários, esta prática deve ser revista.Nesta edição da revista Unimed, entre outros assuntos relevantes, você também vai saber que as unidades Centro e de Timbó da Unimed Blumenau receberam quatro certificações Ouro da empresa 3M do Brasil, con-firmando nosso compromisso com a qualidade e segurança no atendimento dos clientes em nossas unidades hospitalares.

Boa leitura!

a Saúde e a camPaNHa eLeitORaL

Page 4: Unimed Blumenu - Ed. 48

em FOcO

uNimed BLumeNau ReceBe ceRtiFicaçõeS da 3m dO BRaSiL

O Hospital Unimed Blumenau – Unidade Centro foi o primeiro hospital de San-ta Catarina a receber a recertificação Ouro do Programa de Esterilização da empresa 3M do Brasil. Além da recertificação, a Unidade Centro recebeu a Certificação Ouro em Eletrocirurgia Segura e Tricotomia Segura. A entrega das certificações ao presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares, aconteceu em 12 de maio, na sede da Unidade. A Unidade Timbó também receberá a certificação Ouro em esterilização, a ser entregue em 12 de julho, um dia após completar um ano de atividades.

A gerente nacional hospitalar da 3M, Mara Curi, explicou que apenas 100 dos cerca de 7 mil hospitais do País são certificados pela empresa. E destes, poucos estão no nível da Unidade Centro, que conquistou três das cinco certificações possíveis da empresa. O programa segue padrões internacionais.

Dr. Jauro aproveitou para agradecer o reconhecimento do trabalho feito e sa-lientou que a tripla certificação é resultado da equipe de enfermagem e de médicos do hospital. As certificações, observou o médico, comprovam que as equipes interdisciplinares de saúde dos hospitais da Unimed Blumenau ofe-recem um serviço de excelência; seguem os parâmetros estabelecidos pelos órgãos superiores nacionais e internacionais de saúde; mantêm registros fide-dignos de todas as etapas do processo e que todos os membros receberam criterioso treinamento pela empresa certificadora.

margarete Luzia Vick (técnica de enfermagem), Valdeci maria martins (enfermeira), dr. Jauro Soares (presidente da unimed Blumenau) e mara curi (gerente nacional da 3m Hospitalar)

Dan

iel Z

imm

erm

ann

OdORiZZi

Page 5: Unimed Blumenu - Ed. 48

A partir de agora, os pais vão po-der colocar as fotos e vídeos de seus bebês recém-nascidos no site da Unimed Blumenau. Para colocar seu filho no Berçário Virtual da Uni-med – e todo mundo vai poder ver –, basta entrar na internet no ende-reço www.unimedblumenau.com.br

e mandar as informações solicitadas no cadastro. O cadastramento é simples: é só anexar as imagens e as informa-ções básicas do bebê e dos pais, como nomes e datas, e clicar em ‘enviar’. As imagens e informações vão ser coloca-das no espaço reservado para o Berçá-rio Virtual e ficarão arquivadas.

Seu FiLHO NO Site da uNimed

cOOPeRatiVa amPLia aPOiO aO eSPORte

A Unimed Blumenau continua investindo no futuro do esporte, com o objetivo de promover a saúde e contribuir com a for-mação pessoal dos estudantes. Em 2010, a Cooperativa amplia seu apoio a todos os oito polos esportivos de atletismo da Fundação Municipal de Desportos (FMD) de Blumenau e também à equipe de xa-

drez do Centro de Educação Infantil San-ta Terezinha. Com isso, passa a beneficiar diretamente 242 crianças e adolescentes do esporte de base de Blumenau. Em 2009, a Unimed passou a se en-volver no projeto apoiando três dos oito polos de atletismo. Ao efetuar o acompanhamento do desempe-

nho escolar e questões de cidadania, como disciplina, educação, higiene e socialização, entre outros quesitos que fomentam o crescimento pessoal dos pequenos atletas, a Unimed Blu-menau resolveu ampliar esta parceria, aumentando o número de estudantes beneficiados.

Page 6: Unimed Blumenu - Ed. 48

PÁGiNaS VeRdeS

6

com a presidente da Abludef, Maria Helena Mabba

Revista unimed: quais os princi-pais problemas enfrentados pe-las pessoas com deficiência física em Blumenau?maria Helena mabba: Um dos principais problemas é a habitação. A moradia da maioria dessas pes-soas fica em localidades de difícil acesso, com muitas escadas e onde nem ônibus nem carro chegam. Isso dificulta o trabalho da Abludef e também a recuperação e inserção dessas pessoas na sociedade e no

mercado de trabalho. Outro pro-blema que percebo ao longo des-ses anos é a falta de apoio familiar. Durante um tempo, os familiares auxiliam o deficiente, mas, na me-dida em que o tempo passa, é di-fícil dar continuidade ao trabalho. Além disso, os bairros da cidade não estão preparados para receber pessoas com deficiência física. Não há preocupação com as adaptações necessárias para quem tem necessi-dades especiais.

“ExistEm lEis dEmais, oquE falta é fazEr valEr”

Fotos: Daniel Zim

merm

ann

No ano em que completa 22 anos de fundação, a Asso-ciação Blumenauense de

Deficientes Físicos (Abludef) ainda enfrenta muitas dificuldades quan-do o assunto é mobilidade urbana e acessibilidade. Nesta entrevista, a presidente da associação, Maria Helena Mabba, aponta os prin-cipais desafios encarados pelas pessoas com deficiência física no dia a dia e aborda as conquistas alcançadas durante mais de duas décadas de atuação.

Page 7: Unimed Blumenu - Ed. 48

Ru: de uma forma geral, como Blumenau está preparada para receber pessoas com deficiência física? maria Helena: A cidade, aos pou-cos, está se adequando às normas estabelecidas pelas leis de acessibi-lidade. Na Rua XV de Novembro, é possível andar de forma correta e segura, isso porque está toda pla-nejada para as pessoas com defici-ência física. A urbanização da rua possibilita que um cadeirante, por exemplo, possa subir pelas rampas sem precisar de auxílio de outra pessoa. Sabemos que a mudança das calçadas é de responsabilida-de dos comerciantes, cabendo a eles a reformulação. Mas, cada vez mais, notamos que o ser humano está mais egoísta, preocupando-se unicamente com o seu bem-estar e não com o do próximo. Ainda nos deparamos, todos os dias, com es-cadas, elevadores inadequados e portas estreitas, principalmente em construções antigas; além de aper-tadas vagas no estacionamento. Trata-se de um cenário considerado

como normal em uma cidade. Mas, de modo geral, em passos lentos, as coisas estão mudando. As esca-das estão dando lugar às rampas, há mais vagas destinadas para as pessoas com deficiência. Como toda a mudança gera controvérsia e a maioria das pessoas não encara com bons olhos essas mudanças, é preciso ter paciência.

carros acidentados chamam atenção para a segurança

“Novos carros e motos potentes são lançados

diariamente no mercado para consumo. No

entanto, os problemas caóticos do trânsito,

os pedestres, as ruas e nossas próprias vidas não estão nos planos desses fabricantes”

Page 8: Unimed Blumenu - Ed. 48

PÁGiNaS VeRdeS

8

com a presidente da Abludef, Maria Helena Mabba

Ru: até 1988, a pessoa com defi ciência era ignorada. a constitui-ção Federal daquele anos trouxe ementas que garantem direitos à cidadania e dignidade aos defi-cientes físicos. Na prática, o que mudou com a alteração da lei?maria Helena: Até 1988, as pes-soas com deficiência física não fa-ziam parte da sociedade, eram dis-criminadas, muito mais do que são atualmente. Não existia trabalho, participação em esportes, adapta-ções dos ambientes. Depois disso, muita coisa mudou. A pessoa com deficiência ganhou mais espaço, ga-nhou oportunidade no mercado de trabalho, no esporte. Infelizmente, precisou-se de uma lei para garan-tir algo que deveria ser inerente ao ser humano. Existem leis demais, o

que falta mesmo é fazer valer. Falta o cumprimento e, principalmente, a fiscalização dessas leis.

Ru: muitas pessoas nascem com alguma deficiência física, outras tornam-se deficientes depois de sofrerem algum tipo de acidente, principalmente de trânsito. qual o papel da abludef na prevenção da violência no trânsito?maria Helena: A Abludef, em parce-ria com o Seterb, desenvolve, duran-te todo o ano, ações de conscienti-zação. O que percebemos é que muitos jovens estão perdendo a vida muito cedo ou ficando com alguma deficiência. Este ano, realizamos o Feirão do Carro Acidentado, que utilizou carros e motos destruídos em acidentes de trânsito para ten-

tar conscientizar as pessoas. Procu-ramos enfatizar que a combinação de álcool e direção definitivamente não combina e que a prevenção e os devidos cuidados ainda são os me-lhores parceiros. Constantemente, desenvolvemos ações para prevenir os acidentes de trânsito. Esse traba-lho é realizado através de palestras e campanhas de sensibilização, mos-trando para a comunidade as seque-las físicas causadas pelo acidente de trânsito, sempre focando na pre-venção. A Abludef busca trabalhar também com as palestras temáticas, abordando o uso do cinto de segu-rança, o alcoolismo, as drogas, o uso indevido do celular na direção. Levamos essa mobilização para es-colas e empresas, para que as pesso-as fiquem atentas a outras questões envolvendo o trânsito da cidade: entregas rápidas dos motoboys, ci-clovias, faixas de segurança, sinalei-ras visuais e auditivas (temos apenas uma em Blumenau), monitores nos terminais para auxiliar e orientar os deficientes visuais e auditivos. Além da prevenção a acidentes de trânsi-to, trabalhamos com a inserção no mercado de trabalho e inclusão na sociedade.

Ru: como a abludef avalia esses 22 anos de atividades?maria Helena: Ao completar 22 anos de existência, a Abludef reú-ne muitas conquistas, realizações e significativas parcerias. Mas, por outro lado, foram anos de triste-zas por ver que a sociedade cami-nha para um futuro sem controle de seu crescimento. Novos carros e motos potentes são lançados diaria-mente no mercado para consumo. No entanto, os problemas caóticos do trânsito, os pedestres, as ruas e nossas próprias vidas não estão nos planos desses fabricantes. Quando a entidade foi criada, contabilizá-vamos 10 associados; hoje, a Ablu-def tem aproximadamente 1,5 mil associados.

Dan

iel Z

imm

erm

ann

maria Helena: a pessoa com deficiência ganhou espaço

Page 9: Unimed Blumenu - Ed. 48
Page 10: Unimed Blumenu - Ed. 48

10

Gisele [email protected]

A bandeira a favor do parto natural vem sendo defendida cada vez mais pelas mulheres, com apoio de órgãos públi-

cos. De acordo com a ginecologista e obstetra Veruscka de Albuquerque Gromann, atualmen-te, de 80% a 90% dos nascimentos na rede pri-vada ocorrem por cesariana. Na rede pública, esse número cai para cerca de 60%. A médica aponta que a diferença se deve à disponibilida-de do profissional médico que, em um serviço público, encontra-se de plantão, aumentando a possibilidade de aguardar o desencadear es-pontâneo do parto ou trocar o plantão e o pró-ximo plantonista fechar o atendimento daquela gestante.

Contudo, o principal de todos os fatores começa ainda nas escolas de medicina, onde se propaga a ideia de que o parto é um evento meramen-te médico, supervalorizando os aspectos físicos e biológicos, em detrimento dos emocionais, psicológicos, espirituais e culturais. Em 2005, o Ministério da Saúde lançou o manual Assistên-cia Humanizada com um conceito amplo que envolve um conjunto de conhecimentos, práti-cas e atitudes que visam à promoção do parto e do nascimento saudáveis e à prevenção da morbimortalidade materna e perinatal.

O material prevê o apoio psicossocial, permi-tindo a presença do marido, companheiro, fa-miliar próximo ou amiga para dividir o medo e a ansiedade, somar forças e estimular positiva-mente a mãe. Além do acompanhamento pelo parente ou companheiro, que é lei federal, exis-te também a possibilidade da presença de ou-tra pessoa, com ou sem treinamento específico para isto, a doula. Dra. Veruscka destaca que as grandes cidades já têm acesso a serviços de doulas voluntárias em algumas instituições. Em Blumenau e região, existem várias doulas tra-balhando de forma autônoma. “Elas são como um anjo da guarda que ampara, protege e tor-na o ambiente mais propício para que a mulher sinta-se à vontade e acolhida no momento de dar à luz”, diz a ginecologista. As doulas não são parteiras nem enfermeiras, elas compõem a cena de parto, sempre cumprindo o papel de satisfazer as necessidades básicas da gestante.

O POdeR da mãe Na HORa dO PaRtO

RePORtaGem de caPa

Ivan Schulze / Especial Mundi Editora

Page 11: Unimed Blumenu - Ed. 48

O movimento em prol da humaniza-ção do parto no Brasil começou no iní-cio da década de 1980. A mobilização de mulheres que queriam que o parto voltasse a ser um evento da vida sau-dável e que pudesse ser encarado com prazer e alegria por toda a família teve a adesão da comunidade profissional, científica e política. A insatisfação com tratamento dado às mulheres nas ins-tituições hospitalares no momento de terem os filhos também incentivou a luta.

Diante desse panorama, percebeu-se a necessidade de restituir à mulher o poder de tomar decisões acerca do próprio corpo e da forma que gostaria de trazer o filho ao mundo. Segundo a ginecologista e obstetra Veruscka Gro-mann, o termo humanizado foi utili-zado para ressaltar que o ser humano – e não o hospital, a tecnologia ou o profissional – é o fator mais importan-te a se levar em conta no nascimento.

“O foco principal é manter o bem-es-tar, o conforto, a privacidade e o res-peito que perfazem um clima acolhe-dor para que a mulher desempenhe sua habilidade natural de parir e aco-lher seu filho”, enfatiza a médica.

Atualmente, os termos parto natural ou parto respeitado também são utili-zados para definir o mesmo conceito. Dra. Veruscka explica que quando a mulher encontra-se em um ambiente propício para dar à luz, sente-se à von-tade e cuidada, sem parecer observa-da, julgada ou invadida.

movimento recente

Para algumas mulheres, o hospital, com todas as rotinas pré-estabelecidas, não configura o ambiente mais propício para ter o bebê. Por isso, algumas op-tam por terem os filhos na própria casa, como foi o caso famoso da modelo Gi-sele Bündchen e de muitas brasileiras. A ginecologista conta que, na Holanda, o estado oferece a possibilidade de as mu-lheres optarem, se tiverem uma gravidez saudável, pelo parto domiciliar. Naquele País, 30% dos partos ocorrem em casa. “Até o momento, os estudos mostraram que a segurança é a mesma para partos de baixo risco que a do ambiente hospi-

talar. Nem mais nem menos, a mesma”, enfatiza a médica. Ela foi uma das palestrantes na semana da mulher, realizada na Unimed Blume-nau, falando sobre o parto humanizado. O evento contou com a participação ativa de muitas mulheres gestantes e adeptas ao parto normal, além de pro-fissionais simpatizantes do modelo. Para Dra. Veruscka, foi uma troca estimulante de experiências. “É uma esperança para a nossa cidade de que cada vez mais blumenauenses possam nascer em paz”, define a ginecologista.

ambiente melhor

Arq

uivo

Mun

di E

dito

ra

Page 12: Unimed Blumenu - Ed. 48

No parto normal, substâncias hor-monais como ocitocina, endorfina e prolactina são liberadas com as con-trações e promovem uma sensação de relaxamento e até prazer, favorecendo o comportamento de proteção e vín-culo entre mãe e filho. “Os mesmos hormônios que desencadeiam o vín-culo estão envolvidos com a amamen-tação e o restabelecimento do útero”, explica a médica.

Os benefícios desse ato se estendem à mulher, que descobre do que o corpo é capaz: trazer um ser humano saudável

ao mundo, vivenciando um momento intenso de transformação e poder. Ao bebê, que tem a primeira impressão do mundo agradável e suave e é ime-diatamente colocado no colo da mãe. “Os próximos dias serão serenos ou agitados conforme a primeira experi-ência de vida do bebê”, diz Dra. Verus-cka, acrescentando que toda a família colhe os frutos de poder protagonizar o nascimento de um novo membro e, muitas vezes, juntamente com o bebê nascem um pai e uma mãe.

Segundo a ginecologista e obstetra,

estudos de antropologia, psicologia e sociologia falam sobre a importân-cia desse primeiro momento para o desenvolvimento da personalidade e até concluem que, a partir da forma como se nasce, define-se em que tipo de sociedade se quer viver. “Partos vio-lentos, sociedades violentas. Portanto, beneficia-se toda a sociedade”, con-clui Dra. Veruscka.

12

RePORtaGem de caPa

Sensação de prazer

Letícia Almeida de Sena Santos teve o primeiro filho, Matheus Eduardo, há cinco anos e meio. O parto foi nor-mal, mas não natural, pois na ocasião houve adição de soro e medicamen-to. Grávida do segundo bebê, após ler e se informar muito a respeito dos benefícios do método, além de este ter sido sempre o desejo dela, optou pelo parto humanizado.

Na chegada de Matheus, a mãe per-maneceu em casa até o momento em que as dores ficaram muito fortes. Tinha a companhia de pessoas mui-to importantes para ela e que deram todo o apoio e carinho que necessi-tava naquele momento. “Meu mari-do, Ronaldo dos Santos, minha avó materna, Francisca, ‘Vó Sinhá’, que é meu exemplo de vida, sem dúvida uma das pessoas mais importantes para mim, e minha prima Aimêe, que é praticamente uma irmã”, contaLetícia.

Ela recorda que ficou muito feliz com o ambiente familiar em que aguar-

dava a chegada do primeiro filho. “A única coisa que me deixou temerosa foi a ida para o hospital”, diz Letícia, que contou com a companhia do ma-rido na hora do parto. À espera de Arthur Henrique, que deve chegar em meados de agosto, a família pretende

mudar alguns detalhes. “Não preten-demos tê-lo em ambiente hospitalar, pretendemos fazer o parto huma-nizado 100% natural e domiciliar”, afirma a mãe, que conta com a par-ticipação do marido, do filho e, mais uma vez, a vinda da avó.

questão de liberdade

maiS iNFORmaçõeSDra. Veruscka de A. GromannCRM 8933(47) 3322-5941

Letícia, Ronaldo (d) e matheus preparam a chegada de arthur

Ivan Schulze / Especial Mundi Editora

Page 13: Unimed Blumenu - Ed. 48

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Hemos_Anuncio_Unimed_CV.ai 1 11/6/2010 17:30:20

Page 14: Unimed Blumenu - Ed. 48

Da saída da maternidade até os 10 anos, o transporte de crian-ças em veículos deve ser feito

no banco traseiro, com dispositivos de retenção apropriados. O uso do equipa-mento tornou-se obrigatório com a Re-solução 277/02 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A data inicial para os motoristas se adequarem à resolução era 9 de junho, mas, devido à falta de cadeirinhas para suprir a demanda, o prazo foi esticado para setembro.

Após o prazo, o transporte incorreto de crianças até 10 anos será considera-do infração gravíssima, com multa de R$ 191,54, perda de sete pontos na carteira e retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.

Os dispositivos de retenção conhecidos como bebê-conforto, cadeirinha, as-sento de elevação e cinto de segurança diminuem drasticamente as chances de mortes e lesões de crianças em casos de colisão.

Segundo dados do Contran, no Bra-sil, os acidentes de trânsito ainda são a principal causa de morte de crianças entre 1 e 14 anos. As estatísticas do Ministério da Saúde mostram que 40% das mortes desta faixa etária estão re-lacionadas a acidentes de trânsito. Os números apontam ainda que para cada morte, outras quatro crianças fi-cam com sequelas permanentes. Entre os acidentes, estão os atropelamentos, crianças na condição de ciclistas e de passageiros dos veículos.

Por outro lado, estudos indicam que 71% destas lesões podem ser evitadas com o simples uso do dispositivo de retenção correto durante o transporte das crianças. O uso do cinto de segu-rança não basta para garantir que elas estejam protegidas, pois foi desenvolvi-do para pessoas com, no mínimo, 1,45 metro de altura. Cada dispositivo de retenção tem uma

quem ama cuida

Daniel Zim

merm

ann

assento correto garante a segurança da criança no automóvel

forma específica de instalação. Por isso, é importante seguir as instruções do manual do bebê-conforto, da cadeirinha e do assento de elevação. Os veículos também tra-zem em seus manuais especificações sobre a instalação dos dispositivos de retenção. É importante ler e seguir as indicações.

Outro passo fundamental é verificar se o equipamento possui o selo de certificação de Padrões de Segurança Brasileiro (selo do Inmetro). No caso de dispositivos im-portados, deve-se observar o certificado de qualidade que deve vir traduzido para o português.

tRÂNSitO

14

Page 15: Unimed Blumenu - Ed. 48

Bebê-conforto

• Da saída da maternidade até 1 ano

Voltado para o vidro traseiro,

com leve inclinação, deve

ser preso pelo cinto de

segurança do veículo.

As tiras devem ficar

ajustadas ao corpo

da criança, com um

dedo de folga.

cadeirinha

• De 1 a 4 anos

Deve ser instalada de

frente para o painel

e presa pelo cinto

de segurança do veículo.

Booster – elevação de assento

• De 4 a 7 anos e meio

Deve ser utilizado com

o cinto de segurança

de três pontos para que

passe nos locais corretos

do corpo da criança:

pelo centro do ombro

e do peito e sobre

o quadril.

cinto de segurança no banco traseiro

• Acima de 7 anos e meio a 10 anos

A criança pode usar apenas

o cinto de segurança

quando conseguir apoiar

as costas por inteiro no

encosto e dobrar os

joelhos na borda do banco.

Nesse caso, o cinto passará

pelo centro do ombro

e sobre o quadril.

aJuSte-Se

Page 16: Unimed Blumenu - Ed. 48

NOSSa GeNte

No momento em que completa 10 anos de Unimed, Viviane Cris-tine de Souza Siqueira tem muito

para comemorar e lembrar. Ela começou trabalhando no setor de administração de contratos, no qual se manteve por três anos. Em seguida, passou para o relacionamento com o cooperado, per-manecendo mais um ano. Após esse período, ficou cinco anos na responsabi-lidade social. Há um ano, desempenha a função de secretária administrativa no SOS Unimed Blumenau.

Esse período de dedicação e trabalho na Cooperativa, Viviane define como gratificante. “Em uma década de Uni-med, cresci muito na minha profissão e como pessoa também. Cada dia é um novo desafio, uma nova meta. Aprendo todos os dias”, declara.

Nos setores em que trabalhou, Viviane sempre desempenhou as atividades de forma cordial. “Sempre gostei muito de ajudar as pessoas. Penso que para tudo se tem um jeito. Procuro sempre colocar-me no lugar do outro. Quando vim para o SOS Unimed, compreendi bem mais a amplitude do meu trabalho. Aqui, as decisões precisam ser tomadas de forma lacônica. As vidas não podem esperar e não podemos perder tempo com coisas pequenas”, salienta.

O pensamento positivo e o altruísmo

característicos de Viviane intensifica-ram-se, como ela mesma conta, após o nascimento da filha Caroline, de 4 anos. “Aprendo a todo o instante com a Carol. Hoje, considero-me uma pessoa mais tranquila e compreensiva”, afirma.

Graduada em Secretariado Executivo Bi-língue e com pós-graduação em Gestão Estratégica Empresarial, Viviane diz que sempre busca atualizar-se e anseia por novidades. “Minha formação é uma das principais conquistas proporcionadas pela Unimed. Busco sempre aperfeiçoar- me para sempre desempenhar bem meu trabalho”, reitera.

Animada e com bom astral, Viviane leva a vida numa boa. Ao contrário da maioria das pessoas, a colaborado-ra não espera as horas de folga para curtir a família e ter algumas horas de lazer. Após 10 anos de casamento, ela e o marido procuram sempre fazer coi-sas diferentes para espantar a rotina. “Saímos para almoçar em lugares que não conhecemos, vamos jantar fora no meio da semana, sem aquela obrigação de ter dia certo para se divertir. Isso faz com que passemos mais tempo juntos e mantemos a harmonia no nosso rela-cionamento, deixando do lado de fora a monotonia”.

Mas, quando as horas de lazer são es-ticadas Viviane e a família sabem bem

como aproveitá-las. Sempre que podem, viajam e passeiam por diversos lugares. “Não paramos em casa. Tenho a filo-sofia de viver cada dia como se fosse o último. Quando estamos em casa, nos-so passatempo preferido é assistir uma comédia, com classificação livre para a Carol poder nos acompanhar”, conta.

Na hora de planejar o futuro, Viviane é categórica: “Quero ver minha família sempre bem e feliz”, conclui.

uma década de cReScimeNtO PeSSOaL e PROFiSSiONaL

Daniel Zim

merm

ann

Viviane: 10 anos de unimed

16

Page 17: Unimed Blumenu - Ed. 48

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

PIT_1582_Anuncio_Revista_Unimed_Blumenau_Ed_nº48_(JunJul2010)_curvas.ai 1 15/5/2010 15:48:35

Page 18: Unimed Blumenu - Ed. 48

Terminou no começo de junho a campanha nacional de vacinação contra a gripe A (H1N1). A meta

de vacinar 80% de cada grupo já foi alcançada para profissionais de saúde (100%), crianças de seis meses a me-nores de dois anos (100%), portadores de doenças crônicas (100%) e indíge-nas (83%). Nas gestantes, a cobertura é de 70%, com mais de 2,1 milhões de

mulheres vacinadas. Em 12 de junho, foi registrada a primeira morte pela doença em 2010 em Santa Catarina, ocorrida em Balneário Camboriú.

De acordo com o pneumologista Edu-ardo Menezes Lopes, mesmo com o fim da campanha, a gripe A continua sendo uma ameaça, sendo necessário ainda manter a atenção e cuidados

para prevení-la. Segundo Dr. Eduar-do, o vírus provavelmente perderá força no decorrer do tempo. “Possi-velmente, ele sofrerá ainda algumas mutações, porém não conseguirá ser tão agressivo. Isso se justifica pelo fato de muitas pessoas já terem contraído a doença, desenvolvendo então imu-nidade, e pelo efeito protetor que a vacina trouxe”, afirma.

cuidadOS aiNda SãO NeceSSÁRiOS

GRiPe a Banco de im

agem

Em 2010, foram registradas em todo o País 540 internações da gripe H1N1, até o dia 8 de maio. Desse total, 18% dos casos estiveram relacionados à gesta-ção. Em relação às mortes, um total de 64, das quais 30% foram de gestantes. Segundo o pneumologista, a vacina é altamente eficaz. Estudos comprovam proteção contra o vírus em aproxima-

damente 90% das pessoas vacinadas.

“Além da proteção, ela tem se mostra-do muito segura. A incidência de efei-tos colaterais é muito baixa e, na maio-ria das vezes, essas reações são leves e muito fáceis de tratar. A vacina é uma forma muito efetiva de se conseguir bloquear o vírus influenza”, reitera.

Segundo dados do Ministério da Saú-de, no ano passado, de 2.051 mortes registradas, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a le-talidade entre os casos graves foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% das mortes (416, no total).

internações

18

Page 19: Unimed Blumenu - Ed. 48

Dan

iel Z

imm

erm

ann

Mesmo com o fim da campanha do Ministério da Saúde, os cuidados com a doença devem continuar. Eles servem para prevenir também outras doenças, especialmente as respiratórias.

Higienização frequente das mãos (água e sabão ou álcool em gel);

Evitar locais com muitas pessoas (especialmente ambientes mal ventilados);

Tomar bastante líquidos;

Não fumar;

Alimentação saudável;

Praticar exercícios físicos regularmente;

Outro ponto importante é evitar sair de casa se estiver com sintomas de um quadro gripal (isso evita a transmissão da doença para outras pessoas).

cuidadOS

maiS iNFORmaçõeSDr. Eduardo Menezes LopesCRM 10854(47) 3322-6808

Page 20: Unimed Blumenu - Ed. 48

O coração é um dos órgãos mais nobres que existe. É responsável pela irriga-ção sanguínea que leva nutrientes e

oxigênio a todas as partes do corpo. Sendo assim, os riscos das cirurgias nesse importan-te órgão trazem preocupação aos pacientes e familiares. Foi para resolver essa problemá-tica que o Dr. Robinson Poffo viajou à Ale-manha, onde teve contato com a técnica de cirurgia cardíaca minimamente invasiva. O procedimento consiste em operar o cora-ção sem abrir o osso do peito. Dr. Robinson explica que o paciente é submetido à anes-tesia-geral e, em seguida, é feita uma incisão de aproximadamente quatro centímetros na região lateral do tórax, por onde são intro-duzidos instrumentos para a realização do procedimento cirúrgico. Um deles é a micro-câmera, que capta as imagens intracardíacas de forma nítida e ampliada em 10 vezes. Através de outras punções são inseridos os materiais que auxiliam no procedimento.

“Para que possamos operar, é necessário que o sangue seja desviado para uma máquina. Isso é feito através de outra pequena incisão na virilha”, acrescenta o cirurgião cardíaco que atua em Joinville. O médico lembra que, em 2006, descreveu uma cirurgia inédita, em que a incisão foi feita na região do mamilo, ideal para pacientes preocupados com a ci-catriz.

Na ocasião, a equipe realizou a primeira ci-rurgia de troca de válvula mitral utilizando a técnica vídeoassistida no Brasil, fato relatado na revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, em 2007.

ciRuRGia caRdÍaca

20

técNica NOVa ReduZ OS RiScOS

Fotos Divulgação

incisão na lateral do abdômen permite o procedimento

Para Dr. Robinson, a cirurgia cardíaca minimamente invasiva agride menos o organismo e reduz os riscos cirúrgicos como sangramentos e infecções, além de menos dor pós-operatória. Quanto menor o trauma cirúrgico, melhor a recuperação do paciente.

“Na cirurgia convencional, em que há a abertura do osso do peito, o paciente leva de 7 a 10 dias para receber alta e demora entre 30 a 45 dias para voltar às atividades habituais, como, por exemplo, dirigir. No caso da minimamente invasiva, o paciente normalmente tem alta hospitalar em quatro ou cinco dias e, em aproximadamente 15 dias, já tem condições de ter suas atividades habituais retomadas”, compara.

menos trauma, menos riscos

De acordo com o cirurgião cardíaco, são possíveis vários tipos de ci-rurgias. No entanto, para que o paciente possa ser submetido a este tipo de procedimento, é necessário fazer uma investigação criteriosa e individualizada.

Concluída a averiguação, o paciente pode ser submetido a cirurgias de válvulas cardíacas, correção de arritmias, alguns tipos de cardio-patias congênitas, tumores cardíacos e casos selecionados de insufi-ciência coronariana – pontes de safena.

Como o desvio do sangue é realizado pela circulação periférica, pa-cientes com problemas nessas áreas devem ser bem investigados. O cirurgião alerta também que o método não é favorável aos pacientes com grandes deformidades da caixa torácica, pois dificulta a movi-mentação dos instrumentos dentro do tórax.

investigação personalizada

Page 21: Unimed Blumenu - Ed. 48

Com aproximadamente 450 pacientes operados, a técnica esbarra nas limi-tações profissionais e também no ambiente hospitalar. Dr. Robinson ressalta que o hospital deve estar equipado para este tipo de procedimento e a equi-pe deve estar treinada para atenuar os riscos cirúrgicos. “A técnica não é uma simples modificação no procedimento, mas, sim, uma nova abordagem, que evolui com o passar do tempo. Com a incorporação de outras tecnologias ao procedimento, conseguimos incisões de dois a três centímetros, principal-mente quando associado ao uso de equipamento robótico”, relata.

Tanta inovação encarece a cirurgia em torno de 50% comparada ao mé-todo convencional. Contudo, Dr. Robinson garante que o investimento é compensado pelo tempo curto de internação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Limitações

Segundo Dr. Robinson, desde que a técnica foi implantada no Brasil, ele já treinou aproximadamente 100 cirurgiões cardíacos. “Meu sonho é que este procedimento possa ser aplicado na maioria dos hospitais brasileiros. Para tal, são necessários investimentos pessoais, através de formação cur-ricular na área e investimentos dos hospitais, proporcionando o ambiente ideal para a realização segura deste procedimento”, conclui.

Popularização

maiS iNFORmaçõeSDr. Robinson PoffoCRM 9624 (47) 3423-0310

Page 22: Unimed Blumenu - Ed. 48

A sexualidade, principalmente na adolescência, ainda é um tema rodeado de tabus. Mesmo es-

tando explícito em programas de te-levisão, músicas e revistas, o assunto ainda gera controvérsias e é abordado com certo cuidado pela sociedade.

Para a ginecologista e obstetra Fa-biana Santos Troian, o principal foco quando o assunto é sexualidade na adolescência é o diálogo entre os pais e os jovens. As orientações pre-concebidas voltadas somente para o aspecto biológico, como gravidez e DSTs, gerando um aspecto negativo, não funcionam com os adolescentes. “A orientação tem que ser generosa, abrindo possibilidade de conversa so-bre os medos, as mudanças físicas e psicológicas desta fase, o prazer, o envolvimento emocional e o respeito pelo próprio corpo e pelo corpo do outro. Discussões sobre o que é ser homem e ser mulher nos dias atuais”, afirma a ginecologista. Atualmente, os jovens iniciam a ati-vidade sexual mais cedo, com média entre 14 e 15 anos para ambos os sexos. Segundo a ginecologista, não existe uma idade definida para iniciar as orientações, mas ela acredita que na pré-adolescência (entre os 9 e 10 anos), os jovens estão mais próximos dos pais e, abertos a escutar as orien-tações que partem deles. “Existe o mito de que falar sobre sexualidade estimula o início precoce da mesma. Pelo contrário, os jovens que têm informações seguras, e de alguém que eles amem e confiem, acabam iniciando a vida sexual mais tarde”, argumenta. Antes de iniciar ativamente a vida se-xual, é importante que os jovens es-tejam bem orientados a respeito do assunto. Para a ginecologista, a pri-

SeXuaLidade

22

PRimeiRa VeZ: uma deciSãO imPORtaNte

Bonco de imagens

meira consulta já pode acontecer no início do aparecimento dos caracteres sexuais secundários, que na menina geralmente é quando crescem as ma-mas e nos meninos os pêlos pubianos. Dra. Fabiana explica que a primeira consulta com o ginecologista gera muita ansiedade, tanto nas meninas como nas mães.

“É muito importante que a adoles-cente concorde com a consulta, pois existe muito medo e vergonha des-te corpo em transformação. Tenho

orientado para que os meninos con-sultem um pediatra que trabalhe com adolescentes”, diz a médica. O profissional tem que estabelecer um bom vínculo com o adolescente para que este se sinta seguro, reitera a médica. “O exame físico é impor-tante. Nas meninas que ainda não têm relações sexuais, geralmente só é realizado o exame de genitália ex-terna. Mesmo assim, elas devem ser orientadas previamente e concordar com o exame”, assegura.

Page 23: Unimed Blumenu - Ed. 48

Começar a vida sexual não é uma decisão fácil. Exige muita responsabilidade. Para Dra. Fabiana, é ela quem rege essa fase da vida. Muito mais do que a idade cro-nológica, é importante, conforme aponta a especialis-ta, que exista a possibilidade de assumir a sexualidade de forma segura e responsável. “Aqui entra a capacida-de de uma boa escolha, baseada em múltiplas orienta-ções. O jovem será capaz de assumir a responsabilida-de pelo início da atividade sexual? Está usando algum método seguro de proteção contra DST e gravidez? Onde acontecerá a primeira relação? E com quem? A decisão pelo início da atividade sexual é pessoal, mas vários pontos têm que ser abordados para que esta es-colha seja coerente. Apesar de os jovens terem muitas fontes de informação sobre o assunto, ainda nos depa-ramos com altos índices de gravidez na adolescência e o aumento de DSTs nesta faixa etária”, conclui.

Para a especialista, o que muitas vezes falta é a pos-sibilidade de o jovem compartilhar com um adulto de confiança o início da atividade sexual. Para que este adulto possa lhe orientar e acolher suas decisões de forma certa.

quando começara vida sexual

maiS iNFORmaçõeS

Dra. Fabiana Santos TroianCRM 8615(47) 3322-5941

Daniel Zim

merm

ann

Page 24: Unimed Blumenu - Ed. 48

Beatriz [email protected]

Se você parar para pensar, tudo em sua volta possui uma colo-ração. Segundo os especialis-

tas, as cores influenciam de forma direta a vida e o comportamento das pessoas. As cores remetem às emoções e são responsáveis por determinadas reações. De acordo com a psicóloga Sionára Bodanese Wouters, existem vários exemplos da influência das cores na vida das pessoas.

No interior de aviões, por exemplo, são usados tons que vão do azul-claro ao verde-claro não só pelo efeito tranquilizante, mas porque essas duas cores criam a impressão de maior espaço.

Comprovou-se que o amarelo e o vermelho carregados, se intensa-mente usados em locais de trabalho ou refeição, provocam distúrbios estomacais. Assim são bastante utilizados em fast-foods, onde as pessoas não conseguem permane-cer por muito tempo por causa das

cores fortes do ambiente e acabam comendo rapidamente para liberar lugares para outros.

Operários encarregados de remo-ver de um lugar para outro caixas de igual peso, mas pintadas ou de amarelo-claro ou de marrom-escu-ro, preferiram, na maioria, remover primeiro as pintadas de amarelo, por lhes parecer mais leves.

A ponte de Londres sempre foi pal-co de grande número de suicídios, todavia, depois que sua cor tradi-

cOReS iNFLueNciam Na Vida daS PeSSOaS

cOtidiaNOBanco de Im

agens

24

Page 25: Unimed Blumenu - Ed. 48

cional (entre o chumbo e o preto) foi substituída por verde metálico, esse número diminuiu em dois terços. “Foi a partir dessas constatações so-bre a influência das cores que o seu uso nos ambientes de trabalho e nos processos terapêuticos adquiriu im-portância e ganhou espaço”, explica a psicóloga.

Recentes pesquisas realizadas na Eu-ropa e nos Estados Unidos demons-traram haver relação entre a prefe-rência por algumas cores e algumas características das pessoas. “Segun-do esses estudos, as cores frias atra-em mais as pessoas reservadas, com limitações quanto à adaptação ao meio e a situações novas, mais inibi-das na expressão de seus sentimen-tos e que, na relação sujeito-objeto, enfatizam o sujeito. Seriam pessoas

interiormente integradas”, expli-ca Sionára. Segundo ela, por outro lado, pessoas com preferência por cores quentes possuem grande fa-cilidade no estabelecimento de con-tatos sociais, evidenciam forte carga emocional e acentuada afetividade.

De acordo com a especialista, a re-lação entre as cores e o ser humano já está presente nas crianças que, a partir do sexto mês de vida, per-cebem cores brilhantes e reagem a elas. “Dessa idade até um ano, a maioria das crianças é atraída pelo vermelho e pelo amarelo puros. En-tre os três e os cinco anos, idade em que o pensamento infantil tende à globalidade, a cor atrai mais do que a forma, especialmente as cores pu-ras, pois o gosto pelas tonalidades mais suaves só aparece mais tarde”, explica a psicóloga.

Psicóloga estuda a reação das pessoas às diferentes cores

Dan

iel Z

imm

erm

ann

Page 26: Unimed Blumenu - Ed. 48

cOtidiaNO

as cores na publicidade

Não é apenas na vida das pessoas que as cores exercem influência. Publicida-de e propaganda também utilizam, e muito, as cores como técnica de co-municação. “A publicidade, como téc-nica de comunicação e ferramenta do marketing que é, se utiliza de diversos mecanismos para despertar a atenção, a persuasão e a fixação da mensagem que difunde”, explica o publicitário Roger Pellizzoni.

Segundo ele, a cor é um dos recursos mais importantes da mídia, não ape-nas por alcançar o objetivo de des-pertar a atenção, mas, de forma mais sutil, auxilia na identificação e persua-são do público com a marca ou men-sagem do anunciante. “Além disso, as cores exercem a influência subliminar de reforçar o sentido e a intenção da mensagem”, afirma.

Roger esclarece que a escolha por uma cor – ou combinação de cores – parte, primeiramente, da necessi-dade de identificar-se, de distinguir-se das demais empresas concorrentes. “Quanto maior e mais competitivo for o segmento em que uma empre-sa atua, mais importante é a tomada desta decisão”, afirma.

A definição passa pela análise de di-versos aspectos, desde um estudo so-bre o próprio segmento de atuação da empresa ou da categoria a que per-tence o produto que fabrica. Muitas vezes, esses produtos já possuem uma ‘família de cores’ que os representam (como achocolatados, por exemplo, que usam o azul, o vermelho e o ama-relo associados ao marrom e ao bran-co). Leva-se em consideração também avaliações estratégicas de posiciona-mento junto a um determinado perfil de público. “Trata-se de um estudo bastante intenso, preferencialmente sustentado por pesquisas para que o resultado seja alcançado ou, pelo me-nos, não venha a ser prejudicado”, diz o publicitário.

Para cada segmento, há um determi-nado conjunto de cores. Os segmentos com maior poder anunciante, como o de alimentos, o de telecomunicações e o financeiro, pela exposição que têm, acabam impondo uma presença mais massiva de algumas cores na mídia e no espaço urbano, como o azul, o ver-melho e o amarelo.

Atualmente, segundo Roger, há uma forte influência da moda na escolha do uso das cores e no design gráfico. “Isso pode ser perfeitamente aceito, principalmente se os produtos ou mar-cas anunciados tiverem relação, ainda que indireta, com este segmento. No entanto, é importante aprofundar a crítica, para que não se cometam equívocos que acabem prejudicando o processo de comunicação e de assi-milação da mensagem”, finaliza.

Roger Pellizoni

Daniel Zim

merm

ann

Page 27: Unimed Blumenu - Ed. 48

cONStRuçãO ciViL BuSca meNOR imPactO amBieNtaL

Loja em Niterói foi a primeira a receber a certificação aqua

SuSteNtaBiLidadeD

ivul

gaçã

o

Se a questão da sustentabilidade vem ocupando cada vez mais espaço nos países em desenvol-

vimento, as certificações em prol do meio ambiente surgem para tornar mais claros os procedimentos e o uso de materiais. A construção civil é um dos maiores responsáveis pela emissão de gases poluentes durante toda a ca-deia de produção. Segundo o Conse-lho Brasileiro de Construção Sustentá-vel (CBCS), a construção civil consome de 40% a 75% dos recursos naturais extraídos do Planeta, desconsiderando água e energia.

De acordo com a arquiteta Silvana Silvestre e a engenheira civil Sherlana Reis, que atuam juntas há 10 anos, é longa a cadeia produtiva para chegar a uma edificação sustentável. É pre-ciso que em todo o processo exista comprometimento de todas as partes

envolvidas, desde os que estão dire-tamente ligados ao empreendimento, como os que estão no fornecimento da matéria-prima necessária para a construção.

Atualmente, muitos empreendimentos ditos sustentáveis não demonstram a eficiência das práticas adotadas. Ter qualidade ambiental significa preo-cupação com o impacto causado no local e redondezas, sem abrir mão do conforto e saúde dos usuários. É ter a garantia de redução no desperdício de água, energia e boa gestão de re-síduos desde o projeto, passando pela execução, uso e operação do empre-endimento.

Para garantir mais qualidade, eficiência e sustentabilidade – tema que está ba-seado no tripé social, econômico e am-biental – foi lançado no Brasil, em abril

de 2008, o sistema Alta Qualidade Ambiental (Aqua), o primeiro certifica-do adaptado à realidade brasileira. O processo é fundamentado no sistema francês Haute Qualité Environnemen-tale (HQE), mas adota critérios próprios e incorpora normas da Associação Bra-sileira de Normas Técnicas (ABNT).

Para Silvana, que concluiu Curso de Formação de Auditores Aqua pela Fundação Vanzolini, em São Paulo, o principal diferencial do processo é a clareza na metodologia aplicada nos referenciais. “A interpretação e adap-tação ao Brasil permitem que o pro-fissional da arquitetura e engenharia possa fazer uso de soluções próprias de projeto e não soluções aplicadas na realidade de outros países, o que in-centiva todos a pensar e agir de forma sustentável com valores arquitetônicos locais”, afirma.

27

Page 28: Unimed Blumenu - Ed. 48

SuSteNtaBiLidade

da habitação às arenas esportivas

A certificação é concedida através de auditorias independentes e presenciais, garantindo aos investidores a aplicação correta dos recursos. Por ser adaptada às normas brasileiras, evita que os pro-jetos sejam feitos de acordo com pres-crições de outros países, assegurando maior eficácia nos desempenhos.

A releitura do processo foi feita pela Fundação Vanzolini e por professores do departamento de engenharia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Entre as características está a exigência de desempenho ava-liado como bom, superior ou excelente em 14 categorias relacionadas à quali-dade ambiental do edifício.

Com o intuito de contemplar o maior número de construções, os referenciais técnicos relativos ao Aqua estão dispo-níveis para edifícios do setor de serviço, hotéis, habitações coletivas e conjun-tos habitacionais e, o mais recente, arenas e complexos esportivos multiu-sos, lançado em maio 2010. Ele visa à Copa do Mun-do de 2014 e às Olimpíadas de 2016, proporcionando, além da redução do impacto ambiental, a economia de até 50% no consumo de energia elétrica e de água.

em práticaO Aqua refere-se a um processo de gestão do projeto e pode ser usado em novos empreendimentos ou na re-abilitação de outros. “Antes de tudo, é preciso ter em mente os R’s: Reutilizar, Reciclar e Reabilitar”, afirma Silvana, lembrando que é fundamental fazer uma análise que identifique os crité-rios a serem priorizados para a certifi-cação. Para o empreendedor que não busca a certificação, mas se preocupa

com o meio ambiente, as orientações dos referenciais podem ser seguidas. “Os referenciais fornecem parâmetros que devem ser analisados e atendidos de forma a minimizar os impactos do edifício sobre o ambiente externo e ga-rantir um espaço interno sadio e con-fortável”, define a arquiteta.

O selo Aqua é certificado em três etapas, sendo necessária a aprovação de cada uma das fases para seguir adiante. Ele inicia pelo Programa, que é a definição das necessidades e o desempenho do projeto. A fase seguinte é a Concepção, que consiste na análise do projeto a ser executado, podendo, nesta fase, serem corrigidos alguns parâmetros que não estejam de acordo com os critérios es-tabelecidos. Por último, a Realização, quando o canteiro de obras é analisado

na prática.

“Em todas as eta-pas, o empreendi-mento passa por auditorias presen-ciais para receber a certificação da fase em questão”, explica Silvana, que acaba de finalizar a

especialização em Arquitetura Susten-tável: Conservação e Uso de Recursos Naturais. De acordo com a especialista, a rigidez nesta análise é grande e a ava-liação começa desde o primeiro passo. “No caso de um canteiro de obra in-sustentável, a obra não certifica”, ga-rante.

A busca pelo certificado exige maior investimento de tempo. O planejamen-to é peça fundamental para alcançar o êxito. A qualidade ambiental do edifício deve contemplar quatro bases que se dividem em eco-construção, eco-ges-tão, conforto e saúde. Em cada uma destas, são adotados critérios, contem-plando 14 itens, que avaliam a gestão ambiental da obra, as especificações técnicas e arquitetônicas.

uNiVeRSidade

renata Costa Basíliosetor de Educação Corporativa da unimed

As empresas estão percebendo – cada vez mais – a necessidade de contribuí-rem de maneira mais adequada e incisiva com o conhecimento, não só dos seus colaboradores, mas de todas as partes interessadas no negócio. Nesse passo, com o intuito de fomentar o desenvolvi-mento das pessoas e das organizações, a Unimed Blumenau criou a Universidade Corporativa, que tem o compromisso de ser um instrumento de disseminação de diferentes aspectos cognitivos a todos os públicos que envolvem o negócio da Unimed. Além de se pautar pela proativi-dade e pela acessibilidade, visando, sem-pre, a difundir a cultura da organização. Entre as ações previstas, podemos salien-tar os cursos de Educação Continuada para Cooperados e Colaboradores e as reuniões do Núcleo de Integração com os Cooperados (NIC), que se caracteriza por ser um espaço de discussão e estu-dos, com o escopo de propor ações que possam contribuir para a administração e, criando, assim, valores para a Coope-rativa, os cooperados, os parceiros e os clientes. A segunda turma do MBA em Gestão Hospitalar no Sistema Unimed e a primeira turma de MBA em Gestão e Liderança trazem à tona a preocupação com a formação efetiva dos integrantes. Investimos também em capacitação e eventos, merecendo abordagem espe-cial a Semana da Mulher, que tratou de temas importantes, como o Câncer de Mama, a sexualidade e o parto humani-zado. Além disso, foram realizados dife-rentes workshops, tais como “Mulheres na cozinha”, “Cuidados com a pele” e “Maquiagem”. Nota-se, portanto, uma preocupação perene da Unimed no que toca à promoção da saúde e do bem-es-tar de todos os seus clientes.

Seu PLaNOSua Vida

“Em todas as etapas, o empreendimento passa por auditorias

presenciais parareceber a certificaçãoda fase em questão”

28

Page 29: Unimed Blumenu - Ed. 48

Bom para todos

Silvana aponta que os benefícios se es-tendem a todos que estão envolvidos: desde quem trabalha na concepção até aqueles que usarão o prédio. O empre-endedor ganha em diferencial e marke-ting. O usuário terá um ambiente com mais conforto e melhores condições de saúde. Mas, o principal ganho é o socio-ambiental. “Uma edificação certificada no processo Aqua prova, por meio de auditorias, que foi projetada e realizada com baixo impacto ambiental, conse-quentemente, garante uso racional de energia e água, menos emissão de po-luentes e gases do efeito estufa e resí-duos”, afirma a arquiteta. Além disso, o selo garante a gestão de riscos naturais, menor impacto à vizinhança e melhores condições de trabalho.

De acordo com a Fundação Vanzolini, entidade responsável pela aferição e

emissão do certificado no Brasil, até ja-neiro de 2010, 14 processos foram ini-ciados, sete certificados foram emitidos na fase de Programa/Concepção e ape-nas um foi certificado em todas as fases. A Loja Leroy Merlin, de Niterói, no Rio de Janeiro, especializada em materiais de construção, foi a primeira loja do varejo a receber a certificação, em outubro de 2009. A obra levou 130 dias, mas teve a duração de oito meses para ter êxito em todas as fases para a certificação.

A Fundação Vanzolini aponta que a média mundial de custo adicional para a construção sustentável em relação à convencional, incluindo todas as fases e o processo de certificação, é de 5%. O tempo de retorno deste investimento é de dois a cinco anos. O valor da certifi-cação, já inclusos nos 5%, pode chegar a 0,15% do custo da construção.

Daniel Zim

ermann

Silvana e Sherlana

Page 30: Unimed Blumenu - Ed. 48

aRtiGO

cuidadOS OdONtOLóGicOS cOmeçam Na GeStaçãO

No decorrer das últimas duas dé-cadas, a odontologia passou por inúmeras mudanças. A principal

delas foi a adoção de uma filosofia pre-ventiva, com o objetivo de se alcançar uma saúde bucal perfeita.

O dentista redefiniu seus padrões de atendimento, preocupando-se não mais com o material a ser utilizado para restaurar um dente cariado, mas, sim, em como evitar o desenvolvimento da cárie dentária. Nesse aspecto, a preven-ção é o fundamento básico da odonto-logia moderna.

A atuação do cirurgião-dentista pas-sou a ser mais ampla e precoce. Com esse intuito, foram dados os primeiros passos em busca de um futuro cada vez mais saudável. Por conseguinte, a odontologia, especificamente a odon-topediatria, voltou suas atenções para a primeira infância (zero a três anos de idade), com fins à promoção da saúde.

Aqueles pais que antes só procuravam o dentista quando o filho tivesse qua-tro ou cinco anos de idade, começaram

a perceber que quanto mais cedo isto ocorresse, maiores as possibilidades de, no futuro, terem uma saúde bucal per-feita. Pacientes com idades entre seis e nove meses, tornaram-se rotineiros nos consultórios odontológicos.

Todavia, pairava no ar a seguinte ques-tão: Por que não atuar de forma mais precoce ainda, envolvendo não apenas o bebê, mas a gestante?

Buscava-se atingir o ideal. A prevenção começaria no útero, sendo a futura mamãe a peça fundamental de todo esse processo. Estabelecia-se a odonto-logia intra-uterina ou odontologia para gestantes.

Tornou-se cada vez mais comum o tra-balho em conjunto de odontopediatras, obstetras, neonatologistas e pediatras, com o intuito de promover a saúde glo-bal do binômio mãe/filho.

É sabido que o desenvolvimento da cavidade oral da criança inicia-se intra-uterinamente, nas primeiras semanas após a concepção. Por esse motivo, a

LiVROSiNdicadOS

1808

“A obra de Lauren-tino Gomes trata da fuga da rainha e do príncipe D. João VI de Portugal para o Brasil, em 1808. Conta com muitos detalhes as mudanças provocadas no Brasil com a chegada da família real por-tuguesa e a influência que os costumes e as maneiras trazidos por ela e por toda comitiva produziram na nossa cultura.

É uma história fasci-nante que merece ser lida por todos aqueles que se interessam e queiram entender um pouco mais sobre as coisas do Brasil”.

Paulo sérgio almeidaCliente unimed desde 02/02/1996

a Lição Final

“Quando Randy Pausch, professor da Carnegie Mellon University, subiu ao palco diante de um público de 400 pes-soas para apresentar sua palestra de despedida, ele não ha-via pensado em falar sobre sua morte. Diagnosticado com um câncer terminal de pâncreas, ele queria falar sobre a vida, sobre tudo aquilo que mais esti-mava. Neste livro, Randy Pausch com-bina humor, inspiração e inteligência numa lição surpreendente, uma história de coragem, alegria de viver e sonhos

realizados. Uma heran-ça generosa e otimista para futuras gerações”.

mara rúbia Jansen Goedemonitora recepção da internação – unimed unidade timbó

30

Daniel Zim

ermann

Page 31: Unimed Blumenu - Ed. 48

gestante deve ter uma dieta equilibra-da (nesse período é comum as mamães terem os conhecidos “desejos”, o que, em muitos casos, leva a um aumento exagerado do consumo de açúcar) e uma higiene oral adequada, além de uma perfeita saúde geral.

É fato rotineiro as gestantes nos procu-rarem dizendo que durante a gestação “seus dentes tornaram-se mais fracos e quebradiços” e “as gengivas começa-ram a sangrar de forma espontânea”. Devemos informá-las que, comumen-te, estes fatos são decorrentes de uma higiene bucal deficiente aliado à ali-mentação inadequada e que, durante o período gestacional, a visita ao den-tista não deve ser relegada ao segundo plano.

Em muitos casos, as gestantes deixam de ir ao consultório odontológico roti-neiramente (em algumas regiões, exis-te a cultura popular de que a gestante não pode “tratar dos dentes” por ser perigoso – o que não é verdade).

Muitas vezes, os famosos “desejos” le-vam a um maior consumo de carboidra-tos e açúcar, na forma de bolos, doces, biscoitos, balas, chocolates, entre ou-tros. Essas guloseimas, por serem con-sumidas com frequência, ocasionam a queda do pH bucal, contribuindo para a formação da placa bacteriana e, ao mesmo tempo, propiciando o ambien-te adequado para o desenvolvimento de bactérias cariogênicas e, consequen-temente, novas lesões de cárie.

Portanto, é muito importante para a saúde de mãe e filho a adoção de uma dieta equilibrada, contendo todos os nutrientes (vitaminas, sais minerais, cálcio, proteínas etc) que propiciem a formação e o correto desenvolvimento do bebê.

Outro aspecto a ser destacado para a obtenção de uma saúde bucal ade-quada diz respeito à higiene bucal. É de suma importância uma escovação correta, bem como a utilização do fio

dental. As pastas de dentes presentes no mercado são de excelente qualidade e contém flúor em sua composição.

Quanto à escova dentária, deve ter a cabeça pequena e as cerdas macias, permitindo a escovação de todos os dentes e, ao mesmo tempo, massage-ando a gengiva.

É importante que o dentista oriente quanto à técnica de escovação correta e uso do fio dental. Caso sejam obser-vadas áreas de sangramento quando da escovação, estes sinais podem ser indicativo de uma gengivite de grau leve, devendo a gestante procurar o dentista.

Com relação à realização ou não de tratamento durante a gravidez, é líci-to afirmar que independente do mês, a gestante poderá receber tratamento odontológico durante qualquer perío-do gestacional, muito embora o segun-do e terceiro trimestres sejam os ideais devido à maior estabilidade.

Claro que alguns cuidados devem ser observados. Por exemplo, sendo ne-cessário o exame radiográfico, o mes-mo deve ser realizado observando as normas de proteção (uso de avental de chumbo, protetor de tireóide etc). No primeiro trimestre da gravidez, não é recomendável a execução de exame radiológico.

Portanto, faz-se necessário o atendi-mento multidisciplinar, com o cirur-gião-dentista (odontopediatra ou não) atuando em conjunto com o obste-tra, fornecendo informações à futura mamãe. Principalmente em relação a orientações quanto à dieta, higiene bucal, uso racional do flúor, amamen-tação, importância dos dentes decídu-os (dentes de leite) e primeira visita do bebê ao dentista, redefinindo os pa-drões de atendimento em um contato preventivo amplo.

Andrigo BeberOdontopediatra e ortodontista

FiLmeSiNdicadOS

escritores da Liberdade

“O filme trata de uma história envol-vendo adolescentes criados no meio de tiroteios onde uma

professora oferece o que eles mais preci-sam: uma voz própria. Trabalhando nesta escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell luta para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Contando suas próprias histórias e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente in-domáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo”.

Elfi WehmuthCliente unimed desde 1º/07/1991

Seabiscuit - alma de Herói

“Durante a revolução tecnológica dos anos 30, um empresário falido, um adestrador desempregado e um jóquei indisciplinado

se uniram em torno de um cavalo chama-do Seabiscuit que, apesar de ser um puro-sangue, era considerado pequeno demais para as corridas. Ao competir, o cavalo mostra grandes qualidades e excelente desempenho, surpreendendo a todos. O filme traz a mensagem de que todos merecem uma segunda chance e que não devemos desis-tir na primeira queda”.

renato Clóvis Grisangassistente de relacionamento com a rede Prestadora / unimed

31

Page 32: Unimed Blumenu - Ed. 48

SONHO ReaLiZadO em cOmPOSteLa

ViaGem

32

dr. itamar e a professora Gladys durante a peregrinação a Santiago de compostela

Fotos Divulgação

Com a mochila nas costas, o casal começou a aventura em Saint Jean Pied Port, para subir as montanhas dos Pirineus – cordilheira que divide a França da Espa-nha. O cooperado lembra que os três dias seguintes foram de muita descida. “A impressão é que descer é mais difícil do que subir. O joelho pode sofrer com a caminhada e o chão é cheio de pedras. Se nesses três dias correr tudo bem, o resto do caminho será tranquilo”, afirma.

Contudo, nem a descida íngreme, nem a mochila pesando ou a brusca variação climática impediram o casal de aproveitar a peregrinação ao máximo. “Presen-ciamos todas as estações do ano em um mês: pegamos dias com chuva, calor e neve. No entanto, a natureza da região é linda”, descreve.

De acordo com Dr. Itamar, parte da paisagem é formada por campos verdes de trigo e cevada. Pelo caminho também contemplaram igrejas centenárias, pontes romanas e até um palácio construído pelo arquiteto espanhol Antoni Gaudí.

Longas caminhadas são as atividades favoritas do nefrologista Itamar de Oliveira Vieira. Em abril, o cooperado

e a esposa Gladys foram longe e realiza-ram o sonho de concluir o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha.

Foram 788 quilômetros de caminhada percorridos em 29 dias. Dr. Itamar conta que se prepararam nas trilhas do circui-to do Vale Europeu e também foram de Brusque ao Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento, a pé.

“Nunca havíamos tirado férias longas como essa, mas queria muito conhecer o País, entrar em contato com a natureza e com as pessoas. É muito melhor do que ficar em hotel e visitar pontos turísticos”.

caminho de pedras

Page 33: Unimed Blumenu - Ed. 48

O dia a dia do peregrino começa cedo. Às 6h, o casal já estava com o pé na estrada. Às 8h, faziam a primeira para-da para o café com tortilha e andavam até as 14h, quando paravam para to-mar sopa. Caminhavam mais um pou-co, até as 16h, hora de se instalar em um albergue da cidade mais próxima.

Dr. Itamar conta que, mesmo cansa-dos, lavavam as roupas e saiam para visitar as atrações da cidade. “O jan-tar é a refeição mais completa do dia, com direito a sobremesa e vinho tin-to. Os pratos eram sempre feitos com frutos do mar, tradicional na região”, recorda.

Das cidades por onde passou, o mé-dico conta que Santo Domingo de La Calzada e Burgos são as mais bonitas. Durante a jornada, Dr. Itamar colecio-nou momentos inesquecíveis, como quando chegou à Cruz de Ferro – onde os peregrinos depositam uma pedra que carregam durante todo o percur-so. Especiais também são as pessoas que o casal encontrou pelo caminho. Vindas de todos os cantos do mundo, cada uma delas estava lá por uma ra-zão íntima. “Cruzamos com um grupo de crianças que fazia um trabalho de escola. Foi divertido porque queríamos praticar o espanhol com eles e o gru-po queria praticar inglês conosco”.

cruz de ferro

O médico com o grupo de crianças que fazia trabalho escolar

O depósito de pedras Pássaros aninhados na torre

Page 34: Unimed Blumenu - Ed. 48

ViaGem

34

Para Dr. Itamar, a viagem foi tão gra-tificante que a fará novamente em setembro do próximo ano, quando completará 60 anos. O destino será o mesmo, Santiago de Compostela, mas, dessa vez, fará o caminho por-tuguês, que começa em Porto.

Enquanto o aniversário não chega, o cooperado caminha por aqui e regis-tra tudo em seu blog: caminhante51.blogspot.com.

Viagem de aniversário

Conta-se que Tiago, um pescador que vivia à margem do Lago Tiberíades, atendeu ao chamado de Jesus para ser um dos 12 apóstolos. Depois dos eventos da morte e da ressurreição de Cristo, Tiago foi pregar na Galícia, extremo-oeste da Espanha, então Província Romana. Ao voltar à Jerusalém, foi preso e decapitado. Dois de seus discípulos, Teodoro e Anastácio, recolheram o corpo de Tiago, levaram-no de volta à Galícia e o sepultaram secretamente em um bosque. O lugar foi esquecido até que oito séculos depois um ermitão chamado Pelágio observou chuvas de estrelas sobre um ponto no bosque. Quando escavações foram feitas no lugar, os ossos do apóstolo Tiago estavam lá. A notícia se espalhou e pessoas começaram a peregrinar para lá a fim de conhecer a tumba, originando-se o Caminho de Santiago de Compostela.

Uma singela capela foi construída ao mesmo tempo em que uma cidade chamada de Compostela (Campo de Estrelas) era erguida em torno do bosque. Atualmente, uma bela catedral recebe os peregrinos que chegam ao lugar a pé, de bicicleta ou a cavalo, através dos diversos caminhos que levam à Compostela.

camPO de eStReLaS

Herança romana nos caminhos de compostela

Natureza e monumentos

Fotos Divulgação

caminho entre o bosque

Page 35: Unimed Blumenu - Ed. 48
Page 36: Unimed Blumenu - Ed. 48