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NOSSO HOSPITAL É TODO PARA VOCÊ Conselheiros, diretores, gerentes e colaboradores na frente do Hospital da Unimed. que será entregue para a comunidade no dia 11 de julho 42 Jul/Ago 2009

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Revista da Unimed Blumenau. Traz reportagens com foco na prevenção de doenças, qualidade de vida, promoção da saúde e medicina. Produzida pela Mundi Editora, Blumenau / SC.

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NOSSO HOSPITAL ÉTODO PARA VOCÊ

Conselheiros, diretores, gerentes e colaboradores na frentedo Hospital da Unimed. que será entregue para acomunidade no dia 11 de julho

42 Jul/Ago 2009

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EDITORIAL

ÍNDICE

HOSPITAL UNImED, UmA CONqUISTA DE TODOS

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04 ALÔ VOCÊ O canal de comunicação do leitor 06 Em FOCO Unimed Vida capacita professores 08 PÁGINAS VERDES com Oscar Schmidt 11 NOSSA GENTE com Carlos Hermann 20 ODONTOLOGIA Tecnologia permite implante dentário sem corte 26 mEDICAmENTOS As barreiras do fracionamento 28 OUVIDORIA Unimed quer ouvir seus clientes 30 ARTIGO Os deslizamentos de terra podem ser previstos? 32 ANESTESIOLOGIA A importância da avaliação pré-operatória

A importância do pré-natal para a saúde da mamãe e do bebê

12 Unimed Blumenau inaugura hospital próprio em Timbó

22 Depressão atinge mais as mulheres que os homens

O dia 11 de julho, data em que o Hospital da Unimed Blumenau – Unidade de Timbó será inaugurado, marca uma dupla conquista: da comunidade da região do Médio Vale do Itajaí e da Cooperativa de 681 médicos ativos e 400 funcionários.Os benefícios para a região são evidentes. A partir de agora, todo o polo econômico passa a contar com um moderno hospital totalmente adequado ao que melhor existe na saúde do País, com atendimento adulto e infantil 24 horas e uma unidade de emergência. Além disto, terá à disposição o melhor corpo clínico e técnico do Vale, a mais avançada tecnologia, três salas cirúrgicas, 31 leitos para internação, laboratório de Análises Clí-nicas e serviço de Diagnóstico por Imagem com a chancela de qualidade da marca Unimed, em uma estrutura de 4 mil metros quadrados, onde foram investidos R$ 11 milhões. O prédio segue os padrões ambientais e de responsabilidade social, reaproveitando a água da chuva, captan-do a energia solar, tratando integralmente os efluentes e utilizando paver para melhorar a infiltração da água no solo. Todos os ambientes são climatizados, as instalações cirúrgicas são triplamente filtradas e contam com sistemas de pressão do ar que as isolam completamente do exterior. A unidade está dotada de tudo que a le-gislação atual exige e preparada para continuar moderna muitos anos à frente. E, o mais importante: estamos abrindo as portas de um hospital que valoriza a qualidade e a humanização, porque a satisfação das pessoas será sempre nossa prioridade número 1.A inauguração é também uma vitória dos cooperados e colaboradores da Unimed. Os investimentos na Rede Regional Integrada de Hospitais Próprios da Unimed Blumenau significam o início de um novo caminho, uma nova Unimed. Outros recursos próprios serão incorporados em breve. No segundo semestre, vamos inaugurar o Atendimento 24 Horas do Bairro Vila Nova e iniciar as obras do Hospital Geral de Blumenau. Um novo cenário de desafios e conquistas se inicia com foco no cliente, na qualidade total, sustentabilidade do negócio e na melhor remuneração do ato médico cooperativo.

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Veículo de Divulgação da Unimed Blume-nau - Cooperativa de Trabalho Médico.

CONSELHO EDITORIALDr. Odilon Luiz Ascoli Dr. Jauro Soares Dr. Alfredo Nagel Dr. Cleonildo Aldeman de Oliveira Dr. Marco Antônio Bramorski Dr. Fernando Cesar Sanches Dr. Ricardo Beduschi Luiz Mund EDITOR EXECUTIVOSidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) [email protected]

EDITORAMichele Wilke - 01227 JP (MTb/SC)

EDITORA ASSISTENTEGisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC)

REPÓRTERAna Paula Lauthe Kakau Santos (fotografia)

COORDENADOR DE ARTEGuilherme Faust Moreira

FOTO DE CAPAGilberto Viegas Tratamento de imagem: T.AG

DIRETOR COMERCIALCleomar Debarba - 47 [email protected]

DIRETOR EXECUTIVONiclas Mund [email protected]

UNIMED BLUMENAURua das Missões, 455 • Blumenau/SCFone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570

CONSELHO ADMINISTRATIVODr. Jauro SoaresDr. Josemar Batista de OliveiraDr. José Carlos ArenhartDr. Alfredo NagelDr. Cleonildo Aldeman de OliveiraDr. Dubes SonegoDr. Fernando César SanchesDr. Jacy BrunsDra. Maura Milano CuccoDr. Odilon Luiz AscoliDr. Ricardo Beduschi

Banco de imagens Banco de imagensGilberto Viegas

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Envie cartas para o endereço eletrônico [email protected]

ALÔ VOCÊ

Como leitora assídua da Revista Unimed, gostaria de parabenizar pela edição 41, principalmente a reportagem de capa, sobre a importância das informa-ções contidas nos rótulos de alimentos, e a reportagem sobre o perigo dos corantes contidos em salgadinhos e doces geralmente servidos às crianças. Sendo neta de um casal de idosos muito ativos, gostaria de aproveitar este contato para sugerir uma reportagem sobre a importância da diversão, das atividades de lazer para as pessoas da terceira idade.

Maria Teresa dos Santos CunhaEducadora infantil

ALImENTAçãO E IDOSOS

Agradecemos o apoio e parceria da Unimed Blumenau para a realização do Jubileu de Prata da Ampe Blumenau. A união dos esforços foi fundamental para que este acontecimento tivesse êxito e justifica porque a Ampe Blu-menau, em seu 25º aniversário, fez questão de homenagear as entidades representativas do segmento empresarial, pois acreditamos que é a parceria sólida e cada vez mais forte que promove o desenvolvimento da sociedade civil organizada, assim como do País. As ações comemorativas ao jubileu continuarão durante todo o ano de 2009 e envolvem atividades culturais, palestras e cursos, além de novos eventos.

Sônia MedeirosPresidente da Ampe Blumenau

25 ANOS DA AmPE

Do papel para o mundo digital. Agora fi-cou mais dinâmico visualizar a revista da Unimed Blumenau no site. O leitor pode acessar todo o conteúdo da revista na internet folheando as páginas e aproxi-mando os trechos de maior interesse, incluindo os anúncios. É o chamado efeito “flip book”, em que as páginas são “folheadas” na tela do computador. Este novo formato de apresentação é uma ação sustentável do ponto de vista ambiental e financeiro, além de estar alinhado a tendências de web design.

Acesse o site www.unimedblumenau.com.br e confira.

FOLHEIE A REVISTANA INTERNET

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Em FOCO

Um total de 173 professores e co-ordenadores das escolas das redes públicas municipais e estadual inte-grantes do Projeto Unimed Vida par-ticiparam, no período de 30 de março a 7 de abril, do processo de capaci-tação do Projeto Unimed Vida, que tem por objetivo discutir Qualidade de Vida. Os professores são agentes importantes neste trabalho.

A capacitação contou com a partici-pação da nutricionista Mônica Hela Berner e da pediatra Mariza Soares, que falaram sobre Alimentação; do pneumologista Roger Pirath Rodri-gues, que abordou o Tabagismo; do técnico em Segurança Miguel Ems-ters, que falou sobre Prevenção de Acidentes e da professora de Educa-ção Física Juliana Brandão, que tratou da Qualidade de Vida e Lazer.

A empresa que desenvolve seu negó-cio de forma socialmente responsável precisa pensar de forma global mas

agir e intervir de forma local. Partindo dessa premissa e entendendo que a comunidade é parte interessada da Unimed Blumenau, investimos no Projeto Unimed Vida”, explica a coor-denadora de Responsabilidade Social, Maike Rothenburg Mohr. O Unimed Vida é desenvolvido em escolas da rede pública de Blumenau, Indaial e Pomerode, através do trabalho edu-cativo para gerar uma cultura de pre-venção e promoção da saúde.

PROjETO UNImED VIDACAPACITA 173 PROFESSORES

Divulgação

Professores participamde evento de capacitação

A Unimed Blumenau, Cooperativa preocupada em ser uma empresa transparente e aberta ao diálogo com cooperados, funcionários, clientes, comunidade, prestadores, fornecedores, outras Cooperativas do Sistema, concorrentes, sindica-tos e governos, estabeleceu em sua Política do Sistema de Gestão Inte-grada (SGI), composta pela Gestão da Responsabilidade Social e Ges-tão da Qualidade, realizar pesquisas periódicas que busquem identificar a percepção deste público em práti-cas sócioambientais relacionadas a suas atividades.

Em 2008, foram enviados 1.570 questionários, destes, 544 foram respondidos, o que representou 34,65% do total encaminhado. Do universo das pesquisas respondidas, 94,46% concordam que a Unimed Blumenau desenvolve suas ativida-des de forma ética, transparente, de forma socialmente responsável e ecologicamente correta. A pesquisa é uma ferramenta que irá auxiliar a Unimed Blumenau na melhoria de seus processos. Ela pode ser conhe-cida na íntegra, basta encaminhar um e-mail para [email protected].

UNImED FAz PESqUISACOm O PúbLICO

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A Unimed Blumenau e a Splash Aca-demia firmaram convênio que propor-ciona a clientes da Cooperativa, acima de 55 anos, participarem do progra-ma Faz Bem com desconto de 30% do valor da mensalidade na academia. Para participar do programa, basta apresentar a o cartão da Unimed e atestado médico liberando para as ati-vidades do programa.

Quem aderir ao convênio, cujo des-conto é exclusivo a clientes da Uni-med, terá aulas de Alongamento e Flexibilidade; Fortalecimento Muscu-lar; Atividades Recreativas; Bike; Dan-ça; Hidroginástica; Matt Pilates. O pro-grama foi elaborado para que, dentro de suas condições e interesse, o aluno melhore suas potencialidades físicas e qualidade de vida.

Dois cooperados da Unimed Blumenau assumiram cargos em nível nacional e estadual e passaram a coordenar, em maio, os Conselhos Fiscais da Unimed do Brasil e da Federação das Unimeds de Santa Catarina. O presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares, foi empossado conselheiro fiscal dia 15 de maio, em São Paulo, e eleito na sequência, pelos demais conselheiros, coordenador do Conselho Fiscal da Unimed do Brasil.

Na mesma oportunidade, foram empossadas as diretorias da Unimed do Brasil, Central Nacional Unimed, Fundação Unimed, Unimed Participações e Seguros Unimed. Já no dia 9 de maio, o diretor de Atenção à Saúde, Dr. Marco Bramor-ski, assumiu a vaga de conselheiro e também foi escolhido pelos colegas para coordenar os trabalhos do Conselho Fiscal da Federação de Santa Catarina.

DR. jAURO E DR. bRAmORSkI COORDENAm CONSELHOS DA UNImED

UNImED E SPLASH FIRmAm CONVÊNIO

Dois médicos cooperados da Uni-med Blumenau foram empossados dia 8 de maio, às 19h30min, na sede da Associação Catarinense de Medicina, como novos integrantes do Corpo Acadêmico da Academia Catarinense de Medicina. O neu-rologista Cézar Zillig, na categoria de Membro Emérito, e o ginecolo-gista Luís Carlos Lins, como Mem-bro Titular. Em nota, a diretoria da Unimed Blumenau cumprimentou os novos acadêmicos, destacando que “o acolhimento na Academia representa o reconhecimento da classe médica da profícua produção cultural dos nobres colegas coope-rados”.

COOPERADOS DA UNImED EmPOSSADOS NA ACm

Dr. Cézar zillig

Divulgação

Dr. Luiz Carlos Lins

Kakau Santos

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PÁGINAS VERDES

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Kakau Santoscom o ex-jogador de basquete e palestrante Oscar Schmidt

“O pOvO de Blumenau mOstrOu que é OBstinadO”

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Everton SiemannEspecial/Mundi Editora

Mais de mil blumenauenses, uns apaixonados por bas-quete, outros admiradores

do jeito Oscar Schmidt de ser dentro e fora das quadras, compareceram ao ginásio Sebastião Cruz, o Galegão, no dia 20 de maio, para conhecer um pouco mais da vida do “Mão Santa”. Depois da palestra, que mais pareceu um bate-papo com os presentes, Os-car atendeu à imprensa e falou sobre assuntos diversos, entre eles a possí-vel realização das Olimpíadas no Bra-sil, a situação do basquete brasileiro, a participação dele na política, a vida de palestrante, as vindas a Blumenau e muito mais. À Revista Unimed, o “Mão Santa” concedeu a seguinte entrevista:

Revista Unimed: O brasil está pre-parado para sediar uma Olimpí-ada?Oscar Schmidt: Muitos países não estavam preparados e fizeram. A Gré-cia, por exemplo, parecia que não ia conseguir fazer uma Olimpíada e fez. Se derem uma para nós, vai ser uma grande Olimpíada, que vai fomentar muito a prática esportiva. A Olimpía-da pode ser um grande salto para que a gente tenha um projeto esportivo escolar, que é a única maneira de nos tornarmos uma potência esportiva.

RU: Hoje, longe das quadras, como você vê o basquete brasi-leiro, já que desde 1996, quando você deixou a Seleção brasilei-ra, o País não se classificou mais para disputar as Olimpíadas?Oscar: O basquete brasileiro tocou o fundo do poço mais de uma vez. O poço estava cada vez mais fundo e a gente não sabia. A gente chegou na pior fase do basquete brasileiro. Felizmente, algumas pessoas não se contentaram, entre elas eu, e briga-mos bastante contra a confederação. Hoje, temos uma liga dos clubes, por-

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que é assim que tem que ser. Mas, para isso, houve uma briga tremen-da, com ações na Justiça e tudo, que tramitam até hoje. Não foi uma bri-guinha qualquer.

RU: Com tantos talentos atuando no basquete internacional, como pode o brasil ficar fora das Olim-píadas e ir mal nos mundiais?Oscar: Porque os brasileiros que jo-gam na NBA e na Europa não são protagonistas nas suas equipes, com exceção do Thiago (Splitter). No fi-nal de jogo, o Leandrinho passa bola para o Shaquille Oneal, o Varejão para o Lebron James e o Nenê para o Carmelo Antony. Ninguém joga fim de jogo, que tem sido o nosso maior problema, ninguém decide no fim de jogo. A gente sempre perde fim de jogo, porque não sabemos jogar fins de jogos. Além disso, falta disciplina. A Seleção tem que ser um quartel e o jogador tem que ser um soldado. Quando o quartel chama, o soldado tem que bater continência.

RU: Em 1998, você concorreu ao Senado (pelo PP) e foi derrotado por Eduardo Suplicy (PT-SP). Pre-tende retomar esse caminho?Oscar: Ainda bem que fui derrotado, porque não é o meu lugar. Como bom filho de militar e patriota que sou, fi-quei muito tempo (13 anos) fora do Brasil e voltei querendo ser presidente do País. Esse era o meu objetivo. Ser um senador seria um pulo para isso, mas ainda bem que eu perdi, porque em um ano que fiquei dentro da polí-tica vi que esse não é o meu espaço.

RU: Você afirmou durante a pa-lestra que não se considera o melhor jogador de basquete do mundo, apesar de ter treinado e se preparado para isso. Então, quem foi?Schmidt: Três jogadores acima de to-dos: Magic Johnson, Michael Jordan e Kobe Bryant. Mas meu ídolo foi o Larry Bird, que não pulava, não corria e arremessava pra caramba.

“A Olimpíada pode ser um grande salto

para que a gente tenha um projeto esportivo

escolar, que é a única maneira de nos

tornarmos uma potência esportiva”

“Chegamos na pior fase do basquete

brasileiro. Felizmente, algumas pessoas não se contentaram, entre elas eu, e hoje, temos uma

liga dos clubes, porque é assim que tem que ser”

Kaka

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PÁGINAS VERDES

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com o ex-jogador de basquete e palestrante Oscar Schmidt

Oscar anotou 49.737 pontos, em 1.615 jogos. Como palestrante, já atuou mais de 450 vezes em várias cidades brasileiras

RU: Você treinou para ser o me-lhor jogador de basquete. Hoje, como palestrante, você se consi-dera o melhor do brasil?Oscar: Eu sou o maior palestrante do Brasil. Tenho 2,05 metros de altura. Você tem alguma dúvida?

RU: As outras duas vezes que você esteve no ginásio do Galegão foi para jogar. Como foi entrar na quadra para palestrar?Oscar: Foi legal. Adoro a cidade de Blumenau. Fiquei muito triste com o que aconteceu em novembro, mas hoje são poucas as marcas que lem-bram aquele episódio. O povo de

Blumenau deu mostras de que é um povo obstinado. RU: qual sua opinião sobre o jogador blumenauense Thiago Splitter?Oscar: O Thiago é hoje o jogador mais constante do basquete brasilei-ro e o maior exemplo. Todo técnico quer ter um jogador como o Thiago Splitter, um verdadeiro soldado, que obedece sem contestar. Ele é um mo-delo de como a gente quer ver um jogador brasileiro vestindo a camisa da seleção. Ele joga machucado, joga em todas as situações. Ele é um joga-dor que eu admiro muito.

Oscar Schmidt51 anosNatural de NatalRio Grande do Norte

Em quadra- Disputou 1.615 jogos- Anotou 49.737 pontos, sendo mais de mil com a camisa da Seleção Brasileira nas cinco Olimpíadas que disputou: Moscou (1980), Los Angeles (1984), Seul (1988), Barcelona (1992) e Atlanta (1996)- Conquistou 49 títulos- É considerado o recordista mundial em pontos marcados

Fora das quadras - Apresentou 459 palestras (com a de Blumenau)- Considera-se o maior palestrante do Brasil, com 2,05 metros de altura

PERFIL

“Como bom filho de militar e patriota que

sou, fiquei muito tempo (13 anos) fora do Brasil e voltei querendo ser

presidente do País. Esse era o meu objetivo”

“Todo técnico quer ter um jogador como o Thiago Splitter, um verdadeiro soldado. Ele é um modelo de

como a gente quer ver um jogador vestindo a

camisa da Seleção”

“Adoro Blumenau. Fiquei muito triste com o que aconteceu em

novembro”

Kaka

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NOSSA GENTE

RESPONSAbILIDADEAO VOLANTE

Quando chegou ao SOS da Unimed, há sete anos, Car-los Hermann não imaginava

que teria tanto a aprender. Motoris-ta experiente, ele já conhecia toda a cidade e seus caminhos, porém, ser motorista socorrista exigia mais atri-butos. E isso não foi problema.

No início, ele guiava as ambulâncias que faziam atendimento para escolas, no projeto Unimed Vida. Experiência que ele relata como inesquecível. “Gostava muito de trabalhar com as crianças, tinha que exercer um pou-co de psicologia, mas é encantador”, conta Hermann. Após dois anos, passou a atender no SOS Unimed. A mudança foi um choque, segundo ele, pois os quadros de atendimento eram mais graves. Isso não afastou Hermann da função, ao contrário, foi um estímulo para procurar aperfeiço-amento profissional. Um motorista socorrista, além de di-rigir bem, precisa ter conhecimentos sobre atendimento a vítimas para eventuais necessidades. Hermann fez cursos para aprender a imobilizar ví-timas de acidentes, atender vítimas de parada cardíaca e como agir nas situações mais adversas.

Sua função também é a de conferir as condições da viatura – se luzes, si-rene, giroflex intermitente estão em perfeito funcionamento, se as macas estão apostas, tanque de oxigênio cheio – enquanto os técnicos de en-fermagem verificam os medicamen-tos. Ao chegar na vítima, o auxílio vai desde o preenchimento da ficha do paciente, até a entrega de mate-riais para o técnico em enfermagem, quando necessário.

Estar ao volante de uma ambulância do SOS Unimed requer uma alta car-ga de responsabilidade. O transporte de pacientes pode ser entre hospitais e também entre municípios. “É pre-ciso cuidar de si, mas, principalmen-te, dos outros”, afirma Hermann. Ele enfatiza que os outros motoristas devem ficar muito atentos quando veem as luzes do giroflex intermiten-te, pois isso significa que a equipe está se dirigindo a um atendimento. A sirene também ajuda a ganhar lu-gar entre os carros.

Segundo o motorista socorrista, o trânsito de Blumenau é bastante complicado e, dependendo do horá-rio, se torna ainda mais difícil. Isso

o preocupa, pois sabe que alguém está esperando pelo atendimento. Esta profissão de adrenalina cons-tante enche Hermann de orgulho. Ele se emociona ao ver que está con-tribuindo para o bem-estar de mui-tas pessoas.

Hermann: muita destrezana condução dos pacientes

Kaka

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DEPOImENTOS

O processo de verticalização da Unimed Blumenau se conso-lida com a inauguração do

Hospital Unimed - Unidade Timbó no dia 11 de julho de 2009, que amplia a nova Rede Regional Integrada de Hospitais Próprios da Cooperativa no Médio Vale do Itajaí. Com 4 mil me-tros quadrados de área construída em um terreno de 15 mil metros quadra-dos, o hospital deve trazer grandes mudanças para toda a região, não só como mais uma estrutura, mas no atendimento focado na qualidade e na humanização. O evento de inau-guração vai ser neutro em carbono através do plantio de árvores em lo-

cais ainda a serem definidos, mas de preferência em municípios de Santa Catarina.

Para o presidente da Unimed Blume-nau, Dr. Jauro Soares, a fase agora é uma das mais importantes, a de inte-gração das pessoas que vão trabalhar no Hospital Unimed - Unidade Timbó, entendendo os valores da Cooperati-va, compreendendo que o hospital é parte da Unimed e que desde já seja adotada a cultura da qualidade. “Não é só um novo edifício, enfatizamos a qualidade no atendimento às pesso-as”, afirma o presidente da Unimed Blumenau.

A Cooperativa busca aprimorar os ca-nais de atendimento ao cliente, sejam os pacientes, médicos cooperados, colaboradores e toda a sociedade. Ferramentas como a Ouvidoria de-vem estar à frente deste processo. Ela estará aberta para receber críticas, su-gestões e elogios. “Todos que traba-lharem no hospital terão que ter esse critério de atendimento, com foco no bom serviço para os nossos clientes. Queremos a satisfação de todos”, aponta Dr. Jauro. Segundo o médi-co, esta é uma forma de consolidar a marca da Cooperativa, ampliando o número de clientes, uma das medidas para manter a empresa sustentável.

REPORTAGEm DE CAPA

12

Os munícipes de Rodeio conveniados da Unimed com certeza serão beneficiados com a abertura deste hospital na cidade de Timbó, principalmente com relação à proximidade dos municípios. Será, na certa, mais um ícone de bom atendimento e infraestrutura na área da saúde em nossa região.

Genor Girardiprefeito em exercício de Rodeio

O reflexo é positivo, porque tem muita gente cliente da Unimed e é mais uma tranquilidade para o Médio Vale. Saúde é o que mais falta no País, por isso, vemos com bons olhos a vinda do Hospital da Unimed. Ele vai atender melhor a demanda de nossa população por serviços de saúde.

Hartwig Persuhnprefeito de Doutor Pedrinho

PORTAS AbERTAS 24 HORASCOm A qUALIDADE UNImED

Gilberto V

iegas

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A posição estratégica do hospital deve tornar a região um polo de saúde. Dr. Jauro diz que, diferente de investir em um local já consoli-dado, a Cooperativa fez algo mais complexo, que é desbravar um lu-gar mais afastado e, com isso, tra-zer um benefício ainda maior para a região. “Uma estrutura hospitalar envolve muitas mudanças positivas em várias áreas, como comércio e lazer. A região será um novo polo de atenção na área médica-hospi-talar”.

O novo hospital representa um salto em relação à condição de segurança, tecnologia e ambiente humanizado na área da saúde. O primeiro impacto para a comunida-de será o de atendimento 24 horas, adulto e pediátrico. A unidade está preparada para atender os pacien-tes sem que haja perda de tempo na procura de hospitais aptos para cada caso. Haverá integração entre o hospital e o atendimento domici-liar, com condições de internação domiciliar com acompanhamento diário de técnicos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros e a visi-ta do médico. Tudo isso será via-bilizado pela nova base hospitalar da cidade.

O investimento contempla um hos-pital todo equipado, mobiliado e pronto para funcionar, obedecendo as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há o

enfoque na humanização, buscan-do a imagem não de um hospital, mas de um hotel, com ferramen-tas como decoração e iluminação natural para compor os ambientes. O hospital segue normas de quali-dade e segurança que garantem a qualidade.

“O Hospital Unimed - Unidade Timbó é uma conquista”, afirma Dr. Jauro. Considerando que há um tempo de maturação e retorno do investimento, o presidente da Coo-perativa tem a certeza de que em seis meses estará sendo discutida a ampliação do hospital.

Destacando a criação extensiva de novos empregos em um momen-to adverso da economia, Dr. Jauro acredita que a Unimed Blumenau está rumando no sentido contrário, em busca de sua sustentabilidade. “É durante uma crise que temos que investir”.

Região será polo de saúde

A inauguração deste empreendimento é de suma importância para todos os municípios de nossa microrregião. O mais novo hospital da Unimed, que está sendo inaugurado na cidade de Timbó, tornar-se-á referência em atendimento, facilitando a vida dos usuários, principalmente em se tratando de deslocamento, visto que hoje, o munícipe ascurrense cliente Unimed tem que se deslocar aos centros, como Blumenau. O hospital trará conforto e agilidade no atendimento. Parabéns à Unimed pela escolha de nossa região para a instalação dessa unidade hospitalar.

moacir Polidoro, prefeito de Ascurra

Dr. jauro Soares

Ivan Schulze

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DEPOImENTOS

O Hospital Unimed – Unidade Timbó é de grande importância para a saúde, para os moradores da cidade de Timbó, e para todos os municípios da região do Médio Vale. A comunidade poderá contar com um espaço médico de excelência e a região ganhou um centro para o tratamento de pacientes conveniados e atendimentos particulares.

Sérgio Almir dos Santosprefeito de Indaial

Todo investimento que prioriza a saúde e agiliza o atendimento ao cidadão pela proximidade e qualidade será sempre bem-vindo.

Fernando Tomaselliprefeito de Rio dos Cedros

REPORTAGEm DE CAPA

14

Para a gestora hospitalar Jany Luz da Silva, que estará à frente do Hospital Unimed - Unidade Timbó, o primei-ro desafio será o de colocar toda a máquina em funcionamento, com processos bem definidos para que se tenha o melhor resultado. Para ela, é preciso ter uma visão de futuro, em atitudes que irão impactar na satisfa-ção do cliente.

“Cada detalhe influencia no resulta-do final”, aponta Jany, destacando que é preciso ajustar as engrenagens quando se trata de recursos humanos – colaboradores, corpo médico, equi-pe multidisciplinar –, quanto da es-trutura física. Com o cronograma de admissões já estabelecido, todos re-ceberão treinamento específico para que haja sintonia em todos os níveis

de atendimento. Considerando que a área da saúde não comporta nenhum amadorismo, Jany avalia que a pa-dronização diminui riscos em saúde. Por isso, todo o grupo está concen-trado para que tudo seja um sucesso, mantendo a marca de qualidade da Cooperativa.

Jany analisa que o empreendimento é um ganho fabuloso para a região, agregando tecnologia, suprindo a carência de atendimento, qualidade e estrutura. “Este hospital será um referencial em saúde, diminuindo a necessidade de se deslocar até Blu-menau para um atendimento”.

A Cooperativa irá buscar a certifi-cação da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Ela cita que todos

os esforços estão voltados para que o hospital funcione de maneira harmô-nica com todos os recursos, trazendo resultados e trabalhando com a justa medida de uma administração que valoriza todos os públicos.

Atenção para todos os detalhes

jany Luz da Silva

Ivan SchulzeBanco de im

agens

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O coordenador do escritório regional de Timbó, Dr. Cleonildo de Oliveira, é também o diretor-técnico do Hospital Unimed - Unidade Timbó. “A expecta-tiva é muito grande, tanto por parte dos médicos como da comunidade, já que a região tem poucos hospitais com atendimento 24 horas”, conta.

A estrutura teve a pedra fundamental lançada em 6 de dezembro de 2007. Os trabalhos foram iniciados em feve-reiro de 2008.

“O hospital está aberto para todos os cooperados. Por isso, qualquer médi-co da Unimed que quiser operar lá, poderá utilizar a estrutura. Estamos selecionando o quadro de plantonis-tas, já que a pediatria e a clínica mé-dica irão necessitar de profissionais de plantão”, diz o diretor técnico.

Estarão disponíveis para os clientes serviços de ultrassom, raio-X digital, laboratório e agência de sangue com sala de estoque e aquecimento do sangue para ser encaminhado para o centro cirúrgico. O hospital conta-rá também com uma sala de emer-gência e outra para a higienização de pacientes traumatizados. O projeto original viabiliza a construção de mais dois andares, apesar do terreno pos-suir 30 mil metros quadrados. “Em breve, vamos construir uma lavandei-ra industrial. O prédio já conta com tratamento de efluentes, central de ar-condicionado e energia”, afirma o diretor.

A escolha do terreno ficou por conta da localização estratégica. “Analisa-mos muitos terrenos, mas decidimos comprar este porque está próximo de Pomerode, Rio dos Cedros, Benedito Novo e Doutor Pedrinho. Quem vem de Indaial não precisa passar pela ci-dade, pode passar por fora. A locali-zação foi estudada estrategicamente para atender toda a região do Médio Vale”.

O diretor-técnico do Hospital Unimed - Unidade Timbó acredita que a am-pliação da unidade será necessária ainda no primeiro ano de funciona-mento, devido ao número de clientes da Unimed que estarão sendo bene-ficiados e de atendimentos particu-lares e clientes de outros convênios contratualizados. A Unimed também adquiriu o terreno ao lado do hos-pital para futuramente construir um centro clínico.

Uma solução regional

A inauguração do Hospital Unimed – Unidade Timbó significa mais uma opção de trabalho para os profissionais. Além disso, para o cliente Unimed é uma opção de atendimento que segue padrões do nível elevado. Ganha-se em termos da estrutura hospitalar. Também é uma forma de referência para negociar convênios com outros hospitais da região. Este empreendimento mostra que a Unimed tem uma política de descentralização, reconhecendo o valor das cidades vizinhas.

Paulo maurício Pizzolattiprefeito de Pomerode

Minutos que salvam vidas. Contar com o hospital da Unimed em Timbó assegura aos usuários de Benedito Novo atendimento rápido e eficiente.

Laurino Dalkeprefeito de Benedito Novo

Dr. Cleonildo é o diretor-técnico doHospital Unimed - Unidade Timbó

Ivan Schulze

Inauguração dia 11 de julho, às 10h Área construída

4 mil m2 Investimento

R$ 11 milhões, incluindo obra civil, terreno, projetos, estação de tratamento de efluentes, equipamentos, tecnologia e mobiliário. Recursos aplicados pela Intermed e Unimed. Leitos

16 para internação, 14 para observação e 1 para isolamento Serviços oferecidos

Atendimento 24 horas adulto e pediátrico; unidade de emergência; internação clínica e cirúrgica; ortopedia; videocirurgias e cirurgias convencionais em três salas de cirurgia; endoscopia digestiva alta e baixa; diagnóstico por imagem (Unimagem); laboratório de Análises Clínicas (Laboratório Unimed).

HOSPITAL UNImEDUNIDADE TImbó

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DEPOImENTOS

SEU PLANOSUA VIDA

GOL CONTRA

reinaldo FagundesGerente de Vendasda Unimed

Unilife Serviços•Rua das Missões nº 563 - sala 01 Fone 3331.8559 e 3035-7701/02 Marconcini Corretora de Seguros

•Timbó - 3312-5500Escritórios Regionais.•Gaspar - 3332-3956 •Pomerode - 3387-0415•Timbó - 3382-2300 •Indaial - 3333-2278

É de extrema importância que todos estejamos bem informados. Entretanto, os meios de comunicação, às vezes, pe-cam ao prestar informações à popula-ção. Com constância, circulam notícias sobre a previdência, seguros, impostos, telefonia e planos de saúde. Recente-mente, foi veiculado pelos principais jornais e emissoras de rádio e televisão que, por unanimidade, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as operadoras de planos de saúde não podem limitar o valor do tratamen-to e de internações de seus clientes. É de fato compreensível tal argumentação, entretanto, na prática, apenas algumas operadoras de planos de saúde agiam assim. Num autêntico gol contra, os meios de comunicação generalizaram, como se todas agissem assim. E ainda lançaram dúvidas sobre a validade ou não da migração dos contratos anti-gos para os regulamentados, como se a diferença entre eles fossem apenas a questão de limitação de internações e limitação de custo. Para esclarecer, ocu-pamos novamente este espaço: leia seu contrato hoje vigente e consulte um dos nossos corretores que, sem compromis-so, poderá evidenciar as diferenças reais entre os contratos. Isso irá comprovar que a migração é a atitude mais sensata para quem tem preocupação com sua segurança e de seus dependentes, pois, de que adiante poder ficar internado sem limites de dias, porém, sem cober-turas para os mais modernos exames e procedimentos? Que seja juntado o útil ao agradável: faça sua migração e, de acordo com a Lei 9656/98, não poderá haver limitação de espécie alguma.

REPORTAGEm DE CAPA

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É uma felicidade para Timbó ser contemplado com esse empreendimento. A vinda do Hospital Unimed – Unidade Timbó mostra a confiança que o grupo depositou em nosso Município. Estaremos juntos com a Unimed dando um salto para o futuro quando o assunto é saúde de qualidade. Desejamos enorme sucesso a todos os responsáveis pela vinda do Hospital Unimed, em especial ao coordenador do escritório regional da Unimed de Timbó, Dr. Cleonildo de Oliveira. Construiremos parcerias fortes com um único objetivo comum: saúde de qualidade às famílias.

Laércio Schuster júnior, prefeito de Timbó

O diretor de Recursos Próprios da Unimed Blumenau, Dr. Mar-co Antônio Cavalcanti, ressalta a importância do Hospital Unimed - Unidade Timbó ser implantado em uma região altamente indus-trializada e localizada na conflu-ência de municípios prósperos como Timbó, Indaial, Benedito Novo, Pomerode e Rio dos Ce-dros. “Com a duplicação da BR-470, esta área vai se desenvolver muito e existe um potencial de crescimento de usuários talvez maior do que em Blumenau”.

Além da construção em local estratégico, o hospital contará com uma unidade do SOS Uni-med, que ficará permanente-mente para fazer a ligação com as outras unidades de recursos próprios da Unimed e hospitais credenciados.

“O aspecto estético trará uma

Desenvolvimento

Dr. marco Antônio Cavalcanti

Kakau Santos

CONSTRUINDO COm RESPONSAbILIDADE

O Hospital Unimed – Unidade Timbó segue padrões de responsabilidade ambiental. A estrutura contempla um sistema de reaproveitamento de água da chuva, que poderá ser reutilizada em jardins e vasos sanitários. Também foi utilizado um sistema de captação de energia solar, o que minimiza os gastos para aquecimento de água. Uma marquise protege da luz solar, diminuindo a necessidade de climatização. A área externa foi pavimentada com paver, que ajuda na absorção da água da chuva.

gratificação a mais para a população da região, que poderá usufruir de um hospital de excelência no atendimen-to”, garante.

O hospital terá serviços associados de imagem altamente modernos e servi-ços de laboratório de Análises Clínicas da Unimed. Nas áreas de enfermagem e administrativa, foram contratadas 60 pessoas.

Todos os ambientes são climatizados e o centro cirúrgico recebeu atenção especial. Com um sistema de filtragem específico, o ambiente tem maior proteção em relação às impurezas do ar. Segurança foi um dos focos da obra, que conta com controle de acesso. Cada colaborador tem um cartão que permite o acesso a determinadas áreas.

Internamente, as paredes são feitas em gesso acartonado, tornando, uma alternativa que permite modificações ao longo dos anos sem a necessidade de demolições. Além disso, está preparado para receber novas tecnologias constantemente.

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GRAVIDEz

Uma gravidez, salvo algum inci-dente, é um momento sublime para o casal e toda a família.

Quando se trata do primeiro filho, este momento vem também cercado de dúvidas e possíveis inseguranças. Por isso e para garantir que o período gestacional seja tranquilo para mamãe e bebê, o acompanhamento pré-natal com o médico de confiança é funda-mental. Este é o período para sanar as dúvidas, acompanhar o desenvol-vimento do feto e as mudanças que ocorrem no corpo da mãe.

Os hábitos saudáveis fazem bem a qualquer pessoa em qualquer fase da vida, mas são fundamentais durante a gestação. Segundo o ginecologista e obstetra Gustavo De Ré, os cuidados devem começar a partir do momento

em que o casal decide ter um filho. O primeiro passo é a futura mamãe con-sultar o ginecologista, fazer todos os exames de rotina – como o exame de Papanicoloau (preventivo) – e averi-guar se as vacinas estão em dia – prin-cipalmente contra rubéola e hepatite B. Nesta fase, também se deve iniciar uma suplementação com ácido fólico, que tem por objetivo prevenir má-for-mação no sistema nervoso central do feto, decorrente do fechamento in-completo do tubo neural. A alteração mais comum neste caso é a mielome-ningocele, situação em que a medula espinhal fica exposta, sem proteção.

Após a confirmação da gravidez, o primeiro passo é agendar a primeira consulta do pré-natal com o obstetra. O objetivo deste acompanhamento é

a orientação ao casal, o acompanha-mento do desenvolvimento fetal, a prevenção e identificação de possíveis doenças materno-fetais e também o tratamento das mesmas.

Entre as complicações mais comuns que podem aparecer durante a gravi-dez estão a hipertensão específica da gestação (pré-eclâmpsia), o diabetes gestacional e as infecções. Além de monitorar e tratar o surgimento des-tes problemas, o obstetra vai orientar a gestante sobre as modificações que a gravidez provoca no corpo da mãe, sobre o trabalho de parto e o parto. “É papel do médico dar suporte psi-cológico à mãe e à família”, afirma Dr. Gustavo. Assim, as chances de mãe e filho chegaram ao dia do parto com a saúde perfeita são sempre maiores.

PRÉ-NATAL bEm FEITO,GESTAçãO SAUDÁVEL

Banco de imagens

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GRAVIDEz

Atividade física e alimentação

Dr. Gustavo observa que uma mu-lher com hábitos sedentária antes da gravidez não deve passar a praticar exercícios que exijam grande esforço físico durante a gestação. Aquelas que já têm uma prática física regu-lar, podem continuar, observando sempre as recomendações médicas. Para a maioria das gestantes, o ideal são atividades de baixa carga física, exercícios de alongamentos e relaxa-mento. Por isso, yôga e hidroginásti-cas são consideradas adequadas para as gestantes. Os exercícios corretos diminuem as dores nas articulações, principalmente em região lombar, melhoram a postura e preparam a musculatura da pelve e do períneo para o parto.

O obstetra observa que os exercícios físicos na gravidez devem ser feitos sob orientação médica e de um pro-fissional de educação física ou fisio-terapeuta, para evitar problemas. Em casos como ameaça de aborto, traba-lho de parto prematuro ou ocorrência

de hipertensão, por exemplo, o corre-to deve ser o repouso.

As futuras mamães também preci-sam estar atentas à alimentação. Dr. Gustavo orienta que as principais refeições do dia devem conter ali-mentos dos três grupos – grupo dos construtores, representado pelas proteínas; grupo dos energéticos, representado pelos carboidratos; grupo dos reguladores, representa-dos pelas fibras – para que a nutri-ção da gestante e do feto seja com-pleta. As proteínas são encontradas em carnes, ovos, leite e derivados. Os carboidratos são encontrados no arroz, feijão e massas). E as fibras, sais minerais e vitaminas, encontra-dos em frutas e verduras.

As grávidas devem evitar longos perí-odos em jejum. “O ideal é alimentar-se a cada três horas”, orienta o mé-dico. Frituras, refrigerantes e doces devem ser evitados. Na média, diz Dr. Gustavo, uma gestante deve ter um

ganho de peso entre 12 e 13 quilos durante a toda a gestação. Se tudo ocorrer bem, este peso deve desapa-recer nos três ou quatro meses logo após o nascimento do bebê.

manter a autoestima

Cuidar do corpo e, consequentemen-te, da autoestima deve ser uma preo-cupação da mãe e do médico durante o pré-natal. O primeiro passo é evitar o ganho excessivo de peso, que tam-bém pode influenciar negativamente na saúde da grávida e do feto. O obs-tetra recomenda a utilização de cre-mes hidratantes no abdômen, quadril e mamas para a prevenção de estrias. O uso de protetor solar no rosto evita o surgimento de manchas (cloasma gravídico), causadas pelo aumento de melanina nesta região. “O uso de meias elásticas de média compressão ajuda a evitar o aparecimento de vari-zes e, manter atividade sexual regular também é fundamental para a auto-estima”, completa o obstetra.

boa alimentação e atividades físicas

aliadas ao pré-natal garantem uma gestação

sem sobressaltos

Ivan Schulze

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Parto normal ou cesarianaMais do que antes, na gravidez a mulher deve evitar a automedicação. Principalmente nos três primeiros meses – o chamado período de or-ganogênese –, quando a divisão ce-lular começa a dar origem aos órgãos e estruturas do corpo do feto. Todo medicamento que a mãe for tomar durante a gestação deve, antes, ser comunicado ao médico pré-natalista.

O obstetra Gustavo De Ré salienta que o pré-natal deve ser dirigido para

o parto normal. A cesariana deve ser considerada quando há indicação obstétrica para tal procedimento, como por exemplo, em gestantes que já foram submetidas a duas ou mais cesáreas anteriores, entre outras. A decisão pela via do parto (normal ou cesariana) é sempre uma decisão do médico. O parto normal é menos traumático, tanto para a mãe como para o bebê e permite uma recupe-ração mais rápida da mãe, por não haver intervenção cirúrgica.

mAIS INFORmAçÕESDr. Gustavo De RéCRM 8728 (47) 3326-1693

Ivan Schulze

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A necessidade de intervenção cirúrgica nos procedimentos dentários faz algumas pessoas

desistirem do sorriso perfeito, seja por medo, dor ou mesmo a incerteza do resultado. Com a evolução tecnológi-ca da odontologia, a necessidade de cortes fica cada vez mais distante.Segundo o especialista em implant-odontia Giancarlo Jaeger, os pro-cedimentos cirúrgicos realizados sem cortes têm revolucionado a técnica convencional, melhorando os resul-tados cirúrgicos e o pós-operatório. Hoje, a odontologia conta com softwares avançados, que utilizam imagens tridimensionais, permitindo planejar todo o tratamento, desde a viabilidade para o procedimento até a colocação dos dentes. A técnica da cirurgia de implante dentário sem

corte chegou aos consultórios há cer-ca de um ano e meio e tem mudado a vida de muitas pessoas.

O primeiro passo para a cirurgia de implante dentário sem corte é a to-mografia digital. Com esta ferra-menta, o profissional terá precisão e poderá calcular toda a cirurgia. Softwares específicos permitem a reconstrução tridimensional de toda a maxila ou mandíbula do paciente, desde acidentes anatômicos até ter-minações nervosas. Segundo Jaeger, a partir das informações obtidas na tomografia computadorizada digi-tal, pode-se realizar a cirurgia no computador permitindo o planeja-mento da instalação dos implantes em regiões com quantidade óssea adequada, inclinações favoráveis e

posicionamento ideal em relação à futura prótese. Tudo isso envolve a preocupação com a estética, fonética e facilidade de higienização.

Após ter esses dados em mãos, um guia cirúrgico personalizado é con-feccionado para orientar a colocação dos implantes. Ele é a garantia de alta precisão e segurança na transferência do planejamento virtual do tratamen-to para o momento cirúrgico. Utili-zando apenas anestesia local, o guia indicará exatamente os locais a serem perfurados para introduzir os implan-tes. No procedimento tradicional, a reabilitação total do paciente pode se estender até seis meses, enquanto no novo método esse prazo pode ser de uma semana, mas isso depende de cada paciente.

ODONTOLOGIA

A EVOLUçãO DA CIRURGIA DENTÁRIA

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Kakau Santos

Giancarlo jaeger: tecnologia ajuda no desenvolvimento do implante dentário

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Além daestéticaO especialista em implantodontia destaca que os efeitos após a cirurgia vão muito além da estética. “As mu-danças ocorrem em termos de saúde, melhora o convívio social e o bem-estar dessas pessoas”, afirma Jaeger. Dentre as vantagens de um acesso cirúrgico mínimo como este, ele ressalta maior previsibilidade, rapi-dez e simplicidade. Quanto ao pós- operatório do paciente, ele enfatiza o menor sangramento, menor descon-forto, menor edema e mínima perda óssea.

Um sorriso perfeito influencia positivamente na autoestimadas pessoas, no convívio social e na saúde

Banco de imagens

Page 22: Unimed Blumenu - Ed. 42

michele [email protected]

A perda de alguém muito queri-do, uma decepção amorosa, a frustração profissional ou até

mesmo um ambiente familiar hostil são acontecimentos que justificam a tristeza e provocam uma negativi-dade na forma de ver a vida. O nor-mal, porém, é a pessoa ir reagindo aos poucos, encontrando caminhos para superar os maus momentos e retomando as atividades rotineiras. Entretanto, há casos em que a triste-za, muitas vezes até injustificada, não passa. Neste caso, a tristeza pode es-tar sendo confundida com a depres-são, uma doença que se prolonga no mínimo por duas semanas, afeta a capacidade de sentir prazer e com-promete a qualidade de vida.

“Depressão é um transtorno grave, bastante frequente, que interfere no sono, no apetite, na sexualidade,

no ânimo, na disposição para reali-zar as tarefas diárias, na capacidade de concentração e de alegrar-se. O episódio depressivo maior acomete mais as mulheres, na proporção de duas para cada homem”, explica o psiquiatra e psicoterapeuta Marco Aurélio Cigognini, vice-presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia de Grupo. Atuando na área há nove anos, o médico explica que a primeira crise costuma se manifestar ainda na adolescência, mas pode ocorrer em qualquer idade.

A dupla jornada de trabalho é apon-tada como uma das causas de depres-são nas mulheres. “Houve grandes mudanças com o passar dos anos, já que elas assumiram uma responsabili-dade maior na sociedade”. Ao assumir um papel significativo no mercado e até mesmo um papel de liderança, a mulher não deixou de ter responsabi-lidades tradicionais, como o cuidado com os filhos e o companheiro. “Isso,

muitas vezes, representa uma carga maior de estresse e sofrimento. En-tão, acreditamos que a famosa dupla jornada, talvez, contribua com um maior sofrimento emocional nas mu-lheres e, quem sabe, em uma maior incidência de transtornos no gênero feminino”, diz Cigognini.

Hoje a mulher tem a necessidade de trabalhar fora de casa. “Ela perdeu o papel feminino, já que muitas mu-lheres estão trabalhando porque têm necessidade financeira ou porque não se conformam com o papel de dona de casa. Hoje, a sociedade cobra que ela tenha uma profissão reconhecida. Muitas vezes, a mulher sai em busca disso e acaba frustrada porque esco-lheu o caminho errado. Dessa forma, ela não vai conseguir ser uma boa profissional, acaba não sendo uma boa mãe, nem uma boa amante. E, por isso, sofre muito”, analisa o mé-dico ginecologista e obstetra Edilber-to Tadeu de Goes.

DEPRESSãO

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UmA GRANDE INImIGA DAS mULHERES

Banco de imagens

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Em comparação aos homens, as mu-lheres lembram mais dos episódios anteriores de depressão. “Além disso, elas apresentam sintomas mais ca-racterísticos, como o sentimento de culpa e de desesperança, o aumento do apetite e o ganho de peso”, diz Cigognini. Isso faz com que os profis-sionais tenham que estar muito aten-tos para oferecer opções terapêuticas adequadas que consigam lidar com esses sinais e sintomas. “É um equí-voco prescrever um medicamento que aumente o apetite para uma mu-lher que está ganhando peso devido à depressão. É preciso prescrever um remédio que faça com que ela reduza o apetite e, consequentemente, perca peso”, diz o psiquiatra.

Outro sintoma de depressão muito frequente nas mulheres é a diminui-ção do desejo sexual. “Neste caso, é melhor prescrever medicações que

não interfiram ou que melhorem o desejo sexual, senão o médico estará criando outro problema na vida da paciente”. O tratamento que ofere-ce melhor eficácia em mulheres que sofrem de depressão é a associação da medicação antidepressiva a algum tipo de psicoterapia, individual ou em grupo. “As duas coisas, em conjunto, oferecem melhores resultados ao lon-go do tempo”, justifica Cigognini.

É importante lembrar que, embora o medicamento possa atenuar os sinto-mas da ansiedade, do humor depres-sivo e do cansaço, o remédio não aju-da a resolver os conflitos emocionais, as dificuldades de relacionamento ou até mesmo as dificuldades pelas quais está passando por causa de uma situ-ação de estresse. “Nós sabemos que os fatores genéticos, perdas precoces na infância, características da perso-nalidade da pessoa e estar vivencian-do fatores expressores formam um conjunto de coisas que geralmente fazem com que uma determinada pessoa sofra emocionalmente e, nes-te caso, se deprima”, diz.

Geralmente, vários fatores estão en-volvidos. “Se a medicação pode con-tribuir para a alteração da neuroquí-mica cerebral, isso é muito positivo, mas a medicação não vai ajudar um paciente a superar uma perda impor-tante do passado ou a enfrentar uma dificuldade de relacionamento”. O que acaba contribuindo com isso são as várias formas de psicoterapia. Com o tratamento eficaz, as pessoas me-lhoram muito. “Se estima que 50% das pessoas que recebem tratamento adequado nunca mais voltam a apre-sentar um episódio de depressão”, afirma Cigognini. Para o especialista, talvez as mulheres se adaptem me-lhor a psicoterapia porque elas têm uma facilidade maior em expressar seus sentimentos, ao contrário dos homens.

medicação associada à psicoterapia

mAIS INFORmAçÕESDr. Marco Aurélio CigogniniCRM: 8752 Telefone: (47) 3322-4164

Kakau Santos

Page 24: Unimed Blumenu - Ed. 42

DEPRESSãO

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“É importante ver que a depressão é um problema grave de saúde públi-ca. Estimamos que na década de 20 deste século, a depressão vai ser a segunda causa de incapacidade para o trabalho no mundo inteiro”, afirma o psiquiatra Marco Aurélio Cigodnini. Algumas doenças como diabetes, hi-potiroidismo e anemia podem simular sintomas semelhantes aos da depres-são. “É muito comum que as pessoas já tenham passado por avaliações mé-dicas antes de procurar o psiquiatra ou o psicoterapeuta, descartando as causas orgânicas. A depressão é uma

doença com uma prevalência respei-tável, já que aproximadamente 5% a 10 % da população a têm. Isso signi-fica que ela é muito mais comum que estas outras doenças e, então, não se pode ficar perdendo muito tempo”, alerta o médico.

Alterações do humor

Além da depressão, outras alterações do humor também são mais comuns nas mulheres. Nas últimas décadas, tem se percebido a presença de mu-danças importantes em relação aos

transtornos de humor, principalmen-te ao que diz respeito à vida produ-tiva da mulher, desde o processo da menarca até a menopausa. “Há uma relação importante entre a depressão nas mulheres e as alterações hormo-nais, tanto que aproximadamente 80% das mulheres apresentam algum tipo de alteração emocional durante o período que precede a menstruação, mas apenas 5% a 8% apresentam o transtorno disfórico pré-menstrual. Este tipo de transtorno causa muita irritabilidade, muita tristeza e muita oscilação das emoções”, afirma Ci-gognini . As mulheres podem até se sentir menos produtivas e incapacita-das para o trabalho. O lado positivo é que a maioria destes sintomas desa-parece ainda no período menstrual.

Uma boa parte das mulheres, duran-te a gestação, também apresenta os-cilação do humor. “Em média, 80% apresentam o que chamamos de blues puerperal, ou seja, elas ficam entristecidas após o parto, mas esse sentimento melancólico é passagei-ro”, explica o psiquiatra. Já 10% a 20% delas têm a clássica depressão puerperal, mais conhecida por de-pressão pós-parto.

“É difícil distinguir uma depressão puerperal leve de uma patológica, já que uma grande parcela de gestan-tes acaba apresentando algum grau de depressão. Os casos de psicose puerperal se estabelecem até umas seis semanas após o parto e atinge de 15% a 20% das gestantes. Nestes casos, o tratamento envolve o obste-tra, o psiquiatra e o psicoterapeuta”, diz Dr. Edilberto.

A prescrição de remédios exige muita responsabilidade, principalmente em fase de gestação e amamentação. A regra geral é tentar evitar, ao máximo possível, medicamentos psicotrópicos em mulheres gestantes – principal-

PRObLEmA DE SAúDE PúbLICA

Uma gravidez indesejada pode levar à depressão pós-parto

Banco de imagens

Page 25: Unimed Blumenu - Ed. 42

mente no primeiro trimestre – e em mulheres que estão amamentando, já que através da amamentação a mãe está criando um laço de apego fundamental no desenvolvimento emocional da criança. “Antes de re-ceitar um psicotrópico, o médico tem que levar isso em consideração. Ago-ra, se a depressão é muito grave, a ponto de colocar em risco a vida da própria mulher, é necessária a pres-crição. Mas, se a depressão for leve, a psicoterapia pode ser suficiente”, analisa Dr. Marco Cigognini.

É importante frisar que já existem me-dicamentos no mercado que não são prejudiciais à mãe e à criança, mas so-mente o médico pode analisar o caso. “Se o medicamento é importante, ela vai usar porque existem casos em que não é aconselhável suspender o trata-mento. O que se tenta fazer é usar os medicamentos menos agressivos, na menor dosagem possível”, explica Dr. Edilberto Tadeu de Goes.

O médico diz que é bom estar atento aos sintomas. “Existe o diagnóstico errado, de mulheres que estão tratan-do de depressão sem na verdade ter a doença, além de muitas mulheres e homens com diagnóstico não estabe-lecido. Por isso, é fundamental enca-minhar o paciente para o psiquiatra para ele estabelecer o diagnóstico de depressão”, prossegue Dr. Edilberto. Na depressão pós-parto, existem fa-

tores pré-disponíveis. “Durante o pré-natal, o médico já se alerta para os fatores de risco que podem cau-sar a depressão puerperal. Mulheres com uma gravidez indesejada, mães solteiras, mulheres que têm muitos filhos ou que se separam durante a gestação, gestantes que estão de-sempregadas ou que os maridos es-tão desempregados estão bem mais suscetíveis a sofrer com este tipo de depressão”, diz o médico.

Esses fatores foram descobertos atra-vés de análises estatísticas. O que ca-racteriza a rejeição da mãe pelo bebê é a depressão puerperal grave, tam-bém chamada de psicose puerperal. “O recém-nascido percebe essa rejei-ção e emite sinais do que está acon-tecendo, assim como acontece com as mães que estão inseguras”, finali-za o ginecologista Edilberto Tadeu de Goes.

mAIS INFORmAçÕESDr. Edilberto Tadeu de Goes Ginecologista e obstetraCRM: 5693

Kakau Santos

“O recém-nascido percebe essa rejeição e emite sinais do que

está acontecendo, assim como acontece com

as mães queestão inseguras”

Page 26: Unimed Blumenu - Ed. 42

Três anos depois do decreto que autorizou as indústrias a produzir remédios fracionados, a venda de

medicamentos em pequena quantida-de não faz parte da rotina da maioria dos consumidores. A resolução RDC 80 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi publicada em 10 de maio de 2006 no Diário Oficial da União e, desde então, está sendo apli-cada. O farmacêutico da Usirede Robert Bruno Manske (foto) explica que a lei é bastante detalhada, com uma série de parâmetros que devem ser cumpridos

pelas indústrias farmacêuticas e farmácias.

Um deles é que as farmá-cias só podem fra-

cionar os medi-camentos que

já vêm das indústrias preparados para este

procedimento. “As indústrias farma-cêuticas não têm muito interesse em produzir este tipo de medicamento, já que cada comprimido deve vir em-balado em um blister que apresenta o nome do medicamento, a fórmula, a concentração, a data de fabricação, a data de validade e o número do lote. Cada blister deve vir acompanhado da bula. Para a indústria, o custo é menor para fabricar um blister com 20 com-primidos com todas essas informações, ao invés de fabricar uma caixa com 200 comprimidos que irão necessitar de uma bula cada. O custo vale a pena para a indústria apenas quando o custo do medicamento é muito alto”, afirma o farmacêutico. A lei também estabelece que o custo para o paciente, do comprimido fracio-nado, não pode ser maior do que se o medicamento fosse vendido em maior quantidade. Isso faz com que as indús-trias tenham que investir mais no me-

dicamento fracionado, sem poder co-brar a mais por isso. “Para as indústrias, isso se tornou financeiramente inviável, apesar de ser interessante para o con-sumidor”, analisa Manske.

Alguns meses antes da lei entrar em vigor, o projeto foi colocado à dispo-sição da população através do site da Anvisa para consulta pública. Através do site, as pessoas podiam sugerir al-terações. Este projeto estava disponível tanto para as indústrias farmacêuticas e associações de farmácias, como para as pessoas físicas. “Através de uma con-sulta pública é possível avaliar o projeto e sugerir alguma alteração. A maioria das alterações que acabaram inviabili-zando este procedimento, na verdade, foram sugestões da própria sociedade. Na ânsia de defender e proteger o con-sumidor brasileiro, acabaram tornando essa lei financeiramente impraticável para os fabricantes”, acredita o farma-cêutico.

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Kakau Santos

FRACIONAmENTO ENCONTRA bARREIRAS

mEDICAmENTOS

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Prescrição

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Os medicamentos fracionados mais prescritos pelos médicos são os re-médios para problemas agudos, que necessitam de antiinflamatórios, antibióticos e anti-histamínicos. Já os medicamentos de uso contínuo, aqueles que o paciente precisa tomar diariamente, o fracionamento é des-necessário. Os medicamentos para colesterol, hipertensão e diabetes, entre outros, são comercializados em caixas de 30 comprimidos para que a pessoa tenha comprimido para o mês inteiro. “É um problema quando a pessoa precisa apenas de cinco com-primidos e a caixa vem com 10. Se não temos o produto para oferecer, em alguns casos, podemos utilizar o

nosso laboratório de manipulação”, diz o farmacêutico. Outro problema dos medicamentos que não são de uso contínuo e não são fracionados é que a pessoa com-pra a caixa de comprimidos e, quando sobra, muitas vezes acaba utilizando-os em outra ocasião, sem prescrição médica. Por isso, o fracionamento previne o uso inadequado de medica-mentos, já que o remédio fracionado permite que o consumidor compre somente o que vai utilizar para tratar uma doença específica.

O primeiro passo para que a venda de medicamentos fracionados obtenha

sucesso é o interesse do consumidor. Muitos pacientes não perguntam ao médico se há a possibilidade de ad-quirir o remédio fracionado. “Alguns médicos preferem prescrever o medi-camento manipulado, já que a quan-tidade de produtos que podem ser fracionados atualmente é mínima”, comenta o farmacêutico da Usirede. A farmácia interessada em comercia-lizar produtos fracionados precisa ser credenciada pela Vigilância Sanitária e Anvisa. O objetivo é garantir a segu-rança do consumidor, pois. dessa for-ma, se ocorrer algum problema com o medicamento, será possível detec-tar em qual local foi comprado, assim como as especificações do produto.

Fracionamento Medicamentos fracionados são remédios fabricados em

embalagens especiais e vendidos na quantidade prescrita. Por exemplo, se o paciente precisa tomar 4 comprimidos, não precisa mais comprar a caixa com 10. Alguns remédios já são vendidos fracionados. Antibióticos, antiinflamatórios e medicamentos para alergia são os mais procurados. Já os medicamentos sujeitos a controle especial, chamados de “controlados”, não podem ser fracionados. O procedimento do fracionamento deve ser feito em uma área identificada e destinada exclusivamente para este fim. Somente o farmacêutico está autorizado a realizar o fracionamento dos medicamentos.

mEDICAmENTOS FRACIONADOS

benefícios Além de ampliar o acesso a

medicamentos, o fracionamento contribui para a promoção da saúde porque evita que os pacientes mantenham em sua casa sobras de remédios utilizados em tratamentos anteriores, diminuindo o risco de utilizar medicamentos sem prescrição ou orientação médica. Sem contar a economia que se faz comprando remédios apenas na quantidade necessária.

Características Os medicamentos fracionáveis

vêm em embalagens especialmente desenvolvidas para esse fim, que não permitem o contato do medicamento com o meio externo até a sua utilização pelo usuário final. Além disso, os dados de identificação (nome do produto, concentração do princípio ativo, nº de registro, lote, prazo de validade etc.) deverão constar na unidade individualizada do medicamento.

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As mudanças recentes na Ou-vidoria da Unimed Blumenau prometem facilitar o atendi-

mento aos clientes que queiram fazer suas críticas e sugestões à Cooperati-va. Observando a necessidade de criar processos menos burocráticos que não inibam o contato dos clientes, foram adotadas alterações na estru-tura e ferramentas que auxiliam nes-sa relação.permitindo acesso direto à Ouvidoria por e-mail ou pelo site.

A Unimed tem interesse em que esse processo seja mais ágil e mais prático para que todos os usuários tenham maior acesso. A assistente da Ouvi-doria Letícia Caputo destaca que essa mudança fortalece o exercício da ci-dadania, pois permite que o cliente opine sobre o trabalho da Unimed, que está aberta para ouvir.

Com este objetivo, este ano foi con-tratada uma empresa que desenvol-veu um software em que o cliente po-derá, através do site da Unimed, no link ou e-mail da Ouvidoria, colocar sua manifestação. Um meio comum, fácil e de amplo acesso.

Letícia é assistente social e foi contra-tada em abril com a expectativa de ouvir os clientes, ter um contato mais pessoal, para que ele tenha uma liga-

ção mais direta com a Unimed. Com o auxílio da profissional e do site, os atendimentos serão mais ágeis, com prazo de resposta em, no máximo, oito dias úteis.

No www.unimedblumenau.com.br/ouvidoria irá constar uma lista de as-suntos a serem selecionados e, além de diminuir a quantidade de papel, essa nova forma de contato deve tra-zer mais dados e permitir a emissão de relatórios que avaliem a satisfação do cliente, o que vai interferir direta-mente na qualidade do serviço pres-tado.

Letícia ainda destaca que o software servirá para mapear e localizar eventu-ais falhas nos procedimentos da Uni-med, o que se torna uma espécie de consultoria gratuita para a Cooperati-va. “Não há a necessidade de contra-tar nenhuma empresa especializada.

Os próprios clientes estão apontando os problemas. Muitas vezes, podem acontecer problemas isolados, mas, se alguma coisa se repete, nós po-demos trabalhar para que melhore”, afirma a assistente de Ouvidoria.

ouvidoria

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Kakau Santos

Aproximação com os diversos públicos (clientes, cooperados, prestadores) Identificação dos setores que estejam

merecendo maior atenção Identificar as necessidades dos

clientes Inovação de processos Credibilidade e fortalecimento da

imagem da Unimed Fortalecimento do exercício da

cidadania

bENEFÍCIOS DANOVA OUVIDORIA

A UNImED qUER OUVIR VOCÊ

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A Ouvidoria da Unimed existe desde 2007, quan-do foi observada a necessidade de ouvir com im-parcialidade os anseios das partes com as quais a Cooperativa tem alguma forma de relacionamen-to, sejam clientes, cooperados, prestadores de serviços ou a sociedade em geral.

Para o presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jau-ro Soares, as mudanças na Ouvidoria reafirmam a posição da Cooperativa na busca pela melho-ria contínua e mantém o foco no cliente. “Vêm críticas, mas também sugestões e, muitas vezes, isso é uma consultoria dada por quem está vendo o nosso ambiente de fora”, afirma o presidente, acreditando que esta é uma forma de estar sem-pre em busca do aprimoramento. Segundo Dr. Jauro, a ideia é transformar todos que trabalham com a Unimed em ouvidores, oferecendo treina-mento para que possam informar e facilitar os ca-nais de acesso para a Ouvidoria.

Treinamento OUVIDORIA DA UNImED bLUmENAU

E-mail:[email protected] Link no site:

www.unimedblumenau.com.br/ouvidoria

OPçÕES DE ASSUNTOS NO SITE

Atendimento Hospitais

Atendimento Clínicas

Serviço de Enfermagem

Alegação de cobrança indevida

Pedido de reembolso

Atendimento de cooperado

Dúvidas sobre contratos

Dúvidas sobre autorizações

Comportamento do cliente

Agendamento de consulta

Atendimento de secretária

Alegação de infração

Elogio

Sugestão

Outros

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ARTIGO

OS DESLIzAmENTOSDE TERRA PODEmSER PREVISTOS?Até certo ponto, diria que sim. Mas, vamos pelo começo:

Engenharia geotécnica é o ramo da engenharia civil especializado em avaliação da estabilidade e resistên-cia dos solos e rochas, bem como das condições das águas nesses materiais. Os escorregamentos ou deslizamentos de terra são conhe-cidos dos engenheiros geotécnicos como problemas de estabilidade de taludes.

Hoje, essa análise é feita por pro-gramas de computador. A situação é mais complexa do que uma sim-ples análise. O problema é saber se estamos dispostos a juntar recursos, seja em termos de pessoal especiali-zado ou de verba para a solução do problema.

O crescimento contínuo da popula-ção e a escassez de terrenos planos utilizáveis continuarão exercendo tremenda pressão no sentido da ur-banização dos morros. Mesmo que seja implementada a proibição de habitar os morros, o problema ain-da fica já que existem morros cujos taludes não são estáveis, podendo causar danos em construções pró-ximas.

Ainda mais, terrenos de inclinação superior a 35 graus não são seguros como os de inclinação menor. To-davia, a estabilidade de um talude depende de muitos outros fatores além do gradiente, ou seja, da incli-nação do mesmo.

A estabilidade do talude depende também da intensidade e duração das chuvas no local, do tipo de solo, da formação geológica, da eficiên-cia do sistema de drenagem e do

tipo de vegetação crescendo no morro.

Acrescente-se a isso um pequeno elemento de incerteza em relação aos fatores desconhecidos e não quantificáveis que vão além do es-tado da arte dos engenheiros geo-técnicos. O ideal é formar um grupo de profissionais – geotécnicos, geó-logos e outros – a fim de se criar um órgão responsável pela segurança e gerenciamento dos taludes na cida-de.

Esse órgão poderá ser composto por especialistas em geotecnia, en-genheiros geotécnicos, geólogos de engenharia, especialistas em erosão do solo, hidrologistas, especialis-tas em drenagem, profissionais do meio ambiente, advogados, fiscais de obras e administradores.

O papel desse órgão seria o de regu-lar e auditar a investigação, projeto, construção, monitorização e manu-tenção dos taludes, sejam eles de cortes ou de aterros, feitos ou não pelo homem, e também os muros de contenção.

Além da função reguladora, o órgão deverá prover pesquisa e educação, incluindo a investigação forense dos deslizamentos, o que ajudará a me-lhorar a compreensão das causas dos deslizamentos.

Educação pública também é impor-tante para desenvolver a compre-ensão do risco e a importância da manutenção do deslizamento entre os proprietários de imóveis ou de terrenos nos morros e adjacências.

A primeira tarefa desse órgão seria a de trabalhar com os proprietários

FILmESINDICADOS

O Caçador de Pipas

“O filme se ba-seia na história de dois garotos, Amir (filho do patrão) e Hassan (filho do caseiro), amigos desde a infância, até que um dia Hassan, ao de-fender Amir, acaba sendo abusado por al-guns garotos e esse infeliz acontecimento os separa para sempre. Depois de mui-tos anos, Amir descobre que seu amigo acabou tendo um filho que corre grande

perigo. Sendo ele a única esperança do garoto, luta com todas as forças para redimir seus erros do passado.”

Fábio luciano nolascoAssistente Financeiro da Unimed

Cantando na Chuva

”O filme retrata a mudança do cinema mudo para o falado, que data de 1927. Dois fa-mosos bailarinos precisam fazer a mes-ma transição em suas carreiras. Um se sai muito bem, enquanto o outro se aproveita da amizade com uma jovem que sonha em ser atriz. Quando os dois bailarinos se vêem apaixonados por ela, começa uma disputa pela sua atenção. Com números musicais inesquecíveis,

o filme figura como um dos 10 melhores da história do cine-ma norte-americano em várias listas”.

Franz WagnerHeidmannCliente Unimed desde 1º/03/1988

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de imóveis e terrenos para desen-volver a avaliação dos riscos de cada talude existente que aparece como ameaça à população.

Todo talude considerado insegu-ro deverá ser reforçado a um nível aceitável de segurança, enquanto que todo defeito ou deficiência sur-gida na drenagem deverá ser ime-diatamente corrigido. Com relação a novas construções nos morros, esse órgão deverá analisar rigorosa-mente o projeto, a construção e a manutenção dos taludes feitos pelo homem, de modo a ficar dentro do mais alto padrão da prática de en-genharia.

Finalmente, além de tudo isso, esse órgão deverá ser vestido com os po-deres estatutários de aprovar ou re-jeitar novos empreendimentos nos morros, de modo que o conselho municipal ou a Defesa Civil emita um certificado de aprovação. Assim, a incidência de deslizamentos seria muito reduzida, o desenvolvimento urbano nos morros seria ambiental-mente amigável e os terrenos nos morros seriam aprovados, mas, des-sa vez, com segurança.

paulo ricardo rogérioEngenheiro geotécnico

Crea/SC 073031-7

LIVROSINDICADOS

Na natureza selvagem

Filipe vieiraAssistente de Contas Médicas/Unimed

“O livro de Jon Krakauer conta a história de Chirs McCandless, um jovem americano saudável e de fa-mília rica que doa

todo o dinheiro que tem, abandona o carro e a maioria de seus pertences, adota outro nome e some na estrada, sem nunca mais dar notícias aos seus pais, numa jornada ao Alasca. Nesta aventura ele vive em contato com a natureza selvagem da re-

A língua de Eulália

“‘Trabáio’, ‘grobo’, ‘as pranta’ e ‘pra mim fazer’ são formas erradas do Português? Em uma história muito

bem narrada, o conceituado linguis-ta da Universidade de Brasília, Marcos Bagno, explica de modo científico por que essas formas existem e nos dá uma verdadeira lição sobre o preconceito lin-guístico. Um best-seller que todo falante de português deveria ler para não fazer juízos equivocados a respeito do certo e do errado no idioma. Extremamente interessante e de fácil assimilação, A língua de Eulália ilumina o entendi-mento.”

Osvando de melo marquesCliente Unimed desde 1º/03/2007

Kakau Santos

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AVALIAçãO PRÉ-ANESTÉSICA ÉDIREITO DO PACIENTE E DEVER DO mÉDICO

PRÉ-OPERATóRIO

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Apesar de a anestesia ser, hoje, um procedimento médico de altíssima segurança, a avalia-

ção pré-operatória é a chave principal para diminuir os riscos da cirurgia. Quando a avaliação é realizada com antecedência, permite uma análise melhor, possibilitando investigações adicionais, melhorando a qualidade do preparo e diminuindo os custos hospitalares. Por isso que, para fazer qualquer procedimento cirúrgico, o Conselho Federal de Medicina exi-ge que seja feita uma avaliação pré-anestésica.

“Existe uma resolução emitida pelo Conselho Federal de Medicina que re-gulamenta a nossa profissão”, conta o anestesiologista Carlos Escobar Vás-quez. Com a resolução, o especialista

teve a medicina perioperatória acres-cida à sua responsabilidade, uma vez que o documento recomenda uma avaliação pré-operatória do paciente em consulta anestesiológica alguns dias antes da internação.

A maioria dos hospitais tem um de-partamento de anestesiologia com consultório, onde os pacientes são encaminhados, com antecedên-cia, para avaliação. A avaliação pré-anestésica é o primeiro contato que o anestesista tem com o paciente. “Nesta avaliação, nós otimizamos o paciente para o procedimento cirúr-gico. É feita uma avaliação e, caso seja necessário, solicitamos mais exa-mes conforme o quadro clínico do paciente ou pedimos uma avaliação a um especialista, como cardiologistas

e pneumologistas, entre outros”. Esta avaliação ajuda diminuir a suspensão de cirurgias eletivas (programadas), que são aquelas que não são consi-deradas de urgência.

Antigamente, a avaliação era feita pra-ticamente no dia da cirurgia ou no dia anterior ao procedimento cirúrgico, di-ficultando os procedimentos necessá-rios para diminuir os riscos. “Por isso, a gente sempre sugere que o cirurgião encaminhe o paciente para avaliação pré-anestésica com 7 a 15 dias de an-tecedência”. Exceto em cirurgia pedi-átrica, pois a criança precisa ser ava-liada mais próxima do dia da cirurgia pela peculiaridade de febre repentina e outros problemas clínicos súbitos co-muns na infância, que podem reque-rer o adiamento da cirurgia.

Kakau Santos

A consulta com o anestesiologista é a hora certa de sanar dúvidas do paciente

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Esta consulta direcionada permite abordar todas as dúvidas do proce-dimento anestésico, com maior dis-ponibilidade de tempo. A avaliação também pode ser realizada no hospi-tal, um dia antes da cirurgia, quando o paciente está internado. Contudo, não é incomum a necessidade de ser realizada no mesmo dia, até momen-tos antes da cirurgia. “Nas cirurgias de emergência, principalmente nos casos em que o paciente está desa-cordado, não há como fazer uma avaliação pré-operatória”, diz Dr. Car-los.

A cirurgia é indicada pelo cirurgião, portanto cabe apenas a ele suspen-dê-la. Mas, o anestesiologista, com base nas informações colhidas na avaliação pré-anestésica, pode identi-ficar as alterações clínicas ou falta de condições técnicas necessárias que impeçam a realização da anestesia com segurança naquele momento e assim adiá-la até que se estabeleçam as condições adequadas.

“Por outro lado, em casos de emer-

gência com risco de morte iminente ou quando o paciente estiver incons-ciente, sem a presença de acompa-nhante responsável que possa in-formar aspectos relevantes ao ato anestésico-cirúrgico, será necessária a cirurgia ainda que sem avaliação prévia”, explica Dr. Carlos.

Orientação

Basicamente, são cinco itens a serem analisados, que são primordiais para o anestesiologista. Primeiramente, é verificado se o paciente possui aler-gia medicamentosa ou rejeição a al-gum tipo de medicamento. Também são verificadas as patologias prévias, como diabetes, pressão alta e proble-mas do coração, entre outros proble-mas de saúde em geral.

“Além de saber se o paciente tem al-guma patologia prévia, é necessário saber quais os medicamentos que ele utiliza para saber quais podem e não pode tomar, a fim de não interferir na cirurgia. Mas, quanto menos patolo-gias o paciente apresentar, menor o

risco de acontecer algo mais grave”, diz o anestesiologista. Ele explica que analisar o histórico de saúde do pa-ciente, incluindo o número de cirur-gias, é muito importante. “Até porque o paciente que já teve contato com cirurgias é mais fácil de orientar”.

O medo é inevitável, mas é funda-mental que o anestesiologista ameni-ze o medo da anestesia. “Eu sempre falo aos pacientes que a consulta é um bate-papo informal, na qual eu vou dar uma série de informações e orientações relacionadas com a anes-tesia.

Para a consulta ficar mais dinâmica, eu faço uma série de perguntas e, no final, o paciente pode questionar para esclarecer todas as dúvidas. Eu sigo uma sequência lógica para fa-cilitar a consulta. É muito simples, porque quando uma cirurgia é eleti-va, normalmente ele já falou com o cirurgião inúmeras vezes e é preciso apenas lapidar a parte da anestesia”, afirma o anestesiologista Carlos Esco-bar Vásquez.

Hora de dirimir as dúvidas

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Outro item avaliado são os vícios, principalmente o tabagismo, para saber se é necessário um raio-x de tó-rax, por exemplo. Por fim, o jejum pré-operatório dos pacientes é de extrema importância. “Para as cirurgias programadas, o jejum é indispensável. Geralmente, pedimos para o paciente ficar em jejum absoluto por 8 horas para se preparar para a cirurgia”. O jejum é indispensável porque o risco do paciente regurgitar e broncoaspirar enquanto está inconsciente diminui. “A broncoaspiração durante a cirurgia, pode ser muito grave. Na verdade, é uma das coisas mais graves que pode acontecer”, observa Dr. Carlos Escobar Vásquez.

Todos os dados registrados na ficha pré-anestésica e exames são entregues ao paciente antes da interna-ção. Na consulta, os pacientes são orientados sobre o procedimento ao qual serão submetidos e que serão reavaliados no centro cirúrgico, sujeitos à suspensão da cirurgia quando houver modificação do quadro clínico. “Existem as questões médico legais. Hoje, os pacientes assinam um termo de conscientização pré-anestésica que inclui as orientações e as questões de risco, já que em qualquer procedimento cirúrgico-anestésico existem os riscos, desde os pequenos até os mais graves”.

O risco é o mesmo para crianças e adultos, aumen-tando apenas para recém-nascidos e idosos. “Se o cirurgião indicou uma cirurgia, é porque ela é neces-sária. Os benefícios são infinitivamente superiores aos riscos”, analisa Dr. Carlos. “Também entregamos um boletim informativo, que os pacientes devem ler com muita atenção. Quanto mais as pessoas estiverem in-formadas, melhor”, explica o especialista.

Avaliação e orientaçãoKakau Santos

PRÉ-OPERATóRIO

mAIS INFORmAçÕESDr. Carlos Escobar VásquezAnestesiologistaCRM: 8950

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