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  • 8/17/2019 Unidades+Didaticas+Quimica

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      I TA D E C A S S I A S U A T

    Organizadora

    PRO POS TAS PARA A PRÁTIC A DOC ENTE

    INICIA L E CONTIN UADA

    U N I D A D E S D I D Á T I C A S P A A O

    E N S I N O M É D I O D E Q U Í M I C A

    www.pedroejoaoeditores.com.br

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     ISBN 978-85-7993-191-8

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    UNIDADES DIDÁTICAS PARA O 

    ENSINO 

    MÉDIO 

    DE 

    QUÍMICA: 

    PROPOSTAS PARA A PRÁTICA DOCENTE INICIAL E CONTINUADA 

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    RITA DE CASSIA SUART [ORGANIZADORA] 

    UNIDADES DIDÁTICAS PARA O 

    ENSINO 

    MÉDIO 

    DE 

    QUÍMICA: 

    PROPOSTAS PARA A PRÁTICA DOCENTE INICIAL E CONTINUADA 

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    Copyright © dos autores 

    Todos  os  direitos  garantidos.  Qualquer  parte  desta  obra  pode  ser 

    reproduzida,  transmitida ou  arquivada desde  que  levados  em  conta  os direitos dos autores. 

    Rita de Cássia Suart [Organizadora] 

    Unidades didáticas para o ensino médio de química: Propostas para a prática docente inicial e continuada. São Carlos: Pedro & 

     João Editores, 2014. 124p. 

    ISBN 978‐85‐7993‐191‐8 

    1. Ensino de química. 2. Prática docente. 3. Propostas curriculares. 

    4. Autores. I. Título. 

    CDD 

    – 

    370 

    Capa: Marcos Antonio Bessa‐Oliveira, Editores: Pedro Amaro de Moura Brito &  João Rodrigo de Moura Brito 

    Conselho Científico da Pedro & João Editores: Augusto  Ponzio  (Bari/Itália);   João  Wanderley  Geraldi (Unicamp/Brasil);  Nair  F.  Gurgel  do  Amaral  (UNIR/Brasil); 

    Maria 

    Isabel 

    de 

    Moura 

    (UFSCar/Brasil); 

    Maria 

    da 

    Piedade 

    Resende  da  Costa  (UFSCar/Brasil);  Rogério  Drago (UFES/Brasil). 

    Pedro 

    João 

    Editores 

    www.pedroejoaoeditores.com.br 13568‐878  ‐São Carlos – SP 

    2014 

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    SUMÁRIO 

    PrefácioRita de Cassia Suart

    UNIDADE DIDÁTICA: SOLUÇÕES

    Gleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio Bernardo,  Josiane Aparecida Freitas,  Jacyara Duarte 

    Teixeira,  Josefina Aparecida de Souza, Rita de Cassia Suart

    UNIDADE DIDÁTICA: ELETROQUÍMICAGleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva 

    Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio Bernardo, Débora da Silva Maculan,  Josiane Aparecida Freitas,  Jacyara Duarte Teixeira,  Josefina Aparecida de 

    Souza, Rita de Cassia Suart

    UNIDADE DIDÁTICA: TABELA PERIÓDICAVinicius Silva Tanganeli, Mayara de Souza Miranda, 

    Camila Marra Abras, Lívia Maria Ribeiro Rosa, Hellem Renata Moreira, Letícia Gazola Tartuci, Rita de 

    Cassia Suart

    UNIDADE DIDÁTICA: ÁCIDOS E BASESGleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva 

    Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio 

    Bernardo,  Josiane Aparecida Freitas,  Jacyara Duarte Teixeira,  Josefina Aparecida de Souza, Rita de Cassia Suart

    11 

    25 

    47 

    59 

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    UNIDADE DIDÁTICA: TERMOQUÍMICAGiseli Letícia Santos, Evelyn de Melo Paulo, Larissa K. Simões, Mateus Willian Eleutério, Pedro Reis de  Jesus, 

    Rita de Cassia Suart

    UNIDADE DIDÁTICA: TERMOQUÍMICA – ALIMENTOS

    Vinicius Silva Tanganeli, Mayara de Souza Miranda,  Jackeline Rafaela Pedroso, Patrícia de Melo Carvalho, 

    Camila Marra Abras, Lívia Maria Ribeiro Rosa, 

    Hellem Renata Moreira, Rita de Cassia Suart

    UNIDADE DIDÁTICA: QUÍMICA DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS

     Anne Carolina de Carvalho, Brígida Isabel de Siqueira, Izabella Caroline do Nascimento, Luanna Gomes de 

    Gouvêa, Richard Arantes Paixão, Renata de Castro 

    Magalhães, 

    Silvana 

    Marcussi, 

    Rita 

    de 

    Cassia 

    Suart 

    71 

    87 

    109 

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    PREFÁCIO 

    As  propostas  curriculares  e  a  sociedade  atual  têm defendido o processo de ensino e aprendizagem que vise a formação de cidadãos críticos e formadores de opiniões, que  estejam  conscientes  de  suas  decisões  e  daquelas tomadas por outros. 

    Nesta  nova  perspectiva,  o  professor  se  torna  um mediador da construção dos conhecimentos pelos alunos e,  esses  últimos,  participam  ativamente  deste  processo, propondo suas próprias  ideias,  baseados não apenas nos conhecimentos  escolares,  mas  considerando  as implicações  sociais,  ambientais, políticas,  éticas  e morais envolvidas.  Desta  forma,  o  papel  da  escola,  ou  mais 

    especificamente,  do  professor,  se  torna  de  extrema relevância. 

    Assim, novas metodologias  e  estratégias de  ensino  e aprendizagem  precisam  ser  desenvolvidas,  de  forma  a permitir  uma  postura  mais  participativa  dos  alunos, contribuindo  para  o  desenvolvimento  de  habilidades  e 

    competências 

    essenciais 

    para 

    formação 

    cidadã. 

    No  entanto,  professores  declaram  encontrar dificuldades  para  proporem  atividades   baseadas  nesta abordagem.  Muitas  vezes,  tais  dificuldades  são provenientes  de  carências  relacionadas  à  sua  formação inicial ou, ainda, à escassez de materiais instrucionais que possam  os  auxiliar  na  proposição  e  execução  de 

    atividades  que  contribuam  para  uma  formação  mais crítica do alunado. 

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    Diante  desse  cenário,  o  presente  material,  intitulado Unidades  Didáticas   para  o  Ensino   Médio  de  Química: 

     propostas 

     para 

     prática 

    docente 

    inicial 

    continuada, 

    foi 

    elaborado  com  o  objetivo  de  apresentar  aos  professores do Ensino Médio de Química, uma  série de  7 Unidades Didáticas  relacionadas  a  conceitos  científicos  abordados em escolas públicas e privadas  brasileiras. 

    As unidades didáticas  foram elaboradas por um grupo composto por alunos do curso de Licenciatura em Química 

    da UFLA, professores da rede  básica pública e particular de ensino  do  Estado  de  Minas  Gerais  e  professores universitários  do  Departamento  de  Química  da  UFLA participantes do projeto PIBID de Química da Universidade Federal de Lavras, entre os anos de 2011 e 2013. 

    Desta  forma,  as  Unidades  trazem  diferentes  e importantes  olhares  sobre  o  processo  de  ensino  e 

    aprendizagem,  baseados  nas  vivências,  conhecimentos  e perspectivas de cada grupo de autores envolvido. 

    O  seu  conteúdo  está   baseado  em  propostas  e orientações de artigos da área de Pesquisa em Ensino de Química,   bem  como,  nas  sugestões  dos  Parâmetros Curriculares Nacionais  (PCN – Brasil) e Currículo Básico 

    Comum 

    (CBC 

    – 

    Minas 

    Gerais). 

    Ainda é  importante  salientar que,  todas as Unidades foram  aplicadas  em  salas de  aulas de  escolas do  Sul de Minas  Gerais,  seja  pelos  licenciandos,  ou  professores envolvidos  em  sua  elaboração.  Durante  e  após  o desenvolvimento  das  aulas  da  unidade,  o  grupo envolvido  se  reunia  para  discutir  sobre  as  ações 

    desenvolvidas,  refletindo  sobre  os  pontos  positivos  e, repensando aqueles que não haviam alcançado o objetivo proposto, como por exemplo, replanejar um experimento; 

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    reelaborar  uma  questão  que  possa  ter  confundido  os alunos; diminuir o conteúdo definido inicialmente. 

    Estas 

    ações 

    permitiram 

    apresentar 

    neste 

    material, 

    sequencias  de  aulas  reais  e  factíveis,  podendo  ser realizadas por demais colegas professores. 

    Por meio das reflexões realizadas foi possível apresentar nas  unidades  algumas  sugestões  aos  professores  leitores. Estas sugestões estão relacionadas ao que o professor deve levar em conta quando aplicar a unidade, ou seja, o público 

    específico  envolvido  ou  tempo  para  execução  das atividades.  Assim,  embora  as  Unidades  apresentem‐se completas,  prontas,  não  existe  impedimento  para  o professor  incluir  novas  abordagens  e  conceitos  ou,  ainda, trocar  alguma  atividade  sugerida.  Também  é  preciso considerar  que,  por  se  tratar  de  um  material de  apoio  ao professor,  os  conteúdos  químicos  não  são  apresentados 

    detalhadamente, de  forma que,  fica a critério do professor, caso  sinta  necessidade,   buscar  referência  específica  para sanar possíveis dúvidas conceituais. 

    O  desenvolvimento  de  habilidades  cognitivas  e argumentativas  é  enfatizado  nas  unidades,  as  quais ressaltam  o papel mediador do professor  e  a participação 

    ativa 

    dos 

    alunos 

    na 

    construção 

    do 

    conhecimento. 

    Além 

    disso, sua estrutura permite e incentiva a ação de atividades em grupo, contribuindo para o desenvolvimento de atitudes relacionadas ao respeito pela opinião do próximo, ao espaço e tempo dos colegas. São apresentadas diferentes estratégias de ensino como: experimentação investigativa,  jogos, vídeos. Considerando a perspectiva da avaliação  formativa, vários 

    instrumentos  de  avaliação  são  apresentados  como: questionário  pré  e  pós  atividades,  mapas  conceituais, desenhos, redações, etc. 

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    10 

    Cada Unidade apresenta a seguinte estrutura: •  Introdução inicial sobre a importância do aprendizado 

    dos 

    conceitos 

    pelos 

    alunos; 

    •  Apresentação geral das aulas; •  Detalhamento de cada aula, as quais constam de: 

    −  Problematização,  para  que  o  aluno  visualize  e 

    compreenda a importância dos conteúdos a serem desenvolvidos  pelo  professor  e,  participe  como investigador e construtor de seu conhecimento; 

    − 

    Instrumento para  identificar as  ideias prévias dos alunos (questionário, mapas conceituais, redações, etc.); 

    −  Atividades experimentais ou  jogos; 

    −  Indicação dos conceitos a serem desenvolvidos; −  Avaliações finais (questionários, mapas conceituais, 

    desenhos, etc.); − 

    Sugestão de  bibliografia  básica para elaboração do plano de aula pelo professor; 

    −  Bibliografia utilizada. 

    Por fim, o grupo espera que, o material desenvolvido nesse período de  trabalho, possa  contribuir para demais colegas professores,  assim  como  tem  contribuído para  a 

    prática 

    dos 

    professores, 

    em 

    formação 

    inicial 

    ou 

    continuada, envolvidos no projeto. Atenciosamente, 

    Professora Rita de Cassia Suart Coordenadora do projeto PIBID QUÍMICA UFLA 

    2011‐2013. 

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    UNIDADE DIDÁTICA: SOLUÇÕES 

    Gleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio Bernardo,  Josiane Aparecida Freitas,  Jacyara Duarte 

    Teixeira,  Josefina Aparecida de Souza, Rita de Cassia Suart 

    INTRODUÇÃO 

    A  temática  soluções  faz  parte  do  Conteúdo  Básico Comum  (CBC),  elaborado  pela  Secretaria  Estadual  de Educação  de  Minas  Gerais  para  o  Ensino  Médio.  Sua importância  pode  ser   justificada  pelo  fato  de  estar presente  no  nosso  cotidiano  como,  por  exemplo,  nas águas  de  mares,  rios  e  lagos,  e  em  alimentos  que consumimos, como no caso de um suco. Baseados nisso, os  alunos  adquirem  conceitos  sobre  soluções  em  seu cotidiano, antes mesmo de terem acesso ao conhecimento escolar (CARMO, 2005). 

    Este  conteúdo  apresenta  fundamental  importância, uma  vez  que,  através  dele  se  dará  a  compreensão  de diversos  outros  conceitos  químicos,  tanto  em  nível macroscópico quanto microscópico. Para Carmo (2008), o conceito de dissolução deve abordar as interações entre as partículas  de  solvente  e  soluto,  em  uma  visão microscópica,  que  servirá  de  subsídio  para  temas  como 

    equilíbrio químico, por exemplo. Através da compreensão adequada dos processos químicos em nível microscópico, o  professor  permite  que  o  aluno  desenvolva  diversas 

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    competências  e  habilidades  e  estabeleça  um desenvolvimento  cognitivo  de  acordo  com  a 

    complexidade 

    da 

    situação. 

    Ao 

    agir 

    assim, 

    professor 

    estimula  o  aluno  para  que  este  aplique  o  conhecimento apreendido e reconstrua‐o. 

    Assim, a presente unidade didática refere‐se ao  tema Soluções  e, pode  ser desenvolvida na  2ª  série do Ensino Médio, utilizando, em média, 09 aulas. 

    As aulas da Unidade Soluções são assim distribuídas: • 

    Aulas teóricas e práticas. •  Mapas Conceituais pré e pós. •  Exercícios. 

    DETALHAMENTO DAS AULAS 

    Primeira aula: Mapa conceitual prévio 

    A  primeira  aula  tem  por  objetivo  investigar  os conhecimentos  prévios  dos  alunos  sobre  conteúdos relacionados a soluções. 

    Esta  atividade  oferece  ao  professor  uma  avaliação inicial  das  ideias  que  os  alunos  têm  a  respeito  deste 

    conteúdo. 

    O  mapa  conceitual  é  uma  figura  esquemática composta  por  representações  gráficas,  semelhantes  a diagramas, que  indicam  relações  entre  conceitos  ligados por  palavras  (TAVARES,  2007).  É  considerada  uma ferramenta de grande utilidade para o professor. Através dele, o aluno organiza e representa seus conhecimentos. A 

    sua construção auxilia na passagem de conhecimentos da memória de curto prazo para a memória de longo prazo, 

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    sendo um importante instrumento para a organização da estrutura cognitiva do aluno (PERUZZO; CANTO, 2006). 

    Para 

    Carmo 

    Marcondes 

    (2008), 

    os 

    mapas 

    conceituais 

    contribuem para que o professor compreenda as relações conceituais construídas pelos alunos. Auxilia, também, na identificação  de  conceitos  pouco  compreendidos, possibilitando  assim,  modificações  na  intervenção pedagógica.  Devido  as  suas  características,  são  muito úteis tanto para identificação de conceitos prévios, quanto 

    como ferramenta de avaliação de ensino‐aprendizagem. Para isso, o mapa conceitual prévio (Atividade 1) deve 

    ser  elaborado  individualmente  pelos  alunos  e, posteriormente, avaliado pelo professor. 

    Inicialmente,  o  professor  deve  ministrar  uma  aula definindo  e  explicando  o  que  são  mapas, uma  vez  que, normalmente,  os  alunos  ainda  não  possuem 

    conhecimento de como se dá a sua elaboração. 

    Atenção: O  mapa  conceitual  pode  ser  usado  como  forma  de 

    avaliação, mas é necessário que o professor apresente sua  base conceitual aos alunos,  bem como, utilize modelos e 

    exemplos, 

    auxiliando‐

    os, 

    assim, 

    em 

    sua 

    confecção. 

    Atividade 1: Mapa Conceitual Prévio. 

    Construa  um  mapa  conceitual,  com  as  seguintes palavras:  água,  solvente  universal,  soluto,  solvente, mistura,  homogênea,  heterogênea,  soro,  soluções, 

    concentração.  Utilize  também,  se  necessário,  outras palavras para a elaboração do mapa conceitual. 

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    Segunda aula: Aula prática 

    Nesta 

    aula, 

    com 

    auxílio 

    do 

    texto 

    introdutório 

    (Atividade 2), o professor, inicialmente, pode desenvolver a  questão problema  sobre  a  temática  soluções,  a  fim de instigar os alunos. O texto pode ser trabalhado através de discussões e questionamentos mediados pelo professor. 

    O texto é acompanhado por uma tabela, que deve ser preenchida  pelos  alunos,  e  refere‐se  às  observações 

    realizadas  durante  um  experimento,  o  qual  tem  por finalidade  analisar  várias  soluções  de  diferentes concentrações de soro caseiro. 

    Assim,  uma  importante  característica  do  estudo  das soluções  aquosas  em  destaque  é  a  necessidade  de expressar  a quantidade  relativa de  soluto dissolvida  em uma determina quantidade de solvente – a concentração 

    da solução. 

    Atividade 2: Texto com questão problema e  tabela para preenchimento. 

    Questão problema 

    Ainda  hoje,  há  um  grande  número  de crianças que morrem por decorrência de diarreia, principalmente, em países  em  desenvolvimento.  Segundo  dados  da Organização Mundial  de  Saúde,  esse número  chega  a  3 milhões  de  crianças.  Entre  as  causas  da  diarreia  está  o consumo  e/ou  a  exposição  na  água  contaminada  e 

    a higiene pessoal não adequada. São as crianças que mais sofrem com a diarreia devido à perda de água, potássio e sais minerais pelo organismo. 

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    15

    O soro caseiro é uma forma simples,  barata e eficiente de tratamento para desidratação associada à diarreia. Este 

    é 

    constituído 

    de 

    uma 

    solução 

    de 

    sais 

    açúcares. 

    Simplesmente   beber  água  pode  não  ser  eficiente  para evitar  a  desidratação,  porque  é  preciso  repor  os  sais minerais perdidos. 

    O  soro  caseiro  não  visa  parar  a  diarreia,  mas  sim amenizar a desidratação até que a enfermidade passe. 

    Como você faria para preparar o soro caseiro? 

    Quantidade de açúcar 

    Quantidade de sal 

    Observações 

    1colher  1 colher 1 colher  2 colheres 1 colher  4 colheres 

    2 colheres  1 colher 

    4 colheres  1 colher 6 colheres  1 colher 8 colheres  1 colher 

    Responda às seguintes questões: 1)  O soro é uma mistura homogênea ou heterogênea? 2)  Quais substâncias constituem o soro caseiro? 

    3) 

    Dentre essas sustâncias qual é o soluto e qual é o solvente? 

    4)  Se  a  quantidade  de  soluto  adicionada  for  maior que  a medida  certa para  seu preparo,  a  solução de  soro caseiro vai ficar mais ou menos concentrada? 

    5)  Se  a  quantidade  de  soluto  for  modificada (aumentada  ou  diminuída)  e  o  volume  de  água  for modificado na mesma proporção,  o que  acontece  com  a concentração da solução? 

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    16 

    Atenção: Considerando  que  os  alunos  ainda  não  tiveram 

    contato 

    com 

    os 

    conceitos 

    referentes 

    soluto 

    solvente, 

    é 

    importante, ao longo da unidade, o professor desenvolver tais conceitos e voltar ao experimento propondo questões para discussões e esclarecimento de dúvidas. 

    Terceira, quarta, quinta e sexta aulas  ‐Aulas teóricas: 

    Nas aulas teóricas poderão ser abordados os seguintes conteúdos: tipos de misturas (homogênea e heterogênea), componentes da  solução  (soluto  e  solução),  classificação de  soluções  (soluções  sólidas,  líquidas  e  gasosas), características  das  soluções  (insaturada,  saturada  e supersaturada),  concentração  das  soluções  (comum, porcentagem  em  massa  e  volume,  ppm,  molaridade)  e 

    análise  de  rótulos  (ATKINS,  2006;  PERUZZO,  CANTO, 2006). 

    As  aulas  teóricas podem  ser  apresentadas utilizando materiais de apoio como slides, quadro de giz; no entanto, sempre mediadas por discussões pelo professor. 

    A aula pode ser planejada de acordo  com o CBC, os 

    quais 

    sugerem 

    desenvolvimento 

    das 

    seguintes 

    habilidades e competências: • Reconhecer  que  a  maior  parte  dos  materiais  é 

    constituída de misturas homogêneas ou heterogêneas de diferentes substâncias. 

    • Reconhecer que solução é uma mistura homogênea na qual os constituintes são substâncias diferentes. 

    • 

    Saber que, em uma solução, dá‐se o nome de soluto à  substância  que  se  encontra  em  menor  quantidade,  e solvente àquele que a dissolve. 

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    17

    • Realizar cálculos simples envolvendo a relação entre o  valor  da  massa  do  soluto  e  a  massa  ou  volume  do 

    solvente. 

    • Saber que a concentração da solução pode ser dada como massa(g)/massa(g) ou massa(g)/volume(L). 

    • Compreender  a  relação  entre  as  quantidades  de massa envolvidas nas soluções: concentração em g/L. 

    • Identificar soluções mais e menos  concentradas em função das relações entre soluto/solvente. 

    • 

    Fazer  cálculos  que  envolvam  proporcionalidade para determinar o valor da concentração de soluções. 

    Os  rótulos  possuem  informações  muito  úteis  na exemplificação destes conceitos. O professor pode utilizar de  uma  das  aulas  para  trabalhar  a  interpretação  de rótulos de diversos produtos  com os  alunos,  como uma forma de aproximar o conteúdo ministrado do cotidiano. 

    Sugestões: Os conceitos trabalhados na aula experimental devem 

    ser retomados nas aulas  teóricas para que o experimento não se torne apenas uma prática ilustrativa e, ainda, para que dúvidas remanescentes sejam sanadas. 

    quantidade 

    de 

    aulas 

    teóricas 

    pode 

    variar 

    de 

    acordo 

    com o planejamento do professor. 

    Sétima e oitava aulas: Exercícios. 

    A  sétima aula pode  ser utilizada para que os  alunos resolvam  os  exercícios  em  sala  (Atividade  3),  contando 

    com  o  auxílio  do  professor  para  o  esclarecimento  de dúvidas.  Na  oitava  aula  os  exercícios  deverão  ser corrigidos pelo professor em sala. 

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    18 

    Sugestão: 

    Na 

    aula 

    de 

    resolução 

    dos 

    exercícios, 

    professor 

    poderá  sortear  os  alunos  para  que  estes  resolvam  os exercícios  no  quadro.  A  importância  de  chamar  os estudantes  ao  quadro  favorece  o  aprendizado,  uma  vez que  estimula  a  interação  entre  professor‐aluno  e  aluno‐aluno.  É  importante  ressaltar  que  o  professor  deve auxiliar o estudante durante a resolução dos exercícios. 

    Atividade 3: Exercícios 

    1.  Você deseja preparar um copo de solução de soro fisiológico com capacidade para 200 mL. A massa de sal de cozinha utilizada é de 1,5g e a de açúcar 3,5g. Se você desejar  preparar  1  litro  de  solução  de  soro  fisiológico, 

    quais  devem  ser  as  quantidades,  em  gramas,  de  sal  e açúcar necessárias? 

    2.  No rótulo de um frasco, que contém uma solução de  ácido  sulfúrico  (H2SO4), utilizado  em  laboratório  está escrito: 

    Com  base nestas informações, responda as questões a seguir: 

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    a.  Qual  o  número  de  mols  do  soluto  presente  na solução? 

     b. 

    Qual 

    massa 

    do 

    soluto 

    presente 

    na 

    solução? 

    c.  Determine a concentração da solução em g/L. 

    3.  Um  professor  instruiu  seu  aluno  a  preparar 100mL  de  solução  de  hidróxido  de  sódio  (NaOH) contendo  4,6g  de  soluto.  Ele  realizou  o  seguinte procedimento:  em  100mL  de  água  adicionou  4,6g  de 

    NaOH. a.  O  estudante  preparou  corretamente  a  solução? 

     Justifique sua resposta.  b.  Calcule a concentração em g/L dessa solução. 

    4.  A  concentração  de  uma  solução  é  20g/L. Determine  o  volume  desta  solução,  sabendo  que  ela 

    contém 85g de soluto. 

    5.  O soro fisiológico contém 0,9g de NaCl em 100 mL de  solução  aquosa.  Determine  a  concentração  desta solução de soro expressa em mol/L. Dados: MM  (NaCl)= 58,5g/mol. 

    6.  A  cachaça  é  uma  bebida  de  grande  importância cultural,  social  e  econômica  para  o  Brasil,  e  está relacionada  ao  início da  colonização do País. É obtida  a partir da destilação do  caldo de  cana da  cana‐de‐açúcar fermentada. 

    Estudos envolvendo etanol mostraram que, em ratos, 

    a dose  letal desse  composto  é de  14  g para  cada Kg de massa corporal. Suponha que, para o ser humano, a dose letal  seja  a mesma,  e  considere um  indivíduo de  60 Kg. 

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    Com os dados  fornecidos abaixo,  calcule as quantidades letais para tal indivíduo: 

    a) 

    massa 

    letal 

    de 

    etanol 

    puro. 

     b)  O volume letal de etanol puro. c)  O volume letal de aguardente. d)  O volume letal de uísque. e)  O volume letal de cerveja. 

    Dados: 

    ‐ Densidade do etanol= 0,8 g/mL. ‐ Teores alcoólicos: aguardente = 40º GL, uísque = 43º 

    GL, cerveja de  baixa fermentação = 4º GL. ‐ A dose letal (DL ou LD, do inglês Lethal Dose) é uma 

    indicação da  letalidade de uma dada  substância ou  tipo de  radiação. Dado  que  a  resistência muda de  indivíduo para  indivíduo,  a  dose  letal  representa  uma  dose 

    (normalmente medida  em miligramas de  substância por quilograma  de  massa  corporal  do  indivíduo  testado) capaz de matar uma dada percentagem dos indivíduos de uma população em  teste. O  indicador de  letalidade mais comumente  utilizado  é  o  DL50 ,  correspondente  à  dose capaz  de  matar  50%  dos  indivíduos  de  uma  população 

    em 

    teste. 

    7.  Qual é a definição para solução? a. Mistura de 2 componentes, sendo um deles a água.  b. Mistura heterogênea. c. Mistura homogênea. d. Substância simples. 

    e. Substância composta. 

    Sugestão: 

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    No  exercício número  6  é mencionado o  termo  “dose letal”. Recomenda‐se que o professor esclareça aos alunos 

    significado 

    de 

    tal 

    expressão. 

    ausência 

    desta 

    informação  não  compromete  a  resolução  do  problema, entretanto,  trata‐se  de  um  conceito  científico frequentemente  mencionado  em  meios  de  comunicação, que pode  causar dúvidas na  compreensão do enunciado da questão. 

    Nona aula: Mapa conceitual pós. 

    O  objetivo  do  mapa  conceitual  pós  é  investigar  os conhecimentos  construídos  pelos  alunos  durante  todo  o processo  de  ensino  e  aprendizagem  da  Unidade (Atividade 4). 

    Para  isso,  é  necessário  relembrá‐los  do  processo  de 

    construção dos mapas. Cabe  ressaltar que no mapa  final são  acrescentadas  outras  palavras  para  aumentar  as possibilidades de relações entre os conceitos pelos alunos. 

    O  professor  poderá  utilizar  este  instrumento  como forma de avaliação dos alunos e, também, como indicador de eficácia da atividade. 

    Atividade 4: Mapa conceitual pós 

    Construa  um  mapa  conceitual,  com  as  seguintes palavras:  Água,  Soluto,  Solvente,  Homogênea, Heterogênea,  Soluções,  Concentração,  Mistura,  Soro, Solução  Insaturada,  Solução  Saturada,  Solução 

    Supersaturada. Utilize também, se necessário, outras palavras, para a 

    elaboração do mapa conceitual. 

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    Respostas dos exercícios: 1)  7,5 gramas de sal; 17,5 gramas de açúcar. 

    2) 

    a) 

    0,2 

    mol; 

     b) 

    19,6 

    gramas; 

    c) 

    9,8 

    g/L. 

    3)  a) Não. Primeiro deve‐se pesar 4,6 g de NaOH em um  béquer  de  250  mL,  em  seguida  adicionar  75 mL de  água destilada  e  agitar vigorosamente até total  dissolução.  Em  seguida  transferir  a  solução para um  balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água destilada. 

     b) 

    46 g/L. 4)  4,25 L. 5)  0,15 mol/L. 6)  a) 840 gramas;  b) 1,050 L; c) 2,625 L; d) 2,442 L; e) 

    26,250 L. 7)  Letra c. 

    REFERÊNCIAS 

    ATKINS, P. W.;  JONES, L.  Princípios de Química: Questionando a  Vida  Moderna  e  o  Meio  Ambiente.  3.ed.  Porto  Alegre: Bookman, 2006, 965 p. 

    CARMO, M. P. do. Um estudo sobre a evolução conceitual dos estudantes na construção de modelos explicativos relativos ao conceito de solução e ao processo de dissolução. 2005. 195 p. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. CARMO, M. P.; MARCONDES, M. E. R. Abordando  soluções em sala de aula – uma experiência de ensino a partir das ideias 

    dos alunos. Química Nova na Escola , n° 28, p. 37‐41, maio de 2008. 

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    23

    PERUZZO,  F.  M.;  CANTO,  E.  L.  Química  na  abordagem  do cotidiano ,  vol.  2,  Físico‐Química,  4.ed.,  São  Paulo:  Editora Moderna, 2006. SECRETARIA  DE  ESTADO  DE  EDUCAÇÃO  DE  MINAS GERAIS. Conteúdo Básico Comum – Química (2007). Educação Básica  ‐Ensino Médio (1ª a 3ª séries). TAVARES,  Romero.  Construindo  mapas  conceituais.  Revista Ciências & Cognição; vol. 12, p.72‐85, 2007. 

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    UNIDADE DIDÁTICA: ELETROQUÍMICA 

    Gleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio 

    Bernardo, Débora da Silva Maculan,  Josiane Aparecida Freitas,  Jacyara Duarte Teixeira,  Josefina Aparecida de 

    Souza, Rita de Cassia Suart 

    INTRODUÇÃO 

    A  temática  eletroquímica  faz  parte  do  Conteúdo Básico Comum (CBC), elaborado pela Secretaria Estadual de  Educação  de  Minas  Gerais  para  o  Ensino  Médio.  O 

    tema 

    possibilita 

    abordagem 

    de 

    vários 

    assuntos 

    de 

    interesse social e econômico, relacionado ao dia a dia dos estudantes.  No  entanto,  é  considerado  de  difícil compreensão por parte dos alunos (FRAGAL, et al. 2011). 

    Os  Parâmetros  Curriculares  Nacionais  (PCN+)  do ensino  médio  propõem  que  o  aprendizado  de  química “[...] deve possibilitar ao aluno a  compreensão  tanto dos 

    processos  químicos  em  si,  quanto  da  construção  de  um conhecimento  científico  em  estreita  relação  com  as aplicações  tecnológicas  e  suas  implicações  ambientais, sociais, políticas e econômicas” (BRASIL, 2002, p. 87). 

    Mesmo  diante  das  orientações  dos  PCN+,  muitos planejamentos  de  ensino  apresentam  ainda  um  número excessivo  de  conteúdos,  que  não  estabelecem  relações 

    entre os diversos conceitos da  temática ou os relacionam com o contexto social ou ambiental. 

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    Para  um  aprendizado  que  contemple  as recomendações  dos  PCN+  é  necessário  que  o  professor 

    contextualize 

    temática 

    trabalhada 

    para 

    que 

    os 

    alunos 

    possam  solucionar  as  situações  problemáticas  reais,  buscando o conhecimento científico necessário para o seu entendimento e solução (SANTOS, 2007). 

    Assim,  para  que  o  aluno  possa  compreender  o conteúdo,  pode‐se  utilizar  como  estratégia  didática  a experimentação. Esta mesmo  sendo pouco empregada, é 

    considerada,  pelos  professores  de  química,  uma metodologia  com  potenciais  para  a  construção  do conhecimento científicos pelos alunos. 

    A  presente  Unidade  Didática  refere‐se  ao  tema Eletroquímica  e,  pode  ser  desenvolvida  na  2ª  série  do Ensino Médio, utilizando, em média, 12 aulas. 

    As aulas da Unidade Eletroquímica podem ser assim 

    resumidas: •  Primeira  aula:  Apresentação  de  duas  imagens 

    como  suporte  para  que  os  alunos  elaborem  uma redação  referente  às  mesmas.  Esta  redação  visa investigar  os  conhecimentos  prévios  que  os estudantes possuem acerca do tema. 

    • 

    Segunda 

    aula: 

    Experimento 

    investigativo 

    Corrosão 

    de  Pregos  em  Diferentes  Soluções. Este  experimento visa  investigar  a  influência  de  diferentes ambientes/contextos  no  processo  oxidativo. Solicitar  a  divisão  da  turma  em  grupos  para  a confecção  de  uma  pilha  utilizando  materiais caseiros. 

    • 

    Terceira  e  Quarta  aulas: Nestas  aulas devem  ser inseridos  os  conceitos  referentes  aos  processos 

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    oxidativos  e,  também,  os  conceitos  referentes  a pilhas e  baterias. 

    • 

    Quinta 

    aula: 

    Esta 

    aula 

    tem 

    por 

    objetivo 

    discutir 

    experimento  Corrosão  de  Pregos  em  Diferentes Soluções.  Algumas  questões  fundamentais  para  a compreensão  da  atividade  devem  ser  discutidas pelo  professor,  comparando  o  estado  inicial  e  o final  do  experimento  e  abordando  a  tabela  de potenciais químicos. 

    • 

    Sexta  aula:  Nesta  aula,  todos  os  conceitos  até então  compreendidos  devem  ser  revisados,  de maneira a sanar possíveis dúvidas. É  interessante também a utilização de diversos recursos didáticos que tornem a aula mais dinâmica. 

    •  Sétima  aula:  Nesta  aula  será  estudado  um  texto relacionado a minerais e sua identificação. 

    • 

    Oitava  aula:  Experimento  demonstrativo investigativo  sobre  Cobreamento ,  onde  conceitos sobre eletrólise serão abordados. 

    •  Nona  e  Décima  aula:  Aulas  destinadas  a apresentações  de  trabalhos  em  grupos, desenvolvidos  pelos  alunos  no  decorrer  da 

    sequência 

    didática, 

    sobre 

    construção 

    de 

    pilhas, 

    utilizando materiais de uso cotidiano. •  Décima  primeira  aula:  Aula  destinada  à 

    elaboração  de  textos  pelos  alunos,  onde  todo  o conhecimento construído ao longo desta sequência didática  deverá  ser  explicitado,  fazendo‐se  uso, novamente,  das  imagens  utilizadas  na  primeira 

    aula. 

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    DETALHAMENTO DAS AULAS 

    Primeira 

    aula  ‐

    Redação 

    prévia 

    A redação, aplicada na primeira aula, tem por objetivo investigar  os  conhecimentos  prévios  dos  alunos  sobre  o tema Eletroquímica. Tal atividade possibilita ao professor, além de avaliar o conhecimento dos alunos sobre o tema, exaltar a  importância da escrita no processo de ensino e 

    aprendizagem. A  escrita  pode  ser  considerada  uma  importante 

    ferramenta de avaliação da aprendizagem. Através dela, o aluno expressa a sua compreensão da temática abordada. Ao  escrever,  o  aluno  organiza  seu  raciocínio  através  de frases concisas, que possuem significado e demonstram a apreensão do assunto. De acordo com Oliveira e Carvalho 

    (2005, p. 348) “o papel da escrita  tem se destacado como um mecanismo  cognitivo  singular de organizar e  refinar ideias sobre um tema específico”. 

    Inicialmente, devem ser apresentadas aos alunos duas imagens, uma referindo‐se a um veículo novo e a outra, a um  veículo  do  mesmo  modelo,  porém  em  estado  de 

    deterioração 

    causado 

    pelo 

    processo 

    de 

    oxidação, 

    como 

    por  exemplo,  as  figuras  abaixo.  Os  alunos  devem  ser orientados  a  escreverem  a  respeito do  que  visualizaram nas  imagens,  ou  seja, devem utilizar  suas  ideias  iniciais para explicar o que pode ter ocorrido para que o veículo presente na figura 1 sofresse a transformação apresentada na figura 2. 

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     Figura 1: Figura de um automóvel antes da corrosão (http://www.zap.com.br/revista/carros/ultimas‐noticias/ 

    Figura 2: Figura de um automóvel depois da corrosão (http://www.uniblog.com.br/tudosobrecarros/356297/corrosao.html 

    Sugestão: A  redação produzida pelos alunos pode conter entre 

    10  e  15  linhas.  Se  o  professor  preferir,  pode  utilizar  a 

    frente  e  o  verso  de  uma  mesma  folha,  para  a  redação prévia  e para  a  redação pós,  respectivamente. Assim  os alunos, na redação pós, podem consultar a redação prévia 

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    modificando e/ou acrescentando novos conceitos. Outras imagens  também  podem  ser  apresentadas,  como  por 

    exemplo, 

    um 

    portão. 

    importante 

    é 

    que 

    as 

    imagens 

    apresentem  o  objeto  em  seu  estado  “normal”,  ou  seja, antes do processo oxidativo e, e após esse processo. 

    Para  auxiliar  no  desenvolvimento  das  redações  e, também, para evitar um possível desvio do assunto que será  abordado,  o  professor  poderá  promover  uma discussão  a  respeito  das  opiniões  dos  alunos  sobre  as 

    imagens, colocando na  lousa alguns  termos referentes ao processo de oxidação, como por exemplo, enferrujamento , a fim de nortear a escrita dos alunos. 

    Segunda aula  ‐Experimento Investigativo 

    Este  experimento  tem  por  objetivo  investigar  os 

    processos  oxidativos  que  ocorrem  com  o  ferro.  O experimento  abaixo  (Atividade  1),  baseado  no  material produzido  pelo  GEPEQ  (PITOMBO;  MARCONDES, 2003), pode  ser utilizado para  investigar  a  influência de diferentes  ambientes/contextos  no  processo  oxidativo. Tais  processos  dependem  da  solução  em  que  ocorrem, 

    como 

    por 

    exemplo, 

    presença 

    de 

    água, 

    que 

    intensifica 

    oxidação dos metais. Após a realização do experimento devem ser inseridos 

    conceitos relativos ao número de oxidação dos elementos e  compostos,  assim  como  regras  para  determinação  e variação  de  nox  em  diferentes  soluções.  Para  facilitar  o entendimento, o professor pode  introduzir ou  retomar o 

    conceito  de  eletronegatividade  (se  este   já  tiver  sido apresentado aos alunos em algum momento). 

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    31

    Atividade  1  ‐ Corrosão  dos  pregos  em  diferentes soluções 

    Descrição 

    do 

    experimento: 

    Material •  6 pregos limpos e polidos •  6 tubos de ensaio •  1 suporte para tubos de ensaio •  Cloreto de sódio (NaCl) • 

    Água (H2O) •  Solução de ácido acético (CH3COOH) •  Fitas de Magnésio •  Fios de Cobre 

    Procedimento Os  alunos,  no  decorrer  das  três  primeiras  semanas, 

    devem ser orientados a completarem a tabela abaixo: 

    Tubo  Sistema  1ª observação 2ª observação 3ª observação 

    Padrão 

    Enumere os tubos de Padrão à E •  Tubo padrão: prego de referência; • 

    Tubo A: coloque um prego, e cubra‐o com água de torneira; 

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    32 

    •  Tubo  B:  coloque  um  prego,  e  cubra‐o  com  água contendo um pouco NaCl (sal de cozinha); 

    • 

    Tubo 

    C: 

    coloque 

    um 

    prego, 

    cubra‐

    com 

    vinagre; 

    •  Tubo  D:  enrole  uma  parte  do  prego  com  fita magnésio, coloque‐o no tubo de ensaio e adicione água até cobrir; 

    •  Tubo  E:  enrole  uma  parte  do  prego  com  fio  de cobre, coloque‐o no tubo de ensaio e adicione água até cobrir. 

    Abaixo,  encontra‐se  a  imagem  referente  à  segunda observação. 

    Figura 3: Foto da 2ª observação. 

    Orientações: O  professor  deve  nortear  os  alunos  com  relação  ao 

    preenchimento  da  tabela.  Os  alunos  deverão  anotar  na tabela  as  observações  relativas  a  cada  sistema  em  seus diferentes  estados.  A  observação  inicial  refere‐se  à primeira aula da realização do experimento. No decorrer da sequência das aulas, o professor conduzirá os alunos a realizarem  as demais  observações,  que podem  ser  feitas 

    uma 

    vez 

    por 

    semana. 

    experimento 

    deve 

    ser 

    deixado 

    em 

    um local de fácil acesso aos alunos, como o laboratório ou mesmo em algum espaço dentro da sala de aula. 

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    33

    Para  minimizar  variáveis  que  não  correspondem  ao processo de oxidação  e, minimizar dúvidas que possam 

    surgir 

    pelos 

    alunos, 

    é 

    importante 

    que: 

    •  Os pregos sejam do mesmo tamanho, assim como as fitas de cobre e magnésio; 

    •  A quantidade de água nos tubos seja padronizada, assim como a concentração das soluções. 

    Sugestão: 

    O  professor,  durante  a  realização  do  experimento, pode instigar os alunos a preverem o que acontecerá com os pregos nas diferentes situações. 

    O  professor  pode  dividir  a  classe  em  pequenos grupos,  de  maneira  que  cada  grupo  realize  seu experimento,  assim  os  alunos  poderão  manusear  as vidrarias.  Estes  mesmos  grupos,  posteriormente, 

    desenvolverão  uma  atividade  referente  à  confecção  de uma pilha com materiais presentes no cotidiano. 

    Terceira e Quarta aulas  ‐Aula Teórica 

    O  professor  pode  iniciar  a  aula  retomando  e 

    questionando 

    os 

    alunos 

    com 

    relação 

    aos 

    termos 

    que 

    foram escritos por eles na redação. Nestas  aulas  deverão  ser  definidos  os  conceitos 

    “oxidar”  e  “reduzir”,  o  que  favorece  o  comportamento das  substâncias  como  oxidantes  ou  redutoras,  assim como, as reações de oxirredução, (agente redutor e agente oxidante).  Tais  conceitos  merecem  especial  atenção  por 

    são  recorrentes  no  cotidiano,  além  de  apresentarem diversas  aplicações,  como  por  exemplo,  a  redução  de 

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    minérios para produção de metais, prevenção do processo de oxidação, além do funcionamento de pilhas e  baterias. 

    Ainda 

    na 

    terceira 

    aula, 

    professor 

    deve 

    orientar 

    os 

    alunos  sobre  o  trabalho  em  grupo  a  ser  apresentado  ao final  da  sequencia  didática.  Neste  trabalho,  cada  grupo ficará responsável pela confecção de uma pilha, utilizando materiais  simples,  presentes  no  cotidiano.  Um  roteiro experimental pode ser disponibilizado pelo professor para auxiliar os alunos durante a elaboração do experimento. 

    Orientação: É importante o professor se atentar às dificuldades de 

    compreensão  conceitual  dos  estudantes,  principalmente com  relação à perda e ganho de elétrons. Os estudantes, por  exemplo,  têm  muita  dificuldade  de  entender  que  a perda  de  elétrons  acarreta  aumento  do  número  de 

    oxidação. 

    Sugestão: Sugere‐se que o professor disponibilize uma aula para 

    sanar  as  possíveis  dúvidas  dos  alunos  referentes  à confecção da pilha. 

    Quinta  aula  ‐ Entendendo  o  experimento  de  corrosão dos pregos 

    Para entendimento do experimento o professor pode utilizar  algumas  questões  propostas  pelo  material  do GEPEQ, como: 

    1) 

    Em qual dos sistemas notou‐se maior quantidade de  ferrugem?  Que  materiais  constituem  esse sistema? 

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    2)  Em  algum  sistema  não  se  observou  ferrugem? Quais? 

    3) 

    Que 

    condições 

    favorecem 

    enferrujamento. 

    Quais 

    o evitam? 4)  Um  procedimento  utilizado  para  impedir  o 

    enferrujamento de navios é amarrar ao casco, que é  de  ferro,  blocos  de  magnésio  metálico.  Como você  justifica esse procedimento? 

    Figura 4: Tabela de potenciais padrão 

    Com  auxílio  do  experimento  e,  utilizando  exemplos do  cotidiano,  como,  a  oxidação  de  portões  e  materiais constituídos por  ferro,  é possível discutir através destes, métodos  de  proteção  à  oxidação  e  metais  alternativos para a construção de materiais utilizados rotineiramente. 

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    O esclarecimento da origem e causas para a oxidação do  ferro  em  uma  situação  em  detrimento  de  outra  será 

    mais 

    efetivo 

    com 

    explicação 

    da 

    tabela 

    de 

    potenciais 

    de 

    oxidação  e  redução,  facilmente  encontrada  em  livros didáticos (figura 4). 

    Sugestão: O  professor  pode  propor  que  os  alunos  façam  um 

    relatório  ou  um  texto  explicando  o  experimento, 

     juntamente  com  respostas  às  questões  propostas.  Deste modo, pode sugerir que os estudantes deixem claro, por exemplo,  as  reações  que  aconteceram,   bem  como  os elementos  envolvidos  (agente  oxidante,  agente  redutor, etc.). 

    Se na quinta aula ainda não tiverem sido feitas as três observações,  o  professor  poderá  alterar  a  sequência  de 

    aulas, ou seja, ministrar a sétima aula antes da discussão do experimento. 

    Sexta Aula  ‐Aula Teórica 

    Nesta aula sugere‐se uma revisão rápida dos assuntos 

    relevantes 

    sobre 

    eletroquímica, 

    que 

    foram 

    abordados 

    anteriormente,  tais  como:  reações  de  oxirredução, identificação de  agente  oxidante  e  agente  redutor  e,  em seguida,  o  professor  pode  desenvolver  o  conceito  de pilhas e relacioná‐los com os temas trabalhados nas aulas anteriores. De acordo com CBC é  interessante mostrar as reações  anódicas  e  catódicas,  a  representação  pelas 

    reações  químicas  e, prever  a possibilidade de  reação  de acordo com a tabela de potencial padrão de redução, que 

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    podem  ser  relacionados  aos  conceitos  de  pilhas  e  aos componentes de uma célula eletroquímica. 

    Sugestão: Nesta  aula  podem‐se  usar  outras  ferramentas 

    didáticas  para  revisar  o  conteúdo,  tais  como:  slides, vídeos,  jogos e/ou exercícios. Desta forma, a aula torna‐se mais dinâmica e possibilita um maior envolvimento dos alunos na atividade. 

    Sétima Aula  ‐Texto 

    Nesta  aula,  propõe‐se  a  leitura,  juntamente  com  os alunos, do  texto  abaixo. Em  seguida, deve  ser  realizado um  debate,  que  envolva  os  processos  químicos relacionados aos aspectos ambientais,  socioeconômicos e 

    tecnológicos  que  englobam  os  métodos  envolvidos  na extração, utilização e descarte dos metais. Esse debate tem como objetivo a  formação de um pensamento crítico e o despertar de novos conhecimentos dos alunos em relação às  implicações sociais envolvidas no seu dia a dia, como na  oxidação  de  portões,  queima  de  combustível, 

    relacionando 

    também 

    origem 

    dos 

    metais. 

    A  leitura  de  textos  possibilita  a  melhoria  na compreensão  textual  e  escrita  dos  alunos,  visto  que, aqueles que não leem, não escrevem  bem. Isso implica em uma má interpretação e até comunicação e argumentação entre as pessoas, dificultando a sua inserção na sociedade. Essa  prática,  quando  estimulada,  pode  possibilitar  uma 

    evolução  intelectual  e  deve  se  tornar  frequente  na  vida dos  alunos.  Com  isso,  há  um  desenvolvimento  na capacidade de organização e expressão de  suas  ideias, a 

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    criatividade  e uma  leitura  crítica do mundo que o  cerca (CARDOZO; PELOZO, 2007). 

    A TRANSFORMAÇÃO DE MINÉRIOS EM METAIS 

    As  substâncias  naturais  encontradas  na  crosta terrestre são denominadas minerais. O petróleo, a areia, o mármore,  o  minério  de  ouro,  são  exemplos  desses minerais.  Os  agregados  naturais  de  minerais  são 

    chamados  rochas. Todavia, é comum  chamar uma  rocha de mineral ou minério. Dos minerais são extraídos metais de valor econômico, como o ouro, e matéria‐prima para as diferentes indústrias. 

    Normalmente,  os  metais  podem  ser  encontrados  em diferentes minerais, conforme mostra a tabela abaixo. Por exemplo,  o  alumínio  está  presente  na   bauxita,  no 

    coríndon  e  difundido  em  rochas  eruptivas.  Como  a  bauxita é o mineral com maior teor de alumínio, é o mais explorado para a obtenção desse metal. 

    O desenvolvimento da indústria metalúrgica ao longo dos  séculos  foi  permitindo  a  fabricação  de  novos materiais.  Prevê‐se  que  no  futuro  sejam  criadas  ligas  e 

    materiais 

    para 

    atender 

    novas 

    necessidades. 

    Ligas 

    metálicas  são materiais  com propriedades metálicas que contêm  dois  ou  mais  elementos  químicos  em  sua composição,  sendo  que,  pelo  menos  um  deles,  é  metal, como por exemplo o aço (ferro e carbono). 

    Em todo esse processo, os minérios – materiais  baratos e  abundantes  –  são  transformados  em  ligas  com 

    propriedades  específicas. O  subsolo  brasileiro  é  rico  em recursos minerais, possuindo enormes  jazidas de minérios de  ferro,  alumínio,  cobre,  ouro,  entre  outros  metais.  A 

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    exploração destas  jazidas dá grande retorno financeiro ao país, porém provoca muitos impactos ambientais. 

    tabela 

    seguir 

    apresenta 

    relação 

    de 

    alguns 

    minérios e dos metais deles extraídos. 

    ALGUNS MINÉRIOS E SEUS METAIS Minério  Metal (Símbolo 

    químico) Fórmula básica* 

    dos minerais Hematita  Ferro (Fe)  Fe2O3 

    Coríndon 

    Alumínio 

    (Al) 

    Al2O3 

    Bauxita  Alumínio (Al)  Al2O3 Cuprita  Cobre (Cu)  Cu2O Cinábrio  Mercúrio (Hg)  HgS Blenda  Zinco (Zn)  ZnS Galena  Chumbo (Pb)  PbS 

    Cassiterita  Estanho (Sn)  SnO2 

    Ilmenita 

    Titânio 

    (Ti) 

    FeTiO3 

    Vanadita  Vanádio (V)  Pb5Cl(VO4)3 Pirolusita  Manganês (Mn)  MnO2 Cromita  Cromo (Cr)  FeCr2O4 

    Dolomita  Magnésio (Mg)  CaMg(CO3)2 *A composição química dos minérios não é constante 

    Alguns  dos  metais  citados  na  tabela  acima  são considerados  metais  pesados.  Estas  são  substâncias altamente  reativas,  bioacumuláveis  e  tóxicas,  e  podem poluir  o  meio  ambiente  quando  são  descartadas inadequadamente. 

    O  perigo  de  contaminação  com  estes  metais  está  no solo,  na  água  e  no  ar.  Quando  absorvidos  pelo  ser 

    humano,  os metais pesados  (elementos de  elevado peso molecular) se depositam nos tecidos ósseo e gorduroso e 

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    40 

    deslocam minerais,  como o  cálcio, dos ossos e músculos para a circulação. Esse processo provoca doenças. 

    consumo 

    habitual 

    de 

    água 

    alimentos  ‐

    como 

    peixes  de  águas  doce  ou  salgada  –  contaminados  com metais  pesados  coloca  em  risco  a  saúde.  As  populações que moram em  torno das  fábricas de  baterias artesanais, industriais  de  cloro‐soda  que  utilizam  mercúrio, indústrias  navais,  siderúrgicas  e  metalúrgicas,  correm risco de serem contaminadas. 

    Os metais pesados são muito usados na indústria e estão em  vários  produtos.  Apresentamos  na  seguinte  tabela  os principais metais usados, suas fontes e riscos à saúde. 

    Metais  De onde vem  Efeitos Alumínio (Al)  Produção de 

    artefatos de 

    alumínio; serralheria; tratamento 

    convencional de água. 

    Anemia por deficiência de ferro e 

    intoxicação crônica. 

    Arsênio (As)  Metalurgia; manufatura de 

    vidros 

    fundição. 

    Câncer. 

    Chumbo (Pb)  Fabricação e reciclagem de 

     baterias de autos; indústria de tintas; 

    pintura em cerâmica; soldagem. 

    Saturnismo (cólicas abdominais, 

    tremores, fraqueza muscular, lesão renal 

    e cerebral). 

    Cromo (Cr)  Indústrias de corantes, esmaltes, 

    Asma (bronquite); câncer. 

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    tintas, ligas com aço e níquel; 

    cromagem de metais. 

    Cobalto (Co)  Preparo de ferramentas de 

    corte e furadoras. 

    Fibrose pulmonar (endurecimento do pulmão) que pode 

    levar à morte. Mercúrio (Hg)  Moldes industriais; 

    certas indústrias de 

    cloro‐soda; garimpo de ouro; 

    lâmpadas fluorescentes. 

    Intoxicação do sistema nervoso 

    central. 

    Níquel (Ni)  Baterias; aramados; fundição e 

    niquelagem de 

    metais; refinarias. 

    Câncer de pulmão. 

    Fonte: CUT – RJ  ‐Comissão de Meio Ambiente 

    Sugestão: Ao  término  de  cada  parágrafo  do  texto,  pode  haver 

    uma discussão dos conceitos apresentados neste ou, se o professor preferir, a discussão pode  ser  realizada após a 

    leitura de todo o texto. Sugere‐se também que o professor proponha  aos  alunos  a  leitura  do  texto  em  voz  alta, alternando o aluno em cada parágrafo. 

    Se  houver  possibilidade,  ao  final  do  debate,  o professor poderá apresentar aos alunos algumas espécies minerais, o próprio mineral ou as fotos, de acordo com as possibilidades  do  professor,  ressaltando  suas  origens, composição química e aplicações. 

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    Oitava Aula  ‐Aula teórica e experimento investigativo 

    Nesta 

    aula 

    pode‐

    se 

    realizar 

    experimento 

    Cobreação 

    (atividade  2)  de  caráter  investigativo,  que  abrange  os conceitos de eletrólise. A partir do experimento e também do  texto é possível  fazer um  levantamento dos assuntos pertinentes  ao  tema,  como  por  exemplo,  a  obtenção  de metais que  está  relacionada  aos  conceitos de oxidação  e redução, pilhas, espontaneidade das reações e aplicações 

    da eletrólise. 

    Atividade 2: Cobreação 

    Descrição do experimento: 

    Material: • 

    Bateria AA, conectada a dois fios de cobre; • Sulfato de cobre (CuSO4); • Chave; • Frasco Transparente. 

    Procedimento: 

    No 

    frasco, 

    prepare 

    uma 

    solução 

    de 

    CuSO4 

    mais 

    concentrada possível. A seguir, prenda a chave ao fio que está ligado ao polo negativo da  bateria, introduzindo‐a na solução. Finalmente, introduza a ponta do outro fio (polo positivo) na solução. 

    Observe  a  cor  da  solução  no  início  e  no  fim  do processo e o que ocorre na chave. 

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    Sugestões: Durante  o  experimento,  além  de  desenvolver  os 

    conceitos 

    de 

    eletrólise, 

    professor 

    pode 

    levantar 

    discussões 

    e problematizar  questões  referentes  à  obtenção  de  metais, suas  utilizações,  os  processos  de  extração  e  impactos ambientais. Pode ainda, retomar o texto trabalhado na aula anterior para auxiliar nas discussões, permitindo os alunos participarem com suas opiniões e hipóteses. 

    Nona e Décima Aula – Apresentações das atividades em grupos 

    Estas duas aulas devem ser destinadas às apresentações dos  trabalhos  referentes  à  confecção  de  pilhas, anteriormente solicitados aos alunos. Pede‐se que realizem a montagem dos experimentos com materiais do dia a dia e, 

    depois, discutam os procedimentos e os resultados obtidos. Essa apresentação tem como objetivo desenvolver e verificar a capacidade de argumentação, organização, elaboração de hipóteses,  baseadas no processo de coleta de dados que essa atividade  exigiu  dos  alunos,  relacionando  os  fenômenos ocorridos  com  os  conceitos  químicos,  desenvolvidos  nas 

    aulas, 

     bem 

    como 

    para 

    discussão 

    do 

    funcionamento 

    ou 

    não 

    de seus experimentos. A  utilização  de  experimentos  que  desenvolvam  as 

    habilidades acima é de grande importância para o ensino,  já que possibilita a participação dos alunos e desenvolve de  maneira  mais  efetiva  o  entendimento  de  conceitos científicos,  além  de  oferecer  a  chance  de  se  envolverem 

    em  um  problema,  investigando  suas  causas  e  possíveis soluções  com  a  ajuda  do  professor  (SUART; MARCONDES; LAMAS, 2010). 

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    44 

    Sugestão: Sugerir  aos  alunos  utilizarem  o  método  de 

    apresentação 

    que 

    acharem 

    mais 

    interessante 

    (slides, 

    cartolina,  vídeos,  encenação,  paródia,  etc.)  desde  que também  apresentem  o  experimento  e  os  métodos  e hipóteses que os  fizeram chegar a suas conclusões. Essas informações  devem  ser  passadas  de  forma  clara, contribuindo  para  um  melhor  entendimento  dos  alunos em  relação  à  proposta  do  professor.  É  importante 

    ressaltar que o professor deve acompanhar o processo de elaboração dos  trabalhos e  conhecer o planejamento dos alunos. Dessa forma, o docente pode elaborar melhor seus critérios de avaliação e mediar discussões relevantes com toda  a  turma  em  relação  ao  tema,  evitando  ainda, problemas e dificuldades no dia da apresentação. 

    Décima Primeira Aula – Redação pós 

    Novamente, o aluno é  solicitado a escrever um  texto onde devem ser descritos  todos os conceitos construídos ao longo da sequência de aulas. 

    Sugestão: 

    Sugere‐se  que  o  professor  apresente  novamente  as imagens apresentadas durante a elaboração das redações prévias. Antes da escrita das  redações, o professor pode levantar  alguns  questionamentos  relacionando  as imagens  com o  conteúdo abordado nas aulas anteriores, para  que  os  alunos  exponham  suas  opiniões. 

    É  interessante  que  os  alunos  tenham  contato  com  sua redação  prévia  para  que  ele  possa  refletir  sobre  sua primeira redação e fazer relações com o que foi aprendido 

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    45

    durante  as  aulas,  sendo  incentivados  a  relacionar  os conceitos  aprendidos  às  imagens  apresentadas 

    escrevendo 

    uma 

    nova 

    redação. 

    REFERÊNCIAS 

    BRASIL. Ministério da Educação e dos Desportos. Secretaria 

    de 

    Educação 

    Média 

    Tecnológica. 

    Orientações 

    educacionais 

    complementares  aos  Parâmetros  Curriculares  Nacionais (PCN+): Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002. CARDOZO, G. C.; PELOZO, R. C. B. A  importância da  leitura na  formação  do  indivíduo.  Revista  Científica  Eletrônica  de Pedagogia , ano V, n. 9,  janeiro de 2007, periódico semestral. FRAGAL, V. H.; MAEDA, S. M.; PALMA, E. P.; BUZATTO, M. 

    B.  P.;  RODRIGUES,  M.  A.;  SILVA,  E.  L.  S.  Uma  proposta alternativa para o ensino de eletroquímica sobre a  reatividade de metais. Química Nova na Escola , v. 33, nº4, p. 216‐222, nov. 2011. OLIVEIRA, C. M. A.; CARVALHO, A. M. P. (2005). Escrevendo em aulas de ciências. Ciência & Educação , 11 (3), 347–366. PITOMBO, L. R. M.; MARCONDES, M. E. R., coord.; GEPEQ – 

    Grupo  de  Pesquisa  para  o  Ensino  de  Química.  Interações  e transformações I: Química  ‐ Ensino Médio. São Paulo: EDUSP, 2003. SANJUAN, M. E. C.; SANTOS, C. V.; MAIA,  J. C.; SILVA, F. A.; WARTHA,  E.   J.  Maresia:  Uma  proposta  para  o  ensino  de eletroquímica. Química Nova na Escola , v. 31, nº 3, p. 190‐197, ago. 2009. 

    SANTOS, 

    W. 

    L. 

    P. 

    Contextualização 

    no 

    ensino 

    de 

    ciências 

    por 

    meio  de  temas  CTS  em  uma  perspectiva  crítica.  Ciência  & Ensino , v.1, número especial, p.1‐12, 2007. 

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    46 

    SECRETARIA  DE  ESTADO  DE  EDUCAÇÃO  DE  MINAS GERAIS. Conteúdo Básico Comum – Química (2007). Educação Básica  ‐Ensino Médio (1ª a 3ª séries). SUART,  R.  C.;  MARCONDES,  M.  E.  R.;  LAMAS,  M.  F.  P.  A estratégia “laboratório aberto” para a construção do conceito de temperatura  de  ebulição  e  manifestação  de  habilidades cognitivas. Química Nova na Escola , Vol. 32, nº 3, p. 200‐207, ago. 2010. 

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    UNIDADE DIDÁTICA: TABELA PERIÓDICA 

    Vinicius Silva Tanganeli, Mayara de Souza Miranda, Camila Marra Abras, Lívia Maria Ribeiro Rosa, 

    Hellem Renata Moreira, Letícia Gazola Tartuci, Rita de Cassia Suart 

    INTRODUÇÃO 

    A  tabela  periódica  que  hoje  temos  acesso  não  foi sempre igual desde sua criação. Ela surgiu da necessidade de  agrupar  os  elementos  que  tinham  propriedades químicas  e  físicas  semelhantes,  e  separar  os  que  não tinham nada em comum. 

    Desde  a  primeira  tentativa  de  Dobereiner  em classificar  os  elementos,  a  tabela  periódica  sofreu inúmeras  alterações,  sendo  estas  realizadas  por pesquisadores  como  Chancourtóis,  Newlands,  Meyer  e Mendeleev. 

    O  nome  T̋abela  Periódicaʺ é  devido  à  sua 

    periodicidade, 

    ou 

    seja, 

    à 

    repetição 

    de 

    propriedades 

    comuns  entre  alguns  elementos  químicos  e  suas características principais. 

    Esta  unidade  didática  foi  desenvolvida  seguindo  as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais PCN + de Química  (BRASIL, 2002) para, desta  forma, contribuir para uma  aprendizagem  significativa dos  alunos quanto 

    ao tema em questão. Segundo  o  PCN  +  de  Química  (BRASIL,  2002),  os 

    elementos  químicos  e  seus  compostos  podem  ser 

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    estudados  através  da  periodicidade  de  propriedades como, por exemplo, a reatividade química e a densidade 

    em 

    função 

    das 

    massas 

    atômicas. 

    Nessa 

    perspectiva, 

    tabela  periódica  poderia  ser  discutida  de  modo significativo. A  sua  reconstrução histórica  com  base nas propriedades  macroscópicas,  tal  como  foi  feita  por Mendeleev,  por  exemplo,  pode  ser  uma  oportunidade para ampliar esse conhecimento. 

    Assim, esta unidade didática tem por objetivo auxiliar 

    o  professor  no  desenvolvimento  de  conceitos  iniciais relacionados à tabela periódica,  bem como, apresentar aos alunos  o  seu  desenvolvimento  histórico.  Os  principais conteúdos que a abrangem são a história da construção da tabela periódica, sua organização e suas propriedades, os quais  podem  ser ministrados  em  oito  aulas, nas  turmas das primeiras séries do ensino médio. 

    As oito aulas podem ser resumidas da seguinte forma: 

    • Primeira aula: Levantamento das ideias prévias dos alunos em relação ao conteúdo tabela periódica. 

    • Segunda aula: aplicação de um  jogo, a fim de motivar os alunos e, para que estes reflitam e identifiquem 

    maneiras 

    para 

    organizar 

    os 

    elementos 

    da 

    tabela 

    periódica de acordo com suas características semelhantes. 

    • Terceira aula: desenvolvimento conceitual sobre a construção da tabela periódica, com auxílio de um vídeo interativo. 

    • Quarta, Quinta e Sexta aulas: desenvolvimento de 

    conteúdos relacionados às propriedades periódicas dos elementos químicos. 

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    • Sétima e Oitava aulas: avaliação do conhecimento construído pelos alunos, ao longo da unidade 

    didática, 

    através 

    de 

    um 

    questionário 

    da 

    construção 

    de um mapa conceitual. 

    DETALHAMENTO DAS AULAS 

    Primeira aula: Investigando 

    De acordo com o CBC (MINAS GERAIS, 2007, p.22) é importante: 

    “Identificar  as  ideias  científicas,  sua  relevância  e  seu nível  de  abordagem  para  cada  estágio  de desenvolvimento do aluno, ou seja, considerar sempre a relação estabelecida com as ideias prévias dos alunos 

    sobre tal conteúdo.” 

    O  professor,  então,  pode  iniciar  essa  primeira  aula aplicando um questionário prévio,  buscando investigar os conhecimentos dos alunos  sobre o  tema  tabela periódica e, a sua construção. Segue abaixo, exemplos de questões para aplicação: 

    1. 

    Você  já ouviu falar ou conhece a tabela periódica? 2.  Qual a utilidade da tabela periódica? (para que ela 

    serve?) 3.  Como você imagina que aconteceu a construção da 

    tabela periódica? 4.  Mendeleev é considerado pela comunidade 

    científica um dos maiores gênios da química. a.Você  já ouviu falar em Mendeleev?  b.Como você imagina que ele era? 

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    5.  Escreva o(s) nome(s) de cientistas da química que você conhece ou  já ouviu falar. 

    Atenção: 

    Como  o  objetivo  do  questionário  é  investigar  o conhecimento prévio dos  alunos,  o professor  deve  ter  o cuidado de não  responder os possíveis questionamentos que podem surgir dos estudantes nesta aula. 

    Segunda aula: Construindo ideias 

    Segundo  o  CBC  (MINAS  GERAIS,  2007),  um  dos passos  essenciais  para  a  aprendizagem  de  conteúdos relacionados à tabela periódica seria identificar o símbolo de  seus  principais  elementos  e,  relacioná‐los  a  suas propriedades. Assim, para que os alunos sejam motivados a  participarem  da  construção  dos  conceitos,  o  professor 

    pode aplicar um  jogo adotando as seguintes orientações: 

    Jogo da Tabela Periódica1 

    Orientações: A  atividade  pretende  proporcionar  aos  estudantes  a 

    compreensão 

    de 

    como 

    foi 

    possível 

    organizar 

    tabela 

    periódica  permitindo,  a  estes,  tentarem  agrupar  os elementos químicos utilizando algumas propriedades. 

    O   jogo  é  composto  por  nove  cartões.  Cada  cartão contém o  símbolo e o nome de um elemento químico e, algumas  de  suas  propriedades,  como:  Massa  Atômica (MA),  Temperatura  de  Fusão  (TF),  Temperatura  de 

    1   Jogo  da  tabela  periódica  –  atividade  adaptada  –  Caderno  do professor: Química, Ensino Médio‐ 1ª série, 3o  bimestre / Secretaria da Educação SEE/SP, 2008. 

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    Ebulição  (TE),  Composto  (substância)  formado  com  o elemento oxigênio (O) e com o elemento hidrogênio (H). 

    1o 

    passo: 

    Inicialmente, 

    professor 

    deve 

    apresentar 

    cada  um  dos  cartões  aos  estudantes,  mostrando  os elementos químicos e suas propriedades. 

    2o  passo: Em  seguida,  a  turma deve  ser dividida  em grupos,  com  um  número  máximo  de  cinco  alunos  por grupo, para que, dessa  forma,  os  alunos  troquem  ideias entre si. 

    3o  passo:  Após  a  divisão,  deve‐se  entregar  a  cada grupo um envelope contendo os nove cartões e uma folha para  que,  posteriormente,  os  mesmos  escrevam  e/  ou desenhem as suas propostas de organização. 

    1ª Etapa Nesta  etapa,  o  professor  deve  propor  que  os  alunos 

    organizem  os  cartões  da  maneira  que  acreditarem  ser  a melhor.  Não  é  necessário  que  os  alunos  utilizem  as propriedades  contidas nos  cartões,  isto  fica  a  critério do grupo. 

    Os  estudantes  devem  escrever  e/ou  desenhar  o  que eles estão propondo na  folha que  foi entregue ao grupo, 

     justificando 

    proposta 

    de 

    organização. 

    2ª Etapa Nesta  etapa,  o  professor  deve  propor  que  os  alunos 

    criem  critérios de organização dos  cartões  com  base nas propriedades  contidas  nos  mesmos,   justificando  os critérios para esse agrupamento. 

    Atenção: A classificação não deve ser aleatória nesta etapa! 

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    52 

    Novamente,  os  estudantes  devem  escrever  e/ou desenhar o que estão propondo na folha que foi entregue 

    ao 

    grupo, 

     justificando 

    proposta 

    de 

    organização. 

    Importante: Ao  longo  de  todo  o  desenvolvimento  do   jogo,  é 

    interessante  que  os  alunos  anotem  todos  os  critérios  de organização e suas conclusões. 

    Ao  final  da  atividade,  o  professor  pode  propor  que 

    cada grupo (ou estudante) apresente para toda a turma os critérios utilizados na  organização dos  cartões,  em  cada uma das etapas propostas. 

    A intenção é que eles possam trabalhar a criatividade e habilidades de organização e seleção de  informações e, que  tenham  ideia  de  como  os  cientistas  poderiam classificar os elementos de acordo com suas propriedades 

    e compostos formados. 

    Sugestão: O  professor  pode  dar  continuidade  a  esta  atividade 

    abordando a história da tabela periódica. Uma proposta de cartões que podem ser utilizados no 

     jogo: 

    Sódio Na 

    MA: 23 TF: 97,8°C TE: 882,9°C H: NaH O: Na2O 

    Lítio Li 

    MA: 7 TF: 180,5°C TE: 1347°C H: LiH O: Li2O 

    Potássio K 

    MA: 39 TF: 63,6°C TE: 774°C H: KH O: K2O 

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    Magnésio Mg 

    MA: 24 TF: 648,8°C TE: 2970°C H: MgH2 O: MgO 

    Cálcio Ca 

    MA: 40 TF: 839°C TE: 1484°C H: CaH2 O: CaO 

    Carbono C 

    MA: 12 TF: 3367°C TE: 4827°C H: CH4 O: CO2 

    Silício 

    Si 

    MA: 28 TF: 1410°C TE: 2355°C H: SiH4 O: SiO2 

    Flúor 

    MA: 19 TF:  ‐219,6°C TE:  ‐188°C H: HF O: OF2 

    Cloro 

    Cl 

    MA: 35 TF:  ‐100°C TE:  ‐34,6°C H: HCl O: Cl2O 

    Terceira aula: Tabela periódica e sua história 

    O  objetivo  desta  aula  é  apresentar  aos  alunos,  por meio de um vídeo2 , o contexto histórico e a evolução da tabela periódica, onde se deve reconhecer e compreender a ciência e a tecnologia químicas como criações humanas inseridas na história e na sociedade em diferentes épocas. 

    É  interessante que o professor  faça um  levantamento das  ideias dos  alunos em  relação à  construção da  tabela periódica  e  discuta  com  eles  os  principais  conceitos desenvolvidos até o momento. 

    2 CONDIGITAL PUC RIO. Ver referências  bibliográficas. 

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    Sugestão: O  professor  pode  dar  continuidade  a  esta  aula 

    abordando 

    organização 

    da 

    tabela 

    periódica 

    em 

    relação 

    as suas propriedades. 

    Quarta,  Quinta  e  Sexta  aulas:  Conhecendo  as propriedades da tabela periódica 

    Usar a  tabela periódica para reconhecer os elementos 

    está  proposto  no  CBC  (MINAS  GERAIS,  2007).  Assim sendo, com o objetivo de trabalhar mais detalhadamente a tabela periódica, a proposta desta aula é apresentar como esta foi organizada, relacionando‐a as suas propriedades. 

    Atenção: É  importante  que  os  alunos  entendam  os  conceitos 

    relacionados  às  propriedades,  e  não  decorem  o  sentido das  setas  indicativas  de  ordem  de  crescimento  das mesmas. 

    Sugestão: Segundo  o  CBC  (MINAS  GERAIS,  2007),  existem 

    atividades 

    que 

    evidenciam 

    aprendizagem 

    do 

    aluno 

    ou 

    evolução  parcial  do  seu  desenvolvimento  naquele momento.  Dessa  forma,  sugerem‐se  duas  atividades avaliativas que são apresentadas na quinta e sexta aulas. 

    Sétima aula: Avaliando o aprendizado 

    Para avaliar os conhecimentos dos alunos em relação às  aulas   já  realizadas,  sugere‐se  a  aplicação  de  um questionário com as seguintes questões: 

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    Questionário: De acordo com a tabela periódica: 

    A.  De  que  forma  estão  organizados  os  elementos químicos? 

    B.  Relacione  os  elementos  abaixo  e  coloque  em ordem  crescente de  eletronegatividade.  Justifique a relação estabelecida. 

    Cl  O  C  F  H 

    ordem crescente 

    C.  De  acordo  com  o  que  você  aprendeu  nas  aulas sobre  tabela  periódica  e  suas  propriedades, responda o que você entende por raio atômico. 

    D.  Relacione  as  espécies químicas  19K+ ,  17Cl‐  e  18Ar  e coloque  em  ordem  crescente  de  raio  atômico. Explique como você obteve essa ordem. 

    E.  No  questionário  prévio  você  respondeu  como 

    imaginava  ter  ocorrido  à  construção  da  tabela periódica.  Agora,  de  acordo  com  o  que  você aprendeu,  escreva  como  a  tabela  periódica  foi construída. 

    Importante: Ler previamente as questões aos alunos e esclarecer as 

    possíveis dúvidas dos enunciados. 

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    Oitava aula: Construindo mapas conceituais3 

    Outra 

    maneira 

    de 

    avaliar 

    aprendizagem 

    pode 

    ser 

    através  de  mapas  conceituais.  Abaixo,  segue  uma proposta para a aula. 

    Nas últimas aulas, muito foi visto sobre a tabela periódica. Vimos a razão e a forma pela qual a tabela periódica foi organizada, os cientistas que ajudaram a organizá‐la e suas 

    propriedades. 

    Com  base em seu conhecimento, elabore um Mapa Conceitual. Você pode utilizar todas ou algumas das palavras abaixo, e ainda, acrescentar outras que achar necessário. 

    Para a elaboração desse mapa você pode utilizar alguns mecanismos que o auxiliem em sua construção, como: verbos, setas, números, etc. Use a criatividade! 

    Palavras‐chave: 

    Tabela Periódica  Cientista Chancourtois  Átomo Propriedades  Mendeleev Dobereiner Periodicidade Alquimia  Massa Atômica Meyer  Períodos 

    Semelhantes  Metais Moseley  Características Elementos químicos  Eletronegatividade Prêmio  Seaborg Organizou  Número atômico 

    3  Mapas  conceituais  ‐ Consultar:  TAVARES,  R.,  Construindo  mapas conceituais. Ciências & Cognição; Vol.12: 72‐85, dezembro, 2007. Outras  orientações  sobre  sua  utilização  podem  ser  encontradas  na Unidade Soluções. 

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    REFERÊNCIAS 

    BRASIL. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média  e  Tecnológica  (Semtec).  PCN  +  Ensino  médio: orientações  educacionais  complementares  aos  Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002. PONTIFÍCIA  UNIVERSIDADE  CATÓLICA  DO  RIO  DE  JANEIRO  –  PUC‐RIO.  Projeto  CONDIGITAL  /PUC  Rio. Conteúdos Digitais – Química. Série: Tudo se Transforma. A 

    história da química contada por suas descobertas – Episódio: História  da  Tabela  Periódica.  Disponível  em:   Acesso em: 20/01/2014. SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO. Caderno  do  professor:  Química,  Ensino  Médio‐ 1a  série,  3o 

     bimestre, 

    2008. 

    SECRETARIA  DE  ESTADO  DE  EDUCAÇÃO  DE  MINAS GERAIS. Conteúdo Básico Comum – Química (2007). Educação Básica  ‐Ensino Médio (1ª a 3ª séries). 

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    UNIDADE DIDÁTICA: ÁCIDOS E BASES 

    Gleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio Bernardo,  Josiane Aparecida Freitas,  Jacyara Duarte 

    Teixeira,  Josefina Aparecida de Souza, Rita de Cassia Suart 

    INTRODUÇÃO 

    A presente Unidade Didática refere‐se ao tema Ácidos e Bases e, pode ser desenvolvida nas 1ª séries do Ensino Médio, utilizando, em média, 06 aulas. 

    A  temática  ácidos  e   bases  faz  parte  do  Conteúdo Básico Comum (CBC), elaborado pela Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais para o Ensino Médio, e sua importância  pode  ser   justific