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0 SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UEM PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE LUCIANA MARIA PASTOR MASALA UNIDADE DIDÁTICA MARINGÁ 2008

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SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

LUCIANA MARIA PASTOR MASALA

UNIDADE DIDÁTICA

MARINGÁ

2008

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LUCIANA MARIA PASTOR MASALA

UNIDADE DIDÁTICA

MARINGÁ

2008

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SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO........................................................................................................ 3

TEMA.......................................................................................................................... 3

TÍTULO....................................................................................................................... 3

CONTEÚDOS BÁSICOS ................................................................................. 3

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4

OBJETIVOS ..................................................................................................... 6

ATIVIDADES ...................................................................................... 7

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 26

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1. IDENTIFICAÇÃO

1.1 ÁREA – Língua Portuguesa

1.2 PROFESSOR PDE – Luciana Maria Pastor Masala

1.3 PROFESSOR ORIENTADOR – Profª Drª Terezinha Oliveira

1.4 IES – Universidade Estadual de Maringá – UEM

1.5 ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO – Colégio Estadual Vera Cruz. Ensino

Fundamental, Médio, Profissional e Normal.

1.6 PÚBLICO OBJETO DE INTERVENÇÃO – 2ª série de Formação de

Docentes.

2. TEMA

A linguagem, um processo de construção de sentidos.

3. TÍTULO

A linguagem como principal instrumento nas relações de ensino/aprendizagem

na escola.

4. CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura – interpretação textual observando a ideologia, interlocutores,

situacionalidade. Vozes sociais presentes no texto e relações dialógicas

entre textos, texto verbais e não-verbais, midiáticos, dentre outros.

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Oralidade – papel do locutor e interlocutor (participação e cooperação e

turnos de fala).

5. INTRODUÇÃO

Hoje é necessário pensar a educação enquanto espaço de humanização e

busca de melhores relações sociais. As desigualdades sociais, a dificuldade

das relações, a violência, a intolerância, o desrespeito ao outro e o consumo

exagerado são questões que têm comprometido a qualidade de vida das

pessoas, refletindo em seus discursos e em suas vidas. Embora a solução de

muitas destas questões passe por mudanças políticas, sociais e culturais, ela

também precisa atingir a educação, que pode abrir espaço para uma ampla

discussão sobre a ética e, com isso, analisar o homem que é ao mesmo tempo

indivíduo e parte de uma sociedade. Assim, quem sabe iniciar uma caminhada

rumo a uma escola que prepare melhor os indivíduos para o mundo globalizado

do século XXI.

Nesse sentido, a linguagem se torna um instrumento muito valioso para formar

cidadãos aptos a trabalharem e viverem no mundo do século XXI, desde que

vista como sendo o que permite pensar o mundo, as ações e também a própria

linguagem, constituindo a consciência do sujeito. O tempo todo nós estamos

significando o que está a nossa volta, situações, imagens, gestos, objetos que

são partilhados por sujeitos em interação. Por pertencer a uma situação, a um

contexto, a linguagem sempre possui múltiplos sentidos que a palavra, e tudo

que a acompanha, pode assumir em cada enunciação.

Para que a linguagem seja o instrumento de ajuda nesse processo de

reconstrução do ensino é necessário que se compreenda como o discurso é

formado, para isso é necessário que busquemos ajuda na história e na reflexão

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crítica sobre os valores éticos e nas questões morais. Pois, à medida que os

acontecimentos históricos se desenvolvem estes vão sendo inseridos na língua

e a linguagem vai sendo modificada.

O discurso assim como outros produtos humanos, como os

costumes, as leis, as convenções sociais, os mitos, a língua, a

linguagem, são forjados no interior das relações sociais de

cada tempo histórico. (OLIVEIRA, 2008, p.212)

O ambiente escolar é o reflexo das relações humanas e, portanto o reflexo dos

costumes, leis, convenções sociais, língua, linguagem e discurso da sociedade

em que a escola está inserida.

Mas como criar um elo entre história, ética e linguagem? Desde Marc Bloch

que a história tem considerado outras fontes historiográficas, além da

tradicional história factual. “A vida, portanto, a história, é múltipla em suas

estruturas, em suas causas” (BLOCH, 2001, p. 32). Sendo assim, podemos

compreender a música como uma fonte de conhecimento histórico capaz de

retratar os aspectos sociais, econômicos e políticos e os valores éticos e

morais de uma sociedade.

Nada como a linguagem em sua dimensão artística, para aproximar o homem

dele mesmo e do outro. Assim, a música, que é uma expressão artística da

linguagem, se torna um instrumento importante para compreender o homem

como indivíduo que faz parte de um contexto histórico, com anseios, crenças e

valores diferentes de acordo com o grupo social que convive. Como o gênero

música é muito atrativo para os jovens, pois ”a música é, além da arte de

combinar os sons, uma maneira de exprimir-se e interagir com o outro”,

(FERREIRA, 2008, p.17), vamos utilizá-lo para levar os alunos a

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compreenderem que o discurso se modifica de acordo com a época histórica,

bem como, os valores morais e éticos, por meio de canções de diferentes

épocas.

Queremos discutir como o discurso é formado por meio da análise de letras de

músicas, fazendo um levantamento histórico para compreender como foi

construída a linguagem e como os valores morais estavam postos. Para isso

iremos estudar dois momentos históricos: de 1930 a 1945 e de 1958 a 1970,

fazendo inferências com o período atual (década de 2000). Dessa forma vamos

discutir como a “língua penetra na vida através dos enunciados concretos que

a realizam, e como os enunciados concretos penetram na língua” (BAKHTIN,

2000) e assim levar o sujeito a uma mudança de comportamento.

Com o trabalho de análise de músicas de diversas épocas históricas iremos

analisar as diversas faces sociais na relação música-história-linguagem para

levar a uma compreensão de como o discurso é formado e com isso procurar

desfazer alguns nós presentes no ensino/aprendizagem escolar.

6. OBJETIVOS

Os exercícios que serão desenvolvidos têm como objetivos:

a) Ler, conhecer, interpretar, contextualizar músicas de Ary Barroso, Chico

Buarque, Gilberto Gil e Roberto Carlos (jovem guarda);

b) Conhecer, em linhas gerais, o momento histórico em que essas músicas

foram compostas para levar a uma compreensão de como cada geração

pensa, quais seus valores, seus discursos e suas regras;

c) Identificar as vozes sociais presentes na música por meio de exercícios

orais e escritos;

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d) Identificar as estratégias discursivas utilizadas nas músicas levando a

uma compreensão de como uma música pode assumir um determinado

sentido e não outro;

e) Distinguir os diversos discursos presentes num mesmo texto (músicas)

entendendo como, à medida que os valores éticos e morais foram se

modificando, a linguagem acompanhou este movimento;

f) Promover exercícios escritos para identificar as marcas lingüísticas

presentes nos textos;

g) Produzir textos de diferentes gêneros (paródias, dramáticos, poéticos,

dissertações, narrativos, jornalísticos, entre outros) que levem a uma

compreensão das diferentes manifestações de linguagem como

maneiras de dizer e de significar o mundo;

7. ATIVIDADES

O MORCEGO ASTUTO

Um morcego voltava para casa depois de uma caça noturna, tinha comido

demais e, mesmo sendo um bom voador, bateu com a cabeça num galho e

caiu no chão. Quando ia levantar, apareceu uma fuinha, o morcego encolheu-

se todo, na esperança de não ser visto. Mas a fuinha tinha ótimos olhos e

grande apetite! As fuinhas adoram comer ratos e não era um rato aquele ali

tentando esconder-se entre as folhas?

- Vou papá-lo de uma só vez, rato! – avisou a fuinha.

- Eu, rato, comadre fuinha? Sou um pássaro, não vê?

- Pensa que sou boba? Claro que você é um rato.

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- Olha aqui minhas asas. Sou um pássaro e sei voar.

Dizendo isso, o morcego abriu as asas e saiu voando deixando a fuinha

boquiaberta.

Já havia se recuperado do tombo e foi para casa dormir. Mas ficou com tanto

medo que não foi caçar por dois dias. Na terceira noite, com o estômago

roncando de fome o morcego decidiu ir à luta, mas teve um baita azar! A caça

foi pouca, a fome continuou e ele, que detesta a luz do dia, ao amanhecer

estava longe do seu refúgio. Os primeiros raios de sol o atordoaram, deixando-

o meio cego. Quando deu por si, o morcego percebeu que estava junto da toca

de um furão, que adora comer passarinhos.

- Vou papá-lo de uma vez só, pássaro! – avisou o furão.

- Pássaro, eu? Sou um rato, não vê? – disse o morcego, fechando bem suas

asas e exibindo os pêlos e o focinho.

O furão achou que tinha se enganado. E o morcego tratou de fugir, não voando

e sim correndo, como um ratinho.

MORAL DA HISTÓRIA: “Há ocasiões em que, para sobreviver,

precisamos dançar conforme a música.”

(Coleção fabulinhas famosas – adaptação de Isabel Vieira.).

Vamos pensar um pouco sobre esse texto acima:

1) Quais são os personagens e as ações que praticam?

2) Quais razões levaram os personagens a agir como agiram?

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3) Você conhece alguém parecido com algum dos personagens? Em que

essa pessoa se parece com o personagem?

4) Você concorda com a moral da história? Por quê?

Vamos pensar um pouco!

Existem pessoas que têm a mesma postura do morcego? Quem são elas? Por

que agem assim?

As pessoas não são iguais, seus pensamentos, sua fala, sua maneira de agir

depende muito de como esse indivíduo foi criado. Suas crenças, sua visão de

mundo, as experiências pelas quais passou e a maneira com que se relaciona

com os outros constituem o homem e suas atitudes. A isso damos o nome de

discurso.

Quando pronunciamos uma palavra esta vem impregnada de aspectos sociais

e ideológicos. Por exemplo, ao saber que um grupo de sem-terra entrou em

uma propriedade como você descreveria essa ação? Ocupação? Invasão? A

escolha da palavra revelará como você pensa, quais suas crenças ou qual a

sua visão de mundo, ou seja, revelará em qual discurso você se inscreve.

O discurso depende da linguagem e de como ela é construída com o correr dos

anos. Uma pessoa não fala da mesma maneira que alguém do início do século

XX. É por meio da linguagem que o discurso se concretiza. Portanto se torna

fundamental compreender a linguagem para que possamos compreender o

discurso.

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Para melhor compreender o que é discurso vamos ver e analisar uma pequena

brincadeira que circulou pelos e-mails “Decadência do Romantismo” fonte:

<[email protected]>

VAMOS TRABALHAR COM INTERPRETAÇÃO?

Após observar na TV pendrive: “decadência do romantismo”, responda as

questões abaixo:

1. Qual a caracterização do rapaz na década de 1930? Como eram as

relações sociais nesta década?

2. E na década de 1960, como o rapaz se vestia e se comportava?Como

era o comportamento dos jovens nesta década?

3. E nos anos 1990 como era a música? Qual o assunto que trata? Como

eram as relações sociais?

4. E a década de 2000 como é a linguagem das músicas, como é o

comportamento dos jovens?

5. No final da apresentação há dois questionamentos: “Onde é que nós

erramos?” e “Será que ainda é possível piorar?” Responda essas

perguntas.

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Observe que à medida que o texto vai fluindo ele exige de nós, leitores, certo

conhecimento para que possamos compreender e até entender a crítica que o

texto faz. Que conhecimentos são esses? Vamos elencar alguns:

Conhecimentos mínimos de História;

Compreensão de algumas crenças;

Estar inserido na cultura em que este texto foi criado;

Ter certa maturidade intelectual.

Esses conhecimentos são necessários para que possamos compreender

qualquer texto. Na verdade, somos nós, leitores, que construímos os sentidos

do texto, de acordo com a nossa vivência, nosso conhecimento de mundo,

nossas crenças, nossa cultura. Todo esse conhecimento é resgatado no

momento de uma leitura de um texto.

VAMOS PENSAR UM POUCO...

Cada década retratada na apresentação que vimos possuía uma maneira de

ver o mundo, de acordo com o momento histórico que vivia, pois à medida que

os acontecimentos históricos se desenvolvem estes vão sendo inseridos na

língua e a linguagem vai sendo modificada. Assim, o gênero música pode nos

auxiliar, pois esta linguagem é, ao mesmo tempo, uma criação individual e uma

produção cultural de uma determinada época e grupo social e traz embutido os

valores, as crenças e os problemas de toda uma geração.

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Vamos começar com a década de 1930. Foi uma década de muitas

transformações e de muitos acontecimentos importantes. Em 1930, Getúlio

Vargas chega ao poder via revolução (um movimento que pretendeu unir forças

conflitantes para derrubar o poder das oligarquias).

Mas o que é oligarquia? Vamos pesquisar! Pesquisem em livros de História o

que é oligarquia, traga o resultado de suas pesquisas para a sala para

confrontarmos as pesquisas e elaborarmos juntos, o conceito.

Agora que compreendemos bem o que é oligarquia vamos voltar à década de

30:

Instala-se o governo provisório até que se convocasse o país para

eleições dos representantes que iriam elaborar uma nova constituição e

por fim se convocasse o país para uma nova eleição presidencial.

Durante o período do governo provisório de Vargas deu-se início às

reformas do país em busca de torná-lo mais industrializado. Getúlio

nomeou interventores para os governos estaduais, implantou a justiça

revolucionária, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio,

promulgou as primeiras leis trabalhistas e deu direito de voto às

mulheres.

Em 1934 ocorrem as eleições indiretas para presidente e Getúlio Vargas

vence. O país possuía uma nova constituição elaborada para o povo.

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Em 1937, Getúlio Vargas dá um golpe e assume o poder alegando a

preservação da democracia que estaria sendo ameaçada pelos

comunistas.

As primeiras emissoras de rádio preocuparam-se em ampliar o alcance e

melhorar a qualidade de som para cativar o público. Os programas de

variedades obtiveram repercussão imediata e neles a música popular

ocupava papel preponderante.

O poder de comunicação do rádio foi utilizado pelo governo para se

fazer propaganda de suas idéias. A música popular gravada passou a

ocupar espaços cada vez maiores com a difusão do rádio ao longo dos

anos 30. Ary Barroso se destaca entre os inúmeros estilos musicais e

compositores desta época.

Ary é natural do estado de Minas Gerais e foi adotado por suas tias após

a morte dos pais. Devido às dificuldades financeiras começou a

trabalhar no Cinema Ideal, em Ubá; com apenas 12 anos de idade,

fazendo fundo musical para os filmes. A partir de 1931, alcança prestígio

como compositor, tendo suas músicas gravadas pelos grandes nomes

da época, entre os quais Sílvio Caldas e Carmen Miranda.

Em 1939, ele compôs Aquarela do Brasil, uma canção ufanista (de

exaltação de nosso país).

VAMOS CANTAR?

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Para melhor compreender como o discurso é formado vamos ouvir, ler, cantar

e analisar a música Aquarela do Brasil de Ary Barroso, composto em 1939 e

disponível em: <http:// www.letras.mus.br >

VAMOS TRABALHAR COM INTERPRETAÇÃO?

Esse samba de exaltação é muito conhecido até hoje. Nele as belezas do

Brasil e o seu povo são aclamadas.

1) Para compreendermos um texto é necessário conhecer o significado de

cada palavra. Vamos grifar no texto as palavras que não conhecemos e

procurá-las no dicionário.

2) Nos versos: “abre a cortina do passado/ tira a mãe preta do serrado/

bota o rei congo no congado” o eu-lírico se remete ao passado, mais

precisamente à escravidão. Por que é feita essa referência?

3) No trecho: Da morena sestrosa/ de olhar indiscreto, como a figura

feminina é descrita?

4) Como o Brasil é descrito em Aquarela do Brasil?

5) A que o verso: Oh esse Brasil lindo e trigueiro, se refere?

6) Para entendermos melhor o discurso presente nesta música vamos fazer

algumas pesquisas? Vamos dividir a sala em grupos de cinco pessoas

e cada grupo fará as seguintes pesquisas:

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Grupo 1 – Pesquisar sobre a quebra da bolsa nos EUA em 1929.

Grupo 2 – Como era o plano New Deal do presidente americano

Roosevelt?

Grupo 3 – Pesquisar sobre as campanhas nacionalistas que

ocorriam pelo mundo (nazismo e fascismo).

Grupo 4 – Pesquisar sobre como era o Projeto de ESTADO

NOVO de Getúlio Vargas. Como ele sonhava transformar o

Brasil?

Grupo 5 - O início da Segunda Guerra Mundial.

Grupo 6 – Como foi a “política de boa vizinhança” do presidente

Roosevelt?

Após as pesquisas vamos fazer um seminário, no qual cada equipe apresenta

seu trabalho. Após o seminário vamos analisar os fatos.

1. Como a quebra da bolsa de Nova Iorque afetou o Brasil e como esse

fato começou a fazer parte dos discursos da época?

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2. Como os ideais Fascistas afetavam o Brasil, principalmente na arte?

3. De acordo com os fatos que eram vividos na época como eram os

valores éticos? Como isto estava posto nos discursos?

VAMOS CANTAR?

Depois de pesquisar sobre a década de 1930 e início da de 1940 vamos ouvir,

ler, cantar e analisar a música: “Isto aqui é o que é”, de Ary Barroso,

composta em 1941 e disponível em: <http:// www.letras.mus.br>

VAMOS TRABALHAR COM INTERPRETAÇÃO?

Agora fica mais fácil compreender algumas denuncias que a música Isto aqui

é o que é, traz. Então, vamos pensar um pouco e responder:

1. O Brasil vivia um regime de ditadura, em que trecho da música nós

podemos perceber uma crítica a essa realidade?

2. A política de „boa vizinhança‟ do presidente americano Roosevelt

(lançada em 1933) trouxe conseqüências para a cultura brasileira, que a

partir de 1940 foi bombardeada por mercadorias norte-americanas.

Como a música acima tenta lutar contra essa americanização da nossa

cultura?

3. A música está mostrando as qualidades de um estilo musical, Qual?

4. A figura feminina é descrita da mesma forma que em Aquarela do

Brasil? Explique.

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VAMOS CRIAR UM POUCO?

Vamos produzir um jornal. A sala será dividida em grupo. Cinco grupos. Cada

grupo será responsável por produzir uma sessão de um jornal. As notícias

serão com relação ao ano de 1939. Serão quatro sessões (política, fatos

mundiais, cultura e fatos sociais.). Os quatro primeiros grupos ficaram com a

parte de produzir as notícias e o último grupo ficara responsável em montar o

jornal. Lembrem-se vocês estarão produzindo um jornal do final da década de

30, cuidem com a linguagem!

VAMOS PENSAR

O mundo nos é dado a conhecer pela palavra do outro, é pela interação com o

outro que o discurso é formado. “[...] no discurso constatamos o modo social de

produção da linguagem. Ou seja, o discurso é um objeto histórico-social [...]”

(ORLANDI, 2006, P.17). De acordo com o momento histórico e a sociedade

nele inserida, é que o discurso é construído.

E é justamente porque somos seres sociais que os valores éticos são

imprescindíveis. Mas quais são os valores éticos de nossa sociedade

atual?Como foram sendo construídos? Vamos continuar nossos estudos para

compreender melhor como os discursos são formados e como os valores éticos

estão postos.

De 1945 a 1958 o Brasil passou por uma época de democracia, onde os

presidentes foram eleitos pelo voto direto. Brasília foi construída e a capital

federal mudou de endereço. O Brasil entra na era cultural de massa e os

rapazes usavam blusa de couro, calça jeans, brilhantina no cabelo e óculo; a

moças usam baton chamativo e falam de amor livre entre outras mudanças

comportamentais. O início dos anos 1950 nasce a Bossa Nova, com uma

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música feita por jovens e para os jovens de classe média da zona sul carioca.

Surge a TV, os programas eram ao vivo e improvisado.

Na segunda metade dos anos 50, quando o país começou a ser exposto à

informação rock ‟n ‟roll, o país ganhou seus primeiros ídolos do rock: a paulista

Cely Campello (de Estúpido Cupido, versão de Stupid Cupid, de Neil Sedaka),

Carlos Gonzaga (de Diana, versão para música de Paul Anka), Sérgio Murilo

(de Marcianita e Broto Legal), Tony Campello (irmão de Cely), Demétrius,

Albert e Meire Pavão. Eles representaram o rock em sua vertente mais

adocicada, a das baladas. Em 1958, China, Arlênio, Trindade, Tim Maia,

Erasmo Carlos e Roberto Carlos formaram o grupo “Os Sputniks” (que se

desfez no mesmo ano). Era o início de um movimento onde as letras eram

ingênuas e recatadas, e boa parte das músicas, versões de sucessos do rock

americano, britânico, italiano e até japonês. Mais tarde em função de um

programa de TV este estilo foi intitulado de Jovem Guarda.

Para melhor entender esta época vamos retornar aos grupos.

Grupos 1, 2 e 3 - Ler o texto:” República bossa nova: o encontro entre a

música e a política (1956-1960)” de Adriana Evaristo Borges,

disponibilizado na biblioteca para os grupos

Grupos 4,5,6 - Ler o texto: “Jovem Guarda - Nasce a música pop brasileira”

de Silvio Essinger, disponibilizado na biblioteca.

Após a leitura, cada grupo irá levantar os pontos que consideram importantes

do texto. Cada grupo irá apresentar suas anotações para a sala. Após as apresentações e

discussão sobre os dois movimentos vamos focar nossa atenção para o movimento: JOVEM

GUARDA.

VAMOS CANTAR?

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A música O portão de autoria de Roberto Carlos e Erasmo Carlos em 1974 e

disponível em: < http://letras.terra.com.br> , é um excelente exemplo do

movimento Jovem Guarda. Então vamos cantar a música para depois analisá-

la.

VAMOS PENSAR O TEXTO

1. O eu-lírico está retornando para casa. Como posso comprovar esta

afirmação no texto?

2. Na primeira estrofe encontramos figura de linguagem que provoca no

interlocutor a sensação de saudade. Que figura é essa?

3. Na segunda estrofe há um verso que indica arrependimento. Qual?

4. Como é construido o cenário na quarta estrofe?

5. Ainda na quarta estrofe, que sentimentos do eu-lírico são percebidos

através das ações por ele praticada?

6. Na quinta estrofe há uma referência ao tempo.Qual?

7. Na sétima estrofe se cria um clima de suspense. De que forma?

8. Na oitava estrofe o suspense é quebrado com uma metonímia. Qual?

9. De quem eram os braços que esperavam o eu-lírico?

VAMOS CRIAR?

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Que tal fazermos uma paródia da música “O portão”?

Em duplas façam uma paródia da música .

Depois de prontas vamos apresentar para as colegas de sala.

VAMOS PENSAR UM POUCO...

A música traz uma letra ingênua e romântica voltada para o público jovem, uma

característica da Jovem Guarda. O enredo se reduz à volta do eu-lírico para

casa, mostrando que a experiência não foi boa:

Onde andei!

Não deu para ficar

Porque aqui!

Aqui é meu lugar

Eu voltei!

Podemos observar que a temática é voltada para o público jovem, suas

dúvidas, suas angustias:

Sem saber depois de tanto tempo

Se havia alguém a minha espera

Passos indecisos caminhei

E parei!...

As músicas vinham ao encontro dos anseios dos jovens da época, por isso ,

talvez tenha feito tanto sucesso. Em uma época de incerteza, dúvidas as letras

ingênuas e românticas da Jovem Guarda eram um sopro de suavidade em

tempos tão difíceis.

Por que momentos difíceis? Em 31 de março de 1964 os militares tomaram

conta do governo e tem início a Ditadura Militar, um período de muita dor,

torturas, perseguições e censura.

Vamos entender mais sobre esse período tão difícil da nossa história, para isso

a sala será novamente dividida em seis grupos para pesquisar:

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1. Grupo um - Como foi o final do governo de JK e o governo de Janio

Quadros que ganhou as eleições e assumiu o governo.

2. Grupo dois – Como foi o governo de João Goulart.

3. Grupo três – Como aconteceu o Golpe militar de 1964.

4. Grupo quatro - O que é Ato Institucional.

5. Grupo cinco - Quais foram os Atos Institucionais que o Governo militar

decretou?

6. Grupo seis - O que acontecia com quem protestava?

Após a pesquisa, cada grupo irá apresentar sua pesquisa para a turma.

Para melhor ilustrar esse período histórico a turma irá assistir ao filme “Que é

isso companheiro”.

VAMOS CANTAR!

A classe artística passou a contestar por meio de sua arte, surge uma música

de protesto, os festivais da canção e nomes como Chico Buarque, Caetano

Veloso, Gilberto Gil. Com o Festival da Record de 1966, Chico Buarque tornou-

se conhecido no Brasil inteiro por sua música "A Banda", interpretada por Nara

Leão, que conseguiu o primeiro lugar (empatada com "Disparada", de Geraldo

Vandré e Theo de Barros).

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Vamos conhecer a música “A Banda” disponível em:

<http://www.letras.mus.br> e analisar sua letra para percebermos como foi

construída e como os gritos de protestos ecoavam por esse tipo de música.

VAMOS PENSAR O TEXTO

1) Quantos versos há no poema?

2) Há no texto uma ação que desencadeia todas as outras ações descritas

no texto. Que ação é essa?

3) O que o eu-lírico estava fazendo?

4) Após ter conhecimento do momento histórico em que esta música está

inserida, percebemos que a palavra banda tem um significado simbólico.

O que a palavra banda representa?

5) “A gente sofrida” busca na banda um significado de quebra do silêncio

que foi imposto por um regime que estabelecia o que deveriam fazer e

até, pensar. Em que versos comprovamos a afirmação acima?

6) Podemos perceber como era o papel da mulher nesta sociedade por

meio do agir das personagens mencionadas no texto. Que ações são

essas?

7) Explique os versos: Depois que a banda passou/ E cada qual no seu

canto /Em cada canto uma dor /Depois da banda passar

8) A linguagem simples e poética torna-se mais uma ferramenta para o

interlocutor dar sentidos à música. Vemos a figura da moça romântica

que contava estrela, ou da moça feia que veio até a janela, ou mesmo,

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da rosa que se abriu. Todos esses elementos mostram como eram os

valores da época que foram se perdendo com o decorrer do tempo.

Você pode dizer alguns desses valores?

VAMOS PENSAR UM POUCO...

Foi por meio da música de protesto que a geração de 1960/70 emitiu seu grito

de denúncia contra as atrocidades cometidas pelo governo ditatorial (atos

inconstitucionais, prisões sem motivo, torturas, censura).

As pessoas tinham perdido sua liberdade de falar, cantar e até pensar. Um

meio encontrado pelos artistas de driblar a censura foi, de forma implícita, por

meio de metáforas, cantar e denunciar as atrocidades cometidas pelo governo

militar. É o caso, por exemplo, da música Cálice de Chico Buarque e Gilberto

Gil.

A música foi composta por Chico Buarque e Gilberto Gil em 1973 para ser

especialmente apresentada num evento promovido pela Polygram. No entanto,

no dia do show, os microfones dos cantores foram desligados para que não

pudessem cantar sua música.

VAMOS CANTAR?

Vamos conhecer a música “Cálice” disponível em: < http://www.letras.mus.br>

e analisar sua letra para percebermos como os gritos de protestos ecoavam na

música de protesto e por que tentarão silenciar seus interpretes.

VAMOS PENSAR O TEXTO

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1) A música é uma comparação entre a Paixão de Cristo e o sofrimento

vivido pela população brasileira que vivia amedrontada com a ditadura.

Localize na música uma passagem que exemplifique a afirmação acima.

2) Qual o significado da palavra “peito” no sétimo verso?

3) No oitavo verso há uma antítese, qual?

4) O que a palavra “cálice”, que é repetida ao fundo na música, quer

representar?

5) Explique o verso: “Se na calada da noite eu me dano”.

6) Interprete os seguintes versos: Quero inventar o meu próprio

pecado/Quero morrer do meu próprio veneno/Quero perder de vez tua

cabeça/Minha cabeça perder teu juízo.

IMPORTANTE SABER

Esse sentido só foi construído pela conjuntura social vivida na época, ou seja,

hoje essa música tem outro sentido para quem não viveu o período da ditadura.

O discurso é uma prática social e para compreendê-lo devemos analisar os

processos de sua produção, ou seja, compreender o momento histórico em que

o discurso foi produzido.

VAMOS PENSAR ...

Percebemos claramente que a música é uma maneira de exteriorizar aquilo

que não podia ser dito abertamente, a liberdade estava presa no peito e na

mente de um povo que não podia exteriorizá-la, era preciso criar meios para

exteriorizar esses anseios. Cada geração estudada aqui produziu o seu

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discurso de acordo com os acontecimentos históricos, sua cultura e seus

valores éticos.

Vamos compreender melhor a afirmação acima lendo o texto: ”Linguagem e

método: uma questão da análise de discurso” (ORLANDI,2006) que será

disponibilizado na biblioteca da escola.

VAMOS PRODUZIR?

Vamos dividir a classe novamente nos grupo, cada grupo irá pesquisar uma

música da década de 2000. Depois irão analisar a letra da música buscando os

valores embutidos na música. Após essa análise cada equipe irá apresentar

seu trabalho para a classe.

VAMOS REFLETIR

1) E hoje quais são os valores reproduzidos nos discursos que circulam

pela mídia?

2) Qual a importância de compreendermos como os sentidos são

produzidos e como o discurso está posto em nosso tempo?

3) Qual o papel do professor na atualidade?

4) Qual a importância de utilizarmos a linguagem como ferramenta nas

relações ensino/aprendizagem?

TRABALHO FINAL

A turma será dividida em cinco grupos.

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Cada grupo receberá uma das letras analisadas durante todo o primeiro

bimestre.

Cada grupo irá preparar uma apresentação, que poderá ser em forma de

dramatização, seminário, apresentação musical, entre outros.

Ressaltando como cada geração produziu o seu discurso de acordo com

os acontecimentos históricos, sua cultura e seus valores éticos.

Será organizado um dia para que as alunas apresentem seus trabalhos

para as outras séries do curso Formação de Docentes.

Ao final das apresentações será aberto um espaço de discussão sobre

como o discurso é formado, como é exteriorizado na linguagem e como

a linguagem influencia as relações.

8. REFERÊNCIAS

BAKTHIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. Tradução de Michel

Lahud e Yara F. Vieira. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1981.

__________Os gêneros do discurso In: A estética da criação verbal.

Tradução de Maria Ermantina Galvão. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes,

2000.

BARROSO, A. Aquarela do Brasil. Disponível em:< http:// www.letras.mus.br>

Acesso em: 26 jul. 2008.

__________Isto aqui, o que é? Disponível em: < http:// www.letras.mus.br>

Acesso em: 26 jul. 2008.

BORGES, A. E. República bossa nova: o encontro entre a música e a

política (1956-1960). Revista Espaço Acadêmico, nº 76, setembro/2007,

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mensal, ano VII. Disponível em: < http://www.espacoacademico.com.br>

Acesso em: 30 de Nov. 2008.

BLOCH, M. L. B. Apologia da História, ou, O ofício de historiador; prefácio

de Jacques Le Goff. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

ed., 2001.

BUARQUE, F. A Banda. Disponível em: < http:// www.letras.mus.br> Acesso

em: 26 jul. 2008.

BUARQUE, F. e GIL, G. Cálice. Disponível em: < http:// www.letras.mus.br>

Acesso em: 26 jul. 2008.

CARLOS, R. e CARLOS, E. O portão. Disponível em:

<http://letras.terra.com.br> Acesso em: 06 nov. 2008.

FERREIRA, M. Como usar a música na sala de aula. 7. ed. São

Paulo:Contexto, 2008.

OLIVEIRA, T. O mito como discurso de construção social: Prometeu e

Pluto In: NAVARRO P. (Org.) O discurso nos domínios da linguagem e da

história. São Carlos: Claraluz, 2008.

ORLANDI, E. P. Discurso e Leitura. 7. Ed. São Paulo: Cortez, 2006.

_________ Interpretação; autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico.

Campinas: Pontes, 2004.

PESAVENTO, S. Cem anos de República. Porto Alegre: L&PM EDEL, 1989.

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SCHMIDT, M. F. Nova história crítica: ensino médio. 1. ed. São Paulo:Nova

Geração, 2005.

VIEIRA, I.C. Coleção fabulinhas famosas. São Paulo: Rideel, 2001.

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