unidade conhecimento gerais

18
22/10/2010 1 Unidade III CONHECIMENTOS GERAIS Prof. Marymar Souza METROLOGIA BASICA Unidade inglesa ou unidade imperial é a denominação dada a qualquer unidade em vários sistemas de unidades de medidas obsoletos baseados em medidas estabelecidas pelos reis ingleses, sendo algumas delas com base em medições no corpo dos reis. A despeito do nome, não se refere necessariamente ao sistema de unidades não-SI ainda em uso disseminado (mas praticamente não-oficial) na Inglaterra e no Reino Unido. O sistema é conhecido como Sistema Inglês (English System) nos Estados Unidos e em outros países como Imperial System. A expressão estadunidense English unit ("unidade inglesa") inclui as unidades imperiais bem como várias outras unidades utilizadas nos Estados Unidos, tais como o galão dos EUA (o "galão de vinho" da rainha Ana) e o alqueire estadunidense (o "alqueire de Winchester"). o Sistema Inglês de Unidades

Upload: acajado

Post on 06-Jun-2015

324 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

1

Unidade III

CONHECIMENTOS GERAIS

Prof. Marymar SouzaMETROLOGIA BASICA

Unidade inglesa ou unidade imperial é a denominação dada a qualquer unidade emvários sistemas de unidades de medidas obsoletos baseados em medidasestabelecidas pelos reis ingleses, sendo algumas delas com base em medições nocorpo dos reis.A despeito do nome, não se refere necessariamente ao sistema de unidades não-SIainda em uso disseminado (mas praticamente não-oficial) na Inglaterra e no ReinoUnido. O sistema é conhecido como Sistema Inglês (English System) nos EstadosUnidos e em outros países como Imperial System. A expressão estadunidense Englishunit ("unidade inglesa") inclui as unidades imperiais bem como várias outrasunidades utilizadas nos Estados Unidos, tais como o galão dos EUA (o "galão devinho" da rainha Ana) e o alqueire estadunidense (o "alqueire de Winchester").

o Sistema Inglês de Unidades

Page 2: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

2

MEDIDAS

o Sistema Internacional de UnidadesO Sistema Internacional de Unidades foi adotadoglobalmente por praticamente todos os países. As trêsexceções são Myanmar, Libéria e os Estados Unidos.OReino Unido adotou oficialmente o SI, mas sem a intençãode substituir inteiramente seu próprio sistema usual demedidas.

Definiram-se sete grandezas físicas postascomo básicas ou fundamentais. Porconseguinte, passaram a existir sete unidadesbásicas correspondentes — as unidadesbásicas do SI — descritas na tabela, na colunaà esquerda. A partir delas, podem-se derivartodas as outras unidades existentes. Asunidades básicas do SI — posto quedimensionalmente axiomáticas — sãodimensionalmente independentes entre si.

Básicas Grandeza Unidade Símbolo

Comprimento metro m

Massa quilograma kg

Tempo segundo s

Corrente elétrica ampère A

Temperatura termodinâmica

kelvin K

Quantidade de matéria mol mol[2]

Intensidade luminosa candela cd

Page 3: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

3

DerivadasTodas as unidades existentes podemser derivadas das unidades básicasdo SI. Entretanto, consideram-seunidades derivadas do SI apenasaquelas que podem ser expressasatravés das unidades básicas do SI esinais de multiplicação e divisão, ouseja, sem qualquer fatormultiplicativo ou prefixo com amesma função. Desse modo, háapenas uma unidade do SI para cadagrandeza. Contudo, para cadaunidade do SI pode haver váriasgrandezas. Às vezes, dão-se nomesespeciaispara as unidadesderivadas.

Grandeza Unidade SímboloDimensional

analíticaDimensional

sintética

Ângulo plano radiano rad 1 m/m

Ângulo sólido esferorradiano1 sr 1 m²/m²

Freqüência hertz Hz 1/s ---Força newton N kg·m/s² ---

Pressão pascal Pa kg/(m·s²) N/m²Energia joule J kg·m²/s² N·mPotência watt W kg·m²/s³ J/s

Carga elétrica coulomb C A·s ---

Tensão elétrica volt V kg·m²/(s³·A) W/A

Resistência elétrica

ohm Ω kg·m²/(s³·A²) V/A

Capacitância farad F A²·s²·s²/(kg·m²) A·s/V

Condutância siemens S A²·s³/(kg·m²) A/VIndutância henry H kg·m²/(s²·A²) Wb/A

Fluxo magnético weber Wb kg·m²/(s²·A) V·s

Densidade de fluxo magnético tesla T kg/(s²·A) Wb/m²

Temperatura em Celsius

grau Celsius °C --- ---

Fluxo luminoso lúmen lm cd cd·sr

Luminosidade lux lx cd/m² lm/m²

Atividade radioativa

becquerel Bq 1/s ---

Dose absorvida gray Gy m²/s² J/kg

Dose equivalente sievert Sv m²/s² J/kg

Atividade catalítica katal kat mol/s ---

Unidades aceitas pelo SI

O SI aceita várias unidades que não pertencem ao sistema. A primeirasunidadesdeste tipo são unidades muito utilizadas no cotidiano:.

Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SITempo minuto min 1 min = 60 sTempo hora h 1 h = 60 min = 3600 sTempo dia d 1 d = 24 h = 86 400 s

Ângulo plano grau ° 1° = π/180 rad

Ângulo plano minuto '1' = (1/60)° = π/10 800

rad

Ângulo plano segundo "1" = (1/60)' = π/648 000

radVolume litro l ou L 1 l = 0,001 m³Massa tonelada t 1 t = 1000 kg

Argumento logarítmicoou Ângulo hiperbólico

neper Np 1 Np = 1

Argumento logarítmicoou Ângulo hiperbólico

bel B 1 B = 1

Page 4: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

4

Unidades da grandeza ComprimentoSistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência

milímetro - mm polegada - inch (in) 1 polegada = 25,4mm1 milímetro = 0,039in

milímetro - mm pé - foot (ft) 1 pé = 304,8mm centímetro - cm polegada - inch (in) 1 polegada = 2,54cm centímetro - cm pé - foot (ft) 1 pé = 30,48cm metro - m pé - foot (ft) 1 pé = 0,3048 m metro - m jarda - yard (yd) 1 jarda = 0,9144m = 914,4mm quilômetro - km milha - mile (mi) 1 milha = 1,609 km

Unidades da grandeza ÁreaSistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência

centímetro quadrado - cm² polegada quadrada - 1 inch² (sq.in) 1 polegada quadrada = 6.452cm² = 645,2mm²

centímetro quadrado - cm² pé quadrado - 1 foot² (sq.ft) 1 pé quadrado = 929,03cm² metro quadrado - m² pé quadrado - 1 foot² (sq.ft) 1 pé quadrado = 0,092m² metro quadrado - m² milha quadrada - 1 yard² (sq.yd) 1 jarda quadrada = 0,8361m² metro quadrado - m² acre - acre (ac) 1 acre = 4.046,9m² hectare - ha acre - acre (ac) 1 acre = 0,4047ha

hectare - ha milha quadrada - 1 mile² (sq.mi) 1 milha quadrada = 259,0 ha( 1ha=10.000m²)

quilômetro quadrado - km² milha quadrada - 1 mile² (sq.mi) 1 milha quadrada = 2.590 km² Unidades da grandeza Volume

Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência litro - l polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 0,01639 litro mililitro - ml polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 16,39 ml centímetro cúbico - cm³ polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 16,39 cm³ milimetro cúbico - mm³ polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 16.390mm³ decímetro cúbico - dm³ pé cúbico - 1 foot³ (cu.ft) 1 pé cúbico = 28,32 dm³(1l=1dm³) litro - l pé cúbico - 1 foot³ (cu.ft) 1 pé cúbico = 28,32 litros(1.000l=1m³) metro cúbico - m³ pé cúbico - 1 foot³ (cu.ft) 1 pé cúbico = 0,02832 m³ metro cúbico - m³ jarda cúbica - 1 yard³ (cu.yd) 1 jarda cúbica = 0,7646m³

Unidades da grandeza MassaSistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência

grama - g onça - 1 ounce (oz) 1 onça = 28,35g quilograma - kg libra - 1 pound (lb) 1 libra = 0,4536kg quilograma - kg kip(1000libras) - 1 kip 1 kip = 453,59kg quilograma - kg tonelada - 1 ton 1 tonelada = 1.016,05kg

Unidades da grandeza CapacidadeSistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência

centímetro cúbico - cm³ onça fluida - 1 fl.oz 1 onça fluida = 28.413cm³ litro - l pinto - 1 pt 1 pinto = 0,568 l litro - l quarto - 1 qt 1 quarto = 1,137 l

Unidades da grandeza Massa por Unidades da grandeza Área

Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência grama x metro quadrado - g/m² onça x pé quadrado - 1 oz/ft² 1 onça/pé quadrado = 305,15 g/m²

quilograma x metro quadrado - kg/m² libra x polegada quadrada - 1 psi 1 libra/polegada quadrada = 703,07kg/m²

quilograma x metro quadrado - kg/m² libra x pé quadrado - 1 psf 1 libra/pé quadrado = 4.882kg/m² Unidades da grandeza Vazão

Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência litro x segundo - l/s galão x segundo - 1 gal./sec 1 galão/segundo = 4,5461 l/s litro x segundo - l/s galão x minuto - 1 gal./min. 1 galão/minuto = 0,07577 l/s litro x hora - l/h galão x hora - 1 gl./hr 1 galão/hora = 4,5461 l/h

mililitro x segundo - ml/s polegada cúbica x segundo - 1 in³/s 1 polegada cúbica/segundo = 16,39 ml/s

metro cúbico x segundo - m³/s pé cúbico x segundo - 1 ft³/s 1 pé cúbico/segundo = 0,02832 m³/s litro x segundo - l/s pé cúbico x minuto - 1 ft³/min 1 pé cúbico/minuto = 0,4791 l/s

Unidades da grandeza Comprimento por unidades da grandeza Volume

Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência quilometro x litro - km/l milha x galão - 1 mpg 1 mpg = 0,354 km/l litro x quilometro - l/km galão x milha - 1 gpm 1 galão/milha = 2,825 l/km

Page 5: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

5

Unidades da grandeza Velocidade

Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência

milímetro x segundo - mm/s polegada x segundo - 1 in./sec. 1 polegada/segundo = 25,4 mm/s

metro x segundo - m/s pé x segundo - 1 fps 1 pé/segundo = 0,3048 m/s

metro x segundo - m/s pé x minuto - 1 fpm 1 pé/minuto = 0,00508 m/s

metro x minuto - m/min pé x minuto - 1 fpm 1 pé/minuto = 0,3048 m/min

quilometro x hora - km/h milhas x hora - 1 mph 1 milha/hora = 1,609 km/h

Unidades da grandeza Temperatura

Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência

Grau Celsius - ºC Grau Fahrenheit - ºF 1 ºC = 0,5556 (ºF - 32)

Unidades da grandeza Energia

Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência

joule - j Unidade Térmica Britânica - Btu 1 Btu = 1.055j

kilojoule - kj Unidade Térmica Britânica - Btu 1 Btu = 1,055kj

Unidades da grandeza Potência

Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência

watt - w Cavalo-vapor (horsepower) - hp 1 hp = 745,7w

kilowatt - kw Cavalo-vapor (horsepower) - hp 1 hp = 0,7457kw

Unidades da grandeza Iluminação

Sistema Internacional de Unidades-SI Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência

lux - lux footcandle - ft.candle 1 ft.candle = 10,76 lux

Conceitos fundamentais sobre medições..

A Física estuda muitos fenómenos que ocorrem na natureza e outros provocados nos laboratórios.Para a melhor compreenção desses fenómenos, faz-se a sua descrição, resultando na medição duma oude certas grandezas físicas.2.1. Por “Grandeza Física”, entende-se tudo que é susceptível de ser medido.2.2. Medir uma grandeza é determinar o número de vezes que essa grandeza contém outra da mesmaespécie, selecciona como padrão, portanto, é um conjunto de operações.Existem dois tipos de medições:•medição directa•medição indirecta2.3. Medição direta – É aquela em que a grandeza que se pretende medir obtém-se como resultado daaplicação directa do instrumento de medição, compara-se a grandeza a medir com uma unidade damesma espécie; usam-se aparelhos, instrumentos, máquinas, dispositivos, etc, indicadores que foramgraduados previamente por comparação com a unidade da mesma espécie; por exemplo: para medir ocomprimento de um livro usando uma regua graduada.2.4. Medição indireta – aplica-se uma fórmula que relacione a grandeza a medir com outras grandezas.Por exemplo: para determinar a intensidade da corrente electrica, para determinar a densidade dumasubstancia, para determinar a energia cinética de um corpo, etc.Como é obvio, uma vez realizada a medição espera-se um resultado.Por Resultado de uma Medição, entende-se o valor atribuido a um mensurando obtido por medição.

Page 6: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

6

Conceitos fundamentais sobre medições..

Existem dois tipos de resultados:a) Resultado não corrigidob) Resultado corrigido2.5. Resultado não corrigido – é o resultado de uma medição, antes da correção, devida aos erros sistemáticos.2.6. Resultado corrigido - é o resultado de uma medição, após a correção, devida aos erros sistemáticos.Sempre que se realiza uma medição, ésta, é feita na base de uma comparação com uma unidade da mesma espécie denominada Padrão.2.7. Padrão – é a medida materializada, instrumento de medição, material de referencia ou sistema de medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza para servir como referencia. 2.8. Erros nas medições.Ao medir uma grandeza não se pode categoricamente afirmar que o valor encontrado é o valor exacto.Na medição de uma grandeza cometem-se erros e interessa conhecer o erro de que pode vir a ser afectada a medidaO conhecimento mais rigoroso da medida ocorre quando ao valor aproximado da grandeza medida acrescentamos a indicação do erro de que vem afectado esse valor.Quanto a origem dos erros, podem ser considerados erros de dois tipos:a) erros sistemáticosb) erros acidentais

Conceitos fundamentais sobre medições..

2.8.1. Erros sistemáticos - Este tipo de erros são impossíveis de eliminar totalmente; o máximo que se pode fazer é minimizá-los. Por sua vez podem ser, de dois tipos: Instrumentais e pessoais.

2.8.1.1-Erros sistemáticos instrumentais. São aqueles inerentes ao instrumento de medição. A introdução de um aparelho de medida tras consigo erros devido á alteração produzida no circuito, neste caso, o valor lido é inferior ao verdadeiro valor da intensidade da correntes, logicamente sempre está presente o erro de escala.

2.8.1.2-Erros sistemáticos pessoais . São os provocados pelo observador que realiza a medição, o qual tende a viciar o processo pela influência de factores dependentes dele. Por exemplo, os erros devido a dilatação térmica dos instrumentos causada pela temperatura do corpo humano.2.8.2. Erros acidentais.Quando o observador realiza uma série de mediçoes da mesma grandeza com o mesmo aparelho, usando o mesmo processo, obtem-se, em regra, valores diferentes, pouco afastados uns dos outos. Erros deste teor são erros acidentais; como consequência dos erros acidentais, as medidas oscilam para um e outro lado do valor da grandeza.

Page 7: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

7

Tendência; Repetitividade; Reprodutibilidade; Estabilidade; Linearidade.

A indústria automotiva, em particular, usa os seguintes parâmetros para a avaliação deum sistema de medição: Tendência; Repetitividade; Reprodutibilidade; Estabilidade;Linearidade. Além destes, deve-se considerar também a Resolução e a Variabilidade daprópria peça.Apesar de poder ser exigido que cada sistema de medição tenha diferentes propriedadesestatísticas, existem algumas que todos devem possuir. Elas incluem que, as variações dosistema de medição devem estar associadas somente a causas comuns e não a causasespeciais (sob controle estatístico); sua variabilidade deve ser pequena quandocomparada a variabilidade do processo de manufatura e com os limites de especificação;os incrementos de medida devem ser pequenos em relação ao que for menor, entre avariabilidade do processo ou os limites de especificação e elas não devem ser estáticas,isto é, podem mudar à medida em que variem os itens que estão sendo medidos.

AvaliaçãoPara avaliar um SM é necessário verificar se a variável correta está sendo medida e determinartambém quais as propriedades estatísticas que o SM deve ter para ser aceitável. Isto édesenvolvido em duas fases. Na 1ª fase queremos compreender o processo de medição edeterminarmos se ele irá satisfazer nossas exigências e na 2ª fase uma vez considerado aceitável,verificamos se o SM continua a apresentar as propriedades estatísticas apropriadas.Tendência (ou desvio): é o "afastamento da média dos valores medidos de um valor dereferência". O valor de referência é um valor atribuído a um padrão, com o qual o equipamentofoi calibrado. Na Análise do Sistema de Medição (M.S.A), usar uma peça padrão ao invés de umpadrão aproxima a medição mais da realidade em termos da geometria a controlar. Uma peçapadrão representa melhor a geometria do que por exemplo um bloco padrão retangular. U95% doS.M £ (R&R do instrumento) / 10 é o critério para a seleção do SM para medir a peça padrão.

Page 8: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

8

A avaliação da tendência é feita na seguinte ordem: 1º) selecionar uma peça (com a medida próximaao valor nominal) ou um padrão; 2º) medir a peça várias vezes utilizando um instrumento mais exatodo que o que está sendo estudado, para determinar o valor de referência (VR); 3º) um operadorqualificado deve medir a peça pelo menos 10 vezes; 4º) calcular a média das indicações (MI) e atendência (T) pela seguinte expressão T = MI – VR ; e por fim em 5º) calcular a porcentagemconsumida (%T) da tolerância (Tol) ou da Variação do Processo (VP) pela tendência através dasseguintes expressões: %T = T / VP = T / Tol. Considerar %T £ 10 % = Aprovado ; %T > 10 % e £ 30 % =Aceitável; e %T > 30 % = Reprovado.As possíveis causas para a Tendência alta são: erro no valor de referência adotado; equipamento demedição com folga ou danificado; equipamento sem rastreabilidade; mau uso por parte do operador.Estabilidade: "é a variação total nas medições obtidas com o sistema de medição medindo uma únicacaracterística na mesma peça ou padrão ao longo de um extenso período de tempo".

A estabilidade é um estágio atingido quando reunimos três condições:1ª) o fenômeno se comporta com distribuição normal;2ª) a dispersão do fenômeno é constante ao longo do tempo e3ª) o fenômeno ocorre constantemente sobre a mesma média. Num estudo para a análise daestabilidade devemos considerar:a) se o processo de medição não é estável qualquer resultado será apenas uma "fotografia

momentânea";b) não é possível tomar decisões confiáveis, mesmo com base em estudos, se o processo não é

estável;c) sem estabilidade não há previsibilidade;d) há muitos fatores que causam estabilidade e os processos devem ser robustos a estes fatores,porém algumas vezes não é possível ou não é economicamente viável;e) priorizar os fatores que mais afetam o processo de medição.

A estabilidade estatística é determinada através de gráficos de controle.Como diretrizes para o estudo da estabilidade devemos obter uma amostra de peças da produção,em intervalos de tempo pré-estabelecidos medir a amostra de três à cinco vezes (em horáriosdiversos, no local utilizado pata ser o mais real possível), plotar os dados em uma carta de controle(X e R ou s), e verificar a existência de pontos fora dos limites e sinais de instabilidade.

Page 9: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

9

Linearidade: "é a diferença nos valores da tendência ao longo da faixa de operação esperada no dispositivo de medição".

Quanto menor a declividade à melhor linearidade do instrumento;Quanto maior a declividade à pior a linearidade do instrumento.

Avaliação da Linearidade:1ª Fase) selecionar 5 peças padrões de maneira a varrer toda a faixa de operação doinstrumento; medir as peças utilizando um instrumento superior ao que está sendo estudado edeterminar o VR; selecionar um operador que deverá realizar de 10 a 15 medições de cada peça;calcular a média das indicações para cada peça; calcular a tendência para cada peça e elaboraum gráfico da reta que expressa a relação entre as tendências x os valores indicados. 2ª Fase)calcular a reta de regressão linear que melhor ajusta os pontos do gráfico; calcular o grau deajuste da reta (R2); calcular o valor da linearidade L = Indicação x V.Processo ou Tolerância;calcular o valor percentual da linearidade % L = 100 x (L / VP ou Tol).As causas prováveis de má linearidade são: Instrumnto não está calibrado adequadamente;Instrumento desgastado; Revisão nas partes internas e Erros nos valores dos padrões.

Page 10: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

10

Repetitividade: ‘é a variação nas medidas obtidas com um dispositivo de medição quando usadovárias vezes por um operador medindo a mesma característica na mesma peça.

Caracteriza a variabilidade do sistema de medição, isto é, a capacidade que o processo demedição tem de "repetir" as medidas.Pode ser expressa em termos da dispersão dos resultados.Aponta fontes de erro em decorrência de falhas do equipamento e de erros geométricos da peça.Pode ser representada pela carta de amplitudes (R).

Determinação da Repetitividade: Aplicar a metodologia do CE (Controle Estatístico do Processo);Analisar a partir da carta de amplitudes (R); Calcular o desvio padrão (se); Calcular arepetitividade para um nível de confiança de 99% Para distribuição normal (5,15. se) (adotadocomo referência pelo MSA para um processo em que m = 0 e s = 1 e P = 99%).

Reprodutibilidade: " é a variação na média das medidas feitas por diferentes operadores utilizandoo mesmo dispositivo de medição medindo característica idêntica nas mesmas peças".São objetivos do estudo da Reprodutibilidade: Detectar a variabilidade entre operadores; Apontarfontes adicionais de erros (desvios causados pelo operador indicado pela diferença das médias).Determinação: Aplicar a metodologia do CEP (Controle Estatístico do Processo); Analisar a partir dacarta das médias (x); Calcular o desvio padrão(so); Calcular a reprodutibilidade para um nível deconfiança de 99% para distribuição normal (5,5x so) . Através da variação das peças (mediante atroca dos operadores) ela pode ser detectada a partir da carta de médias. A partir dos limites dacarta das médias, determinados pela repetitividade, verificar as médias que estão fora desteslimites. Se não houver variação entre peças e se representarem o processo, então o sistema demedição é inaceitável para sua análise. Pela variabilidade das peças um sistema de medição éapropriado quando a maioria das médias das peças ficar fora dos limites.

Page 11: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

11

Resolução: "capacidade do sistema de medição detectar e indicar pequenas alteraçõesna característica medida". Para uma boa análise é necessário que: se detecte a variaçãodo processo; quanto mais dígitos significativos ela apresentar é melhor; no gráfico dasamplitudes devem haver, no mínimo, 3 valores dentro dos limites, porém 1 / 4 dosvalores obtidos não devem ser iguais a zero; no M.S.A (Análise do Sistema de Medição)5 < n < 15; é determinada a partir da variabilidade da peça, baseado no estudo dareprodutibilidade e o número de categorias é dado por (PV / R&R) x d2 onde PV =variação devida às peças; R & R = variação devida ao equipamento e ao operador e d2 =constante em função do número de repetições, peças e operadores. Vários estudos deresolução mostraram que a resolução desejável deve ser, de no mínimo, 10 % davariação do processo (6s) e não de 10 % da tolerância do processo.

Variabilidade da própria peça: Um Sistema de Medição, mesmo utilizado corretamente, pode nãoobter um mesmo valor na medição de uma peça. Este desvio sMED é atribuido ao operador einstrumento. A variação observada ocorre devido à variação no Sistema de Medição e a variação doproduto a ser medido. Estatisticamente:s2 obs = s2 med + s2 prod

onde: s obs = desvio-padrão observado; s med = desvio-padrão de medição; s prod = desvio-padrãodo produto. A variação do produto depende do processo produtivo e o desvio padrão de peça-a-peçapode ser determinado através dos dados do estudo do sistema de medição ou de um estudoindependente de capabilidade do processo.

Enfim, Sistemas de Medição são utilizados, em contato direto ou não com oscontroles das maquinas, para monitorar, rastrear, comparar e analisar parâmetros da produção. Issopossibilita também que se descubram oportunidades de melhorias, que mantendo a produção dentrodos limites das especificações, garantindo a eficiência da operação de produção industrial.

O monitoramento contínuo do sistema de controle feito através dos sistemas de medição pode geraruma economia significativa. A habilidade de monitorar inúmeros parâmetros do processo aliado adetecção de problemas pode também diminuir o tempo ocioso dos funcionários provocados porparadas imprevisíveis.

Page 12: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

12

NOÇÕES SOBRE CONFIABILIDADE:

A operação prolongada e eficaz dos sistemas produtivos de bens e serviços é uma exigênciavital em muitos domínios. Nos serviços, como a Produção, Transporte e Distribuição deEnergia, ou no serviço de transportes, as falhas súbitas causadas por fatores aleatóriosdevem ser entendidas e contrabalançadas se pretende evitar os danos não só econômicos,mas especialmente sociais.Também nas Indústrias, hoje caracterizadas por unidade de grande volume de produção ede alta complexidade, dotadas de sistemas sofisticados de automação, impõe-se, comgrande acuidade, a necessidade de conhecer e controlar as possibilidades de falhas, parciaisou globais, que possam comprometer, para lá de certos limites, a missão produtiva. Asperdas operativas traduzem-se aqui por elevados prejuízos econômicos para a empresa epara o país.Estas exigências impulsionaram a criação e desenvolvimento de uma nova ciência: A TEORIADA CONFIABILIDADE. Esta disciplina tem por escopo os métodos, os critérios e as estratégiasque devem ser usados nas fases de concepção, projeto, desenvolvimento, operação,manutenção e distribuição de modo a se garantir o máximo de eficiência, segurança,economia e duração.

NOÇÕES SOBRE CONFIABILIDADE:

Fundamentalmente, a teoria da Confiabilidade tem como objetivos principais:

• Estabelecer as leis estatísticas da ocorrência de falhas nos dispositivos e nos sistemas.• Estabelecer os métodos que permitem melhorar os dispositivos e sistemas mediante a introdução de

estratégias capazes da alteração de índices quantitativos e qualitativos relativos às falhas.

A teoria da Confiabilidade (ou, apenas, Confiabilidade) usa como ferramentas principais:• A Estatística Matemática• A Teoria das Probabilidades• O conhecimento experimental das causas das falhas e dos parâmetros que as caracterizam nos

diversos tipos de componentes e sistemas.• As regras e estratégias para melhorar o desempenho dos sistemas de várias naturezas e as técnicas

para o desenvolvimentos dos sistemas.

Page 13: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

13

NOÇÕES SOBRE CONFIABILIDADE:

Uma das finalidades da Confiabilidade é a elaboração de regras que permitam a concepção de sistemasmuito complexos (computadores, redes elétricas, usinas químicas, sistemas de geração elétrica, aviões,naves espaciais, sistema de controle e proteção, etc) capazes de funcionar satisfatoriamente mesmocom a ocorrência de falhas em alguns dos seus componentes mais críticos.

Os princípios da Teoria da Redundância nasceram deste problema.Um dos primeiros domínios onde, por força da necessidade foram usados computos estatísticos para adeterminação da confiabilidade foi o da Produção e Distribuição de Energia Elétrica.Mas foram, especialmente, o advento dos computadores de altíssima complexidade de circuito e comenorme número de componentes, as missões espaciais e as necessidade militares que forçaram àmaturação, em termos mais elaborados, da Teoria da Confiabilidade.

Rastreabilidade

A rastreabilidade é um conceito que surgiu devido à necessidade de saber em que local éque um produto se encontra na cadeia logistica sendo também muito usado em controlede qualidade. Segundo Dyer (1966) quando citado por Juran este conceito representa acapacidade de traçar o caminho da história, aplicação, uso e localização de umamercadoria individual ou de um conjunto de características de mercadorias, através daimpressão de números de identificação. Ou seja a habilidade de se poder saber atravésde um código numérico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens.A rastreabilidade é a capacidade de rastrear um elemento do projeto a outros elementoscorrelatos, especialmente aqueles relacionados a requisitos. Os elementos do projetoenvolvidos em rastreabilidade são chamados de itens de rastreabilidade. Os itens típicosde rastreabilidade incluem diferentes tipos de requisitos, elementos de modelo de designe de análise, artefatos de testes (conjuntos de testes, casos de teste, etc.) e material detreinamento e documentação de suporte ao usuário final.

Page 14: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

14

Rastreabilidade

Para Vinholis; Azevedo (2000), um sistema de rastreabilidade, seja ele informatizado ounão, permite seguir e rastrear informações de diferentes tipos (referente ao processo,produto, pessoal e ou serviço), a jusante e/ou montante de um elo de cadeia ou de umdepartamento interno de uma empresa. A rastreabilidade permite ter um histórico doproduto, sendo que a complexidade do conteúdo deste histórico dependerá do objetivo aser alcançado. Esse objetivo pode ser influenciado pelas estratégias adotadas e peloambiente externo em que a empresa está inserida.

Para Machado (2000) a rastreabilidade também assume importância estratégica para aindústria de alimentos e para o segmento de distribuição, por representar: a) umdiferencial de competitividade; b) fortalecer a imagem institucional da empresa; c)auxiliar no posicionamento da marca no mercado; d) estimular a concorrência através dadiferenciação da qualidade; e) estreitar a relação com os fornecedores e contribuir para aconstrução de estratégias competitivas da empresa e, com isso, definir a estrutura decoordenação vertical.

Rastreabilidade

Em âmbito institucional, os sistemas de identificação e rastreabilidade auxiliam na minimizaçãode riscos de contaminação, facilita a localização do foco de problemas, tranqüiliza a população edá credibilidade ao próprio Estado.Contudo, do ponto de vista operacional, os procedimentos para implantação de um sistema deidentificação e rastreabilidade são complexos. Segundo Smith; Phillips (2002), a arquitetura dosistema de identificação e rastreabilidade está diretamente relacionada com a estrutura dosistemade produção, armazenamento, distribuição e comercialização; visto que é demandado

Em um programa de rastreabilidade o fator mais valioso é a informação, que deverá seragregada aos produtos, seja no lote, no individuo ou em alguma unidade física especifica. Éfundamental que o processo de rastreabilidade seja transparente e seja uma filosofia daempresa, cuja adoção não seja vista apenas como uma obrigatoriedade, mas principalmentecomo uma ferramenta de gestão. Como ressaltam Iba et. al. (2003), a rastreabilidade funcionacomo um complemento no gerenciamento da qualidade e quando aplicado isoladamente nãotraduz segurança ao produto, nem ao processo.

Page 15: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

15

Rastreabilidade

Neste sentido, Juran; Gryna (1992) apontam diversas finalidades da rastreabilidade,tais como:• assegurar que apenas materiais e componentes de qualidade entrem no produtofinal,• identificar clara e explicitamente produtos que são diferentes, mas que se parecema ponto de serem confundidosentre si,• permitir o retorno de produto suspeito numa base precisa e• localizar falhas e tomar medidas corretivasa preço mínimo.

Outras finalidade da rastreabilidade:Compreender a origem dos requisitosGerenciar o escopo do projetoGerenciar mudanças nos requisitosAvaliaro impacto no projeto da mudança em um requisitoAvaliar o impacto da falha de um teste nos requisitos (isto é, se o teste falhar, talvez orequisito não seja atendido)Verificarse todos os requisitosdo sistema são desempenhadospela implementaçãoVerificarse o aplicativo faz apenas o que era esperado que ele fizesse.

Rastreabilidade

Características:A rastreabilidade representa um elemento fundamental dentro do conceito da qualidade total. A definição de rastreabilidade é objetiva, porém permite que cada um determine e especifique seus próprios métodos e objetivos. É necessário um profundo envolvimento para se balancear os custos e os benefícios obtidos com o sistema de rastreabilidade.

Como Estabelecer ?Em uma visão geral, a rastreabilidade se aplica tanto a serviços, como a produtos específicos.

Page 16: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

16

Rastreabilidade

A cada estágio de sua transformação, o produto deverá receber uma nova identificaçãopara ser rastreável. Dentro do processo de distribuição, entretanto, esta identificaçãopasso-a-passo não é mais necessária, pois o produto pode ser rastreado através de suaidentificação original, recebida durante o processo fabril.

A rastreabilidade nos permite retroagir a cada estagio que o produto percorreu durante oseu ciclo de vida. Entretanto, cada pessoa envolvida neste processo deve dispor apenasdas informações referentes ao estágio com o qual ela está envolvida, ou seja, de seusfornecedorese clientes diretos.

Assim, não é possível saber sempre e imediatamente onde os produtos se localizam oureconstruir de imediato todo o percurso do ciclo deste produto.

É imprescindíveldispor de todos os dados para rastrear e reconstruir estas informações

Rastreabilidade

Qual a utilidade ?A proteção ao cliente é uma das pedras fundamentais de nosso sistemaeconômico. Assim, é evidente que a rastreabilidade pode ser considerada como ummétodo eficiente para a comprovação de que estamos trabalhando conforme asnormas.Rastreabilidade como fator de segurança: todo produto defeituoso representa umsério risco e como tanto deve ser imediatamente recolhido (através do já bastanteconhecido recall). Assim, é mandatário haver uma identificação nos produtos.Rastreabilidade como meio de investigação: um produto que está sendo recolhidopassou por uma série de controles, que na verdade deveriam ter detectado odefeito. Assim, devemos seguir o problema para determinar qual a causa doproduto não ter sido rejeitado no processo.Rastreabilidade: um elemento de política industrial: saber o que foi feito e como ascoisas são feitas pode ser essencial ao dar andamento a um pedido do cliente. Arastreabilidade leva a um conhecimento mais profundo da capacidade daempresa, fazendo com que os pedidos possam ser atendidos em um prazo maiscurto e a um custo mais baixo. A rastreabilidade também pode ser o ponto inicialpara a implantação do controle estatístico de processo (CEP).

Page 17: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

17

Rastreabilidade

Recebimento Endereçamento

SeparaçãoCarregamento

Assim que o material entra na empresa temseu número de lote definido e se controlarendereçamento irá aguardar adefinição de onde será armazenado.

Rastreabilidade

Page 18: Unidade conhecimento gerais

22/10/2010

18

üALVAREZ, Maria Esmeralda da Ballastero. Gestão da Qualidade, Produção e Operações. . São Paulo: Atlas 2010.

üCARPINETTI, Luiz César Ribeiro. GESTÃO DA QUALIDADE ISO 9001:2000: Princípios e Requisitos. São Paulo: Atlas. 2007;

üCERQUEIRA NETO, Edgard Pedreira. Gerenciando a qualidade metrológica. Rio de Janeiro. Imagem. 1993;

üPALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: Teoria e Pratica. 2ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2004;

üTOLEDO, Jose Carlos de. Qualidade Industrial: conceitos, sistemas e estratégias. São Paulo. Atlas 1999;

üWAENY, Jose Carlos de Castro. Controle Total da Qualidade em metrologia. São Paulo. Makron. 2002;

üVocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM),

Referências Bibliográficas