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Unidade Auditada: AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES Exercício: 2012
Processo: 50500.029791/2013-10
Município - UF: Brasília - DF
Relatório nº: 201306034
UCI Executora: SFC/DITRA - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Transportes
Análise Gerencial
Senhor Coordenador-Geral,
Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201306034, e
consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de
06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual
apresentada pela AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES.
1 Introdução
Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 10/04/2013 a
20/06/2013, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do
exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em
estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma
restrição foi imposta à realização dos exames.
2 Resultados dos trabalhos
Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a existência das peças e respectivos
conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DN–TCU–119/2012 e 124/2012. Em acordo
com o que estabelece o Anexo IV da DN-TCU-124/2012, e em face dos exames realizados,
efetuamos as seguintes análises:
2.1 Avaliação da Gestão do Patrimônio Imobiliário
A verificação da Gestão do Patrimônio Imobiliário sob responsabilidade da ANTT teve
como objetivo avaliar: a estrutura de pessoal e tecnológica para gerenciamento dos bens imóveis
da União, próprios ou locados de terceiros, sob responsabilidade da Agência; o registro dos
imóveis no Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União – SPIUnet; os
gastos com a manutenção dos imóveis; a formalização dos processos de locação de imóveis de
terceiros e adequação dos preços; a indenização dos gastos com benfeitorias; e a estrutura de
controles internos administrativos existentes.
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A ANTT não possui imóvel próprio, havendo um total de 14 imóveis locados de terceiros.
As despesas com as locações de imóveis de terceiros no exercício de 2012, conforme a conta
33390.3910 – Locação de Imóveis do Sistema SIAFI – foi de R$ 33.720.723,19. Já os gastos
realizados com a manutenção dos imóveis locados de terceiros em todo o país, no ano de 2012,
foram de R$ 71.996,08. A manutenção dos imóveis locados não gerou indenização para ANTT
no exercício.
A ANTT não possui sistema específico para gerir os bens imóveis locados. Também
informou que os imóveis são cadastrados no Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso
Especial da União SPIUnet. Os imóveis da URRJ e da URBA estão em fase de cadastramento,
enquanto que o imóvel do Setor de Indústrias Gráficas-SIG não foi cadastrado, tendo em vista
que será entregue e terá o contrato de locação encerrado no exercício de 2013. Os valores pagos
a maior pela ANTT por metro quadrado contratado foram justificados pela GELIC, devido aos
reajustes conforme índice previsto nos contratos de locação.
Portanto, tratando da gestão de patrimônio imobiliário locados de terceiros, avalia-se que a
ANTT possui estrutura de pessoal e tecnológica adequada para executar um gerenciamento
adequado e manter uma ferramenta própria de controle. Também cabe informar que as
instalações da ANTT-Sede são novas e as demais estruturas dos contratos locados nas Unidades
Regionais estão em bom estado de conservação. Nesse sentido, é necessário que ANTT
mantenha uma rotina de manutenção dos imóveis locados, para que permita a Agência realizar os
seus trabalhos de forma adequada.
2.2 Avaliação da Gestão de Tecnologia da Informação #/Fato##
A verificação da Gestão de TI visou avaliar: o PDTI e sua adequação ao modelo de
referência do Guia de Elaboração de PDTI do SISP e aos objetivos definidos no Plano
Estratégico Institucional – PEI; sua efetividade para direcionar as ações de TI; os Recursos
Humanos e sua estrutura e independência em relação aos empregados das empresas contratadas;
a Política de Segurança da Informação – POSIC e sua definição, documentação e adequação às
recomendações do GSI e normas aplicáveis; o Desenvolvimento de Software e sua definição,
documentação e implantação, com a utilização de padrões de gestão para o monitoramento dos
projetos de desenvolvimento e adoção de métricas para mensuração de esforço e custo
relacionado à entrega de produtos; e, por fim, as Contratações de TI e sua adequação às
necessidades reais da unidade, alinhamento com o PDTI, e conformidade com a IN nº 04/2010
da SLTI.
Em suma, como resultado da avaliação da Gestão de TI constatou-se: a elaboração e o
acompanhamento inadequado do PDTI pela Gerência de Tecnologia da Informação
GETIN/SUDEG causando atraso na implementação das ações previstas no Plano; a não
definição pela Diretoria dos componentes dos Comitês Executivo de TI – CETI e Gestor de TI –
CGTI e consequente não realização das reuniões; a disponibilização da estrutura de cargos de TI
aquém da planejada (mitigada em parte pela aprovação do novo concurso que prevê cinco
servidores); e a não aprovação da POSIC por parte da Diretoria, resultando em fragilidade do
sistema de informações da Agência, com consequente impacto no desenvolvimento das
atividades das áreas. O detalhamento das inconformidades apontadas consta no item 1.1.3.1
deste Relatório.
Corroborando os apontamentos da equipe de auditoria, a própria Auditoria Interna da
Agência concluiu que “... a ANTT encontra-se em estágio inicial quando se fala em Governança
e Gestão em TI, pois se observou ações isoladas pelos responsáveis, tanto de um lado, quanto de
outro, ou seja, não se percebeu que estas ações se completassem a fim de se obter um resultado
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maior nas questões relacionadas a TI. Por motivos diversos o “comprometido” e o “envolvido”
não conseguiram interagir o suficiente a fim de se obter o “todo” desejado. Percebeu-se a
ausência de formulação clara da visão estratégica e de futuro para que a Gestão em TI seja
eficiente e eficaz, principalmente quando se avaliou a estrutura organizacional da área de TI.
Não foi possível identificar e avaliar que a estrutura planejada será capaz de produzir os
resultados esperados, nem se o perfil dos servidores será adequado ao planejamento proposto. Da
mesma forma, observou-se paralisação das ações pelos responsáveis da Governança, quando se
apurou a inexistência das atas de reunião do CGTI no ano de 2012.”.
2.3 Avaliação da Gestão de Passivos sem Previsão Orçamentária
Conforme DN TCU nº 124/2012, este item não foi objeto de análise desta Auditoria
Anual de Contas.
2.4 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU
A avaliação do cumprimento das determinações do TCU teve como objetivo verificar: a
existência de determinação específica do TCU à CGU para verificação do seu atendimento; a
existência de normativos internos que defina os responsáveis pelo processo relativo ao controle
de atendimentos de determinações do TCU; e a existência de identificação de riscos no que
concerne ao tempestivo atendimento de determinações do TCU e de indicadores de gestão
monitorando o processo.
Para verificar o atendimento dos acórdãos e decisões exarados pelo Tribunal de da União
efetuou-se pesquisa de Jurisprudência (http:// contas.tcu.gov.br /portaltextual/
PesquisaFormulario), quanto às determinações/ recomendações à ANTT, cotejando-as com as
informações constantes no Relatório de Gestão. Nesse sentido, verificou-se o seguinte:
a) Existência de um Acórdão (nº 1.452/2012 - Plenário) em que o TCU determina o
acompanhamento por parte da CGU, cujo assunto ainda se encontra pendente, no aguardo
de orientação daquele Tribunal, conforme item 2.1.1.1 deste Relatório;
b) Inexistência de identificação de riscos e de indicadores de gestão monitorando a
implementação das determinações do TCU, por entendimento do gestor, que julga
desnecessária a adoção dessa sistemática.
Ressalta-se que apesar de pendente de atendimento o Acórdão nº 1.452/2012, tal fato
decorre da própria indefinição do TCU, conforme descrito no item 2.1.1.1 deste Relatório. Com
relação à inexistência de identificação de riscos e de indicadores de gestão para monitoramento
das determinações do TCU, conforme o item 2.2.1.1 deste Relatório, esta Controladoria entende
que a ANTT deve elaborar e instituir uma graduação de forma a identificar os riscos no que
concerne ao tempestivo atendimento de determinações, bem como indicadores que permitam
avaliar o cumprimento das determinações do TCU dentro do prazo estipulado, por meio de uma
mensuração do desempenho e sua comparação com metas preestabelecidas.
Cabe destacar que, conforme levantamento realizado no site do TCU, foi verificado, no
exercício de 2012, a existência de 15 Acórdãos, totalizando 33 determinações “em atendimento”,
ou seja, que foram adotadas providências mas ainda não foi concluído o processo. Tal fato é
melhor detalhado no item item 2.1.1.2 deste Relatório. Portanto, observa-se a necessidade da
continuação do acomapanhamento e de providências pelas áreas responsáveis visando a
conclusão do processo.
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Por fim, vale ressaltar a existência de rotina de acompanhamento e atendimento das
determinações do TCU, com definição dos responsáveis em normativos internos (Manual da
Gerência de Sistematização de Informações dos Ôrgãos de Controle do Governo Federal –
GESIC/AUDIT). Apesar disso, entende-se adequado que a Agência defina em normativo interno
indicando a obrigatoriedade, a periodicidade e a responsabilidade às áreas pelo atendimento das
determinações do TCU, bem como os desdobramentos e consequências do não atendimento.
2.5 Avaliação da Gestão Sobre as Renúncias Tributárias
Conforme DN TCU nº 124/2012, este item não foi objeto de análise desta Auditoria
Anual de Contas.
2.6 Avaliação do Parecer da Auditoria Interna
O órgão de controle interno optou por incluir a avaliação do parecer de auditoria
considerando a questão de auditoria relacionada ao fato de o parecer de auditoria conter todos os
elementos previstos conforme consta na DN TCU 124/2012. A metodologia consistiu na
avaliação do Parecer de Auditoria encaminhado no Processo de Contas nº 50500.029791/2013-
10.
O processo de contas apresenta o Parecer da Auditoria Interna da ANTT contemplando a
síntese das avaliações e dos resultados que fundamentaram a opinião. A partir dos exames
aplicados concluiu-se que o Parecer continha todos os elementos previstos. Porém, foram
apontados os seguintes problemas:
a) A AUDIT não dispõe de sistema de informática para monitoramento da implementação
das medidas recomendadas. Dessa forma, entende-se adequado que seja estabelecida uma
sistemática de monitoramento, bem como avalie a necessidade de implantação de sistema
para monitoramento dos resultados decorrentes dos trabalhos de auditoria interna.
b) Não há histórico quanto à decisão de não implementação das recomendações de auditoria
e consequente assunção de riscos, haja vista que as mesmas são aceitas e implementadas
pelas Unidades Organizacionais recomendadas. Assim, entende-se adequado que a
AUDIT disponha de procedimento para certificação de conhecimento, por parte da alta
gerência, da necessidade de assunção de riscos quando for o caso.
O Parecer apresenta a estruturação da área de Auditoria Interna em duas gerências, a
GESIC (auditoria interna) e a GEAUD (sistematização de informações dos órgãos do Governo
Federal), e esclarece que a Auditoria Interna é vinculada à Diretoria Colegiada, conforme
Resolução nº 3.974, de 21/12/2012. Ressalta-se que em cumprimento à recomendação expressa
no Acórdão TCU 2.261/2011 Plenário, a indicação de seu titular é efetivada após a aprovação da
diretoria colegiada da Agência, e aprovação da Controladoria-Geral da União.
Quanto à normatização interna da ANTT,em caráter complementar à normatização da
CGU, dos aspectos relativos às atividades de auditoria interna, no que concerne à autoridade, a
Agência esclarece que o Manual de Auditoria Interna da AUDIT/ANTT: legitima o acesso
irrestrito a registros, pessoal, informações, sistemas e propriedades físicas relevantes à execução
das auditorias internas; dispõe sobre o dever dos departamentos da organização em apresentar,
tempestiva e obrigatoriamente, informações solicitadas pela Unidade de Auditoria Interna;
estabelece que a Unidade de Auditoria Interna tenha a possibilidade de obter apoio necessário
dos servidores das unidades submetidas à auditoria e de assistência de especialistas e
profissionais, de dentro e de fora da organização, quando considerado necessário; e veda a
participação dos auditores internos em atividades que possam caracterizar participação na gestão.
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2.7 Avaliação do CGU/PAD
A avaliação do Relatório de Correição teve como objetivo verificar: a existência de um
coordenador responsável pelo registro, no Sistema CGU-PAD, de informações sobre
procedimentos disciplinares instaurados na unidade; a existência de estrutura de pessoal e
tecnológica capaz de gerenciar os procedimentos disciplinares instaurados e a devida utilização
do sistema CGU-PAD; e o registro das informações referentes aos procedimentos disciplinares
instaurados no Sistema CGU-PAD. A metodologia consistiu na avaliação do Relatório de
Correição fornecido pelo referido Sistema.
A partir dos exames aplicados, conclui-se que a ANTT incluiu o Relatório de Correição a
partir do CGU-PAD. Observou-se ainda que os PAD instaurados foram registrados no
mencionado Sistema e que a estrutura de pessoal e tecnológica é suficiente para gerenciar os
PAD instaurados e o devido uso do sistema.
No Relatório de Gestão constam também informações sobre: a estrutura e atividades do
sistema de correição da ANTT, identificando a base normativa que rege a atividade; a
designação de coordenadores responsáveis pela atualização dos registros de informações sobre
os procedimentos disciplinares instaurados; e a indicação do administrador do sistema CGU-
PAD no âmbito da ANTT.
Sobre a estrutura tecnológica capaz de gerenciar os procedimentos disciplinares
instaurados e a existência de normativos internos que regulem o registro de informações no
Sistema CGU-PAD, a ANTT informou por meio do Memorando nº 43/2013/COREG, de
11/06/2013, que disciplinou o uso do Sistema por intermédio da Portaria nº 17/COREG/ANTT,
de 03/04/2008. No tocante à existência de estrutura de pessoal, a ANTT informou que
atualmente a Corregedoria dispõe de um quadro de pessoal reduzido para a demanda, sendo
necessária a solicitação de auxílio de servidores de outras áreas da Agência para realização dos
trabalhos de Investigação Preliminar e PAD.
Na avaliação do Controle Interno, a Diretoria da Agência não oferece condições para que
a Corregedoria possa cumprir plenamente as suas metas, cabendo a adoção de medidas
administrativas no sentido de sanar essa falha.
2.8 Avaliação da Carta de Serviços ao Cidadão
A avaliação da Carta de Serviços ao Cidadão visou responder se a Unidade possui a carta
de serviços e se essa está adequada aos moldes do Decreto nº 6.932/2009. A metodologia
consistiu na avaliação da Carta de Serviço ao Cidadão conforme prescreve o Decreto.
Em relação à Carta de Serviços ao Cidadão, no Relatório de Gestão 2012 constava, à
página 150, que o Decreto nº 6.932/2009 não era aplicável à ANTT e que ela não seria
publicada. Na reunião de Busca Conjunta de Soluções, realizada em 17/06/13, foi esclarecido
que tal informação estava incorreta e, como a Carta encontra-se disponível no sítio da Agência e
é a ela aplicável, haveria a retificação do Relatório de Gestão, conforme descrito no item 2.2.1.3
deste Relatório.
Procedendo-se à análise da Carta, foi constatado que ela obedece aos moldes do Decreto
nº 6.932/2009. Todavia, constata-se que o Relatório de Gestão não faz referência à aplicação de
pesquisa de satisfação junto aos usuários de seus serviços com vistas à utilização dos resultados
como subsídio relevante para reorientar e ajustar os serviços prestados no que se refere aos
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padrões de qualidade do atendimento fixados na Carta, conforme determina o disposto no Art.12
do citado Decreto. Portanto, entende-se adequado que a ANTT adote providências no sentido de
realizara a avaliação do padrão de qualidade de atendimento da carta de serviços ao cidadão.
2.9 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU
A avaliação do cumprimento das recomendações da CGU teve como objetivo verificar se
a ANTT mantém uma rotina de acompanhamento e atendimento das recomendações emanadas
por esta Controladoria, especialmente quanto à: instauração de TCE, e apuração de
responsabilidade e fortalecimento do controle interno administrativo. Além disso, visou verificar
a existência de plano de contingência nos casos de quantidade superior a 25% de recomendações
não atendidas; de normativos internos dos responsáveis pelo processo relativo ao controle de
recomendações emanadas pela CGU, bem como identificar riscos no que concerne ao
tempestivo atendimento das recomendações emanadas pela CGU e adoção de medidas
compatíveis. Por fim, a referida avaliação também teve por objetivo verificar a existência de
indicadores de gestão para acompanhamento do processo. A metodologia consistiu no
levantamento de todas as recomendações pendentes de anos anteriores e emitidas durante a
gestão 2012 com posterior verificação do atendimento das mesmas.
Com base na análise realizada a partir do Plano de Providências Permanente 2012 e das
respostas às Solicitações de Auditoria expedidas, concluiu-se que a ANTT mantém uma rotina
de acompanhamento e controle dos processos oriundos da CGU, pelo atendimento às demandas
e cumprimento dos prazos estabelecidos nas mesmas, estabelecendo em seu Regimento Interno
os responsáveis pelo controle das determinações e recomendações dos órgãos de controle do
Governo Federal, conforme descrito no item 2.2.1.2 deste Relatório. Todavia, verificou-se a
inexistência de identificação de riscos e de indicadores de gestão monitorando a implementação
das recomendações da CGU, conforme descrito no item 2.2.1.1 deste Relatório.
Na avaliação do controle interno, é imprescindível a implantação dos referidos
indicadores, devendo a ANTT providenciar a elaboração e instituição dos mesmos, de forma que
permitam avaliar o cumprimento das recomendações da CGU dentro do prazo estipulado para
que as tarefas atinentes sejam executadas sem a necessidade de solicitação de prazo adicional.
No caso em tela, verificou-se que a quantidade de recomendações “em atendimento” é de 57%,
um quantitativo bastante elevado e que revela a necessidade da adoção de providências por parte
da ANTT no sentido de atender por completo as recomendações expedidas.
2.10 Avaliação dos Controles Internos Administrativos
A avaliação dos Controles Internos Administrativos teve como objetivo verificar se os
controles existentes garantem o atingimento dos objetivos estratégicos. A metodologia da equipe
de auditoria consistiu na avaliação dos controles existentes na Superintendência de Exploração
de Infraestrutura Rodoviária - SUINF e na Superintendência de Serviços de Transporte de
Passageiros - SUPAS, além da área de TI, de Recursos Humanos, de Gestão do Patrimônio e de
Compras e Licitações. A partir da avaliação comparada entre os controles internos por área de
gestão e os macroprocessos finalísticos, emitiu-se opinião sobre os componentes: ambiente de
controle, avaliação de risco, procedimentos de controle, informação e comunicação, e
monitoramento.
Com base nas avaliações da Auditoria Interna da ANTT sobre os controles internos da
SUINF, observou-se que os controles existentes em 2012 não foram suficientes para garantir
que os objetivos estratégicos (Garantir o Atendimento Adequado às Demandas do Usuário,
Unificar e Padronizar Procedimentos de Fiscalização e Aperfeiçoar o Processo de Fiscalização)
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fossem atingidos de maneira plena, o que, consequentemente, dificulta o cumprimento da
missão da Agência (Assegurar aos usuários adequada prestação de serviços de transporte
terrestre e exploração da infraestrutura rodoviária e ferroviária outorgada.).
Com relação aos controles internos da Área de TI, observou-se que esses restaram
prejudicados em função das seguintes constatações: elaboração e acompanhamento inadequado
do PDTI causando atraso na implementação das ações previstas no Plano; não definição dos
componentes dos Comitês Executivo de TI – CETI e Gestor de TI – CGTI com a consequente
não realização de reuniões; disponibilização da estrutura de cargos de TI aquém da planejada
(mitigada em parte pela aprovação do novo concurso que prevê cinco servidores); e não
aprovação da POSIC resultando em fragilidade do sistema de informações da Agência e
consequentemente impactando o desenvolvimento das atividades das áreas.
Referente às áreas de Gestão do Patrimônio e de Compras e Licitações os controles
internos se mostraram adequados e suficientes. Quanto aos controles na área de Recursos
Humanos observou-se a necessidade de levantamento dos processos de trabalho, diagnóstico das
fragilidades e aperfeiçoamento dos procedimentos internos, uma vez que não foram suficientes
para mitigar as inconsistências dos registros na folha de pagamento e nos sistemas corporativos
obrigatórios (SISAC). Ressalta-se que as inconsistências na folha de pagamento foram objeto de
constatação em gestões anteriores (2009, 2010 e 2011).
2.11 Avaliação do Conteúdo Específico do Relatório de Gestão
Não houve no exercício de 2012, por parte da UJ, atos de gestão relacionados ao Item 16
- Conteúdo Específico do Relatório de Gestão, do Anexo IV da DN TCU nº 124/2012.
2.12 Avaliação do Cumprimento do TCJ – Terceirizações
O objetivo desta avaliação consistiu em verificar se houve a substituição dos terceirizados
considerados irregulares nos termos da Portaria nº 494/2009. De acordo com o Relatório de
Auditoria nº 201204155, referente ao trabalho realizado com o objetivo de levantar a situação
dos empregados terceirizados no âmbito do Ministério dos Transportes - MT, inclusive suas
entidades vinculadas, com vistas a verificar o atendimento do Termo de Conciliação Judicial –
TCJ firmado pelo Governo Federal com o Ministério Público do Trabalho, na Agência Nacional
de Transportes Aquaviários – ANTAQ, na Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT
e no próprio Ministério dos Transportes, os empregados terceirizados existentes são apenas
aqueles que estão realizando atividades previstas no Decreto nº 2.271, de 1997, bem como na
Instrução Normativa nº 02 e suas alterações.
Sobre a ANTT, verificou-se que não há empregados terceirizados exercendo cargos ou
atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos da ANTT.
Observou-se, contudo, que a Agência dispõe de 58 funcionários na Área da Tecnologia da
Informação, sendo 47 empregados terceirizados, o que não contraria o Decreto nº 2.271/97.
No Relatório de Gestão 2012 constata-se a contratação de mão de obra para atividades
não abrangidas pelo Plano de Cargos da ANTT. Os contratos listados nos Quadros A.6.14 e
A.6.15 daquele Relatório se referem a atividades materiais e assessórias e abrangem a prestação
de serviços de limpeza, vigilância ostensiva e locação de mão de obra nas áreas de transportes,
copeiragem, segurança, recepção, informática, manutenção de imóveis e outras.
Esses contratos são fundamentados no Decreto 2.271/97 que assim dispõe:
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“Art . 1º No âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional poderão
ser objeto de execução indireta as atividades materiais acessórias, instrumentais ou
complementares aos assuntos que constituem área de competência legal do órgão ou entidade.
§ 1º As atividades de conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática,
copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de prédios, equipamentos e
instalações serão, de preferência, objeto de execução indireta.
§ 2º Não poderão ser objeto de execução indireta as atividades inerentes às categorias
funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou entidade, salvo expressa disposição
legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no âmbito do
quadro geral de pessoal.”.
Isto posto, conclui-se que as atividades terceirizadas desenvolvidas atualmente na ANTT
não contrariam o Decreto nº 2.271/97.
2.13 Avaliação da Conformidade das Peças
Com objetivo de avaliar a conformidade das peças do processo de contas da ANTT,
conforme disposto no art. 13 da IN TCU nº 63/2010, foi analisado o Processo nº
50500.029791/2013-10 e constatado que a Unidade elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas
normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de 2012. Ressalta-se que as peças
contemplam os formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 119/2012 e
124/2012 e da Portaria-TCU nº 150/2012. A metodologia da equipe de auditoria consistiu na
análise censitária de todos os itens que compõem o Relatório de Gestão e as peças
complementares.
Todavia, fez-se necessária a retificação do Relatório de Gestão com relação aos seguintes
itens:
a) Carta de Serviços ao Cidadão: No Relatório de Gestão 2012 consta, à página 150, que o
Decreto 6.932/2009 não é aplicável à ANTT e a Carta de Serviços ao Cidadão não será
publicada. Em reunião realizada na ANTT, foi esclarecido que tal informação estava
incorreta e que a Carta encontra-se no sítio da Agência.
b) Normativos CGU PAD: Não há menção a respeito da existência de normativos internos
que regulem o registro de informações no sistema CGU-PAD, uma vez que, de acordo
com o Memorando nº 43/2013/COREG, de 11/06/2013, a ANTT disciplinou o uso do
referido Sistema por intermédio da Portaria nº 17/COREG/ANTT, de 03/04/2008.
As retificações foram realizadas por meio do Ofício nº 794/2013/DG/ANTT, de 17/07/13.
2.14 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ
A avaliação dos Indicadores de Gestão da Unidade buscou verificar a adequação dos
indicadores da unidade jurisdicionada aos critérios de completude, comparabilidade,
confiabilidade, acessibilidade e economicidade. A metodologia consistiu na análise dos
indicadores elaborados e validados pela ANTT em 2012.
Em agosto de 2009 foi aprovado o Plano de Gestão Corporativa da Agência, no qual
foram definidos 21 objetivos estratégicos, 36 projetos estruturantes e 46 indicadores de
desempenho. Esse Plano englobou os macro processos internos e finalísticos. Após um ano de
implementação, em agosto de 2010 foi realizada a revisão e validação dos indicadores que
resultou na exclusão de três e substituição de outros três indicadores.
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Em dezembro de 2010, após o 4º Ciclo de Avaliação da Gestão Estratégica foi verificado
que 63% dos indicadores haviam alcançado ou superado as metas estabelecidas no respectivo
período. Alguns indicadores ainda não foram suficientemente maturados, portanto, pendentes de
validação, uma vez que dependem diretamente de Projetos Estratégicos a serem concluídos a
partir de 2011.
Da avaliação dos 42 indicadores institucionais, esta equipe de auditoria entende que 18
indicadores não eram úteis ao gestor ou não são mensuráveis. Na oportunidade, foi solicitado
que a ANTT avaliasse as observações apresentadas quanto aos indicadores de desempenho e
apresentasse esclarecimentos sobre a concordância aos questionamentos.
Novamente, em agosto de 2011 (dois anos após a implementação do planejamento
estratégico) foi realizada nova avaliação dos indicadores. Como resultado, em dezembro desse
mesmo ano os, agora, 39 indicadores foram revisados e validados. Nessa revisão observou-se
que 20 (vinte) dos 39 (trinta e nove) indicadores foram reavaliados, representando 51%,
incluindo os 18 indicadores questionados pela CGU. A revisão demonstrou a adequabilidade da
maioria, entretanto, a ausência de mensuração de alguns indicadores resultou da inexecução das
ações necessárias à mensuração continuada. E ainda, foram constatadas a exclusão, a
modificação de nome e a substituição de indicadores. Além disso, a Agência concluiu, entre
outras coisas, pela necessidade de revisão dos elementos da estratégia ao longo do ano de 2012.
Por todo o exposto observa-se que os indicadores de desempenho da ANTT são
adequados, se relacionam aos processos críticos da unidade, e foram validados e revisados
anualmente durante o período do planejamento estratégico da Agência (2009-2012). Apesar
disso, não foi constatado normativo interno definindo os responsáveis pela elaboração e
alimentação dos indicadores dos objetivos estratégicos e projetos estruturantes.
Quanto aos critérios a serem observados na definição dos indicadores, observou-se que
eles apresentam:
a) Completude (capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a situação
que a Agência pretende medir e de refletir os resultados das intervenções efetuadas na
gestão);
b) Comparabilidade (capacidade de proporcionar medição da situação pretendida ao longo
do tempo, por intermédio de séries históricas – evolução dos indicadores); e
c) Economicidade (razoabilidade dos custos de obtenção do indicador em relação aos
benefícios para a melhoria da gestão da unidade).
Entretanto, não se constatou o atendimento quanto aos critérios de:
a) Acessibilidade (facilidade de obtenção dos dados, elaboração do indicador e de
compreensão dos resultados pelo público em geral); e
b) Confiabilidade (confiabilidade das fontes dos dados utilizados para o cálculo do
indicador, avaliando, principalmente, se a metodologia escolhida para a coleta,
processamento e divulgação é transparente e reaplicável por outros agentes, internos ou
externos à unidade).
Tal fato se justifica em parte pela falta de normativo interno aprovado pela Diretoria da
Agência determinando a obrigatoriedade dessas informações. Esse fato foi mais bem detalhado
no item 1.1.2.1 deste Relatório.
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2.15 Avaliação dos Indicadores dos Programas Temáticos
Considerando que na Lei nº 12.593/12 os indicadores são exigidos apenas para os
programas temáticos; considerando que durante a gestão 2012 o Decreto de Gestão do PPA
2012-2015 (Decreto nº 7.866/2012) foi publicado no DOU apenas em 20.12.2012; considerando
que mesmo nesse normativo as atribuições quanto à atualização dos indicadores dos programas
recai sobre o Ministério do Planejamento; considerando que a responsabilidade sobre os órgãos
inicia-se a partir dos Objetivos (nível inferior ao nível dos programas), a avaliação do item 4 do
anexo IV da DN TCU nº 124/2012 restou prejudicada. Quanto aos indicadores das ações que não
são citados ou mencionados, nem na Lei nº 12.593/2012, nem no Decreto nº 7.866/2012, estes já
estão sendo avaliados nos resultados quantitativos e qualitativos da ação, atendendo assim ao
estabelecido na Portaria SOF nº 103, de 19/10/12. Dessa forma, o Controle Interno se abstém de
emitir opinião sobre o item 4 na gestão 2012.
2.16 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão
A avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão tem como objetivo
verificar a eficácia e eficiência dos objetivos e metas físicas e financeiras planejadas ou
pactuadas para o exercício, e se estes foram cumpridos. A metodologia da equipe de auditoria
consistiu na análise das ações de maior materialidade (responsável por 85% da execução
financeira), bem como as ações de maior relevância executadas pela Agência.
Com relação aos riscos de não atingimento das metas estabelecidas quanto aos controles
internos administrativos, à avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos e à coerência da
relação finalidade da ação x objeto do gasto, a ANTT esclareceu, por meio do Memorando nº
044/2013/SUDEG, de 16/05/2013, que a Superintendência de Gestão – SUDEG iniciou a gestão
de riscos participando, inclusive, do questionário elaborado e encaminhado pelo TCU. Informou,
ainda, que ao longo do exercício de 2013 serão implementadas e formalizadas, em todas as áreas
da Superintendência, instrumentos de gestão de riscos.
As principais Ações Finalísticas de competência da Unidade, o demonstrativo da
execução física e financeira e os respectivos fatos que refletem nos resultados alcançados,
encontram-se descritas nos Quadros 1 a 4 a seguir.
Quadro 1: Demonstrativo da execução física das Ações 2346 e 2907 em 2012.
3930001 - ANTT
2075 - TRANSPORTE RODOVIÁRIO
AÇÃO
META FÍSICA Atos e fatos que
prejudicaram
desempenho
Providências
adotadas Previsão Execução Execução/
Previsão (%)
2346 - Fiscalização dos serviços de
Transporte Rodoviário Interestadual e
Internacional de Passageiros
372.666 369.564 99,17% - -
2907 - Fiscalização da Concessão dos
Serviços e da Exploração da
Infraestrutura Rodoviária
2.413 4.108 170,24% - -
Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR, a partir de consulta ao SIOP e Relatório de Gestão 2012 da
ANTT. Data: 26/04/13.
Com relação à Ação 2346, no ano de 2012 foram fiscalizados 369.564 veículos no
Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros (TRIIP). O resultado obtido
representa execução de 99,17% em relação à meta física para o período (372.666 veículos).
Destaca-se a evolução quantitativa das fiscalizações efetuadas e dos autos lavrados no período
entre 2006 a 2012. Nesse período, observou-se o incremento nas fiscalizações realizadas de
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aproximadamente 106,74%, embora tenha havido um decréscimo de 45.160 veículos fiscalizados
em relação ao exercício de 2011.
No tocante à Ação 2907, a meta física realizada foi superior em 70,24% à prevista. Em
relação à diferença entre a previsão inicial de ações de fiscalização e o realizado, a ANTT
esclareceu que as quantidades e frequências das fiscalizações previstas são meramente
indicativas, com metas mínimas, consequência do caráter dinâmico da atividade fiscalizatória.
Quadro 2: Demonstrativo da execução financeira das Ações 2346 e 2907 em 2012.
2075 - TRANSPORTE RODOVIÁRIO
AÇÃO
META FINANCEIRA Atos e fatos
que
prejudicaram
desempenho
Providências
adotadas Dotação Empenhado Liquidado
Liquidado/
Dotação
(%)
2346 - Fiscalização dos
serviços de TRIIP 27.650.000,00 23.817.410,95 17.667.038,33 63,9
Houve
contingencia-
mento de
recursos pelo
MT
A agência
redistribuiu os
recursos pelas
ações
2907 - Fiscalização da
Concessão dos Serviços
e da Exploração da
Infraestrutura
Rodoviária
45.207.970,00 43.277.910,29 34.011.782,83 75,2
Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR, a partir de consulta ao SIAFI Gerencial e Relatório de Gestão
2012 da ANTT (Parâmetro Unidade Orçamentária-39250). Mês de referência: 14, saldo atual. Base: 10/02/13.
Na Ação 2346, o montante empenhado representou uma execução de 86,14% em relação
à dotação orçamentária. Porém, de acordo com as informações prestadas à página 101 do
Relatório de Gestão, o Ministério dos Transportes liberou limite para empenho e pagamento à
razão de 93,37% do total do orçamento previsto para as despesas discricionárias. A ANTT, em
conformidade com o limite e considerando a execução do exercício anterior e necessidade do
exercício corrente, fixou o valor correspondente a cada ação. Desta forma, a execução referente
ao limite orçamentário liberado para a Ação foi de 99,03%. Já com relação à Ação 2907, o valor
total empenhado em relação à dotação final demonstrou uma execução de 95,73%. A execução
referente ao limite orçamentário liberado para a Ação foi de 99,95%.
Quadro 3: Demonstrativo da execução física das Ações 2348 e 869U em 2012.
3930001 - ANTT
2072 - TRANSPORTE FERROVIÁRIO
AÇÃO
META FÍSICA Atos e fatos que
prejudicaram
desempenho
Providências adotadas Previsão Execução
Execução/
Previsão (%)
2348 - Fiscalização da
Concessão dos Serviços e
da Exploração da
Infraestrutura Ferroviária
12 12 100 - -
869U - Fiscalização de
Bens Operacionais e Gestão
dos Contratos de
arrendamento das Malhas
Ferroviárias
10 11 110 -
Não se avalia a necessidade de
ajuste na meta, pois o percentual
executado foi próximo do
previsto que era a fiscalização de
10% dos bens arrendados.
Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR, a partir de consulta ao SIOP e Relatório de Gestão 2012 da ANTT
(Parâmetro Unidade Orçamentária-39250). Mês de referência: 14, saldo atual. Base: 10/02/13.
Com relação à meta física da Ação 2348, as concessões ferroviárias fiscalizadas são em
número de 12 (doze), incluindo a subconcessão da VALEC (Ferrovia Norte-Sul). A fim de
estruturar a fiscalização, foi elaborado e aprovado pela Diretoria da ANTT o Plano Anual de
Fiscalização Ferroviária, que objetiva orientar as atividades a serem executadas no sentido de
acompanhar a prestação dos serviços de transporte de cargas outorgados, assegurando o
cumprimento dos contratos de outorga, de acordo com o estabelecido no Título II, da Resolução
ANTT nº 044, de 4 de julho de 2004. Com base em tais normas, foram realizadas 117 Inspeções
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Programadas, do tipo técnicas, operacionais, técnico-operacionais, bem como 56 Inspeções
Eventuais, essas motivadas basicamente por acidentes ferroviários graves, questionamentos ou
solicitações do Ministério Público, comprovação para solicitação de registro de usuário
dependente, denúncias, entre outros, além de 22 Inspeções de Obras.
Com relação à meta física da Ação 869U, estava prevista a fiscalização de 10% dos bens
arrendados em 2012, sendo que o percentual realizado foi de 11,15%. Em números absolutos,
foram inspecionados 2.519 bens imóveis e 3.863 bens móveis, de um total de 13.026 bens
imóveis e 44.195 bens móveis. Não se avalia a necessidade de ajuste na meta, pois o percentual
executado foi próximo do previsto.
Em relação à fiscalização dos ativos ferroviários, durante o exercício de 2012, foram
realizadas 43 inspeções, sendo 34 programadas e 9 eventuais, nas malhas das Concessionárias:
Ferrovia Centro Atlântica – FCA, MRS Logística, ALL Malha Sul, ALL Malha Paulista, ALL
Malha Oeste e Transnordestina Logística. Em que pese o atingimento da meta global e o
acréscimo verificado na comparação 2012/2011, revertendo uma tendência de queda, há que se
destacar que, em números absolutos, a quantidade de fiscalização de bens apresenta uma
expressiva redução em relação aos valores alcançados em 2008, conforme demonstrado na
Tabela 1 a seguir.
Tabela 1 - Histórico de fiscalização de bens arredados.de Bens
Tipo de
Bens Inspeção
20082008 Inspeção
2009 Inspeção
2010 Inspeção
2011 Inspeção
2012 Comparação
2012/2008 Comparação
2012/2011 BENS
MÓVEIS 18.087 6.837 4.197 1.849 2.519 -86,1% 36,2%
BENS
IMÓVEIS 4.683 1.474 1.324 2.179 3.863 -17,5% 77,3%
TOTAL 22.770 8.311 5.521 4.028 6.382 -72% 58,4%
Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR com base no relatório de Avaliação da Gestão 2012
Quadro 4: Demonstrativo da execução financeira das Ações 2348 e 869U em 2012.
2072 - TRANSPORTE FERROVIÁRIO
AÇÃO
META FINANCEIRA Atos e fatos
que
prejudicaram
desempenho
Providências
adotadas Dotação Empenhado Liquidado
Liquidado/
Dotação
(%)
2348 - Fiscalização da
Concessão dos Serviços
e da Exploração da
Infraestrutura
Ferroviária
13.085.150,00 10.825.469,31 8.609.906,66 65,8 Houve
contingencia-
mento de
recursos pelo
MT
A agência
redistribuiu os
recursos pelas
ações 869U - Fiscalização de
Bens Operacionais e
Gestão dos Contratos
de arrendamento das
Malhas Ferroviárias
15.000.000,00 13.660.743,51 9.336.981,93 62,2
Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR, a partir de consulta ao SIAFI Gerencial e Relatório de Gestão
2012 da ANTT (Parâmetro Unidade Orçamentária-39250). Mês de referência:14, saldo atual. Base : 10/02/13.
Na Ação 2348 a execução orçamentária e financeira representou, em relação ao
orçamento final, um percentual de 82,73%, e sobre o limite disponibilizado, 98,41%. Dos valores
empenhados, estão inseridos os relativos à descentralização efetuada em função de atendimento
de cláusulas de Termos de Cooperação – no montante de R$ 1.104.060,00.
Com relação à Ação 869U, o Relatório de Gestão da ANTT esclarece que a dotação
orçamentária aprovada pela Lei Orçamentária Anual – LOA foi mantida integralmente e os
valores empenhados na Ação foram da ordem de 91,07%. Os valores pagos representaram
62,30% do total empenhado e, em consequência, foram inscritos em Restos a Pagar o montante
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de R$ 5.150.744,97, sendo R$ 826.983,39 processados e R$ 4.323.761,58 não processados. Do
limite orçamentário atribuído à Ação houve uma execução de 99,72%, ressaltando que a fixação
do limite inferior ao valor da Lei não prejudicou o atingimento da meta física que foi superior em
10% (dez por cento). No exercício, do montante empenhado foram descentralizados R$
7.999.396,94 para atender cláusula de Termo de Cooperação e a execução orçamentária pelo
Órgão/Entidade beneficiária está incluída nos valores informados.
2.17 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ
A avaliação da regularidade dos Processos Licitatórios, efetuada por amostragem, teve por
objetivo verificar a regularidade das contratações efetuadas pela Unidade, cujo escopo de análise
envolveu a verificação de regularidade dos processos de licitação, inclusive de dispensa e
inexigibilidade, com a análise de cada uma das fases dos procedimentos de contratação; a
comprovação da regularidade dos contratos celebrados; e a obtenção de informações quanto à
adoção de critérios de sustentabilidade ambiental. A amostra analisada foi obtida utilizando-se
critérios de materialidade, relevância e criticidade, e resultou na análise de 11 processos (1 de
concorrência, 2 de inexigibilidade e 8 pregões). No exercício de 2012 foram realizados 160
(cento e sessenta) processos licitatórios, incluindo dispensa e inexigibilidade, os quais geraram
contratos, cujos montantes constam no Quadro 5 a seguir.
Quadro 5: Montante conforme modalidade de licitação
MODALIDADE VALOR R$ PERCENTUAL
CONCORRÊNCIA 15.130.175,22 10,90%
PREGÃO 91.553.289,13 65,97%
DISPENSA 20.850.257,08 15,02%
INEXIGIBILIDADE 11.238.680,10 8,10%
TOTAL 138.772.401,53
Fonte: SIAFI
Após análise dos processos supracitados e das informações encaminhadas pela SUDEG,
avalia-se que a estrutura de controle a qual visa a regularidade das contratações é satisfatória, e
que os procedimentos licitatórios adotados pela ANTT, estão em consonância com os
dispositivos legais inerentes à sua realização.
No que tange à verificação da utilização de critérios de sustentabilidade ambiental na
aquisição de bens e na contratação de serviços e obras, a metodologia consistiu em selecionar, de
acordo com os critérios de materialidade, relevância e criticidade, alguns procedimentos
licitatórios destacando-se as aquisições e contratações relacionadas à Tecnologia da Informação
(TI) e Obras, a fim de propiciar uma análise e relatoria mais setorizada e precisa das possíveis
constatações e/ou boas práticas levantadas. Nesse sentido, observou-se que as respectivas
aquisições estão sendo feitas satisfatoriamente, com a inclusão de critérios de sustentabilidade,
inclusive para equipamentos de informática, com a ocorrência em 30,5% dos processos de
licitação realizados na modalidade pregão.
2.18 Avaliação da Gestão do Uso do CPGF
Conforme DN TCU nº 124/2012, este item não foi objeto de análise desta Auditoria
Anual de Contas.
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2.19 Avaliação da Gestão de Pessoas
2.19.1 Análise da Gestão de Recursos Humanos
A avaliação da Gestão dos RH teve como objetivo verificar se a força de trabalho
existente atende às necessidades da ANTT. A auditoria realizada visou avaliar a composição do
quadro de pessoal da Agência. Em consulta ao SIAPE e com base nas informações extraídas do
Relatório de Gestão de 2012, as quais foram consideradas consistentes pela equipe de auditoria,
verificou-se que a força de trabalho estava constituída no final do exercício de 2012 conforme o
Quadro 6 a seguir.
Quadro 6: Força de trabalho da ANTT no final do exercício de 2012
Tipologia dos Cargos Lotação Efetiva Ingressos em
2012
Egressos em
2012
1. Provimento de cargo efetivo 1.183 08 38
1.1. Membros de poder e agentes políticos 04 0 01
1.2. Servidores de carreira 1.179 08 37
1.2.1. Servidores de carreira vinculados ao órgão 1.054 0 29
1.2.2. Servidores de carreira em exercício provisório 01 01 01 1.2.3. Servidores de carreira em exercício descentralizado 17 02 02 1.2.4. Servidores requisitados de outros órgãos e esferas 107 05 05
2. Servidores com contratos temporários - - -
3. Cargos em comissão 190 45 52
3.1. Cargos Natureza Especial 5 3 2
3.2. Grupo Direção e Assessoramento Superior 185 42 50
3.2.1. Servidores de carreira vinculada ao órgão 96 22 8
3.2.2. Servidores de carreira em exercício descentralizado 9 3 1
3.2.3. Servidores de outros órgãos e esferas 63 0 6
3.2.4. Sem vínculo 142 25 41
3.2.5. Aposentados 0 0 0
4. Funções gratificadas 168 25 15
4.1. Servidores de carreira vinculada ao órgão 96 22 8
4.2. Servidores de carreira em exercício descentralizado 9 3 1
4.3. Servidores de outros órgãos e esferas 63 0 6
Fonte: Relatório de Gestão 2012 da ANTT
Com relação aos servidores de carreira vinculados à Entidade, a ANTT esclareceu, por
meio do Memorando nº 57/2013/GEPES/SUDEG, de 16/05/2013, que esse grupo é composto
por efetivos e específicos, sendo que a Lei nº 10.871/2004 estabeleceu o quantitativo de 1.705
servidores efetivos. Desta forma, conforme exposto no Relatório de Gestão da Unidade, existe
um déficit de 832 servidores de carreira vinculada à ANTT (quadro de efetivos) quanto ao
previsto na Lei nº 10.871, haja vista que no encerramento de 2012 havia 873 cargos efetivos
ocupados.
No quadro acima consta lotação efetiva de 1.179 servidores de carreira, contemplando o
quantitativo de servidores de carreira vinculada à ANTT, ou seja, servidores do quadro efetivo e
específico, bem como servidores de carreira em exercício descentralizado, servidores de carreira
em exercício provisório e servidores requisitados de outros órgãos e esferas.
Quanto à requisição de servidores para complementação da mão de obra, a ANTT
informou, por meio do Memorando supracitado, que dispõe de quadro de pessoal próprio,
composto de quadro específico e efetivo e, portanto, adota como política buscar por concurso
público o preenchimento do quantitativo de cargos efetivos estabelecidos pela Lei 10.871/2004.
Assim, não utiliza o instituto da requisição como uma política de gestão de pessoas para
complementação de mão de obra a não ser em casos excepcionais relacionados a cargos
comissionados para incorporar à força de trabalho servidores de outros órgãos que possam
prestar relevante contribuição às ações da ANTT.
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No sentido de enfrentar essa questão (do déficit), a ANTT atuou junto ao Ministério do
Planejamento, tendo sido autorizada, por meio da Portaria n° 581 de 29/11/2012 - DOU de
30/11/2012, a realizar concurso público para o provimento de 135 cargos, de Especialista -
EREG e Técnico de Regulação - TREG, e Analista - AADM e Técnico Administrativo – TADM.
As situações que reduzem a força de trabalho efetiva da ANTT são a cessão de servidores
(38 ocorrências), remoções (67 ocorrências), afastamentos (1 ocorrência) e as licenças (22
ocorrências) que totalizaram 128 ocorrências em 2012.
Cabe ressaltar o fato descrito no item 3.1.1.3 – Das cessões de servidores sem o devido
enquadramento em lei específica ou sem fundamentação adequada, onde 19 de 24 servidores
cedidos e em exercício no MPU, na AGU e na DPU, não tem função gratificada, nem definição
de atividade específica, ou seja, não atendem aos critérios definidos na legislação. A Agência já
esgotou as providências (nota técnica ao MT e MPOG visando o retorno dos servidores,
inclusive negociação com os órgãos envolvidos, mas sem êxito. Cabe destacar que o Ministério
dos Transportes, nos termos do citado Encaminhamento nº. 385/2012 – DINOR/COTEC,
expressou que “não vislumbrou nenhuma irregularidade ou ilegalidade nos referidos atos.
Apesar disso, ressalta-se a pertinência do retorno dos servidores requisitados, devido à
insuficiência da força de trabalho da Agência , em função, primeiramente, pelo fato de as cessões
de servidores terem sido realizadas sem o devido enquadramento em lei específica ou sem
fundamentação adequada, e posteriormente, em decorrência do incremento das atribuições da
Agência, oriundas do novo cenário de concessões rodoviárias e ferroviárias.
De acordo com o Relatório de Gestão, com relação à acumulação indevida de cargos,
funções e empregos públicos, no período em questão não foi identificado servidor lotado na
Agência nessas situações.
2.19.2 Análise da Folha de Pagamento
A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item, foram considerados os
seguintes aspectos: lançamento tempestivo dos registros pertinentes no sistema contábil e no
SIAPE; e observância da legislação aplicável à admissão de pessoal, concessão de
aposentadorias, reformas e pensões.
A análise realizada pela CGU nas trilhas de auditoria do exercício de 2012 detectaram as
seguintes inconsistências: a) Servidores com parcela de devolução ao Erário interrompida ou
prazo e/ou valor alterados; b) Servidores com devolução do adiantamento de férias nos últimos 5
anos em valor inferior ao recebido; c) Instituidor de pensão com datas de ingresso no SPF,
SIAPE e Óbito muito próximas ou iguais; e d) Servidor aposentado pela EC 41 ou posterior com
valor do provento informado.
A ANTT, por meio do Memorando nº 64/2013/GEPES/SUDEG, apresentou
justificativas para as pendências apontadas conforme explicitado no item 3.1.1.4 deste Relatório.
Como resultado da análise das manifestações observou-se com relação ao item “b”, a fragilidade
dos controles existentes com vistas ao lançamento tempestivo das informações sobre os fatos
geradores de inconsistência nos dados cadastrais. Os demais itens foram devidamente
esclarecidos, excetuando-se o caso do item “a”, com reposições ao Erário suspensas em virtude
de determinação judicial.
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Visando mitigar as inconsistências na folha de pagamento, inclusive recorrentes em
gestões anteriores (2009, 2010 e 2011), a Agência informou que a Deliberação nº 130, de
26/6/2013, aprovou a Política de Qualidade de Vida da ANTT, que estabeleceu várias ações,
entre elas a de “Aperfeiçoar processos de Trabalho”, que serão implementadas pelo Comitê
Gestor de QVT da Agência.
2.19.3 SISAC
Essa avaliação consistiu em verificar o lançamento dos registros pertinentes relacionados
a nomeações, aposentadoria, pensão e reforma emitidas em 2012 no SISAC. Desse modo, foi
realizada a análise de todo o universo do arquivo referente ao cruzamento de dados do SIAPE x
SISAC, constatando a falta do registro no SISAC de uma aposentadoria de servidor, conforme
explicitado no item 3.1.1.5 deste Relatório. Em resposta, por meio do Ofício nº
265/SUDEG/GEPES, de 27/05/2013, encaminhou o processo administrativo nº
50500.083598/2012-43, referente ao assunto, que regularizou a sua situação.
Na análise do Controle Interno, verifica-se a fragilidade das medidas de controle com
vistas ao lançamento tempestivo das informações sobre os fatos geradores de inconsistência nos
dados cadastrais, cabendo à ANTT a adoção das providências cabíveis no sentido de sanar essa
deficiência. Visando mitigar as atuais e futuras inconsistências a Agência informou que a
Deliberação nº 130, de 26/6/2013, aprovou a Política de Qualidade de Vida da ANTT, que
estabeleceu várias ações, entre elas a de “Aperfeiçoar processos de Trabalho”, que serão
implementadas pelo Comitê Gestor de QVT da Agência.
2.19.4 Controles Internos Administrativos – Gestão de Pessoas.
A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item, foram considerados os
seguintes aspectos: definição de papéis a serem desempenhados pelos responsáveis e
colaboradores do processo; existência de mecanismos para identificar fragilidades e potenciais
riscos no desempenho da gestão de pessoas; avaliação de riscos; procedimentos de controle; e
existência de indicadores de gestão para o processo avaliado.
Ao final do exercício de 2012, a estrutura da ANTT, com a edição da Resolução nº
3.953/2012, publicada no Diário Oficial da União nº 253, de 18/12/2012, republicada em
28/12/2012, passou a vigorar conforme a estrutura organizacional funcional apresentada no
organograma inserido no Relatório de Gestão, cabendo à Superintendência de Gestão (SUDEG)
por meio da Gerência de Gestão de Pessoas (GEPES) administrar o recurso de pessoal e
desenvolvimento e retenção de talentos. O Projeto de Reestruturação Institucional da ANTT,
desenvolvido no âmbito do Programa de Melhoria de Gestão – PROMEG/ANTT, identificou a
cadeia de valor da Agência, permitindo que, por meio da Deliberação nº 158, de 24/8/2011,
fossem estabelecidos os processos prioritários para a Entidade.
A terminologia utilizada na ANTT para o tema foi “Macroprocessos de Suporte
Organizacional”. Ao longo do segundo semestre de 2011, e durante o exercício de 2012, os
mesmos foram assim estabelecidos: a) Gestão da Comunicação Organizacional; b) Gestão de
Compras e Contratações; e c) Gestão de Pessoas.
No mesmo período, iniciou-se o apoio assistido aos processos, ação que apoia os Chefes
de Processo na implantação efetiva, em sua área de competência. Nesse sentido, foi revisto
odesenho dos processos e indicadores de desempenho, para iniciar, quando possível, sua
mensuração.
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Com relação aos riscos de não atingimento das metas estabelecidas quanto aos controles
internos administrativos, relativamente à gestão de pessoas, a ANTT esclareceu, por meio do
Memorando nº 044/2013/SUDEG, de 16/05/2013, que a SUDEG iniciou a participação em
gestão de riscos contribuindo, inclusive, com o questionário elaborado e encaminhado pelo TCU.
Informou, ainda, que ao longo do exercício de 2013 serão implementadas e formalizadas, em
todas as áreas da Superintendência, instrumentos de gestão de riscos.
Quanto aos indicadores que são utilizados para identificar fragilidades bem como
acompanhar os processos envolvidos na gestão de pessoas, a ANTT informou, por meio do
Memorando nº 57/2013/GEPES/SUDEG, de 16/05/2013, serem os seguintes: a) absenteísmo
funcional; b) rotatividade funcional; c) índice de capacitação de servidores e, d) taxa de
capacitação de servidores.
2.20 Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias
Apesar de a DN TCU nº 124/2012 não obrigar essa avaliação para as Agências
Reguladoras, foi constatada a necessidade de padronização das informações na seleção das
propostas de transferências. A possível causa do problema constatado decorre da inexistência de
normativo interno com a definição o processo de trabalho e padronização das informações para
seleção das propostas de transferências. Nesse sentido, foi recomendado que a Agência elabore e
aprove o referido normativo.
2.21 Ocorrências com dano ou prejuízo:
Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário.
3 Conclusão
Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando
identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a
serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente
ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos
requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de
modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria.
Brasília/DF, de julho de 2013.
Relatório supervisionado e aprovado por:
_____________________________________________________________
Coordenador-Geral de Auditoria da Área de Transportes
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Achados da Auditoria - nº 201306034
ÍNDICE
1 GESTÃO OPERACIONAL ................................................................................................ 20
1.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS .............................................................................. 20
1.1.1 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS ............................................ 20
1.1.1.1 CONSTATAÇÃO ............................................................................................................ 20
NÃO REALIZAÇÃO DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS - PSU ... 20
1.1.1.2 CONSTATAÇÃO ............................................................................................................ 24
INDEFINIÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2013-2016 .......................... 24
1.1.2 RESULTADOS DA MISSÃO INSTITUCIONAL ......................................................... 27
1.1.2.1 INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 27
AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO DA GESTÃO E DO PPA 27
1.1.3 SISTEMA DE INFORMAÇÕES OPERACIONAIS ..................................................... 32
1.1.3.1 CONSTATAÇÃO ............................................................................................................ 32
INCONFORMIDADES NA GESTÃO DE TI ................................................................ 32
2 CONTROLES DA GESTÃO .............................................................................................. 35
2.1 CONTROLES EXTERNOS ............................................................................................ 35
2.1.1 ATUAÇÃO DO TCU/SECEX NO EXERCÍCIO .......................................................... 35
2.1.1.1 INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 35
EXISTÊNCIA DE DETERMINAÇÃO ESPECÍFICA DO TCU À CGU PARA
VERIFICAÇÃO DE ATENDIMENTO, PELA ANTT, DE RECOMENDAÇÕES
EXPEDIDAS PELA CORTE DE CONTAS ................................................................... 35
2.1.1.2 INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 36
DAS DELIBERAÇÕES DO TCU NO EXERCÍCIO DE 2012 ...................................... 36
2.2 CONTROLES INTERNOS ............................................................................................. 38
2.2.1 AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS ............................................................ 38
2.2.1.1 CONSTATAÇÃO ............................................................................................................ 38
INEXISTÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS E DE INDICADORES DE
GESTÃO DO ATENDIMENTO DAS DETERMINAÇÕES DO TCU E
RECOMENDAÇÕES DA CGU ...................................................................................... 38
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2.2.1.2 INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 39
DO ATENDIMENTO ÀS RECOMENDAÇÕES DA CGU ........................................... 39
2.2.2 AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS ........................................................... 40
2.2.2.1 CONSTATAÇÃO ............................................................................................................ 40
INSUFICIÊNCIA DOS CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS DA UJ .... 40
3 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ............................................................................ 44
3.1 MOVIMENTAÇÃO ........................................................................................................ 44
3.1.1 QUANTITATIVO DE PESSOAL ................................................................................. 44
3.1.1.1 INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 44
DOS CRITÉRIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS EM COMISSÃO E DOS
NÍVEIS DE FUNÇÕES GERENCIAIS PRIVATIVOS DE SERVIDORES DE
CARREIRA ..................................................................................................................... 44
3.1.1.2 INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 49
DO QUANTITATIVO DE PESSOAL DE CARGO EFETIVO NA ANTT .................. 49
3.1.1.3 INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 50
DAS CESSÕES DE SERVIDORES SEM O DEVIDO ENQUADRAMENTO EM LEI
ESPECÍFICA OU SEM FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA ...................................... 50
3.1.1.4 INFORMAÇÃO ............................................................................................................... 52
DAS INCONSISTÊNCIAS DOS REGISTROS NA FOLHA DE PAGAMENTO E NOS
SISTEMAS CORPORATIVOS OBRIGATÓRIOS (SISAC) ......................................... 52
4 GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS .................................................... 54
4.1 PROCESSOS LICITATÓRIOS ....................................................................................... 54
4.2 CONVÊNIOS DE OBRAS, SERVIÇOS E DE SUPRIMENTO ..................................... 54
4.2.1 AVALIAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS ........................................... 54
4.2.1.1 CONSTATAÇÃO ............................................................................................................ 54
NECESSIDADE DE PADRONIZAÇÃO DO PROCESSO DE SELEÇÃO DAS
PROPOSTAS DE TRASNFERÊNCIAS ......................................................................... 54
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1 GESTÃO OPERACIONAL
1.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
1.1.1 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS
1.1.1.1 CONSTATAÇÃO
NÃO REALIZAÇÃO DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS - PSU
Fato
Na Auditoria de Acompanhamento da Gestão 2008, realizada pela CGU junto à ANTT,
foi constatada a inexistência de aferição da satisfação dos usuários com os serviços prestados
pelas concessionárias de rodovias e ferrovias e permissionárias de transporte rodoviário de
passageiros, exigência esta descrita no Regimento Interno, como competência específica de cada
Superintendência responsável pela fiscalização dos modais.
Em fevereiro de 2009, a Agência publicou a Portaria nº 062/09, que constituiu grupo de
Trabalho da Pesquisa de Satisfação dos Usuários de Transportes Terrestres, para elaboração de
um Termo de Referência - TR com a metodologia de pesquisa nacional de satisfação dos
usuários dos serviços de transportes terrestres regulados pela ANTT, visando a contratação de
empresa para elaboração da pesquisa. Esse TR, elaborado em julho de 2009, teve como objetivo
geral o planejamento metodológico e teste piloto de uma Pesquisa de Satisfação de Usuários de
Serviços de Transporte Terrestres, em âmbito nacional, cobrindo as diferentes áreas de atuação
da ANTT, a saber: usuários de rodovias e ferrovias concedidas e usuários de autorizatárias
especiais e de permissionárias nacionais e internacionais de ônibus. O prazo final para
divulgação do edital e validação da pesquisa era 31/12/09 e 31/12/10, respectivamente, prazos
esses descumpridos.
Entretanto, somente em abril de 2012, foi entregue o produto 4, que compreende o Termo
de Referência e a Minuta de Edital para contratação de empresa especializada na aplicação da
Pesquisa de Campo, em cuja proposta está expressamente consignado que “as diversas atividades
associadas à execução da Pesquisa de Satisfação dos usuários de serviços de regulados pela
ANTT serão monitoradas por representantes da ANTT e do consórcio Transplan – Futura,
contratado pela ANTT para esta finalidade. Em 1º de junho de 2012 foi confirmada a
disponibilidade orçamentária de R$ 10.977.122,67 (dez milhões, novecentos e setenta e sete mil,
cento e vinte e dois reais e sessenta e sete centavos) para a contratação, por meio de licitação, de
empresa para a aplicação da pesquisa. Posteriormente, foi providenciado o ajuste no Termo de
Referência, mais especificamente em planilha de composição de Benefícios e Despesas Indiretas
(BDI), para que estivesse de acordo com as especificações do Tribunal de Contas da União -
TCU e, assim, após a apreciação do processo pela Procuradoria-Geral desta Casa, deflagrar o
processo de licitação em questão.”.
Em setembro de 2012 a Superintendência de Marcos Regulatórios - SUREG informou no
Plano de Providências Permanente 2012 que:
“Entre os produtos 4 e 5, ocorrerá a aplicação da Pesquisa de Satisfação dos Usuários em
âmbito nacional, a ser realizada por outra empresa especializada, contratada pela ANTT. O
processo nº 50500.053636/2012-33 já está em andamento para a contratação da referida
pesquisa e, atualmente, encontra-se na Procuradoria-Geral da ANTT, após ter sido submetido à
análise da Gerência de Licitações e Contratos – GELIC e da Gerência de Planejamento e
Orçamento – GEPLA. O consórcio Transplan/Futura supervisionará a aplicação da pesquisa
nacional, da qual depende a entrega dos Produtos 5 e 6. De acordo com a metodologia
aprovada, as pesquisas deverão ser realizadas nos períodos de março a junho ou de agosto a
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novembro. Estes períodos foram definidos visando a excluir os períodos de férias, que
apresentam características atípicas em relação ao restante do ano.”.
Ressalta-se a informação da SUREG de que “... a metodologia da pesquisa resta definida
e testada por meio da aplicação de um piloto. Dessa forma, sempre que houver necessidade de
aplicação de uma nova pesquisa, não será mais necessária a contratação de seu desenvolvimento,
mas, tão somente, sua aplicação. Registre-se, ainda, que a periodicidade de aplicação da
mesma será definida por ato da Diretoria da ANTT, após a realização da primeira pesquisa e
apuração de seus resultados.”.
Destarte, conclui-se que: a) até setembro de 2012 não tinha sido contratada empresa para
a realização da pesquisa, apesar da SUREG já ter informado que a pesquisa seria realizada entre
março e julho, ou agosto e novembro daquele ano; e b) a periodicidade das futuras pesquisas será
definida por ato da Diretoria da ANTT, após a realização da primeira pesquisa e apuração de
seus resultados. Portanto, resta necessária a celeridade nas providências para contratação da
realização da pesquisa e definição do novo cronograma para validação. ##/Fato##
Causa
Morosidade da Diretoria da Agência na contratação de empresa para aplicação da
pesquisa em campo e consequente finalização do processo. A Resolução nº 3.000, de 28/01/09,
que aprovou o Regimento Interno e a Estrutura Organizacional da ANTT, dispõe em seus artigos
25 e 101:
“Art. 25. À Diretoria da ANTT compete, em regime de colegiado, analisar, discutir e decidir, em
instância administrativa final, as matérias de competência da Autarquia, bem como:
(...)
II - estabelecer as diretrizes funcionais, executivas e administrativas a serem seguidas, zelando
pelo seu efetivo cumprimento;
(...)
IX - aprovar normas de licitação e contratação próprias da ANTT;
X - aprovar editais de licitação, homologar adjudicações, bem assim decidir pela prorrogação,
transferência, intervenção e extinção em relação a concessões, permissões e autorizações,
obedecendo ao plano geral de outorgas, normas, regulamentos de prestação de serviços e dos
contratos firmados;
Art. 101. Os Superintendentes de Processos Organizacionais têm as seguintes atribuições
comuns:
(...)
X - aferir a satisfação dos usuários com os serviços prestados.”. ##/Causa##
Manifestação da Unidade Examinada
Por meio de correspondência eletrônica datada de 18/06/13, a Gerência de Defesa do
Usuário e da Concorrência – GEDUC/SUREG informou o seguinte:
“1) Relativamente ao Contrato nº 006/2011, firmado com o Consórcio Transplan/Futura para o
desenvolvimento de metodologia de pesquisa de satisfação:
O contrato nº 006/2011 foi firmado em abril de 2011 e prevê os seguintes Produtos (etapas): 1)
Levantamento de Experiências Internacionais e Pesquisa Qualitativa; 2) Desenvolvimento da
Metodologia de Pesquisa Quantitativa; 3) Validação da Metodologia de Pesquisa Quantitativa
por meio da aplicação da pesquisa piloto; 4) Elaboração do Termo de Referência e minuta de
edital para contratação de empresa especializada na aplicação da pesquisa de campo; 5)
Manual para Aplicação de Pesquisa de Satisfação; 6) Relatório Executivo: relatório resumido de
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todas as etapas de desenvolvimento do objeto para o público não técnico. As pesquisas-piloto
foram aplicadas em novembro de 2011. Os Produtos 1 a 4 foram entregues, aprovados e pagos.
O atraso no cumprimento do cronograma estabelecido no Termo de Referência anexo ao
Contrato nº 006/2011 ocorreu, em especial, devido a:
a) As áreas técnicas da ANTT interessadas formularam comentários e sugestões sobre as
minutas dos Produtos apresentados, o que demandou maior prazo para a entrega das
versões finais ajustadas. Destacamos que as eventuais solicitações de alteração nos
Produtos estão respaldadas na cláusula 13.2 do referido Termo de Referência, segundo a
qual a ANTT pode estabelecer prazo para que o Consórcio realize adequações nos
Produtos entregues.
b) Houve atraso na realização da Pesquisa de Satisfação em âmbito nacional, a qual
deverá ser realizada por outra empresa especializada, contratada pela ANTT. A
consecução das etapas referentes aos Produtos 5 e 6, bem como o ajuste no cronograma
dessas entregas, dependem de tal contratação.
Em virtude desses atrasos, em 12/11/2012 foi firmado o primeiro Termo Aditivo ao Contrato nº
006/2011, que prorrogou a vigência do Contrato nº 006/2011 por 10 (dez) meses, a partir de 20
de fevereiro de 2013, sem acréscimo no valor inicialmente pactuado, para continuidade dos
serviços de consultoria. (DOU de 10/01/2013, seção 3, pg.177).
2) Relativamente à contratação da pesquisa de satisfação em todo território nacional:
Em dezembro de 2012, foi realizado o Pregão Eletrônico nº 39/2012, do tipo menor preço, para
contratação de serviços especializados, de caráter não continuado, para realização de pesquisa
de satisfação dos usuários de serviços regulados pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres – ANTT. A vencedora do certame foi a empresa Virtu Análise e Estratégia Ltda. e o
resultado do Pregão foi publicado no DOU de 31 de dezembro de 2012 (seção 3, pg.288).
No DOU de 9 de janeiro de 2013 (seção 3, pg. 157), foi publicado o extrato do Contrato nº
061/2012 firmado com a empresa Virtu Análise e Estratégia Ltda. (CNPJ 00.794.068/0001-90).
Vigência: de 31/12/2012 a 30/08/2013. Valor Total: R$2.499.999,99. Fonte: 174039282 -
2012NE800605. Data de Assinatura: 31/12/2012. No DOU de 10 de abril de 2013 (seção 3, pg.
177), foi publicado Aviso de Cancelamento que tornou sem efeito o ato de publicação do extrato
do Contrato nº 061/2012.
Em 12/04/2013, a Superintendência de Gestão – SUDEG restituiu o processo de contratação da
Pesquisa à SUREG com a informação de que não foi formalizada a contratação objeto do
Pregão Eletrônico nº 39/2012. Em face disso, no dia 16/04/2013 a SUREG tramitou os autos à
Diretoria da ANTT, apresentando seu entendimento e argumentação favoráveis à realização da
Pesquisa e solicitando análise e deliberação quanto ao andamento do processo.
Os autos foram restituídos à SUREG no dia 17/06/2013, com informação de que a matéria foi
encaminhada para assinatura do Diretor-Geral da ANTT sem comprovação de regularidade
junto ao SICAF. Isso posto, a Diretoria solicitou o andamento do feito e sua conclusão, com a
necessária e prévia consulta empresa vencedora quanto à manutenção de sua proposta inicial e
permanência no certame, bem como as demais instruções cabíveis. Assim, o processo será
remetido à SUDEG para a adoção das providências necessárias à contratação.”. (grifos nosso)
##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Análise do Controle Interno
Da análise da manifestação da Agência, observa-se a morosidade tanto da SUREG, na
aprovação dos produtos que precedem a contratação da pesquisa, como da Diretoria da Agência
na contratação da empresa para realização da pesquisa, uma vez que o contrato foi assinado em
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31/12/12 e posteriormente cancelado, e até a data da manifestação da ANTT (18/06/13), ou seja,
mais de seis meses, ainda não foi ratificada a contratação.
Ressalta-se que o prazo final inicialmente previsto para divulgação do edital e validação
da pesquisa foi 31/12/09 e 31/12/10. Posteriormente, foram estabelecidos novos prazos, com a
validação da pesquisa, segundo o cronograma, tendo encerramento previsto para 17/10/2012.
Tanto a primeira previsão como a segunda foram descumpridas. Numa terceira revisão dos
prazos finais, observa-se que o novo prazo estabelecido é 20/12/13 (prazo coincidente com o
Contrato nº 006/2011, referente aos serviços de consultoria). Ou seja, um fato constatado na
Gestão 2008, que é de competência da Agência, prevista no regimento interno, ainda em 2013
não foi solucionado.
Por todo o exposto, observa-se que apesar de as medidas adotadas pela Agência
concorrerem para a solução do problema constatado, as providências estão sendo adotadas de
forma bastante morosa, inexistindo uma proatividade tempestiva tanto da Diretoria como da
Superintendência responsável. Tal fato prejudica a mensuração dos serviços prestados à
sociedade pelas concessionárias e permissionárias.
Por fim, destaca-se que a pesquisa de satisfação dos usuários, competência regimental da
Agência, foi objeto de apontamento pela CGU em 2008, sendo que desde 2009 já fazia parte do
planejamento estratégico da Agência como Projeto Estruturante. Ressalta-se que a pesquisa é
ferramenta indispensável e essencial para aferição da prestação adequada do serviço público sob
responsabilidade da Agência.
Em resposta ao Relatório Preliminar a Agência informou, por meio de correspondência
eletrônica que:
“A contratação da empresa que vai aplicar a Pesquisa está em andamento, tendo o processo
licitatório sido finalizado e resultado como vencedora a empresa Virtu Análise e Estratégia Ltda.
(...) Novo contrato foi elaborado e está em análise na Procuradoria-Geral para obter chancela
e, ato contínuo, será a assinado pelas partes. Após assinatura do contrato e publicação de seu
extrato no DOU, será dado início aos trabalhos que constam no cronograma a seguir.
A diretoria da Agência está tomando providências efetivas para cumprir a recomendação da
CGU de contratar a pesquisa nacional para aferir a satisfação dos usuários dos transportes
terrestres. Os atrasos anteriores já foram devidamente justificados pelas áreas e são do
Atividade Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6
CRONOGRAMA
GERAL DE
EXECUÇÃO DA
PESQUISA
Planejamento, preparação do
campo, Cadastramento do
questionário e treinamento da
Equipe.
Coleta, entrada e processamento
de dados.
Análise, revisão e liberação do
relatório parcial.
Processamento (resultados
consolidados), análise, revisão
dos relatórios consolidados e
apresentação dos resultados.
EXECUÇÃO DO
CONTRATO
Nº006/2011 -
CONSÓRCIO
TRANSPLAN/
FUTURA
Manual para aplicação de
Pesquisa de Satisfação. (Produto
5)
Relatório Executivo:resumo de
todas as etapas de
desenvolvimento do objeto para o
público não técnico. (Produto 6)
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conhecimento da equipe de auditoria da CGU, e a tramitação do processo não sofreu solução de
continuidade que trouxesse prejuízo aos serviços da Agência.”. (grifos nosso)
Da análise das manifestações adicionais observa-se que se o contrato de aplicação da
pesquisa for assinado em agosto de 2013, o prazo para consolidação dos resultados será
novembro de 2013, restando 2 meses para a consultoria apresentar o Manual para aplicação de
Pesquisa de Satisfação (Produto 5) e Relatório Executivo (Produto 6), ou seja, em janeiro de
2014. Entretanto, o prazo do contrato de consultoria expira em 20/12/13.
Apesar da agência informar que a “tramitação do processo não sofreu solução de
continuidade que trouxesse prejuízo aos serviços da Agência”, observa-se a morosidade da
própria Diretoria em determinar a celeridade na contratação do processo, afinal, até a presente
data, já são mais de 7 meses do cancelamento do contrato. No entendimento desta CGU,
tratando-se da importância da pesquisa de satisfação do usuário, e considerando que: está
previsto no regimento (publicado desde 2002); é um princípio da Lei 8.987/95; última pesquisa
realizada em 2005; e inexistência de outras pesquisas de satisfação que possam servir de contra
argumentação aos descasos observados por exemplo nas concessões rodoviárias, houve sim a
morosidade por parte da Agência.
Recomendações
Recomendação 1: Que a Agência apresente no Plano de Providências o acompanhamento da
execução dos contratos (de consultoria e aplicação da pesquisa) e a providência a ser adotada
para cumprimento do cronograma apresentado, considerando que o prazo do contrato de
consultoria expira em 20/12/13.
##/AnaliseControleInterno##
1.1.1.2 CONSTATAÇÃO
INDEFINIÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2013-2016
Fato
A ausência de indicadores de gestão foi constatada desde o início dos trabalhos desta
CGU junto à ANTT, em 2007. Em 2008, com a nomeação da nova Diretoria, a Agência iniciou
um processo de implementação de um Plano de Atividades e Metas - PAM como instrumento de
gestão das atividades finalísticas da ANTT, com o objetivo de detalhar todas as atividades
operacionais relativas às atribuições das Unidades Organizacionais finalísticas, havendo o
estabelecimento de metas e a apropriação e análise gerencial de desempenho.
O tema Planejamento Estratégico é consenso entre governo e sociedade, sendo necessário
que as organizações públicas aprimorem, continuamente, seus processos de gestão, bem como o
uso coordenado de recursos visando obter os melhores resultados. Em âmbito governamental, o
exercício de 2009 foi instituído, por decreto presidencial, como Ano Nacional da Gestão Pública,
decisão essa que propiciou organicidade a um conjunto de ações do governo federal voltadas a
temática da melhoria da gestão pública – tema cada vez mais frequente nas agendas
governamentais de todo o mundo.
Em decorrência, foi constituído um grupo de trabalho para o planejamento da Gestão
Corporativa da ANTT, composto pelos titulares das unidades organizacionais e um
correspondente representante executivo. Este grupo teve por objetivo principal adotar medidas
para a revisão dos instrumentos de administração estratégica, dentre eles o desenvolvimento de
um conjunto de indicadores de desempenho próprios à ANTT, assim como a elaboração de Plano
de Gestão para o período 2009-2011, na forma de Plano de Trabalho constituído de atividades e
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metas, a fim de proporcionar o acompanhamento e avaliação das propostas de trabalho para
cada exercício.
Em abril de 2009, foi editada a Portaria nº 203, de 29/04/09, estabelecendo como
objetivos principais: sistematizar, organizar e formalizar a implantação e acompanhamento das
estratégias da Agência, bem como desenvolver seu Plano Estratégico Corporativo, o qual
compreenderia a definição da missão, desafios estratégicos, objetivos, resultados e indicadores.
Em agosto de 2009, por meio da Deliberação nº 206/09 a Diretoria da ANTT aprovou a
definição da Missão, dos Objetivos Estratégicos, dos Indicadores de Desempenho e dos
Programas Estruturantes, componentes do Plano Estratégico Corporativo da Agência. Nessa
deliberação também foi criado o Núcleo de Gestão Corporativa - NCG ao qual compete, entre
outras atribuições, consolidar e sistematizar dados para a mensuração dos indicadores de
desempenho. A partir da assimilação e internalização da missão da ANTT, foram construídos
21 (vinte e um) Objetivos Estratégicos, que foram acompanhados por 46 (quarenta e seis)
indicadores, impulsionados pelos 36 (trinta e seis) Programas Estruturantes, que deram maior
visibilidade ao Processo.
No período de 2009 a 2012 (3 anos) foram realizados doze Ciclos de Avaliação
Estratégica, sendo sete ciclos de Avaliação dos Projetos Estruturantes e cinco ciclos de
Avaliação dos indicadores de desempenho/objetivos estratégicos; além de seis Seminários
Anuais de Planejamento Estratégico, sendo três para avaliação dos Projetos Estruturantes e três
sobre a Evolução dos Indicadores de Desempenho. E ainda, em agosto de 2010, um ano após a
aprovação do planejamento estratégico e a definição dos indicadores de desempenho, houve a
validação destes indicadores, que resultou na substituição de três e exclusão de mais três
indicadores, restando 43 indicadores de desempenho.
Em agosto de 2011 houve a Revisão dos Elementos do Plano Estratégico Corporativo
2009/2012 da ANTT e a instituição do Escritório de Projetos e Processos. Nesse mesmo período,
em função da constatação da CGU de que 18 indicadores de desempenho não estavam sendo
úteis ou mensuráveis, foi realizada a avaliação destes e em dezembro de 2011 foi aprovada a
revisão dos indicadores de desempenho.
Desse modo, observa-se que o Planejamento Estratégico da Agência para o período de
2009-2012 foi estabelecido e implementado de forma satisfatória, atendendo ao principal
objetivo que é a melhoria da gestão pública.
Por fim, considerando que o período do Planejamento estratégico da Agência aprovado
definiu os “Desafios Estratégicos a serem alcançados no período 2009-2012”, foi solicitado da
Agência o documento consolidado de avaliação do alcance desses objetivos ao final do referido
período (2009-2012), indicando a realização dos objetivos e projetos, e o alcance das metas dos
indicadores (por indicador e por projeto e objetivo). Ressalta-se que tais informações não
constam no sítio eletrônico da Agência http://gesantt.antt.gov.br/index.html, bem como se
encontram desatualizadas. E ainda, considerando a necessidade de continuidade da Gestão
Estratégica da Agência, foram solicitadas informações relativas às providências para continuação
e/ou implementação do Planejamento Estratégico 2013-2016 da Agência. ##/Fato##
Causa
Morosidade da Diretoria da Agência na definição e aprovação do Planejamento
Estratégico da Agência para o período 2013-2016. A Resolução nº 3.000, de 28/01/09, que
aprovou o Regimento Interno e a Estrutura Organizacional da ANTT, dispõe em seus artigos 25
e 101:
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“Art. 25. À Diretoria da ANTT compete, em regime de colegiado, analisar, discutir e decidir, em
instância administrativa final, as matérias de competência da Autarquia, bem como:
I - decidir sobre o planejamento estratégico da ANTT;” ##/Causa##
Manifestação da Unidade Examinada
Por meio de correspondência eletrônica datada de 20/06/13, a SUDEG se manifestou da
seguinte forma:
“Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201306034/020, informamos que o ciclo do
Planejamento Estratégico para o período 2009-2012 foi concluído. O relatório de avaliação está
em elaboração, com conclusão prevista para agosto de 2013. As ações atinentes ao período
2013-2016 aguardam conclusão das orientações oriundas do Ministério dos Transportes, vez
que o mesmo elaborou orientações para o sistema transporte como um todo.”. (grifos nosso) ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Análise do Controle Interno
Na Reunião de Busca Conjunta de Soluções, realizada em 24/06/13, foi informado pela
SUDEG que a Agência está esperando as diretrizes resultantes do Planejamento Estratégico do
Ministério dos Transportes para a aprovação do seu próprio planejamento. E ainda, informou que
a ANTT já promoveu os estudos e avaliações para o novo planejamento estratégico 2013-2015.
Apesar disso, ressalta-se que o relatório de avaliação do planejamento 2009-2012 ainda não foi
concluído, o que pode prejudicar a aprovação de um novo planejamento para 2013-2016.
Apesar de a Agência ser uma Autarquia vinculada ao MT, esta equipe de auditoria
entende ser necessária a definição de diretrizes pelo Ministério para o planejamento estratégico
de suas entidades supervisionadas. Entretanto, isso não impede que a Agência promova a
avaliação do seu planejamento anterior e adote as providências para a aprovação do novo
planejamento, tais como constituição do núcleo de gestão, definição dos projetos e indicadores,
entre outras atividades. Esse entendimento é compartilhado pelo Assessor Especial de Controle
Interno – AECI do MT, conforme apresentado na Reunião de Encerramento dos trabalhos de
auditoria, realizada em 25/07/13, com a participação da Diretoria da Agência, da Auditoria
Interna e do Superintendente de Estudos e Pesquisas – SUEPE. Além disso, o AECI informou
que os objetivos estratégicos do planejamento do MT foram definidos em 2011 e as iniciatias
foram definidas em novembro de 2012.
Em resposta ao Relatório Preliminar a Agência informou, por meio de correspondência
eletrônica que:
“A ANTT aguarda as alterações iniciadas no Ministério dos Transportes. Estáaprovado, a partir
de reunião com a diretoria, no Ministério, em fevereiro de 2013, o Mapa Estratégico e definido
parcialmente os indicadores. É necessário concluir o processo, estabelecendo metas atuais e
futuras, bem como as iniciativas estratégicas, ação que independe de intervenção do MT. A
correspondente Nota Técnica está em fase de conclusão e será encaminhada à aprovação da
diretoria assim que concluída.”. (grifos nosso)
Portanto, observa-se que, segundo entendimento do AECI do MT, a aprovação do
Planejamento Estratégico 2013-2016 da agência não depende das orientações do Ministério dos
Transportes. Acrescenta-se que a consolidação e avaliação final do planejamento 2009-2012 não
foi concluída.
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Recomendações Recomendação 1: Que a Diretoria determine prazo e urgência na finalização da consolidação e
avaliação do planejamento 2009-2012.
Recomendação 2: Que a Diretoria provoque o MT para indicação do prazo para definição das
diretrizes e orientações referentes ao planejamento estratégico do Ministério, visando a
continuidade das ações do planejamento 2013-2016 da ANTT. Além disso, determine prazo e
urgência na aprovação do planejamento 2013-2016 da Agência. /AnaliseControleInterno##
1.1.2 RESULTADOS DA MISSÃO INSTITUCIONAL
1.1.2.1 INFORMAÇÃO
AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO DA GESTÃO E DO PPA
Fato O Manual de Elaboração de Programas do PPA 2008-2011 define que indicador é o
“Instrumento capaz de medir o desempenho do programa. Deve ser passível de aferição e
coerente com o objetivo estabelecido, ser sensível à contribuição das principais ações e apurável
em tempo oportuno.”.
A partir dos normativos que regulamentam a elaboração de indicadores, observa-se que
existem dois tipos de indicadores de desempenho: os indicadores dos programas temáticos
(item 4 do Anexo IV da DN TCU nº 124/2012) e os indicadores de desempenho da gestão
(item 3 do Anexo IV da DN TCU nº 124/2012).
- Indicador de desempenho: O indicador é definido como um valor quantitativo realizado
ao longo do tempo (uma função estatística) que permite obter informações sobre
características, atributos e resultados de um produto ou serviço, sistema ou processo.
- Indicador de desempenho (conceito Portaria nº 33 SEGECEX/TCU/2010): (i) Um
indicador de desempenho é um número, percentagem ou razão que mede um aspecto do
desempenho, com o objetivo de comparar esta medida com metas preestabelecidas.
(ii) Deve-se ressaltar que os indicadores de desempenho podem fornecer uma boa visão
acerca do desempenho que se deseja medir, mas são aproximações do que realmente está
ocorrendo, necessitando, sempre, de interpretação no contexto em que estão inseridos.
(iii) Informações sobre desempenho são essencialmente comparativas. Um conjunto de
dados isolado mostrando os resultados alcançados por uma instituição não diz nada a
respeito de seu desempenho, a menos que seja confrontado com metas ou padrões
preestabelecidos, outras organizações do mesmo ramo de atividade, ou realizada uma
comparação com os resultados alcançados em períodos anteriores, obtendo-se assim uma
série histórica para análise.
- Indicador de programa finalístico: são instrumentos que permitem identificar e medir
aspectos relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou resultado de
uma intervenção na realidade. A principal finalidade é traduzir, de forma mensurável,
aspectos da realidade dada (situação social) ou construída (ação de governo), a fim de
tornar possível a sua observação, avaliação e correção do andamento da política pública.
Dos Indicadores de Desempenho
A falta de indicadores de desempenho foi identificada na Auditoria Anual de Contas 2007
da ANTT, e, à época, foi recomendado à Agência que desse prosseguimento ao projeto
Governança em Foco – projeto o qual buscava o desenvolvimento desses indicadores - visando
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atingir o objetivo de desenvolvê-los ainda no exercício de 2008. Em abril de 2008 foi constituído
um grupo de trabalho para o planejamento da Gestão Corporativa da ANTT, que não teve sua
eficácia alcançada em função da mudança nos cargos de supervisão nas áreas finalísticas. Ao
final de 2008, constatou-se ainda a inexistência dos indicadores de desempenho operacional das
Ações de governo sob responsabilidade da ANTT.
Em 2009, a Diretoria da ANTT estabeleceu como objetivos principais: sistematizar,
organizar e formalizar a implantação e acompanhamento das estratégias da Agência, bem como
desenvolver seu Plano Estratégico Corporativo, o qual compreenderia a definição da missão,
desafios estratégicos, objetivos, resultados e indicadores. Por meio da Nota Técnica nº 010/2009
– SUAFI, de 12/08/09, foi estabelecido um conjunto de Desafios Estratégicos a serem
alcançados no período 2009-2012 e o desenvolvimento dos Indicadores de Desempenho e Metas
para esse período. Como resultado, foram elaborados 46 indicadores, de processo e de
desempenho.
Em 2010, da avaliação dos indicadores elaborados, constatou-se quanto à confiabilidade,
que a fonte dos dados primários utilizada para o cálculo dos indicadores é uniforme, entretanto,
deixa margem para interpretações divergentes (subjetividade), pois não são extraídos de sistemas
e sim da percepção da área, ou seja, a utilização dessa fonte pode não possibilitar que diferentes
avaliadores alcancem os mesmos resultados. Além disso, indicadores que apresentam como
forma de cálculo um “número” ou “percentual” (não relacionado a outro aspecto) também
oferecem subjetividade no cálculo e/ou medição.
Quanto à validade, observou-se que os indicadores não foram validados em 2009, sendo
esta uma fase posterior. Quanto à simplicidade, pode-se observar que os indicadores são de fácil
obtenção (não envolve dificuldades de cálculo), construção, manutenção e comunicação. Em
relação à mensurabilidade, pode-se concluir que possuem capacidade de alcance e mensuração
quando necessário, sem uma precisão adequada, em função da subjetividade da fonte de dados
primária, mas não apresentam ambiguidade. Por fim, quanto à utilidade, não se pôde concluir se
esses estão realmente sendo utilizados pelos gestores para a tomada de decisão. Uma observação
que se faz é que a constatação de indicadores que apresentam como forma de cálculo um
“número” ou “percentual”, não relacionado a outro aspecto, pode não resultar em dados que
signifiquem melhorias, nem para a sua utilização como subsídio à tomada de decisões.
Como resultado, foi recomendado quando da validação desses indicadores, a revisão das
formas de cálculo, das fontes primárias de dados, da periodicidade ideal, entre outros, visando a
efetiva utilização, como subsídio e utilização pelos gestores na tomada de decisão. Após a
validação dos indicadores, em agosto de 2010, pode-se concluir que os indicadores de
desempenho adotados em agosto de 2009 contribuíram para a tomada de decisão. Ao fim do
primeiro ano de implantação do planejamento estratégico, observou-se que 43% dos indicadores
haviam obtido resultados compatíveis ou superiores às metas estabelecidas.
Em dezembro de 2010, após o 4º Ciclo de Avaliação da Gestão Estratégica foi verificado
que 63% dos indicadores haviam alcançado ou superado as metas estabelecidas no respectivo
período. Alguns indicadores ainda não foram suficientemente maturados, portanto, pendentes de
validação, uma vez que dependem diretamente de Projetos Estratégicos a serem concluídos a
partir de 2011. Dos 46 indicadores elaborados inicialmente, 4 foram eliminados.
Da avaliação dos 42 indicadores institucionais, validados em abril de 2011, a CGU
entendeu-se que 18 indicadores não eram úteis ao gestor ou não eram mensuráveis. Na
oportunidade, foi solicitado que a ANTT avaliasse as observações apresentadas quanto aos
indicadores de desempenho e apresentasse esclarecimentos sobre a concordância aos
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questionamentos. Além disso, foi solicitada também a estratégia para mensurar os indicadores
constantes do PPA, ou se a Agência pretendia alterá-los junto ao Ministério supervisor, visando
representar a realidade das atividades da Agência no acompanhamento das ações de governo sob
sua responsabilidade.
Em resposta, foi elaborada a Nota Técnica nº 005/2011, de 30/08/2011, na qual foi
informado que atualmente existem 39 indicadores de desempenho, ou seja, três a menos do que
os 42 indicadores validados em 2010. Em dezembro de 2011 foi aprovada, por meio da
Deliberação nº 271/11, de 14/12/11, a revisão dos indicadores de desempenho integrantes do
Plano Estratégico Corporativo 2009-2012, onde ratifica as considerações da Nota Técnica nº
006/2011/GEIMO, de 05/12/11.
Como resultado da revisão, observou-se que 20 (vinte) dos 39 (trinta e nove) indicadores
foram reavaliados, representando 51%, incluindo os 18 indicadores questionados pela CGU. A
revisão demonstrou adequabilidade da maioria, entretanto, a ausência de mensuração de alguns
indicadores resultou da inexecução das ações necessárias à mensuração continuada. E ainda,
foram constatadas a exclusão, a modificação de nome e a substituição de indicadores. Além
disso, a Agência concluiu, entre outras coisas, pela necessidade de revisão dos elementos da
estratégia ao longo do ano de 2012.
Por todo o exposto observa-se que os indicadores de desempenho da ANTT são
adequados, se relacionam aos processos críticos da unidade, e foram validados e revisados
anualmente durante o período do planejamento estratégico da Agência (2009-2012). Apesar
disso, não foi constatado normativo interno definindo os responsáveis pela elaboração e
alimentação dos indicadores dos objetivos estratégicos e projetos estruturantes.
Quanto aos critérios a serem observados na definição dos indicadores, observou-se que
esses apresentam: (a) completude - capacidade de representar, com a maior proximidade
possível, a situação que a Agência pretende medir e de refletir os resultados das intervenções
efetuadas na gestão; (b) comparabilidade - capacidade de proporcionar medição da situação
pretendida ao longo do tempo, por intermédio de séries históricas – evolução dos indicadores; e
(c) economicidade - razoabilidade dos custos de obtenção do indicador em relação aos benefícios
para a melhoria da gestão da unidade.
Entretanto, não se constatou o atendimento quanto aos critérios de: (a) acessibilidade -
facilidade de obtenção dos dados, elaboração do indicador e de compreensão dos resultados pelo
público em geral; e (b) confiabilidade - confiabilidade das fontes dos dados utilizados para o
cálculo do indicador, avaliando, principalmente, se a metodologia escolhida para a coleta,
processamento e divulgação é transparente e reaplicável por outros agentes, internos ou externos
à unidade. Tal fato se justifica em parte pela falta de normativo interno aprovado pela Diretoria
da Agência determinando a obrigatoriedade dessas informações.
Em resposta ao Relatório Preliminar a SUDEG informou que:
“Em relação ao critério de acessibilidade, durante o Ciclo 2009/2012, os resultados de
desempenho foram divulgados no sítio GesANTT, atendendo à necessidade de divulgação para
a sociedade. Em relação ao critério de confiabilidade, a aprovação de cada indicador é
precedida de avaliação técnica, que estabelece os requisitos citados.Os normativos que aprovam
os elementos da estratégia estabelecem também seu modelo de governança. Por esta razão,
entende-se que a edição de normativo específico, como solicitado, não garante ao cumprimento
das solicitações pelas áreas técnicas.”
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Primeiramente, cabe ressaltar que o sítio GesANTT está desatualizado. Além disso, até a
presente data, não consta a consolidação e a avaliação final do planejamento 2009-2012.
Portanto, observa-se que o critério de acessibilidade restou prejudicado, conforme descrito
anteriormente.
Com relação ao critério de confiabilidade, cabe destacar que na gestão 2011 da ANTT foi
constatado que os dados utilizados para o cálculo do indicador eram informados pelas áreas por
email, mas não havia normativo interno definindo obrigatoriedade do encaminhamento das
informações, nem as sanções em caso de descumprimento. Além disso, os dados fornecidos eram
produzidos pelas unidades, na maioria das vezes sem a utilização de sistemas de informação, o
que demonstra falta de confiabilidade dos dados.
Dos Indicadores do PPA 2012-2015
Quanto aos indicadores constantes do PPA, a SUDEG informou, em 19/09/2011, que a
nova metodologia de elaboração do PPA 2012-2015 resultou na construção de indicadores
considerados compatíveis e adequados ao acompanhamento e mensuração dos resultados dos
Programas. Informou também que em reuniões posteriores realizadas no âmbito do Ministério
dos Transportes, foram apresentadas as propostas de novos indicadores associados aos dois
programas, as quais foram alvo de avaliação por parte das áreas técnicas da ANTT, tendo em
vista os atributos relativos a cada um, tais como: unidade de medida, índice de referência, data de
apuração, periodicidade, base geográfica, fonte e fórmula, além da sua adequação para fins de
alcance dos objetivos.
Dessa forma, os indicadores associados a cada Programa, validados pela ANTT e que
envolvem a Agência na qualidade de fonte de apuração são: 237 – Participação do modal
rodoviário no transporte interestadual de passageiros; 241 – Malha classificada entre bom e
ótimo estado de conservação; e 246 – Preço médio das tarifas rodoviárias.
Esses novos indicadores não constituem metas a serem cumpridas, mas instrumento
gerador de subsídios que permitem auxiliar o monitoramento da evolução das políticas e ações
de governo, e a par da avaliação realizada pelas áreas técnicas envolvidas, são compatíveis e
adequados para fins de acompanhamento e mensuração dos resultados associados a cada
Programa, além do que os dados necessários ao processamento dos indicadores já são fornecidos
pelas concessionárias ferroviárias e rodoviárias, o que facilita sua aferição.
Da análise dos indicadores do PPA observa-se que para o primeiro indicador (246) é
necessário que a Agência levante os dados, produza as informações e realize os cálculos. No
segundo indicador (241) observa-se a necessidade de execução de procedimento de fiscalização
(levantamento visual contínuo), ainda não existente na Agência, e da homogeneização e
convalidação das informações. Quanto ao último indicador, é necessário que os dados
encaminhados pelas transportadoras sejam validados, bem como sejam verificados os prazos de
encaminhamento. Para isso, a Diretoria-Geral da Agência, juntamente com as áreas técnicas
responsáveis, deve definir os responsáveis pela mensuração do indicador e validação das
informações, os procedimentos de levantamento das informações e execução das avaliações, bem
como a periodicidade da realização dessas atividades, convergentes com a periodicidade
solicitada no PPA.
Por isso, foi solicitado da Agência informar a existência de normativos internos definindo
os responsáveis pela alimentação dos Indicadores, a forma, a periodicidade, o sistema utilizado e
o supervisor dessas informações, bem como se existe algum mecanismo de incentivo para o
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atingimento das metas referentes aos indicadores, ou mecanismo de obrigatoriedade ou
advertência para a não disponibilização das informações.
Por meio do Memorando nº 009/2013/GEPLA, de 11/06/13, a Gerência de Planejamento
da SUDEG informou, quanto aos questionamentos referentes aos indicadores de desempenho, o
seguinte:
“Os Indicadores constantes do Plano Plurianual - PPA 2012-2015 estão associados aos dois
Programas Temáticos/Finalísticos da Agência: Transporte Ferroviário (2072) e Transporte
Rodoviário (2075). Ressalta-se que, esses novos Indicadores não constituem metas a serem
cumpridas, mas instrumento gerador de subsídios que permitam auxiliar o monitoramento da
evolução das políticas e ações de governo e a par da avaliação realizada pelas áreas técnicas
envolvidas, sendo compatíveis e adequados para fins de acompanhamento e mensuração dos
resultados associados a cada Programa.
De acordo com a Portaria nº 16, de 31/01/2013, do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, em seu artigo 3º define que a produção de informações sobre os Indicadores será
realizada por meio do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP. Em seu artigo 6º
remete à competência da Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégicos – SPI para:
coletar e inserir informações sobre os Indicadores dos programas Temáticos no SIOP,
observadas as especificidades e periodicidades próprias de cada Indicador e considerando o
Artigo 7º que estabelece ao Órgão Responsável por Objetivo de Programa Temático indicar à
SPI os responsáveis pela prestação das informações relativas à Portaria nº 16, de 31/01/2013, no
prazo de 30 (trinta), dias contados da data da publicação.
Sendo assim, os responsáveis foram devidamente cadastrados no SIOP com perfil “GESTOR DO
PPA” e prestam as informações acerca dos Indicadores quando demandados, diretamente, pela
SPI. Segue, no quadro abaixo, relação dos Indicadores da Agência vinculados aos dois
Programas Temáticos/Finalísticos, os responsáveis pela alimentação do Sistema SIOP e a
periodicidade da apuração, bem como demais informações complementares. Os Normativos que
regem o assunto estão assim sistematizados: Lei nº 12.593, de 18/01/2012; Decreto nº 7.866, de
20/12/2012; Portaria nº 130, de 16/11/2012 e Portaria nº 16, de 31/01/2013, conforme
documentos anexos.”
PROGRAMA 2072
INDICADORES DO
TRANSPORTE
FERROVIÁRIO
FONTE PERIODI-
CIDADE
ÍNDICE DO
PPA
2012/2015
UNIDADE
GESTOR RESPONSÁVEL
Índice de Acidentes
Ferroviários SAFF Anual 15,00
acidentes/(milhão
trens.km)
Superintendente de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas - SUFER
Malha Ferroviária Inoperante
ou Subutilizada
Del.
124/11 Bianual 18.900 km
Superintendente de Infraestrutura e
Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas - SUFER
Malha Ferroviária SITE A definir 29.785 km
Superintendente de Infraestrutura e
Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas - SUFER
Número de Acidentes Ferroviários
SAFF Anual 951 acidentes
Superintendente de Infraestrutura e
Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas - SUFER
Percentual de Carga
Ferroviária Movimentada em
TM/DP
SAFF Anual 7,36 %
Superintendente de Infraestrutura e
Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas - SUFER
Produto Médio Anual do
Transporte Ferroviário* SAFF Anual 0,05 R$/tku
Superintendente de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas - SUFER
Total da Produtividade
Ferroviária SAFF Anual 279 bilhões de tku
Superintendente de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas - SUFER
Total da Carga Geral
Transportada** SAFF Anual 103,10 milhão de tu
Superintendente de Infraestrutura e
Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas - SUFER
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PROGRAMA 2072
INDICADORES DO
TRANSPORTE
FERROVIÁRIO
FONTE PERIODI-
CIDADE
ÍNDICE DO
PPA
2012/2015
UNIDADE
GESTOR RESPONSÁVEL
Total da Movimentação de Cargas por Ferrovia
SAFF Anual 497,00 milhão de tu
Superintendente de Infraestrutura e
Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas - SUFER
Velocidade Média Comercial
dos Trens SAFF Anual 25,00 km/h
Superintendente de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas - SUFER
Total de Movimentação de
Passageiros por Ferrovias*** ANTT Anual 2.484.930,00 quantidade
Superintendente de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas - SUFER
PROGRAMA 2075
INDICADORES DO
TRANSPORTE
RODOVIÁRIO
FONTE PERIODI-
CIDADE
ÍNDICE DO
PPA
2012/2015
UNIDADE GESTOR RESPONSÁVEL
Participação do Modal
Rodoviário no Transporte
Interestadual de Passageiros
ANTT/ANAC Anual 48,00 %
Superintendente de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de
Cargas – SUFER e Superintendência de
Serviços de Transporte de Passageiros -
SUPAS
Preço Médio das Tarifas
Rodoviárias - Concessões ABCR/ANTT Anual 4,8 km
Superintendente de Exploração da
Infraestrutura Rodoviária - SUINF
Malha Classificada entre Bom e Ótimo Estado de
Conservação*
DNIT/ANTT Anual 57,00 %
Superintendência de Exploração da
Infraestrutura Rodoviária - SUINF
Quanto aos indicadores do PPA observou-se a adequação destes aos indicadores
existentes na Agência, conforme os quadros anteriores.
1.1.3 SISTEMA DE INFORMAÇÕES OPERACIONAIS
1.1.3.1 CONSTATAÇÃO
INCONFORMIDADES NA GESTÃO DE TI
Fato
O item 3 do Relatório Especial de Auditoria nº 01/AO/AUDIT/2013, de fevereiro de
2013, referente à avaliação da Governança e Gestão de Tecnologia da Informação - TI no ano de
2012 considerando os eixos: a) Planejamento Estratégico de TI; b) Recursos Humanos; c)
Política de Segurança da Informação; d) Desenvolvimento e Produção de Sistemas e Controle; e)
Gestão de bens e serviços de TI, identificou as inconformidades apresentadas abaixo:
1) Em relação ao PDTI verificou-se que das 48 ações estratégicas estabelecidas, 13 estavam
pendentes de conclusão no ano de 2012;
2) Quanto ao PETI, apesar de estar registrado no GesANTT, verificou-se que não há o
acompanhamento, no sistema, das ações x metas x conclusão, bem como a análise de
risco associado a cada ação – procedimento relevante num processo de gestão;
3) Em 2012, não houve a indicação dos nomes para a composição dos Comitês Executivo de
TI – CETI e Gestor de TI – CGTI, nem realização de reunião;
4) Estrutura de cargos de TI muito aquém da previamente planejada (4 analistas
administrativos e um Técnico Administrativo)
5) A Política de Segurança da Informação – POSIC encontra-se pendente de aprovação e
implementação;
6) Divergência de entendimento, entre a SUEPE e SUDEG, quanto à responsabilidade para
a condução e conclusão do processo de aprovação e implementação da POSIC, desde
2011; e
7) O desenvolvimento de software e a execução das atividades de manutenção de sistemas
estão sendo executados predominantemente de forma terceirizada.
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Além disso, o citado relatório conclui que:
A fragilidade no desenvolvimento das ações relacionadas a TI permanecerá
comprometendo a gestão da área e dos processos sob a responsabilidade da GETIN. Não há foco
num planejamento da área de TI pensado estrategicamente e no longo prazo. O GesANTT está
desatualizado, em determinados módulos, o que pode prejudicar o monitoramento, além de
dificultar avaliação do andamento das ações estratégicas traçadas. Tal fato compromete o
cumprimento das metas, bem como a eficiência e eficácia da gestão de TI na organização.
A ausência da POSIC impediu que se avaliassem: os quesitos relativos à definição de
segurança da informação; as metas globais e escopo; a declaração do comprometimento da
direção apoiando as metas e princípios estabelecidos; a estrutura para análise de riscos; a
definição das responsabilidades gerais e específicas na gestão da segurança da informação e
referências à documentação que possa apoiar a política; a existência de uma área específica, com
responsabilidades definidas, para lidar estrategicamente com a segurança da informação; e, os
procedimentos adotados para assegurar a salvaguarda das informações da ANTT. Entende-se que
a POSIC é de suma importância para a Agência, uma vez que tratará a segurança da informação
de forma articulada, procedimentada, padronizada e harmônica, contribuindo para o
desenvolvimento do PDTI e PETI de forma eficaz e eficiente. Assim, avalia-se que a Segurança
da Informação na ANTT encontra-se em estágio inicial, dependendo de ações que ampliem a
visão da gestão, o que garantirá a eficiência e eficácia do processo.
Considera-se o desenvolvimento de software e a execução das atividades de manutenção
de sistemas, executados predominantemente de forma terceirizada, um procedimento inadequado
devido ao aumento da importância da área de TI para a consecução dos objetivos estratégicos da
ANTT. Avaliou-se como de grande risco o fato de o desenvolvimento de softwares e a
manutenção de sistemas estarem completamente executados por terceiros, haja vista a
dependência de pessoal sem vínculo com a ANTT, para a execução de atividades que podem
impactar diretamente na estratégia organizacional. ##/Fato##
Causa
Acompanhamento inadequado do PDTI e do PETI pela Gerência de Tecnologia da
Informação GETIN/SUDEG, não definição pela Diretoria dos componentes dos Comitês
Executivo de TI – CETI e Gestor de TI – CGTI, disponibilização da estrutura de cargos de TI
aquém da planejada, não aprovação da POSIC por parte da Diretoria. A Resolução nº 3.000, de
28/01/09, que aprovou o Regimento Interno e a Estrutura Organizacional da ANTT, dispõe no
seu artigo 25:
“Art. 25. À Diretoria da ANTT compete, em regime de colegiado, analisar, discutir e decidir, em
instância administrativa final, as matérias de competência da Autarquia, bem como:
I - decidir sobre o planejamento estratégico da ANTT;
II - estabelecer as diretrizes funcionais, executivas e administrativas a serem seguidas, zelando
pelo seu efetivo cumprimento;
III - decidir sobre políticas administrativas internas e de recursos humanos e seu
desenvolvimento;” ##/Causa##
Manifestação da Unidade Examinada
Por meio de correspondência eletrônica datada de 20/06/13, a SUDEG se manifestou da
seguinte forma:
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“1) As 13 ações restantes estão em fase de definição para implantação juntamente com a
revisão do PDTI que já está prevista para 2013.
2) O PETI da ANTT está aguardando definição do Ministério dos Transportes, que está
coordenando a definição de ações e metas, as quais terão reflexo nas ações e metas da ANTT.
3) A portaria com as nomeações será publicada em junho de 2013.
4) O edital do concurso público para provimento de cargos da ANTT estabeleceu a quantidade
de 4 analistas administrativos e 2 técnicos administrativos, com especialidade na área de
tecnologia da informação para exercício na GETIN.
5) e 6) Estabeleceu-se que a SUEPE será responsável pela aprovação e implantação da POSIC,
cabendo à GETIN/SUDEG a implementação das ações de sua competência.
7) A contratação externa do desenvolvimento e manutenção de sistemas da ANTT é uma
necessidade imperiosa, tendo em vista a insuficiência do quantitativo de técnicos no quadro de
servidores da Agência.” (grifos nosso) ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Análise do Controle Interno
Da análise da manifestação da Agência observa-se o acompanhamento e execução ou a
aprovação inadequada do PDTI, uma vez que 13 das 48 ações previstas para 2012 não foram
concluídas. Além disso, constatou-se o acompanhamento inadequado do PETI. Tanto no PDTI
como no PETI, o acompanhamento ou planejamento adequado poderia antever as situações que
dificultam a sua implementação.
Quanto à composição dos Comitês Executivo e Gestor de TI e a não aprovação da
POSIC, ressalta-se que já foram objeto de apontamento na Gestão 2011 da ANTT. Tal fato se
justifica pela omissão da Diretoria em indicar as pessoas para comporem os comitês, bem como
determinar prazo para aprovação da política.
Por fim, com relação à estrutura de cargos de TI, o concurso contribui de fato para a
adequação da força de trabalho, em parte, da área de TI da Agência.
Em resposta ao Relatório Preliminar a SUDEG informou, via mensagem eletrônica, que
“A revisão do PDTI será apreciada pelo CGTI”. Além disso, informou que “As Portarias nºs 400
e 401, respectivamente, instituem o Comitê Gestor de Tecnologia da Informação e designa seus
membros.”. Por fim, a SUEPE informou que “apresentará a POSIC ao CGTI em reunião já
agendada para 1/8/2013, para posterior encaminhamento às Unidades Organizacionais e envio à
Diretoria para aprovação” e que “já está em fase final do trabalho em relação à POSIC, que será
submetida à Diretoria da ANTT em breve”.
Recomendações Recomendação 1: Que a Diretoria determine prazo para revisão e aprovação do PDTI, bem como
para aprovação da POSIC.
Recomendação 2: Que a Agência apresente quando da elaboração do Plano de Providências o
acompanhamento da revisão e aprovação do PDTI, da aprovação e implementação da POSIC, e
das realizações das reuniões dos Comitês Executivo de TI – CETI e Gestor de TI – CGTI.
##/AnaliseControleInterno##
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2 CONTROLES DA GESTÃO
2.1 CONTROLES EXTERNOS
2.1.1 ATUAÇÃO DO TCU/SECEX NO EXERCÍCIO
2.1.1.1 INFORMAÇÃO
EXISTÊNCIA DE DETERMINAÇÃO ESPECÍFICA DO TCU À CGU PARA
VERIFICAÇÃO DE ATENDIMENTO, PELA ANTT, DE RECOMENDAÇÕES
EXPEDIDAS PELA CORTE DE CONTAS
Fato
Ao proceder ao levantamento dos Acórdãos do TCU que expedem determinações/
recomendações para a ANTT e determinam que a CGU proceda à verificação dos mesmos,
concluiu-se pela existência de apenas um Acórdão (nº 1452/2012), referente às irregularidades
verificadas no contrato de arrendamento da MRS Logística S.A.. Por meio desse Acórdão, o
TCU determinou à ANTT que apresentasse informação a respeito das providências tomadas com
relação às supostas apropriação indébita e alienação e aplicação distinta da estabelecida pelo
contrato de arrendamento de materiais então pertencentes à RFFSA, pela empresa MRS
Logística S.A..
Pelas informações contidas no Relatório de Gestão 2012, o TCU não considerou
conclusiva as informações prestadas pela ANTT devido a discordâncias no levantamento
realizado e propôs audiência dos diretores-gerais da Agência e do DNIT, o que ainda não
ocorreu. Pelos esclarecimentos prestados pela ANTT, por meio da Nota nº
002/GESIC/AUDIT/2013, de 12/04/2013, o impasse é quanto ao procedimento de cobrança do
ressarcimento originário da extinta RFFSA (Conta nº 29), aplicado por ela à concessionária MRS
Logística S.A. pela retirada de materiais de superestrutura de pátios ferroviários localizados na
Linha do Centro da Malha Sudeste.
A ANTT propõe a adoção de uma das seguintes opções: emissão de guia de recolhimento
(GRU) com o valor corrigido para a MRS efetuar o pagamento do ressarcimento; ou abater do
passivo da empresa o valor a que a concessionária faria jus a título de reversibilidade. Pelo
entendimento da Agência, a segunda opção seria a mais adequada, mas afirma que procederá de
acordo com as determinações do TCU, que ainda não se pronunciou. Tal fato necessita de
provocação da Agência ao TCU, bem como atualização quando da elaboração do Plano de
Providências Permanente 2013.
Em resposta ao Relatório Preliminar, a Auditoria Interna da Agência informou, por meio
da Nota nº 004/AUDIT/2013, de 19/07/13, que:
“A AUDIT afirma que não se trata de não atendimento ao Acórdão nº 1452/2012, visto que foi
realizada audiência do Diretor Geral que,em atendimento ao item 9.6.6 do Acórdão, encaminhou
à 1ª SECEX/TCU o Ofício nº 585/2012/DG/ANTT, de 20.7.2012, que envia o Memorando nº
124/GEFER/SUFER, de 19.7.2012, ocasião em que propôs a adoção de uma das seguintes
opções: emissão de guia de recolhimento (GRU) com o valor corrigido para a MRS efetuar o
pagamento do ressarcimento; ou abater do passivo da empresa o valor a que a concessionária
faria jus a título de reversibilidade. Pelo entendimento da SUFER, a segunda opção seria a mais
adequada, mas afirma que procederá de acordo com as determinações do TCU, que ainda não se
pronunciou. A Agência aguarda pronunciamento da Secex-AIRJ, do TCU.”(grifos nosso)
Adicionalmente, por meio de correspondência eletrônica datada de 23/07/13, a AUDIT
esclareceu que:
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“... o Processo 000.277/2008-2 (Prestação de Contas anual da RFFSA - exercício de 2006,
Processo original: 00218.000402/2007-430) referente ao Acórdão 1452/2012, foi encerrado em
12/7/2013, enviado para SEGED-TCU para arquivamento, conforme pose ser comprovado no
espelho de movimentação de processo do site do TCU. No entanto, o mesmo assunto (item 9.6.6
do Acórdão 1452) está sendo está sendo tratado (teve seguimento) no Acórdão 8353 - Item 9.7
(Prestação de Contas RFFSA 2005), que está sendo monitorado pelo TC 003.598/2011-0.
Conforme quadro enviado , a situação do processo em tela é "Aguardando análise e instrução
da SEFID - Transp", ou seja, ainda não tem acórdão.
Do exposto, corrobora-se o entendimento de que a determinação está “em atendimento” e
no aguardo de manifestação do próprio Tribunal.
2.1.1.2 INFORMAÇÃO
DAS DELIBERAÇÕES DO TCU NO EXERCÍCIO DE 2012
Fato
Visando a verificação das determinações do TCU expedidas em 2012 que tenham sido
objeto de providências para atendimento no referido exercício, esta equipe de auditoria levantou
junto ao Relatório de Gestão, no quadro Quadro A.10.2, a situação das deliberações do TCU que
estão “Em Atendimento” no exercício, conforme demonstrado no Quadro 7 a seguir.
Quadro 7: Levantamento da situação das deliberações do TCU “Em Atendimento”
ACÓRDÃO ITENS MANIFESTAÇÃO DO GESTOR
2573/2012 9.2. Contrato ainda não foi assinado por determinação da Justiça
2573/2012 9.3. Não existe referencial técnico que defina parâmetros ou critérios objetivos para tal avaliação
2573/2012 9.4. A minuta de contrato da 3ª Etapa Fase 3 do PCRF explicita tais condições
3159/2012 1.8. Ainda não foram submetidos novos estudos de viabilidade para concessão à fiscalização pelo TCU
3159/2012 1.9.
A resolução nº 2665, de penalidades, está sendo revisada e submetida à Audiência Pública
133/2013. A ANTT está em tratativas com o Ibama para o estabelecimento de um termo de
cooperação técnica para troca de informações.
3160/2012 1.8.
Todas as obras previstas no apêndice D do PER do Edital 001/2012 apresentam prazo e localização
definidos. A previsão de pontos de apoio e de obtenção de receita foram retiradas do edital e
minuta contrato, respectivamente.
3160/2012 1.9.
A resolução nº 2665, de penalidades, está sendo revisada e submetida à Audiência Pública
133/2013. A ANTT está em tratativas com o Ibama para o estabelecimento de um termo de
cooperação técnica para troca de informações.
3346/2012 9.1. A Agência opôs Embargos de Declaração face ao Acórdão e aguarda julgamento dos Embargos
3346/2012 9.3. A Agência opôs Embargos de Declaração face ao Acórdão e aguarda julgamento dos Embargos
3346/2012 9.4. A Agência opôs Embargos de Declaração face ao Acórdão e aguarda julgamento dos Embargos
3346/2012 9.5. A Agência opôs Embargos de Declaração face ao Acórdão e aguarda julgamento dos Embargos
3346/2012 9.6. A Agência opôs Embargos de Declaração face ao Acórdão e aguarda julgamento dos Embargos
3346/2012 9.7. A Agência opôs Embargos de Declaração face ao Acórdão e aguarda julgamento dos Embargos
3346/2012 9.9. A Agência opôs Embargos de Declaração face ao Acórdão e aguarda julgamento dos Embargos
3346/2012 9.10. A Agência opôs Embargos de Declaração face ao Acórdão e aguarda julgamento dos Embargos
2927/2011 9.1. Todos os Termos Aditivos já foram assinados e enviados ao TCU. Aguardando análise daquela
Corte de Contas para efetivo atendimento
2.261/2011 9.1 Aguardando julgamento do pedido de reexame conforme disposto no Memorando nº
284/AUDIT/2012, de 23.10.2012
6.324/2012 9.6.1
Aguarda julgamento de Recurso no TCU. Foi solicitada a inclusão da empresa no CADIN.O DNIT
já apurou a quantidade de material extraviado e respectivos valores para cobrar o ressarcimento
por parte da FCA.
6.324/2012 9.6.2 Em andamento. Foi solicitada a desvinculação do pátio ferroviário
482/2012 9.6 As informações serão incluídas a partir do Relatório Anual de Gestão do exercício de 2012.
312/2012 1.6.1 Os critérios de verificação da compatibilidade dos seguros constante da alínea “e” ainda estão em
processo de elaboração.
312/2012 1.6.2
O Acórdão nº 2950/2012-TCU-Plenário, de 31.10.2012 (DOU de 8.11.2012) prorrogou em 360
(trezentos e sessenta) dias, a partir da ciência, o prazo para o cumprimento da integralidade do
subitem 1.6.2 do Acórdão nº 312/2012 – Plenário.
3648/2012 9.8.1 A ANTT interpôs recurso de Apelação.
3648/2012 9.8.2 Ainda está em discussão com o DNIT a definição dos procedimentos para substituição de bens
arrendados, principalmente no que se refere às formulas de equivalência para troca de locomotivas.
3476/2012 9.3 A matéria está sendo objeto de consulta à PRG
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ACÓRDÃO ITENS MANIFESTAÇÃO DO GESTOR
8353/2010 9.7 Face à discordância quanto ao levantamento realizado pela área técnica da ANTT, o TCU está
propondo audiência dos diretores gerais da ANTT e do DNIT, o que ainda não ocorreu.
3349/2012 9.1 A ANTT apresentou esclarecimentos aos itens constantes do Acórdão
3349/2012 9.2 A ANTT apresentou esclarecimentos aos itens constantes do Acórdão
3349/2012 9.4 A ANTT apresentou esclarecimentos aos itens constantes do Acórdão
3349/2012 9.5 Determinações a serem adotadas futuramente.
3349/2012 9.6 A ANTT apresentou esclarecimentos aos itens constantes do Acórdão
2510/2011 Acórdão encontra-se suspenso em razão da interposição de recursos – Pedido de reexame, em
tramitação no TCU
715/2008 Acórdão encontra-se suspenso em razão da interposição de recursos – Pedido de reexame, em
tramitação no TCU
TOTAL 15 Acórdãos e 33 Determinações
Fonte: Relatório de Gestão 2012 da ANTT
Da análise do quadro acima, em comparação com o Relatório de Gestão, observou-se
que o percentual de determinações “Em Atendimento” representa 67%. Pelo exposto, observa-se
a necessidade de continuação do acompanhamento estreito por parte da Aditoria Interna da
Unidade, bem como que a Diretoria da Agência avalie a elaboração de normativo interno,
indicando a obrigatoriedade, a periodicidade e a responsabilidade às áreas pelo atendimento das
determinações do TCU, bem como os desdobramentos e consequências do não atendimento.
Em resposta ao Relatório Preliminar a Auditoria Interna se manifestou da seguinte forma:
“A AUDIT informa que envia planilha mensal (em anexo) com todos os Processos ativos do
Tribunal, para conhecimento da Diretoria e da Assessoria de Controle Interno do MT. A Agência
sempre cumpre todas as determinações dos Acórdãos do Tribunal, mas também se reserva ao
direito (legal) de discutir, contestar, embargar, solicitar prazo adicional para atendimento, tudo
dentro das normas e legislação vigentes do TCU.”.
Em resposta à recomendação de definição de normativo interno indicando a
obrigatoriedade, a periodicidade e a responsabilidade às áreas pelo atendimento das
determinações do TCU, bem como os desdobramentos e consequências do não atendimento, a
AUDIT informou que:
“... o Manual de Auditoria Interna dispõe sobre o dever das unidades organizacionais da
Agência em apresentar, tempestiva e obrigatoriamente, informações solicitadas pela Auditoria
Interna e órgãos de Controle do Governo Federal, assim como o Manual de Procedimentos da
GESIC define e normatiza as atividades, rotinas e procedimentos para atendimento e
acompanhamento das demandas do TCU. Os Manuais foram aprovados pela Diretoria. No
entanto, providenciaremos em uma minuta de normativo, para exame e deliberação da
Diretoria, nos moldes recomendados pela CGU.”
Do exposto, observa-se que a Agência irá providenciar o aperfeiçoamento do
acompanhamento das determinações do TCU, e a respectiva elaboração do normativo interno.
##/AnaliseControleInterno##
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2.2 CONTROLES INTERNOS
2.2.1 AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS
2.2.1.1 CONSTATAÇÃO
INEXISTÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS E DE INDICADORES DE
GESTÃO DO ATENDIMENTO DAS DETERMINAÇÕES DO TCU E
RECOMENDAÇÕES DA CGU
Fato
Essa verificação teve por objetivo constatar se a ANTT dispõe de procedimentos de
controle interno que permitam monitorar o atendimento tempestivo das determinações emanadas
pelo TCU e das recomendações da CGU. De acordo com as informações prestadas pela ANTT,
por meio da Nota Técnica nº 003/GESIC/2013, de 24/04/2013, da Gerência de Sistematização de
Informações dos Órgãos de Controle de Governo Federal – GESIC/AUDIT, não há indicadores
que demonstrem o atendimento das determinações/recomendações do TCU e CGU de forma a
permitir o monitoramento da evolução da implementação gradual do procedimento até sua
efetiva conclusão.
Os indicadores, considerando o caso em tela, devem possibilitar a percepção, de forma
mensurável, do andamento das providências atinentes ao pleno cumprimento das determinações
e recomendações, com a finalidade de permitir a avaliação e correção dos procedimentos
adotados na rotina estabelecida pela ANTT.
##/Fato## ##/Fato##
Causa
Não estruturação de indicadores de desempenho pela GESIC/AUDIT e inexistência de
metodologia de gerenciamento de risco.
/Causa##
##/Causa##
Manifestação da Unidade Examinada
O Gerente da GESIC, de acordo com a Nota Técnica nº 003/GESIC/2013, de
24/04/2013, informou que as recomendações são acompanhadas e monitoradas até a solução
final pelo próprio Tribunal assim como pela AUDIT, incluindo o arquivamento do processo.
Afirma, ainda, que a atividade de identificação de risco nunca se mostrou crítica e que em
determinados casos o TCU concede prorrogação de prazo, bem como via de regra, os pedidos de
prorrogação de prazo são atendidos pela SFC/CGU.
##/ManifestacaoUnidadeExaminada## ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Análise do Controle Interno
Os indicadores em questão visam possibilitar a percepção, de forma mensurável, do
andamento das providências atinentes ao pleno cumprimento das determinações e
recomendações, com a finalidade de permitir a avaliação e correção dos procedimentos adotados
na rotina estabelecida pela ANTT, assim como subsidiar a Diretoria da Agência com informação
gerencial sobre os problemas identificados.
Além disso, a utilização desses indicadores envolve a avaliação dos riscos e
procedimentos de controle para que as tarefas atinentes sejam executadas sem necessidade de
solicitação de prazo adicional àquele Tribunal para cumprimento das mesmas, seja para o
atendimento de uma diligência ou cumprimento das disposições de um acórdão, como vem
sendo feito pela ANTT. Dessa forma, entende-se necessária a implantação dos referidos
indicadores.
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Adicionalmente, a Auditoria Interna informou que “... já decidiu estudar o risco quanto ao
atendimento das recomendações da CGU e determinações do TCU e implantar indicadores.”.
Recomendações
Recomendação 1: Que a AUDIT apresente quando da elaboração o Planod e Providências o
cronograma de elaboração e instituição dos indicadores que permitam avaliar o cumprimento das
determinações do TCU e recomendações da CGU. Ressalta-se a necessidade de considerar os
prazos das determinações r recomendações por meio de uma mensuração do desempenho e sua
comparação com metas preestabelecidas.
2.2.1.2 INFORMAÇÃO
DO ATENDIMENTO ÀS RECOMENDAÇÕES DA CGU
Fato
Visando avaliar o atendimento das recomendações da CGU constantes do Relatório de
AAC 2011, foi analisada a última revisão do Plano de Providências Permanente - PPP 2012, de
março de 2013. Da análise, verificou-se que a quantidade de recomendações da CGU “Em
atendimento” representa 57% do total. Nesse sentido, foram solicitados à ANTT os
esclarecimentos sobre a existência de plano de contingência para sanar recomendações pendentes
de atendimento.
Em resposta, a Agência, por meio da Nota nº 002/GESIC/AUDIT/2013, de 12/04/2013,
apresentou o Quadro 8 a seguir com a posição atualizada de abril/2013, dos itens do PPP 2012,
com a indicação, na última coluna, do prazo para atendimento.
Quadro 8: Demonstrativo de atendimento das recomendações do PPP 2012
ITEM RECOMENDAÇÕES CGU (28) ATENDIDAS EM
ATENDIMENTO
PRAZO PARA
ATENDIMENTO
1 4.1.1.1-1 X Junho/2013
2 4.1.1.1-2 X Junho/2013
3 4.1.1.2 X A definir
4 4.1.1.5-1 X Junho/2013
5 4.1.1.5-2 X Dezembro/2013
6 4.1.1.5-3 X Dezembro/2013
7 4.1.1.5-4 X Atendido
8 4.1.1.5-5 X Abril/2013
9 4.1.1.6-1 X Junho/2013
10 4.1.1.6-2 X Junho/2013
11 4.1.1.6-3 X Atendido
12 4.1.1.7-1 X Atendido
13 4.1.1.7-2 X Depende MT
14 4.1.1.7-3 X Atendido
15 4.1.1.7-4 X Atendido
16 4.1.1.7-5 X Agosto/2013
17 4.1.1.7-6 X Depende DPRF
18 4.3.1.1 X Atendido
19 4.3.1.2 X Atendido
20 4.3.1.3 X 30/04/2013
21 4.3.1.4-1 X Atendido
22 4.3.1.4-2 X Atendido
23 4.3.2.3 X Maio/2013
24 4.4.1.1 X Atendido
25 4.4.2.1 X Abril/2013
26 4.4.3.1-1 X Atendido
27 4.4.3.1-2 X Atendido
28 4.4.3.1-3 X Atendido
TOTAL
12 (43%) 16 (57%)
Fonte: Nota nº 002/GESIC/AUDIT/2013, de 12/04/2013
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Segundo a GESIC, por meio da citada Nota Técnica, as mudanças organizacionais e de
metodologia de trabalho acarretaram atrasos na avaliação das providências necessárias.
Na análise do Controle Interno, verifica-se a fragilidade das medidas de controle com
vistas ao acompanhamento das medidas necessárias ao atendimento das demandas bem como a
ausência de mecanismos de informação e comunicação como os indicadores de gestão nessa
área. Desta forma, fica evidenciada a necessidade de providências pelas áreas responsáveis para
o atendimento por completo dessas recomendações.
Além disso, observa-se a necessidade de continuação do acompanhamento estreito por
parte da Aditoria Interna da Unidade, bem como que a Diretoria da Agência avalie a elaboração
de normativo interno, indicando a obrigatoriedade, a periodicidade e a responsabilidade às áreas
pelo atendimento das determinações do TCU, bem como os desdobramentos e consequências do
não atendimento.
Em resposta, a AUDIT informou que:
“... o Manual de Auditoria Interna dispõe sobre o dever das unidades organizacionais da
Agência em apresentar, tempestiva e obrigatoriamente, informações solicitadas pela Auditoria
Interna e órgãos de Controle do Governo Federal, assim como o Manual de Procedimentos da
GESIC define e normatiza as atividades, rotinas e procedimentos para atendimento e
acompanhamento das demandas da CGU. Os Manuais foram aprovados pela Diretoria. No
entanto, providenciaremos em uma minuta de normativo, para exame e deliberação da
Diretoria, nos moldes recomendados pela CGU.”
Do exposto, observa-se que a Agência irá providenciar o aperfeiçoamento do
acompanhamento das recomendações da CGU, e a respectiva elaboração do normativo interno.
##/AnaliseControleInterno##
2.2.2 AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS
2.2.2.1 CONSTATAÇÃO
INSUFICIÊNCIA DOS CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS DA UJ
Fato
Com relação à avaliação dos Controles Internos da Unidade, o Relatório Especial de
Auditoria Nº 01/AO/AUDIT/2013, de fevereiro de 2013, avaliou os controles internos da
Superintendência de Exploração da Infra-Estrutura Rodoviária – SUINF e da Superintendência
de Serviços de Transporte de Passageiros – SUPAS, durante o exercício de 2012.
O resultado da Avaliação dos Controles Internos da SUINF, elaborado pela Auditoria
Interna, está abaixo reproduzido:
“Preliminarmente, verificou-se que os controles encaminhados via CD no âmbito das
Coordenadorias de Exploração da Infraestrutura Rodoviária das Unidades Regionais – COINF´s
e da Superintendência de Exploração da Infraestrutura Rodoviária – SUINF são realizados
mediante a utilização de planilhas eletrônicas com alimentação manual, tornando-se na,
avaliação desta equipe de auditoria, insuficientes e sujeitos a falhas. Por outro lado, por alguns
controles serem descentralizados, detectou-se a necessidade de a Superintendência de
Exploração da Infraestrutura Rodoviária - SUINF exercer uma atuação mais assídua e
eficiente.
Ressalta-se, ainda, que tais controles carecem de padronização, haja vista alguns apresentarem
informações conflitantes de interpretação, outros fazem referência apenas a quantitativos, sem
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mencionar a existência de inconsistências e o respectivo saneamento. Avalia-se, que, da forma
como são utilizadas, tais ferramentas pouco se prestam à gestão daquela Unidade
Organizacional.
Não se evidenciou o envio de controles referentes aos Relatórios de Fiscalização: Rotineiro e de
Supervisão (competência COINF´s) e de Gestão (competência SUINF/GEFOR), nos quais
deviam ser relatados de forma sucinta as não-conformidades detectadas e as providências
cabíveis adotadas para cada caso. Por isso, considerou-se que não existem.
Verificou-se que cada Coordenadoria de Exploração da Infraestrutura Rodoviária - COINF
utiliza-se dos controles padrões encaminhados pela SUINF/GEFOR, entretanto de forma
distinta, inserindo novos campos, muitas vezes desatualizados. De maneira geral, considera-se
que a falta de uniformidade tem origem na falta de treinamento aos responsáveis pelas
Coordenações Regionais.
Avalia-se que, tais deficiências verificadas na utilização das ferramentas de controles, não
obstante a afirmativa da SUINF/GEFOR de que estão atualizados, estão relacionadas à falta de
validação do Sistema de Gestão e Fiscalização dos Contratos de Concessão Rodoviária –
SIGFIS II e sua interligação com o Sistema de Arrecadação. Entretanto, tais controles via
SIGFIS apresentam-se com dificuldades de implementação em virtude do exposto na Nota
Técnica nº 05/GETIN/2012, de 20/12/2012, pois depende da manifestação da SUINF quanto à
definição de uma das opções a seguir elencadas levando-se em conta o Nível de Discordância do
Negócio, Nível de Complexidade e o Nível de Riscos, conforme segue:
(...)”.
Adicionalmente, quanto ao Sistema SIGFIS, a Auditoria Interna consignou o que se
segue:
“Especificamente quanto ao item 4, que abordou a utilização do SIGFIS como ferramenta de
controle, em função da Nota Técnica nº 05/GETIN/2012, de 20 de dezembro de 2012, da
Gerência de Tecnologia da Informação – GETIN, que informa a Superintendência de Gestão -
SUDEG que o sistema SIGFIS não atende às normas definidas no Processo de
Desenvolvimento de Software – PDS da ANTT, pois utiliza uma infraestrutura diferenciada de
banco de dados e que a documentação existente está desatualizada. A Gerência, diante dos
cenários apresentados, elencou opções para a disponibilização de um sistema que controle as
concessões rodoviárias. Tal documento foi encaminhado pela Superintendência de Gestão -
SUDEG, mediante Nota Técnica nº 05/GETIN/2012 para conhecimento.
Por fim, com relação aos demais controles internos de Termos de Registrod e Ocorrência
– TRO, Autos de Infração – AI e Relatórios Técnico Operacional Físico e Financeiro - RETOFF
e Relatórios de Monitoração e inspeções mensais, afetos às COINF’s, a Auditoria Interna
observou o que se segue:
“... os respectivos controles apresentados são referentes ao exercício de 2012, e são atualizados
pelas COINF todo dia 10 (dez) de cada mês, e estão disponíveis na pasta “RESPOSTA ITEM
01”, do CD em anexo, exceto o controle de Relatórios de Impactos Ambientais e de Apólices de
Seguro, que atualmente não são controlados no âmbito da GEFOR, o controle é realizado
pelas Unidades Regionais”.
O resultado da Avaliação dos Controles Internos da SUPAS foi, elaborado pela Auditoria
Interna, está abaixo reproduzido:
“Inicialmente, percebeu-se necessidade de a SUFIS exercer maior controle junto às
Coordenadorias de Fiscalização - COFIS para que a meta pactuada para a Fiscalização do
Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros - TRIIP para o ano de 2013
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seja cumprida, uma vez que a estabelecida para o exercício de 2012 atingiu 96,57%, atentando
principalmente para as Unidades Regionais que não atingiram a meta.
Com relação ao controle da Fiscalização Técnico-Operacional – FTO, na qual são fiscalizadas
as condições técnico-operacionais das garagens das empresas permissionárias do serviço de
transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, visando avaliar as condições
de operação dos veículos, equipamentos obrigatórios, jornada de trabalho, exames de saúde dos
motoristas e a infraestrutura de suporte que as empresas oferecem para a realização dos serviços
permissionados, não se evidenciou existência de controle em razão de que os procedimentos
relativos a esse tipo de fiscalização estão sendo revisados. Tal assunto foi objeto de apontamento
no Relatório de Auditoria nº 11/AO/AUDIT/2012.
De outra forma, no que se refere ao controle dos Autos de Infração aplicados, verificou-se ser
realizado utilizando o Sistema SISMULTAS, cuja alimentação é feita de forma contínua pelas
Coordenadorias de Fiscalização - COFIS e acompanhados pela Coordenadoria Especial de
Processamento de Autos de Infração e Apoio às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações
– COESP, que adota as providências necessárias visando o acompanhamento e recebimento das
multas aplicadas.
Quanto ao controle das Instruções de Serviço, Acompanhamento dos Processos,
Acompanhamento da Ordem de Serviço – OS, Relatório de Estatística de Comando, Relatório
de Ordem de Serviço – OS e Relatório de Fiscalização de Rotina avalia-se que estão sendo
realizados forma adequada e rotineira mediante a utilização do Sistema de Fiscalização –
SISFIS.
Por fim, verificou-se no Relatório de Auditoria nº 12/AO/AUDIT/2012 que o Controle de
Processos Administrativos Ordinários carece de um acompanhamento mais efetivo objetivando
reduzir o tempo dos atos administrativos internos e externos praticados para apuração do
possível ato ilícito infringido pelas autorizatárias dos serviços regulares de transporte rodoviário
de passageiros, bem como a alimentação tempestiva dos processos instaurados no Sistema de
Acompanhamento de Processos Administrativos aprovado pela Norma NA/004-05/SUADM
mediante a Deliberação DG nº 368/2005, de 14 de dezembro de 2005, mantendo-o atualizado.”.
Por todo o exposto, com base nas avaliações da Auditoria Interna da ANTT sobre os
controles internos da SUINF e SUPAS, observou-se que os controles existentes não foram
suficientes para garantir que os objetivos estratégicos (Garantir o Atendimento Adequado às
Demandas do Usuário, Unificar e Padronizar Procedimentos de Fiscalização e Aperfeiçoar o
Processo de Fiscalização) sejam atingidos de maneira plena, o que, consequentemente, dificulta
o cumprimento da missão da Agência (Assegurar aos usuários adequada prestação de serviços de
transporte terrestre e exploração a infraestrutura rodo e ferroviária outorgada).
Em Resumo, observou-se que os controles internos administrativos da SUINF:
a) são realizados mediante a utilização de planilhas eletrônicas com alimentação manual,
tornando-se insuficientes e sujeitos a falhas;
b) por alguns controles serem descentralizados, detectou-se a necessidade de uma atuação
mais assídua e eficiente da SUINF;
c) os controles carecem de padronização, haja vista alguns apresentarem informações
conflitantes de interpretação, e outros fazerem referência apenas a quantitativos, sem
mencionar a existência de inconsistências e o respectivo saneamento;
d) inexistência de controles referentes aos Relatórios de Fiscalização: Rotineiro e de
Supervisão (competência COINF´s) e de Gestão (competência SUINF/GEFOR), nos
quais deviam ser relatados de forma sucinta as não conformidades detectadas e as
providências cabíveis adotadas para cada caso;
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e) utilização de forma distinta pelas COINF dos controles padrões encaminhados pela
SUINF/GEFOR; e
f) a falta de uniformidade tem origem na falta de treinamento aos responsáveis pelas
COINF.
Desse modo, concluiu-se que, da forma como são utilizadas, tais ferramentas pouco se
prestam à gestão daquela Unidade Organizacional. Concluiu-se também que as deficiências
verificadas na utilização das ferramentas de controles, não obstante a afirmativa da
SUINF/GEFOR de que estão atualizados, estão relacionadas à falta de validação do SIGFIS II e
de sua interligação com o Sistema de Arrecadação.
Em relação aos controles internos administrativos da SUPAS observou-se:
a) necessidade de a SUFIS exercer maior controle junto às COFIS para que a meta pactuada
para a Fiscalização do TRIIP para o ano de 2013 seja cumprida;
b) Inexistência de controle das Fiscalizações Técnico-Operacionais – FTO, em razão de que
os procedimentos relativos a esse tipo de fiscalização estão sendo revisados; e
c) O Controle de Processos Administrativos Ordinários carece de um acompanhamento
mais efetivo objetivando reduzir o tempo dos atos administrativos internos e externos
praticados para apuração do possível ato ilícito infringido pelas autorizatárias dos
serviços regulares de transporte rodoviário de passageiros, bem como a alimentação
tempestiva dos processos instaurados no Sistema de Acompanhamento de Processos
Administrativos. ##/Fato##
Causa
Inadequação dos controles internos administrativos existentes na SUINF e na
SUPAS/SUFIS. ##/Causa##
Manifestação da Unidade Examinada
Por meio de correspondência eletrônica datada de 18/06/13 a SUINF encaminhou a
apresentação de Reestruturação da Superintendência, iniciada em novembro de 2012 (após a
saída da antiga gestão), constando a previsão de 3 Fases, a saber: Choque de gestão (duração: 4
meses, até 01/03/2013); Reestruturação (duração: 6 meses, até 01/09/2013), e Busca da
excelência (duração: contínua).
Por meio de correspondência eletrônica datada de 21/06/13 a SUFIS informou que:
“b) 13. Diante da necessidade de dotar eficácia e eficiência a fiscalização preventiva do
Transporte Interestadual e Internacional de Passageiros, a SUFIS suspendeu em 2012 o que
seria o então procedimento denominado FTO, porque tal procedimento não era conhecido
oficialmente e extrapolava a linha de atuação desta Agência: o serviço de TRIIP.
14. Com o novo procedimento, cuja minuta de Instrução de Serviço está em anexo, observa-se
que os elementos do serviço prestado, estão sendo fiscalizados, independente do procedimento
operacional.
c) O SCPA está sendo alimentado. Quanto ao andamento das CPA´s, informo que os
procedimentos estão sendo realizados o mais rápido possível. Eventual demora não se diz
somente a atos administrativos internos, mas sim a negativas infrutíferas de intimação de
algumas empresas, que demandam várias diligências até que caracterizada a possibilidade de
intimação por edital. No mais, é de esclarecer que há fases processuais na resolução nº
442/2004 que não podem ser desprezadas, bem como o fato de que numerosos os processos
administrativos ordinários, que demandam ordem cronológica de impulsão.”.
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##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Análise do Controle Interno
Da análise da apresentação de Reestruturação da SUINF, observa-se que os aspectos
tratados somente corroboram os problemas verificados nos controles internos administrativos
existentes durante o período referente às Gestões 2008 a 2012 (controles realizados mediante
planilhas eletrônicas com alimentação manual, controles descentralizados e ineficientes,
controles sem padronização, inexistência de controles de documentos das concessões e das
fiscalizações, falta de uniformidade devido à falta de treinamento, entre outros).
A reestruturação em questão mitiga de forma considerável os problemas identificados nos
controles internos administrativos da SUINF. Entretanto, por ter sido iniciada em novembro de
2012, e com previsão de finalização da fase de reestruturação (fase 2) em setembro de 2013, essa
somente poderá ser avaliada na gestão 2013. Dessa forma, os fatos identificados nas gestões
anteriores demonstram a morosidade dos gestores à época.
Quanto aos controles internos da SUFIS e SUPAS, observa-se a necessidade de
aperfeiçoamento, tal como ocorreu na SUINF. Do mesmo modo que na SUINF, na SUPAS
também foi identificada a morosidade nos Processos Administrativos Ordinários, mitigada na
primeira Superintendência, por meio de força tarefa, na qual foram utilizadas mão-de-obra de
outras regionais e arranjos que facilitaram a análise e consequente redução do passivo. Tal fato
converge com o que foi realizado quanto ao procedimento FTO, o qual, após ser diagnosticado
como desnecessário, a Agência procedeu à elaboração de outra instrução de serviço mais
adequada à competência da Entidade.
Portanto, resta clara a necessidade contínua de aperfeiçoamento dos controles internos
administrativos com vistas a melhoria da gestão, o que, consequentemente, possibilitará o
atingimento dos objetivos definidos. Para tanto, há que se pensar de maneira sistemática,
considerando variáveis como recursos financeiros, logísticos, tecnológicos e humanos.
Recomendações ##/AnaliseControleInterno##
Recomendação 1: Que a Diretoria da Agência determine às suas unidades organizacionais
(finalísticas: rodoviária, ferroviária, passageiros, cargas e fiscalização; e meio: regulação,
planejamento, finanças, recursos logísticos e humanos, TI, compras e aquisições) a realização de
levantamento dos processos de trabalho e do diagnóstico dos problemas, fragilidades e gargalos
encontrados, visando a revisão e o aperfeiçoamento dos controles existentes, tal como realizado
na reestruturação da SUINF. Além disso, que apresente, quando da elaboração do Plano de
Providências, o detalhamento, o cronograma das etapas e os resultados desse processo de revisão
e aperfeiçoamento dos controles internos.
3 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
3.1 MOVIMENTAÇÃO
3.1.1 QUANTITATIVO DE PESSOAL
3.1.1.1 INFORMAÇÃO
DOS CRITÉRIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS EM COMISSÃO E DOS
NÍVEIS DE FUNÇÕES GERENCIAIS PRIVATIVOS DE SERVIDORES DE CARREIRA
Fato
Na Auditoria Anual de Contas 2010 da ANTT foi constatada a ocupação predominante
de funções gerenciais por pessoal não vinculado à Agência. Por meio de deliberações da
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Diretoria-Geral, a Agência promoveu novos arranjos dos cargos comissionados, reduzindo os
quantitativos de cargos CCT, de menor remuneração e privativos de servidores de carreira, e
acrescendo outros cargos, de maior remuneração e livre nomeação. Com essa medida adotada, o
número total de cargos comissionados diminuiu, em razão da necessidade de não haver aumento
de despesa, porém, permite-se tanto o ingresso de pessoal sem a necessidade de concurso
público, quanto a criação de mais postos gerenciais, que podem ser necessários a uma boa
gestão das atividades da Entidade. Nesse sentido, a forma como estavam distribuídos os cargos
comissionados na Agência evidenciaram uma situação inadequada, uma vez que os cargos de
livre nomeação (CD, CGE, CA e CAS), classificados como cargos comissionados de direção, de
gerência executiva, de assessoria e de assistência, estão ocupados por pessoal não vinculado à
ANTT.
Outra questão importante foi observada a partir da relação de cargos comissionados, na
qual não foi possível identificar um critério claro e objetivo na distribuição destes cargos. Tal
fato ficou evidenciado a partir de constatações como: incompatibilidade entre a atividade do
servidor e a natureza do cargo ocupado (servidores que não exercem função gerencial, mas
ocupam cargos de Gerência Executiva, cuja denominação denota a natureza gerencial, e
servidores que exercem atividade de coordenação dentro da Unidade Regional, mas ocupam
cargos Comissionados Técnicos ou cargos de Assessoria, cuja denominação denota natureza
incompatível com a atividade de coordenação); e a falta de isonomia na ocupação dos cargos
(servidores que exercem atividades similares de coordenação dentro de uma mesma Unidade
Regional, mas possuem cargos comissionados diferentes, e servidores que exercem função
gerencial do mesmo nível, dentro de uma mesma Superintendência, mas ocupam cargos
comissionados distintos).
Em 2010, observou-se que, dos 204 cargos comissionados, somente 5 eram ocupados por
servidores de carreira do quadro efetivo da Agência. Além disso, dos 199 cargos que não são
ocupados por servidores do quadro efetivo da Agência, 31 são ocupados por servidores de
carreira de outros órgãos e esferas e 168 são ocupados por pessoal sem vínculo com a
Administração Pública.
Diante do cenário inadequado, entendeu-se necessária a implementação de políticas de
desenvolvimento de carreira, de forma a permitir a inserção dos servidores da Agência em
funções de efetiva gestão estratégica. Para tanto, em paralelo a uma atuação junto ao Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG, visando à realização de concurso, seria
necessário elaborar de um plano de ações a serem desenvolvidas na ANTT, abrangendo, por
exemplo, a capacitação de servidores para atividades de gestão e para especialização em áreas de
interesse da Agência e o estabelecimento de níveis de funções gerenciais privativos de servidores
de carreira. E ainda, faz-se necessária a elaboração de um estudo que defina a quantidade e a
natureza dos cargos comissionados necessários em cada setor, Superintendência, Gerência ou
Unidade Regional, de forma que estes cargos representem funções dentro da estrutura
institucional, necessários ao bom desempenho das suas atividades, e não somente uma
ferramenta para ingresso de pessoal na Agência.
Em resposta, a Superintendência de Gestão – SUDEG justificou que a predominante
ocupação dos postos gerenciais não ser de pessoal vinculado à ANTT decorre de o quadro de
pessoal da Agência não se encontrar totalmente provido, sendo imprescindível contar, neste
primeiro momento, com profissionais especializados, oriundos dos diversos quadros de pessoal
da Administração Pública, até que seu quadro de pessoal efetivo esteja completo e devidamente
qualificado.
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Nesse sentido a ANTT atuou visando promover o desenvolvimento da carreira, por meio
do Planejamento Estratégico, iniciado em 2009, que apontou um novo marco, com
direcionamento para o desenvolvimento de pessoas na ANTT com o Projeto “Desenvolvimento
de Talentos”, que faz parte do Programa de Melhoria da Gestão, com a realização de
aproximadamente 2700 capacitações no período de 2009 e 2010.
Além disso, o Ofício nº 561/2011/DG, de 10/08/2011, encaminhou proposta de ato
legislativo destinado a criar cargos em comissão e cargos efetivos da Agência visando o
cumprimento da missão institucional e regimental. Nesse sentido, foram encaminhados, em
anexo ao ofício, a Minuta de EM Interministerial, as Nota Técnicas nº 004 e
005/2011/SUDEG/ANTT, de 13/07/2011, o quadro comparativo da estrutura de cargos e funções
e o Parecer nº 0326-3.5.9/2011/PF-ANTT/PGF/AGU.
A Nota Técnica nº 004/2011/SUDEG/ANTT versou sobre a criação de 161 cargos em
comissão, que, dentre outras questões, aumentava o quantitativo de CCT’s (cargos a serem
preenchidos com servidores efetivos da Agência), ou seja, previu a ocupação de cargos em
comissão a servidores efetivos da Agência. Essa nova proposta aumenta em 6 o número de
cargos comissionados e em 155 o de CCT’s, tendo um impacto financeiro de R$209.847,33 por
mês (total de 2,797 milhões por ano).
Em 2011, o número de cargos comissionados ocupados por servidores efetivos aumentou
de cinco em 2010 para oito em 2011, e o de cargos ocupados por pessoas sem vínculo, diminuiu
de 168 em 2010 para 160 em 2011. Portanto, observa-se que em 2011 a situação inadequada
apontada em 2010 (ocupação predominante de funções gerenciais por pessoal não vinculado à
ANTT) persistiu.
Em 2012, da análise da distribuição dos cargos comissionados observa-se que, dos 185
cargos de Direção e Assessoramento superior, somente 21 são ocupados por servidores de
carreira do quadro efetivo da Agência. Além disso, destes 166 cargos que não são ocupados por
servidores do quadro efetivo da Agência, 22 são ocupados por servidores de carreira de outros
órgãos e esferas e 142 são ocupados por pessoal sem vínculo com a Administração Pública.
Novamente, diante do mesmo cenário, fez-se necessária a implementação de políticas de
desenvolvimento de carreira, de forma a permitir a inserção de servidores em funções de efetiva
gestão estratégica da Agência. Para tanto, em paralelo à realização de concurso público
(autorização, por meio da Portaria nº 581 de 29/11/2012 - DOU de 30/11/2012, para realização
de concursos públicos para o provimento dos cargos de ESPECIALISTA, Técnico de Regulação
- TREG, Técnico em Administrativo - TADM e Analista Administrativo – AADM), foi
necessário elaborar um plano de ações a ser desenvolvido na ANTT, que abranja, por exemplo,
a capacitação de servidores para atividades de gestão e para especialização em áreas de interesse
da Agência e o estabelecimento de níveis de funções gerenciais privativos de servidores de
carreira.
No tocante à qualificação, de acordo com o Relatório de Gestão 2012, a Agência vem
investindo no seu quadro de pessoal, sendo que o orçamento destinado à capacitação dos
servidores no exercício foi da ordem de R$ 1.740.000,00, com uma execução de 76,03% (foram
empenhados R$ 1.322.802,89). Desse montante, R$ 1.294.731,32 foi realizado pelas Unidades
Gestoras da ANTT e R$ 28.071,57, pela UG 170017 – Centro Regional de Treinamento da
ESAF/DF. Em função de fixação de limite para gastos com diária e passagem, houve uma
diminuição da participação em eventos dos servidores lotados em postos de fiscalização e nas
Unidades Regionais, razão pelo qual não foi cumprida a meta física em sua totalidade. Houve
também diminuição dos custos de capacitação pela abertura de turmas com aulas ministradas por
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instrutores internos e externos, bem como programação de turmas fechadas realizadas pela
Escola de Administração Fazendária, pelo Programa de Capacitação dos Fiscais e de Bolsa de
Idiomas, computando um total de 1.688 participações em eventos de capacitação de 836
servidores.
O desenvolvimento de talentos dos servidores da ANTT, por meio dos eventos de
capacitação, é programado no âmbito do Plano Anual de Capacitação (PLAC), o qual visa
garantir um mecanismo de autodesenvolvimento pessoal e profissional, contemplando as
seguintes áreas: Formação básica comum; Formação por área de atuação; Formação avançada e
Capacitação gerencial. Essa última atende às necessidades de capacitação dos servidores
ocupantes de cargos em comissão. O Relatório de Gestão informa que o PLAC 2013 continuará
com essa metodologia e será construído com base nas demandas identificadas, considerando
inclusive o incremento de servidores decorrentes de concurso público.
No entanto, pelas informações contidas no Relatório de Gestão, apesar das citadas
iniciativas de capacitação dos servidores efetivos, não foi apresentada proposta de reestruturação,
nem os critérios para a nomeação dos cargos CD, CGE, CA e CAS existentes. Isso posto,
conclui-se que o problema da predominância de ocupação de cargos comissionados de pessoas
sem vínculo com a Agência permanece no aguardo da implementação de um projeto estruturante
com essa finalidade. ##/Fato##
Segundo informações prestadas pela ANTT, o fato da predominante ocupação dos postos
gerenciais não ser de pessoal vinculado à ANTT decorre de o quadro de pessoal da Agência não
se encontrar totalmente provido, sendo imprescindível contar com profissionais especializados,
oriundos dos diversos quadros de pessoal da Administração Pública, até que seu quadro de
pessoal efetivo esteja completo e devidamente qualificado
Por meio de correspondência eletrônica datada de 20/06/13, s SUDEG informou que:
“... no Plano de Providências Permanente – PPP, que após orientação da Diretoria Colegiada
da ANTT, promoverá estudos para identificação de critérios claros e objetivos para a
distribuição de cargos comissionados, e o estabelecimento de níveis de funções gerenciais
privativos de servidores de carreira. No tocante à distribuição de cargos comissionados
englobando todos os servidores a ANTT encaminhou proposta ao Ministério do Planejamento,
ainda sem resposta.”. (grifos nosso)
Posteriormente, informou em 24/06/13 que:
“Sobre o assunto, importa esclarecer que se aguarda orientação a da Diretoria Colegiada
quanto estabelecimento de níveis de funções gerenciais privativos de servidores de carreira.
Assim, considerando tal situação e, ainda que quantitativo de servidores com vínculo com a
Administração Pública, em junho de 2013 verifica-se apenas 29,04% dos cargos comissionados
autorizados sendo ocupados por servidores sem vínculo.
Quanto à aprovação ocorrida pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
esclarecemos que se trata da Portaria nº 581, de 29 de novembro de 2012, de autorização para
realizar concurso público para o preenchimento de 135 vagas para os cargos de Especialista em
Regulação de Serviços de Transportes Terrestres, Técnico em Regulação de Serviços de
Transportes Terrestres, Analista Administrativo e Técnico Administrativo.
Sobre o assunto, cabe informar que A Agência utiliza a orientação emanada no
Parecer/MP/CONJUR/GAN Nº 0791 – 1.7/2009, que entende “que a alteração dos quantitativos
e da distribuição dos cargos a que se refere o art. 14 da Lei nº 9.986, de 2000, além de não
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acarretar aumento de despesa, deve observar, como parâmetro, o valor integral das retribuições
fixadas em lei. Ainda, o mesmo parecer não permite a utilização do saldo como apontado.
O Plano Anual de Capacitação 2013 (PLAC 2013) está anexado e levou em consideração o
levantamento de necessidades de capacitação das áreas da Agência. Os conhecimentos
levantados na elaboração do PLAC 2013 foram organizados em quatro níveis de formação:
Básica, Por Área de Atuação, Avançada e Gerencial. Os servidores do novo concurso
participarão dos eventos de nível de Formação Básica (destinados a todos os servidores,
independente da área de lotação ou cargo) e de Formação por Área de Atuação (de acordo com
a área em que serão lotados). No caso dos ocupantes de cargos em comissão, seja DAS ou CCT,
além desses níveis há a previsão da formação gerencial. Ver Anexo I”. (grifos nosso) ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Da análise da manifestação da SUDEG observa-se o consenso sobre a necessidade de
elaboração de estudo para identificação de critérios claros e objetivos para a distribuição de
cargos comissionados, e o estabelecimento de níveis de funções gerenciais privativos de
servidores de carreira. Entretanto, constatou-se que essa iniciativa depende de orientação da
Diretoria Colegiada da Agência, e que ela concorre para mitigar problemas já identificados em
gestões anteriores, tais como:
a) incompatibilidade entre a atividade do servidor e a natureza do cargo ocupado (servidores
que não exercem função gerencial, mas ocupam cargos de Gerência Executiva, cuja
denominação denota a natureza gerencial, e servidores que exercem atividade de
coordenação dentro da Unidade Regional, mas ocupam cargos Comissionados Técnicos
ou cargos de Assessoria, cuja denominação denota natureza incompatível com a atividade
de coordenação); e
b) falta de isonomia na ocupação dos cargos (servidores que exercem atividades similares de
coordenação dentro de uma mesma Unidade Regional, mas possuem cargos
comissionados diferentes, e servidores que exercem função gerencial do mesmo nível,
dentro de uma mesma Superintendência, mas ocupam cargos comissionados distintos).
E ainda, constatou-se que o percentual de pessoal sem vínculo ocupando cargos DAS
reduziu consideravelmente, de 2010 a junho de 2013, conforme demonstra o Quadro 9 a seguir.
Quadro 9: Distribuição dos cargos DAS por pessoal sem vínculo com a ANTT
Ano Percentual de pessoal sem vínculo ocupando cargo
DAS
2010 82,35%
2011 78,43%
2012 76,76%
2013 29,04%
Fonte: Relatórios de Gestão 2010, 2011, 2012 da ANTT
Por fim, observa-se que o Plano de Capacitação 2012 e 2013 visou a capacitação de
servidores da Agência em níveis de formação gerencial com o objetivo de futuramente terem
conhecimento adequado para ocupar os cargos comissionados (CD, CGE, CA e CAS).
Adicionalmente, a SUDEG informou que “Os critérios serão definidos em conformidade
com a Deliberação nº 130, de 26/6/2013, aprovou a Política de Qualidade de Vida da ANTT.”.
Essa Deliberação estabelece entre outras ações, a “Criação de Norma para Nomeação de Cargos”
e a “Criação de Norma para Alocação de Cargos Técnicos e Gerenciais às UORGS”. Nesse
sentido, as ações citadas, aprovadas pela Diretoria, deverão ser implementadas pelo Comitê
Gestor de QVT da Agência.
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Pelo exposto, observa-se que a Diretoria da Agência aprovou uma política visando a
elaboração do estudo para identificação de critérios claros e objetivos para a distribuição de
cargos comissionados, além do estabelecimento de níveis de funções gerenciais privativos de
servidores de carreira. Apesar da iniciativa, não foi determinado prazo para conclusão dos
estudos. Portanto, é necessário que o acompanhamento deste processo, bem definição das suas
etapas e cronograma sejam apresentados no Plano de Providências.
3.1.1.2 INFORMAÇÃO
DO QUANTITATIVO DE PESSOAL DE CARGO EFETIVO NA ANTT
Fato
Na auditoria de Avaliação da Gestão 2012, foi constatado que a Agência dispunha de
1.183 servidores ocupantes de cargo efetivo (situação em 31/12/2012). Considerando que 61
servidores estavam cedidos, afastados ou em licença, tinha-se um quadro de 1.122 servidores
efetivos em exercício na ANTT. O Quadro 10 a seguir demonstra a situação da ocupação dos
cargos do quadro de pessoal efetivo, em 31/12/2012, conforme quadro A.6.1 do item 6.1.1 -
Demonstração da Força de Trabalho à Disposição da Unidade Jurisdicionada, do Relatório de
Gestão 2012.
Quadro 10: Situação de Recursos Humanos da ANTT no final do exercício de 2012
Fonte: Relatório de Gestão 2012 da ANTT
Além disso, devem ser consideradas as situações que reduzem a força de trabalho efetiva
como cessão de servidores, afastamentos, remoção, licença remunerada e não remunerada, entre
outros, que alcançaram 128 servidores em 2012. Por isso, considerando as situações de redução
da força de trabalho e o quadro acima, observa-se que o percentual de ocupação dos cargos do
quadro de pessoal efetivo previsto é baixo (aproximadamente 59%), em que pese terem sido
realizados dois concursos que juntos contemplaram 1.151 vagas.
No relatório de AAC 2011 foi solicitado da Agência o estudo com a distribuição por tipo
(especialista, analista e técnico) e por área (Superintendência, Gerência e Unidade Regional), do
quantitativo atual de servidores, do quantitativo previsto na Nota Técnica nº 005/2011/SUDEG
(262 servidores), e do quantitativo a ser preenchido com o novo concurso (160).
Em resposta, a SUDEG/GEPES informou que encaminhou no PPP 2012 um CD
contendo a planilha de distribuição dos atuais servidores, por posto de trabalho e cargos efetivos,
e outra planilha onde consta a distribuição dos cargos a serem preenchidos mediante o novo
concurso 2013. E ainda, informou que está elaborando o estudo, e que será encaminhado tão
logo esteja concluído.
Da análise do CD, observou-se que os 2 arquivos referem-se a “a - b = Distribuição de
Cargos Proposta de Reestruturação ANTT 18-07-11.doc” e “d - Limite autorizado e disponível
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para pagamento de Cargos Comissionados.xls”. Portanto, observa-se que a distribuição por tipo
(especialista, analista e técnico) e por área (Superintendência, Gerência e Unidade Regional), do
quantitativo atual de servidores não foi encaminhada ou realizada.
Na oportunidade, uma vez que o concurso foi autorizado em novembro de 2012 e lançado
o edital em maio de 2013, é necessário que seja considerado o número de servidores autorizados
(135) na elaboração dos estudos. Essa situação foi encaminhada à Agência para manifestação.
Em resposta, a Agência informou que “visando suprir a carência de servidores, a ANTT
atuou junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG e obteve autorização
para realização, por meio da Portaria nº 581 de 29/11/2012 - DOU de 30/11/2012, de concurso
público (com prazo até 26/05/2013 para publicação do Edital) destinado ao provimento de 135
cargos a saber: Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres (63), Técnico
em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres (45), Técnico Administrativo (10) e
Analista Administrativo (17)”.
Posteriormente, o gestor encaminhou o quadro de servidores de cargo efetivo,
distribuídos por área de lotação, contendo as informações dos cargos ocupados e das lotações dos
novos servidores, a serem nomeados após aprovação no concurso público regido pelo Edital nº
01/2013 vigente. E ainda, mencionou que “Informamos que a lotação dos novos servidores foi
realizada após ampla discussão entre a Diretoria e os titulares das Unidades Organizacionais,
corroborada pela Comissão Coordenadora do 3º Concurso Público e pela publicação do Edital.”.
##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Portanto, considerando que a força de trabalho da Agência está defasada (65%) em
relação ao aprovado pela Lei 10.233/01, que a SUDEG realizou o levantamento do quadro de
servidores efetivos por área, que já foram realizadas solicitações fundamentadas de novos
servidores efetivos ao MPOG, que o total de vagas constantes do concurso público autorizado
pelo MPOG não é suficiente para atender a lotação estabelecida para a ANTT, em contraponto
ao aumento significativo de responsabilidade em função das novas concessões rodoviárias e
ferroviárias e das novas linhas de transporte de passageiros, esta equipe de auditoria entende ser
necessária a elaboração de um estudo mais detalhado e embasado para o pleito de novos
servidores junto ao MPOG. ##/AnaliseControleInterno###/AnaliseControleInterno##
Adicionalmente, a SUDEG informou que a Deliberação nº 130, de 26/6/2013, aprovou a
Política de Qualidade de Vida da ANTT, que estabeleceu entre outras ações, o
“Dimensionamento e Planejamento da Força de Trabalho”, que será implementada pelo Comitê
Gestor do de QVT da Agência. Apesar disso, não foi determinado prazo para conclusão dos
estudos. Portanto, é necessário que o acompanhamento deste processo, bem definição das suas
etapas e cronograma sejam apresentados no Plano de Providências.
3.1.1.3 INFORMAÇÃO
DAS CESSÕES DE SERVIDORES SEM O DEVIDO ENQUADRAMENTO EM LEI
ESPECÍFICA OU SEM FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA
Fato
Essa verificação tem por objetivo a observância da legislação aplicável à cessão e
requisição de pessoal, atentando-se para o lançamento dos registros pertintentes no sistema
contábil e no sistema corporativo obrigatório (SIAPE). Para o acompanhamento do processo de
retorno dos servidores cedidos, solicitou-se a apresentação, pela área responsável, das
providências adotadas e os respectivos resultados quando da elaboração do Plano de
Providências Permanente 2013.
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Na AAC 2011, constatou-se que a Agência não apresentou à CGU o Ofício de
encaminhamento dos autos do processo e seus anexos à SEGEP/MP. Ressalta-se o
posicionamento contido na Nota Técnica nº 02/2012/SUDEG, de 26/04/2012, na qual 47
servidores encontram-se cedidos pela Agência, sendo que 24 desses servidores, ou seja, 51%
encontram-se em exercício no MPU, na AGU e na DPU. Ainda, segundo a relação dos 24
servidores da ANTT requisitados por outros órgãos, em exercício no MPU, AGU e DPU, 19 não
tem função gratificada, nem definição de atividade específica, ou seja, não atendem aos
critérios definidos na legislação.
No caso do MPU, o fundamento é o disposto na LC nº 75/93, que prevê a possibilidade
de cessão temporária de servidores para a realização de atividades específicas.No entanto, no
Ofício de requisição nº SEC/PRT-1ª/393/2005, de 16/08/2005, bem como nos ofícios posteriores
de requisição da prorrogação da cessão, essas atividades não foram estabelecidas. O pleito da
Procuradoria justifica que a cessão visa a suprir a carência de servidores para a execução de
tarefas administrativas, não previamente delimitadas. As cessões à DPU e à AGU também foram
fundamentadas no inc. II do art. 93 da Lei nº 8.112/90, sem exercício de cargo em comissão ou
função de confiança nestes órgãos. Para a DPU, a cessão está amparada nas hipóteses previstas
no § único do art. 4º da Lei nº 9020/95 e no art. 5º da Lei nº 8.682/93, que preveem a
possibilidade de requisição de servidores até a constituição do quadro de pessoal destes órgãos.
Na oportunidade, foi solicitado que, para o acompanhamento do processo de retorno dos
servidores cedidos fossem apresentadas quando da elaboração do Plano de Providências
Permanente 2012 as providências adotadas e os respectivos resultados. Em resposta, a SUDEG
encaminhou a Nota Técnica nº 02/2012, mediante a qual o processo nº 50500.047947/2012-63
foi encaminhado ao MT, para envio ao MPOG.
A referida Nota Técnica historia as tratativas para viabilizar o retorno dos 24 servidores
da ANTT requisitados pela AGU (14), DPU (8) e MPU (2), com solicitação de parecer
conclusivo quanto à legalidade e validade dos atos de requisição dos servidores bem como
orientação acerca de alternativa adequada para reaver os referidos servidores, diante da
orientação emanada pela CGU.
Adicionalmente a SUDEG informou que: Causa##
“..., conforme solicitado na Nota Técnica nº. 02/2012, constante dos autos do processo nº.
50500.047947/2012-63, o Ministério dos Transportes providenciou a remessa dos autos ao
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG, por meio do Encaminhamento nº.
385/2012 – DINOR/COTEC (cópia anexa). E que, em resposta, aquele Órgão Central exarou
Despacho (cópia anexa) direcionado ao Ministério dos Transportes, com esclarecimento acerca
dos atuais procedimentos a serem observados para o direcionamento de consultas ao MPOG,
tendo esclarecido que deve obedecer ao disposto na Orientação Normativa nº. 7, de 2012, da
qual se abstrai, em resumo, que as consultas dos Órgãos Seccionais devem ser encaminhadas ao
respectivo Órgão Setorial a que se vincula.
Por sua vez, na condição de Órgão setorial a que se vincula esta Autarquia, o Ministério dos
Transportes, nos termos do citado Encaminhamento nº. 385/2012 – DINOR/COTEC, (em
destaque no referido anexo), expressou que “não vislumbrou nenhuma irregularidade ou
ilegalidade nos referidos atos.
Ademais, quanto às alternativas adequadas para promover o retorno dos servidores à Agência,
exarou o entendimento de que: “tal procedimento deve se dar mediante negociação entre os
órgãos envolvidos, observando-se sempre a conveniência e necessidade da Administração
Pública, uma vez que não há norma específica que discipline a obrigatoriedade do retorno do
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servidor cedido ao seu órgão de origem após o determinado prazo. No entanto, diversas
tentativas de negociação ocorreram perante os Órgãos requisitantes, na forma dos Ofícios
enviados (citados na Nota Técnica nº. 02/2012). Porém, sem êxito.
Desse modo, torna-se pertinente reforçar a necessidade premente do retorno dos servidores
requisitados a esta Agência, em função da escassa força de trabalho com a qual conta,
atualmente esta Autarquia, em relação aos seus desafios institucionais. Ver Anexos III e IV.”.
(grifos nosso)
Do exposto, observa-se que a Agência esgotou as possibilidades para retorno dos
servidores requisitados, inclusive por meio de negociação com os órgãos envolvidos.
Ressalta-se a pertinência do retorno dos servidores requisitados, devido à insuficiência da
força de trabalho da Agência , em função, primeiramente, pelo fato de as cessões de servidores
terem sido realizadas sem o devido enquadramento em lei específica ou sem fundamentação
adequada, e posteriormente, em decorrência do incremento das atribuições da Agência, oriundas
do novo cenário de concessões rodoviárias e ferroviárias.
##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Tendo em vista que a ANTT não está obrigada a reconhecer como irrecusável as
requisições de pessoal supracitadas entende-se ser possível a revogação das cessões. Para isso a
Diretoria da Agência poderia mais uma vez encaminhar o pleito à sua Procuradoria jurídica para
conhecimento e parecer sobre como proceder. Em resposta, a Agência informou que irá solicitar
parecer à sua Procuradoria. Portanto, é necessário que a atualização das informações seja
apresentada no Plano de Providências. ##/AnaliseControleInterno##
3.1.1.4 INFORMAÇÃO
DAS INCONSISTÊNCIAS DOS REGISTROS NA FOLHA DE PAGAMENTO E NOS
SISTEMAS CORPORATIVOS OBRIGATÓRIOS (SISAC)
Fato
Essa verificação teve por objetivo a observância da legislação aplicável à remuneração,
cessão e requisição de pessoal, atentando-se para o lançamento dos registros pertinentes no
sistema contábil e no sistema corporativo obrigatório (SIAPE). Além disso, verificou-se o
lançamento dos registros pertinentes relacionados às nomeações, aposentadorias, pensão e
reforma emitidas em 2012 nos sistemas corporativos obrigatórios (SISAC e SIAPE).
Como resultado foram detectadas inconsistências como: a) Servidores com parcela de
devolução ao Erário interrompida ou prazo e/ou valor alterados; b) Servidores com devolução do
adiantamento de férias nos últimos cinco anos em valor inferior ao recebido; c) Instituidor de
pensão com datas de ingresso no SPF, SIAPE e Óbito muito próximas ou iguais; e d) Servidor
aposentado pela EC 41 ou posterior com valor do provento informado. E ainda, o cruzamento de
dados referentes às planilhas de servidores ativos, aposentados e pensionistas da ANTT acusou a
existência de um registro no SIAPE sem o devido registro no SISAC referente a uma
aposentadoria de servidor.
Por meio dos Memorandos nº 64/2013/GEPES/SUDEG, de 28/05/2013 e nº 65/2013/
GEPES/SUDEG, de 29/05/2013, foi informado o seguinte:
“a) Servidores com parcela de devolução ao Erário interrompida ou prazo e/ou valor alterados:
- Com relação aos servidores de matrícula 673137 (...), 778646 (...), 777147 (...), 774810 (...),
673162 (...), 672928 (...), 672640 (...), 672491 (...), 672298 (...) e 292128 (...), as reposições
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foram suspensas na folha de pagamento de fevereiro de 2012 em virtude de determinação
judicial por meio do Mandado de Segurança nº 0002099-51.2012.4.02.5101.
- Quanto ao servidor de matrícula 866486, a reposição ao Erário foi suspensa em
setembro de 2010 em virtude de decisão judicial – AO n° 30868-29.2010.4.01.3400.
- No caso da servidora de matrícula 460917, foi efetuada, no momento da exoneração
solicitada pela mesma, quitação do montante restante a título de reposição ao Erário,
conforme cópias da planilha de cálculo e comprovante de depósito da GRU,
encaminhadas em anexo à resposta à SA nº 201306034/012.
b) Servidores com devolução do adiantamento de férias nos últimos 5 anos em valor inferior ao
recebido:
Os esclarecimentos a essa demanda foram prestados por meio do Memorando nº
65/2013/GEPES/SUDEG, de 29/05/2013, com o seguinte posicionamento por parte da ANTT,
após a análise das fichas financeiras dos últimos cinco anos (2008/2012):
b.1. Matrículas 0851269, 1781099, 1650782, 2304635, 1439616, 1516876, 1515976,
1644837, 1672284, 1781675, 1675078, 1782389, 1701317, 1774363, 1673285, 1672640,
1350094, 1683964, 1776093, 1674274, 1517032 e 1675557: não encontradas as
inconsistências apontadas;
b.2. Matrículas 1546857, 1515909, 1517332, 1513979, 0844157, 1515963, 1702440:
confirmou-se a não efetivação automática pelo sistema SIAPE dos valores informados
acima. Foi informado que a GEPES adotará as providências no sentido da restituição ao
Erário. No caso específico da Matrícula 1515963, o valor a ser restituído foi incluído nos
acertos rescisórios do servidor que teve vacância do cargo a partir de 21/01/2011. O
valor total é de R$ 7.285,56 ao invés dos R$ 2.525,88 informados no quadro acima
(Trilhas de Pessoal);
b.3. Com relação às matrículas a seguir, confirmou-se a não efetivação automática pelo
sistema SIAPE dos referidos descontos mas foram encontrados valores a restituir ao
Erário diferentes daqueles informados no quadro acima: 0662683, R$ 449,15; 1515955,
R$ 1.260,74; 2102675, R$ 155,74; 1510935, R$ 3.347,63; 1457448, R$ 419,76, 1514792,
R$ 1.058,71. Foi informado que a GEPES adotará as providências no sentido da
restituição ao Erário;
b.4. Matrícula 1349850: Já havia sido detectada a não devolução e foi efetuada a
reposição ao Erário a partir da folha de junho de 2011;
b.5. Matrícula 1535987: O servidor teve vacância a partir de 07/08/2007 e não foi
observada a devolução das férias antecipadas quando dos acertos rescisórios. Trata-se
de período superior a 5 anos.
c) Instituidor de pensão com datas de ingresso no SPF, SIAPE e Óbito muito próximas ou iguais:
O ex-servidor (...) foi nomeado pela Portaria do Diretor-Geral nº 60, de 25 de março de 2010,
publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2010, com posse e exercício em 29 de
março do mesmo ano, e veio a óbito em 10 de outubro de 2010, conforme se observa na Certidão
de Óbito também em anexo.
d) Servidor aposentado pela EC 41 ou posterior com valor do provento informado:
O servidor (...) foi aposentado sob a égide da EC 41 e tinha o valor de seus proventos informados
devido ao sistema SIAPE ainda não estar adequado para atender ao cálculo automático de tal
emenda. No entanto, ao ter a fundamentação da aposentadoria alterada conforme EC 70,
Portaria anexa, e adequação do sistema SIAPE para atendimento às citadas emendas
constitucionais a situação de pagamento automática pelo sistema SIAPE está regularizada.”.
E ainda, por meio do Ofício nº 265/SUDEG/GEPES, de 27/05/2013, encaminhou à CGU
o processo administrativo nº 50500.083598/2012-43, que trata sobre a concessão de
aposentadoria voluntária à servidora supracitada, com a finalidade de regularizar a sua situação
junto aos órgãos de controle.
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Na análise do Controle Interno, com relação ao item “b)” e aos registros no SISAC,
verificou-se a fragilidade das medidas de controle com vistas ao lançamento tempestivo das
informações sobre os fatos geradores de inconsistência nos dados cadastrais, que prontamente
foram corrigidos. Os demais itens foram devidamente esclarecidos com a apresentação da
documentação comprobatória (portarias e certidões), excetuando-se o caso do item “a”, com
reposições ao Erário suspensas em virtude de determinação judicial. Dessa forma, compete à
ANTT a adoção das providências cabíveis no sentido de sanar essa fragilidade verificada.
Nesse sentido, foi recomendado que a Diretoria da Agência determine às suas unidades
organizacionais, dentre elas, a área de gestãod e pessoas, a realização de levantamento dos
processos de trabalho e do diagnóstico dos problemas, fragilidades e gargalos encontrados,
visando a revisão e o aperfeiçoamento dos controles existentes, apresentando o detalhamento, o
cronograma das etapas e os resultados desse processo.
Em resposta, por meio da Nota nº 004/AUDIT/2013, de 19/07/2013, a SUDEG/ANTT
informou que a Deliberação nº 130, de 26/06/2013 aprovou a Política de Qualidade de Vida da
ANTT a qual estabelece, entre outras, a seguinte ação: “Aperfeiçoar processos de trabalho”.
Esclarece, outrossim, que a citada ação deverá ser implementada pelo Comitê Gestor de QVT da
Agência. Portanto, é necessário que o acompanhamento deste processo, bem definição das suas
etapas e cronograma sejam apresentados no Plano de Providências.
4 GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS
4.1 PROCESSOS LICITATÓRIOS
4.2 CONVÊNIOS DE OBRAS, SERVIÇOS E DE SUPRIMENTO
4.2.1 AVALIAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS
4.2.1.1 CONSTATAÇÃO
NECESSIDADE DE PADRONIZAÇÃO DO PROCESSO DE SELEÇÃO DAS
PROPOSTAS DE TRASNFERÊNCIAS
Fato
Com relação à avaliação da Gestão das Transferências, constante do Relatório Especial
de Auditoria nº 01/AO/AUDIT/2013, de fevereiro de 2013, relativamente ao exercício de 2012,
foi consignado o que se segue: quanto à situação do tratamento às contas prestadas à Agência,
em decorrência da execução de Termos de Cooperação, verificou-se a necessidade de
padronização das informações destacando, nas respectivas Notas Técnicas, elementos que
permitam verificar e avaliar a fidedignidade do produto parcial e final avençado para liberar
a transferência de recursos, especialmente no TC 011/2009 – DEC. A fragilidade na definição
dos produtos de cada etapa pode comprometer a prestação de contas perante a ANTT, além de
suscitar questionamentos acerca da transparência e fidedignidade na consecução do objeto do
Termo de Cooperação. Com isso, os controles adotados podem não contribuir para a garantia do
alcance dos objetivos definidos nos respectivos instrumentos. ##/Fato##
Causa
Inexistência de normativo interno aprovado pela Diretoria da Agência definindo o
processo de trabalho (obrigatoriedade, responsáveis, entre outros), de maneira a padronizar as
informações constantes das prestações de contas das transferências.
##/Causa##
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Manifestação da Unidade Examinada
Por meio de correspondência datada de 20/06/13, a SUDEG informou que:
“De acordo com o item XI, do art. 84 do Regimento Interno da ANTT, dentre outras atribuições,
compete à Superintendência de Gestão: elaborar e administrar contratos administrativos e
acompanhar a execução orçamentária e financeira dos convênios e termos de cooperação;
Portanto, no que diz respeito a Convênios e Termos de Cooperação, a competência da SUDEG,
por meio da Gerência de Planejamento e Orçamento – GEPLA limita-se ao acompanhamento
da execução orçamentária e financeira dos convênios e termos de cooperação firmados pela
ANTT, que o faz por meio da liberação de recursos orçamentários e financeiros em
conformidade com o estabelecido nos respectivos Cronogramas de Desembolso, mediante
apresentação de Relatório elaborado pelo Gestor responsável das respectivas áreas, no qual
consta o aceite e aprovação dos produtos.”. (grifos nosso). ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Análise do Controle Interno
Da análise à manifestação da SUDEG, observa-se que a competência desta
Superintendência se limita ao acompanhamento da execução orçamentária e financeira, não
adentrando no mérito da prestação de contas e da validação dos produtos.
Na Reunião de Busca Conjunta de Soluções, realizada em 24/06/13, foi informado pelo
Superintendente da SUEPE que a Agência já tem uma minuta de normativo definindo o processo
de trabalho referente à seleção das propostas nos instrumentos de transferência. Desse modo, é
necessário que a Superintendência submeta à Diretoria para posterior aprovação, visando a
solução do problema identificado.
Adicionalmente, a SUEPE informou que “... vem trabalhando na procedimentalização do
processo de contratação. Esse trabalho resultará em um normativo interno a ser aprovado pela
Diretoria da ANTT, padronizando o processo de seleção de propostas". E ainda, “... a Diretoria
possui um rito formal para apreciação e aprovação dos normativos internos, e deverá dar
tratamento célere à questão, no entanto, não pode estimar data para a aprovação.”.
Recomendações
Recomendação 1: Que a Diretoria da Agência determine prazo à SUEPE para submeter a minuta
de normativo, além de determinar um prazo para aprovação do referido normativo.
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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno
Certificado: 201306034
Unidade Auditada: Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT
Exercício: 2012
Processo: 50500.029791/2013-10
Município/UF: Brasília/DF
Foram examinados os atos de gestão dos responsáveis pelas áreas auditadas,
especialmente aqueles listados no art.10 da IN TCU nº 63/2010, praticados no período de 01 de
janeiro a 31 de dezembro de 2012.
Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho definido
no Relatório de Auditoria Anual de Contas constante deste processo, em atendimento à
legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os
resultados das ações de controle realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão
da unidade auditada.
Em função dos exames aplicados sobre os escopos selecionados, consubstanciados no
Relatório de Auditoria Anual de Contas AAC 2012 nº 201306034, proponho que o
encaminhamento das contas dos agentes listados no art. 10 da IN TCU nº 63 seja como indicado
a seguir, em função da existência de nexo de causalidade entre os atos de gestão de cada agente e
as constatações correlatas discriminadas no Relatório de Auditoria.
1. Regular com ressalvas a gestão do(s) seguinte(s) responsável(is)
1.1 – CPF ***.188.001. -**
Cargo: Diretor-Geral Substituto da ANTT, no período de 01/01/2012 a 31/12/2012
1.2 – CPF ***.486.207. -**
Cargo: Diretor da ANTT, no período de 01/01/2012 a 31/12/2012
Referência: Relatório de Auditoria nº 201306034 itens 1.1.1.1 – Não realização da pesquisa de
satisfação dos usuários e 2.2.2.1 Inadequação dos controles internos administrativos da UJ
Fundamentação:
Em relação ao item 1.1.1.1 - Não realização da Pesquisa de Satisfação dos Usuários
– PSU, a Resolução nº 3.000, de 28/01/09, que aprovou o Regimento Interno da ANTT dispõe
que:
“Art. 25. À Diretoria da ANTT compete, em regime de colegiado, analisar, discutir e decidir, em
instância administrativa final, as matérias de competência da Autarquia, bem como:
Certificado de Auditoria
Anual de Contas
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I - decidir sobre o planejamento estratégico da ANTT;
II - estabelecer as diretrizes funcionais, executivas e administrativas a serem seguidas, zelando
pelo seu efetivo cumprimento;
III - decidir sobre políticas administrativas internas e de recursos humanos e seu
desenvolvimento;
(...) Art. 101. Os Superintendentes de Processos Organizacionais têm as seguintes atribuições
comuns:
(...)
X - aferir a satisfação dos usuários com os serviços prestados.”. (grifos nosso)
Por meio da Deliberação nº 206/09, de 18/08/09, o tema relacionado à Pesquisa de
Satisfação de Usuários - PSU de Serviços de Transporte Terrestres, em âmbito nacional,
cobrindo as diferentes áreas de atuação da ANTT (usuários de rodovias e ferrovias concedidas e
usuários de autorizatárias especiais e de permissionárias nacionais e internacionais de ônibus) foi
incluído no Planejamento Estratégico da Autarquia como um Projeto Estruturante, liderado pela
Superintendência de Marcos Regulatórios - SUREG e com a participação das unidades
envolvidas da Agência.
Nesse sentido, a Nota Técnica nº. 0010/2009 – SUAFI, de 12/08/09, na qual foi
identificada a necessidade de implementar o Processo de Gestão Estratégica na Agência e a
definição da missão, dos desafios e objetivos estratégicos, dos indicadores e seus resultados,
definiu objetivo estratégico relacionado à pesquisa de satisfação dos usuários, qual seja, o de
“Garantir o Atendimento às Demandas do Usuário”, tendo como indicadores os níveis de
atendimento de serviço de passageiros do transporte regular e de uso do transporte fretado de
passageiros e a taxa de uso da malha ferroviária. Além disso, foi definido um Programa
Estruturante (Programa ANTT Amigável - Realização da Pesquisa de Satisfação dos Usuários),
visando impulsionar a consecução do objetivo estratégico em questão, com acompanhamento
prioritário da Gestão Estratégica.
O projeto de PSU foi dividido em três etapas: contratação, aplicação da pesquisa e
validação. Em fevereiro de 2009, a Agência constituiu grupo de Trabalho da PSU de Transportes
Terrestres, para elaboração de Termo de Referência - TR com a metodologia de pesquisa
nacional de satisfação dos usuários dos serviços de transportes terrestres regulados pela ANTT,
visando a contratação de empresa para elaboração da pesquisa. Esse TR, elaborado em julho de
2009 teve como objetivo geral o planejamento metodológico e teste piloto de uma Pesquisa de
Satisfação de Usuários de Serviços de Transporte Terrestres, em âmbito nacional. O prazo final
para divulgação do edital e validação da pesquisa era 31/12/09 e 31/12/10, respectivamente.
Entretanto, somente em abril de 2012 foi entregue o produto 4, que compreende o TR e a
Minuta de Edital para contratação de empresa especializada na aplicação da Pesquisa de Campo.
Em seguida, somente em 01/06/12 foi confirmada a disponibilidade orçamentária de R$
10.977.122,67 para a contratação, por meio de licitação, de empresa para a aplicação da
pesquisa. Posteriormente, foi providenciado o ajuste no TR, mais especificamente em planilha de
composição de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), para que estivesse de acordo com as
especificações do Tribunal de Contas da União - TCU e assim, após a apreciação do processo
pela Procuradoria-Geral da ANTT, deflagrar o processo de licitação em questão.
Da análise da manifestação da Agência, observou-se a morosidade tanto da SUREG, na
aprovação dos produtos que precedem a contratação da pesquisa, como da Diretoria da Agência
na contratação da empresa para realização da pesquisa, uma vez que o contrato foi assinado em
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31/12/12 e posteriormente cancelado, e, até a data da manifestação da ANTT (18/06/13), ou seja,
mais de seis meses, ainda não foi ratificada a contratação.
Em suma, observa-se que os prazos finais inicialmente previstos para divulgação do
edital e validação da pesquisa foram 31/12/09 e 31/12/10, respectivamente. Em seguida foram
estabelecidos novos prazos, com a validação da pesquisa prevista para 17/10/2012. Tanto a
primeira previsão como a segunda foram descumpridas. Numa terceira revisão dos prazos finais,
observa-se que o novo prazo estabelecido é 20/12/13 (prazo coincidente com o do Contrato nº
006/2011, referente aos serviços de consultoria).
Cabe destacar que a pesquisa de satisfação dos usuários, competência regimental da
Agência, foi objeto de apontamento pela CGU em 2008, e desde 2009 já fazia parte do
planejamento estratégico da Agência como Projeto Estruturante. De fato, trata-se de ferramenta
indispensável e essencial para aferição da prestação adequada do serviço público sob
responsabilidade da Agência.
Por todo o exposto, observa-se que, apesar das medidas adotadas pela Agência
concorrerem para a solução do problema constatado, as providências estão sendo adotadas de
forma bastante morosa, inexistindo uma proatividade tempestiva tanto da Diretoria como da
Superintendência responsável. Tal fato prejudica a mensuração dos serviços prestados à
sociedade pelas concessionárias e permissionárias, e, consequentemente, o atendimento ao
princípio da prestação do serviço adequado previsto no artigos 6º e 7º da Lei 8.987/95.
Em relação ao item 2.2.2.1 Insuficiência dos controles internos administrativos da UJ,
o Relatório Especial de Auditoria nº 01/AO/AUDIT/2013, de fev/13, avaliou os controles
internos nas áreas de concessão rodoviárias e passageiros, respectivamente na Superintendência
de Exploração da Infraestrutura Rodoviária – SUINF, e nas Superintendências de Serviços de
Transporte de Passageiros – SUPAS e de Fiscalização - SUFIS.
Referente aos controles internos da SUINF, conclui-se que são insuficientes e sujeitos a
falhas, pois: (i) são utilizadas planilhas eletrônicas com alimentação manual; (ii) alguns controles
são descentralizados às Coordenações Regionais sem definição de procedimentos de controle no
sentido de exigir atuação mais assídua da Superintendência; (iii) controles carecem de
padronização, haja vista alguns apresentarem informações conflitantes de interpretação, e outros
fazem referência apenas a quantitativos, sem mencionar a existência de inconsistências e o
respectivo saneamento; (iv) inexistência de controles de relatórios de fiscalização e gestão; e (v)
falta de uniformidade de entendimento decorrente da falta de treinamento aos responsáveis pelas
Coordenações Regionais. De modo geral, concluiu-se que da forma como são utilizadas, as
ferramentas pouco se prestam à gestão daquela Unidade Organizacional, e ainda, que, as
deficiências verificadas na utilização das ferramentas de controles estão relacionadas à falta de
validação do Sistema de Gestão e Fiscalização dos Contratos de Concessão Rodoviária – SIGFIS
II e sua interligação com o Sistema de Arrecadação.
Cabe ressaltar que nas Gestões 2009, 2010 e 2011 já foram apontados problemas
relacionados aos controles internos existentes na área de concessão rodoviária da SUINF, tais
como: insuficiência dos controles de documentos exigidos nos contratos de concessão
rodoviária, falta de validação do sistema de gestão e fiscalização dos contratos de concessão,
morosidade dos processos de aplicação de penalidades e inadequação dos instrumentos de
fiscalização dos contratos de concessão rodoviária.
Página 4 de 5
Relacionado aos controles internos da SUPAS e SUFIS, somente foram pontuados
problemas específicos, o que demonstra a adequação dos controles internos administrativos
existentes. Em suma, a Auditoria Interna entende ser relevante a elaboração, implementação,
utilização e constante atualização de instrumentos de controle internos eficientes para gestão da
área de fiscalização das concessões rodoviárias.
Pelo exposto, observa-se que, no caso da fiscalização das concessões rodoviárias, os
controles existentes em 2012 não foram suficientes para garantir que os objetivos estratégicos
(Garantir o Atendimento Adequado às Demandas do Usuário, Unificar e Padronizar
Procedimentos de Fiscalização e Aperfeiçoar o Processo de Fiscalização) fossem atingidos de
maneira plena, o que, consequentemente, dificulta o cumprimento da missão da Agência
(Assegurar aos usuários adequada prestação de serviços de transporte terrestre e exploração a
infraestrutura rodo e ferroviária outorgada).
Em resposta aos problemas identificados, a SUINF encaminhou a Reestruturação da
Superintendência, iniciada em novembro de 2012, após a saída da antiga gestão, contendo 3
Fases, a saber: Choque de gestão (duração: 4 meses, até 01/03/2013); Reestruturação (duração: 6
meses, até 01/09/2013), e Busca da excelência (duração: contínua).
Como resultado da Reestruturação supra citada observou-se que os aspectos tratados
corroboram com os problemas verificados nos controles internos administrativos existentes
durante o período referente às Gestões 2008 a 2012 (controles realizados mediante planilhas
eletrônicas com alimentação manual, controles descentralizados e ineficientes, controles sem
padronização, inexistência de controles de documentos das concessões e das fiscalizações, falta
de uniformidade devido à falta de treinamento, entre outros). Essa reestruturação mitiga
consideravelmente os problemas identificados nos controles internos administrativos da SUINF.
Entretanto, por ter sido iniciada em novembro de 2012 e ter previsão de finalização da fase de
reestruturação (fase 2) em setembro de 2013, essa somente poderá ser avaliada na gestão 2013.
Desta forma, os fatos identificados nas gestões anteriores demonstram a morosidade dos gestores
à época.
Além da avaliação dos controles das áreas de concessões rodoviárias e de transporte de
passageiros, ressalta-se a avaliação dos controles internos administrativos nas demais áreas da
Agência: gestão de recursos humanos, compras e aquisições, transferências, atendimento das
determinações/recomendações do TCU e CGU, gestão de tecnologia da informação – TI e gestão
do patrimônio.
Como resultado da avaliação pode-se observar que os controles internos existentes não
foram suficientes para evitar a constatação de falhas como: atraso na implementação das ações
previstas no PDTI, não definição dos componentes dos Comitês Executivo de TI – CETI e
Gestor de TI – CGTI, não realização das reuniões dos Comitês, não aprovação da Política de
Segurança da Informação – POSIC e inconsistência dos registros na folha de pagamento e nos
sistemas corporativos obrigatórios (SISAC). Ressalta-se que os problemas verificados nos
controles internos da SUINF, na área de Gestão de TI e de recursos humanos, são recorrentes
desde as gestões 2009, 2010 e 2011.
Portanto, resta clara a necessidade contínua de aperfeiçoamento dos controles internos
administrativos existentes com vistas a melhorar a gestão e, consequentemente, possibilitar o
atingimento dos objetivos definidos. Para isso, tem de se pensar de maneira sistemática,
considerando variáveis como recursos financeiros, logísticos, tecnológicos e humanos.
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Desse modo, considerando a competência regimental da Diretoria da Agência, prevista
nos incisos II e III do artigo 18, de estabelecer as diretrizes administrativas a serem seguidas e
decidir sobre políticas administrativas internas e de recursos humanos, entende-se necessário
que, para as áreas onde foram detectadas falhas recorrentes, seja realizado o diagnóstico dos
gargalos e o levantamento dos processos de trabalho, visando elaborar estratégias de atuação,
bem como definir normativos internos para os processos de trabalho.
Esclareço que os demais agentes listados no art. 10 da IN TCU nº 63, constantes das
folhas 03 e 04 do processo, que não foram explicitamente mencionados neste certificado têm,
por parte deste órgão de controle interno, encaminhamento proposto pela regularidade da gestão,
tendo em vista a não identificação de nexo de causalidade entre os fatos apontados e a conduta
dos referidos agentes.
Brasília/DF, de julho de 2013.
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WAGNER ALESSANDER FERREIRA
Coordenador-Geral de Auditoria da Área de Transportes
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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno
Relatório: 201306034
Unidade Auditada: Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT
Exercício: 2012
Processo: 50500.029791/2013-10
Município/UF: Brasília/DF
Em conclusão aos encaminhamentos sob a responsabilidade da Controladoria-Geral da
União quanto à prestação de contas do exercício de 2012 desta, expresso opinião sobre o
desempenho e a conformidade dos atos de gestão dos agentes relacionados no rol de
responsáveis, a partir dos principais registros e recomendações formulados pela equipe de
auditoria.
2. Quanto aos resultados quantitativos e qualitativos da Gestão, destacam-se aspectos
positivos referentes à Ação 2346 - Fiscalização dos serviços de Transporte Rodoviário
Interestadual e Internacional de Passageiros - TRIIP, na qual houve a evolução quantitativa das
fiscalizações realizadas e dos autos lavrados no período entre 2006 a 2012, com um incremento
de aproximadamente 106,74%. No tocante à Ação 2907 - Fiscalização da Concessão dos
Serviços e da Exploração da Infraestrutura Rodoviária, a meta física realizada foi superior em
70,24% à prevista. Em relação à Ação 2348 - Fiscalização da Concessão dos Serviços e da
Exploração da Infraestrutura Ferroviária, apesar de ter como meta física 12 concessões
ferroviárias fiscalizadas (meta física inadequada), foram realizadas 117 Inspeções Programadas
(técnicas, operacionais e técnico-operacionais), 56 Inspeções Eventuais (acidentes ferroviários
graves, questionamentos ou solicitações do Ministério Público, denúncias, entre outros), além de
22 Inspeções de Obras. Por fim, em relação à Ação 869U - Fiscalização Bens Operacionais e
Gestão Contratos arrendamento das Malhas Ferroviárias, estava prevista a fiscalização de 10%
dos bens arrendados em 2012, sendo que o percentual realizado foi de 11,15% (inspecionados
2.519 bens imóveis e 3.863 bens móveis, de um total de 13.026 bens imóveis e 44.195 bens
móveis).
2.1. Além disso, cabe ressaltar os importantes ajustes implementados na construção do
marco regulatório, como a primeira Revisão Ordinária da Agenda Regulatória ANTT 2011/2012,
que contemplou demandas externas, por meio de reuniões participativas com stakeholders
interessados no processo, visando o fortalecimento da capacidade fiscal/regulatória e fornecendo
os subsídios técnicos necessários à atuação no setor de transportes terrestres. Em função do novo
marco regulatório para o setor ferroviário, a Agência pactuou as metas anuais de produção por
trecho e de redução de acidentes das concessionárias ferroviárias. Em atendimento à nova regra
regulatória (Resolução nº 3.761, de 20/12/11), as concessionárias de serviços de transporte
ferroviário encaminharam o Plano Trienal de Investimentos – PTI para o período 2011-2013,
com previsão total de investimentos privados de cerca de R$ 30 bilhões.
2.2. Ainda em relação às ações relevantes no transporte ferroviário, ressalta-se a
elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Socioambiental – EVTEA,
necessários à outorga da exploração do serviço público de transporte ferroviário regular de
Parecer de Dirigente do
Controle Interno
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passageiros e de carga no trecho Brasília (DF) – Anápolis – Goiânia (GO), e o prosseguimento
às atividades relativas à implantação do TAV Rio de Janeiro – Campinas, com apresentação da
nova proposta de realização do projeto e publicação do Edital de Concessão em dezembro de
2012, dando início ao processo licitatório para a escolha da operadora.
2.3. Pelo segundo ano consecutivo, constatou-se a ampliação do relacionamento da
ANTT com a sociedade com a criação do Serviço de Informações ao Cidadão (SIC), além da
implantação do tridígito 166, atendendo assim aos anseios dos cidadãos-usuários que podem
registrar suas manifestações na Ouvidoria com maior facilidade, por se tratar de número de
rápida memorização. Nesse sentido, ressalta-se que a Ouvidoria imprimiu maior celeridade e
eficiência no registro, análise e tratamento das manifestações, em especial àquelas que
dependeram de análise ou atuação das áreas técnicas. Foram acolhidas cerca de 700.000
manifestações, evidenciando um crescimento de, aproximadamente, 75% no volume total de
registros em relação ao ano anterior, incremento atribuído à melhoria dos processos internos, à
melhor imagem da Ouvidoria da ANTT junto aos usuários e à implementação do tridígito.
2.4. Por fim, vale destacar a conclusão do primeiro ciclo do Plano Estratégico 2009-
2012 e a continuidade ao acompanhamento dos processos prioritários da ANTT, visando ao
aprimoramento das práticas de gestão. Esses trabalhos focaram no desenvolvimento dos
macroprocessos por meio do redesenho de fluxos, identificação de riscos e elaboração de ações
de melhoria que refletissem positivamente nos resultados organizacionais internos. Apesar disso,
a Agência aguarda a finalização do Planejamento Estratégico do Ministério dos Transportes,
iniciado em 2012, que definirá o norte (mapa estratégico) necessário ao “sistema transporte”,
permitindo maior articulação e integração com as ações da ANTT, para a consequente
construção do Plano Estratégico para o período de 2013-2016.
3. Dentre as principais constatações que podem impactar a execução das políticas públicas
a cargo da Unidade cabe destacar a não realização da Pesquisa de Satisfação dos Usuários -
PSU, a indefinição do planejamento estratégico 2013-2016, a insuficiência dos controles
internos existentes e as inconformidades na gestão da Tecnologia da Informação - TI (atraso na
implementação das ações previstas no PDTI, não definição dos componentes dos Comitês
Executivo de TI – CETI e Gestor de TI – CGTI, não realização das reuniões dos Comitês e não
aprovação da Política de Segurança da Informação – POSIC).
4. Entre as principais causas estruturantes das constatações identificadas pode-se citar a
morosidade da Diretoria da Agência na contratação de empresa para aplicação da pesquisa de
campo e consequente finalização do processo de avaliação da satisfação dos usuários, bem como
na definição dos componentes dos Comitês Executivo de TI – CETI e Gestor de TI – CGTI e na
aprovação da POSIC, a demora na avaliação final do planejamento 2009-2012 e na definição do
planejamento 2013-2016, e as fragilidades dos controles internos existentes. Nesse sentido, foi
recomendado que a Diretoria determinasse prazos para: assinatura do contrato para a realização
da pesquisa em campo, bem como da finalização do processo de avaliação da satisfação;
aprovação da POSIC, definição dos membros dos Comitês e realização das suas reuniões; e
avaliação final do planejamento 2009-2012 e aprovação do novo planejamento para 2013-2016.
Além disso, que provocasse o Ministério para obter a data de finalização do mapa estratégico do
setor de transportes, e em paralelo, continuasse o processo de aperfeiçoamento dos seus
macroprocessos. Por fim, que determinasse às suas unidades organizacionais a realização de
levantamento dos processos de trabalho e do diagnóstico dos problemas, fragilidades e gargalos
encontrados, visando a revisão e o aperfeiçoamento dos controles existentes.
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5. Quanto às recomendações do Plano de Providências Permanente não atendidas, cabe
destacar que as recomendações sem conclusão estão todas com providências definidas e em
andamento, tendo sido necessário apenas um prazo maior para a implantação.
6. Da análise dos controles internos administrativos existentes, quanto à qualidade e
suficiência, pode-se concluir que esses estão proporcionando melhorias na regulação e na
fiscalização da Agência, contribuindo para criação de um ambiente de controle mais adequado e,
desta forma, minimizando os riscos de atendimento dos objetivos institucionais da ANTT.
Apesar disso, foram identificadas falhas na área de concessões rodoviárias que estão sendo
sanadas pelas providências adotadas pela nova gestão, e nas áreas de TI e de recursos humanos.
Vale ressaltar que essas inconformidades foram identificadas em gestões anteriores (2009, 2010
e 2011).
7. No exercício de 2012, merecem destaque algumas práticas administrativas
implementadas que tiveram impactos positivos sobre as operações da ANTT, tais como: a
disponibilização no sítio eletrônico da Agência de grande parte das informações relativas aos
serviços prestados; a transparência nos processos de outorga e autorização de serviços públicos e
de revisão/reajuste de tarifa; a consolidação do planejamento estratégico 2009-2012 e o
redesenho dos macroprocessos; a ampliação dos canais de acesso aos usuários (implantação do
SIC e do número tridígito) e melhoria dos processos internos da Ouvidoria; a reestruturação da
força de trabalho, com a redução significativa da ocupação de pessoas sem vínculo nos cargos
comissionados e o aumento da ocupação desses cargos por servidores da Agência; e a
reestruturação da Superintendência de Exploração da Infraestrutura Rodoviária – SUINF.
8. Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º
8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da
IN/TCU/n.º 63/2010 e fundamentado nos Relatórios de Auditoria, acolho a proposta expressa no
Certificado de Auditoria conforme quadro a seguir:
CPF Cargo Proposta de
Certificação Fundamentação
***.188.001. -**
Diretor-Geral Substituto no
período de 01/01/2012 a
31/12/2012
Regular com
ressalva
Relatório de Auditoria
nº 201306034 – Itens
1.1.1.1 e 2.2.2.1
***.486.207. -** Diretor-Geral no período de
01/01/2012 a 31/12/2012
Regular com
ressalva
Relatório de Auditoria
nº 201306034 – Itens
1.1.1.1 e 2.2.2.1
9. Desse modo, o processo deve ser encaminhado ao Ministro de Estado supervisor, com
vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e
posterior remessa ao Tribunal de Contas da União.
Brasília/DF, de julho de 2013.
WAGNER ROSA DA SILVA
DIRETOR DE AUDITORIA DA ÁREA DE INFRAESTRUTURA