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Escola Iniciática do Caboclo Mata Verde

UMBANDA

www.mataverde.org

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Umbanda

Uma publicação do Núcleo Mata VerdeEditor ResponsávelManoel Lopes

Luiz EduardoMarcos PauloLeandro PerezGilberto PinheiroWalkyria Cozzi CoimbraMônica

O disponibiliza desde 2006um módulo de ensino a distância voltado a todosos umbandistas.

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www.tvmv.com.br - TV Mata Verde

www.tvsu.com.br - TV Saravá Umbanda

Estimados leitores,

Este número sofreu um atraso devido as váriasatividades desenvolvidas aqui no Núcleo Mata Verde.Até o final deste ano vamos ter muitos compromissose infelizmente não teremos como manter aperiodicidade da revista.Em função disso passaremos a publicar a revistabimestralmente.As revistas serão publicadas nos meses de AGOSTO,OUTUBRO E DEZEMBRO.Iremos divulgar todas as atividades do Núcleo MataVerde aqui na revista e continuaremos publicando oscursos e demais artigos regulares.

Saravá Umbanda!São Vicente, 2 de Agosto de 2016

Rua Julio de mesquita, 209Santos/SPCEP:11075-221

(13)991274155

Email: [email protected]: nucleo.mataverdeTwitter: @mata_verdewww.mataverde.org

Duran

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Walkyria Cozzi Coimbra

De acordo com o padrão utilizado pelos monges

budistas, os cinco elementos de utilização

presentes no incenso são:

- Éter, Água, Terra e/ou raízes, Fogo e Ar.

A queima de incenso muitas vezes acompanha

orações, invocações, magias e feitiços. Como a

fumaça se ergue aos céus ela representa muitas

vezes os pedidos que chegam ao seu destino e

aprovação por uma entidade divina.

O incenso também tem seu crédito por ter

propriedades que dissipam a energia negativa.

Queimar sábio ou "manchas" para purificar e

limpar um quarto é um exemplo. O cheiro de

incenso também pode trazer sobre a consciência

sensual elevada e consciência para o usuário.

A sua utilização no Egito Antigo se estende para

o resto do mundo.

O incenso é utilizado em muitas religiões,

incluindo o budismo, cristianismo, hinduísmo e

neopaganismo para citar alguns. Os budistas

costumam usar incenso em seus templos e para

a meditação em seus altares pessoais. Entre os

hindus, incenso acompanha praticamente todas

as formas de adoração. Neopagãos e wiccanos

empregar o uso de incenso em seus rituais

frequentemente para representar os elementos

e criar uma atmosfera conducente à magia e a

presença de divindades. Muitas vezes somos

guiados intuitivamente o que é melhor para nós.

No entanto, quando se trabalha para um

objetivo específico, deve-se considerar o uso de

alguns aromas recomendados. Eles também

funcionam bem para a cura, para induzir

sonhos, positividade, amor, riqueza, abundância

e dinheiro.

O incenso é relativamente barato e está

disponível em várias formas, como cones,

rochas, e paus.

Os incensos têm como objetivo, energizar e

transmutar as energias dos ambientes e das

pessoas. São, por excelência, purificadores e

condutores de vibrações, atuando nos locais e

nos indivíduos onde são usados. Perfumam os

ambientes e renovam a carga energética

estagnada e/ou negativa, não havendo

qualquer contraindicação (exceto para os

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alérgicos aos aromas). Seu campo de atuação

ativa também nossa sensibilidade. Existe um tipo

e uma essência específica a ser utilizada para

cada necessidade.

Os incensos são encontrados em diversas

formas: em pastilhas, palitos, pó, etc.

Todo incenso deve ser usado com cautela,

nunca em demasia. O incenso deve ser sempre

dirigido a alguma causa, pois mantém um poder

grande de evocação espiritual e astral e não

deve ser usado tão somente para perfumar

ambientes ou sem causa porque sempre estaria

alcançando uma egrégora qualquer com a

vibração que provoca e que está quieta em seu

lugar.

O incenso tem o condão de atrair energia de

toda espécie e dos dois planos, negativo e

positivo, tem força de ritual e de alimento

também, tem força de rejeição ou de atração

dependendo do patamar alcançado e da

situação especial de quem as acende.

O uso inadvertido ou pouco conhecido de

determinados instrumentos destinados, regra

geral a rituais, consagrações e outros tantos

motivos, .

Quando se tratar de oferendas e já não estiver

estipulado o incenso certo para acompanhar e

houver sua necessidade solicitada, bem como

nas consagrações, o incenso que deve

acompanhar será o de maior correspondência

com o orixá/guardião.

A defumação é essencial para qualquer trabalho

nos terreiros de umbanda:

O corpo físico e seus agregados sutis (duplo

etérico, corpo astral, mental), coletam durante o

dia no seu contato social (pensamentos,

ambientes), todos os tipos de emoções, cargas

que estão no ar, que se grudam no duplo etérico

causando altas densidades, influenciam todo o

sistema aurico e podem causar bloqueios. Pois

estas pessoas todas se dirigem ao terreiro.

Essa concentração de pessoas, que leva consigo,

toda a carga, forma um grupo com variados

problemas, pois essas formas-pensamentos que

acompanham seus criadores, adentram o centro

espiritual.

A defumação tem a função de desagregar essas

cargas negativas. A preparação para as ervas a

serem queimadas, precisam de um ritual

especial, serem colhidas na lua certa, queimadas

em vaso de barro (neutro). A fumaça não pode

irritar as pessoas, a função é além da fumaça leve

que deve estar acima da cabeça das pessoas

agindo com leveza sem poluir o ambiente, é

principalmente pela sua função aromática.

Uma boa defumação, por exemplo, pode ser

feita com cravo, canela em pau, erva-doce,

sempre feita dos fundos para frente,

acompanhada com um ponto cantado

adequado a situação.

Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns

minutos de defumação todo o poder energético

aglutinado em meses ou anos absorvido do solo

da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do

ar, além dos próprios elementos constitutivos

das ervas. Assim, projeta-se uma força capaz de

desagregar miasmas astrais que dominam a

maioria dos ambientes humanos, produto da

baixa qualidade de pensamentos e desejos,

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como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa,

etc.

Para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma

defumação, existem diferentes tipos de ervas, as

quais, associadas, permitem energizar e

harmonizar pessoas e ambientes, pois ao

queimá-las, produzem reações agradáveis ou

desagradáveis no mundo invisível. Existem

vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas,

picantes ou corrosivas e que põem em fuga

alguns desencarnados de vibração inferior. Os

antigos Magos, graças ao seu conhecimento e

experiência incomuns, sabiam combinar certas

ervas de emanações tão poderosas, que

traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos

intrusos ou que tencionavam atrapalhar o

trabalho de magia.

Existem dois tipos de defumação:

Certas cargas

pesadas se agregam ao nosso corpo astral

durante nossa vivência cotidiana, ou seja,

pensamentos e ambientes de vibração pesada,

rancores, invejas, preocupações, etc. Tudo isso

atrai ou produz certas formas-pensamento que

se aderem à nossa aura e ao nosso corpo astral,

bloqueando sutis comunicações e transmissões

energéticas entre os ditos corpos. Além disso, os

lares e os locais de trabalho podem ser alvos de

espíritos atrasados, que penetram nesses

ambientes e espalham fluídos negativos. A

defumação serve para afastar seres do baixo

astral, e dissipar larvas astrais que impregnam

um ambiente, tornando-o pesado e de difícil

convivência para as pessoas que nele habitam.

Ela tem o poder de desagregar estas cargas,

através dos elementos que a compõe, pois

interpenetra os campos astral, mental e a aura,

tornando-os novamente "libertos" de tal peso

para produzirem seu funcionamento normal. E

por esse motivo, Deus entregou a Ossãe as ervas

que, seriam usadas para destruir tais fluídos e

afastar estes espíritos.

Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e

acendendo uma vela para o seu anjo de guarda.

Depois, levando em uma das mãos um copo

com água, comece a defumar o local da porta

dos fundos para a porta da rua.

2 - Defumação Lustral: Além de afastar alguns r

esquícios que por ventura tenham ficado depois

da defumação de descarrego, ela atrai para estes

ambientes, correntes positivas dos Orixás,

Caboclos, e Pretos Velhos, que se encarregarão

de abrir seus caminhos.Acender uma vela para o

seu anjo de guarda. Levar um copo com água e

começar a defumar sua casa ou o seu local de

trabalho, da porta da rua para dentro. Não

esqueça que a defumação lustral deverá ser feita

depois do descarrego.

Alguns pontos de defumação utilizados no

Núcleo de Estudos Mata Verde são:

DEFUMA COM AS ERVAS DA JUREMA

DEFUMA COM ARRUDA E GUINÉ ALECRIM,

BEIJOIM E ALFAZEMA

VAMOS DEFUMAR FILHOS DE FÉ (BIS)

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CORRE GIRA PAI OGUM FILHOS QUEREM SE

DEFUMAR

A UMBANDA TEM FUNDAMENTO É PRECISO

PREPARAR

COM INCENSO E BENJOIM, ALECRIM E

ALFAZEMA,

DEFUMAR FILHOS DE FÉ COM AS ERVAS DAJUREMA.

NOSSA SENHORA INCENSOU A JESUS CRISTO

JESUS CRISTO INCENSOU OS FILHOS SEUS

EU INCENSO EU INCENSO ESSA CASA

NA FÉ DE OXOSSI DE OGUM E OXALÁ

ESTOU INCENSANDO, ESTOU DEFUMANDO

A CASA DO BOM JESUS DA LAPA.

MEU PAI OXOSSI

ME DÁ LICENÇA PRÁ DEFUMAR

EU DEFUMO, EU DEFUMO

ESTA ALDEIA REAL

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11 – INCENSOS E SUAS PROPRIEDADES

Dentro do estudo dos incensos, é importante conhecer as suas propriedades por tipo de aromacorrespondente, a fim de utilizá-los corretamente. A seguir, uma lista de alguns tipos de incenso esuas propriedades:

proteção espiritual, segurança, elimina energias negativas e facilita a

purificação;

faz aflorar a clarividência.

evita pesadelos e transmite um sono tranqüilo. A Essência dos Maçons;

atrai a boa sorte.

favorece a clarividência. Também usado para proteção e amor;

aumenta a criatividade, seja em trabalhos artísticos ou escritos.

afasta a depressão, purifica o local em questão, e eleva o nível de

pensamentos;

melhora as finanças e acalma emocionalmente. Protege as mulheres.

eleva o astral e transmite tranqüilidade;

questões financeiras, tranqüiliza o ambiente, prosperidade;

aumenta a sorte e o sucesso, assim como a intuição;

realização emocional e profissional e elimina energia negativa. Usada

em curas.

aumenta a proteção;

aumente a força física, atrai vibrações de harmonia, sucesso com as

vendas.

aumenta a concentração, a firmeza e o equilíbrio, prosperidade e fortuna;

elimina a depressão e confere um sono tranqüilo;

traz o equilíbrio emocional necessário para a tomada de decisões;

traz sorte, felicidade, prosperidade e proteção;

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abre os caminhos, atrai dinheiro, destrói as energias negativas,esfria o ambiente.

estimula a intuição;

confere felicidade e sucesso; promove o encontro de verdadeiroamor;

alegra o ambiente e atrai dinheiro, da maneira justa e merecida;

eficaz no "olho gordo"; como também promove a harmonia paz;

meditação, devoção, oração, correntes de cura e contato comnosso Ser Divino.;

renova as energias, limpeza energética, usada pra descarrego;

purificar o ambiente de trabalho, soluções para problemaspráticos;

anula as energias negativas; favorece a compreensão, a decisão,a ordem e a consciência ecológica.

traz abundância, reativa a fertilidade e traz proteção;

aumenta a resistência física e melhora os negócios. Acalma oambiente.

elimina brigas dentro de casa; atrai dinheiro e boa sorte.

atrai proteção e aumenta a fertilidade;

protege o comércio, favore as boas vendas, atraindo dinheiro ea boa sorte;

limpa as energias maléficas, acalma quem esta ao redor doambiente.

ajuda a espantar as energias negativas.

ajuda no desenvolvimento e expansão da intuição;

1. Lopes, Manoel. Umbanda – os Sete Reinos Sagrados. Ed. Ícone;

2. Núcleo Mata Verde. Caderno de Pontos.

3. Coelho, Dom António (O.S.B.). Curso de Liturgia Romana. Tomo II;

4. McGoverne, Margaret. Uma Breve História de Incenso;

5. Webster, Merriam Webster. Dicionário on-line;

6. <http://www.naturesgardencandles.com>. The History of Incense.

7. <http://umbandadejesus.blogspot.com.br/2011/01/incenso-dos-orixas.html>;

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Nas diversas religiões existentes e que já existiram desde a antiguidade, encontramos o

cântico, a louvação como forma de expressão do amor a Deus, e na Umbanda, não poderia ser

diferente, onde existem os pontos cantados, que possuem diversas atribuições, como passaremos a

explicar.

Em primeiro lugar, os pontos cantados são a forma pela qual saudamos os Orixás, Entidades

e Guias da Umbanda, o ponto representa uma oração, um pedido que fazemos para que nossos

protetores estejam sempre olhando por nós, abençoando-nos e nos livrando dos males.

Na Umbanda, um dos mais importantes fundamentos é o ponto cantado, cantigas em louvor

aos Orixás e as linhas de entidades trabalhadoras. Estes pontos são como mantras que evocam e

movimentam determinadas energias através do som.

Dentro da doutrina dos Sete Reinos da Umbanda, o reino do ar é o meio de transmissão.

Como a maioria das religiões, há uma liturgia, na qual a música tem fundamental

importância. Assim, a Umbanda usa os seus pontos cantados, dos quais, entretanto não se deve

abusar, pois eles representam as forças falangistas que se aproximam dos terreiros ou centros, para

os trabalhos, sejam de magia, de descarrego ou de desenvolvimento de médiuns.

Mas preste bem atenção: nunca deturpe os pontos com excesso de cantos, muitas vezes

impróprios para o momento. Um ponto mal cantado ou “tirado”, fora do seu âmbito, não produzirá

o efeito desejado, prejudicando a aproximação das falanges e até mesmo perturbando o ambiente,

pois essas falanges não estão sendo chamadas como deveriam ser.

Cante sempre os seus pontos em harmonia, sem exageros, com cadência própria, porque a

harmonia dos sons é uma das partes mais importantes da magia e dela depende, dentro da

Umbanda, a vinda dos guias e protetores espirituais, para darem a luz necessária, na verdadeira

construção dos trabalhos que se processarão dentro dos rituais, impostos pelas preces em forma de

canto, que formam uma das maiores forças mágicas da Umbanda.

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Em resumo, nós umbandistas, utilizamos os pontos cantados para entrarmos em sintonia com

as forças do astral. Em outras palavras, através dos pontos cantados, conseguimos buscar as forças

espirituais das entidades, para atuarem diretamente sobre os trabalhos que estão sendo realizados.

Na Umbanda, um dos mais importantes fundamentos é o Ponto Cantado. Eles são muito mais

que cantigas de Umbanda, são cantigas em louvor aos Orixás e as linhas das Entidades

trabalhadoras. O Ponto Cantado é um dos fundamentos mais importantes para a harmonização e

eficácia dos trabalhos dentro de um Templo Umbandista.

Vamos novamente, resgatar a história. Antigamente, o homem materialista mais ligado aos

aspectos físicos, buscou entender a verdadeira finalidade de sua existência, como já vimos em textos

anteriores. Em virtude da necessidade de se religar com o Criador, buscou diferentes formas de

contato. Uma das formas encontrada para a reaproximação com o Divino foi através da música,

onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos foram

incluídos nos rituais, sendo comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas

características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano

Astral Superior. Assim, temos os Pontos Cantados na Umbanda, os mantras indianos, os Cantos

Gregorianos da Igreja Católica, ou os Cantos de Louvor ao Deus dos Protestantes.

O Ponto Cantado é uma prece, ou invocação das diferentes Falanges para as atividades

ritualísticas no Centro de Umbanda. A harmonia dos sons é muito importante, pois gera uma

vibração que facilita a vinda das Entidades de Luz, necessárias para os trabalhos, sendo uma

verdadeira força mágica na Umbanda.

Na verdade, os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam

forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos

regem. Existe toda uma magia e ciência por trás dos Pontos Cantados que, se entoadas com

conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão,

harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.

Os Pontos Cantados são evocações, em forma de pequenas histórias cantadas ou orações,

contando quem é o Guia e/ou Orixá, sua forma de atuação, sua força diante das dificuldades, sua

relação com os Orixás, um chamamento de um filho que procura ajuda ou proteção, entre outras

colocações de festividade e manifestação de fé.

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Outra função dos Pontos, ao serem cantados, é fazer descarregar e fluir as emoções dos

médiuns em vibrações relacionadas com seus Guias e/ou seus Orixás, permitindo assim, um perfeito

entrosamento e equilíbrio dos médiuns em seu trabalho.

Os pontos mais tradicionais são cantados há um século, desde os primórdios da Umbanda,

trazidos pelas entidades e falanges.

Por isso, são frequentes as utilizações dos elementos que estas entidades utilizam em seus

trabalhos, que os fortalecem, como por exemplo, o fogo, a água, a terra, o ar, dependendo da Linha

que identifica a entidade: Xangô - a pedreira, ou machado; Oxóssi – a mata, as flechas, as folhas;

Iemanjá – o mar, as ondas, e assim por diante.

A Umbanda mais tradicional, ou aquela iniciada com o Caboclo das Sete Encruzilhadas, traz

os pontos cantados acompanhados pelo som das palmas dos médiuns e assistentes das giras, sendo

que com o tempo, os atabaques foram introduzidos na percussão associando o ritmo com os toques

das nações de Angola, Ketu, Jejê ou Nagô; mas mesmo que tenha havido essa fusão de ritmos, tal

fato não desmerece aquele terreiro que usa o atabaque ou o que segue somente com as palmas o

acompanhamento dos pontos cantados.

O essencial e importante no culto à Umbanda é verdadeiramente a prática da caridade e a

assistência aos consulentes que batem às suas portas atrás de solução e amparo para seus

problemas cotidianos e espirituais.

O atabaque é um instrumento que possui grande respeito na Umbanda, pois é através do seu

toque correto que chamamos os espíritos atuantes na Umbanda, representantes da força dos Orixás

e de Zambi. Tem sua origem nos tambores das festas das tribos indígenas e das aldeias africanas,

quando se louvavam os deuses e orixás.

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O som produzido pelos atabaques representam verdadeiros códigos de chamada das

entidades e guias, são como um acesso ao plano espiritual, onde chegam, formando um elo

energético entre a falange e a gira do terreiro onde se chama por ela, em seus trabalhos.

Os atabaques têm importância fundamental para os terreiros de Umbanda, sendo instrumento

sagrado, consagrado e firmado pelos Orixás e guias, devendo os Ogãs respeitar também todo um

preceito e fundamento para poderem tocá-los durante as giras de Umbanda, já que ao atabaque

corresponde um Orixá, tendo suas obrigações a serem feitas.

Os instrumentos mais comuns dentro do ritual umbandista são os atabaques, em conjunto

de três, agogô, afoxé, pandeiro, maracas, triângulo, ganzá, adijá e o berimbau.

Os atabaques são de três tipos diferentes: Rum, Rumpi e Lê. O Rum é o atabaque maior, o

Rumpi, o segundo atabaque maior, que deve responder ao Rum, e o Lê o terceiro atabaque utilizado

pelos ogãs principiantes ou em aprendizado.

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Os pontos cantados são de fundamental importância para estabelecer o padrão vibratório

dos terreiros durante as giras, devendo ser realizados com responsabilidade e respeito, tanto pelos

Ogãs, quanto pelos demais integrantes do corpo mediúnico, já que sua força é tanta que responde

pela firmeza da casa espiritual. Muito se ouve dizer que pontos cantados com firmeza e

responsabilidade são responsáveis por manter um terreiro, ou por outro lado, podem destruí-lo.

Para entoar as melodias dos pontos cantados, são formadas as curimbas nos terreiros de

Umbanda. A curimba geralmente é composta de: Ogãs Curimbeiros (somente canto), Ogãs

Atabaqueiros (somente percussão) e Ogãs Curimbeiros e Atabaqueiros (canta e toca percussão).

A curimba de um terreiro exerce uma função de suma importância e, em razão disso, deve

desenvolver um trabalho altamente sério e bem intencionado, pois todo o andamento dos trabalhos

(gira) é ligado diretamente a curimba.

Vale também lembrar, que a palavra “Ogã”, é de origem Yorubá, que significa em nossa

língua “Senhor da minha casa”. Portanto, a curimba deve ser encarada como uma função de grande

honra e importância, para quem dela participa diretamente.

É obrigação de todo Ogã, conhecer os diversos ritmos dos pontos e o momento certo de

cantá-los. Devem, também, saber o nome de todas as entidades espirituais que trabalham em seu

terreiro, saber distinguir rapidamente uma entidade de outra, e saber sempre, na ponta da língua,

todas as saudações destinadas aos guias, protetores e orixás, da nossa querida Umbanda.

É muito importante, que o ponto seja cantado de forma correta. Devemos analisar a letra e a

melodia, e cantar com muito respeito e emoção, sem gritaria e sem brincadeiras. Afinal, o ponto é

uma prece, portanto, vamos cantar com muito amor e devoção.

A curimba é responsável pela preparação do ambiente, tornando-o propício e harmonizado

com o plano espiritual.

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É costume dizer que a curimba é responsável pela segurança do terreiro, pois é através da

firmeza dos responsáveis pela curimba que a gira transcorre normalmente ou pode virar.

Quando falamos em virar a gira, estamos dizendo que, é através do chamado dos ogãs, que

as entidades positivas ou negativas atuam diretamente sobre os rituais que estão sendo realizados.

Devemos tocar os instrumentos ritualísticos e não bater de forma desordenada. Deve existir

uma harmonia, uma simetria, uma afinação entre os instrumentos de couro, os instrumentos de

metal e a voz humana, dentro da curimba.

Os instrumentos devem ser afinados conforme as condições de tempo (temperatura) e

espaço físico. Por exemplo: no verão devemos deixar o couro dos atabaques um pouco mais

folgados, pois o calor agrupa as moléculas do couro, fazendo com que os mesmo fiquem mais

apertados, à medida que são tocados, coisa que não acontece no inverno, onde o frio faz com que

o couro se torne úmido e mole.

As palmas, também estão incorporadas nos rituais umbandistas, pois também é uma forma

de comunicação com o plano astral, pois através delas, podemos expressar nossas emoções e a

satisfação em ver uma entidade espiritual em terra.

Os pontos cantados são divididos conforme suas caraterísticas, pois cada tipo de ponto serve

para um determinado fim.

É, também, uma poderosa ferramenta para a concentração necessária dos médiuns e da

assistência do ritual, para que seja invocada a falange durante as giras nos terreiros. Com a utilização

do atabaque, forma um elo para a chamada dos falangeiros dos Orixás e demais entidades.

Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser:

São cantados para a incorporação e desincorporação dasentidades nos médiuns.

São cantados para atrair a vibração de um determinadoOrixá ou Guia para os trabalhos do terreiro

Para serem usados apenas durante a defumação. São cantados quando se fazem descarregos. São cantados durante os passes, ou em momentos em que

algum elemento esteja sendo energizado no terreiro.

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São cantados apenas quando solicitados pelo guiaincorporado, quando o mesmo julgue necessário.

São cantados no início e no final das sessões. São cantados com

objetivo de fortalecer a corrente contra as más influências antes de algum trabalho a ser realizado.

São cantados com objetivo de fortalecer um trabalho que esteja sendorealizado no terreiro.

São cantados quando um espírito sofredor está sendo encaminhado.

Servem para atrair mais

de uma vibração ao mesmo tempo, com objetivo de que trabalhem em conjunto.

São cantados no momento em que o terreiro está sendocruzado, para início da sessão.

São cantados para homenagear os Orixás e Guiasresponsáveis pela Direção da casa espiritual.

São cantados para saudar o dirigente de outra casa queesteja presente à sessão, e para convidá-lo a adentrar o terreiro, caso deseje.

São cantados para homenagear os Orixás e Guias.

Os principais pontos utilizados no ritual Umbandista são: ponto de abertura, ponto de

defumação, ponto de chamada (entoados para evocação das Entidades), ponto de encerramento e

hino da umbanda.

Costuma-se definir, ainda, os pontos cantados como verdadeiros mantras entoados em

preces e louvação que evocam os espíritos superiores, fortalecendo os centros de energia, nossos

chacras, formando juntamente com a egrégora de espíritos superiores presentes nos terreiros

durante as giras um ambiente de luz, capaz de dissipar as energias nocivas e miasmas inferiores e de

livrar, muitas vezes, os encarnados da perseguição de obsessores, espíritos vingativos ou perversos

aos quais estejam ligados.

Por trás de todo ponto cantado existe a magia, a “mironga” da entidade que o trouxe. É por

isso de fundamental importância que as “curimbas” sejam louvadas com concentração, fé, amor e

sintonia para que as ondas sonoras produzidas sejam capazes de evocar a entidade, falange ou

linha espiritual que se requisita no terreiro, e que o responsável pela curimba tenha conhecimento

do fundamento esotérico (oculto) da canção.

Os pontos cantados mudam de ritmo e mesmo de frequência de acordo com as vibrações

espirituais:

· Oxalá: são sons místicos, predispondo à paz e a elevação espiritual;

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· Ogum: são sons vibrantes;

· Oxóssi: sons que lembram a harmonia da natureza, mais acelerados;

· Xangô: sons graves e cantados em tom baixo;

· Ibeji: sons alegres, vibrantes;

· Iemanjá, Oxum: sons suaves, emotivos;

· Iansã: sons vibrantes, estimulantes.

Quanto à origem, os pontos cantados classificam-se em:

· : são aqueles ditados pelas entidades, que os trazem dos Planos Superiores

onde habitam, fazendo dele sua chamada particular ou da falange que integra. Ativam uma

linguagem espiritual referente aos sons que o ponto emite, estabelecendo uma conexão

vibratória entre o plano físico e o plano espiritual. Tais pontos jamais podem ser modificados,

pois se constituem em termos harmoniosa e metricamente organizados, ou seja, com

palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação

físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins (sempre positivos).

· : São os pontos criados pelos encarnados para homenagear o Orixá, uma

falange ou determinada entidade, sendo aceitos pelos Guias e Entidades desde que providos

de razão e bom senso. Às vezes, porém, nos deparamos com pontos criados pelos

encarnados que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. São composições "sem

pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo,

chegando algumas a denegrirem os reais valores umbandistas.

Os pontos cantados têm a função de abrir, desenvolver e encerrar os trabalhos da corrente

mediúnica, do trabalho espiritual. É necessária a concentração de todos os participantes para a

sintonia vibratória, para que as entidades possam encontrar um ambiente propício ao trabalho a ser

realizado durante a gira.

Juntamente com os demais componentes da ritualística da Umbanda, trazem força aos

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No Brasil, o , dos cultos de matizes africanos, foi sincretizado com(Santo Católico), e é comemorado em muitas regiões no dia . Reza a lenda o fato deSanto Antonio ser o Santo Casamenteiro, e Exu o profundo entendedor do sentimentalismo ematerialismo do ser humano, daí a associação e o sincretismo religioso, o que veremos adiante... A Entidade Espiritual é uma coisa, é outra,e é outro também, e são completamente diferentes entre si!

 chegou até a religião de Umbanda através dos cultos de Nação, da mesma forma que osoutros Orixás. Trata-se de uma divindade do panteão nagô e em algumas situações é interpretadocomo o “serviçal” dos Orixás, ou o intermediário entre os Orixás e os seres humanos. Logo, para cadaOrixá Primordial, temos um Exu intermediador. Só lembrando, e traçando um paralelo com a seguidapelo o dia 13 de Junho, estáduplamente sobre a vibração deOxalá.

Convém salientar que no ,não se faz uso do Sincretismo Religioso, e não trata Exu como Orixá, mas sim como /

, entidade protetora das fronteiras do templo, da casa, e dos médiuns. Entendemos que o, é uma entidade espiritual que atua nas áreas mais densas do astral, quebrando

demandas mais pesadas e magias negras, assim como também é o responsável pela segurança dosseus médiuns, templos, residências e locais de trabalho. Por se tratar de um assunto polêmico e complexo, como umbandista falarei sobre Exu naUmbanda,

Exu está muito, mas muito distante de todo esse folclore criado ao seu redor ao longo dosanos.

A , nada mais é do que um ser humano desencarnado, que após compreenderos seus erros e desvios que cometeu em face da Lei Divina enquanto encarnado, atua no mundo

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dos espíritos trabalhando a serviço da Luz e da Caridade Maior, que agora o compreende, assimtorna-se o executor da Lei, não sendo nem bom, nem mau, apenas justo.

Antes de tudo, quero ressaltar alguns pontos sobre Exu, para melhor compreensão do amigoleitor:

Infelizmente, em algumas casas, vemos trabalhos de Exu carregados de vaidade dos seusmédiuns, promovendo um verdadeiro espetáculo de horrores, carregados dos mais diversos tiposde exageros que nada tem a ver com a linha de trabalho dos Guardiões. O exagero é tanto, quepassam dos limites do bom senso, com homens e mulheres alcoolizados, quase pelados de fiodental... É a falta do conhecimento e do estudo, causando desconforto a quem não conhece essalinha de trabalho, pois isso não se trata de Exus de Umbanda. São essas pessoas despreparadas queenvergonham os dirigentes dos templos sérios de Umbanda, com a tamanha falta de respeito.

Para nós do , Exu não é o capeta vermelho de chifres, nem de rabinho ecasco de bode!

Isso foi uma consequência que infelizmente ganhou notoriedade em meados de 1.950,quando o médium desequilibrado resolveu escrever um livro, intitulado “Exu”,relacionando toda a hierarquia de demônios da Goécia, com os nomes dos Exus da Umbanda, oque gerou um enorme reboliço dentro da religião, pois foi a partir desta época que em muitos locaisse adotou o uso de estatuetas de demônios, e a Umbanda passou a ser perseguida até hoje devidoa falta de estudo e esclarecimento de alguns, e ao preconceito de fanáticos religiosos que seaproveitaram da situação para desmoralizar a religião umbandista.

Lamentavelmente, isso não é, e nem nunca será o trabalho sério de Exu Guardião dentro daUmbanda! O Umbandista em pleno século XXI ainda sofre perseguição e preconceito de outrasreligiões, justamente devido a esse livro, e as pessoas que erroneamente o seguiram:

Ressaltando ainda que, a linha feminina de Exu, são as . Não são prostitutas edançarinas de cabarés! Elas podem até terem sido, mas há de se enxergar que, se em vida regressapela Terra, alguém teve uma vida leviana, ao desencarnar ganhou conhecimento, Luz, percepção,estando a partir de certo momento condicionado a missão de corrigir seus erros trabalhando aserviço da Luz e de Deus. Portanto, o ser desencarnado e com Luz, já se desprendeu das amarras

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terrenas, evoluiu! Nada tem a ver com os absurdos e devaneios encontrados em alguns lugares, seintitulando como “trabalhadores de Umbanda”...

A Lei do Amor não é promiscuidade! Sensualidade, feminilidade, paixão, não é vulgaridade!Podem ser de qualquer outra coisa, menos de UMBANDA!

trabalham dentro do sentimentalismo, do amor puro, da boa educação, e defirmes propósitos. E tanto Exu, quanto Pombas-Gira, ou qualquer outra entidade de Umbanda,trabalha acima de tudo respeitando o livre-arbítrio de cada um, e das leis de Deus.

Trabalhos de amarração no amor, trabalhos para prejudicar a vida de semelhantes, nãopertencem a seres evoluídos espiritualmente, nem a quem os pede, e nem a quem os faz! Selembrarmos dos provérbios do Evangelho do Mestre Jesus, há uma passagem que diz: “

”. Infelizmente como nada é perfeito, muitos seesquecem disso, e são esses tipos de “ ”, mistificadores e charlatões, que denigrem aimagem da religião de Umbanda:

.

nasceu em Lisboa, Portugal, e desencarnou em Pádua, na Itália. Foi discípulo

de São Francisco, e como ele, desfez-se de todos os seus bens materiais, e viveu para ajudar aos

pobres e desamparados. Seu nome na verdade, era Fernando, mas ao entrar na Ordem dos

Franciscanos, em 1208, trocou seu nome para Antônio (que significa “ ”) e

deixando as coisas mundanas, foi viver no mosteiro de São Vicente. Desencarnou precocemente,

aos 39 anos, devido às privações e jejuns prolongados. Sempre defendeu os desamparados e a

igualdade de todos.

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Segundo fatos históricos, foi um dos poucos encarnados onde se comprovou o fenômeno de

bilocação (mediunidade de desdobramento), e salvou o próprio pai da prisão. Estava ele pregando

numa Praça em Milão, quando soube que naquele momento estava o seu pai diante dos juízes.

Encostou-se no púlpito e naquela mesma hora apareceu em Lisboa, diante do tribunal. Saudou os

juízes e depois, com ar severo censurou os mentirosos que negavam ter recebido o dinheiro: “

”. Os culpados confessaram que haviam

mentido e o Santo ainda conseguiu dos juízes que fossem perdoados. Depois abraçou o pai,

beijou-lhe respeitosamente a mão e no mesmo instante recomeçava em Milão o sermão

interrompido.

Como todos os que seguem os desígnios simples e puros, muitas vezes os Homens profanos

não lhes davam ouvidos, então Antônio isolava-se na Natureza, conversando com as aves e os

pássaros.

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Durante a época da colonização no Brasil, os escravos trazidos da África, foram obrigados aprofessar a religião católica. E para não perderem o vínculo com os seus cultos tradicionaisreligiosos, assim como também sobreviverem, relacionaram cada Santo Católico com um Orixá dopanteão africano. Ou seja, rezavam para a divindade africana perante a imagem daquele Santo daIgreja Católica. A este fato damos o nome de “ . E o mesmo fizeram com SantoAntonio, dado a sua história e características, relacionaram-no com o Orixá Exu.

Na África, o Orixá Exu é representado por um falo na terra - sinal de vitalidade, vigor ,fertilidade e prosperidade.

No Brasil, o “ ” por parte dos escravos, era realizado acendendo grandesfogueiras, com muita festividade e alegria.

Como em algumas nações africanas, o dono do fogo é o Orixá Exu, tornou-seo agente de Exu. A simbologia do fogo das paixões, da alegria e do amor, foi associada pelosescravos ao , o “Casamenteiro”. E por ser provocador, astuto e brincalhãosegundo as lendas, e ter como representatividade um falo, tal fato foi mal visto pela Igreja na época.Razão esta em que a Igreja Católica fez de tudo para que o culto fosse proibido, caracterizando-ocomo algo “anormal”, fora do padrão, ou seja, como “coisa do satanás”.

Assim foi popularmente absorvido por diversos cultos espiritualistas, inclusive por algunsterreiros de Umbanda, de modo que para muitos, ele se chama “ ”, e rendehomenagens na data de , com a crença que é o mensageiro das palavras do Bem e deJesus, e o agente das forças mágicas da Umbanda, desamarrando as demandas nos trabalhos de

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desobsessão, protegendo as pessoas dos espíritos malignos e também trazendo de volta o que jáestava perdido se esse fosse merecedor.

Antes de qualquer coisa,, logo todos os seus trabalhadores espirituais, inclusive os Exus, trabalham pela

Lei Maior, que é a Lei de Deus.Pois bem caro leitor, o termo na linguagem Iorubá significa .Na ortografia Iorubá, escreve-se:

No entanto, a letra ”, tem em sua pronúncia Iorubá o som de “ ” ou “ ”., o responsável por fazer a

“triagem inicial” daqueles que adentram na casa, dos quais já estão prontos para iniciarem numcaminho novo, de Luz e esclarecimento, de auxilio e de socorro aos necessitados, “invisivelmente”falando. Todo terreiro de Umbanda tem esse ponto de força inicial e proteção logo na entrada, doqual chamamos de “ ”.

Algumas casas, além da Tronqueira, existem também nos fundos o , aondesão realizados alguns trabalhos reservados e fechados, possuindo alguns assentamentos, e isso variade um terreiro para outro. Portanto não entraremos no mérito da questão.

No , os trabalhos da , são fechados ao público, sendodestinados apenas ao descarrego dos médiuns e do templo, e sempre agindo em prol da Caridadee da segurança de ambos.

Dentro da visão umbandista, podemos dizer que quando falamos em , ,estamos falando em , e consequentemente também em .

Na , , atuam os Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, etc...Linhas de trabalho que são habitadas por espíritos de diversas origens, responsáveis por trabalhar apolaridade positiva dos Orixás Primordiais Co-Criadores do Planeta Terra, aos quaisrepresentam, suas vibrações. Já os atuam na , no

, trabalhando a polaridade negativa de todas essas linhas, e são responsáveispor   a negatividade que atinge a nós encarnados, quebrando demandas edesmanchando magias negativas. Mesmo que as quebras de demanda sejam feitas por espíritos daDireita, é através dos Exus Guardiões que esses seres de pouca Luz são amarrados e presos, eposteriormente encaminhados.

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Enquanto a Umbanda trabalha gratuitamente com Exus e Pombas Giras de Lei em prol daCaridade; outros cultos trabalham com os Exus Pagãos, realizando qualquer tipo de trabalho, sejapara o bem, ou para o mal, desde que se pague o que se prometeu.

Há também os que adoram se passar por entidades de Caboclos e Pretos-Velhos daUmbanda. São espíritos enganadores, trevosos, que se afinam com magias negativas, e se fazempassar por entidades esclarecidas! Com estes devemos ter cuidados redobrados, pois fazem domédium um altar de vaidades e o levam ao fundo do poço, literalmente falando. Tudo é umaquestão de sintonia. Se o médium está desequilibrado, ou tem afinidade com este tipo de sintonia,torna-se um alvo fácil para este tipo de vibração, sendo constantemente enganado... É o “

” ou o “ ”, e as ”; que quando não é dentro do terreiro,encontram-se espalhados nos mais variados anúncios pelos jornais ou ruas da cidade, sempredivulgando coisas impossíveis: “ ”, e por aí vai... Mal sabem com o que estãolidando em troca de dinheiro, iludindo e prejudicando pessoas em seu livre-arbítrio, e isso tambémnão é Umbanda!

Os são considerados a “ ”, os responsáveispor encaminhar os espíritos sofredores que atormentam os encarnados, de acordo com a Lei Maiorde Deus e com o seu merecimento, aos seus devidos locais no mundo espiritual.

. Diríamos que é o mesmo trabalho da Polícia Militar quedefende o cidadão de bem. Se os Exus Guardiões tiverem que lidar com malfeitores, espíritostrevosos, com certeza não serão recitando poemas, enviando flores ou caixas de bombons... Setiverem que usar a força bruta, assim o farão em defesa do bem e da justiça divina! Quanto maisdenso o ambiente, mais roupagem fluídica, é como se fosse uma couraça de proteção de umsoldado indo à guerra. Dependendo da sua área de atuação, podem apresentar-se com umaroupagem fluídica diferente em cada situação.

De um modo muito simples, podemos dizer que são maissérios e mais calados do que , pois estão mais ligados asqualidades do Reino das Almas, dos mistérios e da magia. Já os de encruzilhada, são o povo da rua,mais extrovertido e ligado a outros Reinos e qualidades. No entanto, em ambos os casos, sãoespíritos compromissados com a espiritualidade maior, falando sempre em perdão, lei de ação ereação, em fé em Deus e na vida. São possuidores de grande astúcia e perspicácia, sabendoidentificar perfeitamente os pontos fracos dos seres humanos nas suas mais variadas fraquezas, eisso nada tem a ver com “malandragem”. São trabalhadores espirituais como outros quaisquer,fazendo da caridade o seu princípio para todos os fins.

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e são seres muito próximos a Terra e ao cotidiano das pessoas, por essarazão, médiuns novatos, médiuns vaidosos, ou despreparados tendem mais a exibir o seu ladoanímico – seu “ ” do que deixar a entidade Exu / Pomba-Gira trabalhar, daí vira um festivalde horrores... Afloram o seu eu-interior, dançam o tempo inteiro exageradamente, querem prever ofuturo, entopem-se de bebidas ácoolicas, proferem a torto e a direita palavras de baixo calão, semnada a acrescentar durante a gira de trabalho.

Para ativar a força antagônica de Exu, é necessário no mínimo conhecimento, uma vez que:

A “ , ,bem em cima da “linha divisória” de algum lugar ou situação. Por exemplo: entre o mundo material“ayê” e o espiritual “orum”; entre um reino sagrado e outro na Doutrina dos Sete Reinos Sagrados;entre a luz e a escuridão; entre o amor e a guerra; entre a verdade e a mentira; entre o bem e o mal;o certo e o errado, frio e quente, saúde e doença, vida e morte, pobreza e riqueza; em todos oslimites de uma cidade, nas linhas divisórias entre um terreno e outro, entre a calçada e a areia dapraia, na porta da sua casa, na entrada dos terreiros de umbanda, nas encruzilhadas, no inicio deuma trilha para uma mata fechada, na beira da praia e o mar, nos cemitérios, nos comércios,inclusive na porta da Igreja e de outros templos religiosos; sempre na linha divisória que separa umambiente do outro, existe a “energia” Exu, e consequentemente um Guardião tomando contadaquele lugar. Logo, ninguém com boa educação entra na casa dos outros, sem pedir licença aosdonos do local, não é verdade? Sendo assim, o umbandista quando entra numa mata, deve primeirosaudar o Guardião das Matas, e depois o dono do local – Oxóssi. E ao sair, fazer a mesma coisa,sempre muito respeitosamente.

Por isso, cuidado com “ ” para Exu, “ ”, ou até mesmo “”, pois ao invés de obter o equilíbrio das polaridades, poderá obter

o desequilíbrio, ou seja, ao invés de riqueza, obterá pobreza, ao invés de luz, terá trevas, ao invés doamor, ódio.

Com Exu não se brinca, assim como qualquer outra entidade espiritual!

Se quiserem saber mais sobre Exu, dentro da visão umbandista da Doutrina dos Sete ReinosSagrados, seguida pelo Núcleo de Estudos Espirituais Mata Verde, recomendo acessar a internet nosseguintes endereços:

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http://www.blog.mataverde.org/archives/1064

http://www.blog.mataverde.org/archives/1360

http://www.blog.mataverde.org/archives/1131

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A Umbanda não julga,

ela ajuda.

A Umbanda não escolhe,

ela acolhe.

A Umbanda não impõe,

ela se dispõe.

A Umbanda não pratica a maldade,

somente o amor e a caridade.

Quando a tristeza lhe tirar a esperança

e a desilusão lhe fizer perder o sentido,

saibas que tens um preto velho

que jamais lhe deixará sozinho.

Quando as forças lhe faltarem

e o medo lhe abater,

perceba que junto a ti tem um caboclo

sempre a te proteger.

Quando você se sentir fraco diante do mal

não desanime

pois tem um guardião junto a você,

sempre firme.

Se estiveres se sentindo só

em meio a multidão,

vá de encontro à natureza,

escute sua canção,

sinta seus aromas,

o brilho de suas águas,

o balançar de suas folhas,

a beleza de suas matas.

Lá te encontrarás,

pois ali vibra mais intensamente

a força dos orixás.

Se teu coração está apertado

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e sentes a necessidade de um conselho,

de um amparo,

saibas que existem pontos de luz espalhados,

muitas vezes em lugares pouco observados,

dentro de simples casas, tendas e terreiros

onde trabalham grandes sábios e guerreiros,

na humilde forma de caboclos e pretos velhos,

ajudando-nos a seguir nos caminhos até então incertos,

quebrando nossos medos e culpas,

para que nos tornemos consciências lúcidas,

pessoas de bem,

ajudando aos que fazem essa busca também.

Se estiveres se sentindo perdido,

por um instante,

mantenha-se consigo,

feche os olhos e respire,

medite,

siga com a fé de quem não está só,

logo se sentirá melhor,

eles estão ao seu lado lhe guiando,

lhe amparando,

não tenha medo do que está por vir,

porque eles sempre estarão junto à ti.

Leandro Perez Freire

19/06/2016

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Mário Quintana

Olá, tenho muito cuidado na escolha das palavras e informações dessa coluna, pois a correria é detodos e todos os dias, então sejamos mais certeiros em nossas escolhas. Prezo a simplicidade,embora muitas vezes exija um pouco de organização e planejamento para que sejam mais fáceis deserem incluídas na rotina. Recebo muitas dicas de receitas e produtos, e gostaria de destacar a suaatenção para os industrializados. Um selo de vegetariano ou vegano na embalagem nãonecessariamente se intitula saudável, cuidado!Escolha produtos frescos, organize sua semana com compras que vá realmente utilizar. Nem sempreas verduras e legumes são plantados e colhidos na região onde mora, até chegar a sua mesa terá,muitas vezes, mais de um transporte e locais de distribuição. Se comprar esses produtos na intençãode deixá los na geladeira por mais dias não terá tanto sabor e nutrientes que você imagina. Afuncionabilidade está no planejamento, e isso não acontece de uma hora pra outra, não pense...simplesmente faça, aos poucos vai se adaptar e compreender melhor, quando sua ida as farmáciasforem diminuindo.Na receita original dessa sopa havia farinha de linhaça, mas essa semente maravilhosa é delicada eoxida com maior facilidade, se for usar a farinha, triture na hora de come la, caso queira facilitar,coloque a para acordar (pelo menos 5 horas em água potável na proporção de 1 para 2)

Como toda receita detox, esta sopa é feita com uma combinação natural de vegetais e sementes.

Ricos em nutrientes, vitaminas e fibras, estes alimentos possuem um grande poder de purificação doorganismo.

Quando combinados, ajudam a regular o intestino e a eliminar a gordura do corpo, o que melhoraa saúde de um modo geral – e ainda promovem o emagrecimento.

Ainda mais sabendo que, com estes ingredientes, o efeito detox está garantido.

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Folhas verde-escuras, como o espinafre, melhoram o funcionamento do fígado, que passa a eliminartoxinas de maneira mais eficiente.

Com o inhame, a sopa ganha volume, o que ajuda a saciar a fome sem elevar os níveis de glicose nosangue.

Quanto à linhaça, além dos benefícios do ômega-3, esta semente rica em fibras também ajuda asaciar e estimula o intestino a trabalhar melhor.

Sopa detox de inhame com espinafre

Ingredientes5 inhames médios sem casca1 colher (café) de gengibre em cubos (opcional)1 cebola média picada2 dentes de alho1 xícara (chá) de espinafre picado1 colher (sopa) linhaça (pode ser marron ou dourada)200 ml de água1 colher (chá) de tomilho e alecrim trituradosPimenta-do-reino a gosto

Modo de preparoDeixe a linhaça num copo com o dobro da quantidade em água potável para “acordar”por 5 horas,ela vai externar a mucilagem da semente com todos os benefícios contidos nela.Refogue o alho e a cebola na panela.Junte o inhame e a linhaça junto a mucilagem (pode ser batida no liquidificador com mais um copode agua)Tempere com pimenta-do-reino a gosto.Acrescente a água.Ao levantar fervura, coloque o gengibre.Quando o inhame estiver macio, amasse-o com a concha.Adicione o espinafre e ferva por mais dois minutos, até as folhas amolecerem.Sirva no prato e acrescente o tomilho e alecrim triturados.

S

:

1 cebola1 dente de alho1 colher de azeite1 abobrinha picada1 chuchu cortado em fatias1 colher de sopa de manjericão2 folhas de couve1 pitada de salÁgua.

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Em uma panela grande refogue a cebola e o alho picados no azeite.

Acrescente os legumes e o manjericão e despeje água suficiente para cobri-los.

Deixe que cozinhem por aproximadamente 40 minutos.

Quando pronta, espere que a sopa esfrie e leve ao liquidificador. Bata até que forme um creme.

Despeje na panela e aqueça. Acrescente a couve crua picada e o sal. Misture e sirva.

O prato ajuda a   da pele, das unhas, dos cabelos e previne doenças como odiabetes e a hipertensão. Toxinas são as substâncias que produzem a morte precoce das células docorpo, como a gordura, os  açúcares  e alguns componentes de conservação encontrados emcomidas industrializadas. Esses elementos se alojam no fígado, nos rins e no intestino, dificultandoseu funcionamento.

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Por Gilberto Pinheiro

Alma da Noite sentia-se um tanto desprestigiada por Águia Vermelha que estava semprepreocupado com os rumos da tribo, sempre resolvendo questões difíceis, mantendo contatopermanente com outras tribos irmãs,em virtude da chegada dos 'casacos azuis' (soldadosamericanos) em terras indígenas.

Portanto, o grande líder Cheyenne, por causa de tantos compromissos, não tinha muito tempo adedicar à família, em especial à sua jovem esposa, linda e delicada, que reclamava mansamente aausência do marido.

Águia Vermelha percebeu que a sua mulher estava triste e resolveu conversar com elasinceramente, afinal, a sinceridade não pode faltar numa relação amorosa, no caso, entre ele e ela.

Disse a ela: - meu amor, sei que está triste, pois não tenho tido muito tempo para dedicar-me avocê. Mas, procure entender o que ocorre. Tenho preocupações demais, pois preciso preservar apaz e defender a vida de nossos irmãos Cheyennes e a dos nossos irmãos animais.

Ela de cabeça baixa ouvia-o atentamente e, mesmo sofrendo, disse-lhe: - querido, entendoperfeitamente você. Sinto muito sua falta, mas quando entendo que luta por nobres ideais que é adefesa da vida dos Cheyennes e dos animais, tento me conformar. Ele sorriu, abraçou sua mulheramada, beijando-lhe carinhosamente o rosto. Ela sorriu e disse - vai em paz, meu amor, pois estarásempre em meu coração. Ele sorriu e disse-lhe que a amava muito. E, com olhos marejados,concluiu - você também vive dentro de minha alma - Alma da Noite.

Duas semanas depois, Águia Vermelha chamou Mantonegro, determinando-lhe que comandassea aldeia por uma semana, pois ele cavalgaria com Alma da Noite durante este tempo, dedicando-se totalmente a ela. Mantonegro acatou a determinação de seu chefe e o abraçou, desejando-lhemuita paz, assim como a Alma da Noite.

Ambos selaram seus cavalos e lá foi o jovem casal apaixonado a caminhar sem rumo pelaspradarias em Minessota, perto do Mississipi. Todavia, Mantonegro precavido, com receio que elesfossem atacados por índios inimigos, determinou a quinze batedores que seguissem o casal, semdeixarem-se ver por eles e, qualquer iminência de perigo, retornassem à aldeia, falando com ele.

Assim foi feito!

Águia Vermelha e Alma da Noite foram passear, cavalgando pelas pradarias e terras Cheyennes,distantes das preocupações diárias.. Galoparam a tarde toda e, à noite, descansaram perto de um

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riacho e se amaram como há tempos não se amavam. Noutro dia, a mesma coisa, a mesmasaudável rotina.

Felizes, rememoraram histórias engraçadas de suas vidas, das noites bem e mal-dormidas.Lembraram com saudades dos tempos em que se conheceram, a atração que sentiram um pelooutro e o guerreiro valente se curvou à doçura dos beijos de Alma da Noite, sua encantadoramulher. Ensaiou até uns poemas, coisa rara no índio e ela ria muito com sua ingenuidade evontade de agradá-la. Ela não tinha jeito para recitar poemas. Mas, se esforçava. E a coruja delonge parecia estranhar.

Águia Vermelha não percebeu, mas seu falcão, sua águia e seu cão de nome Vento, um belo ecinzento lobo os espreitavam bem perto sem eles perceberem. Não poderiam deixar o amigo e aamiga sozinhos. Eles também queriam protegê-los. Amor vigiado, não deve ser nada fácil!

Os dias e noites se seguiram e, na última noite, ele resolveu ....cantar para ela, no topo damontanha em noite de límpido luar. Pela primeira vez, Águia da Noite cantou para sua amadaque, com os olhos marejados, falava baixinho enquanto ele cantava - eu amo você, meu imenso eeterno amor. Na verdade,ele cantou uma canção indígena que enaltecia a natureza. Não levavamuito jeito para cantar, mas tentava agradar sua mulher. A cada instante revelava-se um grandeconquistador e ela sorria muito com isso.

Admirava-o cada vez mais - neste instante poetico, um homem de suavidade na alma; na liderançados índios, um valente e temido guerreiro, o mais valente de todos existentes entre todas as tribos.Ficava pensando - como podia um homem tão valente ser tão gentil, dócil, amoroso? Isso aencantava e se apaixonava cada vez mais por ele. Sentia-se segura, protegida, pois ele era lídernato e guerreiro imbatível, embora fosse pacifista. Só entrava em ação se fosse atacado. Ninguémjamais o venceu num embate.

Tentou mesmo cantar e, em alguns momentos desafinou, mas estava tão bem intencionado, poisseu desejo era agradar sua mulher do coração e ele mesmo ria dos erros musicais, do seudesentrosamento musical. Ela ria muito e não parava de admirá-lo. Até a lua sorriu quando eledesafinou e as estrelas chamaram sua atenção delicadamente.

Ambos sorriram e ele, muito feliz, disse para toda a irmã natureza: - minha irmã querida, minhairmã natureza. Obrigado por eu estar aqui em sua morada, ao lado do meu imenso amor que éAlma da Noite. Obrigado pelo cantar dos grilhos, dos meus irmãos sapos que cantarolaramcomigo; obrigado, pelo vento que soprou suavemente as folhas verdes de todas as árvores evegetação, assobiando a minha canção predileta.

Obrigado,irmã lua, minhas irmãs estrelas,meu amigo e irmão sereno, por esta noite encantadorade intensa paz ao lado de minha doce mulher que tanto merecia um momento como este.

Page 35: UMBANDA - brasilpodcast.netbrasilpodcast.net/revista/revista072016/revista072016.pdf · Umbanda Uma publicação do Núcleo Mata Verde Editor Responsável Manoel Lopes Luiz Eduardo

Águia Vermelha, de pé, com os braços abertos, olhando fixo para a lua, agradeceu a Manitu pelasaúde, pela paz e por estes momentos de sublimidade, pelo amor por sua mulher. Alma da Noitelevantou-se lentamente e, soltando os cabelos, jogou-se nos braços dele, beijando-ocarinhosamente. Ambos derramaram lágrimas de felicidade e passaram o restante da noite seamando.

Seus animais presentes, arregalaram os olhos e se manifestaram, saudando os dois amigosconsiderados pais deles. Águia Vermelha e Alma da Noite surpresos com a presença deles, rirammuito e logo os chamaram para perto de si, acariciando os animais com o amor mais puro quepossa existir.

A família estava completa. Passaram a noite juntos e, na manhã seguinte, seguiram o caminho devolta ao lar. O falcão em seu ombro, a águia sobrevoando os dois e Vento, o cão-lobo do casal,seguia à frente. Os batedores mantiveram distância de aproximadamente 200 metros, seguindo-os buscando protegê-los e saudaram Águia Vermelha que acenou para eles simulando um assobiosemelhante ao piar da águia.

E tudo correu bem e a vida seguiu sua rotina. Águia Vermelha convidou sua mulher para viajarem sua garupa e o cavalo dela seguia a ambos, juntamente com seus animais.

A felicidade havia chegado para eles. Uma semana de intenso amor e um recomeço de paz.

Ao chegarem à aldeia, foram saudados por todos os guerreiros, famílias inteiras e Mantonegronovamente abraçou a ambos, desejando-lhe felicidades e dizendo-lhes:- sejam bem-vindos e nósprecisamos de vocês, nossos eternos amigos. A paz e a luz voltaram ao lar!