uma potÊncia cooperativista (inforleite 2013)

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» 48 — março 2013 Um modelo inovador Com um modelo de gestão que a intitula como inovadora no sistema cooperativista, a CAPAL tornou-se referência em agropecuária não apenas na região de Arapoti-PR, como também no país e, nos últimos anos, ganhando prestígio e reconhecimento internacional INSTITUCIONAIS CAPAL UMA POTÊNCIA COOPERATIVISTA Resultados - 2012 Faturamento: R$ 571 milhões Recepção de grãos: 486 mil ton Área agrícola assistida: 101 mil ha Ração: 140 mil ton (Orçamento 2013: R$ 706 milhões)

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UMA POTÊNCIA COOPERATIVISTA (inforleite 2013)

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Page 1: UMA POTÊNCIA COOPERATIVISTA (inforleite 2013)

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— março 2013

Um modelo inovadorCom um modelo de gestão que a intitula como inovadora no sistema cooperativista, a CAPAL tornou-se referência em agropecuária não apenas na região de Arapoti-PR, como também no país e, nos últimos anos, ganhando prestígio e reconhecimento internacional

INSTITUCIONAIS

CAPAL

UMA POTÊNCIA COOPERATIVISTAResultados - 2012Faturamento: R$ 571 milhõesRecepção de grãos: 486 mil tonÁrea agrícola assistida: 101 mil haRação: 140 mil ton(Orçamento 2013: R$ 706 milhões)

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— março 2013

Fundada por ho-landeses em

1960, na cidade de Arapoti, a Capal Coo-perativa Agroindustrial escreve desde então uma his-tória de conquistas e inovações no norte pioneiro do Paraná. Unindo a experi-ência tecnológica e administrativa dos ho-landeses e o conhecimento dos brasileiros sobre o solo e o clima da região, a CAPAL tornou-se referência em agropecuária não apenas na região, como também no país e, nos últimos anos, ganhando prestígio e reconhecimento internacional.A Cooperativa está presente nos muni-cípios paranaenses de Arapoti (matriz), Wenceslau Braz, Joaquim Távora e Carló-polis, e no estado de São Paulo em Itararé, Taquarivaí e Taquarituba. Com essas uni-dades atende cooperados espalhados em mais de 50 municípios nos dois estados.Com cinco unidades de recebimento e armazenagem de grãos, fábrica de ração,

seis lojas agropecu-árias, um posto de

combustíveis, 1.300 as-sociados e empregando

diretamente mais de 400 funcionários, a Capal possui

um modelo de gestão que a intitula como inovadora no sistema cooperativis-ta, com resultados expressivos, metas e objetivos bem definidos e excelência nos produtos e prestação de serviços.

Atividade leiteiraDo total de associados, considerando to-das as unidades, 324 são produtores de leite. Na área da matriz da cooperativa, em Arapoti, encontram-se 58 produto-res, que produzem diariamente 160.000 litros, com média de 2.700 litros/produ-tor/dia. A região é conhecida por seu re-banho de alta produtividade e qualidade do leite.A produção de todos esses estabeleci-mentos localizados na área da matriz é comercializada pela Capal. “Nas demais regiões, estamos fazendo um trabalho intenso para agregar esses produtores e organizar a cadeia, para que a maioria passe a entregar e vender seu leite atra-vés da cooperativa”, explicou o presiden-te Erik Bosch. Segundo ele, esse trabalho está sendo feito principalmente através de assistência técnica, venda de produtos e insumos com condições diferenciadas, além de um programa para melhoria da qualidade do leite. “Um levantamento feito pelo IBGE em 2011, na região de atuação da Capal, mostrou um potencial de produção de mais de 800 mil litros diários, e por isso estamos trabalhando para organizar a cadeia produtiva, melho-rar as condições de produção e alavancar a atividade na nossa região”, acrescentou Bosch.A cadeia agrícola representa cerca de 70% do faturamento anual. A bovinocul-tura leiteira vem em seguida, e um grande projeto está sendo desenvolvido na sui-nocultura, atividade que já foi destaque no passado.A assistência técnica aos produtores as-

sociados é outro ponto forte da Capal, pela qualidade dos profissionais e dos serviços prestados. “É dever da coopera-tiva levar conhecimento técnico e cons-cientizar os produtores sobre diversos aspectos das cadeias produtivas, como por exemplo a questão da qualidade do leite”, afirmou Erik Bosch.

Gestão diferenciadaO modelo de gestão empregado na Ca-pal é considerado único e inovador no Brasil. A cooperativa trabalha com um conselho fiscal, conselho de administra-ção e o setor executivo, liderada pela su-perintendência e gerentes de cada setor. Esse modelo faz com que os serviços e as ações sejam setorizadas, e que existam responsáveis por cada setor. “A coopera-tiva é uma empresa, que compra e vende produtos, e deve ter uma administração que a conduza de forma responsável, com deveres, objetivos e metas, e que cada setor seja constantemente cobrado e fiscalizado para garantir a boa execução dos serviços”, salienta Bosch, afirmando que esse modelo de gestão é imprescin-dível para a saúde financeira e adminis-trativa da cooperativa, garantindo as me-

NA PROdUçãO E AdMINISTRAçãOErik Bosch tornou-se associado da Capal aos 18 anos, como cria-dor de suínos. Em 1995 foi con-vidado a fazer parte da diretoria da cooperativa, atuando como diretor administrativo durante seis anos. Assumiu em seguida a vice-presidência, por nove anos. Nesse momento, está no segun-do ano do seu primeiro mandato como presidente da Capal.Além das atividades na cooperati-va, Erik Bosch é produtor de leite, grãos e criador de suínos.

EVENTO dE TRAdIçãOHá 40 anos a cooperativa reali-za a Expoleite, no Parque de Ex-posições da Capal, em Arapoti. Durante os dias do evento são realizados julgamento de raças, torneios leiteiros, palestras, além da presença de diversas empre-sas expositoras. “Vamos investir e melhorar ano a ano este evento, que promove e incentiva a ati-vidade leiteira na nossa região”, disse Erik Bosch.

O MOdElO dE gESTãO dA CAPAl fAz COM qUE OS SERVIçOS

E AS AçõES SEjAM SETORIzAdAS, E qUE

ExISTAM RESPONSáVEIS POR CAdA SETOR

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A Capal possui cinco unidades de recebimento e armazenagem de grãos, fábrica de ração, seis lojas agropecuárias e um posto de combustíveis, 1.300 associados e emprega diretamente mais de 400 funcionários

INSTITUCIONAIS

lhores condições para seus associados.No setor leiteiro, o presidente Erik Bosch conta que as ações para promover a orga-nização da cadeia de produtores da Capal tem também como objetivo agregar um volume de produção que torne viável um projeto para industrialização do leite. Como ainda não possui indústria láctea, a direção da cooperativa e um grupo de produtores organizam a comercialização do leite para outros laticínios. “Pelo volu-me de captação diário, ainda não é viável termos uma indústria própria. Mas esse é um dos objetivos da Capal no setor

lácteo, e estamos trabalhando para isso”, afirmou.

O mercado lácteoNa opinião de Erik Bosch, o ano de 2012 foi um ano de bons preços pagos pelo leite, mas as margens dos produtores ficaram comprometidas devido ao au-mento dos preços dos alimentos animais. “Mas para quem soube administrar seus custos, foi um ano relativamente bom, ao menos estável. E acredito que 2013 siga no mesmo ritmo, mas com um certo alívio nos custos, se tivermos uma boa

produção na safrinha de milho, principal-mente”, opinou Bosch.O presidente acredita que, para perma-necer na atividade, os produtores preci-sarão se profissionalizar, investir em tec-nologias, aumentar sua produtividade e trabalhar firme na melhoria da qualidade do leite. “Para isso investimos no trabalho de assistência técnica, já direcionado para esse futuro, que não demora a aconte-cer”, afirmou.

INFORLEITE,Com informações da Capal