revista potência - edição 98 - dezembro de 2013 / janeiro de 2014

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TRANSFORMADORES DE FORÇA Equipamentos a seco e com óleo vegetal avançam, mas óleo mineral ainda domina o mercado. ELETRICIDADE ESTÁTICA Fonte de ignição que atua de forma silenciosa e invisível oferece riscos em áreas classificadas. ENTREVISTA José Sebastião Viel fala sobre a atuação do Brasil na IEC e afirma que País tem hoje uma base normativa para produtos elétricos das mais modernas do mundo. DEZ’2013/JAN’2014 ANO 10 – Nº 98 • POtêNciA CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS Empresários do setor eletroeletrônico esperavam por um desempenho melhor em 2013, apesar do leve crescimento. Para este ano, a expectativa é de avanço, com dificuldades. ANO 10 98 ElétricA, ElEtrôNicA, ilumiNAçãO E ENErgiA

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Page 1: Revista Potência - Edição 98 - dezembro de 2013 / janeiro de 2014

transformadores de forçaEquipamentos a seco e com óleo vegetal avançam, mas óleo mineral ainda domina o mercado.

eLetrICIdade estÁtICaFonte de ignição que atua de forma silenciosa e invisível oferece riscos em áreas classificadas.

ENTREVISTA José Sebastião Viel fala sobre a atuação do Brasil na IEC e afirma que País tem hoje uma base normativa para produtos elétricos das mais modernas do mundo.

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CADERNO ATMOSFERAS

EXPLOSIVAS

Empresários do setor eletroeletrônico esperavam por um desempenho melhor em 2013, apesar do leve crescimento. Para este ano, a expectativa

é de avanço, com dificuldades.

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E l é t r i cA , E l E t rô N i cA , i l u m i N AçãO E E N E r g i A

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12 EntrEvistaJosé Sebastião Viel, superintendente do Cobei, fala

sobre a importância da atuação brasileira na IEC, que

levou o País a construir uma base normativa para

produtos elétricos que pode ser considerada uma das

mais modernas do mundo.

16 Matéria dE CapaApesar do crescimento registrado em 2013,

empresários da indústria e comércio do setor

eletroeletrônico esperavam por um desempenho

melhor. Executivos projetam que 2014 será um ano

difícil, com avanço moderado das vendas.

32 MErCadoSetor de transformadores de força de média

tensão começa a ganhar novos contornos com os

equipamentos a seco e que utilizam óleo vegetal

conquistando espaço. No entanto, soluções com óleo

mineral ainda dominam o segmento.

38 CadErno ExCaracterizada por atuar de forma silenciosa

e invisível, eletricidade estática oferece riscos

relevantes como fonte de ignição em áreas

classificadas.

44 pratiCando idEiasRede de supermercados investe em unidade

totalmente iluminada por LED. Objetivos são

economizar energia, reduzir custos de manutenção e

aumentar o nível de eficiência luminotécnica.

04 › ponto dE vista

08 › ao lEitor

08 › Cartas

10 › HolofotE

48 › Espaço abrEME

51 › Gtd

52 › EConoMia

53 › vitrinE

54 › opinião

57 › link dirEto

58 › aGEnda

outras sEçõEs

• Capa: Sérgio Ruiz

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32

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Page 4: Revista Potência - Edição 98 - dezembro de 2013 / janeiro de 2014

bEtH brididiretora de redaçã[email protected]

Filiada ao

Circulação e t i ragem auditadas

E X P E D I E N T E

a n o X • n º 9 8 • D e z ' 1 3 | J a n ' 1 4

Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comuni-cações Ltda, com circulação nacional, diri gida a indús-trias, compradores corporativos, distribuidores, varejis-tas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e insta ladores que atuam nos segmentos elétrico, ele-trônico e de iluminação; geradoras, trans misso ras e dis-tribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Re vendedores e Distribuido-res de Materiais Elétricos.

Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e co-laboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se respon-sabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publi-citários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são re-servados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Edito-ra, assinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

rEdaçã[email protected]

Diretora de Redação: Beth BridiEditor: Marcos OrsolonRepórter: Paulo MartinsFotos: Ricardo BritoJornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)

ConsElHo [email protected]

Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro.

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Diretor Comercial: Edvar LopesCoord. de atendimento: Cléia TelesContato Publicitário: Silvana Ricardo e Christine Funke

produção visual E Grá[email protected]

Chefe de Arte: Sérgio RuizDesigner Gráfico: Márcio Nami

atEndiMEnto ao [email protected]

Coordenação: Paola Oliva

administraçã[email protected]

Gerente: Edina Silvaassistente: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas

Impressão

Prol Editora

rEdação, adMinistração E publiCidadE

Sede Própria:Rua Afonso Braz, 579 - 11º andarVila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SPPABX: (55) (11) 3896-7300Fax redação: (55) (11) 3896-7303Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307Site: www.grau10.com.br

Fechamento editorial: 12/02/2014Circulação: 21/02/2014

Diretores: Habib S. Bridi (in memorian)

Elisabeth Lopes Bridi

ISSN 2177-1049

PoNTo DE vISTA

POTêNCIA4

A declaração de um ex-ministro do gover-

no Lula, de que a lua de mel dos empresários

e investidores com o Brasil acabou, gerou re-

percussão na mídia. Com certeza, a ameaça de

rebaixamento da nota brasileira nas agências

internacionais vem deixando os investidores

internacionais bastante desconfiados e caute-

losos com o Brasil. Muito provavelmente, o País

não será mais o foco das atenções no futuro

próximo e deixaremos de ter os investimentos

tão necessários para a nossa balança.

Já com os empresários brasileiros o mais

acertado seria dizer que o casamento foi can-

celado. Isso porque, a grande maioria, em espe-

cial a que compõe o segmento elétrico, nunca

chegou a casar com a política econômica bra-

sileira nos últimos 14 anos. Quando muito hou-

ve um namoro, repleto de dúvidas, incertezas

e desconfianças.

O Brasil teve a sorte – sim sorte, porque

como já dissemos aqui inúmeras vezes nada foi

feito para que isso acontecesse – de se manter

estável quando todas as economias mundiais

entraram em pane. A situação foi fruto de uma

conjuntura interna, na qual as classes C e D ti-

veram uma ascensão ao consumo – também

baseado em políticas que não solucionaram as

desigualdades – o que contribuiu sobremanei-

ra para que o Brasil surfasse por cima da onda

chamada crise. Isso levou o nome do país à mí-

dia internacional e encheu de orgulho grande

parte da sociedade. Para a autoestima do povo

foi bastante positivo.

Mas, infelizmente, os condutores do País

não aproveitaram esse momento de sorte para

prover o país com aquilo que ele precisava. Ti-

nham tudo para fazê-lo, mas preferiram optar

pelo populismo. Por isso, os empresários nunca

deixaram de criticar a falta de política energé-

tica (estamos vendo agora os efeitos nocivos e

a ameaça de apagões), de política de infraes-

trutura (nem para a Copa do Mundo as obras

conseguem ser concluídas), de políticas sociais

e urbanas. O Brasil é o mesmo de sempre, com

os mesmos problemas, em especial os ocasio-

nados pela corrupção, que apesar dos esforços

de alguns poucos continua enraizada na política

nacional. Como poderíamos estar em lua de mel?

Algum dia houve casamento?

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ao leitor

potência8

Marcos orsolon, editor

o ano de 2014 começou sob uma forte desconfiança do mercado.

Primeiro, porque a economia brasileira não tem se mostrado

assim tão sólida. O País não dá sinais de que nos próximos anos será

capaz de crescer a níveis maiores do que os observados no momento.

Além disso, a pressão inflacionária persiste e tem levado o Ban-

co Central a elevar sucessivamente a taxa de juros. De outro lado,

o real tem se desvalorizado frente ao dólar, o que é bem-visto por

parte da indústria, mas que também pode ajudar a elevar os preços

de alguns produtos. E há os eternos problemas de infraestrutura, que

encarecem a produção local e dificultam o crescimento do País. Sem

contar as panes na área de energia!

Mas não é apenas a economia que preocupa. Com Carnaval em

março, Copa do Mundo entre junho e julho, e eleições no segundo

semestre, 2014 se torna um ano bastante atípico. E, até o momen-

to, ninguém sabe ao certo quais serão os efeitos dessa agenda tão

diferente.

Parte dos empresários acredita que estes eventos tendem a pre-

judicar os negócios. Eles reclamam que teremos menos dias úteis de

trabalho e que a disputa política pode travar parte dos investimentos

– que já têm ocorrido em patamar inferior ao desejado.

Mas também há executivos que entendem que estes aconteci-

mentos não terão tanta influência no desempenho de suas compa-

nhias. São empresários que concordam que não teremos um ano fá-

cil, mas que acreditam em desempenho similar ao obtido em 2013,

quando houve leve aumento no volume de negócios.

A mensagem que fica, portanto, não é de pessimismo ou de oti-

mismo. A recomendação é manter os pés no chão, fazer a lição de

casa e não perder oportunidades, pois elas podem não aparecer no-

vamente. Boa leitura.

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holofote

potência

notícias do setor

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Laboratório de eletrônica

Novo diretorA Eaton comunicou a nomeação de Omar Zaire para o cargo de diretor da divisão Power Distribution e a Divisão Bussmann do Grupo Elétrico da Eaton para a região da América Latina. Zaire ficará na unidade Eaton de Jundiaí (SP).Neste novo papel, Zaire vai gerenciar todas as atividades comerciais e de produção, além de implantar iniciativas de crescimento e fornecer orientação e suporte local aos clientes. O executivo é formado em engenharia elétrica pelo Instituto de Tecnologia Mauá e possui MBA executivo da Brazilian Business School.

A SMS Tecnologia Eletrônica, especialista na fabricação de estabilizadores e nobreaks, e o Centro Universitário da FEI anunciaram a inauguração de um laboratório de eletrônica de potência no campus São Bernardo do Campo (SP) da universidade. A parceria tem como objetivo a criação de um polo de excelência em eletrônica de potência e assim incentivar pesquisas para o desenvolvimento de produtos inovadores. A SMS investiu recursos para montar o laboratório de eletrônica de potência permitindo que professores e alunos comecem a tomar contato com essa competência e a ampliar o trabalho de pesquisa e desenvolvimento nesta área. O laboratório ocupa uma sala de 90 m² e conta com instrumentos necessários

ao desenvolvimento de estudos em eletrônica de potência, como osciloscópios, multímetros TRUE RMS, equipamentos de informática, fonte para simulação de surtos e harmônicos em redes de potência e medidor de qualidade de energia. Segundo o gerente de Desenvolvimento de Novos Produtos da SMS, Leandro Siqueira, “o Laboratório de Eletrônica de Potência da FEI é um espaço dedicado ao estudo, simulação e desenvolvimento de protótipos na área de eletrônica de potência. Além de permitir aos estudantes a implementação prática de diversos experimentos com total segurança”.

Empresas sustentáveis A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia, é uma das 100 empresas com práticas mais avançadas em desenvolvimento sustentável, segundo a Corporate Knights. Este é o terceiro ano consecutivo em que a companhia figura na lista, saltando três posições em relação a 2013 e assumindo a liderança na sua indústria e em bens de capital. A publicação canadense, especializada em capitalismo verde, divulgou o ranking durante o Fórum Econômico de Davos, na Suíça. O “The Global 100 Most Sustainable Corporations in the World” avalia companhias de capital aberto do mundo todo, de acordo com uma série de métricas de sustentabilidade específicas para cada setor. Os dados são inicialmente coletados

pela Bloomberg e contam com o engajamento direto de 350 empresas pré-selecionadas, escolhidas entre aquelas com maior capitalização. “A Schneider Electric prospera novamente na lista The Global 100, conquistando a décima colocação no ranking. Destacar-se como líder na nossa indústria é um forte incentivo para fortalecer o nosso engajamento com a sustentabilidade”, comenta Jean-Pascal Tricoire, CEO da Schneider Electric.Desde 2005 a Schneider Electric mede

e publica trimestralmente o progresso do seu dashboard de sustentabilidade, o Barômetro Planeta & Sociedade. São 14 indicadores que permeiam áreas-chave para a estratégia de desenvolvimento sustentável da empresa: a economia, o meio ambiente e o social. Essa ferramenta permite à companhia avaliar e auditar regularmente suas ações e compartilhá-las com os seus stakeholders.

Instalação seguraFoi publicada no Diário Oficial da União do dia 30 de janeiro a Portaria 51 do Inmetro, que institui, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, a certificação voluntária para instalações elétricas de baixa tensão. Os requisitos estabelecidos pela citada Portaria se aplicam às instalações de edificações novas e a reformas em edificações existentes, qualquer que seja seu uso (residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc.), incluindo as pré-fabricadas.

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potência 11

Mudança no comandoApós um ano marcado por grandes projetos em diversos setores para melhorar a infraestrutura do País, a GE inicia 2014 com um novo comando local. Gilberto Peralta, que atuava como diretor regional da GE Capital Aviation Services para a América Latina, acumula suas funções à liderança da empresa como novo presidente e CEO da GE do Brasil. Ele substitui Adriana Machado, que passa a ser vice-presidente de Assuntos Governamentais e Políticas Públicas da GE para a América Latina.Peralta está na GE desde 1980, quando iniciou suas atividades na GE Celma, em Petrópolis (RJ), como engenheiro de Desenvolvimento e Manutenção. Atuou em diversas posições na área de vendas de serviços para motores, chegando à vice-presidência para programas Airbus. Em 2006 ele se juntou ao time da GE Capital Aviation Services para exercer a função atual, que passou a acumular com a de CEO no Brasil. “Foi com muita satisfação que aceitei o convite para o grande desafio que é comandar uma das principais operações da GE no mundo atualmente”, afirma Peralta. À frente das operações brasileiras, o executivo estará focado em iniciativas-chave e estratégicas para o crescimento local da GE, além de ampliar a parceria histórica da companhia com o País.

SegurançaO Expo Center Norte, em São Paulo, será palco da 9ª edição da ISC, uma das maiores feiras mundiais do ramo de segurança. O evento ocorre entre 19 e 21 de março e reúne soluções integradas, equipamentos e serviços para todas as necessidades de segurança.

Arena CorinthiansAntecipando em 30 dias o cronograma de obras, a AES Eletropaulo entregou no dia 31 de janeiro a rede de energia da Arena Corinthians. Situado no bairro paulistano de Itaquera, o estádio será usado na Copa do Mundo da Fifa.O estádio é abastecido por dois circuitos de distribuição com 13.800V e 12,6 km de extensão. Esse total divide-se em partes aérea e subterrânea. Cada circuito será alimentado por subestações diferentes e o trajeto deles é também distinto um do outro, dando confiabilidade ao fornecimento. No trecho aéreo a obra contempla o uso da rede compacta, um sistema mais resistente aos fatores externos, como interferência de galhos na rede. No total, o projeto reuniu 336 postes instalados e 37,8 km de fios de energia.“Estamos fornecendo energia elétrica com confiabilidade e segurança para a Arena Corinthians. Além disso, com a antecipação da entrega da obra vamos gerar benefícios para os nossos parceiros do projeto”, afirma Britaldo Soares, presidente do Grupo AES Brasil.

Prevenção de incêndiosDesde o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que completou

um ano, a Abinee tem integrado os trabalhos desenvolvidos no âmbito do Grupo Setorial de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio (GSDAI),

mantido pela entidade, às ações em andamento após a tragédia. A Abinee contribuiu com o trabalho da Comissão Externa da

Câmara dos Deputados, coordenada pelo deputado federal Paulo Pimenta, e que elaborou o projeto de legislação de prevenção a incêndios, que agora aguarda apreciação

do Congresso Federal. O GSDAI contribuiu, também, para a elaboração da norma ABNT NBR 17240:2010 - Sistemas de

detecção e alarme de incêndio - Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos.

Ao mesmo tempo, a Abinee promove o debate sobre a prevenção e detecção, ampliando a conscientização de todos envolvidos.

Iluminação com LEDA Gomaq, que atua no mercado de tecnologia de impressão, acaba de trocar mil lâmpadas convencionais por unidades de LED, fornecidas pela Dascom, que foram instaladas nos quatro andares do prédio da empresa. Com a iniciativa, a companhia prevê economizar, em média, 50% do gasto mensal com a iluminação.

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Foto: dreamstime

Foto: divulgação

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entrevista

potência12

José sebastião Viel

EntrEvista a marcos orsolon

O trabalho do Brasil junto à in-ternational Electrotechnical comission, ou simplesmente iEc, levou o País a construir

uma base normativa para produtos elé-tricos que pode ser considerada uma das mais modernas do mundo. E este resulta-do é fruto das ações do cB-03 - comitê Brasileiro de Eletricidade do cobei (co-mitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrôni-ca, iluminação e telecomunicações), que está vinculado à associação Brasileira de normas técnicas (aBnt).

como explica José sebastião viel, superintendente do cobei, a atuação brasileira na iEc tem ganhado força nos últimos anos. tanto que o País encerrou o ano de 2013 como membro ‘P’ (parti-cipante) de 49 comitês da iEc. Em ou-tros 67 o País participa como membro ‘o’ (observador).

além disso, durante a 77ª reunião Ge-ral da iEc, ocorrida em outubro na Índia,

Lado a lado com a iEcBrasil intEnsifica sua atuação na PrinciPal

EntidadE intErnacional dE normalização técnica

Para o sEtor Elétrico.

Foto: Ricardo brito/Grau 10

Page 13: Revista Potência - Edição 98 - dezembro de 2013 / janeiro de 2014

potência 13

em outubro de 2013 ocorreu na Índia a 77ª reunião Geral da ieC. em que consiste essa reunião e qual a sua im-portância?essa reunião é uma assembleia geral da iec com todos os países associados. e nela são votadas as grandes decisões, sendo que cada país participa com um voto. e isso é muito importante. porque países como es-tados Unidos e alemanha, que participam com mais de 300 pessoas em praticamen-te todos os comitês e subcomitês técnicos, têm direito a apenas um voto, assim como qualquer outro país.

Mas por que isso é importante?porque uma norma, quando sai, é filtra-da desde a comissão técnica pelo voto de cada país, durante todo o seu desenvolvi-mento. isso vale para todos os países asso-ciados, independentemente dele ser mais ou menos desenvolvido. por isso dizemos que se trata de uma norma internacional. a definição de norma internacional é que a participação é aberta a todos os países do planeta, sem exceção, e cada país tem direito a um voto.

Durante a 77ª reunião Geral da ieC o Brasil foi reeleito para o Conselho de Gerenciamento da normalização e eleito para o Conselho de Gerencia-mento da avaliação da Conformida-

ParticiPação do Brasil na iEc dÁ força PolÍtica à atuação do PaÍs no dEsEnvolvimEnto dE normas técnicas intErnacionais Para o sEtor Elétrico E PErmitE acomPanhar as novidadEs do sEtor.

de. em que consiste cada um desses conselhos?a iec tem três vice-presidências, que são três conselhos: o sMb, que é o conselho de Ge-renciamento de normalização; o cab, que é o conselho de Gerenciamento de avaliação de conformidade; e o Msb, que é o conse-lho de Gerenciamento de estratégia de Mer-cado. o brasil foi reeleito para o sMb. Vamos para o décimo ano nesse conselho, sendo que eu é que participo em nome do país. e no cab nós participamos por seis anos, fi-camos um ano sem participar e agora fomos eleitos novamente. no caso dos conselhos, são 15 países em cada um e a participação é como país e não como pessoa física.

Por que é importante para o Brasil fazer parte desses conselhos, entre os 15 países?são conselhos de normalização. o sMb tem uma série de atribuições, sendo que a maior delas é a criação de comitês técnicos. por exemplo, se o brasil deseja criar um comi-tê novo, ele faz a proposta e o sMb coloca em votação para todos os países a criação ou não desse comitê, e se será criado um novo comitê ou se ele fará parte de um que já existe como subcomitê técnico. agora, a participação do brasil é importante por-que ficamos sabendo de tudo o que está acontecendo com toda a normalização, ou melhor, estará disponível para nós tudo o

comitês consolida a posição brasileira den-tro da iEc e dá força política à atuação do País no desenvolvimento de normas téc-nicas internacionais para o setor elétrico. sem contar que permite ao Brasil acom-panhar todas as evoluções normativas, o que está em desenvolvimento e quais as últimas novidades.

“nossa maior preocupação (ao partici-par dos conselhos e comitês da iEc) é que o Brasil esteja acompanhando tudo o que ocorre na iEc. isso para que, no mínimo, o País não fique para trás no que tange à tecnologia mundial. hoje, o Brasil tem à disposição toda inovação tecnológica do mundo”, ressalta viel.

que está acontecendo. agora mesmo foram criados dois comitês técnicos novos: o de extra alta tensão em corrente contínua e o de extra alta tensão em corrente alter-nada. isso é muito importante para o bra-sil porque o país tem grandes extensões. a extra alta tensão é defendida pela Rús-sia, china, canadá e brasil, que são paí-ses com grandes extensões territoriais. o brasil é um dos interessados e participou bem disso através do pessoal da eletrobras. não temos no país nem a comissão de es-tudos espelho, mas participamos como um observador dos dois comitês.

ao participar dos conselhos o Brasil passa a ter mais força política no mo-mento de colocar algo para votação?sem dúvida. Hoje, o brasil é ouvido, até porque estamos há muito tempo partici-pando (da iec). Há um interesse mundial no brasil. obviamente, o brasil não é líder em termos de inovação tecnológica nessa área, mas é importante como um país que tem um mercado técnico muito grande. por exemplo, tem um comitê técnico que tra-ta de energia de ondas e marés. o brasil, com mais de oito mil quilômetros de cos-ta e alguns projetos-piloto, é membro ‘o’ (observador) desse comitê. ainda não so-mos membro ‘p’ (participante), mas esta-mos acompanhando tudo o que acontece nesse comitê. nossa maior preocupação é

o Brasil foi reeleito para o conselho de Gerenciamento da normalização e elei-to para o conselho de Gerenciamento da avaliação da conformidade, lembrando que cada conselho é formado por ape-nas 15 países.

como explica viel na entrevista que segue, a participação nesses conselhos e

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entrevista

potência14

José sebastião Viel

que o brasil esteja acompanhando tudo. isso para que, no mínimo, o brasil não fi-que para trás na corrida tecnológica mun-dial. Hoje, o brasil tem à disposição toda a inovação tecnológica do mundo.

e quais as atribuições do CaB? Por que o Brasil voltou para este conselho?o cab cuida do sistema de avaliação da conformidade. a iec tem este conselho por-que chegou num determinado momento em que tinha que provar a todos, inclusive para a associação Mundial do comércio, que as normas estavam sendo aplicadas nos produ-tos elétricos e que ela, iec, controlava essa aplicação. isso nasceu aí. a iec fez um siste-ma para a área elétrica, voltado aos países que utilizam as normas iec, que são os pa-íses membros. Diria que é um sistema mais filtrado para a área elétrica e para países que conhecem e participam da iec.

no caso da avaliação da conformida-de, é possível que a volta do Brasil ao CaB traga alguma novidade em rela-ção ao que é feito hoje aqui?Diria que quem puxa uma avaliação de con-

formidade, ou mesmo uma norma, é o mer-cado. Hoje, o mundo é uma grande loja, sem barreira nenhuma. Você entra na internet e compra de qualquer lugar do mundo. Daí a importância de ter norma internacional. não adianta fazer uma norma nacional se há produtos no mundo que atendem a uma norma internacional e que atendem melhor a sociedade. é preciso ter bom senso e a nor-ma não deve servir como barreira comercial. o brasil está no mercado global.

Como funciona a participação nos di-versos comitês e conselhos da ieC?primeiramente temos de pagar a iec, tem uma anuidade. pagando, temos o direito de participar de todos os comitês e subcomitês. como se trata de um voto brasileiro, do país, e não de um grupo ou empresa, fazemos isso através de uma comissão de estudo espelho montada aqui no país. Quem sempre vota é a comissão de estudo. essa comissão é regida por um procedimento, uma organização, que é da abnt. não esqueça que somos abnt, so-mos o cb-03. então, somos obrigados a aten-der os procedimentos da abnt, que adota os critérios da iso. então, a comissão de estudo pode chegar e pedir para participar do seu espelho na iec, que é um comitê técnico. isso é colocado em ata e solicitamos que o brasil quer ser membro nessa comissão. podemos ser membro ‘p’ ou ‘o’.

Qual a diferença?o membro ‘o’ apenas observa e acompa-nha o que está acontecendo. o membro ‘p’ participa. e jamais você pode internar uma norma iec para tentar nacionalizá-la, se você não for pelo menos um membro ‘o’.

Para ser membro o país precisa pagar alguma taxa adicional?não. Quando há interesse, a comissão de estudos daqui pede para ser membro. e quando não tem uma comissão de estudos montada aqui, por exemplo, quando há um comitê muito novo na iec, nós convidamos algumas empresas para participar como membro ‘o’, como a eletrobras. e questio-namos a eletrobras se é o caso de se criar

hoJE, o mundo é uma

GrandE loJa, sEm

BarrEira nEnhuma.

daÍ a imPortância

dE tEr norma

intErnacional.

Objetivos do cobeiProver suporte técnico, econômico e financeiro às atividades de normalização do aBnt/cB-03 - comitê Brasileiro de Eletricidade em âmbito nacional;

assegurar e proceder ao pagamento das anuidades da iEc;

Participar ativamente nos conselhos, comitês e subcomitês técnicos da iEc;

Promover, divulgar, desenvolver e dar sustentação às atividades de normalização técnica do setor eletroeletrônico;

Participar em fóruns que envolvem a normalização técnica do setor eletroeletrônico;

incrementar a representatividade e a participação de empresas e entidades na normalização técnica no Brasil e no exterior.

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uma comissão espelho no brasil. aí eles ana-lisam se vale a pena montar a comissão, ou se é melhor esperar um pouco mais. é o caso da extra alta tensão, pois eles estão discu-tindo isso em fóruns que envolvem Furnas, eletrobras e outras empresas. e em algum momento eles vão querer formar uma co-missão para criar uma nbR iec.

Hoje o Brasil participa de quantos co-mitês na ieC?como membro ‘p’, em novembro nós está-vamos em 49 comitês. e como membro ‘o’ em outros 67.

em função da maior proximidade com a ieC, o Brasil, em termos de normas para o setor elétrico, está nivelado com o que há de melhor no mundo?exatamente. e isso é importante principal-

mente para a pequena e média empresa. se você for numa empresa exportadora, o sistema é bom. se for num importador, ou cliente final, também é bom. por exemplo, a petrobras é que pediu a participação no iecex (sistema de certificação de confor-midade de equipamentos elétricos para atmosferas explosivas), porque ela com-pra produto no mundo todo e não pode comprar produto de um país que não te-nha o mesmo procedimento de avaliar a conformidade que o mundo adota. en-tão, comprando um produto certificado no iecex, ela sabe que o procedimento é o mesmo. se você pega um item aqui no brasil certificado pelo iecex e um certifi-cado do outro lado do mundo, você sabe que esse item atende à mesma norma da iec e aos mesmos procedimentos de avaliação.

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SIL, conduzindo a energia que o Brasil precisa.

A SIL conquistou o Brasil, porque tem tecnologia 100% nacional, tem o nosso jeito, a nossa ginga, a nossa força e o orgulho de ser brasileira.Não é à toa que Brasil tem SIL até no nome, afinal, participamos da construção do nosso país. Por isso, quando precisar de fios e cabos elétricos, não pense duas vezes: escolha a qualidade que se destaca no mercado. Fique com SIL.

EMPRESA ASSOCIADA

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matéria de capa retrospectiva 2013/perspectivas 2014

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Por Paulo Martins

Cresce(re)mos,mas nem tanto

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EMPrEsas do sEtor

ElEtroElEtrônico

crEscEM EM 2013, Mas

Muitos ExEcutivos

EsPEravaM Por

uM dEsEMPEnho

MElhor. Para EstE

ano, ProjEção é

dE dificuldadEs E

avanço ModErado.

Doze meses repletos de sobressal-tos. assim pode ser resumido o ano de 2013 para o setor ele-troeletrônico, do ponto de vista

econômico. escalada da inflação, aumento de custos, importação desenfreada e oscila-ção do câmbio foram alguns dos eventos que mais afetaram o desempenho da indústria, do comércio e da área de prestação de serviços.

embora o balanço final indique saldo positivo, a maioria dos segmentos não es-conde uma ponta de decepção com os nú-meros - a reclamação é de que o crescimento ficou abaixo do esperado.

Diante de tantos problemas, claro que a simples virada do calendário não seria sufi-ciente para dissipar os temores dos empre-sários. pelo contrário.

o ano de 2014 reúne características

capazes de fazê-lo entrar para a história do país. a apreensão dos executivos e lideran-ças empresariais entrevistados nesta maté-ria é justificada.

para começar, o carnaval em março ajuda a comprometer o resultado de todo o primeiro trimestre. na sequência a copa do Mundo tende a atrair todas as atenções, não só durante o período de jogos - entre meados de junho e julho -, mas também semanas antes e depois. De quebra, este evento poderá trazer a tiracolo uma nova onda de protestos nas ruas, a exemplo do ocorrido no ano passado, durante a copa das confederações. por fim, em outubro te-remos eleições.

tudo isso junto tende a gerar menos dias trabalhados, produção e vendas me-nores, desvios de foco e um campo fértil

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matéria de capa retrospectiva 2013/perspectivas 2014

para práticas eleitoreiras. “Dois mil e cator-ze nos preocupa demasiadamente, dada a cultura do brasileiro de que nada acontece em ano eleitoral. Lamentavelmente, nós poderemos continuar andando de lado”, comenta Humberto Barbato, presidente da associação Brasileira da indústria elétrica e eletrônica (abinee).

‘andar de lado’, no caso, significa-ria continuar crescendo em ritmo lento. os números de 2013 não são definitivos, mas o balanço divulgado em dezembro pela abinee indica que foi um ano duro. a projeção de faturamento dessa indústria é de r$ 156,6 bilhões - crescimento nomi-nal de 8%, em relação a 2012. Desconta-da a inflação do setor, o crescimento real cai para 5%.

o número de empregados diminuiu, de 183 mil para 178 mil, devido principalmen-te ao encerramento de contratos de forne-cimento de equipamentos para a área de

Geração, transmissão e Distribuição (GtD). a produção física deve crescer 2% em rela-ção a 2012, mas cair 7%, em relação a 2011.

segundo Barbato, a indústria vai mal, e 2013, definitivamente, não dei-xará saudades. “continu-amos com taxa de câmbio valorizada, o real valoriza-do frente a outras moedas e com uma infraestrutura que penaliza demasiadamente a indústria”, enumera.

Uma das preocupações de Barbato en-volve o crescente índice de participação das importações de bens finais no mercado in-terno do setor. em 2013 esse índice chegou a chegou a 22,9% - o maior, desde 2008.

enquanto as importações totais da in-dústria elétrica e eletrônica cresceram 8%, as exportações em 2013 foram 5% meno-

res, o que resulta em uma balança comercial deficitária em Us$ 36 bilhões (número 11% maior do que em 2012).

a abinee reclama que até mesmo seg-mentos tradicionalmente competitivos co-meçam a apresentar influência mais forte das importações - caso das áreas de equipa-mentos industriais, de produtos para GtD e de Material de instalação. “ninguém ganha do Brasil em tecnologia de equipamentos para GtD. e a participação das importações no consumo aparente nessa área chegou a 22,1%”, menciona Barbato.

João carro aderaldo, vice-presidente da schneider electric, também avalia que

Áreas 2011 2012 2013* 2014*

Automação Industrial 3.725 3.920 4.263 4.593

Componentes 9.828 9.755 10.789 11.738

Equipamentos Industriais 22.272 22.322 23.818 24.914

GTD 13.097 15.307 16.042 16.788

Informática 43.561 43.561 46.937 46.374

Material de Instalação 9.654 9.019 9.434 9.887

Telecomunicações 19.901 22.811 26.620 31.318

Utilidades Domésticas 16.102 17.841 18.662 19.520

Indústria Elétrica e Eletrônica 138.140 144.536 156.565 165.132

Faturamento da indústria elétrica e eletrônica

(r$ milhões)

* projeção •Fonte: Abinee

dois mil e catorze nos preocupa demasiadamente, dada a cultura do brasileiro de que nada acontece em ano eleitoral.HUMbErTo bArbATo

AbInEE

carnaval, coPa E ElEiçõEs irão gErar MEnos

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coMProMEtEndo o dEsEMPEnho da EconoMia do País.

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4,5% 9,1%4,5%

27,3%

27,3%

como se comportaram as vendas da sua empresa em 2013?

crescimento até 5%crescimento entre 6% e 10%crescimento entre 10% e 15%crescimento acima de 20%estabilidadeQueda

27,3%

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4,3%13,1%4,3%

26,1%

34,8%

Quais são as projeções de vendas de sua empresa

em 2014?

crescimento até 5%crescimento entre 6% e 10%crescimento entre 10% e 15%crescimento acima de 20%estabilidadeQueda

17,4%

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8,7%

52,2%

Qual será o efeito das eleições desse ano para os negócios da sua empresa?

positivosnegativosnão terá nenhuma influência

39,1%

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2013 foi um ano difícil para o setor. entre-tanto, apesar do cenário desfavorável, a companhia conseguiu atingir os objetivos de crescimento.

De acordo com ele, a estratégia de oferecer soluções inovadoras, confiá-veis e que permitam ganhos de eficiên-cia energética e produtividade tornou-se um diferencial junto aos clientes. afinal, é crescente a preocupação das empresas em serem mais eficientes. “os custos com energia são cada vez mais representativos, e, portanto, a economia desse recurso é necessária para sermos mais sustentáveis e competitivos”, pondera o executivo.

aderaldo comemora também o fato de a schneider electric ter alcançado êxi-to como fornecedora para os estádios da Copa do Mundo da Fifa: “Estaremos pre-sentes em dez, das doze arenas, com des-taque para o Maracanã, onde nossas solu-ções transformarão o estádio em um dos mais inteligentes e eficientes do mundo”.

ele explica que o centro de controle, utili-zando sistemas schneider electric, controlará mais de 30 mil variáveis de todos os equipa-mentos, incluindo as 3 mil luminárias da par-te externa do Maracanã. a companhia forne-

ceu ainda as subestações de energia, painéis elétricos e o sistema de CFTV com câmeras e sistemas de gravação e monitoramento.

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matéria de capa

potência

retrospectiva 2013/perspectivas 2014

20 potência

que existe demanda e previsão de investi-mentos na infraestrutura do país, incluin-do a exploração do pré-sal, que exigirão grandes aportes de dinheiro. “sempre que temos cenários como esses surgem óti-mas oportunidades, tanto para o segmen-to como para a companhia”, comemora o porta-voz da schneider electric. 

a ts shara, fabricante de equipamen-tos de proteção de energia, espera au-mentar em 28% as vendas de nobreaks em 2014, sobretudo nas regiões norte e nordeste do país, que carecem de sistemas de proteção de energia em razão da alta concentração de chuvas e raios que ocorre no primeiro trimestre do ano.

“apesar do otimismo conservador, apostamos em um ano de crescimento na casa dos dois dígitos. esperamos trans-

formar os desafios em boas oportunidades de negócios”, destaca pedro sakher al sha-ra, ceo da ts shara. em 2013 a empresa registrou aumento de 27% no faturamento, em comparação a 2012. o execu-tivo atribui o bom desempe-nho de 2013 a mudanças na estratégia de mercado, como a entrada em novos setores -

entre eles o segmento corporativo de mé-dio e grande porte; a oferta de produtos

mais focados no setor governamental e a participação em editais públicos.

pedro al shara considera que 2013 foi um ano desafiador, e acima de tudo, de preparação para as demandas que surgi-rão no mercado brasileiro em função da copa do Mundo. “ao longo de 2013 já provemos diversas empresas do setor de infraestrutura com equipamentos que per-mitirão a continuidade de seus negócios durante períodos de pico, como os que podem ser gerados pelo grande evento esportivo”, comenta.

a expectativa da abinee para 2014 é que o faturamento do setor tenha aumen-to de 5% em relação a 2013, atingindo r$ 165,1 bilhões. os maiores crescimentos estão previstos para as áreas de teleco-municações (18%), componentes (9%) e automação industrial (8%). equipamentos industriais, Material de instalação e Utili-dades Domésticas devem crescer 5%. Já para o segmento de informática é espera-da queda de 1% no faturamento.

a associação observa que a atividade do setor deverá continuar amparada pelo mercado interno, com destaque para o crescimento das vendas de tablets, smar-tphones e equipamentos industriais seria-dos. o número de empregados da indús-

a preocupação com a eficiência energética criará oportunidades para a empresa, em função das soluções que ela pode oferecer.João ADErAlDosCHnEIDEr ElECTrIC

39,1%

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Qual será o efeito da Copa do Mundo para os negócios da sua empresa?

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o resultado de uma enquete feita pela revista potência com indústrias do setor eletroeletrônico revela números positivos, quanto ao balanço do ano de 2013. Das 23 empresas que preencheram o questio-nário (43 foram convidadas), apenas uma disse que houve queda nas vendas. Uma informou que o quadro foi de estabilidade e outra não respondeu esse item. as demais apresentaram crescimento.

outra questão tratava da projeção de vendas para 2014. De novo houve um re-gistro de estabilidade e outro de queda. segundo a expectativa das outras 21 em-presas, haverá crescimento. seis delas, in-clusive, esperam aumentar as vendas em mais de 20%. o leitor pode acompanhar o resultado detalhado das cinco perguntas feitas na enquete nos quadros dispostos ao longo desta matéria.

para 2014, a schneider electric revela uma postura otimista, inclusive mantendo previsão de crescimento. “Mesmo em um cenário econômico desfavorável, a preocu-pação com a eficiência energética e opera-cional cria inúmeras oportunidades para a schneider electric em função das soluções que podemos oferecer”, destaca João car-ro aderaldo.

o executivo conta que a companhia planeja lançar novos produtos e seguir investindo para melhorar o atendimento prestado aos clientes. aderaldo lembra

17,4%

82,6%

o real tem apresentado desvalorização frente ao dólar nos últimos meses. Qual o impacto para os

seus negócios?

positivosnegativosnenhum impacto

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a abinee projeta que a participação das importações de bens finais no merca-do interno do setor eletroeletrônico che-gará a 24,2%, em 2014.

as exportações deverão se manter es-táveis, enquanto as importações tendem a aumentar em 4%. com isso, o déficit da balança comercial do setor deverá alcan-çar a casa dos Us$ 37,7 bilhões, valor 5% acima de 2013.

esse número assusta, pois comprova uma forte tendência de alta nos últimos anos. em 2007, por exemplo, o déficit da balança comercial da indústria elétrica e eletrônica foi de “apenas” Us$ 14,7 bilhões.

a questão cambial, a propósito, con-tinua sendo um dos assuntos mais con-troversos da economia. afinal, é sempre muito difícil conciliar o interesse de todos. É sabido que o câmbio influencia direta-mente no custo dos produtos importados e também nas principais matérias-primas, como metais e plásticos que possuem co-tação internacional. Mas, quando num ní-vel mais alto, o câmbio acaba incentivan-do a produção local.

Durante entrevista coletiva, no final de 2013, Humberto Barbato revelou sua

aposta pessoal (não uma posição oficial da abinee, como frisou) de que o dólar poderá chegar a r$ 2,70 neste ano. na sequência, o executivo comentou como avalia esse número: “Usando critérios estritamente econômicos para avaliar em que nível deveria estar o real, em relação ao dólar, a maioria dos economistas tem dito que deveria estar girando em torno de r$ 3,20. Quando a gente escuta as empresas associadas à abinee, percebe-mos que o câmbio a r$ 2,70 é um núme-ro bastante razoável”.

Barbato disse “querer acreditar” que esse índice pode proporcionar a competiti-vidade necessária ao Brasil, tanto para nos proteger das importações como também para viabilizar um pouco mais o merca-do externo para o país.

independente de valores, conforme des-taca Barbato, para ser bom, o câmbio tem que estar equilibrado. “para ter uma indústria pu-jante no país é preciso regras estáveis e pre-visibilidade, em termos

apostamos em crescimento na casa dos dois dígitos. esperamos transformar os desafios em boas oportunidades.

PEDro Al sHArATs sHArA

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Indicadores 2013 2014 Variação (%)

Faturamento (r$ milhões) 156.565 165.132 5%

Faturamento (us$ milhões) 72.150 70.269 -3%

Exportações (us$ milhões) 7.364 7.400 0%

Importações (us$ milhões) 43.407 45.100 4%

saldo (us$ milhões) -36.043 -37.700 5%

Emprego (milhares) 178,0 180,0 1%

Investimentos (r$ milhões) 3.957 3.963 0%

Investimentos (% do faturamento) 2,5% 2,4% -

Projeções para a indústria elétrica e eletrônica

Fonte: AbineeFoto: Dreamstime

Balança comercial registra déficit ainda maior

econômicos. Lamentavelmente não é bem isso que a gente tem visto ultimamente”, reclama o presidente da abinee.

João carro aderaldo, vice-presidente da schneider electric tem uma opinião semelhante: “talvez os aspectos mais negativos sejam a instabilidade e a falta de previsibilidade da taxa de câmbio, o que atrapalha muito o planejamento das empresas”.

tria eletroeletrônica deverá crescer 1%, chegando a 180 mil. Já o nível de inves-timentos permanecerá igual a 2013, ou seja, na casa dos r$ 3,9 bilhões.

como se vê, mesmo diante de um ce-nário tão diverso, o empresariado do se-tor eletroeletrônico acredita que haverá crescimento em 2014, ainda que discre-to. Mas nada virá fácil. o ano de 2014 irá exigir toda criatividade, iniciativa, esforço, talento e ginga de que pudermos dispor. se é verdade que o brasileiro não desis-te nunca, e que tem orgulho e amor pelo país onde nasceu, como propaga a músi-ca que é ressuscitada pelos torcedores de futebol a cada quatro anos, agora é uma boa hora para provar.

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potência22

matéria de capa retrospectiva 2013/perspectivas 2014

desoneração do ipi e das ações voltadas à área habitacional, com o programa Minha casa, Minha vida e a maior disponibilidade de crédito”, analisa.

a siL registrou cresci-mento de faturamento e de volume de vendas en-tre 5% e 10%. entre as dificuldades encontradas durante o ano a empre-sa destaca a circulação no mercado de produtos fora de norma, prejudicando todos aqueles que procu-ram trabalhar corretamen-te, a escassez de mão de obra qualificada e os roubos de produto final, que ainda

indústria dE condutorEs Elétricos rEgistra

baixo crEsciMEnto E ExPEctativa dos

fabricantEs é dE auMEnto ModErado das

vEndas EM 2014.

avanço tímido

Haverá um modesto aquecimento e consequente aumento nas vendas no setor da construção civil e infraestrutura.GUsTAVo VErronE rUAs

CobrECoM

A queda da atividade econômica no país refletiu nos resultados do segmento de fios e cabos. a associação que representa a

área ainda não tem números fechados, mas, segundo especialistas ouvidos nesta matéria, em 2013 o desempenho oscilou entre a esta-bilidade e pequenos aumentos na demanda. o balanço final é positivo, graças, em grande parte, à construção civil.

De acordo com o supervisor de Marke-ting da siL, rodrigo Morelli, os investimen-tos públicos e privados em infraestrutura, mesmo que abaixo do esperado, foram im-portantes para o desenvolvimento do setor. “eles complementaram os efeitos positivos que já vemos nos últimos anos por conta da

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a expectativa é atingir os mesmos índices verificados em 2013, com aumento de 5% a 10% no faturamento.

roDrIGo MorEllIsIl

estariam ocorrendo em grandes volumes.a comercialização de produtos fora de

norma, configurando concorrência desleal, é um problema citado também por Gus-tavo verrone ruas, diretor comercial da Cobrecom Fios e Cabos Elétricos. Outro ponto negativo do ano, segundo ele, foi a instabilidade monetária e da economia, que gerou momentos de desaquecimento no mercado.

em 2013 a cobrecom contabilizou 8% de aumento nas vendas, resultado conside-rado apenas satisfatório pela companhia. Gustavo ruas informa que durante o ano os investimentos estiveram concentrados no up-grade do parque fabril, na melhoria do aten-dimento aos clientes e nas novas tecnologias para agilizar e aperfeiçoar a fabricação dos cabos não halogenados (superatox).

com os investimentos promovidos no ano passado a cobrecom pretende melho-rar seus resultados em 2014. a previsão é de crescimento de 8%. “acredito que have-rá um modesto aquecimento e consequente aumento nas vendas no setor da construção civil e infraestrutura”, projeta ruas, destacan-do ainda que a empresa pretende continuar investindo em novas linhas de produtos e em alta tecnologia.

o executivo da cobrecom mantém boas expectativas também em relação aos possíveis negócios que venham a ser ge-rados por conta da realização dos leilões

para concessão de rodovias, aeroportos e exploração do pré-sal: “esperamos forne-cer produtos e soluções para essas obras, assim como o aumento da demanda por nossos produtos”.

ruas diz ainda que o menor número de dias úteis em 2014, por conta da série de eventos programados para o país, não de-verá influenciar no desempenho da empre-sa: “acredito que não haverá mudanças, pois a tendência é a antecipação das compras por parte do mercado”.

rodrigo Morelli, da siL, acredita que 2014 não será um ano muito diferente do ante-rior, em termos de crescimento. para ele, a questão cambial e a inflação ainda deverão afe-tar a economia, mas outros in-vestimentos públicos, como as concessões anunciadas, deverão elevar a atividade de alguns setores econômicos.

“o país é carente em infraestrutura em diversas áreas, e projetos como esses se fazem urgentes. todas essas obras estão diretamente relacionadas ao setor de fios e cabos e temos totais condições de forne-cer materiais para esses projetos”, garante o executivo.

Morelli destaca ainda que os grandes eventos esportivos são uma oportunidade para o desenvolvimento de projetos na área

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de construção civil, como já tem ocorrido. ele também confia que os programas de habitação e saneamento ajudarão a man-ter o bom ritmo do setor em 2014.

“acreditamos que o ano proporciona-rá crescimento e a expectativa é que a siL registre os mesmos índices verificados em 2013, com aumento de 5% a 10% no fa-turamento”, revela.

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matéria de capa retrospectiva 2013/perspectivas 2014

A indústria de iluminação registrou incremento de 4% nas vendas em 2013, em relação ao ano anterior. o faturamento saltou de r$ 3,8

bilhões para r$ 4 bilhões. para a abilux (as-sociação Brasileira da indústria de ilumina-ção), o desempenho positivo deve-se à oferta de produtos mais eficientes (fontes de luz e luminárias) e à evolução do mercado com a chegada de novas tecnologias. também aju-dou nas vendas a redução da alíquota do ipi aplicado sobre luminárias.

Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presi-dente da abilux, ressalta que o setor foi pe-nalizado por problemas como aumento dos custos com mão de obra, variação cambial e falta de financiamento para os projetos

desempenhopositivonovas tEcnologias E busca Por Eficiência

EnErgética PuxaM as vEndas E nortEiaM os

invEstiMEntos na árEa dE iluMinação.

de eficiência energética. para 2014, a abi-lux espera que seja possível repetir o índi-ce de crescimento de 4%. entre as apostas do setor para este ano está a realização da Expolux. A 14ª edição da Feira Internacio-nal da indústria da iluminação está marca-da para acontecer entre os dias 22 e 26 de abril, em são paulo.

a expectativa é positiva também em função dos negócios que poderão ser gera-dos pela copa do Mundo e olimpí-adas e até mes-mo pelas eleições. entre os fatores que poderão li-mitar o nível de

atividade, a abilux cita a variação cambial e a indisponibilidade de recursos financeiros.

para este ano a abilux está planejando uma série de ações para impulsionar o se-tor. Uma delas envolve o estabelecimento de uma política nacional para apoiar o de-senvolvimento e a fabricação de produtos com tecnologia LeD no território nacional. também serão buscadas parcerias para fo-mentar o desenvolvimento de produtos que se destaquem pela tecnologia e design vi-sando incrementar as exportações.

tradicional provedora de soluções em iluminação, a intral s/a registrou em 2013 um crescimento de 10%, em relação a 2012. para este ano, a empresa aposta na tecnologia LeD para atingir suas metas de crescimento. a expectativa é que os negó-cios tenham incremento de 15% neste ano.

“temos expectativas de um forte au-mento nas vendas de produtos LeD, prin-cipalmente em função dos lançamentos desses artigos e de alguns itens em LeD de fabricação nacional”, adianta edson D´arrigo, diretor-presidente da intral. para a companhia, a regulamentação dos produtos baseados na tecnologia LeD irá aumentar a competitividade das empresas e importado-res, que precisarão estar em conformidade com as novas exigências.

neste ano a intral irá participar de três feiras do segmento a fim de impulsionar os negócios. a instalação de um novo centro de Distribuição, em Belém (pa), é outra es-tratégia que sairá do papel neste ano. a me-dida irá agilizar o atendimento aos clientes da região norte do país.

por fim, a intral pretende ampliar as exportações, com destaque para a améri-ca Latina. “estamos prospectando novos clientes e em vias de concretizar importan-tes parcerias no chile, em cuba e no pana-má”, adianta D´arrigo.

Setor foi penalizado por problemas como aumento dos custos com mão de obra e variação cambial.

CArlos EDUArDo UCHôA FAGUnDEs

AbIlUx

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retrospectiva 2013/perspectivas 2014

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Dois mil e treze foi bastante crítico para o setor elétrico. o resumo é de cláudio sales, presidente do instituto acende Brasil, ao

destacar que nesse ano foram percebidas “graves consequências” que teriam sido ge-radas a partir da publicação da Medida pro-visória 579, além de outras Mps e decretos subsequentes.

o problema começou a ganhar contor-nos a partir da publicação da Mp 579, em setembro de 2012. resumidamente, o docu-mento continha regras para renovação das concessões do setor elétrico que estavam para vencer e prometia a redução da conta de energia para o consumidor.

a diminuição da tarifa de eletricidade de fato ocorreu, em boa parte, porém, “graças a artificialidades sem sustentação econômica ou de longo prazo”, conforme aponta cláu-dio sales. como consequência, o valor das ações de diversas empresas do setor elétrico despencou no mercado.

paralelamente, como o consumo se-guia aumentando mais do que as reservas do país, foi necessário acionar mais as usi-

Período delicadoavanço das iMPortaçõEs E EfEitos da MP 579

criaM dificuldadEs Para o sEtor dE gEração,

transMissão E distribuição dE EnErgia.

nas termelétricas, que produzem energia mais cara.

Logo as distribuidoras se viram descon-tratadas num volume importante de energia, e, com a não realização do esperado leilão a-1 no ano passado (que seria uma obriga-ção do governo), foram forçadas a comprar energia no mercado de curto prazo. este, por sua vez, estava com os preços altíssi-mos, justamente devido ao uso acentuado da energia térmica.

o governo decidiu então dar a um en-cargo setorial, o cDe (conta de Desenvolvi-mento energético) a atribuição de suportar o caixa das distribuidoras - o dinheiro foi injetado pelo tesouro nacional.

o problema, explica sales, é que as distribuidoras deverão cobrar dos cidadãos futuramente para ‘devol-ver’ o dinheiro ao fun-do. “Daqui a cinco anos o consumidor vai ter que pagar uma conta que ele nem sabe do que é. tra-ta-se de uma espiral de artificialidades econômi-

cas para poder fazer frente a um problema criado”, critica.

para o dirigente do instituto acende Brasil, a consequência desses fatos foi um terrível abalo na confiança que os investido-res tinham no setor. esse trauma, prossegue ele, ajuda a afugentar os investimentos ou os torna ainda mais caros.

“em 2013 assistimos a promulgação de uma sucessão de Mps e decretos para mi-

em 2013 houve um grande abalo na confiança que os investidores tinham sobre o setor elétrico, que deixou de ser economicamente sustentável.

ClÁUDIo sAlEsInsTITUTo ACEnDE brAsIl

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tigar os efeitos negativos da Mp 579, mas que no seu conjunto fizeram com que o se-tor elétrico brasileiro deixasse de ser eco-nomicamente sustentável”, lamenta sales.

na opinião do executivo, 2014 será bas-tante complexo, possivelmente atrapalhado pela politização das discussões, devido à re-alização das eleições.

para cláudio sales, por ser fundamental para o desenvolvimento de qualquer país, o setor elétrico precisa ser tratado com visão de estado, de longo prazo, e não sofrer in-fluências de cunho político-eleitoreira. “vejo com muita apreensão os riscos a que estare-mos expostos ao longo deste ano”, revela.

Um dos desafios apontados pelo diri-gente envolve a oferta e consumo de ener-gia. para sales, o país tem problemas com-plexos nessa área que poderão sofrer agra-vamentos em 2014.

Quanto à construção das usinas e linhas de transmissão, por exemplo, ainda há uma grande insegurança em relação aos proces-sos de licenciamento ambiental. e aqui não falamos somente do licenciamento, pro-priamente dito, mas também do receio de

interferências como invasões de usinas e ações de vandalismo - obstáculos capazes de provocar atrasos significativos nas obras.

“essas questões já vêm de algum tem-po, e não sou otimista a ponto de achar que elas estarão resolvidas em 2014. É algo que ainda estará presente, com consequências difíceis de medir”, aponta. por fim, cláudio sales destaca que o Brasil continuará pre-cisando contar com o funcionamento das

usinas termelétricas. o dirigente faz ques-tão de destacar a “bravura” das empresas do setor elétrico ao desenvolver o que ele chama de “espetacular capacidade de re-sistência”, para fazer frente aos problemas citados. entretanto, sales faz um alerta: as companhias elétricas estariam “muito per-to” de seu limite.

consumo de energia subirá 4,3%

a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) atualizou as previsões para o consu-mo de energia elétrica no horizonte de dez anos. o crescimento médio anual da demanda total de eletricidade (que inclui consumidores cativos, livres e autopro-dutores) será de 4,3%, nos próximos dez anos, atingindo 781,7tWh (terawatts-h ora) em 2023, contra os 514tWh atuais. a taxa considera um crescimento do Pib de 4,3% ao ano. Para 2014, a previsão é de que haja um crescimento do consumo de 3,8%. Em 2013, segundo dados preliminares, o consumo de ener-gia cresceu 3,5%.

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matéria de capa retrospectiva 2013/perspectivas 2014

a exemplo das concessionárias de ser-viços, a situação da indústria que fornece produtos e equipamentos para os segmen-tos de geração, transmissão e distribuição de energia também não é nada confortável.

segundo estimativa da abinee, a área de GtD deve fechar o ano de 2013 com fatura-mento de r$ 16 bilhões, o que representa um crescimento de 5% em relação a 2012.

o aumento das importações é uma das adversidades que mais preocupam o setor. no ano passado, as encomendas do exte-rior tiveram aumento de 30%. as importa-ções de grupos eletrogêneos, por exemplo, subiram 109%.

Mas engana-se quem pensa que esta-

mos importando apenas sistemas de alta tecnologia agregada. conforme destaca newton Duarte, diretor da área de GtD da abinee, mesmo sendo o maior exportador de minério de ferro do mundo, o Brasil am-pliou em 41% as importações de perfis me-tálicos utilizados na montagem de torres de

transmissão de energia. De acordo com o executivo,

são vários os fatores que afetam a competitividade dessa indús-tria no país, como variação cam-bial, altos custos de matéria-pri-ma, encarecimento da mão de obra e infraestrutura ineficiente e cara. “Levar um transformador até o porto custa 10% do valor do produto. e para levar do por-to até outro país custa 1,5%”, compara Duarte.

o executivo da abinee também consi-derou que a área de GtD teve um ano difícil devido ao “cataclismo” provocado pela Mp

579. “o setor de geração, que dava lucro, hoje dá prejuízo”, lamentou o porta-voz, durante entrevista coletiva no mês de de-zembro.

Fabricante de conecto-res para a

rede elétrica, a KrJ confirmou que o desem-penho do ano de 2013 ficou abaixo das ex-pectativas iniciais por conta do problema. “no mercado interno, estamos sofrendo as consequências do corte de investimentos por parte das distribuidoras de energia, em função da Medida provisória 579”, recla-mou o engenheiro roberto Karam Jr., dire-tor comercial da KrJ.

a empresa registrou um crescimento de 35% no volume de vendas em 2013. apesar desse resultado parecer extremamente posi-tivo, Karam observa que a expectativa inicial era crescer 54%. “e somente conseguimos atingir esse crescimento (35%) em função de nossas vendas para o mercado interna-cional e do lançamento de novos produtos”, argumenta. as exportações da KrJ subiram 40%, em relação a 2012.

as previsões da KrJ para 2014 não são nada otimistas: a empresa projeta uma queda na ordem de 20% no vo-lume de vendas. “com certeza a queda nos investimentos por parte das distribui-

doras será maior”, diz Karam.além disso, o executivo acredita que

os grandes eventos previstos para o ano prejudicarão as atividades do setor, não só atrapalhando o andamento das negocia-ções, mas também gerando perda de pro-dutividade.

a copa do Mundo tende a quebrar o rit-mo de trabalho nos dias de jogos da seleção brasileira. nesta edição do torneio, em par-

itaipu bate recorde de geração

Às 15h38 do dia 30 de dezembro a usina hidrelétrica itaipu binacional bateu o recorde mundial de geração de energia elétrica. o empreendimento fechou o ano com a produção histórica de 98.630.035 megawatts-hora (MWh). o recorde anterior era de 2012 – 98.287.128MWh. desde 1984, quando itaipu começou a operar, foram gerados 2.135.680.660MWh. Em 2013, itaipu atendeu 16,9% da demanda brasileira de energia e 75% do mercado paraguaio.

indústria tem crescimento moderado

exportador de minério de ferro, o Brasil ampliou importações de perfis metálicos para montagem de torres de transmissão de energia.

nEwTon DUArTEAbInEE

o auMEnto das iMPortaçõEs é uMa das advErsidadEs

QuE Mais PrEocuPaM o sEtor. no ano Passado, as

EncoMEndas do ExtErior tivEraM auMEnto dE 30%.

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ticular, Karam acredita que haverá maiores problemas devido ao maior fluxo de visitan-tes que receberemos e às deficiências na in-fraestrutura do país. “imagine o que teremos que enfrentar para fazer viagens de negócios nesse período. Já as eleições deste ano, por envolverem diretamente o poder executivo,

Energia eólica conquista espaço

a energia eólica se destacou fortemente em dois leilões realizados no finalzinho de 2013. no leilão de Energia a-3/2013 (novembro), foram contratados 39 em-preendimentos eólicos, somando uma capacidade instalada de 867,6MW. o preço médio foi de r$ 124,43/MWh. Em dezembro, no 2º leilão de Energia a-5/2013, foram contratados 97 empreendimentos de parques eólicos, com capacidade instalada de 2.337,8MW e preço médio de r$ 119,03. a energia eólica tem hoje participação de 2% da matriz brasileira, configurando a segunda fonte mais com-petitiva do País, atrás da hidrelétrica.

terão um peso maior, o que irá dificultar o planejamento de futuras ações”, acredita.

De acordo com Karam, a estratégica a ser adotada em 2014 é a de “sobrevivên-cia”. as metas traçadas envolvem o rigoroso controle dos custos, a consolidação da in-trodução no mercado dos conectores KBeX,

KMeD, KLoK e Katro e o forte crescimento nas exportações. “o ano de 2014 irá exigir prudência e assertividade, acima de tudo”.

De acordo com projeções traçadas pela abinee, a área de GtD poderá atingir um crescimento de 5% em 2014, chegando aos r$ 16,7 bilhões de faturamento.

estamos sofrendo as consequências do corte de investimentos por parte das distribuidoras de energia, em função da medida provisória 579.

robErTo kArAM Jr - krJ

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retrospectiva 2013/perspectivas 2014

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distribuição E varEjo dE MatErial

Elétrico têM MoMEnto coMPlicado,

coM baixo índicE dE crEsciMEnto.

anos difíceis

o setor de distribuição de material elétrico teve um ano de 2013 bastante difícil, com crescimen-to estimado em 6% - um índice

baixo, segundo avaliação da abreme (asso-ciação Brasileira dos revendedores e Distri-buidores de Materiais elétricos).

De acordo com o diretor colegiado ro-berto payaro, vários fatores contribuíram para esse resultado. como a indústria fechou com crescimento tímido, os investimentos acabaram sendo postergados. Já a constru-ção civil imprimiu uma forte desaceleração, a partir do segundo semestre. Um ponto fa-vorável citado pelo executivo envolve a área de serviços, principalmente manutenção in-dustrial, que teve sustentação pelo ritmo de produção constante do ano.

“os avanços não foram grandes. o que posso citar como pontos importantes é a con-tinuidade na automação dos processos e o re-forço no treinamento das equipes, fatos cada

vez mais importantes para as empresas”, complementa payaro.

Um dos principais players do se-tor, a sonepar, entende que entre os avan-ços do ano merece destaque o esforço do governo em promover a transparência nos negócios, através de ferramentas como o SPED Contábil, o SPED Fiscal e a Substitui-ção tributária, que restringem as possibilida-des de manobras irregulares.

Dentre as dificuldades, o grupo cita a complexidade fiscal, que gera grande bu-rocracia e,  consequentemente,  exige uma enorme máquina para a gestão dos seus parâmetros. a venda  direta feita por al-guns fabricantes também foi citada como um dos maiores problemas do setor. Líder no mercado nacional de distribuição de material elétrico, a sonepar Brasil, grupo formado por oito empresas, registrou em 2013 crescimento de 7,5% nas vendas, em relação a 2012.

Já o comércio varejista de material elé-trico registrou altos e baixos em 2013, fe-chando o ano com um crescimento de apro-ximadamente 4% no estado de são paulo, patamar considerado razoável pelas lide-ranças do setor.

para 2014, a abreme prevê um ano ainda mais complica-do, sem grandes perspectivas de crescimento. De acordo com ro-berto payaro, a copa do Mundo não deverá agregar praticamente nada ao setor. além disso, as de-cisões de investimento tendem a sofrer mais postergações, devido

estamos considerando um ano próximo ao de 2013, com um crescimento para o setor em torno de 5%.

robErTo PAyAroAbrEME

à realização das eleições. “estamos consi-derando um ano próximo ao de 2013, com crescimento para o setor em torno de 5%”, calcula o dirigente.

payaro ainda avaliou a influência cam-bial no mercado e comentou sobre a esti-mativa feita por alguns empresários de que o dólar pode chegar a r$ 2,70 neste ano.

De acordo com ele, a alta do dólar au-

Distribuição2013 - crescimento de 6%2014 - crescimento de 5%

Varejo2013 – crescimento de 4%2014 – crescimento de 3%

Desempenho do comércio de material elétrico

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mentaria a competitividade das empresas brasileiras que exportam, porém, pressiona-ria ainda mais a inflação. “particularmente, não acredito que em um ano eleitoral o go-verno permita uma trajetória na ordem dos r$ 2,70. eles não medirão esforços para manter o dólar em um patamar abaixo de r$ 2,50”, acredita o diretor da abreme.

também para a sonepar a expectativa do cenário econômico em 2014 é de repe-tição de 2013. entretanto, o grupo aposta nas parcerias que construiu e em suas pró-prias iniciativas para ir adiante. a previsão do grupo é crescer 10% neste ano.

na opinião de Marco aurélio sprovieri rodrigues, presidente do sincoelétrico (sin-dicato do comércio varejista de Material elétrico e aparelhos eletrodomésticos no estado de são paulo), 2014 será um ano delicado para o setor, com crescimento de 3%. Um dos motivos que vêm tirando o sono dos lojistas é o alto nível de endividamento da população, o que mina o poder de com-pra. “as despesas das famílias têm crescido mais do que a renda. isso é preocupante em médio prazo”, comenta.

sprovieri revela preocupação também com a alta da inflação. para ele, o governo se vale de “artifícios con-tábeis” para conter a escalada dos preços, mas esse combate estaria ficando apenas no papel. “ele está colocando recebíveis como recebi-do, contando com receitas futuras, segurando o preço dos combustí-

veis e a tarifa de energia. isso tudo é inflação represada que vai se materializar em algum momento. não obstante o governo esteja fazendo todos esses ar-tifícios, a inflação vem subindo mês a mês. Quer dizer, os artifícios não estão sendo suficientes para contê-la”, critica o dirigente.

o grande risco, pros-segue sprovieri, é que a inflação provoca efeitos nocivos no merca-do como um todo, corroendo o poder de compra do consumidor e dificultando a for-mação e administração dos estoques por parte dos lojistas.

indagado sobre que orientação daria aos lojistas, sprovieri recomenda uma pos-tura de atenção ao comportamento do mer-cado, de forma a evitar o endividamento e o excesso de estoques. “o empresário vai ter que passar o ano com o umbigo no balcão, atento ao comportamento da sua clientela e dos fornecedores”, comenta o presidente do sincoelétrico.

as lideranças ligadas ao comércio co-mentaram também sobre a influência dos eventos sobre os negócios. sprovieri desta-cou que a indústria, quando deixa de fun-cionar um dia, consegue repor a produção trabalhando uma hora a mais ao longo de alguns dias, o que não é possível no comér-cio. De acordo com ele, uma loja, quando deixa de vender por algum motivo, acaba ‘perdendo’ aquele momento. “se alguém ia tomar um sorvete hoje, e não foi, amanhã

ele não irá tomar dois”, ilustra.o dirigente recomenda aos lojistas redo-

brarem a atenção nos dias próximos ao car-naval, copa do Mundo e eleições para não descuidar da logística, garantindo que as entregas programadas sejam feitas. “tudo tem que ser monitorado permanentemente para não gerar prejuízo. É preciso se orga-nizar”, alerta sprovieri.

roberto payaro, da abreme, acredita que os eventos de fato resultarão em me-nos dias úteis, o que tende a prejudicar o re-sultado das empresas. “como dependemos em boa parte da manutenção das indústrias e da construção civil, teremos nesses dias paralisações que afetarão o faturamento, e com raras exceções, será muito difícil recu-perar esses dias”, acredita.

empresário vai ter que passar o ano com o umbigo no balcão, atento ao comportamento da sua clientela e dos fornecedores.

MArCo AUrélIo sProVIErIsInCoEléTrICo

loGísTICA Lojistas terão que prestar atenção ao cronograma de entregas durante os eventos programados para este ano.

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transformadores de força de média tensão

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EquipamEntos a sEco E quE utilizam ólEo

vEgEtal conquistam Espaço do sEtor dE

transformadorEs dE força dE média tEnsão,

mas soluçõEs com ólEo minEral ainda

rEprEsEntam maior partE das vEndas.

rEportagEm: marcos orsolon

No setor eletroeletrônico nem sempre é possível acrescentar inovações tecnológicas a pro­dutos mais tradicionais. em ge­

ral, ou estes equipamentos acabam cedendo lugar a outros, mais modernos e eficientes, ou eles permanecem no mercado com carac­terísticas que pouco evoluem, seja porque já atingiram o ápice no que tange à tecnologia empregada, ou porque realmente oferecem pouca possibilidade de evolução – vide as lâmpadas incandescentes.

mas há também nesse segmento algu­mas soluções que unem a tradição e o novo, maturidade e inovação. são equipamentos que se consolidaram no mercado ao longo de décadas de atuação, mas que não para­

ram no tempo. ao contrário, oferecem a possibilidade de evolução. e é

isso que vemos hoje no mercado

de transformadores de força, ou de potên­cia, de média tensão.

apesar de ainda ser amplamente do­minado pelos tradicionais equipamentos que utilizam o óleo mineral como isolan­te, este setor tem registrado importantes avanços nos últimos anos, com os diversos fabricantes investindo para ampliar os ní­veis de segurança e de eficiência energéti­ca dos produtos.

mas o que é o transformador de for­ça e qual sua importância nas instalações elétricas?

Grosso modo, o transformador de po­tência foi desenvolvido para elevar ou rebai­xar as tensões de transporte, distribuição e consumo nas redes de energia elétrica. ou seja, ele permite que a tensão seja regulada para as mais variadas aplicações, sem contar que também ajuda a reduzir as perdas de energia durante a transmissão e distribuição.

como explica o departamento de mar­keting da Unidade transmissão & distribui­

ção da WeG, no caso das distribui­doras este tipo de equipa­

tradição eevolução

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transformadores de força de média tensão

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mento permite que se reduzam as tensões de transmissão para valores que possam ser utilizados pelos consumidores industriais, ou distribuídos pelas redes alimentadoras dentro e fora das cidades. com isso, temos energia segura disponível nas residências ou outros pontos de utilização.

alexandre malviero, gerente de Vendas e marketing de transformadores da aBB, observa que esses equipamentos podem ser divididos em dois grupos. Um deles é o chamado transformador de força, que é uti­lizado para gerar, transmitir e distribuir ener­gia em subestações e concessionárias. eles possuem potência de 5 a 500mVa e quan­do operam em alta tensão têm até 800kV.

o outro grupo é o do transformador de distribuição, que é utilizado para rebaixar a tensão para ser entregue aos clientes finais das empresas de distribuição de energia. são normalmente instalados em postes ou em câmaras subterrâneas e possuem potência de 5 a 300kVa, sendo que o enrolamento de alta tensão têm tensão de 15, 24,2 ou 36,2kV, e o enrolamento de baixa tensão tem 380/220 ou 220/127V.

no Brasil, a falta de dados oficiais di­ficulta o levantamento do tamanho desse segmento. no entanto, há algumas estima­tivas que indicam que ele possa movimentar

algo em torno de r$ 2,5 bilhões por ano. e, apesar dos baixos índices de crescimen­to do país nos últimos anos, as vendas têm registrado leve aquecimento.

edi carlos martins dos santos, gerente de marketing da schneider electric, comenta que o mercado tem apresenta­do crescimento moderado por­que nem todos os setores têm registrado avanços. o que tem puxado o consumo de transfor­madores são os investimentos no setor de infraestrutura pesada e no seg­mento de construção predial. “o problema é que nos últimos anos observamos uma redução na indústria. por isso temos este crescimento moderado, entre 3% e 5%. é um pouco acima do piB, com alguns setores dando um salto, como o de energias renová­veis e o de construção predial, que em 2013 teve muito investimento em edifícios comer­ciais, shoppings e nos próprios estádios para a copa do mundo”, observa edi carlos.

Jens peter, diretor da divisão de transfor­madores da siemens no Brasil, lembra que outro investimento importante tem ocorrido no norte do país, na construção das grandes hidrelétricas do rio madeira, que incluem a

usina de Belo monte e santo antônio. es­ses empreendimentos geram uma demanda importante por transformadores não apenas na região, mas ao longo de toda a cadeia, da geração até a distribuição de energia.

alexandre malviero, da aBB, completa: “o fator principal que impulsiona a venda dos transformadores de força são os proje­tos de concessão de energia, tanto geração quanto transmissão. porém, a idade média que vem atingindo o parque instalado destes equipamentos também vem gerando muitas oportunidades de substituição”.

consumo de transformadores de força tem sido puxado pelos investimentos nos setores de infraestrutura e construção civil.

Edi carlos martins dos santosschnEidEr ElEctric

Tecnologias à disposição no mercadoQuanto aos modelos disponíveis aos

usuários, o mais comum, ou mais visível é o transformador de poste. no entanto, também são encontrados no mercado os transformadores de chão, o tipo pedestal e os subterrâneos.

alexandre malviero destaca que os transformadores de distribuição (poste) monofásicos ou trifásicos são especialmen­

te projetados para alimentação de cargas residenciais de distribuição aérea, também sendo aplicados para cargas de iluminação comercial e industrial.

“eles são projetados para condições de aplicação normalmente encontradas em sistemas de distribuidoras de ener­gia. e são os mais comumente vistos, instalados em sua quase sua totalidade

além dE ElEvar E rEbaixar a tEnsão durantE o

transportE dE EnErgia, EquipamEntos ajudam

a rEduzir pErdas.

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em postes. Já os transformadores do tipo subterrâneo podem ser construídos com potência entre 300 e 2.500kVa e são es­pecialmente projetados para aplicação em sistemas de distribuição subterrâneos, principalmente em centros urba­nos de regiões metropolitanas”, explica malviero, que também faz menção aos transformadores tipo pedestal: “eles podem ser cons­truídos com potência entre 15 e 1.500kVa e são especialmente projetados para aplicação em sis­temas de distribuição subterrâne­os, alimentando shopping centers, condo­mínios residenciais, escolas, instituições e estabelecimentos industriais”.

além desses modelos, há uma divisão em função da própria tecnologia empre­gada nos equipamentos. no caso, há os já citados transformadores com isolamento a óleo mineral, as soluções que utilizam óleo vegetal como material isolante e os transformadores a seco, sendo que os dois últimos têm conquistado mais espaço no mercado nos últimos anos.

Wagner Leopoldino, chefe de produto de transformadores da schneider electric, explica que os transformadores a óleo mi­neral dominam o mercado por conta dos custos, já que ainda são mais baratos que os equipamentos a óleo vegetal. outra vantagem está no fato de que o óleo mi­

neral pode ser regenerado. ou seja, de­pois que ele pega propriedade dielétrica, é possível fazer sua regeneração para nova utilização. Já o vegetal não permite essa regeneração, portanto, depois que ele pega propriedade dielétrica de refri­geração deve ser descartado, ou melhor, incinerado.

por outro lado, o óleo vegetal ofere­ce vantagens relevantes. primeiro, por­que trata­ se de um óleo biodegradável, ou seja, mais amigável ao meio ambiente ­ enquanto o mineral, em caso de vaza­mento ou explosão, traz riscos de conta­

minação ao ambiente e às pessoas. além disso, o óleo vegetal tem um ponto de ful­gor mais elevado, o que lhe confere mais segurança. Geralmente, o óleo mineral tem ponto de fulgor de 140ºc ­ embora o silico­ne possa chegar a 300ºc ­, enquanto que o vegetal chega a 330ºc. significa que o óleo vegetal precisa de uma temperatura muito maior para pegar fogo.

“o óleo vegetal é uma fonte renová­vel de energia, biodegradável, reciclável e de fácil descarte. pode ser considerado uma revolução em fluídos isolantes para transformadores, pois apresenta carac­

mErcado Setor movimenta cerca de r$ 2,5 bilhões por ano.

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mercado

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transformadores de força de média tensão

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terísticas como alta estabilidade térmica e ponto de combustão muito acima dos óleos minerais. além disso, proporciona

mais segurança na operação e reduz ris­cos de incêndio em subestações”, afirma alexandre malviero, da aBB.

essas e outras vantagens têm levado vários fabricantes a apostar nas linhas a óleo vegetal, que tendem a conquistar mais espaço no futuro. “temos grandes projetos em torno do óleo vegetal, pois ele tem várias vantagens no custo total da subestação em comparação com o óleo

mineral. a subestação pode ser menor que a que usa o óleo mi­neral. e a subestação e o trans­formador podem ficar mais per­tos da produção de energia. é uma grande vantagem. temos os primeiros projetos e estamos discutindo o óleo vegetal, mas hoje ainda o mineral domina o mercado”, comenta Jens peter, da siemens.

outro aspecto a ser considerado é que os transformadores a óleo (mineral ou ve­getal) estão disponíveis em dois tipos de tecnologias: o equipamento aletado, que é o mais comum, e o com tanque corrugado, que é uma tecnologia muito disseminada na europa e que está crescendo no Brasil.

em linhas gerais, a tecnologia do tan­que corrugado permite o preenchimento integral do óleo no momento em que ele aquece e expande. ou seja, ele permite que a expansão ocorra no próprio trans­formador, sem ter o contado com a atmos­fera externa, reduzindo o risco de conta­minação do óleo com o ar e, consequen­temente, diminuindo a necessidade de manutenção preventiva, lembrando que a recomendação é que se faça a cada ano, ou, no máximo, até três anos, a verifica­ção do óleo nos transformadores comuns, e a cada dez anos no corrugado.

“essa é uma tecnologia em que apos­tamos muito e é um diferencial para os clientes que estão fazendo o investimento no transformador. o preço é similar ao de um transformador aletado, que é o con­vencional utilizado no mercado. porém, com um custo menor de operação”, res­salta Wagner Leopoldino.

edi carlos completa: “a tecnologia do transformador com tanque corrugado re­duz a contaminação do óleo com o ar e isso prolonga a vida do transformador a óleo, que é justamente um dos problemas desse tipo de equipamento quando com­parado ao transformador a seco”.

aliás, a manutenção, ou a baixa ne­cessidade de manutenção, figura entre as principais vantagens do transformador a seco. é verdade que ele normalmente exi­ge um investimento mais alto no ato com­pra na comparação com os equipamentos com isolação a óleo, mas permite ganhos expressivos na manutenção e operação.

“o transformador a seco tem vanta­gens que incluem o fato dele não ter prati­camente manutenção, ser sustentável por não emitir nenhum gás tóxico, contami­nante ou inflamável, e seguro por ser au­toextinguível. esse tipo de transformador é indicado para instalação em ambientes internos e de alta circulação de pessoas como aeroportos, shop ping centers, edi­fícios comerciais, ou indústrias. além dis­so, também pode ser empregado no se­tor de energia eólica”, comenta alexan­dre malviero.

Temos grandes projetos em torno do óleo vegetal, pois ele tem várias vantagens no custo total da subestação em comparação com o óleo mineral.

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empresas apostam em mais crescimentoos principais players do mercado de

transformadores estimam que as vendas deverão permanecer aquecidas nos próxi­mos anos, inclusive com maior movimen­tação em torno dos clientes industriais.

a WeG, por exemplo, considera que o mercado está em expansão no Brasil, prin­cipalmente porque está diretamente liga­do às distribuidoras de energia. segundo

timentos em transmissão e geração atre­lados a grandes projetos de infraestrutura.

“independentemente das oscilações econômicas, o mercado doméstico tem um grande potencial de ampliação. o merca­do de exportação, principalmente amé­rica Latina, também não pode deixar de ser mencionado, pois hoje, os fabricantes brasileiros são os principais responsáveis pelo abastecimento de transformadores de força (na região). a perspectiva é que o segmento seguirá com crescimento sólido nos próximos anos”, declara o executivo da aBB, destacando que a empresa aca­ba de inaugurar uma planta em Blumenau para a produção de transformadores de baixa tensão.

edi carlos, da schneider electric, cita ainda que a expectativa da empresa é

de que o setor de infraestrutu­ra apresente mais crescimento nos próximos anos, com inves­timentos na área de transporte urbano e no setor de construção predial. “no setor industrial tam­bém apostamos em crescimento, mas 2014 será apenas um pouco melhor que 2013. mas em três

a cinco anos nós apostamos que o avan­ço será maior na indústria. esperamos por uma retomada, até pela melhora no cená­rio internacional”, ressalta.

além do aspecto financeiro, os fabri­cantes também acreditam na evolução dos produtos, ou melhor, na continuação da evolução dos produtos. no caso, além

dos próprios equipamentos a óleo vegetal, que tendem a avançar, espera­se que, cada vez mais, os produtos agreguem inteligên­cia ao seu funcionamento, principalmente para ampliar os parâmetros de qualidade, segurança e eficiência.

“Uma coisa importante é que esta­mos agregando inteligência aos transfor­madores para facilitar a sua supervisão e manutenção. estamos melhorando os sistemas de monitoramento dos equipa­mentos”, revela Jens peter, da siemens. o executivo explica que isso se torna fun­damental em situações, por exemplo, em que a subestação fica numa área distante, de difícil acesso.

“esse sistema ajuda até a prever pos­síveis falhas futuras. e através desse mo­nitoramento eu tenho como avaliar alguns indicadores que podem revelar que é pre­ciso fazer uma manutenção, por exemplo, nos próximos seis meses. Hoje, o transfor­mador é diferente do que era no passado. está mais computadorizado, com mais in­teligência”, completa peter.

edi carlos, da schneider electric, tam­bém cita que há avanços no sentido de se manter a faixa de tensão, com comutador automático sobre carga. “Vemos as con­cessionárias preocupadas com o nível de tensão, pois se aumenta muito o consumo, ou a corrente, você reduz a tensão. então, a concessionária tem interesse em fazer a comutação automática do secundário do transformador para garantir o nível de ten­são que será entregue (ao usuário)”.

Transformadores a óleo mineral ainda dominam o mercado brasileiro.WagnEr lEopoldino

schnEidEr ElEctric

o departamento de marketing da Unidade transmissão & distribuição da companhia, após os fortes investimentos em geração e transmissão por parte do governo, há a necessidade de se cumprir a próxima eta­pa, que é o investimento em redes de dis­tribuição para fazer a energia chegar aos consumidores. “esta é uma tendência para os próximos quatro anos”.

alexandre malviero, da aBB, entende que o futuro aponta para uma tendência muito positiva com a sequência de inves­

próximos anos sErão marcados por mais crEscimEnto

nas vEndas dE transformadorEs E por avanços

tEcnológicos dos EquipamEntos.

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eletricidade estática

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eletricidade estática oferece riscos

relevantes em áreas classificadas, como

fonte de ignição que atua de forma

silenciosa e invisível.

reportagem: marcos orsolon

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Foto: Dreamstime

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Como já destacamos diversas vezes nesse espaço, áreas classificadas exigem aten-ção redobrada, estejam elas presentes em uma indústria, numa empresa de ser-viços, armazém de açúcar ou em qualquer outro lugar. E um dos principais cui-dados nesses ambientes está relacionado às fontes de ignição, ou melhor, ao

controle delas. nesse universo, há uma fonte que muitas vezes passa despercebida: a eletricidade estática, ou eletrostática que, por ser discreta, é responsável por um grande número de acidentes.

o fato é que quando pensamos em fontes de ignição em áreas classificadas, normalmente vêm à mente produtos e equipamentos elétricos, eletrônicos, me-cânicos ou magnéticos instalados na unidade. isso porque eles são de fácil identificação e visualização.

a eletricidade estática tem perfil diferente, pois não é palpável. como ela não está envolvida em invólucros, não aparece fisicamente, ou seja, não pode ser vista. E aí é que reside o perigo. pois ela pode se mani-festar a qualquer momento, surgindo nos equipamentos de produção, nos produtos manipulados e ainda nos próprios operadores de pro-cesso. E, se o ambiente não estiver preparado para controlá-la, sur-ge o risco de geração de uma centelha, que numa área classificada pode levar a uma explosão.

“a eletricidade estática é um fenômeno que se apresenta em determinadas condições e sob certas circunstâncias. Então, temos que enxergá-la como uma fonte de ignição que independe dos sistemas elétricos ou eletrônicos. Ela é um fenômeno físico que é consequência, por exemplo, da manipulação de produtos infla-máveis, sendo que todos estes produtos são isolantes (em maior ou menor grau)”, comen-ta nelson López, presidente da associação Brasileira para prevenção de Explosões (aBpEx).

no dia a dia, o acúmulo de cargas estáticas ocorre em diversos locais e situações. o fe-nômeno acontece, por exemplo, quando se passa o pente pelo cabelo, ou quando a pessoa despe suas roupas no final de um dia de trabalho, especialmente se as peças forem de ma-terial sintético. ou mesmo quando alguém caminha com sapatos de solado de borracha por um carpete. Mas, por não causar danos maiores à saúde das pessoas nesses momentos, essa carga acaba não chamando muita atenção das pessoas.

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eletricidade estática

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Mas quando analisamos a presença de eletricidade estática nos sistemas produtivos a realidade é diferente, e exige cuidados. Essas cargas podem, por exemplo, destruir compo-

nentes eletrônicos. E, como alerta Jefferson Val-le Barcello, diretor da ESD antiestáticos, uma centelha de estática pode ter efeitos catastró-ficos em uma atmosfera combustível. “Muitos

incêndios industriais e ferimentos pessoais po-dem ser diretamente atribuídos à ignição de uma atmosfera de vapor, gás ou pó, por uma centelha de estática”, afirma Barcello.

cargas estáticas em ambientes de trabalhoGrosso modo, podemos dizer que o prin-

cipal risco causado pela eletricidade estática é a faísca de descarga que ela gera quando um material (que pode ser uma máquina ou uma pessoa, por exemplo) já carregado se aproxima de um corpo ligado à terra. ou seja, é nesse momento que ela se configura numa fonte de ignição.

Mas em que situações os corpos são carregados de cargas estáticas num am-biente de trabalho, seja ele uma indústria, comércio ou empresa de serviços?

as maneiras são as mais variadas, o que reforça a necessidade de atenção máxima. como ressalta Jefferson Barcello, em qual-quer processo industrial no qual exista mo-vimento, a união e separação de materiais

irá gerar eletricidade estática. isso pode ser representado pelo fluxo de líquido através de um cano, pelo pó descendo por uma ca-lha, por um processo de mistura ou por uma pessoa andando ao longo do piso.

“Se o objeto ou peça da instalação tiver um contato suficientemente bom com um ponto de terra, essa carga será dissipada conforme for sendo produzida. porém, se o objeto estiver isolado do potencial de ter-ra, a carga começará a se acumular, resul-tando em um aumento da tensão”, explica Barcello, destacando que as cargas podem

rapidamente se acumular até um potencial alto, com tensões variando de 5kV a mais de 30kV.

o risco surge quando outro objeto que se encontre no poten-cial de terra (ou potencial inferior) se aproxima do objeto carregado de carga estática, pois um campo elétrico será imediatamente esta-belecido entre os dois e surge a possibilidade da geração de uma faísca. nelson López cita que uma situação típica de acúmulo de cargas estáticas ocor-

re quando o funcionário trabalha com botas isolantes e circula sobre um piso que tam-bém tem características isolantes. o simples fato de caminhar com este calçado isolan-te sobre esta superfície já é suficiente para gerar eletricidade estática.

outro exemplo comentado pelo presi-dente da aBpEx ocorre quando há um tan-que ou um reservatório carregado de pro-duto inflamável, como acetona, querosene, gasolina ou óleo diesel, e é preciso transferir este material através de bombas e manguei-ras para um caminhão ou para as máquinas que irão processá-lo ou utilizá-lo. “porque todos estes produtos inflamáveis têm carac-terísticas de isolação elétrica. Então, quando você faz a transferência, o atrito do material isolante com as mangueiras, somado à pres-são do produto e à sua velocidade dentro da tubulação vai gerar uma carga eletros-

a eletrostática é um fenômeno físico gerado pela própria operação e exige atenção.NelsoN lópezABpex

em qualquer processo industrial no qual

exista movimento, a união e separação de

materiais irá gerar eletricidade estática.

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Apoio Institucional:Apoio Institucional:Apoiador:

medidas que evitam o

acúmulo da eletrostática

Nos AmBieNtes de processo• usando revestimentos de algodão• usando conexões na terra• umidificando os ambientes• limitando a velocidade de líquidos• usando plásticos antiestáticos• usando mangueiras aterradas• usando sapatos dissipativos• fazendo a inspeção de aterramentos• inertizando processos

NA mANipulAção de líquidos• evitando agitação violenta• mantendo índices de fluxo tão baixos quanto possível como, por exemplo, abaixo de 1m/s para líquidos com condutibilidade <1.000 ps/m• usando aditivos antiestáticos para solventes com condutibilidade <1000 ps/m• evitando aerossóis (também de líquidos com alta condutibilidade)• evitando a queda livre (por exemplo: > 1m)

NA mANipulAção de pós e sólidos Não coNdutivos• evitando agitação violenta e turbulência• mantendo índices de fluxo baixos como, por exemplo, abaixo de 25 ton/h para pós poliméricos com tamanhos particulares entre 1000pm ou 4 ton/ h para granulado• aumentando a umidade relativa do ar• usando aditivos antiestáticos (durante a preparação da matéria-prima)

aterramento passa a ser fundamental para a segurança

Se o surgimento da eletricidade estática é inerente aos próprios processos, não há alter-nativa a não ser a prevenção. E isso envolve tanto ações para impedir o carregamento es-tático, quanto as iniciativas para o escoamento da carga estática à medida que ela é gerada.

a principal solução para essas situações é o aterramento. E aí estamos falando da nBR 5419 - proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, norma que traz as indicações de como o trabalho deve ser feito.

Em linhas gerais, o sistema de aterra-

mento é efetivo quando interliga os compo-nentes por meio de condutores a uma malha de aterramento ou a tubulações metálicas de água ou aquecimento enterradas, ou ain-da a estruturas enterradas em solo condutor. E vale lembrar que ele deve ser executado por profissional qualificado, devendo ainda ser vistoriado periodicamente.

“Uma vez feito o aterramento, é preciso verificar constantemente se o escoamento para a terra está acontecendo. É preciso ter uma boa supervisão desse sistema. Hoje

tática”, comenta López.Da mesma maneira, quando um cami-

nhão tanque vai até um terminal de infla-máveis para buscar álcool, gasolina ou óleo diesel para transportar, há uma sequência de acontecimentos que levam ao acúmulo de cargas eletrostáticas. no processo de en-chimento do tanque já há a geração de ele-tricidade estática, uma vez que o caminhão está eletrostaticamente carregado em rela-

ção ao solo, porque ele está isolado através dos pneus. E esse caminhão vai circular por centenas de quilômetros sobre um asfalto, que também é isolante. além disso, ele anda numa determinada velocidade e o atrito do

vento com a carroceria vai ge-rar mais eletricidade estática.

ou seja, ele sai do termi-nal carregado de estática com o solo, e se carrega ainda mais com o asfalto e com o vento. Se ele chegar ao local da entrega do combustível e ninguém ligar o caminhão à terra antes de co-

meçar o descarregamento do produto, essa carga eletrostática vai gerar uma faísca no exato momento em que houver o contato de um elemento metálico com ele, como uma mangueira metálica, por exemplo. E se tiver vapores de produto inflamável nes-se ambiente, teremos um problema grave.

“como se vê, a eletrostática é um fenô-meno físico gerado pela própria operação e exige atenção. até as roupas que o funcio-nário tem de usar em uma área classificada devem ter cuidados, devem ser fabricadas com material antiestático, ou seja, com al-godão. não pode ter aventais de poliéster, por exemplo, ou uma blusa de lã”, com-pleta López.

Uma centelha de estática pode ter efeito catastrófico em uma atmosfera combustível.JeffersoN BArcelloesd ANtiestáticos

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eletricidade estática

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Font

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BpEx

transporte a granel de líquidos inflamáveis por meio de cami-nhões tanque

transporte de líquidos inflamá-veis por tubulações a alta pres-são e alta velocidade

enchimento de líquidos infla-máveis em tanques verticais por queda livre

processos de filtragens de solu-ções inflamáveis em alta pressão

transporte pneumático de sólidos a granel por tubulações isoladas

transporte de sólidos combustí-veis a granel por meio de fitas transportadoras

operações de processo

geradoras de eletrostática

existem sistemas supervisórios de aterra-mento justamente para garantir que o ater-ramento de fato tenha sido concretizado”, comenta nelson López.

o presidente da aBpEx afirma ainda que já no estudo de classificação de área deve-se indicar os cuidados a serem tomados com as cargas eletrostáticas, incluindo o aterra-mento. “isso é mandatório nesse estudo. É nele que falamos de todos os equipamen-tos elétricos para áreas classificadas, assim como os sistemas de potência, de comando, etc. além disso, dizemos que será necessário aterrar todas as estruturas que transferem produtos, assim como os sistemas de exaus-tão e de ventilação”, comenta.

no caso dos equipamentos móveis, como os caminhões tanque que transpor-

tam combustíveis, López indica que uma forma de prevenção é a instalação de um sistema supervisor de aterramento. “nesse caso, o produto inflamável sai do tanque e vai para o caminhão, gerando eletrostática, graças a uma bomba, que é supervisionada por este sistema supervisor que apenas dei-xará a bomba funcionar se ela estiver ater-rada. Se ela não estiver aterrada ela não vai funcionar”, explica.

Uma alternativa preventiva, e que não envolve o aterramento, ocorre na transferên-cia de líquidos. nesse caso, é possível dimi-nuir a velocidade de transporte do produto dentro da tubulação, ou reduzir a pressão, para evitar o acúmulo de carga estática.

“a carga eletrostática se eleva com o aumento da velocidade de escoamento do

o aterramento é a principal medida de

proteção contra os possíveis efeitos da

eletricidade estática.

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líquido, uma vez que aumenta a força e, con-sequentemente, a energia com a qual um flui-do pode bater em queda livre nas superfícies internas do reservatório. por isso, a possibi-lidade de formação de uma carga estática sobre a superfície do líquido contido num reservatório pode ser diminuída através da redução da velocidade de escoamento dentro do reservatório”, pondera Jefferson Barcello.

o diretor da ESD também destaca que, no caso dos trabalhadores, calçados e luvas dissipativas de estática podem ser utilizados para garantir que a pessoa fique continua-mente ‘aterrada’. “Existem dispositivos de teste para garantir que os calçados estejam em conformidade com as normas pertinen-tes”, afirma Barcello, advertindo que, ao projetar uma área de trabalho, é importante que a empresa também garanta que o piso tenha um nível adequado de condutivida-de, pois os calçados dissipativos se tornarão ineficazes se o usuário estiver sobre um piso ou revestimento isolante.

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Praticando ideias iluminação

Com foCo na sustentabilidade, primeiro hipermerCado do país

totalmente iluminado por led projeta grande eConomia de energia,

além da redução dos Custos de manutenção. reportagem: paulo martins

para equacionar o negócio - a iluminação, especificamente, pode representar 15% dos gastos com energia de uma loja.

a iluminação totalmente composta por lED exigiu um custo inicial 40% maior do que os sistemas convencionais. Entretanto, a redução do consumo de energia exigido pela iluminação poderá superar a casa dos 27%. Desta forma, o retorno do investimen-to deverá acontecer em quatro anos.

“ao adotar o sistema lED de iluminação em 100% da loja, esperamos reduzir 190 mil KWh em um ano no consumo de ener-

Já está em funcionamento o primeiro hipermercado do Brasil a contar com iluminação totalmente baseada na tecnologia lED. a unidade, da rede

Walmart Brasil, fica em indaiatuba, cidade da região de campinas (Sp). Desenvolvido em parceria com a philips, o projeto resul-tou em uma iluminação eficiente e moderna que proporcionará significativa redução na conta de energia elétrica e nos custos com manutenção do estabelecimento.

a iniciativa faz parte do programa glo-bal do Walmart para aumentar o nível de

eficiência energética em suas lojas. a fim de estabelecer uma operação mais susten-tável, nos últimos anos a companhia adotou diversas ações que visam a constituição das chamadas ‘unidades ecoeficientes’.

Entre as iniciativas estão a correta ges-tão dos resíduos sólidos e do uso da água e a instalação de modernos sistemas de refri-geração e ar condicionado e de iluminação inteligente. considerando que a eletricidade exerce um grande peso nos custos de esta-belecimentos comerciais do gênero, esse tipo de providência torna-se fundamental

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gia elétrica em iluminação no hipermercado de indaiatuba, em relação a uma loja com iluminação tradicional. como as lâmpadas lED têm vida útil em média três vezes maior, vamos reduzir também o custo operacional de manutenção”, analisa Bruno Vaz, dire-tor de projetos e Design do Walmart Brasil.

conforme conta márcio panassol, dire-tor geral de compras indiretas do Walmart Brasil, abrir um novo hipermercado com ilu-minação 100% lED foi um desafio e tanto. “não havia soluções disponíveis no merca-

do. Foi necessário desenvolver luminárias e sistemas lED sob medida para a unida-de de indaiatuba. o projeto foi desenvol-vido por profissionais das áreas de design e compras do Walmart em conjunto com a philips”, relata.

como cada ambiente tem suas particu-laridades, as soluções foram criadas de for-ma a atender essas necessidades pontuais. para William noronha de melo, coordenador de marketing de produto do Departamen-to de luminárias profissionais da philips, o maior desafio foi projetar a iluminação para o salão de vendas, devido ao pé direito alto e à ampla dimensão - são 5,2 mil metros quadrados destinados à exposição de pro-dutos. ao todo o hipermercado possui 7,9 mil m² de área construída e 1.190 pontos de iluminação. no Walmart de indaiatuba as soluções em lED estão presentes inclusive dentro dos balcões refrigerados e freezers da área de vendas. “as lâmpadas lED são mais eficientes em ambientes refrigerados, em re-lação às tradicionais”, compara Bruno Vaz.

além dessa característica, o lED é vanta-joso nesse tipo de comércio por gerar menor dissipação de calor, não irradiando raios ul-

economia Balcões refrigerados e freezers também receberam iluminação em Led.

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led soluções de iluminação foram desenvolvidas para atender as necessidades de cada ambiente da loja.

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Praticando ideias iluminação

travioleta, e por fidelizar a reprodução de co-res, ou seja, não distorcer a cor dos produtos.

William melo destacou o orgulho de participar de um projeto de tal vulto e aju-dar a quebrar barreiras. “Este trabalho é um marco e reforça a proposta da philips, de levar inovação ao mercado. a empresa acredita na tecnolo-gia lED e continuará investin-do. novas soluções virão”, ga-rante. a companhia reconhece que o projeto proporciona um grande aprendizado e adian-ta que essa é uma experiên-cia que poderá ser replicada, inclusive em outros países. Vale lembrar que todo o de-senvolvimento dos produtos philips foi feito no próprio Brasil. as luminárias utilizadas no hipermercado de indaiatuba foram fabrica-das na planta que a multinacional holande-sa mantém na cidade de Varginha, interior de minas Gerais.

Em 2013, a rede Walmart investiu R$ 1 bilhão na inauguração de 22 lojas e na reforma de outras 40 unidades no Brasil. a loja de indaiatuba foi aberta no dia 17 de dezembro e consumiu investimentos to-tais de R$ 39 milhões. Foram criados 187 empregos diretos e 300 indiretos. por dia, 3 mil clientes visitarão o estabelecimento, que comercializará 65 mil itens. atuando em 27 países, o Walmart tem 550 lojas no Brasil (distribuídas em nove bandeiras), em-pregando 81,5 mil funcionários.

primeiro hipermercado do brasil a contar com iluminação 100% led

foram utilizados 13 tipos de luminárias

total de 1.190 pontos de iluminação

economia prevista de 27% em iluminação

esperada redução de 190 mil KWh por ano no consumo de energia (em iluminação)

retorno previsto para 4 anos

investimento total na loja de r$ 39 milhões

Criação de 187 empregos diretos e 300 indiretos

loja com 7,9 mil m² de área construída e 5,2 mil m² de área de vendas

65 mil itens à venda

estacionamento para 290 veículos

Walmart indaiatuba

100% led Áreas externas, como o estacionamento, estão integradas ao conceito de eficiência energética.

Foi necessário desenvolver luminárias e sistemas Led sob medida para a unidade.márcio Panassol - walmart

esperamos reduzir o consumo de energia elétrica em iluminação e também o custo de manutenção.bruno vaz - walmart

este trabalho é um marco e reforça a proposta da empresa, de levar inovação ao mercado.william melo - PhiliPs

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Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

Um ano difícilmais importante do ano para quem pretende ser reeleito. com a pressão dos preços adminis-trados citados anteriormente e a falta de uma reforma estrutural na máquina do governo, não restará outra ação a não ser de aumento de ju-ros e redução na disponibilidade no crédito.

na área externa a balança comercial teve seu pior desempenho dos últimos 13 anos, com 2,6 bilhões de dólares, valor contestado pelo mercado, que acredita em um déficit comercial, se excluídas algumas artimanhas do governo como a contabilização da exportação de plata-formas de petróleo que nunca saíram do país.

o governo passou 2013 tentando se ex-plicar e fingindo que os problemas estavam em outro lugar, culpando o cenário externo e adotando medidas mal concebidas e desorga-nizadas; enquanto isso, as contas públicas só pioraram, o déficit externo aumentou e a in-flação está em um patamar bastante perigoso.

o prestígio do país, adquirido na década passada, já foi quase totalmente consumi-do com os desfeitos do governo do pt e o investimento internacional não chega mais com a mesma força.

adicionalmente, ainda teremos a copa do Mundo que mobilizará o país inteiro, pa-ralisando vários setores como a indústria e a construção civil, o que nos afeta direta-mente; um mês inteiro em que as atividades de compra desses setores devem ficar com volumes muito baixos e que sabemos, não são fáceis de recuperação posterior.

caros Leitores, todos temos a função de fazer mais com menos, essa seria a forma mais resumida de tentar explicar os princí-pios de uma boa administração, e é isso que desejo a todos, que tenham a capacidade e o empenho de fazer isso nesse ano que se inicia. Um bom empate, nesse ambiente

difícil que iremos enfrentar, mantendo nos-sas empresas e nossos empregos de forma saudável, é algo que deve ser comemorado.

não é o típico feliz ano novo que gosta-ria de desejar a todos, mas me parece o mais realista, levando em conta todo o cenário atu-al; é tempo de se resguardar ao máximo em relação às decisões que podem trazer riscos; como diz o ditado popular, “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.” Essa é a minha humilde recomendação.

Prezados Leitores, um bom 2014 a todos. isso é o que realmente dese-jo aos que participam desse merca-do vibrante que é o da fabricação e

distribuição de materiais elétricos no Brasil. porém, desejar o melhor não significa acre-ditar que teremos um ano esplendoroso de crescimento e desenvolvimento.

Fazer um planejamento realista e coeren-te com a situação econômica que estamos vivendo é um bom começo para que o em-presário não seja pego desprevenido; já pude observar no passado empresas que estavam indo muito bem, fazendo investimentos e contratando, mas que com um revés repenti-no da situação econômica se encontraram em sérias dificuldades. coisas do Brasil.

Desejando que todos tenham um bom ano, gostaria de alertar para a situação que estamos passando. teremos um ano difícil, com poucas possibilidades de crescimento, e mesmo sendo um ano de eleições o governo terá muito pouco a fazer, em termos de in-vestimento. o seu endividamento chegou a um ponto insustentável e o tamanho da má-quina administrativa consome a grande par-te dos recursos arrecadados. nem com todo o movimento das eleições será possível pro-mover a gastança tão comum nessa época.

Em 2013, nem mesmo com o controle dos chamados preços administrados, como o da gasolina e das tarifas de energia elétrica - que subiram apenas 0,95% - a inflação fi-cou dentro da meta estabelecida pelo Banco central de 4,5%; a alta do Índice nacional de preços ao consumidor amplo (ipca) foi de 5,91%, superior ainda ao já péssimo ín-dice de 2012, que atingiu 5,84%.

o controle da inflação, que foi subjugado pelo governo no passado recente, será o ponto

Rua oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde04151-040 - São paulo - Sptelefone: (11) 5077-4140

Fax: (11) 5077-1817e-mail: [email protected]

site: www.abreme.com.br

Membros do Colegiado Roberto Said Payaro

Nortel Suprimentos Industriais S/A Francisco Simon

Portal Comercial Elétrica Ltda. José Jorge Felismino Parente

Bertel Elétrica Comercial Ltda. José Luiz Pantaleo

Everest Eletricidade Ltda. Roberto Varoto

Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda. Paulo Roberto de Campos

Meta Materiais Elétricos Ltda. Marcos Augusto de Angelieri Sutiro

Comercial Elétrica PJ Ltda.

Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia

Elétrica Itaipu Ltda. Carlos Soares Peixinho

Ladder Automação Industria Ltda. Daniel Tatini

Sonepar

Secretária Executiva Nellifer Obradovic

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

FUnDaDa EM 07/06/1988

Roberto PayaroDiretor Colegiado Abreme - [email protected]

espaço abreme EDitoRiaL

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No ano de 1998 o engenheiro anto-nio Flávio Guimarães Junior, funda-dor da tecaut, deu início a um gran-de sonho: construir uma empresa

que pudesse oferecer soluções tecnológicas, apresentando inovações e prestando o mais perfeito atendimento aos clientes.

o sonho transformou-se em realidade e a tecaut automação industrial tornou-se uma das maiores e mais conhecidas empresas - de âmbito nacional - de distribuição de materiais elétricos, automação industrial, fabricação de painéis e manutenção de equipamentos.

Localizada em Birigui, interior de São paulo, a tecaut está instalada em três Unida-des, contando com completa infraestrutura e logística de ponta, além de manter uma forte parceria com os principais fornecedo-res de produtos elétricos e eletrônicos na-

eficiência na distribuição de materiais elétricos

cionais e importados, objetivando atender às necessidades dos seus clientes; atualmente, são mais de 5000 clientes industriais ativos.

“atuamos desde a venda de um simples produto até o desenvolvimento de soluções inteligentes em plantas industriais, desta forma, conquistamos uma posição de des-taque no segmento de automações elétricas industriais. nossa prioridade é fornecer valor agregado a nossos clientes, pois em última análise nosso sucesso depende da satisfa-ção deles”, declara antonio Flávio.

E o engenheiro complementa: “oferece-mos soluções que capacitam nossos clientes a atingirem seus objetivos com mais rapidez e facilidade e com maior eficiência. nosso grande diferencial, nesse aspecto, é poder contar com uma equipe de colaboradores, composta por engenheiros, técnicos e pro-

fissionais altamente qualificados e treinados, com competência para auxiliá-los na busca de soluções com melhor custo-benefício”.

a tecaut está presente nos mais varia-dos segmentos: usinas, indústrias alimentí-cias, químicas, metalúrgicas, embalagens, gráficas, indústrias papeleiras, saneamento básico, entre outros. a empresa conta com soluções que incluem a distribuição de ma-teriais elétricos industriais; fabricação de painéis elétricos de baixa e media tensão; automação de plantas industriais; labora-tório técnico; distribuição de automação e acionamentos; serviços de montagens elé-tricas e sistemas de cFtV.

na distribuição de materiais elétricos in-dustriais a empresa trabalha com um amplo e variado estoque de produtos oferecendo qualidade, rapidez e inovações tecnológi-

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

espaço abremenotÍciaS Da aSSociação E Do SEtoR

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Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

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notÍciaS Da aSSociação E Do SEtoR

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Estrutura Tecaut conta com três unidades na cidade de birigui (sp).

através de sUas três Unidades, empresa mantém forte

parceria com os fornecedores de material elétrico.

cas, visando assim o melhor custo-benefício para produtividade em plantas industriais, tais como: Estruturação (leitos, eletrocalhas, eletrodutos, conduletes); iluminação (lumi-nárias industriais, reatores, lâmpadas); Ma-teriais a prova de explosão (estruturação e iluminação); Fios e cabos para toda insta-lação industrial; Seccionadoras e Disjunto-res para baixa e media tensão; comandos Elétricos (contatores, botoeiras, relés, bor-nes); acionamentos (inversores, soft-starter e contatores de potência); automação (cLps, iHMs e i/os) e Motores Elétricos.

a companhia tem milhares de peças em estoque à pronta entrega e soluções em ma-teriais elétricos para toda planta fabril. todas as formas e processos do atendimento são informatizadas, desde a emissão do pedido efetuado pelo vendedor, todas as etapas dos processos de separação e conferência até a expedição do material solicitado. inclusive,

o desempenho das áreas de separação e conferência de material é medido através de indicadores de qualidade.

na fábrica de painéis elétricos a tecaut produz ccMs – centro de controles de Moto-res, Quadros de distribuição, Banco automáti-co de capacitores, controlador de Demanda, painéis de comando, painéis com acionamen-to Sincronizados e painéis Especiais de acordo com a especificação do cliente.

os painéis são produzidos nos mais al-tos padrões de qualidade, com relatório de ensaios de rotina de acordo com a nBR iEc 60439-1, relatório de inspeção de qualidade, FippE (Formulário de informações para pro-jeto de painéis Elétricos), saindo da linha de montagem totalmente testado e aprovado.

na área de automação industrial a te-caut cria a solução mais adequada para au-tomação de uma máquina ou todo processo, auxiliando os clientes na melhora de produ-

tividade, qualidade e segurança, viabilizando o melhor custo-benefício.

no segmento de engenharia elétrica a empresa está capacitada a desenvolver pro-jetos elétricos de baixa e média tensão, for-

necendo mão de obra e material para toda instalação, tais como: cabines primárias/secundárias, cabeamento, aterramento, para-r aios e acionamento.

o laboratório técnico da companhia é altamente capaci-tado para realização de manu-

tenção preventiva e corretiva em inversores de frequência, soft-starter e equipamentos eletrônicos em geral, oferecendo tecnologia de ponta, plantão 24 horas, na planta do cliente ou no próprio laboratório contando com profissionais altamente habilitados e treinados, disponibilizando as seguintes solu-ções: infraestrutura eletromecânica; ilumina-ção; projetos Elétricos; aterramento e SpDa; Sensoriamento; instrumentação; instalações de painéis de Baixa e Media tensão.

todas as formas e processos do atendi-mento são informatizadas, desde a emissão do pedido efetuado pelo vendedor, todas as etapas dos processos de separação e confe-rência até a etapa da expedição do mate-rial solicitado. inclusive, o desempenho das áreas de separação e conferência de mate-rial são medidas através de indicadores de qualidade. Esse é o perfil da tecaut: uma empresa sólida, que valoriza o material hu-mano, dinâmica e inovadora, comprometida com os princípios da ética e qualidade total - o que caracteriza a filosofia de trabalho de seu fundador - engenheiro antonio Flavio Guimarães Junior - objetivando manter-se, sempre, como sinônimo de excelência, refe-rência comercial e técnica para seus clientes.

trabalhar com produtos diversificados e certificados, atendimento de qualidade, pronta entrega, preços competitivos, esto-que e logística adequados, são alguns dos fatores que contribuíram enormemente na conquista da fidelização de seus clientes e fornecedores, bem como pelo nome tecaut ser reconhecido como empresa líder na dis-tribuição de materiais elétricos.

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gtdgeração, transmissão e distribuição

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projeto de revitalização Novo gerente

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) anunciou a contratação de Rodrigo Sacchi como novo gerente da área de Preços. O cargo estava sendo ocupado interinamente pelo gerente executivo de Regras, Capacitação e Procedimentos, Jean Albino, desde a saída de Gustavo Arfux, em setembro de 2013.

A área de Preços é responsável pelo desenvolvimento de diversos estudos envolvendo a formação de preço no mercado brasileiro de energia elétrica. Entre as atribuições da gerência estão o cálculo semanal do Preço de Liquidação das Diferenças, utilizado para valorar a energia transacionada no Mercado de Curto Prazo.

Com graduação, mestrado e doutorado em engenharia elétrica pela USP São Carlos, MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Sacchi atuou também como pesquisador visitante na University of Florida e na University of California. O gerente ainda passou pelo Grupo CPFL, onde foi especialista de comercialização da CPFL Brasil e coordenador de planejamento na CPFL Geração.

gestão ambientalA EDP Escelsa, distribuidora de energia elétrica do Grupo EDP,

manteve pelo segundo ano consecutivo a certificação ISO 14001, do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), atestando que as instalações físicas no Centro Operacional de Carapina (COC) e as Subestações de Maguinhos, na Serra, e de Goiabeiras, em Vitória, estão adequadas aos mais rigorosos padrões ambientais.

A norma ISO 14001 avalia a excelência dos programas ambientais como a identificação, controle dos processos e impactos. Todo o processo de auditoria foi aplicado pelo Bureau Veritas Certification (BVC), grupo internacional especializado em auditorias e certificações de gestão em relação às normas regulatórias ou voluntárias.

A manutenção da ISO 14001 foi possível após a execução de medidas e adequações nas instalações físicas localizadas no COC, almoxarifados e nas Subestações de Goiabeiras (foto) e Manguinhos, bem como o monitoramento dos requisitos legais, da implementação e revisão de procedimentos, pertinentes ao Sistema de Gestão Ambiental.

A EDP Escelsa realizou ainda palestras e treinamentos para disseminar a importância e a conscientização ambiental dentro da empresa, com as equipes de colaboradores próprios e contratados, envolvidos no processo de certificação ambiental, reforçando o comprometimento de todos os colaboradores neste rigoroso processo de certificação.

Economia de energia

Indústrias de médio porte do Rio Grande do Sul estão fazendo uma economia total de energia elétrica estimada em 6,5GWh ao ano. O dado foi apresentado no dia 21 de janeiro em workshop realizado na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), para divulgação de resultados do convênio firmado com a Eletrobras, que implementou medidas de eficiência energética em empresas do estado.

Na cerimônia, a Eletrobras foi representada pelo diretor de Geração da companhia, Valter Cardeal, que destacou ser o investimento em eficiência energética estratégico para o País. “A geração de energia está cada vez mais difícil e cara. A sua conservação e o seu uso racional tornaram-se fundamentais”, disse o executivo, que acenou com a possibilidade de um novo convênio ser assinado com a Fiergs.

O convênio, encerrado em dezembro de 2013, durou cinco anos e recebeu aporte de R$ 1.025.150,00, sendo cerca de 75% arcados pela Eletrobras e 25% pela Fiergs.

A ABB concluiu o projeto de revitalização de transformadores na Usina Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga, localizada no Rio Iguaçu (PR). Com potência instalada de 1.260MW, a unidade é uma das maiores

da Companhia Paranaense de Energia (Copel). O contrato está estimado em R$ 17 milhões.

O projeto consistiu na revitalização de 12 transformadores, cujo grande diferencial é o ABB Transformer Eletronic Control (TEC), sistema de monitoramento online que auxilia na manutenção preventiva, evitando falhas e permitindo maior controle na utilização do transformador, além de aumentar sua vida útil. Por meio de algoritmos customizados, projetados especificamente para cada transformador, os dados são inseridos no software do ABB TEC, que cria um ‘finger-print’, aumentando a precisão das medições.

O ABB TEC combina recursos inovadores de supervisão online, alta capacidade de armazenamento inteligente de dados e recursos especializados de diagnóstico. Equipado com moderna tecnologia em sensores, transdutores e plataformas de aquisição de dados, o sistema possui interface interativa, com gráficos para apresentação de resultados, e é de fácil instalação.

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economia

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finanças e investimentos

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Negociação internacionalFabricação

localA Alstom Transport vai inaugurar uma

nova linha de produção dedicada a VLTs em Taubaté (SP), que entrará em operação a partir de dezembro de 2014. Baseada na atual unidade de geração de energia hidre-létrica do grupo em Taubaté, a nova linha de fabricação atenderá aos mercados bra-sileiro e latino-americano, onde os projetos estão a todo vapor. A linha, que representa um investimento de cerca de 15 milhões de euros, irá cobrir uma área de 16.000m².

Os primeiros VLTs que deverão ser pro-duzidos em Taubaté são aqueles encomen-dados em setembro de 2013 pelo consórcio VLT Carioca para a cidade do Rio de Janeiro.

A Alstom está fornecendo um sistema de VLT livre de catenárias, que inclui 32 Cita-dis, além de abastecimento de energia, sina-lização e sistemas de telecomunicações. A entrega dos VLTs deve ocorrer entre o início de 2015 e meados de 2016, a tempo para os Jogos Olímpicos. Para atender ao prazo contratual, a Alstom produzirá os primeiros Citadis na Europa e os demais em Taubaté.

“O VLT está ganhando importância como uma das soluções para os problemas de mobilidade urbana nas cidades do Brasil e da América Latina. É por isso que a Alstom decidiu investir em uma linha de VLTs em Taubaté, que atenderá aos projetos brasi-leiros, além de projetos exportados para a América Latina”, afirmou Michel Boccaccio, vice-presidente Sênior da Alstom Transport na América Latina.

Ativos de iluminação

Suprimento de energia

A Alstom Grid anunciou a aquisição da

brasileira Reason Tecnologia, fornecedora de produtos de medi-

ção e rede de automação de subestação para clientes de transmissão e distribuição.

Com a transação, a Alstom Grid irá refor-çar sua presença no mercado de automação de subestação na América Latina e fortalecerá sua oferta de subestação digital no mundo, ace-lerando o caminho da inovação em direção à construção de subestações totalmente digitais.

A Reason conta com 100 funcionários e atende a grandes empresas, além das principais concessionárias de transmissão e distribuição de energia no Brasil e América Latina. O alcance co-mercial mundial da Alstom Grid e a liderança de mercado de ambas as empresas irá acelerar a ex-pansão da Reason em mercados internacionais.

“Esta aquisição é outro importante passo em nossa contínua jornada para a excelência de mer-cado no negócio de automação de subestação”, afirmou Hervé Amossé, vice-presidente de Solu-ções de Automação de Subestação da Alstom Grid.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a solicitação das prefeituras e concedeu a ampliação do prazo para a tota-lidade dos municípios faltantes, e não só para aqueles com população inferior a 50 mil habi-tantes (que era a proposta inicial da audiência pública), para assumir os ativos de iluminação pública. A nova data estabelecida pela agência é o dia 31 de dezembro de 2014.

As prefeituras apontaram dificuldades como o alto índice de renovação de prefeitos verificada no último pleito municipal, o que pro-vocou a interrupção da interlocução entre dis-tribuidoras e prefeituras, além da necessidade de ajustes à Contribuição de Iluminação Pública ou mesmo sua criação. Com a transferência dos serviços de iluminação pública, que englobam o projeto, implantação, expansão, instalações, manutenção e consumo de energia, a Aneel bus-

ca atender a Constituição Federal de 1988, que definiu que a iluminação pública é de respon-sabilidade do município e, para isso, permite a cobrança da Contribuição de Iluminação Pública (CIP). O cronograma de transferência está pre-visto no artigo 218 da Resolução Normativa nº 414/2010, que trata dos direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica.

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) desenvolveu uma técnica que dá mais precisão e segurança ao trabalho para remediação de solos contamina-dos. Para manter funcionando o equipamento transportado em caminhão para qualquer pon-to da cidade, o IPT adquiriu um grupo gerador da Cummins Power Generation, que fornece 25kVA.

De acordo com dados divul-gados pelo IPT, com uma amos-tra de terra, pesquisadores fa-zem o diagnóstico de um ter-reno doente. Só no Estado de

São Paulo, existem mais de quatro mil áreas contaminadas. A técnica de injetar um produto no solo para combater a contaminação já vem sendo feita no Brasil há alguns anos. A novida-de é o uso de um computador para monitorar a eficácia e a qualidade do produto químico (antídoto) aplicado no solo.

Em 2013, a Cia. Distribuido-ra de Motores Cummins atendeu o Laboratório de Segurança ao Fogo e a Explosões do IPT com o fornecimento do grupo gerador

RS30, de 30 quilowatts, utiliza-do no equipamento que rea-

liza testes com materiais em alta temperatura.“Os ensaios de resistência ao fogo são ir-

reversíveis. Quando se iniciam não podem ser interrompidos, pois são destrutivos. Quando ocorre uma queda de energia pode-se perder trabalhos de meses, associados à preparação de corpos de prova, retardando o resultado de processos de avaliação. Portanto, é imprescin-dível contar com a garantia de uma fonte al-ternativa de energia”, explica Carlos Roberto Metzker de Oliveira, do Laboratório de Segu-rança ao Fogo e a Explosões do IPT.

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vitrine

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produtos e soluções

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Quadros removíveisa steck apresenta a linha de quadros Quasar®.

Totalmente removível, a linha pode ser montada de acordo com a necessidade de cada ambiente, tanto em indústrias quanto em obras, garantindo total seguran-ça. Equipados com chassis removíveis, os quadros vêm com furação pré-marcada, o que permite a montagem de equipamentos e cabos com mais facilidade para instalação. além disso, possuem amplo espaço inter-no que possibilita fácil acesso das mãos e ferramentas. Eles são fabricados em plástico de engenharia e estão disponíveis nas opções para tomadas de embutir e para distribuição com módulo dIN e interface.

swITchEs industriaisa rockwell automation está ampliando sua família de switches industriais e roteadores allen-

Bra dley stratix, anunciando novos equipamentos wireless e produtos de segurança projetados para atender a requisitos de redes industriais. a expansão inclui: o switch industrial gerenciado stratix 5700 Ethernet com a funcionalidade de tradução de endereço de rede incorporada; o roteador stratix 5900 e novas opções para fibras óticas e energia via rede Ethernet (PoE) para os switches stratix 5700, stratix 8000 e stratix 8300.

LumINárIa pendente

a avant lançou recentemente a luminá-ria pendente em alumínio reto Vazado, que faz parte da Linha de Pendentes e está dis-ponível em duas opções: com cúpula simples ou tripla. as peças, que utilizam lâmpadas de até 60w com base E-27, podem ser utiliza-das sozinhas ou num jogo de alturas com o modelo triplo e são indicadas para iluminar locais como a mesa de jantar, salas de estar, varandas e escritórios.

precisão No focoa fluke corporation destaca os Termovisores fluke® Ti200, Ti300 e Ti400 com conectividade e precisão avançadas

para maximizar a produtividade dos técnicos em campo. os novos equipamentos vêm com o recurso Lasersharp™ de foco automático que utiliza um laser para identificar onde a câmera deve focalizar para obter sempre imagens com foco preciso. Eles conectam-se com o sistema sem fio fluke cNX, permitindo que sejam usados como unidade principal para exibição de medições ao vivo de até cinco módulos sem fio em sua tela e para integrar os dados à imagem infravermelha. as peças vêm com conectividade sem fio para facilitar a transferência de imagens di-retamente para Pcs, iPads ou iPhones, podendo então ser importadas para o software fluke smartView®, um conjunto profissional de ferramentas de análise e relatório para a otimização e análise das imagens infravermelhas e a produção de relatórios profissionais.

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opinião

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prevenção

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R e n é g u i R a l d ogerente nacional de vendas da fluke do brasil

Não há dúvida de que a segurança em medições elétricas é uma ques-tão importante para eletricistas, engenheiros, funcionários, sindica-

tos e o governo.  Todos os dias, em média, nove mil operários sofrem lesões incapacitantes no trabalho, nos Estados Unidos. E no Brasil não é diferente. Seguir e conhecer todas as normas e padrões internacionalmente estabelecidos e utilizar equipamentos devidamente certifica-dos são aspectos primordiais para garantir e maximizar a segurança em medições elétricas, tanto para quem as realiza, como para quem usufrui das instalações.

É preciso que tanto empregadores como empregados tenham uma boa compreensão das regras e dos padrões que regem o trabalho seguro com eletricidade.  Alguns órgãos gover-namentais, como a Administração de Seguran-ça e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos (OSHA) e o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), e organizações independentes, como Associação Nacional de Proteção Contra Incêndios (NFPA), o Instituto Nacional de Padrões dos EUA (ANSI), o Ins-tituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e a Comissão Eletrotécnica Internacio-nal (IEC), supervisionam a segurança no am-biente de trabalho.

Além desse conhecimento técnico, com o objetivo de colaborar para que o trabalho seja realizado com segurança, existe no mercado uma série de ferramentas e equipamentos de testes. E para que estes realmente protejam de possíveis lesões, algumas vezes letais, devem funcionar corretamente. Infelizmente, apenas olhando na caixa não é possível reconhecer

Segurança em medições elétricas

se uma ferramenta foi projetada para cumprir com padrões de segurança e se proporcionará o desempenho correspondente ao seu custo. A IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional), por exemplo, desenvolve e propõe padrões, mas não é responsável pelo cumprimento dos mesmos.

Outro ponto de atenção é que expressões como “Projetado para cumprir com a especi-ficação...” talvez não signifiquem que a ferra-menta tem, de fato, um desempenho de acordo com as especificações. As intenções do projetis-ta nunca substituem um teste verdadeiramente independente. Merece destaque ainda o fato de que a marca CE (Conformité Européenne, ou seja, Conformidade Europeia) indica que ele cumpre com os requisitos de saúde, segurança, meio ambiente e proteção ao consumidor que foram estabelecidos pela Comissão Europeia. Entretanto, os fabricantes têm permissão para certificar a eles mesmos, indicando que cum-priram com os padrões, e emitir a sua própria Declaração de Conformidade e colocar a marca “CE” no produto.

Desta forma, para ter certeza de que essas ferramentas de teste elétrico estejam propor-cionando toda a proteção demandada, é preci-so certificar-se de que foram testadas e certifi-cadas por pelo menos dois ou mais laboratórios de testes independentes, o que é atestado se levarem o símbolo e o número de listagem do UL, nos Estados Unidos; da CSA, no Canadá ou

da TÜV, na Europa.  Esses símbolos só podem ser usados quando o produto passa nos tes-tes de acordo com o padrão da agência, que é baseado em normas nacionais/internacionais.

Outro ponto de atenção é com relação ao cumprimento do padrão 70E da Associa-ção Nacional de Proteção Contra Incêndios (NFPA), que estabelece que as ferramentas de teste devem passar frequentemente por uma inspeção visual para detectar danos e garantir a operação adequada. É preciso verificar se a caixa está quebrada, ou o visor apagado; ins-pecionar as pontas de prova, procurando fios desgastados ou quebrados; e certificar que tenham conectores reforçados, proteção para os dedos, classificações de CAT iguais ou su-periores às do medidor, isolamento duplo e o mínimo de metal exposto nas pontas de prova.

Inspeções complementares, como procu-rar a classificação de 600 ou 1.000V, CAT III ou 600V, CAT IV na parte frontal dos medidores e testadores e o símbolo de “isolamento duplo” na parte posterior, também são importantes. Além disso, é uma boa garantia adicional sem-pre consultar o manual para ter certeza de que os circuitos de resistência e continuidade têm o mesmo nível de proteção que o circuito de tes-te de tensão e certificar-se de que a corrente e a tensão dos fusíveis do medidor estão de acor-do com as especificações. A função de teste do próprio medidor também pode ser utilizada para procurar quebras internas e saber se os fusíveis estão em ordem e funcionando corretamente. As ferramentas que forem reprovadas em qual-quer uma dessas inspeções devem ser trocadas por ferramentas novas de um bom fabricante.

Concluindo, é muito importante estar aten-to a todos esses regulamentos e especificações mencionados acima, pois foram criados da mes-ma forma, ou seja, a partir da experiência e de princípios baseados no bom senso. Entretanto, merece ser ressaltado que nenhuma ferramen-ta, por maior qualidade e número de certifica-ções que tenha, faz o trabalho sozinha. Cabe ao usuário aprender os regulamentos e padrões de segurança e usá-los com eficiência no trabalho. Afinal de contas, é a segurança dele, principal-mente, que está em jogo.

ALÉM DE CONHECEr AS rEgrAS DE SEgUrANçA E TESTES

ELÉTrICOS E qUEM AS ESTABELECE, É IMPrESCINDíVEL

SABEr SE O MEDIDOr É EFICIENTE.

Page 55: Revista Potência - Edição 98 - dezembro de 2013 / janeiro de 2014

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agenda

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Fevereiro/março 2014

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EvEntosFórum de Comercialização de EnergiaData/Local: 24 e 25/02 – Rio de Janeiro – RJinformações: (11) 3266-3591 / www.blueoceanevents.com.br

seminário Internacional de Biocombustíveis Data/Local: 17 e 18/03 – São Paulo – SPinformações: (21) 2112-9000 / www.ibp.org.br

Feicon Batimat 2014Data/Local: 18 a 22/03 – São Paulo – SPinformações: (11) 3060-4911 / www.feicon.com.br

Encontro de Profissionais Eletricistas de Minas Gerais Data/Local: 19/03 – Belo Horizonte – MGinformações: (11) 4028-5451 / www.abracopel.org

vI sMARs – seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade social do setor ElétricoData/Local: 23 a 25/03 – Brasília – DFinformações: www.smars.com.br

Fórum de Iluminação PúblicaData/Local: 27/03 – São Paulo – SPinformações: (11) 5093-7847 / www.ip2014.com.br

CuRsosCurso: sistemas de Aterramento, Projeto, Construção, Medições e Manutenção Data/Local: 18 a 20/03 – Rio de Janeiro – RJinformações: (11) 2344-1722 / www.abnt.org.br

Curso: Conformidade das Instalações Elétricas de Baixa tensãoData/Local: 17 e 19/03 – São Paulo – SP informações: (11) 5031-1326 / www.barreto.eng.br

Curso: Instalação de sistemas Fotovoltaicos Data/Local: 20 e 21/03 – Ribeirão Preto – SPinformações: (16) 4009-5600 / www.blue-sol.com

Curso: o Mercado Brasileiro de Energia Elétrica e seus Agentes Data/Local: 24/03 – São Paulo – SP informações: (11) 3060-5050 / www.abce.org.br

Curso: norma Iso 50001 – sistema de Gestão de EnergiaData/Local: 27/03 – Rio de Janeiro – RJinformações: (21) 2532-7373 / www.metrologia.org.br

Curso: Iluminação PúblicaData/Local: 28/03 – São Paulo – SP informações: (11) 4704-3540 / www.expersolution.com.br

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A PHELPS DODGE PASSA POR RESIDÊNCIAS,EMPRESAS, CIDADES E PAÍSES DO MUNDO TODO.

E AGORA PASSA A CHAMAR-SE

GENERAL CABLE.

Um dos maiores fabricantes de condutores elétricos presentes no Brasil agora passa a apresentar-se com a marca General Cable, um dos maiores fabricantes mundiais, com 57 fábricas em 26 países, 165 anos de experiência e mais de 14.000 colaboradores. A fi losofi a da General Cable, através dos seus colaboradores, é oferecer a seus clientes, a agilidade de uma pequena empresa com toda força e valor de uma

grande companhia. No Brasil, servimos nossos clientes através de nossas duas fábricas e de um Centro de Distribuição no Nordeste, com produtos destinados a:

construção civil; geração, transmissão e distribuição de energia elétrica; indústrias; energias renováveis; óleo, gás e petróleo; setor naval; setor ferroviário (metrôs e ferrovias); telecomunicações; mineração.

A marca mudou. A qualidade e credibilidade da Phelps Dodge que você conhece continuam as mesmas.

www.generalcablebrasil.com

CONSTRUÇÃO CIVIL

ÓLEO, GÁSE PETRÓLEO

GERAÇÃO,TRANSMISSÃOE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

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