uma organizaÇÃo para o mundo em rede - prsp.me · subjetivo é do sujeito.o sujeito é a pessoa,o...

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UMA ORGANIZAÇÃO PARA O MUNDO EM REDE

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U M A O R G A N I Z A Ç Ã O PA R A O M U N D O E M R E D E

C O N T E X T O : Q U E P R O B L E M A S Q U E R E M O S

R E S O LV E R ? P O R Q U E A P R O S P E R A D E V E E X I S T I R ?

[ 0 1 ]

A internet é um ambiente de conexão global que rompe com o

padrão de conectividade do coletivo para passar a nos conectar de

forma sistêmica. Isso exige de todos nós um enorme esforço de

adaptação que desconstrói o padrão anterior para incorporar o novo.

Estamos transitando da era industrial para uma sociedade em rede.

Vivemos uma mudança de era.

Essa mudança traz uma série de implicações econômicas,

empresariais, políticas, filosóficas e até existenciais.

Há a necessidade de desenvolver uma nova inteligência para

aprender a lidar como um novo padrão.

A lei de Moore exponencializada pela lei dos retornos acelerados

deflaciona o custo de transação e, portanto, tem o potencial de incluir

todos os seres humanos em um ambiente de abundância onde os

recursos são acessíveis na hora em que são necessários.

A firma, como definiu Ronald Coase em 1937 em “ A natureza da firma ”,

não se sustenta mais como sendo o padrão organizacional que oferece

o menor custo de transação.

O padrão organizacional em rede reduz drasticamente o custo de

transação tanto pelo pelo aumento da capacidade de processamento

do chip pelo mesmo custo quanto pela eliminação dos processos

seletivos, da cadeia de comando e controle, dos cargos padrão, do

caixa e orçamento, das decisões coletivas, do planejamento e metas,

da propriedade e das relações lineares.

A questão está na forma de se organizar.

A organização de modelo industrial se organiza excluindo e a de modelo em rede, incluindo.

Essa é a origem de todos os problemas pois quando se exclui se

objetiva e quando se inclui, se subjetiva.

Ao objetivar saímos do campo de possibilidades e entramos no campo das escolhas.

As escolhas são um escasseamento do campo de possibilidades e é

por isso que as organizações de modelo industrial operam no

paradigma da escassez.

Todos os elementos estruturantes da organização de modelo

industrial escasseiam o campo de possibilidades através da exclusão:

Com a boa notícia da redução de custo vem a má notícia da

necessidade de se adaptar organizacionalmente ao novo padrão.

Se todos os elementos estruturantes da sociedade industrial são

eliminados na sociedade em rede fica a dúvida de como se organizar

daqui para frente ou até mesmo devemos nos perguntar: “ Para que

se organizar? ”

Os motivos que sustentam a necessidade de se organizar

continuam os mesmos.

Nos organizamos para dar materialidade a uma iniciativa. Não

importa qual seja o conteúdo dela. Pode ser empresarial, social,

artístico, educacional, científico, religioso, esportivo etc. . O que

importa é que nós nos organizamos para que a iniciativa exista. Viva

e sobreviva. Aquilo que não está ordenado é o caos; é o campo de

possibilidades. Não existe ainda. Para que algo exista materialmente

é preciso sair do campo de possibilidades através das escolhas. O

caos das possibilidades se organiza quando nos comprometemos

com uma escolha.

• O processo seletivo escasseia a possibilidade dos problemas da organização serem resolvidos pelos excluídos no processo de seleção;

• A cadeia de comando e controle escasseia a possibilidade das necessidades da organização serem atendidas por aqueles que foram excluídos no processo de nomeação dos responsáveis;

• O cargo padrão escasseia o campo pois exclui a possibilidade da pessoa responder às necessidades da organização explorando as suas características únicas e que não são padronizáveis;

• O caixa e o orçamento centralizados limitam a disponibilidade de recursos da organização aos recursos centralizados pois excluem a possibilidade de utilização dos recursos abundantes que estão disponíveis de forma distribuída em rede;

• Os processos coletivos de decisão impõe decisões únicas para o coletivo através da construção de consensos o que limita os caminhos possíveis àqueles que forem consensuados. Exclui a possibilidade das pessoas explorarem os caminhos que não obtiveram consenso;

• O conceito de propriedade, de natureza pública ou privada, limita o acesso somente àquilo que somos proprietários e portanto exclui a possibilidade de acesso a tudo aquilo que não somos donos.

• As relações lineares limitam as possibilidades de interação do campo a papéis previamente definidos por uma linha imaginária que estabelece o NÓS e o ELES como, por exemplo, fornecedor-cliente, professor-aluno, produtor-consumidor, mestre-aprendiz, etc. Isso escasseia os caminhos pois exclui a possibilidade de exploração das relações exponenciais que não tipifica previamente nenhum NÓ da malha.

• Em rede não há NÓS e ELES. Só há um único NÓS. Cada NÓ pode exercer o papel que lhe couber melhor a cada momento. Pode exercer a sua responsabilidade sistêmica, respondendo com a própria habilidade às necessidades emergentes do sistema.

N Ó

N Ó S

P R O P Ó S I T O

Em uma organização de modelo industrial, o conjunto das práticas

exclusivas geram escassez e inflacionam o custo de transação.

Sua sobrevivência corre risco em um mundo onde as novas

organizações incorporam padrões de rede que, por serem inclusivos,

operam no paradigma da abundância arcando com um custo

deflacionário de transação.

A organização de modelo industrial se organiza excluindo e a

de modelo em rede se organiza incluindo mas incluir não é uma

tarefa fácil.

O R G A N I Z A Ç Õ E S

M O D E L O

A B U N D A N T E

Não estamos acostumados com ela.

Fomos educados para nos proteger do meio em que estamos inseridos.

Fomos educados para nos excluir do meio.

Temos medo daquilo que está “ lá fora ”, daquilo que é desconhecido,

do que não conhecemos, do que é diferente de nós.

A inclusão gera diversidade e portanto nos impõe a necessidade de

convivência pacífica com as pessoas que são diferente de nós.

O R G A N I Z A Ç Õ E S

M O D E L O

A B U N D A N T E

Todas as pessoas criadas no modelo industrial são preparadas

para competir no funil do processo seletivo e, correspondendo ao padrão, ganham.

Chegam nesse lugar de sucesso que é onde tem para elas também.

Esse é o nosso treino, a nossa prática, a nossa inteligência.

Competir com o diferente para ganhar uma fatia dos recursos escassos.

A inclusão gera diversidade e portanto nos impõe a necessidade de

convivência pacífica com as pessoas que são diferente de nós.

O bônus da inclusão é a abundância e o ônus é conviver com quem

é diferente da gente.

Não sabemos fazer isso pois fomos educados com a ideia de que

“não tem pra todo mundo”.

É uma ideia perversa pois embute a ideia de que “pode ser que

tenha para você”.

Não tem pra todo mundo mas se você corresponder ao padrão

pode ser que tenha para você.

A organização de modelo em rede opera com a perspectiva da abundância que vem com a inclusão e diversidade.

Isso nos impõe a necessidade de aprender a aceitar a ideia de que

tem pra todo mundo e que o outro diferente é o caminho para a

abundância.

Mas temos medo do outro diferente.

Como superar o medo que nos faz competir com o que é diferente

e vem “lá de fora”?

O R G A N I Z A Ç Õ E S

M O D E L O

A B U N D A N T E

Como superar o medo de que “o outro” tome decisões que

comprometam a sobrevivência da organização e

consequentemente a minha?

Como superar o medo das coisas que devem ser feitas não

serem feitas pelo outro?

Como superar o medo de que o outro tire o meu lugar?

Como superar o medo de que o outro me exclua?

Como superar o medo da exclusão?

É esse o contexto de nascimento da prospera.

Seus elementos estruturantes não impõe, pela forma

organizacional, nenhum tipo de exclusão.

O campo de possibilidades está sempre aberto, não havendo

portanto, nenhum tipo de escasseamento por nenhum tipo de

processo de exclusão.

O R G A N I Z A Ç Õ E S

M O D E L O

A B U N D A N T E

É uma organização que visa lucro.

Tem o objetivo de integrar investidores, trabalhadores e empreendedores que queiram se organizar

em rede e operar com custos de transação deflacionários baseados no paradigma da abundância.

O comportamento é um atributo da forma da organização e não uma intenção baseada em valores e

princípios morais.

Valores e princípios morais são conteúdos de um ambiente corporativo e não de um colaborativo.

O comportamento colaborativo emerge da percepção de que a forma da organização é inclusiva e portanto não há a possibilidade de exclusão.

O R G A N I Z A Ç Õ E S

M O D E L O

A B U N D A N T E

A F O R M A D A P R O S P E R A

[ 0 2 ]

Para se manter inclusiva os integrantes da organização devem construir uma imagem mental de inclusão. Essa imagem não se sustenta se

estiver presente qualquer ideia de separação. A ideia que provoca o sentimento de separação é a de que há um dentro e um fora pois só

assim é possível criar a categoria dos “de dentro” (Nós) e dos “de fora” (Eles). Para se manter inclusivo é necessário eliminar a ideia de que há

um “eles”, os “de fora”. O pensamento inclusivo em rede pensa o mundo como uma coisa só, sem barreiras ou fronteiras. Um mundo

onde seres humanos se conectam a um conhecimento global e atuam localmente. Um mundo onde só há o Nós.

Na prospera não há diferenciação entre empreendedores, investidores e trabalhadores. Todo o NÓS é sempre os 3. Quem faz a

integralização de capital pode ser também remunerado pelo trabalho. Quem trabalha também pode integralizar o capital. Quem empreende não

precisa ficar preso ao papel de fundador e,sendo assim, não precisa ser o intermediário entre investidores e trabalhadores assumindo todos

os riscos e responsabilidades.Pode iniciar o empreendimento e aproveitá-lo trabalhando e investindo nele da mesma forma que os outros.

O N Ó S

O ambiente é a resultante da interação das pessoas que se conectam, através de espaços físicos e virtuais, com base em

intenções comuns e desenvolvem uma cultura. Integram um sistema. A prospera é um ambiente, um sistema, que conecta

as pessoas que procuram uma forma de trabalhar, investir e empreender que seja capaz de gerar os recursos

financeiros necessários para a sobrevivência sem matar a liberdade e a criatividade necessárias para a evolução.

Desenvolve uma cultura de inclusão e convivência com a diversidade que leva ao paradigma da abundância.

Integra as polaridades objetivas e subjetivas da sobrevivência e evolução, da eficiência e eficácia, para poder prosperar.

Não tem espaços físicos e virtuais exclusivos e proprietários. Em qualquer espaço físico e/ou virtual que as pessoas se

conectem para desenvolver a cultura de inclusão e diversidade que, integrando sobrevivência e evolução, levam ao paradigma

da abundância, estarão acessando ao ambiente prospera.

A M B I E N T E O U S I S T E M A

Na organização de modelo industrial o foco é no objeto, no objetivo. As métricas são da produtividade, do produto.

Como o olhar preponderante é o da sobrevivência a partir da produção de recursos materiais é tudo pautado pela

eficiência. Na prospera, a relação com o subjetivo é integrada ao objetivo. Se o objetivo é do objeto, o

subjetivo é do sujeito.O sujeito é a pessoa,o ser humano, o NÓ do NÓS. Com a integração do subjetivo ao objetivo

permite-se que o olhar da organização não se limite mais a sobrevivência e inclua também a evolução. A

criatividade do sujeito é o exercício da subjetividade que leva a evolução e suplementa a objetividade que permite

a materialização de objetos que levam a sobrevivência.

Além de se pautar pela eficiência, a organização passa a se pautar também pela eficácia com a adoção

de métricas que além de medirem a produtividade, o produto, também avaliam a processualidade, o processo.

S U J E I T O ( N Ó )

São os grupos de interesse, aprendizagem e prática que se formam organicamente no sistema. Os sujeitos se agrupam naturalmente tentando identificar interesses comuns. Começam se “esbarrando”

no sistema e vão descobrindo desejos semelhantes. O desejo leva ao contato que leva à interação e ao

vínculo. Interagindo, aprofundam a troca de conhecimentos e se a coisa flui bem partem para a ação.

É a interação livre e co-criativa dos sujeitos que amadurece e possibilita a materialização dos objetos que

são os responsáveis pela geração de receita para os sujeitos que integram a comunidade.

O objetivo da comunidade é ser um ambiente onde o sujeito aprende a gerar receita para si através da criação e comercialização de objetos que estejam sincronizados com os interesses da

comunidade.

C O M U N I D A D E

A prospera se iniciou prototipando 4 comunidades:

Criptotransfer : com interesse no mercado das criptomoedas;

Blockpub: com interesse no mercado editorial;

Pimpadas: com interesse no mercado de bebidas e comidas artesanais;

Just Virtual: com interesse no mercado de atendimentos virtuais.

Foram as comunidades que serviram de MVP para que a prospera adquirisse o

domínio necessário sobre os processos de negócio em rede.

As quatro juntas permitiram o aprendizado da aplicação desse modelo

organizacional em modelos de negócio variados como os de receitas com

transações (criptotransfer) , com propriedade intelectual (blockpub) , com venda

de produtos (pimpadas) e com comercialização de serviços (just virtual).

A experiência com esses quatro modelos de negócio trouxe o amadurecimento

da inteligência organizacional que permite a expansão da prospera com

comunidades que operem com qualquer interesse e modelo de negócio.

São a fonte de receita financeira dos sujeitos que integram a comunidade. Os objetos da

comunidade tem uma natureza comum. São objetos comuns. O comum não é proprietário da comunidade mas

impacta a vida de todos que a integram. Pode ser de propriedade de alguém mas não é proprietário da

prospera. Não é propriedade nem do ambiente e nem da comunidade. Pertence aos sujeitos que

integram o NÓS. Um exemplo de objeto é um livro. É de propriedade do autor que integra o NÓS e cede,

contra pagamento, os direitos para serem explorados comercialmente pelos sujeitos da comunidade. A

mesma coisa pode acontecer com comidas e bebidas, softwares, plataformas transacionais, serviços, enfim,

qualquer coisa.Os sujeitos em interação cocriativa criam novos objetos e formas de comercialização

livremente expandindo assim as suas possibilidades de geração de receitas.

O B J E T O

Na prospera só há receitas. Não há nenhum tipo de despesa que pertença à organização. Não há uma pessoa jurídica que represente a prospera e portanto

não há governança. Não tem quadro societário, contadores, auditores, advogados e assalariados. Não tem ninguém que a represente. Não há patrimônio de

nenhuma espécie. Não há sede nem equipamentos. Não há conta bancária nem propriedade de carteiras digitais. Não há marcas ou domínios.

Do ponto de vista jurídico a prospera não existe.

Existem dois tipos de receitas no ambiente. As do NÓ e as do NÓS. O NÓ gera receitas para si mesmo com a criação e comercialização de objetos e, portanto, é

de sua exclusiva responsabilidade tomar todos os cuidados para a geração sustentável de receitas. É dele a responsabilidade jurídica, contábil, financeira e

fiscal. Qualquer eventual despesa necessária para a geração de receitas pertence ao NÓ. Das receitas que o NÓ gera para si mesmo saem as receitas do NÓS.

Cada NÓ decide livremente se, quanto e quando dará de contribuição para o NÓS. As contribuições feitas não ficam com a organização pois ela não existe.

Todas as contribuições voltam para cada NÓ de forma proporcional ao que contribuíram. O dinheiro do NÓS fica guardado com o NÓ. Cada NÓ administra dois

bolsos: O do NÓ e o do NÓS. Aquele que recolhe o dinheiro da sobrevivência do sujeito e aquele que acolhe o dinheiro da evolução do objeto. Com o dinheiro do

NÓ o sujeito banca as suas necessidades individuais e com o do NÓS, a seu exclusivo critério, banca os investimentos que permitem a evolução do sistema.

R E C E I TA S

O token digital é um criptoativo emitido no blockchain do ethereum.

Seu nome é prosper e a sigla é PRSP. Está associado a ele um conjunto de smart contracts que estabelecem e

operacionalizam dois importantes parâmetros do sistema: “A regra de emissão e distribuição dos tokens” e a “Regra

de distribuição da receita do NÓS para o NÓ”.

A quantidade inicial de tokens emitida foi definida arbitrariamente. Era necessário um ponto de partida e, como

qualquer critério é arbitrário, arbitrou-se a quantidade de tokens da emissão inicial. A partir dessa primeira emissão

são emitidos novos tokens a uma proporção de 50% ao ano, ou seja, a cada ano são emitidos 50% de novos tokens

calculados sobre o número de tokens do ano anterior. O cálculo é anual mas a emissão é mensal, ou seja, todo mês

são emitidos novos tokens equivalentes a uma progressão de 50% ao ano sobre o número do ano anterior.

Os tokens emitidos são distribuídos todo mês de forma proporcional às contribuições espontâneas feitas pelo NÓ ao NÓS.

P R O S P E R ( P R S P ) , O T O K E N D I G I TA L D A P R O S P E R A

Cada NÓ faz a sua contribuição e o smart contract as totaliza calculando a participação % de cada um no

total que foi contribuído. Aplica esse % no número de tokens emitidos e com isso sabe quantos tokens tem

que distribuir para cada NÓ que contribuiu e os distribui.

Essa regra cria um dos dois parâmetros fundamentais para a sustentação financeira do sistema :

“OS TOKENS EMITIDOS SÃO DISTRIBUÍDOS PROPORCIONALMENTE ÀS CONTRIBUIÇÕES REALIZADAS”

Além da distribuição dos tokens é necessário distribuir as contribuições também pois a prospera

não centraliza, não acumula, não guarda nada.

O total das contribuições por cada NÓ ao NÓS retornam para cada NÓ com base no

número de tokens que cada um possui.

O smart contract verifica o montante total das contribuições e localiza no blockchain qual o total de

prospers emitido e em que carteiras digitais eles estão. Calcula a participação % de cada carteira

no total de tokens emitidos até aquele momento e aplica essa % no total das contribuições

obtendo assim o quanto deve mandar para cada carteira digital.

O trânsito das contribuições sempre é feito em ethers (ETH). O NÓ contribui e recebe as

contribuições em ethers.

Essa outra regra cria o segundo parâmetro fundamental para a sustentação financeira do sistema:

“AS CONTRIBUIÇÕES REALIZADAS SÃO DISTRIBUÍDAS PROPORCIONALMENTE AOS TOKENS EMITIDOS”

Os dois parâmetros juntos ficam assim:

“Os tokens emitidos são distribuídos proporcionalmente às contribuições realizadas que são distribuídas proporcionalmente aos tokens emitidos”

ou, mais simples ainda:

“Tokens distribuídos com base nas contribuições que são

redistribuídas com base nos tokens”

Não há nenhum tipo de fórum para a tomada de decisões coletivas. Como a organização não é

representada juridicamente não há a nomeação de um corpo diretivo que age em nome dela. Não

existem recursos da organização. Não há patrimônio nem faturamento. Não há caixa próprio nem

investimentos e portanto não há a necessidade de aprovar um orçamento nem definir prioridades. Não

há nenhuma situação que exija a formação de consenso para escolher um caminho único. Todas as decisões são individuais. É o sujeito quem decide por ele mesmo e vive com as consequências

de sua escolha. É o sujeito que lidera a si mesmo. A prospera é um ambiente de auto-liderança, de

auto atribuição de responsabilidades, de autogestão, de auto-conhecimento, enfim, de autonomia.

D E C I S Õ E S

I N V E S T I M E N T O S

É para isso que serve o dinheiro do NÓS. Como explicado no item RECEITAS, existe o dinheiro do NÓ e o dinheiro do

NÓS. Qualquer um pode, a qualquer momento, fazer um chamado para que, aqueles que queiram, invistam em uma melhoria da infraestrutura, na aquisição de direitos autorais, no desenvolvimento de algum sistema especialista, enfim, naquilo que achar necessário. Cada NÓ tem também o seu bolso do NÓS

e, a seu exclusivo critério, faz ou não o investimento solicitado. Quem faz o chamado define as regras do

crowdfunding e é responsável por isso. Quem atende ao chamado também é o único responsável pela própria

decisão. De resto são consequências que derivam das decisões individuais e constroem a reputação dos indivíduos.

Não há propriedade da organização. Todas as propriedades são das pessoas. Os objetos

são de propriedade de quem os cria e que licencia conforme as suas próprias regras.Não há

propriedade coletiva de nenhuma espécie: nem do sistema, nem das comunidades.Todas as

propriedades são individuais e dos sujeitos.

P R O P R I E D A D E

Não há pessoa jurídica coletiva. A organização prospera não existe

juridicamente. Todas as pessoas jurídicas que integram o sistema são

dos sujeitos, das pessoas. Cada um responde juridicamente pelos seus

atos conforme as leis do seu domicílio de atuação.

P E S S O A J U R Í D I C A

Não há arrecadação de tributos por parte da organização pois ela não tem nenhum tipo de

resultado financeiro. Todos os tributos são de responsabilidade de quem recebe a receita, ou seja, os sujeitos. São os sujeitos que faturam e recebem a receita. Pagam

despesas e amortizam investimentos. Apuram lucro ou prejuízo. É sobre eles que recai a

tributação devida. A prospera atua no planeta terra e, sendo assim, não há uma uniformização

tributária. Cada NÓ estará sujeito à tributação do local em que estiver atuando.

T R I B U T O S

D I A G R A M A D O F L U X O F I N A N C E I R O

BOLSO DO NÓS

SMART CONTRACT

% COMERCIALIZAÇÃO DE OBJETOS

PLATAFORMAS LIVROS COMIDAS BEBIDAS SERVIÇOS ETC

BOLSO DO NÓS

BOLSO DO NÓS

BOLSO DO NÓS

BOLSO DO NÓS

BOLSO DO NÓS

BOLSO DO NÓ

$

P L A N I L H A C O M P R O J E Ç Õ E S F I N A N C E I R A S

N O L I N K A C I M A E S TÁ D I S P O N Í V E L U M A P L A N I L H A C O N T E N D O

A L G U M A S P R O J E Ç Õ E S F I N A N C E I R A S D A P R O S P E R A .

Todas as informações sobre a emissão, distribuição e movimentação dos tokens são públicas e estão disponíveis para qualquer um que queira verificá-las no

blockchain. Quanto cada NÓ tem de token, quanto contribui para o NÓS e quanto recebeu

das contribuições do NÓS são informações publicadas com total transparência. É essa

transparência que permite a construção da reputação do indivíduo que sustenta a auto

regulação do sistema.

T R A N S PA R Ê N C I A , R E P U TA Ç Ã O E A U T O R E G U L A Ç Ã O

Até o final de julho/2017 entra no ar o novo site da prospera.

Com ele integraremos todas as comunidades, sujeitos e objetos em um único ambiente

e isso potencializará a interação entre os atores do campo de possibilidades.

Seguem abaixo algumas telas contendo os elementos que dão forma à organização:

N O V O S I T E

Toda essa forma é uma grande ruptura dos padrões vigentes na sociedade industrial que conta com as instituições de

aprendizagem para configurar as pessoas durante anos de formação.

No segundo semestre de 2017 será lançado pela perestroika o programa de formação da prospera que acontecerá de forma virtual e presencial para ensinar as pessoas a trabalhar, empreender e investir no paradigma da abundância.

O grande desafio é auxiliar as pessoas a se adaptarem a um ambiente não patriarcal que é o ambiente vigente na sociedade

industrial onde elas foram formadas. Como não há a decisão coletiva o sujeito precisa aprender a decidir e a se responsabilizar

pelas próprias decisões. Não há a proteção com a qual estamos tão acostumados a acessar através das várias manifestações da

figura paterna. Essa figura nos protege e atrofia ao mesmo tempo. Em uma organização sem centro ela não se apresenta e temos

que ser mais maduros para conseguir conviver com um ambiente que traz liberdade mas também exige compromisso.

O programa de formação da perestroika contará com conteúdos virtuais que abordarão conceitos, tutoriais, ferramentas e

exemplos que poderão ser exercitados em atividades presenciais para formar o sujeito nesse novo padrão.

A M B I E N T E D E A P R E N D I Z A G E M V I R T U A L E P R E S E N C I A L

C O N C L U S Ã O : PA R A C O N C L U I R , U M T E X T O D O

B E R N A R D O FA R I A Q U E , A L É M D E G R A N D E A M I G O ,

É S Ó C I O E E X E C U T I V O D A F O X B I T

[ 0 3 ]

Carta para Pedro

Documenta 14 - O Super Homem

Tenho a oportunidade de viver um dos momentos mais importantes da história

da humanidade. Acabo de visitar a Documenta, a Bienal de Veneza e Munster

com um grupo de americanos, canadenses, asiáticos, europeus e latinos.

Ouço a seguinte frase caminhando pela fantástica cidade de Kassel, no

coração da Alemanha: Cadê o caminho? Não existem respostas? Isto por um

momento me atordoa, me deixa angustiado, fico mais ansioso.

Quero desesperadamente saber para onde vamos, ter um líder, ter um porto

seguro ou simplesmente ter alguém que nos explique o que está acontecendo

no mundo. Vivemos a "Era da ansiedade"! Para saber para onde vamos,

precisamos revisitar alguns dos principais fatos históricos dos últimos

trezentos anos.

Todas as grandes mudanças que ocorreram na sociedade foram causas de

algum tipo de droga social. Na revolução industrial na Inglaterra, o gim era

tomado como forma de anestesia para a multidão de pessoas que deixavam

as áreas rurais e vagavam por Londres a procura de uma nova vida.

No século XX, com o advento do carro, da máquina de lavar e da tecnologia, a

televisão foi o Gim daquela era. A sociedade se dopava em larga quantidade

ficando inúmeras horas na frente da TV sendo impactada por programas

idiotas ou por uma mídia elitizada. O mundo era uma caixa quadrada que

transmitia alguns poucos canais, conduzindo assim a grande massa.

Vivemos pela primeira vez na história uma possibilidade de aprendermos

juntos ao mesmo tempo, podemos investir nosso excedente cognitivo

estudando on line uns com os outros, fazendo cursos, visitando cidades ou

museus. Podemos guardar o nosso dinheiro e não precisamos mais do

banco, podemos andar de carro e não precisamos mais dirigir. Não

precisamos mais das instituições para viver, não acreditamos mais nos

governos e nos estados.

Fica um vazio, um vácuo…..

Sou uma pessoa curiosa, gosto de aprender e ter um espaço para pensar.

Vivemos a revolução digital, as pessoas se drogam em larga escala com a

quantidade de informações que tomam todos os dias no Twitter, WhatsApp,

facebook, WeChat e outras drogas digitais....Estamos atordoados, vagando

perdidos nas novas cidades digitais. Somos zumbis digitais.

Cresci ouvindo que nunca deveria entrar em carros de estranhos, entro todo

dia pelo menos duas vezes por dia ao redor do mundo em carros com pessoas

que nunca vi.

A tecnologia tirou o ""middleman " do tabuleiro, mas estávamos acostumados

sim em ter o professor para nos ensinar, o banqueiro para nos ajudar a

investir o nosso dinheiro, o religioso para nos salvar e o político para nos

governar.

Fica um vazio, um vácuo…..

Nietzsche acredita no homem como o seu único deus, eu também. O fato é

que vivemos um tempo que não precisamos mais das instituições ou dos

gurus! Podemos ser o nosso próprio deus, ter a nossa moeda, não depender

mais dos governos, das religiões ou dos políticos.

Isto é fantástico, mas vamos precisar de um outro espaço para repensarmos

nossas relações, nossa sociedade, nosso modelo de educação, política, ou

seja, teremos que nos repensar como seres humanos.

Pensando sobre a Documenta e a Bienal, as duas exposições se propõem que

devemos ter um outro lugar para refletirmos sobre nos mesmos. Elas não

mostram o destino e sim como podemos fazer esta caminhada.

Este espaço pode ser uma tubulação de construção, pode ser o som, a

imagem, o vapor, um depoimento e um desenho de um imigrante ou mesmo

uma cidade destruída pela segunda guerra ou pela guerra do petróleo.

Repensar o ser humano não é uma tarefa fácil, incomoda muito! Ao mesmo

tempo que injetamos doses cavalares de autonomia...é um choque...a

humanidade diante disso toma a sua quantidade diária de anestesia digital e

fica dopada.

Ninguém tem uma resposta, o que precisamos sim é um novo lugar para que

possamos simplesmente parar, refletir e conversar sobre o que estar por vir.

Aprender uns com os outros, ensinar, trocar, aceitar as diferenças, amar a

natureza e deixar fluir este momento. Deveríamos deixar esta nova era

entrar na nossa vida com suavidade. Precisaremos estar atentos para que

possamos desenvolver o máximo potencial de nos mesmos.

O futuro aponta para uma incrível viagem interna que precisamos fazer.

Temos que nos reconectar, seja pelo som, pela arte ou simplesmente

sentando ao redor do fogo como nossos ancestrais. Somente entraremos

nesta nova revolução da humanidade, se prepararmos nosso corpo, mente e

alma!

Boa viagem!! B E R N A R D O FA R I A

A P R O S P E R A S E P R O P Õ E A S E R U M D E S S E N O V O S L U G A R E S O N D E , D E F O R M A

F I N A N C E I R A M E N T E S U S T E N TÁV E L , P O S S A M O S N O S R E C O N E C TA R C O M N Ó S .