uma jornada no evangelho - parte 5 de 8 - paul washer

12

Upload: o-estandarte-de-cristo

Post on 23-Jul-2016

239 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Traduzido do original em Inglês

Journey into the Gospel

By Paul Washer © HeartCry Missionary Society | www.HeartCryMissionary.com

Publicaremos esta obra em oito partes, ou fascículos, e, posteriormente, em um volume

único contendo toda a obra. A presente publicação é composta da parte V deste livro.

O conteúdo deste e-book não é reconhecido por HeartyCry Missionary Society

como a publicação oficial desta obra em Língua Portuguesa.

Para obter mais informações sobre HeartyCry Missionary Society visite o seu website:

www.HeartCryMissionary.com

Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Agosto de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta transcrição são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado pelo website oEstandarteDeCristo.com, com contato prévio com HeartyCry

Missionary Society (HeartCryMissionary.com), sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Uma Jornada No Evangelho Por Paul David Washer

[Publicaremos esta obra supracitada em oito partes, ou fascículos.

A presente publicação é composta da parte V deste livro. Veja a Parte I clicando aqui]

O Amor De Deus Demonstrado

David Clarkson escreve: “por isso o amor de Deus apareceu em sua maior exaltação, pelo

fato de que quando estávamos tão longe de ser bons ou justos, quando éramos pecadores;

quando inúteis e incapazes, quando repugnantes e odiosos, quando inimigos e odiadores

de Deus; quando não havia nada em nós que pudesse mover, minimamente, a amar-nos,

quando éramos cheios do que poderia compeli-lO a expressar o Seu ódio e indignação

contra nós, mesmo assim Ele concedeu a mais alta expressão de amor; então, deu o Seu

Filho, mesmo, em seguida, Cristo Se expôs à morte por nós. Aqui tanto a grandeza e a gra-

tuidade do Seu amor apareceram, para a maravilha e assombro de todos os que devida-

mente o consideram” (Obras, Vol. 3, p. 64-65).

Martyn Lloyd Jones escreve: “Vamos agora resumir toda a argumentação dos versos 6 a 8.

O argumento do Apóstolo é que não há absolutamente nada em nós para nos recomendar,

absolutamente nada. Por que Cristo veio ao mundo? Isso foi em resposta a algum funda-

mento proveniente da humanidade? De modo nenhum! Foi em resposta a algo de bom no

homem? Foi por causa de alguma centelha Divina remanescente, e algumas manifestações

dela? De modo nenhum! Não havia nada na humanidade para recomendá-la a Deus, nada

na natureza humana, nada em qualquer um de nós para nos recomendar de forma alguma

a Deus e ao Seu amor. De fato, a verdade sobre nós era, e é, que havia tudo em nós que

era errado, vil e odioso, tudo calculado fazer com que Deus fosse o nosso antagonista —

inimigos, odiosos, vis, ímpios, pecadores como nós. Temos de perceber que a nossa

salvação é inteiramente gratuita, e provém apenas e completamente do amor de Deus em

Sua infinita graça. Esse é o argumento do Apóstolo” (Romanos, Cap. 5, p. 124).

4. Em Efésios 2:4-5 é encontrada uma das mais belas passagens em toda a Escritura

relativa à obra de salvação de Deus em favor do homem pecador. Leia o texto até que

você esteja familiarizado com o seu conteúdo e, em seguida, escreva seus pensamentos

sobre as seguintes frases. Como elas comunicam que foi o amor Divino e não o mérito

ou dignidade humana que moveu Deus a salvar?

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Notas De Estudo

Efésios 2:4-5. (a) Mas Deus. Os atributos Divinos de misericórdia, amor e graça agora são

contrastados com a depravação e rebelião de uma humanidade caída descrita nos versos

anteriores. Esta pequena frase “Mas Deus...”, muda o curso de uma humanidade decaída.

Se Deus não tivesse sido movido pelo Seu próprio caráter para agir em nosso lugar, não

haveria nada para nós, senão a condenação e destruição eterna. É somente quando Deus

entra na equação que a salvação aparece. Isso prova que a salvação encontra a sua

origem, não nos méritos do homem, mas nos atributos de Deus, particularmente o Seu

amor, misericórdia e graça. Matthew Henry escreve: “o próprio Deus é o autor desta grande

e feliz mudança” (MHC [Matthew Henry's Commentaries: Comentários de Matthew Henry,

Vol. 6, p. 692). Martyn Lloyd Jones escreve: “Há somente uma esperança para o homem

no pecado, diz Paulo: ‘mas Deus’” (Efésios, Cap. 2, p. 65). Novamente Martyn Lloyd Jones

escreve: “Com estas duas palavras nós chegamos à introdução à mensagem Cristã, a men-

sagem peculiar e específica que a fé Cristã tem a oferecer para nós. Estas duas palavras,

em si mesmas, num sentido, contêm a totalidade do Evangelho. O Evangelho fala do que

Deus tem feito, a intervenção de Deus; isso é algo que vem inteiramente fora de nós e

mostra-nos aquela obra maravilhosa, incrível e surpreendente de Deus...” (Efésios, Cap. 2,

p. 59).

(b) Que é riquíssimo em misericórdia. A palavra “misericórdia” vem da palavra grega éleos

e aponta para a bondade, ternura e compaixão de Deus se estendendo a criaturas indignas

e miseráveis. João Calvino escreve: “Toda a nossa salvação é aqui atribuída à misericórdia

de Deus” (CC [Calvin's Commentaries: Comentários de Calvino], Vol. 21, p. 224). Albert

Barnes escreve: “Deus é rico em misericórdia; transbordante, abundante. A misericórdia é

a riqueza ou a prosperidade de Deus. Os homens são frequentemente ricos em ouro, prata

e diamantes, e eles se orgulham nessas posses; mas Deus é rico em misericórdia. Nisso

Ele abunda; e Ele é tão rico nisso que Ele está disposto a transmiti-la aos outros; tão rico

que Ele pode fazer de todos pessoas abençoadas” (BN [Barne's Notes: Notas de Barnes],

Efésios, p. 40-41).

(c) Pelo Seu muito amor com que nos amou. A misericórdia de Deus flui do Seu amor e se

estende até o mais vil dos pecadores. Matthew Henry escreve: “Seu grande amor é a fonte

a. Mas Deus...

b. Que é riquíssimo em misericórdia...

c. Pelo Seu muito amor com que nos amou...

d. Pela graça sois salvos...

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

e causa primária da [Sua misericórdia]; por isso, Ele resolveu mostrar misericórdia... E este

amor de Deus é um grande amor, e esta misericórdia Sua é uma rica misericórdia, indizivel-

mente grande e inesgotavelmente rica” (MHC, Vol. 6, p. 692). Albert Barnes escreve: “Foi

amor aos filhos da ira; amor àqueles que não tinham amor para retornar a Ele; amor aos

alienados e aos perdidos. Isso é amor verdadeiro — a mais sincera e mais pura bene-

volência — amor, não como o de homens, mas tal como o que apenas Deus concede. O

homem ama seu amigo, seu benfeitor, a sua parentela; Deus ama Seus inimigos, e procura

fazer bem a eles” (BN, Romanos, p. 41). Charles Spurgeon escreve: “De todos os santos

no Céu, pode-se dizer que Deus os amou porque Ele quis amá-los; pois, por natureza, não

havia nada mais neles, para que Deus os amasse, mais do que havia nos próprios demô-

nios do inferno. E, quanto aos Seus santos na terra, se Deus os ama, e Ele os ama, isso é

simplesmente porque Ele quis amá-los, pois não havia qualquer bondade neles por nature-

za; Deus os ama na infinita soberania de Sua grande natureza amorosa” (MTP [Metropolitan

Tabernacle Pulpit: Púlpito do Tabernáculo Metropolitano], vol. 52, p. 9).

(d) Porque pela graça sois salvos. A graça é agora adicionada à misericórdia e ao amor

para mostrar que a salvação do homem nasceu do caráter e da vontade de Deus. O homem

não fez nenhuma contribuição para a salvação, exceto ser o fundo escuro como breu no

qual a luz da graça de Deus é exibida. João Calvino escreve: “Estas palavras nos mostram

que Paulo sempre se sente como se ele não tivesse suficientemente proclamado as rique-

zas da graça Divina, e, consequentemente, expressa, por uma variedade de termos, a

mesma verdade, que tudo relacionado à nossa salvação deve ser atribuído a Deus como

seu autor” (CC, Vol. 21, p. 225). Matthew Henry escreve: “Deus ordenou tudo para que o

todo revele-se ser a partir da graça” (MHC, Vol. 6, p. 692).

Notas De Estudo

5. Em Tito 3:4-5, o apóstolo Paulo faz uma das declarações mais claras na Escritura a

respeito do motivo por trás da Divina obra salvadora em Cristo. Leia o texto até que você

esteja familiarizado com o seu conteúdo e, em seguida, explique como afirma-se que a

Divina salvação dos homens por meio de Cristo foi motivada pelo amor Divino e não pela

dignidade ou mérito do homem?

6. Em 1 João 4:10 encontramos uma magnífica prova final que o amor de Deus foi total

e completamente imerecido. De acordo com o verso 10, qual foi o motivo Divino por trás

de Deus enviar o Seu Filho ao mundo. Isso foi o mérito do homem ou o amor de Deus?

Como este texto demonstra e até mesmo magnifica o amor de Deus?

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Tito 3:4-5. É importante primeiro ler o verso três, onde o apóstolo Paulo coloca diante de

nós uma palavra dura sobre a depravação do homem, como John Gill escreve: “para

estabelecer e magnificar a graça de Deus, como preto e branco ilustram um ao outro”

(EONT [Exposition of the Old and New Testaments: Exposição do Antigo e Novo Testa-

mentos], Vol. 6, p. 360). “Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso

Salvador”. A primeira razão dada para a obra salvadora de Deus em favor de homens

pecadores é a Sua benignidade. A palavra vem da palavra grega chrestótes que também

pode ser traduzida como “bondade” ou “benignidade”. Matthew Poole define benignidade

como “uma facilidade de fazer o bem para outro; aquela bondade nativa que há em Deus,

tornando-O inclinado a amar, e propenso a fazer o bem aos filhos dos homens. Isso havia

em Deus desde toda a eternidade, mas apareceu no ato dele haver enviar a Cristo, e,

depois, o Seu Espírito, e na aplicação da redenção de Cristo às almas particulares” (COB,

Vol. 3, p. 804).

“Apareceu... amor de Deus... para com os homens”. A segunda razão dada para a salvação

de homens pecadores de Deus é o Seu amor. A frase “amor para com os homens” vem de

uma palavra grega philanthropía [philéo = amar + ántropos = homem] da qual deriva-se a

palavra em Português “filantropo”. Deus é o grande Filantropo. Sua bondade e amor fizeram

a sua maior demonstração no envio de Seu Filho. Matthew Henry escreve: “Este é o funda-

mento e o motivo. A piedade e misericórdia de Deus ao homem em miséria foram a primeira

roda, ou melhor, o Espírito nas rodas, que estabelece e mantém tudo em movimento. Deus

não é, não pode ser, movido por qualquer coisa fora de Si mesmo. A ocasião está no

homem, ou seja, sua miséria e mediocridade. O pecado tendo operado esta miséria, a ira

poderia ter sido comunicada, em vez de compaixão; mas Deus, sabendo como ajustar tudo

com a Sua própria honra e perfeições, poderia apiedar-Se e salvar, ao invés de destruir”

(MHC, Vol. 6, p. 872). “[Ele nos salvou] Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito”.

Uma sã refutação feita contra qualquer pensamento que a Divina obra de salvação poderia

ter sido motivada pelo ou com base no homem ou seus méritos. Matthew Henry escreve:

“falsos fundamentos e motivos são removidos aqui: não por nossas obras previstas, mas

por Sua própria livre graça e misericórdia somente. Tudo está sobre o princípio do favor

imerecido e misericórdia, do princípio ao fim” (MHC, Vol. 6, p. 873). Thomas Boston es-

creve: “Não havia nada na criatura para movê-lO a tudo isso. Nenhuma beleza permaneceu

na criatura caída, nada para ser visto ali, senão a perversidade e inimizade contra Deus...

Deus não tinha necessidade do homem, nem Ele poderia ter proveito dele. Mas Ele amou

o homem” (Obras, Vol. 10, p. 437-438). Joseph Alleine escreve: “Deus não encontra nada

no homem para mover o Seu coração, mas o suficiente para mover o Seu estômago; Ele

encontra o suficiente para provocar a Sua aversão, mas nada para excitar o Seu amor”

(Guide to Heaven [Um Guia Seguro Para o Céu — publicado em Português pela editora

PES], p. 27). Mas segundo a Sua misericórdia. A terceira razão dada para a Divina obra de

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

salvação é a Sua misericórdia, que é aqui contrastada com os nossos atos. As mais

grandiosas ações dos homens são como trapo da imundícia e levam à condenação, mas a

misericórdia Divina salva. “Pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito

Santo”. Tanto o fundamento da nossa salvação (a Cruz) e sua aplicação (a obra do Espírito

Santo) são atribuídos à misericórdia de Deus.

1 João 4:10. “Nisto está o amor”. Albert Barnes escreve: “Neste grande dom está a mais

alta expressão do amor, como se tivesse feito tudo o que ele pudesse fazer” (BN, 1 João,

p. 332). “Não em que nós tenhamos amado a Deus”. Para colocá-lo claramente, o amor de

Deus por nós não teve relação com o nosso amor por Ele. A Escritura se refere a nós como

tendo sido “inimigos de Deus” (Romanos 1:30). Esta é mais uma refutação clara de qualquer

pretensão de mérito, virtude ou valor em nós que poderia ter sido a causa da obra salvadora

de Deus. John Gill escreve: “O amor de Deus é anterior ao amor de Seu povo; existia quan-

do o deles não existia; quando eles estavam sem amor por Ele, sim, inimigos em suas men-

tes, pelas más obras, e até mesmo inimigos, portanto, não foi adquirido pelo [amor] deles”

(EONT, Vol. 9, p. 647). Albert Barnes escreve: “Se tivéssemos O amado e O obedecido,

poderíamos ter tido razão para crer que Ele estaria disposto a mostrar Seu amor por nós

de uma forma correspondente. Mas nós éramos alienados dEle, não tínhamos mesmo

nenhum desejo de Sua amizade e favor. Neste estado Ele mostrou a grandeza do Seu amor

por nós, dando Seu Filho para morrer por Seus inimigos” (BN, 1 João, p. 332). “Mas em

que ele nos amou a nós”. A única razão para a nossa salvação: o amor de Deus que flui de

Sua natureza e é totalmente independente do mérito ou valor do homem. Thomas Manton

escreve: “O amor de Deus existia no princípio, não o nosso” (Obras, Vol. 2, p. 342). João

Calvino escreve: “Deus, induzido por nenhum amor dos homens, amou-os livremente... Foi,

então, a partir da benignidade de Deus somente, como de uma fonte, que Cristo com todas

as Suas bênçãos chegou até nós” (CC, vol. 22, p. 240). Matthew Henry escreve: “Estranho

que Deus ame o impuro, vão, vil, pó e cinzas!... Ele nos amou, quando não tínhamos amor

por Ele, quando nós nos deleitávamos na nossa culpa, miséria e sangue, quando éramos

indignos, merecedores do mal, contaminados e imundos, e carecíamos de ser lavados de

nossos pecados no sangue sagrado” (MHC, Vol. 6, p. 1084). “E enviou seu Filho para

propiciação pelos nossos pecados”. A palavra “propiciação” vem da palavra grega hilasmós

que denota satisfação ou apaziguamento. Nas Escrituras, ela aponta para um sacrifício que

satisfaz as exigências da ofendida justiça de Deus e apazigua a Sua ira feroz contra o

homem rebelde. O grande e duradouro selo do amor de Deus foi, é e sempre será a morte

propiciadora do Seu Filho por nós. João Calvino escreve: “Pois não foi somente um inco-

mensurável amor que Deus não poupou o Seu próprio Filho, que por Sua morte Ele nos

restaurasse à vida; mas foi benignidade da mais maravilhosa, que deveria encher nossas

mentes com a maior admiração e assombro. Cristo, então, é tão a ilustre e singular prova

de amor Divino por nós, de modo que sempre que olharmos para Ele, Ele nos confirma

plenamente a verdade de que Deus é amor” (CC, vol. 22, p. 239).

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Deus Condescendendo Graça

George Swinnock escreve: “Leitor, não é condescendente graça no mais alto grau, ou

melhor, além de todos os graus, deste autossuficiente, absolutamente perfeito, incompará-

vel Deus — quando a alma do homem estava deixada nua, faminta, inquieta, cercada de

inimigos, sem piedade de todas as criaturas, banhada em seu sangue, ofegante, prestes a

cada momento para alcançar o seu fim, e para ser presa por demônios, arrastada para o

seu calabouço de escuridão, para ali fritar em chamas intoleráveis para sempre — que Ele

olhe para o homem nesta condição repugnante com um olhar de favor e amor?... Amigo,

amigo, o que é condescendente graça, se não isto? Ai, o incomparável Deus não tinha

obrigação para com o homem, Ele não necessitava de forma alguma do homem, Ele não

pode esperar o mínimo bem da parte do homem; Ele teria sido tão feliz quanto Ele é, agora,

se raça humana fosse arruinada e tivesse perecido. Além disso, Ele estava infinitamente

desobrigado pelo homem, e tinha toda a razão no mundo para destruí-lo; e ainda assim,

Ele tem o prazer de ser tão diligente do bem-estar do homem, e tão solícito sobre ele como

se fosse pelo Seu próprio” (Obras, Vol. 4, p. 478-479).

“Nisto Está O Amor”

Por Charles Spurgeon

“Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou

a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:10).

“João, com amor em seu coração, sobe no alto, e usando seu olho de águia, olha para

toda a história, e todo o espaço, e, finalmente, ele posiciona-se sobre um local, pois ele

descobriu aquilo pelo qual ele estava buscando, e ele diz: ‘Nisto está o amor’. Há amor

em mil lugares, como as gotas dispersas, borrifadas sobre as folhas da floresta; mas

quanto ao oceano, que está em um lugar, e quando chegamos a ele, dizemos: ‘Aqui está

a água’. Há amor em muitos lugares, como os feixes de luz vagueantes; mas quanto ao

sol, ele está em uma parte do céu, e à medida que olhamos para ele, dizemos: ‘Aqui está

a luz’. Assim, ‘Aqui’, disse o apóstolo, à medida que ele olhou para o Senhor Jeová,

‘Nisto está o amor’. Ele não apontou para seu próprio coração, e disse: ‘Nisto consiste o

amor’, pois este era, antes uma pequena poça cheia do grande mar de amor, ele não

olhou para a Igreja de Deus, e disse de todas as miríades que não consideram as suas

vidas como preciosa para si mesmos: ‘Nisto consiste o amor’, pois o amor deles era

somente o brilho refletido do grande sol do amor; mas ele olhou para Deus, o Pai, no

esplendor da Sua condescendência em dar o Seu único Filho para morrer por nós, e ele

disse: ‘Nisto consiste o amor’, como se todo o amor estivesse aqui, amor à sua altura

máxima, o amor em seu clímax, amor superando a si mesmo: “Nisto está o amor, não

em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu

Filho para propiciação pelos nossos pecados” (MTP, vol. 41, p. 1).

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

“Como Suas criaturas, devemos amar o nosso Criador; como preservados pelo Seu

cuidado, estamos sob a obrigação de amá-lO por Sua bondade: nós devemos a Ele tanto

que o nosso melhor amor é um mero reconhecimento de nossa dívida. Mas Deus nos

amou, a quem Ele não devia absolutamente nada; pois, aquelas que poderiam ter sido

as reivindicações de uma criatura sobre Seu Criador, nós perdemos todas elas por nossa

rebelião. Homens pecadores não tinham direitos em relação a Deus, exceto o direito de

serem punidos. No entanto, o Senhor manifestou amor sem limites por nossa raça, que

somente era digna de ser destruída. Ó palavras! Como vocês me falham! Eu não posso

expressar o meu coração por esses pobres lábios de barro. Ó Deus, quão infinito era o

Teu amor que foi dado sem qualquer obrigação de Tua parte, livremente e não buscado,

e tudo porque Tu quiseste amar, sim. Tu amas porque Tu és amor. Não havia nenhum

motivo, nenhum constrangimento, nenhuma reivindicação pelo que Tu amasses a

humanidade, a não ser que Teu coração Te guiou a assim agir. Que é o homem para

que Te lembres dele? ‘Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas

em que ele nos amou a nós’” (MTP, Vol. 29, p. 113).

“Quando Deus ama aqueles que O amam, isto parece estar de acordo com a lei da

natureza; mas quando Ele ama aqueles que não O amam, isso deve estar acima mesmo

de todas as leis; isso está, certamente, de acordo, com a extraordinária regra da graça,

e graça somente. Não havia um homem na terra que amasse a Deus. Não havia ninguém

que fizesse o bem, nem um sequer; e ainda assim, o Senhor fixou o olhar do Seu amor

eletivo sobre os pecadores, em quem não havia nenhum pensamento de amá-lO. Não

há mais amor a Deus ali em um coração não renovado do que há de vida dentro de um

pedaço de granito. Não há mais do amor a Deus ali dentro da alma que não é salva do

que há de fogo nas profundezas das ondas do oceano; e aqui em verdade está a

maravilha, que, quando não tínhamos amor a Deus, Ele nos amou. Esta é uma forma

suave de expressá-lo, pois em vez de amar a Deus, meus irmãos, você e eu retínhamos

dEle o mais pobre tributo de honra. Éramos descuidados, indiferentes. Dias e semanas

passaram sobre as nossas cabeças em que dificilmente pensávamos sobre Deus. Se

não houvesse qualquer Deus, não faria muita diferença para nós quanto aos nossos

pensamentos, hábitos e conversação. Deus não estava em todos os nossos pensa-

mentos; e, talvez, se alguém tivesse nos informado que Deus estava morto, deveríamos

ter pensado disso como um belo recorte de notícia, pois, então, poderíamos viver como

nós queríamos, e não precisaríamos estar em qualquer medo de sermos julgado por Ele.

Em vez de amar a Deus, ainda que agora nos alegramos que Ele nos ame, nós nos

rebelávamos contra Ele. Qual das Suas leis nós não temos quebrado? Não podemos

colocar o dedo sobre um mandamento sem sermos obrigados a reconhecer que nós

violamos as Suas ordens, ou vivemos aquém de Suas demandas” (MTP, Vol. 42, p. 27-

28).

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.