uma homenagem poética a hiroshima e nagasaki - jornal cruzeiro do sul

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SOROCABA • SEXTA-FEIRA • 6 DE AGOSTO DE 2010 B3 Show do Carapiá Aimatrúpedes é uma das opções da noite Apostando na fusão de ritmos brasileiros (samba, baião, MPB) e estrangeiros (blues, jazz e funk), a banda Carapiá Aimatrúpedes, formada em 2007 em Sorocaba, faz show hoje, a par- tir das 22h, no Asteroid Bar (rua Aparecida, 737). A apresentação traz tre- ze músicas inéditas, que passeiam pelos mais diver- sos estilos e variadas in- fluências como Itamar As- sumpção, Tom Waits, Sly and The Family Stone e Nação Zumbi. A formação atual conta com Marcelo Reis (voz), Juan Lomardo (voz e guitar- ra), Orlandão (contrabaixo) e Felipe Kasoharo (bateria). Os interessados em conhe- cer mais o trabalho do gru- po podem acessar o site www.myspace.com/cara- piaimatrupedes. Entre as influências, Itamar Assumpção e Tom Waits DIVULGAÇÃO CINEMA ‘A Origem’ e ‘Meu Malvado Favorito’ estreiam hoje “A Origem”, filme dirigido por Christopher Nolan, com Leonardo Di Caprio, e a ani- mação “Meu Malvado Favorito” são as novidades do circuito ci- nematográfico da cidade neste final de semana. Os comentários em relação à primeira das estreias dão conta de se tratar de uma da- quelas produções que combi- nam ação, aventura e uma tra- ma inteligente. Na prática, por- tanto, conforme os que já as- sistiram, o público pode espe- rar uma história intrigante. A narrativa fala de Don Cobb (Leonardo Di Caprio), su- jeito que comanda uma equipe especializada em espionagem comercial que, para roubar se- gredos, desenvolveu uma tec- nologia capaz de invadir as mentes das pessoas enquanto elas dormem. Os problemas começam quando Saito (Ken Watanabe), um cliente muito especial, de- safia que os “invasores de so- nhos” entrem na mente de um concorrente não para roubar uma informação, mas sim pa- ra implantar uma ideia. Nolan já realizou outros bons traba- lhos, como “Amnésia”, de 2000, “Batman Begins” e “O Cavaleiro das Trevas”. Já “Meu Malvado Favorito”, rodada com a tecnologia 3D, conta a história de Gru, um dos maiores vilões da Terra, que es- tá enfrentando um momento difícil na sua carreira: a concor- rência de Vetor, malfeitor mais jovem e melhor equipado. Para provar que ainda é o maioral, ele planeja roubar a lua. A animação é rodada em tecnologia 3D DIVULGAÇÃO Ana Bernadino Vocalistas do Bonde do Rolê mostram sua ousadia nas pick-ups As vocalistas do irreverente Bonde do Rolê, Laura Taylor e Ana Bernadino, trocam o mi- crofone hoje pelas pick-ups no Terceiro Andar. Essa é a se- gunda vez que elas tocam na cidade e se for como a primei- ra, a balada deve lotar. Elas dividem o som duran- te a noite com os residentes Renan Moraes, Roxxy e Time. Conhecidas por não terem nenhum pudor no palco, a du- pla entrou para o Bonde do Ro- lê em 2008, após vencer um concurso realizado em parce- ria com a MTV Brasil. A carismática Laura é mi- neira e, antes de integrar a banda, era proprietária de um brechó em Belo Horizonte e já agitava as pistas de diversas festas país afora com o trio Ki- ller Shoes. Apesar de nascer em Belo Horizonte, a moça mo- rou boa parte de sua vida na Nova Zelândia. Já a paulistana Ana é for- mada em artes do corpo pela PUC-SP e encanta com seu de- sempenho, no mínimo, ousa- do. Ana sempre corre para to- dos os lados, pula, gira o corpo e balança as longas madeixas. O Bonde do Rolê também é formado pelos DJs e produto- res Rodrigo Gorky e Pedro DEyrot. A banda produz um som que faz uma inusitada mistura de rock, música ele- trônica e funk carioca, marca- do por composições repletas de humor. O grupo já foi eleito pe- la revista Rolling Stone como uma das “Dez bandas para se ligar no mundo inteiro” e rece- beu elogios do jornal america- no “The New York Times”. O Terceiro Andar, que fica na rua José Bonifácio, 70, abre a partir das 23h. A entrada custa $ 10 (é necessário colo- car o nome na lista de convida- dos disponibilizada no Orkut do Terceiro Andar 4). Infor- mações: (15) 9145-7334. Laura Taylor FOTOS: DIVULGAÇÃO Uma homenagem poética a Hiroshima e Nagasaki Daniela Jacinto O grupo Tutu-Marambá, de Pesquisas das Artes do Corpo, realiza hoje um breve tributo- performance em homenagem às vítimas da bomba atômica lan- çada sobre Hiroshima e Nagasa- ki há 65 anos. Intitulado “Rosas Cálidas”, o evento terá início às 19h no Parque Kasato Maru. Conforme Cleide Riva Campelo, que assina a criação e direção da performance, trata-se de um ato pela paz. “Não é um trabalho para ser assistido, será uma es- pécie de rito em que as pessoas poderão participar com a gente, seguir, como uma procissão”, esclarece. Cleide afirma que o grupo estudou como são feitas as ho- menagens no Japão “em refe- rência ao ato que não diz respei- to apenas a Hiroshima e Naga- saki”. “Foi contra a humanida- de. Tem vários focos de violência hoje no planeta, na nossa pró- pria cidade inclusive, então o que estamos fazendo não é algo saudosista. Nos referimos a es- sa grande violência como forma de articular uma conversa com o presente, para pensarmos nu- ma maneira de construir uma sociedade melhor para todo mundo”, ressalta. Ainda de acordo com Cleide, o grupo se prepara todos os anos para fazer esse ritual. “Re- petimos coisas que são feitas no Memorial da Paz em Hiroshima. Inclusive preparamos uma ré- plica em bambu do domo de Hi- roshima, um ícone que sobrevi- veu ao ataque atômico e é hoje considerado um símbolo da paz mundial. Será um evento muito delicado, um lamento, um hai- kai na verdade, suave como os orientais são. Será como a suti- leza de um poema curto, mas o importante é lembrar”, acres- centa. Foi no dia 6 de agosto de 1945, que um bombardeiro da Força Aérea dos Estados Unidos lançou a bomba atômica “Little Boy” na cidade japonesa de Hi- roshima. Três dias depois, hou- ve outra detonação nuclear, inti- tulada “Fat Man”, sobre Nagasa- ki. Este é o terceiro ano que o grupo Tutu-Marambá realiza performance em homenagem às vítimas da violência atômica e, ao mesmo tempo, um ato públi- co em apelo à paz mundial. Em 2008, o grupo apresentou “To- roró-Acã: Tributo das Terras de Sorocaba à Memória de Hiroshi- ma e Nagasaki” e, em 2009, a performance “Para Que Nunca Se Esqueçam...”. O tributo deste ano leva o tí- tulo “Rosas Cálidas” numa alusão ao poema “Rosa de Hiro- xima”, de Vinícius de Moraes, musicado por Gerson Conrad na canção “Rosa de Hiroshima” que ficou conhecida com a ban- da Secos e Molhados. “O que preparamos é mais voltado aos ritos antigos do nascimento do teatro, ao contrário do que faze- mos com as outras performan- ces, que são mais de vanguar- da”, afirma. O grupo Tutu-Marambá, de Pesquisas das Artes do Corpo, surgiu em 2008 a partir de uma oficina de três meses realizada na Oficina Cultural Regional “Grande Otelo”. Sob direção de Cleide Riva Campelo, tem se de- dicado aos estudos das artes do corpo e das linguagens da per- formance. Fazem parte de seus núcleos de interesse os estudos sobre mídia, arte e comuni- cação, e sobre as diversas raízes que compõem a identidade bra- sileira, ou seja, a cultura indíge- na, a cultura africana, a cultura européia, e, entre os povos que migraram mais recentemente, a cultura japonesa. É a partir des- ses estudos que o grupo desen- volve sua pesquisa corporal e estética, numa investigação contínua dentro das tendências da vanguarda cênica, em que o texto é deslocado do centro da dramaturgia e é aliado a lingua- gens como a dança, música, ar- tes plásticas, comunicação, mí- dia, cultura e arte. Fazem parte do grupo, os se- guintes artistas: Quitéria Maria, Esdras Nuño, Alexandre Ven- tris, Flávio Queiroz, Paulo Fa- rias, Rosaura Mello, Ibraim Ra- mos, Márcio Moraes, Janice Macedo, Ana Diniz, e Rodrigo Bragatto. O evento de hoje con- ta ainda com a participação es- pecial dos fotógrafos Beto Ro- cha, Nilze de Campos e Tiago Macambira. Tutu-Marambá realiza hoje performance-tributo para lembrar as vítimas da bomba atômica TIAGO MACAMBIRA / DIVULGAÇÃO A MOR TE DA PERFORMANCE Fossem aqueles pilotos artistas transgressores E sobre Hiroshima e sobre Nagasaki Cálidas rosas - as mesmas do poeta - Teriam caído feito chuva boa E hoje dançaríamos uma tão feliz lembrança Cleide Riva Campelo

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Matéria de Daniela Jacinto, publicada dia 6 de Agosto, sobre a performance "Rosas Cálidas: Um Tributo a Hiroshima e Nagasaki".

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Page 1: Uma Homenagem Poética a Hiroshima e Nagasaki - Jornal Cruzeiro do Sul

SOROCABA • SEXTA-FEIRA • 6 DE AGOSTO DE 2010

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Show do Carapiá Aimatrúpedes é uma das opções da noite

Apostando na fusão de ritmos brasileiros (samba, baião, MPB) e estrangeiros (blues, jazze funk), a banda Carapiá Aimatrúpedes, formada em 2007 em Sorocaba, faz show hoje, a par-

tir das 22h, no Asteroid Bar(rua Aparecida, 737).

A apresentação traz tre-ze músicas inéditas, quepasseiam pelos mais diver-sos estilos e variadas in-fluências como Itamar As-sumpção, Tom Waits, Slyand The Family Stone eNação Zumbi.

A formação atual contacom Marcelo Reis (voz),Juan Lomardo (voz e guitar-ra), Orlandão (contrabaixo)e Felipe Kasoharo (bateria).Os interessados em conhe-cer mais o trabalho do gru-po podem acessar o sitewww.myspace.com/cara-piaimatrupedes. Entre as influências, Itamar Assumpção e Tom Waits

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CINEMA

‘A Origem’e ‘Meu MalvadoFavorito’estreiam hoje

“A Origem”, filme dirigidopor Christopher Nolan, comLeonardo Di Caprio, e a ani-mação “Meu Malvado Favorito”são as novidades do circuito ci-nematográfico da cidade nestefinal de semana.

Os comentários em relaçãoà primeira das estreias dão

conta de se tratar de uma da-quelas produções que combi-nam ação, aventura e uma tra-ma inteligente. Na prática, por-tanto, conforme os que já as-sistiram, o público pode espe-rar uma história intrigante.

A narrativa fala de DonCobb (Leonardo Di Caprio), su-

jeito que comanda uma equipeespecializada em espionagemcomercial que, para roubar se-gredos, desenvolveu uma tec-nologia capaz de invadir asmentes das pessoas enquantoelas dormem.

Os problemas começamquando Saito (Ken Watanabe),um cliente muito especial, de-safia que os “invasores de so-nhos” entrem na mente de umconcorrente não para roubaruma informação, mas sim pa-ra implantar uma ideia. Nolanjá realizou outros bons traba-lhos, como “Amnésia”, de2000, “Batman Begins” e “OCavaleiro das Trevas”.

Já “Meu Malvado Favorito”,rodada com a tecnologia 3D,conta a história de Gru, um dosmaiores vilões da Terra, que es-tá enfrentando um momentodifícil na sua carreira: a concor-rência de Vetor, malfeitor maisjovem e melhor equipado. Paraprovar que ainda é o maioral,ele planeja roubar a lua.A animação é rodada em tecnologia 3D

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Ana Bernadino

Vocalistas do Bondedo Rolê mostram suaousadia nas pick-ups

As vocalistas do irreverenteBonde do Rolê, Laura Taylor eAna Bernadino, trocam o mi-crofone hoje pelas pick-ups noTerceiro Andar. Essa é a se-gunda vez que elas tocam nacidade e se for como a primei-ra, a balada deve lotar.

Elas dividem o som duran-te a noite com os residentesRenan Moraes, Roxxy e Time.

Conhecidas por não teremnenhum pudor no palco, a du-pla entrou para o Bonde do Ro-lê em 2008, após vencer umconcurso realizado em parce-ria com a MTV Brasil.

A carismática Laura é mi-neira e, antes de integrar abanda, era proprietária de umbrechó em Belo Horizonte e jáagitava as pistas de diversasfestas país afora com o trio Ki-ller Shoes. Apesar de nascerem Belo Horizonte, a moça mo-rou boa parte de sua vida naNova Zelândia.

Já a paulistana Ana é for-mada em artes do corpo pelaPUC-SP e encanta com seu de-sempenho, no mínimo, ousa-do. Ana sempre corre para to-dos os lados, pula, gira o corpoe balança as longas madeixas.

O Bonde do Rolê também éformado pelos DJs e produto-res Rodrigo Gorky e PedroDEyrot. A banda produz umsom que faz uma inusitada

mistura de rock, música ele-trônica e funk carioca, marca-do por composições repletas dehumor. O grupo já foi eleito pe-la revista Rolling Stone comouma das “Dez bandas para seligar no mundo inteiro” e rece-beu elogios do jornal america-no “The New York Times”.

O Terceiro Andar, que ficana rua José Bonifácio, 70, abrea partir das 23h. A entradacusta $ 10 (é necessário colo-car o nome na lista de convida-dos disponibilizada no Orkutdo Terceiro Andar 4). Infor-mações: (15) 9145-7334.

Laura TaylorFO

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Uma homenagem poéticaa Hiroshima e Nagasaki

Daniela Jacinto

O grupo Tutu-Marambá, dePesquisas das Artes do Corpo,realiza hoje um breve tributo-performance em homenagem àsvítimas da bomba atômica lan-çada sobre Hiroshima e Nagasa-ki há 65 anos. Intitulado “RosasCálidas”, o evento terá início às19h no Parque Kasato Maru.Conforme Cleide Riva Campelo,que assina a criação e direçãoda performance, trata-se de umato pela paz. “Não é um trabalhopara ser assistido, será uma es-pécie de rito em que as pessoaspoderão participar com a gente,seguir, como uma procissão”,esclarece.

Cleide afirma que o grupoestudou como são feitas as ho-menagens no Japão “em refe-rência ao ato que não diz respei-to apenas a Hiroshima e Naga-saki”. “Foi contra a humanida-de. Tem vários focos de violênciahoje no planeta, na nossa pró-pria cidade inclusive, então oque estamos fazendo não é algosaudosista. Nos referimos a es-sa grande violência como formade articular uma conversa como presente, para pensarmos nu-ma maneira de construir umasociedade melhor para todomundo”, ressalta.

Ainda de acordo com Cleide,o grupo se prepara todos osanos para fazer esse ritual. “Re-petimos coisas que são feitas noMemorial da Paz em Hiroshima.Inclusive preparamos uma ré-plica em bambu do domo de Hi-roshima, um ícone que sobrevi-veu ao ataque atômico e é hojeconsiderado um símbolo da pazmundial. Será um evento muitodelicado, um lamento, um hai-kai na verdade, suave como osorientais são. Será como a suti-leza de um poema curto, mas oimportante é lembrar”, acres-centa.

Foi no dia 6 de agosto de1945, que um bombardeiro da

Força Aérea dos Estados Unidoslançou a bomba atômica “LittleBoy” na cidade japonesa de Hi-roshima. Três dias depois, hou-ve outra detonação nuclear, inti-tulada “Fat Man”, sobre Nagasa-ki.

Este é o terceiro ano que ogrupo Tutu-Marambá realizaperformance em homenagem àsvítimas da violência atômica e,ao mesmo tempo, um ato públi-co em apelo à paz mundial. Em2008, o grupo apresentou “To-roró-Acã: Tributo das Terras deSorocaba à Memória de Hiroshi-ma e Nagasaki” e, em 2009, aperformance “Para Que NuncaSe Esqueçam...”.

O tributo deste ano leva o tí-tulo “Rosas Cálidas” numaalusão ao poema “Rosa de Hiro-xima”, de Vinícius de Moraes,musicado por Gerson Conradna canção “Rosa de Hiroshima”que ficou conhecida com a ban-da Secos e Molhados. “O quepreparamos é mais voltado aosritos antigos do nascimento do

teatro, ao contrário do que faze-mos com as outras performan-ces, que são mais de vanguar-da”, afirma.

O grupo Tutu-Marambá, dePesquisas das Artes do Corpo,surgiu em 2008 a partir de umaoficina de três meses realizadana Oficina Cultural Regional“Grande Otelo”. Sob direção deCleide Riva Campelo, tem se de-dicado aos estudos das artes docorpo e das linguagens da per-formance. Fazem parte de seusnúcleos de interesse os estudossobre mídia, arte e comuni-cação, e sobre as diversas raízesque compõem a identidade bra-sileira, ou seja, a cultura indíge-na, a cultura africana, a culturaeuropéia, e, entre os povos quemigraram mais recentemente, acultura japonesa. É a partir des-ses estudos que o grupo desen-volve sua pesquisa corporal eestética, numa investigaçãocontínua dentro das tendênciasda vanguarda cênica, em que otexto é deslocado do centro da

dramaturgia e é aliado a lingua-gens como a dança, música, ar-tes plásticas, comunicação, mí-dia, cultura e arte.

Fazem parte do grupo, os se-guintes artistas: Quitéria Maria,Esdras Nuño, Alexandre Ven-tris, Flávio Queiroz, Paulo Fa-rias, Rosaura Mello, Ibraim Ra-mos, Márcio Moraes, JaniceMacedo, Ana Diniz, e RodrigoBragatto. O evento de hoje con-ta ainda com a participação es-pecial dos fotógrafos Beto Ro-cha, Nilze de Campos e TiagoMacambira.

Tutu-Marambá realiza hoje performance-tributo para lembrar as vítimas da bomba atômica

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A MORTE DA

PERFORMANCE

Fossem aqueles pilotosartistas transgressoresE sobre Hiroshima e sobre NagasakiCálidas rosas - as mesmas do poeta - Teriam caído feito chuva boaE hoje dançaríamosuma tão feliz lembrança

Cleide Riva Campelo