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A D IVERSIDADE DA G EOGRAFIA B RASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO 6721 UMA ABORDAGEM GEOSSISTÊMICA APLICADA AO ESTUDO DA DEGRADAÇÃO DO SOLO NA MICROBACIA DO ZÉ AÇU EM PARINTINS/AM KELTON KLINGER QUEIROZ PINTO 1 ADOREA REBELLO DA CUNHA ALBUQUERQUE 2 RILDO OLIVEIRA MARQUES 3 Resumo O objetivo deste trabalho foi identificar possíveis fatores advindos de condições ambientais e ações antrópicas que contribuíram para formação e evolução de voçorocas em proporções alarmantes na microbacia hidrográfica do Zé-Açu no município de Parintins/AM. Neste trabalho, buscou-se apresentar uma abordagem geossistêmica, analisando atributos sistêmicos que nos auxilie na compreensão das estruturas, função, dinâmica e evolução do processo estudado, com intuito de construir relações com a dinâmica antrópica e as consequências ambientais para os territórios das comunidades residentes nesses locais atingidas por esse processo de degradação do solo. Palavras chave: Voçoroca, Degradação Ambiental, Geossistema. Abstract The objective of this study was to identify possible factors arising from environmental conditions and human activities that contributed to the formation and evolution of gullies at an alarming rate in the watershed Ze-Açu in the city of Parintins / AM. In this work, we sought to present a geosystemic approach, analyzing systemic attributes that assist us in understanding the structure, function, dynamics and evolution of the studied process, aiming to build relations with anthropogenic dynamics and environmental consequences for the territories of host communities in those places hit by this process of land degradation. Key-words: gully, Environmental Degradation, geosystem. 1- Introdução Este trabalho busca em sua essência, apresentar uma abordagem geossistêmica que segundo Rodrigues & Silva (2013) é baseada principalmente em atributos sistêmicos, e que busca definir propriedades sistêmicas, ou seja, as noções de estrutura, função, dinâmica e evolução. Neste sentido, buscou-se aplicar a definição de geossistema de Bertrand (1968) como suporte metodológico para a construção de uma análise geossistêmica a fim de compreender o surgimento e evolução dos processos erosivos que levaram a degradação do solo e suas consequências na área estudada. Para isso, o estudo se voltou para a compreensão do potencial ecológico, a exploração biológica e a ação humana, com intuito de estabelecer as relações existentes, pois segundo Bertrand (1968) os Geossistemas são estabelecidos justamente pela dinâmica existente entre esses elementos. 1 Acadêmico do programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas. E-mail de contato: [email protected] 2 Docente do programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas. E- mail de contato: [email protected] 3 Acadêmico do programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas. E-mail de contato: [email protected]

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A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO

DE 9 A 12 DE OUTUBRO

6721

UMA ABORDAGEM GEOSSISTÊMICA APLICADA AO ESTUDO DA DEGRADAÇÃO DO SOLO NA MICROBACIA DO ZÉ AÇU EM

PARINTINS/AM KELTON KLINGER QUEIROZ PINTO1

ADOREA REBELLO DA CUNHA ALBUQUERQUE2 RILDO OLIVEIRA MARQUES3

Resumo O objetivo deste trabalho foi identificar possíveis fatores advindos de condições ambientais e ações antrópicas que contribuíram para formação e evolução de voçorocas em proporções alarmantes na microbacia hidrográfica do Zé-Açu no município de Parintins/AM. Neste trabalho, buscou-se apresentar uma abordagem geossistêmica, analisando atributos sistêmicos que nos auxilie na compreensão das estruturas, função, dinâmica e evolução do processo estudado, com intuito de construir relações com a dinâmica antrópica e as consequências ambientais para os territórios das comunidades residentes nesses locais atingidas por esse processo de degradação do solo. Palavras chave: Voçoroca, Degradação Ambiental, Geossistema.

Abstract The objective of this study was to identify possible factors arising from environmental conditions and human activities that contributed to the formation and evolution of gullies at an alarming rate in the watershed Ze-Açu in the city of Parintins / AM. In this work, we sought to present a geosystemic approach, analyzing systemic attributes that assist us in understanding the structure, function, dynamics and evolution of the studied process, aiming to build relations with anthropogenic dynamics and environmental consequences for the territories of host communities in those places hit by this process of land degradation. Key-words: gully, Environmental Degradation, geosystem.

1- Introdução

Este trabalho busca em sua essência, apresentar uma abordagem

geossistêmica que segundo Rodrigues & Silva (2013) é baseada principalmente em

atributos sistêmicos, e que busca definir propriedades sistêmicas, ou seja, as noções

de estrutura, função, dinâmica e evolução.

Neste sentido, buscou-se aplicar a definição de geossistema de Bertrand

(1968) como suporte metodológico para a construção de uma análise geossistêmica

a fim de compreender o surgimento e evolução dos processos erosivos que levaram

a degradação do solo e suas consequências na área estudada.

Para isso, o estudo se voltou para a compreensão do potencial ecológico, a

exploração biológica e a ação humana, com intuito de estabelecer as relações

existentes, pois segundo Bertrand (1968) os Geossistemas são estabelecidos

justamente pela dinâmica existente entre esses elementos.

1 Acadêmico do programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas.

E-mail de contato: [email protected] 2 Docente do programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas. E-

mail de contato: [email protected] 3 Acadêmico do programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas.

E-mail de contato: [email protected]

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2- Abordagem Geossistêmica Aplicada: bases conceituais

Para uma melhor compreensão dos Geossistemas, devemos entender que

este derivou diretamente da Teoria Geral dos Sistemas de Bertalanffy, e para

contribuição desta concepção na Geografia Física de modo geral, devemos destacar

primeiramente o trabalho do Russo Sotchava, que no início da década de 1960

ainda na antiga União Soviética, foi o primeiro a mencionar o termo como uma forma

de estudo das paisagens geográficas complexas.

Embora seja louvável seu pioneirismo, sua definição de Geossistemas

recebeu duras críticas devido a pouca precisão espacial de sua classificação, uma

vez que para este autor os Geossistemas podem ser identificados em três níveis:

planetário, regional e topológico, sendo que qualquer um desses pode ser chamado

de Geossistemas sem maiores critérios.

Toda via, foi com o francês Georges Bertrand em 1968 com o seu trabalho

“Paysage et Géographie Physique Global. Esquisse méthodologique”, que o

conceito de Geossistema foi otimizado e ganhou um caráter com maior

aplicabilidade dentro da Geografia Física.

De acordo com Bertrand (1968), a paisagem possui um estreito vínculo com a

escala, para este autor, o Geossistema pode ser concebido como um sistema

taxonômico classificado de acordo com sua escala, neste sentido, Bertrand propõe

seis unidades de paisagens, classificada em níveis superiores e inferiores de acordo

com sua escala de abrangência são elas: Zona, Domínio e Região Natural como

unidades superiores, e representando as unidades inferiores temos o Geossistema,

Geofácies e Geótopos.

Segundo Nascimento & Sampaio (2005), o Geossistema deu a Geografia

Física um melhor caráter metodológico, até então complexo e mundialmente

indefinido, facilitando e incentivando os estudos integrados das paisagens. Desta

forma, podemos afirmar que o método geossistêmico se adequou muito bem ás

análises ambientais em Geografia, pois o modelo de abordagem geossistêmica

proposto por Bertrand (1968) possibilita um prático estudo do espaço geográfico

integrando em sua análise a ação social na interação natural com o potencial

ecológico e a exploração biológica (figura 1).

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Figura 1: Geossistema.

Fonte: BERTRAND, G. 1968.

3- Metodologia

A Microbacia Hidrográfica (Mbh) Zé Açu, está situada no município de

Parintins a aproximadamente 11 km a leste do sítio urbano do município (figura 2),

onde segundo Pachêco (2013) possui uma área de 126.923 km2, com um total de

nove comunidades, sendo Nossa Senhora de Nazaré, Bom Socorro, Paraíso e

Nossa Senhora das Graças localizadas em suas margens, e Brasil Roça, Boa

Esperança, Santa Fé, Nova Esperança e Vista Alegre situando-se no interior do

Projeto de Assentamento de Vila Amazônia do INCRA.

Para este trabalho, escolhemos estudar apenas as comunidades situadas às

margens da microbacia (figura 2), visto que são as mais afetadas pelo problema de

assoreamento causado pela deflagração das voçorocas a montante de sua posição.

Neste sentido, as comunidades Paraíso e principalmente Nossa senhora das Graças

foram as mais privilegiadas pelo estudo devido à gravidade do problema já instalado.

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Figura 2: Mapa de localização da Microbacia Hidrográfica do Zé-Açu. Fonte: MARQUES, R. 2015.

Com intuito de alcançar uma análise geossistêmica, o trabalho foi dividido em

duas etapas no seu procedimento metodológico.

Primeiro, buscou-se compreender o Potencial Ecológico e a Exploração

Biológica, neste sentindo, verificou-se os fatores controladores das incisões erosivas

encontradas na área estuda, neste caso, sulcos, ravinas e voçorocas4, onde foram

observados a erosividade, que corresponde à capacidade de chuva em provocar

erosão; a erodibilidade, que diz respeito à resistência do solo a ser erodido;

características da encosta, onde foi observado a forma e a declividade da mesma; e

por fim, foi observado o tipo de cobertura vegetal encontrado no local estudado.

Embora haja diversas definições para termo voçoroca, adota-se neste

trabalho a definição de Vieira (2008), onde se entende por voçoroca, como sendo

uma incisão erosiva, que apresenta queda em bloco das camadas do solo, paredes

4 Embora tenha sido detectados sulcos e ravinas no trabalho de campo, neste trabalho optamos por

nos aprofundar apenas nas incisões erosivas denominadas por voçoroca devido à gravidade do problema já instalado.

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verticais e fundo plano, formando secções verticais em U e profundidade superior a

1,5 m.

A segunda etapa consistiu em um levantamento bibliográfico e visitas em

campo (entrevistas com os moradores), tendo como principal objetivo compreender

a relação da ação antrópica, nesta, buscou-se descobrir como ocorreu o processo

de ocupação do local, e como estão estabelecidas atualmente as relações dos

atores sociais (comunitários, fazendeiros, INCRA e IBAMA) com o ambiente

pesquisado.

4- Resultados e Discursão

Após estudar os fatores acima mencionados, conseguimos obter uma visão

integrada de um sistema de fatores que se correlacionam, resultando na morfologia

apresentada atualmente.

No que tange aos aspectos naturais, podemos destacar dois fatores que

influenciaram de forma mais contundente para o surgimento e evolução das

voçorocas estudadas.

Observou-se que essas incisões erosivas possuem relação direta com o clima

da Amazônia, onde podemos destacar os altos índices pluviométricos que chegam a

ultrapassar os 2000 mm/ano, quando relacionado estes índices as características da

encosta, destacamos a forma e a declividade como principais condicionantes desse

fator, pois como afirma Bigarella e Mazuchowski, 1985, nas encostas que

apresentam um acentuado grau de declividade, a água dispõe de menos tempo para

infiltrar, desta forma os obstáculos e as resistências ao escoamento da água são

menores, possibilitando assim o escoamento superficial.

Nesse contexto, à forma das encostas (figura 3) onde se instalou as incisões

erosivas, a maioria, ou seja, 9 das 12 voçorocas identificadas, principalmente as

integradas à rede de drenagem, apresentam aproximadamente 45º e configuração

convexa conforme a classificação proposta por Parsons (1988 apud Guerra, 2011).

De acordo com Viera (2008) a forma da encosta representa importante papel na

erodibilidade dos solos.

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Figura 3: Voçoroca: característica da encosta apresentada na comunidade Nossa Senhora das Graças.

Fonte: Pinto, 2015.

Figura 4: Afloramento do horizonte “C” apresentando o solo argilo-siltoso extremamente friável classificado como de baixa erodibilidade.

Fonte: Pinto, 2015.

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Observou-se ainda, que todas as voçorocas encontradas em campo

apresentou o afloramento do horizonte C (figura 4), cujo o solo foi classificado como

argilo-siltoso, isto implica dizer que essas erosões ainda estão bastante ativas, pois

este é um solo extremamente friável de baixa erodibilidade, ou seja, baixa

resistência a erosão.

Figura 5: Cobertura Vegetal.

Fonte: Pinto, 2015.

No que concerne aos fatores resultantes da ação antrópica, podemos

destacar o uso do solo para prática de pecuária extensiva, pois, a retirada da

cobertura vegetal (figura 5) para a prática dessa atividade resulta na compactação, o

que dificulta a infiltração e proporciona o escoamento superficial, o que potencializa

o efeito da erosividade no solo, proporcionando assim, uma desagregação de

sedimentos em escalas cada vez maior, e esta degradação do solo a montante das

voçorocas, resultam no assoreamento de diversos canais localizados a jusante

destas incisões (figura 6), o que leva a morte de nascentes, a diminuição da fauna

aquática e complicações logísticas dos comunitários que utilizam o corpo hídrico

como principal via de transporte.

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Figura 6: Assoreamento do canal na comunidade Nossa Senhora das Graças. Fonte: Marques, 2013.

Entre os moradores entrevistado pelo estudo, destacamos a fala do presidente da comunidade Nossa Senhora das Graças, a mais afetada pela degradação do solo, atingida principalmente pelo assoreamento resultante das voçorocas, o mesmo foi um dos comunitários fundadores da comunidade, reside há 37 anos no local, e afirma que a comunidade já vem sofrendo com o problema de assoreamento há 15 anos.

O comunitário acusa o desmatamento como principal causa do problema, e para ele os fazendeiros possuem boa parte na parcela de responsabilidade pela aceleração dos processos erosivos, o mesmo observa que nas áreas ao norte da comunidade onde a presença dos fazendeiros se apresenta de forma mais intensa é justamente onde se concentra a maior parte do problema, onde encontramos um total de 12 (doze) voçorocas em estado ativo, fato comprovado em campo, conforme mostrado na figura 02 (Microbacia Hidrográfica Zé Açu).

Enquanto aos órgãos públicos? O comunitário diz que a comunidade sente abandonada, pois o IBAMA só aparece às vezes quando solicitado, o INCRA já foi até desativado da Vila Amazônia, onde o mesmo tinha ao menos o mínimo de contato com este órgão, e a Prefeitura do município geralmente só dá uma maior atenção em tempos de eleição. O mesmo justifica que esse abandono do poder publico deve ocorrer pelo baixo número de famílias residente no local.

Quando perguntado sobre os atuais problemas enfrentado pela comunidade advindo desse processo erosivo que resulta na degradação do solo, o presidente da comunidade respondeu de forma enfática, que a maior dificuldade enfrentada está na locomoção, tendo em vista que a comunidade não possui acesso por estrada e

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no período da estiagem, o canal principal que dá acesso à comunidade chega a ficar com apenas 20 cm de profundidade, o que dificulta e muito a navegação.

O comunitário afirma ainda, que as crianças são as mais prejudicadas, pois no tempo de estiagem, elas chegam a caminhar por três horas até chegar à comunidade Paraíso, para que o transporte escolar (embarcações de pequeno porte) as transporte para comunidade Bom Socorro onde estudam.

E este problema na logística escolar tem sido um dos principais motivos na redução do número de famílias na comunidade, pois antes do assoreamento havia 32 famílias residentes na comunidade e hoje, 15 anos após a deflagração do problema apenas 21 família ainda resistem. 5- Considerações Finais

A abordagem geossistêmica se mostrou uma excelente alternativa no estudo sobre questões ambientais, mais especificamente neste caso, sobre degradação do solo.

Para efeito da realização deste trabalho, o maior trunfo desta abordagem foi o de permitir um estudo integrado entre os fatores naturais e as relações socioambientais estabelecidas no local estudado.

Pois ao final deste trabalho, conseguimos compreender que as voçorocas detectadas em campo, possivelmente teve seu surgimento a partir do momento em que houve a expansão das fazendas na localidade. Segundo a Nova Cartografia Social da Amazônia (2007), a área de atuação dos fazendeiros no Zé Açu alcança uma extensão de aproximadamente 6 mil hectares, onde várias famílias têm aos poucos abandonado a terra, vendendo-a por pressão dos fazendeiros e também pelas dificuldades logísticas causada pelo assoreamento dos canais, resultado direto das incisões erosivas detectadas pelo trabalho. Com a retirada da vegetação primária e em seguida a transformação dessas áreas em pasto, o solo ficou desprotegido e isso provavelmente teve influência direta nos processos erosivos que hoje atuam com grande intensidade no local. 6- Referências ALBUQUERQUE, A. R. C. Erosão no Contexto das Bacias Hidrográficas (org.) In: ALBUQUERQUE, A. R. C. (org.) Contribuições Teórico-metodológicas da Geografia Física. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2010. p.9-39. Confessar ALBUQUERQUE, F. N. B. Impactos ambientais e agentes/fatores controladores de voçorocas urbanas na cidade de Eunápolis (Bahia). Revista Eletrônica Multidisciplinar Pindorama do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia IFBA Nº 02 ? Ano 3? junho/2012. Disponível em: www.revistapindorama.ifba.edu.br. Acesso em 28/09/2013. BERTRAND, Georges. Paysage et Géographie Physique Global. Esquisse méthodologique. Re-vue Géographique dês Pyrenées et du Sud Ouest. Toulouse, v. 39, nº 3, p. 249-272, 1968. BIGARELLA, J.J. e MAZUCHOWSKI, J.Z. (1985). Visão integrada da problemática da erosão. In: 3° Simpósio Nacional de Controle de Erosão. (Livro Guia). Maringá: ABGE/ADEA. 331 p. ARMESTO, R. C. G. Temas geológicos para educação ambiental. Caderno VII. Ação da água subterrânea no planeta terra. Disponível em:

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