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AMYO X RIO DE JANEIRQ-31 DE JULHO DE 1907 »v. nd«i Ptiriudiuo BLiiom.iii.ü llumoristico n lllaatrado Aluiu 1CW08 Semestre '$000 Kc.lnrçilo e »<liiii.iis<rai<;iiu, UVX Í>A ASSKMnLÍU ST. 73 l c/j V^f*/^Í^i/^%9/9/9 WS9 SS Vo'"'l'lamiluS'-o»i> i-nm d-rtUros, eezcnaa»,, em. VI C/ ^SQ&ÇÍÇIÇQ, -,l"«c"s- c«> Peposifo ajeral, DIIOGAítIA PACHECO jRuà dos Andradas, S9 %"~l V. ¦¦UM/8 I '--v-iâí Ternos sob medida.Casi- miras, diago- naesecheviots.Na rua Luiz de Camões n. 28. j —Nao-rae diris, Alzira, o que vem a ser um microscópico? ²Que'ingenuidade. Microscópico é uma cousa que faz crescer tudo. ²Que íaz crescer tudo?,,. Ah] agora adivinho a razão porque meu marido diz que eu !tenho mãos mi- croscofiicas... \/ IT.A.LI S INDISCUTIVELMENTE A MELHOR AGUA MINERAL DE MESA f^DJCADA PARA'A CURA 00 ESTOMASi I eoeiTO IRMÃO & c. CONCESSIONÁRIOS S. PAULO —Rua da Estação, 23 Caixa 1376 Rio de Janeiro—Praça Tiradentes 67 Oiaiaca, *?01 éerre-;*.

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Page 1: UM/8 l c/j - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1907_00946.pdf · Tem feito em Haya um suecessao de arromba • Mostrando quanto vale um brasileiro, Lá fazendo estourar,

AMYO X RIO DE JANEIRQ-31 DE JULHO DE 1907 »v. nd«i

PtiriudiuoBLiiom.iii.ü

llumoristicon lllaatrado

Aluiu 1CW08Semestre '$000

Kc.lnrçilo e »<liiii.iis<rai<;iiu, UVX Í>A ASSKMnLÍU ST. 73

l c/jV^f*/^ Í^i/^%9/9/9 WS9 SS Vo'"'l'lamiluS'-o»i> i-nm d-rtUros, eezcnaa»,, em.

VI C/ ^SQ&ÇÍÇIÇQ, -,l"«c"s- c«> Peposifo ajeral, DIIOGAítIAPACHECO jRuà dos Andradas, S9

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I '--v-iâí

Ternos sobmedida.Casi-miras, diago-

naesecheviots.Na ruaLuiz de Camões n. 28.

j —Nao-rae diris, Alzira, o que vem a ser um microscópico?Que'ingenuidade. Microscópico é uma cousa que faz crescer tudo.

Que íaz crescer tudo?,,. Ah] agora adivinho a razão porque meu marido diz que eu !tenho mãos mi-croscofiicas...

\/ IT.A.LI SINDISCUTIVELMENTE A MELHOR AGUA MINERALDE MESA f^DJCADA PARA'A CURA 00 ESTOMASiI

eoeiTO IRMÃO & c.CONCESSIONÁRIOS

S. PAULO —Rua da Estação, 23Caixa 1376Rio de Janeiro—Praça Tiradentes 67

Oiaiaca, *?01

éerre-;*.

Page 2: UM/8 l c/j - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1907_00946.pdf · Tem feito em Haya um suecessao de arromba • Mostrando quanto vale um brasileiro, Lá fazendo estourar,

O RIO NU'-3r DE JULHO DE 1907

Semana pespidaAi, santo Deus! mas que semana rubra ISangue a valer; constantemente sangue IE o pobre do chri.nistn que descubra

Nessa semana trágico,Assumpto menos man, com quo se mangue.Vejamos pois, agora, si por mágicaDeixando as cousas tristes para o lado,Posso fazer com que o leitor amigo,

Ao menos um bocadoDivirta.se commigo.

Mas si o nilo conseguir, eu, promptamente,Um remédio lhe dou, que é radical,E o ha de lazer rir constantemente

Sem que jamais se cance:- E' lür o Barba Azul, o sem rival

E esplendido romance,Qne tem graça aos toneis,

E custa apenasmente um só mil réis.Assim meu bom loítor, não podes tu,Que sabes ter talento, e que es taful,Deixar de vir depressa ao A','o Nú

Uiiscar o IJakiia Azul.Porem, voltando á celebre semana,

Que me deixou exangucE ainda em mim actua:

Aqui p'ra nós, leitor, essa maganaCom tantos dias despejando sangue,Mais parecia uma mulher de ,. lua.,.

E por falar em lua. Um outro assumptoAcode-me á memória:

Quem nos dirá, que essa semana inglória,Dos eclipses softreii as conseqüências?Houve um do sol; depois, logo cm seguida,Sem respeitar ás mais conveniências...Madama Lua, assim, muito atrevida,Eclipsou-se tambem, sem mais aquella.O caso, 6 que depois desses dois factos

Houve os taes assassinatosE muita ensangüentada churumeUa.Emfim, silo mesmo coisas. . das taes luas...

O facto é consmumado;Quando ellas dào para fazer das suas...Meio mundo lá deixam aluado..,

O nosso Ftuy Barbosa, é que, altaneiro ^Tem feito em Haya um suecessao de arromba •Mostrando quanto vale um brasileiro,Lá fazendo estourar, como uma bombaA pujança de todo o seu talento.

O Ruy que tem o orgulhoDe saber onde traz o seu nariz,Vendo as cousas nào irem a contento,

De prompto lá lhes dizQue nâo ia, no embrulho.K, tocando p'ra o pau,Levou a sua avante,

E sem tardar, ali, no mesmo instanteNaquella gente toda deu quinau.E pondo em prova a grande inteiligencia

Num movimento belloProvou nossa Potência...Mettendo-os num chinello.

Foi, afinal, julgado o Cardosinho,Um camarada mau. terrível, rude,Que trazia em constante borboriuhoAquella gente toda na Saúde.Agora, para manga, elle tem pannos,Pois, o jury, mandando-o bugiar,O condemnou a vinte e quatro annos

Que elle os ha de gramar.,.Numa prisão escura.

Ficamos nõs já livres do perigoE elle, afinal, agora, por castigo

Ha de aguentala... dura...

Dos vários factos mais, que suecederam,Para fechar a rosca, aqui destacoA prisão desse cabra, o tal Macaco

Que, eu creio, todos leram,E que fugido veiu de um EstadoDepois de muito crime praticado.Jamais elle contava que a Polícia

Tivesse um tal trabalho.Nem contava tambem com a períciaQue ella tem, de pular de galho em galho,E por isso, deixou-se descançado.Mas, eis que alguém o bispa e põe-lhe a mão,

Sendo, afinal, pilhadoO illustre Macacão!

E, como elle 6 macaco, toda ufana,A Policia impingiu-lhe uma banana...

Deiró Júnior.

—LICOR TIBAINA--0 melhor purificador do sangue é o

de Granado ék ©.. Rua Io. de Março 12,

COMMENTARIOS 3EJPIJDEM1AI?Por mais que a gente que laça por nilo falar

mais na nLight.., não consegue livrar-se desse ns-sumpto que invade todos os jornaes, desde a pri-meirn columna ntô a secçflO livre o presa a burra.

Aürls, todos aHirmam que a «Light" estí ren-dendo para muitos jornaes...

Para o Rio A'« ella rende pelo menos pilhe-rias.

Na verdade, os argumentos pró <r contra o con*tracto,são soberanamente complicados.

Dizem uns que a «Light» é uma droga, queagora proimrtte muita coisa, faz-se muito mansa,mas quando su vir dona da concessão, ha de arran-car do povo os últimos nickeis.

Ora adeus! Isso é a lei do mundo. Qualquer umde nós faz a mesma coisa até em questões dcamor.

Quando um rapa'.: quer obter a nulo de umamoça, diz que gosta muito delia, jura isso e maisaquillo, e, apenas a moça lhe faz uma concessãoo rapaz mette-lhe o pau e arranca lhe os últimosvinténs.

cg» J „ ,Alguns jornaes acham que os outros defendemmal a «Light» e querem fazer mal ao sr. Macken-zie — «embi.ra n-ío o ataquem pela frente».

Ohl diabol Isto 6 grave. Mas está de accordocom hábitos... do largo do Hocio. Tratando-se deum homem,d natural que o ataquem pelas costas...Para fazer mal a uma mulher é que a gentevae... frente a frente.

Outro orgam da imprensa debocha o caso, di-zendo:

«Agora só encontram vantagens na Light, po-têm, depois hao de começar a descobrir as cousasescondidas... então é que se vae vero bom eobonito...»

Nao duvido; com as mulheres pelo menosassim acontece. Quando a gente começa a descobriro que ellas trazem escondido... então é que é bom I

CSSDO principal argumento é que a Light, vai au-

gmentar as linhas, mas em compensação augmentalambem as passagens... ao passo que as compa-nhías que hoje existem, nào fazem isso.

Pudera! A empreza da Light é nova. Até agente no principio da vida, tem grande facilidadepara augmentar. ;

Ao passo que as cousas antigas só dao paradiminuir.

Tambem nâo concordo com a affirmaçào de que aLight pouco tem que fazer para reformar as linhasde bonds, por que já esta feito o mais difficil. que éa preparação do leito das ruas.

Ora não digam isso. Preparar o leito nào custanada, em ultimo caso o chão mesmo serve.

O que mais custa é por a coisa no logar...principalmente quando se trata de ura serviçonovo.

CSSDTambem, sao estes os dous grandes assumptos

da semana.O dos bondes, e da reforma da orthographia.A Academia de Letras quer que se escreva

phoneticamente, e alguns jornaes já adoptaramesse systhema.

Nao concordo com essa coisa em geral, comoexigem.

Comprehendo que um homem se metta a es-crever «perigoso» cora z, «appellar» com um p só,e «sabbado» só com ura b...Mus que se metta em«annos» com um n só? !

Vade retro ICSãD

Grande escândalo no Senado.O senador Alfredo Ellis, provou por A M B

que falsificaram uina lei, tirando-lhe uma emendaque já tinha sido approvada,

Pois olhem que a lei ainda tem muita sorte.Só porque tiraram uma emenda, não é razão

para tanto barulho.A* uma que eu conhecia tiraram trez... até foi

preciso a intervenção de ura pretor.CStD

Ha dias, eclipse do sol; agora outro da lua.A imitação é flagrante, mas não admira.0 que espanta, é que o astro Rei. tão podero-

so e fulgurante, se deixasse assombrar,Emfim, as maiores potências estão sujeitas ás

descabidas.O peior, é que uma rapariga das minhas inti-

mas relações, está muito preoecupada com o eclipseda lua, e receia que o caso tenha conseqüências.

Emfim ! O único remédio é esperar. Quandouma senhora se impressiona cora a falta da lua, sóalguns mezes depois é que se pôde vêr o resultadodo eclipse,

Zé Fidelis.

«New Yokk, 25.-11,1 nesta ci-dade uma verdadeira epidemiadc crimes.

Hontem, 11111 individuo atacouuma senhora, sendo preso em fia-grante por um carroceiro. Muitosoutros ataques tôm sido frequetl-'¦ tes ás moças, em plena rua. Sóhontem foram atacadas seis se-nhorns.»

(Telegrammn rJM Noticia).Acho horrorosa a tal epidemiaQue dá na gente, p'ra atacar senhoras!Deve ser, mesmo, coisa de arrelia,E commentnl-a vou, sem mais demoras.

De mim p'ra longe vá a zombaria!A mulher passara maus quartos d'horas;Atacada com lantn valentia,Picará livre de quaesquer penlioras!

Aos ladrões nilo se diga-..Vado retro»!Que elles viram dtí mão no mesmo instanteE farão O que aqui eu nrlo soletro. ..

Mas, voltando ao ataque extravaganteA's senhoras: assaz me compenetroQue ellas ficam no estado... interessante!

EUCASOLIVIU,Aus apreciadores do bons cigarros recommen-

dam-se os afamados Castellões íi venda nascharutarias Paris, Palace Theatre e Maison Mo-

1 me.

Theafro /I\oderno(Ella, 30 rnnos; Elle, 21 annos; Paquctli, onde

ella se acha a banhos. 0 marido á'Elta, negociantena Capital, vae para a ilha todos os sabbados átarde, e volta na segunda feira pela manhã. E'sab-bado, quasi hora da chegada da barca. Elle hamuitos dias que faz o seu pé de alferes a.Ella,ignorando, já se vô, a particularidade da chegadado marido, aos sabbados, para matar saudades.)

Elle (amável)—V. exa. é inexorável com oseu desdém 1

Ella - Que quer o senhor, a falta de convi-vencia na sociedade onde se fltrta...

Ellh Pois, eu prometto desde já apresen-tal-a nessa sociedade...

Ella (estendendo lhe a mâo)-E eu desde jáacceito a promessa.

(Os dois deixam a ponte e encaminham-se paraa praia (fa tra sans dire), onde ficam contemplandoas águas.)

Elle (poético) — E si nós tomássemos um barcoe fossemos para muito longe daqui... de modo quesó as águas vissem a nossa ventura?

Ella (séria)-Oh! tenho muito medo a águasalgada. .

Elle (apaixonado)-Entào, meu amor, deixaque te diga o quanto te idolatro 1

(Chega a barca. Os passageiros vâo saltandoe entre elles o marido d'Aíia.)

Ella (desprendeudo-se das mãos d Elle ecorrendo ao encontro do marido) -Adeus, senhor .Agradeço-lhe a licçâo de flirt que me deu, agoratenho uma novidade para experimentar com meumarido !

ElLE-'!?1?!?í?!?1?I?I?i?I?Barriguinha de Macaco.

Água Japonez» - De effeito prompto par;araaciar a pelle e dar ao cabello a côr que se deseja.E' tônico, faz crescer o cabello e extirpa a caspa-Rua dos Àndradas n. 59* ____' Tônico Japonez.—E' o melhor preparadopara perfumar o cabello e destruir parasitas, evi-tando com seu uso diário todas as enfermidadesda cabeça.—Rua dos Àndradas n. 59-

9 Lápides morfuarias(de pessoas vivas)

V. MonteiroDepois que aoF ellis, das Docas,Prometteu.,. só com potocas,Pôr termo ás aceusações.Quando essa idéa mais nutre,Devora-o... nenhum abutre,Mas—nurubiis-rnalandrões» I

Jeremias.

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ífim

: oPsi

A LIGHTOpiniões extranhas

I'.ih-oiiIi'íi<1:in — Contrarias — Dcscn-<¦<>¦¦ Iruil.-is <> CoiitraillctorJii<.-.

Diariamente as nossas dez caixas-poftaes fi.cara abarrotadas de cartas, de todos os tamanhos,formatos, estylos e feiti.js--todas referentes ao ce-lebre contracto da celcoerrima empreza «Norte*Sul-Americana-i.

A publicidade dessa correspondência, in-loliimencheria as oito paginas d'ORio Nii, acarretando,d'est'arte, súrios embaraços pecuniários ao pessoal'rabiscador desse arcfii-popularissitno orgam da im-prensa livre... e desembaraçada de todo c qual-quer ônus ..

Assim sendo, publicaremos, apenas, algumascPessas «missivas»; escolhendo as mais curtas, oumenos engrossativas.

Por hoje, o nosso bem-rnas tres... por conta:

— .Snr. Redactor: Sendo O Rio Nú o periódicomais sério da moderna Imprensa carioca (merci,madama fi o orgam mais afinado... mais forte;mais viril; mais tezo; mais .. (chega, dona !) em-fim, o meu jouriml-dii-ciriir, escolhi-o para fiel in-

f-amado leitor, leva ape-

O RIO NU—31 DE JULHO DE 1907nos bondes deS. Luiz Durão, a titulo de experi-encia, jior ser, essa, uma das linhas mais movi-mentadas da «I.ightn

Os preços seráo, cm qualquer carro da linha-quatro;conforme o lugar que o passageiro ou pas-sageira) tomar, sendo:

Na (rente oo réisDe pé piiigentcs ,00 .Atraz ,20 11Dentro if,0 „

Julgo ser esse o único meio (coma você) decontentar a todo o mundo., e ao vosso in-constante ledor— E. Faxciionetti.»Itoro Horuelca (íid7>ptãaa no ExercitoNacional)-Pomada milagrosa para a cura radicalde espinhas, darthros, assadurns.qtieimaduras, em-

pingens, sarnas, eezemas, ozagres, frieiras, herpes,escoriações e todas as moléstias da pelle.As rachaduras do bico do seio que tanto ator-montam asjovens máos, curam-se com esta santapomada, que não suja a roupa.

Vende-se em todo o Brasil— Deposito geral —Drogaria Pacheco —Rua dos Andradas 59."Vixig-a "riça

tal fmkmMagra, lorniosa, esbelta, alidalgada, esguia,Tu me fazes lembrar uma illusao bemdita IA'loucura do gozo, a tua carne incita,O teu sublimo olhar ferindo acaricia !

Quando falas, .mulher, escuto a melodiaDe um meigo rouxinol que nessa voz se agita !Quando passas a rir, teu passo lebricitaE deixa deniro d'alma um rastro de alegria!...Fujo, si acaso encontro o teu olhar medroso,Esse olhar que me arrasta ás cousas mais profundas.Olhar que é só ternura, è soffrimento, é gozo IPorque quando eu te fito, altiva, indifferente,O' lírica mulher, toda a minh'..lma innundas,Na,'delirio sensuai de uma emoção recente I...

Don Pernalto.

terprete dos meus amistosos sentimentos para coma benemérita Light.Sou costureira-modista e professora diplomada

dc corte; mas, ultimamente, sr. redactor, náo abun-da o «trabalhou, e uma pobre mulher se arranja.,conforme pôde...Ora. por çonseguintemente, (sic) os «pontos de

paragem», sao um poderoso recurso, para eu nãoficar de todo parada... Posso, por previsto acasoou natural coincidência, encontrar um qualquer dosantigos freguezes da minha extineta casa de modasem qualquer um dos pontos, e... já se sabe : — in-terrogação?... exclamação 1... ponto e víro-ula ¦—dois pontos :-Etc. e tal... pontinhos... ** '

Grata, de ante-mao, pela publicidade Vestásmal alinhavadas linhas, me assigno zás-traz-rró-cego.Madame E. Leka.»

- «Senhores redactores d'« O Rio Nii»— Since-ras saudações fratenralisticas.O brilhante periódico bihebdomadario, no qualirradia o espórmaceti dos vossos luzeiros encephá-licos, em reverbéros de incêndio proposital (livra .')vae ser o transmissor possante da minha deca-dentistaenergia-positivamente negativa á tracçãoou attracçáo electricida. (Gostaram) ?...A tracçâo bovina é,incontestavelmente,a maissegura e econômica; apezar de não estarmos maisno tem-*to das vaccas gordas...Odirectorio da Light, que bem sssabe o nomeaos bois,»acceitandoesta minha estupenda ideia.terácertamente uma sorte de...- De v. s. (lã d'ellel)att. ven. etc. Cornelio Manso {veterinário), »— Illustrados redactores do jornal, illustrado«Rio Nui— Solicito-vos um buraquinho (o que,seu ?) nas hilariantes paginas de vosso gracioso eengraçado jornal, para vos expor, rapidamente (vásahindo I) o meu projecto de preços de passagens

*M"iieh.eza d uma joven o roliça rapariga, pos-U suidora de um corpo tentador... senhora deum par de rijos, rosados e voluptuosos seioscom umas pontinhas marron muito erectas, a trans-parecer por entre a alvura de um corpinho muitoleve; dona, também do mais bello e mais bemtorneado par de alvas e roliças pernas que seposí-a imaginar...

Nflo se admirem pois, si eu disser que comesses predicados, era ella cortejada por quanto ho-mem de gosto ha neste mundo. Entretanto, umcamarada houve, mais feliz que, com geito lhe ar-rastou a aza, conseguindo, com promessas de ca-samento, papar o que ella possuía de melhor...gozando aquelle mundo de encantos até fartar-separa, abandonal-a depois. '

Muito religiosa, a rapariga, resistia valente-mente aos ataques dos que sabiam ser ella umapraça abordavel... e, apezar de já estar iniciadanos mystenos do peccado... jamais consentia quequalquer homem abarracasse...

Certo dia, assistiu ella, á um sermão, cujo pre-gador fulminava com palavras, os homens quecom promessas de casamento, enganavam as mu-lheres, deshonf ándo-as; e.dizia, que sendo elles osculpados, tão somente sobre elles recabiam ospeccados por ellas commetidos; e sendo assim res-ponderiam perante a justiça divina, por todas asleviandades praticadas pela mulher depois de...enganada...

Ouvindo aquella historia, a rapariga disse comos seus botões: Ah I agora já nâo tenho arecear. O patife do JoãoIcuspiu-me no anzol, mas,si, como disse o pregador, elle responderá d'aquípor deante, pelas minhas leviandades .. hei-depratical-as á miúdo só para vel-o condemnado.

Estou vingada IE... n'aquelle mesmo dia, outro felizardo pe-netrava n'aquella praça que ha muito capitulara.I-)r. Sinete.

«JiiIIopedin» - Único infallivel extirpadordos callos, nào impede andar calçado. — Rua dosAndradas 59.

Molho Eíeetrico (O rei dos temperos)—Pôde ser usado com toda e qualquer espécie decomida de sal, com a vantagem de poder ser addi-cionado a cada prato em maior ou menor quanti-dade, conforme o gosto e os hábitos de cada um.Dá muito realce as sopas, guisados e refoga-dos. O churrasco, as costelletas, a carne de porco,e a de carneiro, ficam excellentes quando adubadoscom este afamado molho.

Vende-se nas casas: Teixeira Borges & CConfeitaria Colombo, Coelho Kean & C, MonteiroJunior & C, Teixeira Bastos, Fonseca & C, Ave-nida Passos, 55; Antunes & Irmão, Avenida Cen-'ral, 153 e em todas as casas do Rio.

PATINANDO...Quando a nossa edição de hoje estava prestesadentrar na machiua «multicolôr» - propriedaded'0 Rio Nú, e snica na imprensa humorística, in-terna e externacional-ura emissário, gravementetrajado-decamisa de meia de algodâosinho, ecal-

ças do mesmo metal, calçando pés sem tamancosnos entregou uma carta sem selo, fechada com Ia-cre de vinho virgem.., de uvaEil-a:-«Camaradas:Estou morto!... Isto é, estou morto... porabandonar esta insustentável posição indefinida deandarilho. O meu corpo ficou, totalmente, reduzidoa uma sallada de carne: Um eíeetrico cortou-meum pé; um tilbury uma máo; uma carroça quebrou-me a perna esquerda; um automóvel a direita- efinalmente, um «burro sem rabo» quebrou-mé a'cara.

Fica portanto, de suspensão o meu Patinandoe, si eu bater a bota, nâo deixarei de comrnunicaressa grata nova aos meus innumeros leitores e lei-tore-i.

porá.

Andarilho.»Aguardemos, pois, o destino do patinador-c:

O fl\arido EnganadoROMANCE REALISTA DE

Fedi-o PerronO Ambrozio nâo tinha comido tres bocados,

quando, quasi se engasgou com um osso de galli-nha...-Que tem, meu amigo?—perguntou a esposa,

muito inquieta.—Ah I querida, e a minha bicyclettá ? Deixei-a

lã.. —Vamos, meu amigo, - disse a mulher -come

primeiro, e depois iremos procurar a bicyclettá.Mal, tinha pronunciado estas palavras, quandobateram A porta, e por ella entrou o Thomazinho

escoltado pelo pae, cada ura segurando em umaroda da bicyclettá.

A alegria do Ambrozio foi enorme. Enthusias-mado carregou o Thomaz para a loja, deixando ovelho Luiz com a mulher.

• Aproveitando-se dessa oceasiáo o Luiz des-pejou nos ouvidos-da Eugenia :— Porque nio me presta mais attenção T Já seesqueceu desta manha 1 Nâo ha, pois, muito tempo,senhora I... Lá, no café Turco, no Campo deSanfAnna. Hein'.' nâo é verdade que era bom ?—Cale, senhor I—interrompeu a sra. Mimi. —O

Pomada Seccatlvn de 8. Lázaro-Esta pomada é hoje universalmente conhecida comoa única que cura toda e qualquer ferida sem pre-judicar o sangue, allivia qualquer dôr como a ery-sipela e o rheumatismo-Rua dos Andradas n. 59senhor está a fazer tregeitos com os olhos comoum gato que... brinca com as brazas. E' ridículo epôde me comprometter.

A senhora me disse hoje que eu nao era feio I—Mas agora é. Cale-se!O Luiz fez uma careta, mordeu os lábios e to-mou ura ar despeitado:

Muito bem, minha senhora... a senhora náome quer ouvir agora, mas, diga-me ao menos, porfavor, quando a poderei ver para agradecer...Quando a poderei ver sozinha?

—Eu nunca estou sozinha, senhor!Perdão, minha senhora, eu sei perfeitamenteque o sr. Ambrozio vae todas as tardes jogar a ma-nilhaás seis horas...

—Pois, si sabe, porque me pergunta ?-Porque... Olhe, tome isto, - disse elle —peço-lhe.

Ao mesmo tempo estendia um papel que aca-bava de tirar do bolso.-Senhor,-respondeu Eugenia—eu já lhe disse

que o senhor me aborre...Não, senhora 1—continuou o Luiz —Eu peçoleia isto I.,.

Neste momento o Ambrozio voltava a ter coma mulher.

Engenia amarrotou entre 03 dedos a folha depapel. Ambrozio, disse ella ao marido, antes desahirmbs eu queria e tenho vontade... vontande!..

-Vae, meu bem, disse o Ambrozio, e não tedemores.Quando a mulher fechou-se no logar discretoonde os meninos do collegio fumam seus primeiroscigarros, e onde as meninas lêm as cartas dos

primos... leu ella a carta do Luiz, que pedia umaentrevista para o dia seguinte.Quando o Luiz se despediu, apertou a mão deEugenia com uma reverencia e um sorriso como

quem queria dizer: «Até amanha"»

No dia seguinte ás seis horas, como haviadito, o Luiz Heron rondava a loja do Ambrozio es-perando que este sahisse.

O Ambrozio só sahiu as seis e meia. Apenasdesarjpareceu na esquina, o Heron entrou na lojaFoi recebido pelo Thomaz, seu filho.-Huê.é papae... Que queres? O patrão sa--A senhora, onde está?—Subiu para o quarto. Queres vel-a?-Nâo tens nada com isso. Vae prevenil-a queestou aqui e quero falar-lhe...— Mas papae I...-Vael

Thomaz não discutia com o pae; mas antesde bater, reflectio: Elle vae aborrecel-a. Pouco seemporta ella com sua visita. E desceu para dizer a9eu pae: r(Continua.)

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O RIO NU-31.DE JULHO DE 1907

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Ia ladkAo. - Vem ahipennnvel, .

2? dito,—Mette*Ihc o cuco ebruto que eu lico de guarda.'

i?dito.- E' p'ra j,l Oli! ferro!

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^&_j :] fPf%^@lfi

— Raios partam a vida do soldado ! Que se rlú o sangue pela Pátria énatural, mas pelas putgas e pelos malditos percevejos, isso uma oval

O EscuLPTOR-Acham drflicil a esculptura? Poismostro lhes como faço em pouco tempo o busto dacreança; já ti nho feito tantas creanças.,.

- Como1 pois o Leonardo casa-se com uma mu-lhertào bruta, comoé a Laura 7

Mas em compensação, tem ella um pOzinhoseductor.

Então foi pelo pé que elle lhe pediu a mao?Nâo senhor; foi porque ella lhe deu ura milheiro dos especiaes cigarros

GAVROCHES.

¦H IjÉl /átF-A~m.

Wm.i \AyyyS;- \

_—a ____^__ ^vv

ISSi

,coc

:

rssaEi' ladrão, -Agüenta pançudo,t

arame IO uoühado.- Soecorro! quem nu

Já estou berrado!2n LADRÃO. Quá o que seu nqueilfB

ta a suruba !

sA /ffl EA^f _a^_l_ü í

mm

Com que entSn, meu caro deutur esteu arris-cado a perder o... «vigor./? ..

Sõ o Peitoral de Angico Pelolcnse poderá sal-var. Olhe, pôde encontral-o aqui no Rio, na Drcga-ria Pacheco;em Pelotas, co-u Eduardo C. Sequeira;en« S. Paulo com Baruel _c C. e em Santos, na Droga-ria Colombo. Espenmente e verá.

O* patiíe ! mando-te chamar um medico, e trazesum veterinário ?

O patrão nSo disse que estava com uma febre decavallo ?

Então, que diabo é isso? dormes dentro do piano?Imagina que hontem, puz-me a ler o Barba Azul que comprei no Rio Nú,

e me ri tanto, que até fiquei distraindo, vindo parar aqui em vez de ir p'racama.

i!i ladrão.— Cá está o aramt, otinhão saquinho escondido no meianas...

O roubado. —Podia ser peior, sirenvme ao... c... ouro. ,

\m¦_ it-rOOlO !

OSrz)rtn i3i

1-»rt ro -¦Gi

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O sr. Sói, encontr: -se c m o amigo LàMü os cumpriu entos de estylü c- seguem para o armazém do Pauta, a torrar uma cervejinha; mas,só lá, si lembraram que r So tinham arame, e resolvem dar.a nota, pag-ndo c;m bellas notes... music:es, deixando o Pauta a tocar l><jr(í»s porbandurr. s.

Eixa.-. Mas, como '

Júlio nao lheé deliJ Elle.- Que pergun

dias visitai-a quando eur

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Numa aula.-Uuiante que ]

tiFSilencio pre/uedo).

_A' que rt,,n0 pcobrimento .u

_ Air reino vegetai jjadeaniado.

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O RIO ftU--» DF IUL1IQ DE 1907

mífilk - Att&È F^—I—~~~7l r~~—S 1

D-z m queoSarak, apenas collcca a mão na sementede uma planta, faz cem que ella cresça. Pois, minha mulhertaz mais prodígios: em qualquer «cousa»... que ella pe.

-Í!"

cresce logo que é um gosto...

— Um professor de francez,expli.-a aos alumnos algunsdiminui ti v_o.s- e cita exemplos.como table,cu')o diminuitivo établetfe.

DepoJs, pergunta: «Qual éo diminuitivo de homem.»

—E'omdetle responde umdos alumnos.

faSi «• ? § s i

MAÊÊ& 11 s ®¦;* -MSMmI «'Sr»I p~Pr *:« » eI ' v¥% * ttI IM -3*I iVA •=3 *¦ 11\ fd ¦ .->

¦1 que a mulher do _***¦**; Á

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Rlie (»« rua).-0 plano p. gou. Mas, que Mas, nau ha nadu ; com cinco toras faz-sdiabo, só cinco mil reis? muita cousa... Vou já amolar o canivete...

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_-â

O RIO NU-gi DE JULHO DE 1907

O CASAMENTO DO PAFÜNCIO\ _ .

0sr.

Pafuncio era o typo clássico do homemsério e de bons costumes.

Durante toda a lllocidadc trabalharanum armazém da rua dos Benedictinos, dormindod noite no a° andar do mesmo prédio, de onde sósahia um domingo por mez para passeiar...

Mas os passeios do Pafuncio, em companhia¦Jo tio Custodio, eram sempre, immutavelmente osmesmos. j

Sahiam de casa, iam até o Campo de Sant An-na ouvir musica, depois iam jantar em S. Christo-vfto.com uma comadre velha e surda. Tindo ojan-tar iam ao Passeio Publica, ouvir musica outra vez,e ás 8 horas da noite, impreterivelmente, voltavampara casa.

Assim, viveu Pafuncio até os 22 annos, casto,puro eiunoccnte.

Na loja só haviam homens, em casa da coma-dre do tio Custodio, só haviam velhos; na rua, orapaz mal se atrevia a olhar para uma mulher...

Essa existência creou em torno da sua almauma couraça inexpugnável de seriedade; o seusangue contido aos primeiros impulsos, e nflo en-contraído, na época da effervescencií,, oceasiao dese expandir, esfriou pouco o pouco, ganhou o ha-bito de circular methodicamente, e deu ao caracterde Pafuncio uma inteirei:., de aço.

Tornou-se um homem moral por excellencia;uma creatura incapaz de idéias, já nflo digo líbidi-nosas, mas nem mesmo sensuaes.

Além disso Pafuncio tinha a suprema felicida-de de ser estúpido como uma poita, de modo quenem ao menos, tinha perturbações intellectuaes.

Nunca lhe acontecera perder tempo a pensarem cousas ethereas, a fazer sonhos, e nunca foraperturbado por visões.

Acalmava-as inteiramente sobre o travesssi-ro...

Ambicioso, amigo do dinheiro como ninguém,trabalhava do nascer ao pôr do sol, e á noite dei-tava-se extenuado, para dormir como uma pedra.

Assim, começou varrendo a loja, e acaboucomo chefe do armazém. Ninguém melhor do queelle sabia conhecer typos de café, attender aosfreguezes, e movimentar o pessoal de carregado-res e carroceiros.

Tanto, que aos 25 annos, o tío Custodio necessi-tando retirar-se do negocio, começou a pensarem Pafuncio para substitui! o na chefia da casa.

O tio Custodio, era um homem do tempo antigo,tinha religião do passado, das tradições da família.Pareceu-lhe que o único meio de realizar sua sue-cessão com methodo, era casar o Pafuncio com suafilha Alzira, que, com a madrinha estivera na Eu-

ropa durante seis annos, completando a sua educa-çâo e que devia chegar por aquelles dias.

Em primeiro iogor, o velho já nilo achava ra-zoavel collncnr um rapaz solteiro á frente de tunacasa commercial. Podia elle de repente metler-secom uma vagabunda, unia dessas mulheres qnearruinam un, homem, c lá se ia a casa rie negocio.

Nfto! Para essas cousas quer-se nm homemcasatlo. Mas o Pafuncio mio devia casar ahi comqualquer pessoa, devia ser com a Alzira, assimficaria tudo em família.

E o velho nfto esteve com meias medulas:foi ao Pafuncio e propoz-lhe a cousa. O rapaz des-lumbràdo com a fortuna dutio, acceitou immediata-mente, mas acceitou cumo negocio, sem ardorapaixonado... mesmo porque nunca vira aAlzira.

E quando deu por isso se enthusiasinou muitocoma felicidade physica que o esparava.

Estava ainda fascinado pula opulencla que otio ia dar-lhe-a casa e mais a filha, isto é, o dote,a herança...

Entretanto, Alzira era tuna morcnmha dei,-ciosa, viva, esperta, de olhos fulgurantes eutn corpode encantar. Além disso, fór:. educada em um con-vento de França, um desses estabelecimentos ondeas educand:,s aprendem muito mais com as com-panheiras do que com as professoras.

De modo que Alzira, brejeira e ardente, espe-rava pelo casamento apefias para conhecer defacto, as cousas que já conhecia, nfto só pelas nar-rações, como pela vaga tdc-in que fizera, com gozosabsolutos nas brincadeiras com suas amigas, no dor-mitoro do recolhimento.

O noivado durou dous mezes, durante os quaes,Pafuncio via a prima duas vezes por semana, tra-tava a por senhora e mal se atrevia a olhar paraella.

Tudo isso alegrava o tio.Custodio, extasiadocom a seriedade do rapaz, mas assombrava Alzira,que sonhara um noivado pratico, com beijos roti-bados, apertos de mflos escondidos, e me. mo maisalguma cousa que fosse preparando o terreno, paraque a noite de nuncias nflo fosse brutal...

Noite terrível aquella. Pafuncio radiante de en-trar para a familia, para o dote, para a chefia dacasa, não pensou noutra cousa todo o dia, e só ameia noite, após o baile, quando um coupé pesado,o levava com a noiva para a nova residência, éque elle se lembrou dos deveres de marido e daparte amorosa do programma. Mirou de soslaioAlzira, que ia ao lado delle, commovida, trepidante,indignada pela espera de uma caricia, de umaphrase de amor.

Pafuncio cocou a cabeça. Que diabo I Elle nflotinha geito para aquellas cousas. Aa suas mausgrossas, rudes, nem sabiam como se estender parao corpo frágil Q torneado da noiva. Suspirou... _.resolveu aguardar a chegada cnl casa.

Mas ah tornou-se o problema insoluvel. Odesgraçado lementou nfto ter pedido explicações.Devia despil-a?... Devia despir-se elle pri-¦meiro ? Mas nfto seria isso decente.

Alzira esperou ainda uni pouco. Mas não po-dia mais. Chagava a ter ódio do imbecil...Mas ao mesmo tempo, o aeu corpo exaltado, ele-ctrisado parlas suggestSes da ceremonia,pelo apparato normnl do quarto, exigia que o casamento secomeçasse...

O pai erma não so movia?... Ah, ella saberiabem fazel-o advinhar o seu papel, fazel-o compre-hender os seus deveres... naquelle momentoúnico.

Nflo dava uma palavra. Com gestos lentoscomeçou a desaboloar a golla... o corpete... ocinto. Puxou vagarosamente as mangas, e o seucorpo morno começou a ranger dentro das roupa-gens brancas como unia filor sensual que desabro-cha entre blocos de neve.

Depois, delatou as saias, que lhe cahirr.ni man-samente até os pés, detendo-se apenas um poucopara vencer a custo a opulencia dos quadris. Eem tudo ella manteve os ajustes suaves, que se-nhoreiam o Pafuncio a contemplai-a extatico.

Alzira só teve um movimento vivo. Poi quandopara desprender as rendas do espartilho, teve quedobrar o corpo, curvandi.se brandamente paratraz: e sua attitude fez com que os seios tumidose pétreos de virgem, saltassem de um jacto parafora do espartilho, numa ínsolencia sublime, re-dondínhos e tezos com a ponta rosea scintillando.O collete cahiu, a camisa desceu-lhe, descobrindoado pescoço aos pés.

Pafuncio julgava sonhar imobilisado pelaadmiração, torturado pela exaltação physica quelhe distendia os músculos, a ponto de lhe causardores.

E ella approximou-se vagarosamente; appro-ximou-se a ponto de tocal-o. E elle, ao suster juntoao rosto os seus olhos, ao sentir o calor, o perfumed'aquella carne feminina, transformou se em umminuto... Ergueu-se, enlaçou a; e elle— o imbecil, ohomem-donzel, sem uma hesitação, adivinhandotodos os gestos, todas as altitudes, soube darvictoriosamente a Alzira a felicidade torturante,suprema, de uma maravilhosa noite de nupcías.

D, Villafi.or.

BASTIDORES. Quando a grande actriz culinária Julia de/Lima ouviu fallar na próxima vinda do Co*j quelin, indignou se:-Um homem devasso !

—Devasso, o Coquelin ? Porque diz isso?...—Pois, segundo tenho auriculado, ô um homem

que vive na casa de Mitlheri, em Paris de França.—Ah ! a Sra. quer se r<-ferir a Casa de Moliéri,..$$ Informam-nos que nos bastidores do Hotel

Nacional tem havido muitas scenas dramáticasrepresentadas por amadores da companhia Peri-_chole, do Apollo.

Para lá mandamos um critico.0 No Apollo -Perichole.

Que diabo 1 O Me-quita anda só atraz daRosa Alves, porque „ , ,Está vendo se estuda os eclipses. O da luajá conhece elle, do tempo da Carmen; agora es-tuda o eclypse da globo terrestre.

<ÍS A sra. Fanny Verneuil recebeu de S. Pauloo seguinte telegramma :

S.Paulo, 25-Madrinha.S. Paulo muito mudado depois meu baptisado;

Senhora nâo conhece mais. índios foram se. Burros,idem; hoje só electricidade. Venha até cá fingirmais moça Suzana. Espero Sua afilhada baptismo—Cesana.

gs Ouvido no Carlos Gomes :Então o Salvini nao leva a Casa da Boneca?Nâo; para leval-a precisa acabar com o

Apollo.Como?

—Pois a casa da «Boneca» nâo é o Apollo 73& Uma scena nocturna no Hotel Nacional.Um homem de bigodes brancos e cabelleira (de

poeta) também branca, a gritar, em ceroulas, peloscorredores:

Ha 14 annos I Ha 14 annos que eu nâo.., oh!mulher!

O Ciiistrino que o ouvia :—Desgraçado I E eu ha 14 minutos I

ísí Sabe-se que a sra. Mathilde Carneiro, jáperdeu a lfl ha mais de 30 annos.

Por isso ella resolveu asignar-se agora : Ma-thilde Ovelha Tosqueada.

Ficam-lhe muito bem esses sentimentos.í„ A. sra. Maria da Piedade é outra vez mae.Póde-se agora dizer, com razões de sobra, que

e sra. Piedade é uma actriz—mãe.S> A acquetriz Risoleta Cavallo Branco, dança-

ráhoje, a pedido de diversas femilias, o maxixe,da cidade Nova, na scena final da Perichole noApollo.

Uma enchente 1g> O sr. Silva Pinto protestou perante as au-

toridades de S. Paulo contra o regulamento dostheatros, na parte em que submette á discrição dodelegado, o uso dos tiros no theatro.

— Matar o tiro 1 Estou morto! exclamou elle,...O bacharel Ciiistrino está agora empenhado

em uma catechisação.O distineto Cambista procura convencer a

uma joven donzella do seu theatro, e á respectivamama, a seguirem a mesma carreira da acquetrisEmilinha Doze Vinténs.

0No S. José temos agora o ff.iuarda da Al-fandega».

Podemos garantir que é um guarda engraçado;muito mais engraçado que o civil, o urbano, o mór,o roupa, e outros conhecidos.

ijíA distineta e notável acquetriz Mathilde Villa,vae ser promovida a Cidade, por ter consentido quelhe abrissem novas vias, avenidas e largos.

Não tendo para isso encontrado um Passos,deu ella os precisos, para passar de Villa a Cidadede portos abertos.

ífjNa casa da Rosa fará hoje mais um bene-ficio o actor notável Marion Brandon.

A peça escolhida é o Othelo, feito por elle,sendo a parte de Desde Mona feita pela senhoraOdette Clarinetta.

©O linor Almeida Cruz cantará hoje a _.sught, peça húngara muito conhecida pelos ama-dores.

©Por determinação da auctoridade policialvae ser riscada a palavra Surucucu, das peças

theatraes, por immoral, e substituída por Stirttbu-bunda.

O pudor regulamentar assim o exige.3$. Sabem os leitores quem tem melhorado enor-

memento com o uso da A Saúde da Mulher, re-médio para o utero ? Nfto sabem ? Pois é a Mon-terô, que até se sente tão moça como outr'ora.

Cascavel.

LICOR T1BAINA __*$g_5.mala efllcaz e reconimeuilnalo — Kua Pri-meiro de Março 12.

Hontem e Hoje— "Nflo sejas cruel, acceita o meu carinho ledoMesmo sendo quem sou, a baixa barregã,Filha da sorte ignara, a predilecta irmãDa Dor, a quem a esperança abandonou bem cedo.

Accceita o meu affecto e nflo o julgues tredoPor minha vida ser de alegre cortezã;De sentimentos maus minh'alma trago-a sãE conheço do amor seu languido segredo.»

Eu escutava alheio, a supplica clamosa,Como si náo a ouvisse, emquanto ella chorosaCurvava-se aos meus pés. Correu o tempo. Agora

Quem, a todo o momento ardentemente imploraUra minuto de amor, um só affecto seu,E que aos seus pés se curva extatico, sou eu I

Lord Nymhus.

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Ç£RTEÍR*í>ÊlMPERU'Zulmlra Maluca, do Caixão, no baile dos

Brochas, apresentou se com um vestido„-, n gue parecia um ..pierrot» carnavalescochinez, c no chapéo emprestado, cabiam duas ca-bCÍ'Eas

ioias do Charles não se pagam..._. X Maria, a Sábia, quando no 5' districto

estava sendo interrogada, defendeu o V. Ren, dlZendl',,01he, dr., que o moço não 6 jogador, 6 umeamigo.»

Ora, pílulas !...

|»an-Americanos—Nova marca do cigarrosdeliciosos, , . , , . /

Porque sen', que o Anto.nco barbeiro lazquestão de levar o Calunga para a zona Lapa 1

S.rá para dar sorte? ,Ora tome... .'Champagne Assis Brazil» I

Depois que o Ernani passou a prompto, asul M.iriasiuha barrou o em troca do Affonso,Cliaufl'eur...

Que «araras»!O Fagundes andou de Ilerodcs para Pila-

os para saber como é que descobriram que elleeccionava portuguez á Mauricia...

Pois si as portas estavam lechadas.— O Oscar anda em idyllios amorosos com a

mãe da filha do'Cattete, e já convidou para pau decabelleira o águia Miguinho.

Que ratas IDa ultima importação da terra de Cervan-

tes, acha-se no chopp do 57 uma «nina» que nãosabe a quem dar attençáo, tal a quantidade de «Pe-rús»...

A Chica é quem se baba toda.Olhe, menina, tome a. • A Saúde da Mulher»,

tônico do utero, que se vende d rua dos Andradas,59 Drogaria Pacheco.

A Maria Benedicta, flor de Lys, leva metti-da nos Caturras de Nictheroy; depois abarraca-seao Palmerinu para fazer figas.

Coitado! anda a servir de gato morto, em vezde lôro Barba Azul que vendemos por i$ooo.

—Aos apreciadores de bons cigarros, recom*mendatp-se os afamados Castellões á venda nascharutarias Paris, Palace Theatre e Maison Ma-derne. 3hJr|No ultimo baile dos Tenentes a Benedictabahiana quiz alliviar... sua paixão pelo brasileiro.

Alguém sabendo d'Ísso, fez-se de carro para lá,mas, sendo barrado á entrada da Caverna, teve derodar, pensando na sua desdicta.

Quem anda chorando a desventura de umrapaz gentil, é a Eugenia.

Saudosas ou tristes recordações da zona pre-sidencial.

Foi visto o Noronha em um bond, fazendoversos á sua ella.

Olhe, moço, em vez disso venha comprar um«Álbum de Caricaturas» que vendemos por 500réis, e vera como lhe passa a paixonite.A Joanna piolhenta ea Olinda,trouxeramboas recordações do Leme, mostrando aos «chauf-feurs» quanto valiam na arte de variações... Parairem de automóvel... chi... foi mesmo umcarro 1...

O A. contou-nos cousas da Eugenia capa-zes de fazer corar um frade de pedra I

Vae sahindo IE' porque a Eugenia não toma o delicioso

«Vinho Villar d'AIen».Esteve em nossa redacção, muito nervoso,

o Velo Sogra.Em face do que nos pediu tão amavelmcnte,

resolvemos conceder-lhe um habeas-corpus preven-tivo, não obstante sabermos de fonte limpa, quesomos uns indecentes e indignos, no seu mododè dizer.

E no entretanto, cremos, que privando por mo-rnentos comnosco, obteve prova contraria do quedisse algures.

E, ça va sans dire.

auBijoüde Ia «Iode- ^tt^tcado e a varejo. Calçado nacional e estrangeiropara homens, senhoras e creanças. Preços bara*tissimos, rua da Carioca ns. 74 e 7.6.Ate esta data continua o maforão Virgóla nasua promessa de nos fazer calar.

Pois não vê que o nosso fim é unicamente mo-ralizar o seu acto anti-familiar?

E' verdade? E o escrivão Cortes? SantoDeusl Que descalabro!

A Japoneza deu agora para and ar com aoupadas outras.r A Meia Pataca que o diga. Si em vez d'ella pe;

dir roupas emprestadas lesse o «Arara» (Álbum deCalibnn), á venda na rua do Ouvidor n. 55, por1Í000, pelo correio 1S5™, pedidos ao Bra! l.au-ria I

— Progressos avontajados tem feito 0 Mariona zona Riachuelo,

Ate já.,. E ea Ema com tanta confiança. Bellodiscípulo, K habla hespanhol.

Língua de Prata.

PRKÇO III do Or. Edniiri.o Frauça.'l{i«»i KbU a..opudo nu Europa e co

DEPOSITO uo tf*(pk hospital de marinha.Hra-íil \&KhJ> I.KMI-.I.I,' íiEM OOR-

A. FREITAS ic COMP. | | DORA. Cura of-114 - Ourives - 114 Ám$ Heaj das moles-

S. Pedro, 00 - Na Europa, &B fl tias da1J/.HI.0 í-.i.da .Milão. S«#4 pelle, ta-

rida?., empingena, frieiras, suor dos pus, assa-duras, mancha*. tinha, mirdfts, brotoujan, go-norrhoaH, ntr.

Fiquem quietinhas* porque o vosso papá,foi á Industria Nacional, Carioca 46, comprar ca-misas, punhos, eollarinhns, meias, corpinhos, cerou-Ias, costumes de casemira, atoalhados, ligas, cre-tonnes, cobertores, morins, e...

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COUSAS CELEBRESA jurisprudência do Rapadura.Os agiotas das Repartições Publicas.A Gazeta a cores.A rapidez de kagado do Rápido.O processo Rodrigues Barboza.As circulares prohibitorias na Alfândega.Os prêmios do O Paiz.A campanha bicharocal.Os termos de casamentos na 5a Pretória.A falta de verba para os operários do Arsenal.A chaminé do M. Etereo.O Barba Azul por i$ooo cá em casa.A carrocinha dos cachorros.A sorte do... Cilistrino.A notável artista do Apollo.E o draconiano regulamento dos theatros.

<*jt^OSSADAS

Julho, 27 (49 da nossa era) -E' lançada napraça da Republica a primeira pedra para a con-strucçâo de um quartel de Boubeiros.

As obras foram iniciadas e até esta data nãoestão concluídas.

38 (ioo.) -A policia do Rio de Janeiro orga-niza um horário para os espectadores de theatroque tenham vontade de lazer pipi.

Os que o fizerem fora das horas marcadas, se*rão capados.

20 (1544) - Os administradores dos cemitériosdesta cidade, promovem uma manifestação aos d)*rectores da Light and Power, por ser ella a melhorfregueza dos cemitérios.

A febre amarella, a bubônica e a gnppe, des-peitadas procuram desmontar a sua rival.

8O (ló&tl-Uma franceza recentemente che-gada, assombra os cariocas cantando a Marcellaise,com a clarinetla na bocea.

Braz Coveiro,

Cartas d um nie»*..».A.* sij-Gi cara ixiotad.©

Mulata viíia :Afina

Ais mão mi vtfiu mí ICTuas lettra, tãos desejado,Que tantus ptázâ ml dá t

Ail nflo miigina, váncõQuatitu, essas carta estimadaMi causa sástisfáçáo I...

FiquC di tudu accienti,I tivi uns grandi atógrãoCo'o essa agradávis nôtiçaQue tu mi dá. >Wm

Tou contenti

Comu quò ! Tú foi ás missa,D'umas iglõja tão lindas, >¦/Chamada das Caudólora.

Qui templus tão rico I ..Eu indas

Não vi tá coisa; tãos rara I...

Antonces, tu mi ágarantiQue us bão seu padri ápriôNão fáis questão di eu pàgá L ;Lá nessis tempu p'ra dianti...Seus dinheiru i ns seu fávò ?... i^,

Quis Santu homil...— Otrus não ha

Nus Mundu i nas Terra, iguá !.,,Trata, ei li, comu au teu veio,I Ihi faistôda as vontadi...Não jurgues que mi arréceioDais tua infidilidadi:—Não és muié de enganaAos teus horai... uma só véis !

Pértendo mi arretirá,Si fó possivi, tarvéisLáp'rusmiadu du méisQui ta qui tá a começaMais, porém, si não pudeTãos cGdu eu i não fais má;

Ti arranja-ti ahi, muié,Qui eu mi arranju ã mim p'rucá,As sorti tão mi attentanduA mim; fazendu negaça...Honti roêmo, ia spanhanduPJru tréis nutn'ru - as sortis grandi !...Maisn^o péleo as Fé,..

—Cus as glaçaDus Pai dus Céu indas ficu

Quandu as fôltuna Eili mandiA mim vi—podri .. di ricu !...

Discurpa, sim rainha veia ?.,.Tou hoji raeiu imburradu.Voupássiá co'us seu Camacho,P'raádistrahi ais idéa.Dá trôis ablaço apéltaduAo padri-ápriõ. —I aqui macho—Lhi diz—ás órdis.

Gouveia.(A rogo p. p.) Escaravelho.

CONORRHÈAA conhecida InjecçAo de Glycerina, de

Abreu Sobrinho,faz desapparecer immediata-mente as dores, e cura ero poucos dias, semDrecisar medicamento interno.

Únicos depositários Júlio d'Almeid8 & C, RaaS. Peiro,86RIO DE JANEIRO »

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Oarvação

Jà^J^Centenas: 940, 813, 830, 685, 087 e 349

Dezenas: 40, 18, 36, 39. 87 e 49Cora Tkba,

Page 8: UM/8 l c/j - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1907_00946.pdf · Tem feito em Haya um suecessao de arromba • Mostrando quanto vale um brasileiro, Lá fazendo estourar,

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O RIO NU-31 DE JULHO DE igo-j

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COMO SE ARRANJA UMA», |

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1—Launta, um peixãoswho nada feio...Levando o túlósinho, o seu encanto'Sentou-se no terraço do Passeio 'P'ra ler o Barba Azul, um livro e tanto.

4—Ella, pede por tudo, p'ra salval-u,Jurando dar-lhe apuga... e diz táo alto,Que o malandrào, de prompto vae buscal-o,formando sobre o muro ura bello salto.

Í!"^!r£ __ 1 I ^^Ê-Z-i^^^^^_^i_[ _ll-Ao lado, um caoador... estuda o planoPara atracar... e assim, sem grande magua,Agarra o cachorrinho, e a tido o pannoSacóde-o num momento dentro d'agua.I |

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5 - E apanhando o cachorro sob a ponteLã foi Jeval-o a dona, com cuidados.O resto é quasi inútil que eu vos conte,Pois o cabra é do rol dos jubilados...

3—Depois, sentou-se calmo novamente.Porém, a rapariga então reparaNa ialta do cachorro, e elle, contenteLá lhe diz, que p'ra o mar, elle saltara.

6-0 easo, d que,porflm daquella historiaO cavador cavou... muito talulUm arranjo supimpa, uma victoria .ludo, graças somente ao Bahba Azul.

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