um modelo web para o controle e gerenciamento de produÇÃo em uma fÁbrica de refrigerante: sgpr

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FACULDADE ÁREA I ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO LÁZARO BARBOSA REIS JUNIOR UM MODELO WEB PARA O CONTROLE E GERENCIAMENTO DE PRODUÇÃO EM UMA FÁBRICA DE REFRIGERANTE: SGPR SALVADOR 2011

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Os grandes avanços tecnológicos das últimas décadas foram responsáveis por inúmeras mudanças no que diz respeito à gestão de empresas. O uso da tecnologia da informação tornou-se uma peça chave para as organizações que desejam sobreviver no atual mercado. O presente trabalho teve por objetivo apresenta o modelo SGPR baseado em web services para a gestão da produção de embalagens em uma fábrica de refrigerantes. A metodologia constou-se de uma revisão bibliográfica através de artigos, teses, livros e dados da internet sobre as áreas de conhecimento que envolvia o tema em questão e da criação de um modelo de software. A justificativa baseia-se na necessidade de investimento em tecnologia da informação no setor de produção como ferramenta para diminuir a probabilidade de erros e, consequentemente, reduzir os custos decorrentes das falhas de produção. O modelo possibilita o futuro desenvolvimento de um aplicativo web que oferece um controle mais efetivo para o setor de produção, o que dá suporte à tomada de decisões gerenciais de forma mais segura e precisa.

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    FACULDADE REA I

    ENGENHARIA DA COMPUTAO

    LZARO BARBOSA REIS JUNIOR

    UM MODELO WEB PARA O CONTROLE E

    GERENCIAMENTO DE PRODUO EM UMA FBRICA DE

    REFRIGERANTE: SGPR

    SALVADOR 2011

  • 2

    LZARO BARBOSA REIS JUNIOR

    UM MODELO WEB PARA O CONTROLE E

    GERENCIAMENTO DE PRODUO EM UMA FBRICA DE

    REFRIGERANTE: SGPR

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito para obteno do ttulo de Bacharelado em Engenharia da Computao da Faculdade rea I. Orientador: Andr Guimares, M.Sc.

    SALVADOR 2011

  • 3

    LZARO BARBOSA REIS JUNIOR

    UM MODELO WEB PARA O CONTROLE E GERENCIAMENTO DE PRODUO EM UMA

    FBRICA DE REFRIGERANTE: SGPR

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito para obteno do ttulo de Bacharelado em Engenharia da Computao da Faculdade rea I.

    Aprovada em ___ de __________ de 2011.

    BANCA EXAMINADORA

    ___________________________________________ Andr Guimares Portugal M.Sc

    Orientador Temtico Faculdade rea 1

    ___________________________________________ Lzaro E. Brito Silva Esp.

    Faculdade rea 1

    ___________________________________________ Wanja Mascarenhas - M.Sc

    Faculdade rea 1

  • 4

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus por me conceder a oportunidade de estar em um lugar onde nem todos podem ou conseguem.

    Agradeo minha famlia que, aqui ou nas estrelas, sempre esteve ao meu lado e tanto contribui para o meu crescimento.

    Agradeo a meu pai por todo o sacrifcio e esforo dedicados a mim e a meu irmo. Voc o exemplo de luta e perseverana que carrego comigo.

    Agradeo a minha me por ter vivido em funo de seus filhos, mesmo isso significando abrir mo de sua prpria vida.

    Agradeo a meus amigos de faculdade por todos esses anos de convivncia e muito aprendizado. Agradeo aos amigos de trabalho por todo o apoio dado quando o fator tempo tornou-se o maior problema.

    Agradeo a minha namorada Mara que, mesmo com tantas atividades, tanto me ajudou nesse perodo.

    Agradeo ao sempre fiel amigo Bris, o Bob da Bahia, que est sempre

    presente em todos os momentos irradiando sua alegria.

    Meus sinceros e eternos agradecimentos a todos vocs! Muito obrigado!

  • 5

    RESUMO

    Os grandes avanos tecnolgicos das ltimas dcadas foram responsveis por inmeras mudanas no que diz respeito gesto de empresas. O uso da tecnologia da informao tornou-se uma pea chave para as organizaes que desejam sobreviver no atual mercado. O presente trabalho teve por objetivo apresenta o modelo SGPR baseado em web services para a gesto da produo de embalagens em uma fbrica de refrigerantes. A metodologia constou-se de uma reviso bibliogrfica atravs de artigos, teses, livros e dados da internet sobre as reas de conhecimento que envolvia o tema em questo e da criao de um modelo de software. A justificativa baseia-se na necessidade de investimento em tecnologia da informao no setor de produo como ferramenta para diminuir a probabilidade de erros e, consequentemente, reduzir os custos decorrentes das falhas de produo. O modelo possibilita o futuro desenvolvimento de um aplicativo web que oferece um controle mais efetivo para o setor de produo, o que d suporte tomada de decises gerenciais de forma mais segura e precisa.

    Palavras-chave: Gesto. Sistemas de informao. Tecnologia da informao. Web services. Controle.

  • 6

    ABSTRACT

    The major technological advances of recent decades have been responsible for numerous changes with regard to business management. The use of information technology has become a key component for organizations that wish to survive in today's market. This study aimed to demonstrate the web services based SGPR model for managing the production of packaging in a soft drinks factory. The methodology is comprised of a literature review through articles, theses, books and internet data over areas of knowledge surrounding the issue at hand and creating a software model. The justification is based on the need for investment in information technology in manufacturing as a tool to decrease the likelihood of errors and hence reduce the costs of production failures. The model allows the future development of a web application that offers a more effective control for the manufacturing sector, which supports management decisions more safely and accurately. Key-Words: Management. Information systems. Information technology. Web services. Control.

  • 7

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Ciclo PDCA 17

    Figura 2 - Ciclo PDCA para melhorias 19

    Figura 3 - Arquitetura bsica de web services 32

    Figura 4 - Protocolos de comunicao de web services 33

    Figura 5 - Comunicao entre os servios 36

    Figura 6 - Estruturas UDDI e seus relacionamentos 38

    Figura 7 - Diagrama de infraestrutura 43

    Figura 8 - Diagrama de implantao 44

    Figura 9 - Diagrama do sistema do fabricante de refrigerante 45

    Figura 10 - Diagrama do sistema de fabricao de embalagens 45

  • 8

    LISTA DE SIGLAS

    CEO Chief Executive Officer

    CORBA Common Object Request Broker Architecture

    DCOM Distributed Component Object Model

    EDI Electronic Data Interchange

    EE Enterprise Edition

    HTML HyperText Markup Language

    HTTP HyperText Transfer Protocol

    IP Internet Protocol

    MASP Metodologia de Anlise e Soluo de Problemas

    OSI Open Systems Interconnection PDCA Plan, Do, Check, Action

    RMI Remote Method Invocation

    RPC Remote Procedure Call

    SAD Sistema de Apoio Deciso

    SIG Sistema de Informao Gerencial

    SOA Service-Oriented Architecture

    SOAP Simple Object Access Protocol

    SPT Sistemas de Processamento de Transaes

    TCP Transmission Control Protocol TI Tecnologia da Informao

    UDDI Universal Description Discovery and Integration

    W3C World Wide Web Consortium

    WSDL Web Services Description Language

    XML Extensible Markup Language

  • 9

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 Tabela de produo de refrigerante 41 Tabela 2 Tabela de produo de embalagens 42

  • 10

    SUMRIO

    1.0 INTRODUO 11 1.1 METODOLOGIA 12 1.2 PROBLEMA 13 1.3 JUSTIFICATIVA 13 1.4 OBJETIVOS 13 1.4.1 Objetivo Geral 13 1.4.2 Objetivos Especficos 14 1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA 14 2.0 GESTO 15 2.1 PDCA 15 2.1.1 Planejamento 20 2.1.2 Tomada de Deciso 20 2.1.3 Controle 21 2.2 SISTEMAS DE INFORMAO 22 2.2.1 Sistema de Processamento de Transaes 24 2.2.2 Sistema de Informao Gerencial 24 2.2.3 Sistema de Apoio Deciso 24 3.0 GESTO DE PRODUO 26 3.1 GESTO DE PRODUO AUXILIADA PELA TECNOLOGIA DA

    INFORMAO 27

    3.2 INTERCMBIO ELETRNICO DE DADOS 29 3.2.1 EDI X WEB SERVICES 30 4.0 WEB SERVICES 31 4.1 PROTOCOLOS DE FUNCIONAMENTO 34 4.1.1 Simple Object Access Protocol 34 4.1.2 Extensible Markup Language 36 4.1.3 Universal Description Discovery And Integration 37 4.1.4 Web Services Definition Language 38 5.0 MODELO: SISTEMA GERENCIADOR DE PRODUAO DE

    REFRIGERANTE 40

    5.1 UTILIZAO DO SGPR EM UMA FBRICA DE REFRIGERANTE

    40

    5.2 DIAGRAMA DE INFRAESTRUTURA 42 5.3 DIAGRAMA DE IMPLANTAO 44 5.4 DIAGRAMA DE CASOS DE USO 45 6.0 CONCLUSO 46 6.1 SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS 46 REFERNCIAS 47

  • 11

    1.0 INTRODUO

    Os grandes avanos tecnolgicos das ltimas dcadas foram responsveis

    por inmeras mudanas no que diz respeito gesto de empresas. Segundo

    Camargo Junior; Pires; Souza (2010), as empresas industriais buscam cada vez

    mais aumentar a sua produtividade, flexibilidade e reduo de custos e, para isso,

    utilizam de forma mais frequente os recursos computacionais. Todos estes fatores

    so fundamentais para o crescimento de um empreendimento. Partindo deste

    princpio, o uso da Tecnologia da Informao (TI) proporciona uma maneira mais

    segura e precisa de se obter dados relativos produo empresarial, auxiliando na

    tomada de decises gerenciais.

    A disseminao do uso dos servios possibilitou s empresas utilizarem a sua

    infraestrutura atual na implantao de uma nova arquitetura de servios e interligar

    diferentes sistemas, motivados pelo fato de que a computao toma rumos onde

    aplicaes deixam de ser apenas locais, ou seja, concentradas em uma nica

    estao ou servidor, e passam a ser distribudas geogracamente em um ambiente

    qualquer (BOOCH, 2003; SILVA e LOVATTI, 2009). Esta nova arquitetura provocou

    o surgimento de novos modelos de negcios, fazendo com que produtos e servios

    sejam fornecidos de forma a promover uma melhor integrao com elementos do

    ambiente externo da organizao, baseada na troca de informaes que antes

    estavam isoladas em silos dentro das prprias organizaes (GOMES, 2005).

    Driehuis (2009) comenta sobre as vantagens da utilizao desta nova

    arquitetura de servios (gerenciamento web) em relao ao gerenciamento local e

    afirma que empresas de qualquer ramo e dimenso conseguem benefcios como:

    gesto remota de seus equipamentos, economia de tempo e custos, acesso e

    gerenciamento dos sistemas da empresa de qualquer parte do mundo, e maior

    produtividade graas mobilidade facilitada de seus que funcionrios. Em termos

    empresariais, a mobilidade a capacidade que os profissionais tm de acessar os

    recursos corporativos em qualquer lugar (DRIEHUIS, 2009).

    Bocca (2009, p.18) comenta que no mbito da tecnologia os problemas se

    manifestam criticamente no encontro de diferentes bases de dados, linguagens de

    programao e arquitetura de servidores, e neste ponto que os web services

    surgem como uma soluo para integrar essas diferentes plataformas, constituindo-

  • 12

    se de um sistema que se coloca como uma camada acima delas. Deste modo, a sua

    utilizao possibilita um significativo aumento na produtividade justamente pela

    integrao de programas heterogneos atravs da internet, onde so

    disponibilizadas as informaes antes restritas ao seu ambiente de operao

    (SILVA, 2006).

    A evoluo da computao distribuda colaborou para o surgimento de novos

    padres para o desenvolvimento de aplicaes distribudas como Commom Object

    Request Broker Architeture (CORBA), Distributed Component Object Model (DCOM)

    e Remote Method Invocation (RMI). O grande problema que estas tecnologias

    precisam de protocolos especficos, so de difcil implementao ou utilizam padres

    fechados, o que dificulta a sua aceitao. Tais arquiteturas tradicionais, que tem

    maior foco nos aspectos operacionais de projetos de TI, geralmente ignoram ou

    falham ao avaliar as conseqncias estratgicas da deciso de investimento

    (BECKER; CLARO; SOBRAL, 2001; COUNIHAN; FINNEGAN; SAMMON, 2002;

    DALL'OGLIO, 2002; WARD e GRIFFITHS, 1996).

    Para resolver estas questes de integrao, surgem os web services. Eles

    possuem uma vantagem em comparao com as outras tecnologias, que est

    relacionada com a sua capacidade de incorporar novas funcionalidades e implantar

    novos processos aos sistemas legados sem que seja necessrio retir-los de

    produo ou decifrar milhares de linhas de cdigo de difcil manuteno (GOMES,

    2005).

    A utilizao de web services torna-se bastante til quando adotada na

    resoluo dos sistemas de distribuio. Isso decorre porque este tipo de tecnologia

    baseia-se na utilizao de protocolos web, destacando-se o Simple Object Access

    Protocol (SOAP), Extensible Markup Language (XML), Universal Description

    Discovery and Integration (UDDI) e o Web Services Description Language (WSDL).

    Este trabalho baseia-se na criao de um modelo de software para o controle

    de produo de embalagens em uma fbrica de refrigerante, no qual busca-se

    apresentar os benefcios adquiridos com a aplicao do modelo proposto e sua

    utilizao como ferramenta de auxlio tomada de decises.

    1.1 METODOLOGIA

  • 13

    O trabalho evidencia a necessidade da utilizao dos web services no auxlio

    para a tomada de deciso no processo de gesto de produo empresarial.

    Sendo assim, a presente pesquisa realizou-se em duas fases.

    A primeira fase tratou-se da pesquisa bibliogrfica, atravs de artigos, teses,

    livros e dados da internet sobre as reas de conhecimento que envolvia o tema em

    questo.

    A segunda etapa foi a criao de um modelo de software para ser utilizado

    como auxlio na gesto de produo de uma fbrica de refrigerantes.

    1.2 PROBLEMA

    Surge dessa forma o seguinte problema: como possvel tornar mais

    eficiente a gesto de produo atravs do uso de aplicaes web services?

    1.3 JUSTIFICATIVA

    Diante do crescimento econmico, em um sistema econmico altamente

    competitivo, as empresas necessitam cada vez mais realizar investimentos no seu

    setor de produo para melhor gesto da sua produtividade. Com isso, surge a

    necessidade de implantar recursos oriundos da tecnologia da informao, mais

    especificamente o uso de web services, que possibilitariam o monitoramento das

    linhas de produo em tempo real, evitando gastos desnecessrios ou produo

    insuficiente em decorrncia de uma demanda crescente.

    1.4 OBJETIVOS

    1.4.1 OBJETIVO GERAL

  • 14

    Apresentar o modelo SGPR baseado em web services para a gesto da

    produo de embalagens em uma fbrica de refrigerantes.

    1.4.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    - Descrever conceitos de gesto;

    - Descrever conceitos de gesto de produo;

    - Descrever conceitos e caractersticas da gesto de produo apoiada pela

    tecnologia da informao;

    - Descrever os conceitos que norteiam os web services;

    - Demonstrar o modelo SGPR.

    1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

    Esta monografia divide-se em seis captulos, alm das referncias. Na

    introduo foi desenvolvida uma abordagem geral sobre o avano das tecnologias

    da informao no setor de gesto das empresas, o que tem contribudo de forma

    positiva no seu processo de produo. A fundamentao terica encontra-se

    distribuda na segunda, terceira e quarta partes, onde so abordados conceitos

    relativos gesto, gesto de produo auxiliada pela tecnologia da informao e

    uma abordagem sobre web services Na quinta parte, descreve-se o modelo lgico

    do SGPR, ou seja, diagramas de infraestrutura, implantao e casos de uso do

    modelo proposto. A sexta e ltima parte traz as consideraes finais a respeito do

    presente estudo.

  • 15

    2.0 GESTO

    Embora existam dificuldades em conceituar o termo gesto, o que se

    observa de modo geral que este deve incluir obrigatoriamente um conjunto de

    tarefas que procuram garantir a eficcia de todos os recursos disponibilizados

    pela organizao, a fim de serem atingidos os objetivos pr-determinados

    (NUNES, 2006). Cabe gesto a otimizao do funcionamento das organizaes

    atravs da tomada de decises fundamentadas no tratamento dos dados e

    informaes relevantes.

    Carinhas et al. (2002) cita que o processo de gesto abrange o planejar,

    estruturar e organizar dados na procura constante de antecipar o futuro, sendo a

    informao o recurso fundamental para solucionar os problemas da gesto.

    A gesto praticada nas organizaes, seja ela do mbito pblico ou

    privado, tm sofrido mudanas no seu modelo decorrentes ou provocadas por

    mudanas macro ambientais que tornam obsoletas as prticas anteriormente

    utilizadas. O setor privado tem objetivado a sua sobrevivncia e sustentabilidade

    no mercado, j as empresas pblicas voltam-se para a necessidade de cumprir

    seu dever de fornecer servios/produtos de qualidade sociedade (SANTOS e

    RODRIGUEZ, 2002).

    Diversas foram as transformaes que se abateram sobre o modelo de

    gesto ao longo da evoluo da sociedade humana, tendo incio com a Revoluo

    Agrcola, passando pela Revoluo Industrial, e finalmente chegando na

    Revoluo da Informao. Esta ltima personalizada pela evoluo da

    informtica nas tecnologias de comunicao, onde o uso de sistemas de

    informao atua como agente facilitador de mudanas juntamente com o

    comportamento das pessoas (SANTOS e RODRIGUEZ, 2002).

    Como afirmam Santos e Rodriguez (2002, p.4), a necessidade de se

    promover mudanas no modelo de gesto inevitvel, os velhos paradigmas no

    se adaptam ao mundo globalizado, onde no h lugar para uma gesto

    centralizadora, lenta, burocrtica e tradicionalista, sendo o gestor o responsvel

    por promover tais mudanas.

    De acordo com o conceito clssico de Fayol, o gestor o responsvel por

    alcanar os objetivos propostos pela organizao, atuando atravs do

  • 16

    planeamento, da organizao, da liderana ou direo e do controle, ou seja, o

    gestor quem desenvolve as estratgias e planos de operao mais eficazes a

    fim de atingir os objetivos propostos (NUNES, 2006).

    Segundo Nogueira (2010), sejam em pequenas, mdias ou grandes

    empresas, o principal papel do gestor assegurar o desenvolvimento da

    empresa, atravs da gerao sustentada de lucros. Para que este objetivo seja

    alcanado, o Chief Executive Officer (CEO) deve exercer a autoridade que lhe foi

    concedida atravs do direcionamento, coordenao e controle dos membros de

    sua equipe.

    Uma das maiores responsabilidades do gestor a coordenao de diferentes

    funes. Nas grandes empresas, o CEO concentra-se mais no desenvolvimento das

    relaes internas e externas, como a gesto de processos internos, as reunies de

    gesto e as relaes pblicas. J nas pequenas e mdias empresas, o CEO

    desempenha todas as funes: gesto de operao, gesto financeira e a gesto de

    marketing, incluindo ainda funes acessrias, tais como a contabilidade, tarefas

    administrativas e informticas (NOGUEIRA, 2010). A juno de todas estas

    atribuies faz com que a tomada de decises seja tomada de forma precipitada,

    sem planejamento, informalmente e, principalmente, de forma imediata.

    Para que as decises sejam tomadas de maneira correta e eficiente, torna-se

    necessria a adoo de um planejamento adequado, clara definio dos objetivos e

    meios para alcan-los. Tais aes so essenciais para o bom funcionamento de

    qualquer organizao e podem ser atingidas atravs da utilizao do mtodo PDCA

    (PLAN, DO, CHECK, ACTION).

    2.1 PDCA

    O mtodo PDCA composto pelas funes bsicas de planejar, executar,

    verificar e agir, podendo ser definido como um mtodo gerencial para promover a

    melhoria contnua. utilizado pelas organizaes no gerenciamento de seus

    processos internos a fim de garantir o alcance de metas estabelecidas, tomando as

    informaes como fator determinante nas tomadas de decises. De acordo com

    Andrade (2003), no existe metodologia PDCA sem a definio de uma meta a ser

  • 17

    atingida. Para cada funo, existe uma srie de atividades que devem ser

    realizadas. Sua mais conhecida representao o ciclo PDCA (Figura 1)

    (DESIDRIO, 2008; MARIANI; PIZZINATTO; FARAH, 2005; SCHMIDT, 2004).

    Figura 1: Ciclo PDCA

    Fonte: DATALUZER, 2007

    Desidrio (2008, p.1) afirma que o ciclo PDCA um mtodo de gesto, que

    representa o caminho a ser seguido para que as metas estabelecidas sejam

    atingidas. As fases do ciclo so definidas em:

    Planejar

    So definidas as metas (itens de controle), geralmente anuais, que se desejam

    atingir do processo analisado. Aps a definio das metas, buscam-se os mtodos

    para alcan-los.

    Executar

    Os envolvidos com as aes devem ser educados e treinados nos

    procedimentos baseados nas metas estabelecidas. As atividades so realizadas e

  • 18

    todos os dados gerados no processo so colhidos para a fase de verificao. O DO

    a fase de implantao do projeto.

    Verificar

    uma etapa gerencial, onde os dados armazenados na fase de execuo so

    analisados e comparados com as metas estabelecidas na fase de planejamento.

    Nesta etapa percebe-se se os resultados propostos foram alcanados. Serve como

    ferramenta de qualidade.

    Agir

    Esta etapa baseada em aes corretivas que, baseadas na anlise dos

    resultados atingidos, levam a duas opes: caso os resultados propostos no sejam

    atingidos, deve-se atuar atravs de aes corretivas buscando a meta estabelecida

    e a seguir retomar o mtodo PDCA; caso sejam, deve-se ento padronizar o

    processo, assegurando assim sua continuidade, pois a melhoria contnua

    garantida quando as metas estabelecidas so atingidas (DESIDRIO, 2008;

    MARIANI; PIZZINATTO; FARAH, 2005).

    Segundo Mariani; Pizzinatto; Farah (2005) e Schmidt (2004), o PDCA pode

    ser utilizado: para manter o resultado atingido ou na busca por melhorias; e para

    solucionar problemas atravs do MASP (Metodologia de Anlise e Soluo de

    Problemas), que nada mais do que o mtodo PDCA dividido em oito etapas

    conforme apresentado na Figura 2:

    Identificao do problema: feito o levantamento do problema, indicando seu

    histrico, frequncia e como ele ocorre;

    Observao: as caractersticas do problema so descobertas atravs da

    coleta de dados;

    Anlise das causas: as causas mais provveis so escolhidas com base nos

    dados obtidos na etapa anterior e estuda-se a possibilidade de bloque-las,

    aps verificao das hipteses e comparao dos dados;

  • 19

    Elaborao do plano de ao: a estratgia de execuo elaborada sobre as

    causas e no sobre os efeitos;

    Ao: a ao executada e todos os seus resultados so registrados;

    Verificao: os resultados so comparados atravs da coleta de dados antes

    e depois da ao de bloqueio e verifica-se a continuidade ou no do

    problema;

    Padronizao: estabelece-se o novo procedimento de operaes para

    prevenir contra o reaparecimento do problema;

    Concluso: todas as etapas so recapituladas buscando melhorias futuras.

    Figura 2: Ciclo PDCA para melhorias

    Fonte: DATALUZER, 2007

    Andrade (2003) cita que o ltimo ponto do ciclo PDCA o mais importante,

    pois a concluso de uma volta influencia no comeo do prximo ciclo, e assim por

    diante, sempre em busca da melhoria contnua. O constante uso do ciclo PDCA

    permite que os processos gerados na empresa sejam aproveitados de uma melhor

    forma, buscando uma diminuio de custos e aumento de produtividade (ANDRADE,

    2003).

    Os conceitos do PDCA so norteados por planejamento, tomada de deciso e

    controle, conceitos essenciais para uma boa aplicao do mtodo.

  • 20

    2.1.1 PLANEJAMENTO

    Para que o gestor esteja preparado para tomar a melhor deciso,

    necessrio o planejamento. Para Erdmann (1994), o planejamento um conjunto de

    funes que define o que deve ser executado, e constitudo pela definio do que

    vai ser produzido, como e com que recursos o produto vai ser produzido e quanto

    deste produto vai ser produzido. O planejamento envolve a tomada de decises

    corretivas, adicionais e estratgicas para alcanar os objetivos e expectativas

    esperadas no negcio (MENDES e ONGHERO, 2005).

    Segundo Mendes e Onghero (2005, p.1), planejar antecipar a forma em

    que se daro no futuro determinados acontecimentos. atravs do planejamento

    que se estabelece a ordem futura dos fatos que constituem o desempenho da

    empresa, assegurando assim o bom funcionamento da organizao diante de

    interferncias no previstas em seu processo produtivo. Considera-se ento o

    planejamento como um conjunto de decises antecipadas que norteiam a empresa

    at seus objetivos.

    O planejamento vem ganhando cada vez mais fora devido s constantes

    mudanas nos ambientes econmico, social, tecnolgico e poltico e por isso tornou-

    se o foco da alta administrao das empresas, j que voltado para as medidas

    positivas tomadas pelas empresas para enfrentar as ameaas do mercado e

    aproveitar as oportunidades encontradas. Uma maneira de se contribuir de forma

    mais eficaz com a gesto no tratar o planejamento sem entrar no processo

    estratgico de obteno de seus resultados (ALDAY, 2000).

    2.1.2 TOMADA DE DECISO

    A questo da tomada de deciso sempre est presente quando se busca

    atingir uma perspectiva de trabalho de cunho gerencial. Ela baseia-se, em todos os

    nveis da organizao, na anlise de fatos e dados gerados em cada um de seus

    processos, bem como os obtidos fora da organizao, possibilitando a comparao

  • 21

    dos resultados da empresa com outras que so referncias de mercado (FITZ e

    HASENACK, 2008; MENDES e ONGHERO, 2005).

    Graas s constantes mudanas que acontecem no mercado empresarial

    atualmente, exige-se que as empresas tenham, alm do planejamento, capacidade

    de resposta imediata e que detenham um processo de tomada de decises rpidas,

    objetivas e eficazes. Para que isso acontea, a informao deve estar disponvel

    para as pessoas certas, no formato esperado, no momento e local desejados

    (MENDES e ONGHERO, 2005).

    Para Nunes (2009), o gestor age de acordo com a sua escala de valores,

    seus pontos de vista e interesses e interage com o meio onde se movimenta atravs

    da tomada de decises, por vezes, com mltiplos critrios ou objetivos. Isto define o

    processo de tomada de deciso. Fitz e Hasenack (2008) complementam afirmando

    que os fatores que direcionam a tomada de deciso esto voltados para a carga

    ideolgica dos tomadores de decises.

    Segundo Fitz e Hasenack (2008), os responsveis pelo andamento das aes

    assumem os riscos das decises tomadas ao longo do processo. Tal vis aponta

    para uma direo nem sempre bem definida, o que tende a dificultar o trabalho dos

    gestores.

    Binder (1994, p.1) apresenta que a tomada de deciso consiste,

    basicamente, na escolha de uma opo entre diversas alternativas existentes,

    seguindo determinados passos previamente estabelecidos e culminando na

    resoluo de um problema de modo correto ou no.

    Mendes e Onghero (2005) explicam que para o processo de tomada de

    decises seja eficaz, a organizao deve dispor de sistemas estruturados de

    informao adequados ao seu negcio e deve desenvolver formas de como obter

    utilizar de maneira sistemtica as informaes comparativas, e concluem informando

    que priorizar o planejamento traz benefcios significativos tomada de deciso num

    conjunto de metas comuns.

    2.1.3 CONTROLE

  • 22

    O controle ferramenta de extrema importncia no alcance das metas de

    gesto estabelecidas pelas organizaes. Controlar significa garantir que o

    planejamento seja bem executado e que os objetivos estabelecidos sejam

    alcanados adequadamente, tornando-se assim indispensvel ao sucesso de

    qualquer organizao pblica ou privada (PEREIRA, 2006; RZO, 2007).

    O objetivo principal do controle garantir que os resultados estratgicos,

    tticos e operacionais de uma organizao sejam alcanados. Para RZO (2007), em

    termos tcnicos, o controle a funo administrativa que mede e avalia o

    desempenho, viabilizando a adoo imediata de ao corretiva quando alguma falha

    no processo controlado identificada.

    Para Pereira (2006), a funo administrativa de controle se relaciona com o

    modo pelo qual os objetivos devem ser alcanados atravs das funes realizadas

    pelas pessoas que integram a organizao. a atividade que serve para que tudo

    funcione da maneira certa e no tempo certo, pois integrada e monitorada,

    aumentando a probabilidade de que os resultados planejados sejam atingidos da

    melhor maneira.

    O controle consiste basicamente em um processo que guia a atividade

    exercida para um fim previamente determinado. Se os ndices de controle no so

    previamente estabelecidos para mensurar o desempenho das atividades

    controladas, elas estaro sem controle, pois a essncia do controle verificar se a

    atividade controlada est ou no alcanando os resultados desejados. Para isto, os

    resultados devem ser conhecidos e previstos, fazendo com que o conceito de

    controle no exista sem o conceito de planejamento (PEREIRA, 2006; RZO, 2007).

    Os conceitos de controle e planejamento servem como base para a

    construo de sistemas de informao, que tem como finalidade fazer com que as

    informaes circulem por entre a empresa.

    2.2 SISTEMAS DE INFORMAO

    OBrien (2000) define sistema de informao como sendo um conjunto

    formado por pessoas, software, hardware, procedimentos e dados, sendo o

    responsvel pela difuso da informao atravs da organizao.

  • 23

    Os sistemas de informao j existiam antes dos computadores. Antigamente,

    eles eram baseados em tcnicas de arquivamento e recuperao de informaes de

    grandes arquivos, sendo necessrio algum responsvel pela organizao, registro

    e catalogao dos dados.

    Com o controle sendo feito desta forma, um grande esforo era necessrio

    para manter os dados atualizados, como tambm para utiliz-los, pois toda a

    informao era mantida em papis e sua anlise e cruzamento eram demasiados

    complicados. Tal ao envolvia uma grande quantidade de pessoas, o que

    aumentava a probabilidade de erros e, consequentemente, dificultava o trabalho do

    gestor que por vezes desconhecia o que acontecia na organizao (COSTA, 2007).

    O gestor necessita estar ciente do papel dos diversos tipos de sistemas de

    informao existentes nas empresas, j que estes auxiliam no processo de tomada

    de deciso e atividades de trabalho existentes nos diversos nveis e funes

    organizacionais (LUPPI, 2008).

    Em decorrncia dos diferentes interesses, especialidades e nveis existentes

    dentro de uma empresa, tornam-se necessrios diversos tipos de sistemas, pois

    nenhum sistema individualmente daria conta de todas as necessidades de uma

    organizao (LUPPI, 2008).

    Uma empresa divide-se em trs nveis organizacionais: operacional, ttico e

    estratgico. Para cada nvel organizacional h um sistema de informao

    correspondente. No nvel operacional, que corresponde ao nvel de execuo das

    tarefas e operaes cotidianas das organizaes, temos os Sistemas de

    Processamento de Transaes (SPT). Se tratando do nvel ttico, caracterizado pelo

    nvel gerencial, temos o Sistema de Informao Gerencial (SIG). J no topo da

    estrutura, temos o nvel estratgico, responsvel pela tomada de deciso, que est

    amparado pelo Sistema de Apoio Deciso (SAD) (SOUZA, 2009).

    O uso de sistemas de informao no integrados dificulta o acesso e

    compresso por parte do gestor, podendo at mesmo gerar informaes errneas

    ou incompreensveis que pode ocasionar srios danos para a organizao. Dessa

    forma, os sistemas de informao so peas fundamentais nas empresas, j que

    tudo que acontece registrado em um sistema e pode ser acessado pelo gestor a

    qualquer momento (COSTA, 2007).

    Por fim, os sistemas de informao devem ser compreendidos como uma

    ferramenta de gesto, de modo a assegurar a qualidade, competitividade, reduo

  • 24

    de custos e principalmente, satisfao dos clientes que so o alvo das empresas

    (ORLANDINI, 2005).

    2.2.1 SISTEMA DE PROCESSAMENTO DE TRANSAES

    O Sistema de Processamento de Transaes corresponde a sistemas

    integrados que atendem o nvel operacional de uma organizao (LUPPI, 2008).

    Corresponde s informaes rotineiras como folha de pagamento, emisso de nota

    fiscal, emisso de pedidos, compra e de mercadoria (GLIOCHE, 2004).

    atravs do SPT que os gerentes monitoram operaes internas e externas

    da organizao. So considerados sistemas crticos, pois a sua interrupo pode

    ocasionar danos a prpria empresa e a outras (LUPPI, 2008).

    Este tipo de sistema abrange cinco categorias funcionais: vendas/marketing,

    fabricao/produo, finanas/contabilidade e recursos humanos (LUPPI, 2008).

    2.2.2 SISTEMA DE INFORMAO GERENCIAL

    O SIG corresponde aos estudos dos sistemas de informao nas empresas e

    na administrao, dando suporte ao nvel gerencial atravs da elaborao de

    relatrios, processos correntes, histrico atravs do acesso on-line, orientao a

    eventos internos, apoio ao planejamento, ao controle e deciso (LUPPI, 2008).

    possvel perceber a ligao entre os sistemas, atravs da dependncia que

    o SIG possui do SPT. Atravs das informaes coletadas do sistema de transaes,

    que o SIG faz consultas e produz relatrios para a gerncia de forma peridica

    (GLIOCHE, 2004).

    Com isso, o SIG apia muito as tomadas de deciso dos gestores tanto no

    nvel operacional quanto no ttico (GLIOCHE, 2004).

    2.2.3 SISTEMA DE APOIO DECISO

  • 25

    O Sistema de Apoio Deciso atende tambm aos nveis ttico e estratgico

    de uma organizao. Ele auxilia no processo de tomada de decises semi-

    estruturadas, ou seja, decises com um nvel maior de subjetividade quando

    comparada a um problema estruturado (SOUZA, 2009). O SAD auxilia nas decises

    que devem ser tomadas em um ambiente complexo, que envolve vrias variveis,

    no planejadas ou imprevistas (GLIOCHE, 2004).

    Esse sistema utiliza informaes internas geradas pelo SPT e pelo SIG e

    tambm externas como os preos dos produtos concorrentes (LUPPI, 2008).

    Por possuir maior poder analtico do que os outros sistemas, o SAD

    construdo em diversos modelos para armazenar, analisar dados e tomar decises

    dirias, atravs de interfaces de fcil acesso e entendimento do usurio, podendo

    chegar a ser interativos (LUPPI, 2008).

  • 26

    3.0 GESTO DE PRODUO

    A gesto e organizao do sistema produtivo das empresas sofreram

    mudanas marcantes no que diz respeito ao desenvolvimento tecnolgico ocorrido

    em termos de mquinas, sistemas de informaes, automao, robtica,

    telecomunicaes, o que possibilitaram um planejamento e controle mais eficiente

    das operaes (CLETO, 2002).

    De acordo com Sanna (2011), gesto de produo um conjunto de

    atividades que visa fabricar os produtos oferecidos pela empresa dentro das

    especificaes estabelecidas utilizando, da melhor maneira possvel, os recursos

    produtivos disponveis, ou seja, produzir de modo rigoroso as determinaes,

    dentro da maior eficincia possvel. Para atender a tais critrios, necessita-se de

    sistemas adequados de planejamento e controle da produo e uma adequada

    gesto de estoques.

    Outra definio trazida por Eugnio Branco (2010) a de que a gesto de

    produo implementa os critrios de informao, controle e custo industrial com

    base no sistema de informao dos processos de fabricao com plena interao

    com os setores administrativo-financeiro, pessoal, comercial, estoque e compras.

    Nesse processo de modernizao da produo, a procura da satisfao do

    consumidor tem se tornado o foco da ateno. Isso tem levado as empresas a se

    atualizarem com novas tcnicas de produo mais eficazes, eficientes e de alta

    produtividade (SEBRAE, 2009).

    A gesto da produo responsvel pela produo de bens e servios,

    preocupando-se com: a estratgia de produo (meios de organizar a produo para

    atender a demanda e ser competitivo); projeto de produtos e servios (criao e

    melhoria dos servios); sistemas de produo (arranjos fsicos e fluxos produtivos);

    planejamento da produo (capacidade, plano mestre de produo e

    seqenciamento); e planejamento e controle de projetos (SEBRAE, 2009).

    Diante disso, a gesto de produo assume como principais objetivos

    estruturar os mtodos de produo; controlar a qualidade do material utilizado;

    planejar e controlar as diversas fases de fabricao; suprimento da linha de

    montagem; acompanhamento das encomendas em produo, previso de entrega e

    armazenamento em estoque; oramento dos produtos; apurao dos custos de

  • 27

    produo; anlise da eficincia por linha, seo, mquina e empregado;

    programao dos eventos produtivos; aproveitamento ao mximo da quantidade de

    produo da empresa e organizao do fluxo documental (EUGNIO BRANCO,

    2010; SEBRAE, 2009). justamente nas fases referentes ao controle da linha de

    produo versus quantidade de encomenda e estoque que os sistemas de

    informao podem ser empregados de forma a auxiliar esse processo. Segundo

    Balzani (2009, p.1), um processo uma seqncia de atividades que recebe

    entradas, agrega-lhes valor e as transforma em resultados. Tm incio e fim bem

    determinados, numa sucesso clara e lgica de aes interdependentes que geram

    resultados.

    Com isso, a responsabilidade do setor de produo dentro da lucratividade de

    uma empresa muito grande, j que este abrange desde a entrada de material

    disponibilidade dos bens. Portanto, o estilo de gesto de produo que se adota na

    empresa, modelo conservador ou tecnolgico, influencia de forma negativa ou

    positiva na produtividade desta.

    3.1 GESTO DE PRODUO AUXILIADA PELA TECNOLOGIA DA INFORMAO

    No cenrio atual, onde a economia baseia-se em um mercado altamente

    competitivo, globalizado e turbulento, as organizaes tm cada vez mais

    necessitado de informaes e conhecimentos personalizados para que sua tomada

    de deciso e gesto de produo ocorra da melhor forma possvel.

    Verifica-se ento a existncia de presses para que as empresas adotem

    tcnicas e recursos de forma a capitalizar a experincia e a informao adquiridas

    na sua atividade, para assim poderem competir no mercado (CARINHAS et al.,

    2002).

    O sucesso de uma organizao depende muito de uma eficaz gesto da

    informao, visto que esta auxilia a organizao a atingir seus objetivos competitivos

    e estratgicos (LUNARDI; BECKER; MAADA, 2010). As empresas que conseguem

    disponibilizar informaes relevantes, precisas, e em tempo hbil aos seus

    funcionrios, clientes e fornecedores, elevam seu poder decisrio, diminuem os

  • 28

    erros e, dessa forma, aumentam o potencial de satisfao dos seus clientes

    (GOMES, 2005).

    A utilizao de sistemas responsveis pelo controle das informaes contribui

    para o surgimento da competitividade entre as organizaes, j que os dados

    adquiridos so analisados e tratados, permitindo que a organizao utilize essa

    informao para rentabilizar seus servios face ao mundo externo.

    Atualmente, tem-se vivenciado um momento de crescimento da TI. Assim

    como as outras tecnologias j inventadas, a TI tornou-se mais um marco em termo

    de evoluo, pois modificou o cotidiano das pessoas e a maneira como as empresas

    trabalham (BARRIZZELLI e SANTOS, 2006). Isso pode ser visto atravs dos

    benefcios que os web services proporcionam no que diz respeito ampliao do

    mercado atingido, visto que um nmero maior de potenciais clientes pode fazer uso

    de um servio que venha a ser comercializado.

    Com a tecnologia dos web services, possvel divulgar e distribuir os

    softwares pela web sem que o comprador precise de procedimentos complexos de

    instalao para utilizar os servios disponibilizados. Portanto, os web services

    representam uma tecnologia mais barata em comparao com os padres

    anteriormente existentes, j que dispensam a implementao de sistemas de

    controle e gerenciamento que no eram compatveis com a estrutura de empresas

    de pequeno e mdio porte (GOMES, 2005).

    Para que uma empresa possa utilizar um servio web no auxlio de sua

    gesto, este deve considerar as constantes mudanas, a flexibilidade de atividades,

    alm de observar a sua produtividade. Isso decorre do fato de que esses sistemas

    devem englobar todos os setores de uma organizao, sendo o elemento

    responsvel pela circulao de dados e informao (CARINHAS et al., 2002). A

    partir disso, o sistema pode ser utilizado no controle de processos e atividades, para

    efetuar previses, automatizar processos, gerir e formalizar procedimentos

    garantindo a melhora da qualidade da organizao.

    No Brasil, a utilizao de ferramentas no auxlio da gesto pode ser

    considerada recente, porm, em outros pases, iniciativas para evitar desperdcios e

    diminuir custos comearam a se desenvolver em meados dos anos 80, por meio de

    dos recursos de TI recm-chegados ao mercado (BARRIZZELLI e SANTOS, 2006).

  • 29

    Portanto, torna-se necessrio que as organizaes tenham seu planejamento

    empresarial e a TI integrados, coerentes e em sinergia, plenamente alinhados entre

    si (REZENDE e ABREU, 2002).

    3.2 INTERCMBIO ELETRNICO DE DADOS

    Farias (2010), define o Intercmbio Eletrnico de Dados (EDI) como uma

    ferramenta para intercmbio eletrnico de dados atravs de um sistema de

    informao entre duas ou mais organizaes, fazendo com que estas informaes

    sejam transmitidas seguindo um padro e assim possam ser interpretadas pelos

    sistemas correlacionados.

    Para Porto; Braz; Plonski (2000, p.1), o EDI surge como uma tecnologia apta

    a estreitar o relacionamento entre empresas, sendo definido como um fluxo

    eletrnico e padronizado de dados entre empresas que permite melhorar os

    resultados, tanto em termos operacionais quanto estratgicos.

    O principal objetivo do EDI a substituio do fluxo de papis entre

    empresas, diminuindo a quantidade de erros gerados pela redigitao, aumentando

    assim o desempenho nos processos e reduzindo custos, ao mesmo tempo em que

    aumenta a eficincia e a rapidez na comunicao entre os parceiros comerciais

    (EANBRASIL, 2000; FARIAS, 2010).

    Segundo Prates e Gallo (2007), o EDI visa agilizar e automatizar todo

    processo de transao eletrnica da empresa, desde a aquisio do produto,

    passando pela distribuio e entrega ao consumidor. Tambm auxilia as empresas

    na gesto da informao do seu negcio, trazendo melhorias ao seu desempenho

    graas armazenagem das informaes trocadas atravs do EDI, gerando relatrios

    que serviro para ajudar na tomada de decises.

    As principais vantagens da utilizao do EDI, tanto nas reas estratgicas

    quanto nas operacionais so: ganho de eficincia e reduo de custos

    administrativos devido reduo das transaes em papel; reconhecimento dos

    produtos atravs do cdigo de barras; aumento de produtividade e vendas devido ao

    planejamento e controle de produo, compras e entregas; eliminao de erros

    provenientes da digitao da entrada dos dados; satisfao do cliente ocasionada

  • 30

    pelas respostas rpidas oriundas do trfego de informaes entre as mquinas; e

    melhor gerenciamento logstico (EANBRASIL, 2000; FARIAS, 2010).

    3.2.1 EDI X WEB SERVICES

    No incio da utilizao do EDI, as solues desenvolvidas atendiam somente

    as necessidades individuais de cada empresa. Logo percebeu-se as limitaes

    destes formatos, o que motivou o surgimento de outros padres que atendessem as

    necessidades exigidas pelas empresas na integrao de seus sistemas com a EDI

    (FARIAS, 2010).

    Essa no era a nica desvantagem do EDI. Problemas como alto custo de

    implantao, solues parciais e sistemas fechados motivaram o surgimento de

    novos padres que atendessem as organizaes de maneira mais efetiva e menos

    custosa. Uma alternativa desenvolvida para atender tais requisitos foi o web service,

    que, diferente do EDI, utiliza padres abertos e de fcil implementao e garante a

    portabilidade das mensagens por serem baseadas em XML, alm de economizar

    recursos quando no esto sendo utilizados.

  • 31

    4.0 WEB SERVICES

    Segundo Silva (2009), na dcada de 1960 o modelo de computao era dito

    centralizado. Com a popularizao dos computadores desktop e com a abertura da

    internet atravs do HyperText Transfer Protocol (HTTP), ela foi perdendo espao e

    surgiu um novo modelo de computadores pessoais que operam sem necessidade de

    mainframes e que se comunicam pelo protocolo Transmission Control

    Protocol/Internet Protocol (TCP/IP) baseado no modelo Open Systems

    Interconnection (OSI), dando assim incio computao descentralizada.

    A partir disso, surgiu a necessidade de se padronizar as comunicaes entre

    diferentes plataformas e linguagens de programao (MORAES et al., 2007). Em

    meados da dcada de 1990, existiam vrios padres que criavam um forte

    acoplamento entre os sistemas, e se tornava complicado diferentes sistemas

    interagirem entre si (SILVA, 2009).

    Novos padres foram criados para o desenvolvimento de aplicaes

    distribudas como DCOM e CORBA, mas nenhum obteve xito suficiente, tanto pela

    independncia de plataforma como pelo modelo proposto (MORAES et al., 2007).

    Esta descentralizao possibilitou o surgimento dos web services como soluo para

    a comunicao entre as diferentes plataformas, contribuindo tambm para a

    integrao de sistemas legados (MORAES et al., 2007; SILVA, 2009). Eide et al.

    (2001, p. 258) complementam que:

    CORBA e DCOM so os protocolos dominantes na computao distribuda permitindo a chamada de objetos remotos, mas tanto CORBA quanto DCOM foram projetados para aplicativos empresariais com software sendo executado na mesma plataforma e na mesma rede local. Quando o aplicativo projetado para a internet, estes dois protocolos so de grande complexidade de implementao, mostram problemas de escalabilidade, alm de consumirem recursos valiosos do servidor. Neste ponto, os web services apresentam-se como a evoluo das tecnologias distribudas, baseadas em componentes.

    Mais uma vez tornou-se necessrio uma reformulao do modo de diferentes

    servios se comunicarem, surgindo normas como o XML, SOAP, WSDL e UDDI

    (LOPES e RAMALHO, 2004; SILVA, 2009).

    Muitos apontam os web services como o caminho a seguir no

    desenvolvimento de aplicaes distribudas, enquanto que outros vem neles

    apenas mais uma evoluo de um antigo conceito (LOPES e RAMALHO, 2004).

  • 32

    O World Wide Web Consortium (W3C), um consrcio de empresas de

    tecnologia que tem como o objetivo criar padres comuns para contedo da web,

    define os web services como um sistema de software responsvel por proporcionar

    a interao entre duas mquinas atravs de uma rede. Ainda complementa que os

    web services oferecem uma maneira de interao entre diversos tipos de aplicao,

    possivelmente rodando em diferentes plataformas e sistemas operacionais

    (MORAES et al., 2007). Esta interoperabilidade garantida pelo seu padro de

    comunicao baseado em XML encapsulado em SOAP (SILVA, 2009).

    De acordo com Balieiro (2008), os web services apresentam como

    caractersticas o fraco acoplamento ao cliente; so do tipo stateless, ou seja, cada

    chamada resulta em um novo objeto criado para o servio que o requisitou; e tem

    como fundamento o SOAP. Tais caractersticas fazem dos web services uma

    tecnologia com maior escalabilidade e menor complexidade em termos de aplicao

    para a internet.

    Para que um web service funcione necessria a troca de informaes entre,

    no mnimo, dois agentes (um solicitante e um provedor do servio). Para que os web

    services sejam encontrados necessria a existncia de agentes de descobrimento,

    que funcionam como verdadeiros catlogos de servios apresentados na Figura 3

    (ZAVALIK; LACERDA; OLIVEIRA, 2003).

    Figura 3: Arquitetura bsica de web services

    Fonte: ZAVALIK; LACERDA; OLIVEIRA, 2003

  • 33

    A integrao dos web services ocorre sob vrios protocolos abertos, em

    diferentes nveis de abstrao. Eles retornam dados em formato XML, diferente das

    pginas web que retornam dados no formato HyperText Markup Language (HTML).

    Graas a isso, os dados so descritos e manipulados com grande facilidade tanto

    para quem envia quanto para quem recebe. Para possibilitar essa interao uma

    interface descrita em um formato especfico, Web Services Description Language

    (WSDL), permite que sistemas interajam com um web service usando essa interface

    e enviando mensagens SOAP ou utilizando outros protocolos.

    As mensagens SOAP basicamente so documentos XML, serializados

    seguindo o padro W3C, enviados em cima de um protocolo de rede. Os protocolos

    utilizados para realizar esta comunicao entre diferentes agentes esto dispostos

    em cinco camadas, conforme apresentado na Figura 4 (MORAES et al., 2007;

    ZAVALIK; LACERDA; OLIVEIRA, 2003).

    Figura 4: Protocolos de comunicao de web services

    Fonte: ZAVALIK; LACERDA; OLIVEIRA, 2003

    Zavalik; Lacerda; Oliveira (2003) destacam como principais vantagens da

    utilizao dos web services a interface abstrata (os detalhes de implementao so

    ocultados do usurio do servio e os mtodos disponveis so acessados atravs de

    uma interface abstrata); a semntica acompanhando os dados (a comunicao

    cliente-servidor carrega metadados ao invs de somente dados); portabilidade (pelo

    fato de serem baseados em XML, a portabilidade das mensagens garantida

  • 34

    mesmo sob diferentes plataformas de operao); segurana (as informaes que

    trafegam podem ser criptografadas); e utilizao de recursos (os web services no

    consomem recursos de comunicao quando encontram-se em estado de espera).

    Segundo Moraes et al. (2007), a principal vantagem do uso dos web services

    a sua Arquitetura Orientada a Servios, conhecida como Service-Oriented

    Architecture (SOA), que tem como fator diferencial entre os sistemas orientados a

    objeto e sistemas procedurais a ligao entre seus componentes, j que em uma

    SOA a ligao baseada na troca de mensagens que possibilitam restries de

    envio e recebimento de informaes e o cdigo separado da assinatura do servio,

    diferente dos outros dois sistemas que so conectados atravs de chamadas

    baseadas em nomes e tipos.

    4.1 PROTOCOLOS DE FUNCIONAMENTO

    A integrao dos web services ocorre sob vrios protocolos abertos e em

    diversos nveis de abstrao. Esta seo aborda os principais protocolos de seu

    funcionamento.

    4.1.1 SIMPLE OBJECT ACCESS PROTOCOL

    SOAP um protocolo que encapsula as mensagens trocadas pelo servidor e

    pelo cliente. baseado em XML para comunicao entre aplicaes HTTP e

    definido de acordo com o padro estabelecido por esse protocolo. Embora o XML

    seja feito para a troca de dados, ele sozinho no comporta esta troca de

    informaes atravs da web, da surge a necessidade de um protocolo que envie e

    receba mensagens contendo documentos XML. (MENNDEZ, 2002; SILVA, 2009;

    XAVIER e CARVALHO, 2010).

    Segundo Menndez (2002), o propsito do SOAP o de fazer chamadas a

    procedimentos remotos em cima do protocolo HTTP ou de qualquer outro protocolo

    padronizado da web, com a grande vantagem de no impor restries de algum tipo

    de implementao para os pontos de acesso.

  • 35

    Xavier e Carvalho (2010), explicam que quando um cliente requisita um

    servio, o protocolo SOAP encapsula a mensagem e ento encapsulado no

    protocolo HTTP. Chegando ao servidor, o protocolo SOAP desencapsula as

    mensagens para serem tratadas pela aplicao, a fim de saber qual servio foi

    chamado e quais foram os parmetros passados. A mensagem de resposta do

    servidor segue o mesmo uxo.

    De acordo com Silva (2009), o SOAP traz a mesma idia do Remote

    Procedure Call (RPC) para XML. Para Menndez (2002) e Silva (2009), o protocolo

    SOAP composto de trs partes: SOAP envelope, SOAP header e SOAP body.

    SOAP ENVELOPE

    Define o contedo da mensagem. Est localizado no topo da hierarquia do

    protocolo SOAP e composto de dois elementos: XMLnamespace e encodingStyle,

    sendo o XMLnamespace um conjunto de nomes para tipos de elementos XML e

    nomes de atributos e encodingStyle um identificador dos tipos de dados

    reconhecidos pelas mensagens SOAP, alm de especificar como os dados devem

    ser serializados para o transporte atravs da web (MENNDEZ, 2002; SILVA, 2009).

    SOAP HEADER

    Segundo Menndez (2002), o atributo header opcional e, se existir, deve ser

    colocado logo aps o elemento envelope. Menndez (2002) ainda explica que, para

    uma mensagem SOAP sair da sua origem e chegar ao seu destino, provvel que

    passe por diversos ns enquanto viaja pela web, sendo que cada n pode receber e

    enviar mensagens SOAP. O header pode ser usado para que, ao passar pelos ns,

    seja feito um processamento com a mensagem. Nele ficam armazenadas a

    autenticao, transao e contabilizao (SILVA, 2009).

    SOAP BODY

    Para Menndez (2002) e Silva (2009), o elemento body a parte principal de

    mensagem SOAP. onde esto armazenadas informaes dos mtodos e

  • 36

    parmetros que sero utilizados para o que destinatrio possa processar o pedido e

    retornar uma resposta.

    4.1.2 EXTENSIBLE MARKUP LANGUAGE

    A linguagem XML, abordada por Menndez (2002) como sendo um padro

    da indstria de informtica, que tem como maior objetivo o intercmbio de

    dados. Alm disso, a XML a base no processo de comunicao de web services

    (SILVA, 2006). A W3C recomenda que tal linguagem seja utilizada para vrias

    finalidades como formatao de texto, armazenamento das propriedades de mdias

    como udio ou vdeo, imagens vetoriais e at servir como um banco de dados

    (XAVIER e CARVALHO, 2010). Atualmente a XML tornou-se o padro para a

    comunicao entre servios, entre servios com servios, e servios com clientes

    (Figura 5) (SILVA, 2009).

    Figura 5: Comunicao entre os servios

    Fonte: SILVA, 2009

    O XML foi desenvolvido para superar as limitaes do uso do HTML,

    especialmente para dar suporte para a criao e gerenciamento de contedos

  • 37

    dinmicos (SOUZA, 2006). Para Xavier e Carvalho (2010), esse tipo de linguagem

    difere da HTML pelo fato de suas etiquetas no serem pr-definidas, ou seja, o

    desenvolvedor cria suas prprias etiquetas tornando-as capaz de descrever diversos

    tipos de dados. Ele permite que sistemas possam trocar informaes de uma forma

    mais abrangente que arquivos texto, j que podemos dar semntica aos dados que

    esto sendo manipulados. Outra diferena que o HTML especifica como os dados

    devem ser exibidos, j o XML preocupa-se com significado dos dados armazenados

    (MENNDEZ, 2002).

    Uma semelhana entre as duas linguagens percebida em sua escrita j que

    ambas baseiam-se em delimitadores conhecidos como tags, onde estabelecido um

    denominador comum para a comunicao entre as aplicaes, possibilitando XML

    ser escrita com tags com uma identificao e dados dentro das tags, alm de tags

    dentro de tags. Tal aspecto explica o fato do XML ter sido adotado para a

    implementao de web services por se tratar do fator que possibilita a portabilidade

    do servio (SILVA, 2006; SILVA, 2009).

    4.1.3 UNIVERSAL DESCRIPTION DISCOVERY AND INTEGRATION

    Graas ao crescimento e popularizao dos web services, as empresas

    possuem muito mais opes de servios que podem ser utilizados nas suas

    aplicaes e, para que um web service seja utilizado, necessrio que o cliente

    consiga localiz-lo. O padro UDDI, um diretrio central em que web services

    podem ser publicados, pesquisados e integrados e tem como papel resolver o

    problema de como descobri-los (MENNDEZ, 2002; SILVA, 2006).

    Segundo Silva (2009, p.5), o UDDI um conjunto de registros baseados na

    web que provem informaes a respeito de uma entidade ou organizao, podem

    ser utilizadas por qualquer um que queira tornar disponvel ou queira obter

    informaes a respeito de negcios ou entidades. Silva (2006) complementa

    informando que estas especificaes so criadas em WSDL.

    Os dados armazenados no diretrio UDDI esto no formato XML so divididos

    em: pginas brancas: inclui informaes gerais de cadastro sobre uma empresa

    especfica, como exemplo, nome, descrio, endereo, contato; pginas amarelas:

  • 38

    um ndice de servios e produtos, onde encontra-se o ramo de atuao e os

    produtos disponibilizados pela empresa, entre outras informaes; e pginas verdes:

    contm informaes tcnicas detalhadas sobre os web services, no que diz respeito

    a transaes, descries de servio e invocao de aplicaes (SILVA, 2006;

    SILVA, 2009).

    Os dados no UDDI so armazenados em quatro tipos de estruturas de dados.

    Estas estruturas so organizadas em: businessEntity, businessService,

    bindingTemplate e tModel conforme ilustrado na Figura 7 (SILVA, 2006).

    Figura 6: Estruturas UDDI e seus relacionamentos

    Fonte: SILVA, 2009

    4.1.4 WEB SERVICES DEFINITION LANGUAGE

    Menndez (2002) diz que a Web Services Definition Language (WSDL)

    usada para definir o que o servio, onde encontr-lo e como cham-lo em um web

    service. Xavier e Carvalho (2010) complementam informando que nos servios, a

    identicao dos mtodos que sero chamados nos clientes para suas respectivas

    execues, as classes, objetos e estruturas de dados que os servios podero

  • 39

    utilizar ou retornar, e opcionalmente o caminho para a classe que ir implementar os

    servios, so especificados no contrato entre o servidor e o cliente definidos pela

    WSDL. Neste contrato, o cliente passa a "conhecer" e a chamar os mtodos

    disponveis no servidor. Os servios web da WSDL so expostos atravs de um

    modelo e um formato XML (ZAVALIK; LACERDA; OLIVEIRA, 2003).

    Uma descrio de servio WSDL descreve os pontos do contato de um

    servio, ou seja, os pontos de acesso na rede, tambm conhecidos como services

    endpoints, onde estabelecida a localizao fsica do servio e fornecida uma

    definio formal da sua interface, de forma que os programas que desejam

    comunicar-se com os web services possam saber exatamente como estruturar as

    mensagens de requisio necessrias (MENNDEZ, 2002; ZANUZ; FILIPPETTO;

    CRESPO, 2007).

    Zavalik; Lacerda; Oliveira (2003) afirmam que com a WSDL possvel

    separar a descrio das funcionalidades abstratas oferecidas por um servio dos

    detalhes concretos da descrio de um servio, como "onde" e "como" as

    funcionalidades so oferecidas.

    A descrio abstrata estabelece as caractersticas de interface do web service sem qualquer referncia s tecnologias usadas para hospedar ou transmitir as mensagens. Separando essa informao, a integridade da descrio do servio pode ser preservada independentemente das alteraes que possam ocorrer na plataforma tecnolgica. J a descrio concreta define o protocolo de transporte fsico para possibilitar que a interface abstrata do web

    service possa comunicar-se (ZANUZ; FILIPPETTO e CRESPO, 2007, p.2).

    De acordo com Zavalik; Lacerda; Oliveira (2003, p.4), com o uso de WSDL, o

    cliente no precisa saber qual a linguagem de programao ou plataforma de

    execuo em que o provedor de servios est baseado.

    Segundo Menndez (2002), os elementos de um documento WSDL so

    divididos entre: types (definio de tipos); message (definio de tipos de dados

    passados nas operaes); operation (definio de uma ao disponibilizada pelo

    servio); portType (conjunto de operaes suportadas nos endpoints); binding

    (especificao do formato dos dados para um determinado portType); port (endpoint,

    definido como a combinao de um binding com um endereo de rede) e service

    (um conjunto de endpoints).

  • 40

    5.0 MODELO: SISTEMA GERENCIADOR DE PRODUO DE REFRIGERANTE

    Atualmente, devido grande exigncia do mercado extremamente

    competitivo, cada vez mais as organizaes buscam investir em tecnologias que

    auxiliem no gerenciamento e controle de seus diversos setores, principalmente no

    setor de produo.

    De acordo com o que dito por Lunardi; Becker; Maada (2010), o sucesso

    de uma organizao depende de uma eficiente gesto da informao, posto que s

    assim ela ser capaz de atingir seus objetivos planejados.

    Os estudos realizados visando proporcionar melhorias sobre a reduo de

    estoque, eficcia de produo e, principalmente, reduo de custos, evidencia a

    preocupao das organizaes em manterem-se competitivas e lucrativas. Para que

    as empresas consigam tais feitos, elas necessitam de sistemas adequados de

    planejamento e controle de produo e uma adequada gesto do que foi produzido.

    Diante deste contexto surge o componente Sistema Gerenciador de Produo

    de Refrigerante SGPR, que foi modelado para facilitar o desenvolvimento de um

    aplicativo para o controle de produo de uma fbrica de refrigerante, sendo assim

    um mdulo de um Sistema de Processamento de Transaes de produo.

    atravs do SGPR que os gestores da fbrica conseguem monitorar as operaes

    realizadas na empresa e, a partir das informaes coletadas sobre a produo de

    refrigerante, so tomadas as decises relativas produo de embalagens.

    Para tal, pensou-se utilizar uma tecnologia que possibilitasse o

    monitoramento da produo em tempo real e que pudesse ser acessada de

    qualquer lugar e no momento em que fosse necessrio. Esta tecnologia tambm

    deveria ser de fcil integrao com os sistemas existentes na empresa.

    Optou-se ento pelo uso dos web services, pois uma ferramenta que tem

    seu padro de comunicao baseado em XML, de fcil implementao e utiliza

    padres abertos, tornando-se assim uma soluo mais eficiente e menos custosa.

    5.1 UTILIZAO DO SGPR EM UMA FBRICA DE REFRIGERANTE

  • 41

    O SGPR foi modelado com o intuito de modernizar o sistema de controle de

    produo de uma fbrica de refrigerantes, que era feito atravs de duas tabelas:

    uma para a produo de refrigerante conforme apresentado na Tabela 1 e outra

    para a produo de embalagens ilustrado na Tabela 2.

    Tabela 1: Tabela de controle de produo de refrigerantes

    Fonte: DO AUTOR (2011)

    Nestas tabelas, eram cadastrados os dados de produo referentes a cada

    semana dos meses do ano. Desta forma, obtinha-se o total do que foi produzido a

    cada ms e, consequentemente, a cada ano.

    Graas ao gradativo aumento de produo, surgiu a necessidade de

    modernizao da forma de controle da produo e gerenciamento dos dados.

    Esta forma de gerenciamento era local, portanto todos os dados relacionados

    fbrica s podiam ser acessados na prpria fbrica, o que dificultava o acesso a

    eles, acarretando em custos na mobilizao de funcionrios caso houvesse a

    necessidade de obteno urgente dos mesmos. Esta mobilizao era responsvel

    pela demora na obteno das informaes.

    O modelo SGPR prope a utilizao de sistemas web para um melhor

    gerenciamento da produo da fbrica. Atravs da utilizao de sistemas web,

    possvel obter as informaes desejadas em tempo real, os dados podem ser

  • 42

    acessados de qualquer lugar do mundo e os custos com manuteno de sistemas e

    mobilidade dos funcionrios sofrem considervel reduo.

    Tabela 2: Tabela de controle de produo de embalagens

    Fonte: DO AUTOR (2011)

    Alm da facilidade de obteno dos dados, o SGPR auxilia a tomada de

    decises, pois foi desenvolvido para atuar nos nveis de gesto ttico e operacional.

    Com a utilizao deste modelo, o gestor da instituio capaz de controlar os

    custos com a produo, como: relacionar a produo de embalagens com a

    produo de refrigerante; buscar mtodos de reduo de estoque; gerir a produo

    de acordo com a exigncia do mercado consumidor; e cumprir os prazos

    estabelecidos entre o fornecedor e o cliente final.

    5.2 DIAGRAMA DE INFRAESTRUTURA

    A figura 7 representa o diagrama de infraestrutura do modelo SGPR. Tm-se

    dois ambientes, ou seja, tanto o fabricante de refrigerante como o fabricante de

    embalagens possui o seu prprio parque tecnolgico com sistemas legados onde,

    com a tecnologia de web services, torna-se possvel integr-los.

  • 43

    Cada ambiente possui o seu cliente, seu servidor web e seu sistema

    gerenciador de banco de dados. Cada cliente comunica-se com seu respectivo

    servidor atravs do protocolo SOAP, que o protocolo que encapsula as

    mensagens trocadas entre o servidor e o cliente.

    Os servidores so responsveis por persistir as informaes no banco de

    dados, recuperar as informaes e processar a minerao das informaes, alm de

    processar todas as requisies feitas a ele.

    Os dois clientes trocam mensagens com o diretrio central UDDI tambm

    atravs do protocolo SOAP. O padro UDDI permite que os web services sejam

    publicados, pesquisados e integrados. Os dois servidores tambm comunicam-se

    com o diretrio UDDI, mas o fazem atravs do protocolo WSDL, que define o que

    o servio, onde encontr-lo e como cham-lo em um web service.

    Figura 7: Diagrama de infraestrutura

    Fonte: DO AUTOR (2011)

  • 44

    5.3 DIAGRAMA DE IMPLANTAO

    O diagrama de implantao representa a viso esttica de funcionamento de

    um sistema. A figura 8 representa o diagrama de implantao do modelo SGPR,

    onde se tem o web service WSQtdRefrigerante que executado pelo servidor de

    aplicao GlassFish, que um aplicativo open source para a plataforma Java EE

    (Enterprise Edition) que permite que os mdulos web sejam publicados. O

    WSQtdRefrigerante encontra-se hospedado no servidor Vnus. O mesmo ocorre

    com o WSQtdEmbalagens, porm o GlassFish que executa este web service

    encontra-se no servidor Saturno.

    Os clientes podem acessar tanto as informaes referentes produo de

    embalagens quanto as de produo de refrigerantes atravs de web services que

    permitem a comunicao entre os diferentes servios disponveis onde, utilizando o

    UDDI, consegue-se promover uma sincronizao eficaz dos dados.

    Para se ter acesso aos servios web, necessrio ter a chave de registro do

    UDDI. Atravs do UDDI que as informaes indispensveis para a gesto de

    produo so descobertas, permitindo a integrao entre os diferentes servidores

    que compe o componente SGPR, servindo de base para resolver problemas e

    tornar disponveis as informaes requisitadas pelos clientes. Este padro de

    registro importante para restringir o acesso aos servios e garantir que somente

    usurios credenciados tenham acesso aos mesmos, que algumas vezes contm

    dados confidenciais e primordiais empresa.

    Figura 8: Diagrama de implantao

    Fonte: DO AUTOR (2011)

  • 45

    5.4 DIAGRAMA DE CASOS DE USO

    O diagrama de casos de uso auxilia tanto o desenvolvedor na definio das

    tarefas a serem realizados at a finalizao do programa quanto o responsvel pela

    manuteno do mesmo.

    O modelo SGPR composto por duas aplicaes web: na primeira, que tem seu

    diagrama representado na figura 9, o gestor da fbrica de refrigerante cadastra os

    dados relativos fabricao dos mesmos e consulta o processo de entrega das

    embalagens.

    Figura 9: Diagrama do sistema do fabricante de refrigerante

    Cadastrar Dados da Fabricao de

    Refrigerante

    Gestor

    Consultar Processo de Entrega de

    Embalagens

    Fonte: DO AUTOR (2011)

    Em uma outra funcionalidade proposta, representada pela figura 10, o gestor

    responsvel pela fabricao de embalagens cadastra o que foi produzido e consulta

    a produo de refrigerante diretamente atravs do SPT da fbrica de refrigerante,

    alm de cadastrar os prazos de entrega dos dois produtos.

    Figura 10: Diagrama do sistema de fabricao de embalagens

    Cadastrar Dados da Fabricao de

    Embalagens

    Consultar Quantidade de

    Refrigerante Produzida

    Gestor SPT da Fbrica

    de Refrigerante

    Cadastrar Data de Entrega

    Fonte: DO AUTOR (2011)

  • 46

    6.0 CONCLUSO

    Diante do cenrio desenhado por este estudo foi possvel perceber que a

    utilizao de sistemas de informao voltados para o gerenciamento da produo

    traz importantes benefcios no que diz respeito produtividade de uma organizao.

    Graas utilizao da tecnologia da informao, torna-se possvel obter os

    dados desejados de forma mais precisa e segura e utiliz-los no processo de

    tomada de decises gerenciais. Para isso, so utilizados os sistemas de informao.

    O desenvolvimento do modelo SGPR possibilita ao gestor um controle mais

    efetivo e dinamizado, proporcionando-o um maior domnio sobre as informaes

    geradas. Este controle d suporte tomada de decises na organizao, fazendo

    com que o gestor adote aes relativas produtividade de forma mais segura.

    A utilizao da tecnologia web beneficia a organizao por tornar mais gil a

    obteno dos dados e diminuir os custos relativos mobilidade de seus funcionrios

    e facilitar a manuteno remota. Estas vantagens ocasionam uma diminuio dos

    custos totais.

    O modelo SGPR foi proposto para uma fbrica de refrigerante, porm o

    mesmo pode ser aplicado em todos os setores industriais independente do seu

    porte, pois este possui tem seu custo de implantao reduzido, de mais fcil

    implementao por utilizar protocolos abertos e pode ser facilmente integrado aos

    sistemas j existentes sem a necessidade de interromper o seu funcionamento.

    6.1 SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS

    Sugere-se que o modelo SGPR seja implementado em uma fbrica de

    refrigerante ou em qualquer outro setor industrial e, a partir disso, sejam realizados

    novos estudos visando comprovar os reais benefcios do modelo proposto dentro de

    uma organizao, atravs da anlise de produtividade, reduo de custos antes e

    aps a implementao do modelo.

  • 47

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