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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO MARCELLUS HENRIQUE RODRIGUES BASTOS Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda. Volta Redonda/RJ 2015

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Page 1: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

MARCELLUS HENRIQUE RODRIGUES BASTOS

Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de

Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda.

Volta Redonda/RJ

2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

MARCELLUS HENRIQUE RODRIGUES BASTOS

Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de

Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Administração do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da

Universidade Federal Fluminense, como requisito para

conclusão do Curso de Mestrado Profissional em

Administração.

Orientadora:Prof.ªDr. CECILIA TOLEDO HERNÁNDEZ

Volta Redonda/RJ

2015

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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca do Aterrado de Volta Redonda da UFF

B327 Bastos, Marcellus Henrique Rodrigues

Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de Instituições de

Ensino Superior da cidade de Volta Redonda / Marcellus Henrique

Rodrigues Bastos. – 2015. 126 f.

Orientador: Cecilia Toledo Hernández

Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) – Instituto de

Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Fluminense, Volta

Redonda, 2015.

1. Empreendedorismo . 2. Ensino de Empreendedorismo. 3. Perfil

Empreendedor. I. Hernández, Cecilia Toledo, orientador. II. Título

CDD 658.421

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

Titulo: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de

Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda.

Autor :Marcellus Henrique Rodrigues Bastos

Apresentação em: 19/ 08 /2015. Nota:

Page 5: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

Dedico este trabalho aos meus pais Marcos Luiz

Bastos e Mirce e Fatima Rodrigues Bastos, que são

o motivo de minha vida e força, e a meu tio Pedro

Silva, exemplo de minha vida e inspiração a minha

profissão de professor

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a DEUS acima de tudo por ter me dado a oportunidade de estar vivo, lutando por

mais uma estrada, feitas de sorrisos e lágrimas, de compreensão e realizações, e por todos os

desafios que me deu e tem dado a cada instante de minha vida, sem elas estaria sem a fé que

tenho no pai e em mim para vencer as batalhas do dia-a-dia.

Agradeço aos meus pais Marcos e Mirce , por terem me dado base moral e caráter para vencer

e superar os desafios quando estive quase a cair, entendendo a cada dia e noite, o esforço, as

horas sem comer, o nervosismo, as noites mal dormidas em frente aos livros, e principalmente,

ao ombro de carinho e conforto nos momentos mais difíceis.

A minha orientadora queridíssima Cecilia, que mais que uma orientadora, uma mãe e uma

amiga, que acreditou no meu propósito de pesquisa, que me apoiou a cada investigação, que

me cobrou com um carinho ímpar os prazos, e que acima de tudo, me ensinou muito mais que

números e métodos multicritérios de tomada de decisão, me ensinou que a vida de um estudante

e de um pesquisador é feita de esforço, nas quedas e nas vitórias, e que podemos sim, a cada

segundo, virar o jogo da vida com verdade, dedicação e árduo estudo.

A minha eterna amiga, irmã e companheira de mestrado Teofânia, que foi até o fim dessa

caminhada, inseparável nos estudos, longas noites de artigos e aulas um apoio e de um coração

único, sua amizade e sorriso são boa parte dessa vitória.

Agradeço a meu amigo e irmão Rafael Fagundes, por ter sido um companheiro nos momentos

de desabafo, pela amizade e sinceridade dura, mas correta e pontual, e por ser um incentivador

nos momentos difíceis.

A minha amiga Luciane, que segurou os momentos mais complicados e que todo carinho e

respeito me auxiliou com palavras gentis e carinhosas. Serei eternamente grato aos “dezembros,

janeiros e fevereiros“ de virada de noites onde a vitória e o sorriso vieram de novo a minha

vida.

Aos meus amigos do mestrado MPA - UFF 01, carinhosamente chamados de “Os Vingadores”

que foram heróis na vida real no momento de queda e vitória, que incentivaram, caminharam e

estenderam a mão a cada segundo A cada um de vocês - Capitão, DP, Mari, Vivi, Max, Sheila,

Nardini, Miller, Ju, Fefa, Marcelo, Aline. Um grupo em que não se acaba no fim desse mestrado,

pois laços assim se tornam fortes não pelo título, mais pelo brilhar nos olhos de cada um.

Aos meus tios Pedro e Elane, que sempre apoiaram meus estudos, professores carinhosos que

tenho como pais em minha vida.

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Aos meus mestres do mestrado, que sempre tiveram a paciência e carinho desde meu início

como graduando na UFF de Administração, e que vem acompanhando meu crescimento como

pessoa e profissional, que mostram a cada dia em seu trabalho um esforço, carinho e dedicação

para ensinar e transmitir o conhecimento de forma prática e aplicada.

Aos amigos que me acompanham nos trabalhos da casa de caridade, que entenderam as minhas

faltas aos sábados e domingos que não pude auxilia-los nos trabalhos aos carentes, mas que

mesmo assim mantiveram suas orações e vibrações para que pudesse chegar a esse dia.

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Pois o que é um homem, o que ele possui?

Senão ele mesmo, então ele não tem nada para

dizer as coisas que ele sente de verdade e não as

palavras de alguém que se ajoelha. Os registros

mostram, eu levei golpes e eu fiz do meu jeito.

Frank Sinatra- My Way

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 19

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO 19

1.2 FORMULAÇÃO DA PESQUISA 23

1.2.1 Objetivo Geral 24

1.2.2 Objetivos Específicos 24

1.3 ESTRUTURA DO DOCUMENTO 24

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 25

2.1 O EMPREENDEDORISMO – CONCEITOS 25

2.2 PERFIL EMPREENDEDOR 27

2.3. O ENSINO DE EMPREENDEDORISMO 33

2.3.1. Métodos, técnicas e recursos pedagógicos para o ensino de empreendedorismo 36

2.3.2 Avaliação do ensino de empreendedorismo 41

2.4. MÉTODOS DE TOMADA DE DECISÃO COM MÚLTIPLOS CRITÉRIOS (MCDM). 44

2.4.1 ANALYTIC HIERACHY PROCESS - AHP 45

2.4.2 Ratings 48

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 51

3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 51

3.2 PROCEDIMENTOS DE BUSCA BIBLIOGRÁFICA 52

3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS 54

3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS 56

4. RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO 59

4.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS GRUPOS PESQUISADOS 59

4.2 MEDIÇÃO DAS DIMENSÕES E VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR 61

4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63

4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “A” 63

4.2.4 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “B” 69

4.2.5 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “C” 75

4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS 80

4.3.1 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor 80

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 89

6. REFERÊNCIAS 94

7. APÊNDICES 102

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AEFE - Atividades Educacionais De Formação Em Empreendedorismo

AIJ - Aggregation of Individual Judgement

AHP - Analytic Hierarchy Process

ANP - Analytic Network Process

CCE - Características do Comportamento Empreendedor CCE

DCN - Diretrizes Curriculares Nacionais

ELECTRE - Elimination and Choice Translating Reality

GEM - Global Entrepreneurial Monitor

IES – Instituição de Ensino Superior

MACBETH - Measuring Attractiveness by a categorical based Evaluation Technique

MCDM - Multiple Criteria Decision Making - Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos

Critérios

MPES - Micro e Pequenas Empresas

MUSA -Multicriteria Satisfaction Analysis

PMEs - Pequenas e Médias Empresas

PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PROMETHEE - Preference Ranking Method for Enrichment Evaluation

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio Às Micro e Pequenas Empresas

TOPSIS - Technique for Order Preference by Similarity to Ideal Solution

WoS - Web of Science

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1- ESTRUTURA DO TRABALHO ...................................................................................... 24

FIGURA 2 - ESTÁGIOS DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA ................................... 38

FIGURA 3 - EXEMPLO DE ESTRUTURA HIERÁRQUICA ................................................................. 47

FIGURA 4 - MODELO DO AHP COM RATINGS ............................................................................. 50

FIGURA 5 - QUADRO ESQUEMÁTICO DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................ 58

FIGURA 6 -ESTRUTURA HIERÁRQUICA ....................................................................................... 62

GRÁFICO 1 - NÚMERO DE ARTIGOS PULICADOS NO PERÍODO DE 2004 A 2014 SOBRE O TEMA

ENTREPRENEURIAL PROFILE + ENTREPRENERSHIP EDUCATION .................................................... 53

GRÁFICO 2 - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR PARA A IES “A” ....... 81

GRÁFICO 3 - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR PARA A IES “B” ........ 82

GRÁFICO 4 - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR PARA A IES “C” ........ 83

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1- FATORES PSICOSSOCIAIS, AMBIENTAIS E ECONÔMICOS DE COMPORTAMENTOS,

ATITUDES E AÇÕES EMPREENDEDORAS. ..................................................................................... 28

QUADRO 2 - CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCE'S ................... 29

QUADRO 3 - OUTRAS ABORDAGENS SOBRE CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS

EMPREENDEDORAS – CCES ....................................................................................................... 31

QUADRO 4 - CARACTERÍSTICAS DO PERFIL EMPREENDEDOR ...................................................... 32

QUADRO 5 - MÉTODOS, TÉCNICAS E RECURSOS PEDAGÓGICOS UTILIZADAS AO ENSINO DE

EMPREENDEDORISMO ................................................................................................................. 39

QUADRO 6 - ESCALA DE VALORES PARA A COMPARAÇÃO POR PARES NO MÉTODO AHP. ........... 47

QUADRO 7- PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 52

QUADRO 8 - CARACTERÍSTAS DOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO DE CADA IES ......................... 59

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - RESPONDENTES POR GRUPO E IES PESQUISADA ...................................................... 60

TABELA 2 - RESUMO DA INFORMAÇÃO OBTIDA COM AS RESPSTAS DO BLOCO III (VALORES

PERCENTUAIS) ........................................................................................................................... 60

TABELA 3 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO DAS INTENSIDADES DOS RATINGS .................................. 63

TABELA 4 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR DO

GRUPO I DA IES “A” ................................................................................................................. 64

TABELA 5 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO I DA IES “A” ................................................................... 65

TABELA 6 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

LÍDER (C2) DO GRUPO I DA IES “A” ......................................................................................... 65

TABELA 7 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

PLANEJADOR (C3) DO GRUPO I DA IES “A” .............................................................................. 65

TABELA 8 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

INOVADOR (C4) DO GRUPO I DA IES “A” .................................................................................. 65

TABELA 9 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO I DA IES “A” .......................................................................... 65

TABELA 10 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO I DA IES “A” ................................................................................... 66

TABELA 11 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “A” .................... 66

TABELA 12 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR

(CRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “A” ....................................................................................... 67

TABELA 13 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO II DA IES “A” .................................................................. 68

TABELA 14 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

LÍDER (C2) DO GRUPO II DA IES “A” ........................................................................................ 68

TABELA 15 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

PLANEJADOR (C3) DO GRUPO II DA IES “A” ............................................................................. 68

TABELA 16 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

INOVADOR (C4) DO GRUPO II DA IES “A” ................................................................................. 68

TABELA 17 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO II DA IES “A” ........................................................................ 68

TABELA 18 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO II DA IES “A” .................................................................................. 68

TABELA 19 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “A” ................... 69

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TABELA 20 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR

(CRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “B” ........................................................................................ 70

TABELA 21 -AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO I DA IES “B”.................................................................... 70

TABELA 22 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

LÍDER (C2) DO GRUPO I DA IES “B” ......................................................................................... 71

TABELA 23 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

PLANEJADOR (C3) DO GRUPO I DA IES “B” .............................................................................. 71

TABELA 24 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

INOVADOR (C4) DO GRUPO I DA IES “B” .................................................................................. 71

TABELA 25 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO I DA IES “B” .......................................................................... 71

TABELA 26 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO I DA IES “B” ................................................................................... 71

TABELA 27 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “B” ..................... 72

TABELA 28 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR

(CRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “B” ....................................................................................... 73

TABELA 29 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO II DA IES “B” .................................................................. 73

TABELA 30 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

LÍDER (C2) DO GRUPO II DA IES “B” ........................................................................................ 73

TABELA 31 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

PLANEJADOR (C3) DO GRUPO II DA IES “B” ............................................................................. 73

TABELA 32 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

INOVADOR (C4) DO GRUPO II DA IES “B” ................................................................................. 74

TABELA 33 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO II DA IES “B” ......................................................................... 74

TABELA 34 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO II DA IES “B” .................................................................................. 74

TABELA 35 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “B” ................... 74

TABELA 36 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR

(CRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “C” ........................................................................................ 75

TABELA 37 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO I DA IES “C”.................................................................... 76

TABELA 38 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

LÍDER (C2) DO GRUPO I DA IES “C” ......................................................................................... 76

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TABELA 39 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

PLANEJADOR (C3) DO GRUPO I DA IES “C” .............................................................................. 76

TABELA 40 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

INOVADOR (C4) DO GRUPO I DA IES “C” .................................................................................. 76

TABELA 41 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO I DA IES “C” .......................................................................... 77

TABELA 42 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO I DA IES “C” ................................................................................... 77

TABELA 43 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “C” ..................... 77

TABELA 44 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR

(CRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “C” ....................................................................................... 78

TABELA 45 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO II DA IES “C” .................................................................. 78

TABELA 46 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

LÍDER (C2) DO GRUPO II DA IES “C” ........................................................................................ 79

TABELA 47 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

PLANEJADOR (C3) DO GRUPO II DA IES “C” ............................................................................. 79

TABELA 48 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

INOVADOR (C4) DO GRUPO II DA IES “C” ................................................................................. 79

TABELA 49 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO II DA IES “C” ......................................................................... 79

TABELA 50 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO

SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO II DA IES “C” .................................................................................. 79

TABELA 51 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “C” ................... 80

TABELA 52 - RESUMO DA IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR ............... 84

TABELA 53 - DISCIPLINAS QUE INCORPORAM O TEMA DE EMPREENDEDORISMO ........................ 86

TABELA 54 - PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES PRÁTICAS SOBRE EMPREENDEDORISMO ............... 87

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LISTA DE APÊNDICE

APÊNDICE A - FORMULÁRIO DE ENTREVISTAS COM COORDENADORES DAS IES ...................... 102

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO DA PESQUISA COM ALUNOS DAS IES ........................................ 103

APÊNDICE C - COLETA DE DADOS GRUPO I E II - IES A......................................................... 106

QUADRO - C01-BLOCO I - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR-

GRUPO I – IESA.....................................................................................................................106

QUADRO- C02 - BLOCO II - IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR - GRUPO

I – IESA...................................................................................................................................107

QUADRO - C03 - BLOCO I - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR -GRUPO

II – IES A.................................................................................................................................110

QUADRO - C04 - BLOCO II - IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO

II –IES A.................................................................................................................................112

APÊNDICE D - COLETA DE DADOS GRUPO I E II - IES B.................................................. .......114

QUADRO- D01- BLOCO I - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO I

– IES B....................................................................................................................................114

QUADRO - D02- BLOCO II- IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO I

– IES B....................................................................................................................................115

QUADRO-D03-BLOCO I- IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO II

– IES B....................................................................................................................................116

QUADRO- D04 - BLOCO II - IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR - GRUPO

II– IES B..................................................................................................................................118

APÊNDICE E - COLETA DE DADOS GRUPO I E II - IES C ..................................................... ....120

QUADRO-E01- BLOCO I - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO I

– IES C....................................................................................................................................121

QUADRO- E02-BLOCO II - IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR - GRUPO I

– IES C....................................................................................................................................122

QUADRO-EO3- BLOCO I- IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO II

– IES C....................................................................................................................................123

QUADRO EO4-BLOCO II-IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO II-

IES C.......................................................................................................................................125

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RESUMO

O empreendedorismo vem sendo discutido no meio acadêmico em diferentes áreas de pesquisa

devido ao seu papel como agente influente na economia e no desenvolvimento regional. Uma

peça integrante e de suma importância para o desenvolvimento do empreendedorismo é o

sujeito empreendedor. O empreendedor possui características próprias que podem acompanhá-

lo desde o nascimento, e outras, que podem ser adquiridas ou desenvolvidas por meio de

programas de Educação Empreendedora. Neste sentido, o ensino do Empreendedorismo

destaca-se como um dos recursos utilizados para a formação de novos empreendedores. Porém

observa-se certa dificuldade na hora de se avaliar a eficiência do ensino-aprendizagem desse

tema. Existem vários modelos de avaliação com particularidades específicas e a escolha

depende de múltiplos fatores, onde tipo de sujeito a ser pesquisado tem importante peso. Assim,

o objetivo deste trabalho foi hierarquizar quais são as características melhor desenvolvidas do

perfil empreendedor de alunos ingressantes e concluintes de cursos de Administração na cidade

de Volta Redonda, para dessa forma avaliar o ensino de Empreendedorismo. Esta alteração será

analisada com base na importância que os grupos pesquisados atribua às dimensões e variáveis

do perfil empreendedor, utilizando para isto Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos

Critérios, especificamente o Analytic Hierarchy Process. Como resultado identificaram se

comportamentos diferentes, quanto à importância das características empreendedoras inerêntes

ao perfil empreendedor para cada Instituição de Ensino Superior, o que pode evidenciar que o

tema do empreendedorismo é abordado de forma diferente. O estudo mostrou também valores

baixos de importância para aspectos que devem ser relevantes em empreendedores e valores

mais elevados para outros presentes no perfil de administradores de empresas. Com isto pode

se concluir que é necessária uma maior integração entre a proposta da formação do perfil do

novo bacharel em Administração com a proposta de formação do perfil empreendedor.

Palavras-chave: Ensino de Empreendedorismo; Perfil Empreendedor; Analytic Hierarchy

Process

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ABSTRACT

Entrepreneurship has been discussed in academic circles in different areas of research because

of its role as an influential agent in the economy and regional development. An integral part

and very important for the development of entrepreneurship is the subject entrepreneur. The

entrepreneur has its own characteristics that can accompany you from birth, and others that may

be acquired or developed through the Entrepreneurial Education Programs. In this sense, the

teaching of entrepreneurship stands out as one of the resources used for the training of new

entrepreneurs. However there is some difficulty in the time to evaluate the teaching and learning

of this issue of efficiency. There are various valuation models with specific features and the

choice depends on multiple factors, which kind of subject being researched has significant

weight. The objective of this study was to prioritize what are the best features developed the

entrepreneurial profile of students entering and graduating from Management courses in the

city of Volta Redonda, to thereby evaluate the teaching of entrepreneurship. This change will

be analyzed based on the importance that the groups surveyed assign dimensions and variables

of entrepreneurial, using for this Decision Making Methods with Multiple Criteria, specifically

the Analytic Hierarchy Process. As a result identified is different behaviors, the importance of

entrepreneurial characteristics inherent to entrepreneurial profile for each institution of higher

education, which may show that entrepreneurship theme is approached differently. The study

also showed low values of importance to aspects that should be relevant for entrepreneurs and

higher values for other gifts in enterprise administrators profile. With this it can be concluded

that greater integration between the proposal of the formation of the new bachelor profile in

Business Administration with a proposal for the formation of the entrepreneur profile is

required.

Keywords: Entrepreneurship Education; Entrepreneur Profile; Analytic Hierarchy Process

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1. INTRODUÇÃO

Neste capítulo são estabelecidas as premissas básicas da pesquisa, objetivos, estrutura do

trabalho, assim como aspectos gerais sobre o tema de estudo.

1.1 Contextualização

O termo empreendedorismo vem sendo discutido em diferentes áreas de pesquisa devido

ao seu papel na economia e no desenvolvimento regional e, por conta de sua

peculiaridade, que é tratar da criação de negócios por sujeitos empreendedores (DEGEN,

2009; HISRICH et al., 2009; MARTES, 2010).

O empreendedorismo surge através da percepção do sujeito empreendedor das

oportunidades de criação de novos produtos e serviços que sejam economicamente fortes

e relevantes tanto para a ciência quanto para a sociedade (BARON; SHANE, 2007). Os

empregos e a geração de renda criados pela abertura de novas empresas mostram que o

empreendedorismo move interesses de governos e sociedade que buscam alternativas

para a promoção do crescimento econômico, e o consequente combate ao desemprego.

(ROCHA; FREITAS, 2014).

O sujeito empreendedor, a partir do processo de criação, torna-se a peça central da

natureza do empreendedorismo. Estudos sugerem que os sujeitos empreendedores

apresentam características e comportamentos comuns (CASSON, 1982). McClelland

(1961) classifica os empreendedores como: confiantes, perseverantes, diligentes,

habilidosos, criativos, visionários, versáteis e perceptivos. Estudos posteriores de

McClelland e Winter (1971) expõem que, para uma pessoa ser empreendedora deve trazer

consigo determinadas características comportamentais empreendedoras (CCEs):

Independência, autoconfiança, persuasão, rede de contatos, monitoramento e

planejamento, estabelecimento de metas, busca de informações, exigência de qualidade e

eficiência, correr riscos calculados, busca de oportunidade, iniciativa e comprometimento

Morais (2000) defende que alguns indivíduos nascem empreendedores, outros necessitam

de maior esforço para desempenhar tal papel. Tal afirmação pressupõe a ideia de que as

CCEs são qualidades e valores que acompanham o sujeito empreendedor durante a sua

vida, porém há outras características que podem ser adquiridas. A partir dessa definição,

o ensino de empreendedorismo e seu foco na capacitação torna-se relevante para o

entendimento do perfil de indivíduos interessados em empreender.

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De acordo com Souza et al. (2004) o perfil empreendedor pode ser desenvolvido no

processo do ensino e aprendizagem. Esse desenvolvimento se dá mediante a capacitação

do aluno para que crie, conduza e programe o processo criativo no sentido da elaboração

de novos planos de vida, de trabalho, de estudo, de negócios, sendo responsável pelo seu

próprio desenvolvimento e de sua organização.

O ensino do empreendedorismo é tido mais como um processo de desenvolvimento de

habilidades e atitudes do que como um processo de transmissão de conhecimento. Neste

aspecto, a educação empreendedora direciona seus esforços ao aprendizado do

empreendedorismo nos diferentes níveis de ensino, com ênfase no ensino superior.

Lavieri (2010) aborda que a origem do ensino de empreendedorismo está associada aos

cursos de Administração de empresas como uma necessidade prática. Segundo Paiva e

Cordeiro (2002), o enfoque utilizado pelas escolas de Administração quanto à formação

de empreendedores é voltado, em sua maioria, à orientação dos alunos para a formação

de executivos e gerentes de organizações, em detrimento do estímulo à abertura de novos

negócios para o atendimento das necessidades da realidade social e econômica do país.

Contudo, surge outra visão, diferente da visão única da formação de administradores para

grandes corporações a partir das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN),

promulgada em 2005 (ROCHA, 2012).

As DCN expuseram certas características do perfil empreendedor, incluindo o novo perfil

do egresso, sendo estas tratadas tanto no perfil do administrador, quanto no do

empreendedor. Segundo Rocha (2012), habilidades e competências como determinação,

criatividade e disposição para mudanças foram inseridas no perfil dos administradores.

Lopes (2010) argumenta que, por ter proposições semelhantes no desenvolvimento dessas

habilidades e competências, o ensino de Empreendedorismo tende a se tornar mais

relevante nos cursos de Administração.

As perspectivas na formação de empreendedores têm ocasionado à busca de modelos

pedagógicos que atendam à formação empreendedora e que se aproximem das atitudes

do perfil empreendedor (LOPES, 2010). Estudos apontam as diferenças entre a formação

tradicional, que traz uma abordagem mais teórica e expositiva e a formação

empreendedora, que tem sua abordagem numa base teórica complementada com

atividades práticas (RUSKOVAVARA et al., 2010, PETERSON; LIMBU, 2010).

Diferentes opções pedagógicas se apresentam com a finalidade do desenvolvimento da

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formação empreendedora, como aulas expositivas, apresentação de plano de negócios,

jogos de empresas, estudos de caso, uso de filmes, vídeos, simulações (DOLABELA,

2008; HENRIQUE; CUNHA, 2008; KURATKO, 2005).

O ensino do empreendedorismo é mais do que a existência de uma disciplina na grade

curricular de um determinado curso. Rocha e Freitas (2014) expoem um conjunto de

métodos, técnicas e recursos válidos no ensino de empreendedorismo, portanto é mais

conveniente pensar num conjunto de atividades de formação ou educação empreendedora

para o ensino do empreendedorismo.

A maneira de avaliar o ensino de empreendedorismo não tem obtido consenso entre

estudiosos do tema. São encontradas literaturas com vários modelos e critérios de

medição na avaliação da efetividade da educação empreendedora, como, por exemplo,

abertura de empresas, intenção de iniciar um novo negócio, perfil empreendedor,

orientação empreendedora, aptidão e potencial empreendedor (MCGEE et al., 2009;

WILSON et al., 2007; SILVA et al., 2009; CUBICO et al., 2010; SCHMIDT;

BOHNENBERGER, 2009).

Dentre esses modelos, os mais usados para avaliar o ensino do empreendedorismo em

estudantes são: a intenção de iniciar um novo negócio e o modelo do perfil empreendedor.

Quanto ao primeiro, Carvalho e González (2006) propõem um modelo explicativo sobre

a intenção empreendedora, com ênfase nos elementos acadêmicos, demográficos e os

envolventes, familiar e social, mas somente explicam as relações diretas entre esses

elementos e colocam como limitação o estudo das relações indiretas. Boyles (2012)

comenta que o enfoque dos modelos que utilizam a intenção de abrir novos negócios

ultrapassa as barreiras das Instituições de Ensino Superior (IES), porque podem ser

incluídos outros fatores, tais como ambientais, pessoais, parentesco com empreendedores,

nível social e educacional, isto faz com que esse modelo não seja o mais adequado para

avaliação da aprendizagem do empreendedorismo de estudantes de graduação.

Quanto ao segundo modelo, o perfil empreendedor estuda características comuns que

podem ser encontradas em um conjunto de empreendedores. Ferreira e Matos (2003)

propuseram um modelo que contempla seis (6) critérios de avaliação do perfil

empreendedor. Schmidt e Bohnenberger (2009) propuseram outro modelo, com seis (6)

fatores ou critérios e 22 características que permitem aprofundar na medição do perfil

empreendedor. Rocha (2012) e Rocha e Freitas (2014) utilizaram o modelo proposto por

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Schmidt e Bohnenberger (2009) para avaliar o perfil empreendedor de estudantes de

cursos de Administração, demonstrando a validade e versatilidade do modelo. Os

referidos autores chegaram a estabelecer diferenças entre algumas características do perfil

empreendedor tomando com base dois grupos de estudantes (um grupo que participou de

atividades de formação empreendedora e o outro grupo que não participou ou participou

em menor medida) isto torna este resultado interessante para o presente trabalho.

O exposto por Rocha (2012), quanto às semelhanças entre o perfil do administrador e do

empreendedor no âmbito das DCN de 2005 para os cursos de Administração, fez que essa

pesquisa objetiva-se avaliar o ensino de Empreendedorismo em cursos de Administração

utilizando para isto a escala desenvolvida por Schmidt e Bohnenberger (2009) e validada

por Rocha (2012). Desta maneira, abre-se a possibilidade de avaliação do perfil

empreendedor do estudante de Administração, o que pode contribuir para um melhor

entendimento por parte das IES sobre o seu público, o estudante, e a sua vontade de

empreender e sobre como as formas de ensino do Empreendedorismo podem contribuir

para tal fim.

A pesquisa foi realizada entre estudantes de graduação de três (3) cursos em

Administração localizados em Volta Redonda, cidade importante na região Sul-

Fluminense devido ao número de empresas e pequenos empreendimentos na região que,

por sua localização geográfica, entre os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São

Paulo, agrega valor aos cursos de Administração das IES estudadas.

Segundo a pesquisa do GEM - Global Entrepreneurial Monitor (2013) o crescimento das

atividades empreendedoras na região Sudeste é o mais alto dentre as regiões brasileiras.

Segundo dados da Receita Federal, divulgados no Portal Brasil em novembro de 2013, o

número de Empreendedores individuais no Brasil cresceu, sendo o estado do Rio de

Janeiro o segundo em número de trabalhadores que atuam por conta própria – 426.621

empreendedores individuais registrados, perdendo apenas para São Paulo, com 735.993

empreendedores individuais. Nesse número de registros de empreendedores individuais

no estado do Rio de Janeiro, a região Sul – Fluminense representou em 2013, 8,63% do

número de profissionais cadastrados no estado, sendo aproximadamente 36.826 pessoas

no último ano que decidiram criar ou formalizar seu próprio negócio.

Isto reforça a pertinência do estudo. Logo, a pesquisa justificou-se pela busca da

verificação e discussão que venha inicialmente explorar o perfil empreendedor dos

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estudantes para ajudar na concepção do ensino de Empreendedorismo nas IES estudadas.

Futuramente essa vertente de pensamento poderá auxiliar às proposições de conteúdos,

metodologias e laboratórios de aprendizagem empreendedora, além de possibilitar as IES

realizar projetos e parcerias com as Pequenas e Médias Empresas (PMEs).

1.2 Formulação da pesquisa

Na prática, observa-se que a identificação do problema de pesquisa não é uma questão

muito simples, pois, para tanto, há a necessidade de percorrer diversos ciclos para

formular perguntas preliminares até a delimitação do problema e a definição da questão

central (CRESWELL, 2007).

Aqui parte se do pressuposto que o perfil empreendedor pode ser desenvolvido no

processo do ensino e aprendizagem (SOUZA et al., 2004; MORAES, 2000. ROCHA,

2012; ROCHA, FREITAS, 2014). Portanto responder o seguinte questionamento: “Existe

diferença em relação ao perfil empreendedor entre estudantes iniciantes e concluintes dos

cursos de administração das IES estudadas?”, torna se o ponto de partida para avaliar o

ensino de empreendedorismo em cada IES.

Esta diferença foi analisada com base na importância que cada grupo pesquisado

(estudantes iniciantes – estudantes do 1o e 2o período e estudantes concluíntes –

estudantes do 7º e 8º período) atribua às dimensões e variáveis propostas no modelo de

perfil empreendedor de Schmidt e Bohnenberger (2009).

O método de pesquisa utilizado foi o misto que incorpora características de estudos

qualitativos, onde as questões podem ser amplamente esclarecidas, possibilitando que a

lacuna seja preenchida de mais de uma maneira. A incorporação de um caráter

quantitativo a uma parte do estudo, se evidencia mediante a utilização de Métodos de

Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios (MCDM).

Tendo como base as conclusões do trabalho de Rocha e Freitas (2014) que mostra

diferenças para algumas características do perfil empreendedor entre estudantes que

participaram e não partciparam de atividades de formação empreendedora, pretendeu-se

com este estudo, ampliar esses resultados mostrando em qual estágio, dos definidos por

Andrade e Torkomian (2001) referente à formação e educação empreendedora, se

encontrava cada IES pesquisada. Neste sentido, e sem fazer generalizações, o resultado

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final contribuirá com a avaliação da efetividade da educação empreendedora somente nas

IES estudadas, sendo esta uma limitação da pesquisa.

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar as diferenças existentes no perfil empreendedor de estudantes que participaram

de atividades de formação empreendedoras e estudantes que não participaram com o

intuito de avaliar o ensino de empreendedorismo em cursos de Administração de 3 (três)

IES da cidade de Volta Redonda.

1.2.2 Objetivos Específicos

Para tanto, com o intuito de atingir o objetivo geral, a presente pesquisa desdobrou- se

nos seguintes objetivos específicos:

- Medir a importância das dimensões ou critérios que definem o perfil

empreendedor segundo a percepção de cada grupo de estudantes mediante o

uso de Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM;

- Determinar as prioridades das variáveis que compõem cada dimensão, para

cada grupo de estudantes pesquisado, mediante o uso de Métodos de Tomada

de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM;

- Caracterizar o estágio da formação e educação empreendedora em cada IES.

1.3 Estrutura do Documento

Para dar cumprimento aos objetivos, o presente trabalho estruturou-se da forma mostrada

na Figura 1:

Figura 1- Estrutura do Trabalho

Fonte: Elaborado pelo autor (2015)

Na primeira parte do trabalho aparece a introdução, com a contextualização e justificativa

da relevância da pesquisa. Seguindo, é apresentado o referencial teórico com os tópicos

abordados no trabalho. A terceira parte trata dos procedimentos metodológicos utilizados

na pesquisa. A quarta parte mostra os resultados com a devida análise. Por último,

asconclusões e recomendações para futuros trabalhos.

IntroduçãoReferencial

TeóricoProcedimentos Metodológicos

Resultados da Pesquisa e análise dos resultados

Conclusões

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo foram analisados diferentes aspectos sobre o tema de pesquisa, origens,

conceitos e modelos de ensino e de avaliação do empreendedorismo a partir dos enfoques

predominantes que existem na literatura. Completa a pesquisa, o estudo de métodos de

tomada de decisão que auxiliarão no cumprimento dos objetivos desta Dissertação.

2.1 O empreendedorismo – conceitos

Segundo Venkataraman (1997), o empreendedorismo é o campo de estudo que busca a

compreensão de como oportunidades podem gerar novos produtos e serviços, como essas

oportunidades são descobertas, criadas e exploradas, e quais podem ser suas

consequências posteriores à sua inserção no mercado. Ferreira et al., (2002) já interpretam

o empreendedorismo como a disposição de um indivíduo de instituir negócios que gerem

empregos, que satisfaçam algumas necessidades com a exploração de oportunidades e

que mantenham a inovação sistemática no negócio, tendo diferenciações e mantendo a

mesma competitividade.

Maximiano (2004) estabelece os seguintes pressupostos sobre o empreendedorismo:

estímulo à iniciativa, responsabilidade e tomada de decisão, condescendência a falhas e

falta de êxito, flexibilidade no uso dos recursos e tempo organizacional, formação de

equipes multifuncionais capazes de detectar oportunidades no ambiente, capacidade de

explorar e transformar tais oportunidades em negócios reais.

Longenecker et al., (1997) identificaram três elementos que seriam a essência do

empreendedorismo: a inovação, o risco e a autonomia. Para uma atividade

empreendedora, a liberdade ou autonomia é um fator fundamental para a concretização

dos objetivos do empreendimento, aliado aos recursos, às estratégias de ação, como

também à busca de oportunidades relevantes ao negócio.

Baron e Shane (2007) entram no campo da discussão e defendem que o

empreendedorismo é definido como um processo que se move por fases distintas, mas

intimamente relacionadas, que são: o reconhecimento de oportunidades, a decisão de ir

em frente e reunir os recursos básicos para o inicio do processo, lançar um novo

empreendimento, fazer a concepção de sucesso desse empreendimento e ter as

recompensas sobre ele. O empreendedorismo ocorre, portanto, quando quatro condições

básicas são alcançadas: motivação frente às tarefas, conhecimento, expectativa de ganho

pessoal e, suporte do ambiente externo (BULL; WILLARD, 1993).

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Schumpeter (1985), defensor da corrente econômica do empreendedorismo, enfatiza a

importância dos empreendedores para o processo de desenvolvimento econômico, com a

criação de novos negócios e geração de empregos, fundamentando parte da essência

inovadora e de mudança que envolvem o ato de empreender, ao utilizar a expressão

destruição criativa. O autor considera, ainda, a inovação como a mola propulsora da

criação de novos produtos, novos mercados e novas concepções de produção, tudo isso,

atuando de forma direta no desenvolvimento da economia capitalista.

Dois conceitos são importantes para explicar o empreendedorismo: o empreendedorismo

por necessidade e o empreendedorismo por oportunidade.

O empreendedorismo por oportunidade surge segundo Shane (2003) como uma sequência

de passos, a partir da verificação da existência de uma oportunidade. O indivíduo

empreendedor, dadas as suas características e habilidades pessoais, decide pela

exploração da oportunidade. A partir desse ponto observado, o indivíduo empreendedor

parte para a busca dos recursos necessários, após o qual estabelece a sua estratégia e,

posteriormente, a executa.

Baron (2004) em seus estudos sobre o empreendedor cita que esse indivíduo reconhece

as oportunidades e que tal reconhecimento tem uma ligação direta com o seu nível de

conhecimento. Esse reconhecimento demanda do empreendedor a percepção coerente

entre fatores que possam parecer desconexos, como: tecnológicos, econômicos, políticos

e sociais; e, para tanto, esse empreendedor precisa de um conhecimento anterior que

conecte todos esses pontos. Também cabe argumentar que esse conhecimento, sendo

acessado pelo empreendedor, o permite formular ideias de negócios originais ou bem

mais práticos do que os existentes.

No empreendedorismo por necessidade, segundo Block e Wagner (2010), os indivíduos

se engajam em atividades autônomas, pois as opções de trabalho são ausentes ou

insatisfatórias. Esta é a definição mais conhecida de empreendedorismo por necessidade.

Outros autores, no entanto, identificam a palavra “necessidade” como vontade do

indivíduo de empreender. Na busca por conhecer as necessidades que motivam um

indivíduo a empreender, Birley e Westhead (1994), entrevistaram cerca de mil

empresários em 11 países para identificar aspectos que caracterizavam sua personalidade,

sendo encontradas:

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- Aprovação: busca a aprovação por seus comportamentos, com isso deseja

conquistar alta posição na sociedade, ser respeitado pelos amigos, pela família,

ser reconhecido;

- Independência: o empreendedor busca na independência impor seu próprio

enfoque no trabalho, flexibilidade na vida pessoal e profissional, controlar seu

tempo;

- Desenvolvimento pessoal: um novo empreendimento oferece inúmeras situações

para que o empreendedor desenvolva seus conhecimentos e habilidades, inove,

transforme ideias em produtos, aprenda continuamente;

- Segurança: necessidade do empreendedor de se proteger de perigos reais ou

imaginários, físicos ou psicológicos; geralmente espera que sua empresa lhe

permita rendimentos suficientes para manter uma vida digna para si e sua família;

- Autorrealização: necessidade de maximizar seu potencial pessoal, é o querer

desenvolver a capacidade de superar seus próprios limites.

O conceito de empreendedor por necessidade, quando a necessidade é entendida como

motivação ou vontade para empreender, é importante para determinar as características

dos empreendedores. Portanto, entender as razões que movem um indivíduo

empreendedor – já seja por necessidade ou oportunidade – torna-se relevante para o

estudo do ensino de empreendedorismo. A partir da compreensão dos fatores externos e

internos que podem influenciar no comportamento ou modelar o perfil empreendedor, o

ensino do empreendedorismo pode estar em consonância com o mesmo. Entendendo os

fatores, sejam eles exógenos ou endógenos, as IES podem modelar um programa de

ensino de empreendedorismo que auxilie ou contribua com o desenvolvimento do perfil

do discente que tem a vontade de ser um futuro empreendedor.

2.2 Perfil empreendedor

Pesquisas sobre a identificação dos traços mais fortes e características da personalidade e

comportamento empreendedor têm sido estudadas por diferentes pesquisadores para

determinar o perfil de um possível indivíduo empreendedor.

Nesse aspecto, a definição do perfil empreendedor é composta por características

empreendedoras, que podem variar dependendo da visão e abordagem de cada autor.

Segundo Dutra (2002), devido à diversidade de características citadas por diferentes

estudos e autores, existe uma dificuldade para a descrição do perfil empreendedor ou até

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mesmo atribuir apenas um foco de estudo com base na literatura existente. Um exemplo

desse tipo de pesquisa, é a possibilidade de categorizar essas características

empreendedoras em fatores psicossociais e fatores ambientais e econômicos, sendo tais

determinantes nas atitudes, comportamentos e ações empreendedoras. O Quadro 1 lista

as categorias dos fatores psicossociais e os fatores ambientais que são determinantes a um

perfil empreendedor.

Quadro 1- Fatores psicossociais, ambientais e econômicos de comportamentos, atitudes

e ações empreendedoras.

Fatores psicossociais Fatores ambientais e econômicos

Iniciativa e independência Capacidade de trabalhar grupos de apoio

Criatividade Capacidade de buscar investidores

Persistência Capacidade de superar obstáculos pela conjuntura econômica

Visão de longo prazo Capacidade de trabalhar com escassez financeira

Autoconfiança e otimismo Capacidade de superar obstáculos burocráticos do meio externo

Comprometimento Capacidade para boa escolha da localização

Padrão de excelência Maior utilização de tecnologia

Persuasão Conhecimento do mercado e capacidade de utilizá-lo

Necessidade de realização Construção de rede de informação e capacidade de utiliza-la

Coletividade Capacidade de se trabalhar em conjunto

Formação Capacidade ou conhecimento adquirido com o tempo por meio

de educação

Fonte: Dutra (2002), adaptado de Degen (1989); Drucker (1987); Filion (1991); Schumpeter (1978);

Dolabela (1999).

Duas abordagens se destacam nos estudos sobre empreendedorismo e o perfil do

empreendedor: a abordagem econômica e a abordagem comportamental. A abordagem

econômica é associada à inovação, representada por Schumpeter (1982). Segundo o autor,

os empreendedores promovem a chamada “destruição criativa”, sendo esse processo

definido como o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor

capitalista, criando constantemente novos produtos, novos modos de produção e novos

mercados, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros. Já a

abordagem comportamental está associada às características dos indivíduos

empreendedores, representado por McClelland (1972), ao relacionar o conceito de

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empreendedor à necessidade de sucesso, de reconhecimento, de poder e controle. A

corrente, composta pelos comportamentalistas, a qual será a base deste estudo, volta seus

esforços de pesquisa a respeito do indivíduo empreendedor, as suas características no

campo da psicologia e sociologia, observando seus aspectos, suas ações, hábitos e as

atividades que o caracterizam.

McClelland (1961), identificou um forte elemento psicológico que denota os

empreendedores bem-sucedidos: a “motivação por realizações” ou um “impulso para

aprimoramentos”. Isso resultou em uma abordagem do empreendedorismo como um

conjunto de comportamentos e práticas que podem ser observados e adquiridos. A

abordagem comportamentalista do empreendedorismo sugere que tais comportamentos e

práticas podem ser significativamente fortalecidos nos indivíduos por meio de

treinamento. Em seus estudos, as chamadas características comportamentais do

empreendedor -CCEs- foram delimitadas em três necessidades ou categorias: a de

autorrealização, em que as pessoas testam seus limites no desejo de executar um bom

trabalho e têm necessidade de feedback; as de planejamento, em que necessitam

estabelecer, manter ou restabelecer relações emocionais positivas com outras pessoas; e

as de poder, em que há forte necessidade e preocupação em exercer o poder sobre outras

pessoas, além de apresentar a necessidade de ser influente e de causar impactos sociais.

Estudos posteriores realizados por McClelland e Winter (1971) e McClelland (1972)

foram a base para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD-,

visando a capacitação de empreendedores, lançado oficialmente em 1988. O projeto

identificou dez principais características comportamentais do empreendedor, ou

competências comportamentais empreendedoras – que fazem parte da caracterização do

perfil do empreendedor em programas de treinamento do SEBRAE - Serviço Brasileiro

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – são apresentadas no Quadro 2:

Quadro 2 - Características Comportamentais Empreendedoras – CCE'S

AS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCES

CATEGORIA: REALIZAÇÃO

CCE: Busca de oportunidades e iniciativa. Comportamentos:

Faz as coisas antes de solicitado forçado pelas circunstâncias;

Agem para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços;

Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos,

equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.

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AS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCES

CCE: Exigência de qualidade e eficiência. Comportamentos:

Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas ou mais barato;

Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência;

Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o

trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.

CCE: Persistência. Comportamentos:

Age diante de um obstáculo significativo;

Age repetidamente ou muda de estratégia, a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo;

Faz um sacrifício pessoal ou desenvolve um esforço extraordinário para completar uma tarefa.

CCE: Independência e autoconfiança. Comportamentos:

Busca autonomia em relação a normas e controles de outros;

Mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores;

Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar um

desafio.

CATEGORIA: PLANEJAMENTO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

CCE: Correr riscos calculados. Comportamentos:

Avaliam alternativas e calcula riscos deliberadamente;

Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados;

Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.

CCE: Busca de informações. Comportamentos:

Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e concorrentes

Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço;

Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.

CCE: Estabelecimento de metas. Comportamentos

Estabelecem metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal;

Define metas de longo prazo, claras e específicas;

Estabelece objetivos mensuráveis e de curto prazo.

CCE: Planejamento e monitoramento sistemáticos. Comportamentos:

Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos;

Constantemente revisa seus planos, levando em conta os resultados obtidos e mudanças

circunstanciais;

Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões.

CATEGORIA : INFLUÊNCIA (RELAÇÃO COM AS PESSOAS)

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AS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCES

CCE: Comprometimento. Comportamentos:

Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de metas e objetivos;

Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho;

Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade a longo prazo,

acima do lucro a curto prazo.

CCE: Persuasão e redes de contato. Comportamentos:

Utiliza pessoas chave como agentes para atingir seus próprios objetivos;

Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros;

Age para desenvolver e manter relações comerciais.

Fonte: adaptado para o SEBRAE/Empretec de McClelland, D. C., Winter, D. J. Motivating economic

achievement . New York: Free Press, 1971 & McClelland, D. C. A sociedade competitiva: realização e

progresso social . Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1972

Numa tentativa de unificação das abordagens citadas, a comportamentalista e a

econômica, Filion (1999) apresenta uma teoria denominada “teoria visionária”. Para o

autor, o empreendedor é visto como aquele que imagina e desenvolve visões, além de ser

uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e de

inovar, mantendo um nível de consciência do ambiente em que vive e utilizando-o para

detectar oportunidades de negócios.

Morais (2000) argumenta, em relação às características comportamentais, que os

empreendedores possuem atitudes inteligentes. Eles aproveitam as oportunidades, não

esperam as oportunidades surgirem repentinamente. Por terem o sucesso como objetivo,

eles esperam sempre o melhor desempenho. Os empreendedores não focam em fracassos,

sabem que existem os obstáculos e possuem disposição e coragem para enfrentá-los.

Conseguem ter uma atitude mental direcionada para a realização de suas vitórias,

possuem bons canais de comunicação com a sua equipe, baseados na confiança recíproca.

Outros autores também delinearam seus estudos em relação às características

empreendedoras, advindo dos estudos comportamentalistas iniciados por McClelland

(1961). O Quadro 3 apresenta uma compilação das características e seus autores.

Quadro 3 - Outras abordagens sobre características comportamentais empreendedoras –

CCEs

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

A partir dos referenciais teóricos citados (Quadro 3) sobre as características que formam

o perfil empreendedor, Schimidt e Bohnenberger (2009), extraíram características e

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atitudes comuns, presentes diretamente ou indiretamente na personalidade

empreendedora. Estas características foram conceituadas com o intuito de sustentar o

processo de elaboração de um instrumento de medição. O Quadro 4 mostra as

características do perfil empreendedor inicialmente definidas por Schmidt e

Bohnenberger (2009).

Quadro 4 - Características do perfil empreendedor

CARACTERISTICAS DESCRIÇÃO

Auto-eficaz (AE)

É a estimativa cognitiva que uma pessoa tem das suas capacidades de mobilizar

motivação, recursos cognitivos e cursos de ação necessários para exercitar

controle sobre eventos na sua vida.

AUTOR CARACTERÍSTICAS

Ângelo (2003)

1. Criatividade e inovação

2. Habilidade ao aplicar a criatividade

3. Força de vontade e fé

4. Foco na geração de valor

5. Correr riscos

Dolabela (2008)

1. Perseverança

2. Iniciativa

3. Criatividade

4. Protagonismo

5. Energia

6. Rebeldia de padrões

7. Capacidade de diferenciar-se

8. Comprometimento

9. Capacidade incomum de trabalho

10. Liderança

11. Orientação para o futuro

12. Imaginação

13. Pro atividade

14. Tolerância a riscos moderados

15. Alta tolerância à ambiguidade e incertezas

Dornelas (2008)

1. Visionários

2. Sabem tomar decisões

3. Agregam valor ao que fazem

4. Explora ao máximo as oportunidades

5. Determinados e dinâmicos

6. Dedicados

7. Otimistas

8. Independentes

9. Geram riqueza

10. Líderes e formadores de opinião

11. Bem relacionados

12. Organizados

13. Planejadores

14. Abertos ao conhecimento

15. Assumem riscos calculados

16. Criam valor para a sociedade

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33

CARACTERISTICAS DESCRIÇÃO

Assume Riscos

calculados (AR)

Pessoa que, diante de um projeto pessoal, relaciona e analisa as variáveis que

podem influenciar o seu resultado, decidindo, a partir disso, a continuidade do

projeto.

Planejador (PL) Pessoa que se prepara para o futuro

Detecta oportunidades

(DO)

Habilidade de capturar, reconhecer e fazer uso efetivo de informações abstratas,

implícitas e em constante mudança.

Persistente (PE) Capacidade de trabalhar de forma intensiva, sujeitando-se até mesmo a

privações sociais, em projetos de retorno incerto.

Sociável (SO) Grau de utilização da rede social para suporte à atividade profissional

Inovador (IN) Pessoa que relaciona idéias, fatos, necessidades e demandas de mercado de

forma criativa.

Líder (LI) Pessoa que, a partir de um objetivo próprio, influencia outras pessoas a

adotarem voluntariamente esse objetivo.

Fonte: Schimidt e Bohnenberger (2009).

Posteriormente, os próprios autores Schmidt e Bohnenberger (2009), analisaram e

reduziram a seis (6) as características do Quadro 4 e elaboraram um instrumento de

avaliação do perfil empreendedor com a nova proposta mostrada a seguir:

Autorrealização (formada pelas características Auto-eficaz, Persistente e Detecta

oportunidades), Líder, Planejador, Inovador, Assume riscos e Sociável.

2.3. O ensino de empreendedorismo

Entre as diferentes questões que envolvem o ensino de empreendedorismo, cabe a

discussão sobre a orientação que as Instituições de Ensino Superior –IES - têm oferecido

aos estudantes na formação de novos empreendedores. Relacionado a esse pensamento,

Paes de Paula (2001), cita que as instituições de ensino brasileiras atuam como

disseminadoras de ideias, teorias e modismos produzidos fora do país, não dando aos

estudantes a criação de um cenário local, assim, não relativizando a importância do

universo das Micro e Pequenas Empresas - MPES.

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Dornelas (2001) cita que há alguns anos poderia ser considerado errôneo um recém-

formado se lançar no mercado como criador de um negócio próprio, em detrimento de

oportunidades em empresas privadas e públicas, sendo ambas com melhores benefícios,

altos salários e prestígio diante a sociedade.

Dornelas (2001) ainda argumenta que o ensino nos cursos de Administração esteve

voltado para a formação de empregados e mão-de-obra especializada, direcionada,

principalmente, para as grandes empresas. Com o cenário econômico e social em

mudança, onde o direcionamento passou a ser na criação de empresas, boa parte das

universidades não estavam preparadas para o ensino do empreendedorismo.

Dolabela (1999) explica que se faz necessário que as IES, no intuito de formar seus

estudantes, transpassem a fronteira da criação de novos negócios, e que criem relações e

associações com diferentes classes de entidades, como autarquias, instituições de crédito,

sindicatos, associações comerciais, governos locais, estaduais e federais, órgãos de

fomento e todos aqueles que, de alguma forma auxiliem e que possam, no futuro, fazer

parte, direta ou indiretamente, do empreendedor.

Filion (2001) defende a importância do ensino de empreendedorismo nas Instituições de

ensino, contudo, o mesmo não pode ser ensinado como outras matérias isoladas. O autor

argumenta que, para ensinar o empreendedorismo, é necessário o desenvolvimento de

programas e cursos como sistemas de aprendizado e experimentação, que sejam

adaptados a esse campo de estudo, proporcionando ao estudante a estrutura de contextos

reais, que o auxilie na compreensão das diferentes etapas de seu desenvolvimento.

Estudos realizados por Martin et al., (2013) mostram que a formação do capital humano

a respeito das atividades de educação e treinamento voltada para o empreendedorismo

pode ter relação com a criação e o desenvolvimento de empresários. Em suas pesquisas,

numa visão mais ampla, o mesmo contempla as relações positivas dos ativos de capital

humano com a educação empreendedora, podendo esta educação e treinamento voltados

para o empreendedorismo ter ligações, diretas ou indiretas, com os ativos de formação de

capital humano.

Kuratko (2005) e Weaver et al., (2006) mostram uma ligação importante entre o

empreendedorismo voltado aos resultados e a educação para o empreendedorismo e

treinamento. Outro ponto levantado na revisão bibliográfica no estudo de Martin et al.,

(2012), mostra que o ensino de empreendedorismo e treinamento é dividido em duas

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vertentes: a do ensino direcionado de curta duração, moldado ao treinamento de

empresários; e o ensino de empreendedorismo acadêmico, onde essas forças estão

voltadas às universidades.

No primeiro caso, o estudo mostra uma relação significativamente positiva, onde os

cursos e ensino de empreendedorismo de curta duração estão direcionadas ao

desenvolvimento das competências empreendedoras voltados ao surgimento e criação de

empreendimentos particulares em uma determinada localidade. Já a área acadêmica do

ensino de empreendedorismo tem seu foco na compreensão de conceitos sobre o

empreendedorismo, como a identificação das oportunidades de empreendimento, as

formas de tomada de decisão em situações que possam ser ambíguas e relações de causa

e efeito mediante a ações preconizadas pelos indivíduos empreendedores. (LEE et al.,

2004).

O estudo de Martin et al., (2013), de forma geral, argumenta que a área de pesquisa e

estudo sobre o empreendedorismo, mais especificamente o ensino, está em amplo

crescimento. Contudo, em relação aos programas de ensino de empreendedorismo e suas

abordagens qualitativas cabe a verificação de que tais estudos podem ter “equívocos”,

principalmente, em relação aos impactos sobre resultados na formação de

empreendedores.

Segundo Martin et al., (2013) um bom número de estudos e pesquisas abordam um

resultado positivo no ensino de empreendedorismo e na formação e desenvolvimento de

empreendedores, porém há um número significativo de estudos e pesquisas que

apresentam resultados negativos, ou que não têm relação direta entre o ensino de

empreendedorismo e o desenvolvimento de empreendedores, assim, não deixa claro se a

relação do ensino de empreendedorismo pode ser determinante para formar um

empreendedor bem sucedido.

A busca pela qualidade e resultados satisfatórios do ensino empreendedor torna-se um

ponto de relevância no ensino de empreendedorismo. Contudo, essa busca pela eficiência

e pela qualidade no ensino de empreendedorismo, especificamente no Brasil, tem

encontrado dificuldades devido à carência de docentes especializados nesta área.

Dornelas (2001) argumenta que a popularidade do tema no país surgiu, principalmente,

devido à criação de inúmeras MPEs com uma elevada taxa de mortalidade. De forma

contrária, nos países desenvolvidos, o surgimento do ensino de empreendedorismo foi

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gradativo, possibilitando aos docentes uma melhor adequação aos temas vigentes e a uma

melhor qualificação na abordagem do tema.

Para Oliveira (2012), é possível ensinar empreendedorismo, sendo que tal aprendizado

deve ser adaptado à lógica do campo de estudo. Muitos estudantes que se matriculam

nessa disciplina não querem se tornar empreendedores, mas vários querem descobrir o

universo empreendedor.

Oliveira (2012) também estabelece a diferença entre universitários e empreendedores,

visto que universitários tendem a priorizar elementos de conceitualização e abstração,

enquanto os empreendedores preferem algo mais concreto. O autor ainda argumenta que

pesquisas recentes indicam que não existe nenhuma ligação entre o nível de aprendizado

e o sucesso nos negócios, porém numa visão mais acurada, essa pesquisa foi única e

exclusiva, isso se deve ao fato de que boa parte dos empreendedores estudados tem um

grau de escolaridade e trabalha em áreas vinculadas à tecnologia, área esta em que as

condições de sucesso e fracasso são muito variadas. Então, a questão de avaliar a relação

entre o ensino de empreendedorismo em estudantes universitários e o desenvolvimento

de negócios pelos mesmos, torna-se difícil e as conclusões tem que ser cautelosas e não

generalizadoras, porque outros fatores podem interferir.

No âmbito das discussões sobre as formas e maneiras direcionadas ao ensino do

empreendedorismo, deve-se considerar as pesquisas feitas por Guimarães (2002) em

escolas Americanas, onde o autor verifica as principais metodologias de ensino e os

conteúdos programáticos mais utilizados para a disciplina de empreendedorismo. A

pesquisa aborda que, predominantemente, são conteúdos voltados ao planejamento e à

criação de novas empresas que analisam o perfil, as habilidades e o comportamento dos

empreendedores para a viabilização do processo. Quanto às metodologias para o ensino

do empreendedorismo, são usados depoimentos de empreendedores de sucesso, estudos

de caso e planos de negócios, aspectos estes que serão explicitados no próximo tópico.

2.3.1. Métodos, técnicas e recursos pedagógicos para o ensino de

empreendedorismo

O ensino de empreendedorismo se apresenta de diferentes formas no seu processo

pedagógico. Neste sentido destacam-se duas abordagens pedagógicas: a primeira

direcionada à educação sobre empreendedorismo, e a segunda trata da educação para o

empreendedorismo (LAUTENSCHALAGER; HAASE, 2011).

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37

Nas atuais literaturas sobre o tema “ensino de empreendedorismo” destacam-se mais os

estudos voltados com maior preocupação e o ímpeto referentes à segunda abordagem, o

da educação para o ensino de empreendedorismo, no intuito de formação de

empreendedores atuantes. (GIOVANELA et al., 2010; CHEUNG; AU, 2010)

Em seus estudos, Leutenschlager e Haase (2011) reforçam que existem aspectos do

empreendedorismo que podem sim, ser fáceis de ensinar, outros já não são possíveis.

Habilidades e competências como criatividade, inovação, ações proativas, tomada de

decisões e riscos são aspectos ainda não trabalhados da melhor forma por metodologias

de ensino. Pesquisadores e estudiosos da educação empreendedora, defendem uma linha

de trabalhos pedagógicos mais direcionados à prática como a mais apropriada ao ensino

de empreendedorismo. A aula tradicional pode ser usada para transferência de

conhecimentos teóricos e utilizar, além disso, recursos pedagógicos mais práticos e

dinâmicos para o desenvolvimento do empreendedor. (HOINIG, 2004; RUSKOVAARA

et al., 2010; PETERSON; LIMBU, 2010)

Uma das visões que se deve ter em relação ao ensino de empreendedorismo está no

conceito de Andrade e Torkomian (2001), que mostram os estágios de programas para o

desenvolvimento da educação empreendedora. Os autores estabelecem que a Educação

Empreendedora é o processo que tem como objetivo o desenvolvimento do ser humano

no âmbito da identificação e aproveitamento de oportunidades e sua posterior

transformação em realidade, contribuindo assim para a geração de valores financeiros,

sociais e culturais para a sociedade na qual está inserido.

Segundo Andrade e Torkomian (2001) podem ser mensurados diferentes estágios de

evolução de uma formação e educação empreendedora, principalmente em função de

aspectos internos das IES (cultura, infraestrutura), e externos (influência do mercado de

trabalho, diretrizes políticas). O entendimento desses estágios é importante para que a

estruturação de programas posteriores voltados ao empreendedorismo seja coerente com

a realidade presente na instituição. Esses estágios evolutivos podem ser vistos na Figura

2.

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38

Figura 2 - Estágios de programas de educação empreendedora

Fonte: Adaptado de Andrade e Torkomian (2001)

A compreensão dos estágios sobre a educação empreendedora defendida por Andrade e

Torkomian (2001), modela o pensamento da forma e metodologias de ensino que podem

5. Centro de Empreendedorismo:

Este estágio apresenta um elevado grau de estímulo à cultura empreendedoradentro da instituição. Algumas características observadas são a integração com acomunidade empresarial, presença de incubadoras de empresas, empresas juniores,prestação de serviços para a comunidade envolvendo consultoria, assessoria etreinamento em aspectos relacionados à criação e gestão de empresas, vivênciaempresarial dos alunos na comunidade e uma integração entre o corpo docente dainstituição no que diz respeito ao estímulo à cultura empreendedora nas ementasdas disciplinas do programa de graduação.

4. Cultura empreendedora nas disciplinas do programa de graduação:

Caracteriza-se pelo direcionamento das atividades previstas nas disciplinas doprograma de graduação - como um todo - para o estímulo à cultura empreendedora.O corpo docente apresenta-se sensibilizado e capacitado para essa atuação.Asdisciplinas técnicas e não relacionadas ao ambiente de negócios procuramdesenvolver seus temas específicos utilizando associações e exemplos, objetivandoo desenvolvimento indireto de aspectos da cultura empreendedora.

3. Conjunto de disciplinas específicas:

É feita uma análise de programa do curso de graduação e a inserção de diversasdisciplinas dentro de uma estratégia de formação empreendedora caracterizam esteestágio. As disciplinas podem ter foco em negócios, aspectos comportamentais,análises técnicas, desenvolvimento de pesquisas, entre outros.

2. Disciplina específica:

Existe a formalização do estímulo à cultura empreendedora disponibilizada atravésde uma disciplina constante da programação do curso de graduação, podendo serobrigatória ou eletiva. Essa disciplina, genericamente, aborda conceitos de plano denegócios, aspectos de mercado, aproveitamento de oportunidades na área deformação, entre outros assuntos.

1. Atividades isoladas:

Caracterizada por atividades isoladas, geralmente informais, demandadas pelosalunos ou estimuladas por professores. Estas atividades normalmente se referem ainformações ou projetos sobre criação de empresas, mercado de trabalho etendências de mercado

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39

ajudar, tanto os discentes quanto aos docentes, a desenvolver uma educação

empreendedora, seja na fase teórica, seja na prática do desenvolvimento posterior do

perfil empreendedor.

Uma das questões que caracterizam o ensino do empreendedorismo é sua

multidisciplinariedade (BOYLES, 2012). Para que se alcancem os diferentes objetivos do

ensino de empreendedorismo, faz-se necessário traçar um plano que adapte a metodologia

pedagógica ao contexto de aprendizado que se quer atingir. Observando tal aspecto,

diferentes metodologias, técnicas e recursos são encontrados na literatura como forma de

desenvolver o processo de ensino e de aprendizado do empreendedorismo (DEGEN,

2009; DOLABELA, 2008; DORNELLAS, 2008; HISRICH et al., 2009; ILANDER,

2010; KNOTTS, 2011; SCHIMIDT et al., 2012). O Quadro 5 resume estas formas,

segundo a visão de Rocha e Freitas (2014).

Quadro 5 - Métodos, técnicas e recursos pedagógicos utilizadas ao ensino de

empreendedorismo

Métodos, técnicas e recursos. Aplicações

Aula expositiva

Transferir conhecimentos sobre o empreendedorismo, as caracteristicas

pessoais do empreendedor, os processos de inovação, fontes de recursos,

financiamentos e aspectos legais de pequenas empresas.

Visitas e contatos com

empresas

Estimular o network e iniciar o estudante a sair dos limites das IES para

entender o funcionamento de mercado na vida real. Desenvolver visão

de mercado.

Planos de negócios

Desenvolver as habilidades de planejamento, estratégia, marketing,

contabilidade, recursos humanos, comercialização. Desenvolver a

habilidade de avaliação do novo negócio, analisando o impacto da

inovação no novo negócio, analisando o impacto da inovação no novo

produto ou serviço. Construir habilidade de avaliar e dimensionar riscos

do negócio pretendido

Estudos de casos

Construção da habilidade de pensamento crítico e de avaliação de

cenários e negócios. Desenvolver a habilidade de interpretação e

definição de contextos associados ao empreendedorismo.

Trabalhos teóricos em grupo

Construção da habilidade de aprender coletivamente. Desenvolver a

habilidade de pesquisar, dialogar, integrar e construir conhecimento,

buscar soluções e emitir juízos de valor na realização do documento

escrito.

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40

Métodos, técnicas e recursos. Aplicações

Grupos de discussão

Desenvolver a habilidade de testar novas idéias. Desenvolver a

capacidade de avaliar mudanças e prospectá-las como fonte de

oportunidades.

Brainstorm

Construção da habilidade de concepção de ideias, prospecção de

oportunidades, reconhecendo-as como oportunidades empreendedoras.

Estimular o raciocínio intuitivo para a criação de novas combinações de

serviços ou produtos, transformando-as em inovações.

Seminários e palestras com

empreendedores

Transferir conhecimentos das experiências vividas por empreendedores

desde a percepção a criação do produto, abertura do negócio, sucessos e

fracassos ocorridos na trajetória empreendedora.

Criação de empresas

Transpor as informações do plano de negócios e estruturar os contextos

necessários para a formalização. Compreender várias etapas da evolução

da empresa. Desenvolver a habilidade de organização e planejamento

operacional.

Aplicação de provas

dissertativas

Testar os conhecimentos teóricos dos estudantes e sua habilidade de

comunicação escrita

Atendimento individualizado

Desenvolver a habilidade de comunicação, interpretação, iniciativa e

resolubilidade. Aproximar o estudante do cotidiano real vivido nos

pequenos negócios

Trabalhos teóricos individuais

Construção de habilidade de geração de conhecimento individualizado,

estimulando a autoaprendizagem. Estimula a capacidade laboral e de

auto realização.

Trabalhos práticos individuais

Construção da habilidade da aplicação dos conhecimentos teóricos

individuais, estimulando a autoaprendizagem. Estimular a capacidade

laboral e de auto realização

Criação de produto Desenvolver habilidades de criatividade, persistência, inovação e senso

de avaliação.

Filmes e vídeos

Desenvolver a habilidade do pensamento crítico e analítico, associando

o contexto assistindo com o conhecimento teórico. Estimular a discussão

em grupo e debate de idéias.

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41

Métodos, técnicas e recursos. Aplicações

Jogos de empresas e

simulações

Desenvolver a habilidade de criar estratégias de negócios, solucionar

problemas, trabalhar e tomar decisões sob pressão. Aprender pelos

próprios erros. Desenvolver tolerância ao risco, pensamento analítico,

comunicação intra e intergrupais.

Sugestão de leituras Prove ao estudante teoria e conceitos sobre o empreendedorismo.

Aumentar a conscientização do ato empreendedor.

Incubadoras

Proporcionar ao estudante espaço de motivação e criação da nova

empresa, desenvolvendo múltiplas competências, tais como habilidade

de liderança, organizacionais, toada de decisão e compreender as etapas

do ciclo de vida das empresas. Estimular o fortalecimento de network

com financiadores, fornecedores e clientes.

Competições de planos de

negócios

Desenvolver habilidades de comunicação, persuasão e estratégia.

Desenvolver capacidade de observação, percepção e aplicação de

melhorias no padrão de qualidade dos planos apresentados. Estimular a

abertura de empresa mediante os planos vencedores.

Fonte: Rocha e Freitas (2014)

2.3.2 Avaliação do ensino de empreendedorismo

A avaliação do ensino de empreendedorismo é abordada em diferentes áreas de estudo.

Tal fato tem sua importância, pois, tratar de diferentes visões sobre o ensino de

empreendedorismo enriquece proposições e pode auxiliar os futuros pesquisadores para

novos estudos, metodologias e formas de avaliação.

Bastos e Peñaloza (2005), em seus estudos para avaliar o ensino de empreendedorismo,

o relacionaram à inserção profissional, verificando se o perfil de discentes de um curso

de Administração de uma IES possuem alguma característica empreendedora ou intenção

empreendedora. A pesquisa se propôs a entender o perfil do discente que está deixando a

IES para ingressar no mercado de trabalho. Para compreender esse universo de pesquisa,

os autores optaram por dividir a visualização desse universo pesquisado em três etapas: a

primeira buscou entender o perfil socioeconômico do discente, a segunda aborda o

conhecimento da opinião desse discente sobre os conteúdos programáticos do curso de

Administração, e a terceira relacionada com o âmbito central da pesquisa, que trata de

conhecer as aspirações profissionais dos discentes, a opinião sobre determinados fatores

na profissão e se existem tendências empreendedoras. O resultado demonstrou que 86,8%

desses discentes mostraram interesse em cursar a disciplina de empreendedorismo como

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42

disciplina optativa, sendo que os fatores associados foram: a possibilidade de aplicar os

conhecimentos num empreendimento próprio (72,9%) e possibilidade de fazer um plano

de negócios (75%), ambas consideradas como “muito importante”. Mesmo assim esse

resultado não foi coerente porque, quando perguntados sobre quais eram seus objetivos

profissionais de curto ou médio prazo, apenas 22,1% dos discentes responderam que

tinham como objetivo abrir um negócio próprio, sendo que o objetivo profissional mais

citado era a carreira no setor público, seguido da opção de conseguir emprego na carreira

privada.

Avaliar apenas esses fatores isoladamente, não faz com que se chegue a uma conclusão

robusta sobre o tema da carreira a ser seguida pelos discentes ou se o perfil empreendedor

foi ou não bem desenvolvido durante a sua formação universitária.

Tal perfil pode sim, estar presente no discente que queira posteriormente à sua formação

seguir outro tipo de carreira, seja esta pública ou privada, visto que a análise do perfil

empreendedor não foi contemplada na pesquisa.

Outros estudos realizados por Schoon e Duckworth (2012) promoveram a discussão e

análise dos empreendedores com a idade entre 16 a 34 anos na Grã-Bretanha. Este estudo

longitudinal, foi feito contando com várias hipóteses a serem testadas para compreender

se as experiências de vida e o ambiente social em que um individuo se encontra podem

influenciá-lo a ser um empreendedor.

Os resultados dos estudos mostraram que os jovens que estão inseridos nessa realidade

empreendedora são influenciados nas escolhas desde a família, e que as características

individuais do jovem por si só não são suficientes para tornar-se um empreendedor, sendo

necessário estudo, e que as características de sociabilização do individuo são muito

importantes para que o mesmo tenha possibilidade de se tornar um empreendedor.

Outra forma de avaliação do ensino de empreendedorismo está no estudo apresentado por

Souitaris et al.,(2007). Os autores tratam da abordagem da relação do perfil empreendedor

com o ensino de empreendedorismo para o desenvolvimento de atitudes empreendedoras

em um curso de engenharia. Esta pesquisa abordou duas questões: se os programas de

ensino de empreendedorismo aumentam a intenção das atitudes empreendedoras, e, quais

seriam esses programas. O resultado da pesquisa mostrou que programas de inspiração

que motivam o discente a se tornar empreendedor, tiveram maior significância.

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43

Em outra pesquisa realizada por Carvalho e Zuanazzi (2003) foram avaliadas as CCEs

em discentes de Administração e sua relação com as expectativas do ensino de

empreendedorismo. O estudo foi realizado com estudantes do curso de Administração de

uma universidade de Santa Catarina, que ainda não tiveram contato com a disciplina de

empreendedorismo para tentar identificar as CCEs predominantes nesse grupo.

Os resultados mostraram que, aqueles estudantes que têm um negócio próprio ou têm a

intenção de abrir um negócio se interessaram mais pela disciplina de empreendedorismo

e apresentaram maiores índices de CCEs em aspectos como correr riscos calculados,

quando comparados com aqueles que não têm a intenção de abrir negócio próprio ou

estavam desempregados.

Porém, esses estudantes com níveis baixos de características empreendedoras podem sim

se tornar empreendedores, tendo em vista a sua necessidade financeira e busca por

rendimentos, com base nos dados da última pesquisa da GEM de 2013, que denotam o

Brasil com grande índice de abertura de novos negócios pela necessidade de empregos.

O estudo da literatura corrobora o que foi colocado anteriormente com respeito à

diversidade de fatores que incidem e/ou contribuem com a formação de empreendedores

e com as múltiplas formas de avaliar o ensino do empreendedorismo. Cada pesquisa

analisada chega à conclusões que envolvem somente o grupo pesquisado, sendo esta uma

limitação das mesmas, mas pode ser verificado as relações entre características de

empreendedores, influências de fatores ambientais, sociais e familiares que permitem

conduzir os estudos utilizando alguma das vertentes estudadas.

A utilização do perfil empreendedor no presente trabalho será o foco de pesquisa e

avaliação do ensino de empreendedorismo, sendo que essa forma proposta para

averiguação da relação do ensino com o desenvolvimento do perfil empreendedor dos

discentes se baseia no modelo de perfil empreendedor de Schmidt e Bohnenberger (2009).

Há vários trabalhos na literatura que têm estudado a relação entre o perfil empreendedor

e o ensino de empreendedorismo. Esta relação tem sido usada: na avaliação de grupos,

ambientes e gêneros (GUIMARÃES, 2002; ROCHA; FREITAS, 2014; PEÑALOZA et

al., 2008), na análise de relacionamentos (CORREIA; VALE, 2014), para fazer

comparações entre práticas pedagógicas do ensino em diferentes países (FERREIRA et

al., 2006), para avaliar modelos de processos acadêmicos (WOOD, 2011), para identificar

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44

os impactos do ensino do empreendedorismo e motivações (OOSTERBEEK, et al.,

2011).

Alguns desses trabalhos publicados utilizaram métodos de Tomada de Decisão com

Múltiplos Critérios. Razaei et al., (2013) encontraram algumas aplicações no campo de

empreendedorismo e inovação utilizando o Método de Análise Hierárquica (AHP).

Han et al., (2012) desenvolveram um modelo de avaliação baseado na lógica Fuzzy e no

AHP e aplicaram em 11 regiões na Província Hebei na China, para avaliar o ambiente

empreendedor. Como resultado obteve uma ferramenta eficaz no suporte de tomada a

decisão.

Somsuk e Laosirihongthong (2013) identificaram fatores relacionados a recursos internos

que influenciam no sucesso de University Business Incubators (UBIs) na Tailândia, e

também utilizaram a lógica Fuzzy e AHP para categorizar e priorizar 14 fatores

encontrados.

2.4. Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios (MCDM).

Métodos Tomada de Decisão por Múltiplos Critérios - Multiple Criteria Decision Making

- MCDM- é uma das metodologias de decisão mais usadas nos ramos de ciências,

negócios e engenharia. Métodos MCDM auxiliam na melhora da qualidade da decisão

promovendo um processo mais explícito, racional e eficiente (DENG et al., 2011). Ele se

baseia em selecionar a melhor alternativa tendo como referência critérios e alternativas

específicos (TRIANTAPHYLLOU, 2000).

Na década de 70, surgiram os primeiros métodos MCDM. O objetivo dos mesmos é

resolver um problema específico que possui diferentes critérios a serem atendidos

simultaneamente. É importante salientar, entretanto, que o enfoque por múltiplos critérios

não visa encontrar uma única solução para o problema apresentado e, sim, sugerir ações

mais apropriadas ao tomador de decisão. (GOMES et al., 2004),

A abordagem dos métodos MCDM tem a finalidade uma maior transparência e

sistematização do processo de decisão, caracterizando-se pela representação

multidimensional do problema. Outros aspectos colocados por (MOREIRA, 2007) como

finalidade no uso de métodos MCDM são:

- A busca pela identificação de informações / regiões críticas para análise do

processo decisório;

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45

- A melhoria do entendimento das dimensões do problema;

- A aceitação da possibilidade de diferentes formulações para o mesmo problema;

- Aceitar a representação da comparabilidade entre alternativas como importantes

para o processo decisório.

As representações explícitas podem ser melhores para trabalhar do que as numéricas, que

são artificialmente definidas. Existem vários métodos MCDM que promovem uma

melhor escolha e qualidade no processo decisório, como o TOPSIS (Technique for Order

Preference by Similarity to Ideal Solution), O PROMETHEE (Preference Ranking

Method for Enrichment Evaluation), o MUSA – (Multicriteria Satisfaction Analysis),

ELECTRE (Elimination and Choice Translating Reality), o MACBETH (Measuring

Attractiveness by a categorical based Evaluation Technique) , o método ANP (Analytic

Network Process) ,e o AHP (Analytic Hierachy Process)

Contudo, o AHP, método este a ser utilizado no presente trabalho, é um dos métodos

MCDM mais utilizados no campo da tomada de decisão em diversos ramos da

Administração, como na área de marketing (MACHADO, et al, 2008), logística reversa

(MAGALHAES et al., 2011; HERNÁNDEZ, 2011) análise de custos (PAMPLONA,

1997; MATOS; MOURA, 2003), decisões gerenciais (MARINS et al., 2009), cadeia de

suprimentos (SANTOS et al., 2009).

2.4.1 Analytic Hierachy Process - AHP

O método AHP foi criado em 1980 por Thomas Saaty, sua ampla utilização deve-se ao

fato de incorporar em sua análise critérios quantitativos e qualitativos. Quando medidas

de propriedades intangíveis são observadas, torna-se necessário deduzir as escalas

relativas, por meio de comparação por pares, utilizando estimações a partir de outra escala

numérica e de organização destas escalas relativas mediante estruturas hierárquicas

(SAATY, 2008). Esta visão foi a utilizada por Saaty (1980) para o desenvolvimento do

AHP, que é uma ferramenta simples na busca por respostas para problemas complexos.

O AHP auxilia a estabelecer modelos de decisão através de processos com componentes

tanto qualitativos quanto quantitativos.

Na visão qualitativa, o AHP ajuda na formação de níveis hierárquicos, sendo esta uma

maneira conveniente de decomposição de um problema complexo, numa pesquisa voltada

para respostas de causa-efeito, em passos que formam uma cadeia linear (SAATY, 2008).

Page 46: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

46

No âmbito quantitativo, utiliza-se pares de comparação no cálculo de pesos dos elementos

envolvidos em cada nível e determina seu peso final (desempenho global) considerando

todos os critérios (SAATY, 2008).

Oliveira e Belderrain (2008) evidenciam os principais aspectos do AHP, que são:

- O método visa orientar o processo intuitivo (baseado no conhecimento e na

experiência) de tomada de decisão;

- Ele depende dos julgamentos de especialistas ou dos decisores quando não há

informações quantitativas sobre o desempenho de uma variável em função de

determinado critério;

- Resulta numa medida global para cada uma das ações potenciais ou alternativas,

priorizando-as ou classificando-as.

Segundo Colin (2007) a aplicação do AHP pode ser dividida em quatro etapas mostradas

a seguir:

- Representação da hierarquia: desenvolvimento da hierarquia de decisão vinculada

aos vários níveis relacionados. Esta etapa é fundamental para definir a meta ou

objetivo global desejado, colocado no primeiro nível hierárquico, que decomposto

em objetivos secundários, chamados de critérios e alternativas, permitem formar

uma estrutura hierárquica de três ou mais níveis. A Figura 3 mostra uma

representação dessa estrutura hierárquica.

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47

Objetivo Geral

Critério 1 Critério 2 Critério 3

Alternativa 1 Alternativa 3Alternativa 2 Alternativa 4

Figura 3 - Exemplo de estrutura Hierárquica

Fonte: Elaborado pelo autor

- Comparação de pares: análise de preferências com relação a cada elemento de

decisão de cada nível de hierarquia. Nesta etapa é muito importante que os

participantes (especialistas ou tomadores de decisão) consigam declarar realmente

a importância, ou a força de suas preferências quanto aos critérios ou alternativas

em análise. Esta comparação pode ser realizada usando medidas absolutas ou

relativas.

O Quadro 6 mostra a escala proposta por Saaty, chamada de Escala Fundamental de

Saaty.

Quadro 6 - Escala de valores para a comparação por pares no método AHP.

Valor Definição

1 Igual importância entre os elementos i e j

3 Fraca importância de um elemento sobre o outro

5 Forte importância

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48

Valor Definição

7 Importância muito forte de um elemento sobre o outro

9 Importância absoluta

2, 4, 6, 8 Valores intermediários entre dois julgamentos adjacentes

Fonte: Adaptado de Saaty (2001).

- Cálculo dos pesos relativos dos elementos do modelo: o método estima os pesos

relativos dos elementos de decisão em cada nível de hierarquia e avalia a

consistência (CR-Consistency Ratio) da comparação por pares. O CR é um

indicador da coerência dos julgamentos, que considera o afastamento entre

(autovalor máximo) e n (número de critérios), conforme a Equação 1, e considera

também um erro aleatório associado à ordem da matriz de julgamento dado pelo

Índice de Coerência Aleatória (RI-Random Consistency Index).

RInnCR 1/ (1)

- Agregação das prioridades: agregação das prioridades relativas para avaliar o

resultado obtido em relação ao objetivo.

2.4.2 Ratings

Duarte Junior (2005) define ratings como um conjunto de níveis de intensidade (ou

categorias) que servem como base para avaliar o desempenho das alternativas em termos

de cada critério e/ou subcritério. As categorias que formam ratings devem ser definidas

de uma forma clara e o menos ambígua possível para descrever adequadamente o

critério/subcritério/alternativas. O rating é considerado adequado na medida em que os

decisores o consideram como uma ferramenta apropriada à avaliação das alternativas.

Saaty (2006 e 2008) e Salomon et al., (2009) comentam que a diferença entre o AHP

usando ratings e o AHP tradicional é que, o uso de ratings permite estabelecer

comparações para mais do que nove (9) alternativas, pois trabalha com medição absoluta.

Ou seja, neste caso, as alternativas são comparadas de acordo com os níveis de

intensidade associados a cada critério/subcritério/alternativas.

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49

Salomon et al. (2009) apresentam propostas para obtenção dos valores numéricos dos

ratings (vetores de prioridades):

- Primeiramente, níveis de importância ou intensidade são estabelecidos e

comparados entre si. Gomes et al., (2003) apud Duarte Junior (2005) apresentam

algumas formas práticas para obtenção dos valores numéricos dos ratings (vetores

de prioridades). Em especial recomenda-se o processo de comparação, par a par,

(AHP) para definir as prioridades. Estes níveis de intensidade são definidos pelo

tomador de decisão, segundo o caso específico a ser analisado, Ex. Nada

Importante, Pouco Importante, Medianamente Importante, Muito Importante e

Totalmente Importante (que será a escala utilizada no presente trabalho);

- Posteriormente, valores de desempenho das alternativas podem ser obtidos

associando-as aos níveis descritos, e um vetor de desempenho é obtido mediante

um processo de normalização ou idealização. Para a normalização cada

componente de desempenho é dividido pela soma de todos os componentes. Na

idealização cada componente de desempenho é dividido pelo seu máximo. Saaty

(2006) aconselha que, ao trabalhar com ratings, os vetores de prioridades sejam

idealizados, onde a melhor categoria recebe o valor igual a 1 e, as outras, seriam

proporcionalmente menor;

- Por último, a síntese dos resultados, ou seja, as prioridades finais das

alternativas/subcritérios são encontradas a partir da multiplicação do peso das

alternativas pelo vetor de prioridades dos critérios.

No método AHP com ratings a estrutura de avaliação é planejada (fixa) e cada alternativa

é avaliada de acordo com seu desempenho em cada critério/subcritério/alternativa. Sua

principal vantagem é diminuir o número de comparações necessárias quando o número

de alternativas é grande. A Figura 4 mostra a estrutura hierárquica do AHP com ratings.

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50

SU

BC

RIT

ÉR

IOS

/O

BJE

TIV

OS

RA

TIN

GS

CR

ITÉ

RIO

S

OBJETIVOS

CRITÉRIO 1 CRITÉRIO 2

SUBCRITÉRIO 6

CRITÉRIO 3

SUBCRITÉRIO 1 SUBCRITÉRIO 2 SUBCRITÉRIO 3 SUBCRITÉRIO 4 SUBCRITÉRIO 5

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

RATINGS

Figura 4 - Modelo do AHP com Ratings

Fonte :elaborado pelo autor (2015)

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51

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste Capítulo são apresentados os métodos, procedimentos e instrumentos de pesquisa

utilizados no desenvolvimento da Dissertação.

3.1. Classificação da pesquisa

Ao realizar uma pesquisa científica é necessário se posicionar quanto às escolhas

metodológicas destacando os métodos e procedimentos utilizados.

Nesta pesquisa, o objetivo foi analisar as diferenças existentes no perfil empreendedor de

estudantes que participaram de atividades de formação empreendedora e estudantes que

não participaram com o intuito de avaliar o ensino de empreendedorismo em cursos de

Administração. Para isso, foi necessária a familiarização com o fenômeno para alcançar

a compreensão e segundo Mattar (1996), nesse estágio a pesquisa exploratória pode ser

usada como um passo inicial do processo de estudo. Pesquisas exploratórias podem usar

métodos qualitativos, quantitativos ou mistos.

Nesta pesquisa procurou-se entender a importância do ensino do empreendedorismo, pela

ótica do perfil empreendedor a partir da revisão bibliográfica e pela análise das respostas

dos questionários aplicados aos diferentes grupos de estudantes universitários. Também,

a análise das respostas às entrevistas dos coordenadores de cada curso de Administração

permitiram realizar avaliações qualitativas sobre os estágios de formação empreendedora

em cada IES.

Com respeito às estratégias quantitativas adotou-se a forma de levantamento por meio de

questionários, por ter como vantagens fundamentais o progresso rápido na obtenção dos

dados e na identificação de atributos, a partir de um pequeno grupo de pessoas

(CRESWELL, 2007).

O uso de verbos que mantêm a investigação aberta como “determinar”, “caracterizar” e

de outros que permitem estabelecer “relação entre” ou “medição de importância” mostra

a coexistência das abordagens qualitativas e quantitativas (CRESWELL, 2007).

Como delimitação o presente estudo teve um corte transversal, uma vez que os dados aqui

informados foram coletados em uma única vez em cada IES estudada, representando o

instantâneo do momento da coleta (COOPER; SCHINDLER, 2003).

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52

Para continuar explicando os procedimentos metodológicos, este trabalho será dividido

em três etapas: Procedimentos de busca bibliográfica, Procedimentos de coleta de dados

e Procedimentos de análise de dados.

3.2 Procedimentos de busca bibliográfica

A primeira etapa teve o objetivo de identificar publicações científicas sobre o tema

“ensino de empreendedorismo” e “perfil empreendedor”, com a intenção apenas de

quantificar e mostrar o universo dos duas vertentes de pesquisas e mensurar se as mesmas

tem algum tipo de correlação no meio de pesquisas acadêmicas A principal fonte de

pesquisa bibliográfica foi a base do Web of Science –WoS.

Segundo Chen (2013), esta base de dados tem uma maior abrangência e cobertura. Esta

abrangência se deve ao fato de ser gratuito o acesso às instituições públicas de pesquisa

brasileira (FERREIRA et al., 2012). As técnicas bibliométricas, como citam Bufrem e

Prates (2005), são necessárias e importantes na identificação de tendências da pesquisa e

crescimento do conhecimento em diferentes ramos de disciplinas, assim como identificar

produções e autores. O Quadro 7 mostra o número de citações e artigos para cada palavra

chave pesquisada na Web of Science. A busca começou com palavras bem gerais sobre o

tema de Empreendedorismo, até ir refinando para assuntos relacionados mais

especificamente com os temas “Ensino de Empreendedorismo” e “Perfil Empreendedor”.

Este levantamento foi realizado do ano 2004 ao de 2014:

Quadro 7- Pesquisa bibliográfica

Fonte: elaborado pelo autor (2014)

Pesquisa plataforma ISI Web of Science – Palavras Chaves da

pesquisa - Ensino de Empreendedorismo e Perfil

Empreendedor

Número de

citações

Número de

artigos

1 Entrepreneurship 9899 6360

2 Entrepreneurial 7778 5219

3 Entrepreneurship + entrepreneurial 3492 2341

4 Entrepreneurship education 1412 677

5 Entrepreneurial profile 166 103

6 Entrepreneurship + entrepreneurial profile 94 54

7 Entrepreneurial profile + entrepreneurship education 30 10

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53

Como pode ser apreciado no Quadro 7, o tema empreendedorismo vêm sendo bem

explorado nos últimos dez anos. O número de artigos vai diminuíndo na medida que a

pesquisa vai sendo refinada até que são unidos os dois termos específicos “ensino de

empreendedorismo” e “perfil empreendedor” - Entrepreneurial profile +

entrepreneurship education. Nesta caso pode ser apreciado que o número de artigos

publicados é o menor, quando comparado aos outros termos pesquisados (10 no total).

Na Figura 5 observa-se que, a partir do ano 2008, começa o interesse sobre o tema e o

mesmo cresce significativamente a partir do ano de 2011, onde passa a ser abordado com

maior frequência.

Gráfico 1 - Número de artigos pulicados no período de 2004 a 2014 sobre o tema Entrepreneurial profile

+ entreprenership education

Fonte – Web of Science – pesquisa realizada em jan./2015

Por fim, a interpretação quantitativa e qualitativa dos dados permitiu a identificação dos

principais aspectos que estão sendo estudados sobre os temas pesquisados.

Quantitativamente a pesquisa bibliográfica demonstra que, mesmo tendo um

comportamento irregular, o número de artigos publicados nos últimos anos está

aumentando o que significa que o tema está começando a ser pesquisado.

Qualitativamente observou-se que o sujeito empreendedor pesquisado varia muito,

incluindo estudantes de diferentes níveis, empresários e jovens empreendedores tornando

difícil fazer comparações, portanto preferiu-se procurar as referências bibliográficas mais

0

1

2

3

4

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Artigos publicados por ano -Entrepreneurial profile + entrepreneurship education

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54

citadas nos artigos e que estivessem relacionadas especificamente com o tema da

Dissertação.

3.3 Procedimentos de coleta de dados

A segunda etapa da pesquisa permitiu levantar dados sobre o perfil empreendedor dos

estudantes. O estudo foi realizado em três (3) IES da cidade de Volta Redonda que

ministram o curso de Administração. A escolha das IES foi motivada por serem centros

de ensino que ministram os cursos de Administração há vários anos, portanto, podem ter

experiência nos processos de ensino e aprendizagem.

Quando se realiza uma pesquisa, precisa-se de um instrumento de coleta de dados que,

muitas vezes, requer da aplicação prévia de várias técnicas para a identificação dos

elementos que o compõem e as escalas que serão usadas. Creswell (2007) propõe algumas

recomendações quanto aos aspectos a serem incluídos no instrumento de coleta de dados:

- Tipos de questões: abertas e/ou fechadas;

- Tipos de dados: formas múltiplas contemplando várias possibilidades;

- Forma de análise: estatísticas, informações numéricas utilizando escalas,

informações de texto.

Neste trabalho foram usadas entrevistas e questionários com perguntas abertas e fechadas

que permitiram análises numéricas e de texto. Para elaborar o questionário primeiramente

foram entrevistados os coordenadores dos cursos de Administração das IES estudadas

(Ver Apêndice A). Isto possibilitou obter as características dos cursos para poder definir

a aplicabilidade do questionário a ser usado, assim como as mudanças que seriam

necessárias realizar no instrumento de coleta de dados.

A informação obtida com estas entrevistas auxiliou no direcionamento posterior para a

divisão dos grupos de alunos que participaram da pesquisa, os quais foram denominados

como Grupo I (Iniciantes) e Grupo II (Concluintes). O Grupo I formado por alunos do 1o

e 2o período, chamados de alunos iniciantes porque ainda não participaram ou

participaram em menor medida de atividades de formação empreendedora. O Grupo II,

formado pelos alunos do 7o e 8o período, chamados de alunos concluintes porque já

participaram de atividades de formação em empreendedorismo. Em cada IES foram

pesquisados ambos os grupos. Estas entrevistas também foram decisivas para buscar

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55

explicações sobre o comportamento observado no levantamento de dados junto aos

estudantes.

O questionário utilizado para o levantamento de dados junto aos estudantes utilizou como

base o modelo composto por seis (6) características e 22 variávies para medir o perfil

empreendedor proposto e validado por Schmidt e Bohnenberger (2009), através de pré-

testes, e utilizado posteriormente por Rocha (2012) e por Rocha e Freitas (2014).

Nesse questionário foram adicionadas várias perguntas necessárias para o cumprimento

dos objetivos da pesquisa e foi modificada a escala Likert utilizada (de 7 aspectos para

5), mas manteve-se a mesma estrutura de perfil empreendedor formulada por Schmidt e

Bohnenberger (2009). O objetivo ao mudar a escala foi simplificar o intervalo de

autoavaliação facilitando a aplicação do AHP com ratings que foi o Método de Tomada

de Decisão com Múltiplos Critérios escolhido, pois permite medir importância de

critérios e subcritérios do perfil empreendedor, objetivos estes da presente Dissertação.

Inicialmente, pensou-se em utilizar diretamente a Escala Fundamental de Saaty no

próprio questionário para formar as matrizes pareadas, mas os estudantes pesquisados não

estão familiarizados com o uso da mesma o que poderia dar resultados não coerêntes ou

não consistêntes. Desta forma manteve se a Escala Likert com as mudanças comentadas

e posteriormente o próprio pesquisador formou as matrizes pareadas e de avaliação de

intensidades para utilizar ratings.

Esse questionário inicial foi aplicado como pré-teste para um grupo de 20 alunos dos

cursos de Administração que iam participar da pesquisa, e, depois de analisar as respostas

e ver o entendimento dos alunos sobre o tema pesquisado ficou definido o questionário

mostrado no Apêndice B.

O mesmo está dividido em 3 blocos de perguntas, os dois primeiros blocos utilizam a

escala Likert para definir a importância das dimensões e variáveis que determinam o perfil

empreendedor:

- Bloco das dimensões/critérios (I) – são identificadas as dimensões do perfil

empreendedor;

- Bloco das variáveis/subcritérios (II) – aparecem definidas as variáveis que

permitem medir o perfil empreendedor;

- Bloco de perguntas gerais (III) – permitem identificar as características do

grupo participante da pesquisa.

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56

A informação obtida com a aplicação dos questionários foi de grande importância para

os próximos passos a seguir, quanto aos procedimentos quantitativos a utilizar, sendo que

estes devem complementar e aprofundar os resultados anteriores.

3.4 Procedimentos de análise de dados

As respostas às perguntas dos blocos I e II permitiram hierarquizar os critérios e

subcritérios, ou seja, determinar a importância que os grupos pesquisados atribuem às

dimensões e variáveis (chamadas de critérios e subcritérios respectivamente, quando

utilizado o AHP) que definem o perfil empreendedor. As respostas às perguntas do bloco

III permitiram caracterizar a amostra de estudantes quanto às características específicas e

envolvimento com atividades empreendedoras dentro do processo de ensino.

Após a coleta inicial junto aos estudantes, os dados foram submetidos à análise detalhada

em cada grupo pesquisado em cada IES de origem. Como neste caso participam vários

estudantes por cada grupo, é necessário sintetizar os resultados a partir da agregação dos

mesmos. De acordo com Forman e Peniwati (1998), quando os especialistas (neste caso

os estudantes pesquisados) que participam pertencem a grupos similares, o princípio de

agregação em grupo utilizado é a Aggregation of Individual Judgement (AIJ) com o uso

da média geométrica para sintetizar os valores. Este procedimento foi aplicado para

sintetizar as respostas das perguntas dos blocos I e II para posterior análise por parte do

pesquisador. As respostas das perguntas do bloco III foram tratadas mediante o uso de

estatísticas descritivas. Neste ponto buscou se complementar estas respostas com o

resultado das entrevistas de cada coordenador de curso para encontrar as possíveis

explicações do comportamento de cada grupo e dessa forma encontrar resultados

plausíveis ao presente estudo.

Mesmo combinando critérios qualitativos e quantitativos, o AHP é classificado como

método qualitativo quando utilizado para explicar um fenômeno ou caso específico. Neste

trabalho, a ênfase foi na análise da relação entre dimensões e variáveis do perfil

empreendedor (critérios e subcritérios) e não na seleção de alternativas. Segundo

Salomon (2010), se o ênfase for nos resultados da aplicação do AHP para corroborar

alguma coisa que já se tinha em mente, como neste caso, então a abordagem a seguir é a

quanti-qualitativa, o que explica a utilização do termo “método misto” de pesquisa.

Na aplicação tradicional do AHP, quando os critérios a comparar são qualitativos, utiliza-

se a medição relativa onde as alternativas são comparadas por pares. Quando o número

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57

de comparações é muito grande pode ser utilizada a medição absoluta ou ratings para a

aplicação do AHP. Neste estudo existem 22 variáveis a serem analisadas, portanto, o

método utilizado foi AHP com ratings. A Figura 6 detalha minuciosamente todas as

etapas do trabalho, desde o processo da classificação da pesquisa até os procedimentos

de análise de dados.

Page 58: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Pro

ced

imen

tos d

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ole

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sC

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áli

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da

do

s

Pro

ced

imen

tos

de

bu

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bib

lio

grá

fic

a

Phase

DEFINIÇÃO DO OBJETO

DE PESQUISAFAMILIARIZAÇÃO COM

O FENOMENOPESQUISA

EXPLORATORIA

ESTRÁTÉGIASQUANTITATIVO

ESTRATÉGIAS QUALITATIVA

QUESTIONÁRIO

QUESTÍONÁRIO E

BIBLIOMETRIA

IDENTIFICAÇÃO DO PANORAMA

CIENTIFICO

PESQUISA BIBLIOGRAFICA – BANCO DE DADOS WEB OF SCEINCE

NÚMERO DE ARTIGOS DE TERMOS GERAIS + ESPECIFICOS

NÚMERO DE CITAÇÕES DOS TERMOS GERAIS +ESPECÍFICOS

LEVANTAMENTO DE DADOS DO PERFIL

EMPREENDEDOR DOS ESTUDANTES

IES A

IES B

IES C

GRUPO 1NÃO CURSARAM

DISCIPLINAEMNPRENDEDORISMO

GRUPO 2CURSARAM DISCIPLINAEMNPRENDEDORISMO

MEDIÇÃO- ESCALA LIKERT

BLOCO CRITÉRIOS DIMENSÕES DO

PERFIL EMPREENDEDOR

6 CRITÉRIOS

BLOCO DAS VARIÁVEIS/SUBCRITÉRIOS DO

PERFIL EMPREENDEDOR

22 VARIÁVEIS

BLOCO IIIPERGUNTAS

GERAISESTATISTICA

GERAL, INNFORMAÇÕES

ANALISE POR MEIO DO AHP

+RATING

LEVANTAMENTO DOS COORDENADORES DO

ENSINO DE EMPREENDEDORISMO

Figura 5 - Quadro esquemático dos procedimentos metodológicos

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

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4. RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO

Este capítulo aborda os principais resultados da pesquisa.

4.1 Caracterização geral dos grupos pesquisados

No Apêndice A aparece o roteiro de entrevista utilizado junto aos coordenadores de cadas

IES para identificar as características de cada curso de Adminstração. A seguir é

apresentado um resumo com algumas das características do referido curso em cada IES

(Quadro 8).

Quadro 8 - Característas dos cursos de Administração de cada IES

IES Características

A

O curso tem aproximadamente 10 anos de atividades.

A matriz curricular conta com duas disciplinas específicas de

empreendedorismo que são ministradas no 4o e 5o períodos.

B

O curso tem 12 anos de atividades.

Na matriz curricular atual não existem disciplinas específicas de

empreendedorismo.

Existem outras disciplinas da grade curricular que incorporam

conceitos de empreendedorismo (1⁰, 6⁰ e 7⁰ períodos).

C

O curso tem 10 anos de atividades.

A matriz curricular conta com uma disciplina específica de

empreendedorismo ministrada no 2o período.

Diferentes disciplinas (obrigatórias e optativas) contemplam

atividades de formação empreendedora. Fonte: Elaborado pelo autor (2015)

No Apêndice B aparece o questionário utilizado para o levantamento de dados. Este

questionário foi aplicado nos dois grupos (Grupo I e Grupo II) de cada uma das três IES

participantes (representadas aqui com as letras A, B e C). A aplicação do questionário se

deu em sala de aula com a participação do pesquisador e de um professor responsável de

cada IES e foi explicado o que se pretendia obter com cada resposta.

Com a análise dos dados obtida com a aplicação do questionário do Apêndice B (resposta

às perguntas do bloco III) foi possível particularizar as características de cada IES e da

amostra pesquisada. A Tabela 1 mostra a quantidade de alunos matriculados nos períodos

e o percentual de alunos respondentes por IES por grupo pesquisado.

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60

Tabela 1 - Respondentes por grupo e IES pesquisada

IES

GRUPO I -

Total de alunos

matriculados no

1° e 2° periodos

Total de alunos

respondentes do 1° e 2°

períodos

GRUPO II -

Total de alunos

matriculados 7°

nos 8° períodos

Total de alunos

respondentes do 7° e 8°

períodos

A 72 57 68 44

B 43 35 93 68

C 80 38 56 52

Fonte: elaborado pelo autor (2014)

Como pode ser apreciado o número de pesquisados varia pois depende da quantidade de

alunos de cada curso. O menor valor percentual de respondentes se concentra no Grupo I

da IES “C” isto será levado em consideração na avaliação dos resultados posteriores.

A seguir a Tabela 2 resume a informação obtida com algumas das respostas às perguntas

do Bloco III, Estas respostas permitem caracterizar de manera geral a amostra de

estudantes pesquisados (as respostas as outras perguntas do Bloco III serão discutidas na

análise de resultados).

Tabela 2 - Resumo da Informação obtida com as respostas do Bloco III (valores percentuais)

IES

Gru

po

Sexo Idade Participação

em atividades

empreendedo

ras dentro do

curso

Experiência

Profissional Intenção

de abrir

negócio

Masc Fem. >20 20-

25

25-

30

30-

35 <35

Negócio

Próprio

Negócio

Familiar

A

I 40,35

%

59,65

%

61,40

%

28,07

%

7,02

%

3,51

%

0,00

% 8,77% 12,28% 61,40% 78,95%

II 36,36

%

63,64

%

0,00

%

68,18

%

27,27

%

2,27

%

2,27

% 79,55% 20,45% 70,45% 68,18%

B

I 48,57

%

51,43

%

20,00

%

40,00

%

25,71

%

11,43

%

2,86

% 22,86% 14,29% 45,71% 77,14%

II 35,29

%

64,71

%

0,00

%

29,41

%

41,18

%

10,29

%

19,12

% 67,65% 17,65% 63,24% 69,12%

C

I 50,00

%

50,00

%

42,11

%

31,58

%

10,53

%

7,89

%

7,89

% 21,05% 13,16% 55,26% 78,95%

II 42,31

%

57,69

%

31,58

%

59,62

%

28,85

%

1,92

%

1,92

% 34,62% 53,85% 53,85% 51,92%

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

As características socioacadêmicas dos estudantes respondentes revelam que o sexo

feminino é predominante entre os estudantes que participaram da pesquisa sendo esse o

comportamento geral dos cursos de Administração analisados. A idade varia, tanto para

os Grupos I e II, quanto para as IES. A IES “A” e “C” tem comportamento similar, nos

Grupos I a idade de até 20 anos é a mais representativa e nos Grupos II é até 25 anos. Na

IES “B” a idade é um pouco maior, para o Grupo I, a maioria dos estudantes tem atè 25

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61

anos e para o Grupo II a maioria tem atè 30 anos.

A participação dos estudantes em atividades de formação empreendedora varia dentro de

cada grupo para cada IES devido a que existem diferenças na matriz curricular. Na IES

“A” existem disciplinas específicas sobre empreendedorismo a partir do 4º e 5º período

quanto que nas IES “B” e “C” as disciplinas específicas ou com conteúdos relacionados

com o tema de empreendedorismo se iniciam nos primeiros períodos, por esse motivo os

valores do Grupo I são maiores.

Quanto à experiência profissional dos alunos dos Grupos I e II, foi analisado se possuiam

algum tipo de empreendimento próprio ou familiar. Observa se que os valores percentuais

da experiência profissional (negócio próprio em todas as IES para o Grupo I) são menores

quando comparados com o valor percentual da experiência profissional (negócio

familiar). Este mesmo comportamento é mantido para o Grupo II somente nas IES “A” e

“B”. No Grupo II da IES “C” o mesmo valor percentual, (53,85%) de cada grupo, relata

ter experiência em negócio próprio e familiar. A idade dos estudantes pode ter certa

influência nestes resultados, a maioria são jovens entre 20 e 25 anos portanto a

probabilidade de ter negócios próprios é menor.

Quanto à intenção empreendedora, pretendeu-se investigar se os alunos tinham alguma

intenção de abrir negócio num futuro, no caso da verificação de possíveis futuros

empreendedores oriundos de cada curso. Os resultados mostram valores elevados para

todos os grupos e IES, destacando que o maior interesse é mostrado pelos alunos dos

Grupos I que correspondem aos alunos iniciantes do curso de Administração.

4.2 Medição das dimensões e variáveis do perfil empreendedor

A medição das dimensões e variáveis do perfil empreendedor foi realizada a partir das

etapas mostradas na secão 2.4.1 (definição da estrutura hierárquica, comparação por

pares, cálculo dos pesos e agregação de prioridades) incluíndo um procedimento adicional

para determinar as intensidades quando se trabalha com AHP com ratings.

4.2.1 Definição da estrutura hierárquica

O objetivo do problema foi determinar a importância que os grupos pesquisados atribuem

às dimensões (critérios) e variáveis (subcritérios) que definem o perfil empreendedor. Os

critérios utilizados são: Autorrealização (C1), Líder (C2), Planejador (C3), Inovador (C4),

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62

Assume riscos (C5) e Sociável(C6). Os subcritérios são as 22 varáveis que caracterizam

o perfil empreendedor segundo o modelo de Schmidt e Bohnenberger (2009) (ver

Apêndice B).

Considerou-se que todos os critérios/subcritérios do problema são independentes, como

preconiza o método AHP. Foi usado o método AHP com ratings, dado a quantidade de

subcritérios a serem analisados. Neste caso não é interesse selecionar alternativas,

portanto a estrutura hierárquica não inclui este aspecto. A Figura 7 mostra esta estrutura.

Figura 6 -Estrutura Hierárquica

Fonte: Elaborado pelo autor (2015)

A hierarquia se inicia pelo objetivo global “Definir o Perfil Empreendedor”. No segundo

nível, os critérios (identificados pelas dimensões do perfil empreendedor) e no último

nível encontram-se os subcritérios (variáveis que definem o perfil empreendedor), que

estão relacionados aos seus respectivos critérios. Por sua vez, cada subcritério está

associado com a categoria que o descreve. A avaliação é realizada a partir de níveis de

intensidades (categorias dos ratings) atribuídos a cada subcritério, ao invés de avaliar as

comparações par a par.

Todos os subcritérios foram representados com as mesmas categorias. As cinco categorias

consideradas são: Totalmente Importante (TI), Muito Importante (MI), Medianamente

Importante (MdI), Pouco Importante (PI) e Nada Importante (NI). As prioridades destas

Page 63: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

63

cinco categorias foram determinadas usando o processo de comparações par a par do

método AHP.

4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings .

Para obtenção dos valores numéricos dos ratings foi utilizada a comparação realizada por

Silva et. al., (2010) mostrada na Tabela 3. O valor do CR se manteve menor do que o

valor recomendado (0,1) o que indica consistência nos julgamentos do decisor. Para todas

as aplicações posteriores será utilizado o vetor idealizado recomendado por Saaty (2006).

Tabela 3 - Matriz de comparação das intensidades dos ratings

Categorias/ Intensidades TI MI MdI PI NI Vetor Normalizado Vetor Idealizado

TI 1 3 5 7 9 0,513 1,000

MI 1 3 5 7 0,261 0,510

MdI 1 3 5 0,129 0,252

PI 1 3 0,063 0,124

NI 1 0,034 0,065

Fonte: Silva, A.; Belderrain, M. C.; Pantoja, F. C. (2010).

Como pode ser observado os valores numéricos dos ratings respeitam uma escala

numérica decrescente de Totalmente importante para Nada importante. Esse valor dos

ratings será utilizado em todos os casos de análise.

Para continuar com a aplicação do método e determinar o peso dos critérios/subcritérios

e a agregação do resultado com o cálculo das prioridades finais, se faz necessário

particularizar o estudo em cada grupo de cada IES.

4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “A”

- Grupo I IES “A”

O Quadro C01 do Apêndice C mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre

a importância das dimensões do perfil empreendedor utilizando a escala Likert proposta

no estudo.

Dada a quantidade de alunos participantes na pesquisa e o desconhecimento ou pouca

familiaridade com a comparação pareada utilizada no AHP, prefiriu se utilizar uma escala

mais simples para realizar o levantamento de dados. Para agregar os valores utilizou-se o

critério de Aggregation of Individual Judgement (AIJ) com o uso da média geométrica

para sintetizar os resultados (FORMAN; PENIWAT, 1998). Posteriormente o analista

Page 64: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

64

(pesquisador) utilizou os valores agregados para construir as matrizes de comparação

pareadas.

No Quadro C01 do Apêndice C podem ser vistas as médias geométricas para cada

dimensão do perfil empreendedor (critério) a partir desse resultado o pesquisador de

forma qualitativa realizou a comparação pareada dos elementos utilizando a Escala

Fundamental de Saaty. Este critério foi seguido de igual forma para a análise dos critérios

de todos os grupos e IES pesquisadas.

A Tabela 4 mostra a matriz de comparação das dimensões do perfil empreendedor

(critérios) do Grupo I da IES “A”.Para todos os cálculos (em todos os grupos e IES),

quando usada a Escala de Saaty de comparação relativa foi usado o software Super

Decisions 2.2.6, versão disponível para download em http://www.superdecisions.com.

Tabela 4 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor do

Grupo I da IES “A”

Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor

C1 1 1 1/3 1/2 4 5 0,16050

C2 1 1/3 1/2 3 4 0,14367

C3 1 3 4 5 0,38154

C4 1 4 4 0,20889

C5 1 1 0,05721

C6 1 0,04819

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

O valor do CR foi igual a 0,04248 portanto os julgamentos foram consistentes ou

coerentes.

Como resultado pode ser apreciado que a maior importância é para a dimensão Planejador

(C3), seguido das dimensões Inovador (C4) e Autorrealização (C1) que tem uma

diferença bem pequena com respeito à dimensão Líder (C2).

Posteriormente procedeu-se a avaliar as variáveis do perfil empreendedor (subcritérios).

O Quadro C02 do Apêndice C mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre

a importância das variáveis do perfil empreendedor. Neste caso utilizou se o mesmo

critério de Aggregation of Individual Judgement (AIJ) com o uso da média geométrica

para sintetizar o resultado de cada subcritério.

Diferente das dimensões (critérios), as variáveis (subcritérios) foram avaliadas

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65

diretamente pelo pesquisador em função dos julgamentos agregados usando o AIJ e

utilizando para isto o nível de intensidade calculado para as categorias dos ratings. As

Tabela 5, 6, 7, 8, 9 e 10 mostram o valor da intensidade para cada variável (subcriterio) e

o vetor resultante da multiplicação da intensidade da variável (subcritério) pelo vetor de

prioridade das dimensões (critérios) para o Grupo I da IES “A”.

Tabela 5 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Autorrealização (C1) do Grupo I da IES “A”

C1 (0,1605) Vetor

S1 Muito Importante (0,51) 0,0819

S2 Pouco Importante (0,124) 0,0199

S3 Medianamente Importante (0,252) 0,0404

S4 Medianamente Importante (0,252) 0,0404

S5 Totalmente Importante (1,000) 0,1605

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 6 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder

(C2) do Grupo I da IES “A”

C2 (0,14367) Vetor

S6 Muito Importante (0,51) 0,0733

S7 Pouco Importante (0,124) 0,0178

S8 Medianamente Importante (0,252) 0,0362

S9 Muito Importante (0,51) 0,0733

S10 Totalmente Importante (1,000) 0,1437

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 7 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Planejador (C3) do Grupo I da IES “A”

C3 (0,38154) Vetor

S11 Totalmente Importante (1,000) 0,3815

S12 Muito Importante (0,51) 0,1946

S13 Medianamente Importante (0,252) 0,0966

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 8 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Inovador

(C4) do Grupo I da IES “A”

C4 (0,20889) Vetor

S14 Muito Importante (0,51) 0,1065

S15 Medianamente Importante (0,252) 0,0526

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 9 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume

riscos (C5) do Grupo I da IES “A”

C5 (0,05721) Vetor

S16 Medianamente Importante (0,252) 0,0144

S17 Pouco Importante (0,124) 0,0071

S18 Pouco Importante (0,124) 0,0071

S19 Pouco Importante (0,124) 0,0071

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66

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 10 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Sociável (C6) do Grupo I da IES “A”

C6 (0,04819) Vetor

S20 Pouco Importante (0,124) 0,006

S21 Medianamente Importante (0,252) 0,0122

S22 Medianamente Importante (0,252) 0,0122

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) podem ser vistas na

Tabela 11. A coluna “Total” representa a pontuação final da variável (subcritério) (valores

dos vetores mostrados nas Tabelas 5, 6, 7, 8, 9 e 10). A coluna “Normal” é resultado da

normalização da coluna “Total”. A coluna “Ideal” é obtida dividindo-se todos os

elementos da “Total” pelo seu maior valor.

Tabela 11 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo I da IES “A”

Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking

S1 0,0819 0,05166215 0,2146789 7º

S2 0,0199 0,01255283 0,0521625 12º

S3 0,0404 0,02548414 0,1058978 10º

S4 0,0404 0,02548414 0,1058978 10º

S5 0,1605 0,10124267 0,4207077 3º

S6 0,0733 0,04623731 0,1921363 8º

S7 0,0178 0,01122816 0,0466579 13º

S8 0,0362 0,02283479 0,0948886 11º

S9 0,0733 0,04623731 0,1921363 8º

S10 0,1437 0,0906453 0,376671 4º

S11 0,3815 0,24064846 1 1º

S12 0,1946 0,12275279 0,5100917 2º

S13 0,0966 0,06093484 0,253211 6º

S14 0,1065 0,06717971 0,2791612 5º

S15 0,0526 0,03317984 0,1378768 9º

S16 0,0144 0,00908345 0,0377457 14º

S17 0,0071 0,00447865 0,0186107 16º

S18 0,0071 0,00447865 0,0186107 16º

S19 0,0071 0,00447865 0,0186107 16º

S20 0,006 0,00378477 0,0157274 17º

S21 0,0122 0,0076957 0,031979 15º

S22 0,0122 0,0076957 0,031979 15º

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

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67

Dentre as variáveis do Grupo I da IES “A” as mais importantes foram a S11 e S12

ocupando o 1º e 2º lugar respectivamente, ambas pertencem à dimensão Planejador (C3).

A variável S11 teve como argumentação “No meu trabalho, sempre planejo muito bem

tudo o que faço” e a S12 “Sempre procuro estudar muito a respeito de cada situação

profissional que envolva algum tipo de risco.” A 3a colocada com maior grau de

importância está dentro da dimensão Autorrealização (C1), e se relaciona com a variável

S5 “Sempre encontro soluções muito criativas para problemas profissionais com os quais

me deparo”. A 4a variável com maior peso está na dimensão Líder (C2) e se relaciona

com S10 “Me relaciono muito facilmente com outras pessoas”. No 5º lugar aparece a

variável S14 “Prefiro um trabalho repleto de novidades a uma atividade rotineira.”

- Grupo II (alunos concluintes da IES “A”)

De igual forma foi realizado o tratamento dos dados do Grupo II da IES “A”. Os Quadros

C03 e C04 do Apêndice C mostram as respostas dos alunos quando perguntados sobre a

importância das dimensões e variáveis do perfil empreendedor. As Tabelas 12, 13, 14,

15,16,17 e 18 mostram a comparação pareada dos critérios e a avaliação dos subcritérios

realizada pelo pesquisador.

Tabela 12 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor

(critérios) do Grupo II da IES “A”

Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor

C1 1 3 1/4 3 5 7 0,22383

C2 1 1/5 1/2 4 6 0,10252

C3 1 5 6 8 0,46339

C4 1 5 7 0,13951

C5 1 3 0,04525

C6 1 0,02550

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

O valor do CR foi igual a 0,09115 portanto os julgamentos foram consistentes ou

coerentes.

Como resultado pode ser apreciado que a maior importância continua sendo para a

dimensão Planejador (C3). As dimensões Autorrealização (C1) e Inovação (C4) ocupam

a 2a e 3a posição quanto a importância, valores estes invertidos quando comprados com o

Grupo I. A dimensão Líder (C2) continua na mesma posição.

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68

Tabela 13 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Autorrealização (C1) do Grupo II da IES “A”

C1 (0,22383) Vetor

S1 Medianamente importante (0,252) 0,00564

S2 Pouco Importante (0,124) 0,02775

S3 Pouco Importante (0,124) 0,02775

S4 Medianamente importante (0,252) 0,05641

S5 Medianamente importante (0,252) 0,05641

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 14 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder

(C2) do Grupo II da IES “A”

C2 (0,10252) Vetor

S6 Muito Importante (0,51) 0,05229

S7 Pouco Importante (0,124) 0,01271

S8 Pouco Importante (0,124) 0,01271

S9 Medianamente importante (0,252) 0,02584

S10 Totalmente Importante (1,000) 0,10252

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 15 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Planejador (C3) do Grupo II da IES “A”

C3 (0,46339) Vetor

S11 Muito Importante (0,51) 0,23633

S12 Medianamente importante (0,252) 0,11677

S13 Pouco Importante (0,124) 0,05746

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 16 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Inovador (C4) do Grupo II da IES “A”

C4 (0,13951) Vetor

S14 Medianamente importante (0,252) 0,03516

S15 Pouco Importante (0,124) 0,01730

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 17 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume

riscos (C5) do Grupo II da IES “A”

C5 (0,04525) Vetor

S16 Pouco Importante (0,124 0,00561

S17 Pouco Importante (0,124 0,00561

S18 Medianamente importante (0,252) 0,01140

S19 Muito Importante (0,51) 0,02308

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 18 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Sociável (C6) do Grupo II da IES “A”

C6 (0,02550) Vetor

S20 Nada Importante (0,065) 0,00166

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69

C6 (0,02550) Vetor

S21 Pouco Importante (0,124) 0,00316

S22 Medianamente importante (0,252) 0,00643

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do Grupo II da IES “A”

podem ser vistas na Tabela 19.

Tabela 19 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo II da IES “A”

Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking

S1 0,00564 0,006267288 0,023867 18º

S2 0,02775 0,030839034 0,117442 9º

S3 0,02775 0,030839034 0,117442 9º

S4 0,05641 0,062672875 0,238672 5º

S5 0,05641 0,062672875 0,238672 5º

S6 0,05229 0,058095107 0,221239 7º

S7 0,01271 0,014125085 0,053791 14º

S8 0,01271 0,014125085 0,053791 14º

S9 0,02584 0,028705818 0,109318 11º

S10 0,10252 0,113911975 0,433802 3º

S11 0,23633 0,262589658 1 1º

S12 0,11677 0,129750184 0,494118 2º

S13 0,05746 0,063845329 0,243137 4º

S14 0,03516 0,039063096 0,148761 8º

S15 0,01730 0,019221524 0,0732 13º

S16 0,00561 0,006234492 0,023742 19º

S17 0,00561 0,006234492 0,023742 19º

S18 0,01140 0,012670096 0,048251 16º

S19 0,02308 0,025641861 0,09765 12º

S20 0,00166 0,001841681 0,007014 22º

S21 0,00316 0,00351336 0,01338 21º

S22 0,00643 0,007140054 0,027191 17º

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

As variáveis (subcritérios) mais importantes voltam a ser S11 e S12 ocupando o 1º e 2º

lugar. A variável S10 “Me relaciono muito facilmente com outras pessoas” pertencente à

dimensão Líder (C2) foi a 3a colocada em importância pelos alunos concluintes (Grupo

II). Neste caso aparece uma nova variável, a S13 “Tenho os assuntos referentes ao

trabalho sempre muito bem planejados”, pertencente à dimensão Planejador (C3)

colocada nas primeiras posições de importância o que não aconteceu no Grupo I.

4.2.4 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “B”

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70

- Grupo I (alunos iniciantes da IES “B”)

O Quadro D01 do Apêndice D mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre

a importância das dimensões do perfil empreendedor utilizando a escala Likert proposta

no estudo. A Tabela 22 mostra a matriz de comparação das dimensões (critérios) do

Grupo I da IES “B” a qual foi obtida seguindo os mesmos procedimentos explicados na

seçaõ 4.2.3.

Tabela 20 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor

(critérios) do Grupo I da IES “B”

Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor

C1 1 3 1/4 ½ 3 6 0,15030

C2 1 1/5 1/3 1 5 0,07582

C3 1 5 6 8 0,47630

C4 1 4 6 0,19635

C5 1 6 0,07491

C6 1 0,02633

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

O valor do CR foi igual a 0,008082 portanto os julgamentos foram consistentes ou

coerentes.

Pode-se apreciar que a maior importância continua sendo para a dimensão Planejador

(C3), seguido das dimensões Inovador (C4) e Autorrealização (C1). As dimensões Líder

(C2) e Assume riscos (C5) tiveram o mesmo peso de importância.

O Quadro D02 do Apêndice D mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre

a importância das variáveis do perfil empreendedor. As Tabela 21, 22, 23, 24, 25 e 26

mostram o valor da intensidade para cada variável (subcritério) e o vetor resultante da

multiplicação da intensidade da variável (subcritério) pelo vetor de prioridade das

dimensões para o Grupo II da IES “B”.

Tabela 21 -Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Autorrealização (C1) do Grupo I da IES “B”

C1 (0,15030) Vetor

S1 Medianamente Importante (0,252) 0,037876

S2 Muito Importante (0,51) 0,076653

S3 Totalmente Importante (1,000) 0,1503

S4 Muito Importante (0,51) 0,076653

S5 Totalmente Importante (1,000) 0,1503

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

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71

Tabela 22 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder

(C2) do Grupo I da IES “B”

C2 (0,07582) Vetor

S6 Totalmente Importante (1,000) 0,07582

S7 Medianamente Importante (0,252) 0,019107

S8 Muito Importante (0,51) 0,038668

S9 Totalmente Importante (1,000) 0,07582

S10 Totalmente Importante (1,000) 0,07582

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 23 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Planejador (C3) do Grupo I da IES “B”

C3 (0,47630) Vetor

S11 Totalmente Importante (1,000) 0,4763

S12 Totalmente Importante (1,000) 0,4763

S13 Muito Importante (0,51) 0,242913

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 24 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Inovador (C4) do Grupo I da IES “B”

C4 (0,19635) Vetor

S14 Muito Importante (0,51) 0,100139

S15 Medianamente importante (0,252) 0,04948

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 25 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume

riscos (C5) do Grupo I da IES “B”

C5 (0,07491) Vetor

S16 Muito importante (0,51) 0,038204

S17 Pouco Importante (0,124) 0,009289

S18 Medianamente importante (0,252) 0,018877

S19 Pouco Importante (0,124) 0,009289

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 26 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Sociável (C6) do Grupo I da IES “B”

C6 (0,02633) Vetor

S20 Nada Importante (0,065) 0,001711

S21 Medianamente importante (0,252) 0,006635

S22 Medianamente importante (0,252) 0,006635

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do Grupo I da IES “B”,

podem ser vistas na Tabela 27.

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72

Tabela 27 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo I da IES “B”

Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking

S1 0,037876 0,01711668 0,07952 9º

S2 0,076653 0,0346409 0,160934 5º

S3 0,1503 0,06792333 0,315557 3º

S4 0,076653 0,0346409 0,160934 5º

S5 0,1503 0,06792333 0,315557 3º

S6 0,07582 0,03426445 0,159185 6º

S7 0,019107 0,00863464 0,040115 10º

S8 0,038668 0,01747487 0,081185 8º

S9 0,07582 0,03426445 0,159185 6º

S10 0,07582 0,03426445 0,159185 6ª

S11 0,4763 0,21524872 1 1º

S12 0,4763 0,21524872 1 1º

S13 0,242913 0,10977685 0,51 2º

S14 0,100139 0,04525443 0,210242 4º

S15 0,04948 0,02236101 0,103885 7º

S16 0,038204 0,01726513 0,08021 11º

S17 0,009289 0,0041978 0,019502 13º

S18 0,018877 0,00853101 0,039633 12º

S19 0,009289 0,0041978 0,019502 13º

S20 0,001711 0,00077344 0,003593 15º

S21 0,006635 0,00299855 0,013931 14º

S22 0,006635 0,00299855 0,013931 14º

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Dentre as variáveis (subcritérios) do Grupo I da IES “B”, a maior importância continua

sendo para S11, S12 e S13 que pertencem à dimensão Planejador (C3), sendo que as

variáveis (subcritérios) S11 e S12 empataram em 1º lugar, e a S13 ficou em 2º lugar de

importância. De igual forma as variáveis S2 e S5 “Creio que tenho uma boa habilidade

em detectar oportunidades de negócio no mercado” e “Sempre encontro soluções muito

criativas para problemas profissionais com os quais me deparo”, localizadas na dimensão

Autorrealização (C1) ficaram em 3º lugar de importância o que da um elevado peso a esta

dimensão.

- Grupo II (alunos concluintes da IES “B”)

Os Quadros D03 e D04 do Apêndice D mostram as respostas dos alunos quando

perguntados sobre a importância das dimensões e variáveis do perfil empreendedor. As

Tabelas 28, 29, 30, 31, 32, 33 e 34 mostram os resultados da comparação pareada entre

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73

os critérios e da avaliação direta dos subcritérios.

Tabela 28 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor

(critérios) do Grupo II da IES “B”

Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor

C1 1 1/3 1/4 ½ 3 5 0,11203

C2 1 1/3 1 4 6 0,20365

C3 1 3 5 8 0,40694

C4 1 4 6 0,18590

C5 1 4 0,06251

C6 1 0,02897

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

O valor do CR foi igual a 0,04968 portanto os julgamentos foram consistentes ou

coerentes.

Como resultado pode ser apreciado que a maior importância é para a dimensão Planejador

(C3), seguida da dimensão Líder (C2) tendo esta uma pequena diferença com respeito à

dimensão Inovador (C4).

Tabela 29 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Autorrealização (C1) do Grupo II da IES “B”

C1 (0,11203) Vetor

S1 Muito Importante (0,51) 0,057135

S2 Muito Importante (0,51) 0,057135

S3 Muito Importante (0,51) 0,057135

S4 Muito Importante (0,51) 0,057135

S5 Totalmente Importante (1,000) 0,11203

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 30 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder

(C2) do Grupo II da IES “B”

C2 (0,20365) Vetor

S6 Totalmente Importante (1,000) 0,20365

S7 Muito Importante (0,51) 0,103862

S8 Muito Importante (0,51) 0,103862

S9 Totalmente Importante (1,000) 0,20365

S10 Totalmente Importante (1,000) 0,20365

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 31 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Planejador (C3) do Grupo II da IES “B”

C3 (0,40694) Vetor

S11 Totalmente Importante (1,000) 0,40694

S12 Muito Importante (0,51) 0,207539

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74

S13 Medianamente importante (0,252) 0,102549

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 32 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Inovador (C4) do Grupo II da IES “B”

C4 (0,18590) Vetor

S14 Totalmente Importante (1,000) 0,1859

S15 Medianamente importante (0,252) 0,046847

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 33 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume

riscos (C5) do Grupo II da IES “B”

C5 (0,06251) Vetor

S16 Medianamente importante (0,252) 0,015753

S17 Pouco Importante (0,124) 0,007751

S18 Medianamente importante (0,252) 0,015753

S19 Pouco Importante (0,124) 0,007751

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 34 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Sociável (C6) do Grupo II da IES “B”

C6 (0,02897) Vetor

S20 Pouco Importante (0,124) 0,003592

S21 Medianamente importante (0,252) 0,0073

S22 Medianamente importante (0,252) 0,0073

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do Grupo II da IES

“B”, podem ser vistas na Tabela 35

Tabela 35 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo II da IES “B”

Variável/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking

S1 0,057135 0,026278528 0,140402 7º

S2 0,057135 0,026278528 0,140402 7º

S3 0,057135 0,026278528 0,140402 7º

S4 0,057135 0,026278528 0,140402 7º

S5 0,11203 0,051526525 0,275299 5º

S6 0,20365 0,093665776 0,500442 3º

S7 0,103862 0,047769546 0,255226 6º

S8 0,103862 0,047769546 0,255226 6º

S9 0,20365 0,093665776 0,500442 3º

S10 0,20365 0,093665776 0,500442 3º

S11 0,40694 0,187165976 1 1º

S12 0,207539 0,095454648 0,51 2º

S13 0,102549 0,047165826 0,252 8º

S14 0,1859 0,085501929 0,456824 4º

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75

Variável/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking

S15 0,046847 0,021546486 0,11512 9º

S16 0,015753 0,007245136 0,03871 10º

S17 0,007751 0,003565067 0,019048 11º

S18 0,015753 0,007245136 0,03871 10º

S19 0,007751 0,003565067 0,019048 11º

S20 0,003592 0,001652216 0,008828 13º

S21 0,0073 0,003357728 0,01794 12º

S22 0,0073 0,003357728 0,01794 12º

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Continuam sendo as variáveis (subcritérios) S11 e S12 as mais importantes para os

estudantes integrantes desse grupo, seguidos das variáveis S6, S9 e S10, estas últimas

localizadas no grupo da dimensão Líder (C2). Esse resultado mostra uma mudança na

importância das variáveis (subcritérios) e destaca a dimensão Líder na opinião dos 68

alunos concluintes da IES “B”.

4.2.5 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “C”

- Grupo I (alunos iniciantes da IES “C”)

O Quadro E01 do Apêndice E mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre

a importância das dimensões do perfil empreendedor utilizando a escala Likert proposta

no estudo. A Tabela 36 mostra a matriz de comparação das dimensões do perfil

empreendedor (critérios) do Grupo I da IES “C” segundo procedimento descrito na seção

4.2.3.

Tabela 36 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor

(critérios) do Grupo I da IES “C”

Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor

C1 1 4 1/2 3 3 7 0,28899

C2 1 1/3 2 2 6 0,14178

C3 1 3 3 8 0,34430

C4 1 1 5 0,09851

C5 1 5 0,09851

C6 1 0,02791

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

O valor do CR foi igual a 0,04470 portanto os julgamentos foram consistentes ou

coerentes.

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76

A maior importância é para a dimensão Planejador (C3), seguida da dimensão

Autorrealização (C1). As dimensões Inovador (C4) e Assume riscos (C5) tiveram

importâncias com o mesmo peso.

O Quadro E02 do Apêndice E mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre

a importância das variáveis do perfil empreendedor. As Tabela 37, 38, 39, 39, 40, 41 e 42

mostram o valor da intensidade para cada variável (subcritério) e o vetor resultante da

multiplicação da intensidade da variável (subcritério) pelo vetor de prioridade das

dimensões (critérios) para o Grupo I da IES “C”.

Tabela 37 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Autorrealização (C1) do Grupo I da IES “C”

C1 (0,28899) Vetor

S1 Muito Importante (0,51) 0,147385

S2 Medianamente Importante (0,252) 0,072825

S3 Pouco Importante (0,124) 0,035835

S4 Muito Importante (0,51) 0,147385

S5 Medianamente Importante (0,252) 0,072825

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 38 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder

(C2) do Grupo I da IES “C”

C2 (0,14178) Vetor

S6 Muito Importante (0,51) 0,072308

S7 Pouco Importante (0,124) 0,017581

S8 Pouco Importante (0,124) 0,072308

S9 Medianamente Importante (0,252) 0,035729

S10 Muito Importante (0,51) 0,072308

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 39 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Planejador (C3) do Grupo I da IES “C”

C3 (0,34430) Vetor

S11 Totalmente Importante (1,000) 0,3443

S12 Totalmente Importante (1,000) 0,3443

S13 Muito Importante (0,51) 0,175593

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 40 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Inovador (C4) do Grupo I da IES “C”

C4 (0,09851) Vetor

S14 Muito Importante (0,51) 0,05024

S15 Medianamente importante (0,252) 0,024825

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

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77

Tabela 41 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume

riscos (C5) do Grupo I da IES “C”

C5 (0,09851) Vetor

S16 Muito Importante (0,51) 0,05024

S17 Pouco Importante (0,124) 0,012215

S18 Medianamente importante (0,252) 0,024825

S19 Pouco Importante (0,124) 0,012215

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 42 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Sociável (C6) do Grupo I da IES “C”

C6 (0,02791) Vetor

S20 Nada Importante (0,065) 0,001814

S21 Medianamente importante (0,252) 0,007033

S22 Muito Importante (0,51) 0,014234

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do Grupo I da IES “C”,

podem ser vistas na Tabela 43.

Tabela 43 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo I da IES “C”

Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking

S1 0,147385 0,081503659 0,428071 3º

S2 0,072825 0,040272396 0,211518 4º

S3 0,035835 0,019816576 0,10408 7º

S4 0,147385 0,081503659 0,428071 3º

S5 0,072825 0,040272396 0,211518 4º

S6 0,072308 0,03998612 0,210014 5º

S7 0,017581 0,009722115 0,051062 10º

S8 0,072308 0,03998612 0,210014 5º

S9 0,035729 0,019757848 0,103772 8º

S10 0,072308 0,03998612 0,210014 5º

S11 0,3443 0,190397455 1 1º

S12 0,3443 0,190397455 1 1º

S13 0,175593 0,097102702 0,51 2º

S14 0,05024 0,02778271 0,14592 6º

S15 0,024825 0,013727927 0,072101 9º

S16 0,05024 0,02778271 0,14592 6º

S17 0,012215 0,006755012 0,035478 12º

S18 0,024825 0,013727927 0,072101 9º

S19 0,012215 0,006755012 0,035478 12º

S20 0,001814 0,001003223 0,005269 14º

S21 0,007033 0,003889417 0,020428 13º

S22 0,014234 0,007871439 0,041342 11º

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

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78

As variáveis (subcritérios) S11, S12 e S13 foram as mais importantes. Este

comportamento foi similar ao alcançado no Grupo I da IES “B”. A diferença fundamental

é que a variável S4 “Profissionalmente, me considero uma pessoa muito mais persistente

que as demais”, aparece pela primeira vez dentro as variáveis mais importantes ocupando

a 3a posição em importância junto com a variável S1, ambas pertencentes à dimensão

Autorrealização (C1).

- Grupo II (alunos concluintes da IES “C”)

De igual forma foi realizado o tratamento dos dados do Grupo II da IES “C”. Os Quadros

E03 e E04 do Apêndice E mostram as respostas dos alunos quando perguntados sobre a

importância das dimensões e variáveis do perfil empreendedor. As Tabelas 44, 45, 46,

47, 48, 49 e 50 mostram os resultados da comparação pareada dos critérios e da avaliação

direta dos subcritérios.

Tabela 44 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor

(critérios) do Grupo II da IES “C”

Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor

C1 1 3 1/2 3 5 7 0,27027

C2 1 1/4 1 3 4 0,11569

C3 1 4 7 8 0,40767

C4 1 3 5 0,12069

C5 1 3 0,05470

C6 1 0,03098

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

O valor do CR foi igual a 0,003079 portanto os julgamentos foram consistentes ou

coerentes.

Como resultado observa-se que a maior importância é para a dimensão Planejador (C3).

A dimensão Autorrealização (C1) foi a segunda com maior peso. A dimensão Inovador

(C4) é a 3a com maior importância no Grupo II de respondentes. Este comportamento

muda a posição das dimensões C1 e C4 com respeito ao resultado dos respondentes do

Grupo I.

Tabela 45 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Autorrealização (C1) do Grupo II da IES “C”

C1 (0,27027) Vetor

S1 Medianamente importante (0,252) 0,068108

S2 Pouco Importante (0,124) 0,033513

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S3 Pouco Importante (0,124) 0,033513

S4 Pouco Importante (0,124) 0,033513

S5 Medianamente importante (0,252) 0,068108

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 46 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder

(C2) do Grupo II da IES “C”

C2 (0,11569) Vetor

S6 Medianamente importante (0,252) 0,029154

S7 Pouco Importante (0,124) 0,014346

S8 Pouco Importante (0,124) 0,014346

S9 Muito Importante (0,51) 0,059002

S10 Totalmente Importante (1,000) 0,11569

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 47 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Planejador (C3) do Grupo II da IES “C”

C3 (0,40767) Vetor

S11 Muito Importante (0,51) 0,207912

S12 Muito Importante (0,51) 0,207912

S13 Medianamente importante (0,252) 0,102733

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 48 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Inovador (C4) do Grupo II da IES “C”

C4 (0,12069) Vetor

S14 Medianamente importante (0,252) 0,030414

S15 Pouco Importante (0,124) 0,014966

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 49 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume

riscos (C5) do Grupo II da IES “C”

C5 (0,05470) Vetor

S16 Medianamente importante (0,252) 0,013784

S17 Pouco Importante (0,124) 0,006783

S18 Pouco Importante (0,124) 0,013784

S19 Pouco Importante (0,124) 0,013784

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Tabela 50 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão

Sociável (C6) do Grupo II da IES “C”

C6 (0,03098) Vetor

S20 Pouco Importante (0,124) 0,003842

S21 Pouco Importante (0,124) 0,003842

S22 Medianamente importante (0,252) 0,007807

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

A Tabela 51 mostra as prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do

Grupo II da IES “C”.

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Tabela 51 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo II da IES “C”

Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking

S1 0,068108 0,06209393 0,327582 4º

S2 0,033513 0,03055415 0,161191 6º

S3 0,033513 0,03055415 0,161191 6º

S4 0,033513 0,03055415 0,161191 6º

S5 0,068108 0,06209393 0,327582 4º

S6 0,029154 0,02657952 0,140222 8º

S7 0,014346 0,01307881 0,068998 10º

S8 0,014346 0,01307881 0,068998 10º

S9 0,059002 0,05379188 0,283783 5º

S10 0,11569 0,10547428 0,556438 2º

S11 0,207912 0,18955257 1 1º

S12 0,207912 0,18955257 1 1º

S13 0,102733 0,09366127 0,494118 3º

S14 0,030414 0,02772826 0,146283 7º

S15 0,014966 0,01364406 0,07198 9º

S16 0,013784 0,0125672 0,066299 11º

S17 0,006783 0,00618386 0,032623 13º

S18 0,013784 0,0125672 0,066299 11º

S19 0,013784 0,0125672 0,066299 11º

S20 0,003842 0,0035023 0,018477 14º

S21 0,003842 0,0035023 0,018477 14º

S22 0,007807 0,00711759 0,037549 12º

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Como pode ser observado, as variáveis (subcritérios) S11 e S12 ficaram com a 1a posição

na importância, esta posição é mantida para todos os grupos e IES participantes da

pesquisa. Isto coloca a dimensão Planejador (C3) como a mais importante.

Mesmo com estes resultados, ainda podem ser verificados alguns aspectos como a

variação dos valores de importância por cada Grupo e IES e como as características

socioacadêmicas podem ter influência nestes valores.

4.3 Análise dos resultados

4.3.1 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

Com as informações que brindam as Tabelas 4,12,20,28,36 e 44 foram construidos 3 (três)

gráficos: o Gráfico 2 (para a IES “A”), o Gráfico 3 (para a IES “B”) e o Gráfico 4 (para a

IES “C”) que mostram o comportamento das dimensões do perfil empreendedor.

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81

Como pode ser apreciado no Gráfico 2, a dimensão C3 é a mais importante para ambos

os grupos, mas as dimensões C1, C2 e C4 mudam a ordem do Grupo I para o Grupo II,

C2 e C4 diminuem a importância quanto a importância de C1 aumenta.

Gráfico 2 - Importância das dimensões do perfil empreendedor para a IES “A”

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Nesta IES “A” são oferecidas a disciplinas de Empreendedorismo no 4o e 5o período, o

coordenador explica que não existe transversalidade de conteúdos sobre

empreendedorismo entre as diferentes disciplinas e que a abordagem do tema se dá

fundamentalmente mediante atividades isoladas que dependem da iniciativa dos

professores. É avaliado como positivo as atividades de extensão que acontecem durante

toda a vida acadêmica dos estudantes, fundamentalmente palestras coordenadas pela

Associação Comercial Industrial e Agropastoril de Volta Redonda –ACIAP-VR onde é

incentivado o planejamento pessoal e a busca pela identificação das necessidades de

capacitação para poder identificar oportunidades.

Isto explica em certa medida o resultado obtido, as dimensões C3 e C1 tem um incremento

na importância do Grupo II (alunos concluintes), desta forma as atividades educacionais

desenvolvidas pela IES “A” podem estar contribuindo para o desenvolvimento destas

duas características.

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82

No Gráfico 3 da IES “B” pode ser observado que a dimensão C3 continua sendo a mais

importante na opinião dos estudantes de ambos os grupos pesquisados, mas

diferentemente das outras IES o valor de importância para os alunos concluintes, Grupo

II, é menor que para os alunos iniciantes, Grupo I. Também a dimensão C2 tem um

comportamento diferente porque aumenta seu valor de importância de 7,58% do Grupo

I, para 20,36% no Grupo II, sendo esta a maior mudança de importância que se manifesta

em todos as dimensões.

Gráfico 3 - Importância das dimensões do perfil empreendedor para a IES “B”

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Procuradas as possíveis causas desse comportamento, verificou-se que na IES “B” a

matriz curricular do curso de Administração, também tem diferenças quando comparada

com as IES “A” e “C”. Não existe disciplina específica de Empreendedorismo que aborde

os conceitos gerais do tema, mas no 1⁰, 6⁰ e 7⁰ períodos existem disciplinas que abordam

este tema com um conteúdo mais específico. Se inicia pela disciplina “Plano de

Negócios” no 1⁰ período onde é destacado a necessidade do planejamento do negócio,

isto pode influenciar no resultado de importância da dimensão C3 para o Grupo I que está

formado por alunos do 1⁰ e 2⁰. Posteriormente tem as disciplinas de “Gestão de Projetos”

e “Orçamento e Custos” no 6⁰ e 7⁰ período em que voltam a retomar alguns temas de

empreendedorismo e formular novos conceitos, o que pode contribuir a destacar outras

características do perfil empreendedor como a dimensão C2 e a variável S14 como será

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83

visto posteriormente. O aspecto de destaque do currículo desta IES é que incorpora o

conceito de transversalidade ministrando conteúdos de empreendedorismo em diferentes

disciplinas. Esses conteúdos aparecem inicialmente de uma forma simples e continuam

de forma mais prática e adicionando complexidade e interdependência com os conteúdos

já vistos anteriormente. Como aspecto negativo, destaca-se a baixa quantidade de

atividades de extensão ou extracurriculares que apoiem a formação empreendedora dos

estudantes, sendo as palestras com empreendedores o principal meio utilizado.

O Gráfico 4 mostra a situação da IES “C” com respeito às dimensões do perfil

empreendedor. A dimensão C3 é a mais importante para ambos os grupos, com um valor

maior para o Grupo II. As dimensões C1, C2 e C4 mudam a ordem do Grupo I para o

Grupo II, C1 e C2 diminuem a importância quanto a importância de C4 aumenta. No

intuito de verificar este comportamento, analisou a matriz curricular e as características

do curso colocadas pelo o coordenador.

Gráfico 4 - Importância das dimensões do perfil empreendedor para a IES “C”

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Na IES “C” a discussão sobre o tema de Empreendedorismo inicia-se no 2⁰ período, mas

existe todo um conjunto de atividades curriculares e extracurriculares que abordam

temáticas relacionadas ao assunto durante todo o período de formação. Alguns conteúdos

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de diferentes disciplinas (obrigatórias e optativas), contemplam atividades de formação

empreendedora. O destaque fundamental desta IES é que existem projetos que de alguma

forma incorporam aspectos de empreendedorismo, mas não todos os alunos participam,

portanto a formação dos alunos pode ser diferenciada.

Analisando os Gráficos anteriores (2, 3 e 4), observa-se que as dimensões Assume riscos

(C5) e Sociável (C6) são as menos importantes para o perfil segundo a opinião de todos

os grupos e IES. Especificamente a C5, para o Grupo II, em todas as IES tem menor

importância do que para o Grupo I. Este resultado é contraditório se levado em

consideração a opinião da maioria dos autores pesquisados e referenciados neste trabalho,

que consideram que assumir riscos é uma característica determinante no perfil dos

empreendedores.

A respeito das variáveis que medem o perfil empreendedor, um resumo com a ordem de

importância das cinco (5) primeiras colocadas para cada grupo e IES pode ser observada

na Tabela 52.

Tabela 52 - Resumo da importância das variáveis do perfil empreendedor

IES GRUPO 1a Posição 2a Posição 3a Posição 4a Posição 5a Posição

A

I S11 S12 S5 S10 S14

II S11 S12 S10 S13 S5

B

I S11, S12 S13 S3, S5 S14 S2, S4

II S11 S12 S9, S10, S6 S14 S5

C

I S11, S12 S13 S1, S4 S2, S5 S6, S8, S10

II S11, S12 S10 S13 S1, S5 S9

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

Pode ser apreciado que as primeiras posições se concentram nas variáveis S11, S12 e S13

relacionados diretamente com a dimensão Planejador (C3). Este resultado era o esperado

dado que esta dimensão foi a de maior importância para todos os grupos com diferenças

positivas elevadas quando comparada às outras dimensões.

Nos cursos de Administração os conteúdos de gestão e planejamento estão incorporados

em muitas disciplinas desde os primeiros períodos e normalmente tendem a aumentar na

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85

segunda metade do curso, portanto esta característica ganha importância

independentemente do estudante participar ou não de atividades de formação

empreendedora.

As outras variáveis mais importantes estão relacionados com as dimensões de

Autorrealização (C1) e Líder (C2). Quanto às variáveis relacionados com C2 (S6, S8, S9

e S10) elas tiveram uma mudança positiva considerável na IES “B” mas algumas delas

também estão ocupando importância elevada nas outras IES. Já o comportamento das

variáveis relacionadas com a dimensão C1 (S1, S2, S3, S4, S5), também era esperado

dado que a importância desta dimensão foi elevada na maioria dos grupos e IES quando

comparada às outras dimensões, embora somente aumentasse do Grupo I para o Grupo II

na IES “A”.

Em última posição está a variável S14 relacionada com a dimensão Inovador (C4) ela

aparece na 4a e 5a posição para alguns dos grupos pesquisados, sendo o maior destaque na

IES “B” onde ocupa a mesma posição (4a ) nos dois Grupos (I e II), mas com valores de

importância que aumentam para o Grupo II (21,02% Grupo I e 45,68% Grupo II). Esta

variável está associada à preferência por trabalhos repletos de novidades e desafios e

mesmo com uma diminuição do valor percentual em um (1) ponto da dimensão C4 para

a IES “B”, o aumento do valor dessa variável é evidente, o que pode estar relacionado

com a forma em que os conteúdos de formação empreendedora são tratados.

De maneira geral, os resultados anteriores mostram mudanças no perfil empreendedor

dos estudantes quando comparados entre grupos e IES. A importância atribuída às

dimensões e variáveis do perfil empreendedor muda de um grupo para outro e IES, o que

pode evidenciar que o tema do empreendedorismo é abordado de forma diferente.

Para aprofundar nestes resultados foi realizada uma análise com os dados mais relevantes

obtidos com as respostas do Bloco III do questionário do Apêndice B.

Na Tabela 2 (seção 4.1) observa se que os alunos inciantes, Grupo I, de todas as IES

apresentam uma média maior na intenção de abrir negócio, muitas vezes esta é a

expectativa ao escolher um curso de Administração. Na medida que o curso avança e

novos conhecimentos são adquiridos, são abertas novas possibilidades que fazem

diminuir esta intenção. Este comportamento coincide com o encontrado por Graevenitz

et al. (2010), mas é contrario ao observado por Rocha (2012), onde a participação dos

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estudantes de curso de graduação em Administração em atividades de formação

empreendedora aumentou a intenção de se abrir um negócio comparado com os que não

participaram.

Conforme Filion (1999), o desejo de ter um próprio negócio pode ser um fator comum

entre empreendedores e não empreendedores. Isso pode justificar o motivo porque certo

percentual de estudantes de Administração intencionaram abrir ou ter o próprio negócio.

Também existe o critério, entre vários outros pesquisadores, que os cursos de

Administração preferenciam a formação de gerentes ou Administradores de empresas.

(DORNELAS, 2001; DOLABELA,1999; FERRERA, FONSECA, PEREIRA, 2002)

Quanto ao impacto que podem ter os diferentes tipos de atividades de formação

empreendedora na mudança do perfil empreendedor, já o estudo de Rocha (2012) não

tinha encontrado qualquer tipo de atividade de formação empreendedora com maior ou

menor impacto entre os estudantes. Por este motivo, preferiu-se neste trabalho somente

abordar o assunto a partir da descrição do percentual de respostas dos estudantes.

A Tabela 53 mostra os valores percentuais das respostas para cada grupo e IES, quando

perguntados sobre a existência de disciplinas específicas de Empreendedorismo ou de

outras que incorporam estes temas em seus conteúdos.

Tabela 53 - Disciplinas que incorporam o tema de empreendedorismo

IES Grupo

Disciplinas que incorporam o tema de empreendedorismo

Disciplina de Empreendedorismo Conjunto de disciplinas que incorporam

temas de empreendedorismo.

A I 0,00% 3,51%

II 45,45% 11,36%

B I 5,71% 8,57%

II 41,18% 17,65%

C I 5,26% 5,26%

II 17,31% 7,69%

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

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No caso da IES “A”, observa se que os alunos do Grupo I (1o e 2o período) não tem

disciplina específica e os conceitos de empreendedorismo são pouco abordados em outras

disciplinas. Na IES “B”, poucos estudantes identificam a disciplina de “Plano de

Negócios” que é ministrada nos primeiros períodos, somente como uma disciplina de

Empreendedorismo, mas observa-se como os conceitos de empreendedorismo são

abordados em outras. Os menores incrementos nos valores percentuais do Grupo I para o

Grupo II aparecem na IES “C”, como já tinha sido colocado, poucos estudantes do Grupo

I responderam o questionário, e o maior percentual de respostas em branco também se

corresponde com essa IES no Grupo II.

A Tabela 54 mostra os valores percentuais das respostas para cada grupo e IES, quando

perguntados sobre a participação em atividades práticas de empreendedorismo (aqui foi

definido no questionário que eram atividades promovidas pelas IES).

Tabela 54 - Participação em atividades práticas sobre empreendedorismo

IES Grupo

Participação em atividades práticas sobre empreendedorismo

Elaboração

de planos

de

negócios

Criação

de

produto

Incubadoras

de

empresas

Projetos

Criação

de

empresa

Jogos de

empresas

e

simulados

Palestras de

especialistas

Aulas

práticas

A I 0,00% 0,00% 0,00% 3,51% 0,00% 0,00% 3,51% 0,00%

II 29,55% 6,82% 4,55% 2,27% 9,09% 0,00% 15,91% 4,55%

B I 5,71% 0,00% 0,00% 2,86% 8,57% 0,00% 5,71% 2,86%

II 14,71% 1,47% 0,00% 0,00% 2,94% 17,65% 16,18% 2,94%

C I 5,26% 2,63% 0,00% 10,53% 0,00% 2,63% 2,63% 2,63%

II 9,62% 1,92% 1,92% 11,54% 1,92% 11,54% 3,85% 1,92%

Fonte: elaborado pelo autor (2015)

O resultado aqui é bem diferente para cada grupo e IES. A “Elaboração de plano de

negócio” é um tema abordado em cada IES, por esse motivo aumenta para o Grupo II. A

“Participação em projetos (pesquisa e extensão)” somente tem destaque na IES “C”. Este

comportamento já tinha sido colocado pelo coordenador. Os valores não são altos porque

são atividades que somente envolvem alguns estudantes, mas demonstra que a IES “C”

trabalha este aspecto. Os “Jogos de empresas e simulados” fazem parte de conteúdos de

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outras disciplinas, mas os estudantes que participam reconhecem a importância para

desenvolver o perfil empreendedor. As “Palestras com especialistas” são atividades

realizadas com maior frequencia nas IES “A” e “B”. Também neste caso, os

coordenadores dos cursos de graduação entrevistados tinham colocado estas atividades

como positivas na formação de características empreendedoras nos referidos cursos. De

maneira geral, os resultados mostram pouca participação dos estudantes em atividades

práticas de formação empreendedora.

Pesquisa de Rocha (2012) chegou a mesma conclusão quanto a quantidade de atividades

práticas sobre o tema de Empreendedorismo, destacando que a aula tradicional (teórica e

expositiva) tem sido o modelo mais usado de forma geral nos cursos de graduação.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo são confrontados os resultados da pesquisa com os objetivos propostos.

De tal forma, são apresentados comentários que tem a intenção de esclarecer como a

questão fundamental da pesquisa foi respondida e mostrar as sugestões para futuras

pesquisas.

No que concerne ao referencial teórico sobre o ensino de empreendedorismo, observou-

se que existem opiniões controversas sobre o impacto que este ensino provoca na

formação e desenvolvimento de empreendedores. Martin et al., (2013) argumenta que

existe um número significativo de pesquisas que mostram resultados positivos e outras

que mostram resultados negativos, ou simplesmente que não têm relação direta entre o

ensino de empreendedorismo e o desenvolvimento de empreendedores. Portanto qualquer

conclusão tem que ser cautelosa e não generalizadora, pois vários fatores podem

interferir, entre eles: os métodos, técnicas e recursos utilizados no processo de ensino –

aprendizagem desta temática.

Ainda neste tema, observou-se a existência de diferentes modelos para avaliar o ensino

do empreendedorismo, sendo os mais utilizados o modelo de intenção empreendedora e

o modelo de perfil empreendedor. Neste estudo, optou-se pelo modelo de perfil

empreendedor desenvolvido por Schmidt e Bohnenberger (2009), e utilizado por Rocha

(2012) em estudo similar ao da presente dissertação.

Na escolha dos procedimentos metodológicos, optou-se pelo método misto com

preferência de abordagem qualitativa, para poder entender e explicar o resultado da

medição das dimensões e variáveis do perfil empreendedor.

O processo da coleta de dados foi trabalhoso. As entrevistas individuais com os

coordenadores dos cursos de Administração das IES pesquisadas foram determinantes em

dois momentos da pesquisa: primeiramente, para complementar o questionário que foi

usado para o levantamento dos dados junto aos estudantes, e, posteriormente, contribuiu

para a análise dos dados quantitativos.

Quanto ao processamento dos dados quantitativos para aplicar o método AHP com

ratings, utilizou-se um software de livre acesso, o Super Decisions versão 2.2.6, o qual

poupou tempo, que seria gasto com o desenvolvimento de fórmulas, cálculos com

matrizes, e consulta a tabelas, evitando, também, erros de cálculos.

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90

Analisando o objetivo geral da pesquisa, verificou-se que existem diferenças no perfil

empreendedor dos estudantes quando comparados entre grupos e IES. A importância

atribuída às dimensões e variáveis do perfil empreendedor muda de um grupo para outro

dentro de cada IES o que pode ser evidência de que o tema do empreendedorismo é

abordado de forma diferente.

Estudos de Ferreira e Matos (2003) e de Rocha (2012), mostram crescimento das médias

dos atributos ou dimensões que formam o perfil do empreendedor em estudantes que

participaram de atividades de formação empreendedora. Nesta dissertação em particular,

os métodos utilizados não são os mesmos dos outros pesquisadores, mas os resultados

mostram que existem mudanças na importância atribuída às dimensões do perfil

empreendedor (aumento ou diminuição) de um grupo para outro. Este resultado permite

mostrar quais dimensões podem estar sendo melhor tratadas por cada curso e quais

precisam serem melhoradas para o ensino do Empreendedorismo.

Quanto aos objetivos específicos, todos foram cumpridos, como mostrado a seguir:

- Medir a importância das dimensões ou critérios que definem o perfil

empreendedor segundo a percepção de cada grupo de estudantes mediante o

uso de métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM.

Primeiramente, o método MCDM escolhido, o AHP com ratings, mostrou se pertinente

para o estudo e permitiu medir a importância e as prioridades das dimensões e variáveis

que definem o perfil empreendedor.

A dimensão do perfil empreendedor que teve mais importância (maiores valores dos

vetores de importância) para todos os grupos e IES foi a C3 (Planejador). Conteúdos de

gestão e planejamento fazem parte das diferentes disciplinas do curso, portanto não

necessariamente estão relacionados diretamente com o desenvolvimento de atividades

empreendedoras. Mesmo assim, o peso desta dimensão além de ser o maior, aumentou

do Grupo I para o Grupo II para as IES “A” e “C”, o que demonstra que está dimensão

está sendo melhor desenvolvida.

O comportamento das dimensões Autorrealização (C1), Inovador (C4) e Líder (C2)

manifestou mudanças para cada grupo e IES pesquisada, mas a ordem de importância foi

diferente em cada IES. Isto pode estar influenciado pelas diferenças na matriz curricular

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de cada IES ou pelo impacto que podem ter os diferentes tipos de atividades de formação

empreendedora. Neste último aspecto não se aprofundou por não encontrar evidências

desta influência em estudos de outros pesquisadores.

As dimensões Assume riscos (C5) e Sociável (C6) são as menos importantes segundo a

opinião de todos os grupos e IES. Especificamente, este resultado na dimensão C5 é o

mais preocupante quanto a efetividade do ensino empreendedor em todas as IES. Na

opinião da maioria dos autores pesquisados e referenciados neste trabalho, assumir riscos

é uma característica determinante no perfil dos empreendedores, portanto, valores baixos

de importância nesta dimensão e, ainda valores menores no Grupo II formado por alunos

que já participaram de atividades de formação empreendedora é um indicador de alerta a

ser analisado.

- Determinar as prioridades das variáveis que compõem cada dimensão, para

cada grupo de estudantes pesquisado, mediante o uso de métodos de Tomada

de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM.

Para dar cumprimento a este objetivo, o presente trabalho limita-se a analisar as

prioridades das variáveis que formam o perfil empreendedor segundo o modelo de

Schmidt e Bohnenberger (2009), ou seja, analisam-se as mesmas variáveis do modelo e

não se faz nenhuma colocação sobre se devem permancer ou não dentro da dimensão

original.

Os alunos pesquisados mostram maior prioridade nas características do perfil

empreendedor relacionadas com a dimensão Planejador (variáveis S11, S12 e S13). Esta

preferência se evidência nos graus de importância com que as mesmas são avaliadas

diretamente quando aplicado o questionário (Totalmente Importantes, Muito Importantes

e, em menor medida, Medianamente Importantes). Posteriormente, quando aplicado o

AHP, o valor aumenta ainda mais, pois leva em consideração o peso da dimensão à qual

pertencem (Planejador tem o maior peso entre todos os pesquisados).

Esse mesmo comportamento de grupo observa-se nas variáveis (S1, S2, S3, S4 e S5) e

nas variáveis (S6, S8, S9 e S10), pertencentes às dimensões Autorrealização e Líder. Elas

são importantes dentro de cada dimensão e posteriormente quando aplicado o AHP, o

valor de importância aumenta.

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92

Já a variável S14 mostra um comportamento diferente, é a única que se destaca dentro de

sua dimensão (Inovador), e está associada à preferência por trabalhos inovadores e não

rotineiros.

Não foram encontrados na literatura estudos similares que permitam uma comparação

e/ou validação destes resultados, pois o trabalho de Rocha (2012) foca na detecção de

alterações nos agrupamentos de variáveis, portanto não pode ser usado como ponto de

referência.

- Caracterizar o estágio da formação e educação empreendedora em cada IES.

Mesmo que, o perfil empreendedor dos estudantes mostrou mudanças de um grupo para

outro, este comportamento foi diferente em cada IES. Como já colocado, isto pode ser

um indicador das diferenças curriculares de cada curso de Administração e do nível ou

estágio em que a formação e educação empreendedora esteja inserida no processo de

ensino e aprendizagem.

Segundo a classificação proposta por Andrade e Torkomian (2001), as atividades de

formação empreendedora começam por estágios ou níveis inferiores onde as atividades

isoladas (geralmente informais, demandadas pelos alunos e/ou estimuladas por

professores) são as mais comuns até chegar a um nível de aprofundamento maior que

exige integração, multidisciplinaridade e transversalide de conteúdos.

Na presente Dissertação observam-se diferenças entre as IES, quanto ao estágio em que

o ensino de empreendedorismo se encontra:

- Na IES “A”, prevalecem as atividades isoladas (palestras com empreendedores)

com a incorporação de uma disciplina de Empreendedorismo começando no 6o

período;

- Na IES “B”, existem atividades acadêmicas isoladas (palestras com

empreendedores), mas os conceitos de empreendedorismo são abordados em

disciplina específica de Plano de Negócios e em outro conjunto de disciplinas da

grade curricular, colocando em prática o conceito de transversalidade, entendido

este como uma forma de organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas

e eixos temáticos (neste caso de Empreendedorismo) são integrados às outras

disciplinas.

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93

- Na IES “C” também existe uma preferência das atividades isoladas, mas a

diferença com as duas IES anteriores radica em que estas atividades tem caráter

mais prático e estão mais associadas a projetos de pesquisa e extensão que

beneficiam poucos alunos. Também nesta IES existe uma disciplina de

Empreendedorismo oferecida no 2o período.

Em geral, a pouca participação dos estudantes em atividades práticas de formação

empreendedora (aproximadamente o 44% de todos os respondentes acredita ter

partcipidado em algum tipo de atividade) prevalece em todas as IES, colocando-as nos

estágios primários de formação empreendedora.

Como aspecto interessante da pesquisa, destaca-se a existência de mudanças no perfil

empreendedor, mesmo com atividades diferentes. O perfil empreendedor não se forma

apenas com uma concepção única de grade curricular. Métodos, técnicas e recursos

pedagógicos que preferenciem atividades práticas, o “saber fazer”, são muito importantes

para desenvolver as características empreendedoras nos estudantes.

Por último, é importante destacar as limitações deste trabalho. Primeiramente, a pesquisa

limitou-se apenas à estudantes dos cursos de Administração de 3 (três) IES no município

de Volta Redonda, em um corte transversal, portanto a generalização dos resultados não

é recomendada. Em segundo lugar, a pesquisa se baseou nas percepções e opiniões gerais

de graduandos onde o valor percentual dos que tinham negócio próprio era baixo,

diferentes de pesquisas já realizadas com empreendedores e com graduandos que

possuíam seus empreendimentos.

Mesmo que, os resultados apresentados aqui mostrem evidências de mudanças do perfil

empreendedor nos estudantes, existe todo um conjunto de outras variávies como: perfil

sociocultural, ambiente familiar, situação financeira, ambiente universitário, relações

sociais dentro e fora da universidade que poderiam ser analisadas e aprofundadas em

estudos posteriores. Assim, novas pesquisas podem ser de grande auxilio na busca da

compreensão do perfil empreendedor e das melhores maneiras de se mensurar a eficácia

da aprendizagem do ensino de Empreendedorismo.

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94

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102

7. APÊNDICES

Apêndice A – Formulário de entrevistas com coordenadores das IES

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

Instituição de Ensino: __________________________________________

Estimado Coordenador,

Você está participando de uma pesquisa de campo na mensuração sobre a

avaliação do perfil empreendedor em estudantes do Curso de Graduação em

Administração. Todas as informações aqui prestadas são anônimas e confidenciais, tendo

apenas o objetivo de validação dos procedimentos científicos de nossa pesquisa.

Responda de forma calma, franca, sincera e objetiva, avaliando cada questão. Desde já,

agradecemos sua participação.

1. A estrutura curricular do curso de Administração contempla Atividades de Formação Empreendedora?

2. Quais são essas atividades?

( ) Disciplina de Empreendedorismo

( ) Atividades de extensão

( ) Conjunto de disciplinas que incorporam temas de empreendedorismo

( ) Empresas juniores

( ) Prestação de serviços à comunidade mediante consultorias que envolvam estudantes

3. Em que período a discussão sobre o empreendedorismo é iniciada na universidade?

4. Quais são as formas e métodos de ensino de utilizadas pelos docentes para desenvolver as Atividades de

Formação Empreendedoras?

( ) Aulas expositivas

( ) Aulas práticas

( ) Palestras de especialistas

( ) Jogos de empresas e simulados

( ) Incubadoras de empresas

( ) Planos de negócios

5. Existem projetos de empreendedorismo sendo desenvolvidos pela universidade ou projetos voltados para

o desenvolvimento empreendedor dos alunos nos últimos anos? Quais?

6. Existe o conhecimento dos docentes sobre alunos empreendedores no curso?

7. Existe alguma formalização ou parcerias com sindicatos, associações ou grupos de empreendedores

locais da cidade ou região com a universidade que discutem ou incentivam práticas empreendedoras?

8. Na sua opinião em qual estágio de educação empreendedora encontra se o curso de administração que

você coordena:

( ) Atividades isoladas: Geralmente informais demandadas pelos alunos e/ou estimuladas pelos

professores

( ) Disciplina específica sobre empreendedorismo (pode ser obrigatória ou eletiva)

( ) Conjunto de disciplinas específicas que abordem aspectos de formação empreendedora

Obrigado pela sua participação!

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103

Apêndice B– Questionário da pesquisa com alunos das IES

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

Instituição de Ensino: __________________________________________

Estimado estudante,

Você está participando de uma pesquisa de campo na mensuração sobre a

avaliação do perfil empreendedor em estudantes do Curso de Graduação em

Administração. Todas as informações aqui prestadas são anônimas e confidenciais, tendo

apenas o objetivo de validação dos procedimentos científicos de nossa pesquisa.

Responda de forma calma, franca, sincera e objetiva, avaliando cada questão. Desde já,

agradecemos sua participação.

Bloco I (dimensões/critérios)

Considerando as diferentes dimensões do perfil empreendedor propostas por

Schmidt e Bohnenberger (2009), assinale um número de 1 a 5, nos parênteses à direita

dos ítens, utilizando a escala abaixo, para indicar quão importante você considera cada

dimensão/critério para definir uma personalidade empreededora.

1–Nada

Importante

2–Pouco

Importante

3–Medianamente

Importante

4–Muito

Importante

5–Totalmente

Importante

Dimensões/Critérios Graus de

Importância

Autorrealização

(C1)

É a estimativa cognitiva que uma pessoa tem das suas

capacidades de mobilizar motivação, recursos cognitivos

e cursos de ação necessários para exercitar controle sobre

eventos na sua vida. Tem a habilidade de capturar,

reconhecer e fazer uso efetivo de informações abstratas,

implícitas e em constante mudança.

( )

Líder (C2) Pessoa que, a partir de um objetivo próprio, influencia

outras pessoas a adotarem voluntariamente esse objetivo. ( )

Planejador (C3) Pessoa que se prepara para o futuro ( )

Inovador (C4) Pessoa que relaciona idéias, fatos, necessidades e

demandas de mercado de forma criativa. ( )

Assume riscos (C5)

Pessoa que, diante de um projeto pessoal, relaciona e

analisa as variáveis que podem influenciar o seu

resultado, decidindo, a partir disso, a continuidade do

projeto.

( )

Sociável (C6) Grau de utilização da rede social para suporte à atividade

profissional ( )

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104

Bloco II (variáveis/subcritérios)

A seguir, temos uma série de afirmações sobre suas percepções acerca do perfil

empreendedor. Pedimos que seja apontado o quanto você acha importante à presença

dessas características para definir cada dimensão do seu perfil empreendedor. Para isso

assinale um número de 1 a 5, nos parênteses à direita dos ítens, utilizando a escala abaixo. 1–Nada

Importante

2–Pouco

Importante

3–Medianamente

Importante

4–Muito

Importante

5–Totalmente

Importante

Dimensões/Crité

rios Variáveis/Subcritérios

Graus

de

Importâ

ncia

Autorrealização

(C1)

S1) Frequentemente detecto oportunidades de negócio no

mercado. ( )

S2) Creio que tenho uma boa habilidade em detectar

oportunidades de negócio no mercado. ( )

S3) Tenho controle sobre os fatores para minha plena realização

profissional. ( )

S4) Profissionalmente, me considero uma pessoa muito mais

persistente que as demais. ( )

S5) Sempre encontro soluções muito criativas para problemas

profissionais com os quais me deparo. ( )

Líder (C2)

S6) Tenho um bom plano da minha vida profissional. ( )

S7) Frequentemente sou escolhido como líder em projetos ou

atividades profissionais. ( )

S8) Frequentemente as pessoas pedem minha opinião sobre

assuntos de trabalho. ( )

S9) As pessoas respeitam minha opinião. ( )

S10) Me relaciono muito facilmente com outras pessoas. ( )

Planejador (C3)

S11) No meu trabalho, sempre planejo muito bem tudo o que

faço. ( )

S12) Sempre procuro estudar muito a respeito de cada situação

profissional que envolva algum tipo de risco. ( )

S13) Tenho os assuntos referentes ao trabalho sempre muito bem

planejados. ( )

Inovador (C4)

S14) Prefiro um trabalho repleto de novidades a uma atividade

rotineira. ( )

S15) Gosto de mudar minha forma de trabalho sempre que

possível. ( )

Assume riscos

(C5)

S16) Me incomoda muito ser pego de surpresa por fatos que eu

poderia ter previsto. ( )

S17) Eu assumiria uma dívida de longo prazo, acreditando nas

vantagens que uma oportunidade de negócio me traria. ( )

S18) No trabalho, normalmente influencio a opinião de outras

pessoas a respeito de um determinado assunto. ( )

S19) Admito correr riscos em troca de possíveis benefícios. ( )

Sociável (C6)

S20) Meus contatos sociais influenciam muito pouco a minha

vida profissional. ( )

S21) Os contatos sociais que tenho são muito importantes para

minha vida pessoal. ( )

S22) Conheço várias pessoas que me poderiam auxiliar

profissionalmente, caso eu precisasse. ( )

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105

Bloco III (perguntas gerais)

Questões sobre as condições sócio-acadêmicas. Por favor, a partir deste ponto,

responda as questões marcando um X na resposta correta. 1) Você participou de alguma atividade empreendedora educacional promovida por sua

Instituição?

□ Sim □ Não

2) Como você classificaria a atividade empreendedora educacional que você participou em sua

Instituição? Caso tenha marcado não na questão 1, passe para a questão 4.

□ Disciplina de Empreendedorismo.

□ Atividades de extensão.

□ Conjunto de disciplinas que incorporam temas de empreendedorismo.

□ Empresas juniores.

□ Prestação de serviços à comunidade mediante consultorias que envolvam estudantes .

3) Caso tenha participado de alguma atividade prática sobre empreendedorismo, marcar uma

das opções que tenha participado.

□ Elaboração de planos de negócios □ Criação de empresa

□ Criação de produto □ Jogos de empresas e simulados

□ Incubadoras de empresas □ Palestras de especialistas

□ Aulas expositivas □ Aulas práticas

□ Outros :cite:__________

4) Qual o período que você se encontra atualmente?

□ entre1º e 2º período □ entre 7º e 8º período

5) Na sua opinião, qual disciplina das já cursadas tem maior relacionamento com o

empreendedorismo?

6) Você participa de algum projeto ou atividade de empreendedorismo dentro da universidade?

Se sim, qual?

□ Sim . Qual? □ Não

7) Qual seu gênero?

□ Masculino □ Feminino

8) Qual sua idade?

□ Até 20 anos □ Acima de 20 até 25 anos

□ Acima de 25 até 30 anos □ Acima de 30 até 35 anos

□ Acima de 35 anos

9) Você tem um negócio próprio

□ Sim □ Não

10) Na sua Família existe alguém que possua um empreendimento familiar

□ Sim □ Não

11) Pretendo iniciar um negócio próprio após minha graduação em administração de empresas.

□ Sim □ Não

Obrigado pela sua participação!

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106

Apêndice C - Coleta de dados GRUPO I e II - IES A

Quadro - C01 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor GRUPO I

– IES A

IES A -GRUPO I

ID. DE ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

1 5 4 5 5 5 5

2 4 4 3 5 3 4

3 5 4 5 4 4 4

4 5 4 5 2 4 3

5 4 3 5 4 4 4

6 5 1 5 5 5 5

7 4 4 5 4 5 4

8 3 4 5 5 4 5

9 5 5 5 5 5 3

10 5 4 5 4 3 3

11 3 4 5 4 5 2

12 4 4 5 5 5 4

13 4 4 5 3 3 3

14 5 4 5 5 5 4

15 3 4 5 5 3 4

16 5 4 4 4 3 5

17 5 5 5 5 5 5

18 5 4 5 4 4 3

19 4 5 4 4 3 5

20 3 3 3 3 3 3

21 4 5 5 5 5 5

22 5 5 5 5 5 4

23 3 4 4 4 4 4

24 3 5 4 4 3 3

25 4 5 4 5 3 5

26 4 4 5 5 4 3

27 5 4 5 5 5 3

28 3 3 5 4 3 2

29 3 4 3 3 4 4

30 4 5 5 5 5 4

31 5 5 5 5 1 4

32 5 5 5 5 3 3

33 5 4 4 5 5 5

34 5 4 5 4 3 2

35 2 3 4 4 4 3

36 5 4 3 4 4 4

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107

IES A -GRUPO I

ID. DE ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

37 4 4 4 4 3 4

38 4 4 5 4 3 5

39 5 5 5 5 5 3

40 4 3 5 5 5 3

41 4 5 5 5 5 4

42 5 4 5 5 5 5

43 5 4 5 5 5 4

44 4 4 4 4 3 3

45 4 4 5 5 3 5

46 4 5 4 4 3 4

47 4 3 4 5 4 4

48 5 5 5 5 4 5

49 4 5 5 4 3 3

50 4 4 5 5 4 3

51 4 4 4 3 4 4

52 3 3 3 3 3 3

53 5 5 5 5 4 4

54 4 4 3 5 2 4

55 4 5 4 4 3 4

56 4 5 5 3 4 3

57 5 3 5 5 5 4

Média geométrica 4,129644 4,002839 4,511271 4,284665 3,741101 3,710536

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108

Quadro - C02 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO I

– IES A

IES A-GRUPO I

ID. DO

ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

S

10

S

11

S

12

S

13

S

14

S

15

S

16

S

17

S

18

S

19

S

20

S

21

S

22

1 5 4 4 4 4 1 4 1 4 5 5 5 4 3 3 5 5 4 4 3 3 3

2 3 2 4 4 4 5 1 2 2 3 5 4 5 2 3 5 5 3 3 5 5 4

3 4 3 3 3 3 5 2 2 3 3 5 5 4 2 2 1 1 3 4 2 2 4

4 5 4 3 5 4 5 3 4 4 3 3 4 3 3 3 4 5 3 2 1 5 5

5 3 3 4 4 5 3 2 3 2 5 1 2 2 3 4 1 5 4 4 5 5 5

6 4 4 3 4 4 4 3 5 5 5 4 4 3 3 3 5 3 4 4 4 4 3

7 4 4 4 3 4 5 3 3 4 4 4 5 4 5 4 2 2 2 2 4 4 4

8 5 3 5 5 5 5 2 3 4 5 4 4 4 3 3 1 3 2 2 2 3 5

9 3 3 5 3 5 3 2 5 5 5 4 5 3 5 5 3 5 4 4 5 5 3

10 4 2 5 5 5 3 3 4 4 2 4 3 3 4 5 5 3 3 4 3 3 5

11 4 2 3 3 4 5 5 5 5 5 5 5 5 3 4 3 3 5 5 1 2 1

12 4 4 3 3 4 4 3 5 4 5 5 5 5 3 5 4 3 3 3 2 5 4

13 5 5 3 4 5 4 3 2 3 4 3 2 5 5 5 3 4 3 3 4 5 3

14 3 4 5 3 3 3 4 4 4 5 4 4 4 5 5 3 3 4 4 5 5 5

15 3 2 3 2 3 4 4 4 5 5 5 3 4 2 3 5 5 5 5 1 4 3

16 5 4 3 2 3 4 5 1 1 5 3 4 4 3 5 5 3 4 4 4 2 3

17 5 4 4 5 5 4 4 3 4 5 5 5 5 2 2 5 5 4 4 3 4 2

18 4 4 5 3 4 4 4 5 5 5 5 5 2 4 5 4 5 4 5 3 3 3

19 5 5 4 4 4 5 3 2 4 4 5 4 4 2 5 5 4 3 4 3 4 3

20 3 4 4 5 4 5 5 5 5 4 5 5 5 4 3 5 3 5 3 4 4 5

21 4 4 4 4 4 3 2 2 3 3 3 3 3 5 4 5 3 3 4 5 4 3

22 4 4 5 5 5 3 3 3 3 4 3 3 1 5 4 5 2 1 3 3 4 3

23 4 4 3 3 4 3 4 4 5 5 5 5 5 5 4 3 3 4 4 3 3 3

24 4 4 4 4 4 4 3 5 5 5 4 3 3 5 3 3 5 2 1 4 5 5

25 5 5 5 5 5 5 4 3 4 5 5 5 4 2 5 5 3 1 4 4 4 4

26 4 5 5 5 5 5 3 4 4 5 5 5 4 5 3 4 4 4 3 1 2 2

27 4 4 4 4 4 4 3 4 4 5 5 5 5 4 3 5 4 5 5 1 5 1

28 3 3 3 4 4 3 4 5 4 5 5 5 5 4 3 3 3 5 3 3 3 3

29 5 5 4 4 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 4 3 2 2 5 5 5

30 5 5 5 4 5 5 4 3 3 5 5 3 4 4 4 3 3 3 3 4 4 4

31 5 4 3 3 5 5 4 3 4 4 5 5 5 5 4 1 2 1 3 4 5 5

32 4 4 5 4 5 3 4 4 4 5 3 2 2 3 3 5 3 1 1 4 4 4

33 4 4 4 3 5 5 3 4 4 5 5 5 5 5 3 3 5 5 3 5 3 5

34 1 3 4 2 2 5 4 4 4 4 4 3 3 4 3 4 4 4 3 3 3 3

35 5 4 5 3 5 5 3 5 5 5 5 5 3 3 3 4 3 3 3 3 3 2

36 5 4 3 3 3 3 3 3 4 5 3 4 4 3 3 3 2 2 3 4 5 3

37 4 4 4 4 5 3 4 3 3 3 3 3 3 5 4 3 2 4 4 3 4 4

38 5 3 5 5 4 5 3 4 5 5 5 4 5 5 4 4 5 3 4 5 1 5

39 3 3 4 3 4 4 3 4 5 5 4 4 3 2 3 5 3 4 2 5 2 1

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109

IES A-GRUPO I

ID. DO

ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

S

10

S

11

S

12

S

13

S

14

S

15

S

16

S

17

S

18

S

19

S

20

S

21

S

22

40 3 3 4 4 3 5 5 3 5 2 5 4 4 3 4 2 4 3 4 4 4 5

41 4 3 4 5 4 5 5 5 5 5 5 5 4 3 3 4 2 4 3 3 4 4

42 3 3 4 4 3 4 3 4 4 3 3 5 3 5 5 3 1 2 4 4 4 4

43 3 4 3 3 5 3 3 5 4 5 5 4 5 5 5 3 5 4 3 4 4 4

44 2 2 3 3 3 5 4 4 4 4 5 4 3 5 5 5 1 4 2 5 5 5

45 4 3 5 4 4 3 5 5 5 3 5 4 4 5 4 4 3 4 3 3 2 5

46 4 3 4 2 3 5 5 5 5 4 5 5 4 4 5 5 3 4 4 2 3 5

47 5 3 5 5 5 5 3 4 5 5 5 5 5 4 4 1 2 1 3 3 3 3

48 5 3 4 4 5 5 2 3 3 5 4 3 3 5 5 4 1 3 4 1 5 5

49 5 3 3 3 5 4 3 5 5 5 4 3 3 3 3 5 1 3 1 4 3 3

50 4 3 3 4 5 4 1 1 5 5 4 5 5 5 3 5 4 5 3 4 4 5

51 5 4 3 3 3 5 3 3 4 4 5 5 5 5 4 4 4 4 4 2 5 5

52 5 3 4 3 5 4 3 4 4 3 4 5 4 5 5 4 4 5 5 2 2 2

53 4 4 5 4 3 1 2 4 4 1 5 3 4 2 5 4 5 5 5 1 5 4

54 3 3 4 3 3 4 4 3 3 4 4 5 4 4 4 4 1 2 2 2 5 4

55 4 3 4 4 4 5 5 5 4 3 4 4 4 3 3 3 5 5 3 2 2 3

56 5 3 4 4 5 5 4 5 5 5 5 5 3 3 4 4 3 5 5 4 4 3

57 4 3 4 3 5 5 3 4 4 5 5 3 2 5 5 3 3 4 4 2 3 4

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110

Quadro - C03 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor -GRUPO

II – IES A

IES A -GRUPO II

ID.DE

ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

1 5 4 4 4 3 4

2 5 4 5 5 4 3

3 2 3 5 5 3 2

4 4 3 5 5 3 4

5 4 4 5 4 4 4

6 5 4 4 4 3 4

7 5 4 5 4 4 4

8 5 4 4 3 4 4

9 3 3 5 3 4 3

10 2 4 4 5 3 1

11 4 3 5 5 2 3

12 4 2 2 3 3 2

13 4 5 5 5 2 3

14 5 4 5 4 5 3

15 5 3 3 4 3 3

16 4 5 5 5 5 4

17 4 5 5 4 3 3

18 5 5 4 5 4 5

19 4 5 5 4 4 3

20 4 5 3 1 2 5

21 5 4 4 4 4 3

22 5 5 5 5 5 5

23 5 4 4 3 4 4

24 4 5 5 5 4 4

25 4 3 3 5 4 3

26 4 4 5 4 4 3

27 5 3 5 5 3 3

28 5 4 5 2 5 3

29 5 4 4 3 5 2

30 3 5 4 5 4 4

31 4 5 5 1 5 4

32 5 5 5 5 5 2

33 4 5 5 5 4 4

34 4 4 5 4 3 3

35 4 4 4 4 4 3

36 5 3 4 4 1 2

37 4 5 5 4 4 3

38 3 3 3 3 3 4

39 3 2 4 4 4 4

Page 111: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

111

IES A -GRUPO II

ID.DE

ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

40 4 5 5 5 5 5

41 4 4 5 5 4 4

42 5 4 4 3 3 3

43 3 4 5 4 3 3

44 4 4 3 5 2 4

Média Geométrica 4,089044 3,923342 4,325968 3,869193 3,481102 3,249882

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112

Quadro - C04 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO

II – IES A

IES A-GRUPO II

ID. DO

ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

S

10

S

11

S

12

S

13

S

14

S

15

S

16

S

17

S

18

S

19

S

20

S

21

S

22

1 4 5 4 3 3 4 4 4 5 5 5 5 4 2 2 3 2 4 4 1 5 5

2 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 4 4 4 3 3 3 3 4 4 4 4 4

3 2 2 2 3 2 4 3 1 1 5 3 1 3 5 3 5 5 4 4 5 4 4

4 4 2 5 3 4 5 1 2 4 5 4 3 3 2 5 5 5 4 4 1 5 2

5 5 5 3 4 5 5 4 3 5 5 5 4 5 3 3 4 4 4 3 3 3 5

6 4 4 3 5 4 2 5 4 4 3 3 3 3 4 2 3 4 4 4 2 4 5

7 5 4 4 3 3 4 3 4 4 5 4 4 4 4 3 5 3 4 5 3 4 3

8 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 2 3 2 3 3 4

9 5 4 3 4 5 4 3 3 4 4 5 4 5 5 4 4 4 5 5 1 5 3

10 4 2 3 5 4 4 3 3 3 5 4 4 3 5 3 5 5 4 5 3 3 4

11 1 2 3 4 5 5 2 3 1 4 3 5 4 5 4 2 2 3 3 5 2 5

12 2 2 3 2 2 4 3 3 4 5 5 4 3 5 3 3 4 2 3 3 4 4

13 3 3 4 4 4 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 5 4 4 3 3 3

14 5 5 3 2 4 1 3 2 3 4 5 4 4 2 1 4 3 3 3 1 4 4

15 5 4 5 4 4 4 3 4 4 5 4 4 3 5 4 2 2 3 3 3 5 3

16 4 4 4 5 4 3 2 3 4 5 4 3 3 4 3 2 4 5 5 4 5 5

17 5 4 5 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 5 5 4 3 3 2 3 4 2

18 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 3 2 2 3 3 3 3 3

19 4 3 1 5 3 5 3 4 4 4 3 4 2 3 3 2 2 3 3 3 3 4

20 3 3 4 4 3 5 5 5 5 5 5 3 3 5 3 4 3 3 3 3 5 3

21 4 4 3 4 4 3 3 3 3 3 4 4 4 4 3 5 3 4 4 1 1 3

22 4 4 4 4 4 5 3 3 4 5 5 4 4 3 4 3 2 4 4 3 3 4

23 3 3 2 3 4 3 3 3 4 4 3 3 3 3 4 3 3 4 5 4 4 4

24 5 4 5 3 4 3 5 4 4 4 5 5 3 5 5 3 3 2 2 3 5 5

25 2 2 3 3 2 3 4 5 2 3 4 3 2 2 3 5 4 5 4 3 3 3

26 4 2 1 3 5 3 2 2 3 5 2 4 3 2 3 3 4 3 3 4 3 4

27 4 5 4 4 5 3 4 3 4 5 4 5 5 3 3 3 3 3 3 2 2 3

28 4 3 5 2 1 3 3 4 5 4 4 5 4 3 4 4 3 3 4 2 3 3

29 4 4 4 5 3 5 3 5 5 5 4 3 3 5 5 5 4 3 4 3 4 3

30 5 4 3 3 5 5 2 4 3 3 4 5 4 3 2 5 5 4 5 3 2 4

31 5 2 1 1 4 4 4 4 4 4 4 3 4 3 3 2 5 1 5 3 3 4

32 4 4 4 4 5 4 4 4 4 4 4 5 4 4 3 3 3 4 4 1 5 3

33 5 4 2 2 2 3 4 3 4 4 4 2 2 4 5 3 5 3 4 2 4 5

34 5 5 2 4 5 4 3 3 4 3 4 5 4 4 4 1 1 3 2 4 1 2

35 4 3 4 3 3 5 3 3 5 4 4 4 4 3 1 3 4 3 4 1 1 1

36 4 4 4 5 5 5 5 5 4 4 3 4 4 5 5 5 3 3 3 4 4 5

37 4 4 3 3 5 4 5 4 3 5 5 4 3 4 3 2 1 4 4 1 2 3

38 3 3 4 3 3 4 2 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 3 4 4 4

39 3 3 2 5 4 4 4 5 4 5 5 3 4 4 3 2 5 4 5 3 5 4

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113

IES A-GRUPO II

ID. DO

ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

S

10

S

11

S

12

S

13

S

14

S

15

S

16

S

17

S

18

S

19

S

20

S

21

S

22

40 3 3 3 3 3 4 2 2 2 3 3 5 4 4 4 5 5 5 5 3 2 2

41 5 4 4 5 4 4 4 4 4 5 4 4 3 5 4 1 1 2 3 4 4 4

42 4 3 4 2 4 5 3 4 4 4 4 3 4 5 1 4 3 1 5 2 3 5

43 3 3 5 5 5 4 3 1 4 5 5 5 5 3 4 3 3 4 4 3 3 3

44 3 3 4 4 3 3 3 3 3 4 5 4 5 2 4 2 1 4 4 4 4 4

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114

Apêndice D - Coleta de dados GRUPO I e II - IES B

Quadro - D01 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor - GRUPO

I – IES B

IES B - GRUPO I

ID. DE

ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

1 5 3 3 5 4 5

2 5 4 5 5 5 5

3 5 5 5 5 5 5

4 4 3 5 5 5 5

5 2 3 4 3 5 2

6 4 5 5 4 4 3

7 4 4 5 4 4 4

8 1 3 5 4 1 1

9 4 4 5 4 5 5

10 4 5 4 5 3 3

11 5 4 5 5 4 4

12 5 5 5 5 5 4

13 5 3 4 5 4 5

14 5 5 4 4 4 3

15 4 4 5 5 5 4

16 5 5 5 4 3 3

17 4 3 5 3 4 4

18 5 4 5 4 3 3

19 4 5 5 4 4 5

20 5 5 5 3 4 4

21 5 5 4 5 5 2

22 5 5 4 5 5 3

23 5 3 5 4 3 4

24 4 4 5 4 3 5

25 3 2 5 4 5 4

26 5 2 5 4 3 2

27 4 5 3 4 5 3

28 4 4 5 4 4 4

29 4 5 5 4 4 3

30 5 4 4 4 4 3

31 5 4 5 5 3 3

32 5 5 5 5 5 5

33 4 4 4 4 4 4

34 3 4 4 5 5 3

35 5 5 4 5 4 3

Média Geométrica 4,15869 3,96857 4,5562 4,29421 3,94335 3,47647

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115

Quadro - D02 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO I

– IES B

IES B-GRUPO I

ID. DO

ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

S

10

S

11

S

12

S

13

S

14

S

15

S

16

S

17

S

18

S

19

S

20

S

21

S

22

1 3 3 4 3 4 4 4 4 4 4 4 5 3 5 4 4 3 4 4 3 4 5

2 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 4 5 2 1 3 4 5 4 4 4

3 3 3 4 4 4 5 4 4 5 5 4 4 4 3 4 5 5 5 5 2 5 5

4 5 5 5 4 5 1 1 1 1 1 5 4 5 4 5 1 1 1 1 4 4 4

5 4 5 4 3 5 5 4 2 3 4 5 5 5 3 2 4 5 5 3 4 4 4

6 4 4 4 4 4 4 3 4 4 5 4 5 5 4 4 2 3 3 3 4 3 5

7 3 4 4 2 4 3 4 4 4 3 5 5 4 4 4 5 4 4 3 3 3 4

8 4 4 4 4 5 5 5 4 5 4 5 4 4 4 4 4 4 5 3 2 3 3

9 4 4 2 3 4 5 4 3 4 3 3 4 4 3 3 5 5 4 5 1 5 5

10 3 3 4 4 3 5 4 4 4 5 4 5 4 4 1 3 4 3 4 2 2 2

11 3 3 4 4 3 5 3 4 4 5 5 3 3 3 3 5 2 4 4 3 4 5

12 2 3 5 4 5 5 5 4 3 5 3 5 4 3 3 5 3 5 4 2 3 4

13 1 4 5 5 4 4 3 4 4 5 5 5 4 3 3 5 3 4 4 1 3 3

14 4 4 4 5 5 5 4 4 5 5 5 5 4 5 4 3 4 2 3 1 3 4

15 4 4 4 4 3 5 5 5 5 5 4 4 4 5 5 4 4 4 4 5 4 5

16 5 4 4 4 5 4 5 4 5 5 5 5 5 3 3 5 3 3 1 1 5 5

17 5 5 4 3 3 4 3 4 4 4 5 3 2 4 2 5 4 2 2 5 3 3

18 5 5 4 5 5 5 5 5 3 5 3 5 5 5 5 5 5 4 1 2 2 2

19 3 4 3 4 5 4 2 3 4 5 5 3 4 3 4 5 5 1 3 2 5 5

20 3 4 4 5 5 3 4 5 5 4 5 5 5 4 4 4 3 3 4 5 5 5

21 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 4 4 4 4 5 5 3 4 3 3 2 3

22 2 3 4 4 5 4 3 4 4 3 4 3 4 5 3 4 5 3 3 4 5 5

23 4 5 4 3 5 4 4 4 5 4 4 3 4 5 5 4 4 4 4 1 5 5

24 4 5 5 4 4 3 3 5 5 4 5 4 4 4 3 3 2 2 3 4 4 5

25 5 4 4 4 4 5 4 4 4 3 5 3 3 5 5 3 2 2 3 3 3 3

26 3 4 3 3 4 5 2 5 5 3 5 4 4 5 4 5 5 4 5 4 4 5

27 4 4 4 5 5 4 5 5 4 4 3 3 3 4 4 3 3 4 3 1 3 4

28 5 4 5 4 5 5 4 5 4 5 4 5 5 5 5 5 4 4 4 3 4 4

29 3 3 4 3 4 4 3 3 4 4 4 4 4 5 4 4 3 3 3 2 5 5

30 4 4 4 3 4 4 4 4 3 5 4 5 4 3 3 5 2 3 2 3 2 2

31 2 3 4 4 5 4 2 3 4 5 5 4 3 2 3 2 3 3 2 1 1 1

32 1 1 1 1 1 3 5 5 4 5 1 1 1 1 1 5 4 5 5 4 4 4

33 5 5 4 5 4 3 3 3 3 4 5 4 5 4 5 4 3 4 4 5 1 5

34 5 4 5 5 5 5 3 3 4 5 5 5 5 4 4 1 3 5 2 2 4 5

35 3 4 4 5 5 4 3 4 4 3 5 5 5 4 4 5 2 3 3 4 2 1

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116

Quadro - D03 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor - GRUPO

II – IES B

IES B -GRUPO II

ID. DE

ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

1 5 3 4 4 3 5

2 4 5 4 5 4 5

3 5 5 5 5 5 3

4 5 5 5 5 3 4

5 5 5 5 5 4 3

6 3 5 5 3 5 2

7 3 5 5 3 5 2

8 2 3 3 2 3 2

9 4 4 4 3 4 5

10 4 4 5 5 5 5

11 4 4 5 5 3 5

12 4 4 4 5 5 5

13 5 5 5 5 5 5

14 5 5 4 4 5 5

15 5 4 4 5 3 3

16 4 5 4 3 4 3

17 4 2 4 4 5 4

18 4 5 5 4 4 4

19 5 5 3 5 4 4

20 5 4 5 5 3 3

21 5 5 4 5 5 3

22 4 4 5 5 4 3

23 4 3 5 4 3 1

24 4 5 5 4 4 5

25 4 4 5 4 4 4

26 4 5 5 5 4 4

27 4 4 5 5 4 4

28 4 5 5 4 4 3

29 4 4 5 4 5 4

30 5 5 4 3 3 3

31 4 5 4 3 4 3

32 4 4 5 4 4 3

33 5 5 4 5 4 3

34 4 5 4 4 3 3

35 3 4 5 4 5 3

36 4 4 5 4 3 4

37 4 5 5 4 4 5

38 5 3 5 5 4 4

39 4 4 5 4 4 3

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117

IES B -GRUPO II

ID. DE

ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

40 4 5 5 5 5 4

41 4 5 4 5 3 3

42 5 5 4 4 4 3

43 5 4 5 3 4 4

44 4 5 5 4 4 4

45 5 4 4 3 5 3

46 4 4 3 5 3 1

47 4 5 5 4 4 4

48 5 5 3 5 4 3

49 4 5 5 4 4 3

50 5 3 5 4 5 3

51 3 4 5 4 3 2

52 5 4 5 4 4 3

53 5 5 5 5 5 5

54 4 5 5 5 5 3

55 4 5 5 4 4 3

56 3 4 5 4 4 3

57 4 3 3 4 3 3

58 5 4 5 5 4 4

59 4 2 5 5 4 4

60 4 4 4 4 5 5

61 4 5 4 5 5 3

62 5 4 3 4 3 5

63 3 4 5 5 3 2

64 5 5 4 4 5 4

65 4 5 4 5 4 3

66 5 1 5 5 4 4

67 3 4 5 5 3 3

68 5 5 4 4 4 3

Média Geométrica 4,17253 4,25584 4,46135 4,22365 3,961 3,35447

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118

Quadro - D04 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO

II – IES B

IES B-GRUPO II

ID. DO

ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

S

10

S

11

S

12

S

13

S

14

S

15

S

16

S

17

S

18

S

19

S

20

S

21

S

22

1 3 2 4 3 4 3 5 5 5 5 4 4 4 3 4 4 4 4 3 5 5 5

2 4 5 4 4 4 5 4 3 4 4 4 4 4 5 3 4 4 4 3 3 5 5

3 3 4 4 3 3 5 3 5 3 5 5 5 5 2 2 5 5 4 5 5 5 3

4 4 5 3 3 4 4 5 4 5 4 4 3 4 5 2 4 3 3 4 3 3 4

5 5 4 4 4 3 5 4 5 4 5 5 5 5 5 4 5 4 3 3 5 2 4

6 3 3 4 3 3 3 4 4 4 3 3 3 3 5 4 5 4 4 3 3 5 5

7 3 3 4 3 3 4 5 4 3 4 5 5 5 5 5 5 3 3 5 4 4 5

8 3 4 4 4 5 3 4 4 4 5 4 4 4 3 5 4 5 4 3 5 5 3

9 3 4 4 3 5 3 4 4 5 5 3 4 3 4 5 5 4 5 3 4 4 4

10 3 4 4 3 4 4 5 5 4 4 5 4 5 4 4 4 1 2 1 1 4 4

11 3 4 4 3 3 4 3 3 3 4 4 3 2 3 3 5 5 5 4 4 4 3

12 2 3 4 4 5 5 4 5 5 4 5 5 5 4 3 3 1 3 2 5 4 5

13 5 5 5 5 5 5 4 3 4 3 5 4 3 4 3 3 3 4 3 4 2 1

14 4 4 4 4 4 5 4 3 3 5 4 4 3 4 4 5 3 4 2 4 4 4

15 4 3 4 4 5 4 3 4 4 5 3 3 2 4 2 3 3 3 3 4 4 4

16 3 4 4 4 4 5 4 5 5 5 3 3 3 3 2 4 3 4 2 2 2 3

17 5 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 4 4 4 5 3 5 3 5 2 4 3

18 3 4 5 3 4 5 5 5 5 5 3 5 4 2 3 4 4 4 4 3 4 3

19 5 3 4 5 5 5 5 4 5 5 3 3 4 3 3 4 5 3 5 3 3 3

20 2 2 3 4 4 3 5 5 5 5 5 3 4 5 4 4 5 4 5 3 4 4

21 5 4 5 4 5 5 5 5 5 5 5 4 5 4 5 2 3 4 5 4 4 4

22 4 5 4 3 5 5 5 5 5 5 5 4 5 4 4 5 2 5 5 3 3 4

23 4 3 4 4 5 3 4 4 5 4 5 5 4 5 5 4 5 4 4 2 4 4

24 3 3 2 4 5 5 5 4 4 5 3 4 4 5 4 4 2 2 3 1 3 5

25 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 4 3 3 4 4 4 5 3 3 4 3 4

26 3 3 3 4 4 5 3 5 3 4 4 3 3 5 5 3 4 4 4 4 4 5

27 5 4 4 4 4 3 2 4 5 2 4 2 4 2 3 4 4 3 2 5 5 5

28 5 5 4 4 4 5 3 4 3 5 3 5 3 4 3 1 1 4 3 4 4 5

29 3 5 5 5 5 5 3 3 4 5 4 4 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5

30 5 4 2 1 3 3 4 2 4 3 3 3 3 4 3 5 4 3 4 4 5 3

31 5 3 4 3 4 5 2 5 5 3 4 4 3 5 5 3 3 4 2 2 4 5

32 3 3 3 4 4 5 4 5 5 3 3 4 4 5 5 4 4 3 3 4 5 3

33 5 4 4 5 5 5 3 4 5 5 5 1 2 4 2 3 3 4 3 3 4 3

34 5 4 5 2 2 4 5 5 4 5 4 4 4 4 4 5 3 3 4 4 3 3

35 4 4 3 5 5 3 5 5 3 5 5 5 5 5 5 3 3 3 3 3 3 4

36 5 4 5 5 4 5 4 4 4 5 5 5 3 5 3 5 4 3 3 2 3 5

37 4 4 3 5 5 5 5 5 3 3 4 4 3 4 4 4 3 3 4 3 3 3

38 2 2 4 4 4 4 2 2 4 4 3 5 4 5 3 4 4 4 3 3 4 5

39 4 4 3 3 4 3 5 1 2 4 4 4 4 3 2 2 3 5 3 5 2 2

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119

IES B-GRUPO II

ID. DO

ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

S

10

S

11

S

12

S

13

S

14

S

15

S

16

S

17

S

18

S

19

S

20

S

21

S

22

40 4 5 4 5 5 5 5 4 2 5 5 5 5 5 5 4 3 3 4 5 5 5

41 5 5 4 3 4 4 4 4 4 5 5 5 4 5 3 2 4 4 3 4 3 4

42 4 4 3 3 3 5 4 4 5 5 5 4 3 3 3 4 3 5 3 2 2 2

43 4 3 5 3 4 3 3 4 4 2 4 3 3 4 4 5 4 5 5 3 3 4

44 5 4 3 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 3 4 3 2 5 3

45 5 5 3 4 5 3 4 4 4 5 5 4 3 4 4 4 2 3 5 3 5 3

46 4 4 3 5 5 3 4 3 3 3 3 4 3 4 3 5 2 4 3 3 4 4

47 5 4 5 5 3 5 4 4 5 5 5 5 4 4 5 5 4 4 3 3 5 5

48 4 5 4 5 4 4 5 5 4 5 4 4 3 5 4 2 4 4 4 3 4 5

49 5 5 4 5 4 5 2 2 2 5 4 4 3 4 5 4 2 4 3 4 3 5

50 4 3 2 4 3 4 5 3 4 4 5 5 5 5 5 3 4 3 3 4 5 5

51 4 4 3 4 4 3 3 4 4 5 3 5 5 5 5 5 5 1 1 4 4 4

52 5 3 4 5 4 3 3 4 5 5 5 4 4 4 3 2 4 4 4 2 2 4

53 5 5 4 4 4 4 4 5 5 5 4 3 4 5 2 2 1 2 2 5 1 4

54 5 5 5 4 4 4 3 4 4 5 5 3 4 4 4 3 2 2 4 2 4 4

55 2 2 5 4 4 4 4 4 4 5 4 4 4 3 3 4 4 4 4 1 5 5

56 5 5 5 5 4 5 4 4 5 4 4 4 4 4 4 2 4 4 3 4 3 3

57 3 3 4 3 4 2 4 4 4 4 3 3 3 5 4 2 4 3 4 3 4 2

58 3 3 4 4 4 4 4 5 4 5 4 3 5 5 5 5 3 5 3 5 5 3

59 2 2 2 3 3 5 3 4 3 5 5 5 4 4 2 5 4 4 1 1 3 3

60 4 4 4 3 4 5 5 4 5 5 5 5 4 5 5 4 4 4 4 3 5 5

61 4 4 4 4 3 5 4 4 5 5 5 5 4 5 3 2 5 4 1 2 2 1

62 2 2 2 3 3 4 5 4 5 5 4 5 3 4 3 4 4 4 4 3 3 3

63 4 5 4 5 3 2 3 2 3 2 2 2 2 3 4 3 3 3 3 3 4 4

64 3 4 3 2 3 3 3 4 4 5 5 5 5 4 4 5 2 2 4 3 5 4

65 4 4 4 4 5 5 3 3 3 4 4 4 4 5 5 3 3 5 3 5 4 5

66 5 4 4 4 3 3 3 4 4 5 4 3 3 5 3 2 1 4 4 1 5 5

67 5 4 3 5 3 5 4 4 4 5 5 5 4 4 5 3 5 3 4 2 5 4

68 4 4 4 4 4 5 3 4 4 3 3 3 3 3 3 4 4 5 5 3 4 3

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120

Apêndice E - Coleta de dados GRUPO I e II - IES C

Quadro - E01- Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor - GRUPO I

– IES C

IES C -GRUPO I

ID. DE ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

1 5 4 4 5 4 3

2 4 3 4 5 4 3

3 5 4 5 4 3 4

4 5 4 4 5 4 5

5 2 2 5 2 5 5

6 5 5 4 4 5 3

7 5 5 5 5 5 5

8 5 4 5 5 5 3

9 5 5 5 4 5 4

10 5 4 5 4 4 4

11 5 4 5 4 5 3

12 4 3 5 4 5 3

13 3 4 4 3 3 4

14 5 4 4 3 3 3

15 4 5 4 3 3 4

16 5 3 5 5 5 5

17 4 3 5 5 5 2

18 4 4 5 5 3 3

19 5 5 5 5 4 3

20 5 5 5 5 5 4

21 5 4 4 5 4 3

22 5 4 4 3 3 4

23 3 4 5 3 4 3

24 5 5 4 5 5 3

25 5 4 4 5 5 2

26 5 5 5 5 5 4

27 4 5 5 5 4 4

28 4 5 3 4 4 5

29 5 5 4 5 5 4

30 3 5 5 4 5 3

31 4 4 4 4 4 4

32 5 4 5 5 4 2

33 5 4 3 4 3 4

34 5 4 4 1 3 4

35 5 5 5 5 5 5

36 4 4 5 3 4 3

37 4 4 5 5 4 4

38 4 5 4 5 5 3

Média Geométrica 4,394714 4,137046 4,456971 4,069795 4,160175 3,501693

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121

Quadro - E02 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO I

– IES C

IES C-GRUPO I

ID.

DO

ALUN

O

S

1

S

2

S

3

S

4

S

5

S

6

S

7

S

8

S

9

S

1

0

S

1

1

S

1

2

S

1

3

S

1

4

S

1

5

S

1

6

S

1

7

S

1

8

S

1

9

S

2

0

S

2

1

S

2

2

1 3 3 2 4 4 4 3 3 4 4 5 5 5 5 5 5 3 4 3 5 2 3

2 1 3 4 1 4 5 5 5 5 5 2 4 3 2 2 5 4 2 3 2 4 4

3 5 5 4 4 3 4 3 3 3 5 5 5 5 2 2 5 3 2 1 2 4 3

4 5 2 3 4 1 5 2 2 2 2 4 5 4 2 2 3 3 4 3 2 2 2

5 3 3 3 4 3 4 3 2 2 3 5 5 5 5 4 3 4 4 5 4 5 5

6 5 3 4 3 3 4 3 3 3 4 4 5 4 2 3 5 3 5 2 2 3 4

7 4 4 4 4 3 4 3 3 3 2 3 4 2 3 3 3 4 3 3 3 3 3

8 5 4 5 4 3 4 2 5 4 4 4 4 3 4 3 3 3 3 4 1 4 3

9 4 4 4 3 4 4 4 5 4 5 5 4 5 4 3 3 3 4 4 4 4 4

10 4 5 3 4 4 5 5 5 5 5 4 5 4 4 4 5 5 5 5 4 4 4

11 4 4 3 3 3 4 3 3 5 4 5 5 4 4 4 3 5 5 5 3 5 5

12 4 4 4 4 4 5 3 4 5 3 4 5 3 3 3 5 5 4 5 3 4 4

13 4 4 4 4 4 5 3 4 5 3 4 5 4 4 3 3 4 3 4 5 2 3

14 2 2 2 2 2 5 2 1 1 4 3 3 2 4 4 3 4 4 3 1 2 2

15 3 3 4 5 4 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 4 4 3 4 2 2 5

16 4 4 4 5 5 3 3 3 3 3 5 5 5 3 2 5 3 4 4 3 3 1

17 3 3 3 4 3 5 5 4 5 4 4 3 3 5 5 1 2 4 3 2 5 5

18 4 3 4 3 4 5 5 4 5 4 5 5 5 3 3 4 4 3 4 3 3 2

19 4 4 3 5 5 1 2 2 2 5 4 3 4 5 5 4 4 3 3 5 2 2

20 3 3 3 3 4 3 2 3 3 4 4 5 5 4 2 3 3 5 4 3 3 4

21 3 4 2 3 3 4 3 3 5 3 5 4 4 5 4 5 5 5 4 4 5 5

22 4 4 5 5 3 3 4 4 4 3 4 4 5 5 5 3 3 4 5 2 4 5

23 4 3 5 4 3 4 4 5 3 4 3 4 4 5 5 4 4 4 4 4 4 4

24 5 5 3 5 3 4 4 4 5 5 5 4 5 5 2 5 3 5 5 2 5 5

25 3 2 4 4 3 3 2 2 3 4 3 3 2 3 4 3 2 2 2 3 5 2

26 5 5 3 3 4 3 3 4 4 4 4 3 3 3 4 5 4 4 4 3 4 3

27 4 3 4 4 4 5 5 4 5 5 5 4 3 5 5 5 3 3 3 5 4 5

28 4 4 3 4 5 3 1 3 4 4 5 5 5 3 5 5 4 4 3 3 3 2

29 5 5 3 3 3 3 5 4 5 5 5 4 5 4 2 5 4 4 4 3 5 4

30 3 3 2 5 3 1 4 2 3 5 5 5 4 5 4 5 5 4 5 3 4 4

31 3 4 2 3 4 3 2 3 3 3 5 5 4 3 4 4 4 1 2 2 4 3

32 5 4 3 4 5 4 2 3 2 2 3 3 3 1 2 3 3 3 3 4 3 3

33 2 3 3 3 4 5 4 4 4 5 3 3 3 5 3 2 3 3 3 3 3 4

34 3 3 4 5 5 5 3 4 4 5 4 5 4 5 5 3 5 5 3 3 5 4

35 5 4 4 4 5 5 4 5 5 4 5 5 5 3 4 5 5 5 5 3 4 5

36 4 2 1 4 3 4 4 3 3 5 3 3 3 4 5 5 3 2 3 1 1 3

37 3 3 4 4 4 2 1 1 3 1 4 3 4 5 5 3 3 4 3 1 5 2

Page 122: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

122

IES C-GRUPO I

ID.

DO

ALUN

O

S

1

S

2

S

3

S

4

S

5

S

6

S

7

S

8

S

9

S

1

0

S

1

1

S

1

2

S

1

3

S

1

4

S

1

5

S

1

6

S

1

7

S

1

8

S

1

9

S

2

0

S

2

1

S

2

2

38 4 3 4 5 4 4 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 4 4 4 4 4 4

Quadro - EO3 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor - GRUPO

II – IES C

IES C-GRUPO II

ID. DE

ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

1 4 4 4 3 3 2

2 5 5 5 4 5 3

3 4 5 5 5 5 4

4 4 4 5 3 4 3

5 5 4 4 4 5 4

6 5 3 4 3 3 4

7 5 3 2 4 2 4

8 4 5 5 4 4 3

9 5 5 4 3 4 2

10 5 4 5 5 5 4

11 4 5 5 5 5 4

12 4 5 3 4 3 4

13 3 3 5 3 3 4

14 4 5 4 3 3 3

15 4 3 4 5 4 4

16 4 3 4 3 4 4

17 4 3 4 3 4 5

18 4 4 5 4 3 3

19 5 4 4 4 5 3

20 5 4 4 5 3 3

21 5 3 5 5 4 4

22 5 4 5 5 4 5

23 2 4 4 5 3 3

24 5 4 5 4 4 4

25 3 5 4 3 5 5

26 5 4 5 4 4 4

27 5 4 5 5 4 5

28 5 5 3 3 2 1

29 5 5 5 5 5 3

30 4 4 4 3 3 2

31 5 4 5 5 4 4

32 4 5 5 5 4 3

Page 123: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

123

IES C-GRUPO II

ID. DE

ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6

33 5 3 5 4 4 4

34 4 5 5 4 4 3

35 4 3 4 3 5 4

36 5 4 5 4 4 5

37 4 4 5 5 4 3

38 5 5 3 3 4 5

39 2 4 5 4 3 4

40 5 3 4 3 2 3

41 1 1 4 5 3 1

42 5 5 5 4 3 2

43 3 3 4 4 4 3

44 5 4 5 3 5 3

45 5 2 3 4 2 3

46 4 4 5 5 4 3

47 4 4 5 4 3 3

48 3 4 1 5 4 5

49 4 5 4 3 3 4

50 4 3 4 4 3 4

51 5 5 5 5 4 4

52 4 4 4 4 4 5

Média Geométrica 4,111 3,85193 4,20278 3,93821 3,6433 3,36828

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124

Quadro - E04 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO

II – IES C

IES C - GRUPO II

ID.

DO

ALUN

O

S

1

S

2

S

3

S

4

S

5

S

6

S

7

S

8

S

9

S

1

0

S

1

1

S

1

2

S

1

3

S

1

4

S

1

5

S

1

6

S

1

7

S

1

8

S

1

9

S

2

0

S

2

1

S

2

2

1 5 5 5 4 3 3 1 2 2 5 4 4 3 5 4 3 5 2 5 5 4 4

2 3 3 4 3 5 3 2 3 4 3 2 4 4 3 2 3 4 3 3 3 5 5

3 4 4 3 4 4 3 4 2 3 2 3 2 3 5 5 5 1 1 1 3 2 3

4 5 5 3 2 5 5 3 4 3 5 2 3 2 3 3 2 4 4 3 1 5 5

5 3 3 3 4 4 4 4 3 3 3 5 5 5 5 1 4 3 3 5 3 1 3

6 4 3 3 3 2 4 2 3 3 5 4 5 4 5 5 3 3 5 3 2 4 4

7 4 4 3 3 3 2 1 3 4 5 3 2 2 5 5 5 3 4 3 2 3 3

8 5 5 3 3 5 3 5 3 5 5 3 2 3 4 3 4 1 4 3 4 4 5

9 3 3 4 4 4 3 1 3 4 4 5 3 3 3 3 4 3 3 3 3 5 3

10 5 4 4 4 4 4 3 4 4 4 5 5 3 3 3 4 3 3 4 3 3 5

11 2 2 5 2 3 4 2 3 4 4 4 4 4 3 3 4 4 4 3 3 4 5

12 4 4 4 3 4 4 3 4 4 4 5 5 4 3 3 1 2 4 5 3 3 4

13 4 4 3 3 3 3 4 4 4 4 4 2 2 5 4 3 4 3 3 3 4 4

14 4 2 1 4 3 3 3 4 4 5 5 5 5 5 5 3 3 3 3 3 1 2

15 4 4 4 4 4 4 3 4 4 5 5 4 4 2 2 1 2 4 3 4 2 4

16 1 1 4 3 4 3 3 2 1 2 4 5 3 5 4 2 3 3 3 2 2 4

17 4 4 3 4 4 5 4 3 4 4 5 4 4 4 3 2 5 4 3 3 3 3

18 5 4 3 4 4 1 2 4 3 5 2 2 5 3 4 4 4 3 3 3 3 4

19 1 1 1 1 5 5 4 3 4 4 5 5 5 5 3 3 2 4 3 4 3 1

20 4 5 4 3 5 4 4 3 4 4 3 4 3 2 1 5 4 4 3 4 4 4

21 4 2 3 3 2 5 3 3 4 5 4 5 4 4 1 5 5 3 3 3 5 3

22 3 3 2 3 3 5 3 1 4 2 4 5 5 3 3 5 4 4 4 2 5 5

23 4 3 5 4 2 4 4 3 3 4 5 3 2 3 4 5 2 4 3 4 3 4

24 3 3 3 3 3 3 4 4 4 5 5 5 5 3 2 3 2 2 2 3 3 4

25 2 2 2 3 1 4 3 3 5 5 3 4 4 2 4 4 4 3 3 1 3 4

26 3 4 3 4 3 4 2 3 5 4 4 3 4 5 2 3 5 4 4 2 4 4

27 5 5 4 4 4 4 4 5 5 4 5 5 4 5 4 4 1 4 3 3 3 4

28 1 1 3 3 2 3 2 4 5 3 5 4 4 1 2 5 5 5 4 1 1 5

29 5 3 3 4 4 4 2 3 4 5 2 1 3 2 3 2 3 4 4 5 2 3

30 2 2 3 4 3 3 2 3 3 5 5 5 5 4 4 3 3 3 3 3 4 5

31 4 2 3 1 5 3 5 4 4 5 4 3 3 3 3 3 2 3 4 3 3 4

32 3 3 2 4 3 3 1 2 5 5 2 2 3 1 1 4 3 3 3 4 4 4

33 5 5 5 4 4 4 2 1 5 3 4 5 4 4 3 5 2 3 4 2 1 4

34 5 3 4 4 3 1 1 4 4 3 4 4 4 5 3 3 5 4 5 4 4 4

35 4 3 1 2 5 3 3 4 4 3 3 2 2 4 5 3 5 3 4 3 1 3

36 3 3 4 4 3 3 4 4 5 2 4 3 3 5 5 5 5 3 3 1 5 2

37 3 2 3 2 2 4 4 4 4 3 5 5 5 4 4 4 5 2 2 4 2 5

Page 125: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de ... · 4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63 4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor

125

IES C - GRUPO II

ID.

DO

ALUN

O

S

1

S

2

S

3

S

4

S

5

S

6

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7

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8

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9

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1

0

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1

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1

2

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3

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1

4

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1

5

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1

6

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1

7

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1

8

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1

9

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2

0

S

2

1

S

2

2

38 5 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 3 3 5 5 3 3 3 4 3

39 5 4 5 3 3 3 2 1 3 5 5 5 5 3 3 2 2 2 3 3 2 3

40 4 5 3 4 4 3 2 3 4 3 5 5 5 5 3 3 3 3 3 4 5 3

41 3 4 3 4 4 4 3 4 4 4 1 4 2 4 4 4 4 3 4 5 4 3

42 3 3 3 4 4 3 4 5 5 4 4 3 3 4 3 5 4 3 5 3 5 5

43 3 2 4 4 3 5 5 4 5 4 5 4 3 5 4 5 4 4 3 5 4 4

44 5 4 3 2 3 4 4 3 4 4 4 5 4 5 5 2 3 3 2 2 2 2

45 1 1 4 5 3 4 3 3 3 4 4 4 4 5 4 5 3 2 3 3 5 4

46 5 3 3 4 3 2 2 3 4 5 5 5 5 4 4 5 4 3 4 2 1 5

47 2 3 3 3 3 4 3 2 4 4 4 4 4 3 2 5 3 2 3 3 5 4

48 3 4 5 5 4 4 4 4 4 4 2 3 2 5 5 3 5 5 5 3 3 4

49 5 4 3 4 5 3 3 4 5 5 4 3 3 4 2 5 5 3 4 3 5 5

50 2 3 4 4 3 5 4 5 4 5 3 3 2 4 4 5 4 3 3 1 5 4

51 2 3 3 4 4 2 5 5 4 5 5 4 5 5 4 3 2 3 2 2 5 5

52 4 2 2 2 2 5 3 3 4 4 5 3 3 3 3 2 2 3 3 5 2 3