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nossojornal / abr18 2 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda CNPJ 00.815.984/0001 - 69 Rua 13 de Maio, 20 - Centro 35620.000 - Abaeté - MG Presidente de Honra: Prof. Modesto Pires Diretora de Redação: Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MG Assistente de Redação: Monique Soares de Sousa Agradecemos a todos os as- sinantes que nos ajudam a manter viva essa publicação, especialmente aos novos ben- feitores: Rotary Club de Abaeté (Abaeté/MG), Helena Maria de Oliveira (BH/MG), Geraldo Ar- mando Morato (BH/MG), Paulo Mendes Álvares (BH/MG), José Ricardo Vilas Boas (Abaeté/MG), Ronaldo Gontijo (BH/MG), José Henrique Nassif Arruda (Rio de Janeiro/RJ), José Arcanjo Perei- ra (Palmas/TO). Tels: 37 3541-4381 9 9929 3967 (Vivo / whatsApp) REDAÇÃO ASSINANTES BENFEITORES [email protected] Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. EM ABAETÉ: R$ 40,00 DEMAIS CIDADES: R$ 60,00 EXTERIOR: R$ 100,00 ASSINANTE BENFEITOR A partir de R$ 100,00 ASSINATURA ANUAL: Impressão: Gráfica Imprima Tiragem: 2.000 exemplares Transporte: Sertaneja (cortesia) I MPORTANTE: Ao fazer o depósito em conta, lembre-se de nos enviar o com- provante, para que possamos atualizar nossos registros. ONDE ASSINAR O NOSSO JORNAL Redação do Nosso Jornal Rua 13 de maio, 20 (3541-4381) Banca de Revistas do Adriano Pça. Amador Álvares (3541-2962) Casa de Artes e Cultura de Abaeté R. Getúlio Vargas, 292 (99984-1665) Capotaria do Cocão Rua 13 de maio, 21 Professor Modesto (3541-1231) Helenice Soares (3541-2008) Lindalva Carvalho (99929-4710) Marly Tavares (31 99977-2248) Francisca Inácio (99948-5230) Jean Oliveira (99935-0903) Site: nossojornalabaete.com.br Arte Capa: Rodrigo Ribeiro Bastos O mês de abril, que começou em pleno domingo de Páscoa, traz a energia da renovação, da força, da resiliência, da mudança inspiradora. Que possamos aproveitar essas energias fortalecedoras, para nos ele- var a níveis mais elevados de alegria, amor, bem-estar e prosperidade. Que a mensagem de renascimento, libertação, transmutação, de celebração da vida, do amor e da esperança reverberem em nossos corações e nos inspirem na construção de uma nova VIDA. Feliz Páscoa hoje e sempre! Tempo de renovação Coral Maranatha, na celebração do Domingo de Ramos na Matriz de N. Sra do Patrocínio Na avaliação geral dos participan- tes, a Semana Santa em Abaeté foi muito calorosa, movimentada e emo- cionante, marcada por procissões, celebrações da palavra, missas, en- cenações e terços penitenciais. Além de encerrar o período quaresmal, os eventos nas paróquias Nossa Senhora do Patrocínio e do Bom Pastor busca- ram resgatar o sentido da fé, retratan- do e reverenciando a paixão, a morte e ressurreição de Jesus Cristo. “Paraíso não é um lugar. Paraíso é um estado de consciência”. Um espetáculo de Vida, Fé e Arte “A celebração da Semana Santa foi uma bênção, prin- cipalmente quando se tem a alegria da ressurreição e so- mos gente nova, como missio- nários e missionárias da Santa Igreja, para contar ao mundo e viver o que contamos: Jesus ressuscitou, venceu a morte e Nele nós também vencemos”, ressalta o pároco da Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, Monsenhor Olavo. “Que o Ressuscitado toque o coração de todos e que nós formemos uma grande família, o povo de Deus aqui em Abaeté. Deus abençoe a todos”, finaliza. “Nossas celebrações foram muito abençoadas, todas muito cheias e bem participativas. Todas as equipes se empe- nharam bastante para que tudo aconte- cesse com uma organização impecável. Todos que participaram ficaram felizes, foram só elogios, graças a Deus”, ressalta o pároco da Paróquia do Bom Pastor, Pa- dre Cássio, agradecendo a todos. Rita de Cássia Macedo Fotos Maria de Lourdes, Jéssica Susanne

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Page 1: Um espetáculo de Vida, Fé e Arte · tas vezes, me emocionei muito, ... sentimos na pele a grandeza de ... ter esperança, desanimados. Percebi que o Vitor era diferente

nossojornal / abr182

FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ

Empresa de Comunicação

Soares Ribeiro Ltda

CNPJ 00.815.984/0001 - 69

Rua 13 de Maio, 20 - Centro

35620.000 - Abaeté - MG

Presidente de Honra: Prof. Modesto Pires

Diretora de Redação:Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MG

Assistente de Redação: Monique Soares de Sousa

Agradecemos a todos os as-sinantes que nos ajudam a manter viva essa publicação, especialmente aos novos ben-feitores: Rotary Club de Abaeté (Abaeté/MG), Helena Maria de Oliveira (BH/MG), Geraldo Ar-mando Morato (BH/MG), Paulo Mendes Álvares (BH/MG), José Ricardo Vilas Boas (Abaeté/MG), Ronaldo Gontijo (BH/MG), José Henrique Nassif Arruda (Rio de Janeiro/RJ), José Arcanjo Perei-ra (Palmas/TO).

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Lindalva Carvalho (99929-4710)

Marly Tavares (31 99977-2248)

Francisca Inácio (99948-5230)

Jean Oliveira (99935-0903)

Site: nossojornalabaete.com.br

Arte Capa: Rodrigo Ribeiro Bastos

O mês de abril, que começou em pleno domingo de Páscoa, traz a energia da renovação, da força, da resiliência, da mudança inspiradora. Que possamos aproveitar essas energias fortalecedoras, para nos ele-var a níveis mais elevados de alegria, amor, bem-estar e prosperidade. Que a mensagem de renascimento, libertação, transmutação, de celebração da vida, do amor e da esperança reverberem em nossos corações e nos inspirem na construção de uma nova VIDA.

Feliz Páscoa hoje e sempre!

Tempo de renovação

Coral Maranatha, na celebração do Domingo de Ramos na Matriz de N. Sra do Patrocínio

Na avaliação geral dos participan-tes, a Semana Santa em Abaeté foi muito calorosa, movimentada e emo-cionante, marcada por procissões,

celebrações da palavra, missas, en-cenações e terços penitenciais. Além de encerrar o período quaresmal, os eventos nas paróquias Nossa Senhora

do Patrocínio e do Bom Pastor busca-ram resgatar o sentido da fé, retratan-do e reverenciando a paixão, a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

“Paraíso não é um lugar. Paraíso é um estado de consciência”.

Um espetáculo de Vida, Fé e Arte

“A celebração da Semana Santa foi uma bênção, prin-cipalmente quando se tem a alegria da ressurreição e so-mos gente nova, como missio-nários e missionárias da Santa Igreja, para contar ao mundo e viver o que contamos: Jesus ressuscitou, venceu a morte e Nele nós também vencemos”, ressalta o pároco da Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, Monsenhor Olavo. “Que o Ressuscitado toque o coração de todos e que nós formemos uma grande família, o povo de Deus aqui em Abaeté. Deus abençoe a todos”, finaliza.

“Nossas celebrações foram muito abençoadas, todas muito cheias e bem participativas. Todas as equipes se empe-

nharam bastante para que tudo aconte-cesse com uma organização impecável. Todos que participaram ficaram felizes,

foram só elogios, graças a Deus”, ressalta o pároco da Paróquia do Bom Pastor, Pa-dre Cássio, agradecendo a todos.

Rita de Cássia Macedo

Fotos Maria de Lourdes, Jéssica Susanne

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CONFIANÇA você só tem em quem lhe garante TRANQUILIDADE. Mais de 60 anos de bons serviços!

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Pelo quarto ano conse-cutivo, a encenação da via sacra da Paróquia

Bom Pastor foi feita pelos jovens do grupo de oração “Deus é mais”. Para chegar ao resultado que emocionou e encantou os participantes da Semana Santa, os mais de 30 jovens envolvidos se reuniram diariamente duran-te um mês para ensaiar. “Não tenho palavras que demonstrem o orgulho pela dedicação, em-penho e compromisso de cada um. Estive à frente com eles em todos os ensaios mas, quando fomos apresentar, a emoção to-mou conta de mim. Mesmo ven-do aquela cenas muitas e mui-tas vezes, me emocionei muito, senti que deram o melhor de si e retrataram da melhor maneira esse momento tão importante para a nossa Igreja”, destaca Lucas Vinicius dos Santos San-tiago, um dos organizadores do teatro da Via Sacra.

“Acredito que cada pessoa que viu nossa encenação re-cebeu uma mensagem, pois não era apenas um teatro que representava a morte e paixão de Cristo. A cada passo dado, aquelas pessoas entravam mais e mais na brecha das feridas de Jesus. A cada condenação, a cada queda, a cada encontro, a cada canto, a cada lágrima e principalmente a cada chicota-da, o sacrifício de Jesus Cristo foi levado para aquelas pessoas.

“Quando você se aproxima de si mesmo, está se aproximando do Universo inteiro”. (Osho)

Tenho fé que a mensagem para nós é viver o Crucificado, levar a cruz e o sacrifício para o nosso dia-a-dia, para as nossas casas e em especial para os nossos corações, viver lembrando do amor que jorra na cruz por todos nós”, completa o jovem.

Para Tiago Ferreira dos Reis, que fez o papel de soldado, par-

ticipar pela primeira vez de um teatro tão importante “foi uma experiência sensacional, porque servir a Deus é uma coisa ma-ravilhosa e muito emocionante”.

Kaique Antônio Barbosa dos Reis, que interpretou Cirineu, completa: “Gratificante mesmo é saber também que consegui-mos mostrar pra todos o que

o nosso Salvador fez por todos nós. Além disso, acredito que conseguimos resgatar a fé de muitos que nos assistiram. Não tenho palavras que descrevam a emoção e a sensação de es-tar ali a serviço de Deus e viver cenas tão emocionantes como aquelas”.

E Franciele Caetano finaliza:

“Vivenciar a semana santa já é muito comovente com todas as celebrações que a própria Igreja prepara para nós. Poder viven-ciar este momento através da encenação torna mais intenso os nossos sentimentos. Apro-veitamos mais o momento. E sentimos na pele a grandeza de Deus”.

Encenação da paixão de Cristo, um ato de fé e EMOÇÃO NA SEMANA SANTA EM ABAETÉ.

Fotos Jéssica Susanne e Letícia Duarte

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Vivemos numa cons-tante montanha russa... Um dia, es-

tamos lá em cima com ca-da evolução do nosso filho... E em outros, parados, sem ter esperança, desanimados. Percebi que o Vitor era diferente desde quando o amamentava, pois ele não mantinha os olhos fixos aos meus... Mas só achava estranho... nada certo.

Ele começou a engatinhar aos nove meses. Mandava bei-jos, brincava conosco até um ano de idade. Aos poucos, fo-mos percebendo que ele não fazia mais coisas simples que as mesmas crianças faziam, como bater palminha e acenar.

Passamos a observá-lo. Quando chamávamos pe-lo seu nome, ele não atendia, mas saia rapidamente quan-do ouvia uma musiquinha do seu interesse passando na TV. Surdo ele não é... pensamos! Com a pediatra em Belo Horizon-te, já aos 1 ano e 4 meses, che-guei a falar da suspeita que eu tinha sobre o Vitor ser autista... Mas a médica descartou a pos-sibilidade, dizendo que poderia ser apenas um atraso na fala. Mesmo assim, eu e meu marido percebemos que ele se isolava num cantinho de um armário no quarto dele... e essas cenas de-le lá, sozinho, doíam demais no nosso coração.

O que esse menino tem? Por que ele é assim? Por que não age como uma criança da sua idade? Por que ele não fez as mesmas coisas que o irmão fazia? Essas perguntas eram constantes. A pediatra, na época, chegou a indicar um neuropediatra, que também disse que poderia ser apenas um atraso na fala... Um otorrinolaringologista também fez exames audiométricos e viu que a audição dele é perfeita.

Uma amiga médica, que se dedica muito à leitura, nos indi-cou um médico geneticista em BH e lá fomos nós fazer todos os

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exames possíveis. Na primeira consulta, o geneticista não disse claramente “seu filho é autista”, mas, para bom entendedor, meia palavra basta... Saí de lá como se não tivesse mais chão, chorei bastante. Vivemos dias difíceis de aceitação e negação.

Perguntei a Deus várias ve-zes o porquê. O que eu tinha feito? Pois acreditem... Vitor simplesmente trocava a noite pelo dia, se alimentava ape-nas de laticínios, não gostava de usar roupas e calçados, to-mar banho... não nos abraça-va e nem beijava, batia forte os armários, portas e gavetas... Ir em locais diferentes para ele

era um estresse (é ainda), mas tem melhorado.

Resolvemos ficar um ano sem levá-lo a médicos, sem pro-curar respostas... Apenas viver um dia por vez, aguardando a tão sonhada fala, que poderia vir aos três anos... Só que ele não falou... e a tristeza só au-mentou. Eu pesquisava sempre sobre autismo, sobre médicos especialistas e não achava... até que, em julho do ano passado, conversando pelo instagram com uma mãe de uma menina autista que mora na Florida, ela nos indicou um psiquiatra em BH e foi ele que fechou o diag-nóstico de autismo do Vitor, aos

3 anos e 10 meses. Desde en-tão, ele vem fazendo tratamento com Terapia Ocupacional, Fono-audiologia, Psicologia.

Vitor não fala... mas hoje já nos olha nos olhos, brinca com o irmão mais velho (Ivan), enten-de tudo que falamos e tem se comunicado na maneira dele. Frequenta uma escola particu-lar regular com uma professo-ra mediadora e todos os cole-guinhas gostam muito dele. Já consegue fazer coisas simples, como tirar água do filtro para beber e tem usado o peniquinho para fazer xixi. Parece simples... Mas, para nós, é uma vitória grandiosa.

Acredito no meu filho. Acre-dito que ele possa colher bons frutos no futuro. Nossa luta é incessante. Passamos por desa-fios e sempre vivemos precon-ceito na pele. Olhares maldosos constantemente. Mas seguimos em frente, nos apoiando como família e vivendo com quem nos aceita como somos. Costuma-mos brincar “que nossa família tem autismo e andamos em bando, se aceita um, tem que aceitar todos”. E assim vamos vi-vendo, um dia de cada vez, dan-do muito amor aos nossos filhos, principalmente ao Vitor... Eu não vou desistir dele nunca, e lutare-mos pelos seus direitos, sim.

“Ninguém nunca fez história na zona de conforto”. (Bruno Felipe Coach)

9 meses Vitor Xavier Josiane Oliveira O pai Ivan Xavier Irmao Ivanzinho

Com distribuição de balões azuis, algodão doce, brincadeiras, palestra, faixas, banner e troca de experiência, dia 31 de março, foi promovido, na Praça da Prefeitura, o 1º Encontro de Amigos que apoiam o Autismo. “Nada formal, nada grandioso... porém super importante na conscientização de que a pessoa com autismo pode tentar ter uma vida normal”, diz Josiane.

Josiane Oliveira, mãe de Vitor e Ivanzinho

“Não queremos mudar a forma com que nossos filhos veem o mundo. Queremos mudar a forma como o mundo vê nossos filhos”. Mais informações sobre o Autismo no artigo escrito pela psicóloga Rosa Maria Marques Cunha e publicado na página 07 desta edição.

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Por onde passa, ela transmite amor e ale-gria. É só ouvir uma

música animada, que começa a dançar, não importa onde esteja. Apaixonada pela nata-ção, coleciona várias medalhas nos campeonatos disputados. Muito carinhosa, faz amizades e encanta corações com a mes-ma facilidade com que diz “eu te amo, você é muito linda!” Já desfilou em várias passarelas brasileiras e tem muito orgulho de dizer que é portadora da Sín-drome de Down.

Assim é a nova abaeteense de coração Thamiris do Nasci-mento Barbosa (Tatá), 20 anos, cuja história de vida tinha tudo para ser coroada de tristeza e drama. Quando ela nasceu, sua mãe, Elisiene, com apenas 21 anos de idade, não suportou a notícia de que sua bebê era portadora da alteração genéti-ca que gerava um cromossomo extra no par 21 e características

TATÁ, UM CROMOSSOMO A MAIS DE AMOR e um grande exemplo de superação no DNA

Com alegria, ao lado da mãe/avó, a nova abaeteense de coração desfilou com a faixa “Cromossomos 21” no Dia Inter-nacional da Síndrome de Down, numa alusão à alteração ge-nética ocorrida durante a divisão celular do embrião, que fez com que ela tivesse um cromossomo extra no par 21.

“Tem coisas que palavras não dizem, somente o olhar expressa, e o carinho confirma!”

como olhos oblíquos, mãos e orelhas menores, rosto arredon-dado, comprometimento intelec-tual e aprendizagem mais lenta. A jovem entrou em forte depres-são e acabou se suicidando no

dia do primeiro aniversário da filha, em outubro de 1998.

Nesse momento de grande transtorno, o amor e a dedica-ção da avó paterna, Lourdes Vi-toriana da Silva Barbosa, foram

os ingredientes fundamentais para a reversão e transforma-ção dessa história num forte e inspirador testemunho de supe-ração, luta e muitas vitórias.

Como o pai, Danúbio, era

caminhoneiro e não tinha con-dições de criar os filhos, a avó não hesitou em deixar os dois empregos, como telefonista no hospital Santa Rita e na clínica Agnus Day, para se dedicar in-tegralmente à criação de Thami-ris e do seu irmãozinho Thadeu Henrique, que só tinha dois ani-nhos. “Receber essa bebezinha tão especial foi o maior presente e também o maior desafio da minha vida. Meus filhos estavam casados e eu, viúva, pensava que ia aproveitar a vida, fazer o que bem quisesse... mas não foi bem assim. De repente, eu es-tava com dois bebezinhos nos braços! E como tudo isso valeu a pena! Thadeu está casado, é um amor de pessoa! E Thamiris está aí, brilhando! Muito educa-da, talentosa, disciplinada, uma bênção de Deus!”, ressalta D. Lourdes que, em 2015, publicou o livro “Vínculo de Amor - supe-ração no DNA”, destacando a trajetória da filha/neta.

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Abaeteenses de CoraçãoNo início do ano, as duas se

mudaram de Belo Horizonte pa-ra Abaeté, terra natal do avô de Tatá, cuja trajetória também me-rece ser registrada. “Ele se cha-mava Geraldo Francisco, mas era conhecido como Geraldinho do Maia, porque perdeu os pais muito novinho, e Dr. Maia o le-vou pra fazenda, comprou lápis, caderno e o alfabetizou. Quan-do Geraldo estava com 20 anos, Dr. Maia arrumou serviço pra ele em Belo Horizonte, e eu conhe-ci este grande homem, o amor da minha vida, que me deu três filhos (Danúbio, Rodrigo e Ales-sandra) e oito netos. Ele faleceu há 23 anos e me ensinou a amar Abaeté, mesmo antes de conhecer a cidade, e a ter gra-tidão pelo Dr. Maia”, historia D. Lourdes, cujo genro também é abaeteense.

“Estamos muito felizes aqui, onde fomos muito bem acolhi-das. Thamiris se apaixonou pela cidade. Abaeté nos abraçou e nos fez sentir tão em casa que parece que estamos aqui há uns 20 anos. Ela não quer voltar pra Belo Horizonte nem para passe-ar”, ressalta a avó/mamãe.

Em campanha pela inclusão e valorização das diferenças

Na capital mineira, Tatá participou de vários projetos socioeducativos e inclusivos. Foi uma das primeiras crian-ças portadoras da Síndrome de Down integrada no Projeto Escola Inclusiva, que tem como objetivo acompanhar e estimu-lar a permanência de alunos com necessidades especiais no ensino regular, por meio de es-pecialização e capacitação de professores. Trabalhou como bartender (garçonete de bar) no programa Gastronomia Inclu-siva. E há quatro anos participa do Projeto Passarela, onde foi selecionada para desfilar, não só em Beagá, mas também em

(Continuação da matéria iniciada na página 05)

cidades como Curitiba (PR), Ma-naus (AM) e Fortaleza (CE).

Em Abaeté, Thamiris foi ma-triculada no 3º ano do Ensino Médio da E. E. Dr. Edgardo da Cunha Pereira, onde é alfabe-tizada, com material e acom-panhamento especiais. “Gosto muito de estudar”, diz ela, mos-trando seus cadernos, muito bem cuidados e sua letra bonita. “Quero formar em Educação Físi-ca e ser professora de zumba”, destaca a jovem, aluna assídua nas aulas de dança, natação e hidroginástica da AABB, onde contagia a todos com sua ale-gria e amorosidade. Ela também se apresenta nas coreografias da Igreja Batista Cristo Vive, ou-

tro local que ama frequentar, com entusiasmo e devoção.

Na véspera do Dia Internacio-nal da Síndrome de Down, 21 de março, Dona Lourdes deu uma palestra na Apae e emocionou os pais, educadores e amigos dos excepcionais presentes, ao contar sua história de vida. “Esse testemunho é muito importante para levantar o astral das mães e familiares”, acredita. “Quando peguei Tatá bebezinha, achei que não ia aguentar. Mas bus-quei Deus, falei que ela era um presente que Ele tinha me dado e que eu iria superar todas as barreiras. O apoio da Apae foi fundamental nesse processo. Por cinco anos, Thamiris recebeu

todo acompanhamento com fonoaudióloga, terapia, fisiote-rapia para firmar as perninhas que não aguentavam o peso do corpo. Foi um processo difícil, a conta gotas, até que ela come-çou a dar os primeiros passos, com três aninhos, e a andar aos quatro anos. Hoje, Thamiris é 90% independente, tem energia pra dar e vender”, celebra.

A alegria da jovem é algo contagiante. “Nada a abate, não tem mau humor, tristeza, socializa com todo mundo, tem autoestima elevada. Thamiris ama passear, cantar, desfilar, tocar violão, colorir, me ajuda a arrumar casa, fazer saladas, é alfabetizada. Ela é linda, me

surpreende a cada momento e se destaca em todo lugar. Rece-beu nem sei quantas ofertas de emprego, fomos até chamadas para ir pra Califórnia (EUA), mas vamos priorizar o estudo e os esportes”, ressalta a mamãe, orgulhosa.

E Thamiris, exibindo as me-dalhas de natação conquista-das, assegura que isso é só o começo. “Estou na aula com a Zilah, vou disputar mais campe-onatos e ganhar muitas outras”, planeja, mandando um beijo para todos que leem esta repor-tagem... também redigida com a energia desse radiante e puro amor.

O que mais é possível?

TATÁ, UM CROMOSSOMO A MAIS DE AMOR

No Dia Internacional da Síndrome de Down, D. Lourdes e Tatá participaram de uma emocionante apresentação na Apae de Abaeté.

Dentre os vários programas pela inclusão social e valorização das diferenças, Tatá já trabalhou como bartender no Gastronomia Inclusiva e desfilou em várias capitais no projeto Passarela. Cursa o Ensino Médio no Estadual e quer fazer faculdade de Educação Física.

“Reconheça suas bênçãos e faça de sua vida um hino de gratidão”.

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Comemora-se, em 02 de abril, o “Dia Mun-dial de Conscienti-

zação do Autismo”. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas com a finalidade de derrubar preconceitos e es-clarecer sobre o transtorno, que afeta 70 milhões de pessoas no mundo. Existe um caso a cada 100 crianças. Só no Brasil, são mais de 2 milhões de pessoas. E esse número vem aumentando a cada ano, já que antes era um caso a cada 500 crianças.

O autismo é definido como um transtorno do desenvolvi-mento da criança e afeta a sua evolução já nos primeiros anos de vida. Hoje, dizemos serem estas pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista, já que cada autista tem suas diferenças. Não é como a Sín-drome de Down, onde temos um conjunto de sinais visíveis sempre presentes, por exemplo. Com a criança autista cada caso é unido com particularidades.

É preciso frisar que o autismo é um transtorno (não doença) que afeta a forma com que a criança se relaciona com o mun-do. O seu cérebro é diferente. Do mesmo jeito que não existem duas crianças iguais, o autismo afeta cada uma de forma dife-rente e específica.

Uma das grandes preocupa-ções de quem conhece alguém com o transtorno é saber a cau-sa. Especificidade clara ainda não existe, mas as pesquisas mais sérias apontam multifato-res, entre eles, a genética com-binada com o ambiente.

O autismo é dividido em vá-rios graus, classificado do leve até o mais severo. Podemos citar o Autismo Clássico, a Síndrome de Asperger, Autismo Atípico, Autismo de Alto Nível Funcional e outros. O nível de autismo vai delimitar o quanto essa criança consegue interagir. Aquela com um nível maior do transtorno te-rá mais dificuldades, mas exis-tem trabalhos que ajudam muito no seu desenvolvimento, inclusi-ve na escola.

Paralelos a estes níveis tem também as características que, especialmente, determinam o espectro. São chamadas de “tri-pé” para o diagnóstico do autis-mo: a comunicação, as intera-

Rosa Maria Marques Cunha, psicóloga

ções sociais, o comportamento variável.

Quanto à comunicação, o transtorno pode causar limita-ções na fala - a criança pode não falar nada, usar repetição ou até mesmo frases sem con-texto ou estereotipadas (por exemplo: falar como se fosse uma pessoa mais velha). O que incomoda neste aspecto é que a criança autista que ainda não fala acaba usando o mesmo re-curso que os bebês usam para se comunicar: choram para di-zer o que querem, o que está incomodando. E como choram muito, as pessoas acabam con-fundindo com birra (o que não é). Também não é falta de limi-tes, até porque a criança com autismo é a que mais recebe “NÃOS” na vida.

Nas interações sociais, um aspecto que incomoda muito as pessoas é a dificuldade de relacionamento dessas crian-ças com o transtorno. Elas não se relacionam bem com estra-nhos, têm dificuldade em seguir comandos e o isolamento é uma característica que se manifesta frequentemente, além da difi-culdade de estabelecer relações sociais. Por exemplo, quando bebê, não olha para onde a mãe aponta, tem dificuldades para observar os comportamentos dos pais, não entende as regras sociais e não sabe se aproximar de outras pessoas e se relacio-nar. Por isso, as ignora.

Infelizmente, as pessoas pensam que, porque a criança autista a ignorou, não está ou-vindo ou dando atenção. Mas

enganam-se, ela sabe que você está ali, sabe de tudo que acon-tece ao redor.

Então, continue falando com ela, mesmo que ela não respon-da ou olhe pra você. E mais, se ela se incomoda com o toque, não fique fazendo isso. Como qualquer outra pessoa, em al-gum momento, o autista pode ficar agressivo.

No seu caso, a dificuldade de comunicação pode ser a causa. Mas, com trabalho terapêutico, exercitando a aprendizagem da comunicação, a agressividade tende a diminuir. Como todos nós, essa criança tem seus limi-tes e pode aprender a lidar com eles, desde que se tenha com ela muita calma e determina-ção.

O comportamento que se manifesta de forma atípica ou repetitiva é um aspecto que cos-tuma chamar muita atenção das pessoas. É comum, por exemplo, uma criança autista não brincar com um brinquedo como as outras crianças brincam. Geral-mente, costumam se interessar mais por uma de suas peças, do que pelo brinquedo todo, fo-cando apenas num detalhe ou numa função específica. Pode também enfileirar brinquedos de várias formas, organizá-los por categoria, insistentemente se apegar a objetos estranhos (amassar plástico para ouvir seu barulho, por exemplo).

Muitas vezes, eles têm difi-culdade de largar uma ativida-de e passar para outra, como jogar coisas no chão e observar o barulho que fazem, repetida-

mente. Também mostra certa in-tolerância a mudanças na rotina ou na disposição do ambiente. Por isso, é importante sempre falar o que você pretende fazer, informá-los de algo antes de acontecer.

Dificuldades sensoriais e motoras também estão presen-tes no Transtorno do Espectro Autista, isto é, a forma com que os estímulos chegam ao cérebro pelos sentidos (tato, audição, vi-são etc.) é alterada. Muitos de-les possuem sensibilidade aos sons, cheiros, luzes e toques. Tudo isso é o que faz com que eles tenham uma visão única do mundo.

É comum a criança com au-tismo ter problemas de coorde-nação motora e pouca consci-ência corporal, o que gera, às vezes, um andar diferente. Outro problema é que a hiperativida-de pode vir junto e, às vezes, parece que a criança está liga-da no 220. Algumas alterações orgânicas também podem fazer parte do caso, como alergias, sensibilidades alimentares, má absorção intestinal, distúrbios do sono, transtorno obsessivo compulsivo.

No entanto, os progressos de uma criança autista dependem dos estímulos que ela recebe e da sua neurologia. Em alguns casos, por mais intervenções que se façam, eles progridem pouco e devagar. Já outros, quase sem intervenção alguma, perdem muitas características do autismo.

Quanto ao aprendizado, muitas vezes, quando uma

criança precisa que você lhe chame a atenção 10 vezes para não repetir um comportamen-to, com a criança autista pode demorar 50 vezes. Então, tenha paciência.

Vale a pena dar à criança com o transtorno tudo o que estimula os sentidos, como bo-las, massinha de modelar, brin-quedos de causa e efeito (como boneco que pula de uma caixa), brincadeiras com água. Mas prepare-se para não ficar de-cepcionado se, ao lhe dar um presente, ela gostar mais do papel do embrulho. Isso é por causa do seu olhar único.

Um fato interessante é que muitas pessoas pensam que ser autista é ser um gênio, mas não é assim. Temos alguns autistas com inteligência normal, outros com déficit cognitivo e alguns altamente funcionais com inte-ligência acima da média. Essa genialidade dos altamente fun-cionais é chamada de “habili-dade savant” e pertence a uma média de 15% dos autistas.

É por esse motivo que não podemos colocar limites para o seu desenvolvimento. Devemos acreditar no potencial de cada um e buscar desenvolver sua autonomia para que consiga in-teragir com o ambiente e desen-volver suas habilidades.

É importante saber que au-tismo não é retardo mental. Não é esquizofrenia, não é psicose infantil. E os meninos são mais afetados pelo transtorno que as meninas.

Atualmente, a ciência vem progredindo muito e há várias opções de tratamentos dispo-níveis. A técnica mais usada é a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), um trabalho sistemático que mostra muita eficácia. No tratamento, atuam psiquiatra, psicólogo, fonoaudi-ólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicopedagogo.

A quem interessa pelo as-sunto, temos livros muito bons escritos por pessoas autistas como: “Dentro da minha mente autista”, de Tito Mukhopadhyay e “O que me faz pular” de Naoki Higashida.

O que torna a questão do autismo mais grave é o pre-conceito e a falta de tratamento adequado.

“Cada relacionamento é um espelho. Ele revela sua identidade a você”. (Osho)

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nossojornal / abr188

O que você acha de se reunir a cada 15 dias com um grupo de

mulheres, em um encontro ale-gre e dinâmico, para estimular a autoestima e a promoção da saúde integral? Este é o objetivo do projeto “Mulheres Promoto-ras da Paz”, lançado dia 08 de março pelas irmãs Rosita e Juli, da Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, na Comunidade São Geraldo, bairro Marmelada.

O lançamento, no Dia Inter-nacional da Mulher, foi marcado por pequenas palestras, ora-ções, sorteio de brindes, aula de zumba, desfile improvisado, lanche compartilhado e uma mi-nioficina de plantas medicinais e águas aromatizadas/sabori-zadas. “Nossa intenção é esti-mular projetos como o cultivo de plantas medicinais e hortaliças, alimentação alternativa, prática de ioga, além de proporcionar momentos de reflexão, lazer, diversão, empoderamento das mulheres”, idealiza irmã Juli.

Para facilitar o deslocamen-to de todas, os encontros serão realizados, alternadamente, no Centro/Marmelada e na região do bairro São Pedro. “A Irmã Ro-sita (que é indiana) também es-tá disponível para dar aulas de inglês. Na Cerâmica, pensamos em desenvolver outras habili-dades com as mulheres, como a pintura. E queremos traba-lhar também a questão afetiva, emocional, porque, nas nossas visitas, encontramos muitas pessoas sozinhas, viúvas, com sintomas de depressão. Mas, para desenvolver esse trabalho, que vai girar em torno de ofici-nas, precisamos de voluntários”, conclama a religiosa, que está há um ano e meio em Abaeté.

Oficina de Plantas MedicinaisUma das voluntárias parcei-

ras do projeto é a professora Marta Álvares, que ministrou a minioficina de Plantas Medici-nais. “É uma alegria repassar

informações e um pouco da minha experiência. Não tomo mais remédios pra azia, gastri-te, bronquite, colesterol... Conti-nuo com o Puran, porque ainda não arrumei uma planta que re-ativasse a minha tireóide como precisa. Fora isso, só chás, água com limão e águas aromatiza-das”, ressalta D. Marta.

Confira algumas dicas re-passadas por ela na oficina:

Preparo do Chá:O chá deve ser escaldado,

nunca fervido. O ideal é usar uma colher (de sopa) da erva para cada litro de água. Coloque esta planta em uma vasilha e despeje água fervente por cima. Tampe e deixe chegar à tempe-ratura ambiente para tomar.

Preparo da água aromatiza-da com frutas e ervas:

Coloque um litro de água e

os ingredientes escolhidos em uma vasilha de vidro tampada e deixe descansar na geladeira por cerca de 10 horas. Consuma em 24 horas.

Sugestões de ingredientes para o preparo da água aroma-tizada/saborizada:

- 1 limão picado em rodelas com um ramo de alecrim. “Li-mão tem vitamina C e o alecrim é antidepressivo, bom pra me-mória”.

- Capim ou erva cidreira com limão. “Um bom calmante”

- Uma colher ou dois pauzi-nhos de canela, uma colher de cravo e uma colher de gengibre. “São anti-inflamatórios, descon-gestionantes, excelentes para as vias respiratórias”.

- Maçã picadinha, gengibre e limão em rodelas. “Ação anti--inflamatória, antioxidante, auxí-lio na redução do colesterol”

Mulheres Promotoras da Paz e da Saúde

Suco de erva cidreira:Bata no liquidificador 8 folhas

de erva cidreira com um copo de água. Coe e misture o suco de ½ limão, se quiser. Pode ser ado-çado, ou não.

“A erva cidreira é calmante, diurética, contribui no controle da ansiedade, na perda de pe-so, no combate ao estresse”.

Babosa, um dos grandes destaques da oficina:

Rica em propriedades me-dicinais e cosméticas, pode ser

usada para tratar vários tipos de doenças e, ainda, cuidar da be-leza da pele e cabelos.

O suco de babosa com mel e limão tem efeitos calmantes, cicatrizantes, anti-inflamatórios, anestésicos e antitérmicos.

É muito boa para hidratar a pele e o cabelo, tratar acnes, queimaduras, reduzir celulite. Também combate caspas, que-das de cabelo. Você pode pas-sar o gel, ou baba, no rosto e no cabelo limpo, deixar uma ou duas horas e enxaguar.

O Dia Internacional da Mulher foi comemorado em um evento coordenado pelas irmãs Juli e Rosita, com palestras, orações, sorteio de brindes, dança, lanche compartilhado, minioficina de plantas medicinais/águas aromatizadas e o lançamento do projeto “Mulheres Promotoras da Paz”.

Fotos Christiane Ribeiro

“Somos o que temos no coração. O que passa disso é apenas aparência”. (Marcelle Melo)

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nossojornal / abr18 9

Vivemos num mundo cada vez mais agres-sivo. As feras huma-

nas saem das jaulas e mostram o lado sombrio da lua.

Vivemos para comprar ali-mentos prontos e impróprios pa-ra o consumo, tais como refrige-rantes, drogas lícitas ou ilícitas, comidas industrializadas e ex-cesso de remédios nos alimen-tos. Tudo isso vem desequilibrar a capacidade de defesa do nos-so organismo. Estamos perden-do a energia vital, primária, forte e capaz de nos dar uma vida saudável e equilibrada com as forças naturais da vida.

Por outro lado, pessoas bus-cam uma outra forma de vida através de uma alimentação sa-dia, práticas regulares de exercí-cios, yoga, meditação, acupun-tura, homeopatia e florais. Hoje, o SUS - Sistema Único de Saúde já recomenda uma variedade de práticas milenares e naturais como integrativas e comple-mentares ao sistema oficial de saúde governamental.

O SUS no Brasil é um sistema universal altamente ambicio-so, que pretende universalizar o tratamento de saúde. Porém, sabemos que o custo dessa pre-tensão é altíssimo, devido à falta de verbas e à corrupção maci-ça nessa área. Nesse sentido, o governo federal, estadual e municipal vem buscar ajuda das terapias naturais para colaborar nos tratamentos convencionais da área de saúde com as técni-cas já praticadas e experimen-tadas em vários países ao longo do tempo. A Acupuntura, por exemplo, já é praticada há mais de dois mil anos. A Homeopatia já é exercida em todo o mundo há mais de duzentos anos.

Creio que agora é o momen-to importante dos terapeutas e profissionais holísticos dedica-rem uma atenção a esse impor-tante chamado em poder cola-borar para um tratamento mais digno e humano do nosso povo tão sofrido. Justamente no ins-tante em que mais necessitam de atenção, respeito e dignida-de. Vemos enormes filas em hospitais, excesso de burocracia e exames, excesso de remédios químicos e pouquíssimos casos de cura.

Muitas vezes, a cura se dá

VIVER EM SINTONIAWagner Túlio Faria Pereira, Professor e terapeuta homeopata

pela reação do próprio organis-mo ou da melhora emocional. As terapêuticas naturais, de ma-neira geral, visam essa melhoria das emoções e do pensamento, aliados importantes para uma cura verdadeira. Tratar apenas o corpo físico é uma maneira simplista de ver o ser humano. As pessoas precisam aprender a acalmar a mente e as emo-

ções com a prática da Yoga ou meditação. É preciso deixar de ser escravo dos pensamentos e das emoções negativas que a todo momento nos controlam. Com a prática contínua dessas técnicas naturais de autocura, haverá uma integração da ener-gia mental, emocional, espiritual e corporal.

Somos um Ser integrado de

energias sutis e física. Enquanto não compreendermos a neces-sidade dessa integração, tere-mos dificuldades de aceitar a importância da vida, de soltar os apegos, as tensões e prisões que nós mesmos criamos. Nos-sos maiores inimigos estão den-tro de nós.

Com a prática, vamos re-conhecendo esses inimigos in-

ternos e vamos buscar ajudar as outras pessoas a se cura-rem dessas mazelas da alma. Quando soltamos essas forças terríveis que nos escravizam, po-demos dizer que somos livres e, pouco a pouco, viver em sintonia com as forças divinas.

No atual estágio da humani-dade, as forças negativas vêm atuando como ação de obstácu-lo ao surgimento de uma Nova Era, prevista há mais de dois mil anos. Essas energias já não têm espaço no plano espiritual. Po-rém, ainda encontram respaldo em nosso planeta.

É chegada a hora de uma busca efetiva a favor do bem co-mum, respeito e ajuda ao nosso próximo. Respeitar as diversida-des culturais, raciais e de gêne-ro faz parte do novo ciclo de Luz que já chegou, mas ainda não é compreendido por muitas pes-soas, que preferem viver na face sombria da lua, provocando cri-mes, roubos, destruição da vida e da natureza na face da terra.

Em 2018, teremos a força do enorme planeta Júpiter para nos ajudar a superar essas forças negativas infestadas em todos os lugares, para combater a cri-minalidade, o tráfico de drogas, a violência e a discriminação. Somente com uma educação baseada em valores morais e éticos, iremos alcançar um pa-tamar elevado de civilização.

Podemos perceber que a essa Nova Era já está começan-do a irradiar em todos aqueles que estão abertos para um novo estado de consciência. Importa, que ao invés de ficar apenas la-mentando, façamos algo para a nossa melhoria interna. As tera-pias integrativas são de grande ajuda nesse momento difícil que estamos vivenciando.

Caso você queira conhecer mais sobre as terapias integra-tivas e buscar um autoconheci-mento, estaremos oferecendo alguns cursos de curta duração em Abaeté e região a partir do mês de maio, pelo nosso Ins-tituto de Ensino e Pesquisa em Terapias Naturais e Homeopa-tia Clássica - IHOM nas áreas de Homeopatia Clássica, Reiki, Fitoterapia, Meditação e Radies-tesia. Maiores informações com Jaqueline pelo telefone ou what-sapp 37 98829 2058.

“Tratar apenas o corpo físico é uma maneira simplista de ver o ser humano. As pessoas precisam aprender a acalmar a mente e as emoções com a prática da Yoga ou meditação. Com a prática contínua dessas técnicas naturais de autocura, haverá uma integração da energia mental, emocional, espiritual e corporal.”

A primeira turma de homeopatas de Abaeté formou-se em 2010. A partir de maio, o IHOM oferece

cursos de curta duração nas áreas de Homeopatia Clássica, Reiki, Fitoterapia, Meditação e Radiestesia.

“A caverna onde você tem medo de entrar guarda o tesouro que procura.” (Joseph Campbell).

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nossojornal / abr1810

Confira as principais ocorrências policiais registradas em Abaeté no mês de março

Atropelamento FatalNa noite de 03 de março, sábado, o jovem Willian

Barbosa Silvério, 24 anos, morreu vítima de um aci-dente de trânsito, na rodovia 354, que liga Abaeté ao Cedro. Ele estava de bicicleta e foi atropelado pelo automóvel dirigido por Gabriel Miranda Gonçalves Pereira, de 21 anos, que fugiu do local sem prestar socorro e se apresentou na Delegacia de Polícia de Abaeté, acompanhado do seu advogado, na sema-na seguinte.

Em depoimento ao delegado Dr. Rodrigo Noro-nha, Gabriel contou que reside em Nova Serrana e tinha vindo passar o fim de semana na fazenda dos pais, em Abaeté. À noite, quando estava indo para a cidade, transitando atrás de outro veículo, com faróis baixos, se deparou repentinamente com a bicicleta, que não tinha qualquer sinalização, e não conseguiu evitar o acidente.

“O autor disse que parou e entrou em choque no momento em que encontrou a vítima já sem vida. Alegou que tentou contato com a polícia pelo 190, mas não conseguiu. No desespero, voltou para a fazenda, contou aos pais sobre o acidente, foi medi-cado e dormiu. Essa é a versão do autor. Vamos veri-ficar, agora, as nuances, o que é correlato ao crime”, destaca Dr. Rodrigo.

Segundo o delegado, como não se trata, inicial-mente, de um crime doloso e não havia mais a situa-ção flagrancial, o autor deve aguardar o restante da investigação e o julgamento em liberdade. Ele deve responder por três crimes: homicídio culposo, quan-do não há intenção de matar; omissão de socorro e evasão do local de crime de acidente de trânsito para evitar a responsabilidade civil e criminal.

Dia 16 de março, Wenderson Conceição, de 40 anos, conhecido pelo apelido de “Fedegoso”, foi as-sassinado a facadas pela esposa Luciene Martins, 45, durante uma briga no meio da rua. Após o crime, Luciene fugiu e, quatro dias depois, se apresentou à delegacia de polícia, confessou o assassinato e afir-mou que não aguentava mais ser vítima de violência doméstica.

Após horas de depoimento, ela foi liberada, uma vez que o período de flagrante já havia expirado, e deve responder o processo em liberdade.

Em dezembro de 2007, os dois protagonizaram o primeiro matrimônio realizado na antiga cadeia pú-blica de Abaeté (foto acima). Na ocasião, eles já esta-vam juntos há 13 anos e tinham dois filhos.

No dia 05/03/18, durante Operação PRABAM, policiais militares visualizaram dois indivíduos em atitudes suspeitas próximo a uma agência bancária. Eles tentaram fugir, mas um deles foi contido pelos policiais dentro de uma garagem, após ter jogado sacolas plásticas no chão.

Nessas sacolas, os policiais encontraram 280g de crack, um revólver calibre .38 carregado com seis munições e mais quatro munições de mesmo cali-bre, além de uma balança de precisão. O suspeito foi encaminhado à Delegacia de Polícia com o material recolhido.

Na manhã de 09/03/2018, a Polícia Militar recebeu a denúncia de que três indivíduos suspeitos haviam estacionado o veículo Fiat Strada na Rua Dom Pedro II, Bairro São João e, em seguida, embarcado em um Fiat Uno.

Os militares compareceram ao local e, após con-sulta no sistema informatizado, constataram que o Fiat Strada havia sido furtado no dia 15 de janeiro em Contagem.

O automóvel foi removido à sede da Cia de Policia-mento, onde foi aberto por um chaveiro. No interior do carro, os policiais localizaram uma submetralhadora artesanal calibre .380, um carregador municiado com 42 munições de mesmo calibre, um colete balístico marca CBC, um aparelho de telefone celular, diversas roupas e capas de chuva.

Durante rastreamento, a guarnição localizou o suspeito T.H.F.S., condutor do veículo Fiat Uno, que foi preso e conduzido à Delegacia de Polícia com o ma-terial apreendido.

Leia mais Ocorrências Policiais no sitenossojornalabaete.com.br

HomicídioPrisão por tráfico de drogas

Apreensão de submetralhadora

PM prende suspeitos de assaltar proprietário da loteria

Dia 16 de março, por volta de 18h40, a PM foi so-licitada no cruzamento das Ruas Dr Antônio Amador com Almirante Barroso, onde o Sr. J.G.A., 76, pro-prietário de uma casa lotérica, relatou que, ao entrar em seu veículo com um balde contendo um saco de papel com dinheiro, foi surpreendido por um indiví-duo que lhe aplicou um golpe no pescoço e pegou o balde.

A vítima entrou em luta corporal com o infrator e foi agredida. Em seguida, o suspeito fugiu em um ve-ículo. O solicitante disse que foram roubados aproxi-madamente R$ 16 mil em dinheiro e cheques.

Durante rastreamento, os militares encontraram e abordaram um veículo em alta velocidade, cujo mo-torista, L.F.B., foi submetido a uma busca pessoal, po-rém nada de ilícito foi localizado. Questionado sobre o assalto, o abordado relatou que cometeu o crime com a ajuda dos indivíduos J. e M.

Os militares foram ao local indicado, onde encon-traram o suspeito M. segurando um pacote debaixo da blusa. Procedida a abordagem, M. deixou cair o pacote no asfalto, contendo um revólver calibre .22, desmuniciado e R$ 1.626,00. Em seguida, L.F.B. afir-mou que J.H.S.A. planejou o assalto e dividiria o di-nheiro entre os autores. Os criminosos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Polícia.

“Existem coisas que você não consegue enxergar se não mudar seu ponto de vista”.

PRISÕES: Dia 22 de março, os suspeitos I.M., F.P.A e A.F.P. foram presos em flagrante pela PM, tentando quebrar a parede da agência de Correios de Abaeté. A polícia compareceu ao local após receber uma de-núncia anônima da comunidade.

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nossojornal / abr18 11

PETRÓLEO

Telefax: (37) 3541-3100Qualidade e confiança no LÍDER de sempre!

Dr. Rodrigo, no momento em que a Campanha da Fraternida-de mobiliza forças para a supe-ração da violência, verificamos um aumento dos crimes vio-lentos registrados em Abaeté e região. O que está acontecendo, na sua avaliação?

Este aumento da crimina-lidade, principalmente aquela de natureza patrimonial, como roubo, sequestro, extorsão, es-tá ocorrendo no Brasil inteiro, e creditamos um pouco disso à crise que o país vem passando.

Hoje, as necessidades das pessoas são muito maiores do que há alguns anos, quando não se tinha necessidade de uma tv por assinatura, de uma netflix, de um celular. Antiga-mente, era alimentação e ves-tuário. O custo operacional de vida ficou muito mais elevado e, diante dessa crise financeira, do desemprego, de alguns casos de pessoas tenderem à prática de crimes, tudo tem colaborado para esse aumento da violência.

Então, a questão não é só policial: de prevenção e repres-são. Temos notado um proble-ma gravíssimo relacionado às questões sociais, que vão de-saguar, sem dúvida, na parte policial.

Nos crimes contra pessoas, temos notado que os autores es-tão psicologicamente adoecen-do, perdendo o controle muito fácil diante de uma situação de estresse, de crise. Vemos o cres-cimento de crimes contra pesso-as, contra mulheres, principal-mente, no ambiente doméstico, em que qualquer briguinha está culminando em facadas, em mortes, agressões e, às vezes, também de mulheres contra ho-mens. Muitos casais não conse-guem se controlar.

Na maioria das vezes, o pro-

Dr. Rodrigo: é hora de unir forças em prol da pacificação social

Em entrevista ao Nosso Jornal, o Delegado de Polícia da comarca de Abaeté, Dr. Rodrigo Noronha, analisa o aumento na criminalidade na região e propõe a formação de uma rede de parcerias para a construção de uma sociedade mais harmonizada.

blema é social, familiar e acaba terminando na polícia. Aquilo vai virando uma bomba relógio, que vai se alimentando aos pou-cos e, em determinado momen-to, alguém explode e acontece alguma tragédia.

O que pode ser feito para amenizar essa situação?

É uma questão complexa e estamos, inclusive, estudando a viabilidade de instalar, den-tro da delegacia, um centro de atendimento a mulheres, crian-ças, adolescentes, idosos, das vítimas em geral. Hoje, o crimi-noso tem um acompanhamento psicológico, médico, odontológi-co no presídio... mas e a vítima? O que estamos fazendo por ela?

A intenção é estreitar laços e montar uma rede de parceria com a saúde pública da cidade, o Cras, o Caps, com a faculdade de Bom Despacho, onde lecio-no, com entidades beneficentes, religiosas, projetos sociais... e tentar minimizar os problemas de violência na cidade e zona rural, que atingem a todos, di-

reta ou indiretamente. Estamos de braços abertos para acolher qualquer projeto que tenha a finalidade de melhorar o am-biente em que vivemos, princi-palmente na parte policial.

Qual seria uma ação prática desse projeto em busca da paci-ficação social?

Uma ideia seria criar na de-legacia um núcleo de solução de conflitos, com um moderador, para que questões de nature-za simples, como um problema entre vizinhos, casais, não desá-gue num caso policial e judicial.

Temos notado que muitas pessoas que nos procuram não querem necessariamente a providência policial contra seu vizinho, seu marido, namorado, familiar, ou contra seu desafeto. Às vezes, ela quer uma orienta-ção, um direcionamento e até mesmo que essa parte contrária seja chamada na delegacia e que eles entrem num consenso.

Precisamos esvaziar o Po-der Judiciário e resguardá-lo para assuntos relevantes. Claro

que não estamos, em momen-to algum, querendo substituir a função jurisdicional, mas seria uma espécie de triagem, para levar ao juiz só aquilo que real-mente for relevante. E olhar para questão da saúde, tratamento psicológico, psiquiátrico, porque não sabemos a que ponto pode estar chegando o problema da pessoa. Às vezes, aquilo que, num primeiro momento, pare-ce ser um problema policial, na verdade é um problema de saú-de, assistencial. Até que ponto vamos esperar o crime pra de-pois remediar? Precisa deixar a ferida abrir ao extremo pra de-pois tentar fechá-la?

E até que ponto a repressão está resolvendo o problema ?

Não está. Até porque não é só policial o problema. O proble-ma é social, educacional. Penso que, se quer resolver qualquer problema de uma sociedade organizada, tem que investir em educação. Se a pessoa tem um investimento na educação, uma formação ética, o investimento

na polícia amanhã vai ser me-nor. A gente vê alguns países fechando presídios por falta de demanda e interdição, por ex-cesso de ocupação.

E estão chegando crimes mais sofisticados e violentos na região, não é?

Sim, já estou com 19 anos de experiência policial e, quando comecei, até mesmo crime de roubo era algo mais distante da nossa realidade diária. Hoje, estamos batendo muito pesa-do em cima do crime de roubo, porque ele está a um passo do latrocínio, onde o sujeito mata o outro pra roubar o patrimônio. Temos a evolução dos crimes cibernéticos e já estamos co-meçando outro projeto, fazendo rastreamentos de crimes ocorri-dos nas redes sociais.

Temos a intensificação da violência nos crimes. Em março, apreendemos uma sub metra-lhadora no interior de um veícu-lo no centro da cidade. Temos apreensões em massa de arma de fogo, feitas pela Polícia Militar e Polícia Civil. Temos o acentu-amento na quantidade de dro-gas que são apreendidas em algumas ações. Então, você vê que o crime cresce, não só em quantidade, mas na qualidade negativa.

Temos investido em tecno-logia na polícia também, com apoio do Consep, da juíza da Comarca, do promotor. Interna-mente, consegui o treinamento de todos os nossos policiais ci-vis ao manuseio de arma de fo-go de grosso calibre.

Enfim, temos que buscar al-go novo, não adianta tentarmos viver uma polícia de 1960, 1970. Está latente que não funciona, não funcionou até hoje, senão não teríamos esses crimes!

Dr. Rodrigo: “Estamos de braços abertos para acolher qualquer projeto que tenha a finalidade de melhorar o ambiente em que vivemos, principalmente na parte policial.”

“Nada é para sempre... Nem mesmo os nossos problemas” (Charles Chaplin)

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nossojornal / abr1812

Dia Internacional da Mulher Com garra, coragem e muito talento, as mulheres têm conquistado cada vez mais seu espaço na sociedade. Neste ano, o Sicoob Credioeste comemorou o dia 8 de março de maneira especial. Em nossas agências, recebemos mulheres que, de alguma forma, são destaques na sociedade, para contar um pouco sobre sua história de vida e sucesso. Confira quem foram nossas convidadas:

Rosa Maria Marques da Silva PA Matriz – Abaeté

É psicóloga, recentemente enfrentou um câncer e soube superar com positividade a doença. Trouxe, em seu relato, a importância da mulher e do ser humano em geral, o desejo de que nunca percamos o equilíbrio e a certeza de que o passado não muda, mas podemos aprender com os erros e buscar o equilíbrio.

Rosa ressaltou que devemos acreditar em nós mesmos, na nossa capacidade de evoluir e ficar atentos aos nossos pensamentos, pois eles são armas para lidar com o universo. Destacou, ainda a importância de dedicarmos mais tempo às pessoas e não às coisas, expressar os nossos sentimentos, não através de mensagens pelas redes sociais, mas olho no olho, pois, com exceção da morte, tudo nessa vida tem solução.

Psicóloga, professora de ensino superior na UEMG, sócia proprietária da Clínica Médica e Psicológica São José. Em sua trajetória, ocupou cargos públicos de destaque e coordenou inúmeros projetos sociais. Atua como palestrante e é escritora do livro “Simplesmente Fazenda”. Também foi jogadora de vôlei e ganhou

vários prêmios neste esporte. Faz estandartes para festas religiosas e mostrou, com sua história, que podemos fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

A palestra deixou a seguinte mensagem para todas as mulheres: “Somos do tamanho que nos permitimos ser. Sonhe, trabalhe, lute, insista... permita-se!”

Suely Machado PA Mercado Central – Contagem

É uma pessoa de espírito empreendedor. Aos 23 anos, abriu seu primeiro negócio no ramo de utilidades e lembranças e não parou por aí. Sua loja “Balaio de Gato” possui mais de 20 anos de história, sendo muito conhecida no Mercado Central de Contagem, onde ocupa dois boxes.

A cooperada não acredita que tenha sido sorte, mas sim muito esforço e dedicação, qualidades as quais tem certeza que herdou de seus pais.

Suely foi uma das primeiras cooperadas do PA e desde então tem contribuído para o fortalecimento da marca Sicoob dentro do Mercado Central de Contagem.

Nasceu e viveu na região da Serra do Palmital e Beira do Rio Indaiá, município de Paineiras. É associada, tem 85 anos, casada e mãe de 8 filhos.

D. Terezinha contou que, desde pequena, trabalhava como cozinheira e babá em casa de família. Seus patrões eram muito ricos e não permitiam sequer que ela se sentasse nas camas das crianças para fazê-las dormir. Esses mesmos patrões terminaram suas vidas na miséria.

Mesmo depois de casada, ainda muito pobre, por anos só comia arroz quebrado e feijão pagão. Teve

todos os filhos em casa, apenas com a ajuda do marido.Ressaltou muito que devemos ser humildes e

generosos. Citou, como exemplo, que sempre recebe vendedores ambulantes em sua casa e lhes serve o que comer e beber.

Atualmente reside em Paineiras e, desde 2012, faz tratamento contra um câncer. Ela brinca: “O dia em que a morte chegar, vou tentar negociar com ela. Só vou se não tiver mesmo jeito!”.

Muito alegre e extrovertida, deixou pra todos, lições claras e sábias de sempre tratar bem o próximo.

Lúcia Helena da Conceição ScarabeliPA Shopping Cidade – Belo Horizonte

Dentista, tem 60 anos, é casada e mãe de dois filhos. Enfrentou várias dificuldades, acompanhou o tratamento contra o câncer de sua mãe durante 11 meses, até que a mesma veio a óbito. Após um período curto de apenas 4 meses, seu marido sofreu um infarto, devido ao excesso de preocupações e transtornos que estava vivendo dentro de sua empresa.

Dia após dia, após tantos desafios, Lúcia Helena diz nunca ter perdido sua fé. Foi com essa determinação que ela realizou o sonho de formar-se em Odontologia. Atualmente, além de possuir seu próprio consultório, tornou-se síndica no condomínio Iracema, com o objetivo de regularizar as pendências do mesmo.

Sua história de sucesso é a consolidação de suas atividades perante a concorrência e mudanças na cidade, constituição de família, realização de um sonho de infância e forma de lidar com as situações adversas.

Silvana de Sousa Lino PA São José – Abaeté

Terezinha Antônia da Cunha Silva PA Paineiras – Paineiras

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nossojornal / abr18 13

Central de Atendimento Sicoob: 0800 642 0000 / Regiões Metropolitanas 4000 1111Ouvidoria: 0800 725 0996/Atendimento nos dias úteis – das 8h as 20hDeficientes auditivos ou de fala: 0800 940 0458 / www.sicoob.com.brCanal de comunicação de indícios de ilicitude: www.sicoobcredioeste.com.br

21/04/2018Lions Clube de Abaeté - Avenida Milton Campos, 635 - Renascença, Abaeté/MG - CEP: 35.620-0001ª Convocação: 14h 2ª Convocação: 15h 3ª e última Convocação: 16h

DATA: LOCAL:

HORÁRIO:

Participe da prestação de contas de 2017 e faça valer o seu direito de decidir o

futuro da nossa cooperativa. Sua presença é fundamental!

CRESCENDO JUNTOS POR UM IDEAL

N Ó ST O D O S

2 0 1 8

O outro sorteado do mês foi Aguinaldo Dias Pereira, do PA São Pedro, que ganhou uma Mala de Viagem

Formada em pedagogia, tem 64 anos, é aposentada como secretária escolar da rede pública de educação do Distrito Federal e universitária na UEMG/ Abaeté, onde cursa o 3° período de Serviço Social. Faz também bacharelado em Teologia.

A sua trajetória de vida baseia-se nos ensinamentos cristãos de seus pais, que foram a base de todo o progresso e conquistas dela e de seus irmãos. Ela relatou sobre a intolerância e discriminação religiosa que viveram no meio social, por serem protestantes.

Quando jovem, Anita foi diagnosticada com 4 ovos de

solitária na cabeça, episódio que provou e comprovou sua fé na cura da enfermidade.

Iniciou seus estudos em Teologia para aprimoramento de seu conhecimento, pois também é pastora consagrada pelo Ministério Internacional Vida Abundante - MIVA, com sede no Setor P Sul, Ceilândia DF, e atualmente congrega e coopera ministerialmente na Igreja Batista Nacional de Dores do Indaiá MG.

Em todas as fases da vida, sempre seguiu uma filosofia cristã: “tratai bem os de fora e aproveitai as oportunidades”. Sua trajetória é lembrada com honra, gratidão e muito esforço.

Aniversário Premiado Sicoob Credioeste a todo vapor

Fazemos questão de estar presentes e celebrar cada momento importante na vida de nossos associados.

Toda 2ª quinta-feira do mês, estamos ao vivo na Rádio Liderança para parabenizá-los e realizar um sorteio de brindes especiais.

Confira quem foram os associados sortudos do mês de março:

Pedagoga por formação, é casada, tem dois filhos e trabalha na creche municipal de Biquinhas.

A convidada contou histórias e depoimentos que preencheram a manhã com energia e alegria. Rivani presenteou a todos com dicas, conselhos, sugestões e histórias, que abordaram

vários temas: meio ambiente, família, profissão, vida pessoal e profissional, ética, sentimentos, relacionamento, dentre tantos outros.

No final, o pequeno buquê de flores entregue a esta mulher de grande coração e valor tornou-se simples demais diante do maravilhoso momento proporcionado por ela.

Contadora, casada e mãe de dois filhos. Relatou sua luta contra um câncer de mama desde a descoberta até a sua cura, uma história emocionante e uma lição de vida. Após a sua cura, ela sentiu a necessidade de fazer um trabalho voluntário no programa

“Doutores da Alegria”, onde faz visitas em diversos hospitais de Belo Horizonte que tratam o câncer infantil para levar um pouco de alegria e esperança aos hospitalizados. Ela destacou ser de grande aprendizado a realização deste projeto.

Anita Jesuina Guimarães PA Quartel Geral – Quartel Geral

Vera Lúcia Cesário Coelho PA Eldorado – Contagem

Rivani Xavier de Araújo PA Biquinhas – Biquinhas

Luciano Luiz Tavares PA Paineiras - Mochila

Débora Adriana da Silva

PA São José - Cooler

Marcos Vinicio Lopes e Silva PA Biquinhas - Bolsa Térmica

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nossojornal / abr1814

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIA GERAL

ORDINÁRIAAníbal Carlos de Oliveira Marques, na qualidade de síndico do Condomínio Balneário Mangaba, no uso de suas atribuições conferidas pela Convenção de Condomínio registrada junto ao Cartório de Registro Imobiliário da Comarca de Abaeté-MG., às fls. 109-V do Livro 3-A sob o nº.3.690 de 14/01/2003, convoca todos os condôminos e proprietários de lotes no “Condomínio Balneário Mangaba”, para reunirem em Assembleia Geral Ordinária, que em virtude de sua sede não comportar, se realizará no “Bar do Balneário Mangaba”, no próximo dia 28 de abril de 2018, em primeira convocação às 8:00 hs. (oito horas), com a presença de 50%( cinquenta por cento) dos condôminos/proprietários. Caso não haja número legal para instalação ficam desde já convocados para a segunda convocação às 9:00hs (nove horas) com qualquer número de condôminos/proprietários presentes , no mesmo dia e local, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

a) Apreciação da Prestação de Contas do Exercício de 2017.b) Assuntos de interesse geral.Abaeté-MG., 23 de março de 2018.

Aníbal Carlos de Oliveira MarquesSíndico

*Padaria Nicoli (Ref a Setembro, Dezembro/17 e Janeiro e Fevereiro/18) = 1.884,51*Viação Sertaneja (Ref a Dezembro/17 e Fevereiro/18) = 1.401,92*Casa Jafet (Gás / Ref. a Nov, Dez/17, Jan, Fev e Março/18) = 4.125,00*INSS (parcela dos meses 11,12, 01, 02 e 03/18) = 24.144,81(valor sem os juros)*Cemig (Venc: 05/12; 05/01; 05/02 e 05/03) = 8.278,42*Laboratório São Lucas (Referente a Out/ Dez/17 e Janeiro/18 = 2.098,00*Mercabrás = 140,70*Construfácil = 567,50*Contribuição Conselho Metropolitano 2,5% (De maio/17 a Fevererio/18 = 13.349,61*INSS (Funcionários / Venc: 20/03/18) = 3.615,73*Contabilidade Condesp (Valor até Março/18) = 5.038,77*Pax Santana (De Junho/17 a Março/18) = 9.969,30*Embala Tudo (Copos descartáveis e embalagens em geral) = 127,70*Drogaria Neofarma = 8.837,30

TOTAL DA DÍVIDA ATUALIZADA: R$ 83.579,27

VALOR R$ 1.668,5672.576,98 415,62

49.348,44124.009,60

DESPESASDESCRIÇÃODespesas administrativas e de funcionamento..*Despesa com pessoal e encargos sociais .......Despesas com água, energia e telefone ...........Despesas com medicamentos e exames ..........TOTAL DESPESAS ...........................................

VALOR R$ 5.780,00

44.030,5270,00

79.781,60129.662,12

RECEITASDESCRIÇÃODoações diversas, carnês .................................Benefícios dos Internos .....................................Bazar (Roupas usadas)......................................Repasse de 8 meses atrasados da SEDESE.....TOTAL RECEITAS .............................................

DEMONSTRATIVO DE RECEITAS E DESPESAS DA VILA VICENTINA DE ABAETÉ REFERENTE

AO MÊS FEVEREIRO/2018

*Incluem: Folha Pagamento (31.019,00), Tarifas bancárias (282,69), 13º dos funcionários (31.120,00), Encargos Trabalhis-tas (4.249,31), Férias (3.342,98) e Pessoas que cobriram férias dos funcionários (2.563,00)

SALDO EM 28/02/18: R$ 5.652,52 - utilizado para pagamento de algumas boletas e fornecedores.

OBS: Mesmo com este saldo no final de fevereiro/18, a dívida atualizada da Vila Vicentina em 29/03/18 é de R$ 83.579,27.

Segue demonstrativo da dívida atualizada da Vila Vicentina em 29/03/18. Solicitamos o apoio de todos, através de doações em espécie ou pagamento de algum de nossos fornecedores (vide lista abaixo). Qualquer valor doado será de grande importância para a instituição.

CONTAS PARA DEPÓSITOSCaixa Econômica Federal: C.C: 00000802-7 – AG: 1059Sicoob Credioeste: C.C: 7320-2 – AG: 3089Banco do Brasil: C.C: 19885-4 – AG: 0688

DEMONSTRATIVO DA DÍVIDA DA VILA VICENTINA DE ABAETÉ

*Bucha de limpeza*Shampoo*Condicionador*Hidratante*Luva de limpeza (tamanho G)*Bucha de Banho*Prestobarba

*Fraldas*Sabão em pó*Sabão em barra*Vassouras de litro e coqueiro*Desodorantes (Masculino e Feminino)*Papel toalha (para as

mãos)*Adoçante*Aveia*Farinha de linhaça*Alho*Açúcar

S.O.S VILA VICENTINAR$ 83.579,27. Este é o valor da dívida da Vila Vicentina, atualizada

em 28 de março de 2018. Confira, abaixo, os demonstrativos de Receitas e Despesas referente ao mês de fevereiro 2018 e a relação dos credores.

Contamos com a colaboração da comunidade para reverter esta situação. Além de contribuições financeiras, são bem vindas as doações de produtos muito utilizados no dia a dia da instituição:

Conheça a situação financeira da Vila Vicentina de Abaeté e colabore para o seu fortalecimento

“Às vezes, a felicidade está batendo à sua porta, mas você está no quintal, procurando o trevo de quatro folhas”. (Bruno Felipe Coach)

Quando Abaeté nasceu, todas as viagens eram feitas a cavalo ou a pé. No final do século XIX, gastava-se quatro dias para chegar a BH, viajando-se a cavalo e de trem. Em 1953, as jardineiras faziam o transporte de passageiros na recém-fundada empresa Irmãos Faria & Cia, a atual Viação Sertaneja.

M E M Ó R I A

RETRATAÇÃO Eu, Robisson Vilaça, venho me retratar das publicações feitas via Facebook ao capitão PM Luciano Antônio dos dos Santos, hoje major PM lotado em Belo Horizonte, ressaltando que o major Luciano Antônio dos Santos é pessoa honrada e idônea, cumpridor de suas funções dentro dos quadros da Polícia Militar de Minas Gerais sendo que, na data de hoje, é considerado meu amigo.

Abaeté 05 de março de 2018. Robisson Vilaça

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Nos termos do Estatuto, convoco os senhores Conselheiros do Abaeté Atlético Clube para a reunião da Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se na AABB desta cidade, no dia 02/04/2018, às 18 horas, para o fim de deliberarem sobre os assuntos em pauta: 1) reforma do gramado; 2) aprovação projeto de construção dos vestiários do AAC.

Abaeté (MG), 15 de março de 2018.

ARNON LOURENÇO DE MEDEIROS FILHO

Presidente do Conselho Deliberativo

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nossojornal / abr18 15

Dia 10 de março, cerca de 500 pessoas da Forania de Abaeté partici-param da comemoração do Centenário da Diocese de Luz. Acolhidos pelo bispo Dom José Aristeu e pela Cúria, os peregrinos visitaram o Centro de Memórias, o Centro Missionário e o Seminário.

Houve também a celebração da Santa Missa presidida por Dom Aristeu e con-celebrada pelos padres da forania. Após, todos estiveram reunidos no salão dioce-sano para um momento de confraterniza-ção.

As cidades que compõem a Forania são Abaeté; Biquinhas; Cedro do Abaeté; Dores do Indaiá; Estrela do Indaiá; Morada Nova de Minas; Paineiras; Quartel Geral e Serra da Saudade. O vigário forâneo é o Monsenhor Olavo Jacinto Sobrinho.

MEMÓRIAEis aí o glorioso Time dos Professores da

CNEC, nos idos de 1969. Os mestres sempre perdiam para seus alunos, mas nesta partida - 22 de junho de 1969 - saíram vitoriosos com gol de cabeça de Laércio e outro de pênalti, co-brado por Silvinho. Os alunos da 4ª série joga-ram bem, mas a técnica dos professores falou mais alto. Resultado: 2 x 0. O juiz da partida foi o Prof. Indelécio e o chute inicial foi dado pelo Dr. Tomé Lucas Pereira. Na foto, vocês conferem, da esquerda para a direita: Dr. Darci (promotor), João Dias, Sílvio, Carlos, Silvinho e Élcio (em pé); Laércio, Gerson, Colírio, Dr. Sizínio e Zé Arcanjo (agachados).

(Texto Gerson Lopes publicado na edição de abril 98)

Abaeté presente na celebração do Centenário

da Diocese de Luz

“Todas as coisas encontram o seu lugar quando nós encontramos o nosso”.

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nossojornal / abr1816

Com o objetivo de promover uma administração com transparência e res-peito ao dinheiro público, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Abaeté di-vulga, abaixo, o Balancete Resumido das Despesas e Receitas do Legislativo nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2018.

RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA

BALANCETE RESUMIDO DAS DESPESAS

Repasse à CâmaraTOTAL DA RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIATOTAL GERAL DA RECEITA

Manutenção do Corpo LegislativoVencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil Diárias - Pessoal Civil Total do Projeto / Atividade

Programa Assistência Médica e Farmacêutica Servidores MunicipaisServiços de Terceiros - Pessoa Jurídica Total do Projeto / Atividade

Manutenção das Atividades da CâmaraContratação por Tempo Determinado Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil Diárias - Pessoal Civil Material de Consumo Serviços de Consultoria Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica Total do Projeto / Atividade

Previdência Social e SeguradosObrigações Patronais Total do Projeto / Atividade

Atividades do Centro de Atendimento ao CidadãoVencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil Diárias - Pessoal CivilMaterial de ConsumoOutros Serviços de Terceiros - Pessoa FísicaOutros Serviços de Terceiros - Pessoa JurídicaTotal do Projeto / Atividade

TOTAL DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA

38.392,02

38.962,02

2.569,072.569,07

4.508,5530.842,47

380,001.315,693.455,00

770,0441.271,75

4.050,34760,00

214,89

5.025,23

87.258,07

38.392,02380,00

38.772,02

2.660,452.660,45

34.014,06

405,003.455,001.422,507.088,58

46.385,14

12.584,7712.584,77

4.190,00

82,002.000,00

201,636.473,63

106.876,01

76.784,041380,00

77.164,04

5.229,525.229,52

4.508,5564.856,53

380,001.720,696.910,001.422,507.858,62

87.656,89

12.584,7712.584,77

8.240,34760,0082,00

2.000,00416,52

11.498,86

194.134,08

161.278,33177.398,18177.398,18

161.278,33177.706,27177.706,27

322.556,66355.104,45355.104,45

Confira o Balancete Completo no site www.camaraabaete.mg.gov.br

DESCRIÇÃO

DESCRIÇÃO

JANEIRO

JANEIRO

FEVEREIRO NO ANO

FEVEREIRO NO ANO

Administração Transparente

- Projeto de Lei 002/2018 “Dispõe sobre desafetação e doação

de imóvel à Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais – COHAB MINAS ou aos beneficiários finais, na forma e condições que especifica e dá outras providências”, de autoria do Executivo.

(Trata-se de uma parceria entre o município e a COHAB com o intuito de serem edificados, através programas sociais habitacionais, 96 (noventa e seis) apartamentos numa área de 6.560,45 m² localizada no loteamento Sagrada Família, bairro São Pedro, onde o município já possui uma infraestrutura implantada.)

- Projeto de lei 004/2018 - “Referenda o aditivo de prorrogação de

vigência para o ano de 2018 do convênio celebrado com a APAM- Associação de Proteção ao Menor e dá outras providências”, de autoria do Executivo.

(A APAM tem sua sede na cidade de Pitangui e abriga crianças e adolescentes de ambos os sexos que se encontrem em situação de vulnerabilidade social.

As crianças de nosso município são encaminhadas pelo Conselho Tutelar para a APAM onde permanecem internadas aguardando o pronunciamento da Justiça. Mediante o convênio o município repassa mensalmente para a Associação o valor de R$ 3.300,00 acrescido de R$ 937,00 por cada criança ou adolescente acolhido.)

- Projeto de Lei 005/2018 “Altera a Lei Municipal 2753/2018 e

dá outras providências”, de autoria do Executivo.

(A lei 2.753/18 autorizou o município a realizar a transferência para o Hospital São Vicente de Paulo de um recurso no valor de R$184.300,00 do Ministério da Saúde oriundos de Emendas Parlamentares dos Deputados Federais Eduardo Barbosa e Marcus Pestana. Tais recursos foram creditados na conta do Fundo Municipal de Saúde e necessitam de autorização legislativa para serem transferidos ao Hospital. O Projeto de Lei 005/18 está apenas alterando a forma de como será feita tal transferência.)

Mais de 100 reclamações já foram registradas pelo Centro de Atendimento ao Consumidor / Procon Câmara, desde a sua inauguração em 23/10/2017, como uma ferramenta para solucionar conflitos e buscar o equilíbrio nas relações de consumo, por meio da realização de acordo entre as partes.

Deste total, 70% foram resolvidas por telefone. E, desde janeiro de 2018, foram instaurados 15 procedimentos administrativos contra empresas que não aceitaram o acordo.

Segundo a coordenadora e assessora jurídica do CAC/Procon Câmara, Maria Emília de Araújo Alves, as principais reclamações dos consumidores são com relação à telefonia móvel, serviço de internet, cancelamento de cartão

de crédito sem prévia solicitação, fornecimento de água e energia elétrica, desistência de consórcio, restrição perante órgãos de serviço de proteção ao crédito, produtos defeituosos, renegociação de financiamento e de empréstimo bancários, cancelamento de cobranças bancárias indevidas e restituição de valores, cancelamento de serviços não autorizados oriundo de débito automático e restituição da quantia cobrada indevidamente.

No mês de março, foram registradas 36 reclamações. O relatório completo de atividades, com a relação das reclamações e das empresas reclamadas, pode ser encontrada no site da Câmara Municipal de Abaeté: www.camaraabaete.mg.gov.br

CAC/ Procon Câmaraum grande aliado da população

Projetos de Leis Aprovados:

Proposições de Leis em Tramitação- Projeto de Lei Complementar

001/2018 “Altera dispositivos da Lei

Complementar 34/2008 que trata da contratação temporária de pessoal para o PSF – Programa de Saúde da Família e Programa de Vigilância Epidemiológica nos termos do art. 37, inciso IX, da CF e dá outras providências”.

(Nos moldes da Lei Complementar 34 de 2008, todos os contratos temporários relativos aos Programas de Saúde da Família e de Vigilância Epidemiológica são encerrados anualmente. Com a alteração prevista no projeto de lei complementar

001/18 em comento, todos os contratos terão vigência enquanto durar os programas.)

- Projeto de Lei 006/2018 “Dispõe sobre a cessão de imóvel que

especifica e dá outras providências”, de autoria do Executivo.

(O município está cedendo, em regime de comodato, um imóvel constituído de 3.000 m², de uma gleba de terras localizada na Casemg, às empresas Vilmar Soares da Costa e JRE Comércio Varejista e Atacadista de Carvão Ltda, mediante condições expressas no projeto.)

ACOMPANHE AS TRANSMISSÕES AO VIVO DAS REUNIÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DE ABAETÉ:

- no site www.camaraabaete.mg.gov.br (áudio e vídeo)- na Rádio Atividade Sertaneja- na Rádio Liderança FM

Todas as segundas-feiras, a partir de 20 horas

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O presidente da Cohab Minas, Alessandro Marques, recebeu, dia 27 de março, o prefeito de Abaeté, Armando Greco Filho. A reunião foi para aprovação do projeto de 96 de apartamentos desenvolvi-dos pela Cohab e que serão cons-truídos no Loteamento Sagrada Família.

As unidades serão distribuídas em seis blocos de quatro andares, com quatro apartamentos por an-dar. Os apartamentos terão dois quartos, sala, cozinha e banheiro e irão integrar um condomínio com vagas de estacionamento - uma por apartamento - e área de lazer com playground e churrasqueira.

Para o presidente Alessandro, a atuação da Companhia mais próxima dos municípios é muito importante para efetivar e agilizar os projetos. “A parceria e o em-

Despertar o prazer, a leitura e a escrita é nosso objetivo, através de LEITURAS DELEITE, RECONTOS, FICHAS LITERÁRIAS, REVISÃO DE TEXTOS, entre outros.

A Escola Municipal “Senador Souza Viana” quer ir além dos muros escolares e convida todas as escolas e comunidade a participar do nosso projeto. Venham conhecer nossa biblioteca e fazer parte desse lindo trabalho.

Em março, os alunos do quinto ano da E.M.”Chico Cirilo” visitaram a Biblioteca e Sala de Leitura da E. M. “Senador Souza Viana”. Eles amaram o espaço e agradecem à direção e bibliotecária pela receptividade.

No final de março, a Administração Municipal recebeu mil mudas para a arborização urbana. Elas estão no viveiro municipal para serem plantadas em breve, segundo o prefeito Armando Greco Filho e o secretário Antônio Valadares Tavares. ABAETÉ CADA VEZ MELHOR.

Prefeito de Abaeté aprova projeto para a CONSTRUÇÃO DE 96 APARTAMENTOS

penho do prefeito Armandinho foi fundamental para que chegásse-mos a essa aprovação. A partir do momento em que começarmos a empreender, poderemos melhorar muito a vida das famílias mineiras,

contribuindo para que realizem o sonho de adquirir um imóvel, deixando de pagar aluguel para investir em algo próprio”, afirmou Alessandro Marques.

Cohab Minas e a Prefeitura

Abaeté vem discutindo o projeto desde novembro de 2017, quan-do o prefeito esteve pela primeira vez na sede da Companhia, em Belo Horizonte. “Desde o início tivemos um grande acesso à Co-

hab e fomos muito bem atendidos pelo presidente e sua equipe. Este será, sem dúvida, um empreendi-mento de grande vulto que não se faz em Abaeté há muitos anos”, comentou o prefeito Armandinho.

O empreendimento é fruto da parceria entre a Prefeitura de Aba-eté e a Cohab Minas renovada em fevereiro deste ano quando Ales-sandro Marques e Armando Greco assinaram o Protocolo de Coope-ração Mútua e Parceria.

Armando Greco também rece-beu o diploma de Prefeito Amigo da Cohab após aderir ao Progra-ma Cohab Mais Perto e aproximar a Companhia dos moradores do Conjunto Habitacional Juiz José de Castro Pires. Desde então a pre-feitura tem profissionais treinados para atender aos moradores das 145 casas construídas em 1982.

O presidente da Cohab Minas e o prefeito Armando Greco Filho assinara o contrato dia 27 de março.

Em março, as Escolas Municipais da Educação Infantil ao Ensino Fundamental de Abaeté receberam os Kits Escolares, organizados de forma a atender a faixa etária de cada aluno. É o quinto ano consecutivo que o prefeito Armando Greco Filho faz esta distribuição, juntamente com a

Secretária Municipal de Educação Ivanete Soares de Souza Lima Zica, por considerar a educação como grande prioridade da administração.

A comunidade escolar agradece ao Prefeito, à Secretária de Educação e a todos que se empenharam por essa contribuição.

Projeto NAS ONDAS DA LEITURA

Distribuição de Kits escolares Arborização Urbana

A escola “Senador Souza Viana”, a minha escola, está desenvolvendo um projeto chamado “Nas ondas da leitura”.

A biblioteca da escola está linda e é muito rica em livros, revistas e gibis.

Gosto muito de ler. Agora estou lendo a coleção da revistinha da Turma da Mônica Jovem e fazendo o reconto escrito no caderno e oral na sala de aula.

Todos que pegam livros na biblioteca fazem o mesmo. Quando gostamos do reconto do colega, pegamos aquele livro para ler, por isso o reconto oral é legal.

Espero que todos os alunos da escola aproveitem o projeto ao máximo e aprendam a ser leitores como eu.

Mateus da Silva Costa5º Ano – Professora Lourdinha

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nossojornal / abr1818

Dia 8 de março, o supe-rintendente operacional Cen-tro e Oeste da Copasa, João Martins, o gerente regional Daniel Antunes e o prefeito Armando Greco Filho assina-ram uma ordem de serviço, autorizando o início das obras de substituição das redes de distribuição de água na ci-dade. Dessa forma, todas as redes velhas de ferro fundido, que já existem há anos, serão totalmente substituídas por tubos de pvc. Serão também implantados ramais e mais de 7 mil metros de adutoras, que irão ligar os poços perfu-rados pela Copasa aos reser-vatórios já existentes. “É uma situação que dá uma tranqui-lidade para a Copasa e à po-pulação de Abaeté, porque, numa eventualidade de não termos como tratar a água do Marmelada, poderemos utili-zar a água desses poços que têm capacidade de sobra pa-ra a necessidade de Abaeté”, destaca João Martins.

Com as obras, a perspec-tiva é que eventuais situações de desabastecimentos não voltem a ocorrer, como nos

últimos anos. “No momento que fomos iniciar as interven-ções nas ruas, faremos co-municados à população de que, por um período, teremos um transtorno decorrente das obras. Logicamente, será pas-sageiro, mas o benefício será permanente”, ressalta.

Ainda segundo João Mar-tins, todas as ruas onde hou-ver intervenção da Copasa serão, posteriormente, recu-peradas e limpas pela em-presa. A obra tem investimen-to de mais de R$ 3 milhões. “Temos uma cobrança muito forte do prefeito com respeito à recomposição de pavimen-tos na cidade. Então, vamos aprimorar nosso trabalho de recomposição, fiscalizar e acompanhar mais de perto as empreiteiras que fazem esse tipo de serviço para que ve-nhamos a ter a qualidade es-perada e cobrada pelo prefei-to municipal”, avisou Daniel. “Com essa obra, Abaeté vai ficar uma das cidades mais bem abastecidas do Estado de Minas Gerais, porque vai ter o dobro de sua capacida-de”, completa.

E D I T A L CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL PESSOA FÍSICA -

EXERCÍCIO DE 2018A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em conjunto com as Federações Estaduais de Agricultura e os Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais com base no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1.971, que dispõe sobre a arrecadação da Contribuição Sindical Rural – CSR, em atendimento ao princípio da publicidade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêm NOTIFICAR e CONVOCAR os produtores rurais, pessoas físicas, que possuem imóvel rural, com ou sem empregados e/ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como “Empresários” ou “Empregadores Rurais”, nos termos do artigo 1º, inciso II, alíneas “a”, “b” e “c” do citado Decreto-lei, para realizarem o pagamento das Guias de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural, referente ao exercício de 2018, em conformidade com o disposto no Decreto-lei 1.166/71 e nos artigos 578 e seguintes da CLT O recolhimento da CSR ocorre até o dia 22 de maio de 2018, em qualquer estabelecimento integrante do sistema nacional de compensação bancária. As guias foram emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - SRFB, remetidas, por via postal, para os endereços indicados nas respectivas Declarações, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996, e o 8º Termo Aditivo do Convênio celebrado entre a CNA e a SRFB. Em caso de perda, de extravio ou de não recebimento da Guia de Recolhimento pela via postal, o contribuinte poderá solicitar a emissão da 2ª via, diretamente, à Federação da Agricultura do Estado onde tem domicílio, até 5 (cinco) dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ainda, pela sua retirada, diretamente, pela internet, no site da CNA: www.cnabrasil.org.br. Qualquer questionamento relacionado à Contribuição Sindical Rural - CSR poderá ser encaminhado, por escrito, à sede da CNA, situada no SGAN Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA, Brasília - Distrito Federal, Cep: 70.830-021 ou da Federação da Agricultura do seu Estado, podendo ainda, ser enviado via internet no site da CNA: [email protected]. O sistema sindical rural é composto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agricultura e/ou Pecuária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais. Brasília, 02 de abril de 2018.

João Martins da Silva Júnior Presidente da Confederação

“Cuidado para não transformar a religião em uma bengala, para proteger a forma como interpreta a realidade”. (Wallace Lima)

Copasa anuncia início da substituição das redes de água na cidade

Esgotamento SanitárioCom relação às obras pa-

ra a sistema de esgotamento sanitário, João Martins in-formou que o projeto já está finalizado e as obras devem começar ainda no primeiro semestre. “Estão previstas redes coletoras, interceptores ao longo de todos os córre-gos, 4 unidades de bombe-amento e a estação de trata-mento”, diz.

Segundo ele, essa será uma das obras de maior in-vestimento na região, mais de R$ 15 milhões. “Já come-çamos a eliminar todos os lançamentos de esgoto nos córregos. Vamos direcionar para a estação de tratamen-to que será implantada e que virá, logicamente, a tratar todo esse esgoto coletado”, informa.

A desativação da lagoa sanitária é outro ponto de grande importância. “É um compromisso que não abro mão”, destacou o prefeito Ar-

mando. “Com a implantação dos interceptores, teremos condição de interceptar o esgoto que, hoje, é lançado naquela lagoa. Com isso, ela deverá ser totalmente drena-da, faremos o aterro e o mu-nicípio poderá e deverá utili-zar aquela área em benefício da população”, completou João.

Conforme estabelecido no contrato com o município, a cobrança pelo tratamento do esgoto só terá início após a conclusão da obra. “O con-trato de concessão de esgo-to de Abaeté é diferente de qualquer outro que a Copasa tenha assinado até então. Essa condição da tarifa vir somente após a obra estar concluída já é um diferencial.

A área onde será cons-truída a ETE ainda não foi definida e, segundo informa-ções, nos próximos dias uma equipe de projetistas virá até a cidade para fechar em de-finitivo a locação dessa obra.

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nossojornal / abr18 19

Rótulos bonitos, cores cha-mativas, essências agra-dáveis. Seja na farmácia,

no supermercado ou loja de cosmé-ticos, é super comum nos deparar-mos com uma infinidade de opções de produtos de higiene e beleza voltados ao público infantil. São os pequenos consumidores que fazem do Brasil um dos maiores mercados mundiais para cosméticos infantis.

E nós, pais, ficamos na mão do fabricante na hora de escolher o que é seguro ou não para os nossos pequenos. De produtos de higiene básica, como sabonete e xampu, a esmaltes, perfumaria e maquia-gens, devemos sempre avaliar a segurança e a real necessidade dos itens destinados às crianças, pois a pele infantil é mais fina e porosa do que a pele adulta. Por isso, absor-ve mais os produtos químicos e tem maior risco de apresentar reações alérgicas graves. Então, como saber na hora de comprar?

Para garantir que se adquira um produto de qualidade e seguro, a Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária (Anvisa) orienta que devemos sempre localizar o número de regis-tro do órgão na embalagem. A indi-cação do registro pode ser precedi-da pelas iniciais MS, ANVS ou pelo nome Anvisa seguido de um núme-ro com 9 ou 13 dígitos, que sempre se inicia com o número 2.

Antes de serem registrados, os produtos passam por uma detalha-da análise técnica, onde se verifica a sua conformidade com a legislação

sanitária vigente, incluindo análise da segurança do produto e os di-zeres de rotulagem. As crianças de-vem utilizar apenas produtos infan-tis, pois são elaborados de forma a manter as características da pele da criança. Alguns produtos são der-matologicamente testados ou hipo-alergênicos. Isso significa que foram testados sob o controle de médicos dermatologistas, o que reduz o risco de surgimento de alergia.

Além disso, as embalagens não devem ser na forma de aerossol, precisam conter sistemas e válvulas de dosagem que permitam liberar pequenas porções do produto e não tenham extremidades cortantes ou perigosas. De qualquer forma, sempre que for usar um produto cosmético, a criança deve ser su-pervisionada por um adulto.

SEGUEM ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA OS PAIS:Maquiagens: É preciso ter baixo

poder de fixação e ser facilmente removida da pele utilizando água. A Anvisa permite que as maquiagens contenham substâncias que possu-am gosto ruim (amargo) para evitar que a criança leve o produto à boca.

Shampoos e sabonetes: crian-ças precisam usar shampoos es-pecíficos, pois possuem agentes de limpeza suaves. O mesmo vale para sabonetes.

Esmaltes: São permitidos aque-les à base de água, removidos sem precisar usar acetona ou remove-dor. O cheiro dos esmaltes infantis

é bem diferente dos esmaltes para adultos, pois não possuem solven-tes.

Fixadores de cabelo: podem ser coloridos, perfumados e ter efei-to luminoso. Orienta-se que sejam usados em crianças a partir dos três anos de idade e aplicados exclusi-vamente por adultos.

Protetores solares: geralmente são indicados a partir dos seis me-ses de idade. O fator de proteção solar (FPS) do produto a ser utiliza-do nas crianças deve ser no mínimo 15, de acordo com o fototipo de pele ou conforme recomendação mé-dica. Quanto maior o valor de FPS do produto, maior a proteção pro-porcionada. Em caso de exposição intensa (piscina ou praia), deve ser reaplicado a cada duas horas.

Bom, no final da história, o bom senso prevalece pois, quanto mais cedo batons, esmaltes, sombras e outros produtos do gênero entrarem em contato com a pele de crianças, maiores as chances de desencade-arem alergias.

Apesar de passarem por tes-tes, nenhum desses produtos, nem mesmo os desenvolvidos para uso infantil ou os hipoalergênicos, apre-sentam risco zero para dermatites de contato. Aos poucos, o sistema imunológico vai sendo estimulado até chegar ao ponto de desenca-dear uma dermatite. Isso ocorre ao longo da vida. É como se fosse um copo vazio debaixo de uma tornei-ra pingando. O sintoma é quando o copo transborda.

Uso de Cosméticos em Crianças BRINCADEIRA PERIGOSA

Thaís Neri dos Reis CarvalhoFarmacêutica Cosmetologista e mãe da Ivie, de 2 anos e meio

Sejam bem vindos os pequeninos cidadãos recém-chegados à Cidade-Menina: Ni-colas Emanuel (dia 28/02, filho de Flávia Michele), Maria Clara (dia 01/03, filha de Ali-

ne e Harlei), Helena Aparecida (dia 02/03, filha de Aline e Louguinei), José Miguel (dia 05/03, filho de Michele e Juarez), Nicolle Gabriele (dia 05/03, filha de Dayana e Carlos Leandro), Analú (dia 06/03, filha de Daniela e Maicon), Valentynna (dia 08/03, filha de Jaqueline Milene), Kauan Miguel (dia 09/03, filho de Jeane e Ailton), Maria Sophia (dia 11/03/, filha de Taís e Lucas), Antônio Gabriel (dia 14/03, filho de Iolanda e André), Heitor (dia 15/03, filho de Lígia e Pedro Henrique), Maria Vitória (dia 15/03, filha de Aniele Jussara e José Vicente), Bernardo Henrique (dia 19/03, filho de Je-nifer e Jeferson), Ana Gabriella (dia 20/03, filha de Daiany e Leonardo), Isabela (dia 26/03, filha de Eliane e Marcos Roberto), Renan (dia 27/03, filho de Rènia Cristina e Varlen), Anna Victória (dia 28/03, filha de Patriciana e Adélio).

Noticiamos a partida dos seguintes con-terrâneos de volta à Pátria Espiritual: João Lucas Gabriel Pereira (dia 03/03), Willian Barbosa Silvério (dia 03/03), Joaquim Alves

de Andrade Sobrinho (dia 04/03), Maria do Carmo da Silva (dia 04/03), José Neri Sobrinho (dia 07/03), Raimunda Maria da Silva (dia 08/03), Maria Helena Vieira (dia 12/03), José Silvério Ferreira Diniz (dia 15/03), Wenderson Conceição (dia 16/03), Maria Aparecida da Silva (dia 17/03), Re-gina Celi Pereira (dia 18/03), Arnaldo An-tônio Barbosa (dia 20/03), Ricardo Xavier de Sousa (dia 22/03), Sebastião Soares da Silva (dia 22/03), Maria Madalena de Macedo (dia 25/03), Aparecida Francisca Lucas (dia 27/03), Elza Maria da Silva (dia 27/03), Jesuína Francisca de Jesus (31/03), Roni Lourenço da Silva (dia 01/04), Irene de Souza Santos (dia 03/04).

Parabéns aos no-vos casais: Michelli Alboreto e Joice Priscila (dia 02/03), Gilson e Lívia (dia 09/03), Guilherme e Fernanda Nayara (dia 09/03), Kêne-

de Pierre e Amanda (dia 09/03), Maicon Cícero e Adriana Fernandes (dia 09/03), Moisés Antônio e Bárbara (dia 09/03), Raimundo e Maria José (dia 09/03), Josinei Bento e Larisse (dia 15/03), Geraldo Fer-nandes e Gláucia Helena (dia 16/03), Rivair Batista e Rosimeire Sebastiana (dia 16/03), Alexandre e Luisa Helena (dia 23/03).

“Esta é a lei: só mudamos o mundo a partir de nós mesmos.” (Wallace Lima)

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nossojornal / ago1716

Lotes a partir de 300m²

490,00PARCELAS APARTIR DE

LANÇAMENTO DA FASE II DE SEU

EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO

R E S I D E N C I A L

com Infraestrutura completa

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nossojornal / abr18 21

Parabéns, BRUNO e LUCAS DE OLIVEIRA, pela aprovação de vocês na Universidade Fe-deral de Brasília (UNB), no curso de Engenharia. Estamos muito orgulhosos por essa conquista, tão merecida!

Agradecemos o apoio e a participação de todos os professores e amigos na realização deste sonho! Agradecemos também a Celso, Ruth e seus filhos pela carinhosa acolhida dos sobrinhos e primos em Brasília.

Sabemos que esta jornada de sucesso está só começando. Que Deus os abençoe nessa nova fase!

Um grande abraco de sua irmã Renata e seu pai Roberto de Oliveira.

DOIS IRMÃOS GÊMEOS, MUITO UNIDOS, BATALHADORES E VITORIOSOS!

Desde o dia 8 de março, professores da E. E. “Dr. Edgar-do da Cunha” estão em greve e, na manhã do dia 27, os do-centes do 6º ao 9º ano da E. E. “Frederico Zacarias” decidiram juntar forças e aderir ao movi-mento, que cresce em todo o estado, sob liderança do Sind--UTE. A greve vem causando transtornos e polêmicas na ci-dade, em especial com a não aceitação dos pais de alunos no que se refere à paralisa-ção, que já dura quase um mês, ainda sem perspectivas de acordo.

Em Assembleia realizada em Belo Horizonte no dia 04 de abril, a categoria decidiu que a greve deverá continuar até, pelo menos, 10 de abril, com a promessa de que a As-sembleia Legislativa entre com uma Proposta de Emenda Constitucional que colocaria o piso nacional na Constituição do Estado.

A PEC chegou ao Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) no dia 4 e os profis-sionais terão até o próximo dia 10 (terça-feira), para discutir a proposta.

Motivos da greveEm entrevista à Rádio Lide-

rança, as professoras Gisele Pereira e Maria Eni explicaram os motivos que levaram à essa paralisação.

O primeiro ponto foi o acordo sobre o piso salarial da categoria assinado, em 2015, pelo governador Fernando Pi-mentel que não foi cumprido. “Há dois anos, nossos salários estão sendo parcelados em três vezes durante o mês. O 13º também não foi pago na data certa e foi dividido em 4 vezes”, destacou Gisele. “O ano escolar deveria ter co-meçado em 1º de fevereiro e o ano letivo, no dia 5, mas no dia 19 de janeiro, recebemos a informação do governador de que haveria essa mudança no calendário, esse adiamento. As aulas só começaram dia 19 de fevereiro. Além disso, o IPSEMG, que é nosso plano de saúde, não está tendo re-passe pelo governo. Então, os médicos e hospitais estão dei-xando de nos atender devido à falta de pagamento do go-verno”, completa.

A lista de reivindicações não para por aí. Os problemas enfrentados pelos profissio-

nais da categoria são vários. “O retroativo do Adveb (Adi-cional de Valorização da Edu-cação Básica) está sem pa-gamento de funcionários com mais de 5 anos de serviço. Os descontos dos empréstimos consignados não estão sen-do repassados às instituições financeiras, ou seja, está ha-vendo o desconto na folha de pagamento, porém não está sendo pago aos bancos. Com isso, o nome dos funcionários está negativado”, completa Gi-sele, destacando também que elas não mais possuem data fixa para receberem seus pa-gamentos.

As professoras aproveita-ram a ocasião para convocar os demais profissionais da ci-dade e da região que ainda não aderiram ao movimento para fazerem parte, deixando--o ainda mais forte. “Ninguém quer fazer greve, ninguém faz greve por prazer, mas chega um momento em que o diá-logo termina e a única forma de pressão é através de uma greve, é nosso último recurso”, destacou Maria Eni, reiterando que todos os dias de paralisa-ção serão repostos posterior-mente.

Professores em greve pelo pagamento do piso salarial

Muitas vezes conterrâneos perguntam quem foi fulano ou sicrano, referindo-se a nomes das escolas, grupos escolares ou ginásios de Abaeté.

A ignorância é geral, sem justificativa. Acredi-to que nem mesmo professoras, atuantes nestas unidades, tenham pleno conhecimento do patrono ou fundador de sua escola. Vamos desembaraçar esta linhada?

Antônio Zacarias Álvares da Silva (BARÃO DO INDAIÁ), natural de Martinho Campos e primeiro Prefeito de Abaeté era pai de FREDERICO ZACARIAS Álvares da Silva (Sinhô), estudante de Direito e que teve de abandonar os estudos, por moléstia incu-rável à época. Mesmo assim, trabalhou como rá-bula em Abaeté. O ex-Juiz de Direito e ex-Prefeito Theodoreto Ribeiro de Paiva e outros advogados assinavam para ele seus processos judiciais. Era muito culto e dominava o Direito, mas não pode obter o diploma. Faleceu na década de 1930, no Sanatório Santa Isabel, em Betim.

O Barão do Indaiá era tio e sogro de Theofilo Ezequiel de Oliveira Campos (TENENTE EZEQUIEL), grande fazendeiro e comerciante e que era sogro do médico José Cândido de Souza Vianna (SENA-DOR SOUZA VIANA).

Dr. Vianna, que foi médico e prefeito de Abaeté por 17 anos, era sogro do advogado DR. EDGARDO DA CUNHA PEREIRA, natural do Serro e que dá seu nome ao Fórum de Abaeté e a uma rua no Bairro Simão da Cunha (que era seu filho). Dr. Edgardo da Cunha era o sogro do Dr. José de Campos Melo - Dr. Melo, que fundou e foi o primeiro Diretor do primeiro Ginásio masculino de ABAETÉ- a CNEC.

Resumindo:Barão do Indaiá era pai de Frederico Zacarias

e sogro do Tenente Ezequiel, que era sogro do Se-nador Souza Vianna. Este era sogro do Dr. Edgardo da Cunha Pereira que foi o sogro do Dr. Melo.

Quem é quemEdgardo José de Campos Filho

“Lembrete: a vida não tem que ser perfeita para ser maravilhosa”.

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nossojornal / abr1822

Na esquina das ruas 13 de maio com Frei Teófilo, ao lado da E. E. Dr. Edgardo da Cunha Pe-reira, começa o Bairro Santa Te-rezinha, um dos menores e mais tranquilos de Abaeté. Loteado no início da década de 1960 pelo ex--prefeito e médico Dr. Edgardo da Cunha Pereira, falecido em feve-reiro de 2.000, o bairro conta hoje com 280 lotes.

Até poucos anos, era quase todo residencial. Hoje, faz divisa com a fábrica de rações da Co-operabaeté e abriga o posto de combustíveis, o armazém, o gal-pão e a loja de conveniência da Cooperativa, além de outras em-presas.

Nesta edição, o Nosso Jornal conta um pouco da trajetória des-se bairro através da história de vida de uma de suas mais antigas moradoras, a costureira e líder co-munitária D. Madalena Marques da Silva.

SANTA TEREZINHA EM DESTAQUE

“Pare de pedir tanto e seja grato por tudo o que você já conquistou até aqui”. (Bruno Felipe Coach)

Vista aérea parcial do Bairro Santa Terezinha (abaixo à esquerda), em dezembro de 2014

Uma reivindicação dos moradores é o asfaltamento da Rua 03 de maio, próximo à igreja Santa Terezinha. “É buraco puro e está difícil para as pessoas de mais idade irem à missa. É um perigo es-corregar e cair porque, quan-do chove, a enxurrada desce com muita força e já abriu muita cratera”, esclarece D. Madalena.

Segundo o secretário de governo, Armando Greco neto (Netinho), a rua será as-faltada em breve.

As empresas da Coopera-baeté impul-sionam o de-senvolvimento comercial do bairro, antes estritamente residencial.

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nossojornal / abr18 23

Uma das mais antigas moradoras do Bairro Santa Terezinha é a lí-

der comunitária Madalena Mar-ques da Silva, 82 anos. Nascida e criada em Santa Cruz, zona ru-ral de Abaeté, ela veio para a ci-dade no início da década de 60, trabalhar como costureira para D. Elza do Jair Andrade e diver-sas outras famílias. Morou com a mãe em barracões de dois cô-modos na antiga Avenida Delfim Moreira (hoje Simão da Cunha), na Rua 13 de maio e na avenida Barão do Indaiá. Em 1965, com-prou um lote na antiga fazenda do Dr. Edgardo da Cunha Perei-ra Filho, construiu um barracão de quatro cômodos e passou a ser uma das primeiras morado-ras do bairro Santa Terezinha, como ela mesma conta, em en-trevista ao Nosso Jornal:

Como era o Bairro Santa Te-rezinha, quando a senhora se mudou para cá?

Quando eu comprei esse lote, em 1965, toda esta área era lavoura de girassol e mandioca. À vista, o preço do lote era 170... nem sei o que se falava mais. Acho que eram 170 cruzeiros. Sei que comprei à prestação, saiu por duzentos e poucos, eu pagava 10 por mês. Quando construí o barracão, aqui não tinha nem água, nem luz, muito menos calçamento. Não tinha nem rua traçada, era tudo mato e umas trilhas pra ir pra cidade, que era longe. A gente fica re-cordando, parece um filme que vai passando na nossa cabeça.

Nessa época, a gente usa-va lampião. E eu tirava água da cisterna do meu vizinho Adão. Tinha pouquíssimas casas por aqui. A primeira moradora do bairro era uma senhora gorda, conhecida como D. Pricidina. Ela morava com o filho, mas já mor-reu. Tinha também o Édson Bor-ges, que se mudou para João Pinheiro e o Carlos Borges, que mora na Barão do Indaiá. Aqui morava também o João do Eu-gênio, meu cunhado, a D. Felis-bina e um irmão do Dô Fidirico. Minha mãe morreu em 71, pou-co antes de colocarem a energia

UM BAIRRO PEQUENO E MUITO UNIDO, na visão da líder comunitária D. Madalena

elétrica. Depois veio a água.

Hoje, quais são os principais problemas do bairro?

Como eu disse, o bairro me-lhorou muito nos últimos anos. Uma coisa que estamos preci-sando demais é do asfalto na rua 03 de maio, perto da igre-ja, porque é buraco puro e está difícil para as pessoas de mais idade chegarem lá. É um perigo escorregar e cair porque, quan-do chove, a enxurrada desce com muita força e já abriu muita cratera.

Aqui já foi mais tranquilo, agora não é muito não. A gente sempre precisa de segurança porque tem muito assalto e rou-bo, infelizmente, pra todo lado. Acho que a polícia deveria pas-sar mais por aqui, para ter se-gurança. O bairro transformou demais. Quando mudei pra cá era uma roça, agora é uma ci-dadezinha.

Fale um pouco sobre o seu trabalho como líder comunitária, especialmente na construção da igreja de Santa Terezinha.

Como foi esse processo?As primeiras celebrações

aqui no bairro foram feitas na rua, debaixo dos postes, por Frei Patrício. Depois, passaram para um salão na minha casa, onde era um armazém. Ali ficou sendo um salão comunitário. Em outra época, nós começamos a celebrar de casa em casa, com Frei Patrício, depois Frei Chico e Frei Celso. Frei Celso formou a Mini-Jufra e fazia as reuniões lá em casa, no salão comunitário, com os meninos.

Quando ganhamos o lote de D. Terezinha, nós fizemos um almoço e, com o dinheiri-nho, construímos um galpão, em 1988. Ganhamos também a madeira e o Dr. Carlos, que era prefeito na época, ajudou com o pessoal pra trabalhar e fazer o muro.

Aí ficou muito tempo assim. A gente não dava conta, era pou-co dinheiro. Mas, um dia, Padre Paulo veio celebrar uma missa e falei que nosso sonho era fazer uma igreja. Ele olhou tudo, me-diu, falou que era bonitinho e no dia 1º de outubro, acho que de

2013, ele começou a desman-char os muros, foi mexendo e construiu a igreja. Foi funda-mental, porque, se não fosse por ele, não teríamos construí-do. Estávamos apenas com R$ 20 mil, de rifas, promoções, mas ele não quis nem saber quanto tínhamos e começou. Tivemos ajuda demais da comunidade! Graças a Deus! Fizemos carnês e recebemos muitas doações, em dinheiro, cimento, areia e cada um deu um tanto para comprar as janelas e portas.

Quando ele foi transferido, Padre Cássio falou para conti-nuarmos por nossa conta, por-que não tinha dinheiro. O salão ainda estava começando a ser construído. O Maurício da Íris trabalhou três meses sem co-brar e o Branco, a gente paga-va por semana. Mais tarde, o Padre Cássio terminou o salão por conta dele, mas nem sei em quanto ficou. Sou coordenadora da comunidade desde 88 e já até falei com Padre Cássio que precisa colocar outra pessoa no lugar.

Há mais de 30 anos, partici-

po do coral Divina Luz e, como são muitas celebrações aqui, formamos o coralzinho de Santa Terezinha. Estamos precisando demais de uma pessoa fixa pra tocar! Meu sonho é tocar órgão. Estou aprendendo, mas acho que não dou conta não. Gosto demais de cantar, embora não tenha mais a voz boa como an-tes.

O bairro é como se fosse uma grande família?

Graças a Deus, os vizinhos são como se fossem irmãos! Pessoas que a gente convive há anos e consideramos como se fossem da família, tudo gente boa! Sou viúva e tenho um filho que mora em Divinópolis. Antes dele se casar, as pessoas per-guntavam por que eu não ia embora pra lá. Ele e a esposa trabalham o dia inteiro, então, eu ficar lá sozinha, em aparta-mento e ele nem me deixando sair? Fico aqui, saio, converso com todo mundo, tenho minhas reuniões, meus ensaios, vou pra todo lado e assim vamos levan-do.

“Humildade é coisa de gente rica de espírito”.

Líder comunitária desde 1988, D. Madalena acompanhou bem de perto todo o processo de construção da igreja Santa Terezinha.

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nossojornal / abr1824

A 800 metros da praça principal (10 minutos a pé),com vista panorâmica da cidade e excelente potencialde valorização. Situado na parte nobre de Abaeté,dentro do bairro Simão da Cunha com documentaçaopronta e infraestrutura completa.

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Como seria incrementar o processo de desenvolvi-mento cultural comunitário

de Abaeté e região, não só com ofi-cinas de formação artística e de ges-tores culturais, mas também com re-cursos financeiros para a execução de projetos nas áreas de artes cênicas, música, literatura, artes e audiovisu-ais, preservação do patrimônio mate-rial e imaterial? Esta é a oportunidade oferecida pela “Incubadora Cultural”, um programa coordenado por Marce-lo Santos, que, em parceria com a Ar-celor Mittal, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, disponibiliza recursos e treinamento para a concretização de empreendi-

mentos artísticos culturais nas cidades de Abaeté, Bom Despacho, Dores do Indaiá e Martinho Campos.

Ao todo, serão distribuídos R$ 144 mil para os projetos selecionados, sendo até 14 mil para pessoa física e 16 mil para pessoa jurídica. “A Incuba-dora Cultural é a culminância de um processo de formação artística cul-tural iniciado na região em 2007 e o início de um processo emancipatório em relação à produção de projetos”, ressalta Marcelo. “Nossa expectativa é que, ao final, os participantes tenham adquirido competência para gerir um micro projeto e prestar contas do re-curso nos moldes de uma lei de incen-tivo”, finaliza.

O prazo para inscrição de projetos, iniciado em 09 de março, termina dia 06 de abril. Um dos empreendedores culturais que aproveitou a oportunida-de foi Henrique Silva, que sempre teve o sonho de ser artista, vem participan-do das oficinas de formação e de ges-tão cultural, mas ainda sentia falta de recursos para viabilizar suas ideias. “Hoje, é como se acontecesse um ca-samento, onde a demanda é a noiva e o recurso é o príncipe encantado, que finalmente chegou. Vamos agar-rar com unhas e dentes a oportunida-de desse projeto, onde tudo é festa”, comemora. As mostras culturais dos projetos aprovados serão apresenta-das até novembro de 2018.

INCUBADORA CULTURAL É hora de dar um salto no desenvolvimento artístico da região?