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8 Informativo Sociedade Brasileira de Coluna | JAN/FEV/MAR 2010 Evento Serviço Agenda Científica Março II Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral Data: 26 e 27 de março Local: Centro de Convenções Rebouças - São Paulo (SP) Coordenadores: Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho, Maria Fernanda Caffaro, Alexandre Sadao Iutaka, Alexandre Fogaça Cristante, Osmar Avanz, Raphael Martus Marcon, Eduardo Puertas, Robert Meves, Délio Eulálio Martins Filho, Marcelo Wajchenberg, e David Del Curto Informações: (11) 3086 4106, das 8h às 16h, ou pelo e-mail: [email protected] Abril X Congresso de Cirurgia Espinhal Data: 29 de abril a 1º de maio Local: Maksoud Plaza Hotel São Paulo (SP) Coordenadores: Ricardo Botelho e José Marcus Rotta Informações: JDE Comunicação e Eventos Fone: (11) 5084-9174/5084-5284 www.cirurgiadacolunavertebral.com.br Maio III Simpósio Internacional da SBC (MG) Data: 20 a 22 de maio Local: Belo Horizonte Tema: Coluna Cervical Degenerada Convidados internacionais: Paul Anderson e Todd Albert Coordenador: Mauricio Calais Informações: [email protected] Julho II COMINCO – Congresso Brasileiro de Cirurgia e Técnicas Minimamente Invasivas da Coluna VII SIMINCO – Simpósio Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna do Hospital Abreu Sodré – AACD V Jornada de Coluna do IOT/HCFMUSP Data: 22 a 24 de julho Local: Sheraton WTC Hotel São Paulo (SP) Presidente: Dr. Pil Sun Choi Realização: Sociedade Brasileira de Coluna - Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva da SBC Secretaria Executiva: Ângela Borges Lyra Informações: Connect Eventos (11) 3168 3538 e-mail: [email protected] Agosto SINCOL V – Simpósio Internacional de Coluna Data: 5 a 7de agosto Local: Windsor Barra Hotel & Congressos Rio de Janeiro (RJ) Coordenadores científicos: Eduardo Barreto e Ricardo Barreto Secretaria Executiva: Santé Eventos Informações: www.eventosincol.com.br e www.santeeventos.com.br Nos dias 26 e 27 de março, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, acontecerá a segunda edição do Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral, iniciativa conjunta dos Grupos de Coluna dos departamentos de Ortopedia e Traumatologia das três grandes escolas médicas do Estado de São Paulo (FMUSP, UNIFESP e Santa Casa). O I Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral, realizado em junho de 2009, no Anfiteatro Marcos Lindemberg da Escola Paulista de Medicina, foi coordenado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP, do Pavilhão Fernandinho Simonsen da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e pelo Departamento de Ortopedia e Traumatologia da UNIFESP/EPM. Conforme explica o cirurgião David Del Curto, da comissão organizadora, a formulação do Curso foi feita com o objetivo de reunir representantes da FMUSP, UNIFESP/EPM e Santa Casa, para a discussão de casos clínicos do dia a dia do especialista em Coluna. Segundo David, palestrantes convidados de outros centros nacionais e internacionais, aliados à ampla interação da plateia, composta por residentes e especialistas de todo o Brasil, enriqueceram, sobremaneira, o conteúdo inédito do programa científico, surpreendendo de forma positiva os organizadores, palestrantes e os participantes do encontro. Na avaliação do cirurgião, a divisão dos principais temas em seis módulos distintos trauma, deformidades, doenças degenerativas da coluna lombar e da coluna cervical, tumores, e cirurgia minimamente invasiva – proporcionou uma grande oportunidade para debater e confrontar sobre as linhas de conduta das grandes escolas de Ortopedia de São Paulo. “Esta é a ideia que queremos promover no segundo Curso, em que serão mantidos o formato e a proposta original, garantindo assim uma fórmula de sucesso e de continuidade do evento, esclarece David.” O II Curso Interinstitucional de Cirurgia de Coluna Vertebral terá como convidado internacional o professor Joseph Ciacci, dos Estados Unidos. Do Brasil, haverá as participações dos professores Fernando Façanha Filho, Geraldo Sá Carneiro Filho, Helton Luiz Aparecido Defino, Luis Eduardo Munhoz da Rocha, Mario Augusto Taricco, Mauro dos Santos Volpi, Ricardo Vieira Botelho e Sérgio Zylbersztejn. Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral O Instituto de Ortopedia e Traumatologia – IOT Passo Fundo abriu duas vagas para Treinamento R4 no Serviço de Cirurgia da Coluna. Interessados devem entrar em contato com Daiane Marafon, secretária executiva da Divisão de Ensino e Pesquisa. Informações: Rua Uruguai, 2050 – CEP 99010-112 – Passo Fundo - RS - Telefones: 54 3313 6412/ 54 3045 9778 - E-mail: [email protected] ou [email protected] O Serviço para formação de R4 do Instituto de Ortopedia e Traumatologia de Passo Fundo é credenciado pela SBC. Atualmente, a Sociedade possui 34 Serviços Credenciados que oferecem vagas para o treinamento em nível R4. A lista completa dos Serviços de Cirurgia da Coluna está no site da SBC - www.coluna.com.br. Serviços de Especialização R4 Mais um ano se inicia. Momento de reflexão e análise, e de programar mudanças. Assumimos o trabalho à frente da SBC em janeiro de 2009 com a felicidade de contarmos com a colaboração de colegas atuantes na Diretoria e nas Comissões, tornando mais produtiva e objetiva as nossas atividades. Sem dúvida, foi e está sendo um grande aprendizado para mim. Poder ter o contato com colegas de todas as regiões do país e constatar as diferentes opiniões sobre questões que envolvem o cotidiano de todos nós na nossa atividade profissional. Neste primeiro ano de gestão conseguimos regularizar inteiramente a parte burocrática e financeira da SBC, criando um fluxo operacional mais dinâmico e customizado. Outra iniciativa de destaque foi a realização Congresso Brasileiro em Foz de Iguaçu, evento brilhantemente coordenado pelo colega paranaense Edson Pudles. No mês de novembro ocorreram as provas para ingresso de novos membros para a SBC e a eleição da nova Diretoria (2011-2012), tendo como presidente o Dr. Luis Eduardo Munhoz Rocha, que a partir da sua eleição passará a ser informado de todas as atividades da diretoria atual. Mas nem tudo é maravilha. Estamos passando por momentos de definições éticas e sócioeconômicas envolvendo todos os cirurgiões de coluna. Alguns de uma forma mais direta, e outros de forma indireta, mas de alguma forma estão sofrendo as consequências impostas pelas fontes pagadoras de atendimento hospitalar. As agências pagadoras tomam atitudes que restringem o mercado em forma de proteção e de um controle maior de suas despesas. Por outro lado, essas medidas limitam os cirurgiões, interferindo, por vezes, em suas condutas e no uso de materiais que eles acreditam ser mais adequados. É uma questão delicada, em que todos, médicos, empresas distribuidoras, fontes pagadoras, reclamam das mudanças e ninguém sabe como tudo isso vai terminar. É neste momento que a SBC, como não poderia deixar de ser, tem que intervir tomando conhecimento dos fatos para levar a discussão aos seus associados, para estabelecer como proceder com vistas ao bem-estar dos cirurgiões e de seus pacientes. Na busca de uma solução, a SBC já estabeleceu contato com advogados especializados na área médica, para realizar uma análise e orientação jurídica. E já estamos tomando as primeiras decisões. O ano de 2010 promete ser um ano de grandes e importantes decisões. Entretanto, devemos lembrar que as dificuldades são oportunidades para crescermos, ganharmos experiência e conhecimento. Mais do que nunca, devemos ser participantes e estabelecer nossos objetivos, com o pensamento voltado para o conjunto. Só assim estaremos valorizando e contribuindo para o crescimento da nossa SBC, que é de todos os seus membros. IMPRESSO Editorial Um ano de grandes decisões Mário Augusto Taricco Presidente da Sociedade Brasileira de Coluna JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2010 Nesta Edição SBC elege diretoria para o biênio 2011-2012 Comissão de Capacitação Profissional divulga lista dos novos sócios Para onde vai a clínica particular? Neurocirurgiões tomam posição sobre auditoria médica de convênios PÁGINA 2 PÁGINA 3 PÁGINA 4 e 5 PÁGINA 7 A4 Informativo SBC 05 MAR2010.indd Spread 1 of 4 - Pages(8, 1) A4 Informativo SBC 05 MAR2010.indd Spread 1 of 4 - Pages(8, 1) 16/03/10 01:11 16/03/10 01:11

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8 Informativo Sociedade Brasileira de Coluna | JAN/FEV/MAR 2010

Evento

Serviço

Agenda Científi ca

Março

II Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna VertebralData: 26 e 27 de março Local: Centro de Convenções Rebouças - São Paulo (SP) Coordenadores: Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho, Maria Fernanda Caffaro, Alexandre Sadao Iutaka, Alexandre Fogaça Cristante, Osmar Avanz, Raphael Martus Marcon, Eduardo Puertas, Robert Meves, Délio Eulálio Martins Filho, Marcelo Wajchenberg, e David Del CurtoInformações: (11) 3086 4106, das 8h às 16h, ou pelo e-mail: [email protected]

Abril

X Congresso de Cirurgia EspinhalData: 29 de abril a 1º de maio Local: Maksoud Plaza Hotel São Paulo (SP) Coordenadores: Ricardo Botelho e José Marcus Rotta Informações: JDE Comunicação e Eventos Fone: (11) 5084-9174/5084-5284www.cirurgiadacolunavertebral.com.br

Maio

III Simpósio Internacional da SBC (MG)Data: 20 a 22 de maioLocal: Belo HorizonteTema: Coluna Cervical DegeneradaConvidados internacionais: Paul Anderson e Todd Albert Coordenador: Mauricio Calais Informações: [email protected]

Julho

II COMINCO – Congresso Brasileiro de Cirurgia e Técnicas Minimamente Invasivas da Coluna

VII SIMINCO – Simpósio Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna do Hospital Abreu Sodré – AACDV Jornada de Coluna do IOT/HCFMUSPData: 22 a 24 de julhoLocal: Sheraton WTC Hotel São Paulo (SP) Presidente: Dr. Pil Sun ChoiRealização: Sociedade Brasileira de Coluna - Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva da SBCSecretaria Executiva: Ângela Borges Lyra Informações: Connect Eventos (11) 3168 3538 e-mail: [email protected]

Agosto

SINCOL V – Simpósio Internacional de ColunaData: 5 a 7de agostoLocal: Windsor Barra Hotel & Congressos Rio de Janeiro (RJ) Coordenadores científi cos: Eduardo Barreto e Ricardo BarretoSecretaria Executiva: Santé Eventos Informações: www.eventosincol.com.br ewww.santeeventos.com.br

Nos dias 26 e 27 de março, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, acontecerá a segunda edição do Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral, iniciativa conjunta dos Grupos de Coluna dos departamentos de Ortopedia e Traumatologia das três grandes escolas médicas do Estado de São Paulo (FMUSP, UNIFESP e Santa Casa).

O I Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral, realizado em junho de 2009, no Anfiteatro Marcos Lindemberg da Escola Paulista de Medicina, foi coordenado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP, do Pavilhão Fernandinho Simonsen da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e pelo Departamento de Ortopedia e Traumatologia da UNIFESP/EPM.

Conforme explica o cirurgião David Del Curto, da comissão organizadora, a formulação do Curso foi feita com o objetivo de reunir representantes da FMUSP, UNIFESP/EPM e Santa Casa, para a discussão de casos clínicos do dia a dia do especialista em Coluna.

Segundo David, palestrantes convidados de outros centros nacionais e internacionais, aliados à ampla interação da plateia, composta por residentes e especialistas de todo o

Brasil, enriqueceram, sobremaneira, o conteúdo inédito do programa científico, surpreendendo de forma positiva os organizadores, palestrantes e os participantes do encontro.

Na avaliação do cirurgião, a divisão dos principais temas em seis módulos distintos – trauma, deformidades, doenças degenerativas da coluna lombar e da coluna cervical, tumores, e cirurgia minimamente invasiva – proporcionou uma grande oportunidade para debater e confrontar sobre as linhas de conduta das grandes escolas de Ortopedia de São Paulo.

“Esta é a ideia que queremos promover no segundo Curso, em que serão mantidos o formato e a proposta original, garantindo assim uma fórmula de sucesso e de continuidade do evento, esclarece David.”

O II Curso Interinstitucional de Cirurgia de Coluna Vertebral terá como convidado internacional o professor Joseph Ciacci, dos Estados Unidos. Do Brasil, haverá as participações dos professores Fernando Façanha Filho, Geraldo Sá Carneiro Filho, Helton Luiz Aparecido Defino, Luis Eduardo Munhoz da Rocha, Mario Augusto Taricco, Mauro dos Santos Volpi, Ricardo Vieira Botelho e Sérgio Zylbersztejn.

Curso Interinstitucional de Cirurgia da Coluna Vertebral

O Instituto de Ortopedia e Traumatologia – IOT Passo Fundo abriu duas vagas para Treinamento R4 no Serviço de Cirurgia da Coluna.

Interessados devem entrar em contato com Daiane Marafon, secretária executiva da Divisão de Ensino e Pesquisa.

Informações: Rua Uruguai, 2050 – CEP 99010-112 – Passo Fundo - RS - Telefones: 54 3313 6412/ 54 3045 9778 - E-mail:

[email protected] ou [email protected] Serviço para formação de R4 do

Instituto de Ortopedia e Traumatologia de Passo Fundo é credenciado pela SBC.

Atualmente, a Sociedade possui 34 Serviços Credenciados que oferecem vagas para o treinamento em nível R4.

A lista completa dos Serviços de Cirurgia da Coluna está no site da SBC - www.coluna.com.br.

Serviços de Especialização R4

Mais um ano se inicia. Momento de refl exão e análise, e de programar mudanças.

Assumimos o trabalho à frente da SBC em janeiro de 2009 com a felicidade de contarmos com a colaboração de colegas atuantes na Diretoria e nas Comissões, tornando mais produtiva e objetiva as nossas atividades.

Sem dúvida, foi e está sendo um grande aprendizado para mim. Poder ter o contato com colegas de todas as regiões do país e constatar as diferentes opiniões sobre questões que envolvem o cotidiano de todos nós na nossa atividade profi ssional.

Neste primeiro ano de gestão conseguimos regularizar inteiramente a parte burocrática e fi nanceira da SBC, criando um fl uxo operacional mais dinâmico e customizado.

Outra iniciativa de destaque foi a realização Congresso Brasileiro em Foz de Iguaçu, evento brilhantemente coordenado pelo colega paranaense Edson Pudles.

No mês de novembro ocorreram as provas para ingresso de novos membros

para a SBC e a eleição da nova Diretoria (2011-2012), tendo como presidente o Dr. Luis Eduardo Munhoz Rocha, que a partir da sua eleição passará a ser informado de todas as atividades da diretoria atual.

Mas nem tudo é maravilha. Estamos passando por momentos de defi nições éticas e sócioeconômicas envolvendo todos os cirurgiões de coluna. Alguns de uma forma mais direta, e outros de forma indireta, mas de alguma forma estão sofrendo as consequências impostas pelas fontes pagadoras de atendimento hospitalar.

As agências pagadoras tomam atitudes que restringem o mercado em forma de proteção e de um controle maior de suas despesas. Por outro lado, essas medidas limitam os cirurgiões, interferindo, por vezes, em suas condutas e no uso de materiais que eles acreditam ser mais adequados.

É uma questão delicada, em que todos, médicos, empresas distribuidoras, fontes pagadoras, reclamam das mudanças e ninguém sabe como tudo isso vai terminar.

É neste momento que a SBC, como

não poderia deixar de ser, tem que intervir tomando conhecimento dos fatos para levar a discussão aos seus associados, para estabelecer como proceder com vistas ao bem-estar dos cirurgiões e de seus pacientes.

Na busca de uma solução, a SBC já estabeleceu contato com advogados especializados na área médica, para realizar uma análise e orientação jurídica. E já estamos tomando as primeiras decisões.

O ano de 2010 promete ser um ano de grandes e importantes decisões. Entretanto, devemos lembrar que as difi culdades são oportunidades para crescermos, ganharmos experiência e conhecimento.

Mais do que nunca, devemos ser participantes e estabelecer nossos objetivos, com o pensamento voltado para o conjunto. Só assim estaremos valorizando e contribuindo para o crescimento da nossa SBC, que é de todos os seus membros.

IMPRESSO

Editorial

Um ano de grandes decisões

Mário Augusto TariccoPresidente da Sociedade Brasileira de Coluna

JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2010

Nesta Edição

SBC elege diretoria para o biênio 2011-2012

Comissão de Capacitação Profi ssional divulga lista dos novos sócios

Para onde vai a clínica particular?

Neurocirurgiões tomam posição sobre auditoria médica de convênios

PÁGINA 2 PÁGINA 3 PÁGINA 4 e 5 PÁGINA 7

A4 Informativo SBC 05 MAR2010.indd Spread 1 of 4 - Pages(8, 1)A4 Informativo SBC 05 MAR2010.indd Spread 1 of 4 - Pages(8, 1) 16/03/10 01:1116/03/10 01:11

2 Informativo Sociedade Brasileira de Coluna | JAN/FEV/MAR 2010

Em assembleia extraordinária realizada no dia 27 de novembro, em Ribeirão Preto, a Sociedade Brasileira de Coluna elegeu a nova diretoria para o biênio 2011/2012, liderada pelo Dr. Luis Eduardo Munhoz da Rocha, do Paraná.

A nova diretoria deverá ser empossada em janeiro de 2011, fi cando os demais cargos assim constituídos: vice-presidente, Dr. Carlos Henrique Ribeiro; primeiro secretário, Dr. Mauro dos Santos Volpi; segundo secretário, Marcelo Wajchenberg; primeiro tesoureiro, Dr. Alexandre Fogaça Cristante; segundo tesoureiro, Astrubal Falavigna.

Luis Eduardo é cirurgião de coluna formado em 1983 pela Universidade Federal do Paraná. Fez Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia pela Universidade Federal do Paraná e Hospital de Clínicas, no período de 1984 e 1985. Em 1986, obteve o título de especialista em Ortopedia e Traumatologia pela SBOT. Possui especialização em Ortopedia Pediátrica pelo Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, e pelo Hospital Sarah

Kubitscheck, de Brasília. Completou seus estudos em Ortopedia Pediátrica e Escoliose no Atlanta Scottish Rite Childrens Hospital (EUA) e no Dallas Scottish Rite Childrens Hospital (EUA).

Atualmente é preceptor de residência médica do Hospital Pequeno Príncipe, médico ortopedista do Hospital de Clínicas UFR, além de ortopedista e cirurgião de coluna do Centro Hospital de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier, em Curitiba. Em 2007, presidiu a SBOT Regional do Paraná.

Melhorar a assistência recebida pelo paciente e estabelecer condutas padronizadas para o atendimento médico constituem o principal objetivo do projeto Diretrizes Clínicas, uma parceria entre a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Cerca de 150 pessoas debateram o tema “Diretrizes clínicas na saúde suplementar: construindo parcerias”, realizado no dia 3 de março, no auditório da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em São Paulo. Durante o evento, promovido pela ANS com a AMB, CFM e a Anahp, nove instituições hospitalares apresentaram os projetos que já desenvolvem para utilização de melhores

práticas e assinaram termos de cooperação técnica, pelos quais será possível monitorar os resultados alcançados com a utilização efetiva das diretrizes.

O diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, declarou que foi dado mais um passo importante para a qualifi cação da assistência prestada ao cidadão brasileiro: “Nesse momento, estamos agregando um conjunto de parceiros que têm como objetivo trabalhar em prol da melhor prática de assistência à saúde. A implementação dessas diretrizes e o monitoramento das práticas são questões complexas, mas estamos construindo, juntos, um projeto viável”, sentenciou.

Opinião Atualidade

Expediente

“Se você não tem conhecimento parafazer a pergunta certa, você nunca irá

descobrir nada.”W. Edwards Deming

Presidente: Dr. Mário Augusto TariccoVice-Presidente: Dr. Sérgio Zylbersztejn1º Secretário: Dr. Osmar José Santos de Moraes 2º Secretário: Dr. Eduardo Gil França Gomes1º Tesoureiro: Dr. Maurício Pagy de Calais de Oliveira2º Tesoureiro: Dr. Geraldo de Sá Carneiro Filho

Sérgio ZylbersztejnEditor do Informativo da SBC

É só o começo

Órgão de Comunicação Social da Sociedade Brasileira de Coluna

Novo ano, novo tempo. Nele depositamos muitas expectativas e o desejo de mudança. Porém, seguindo o caminhar da humanidade, vamos acompanhar a realidade, na esperança de boas notícias e das descobertas nos mais variados campos do conhecimento e que superam a nossa imaginação.

De modo contínuo, o Informativo SBC segue a sua fi nalidade de abordar assuntos de interesse geral dos associados. Com uma comunicação focada nos acontecimentos da Sociedade, o Informativo é como uma conversa entre amigos, o que o diferencia da leitura de outros periódicos médicos que visualizamos e até folheamos online.

É com esse olhar que o boletim impregna de humanidade as nossas tarefas diárias. Este modo de fazer medicina solidifi ca a relação médico-paciente, excluindo o mito da sorte e azar.

Iniciamos o último ano da década do século 21, mas ainda apresentamos difi culdades em estabelecer um diagnóstico e propor a melhor conduta médica. Isso acontece porque somos humanos e cada um de nós traz em si uma bagagem muito especial.

Mais que essencial, é importante ampliarmos o horizonte dos estudos que nos possibilitem entender a dor na coluna vertebral, além do uso de procedimentos menos invasivos e tratamentos mais resolutivos.

Para marcar 2010, vamos ampliar ainda mais a rede de comunicação da SBC — site, informativo, revista, agenda de eventos — e usar o Facebook como um instrumento de integração em tempo real.

A Regional da SBC do Rio de Janeiro já está operando a ferramenta de relacionamento social promovendo a troca de informação ainda mais dinâmica e interativa.

Boa Leitura.

Jornalista Responsável: Gilmara Gil (MTBRS 5439)[email protected]: Dr. Sergio Zylbersztejn - [email protected] fi nal e Editoração: Luciano Maciel Impressão: EDELBRA Gráfi ca - Erechim/RS

OS ARTIGOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES

Sociedade Brasileira de Coluna – SBCAlameda Lorena, 1304 - sala 1406 CEP: 01424-001 – São Paulo/SP - Telefax: (11) [email protected] | www.coluna.com.brAtendimento: Ana Maria

SBC elege diretoria 2011/2012

Projeto Diretrizes vai padronizar atendimento médico hospitalar

Informativo Sociedade Brasileira de Coluna | JAN/FEV/MAR 2010 7

Um artigo publicado no NEJM Volume 362:18-26 de 7 de janeiro de 2010 comparou duas soluções tópicas degermantes: Clorexidine alcoólica X Polivinal Pirrolidona Iodo.

O estudo envolveu uma equipe numerosa de pesquisadores com o pressuposto que é na superfície da pele que se encontram a maioria dos germes patogênicos que provocam uma infecção. Eles defi niram que a antisepsia correta pode diminuir o número de infecções. A hipótese criada pelo grupo foi que o uso de Clorexidine alcoólica protege mais contra a infecção do que o uso de Polivinil Pirrolidona Iodo.

O método utilizado constou de adultos randomizados em seis diferentes hospitais e que seriam submetidos à cirurgia.

O primeiro desfecho foi à verifi cação se ocorreu infecção cirúrgica no 30º dia pósoperatório.

O segundo desfecho foi relacionado

às questões individuais do paciente e o local cirúrgico.

De um total 849 pacientes, sendo 409 submetidos ao uso de Clorexidine alcoólico e 440 ao uso de Polivinil Pirrolidona Iodo, o resultado foi muito interessante. Cabe ressaltar que todos os pacientes da pesquisa estavam pré-qualifi cados conforme a intenção de tratamento.

Constatou-se que a ocorrência de infecção foi estatisticamente signifi cante menor no grupo que se usou Clorexidine do que no grupo de Polivinil Pirrolidona Iodo (9.5% vs. 16.1%; P=0.004; risco relativo, 0.59; 95% intervalo de confi ança, 0.41 e 0.85).

O uso do Clorexidine alcoólico foi estatisticamente signifi cante mais efetivo do que o Polivinil Pirrolidona Iodo em relação às infecções superfi ciais incisionais (4.2% vs. 8.6%, P=0.008) e nas infecções incisionais profundas (1% vs. 3%, P=0.05), porém essa

efi cácia não foi constatada em infecções de cavidade (4.4% vs. 4.5%).

Resultados similares foram observados na análise de 813 pacientes seguidos após o período inicial de 30 dias.

É importante enfatizar que os eventos adversos foram similares para ambos os grupos.

Conclusão:

A conclusão fi nal é a de que devemos estar atentos ao ato preparado no campo operatório, com os cuidados para evitar uma infecção por contaminação superfi cial.

A degermação da pele pré cirúrgica com Clorexidine alcoólica é superior que o uso de Polivinil Pirrolidona Iodo na prevenção da infecção na ferida operatória.

Qual o melhor produto tópico para ser utilizado em cirurgias de coluna?

Resposta: Clorexidine alcoólica.

Paciente, sexo masculino, 51 anos de idade.Queixa principal: politraumatismoHDA: paciente politraumatizado por acidente automobilístico, tendo traumatismo crânio-encefálico, fraturas ossos longos de membros inferiores e trauma cervical e torácico.Exame físico: fratura ossos longos dos membros inferiores, escoriações região cefálica, face e tórax.Exame neurológico: torporoso, confuso, pupilas isocóricas fotorreagentes, sem défi cit motor focal, retirando os membros aos estímulos álgicos, não atendendo aos comandos, com respiração semi-assistida por traqueostomia.Exames complementares (de interesse ao caso):1. Tomografi a computadorizada de crânio: hemorragia subaracnoíde a traumática

2. Rx coluna cervical: (Fig. 1)2.1 Descrição do exame:2.2 Discussão do exame:2.3 Classifi cação da fratura:Próximo exame: 3. Tomografi a computadorizada coluna cervical: (Fig. 2)3.1 Descrição da tomografi a computadorizada coluna cervical:3.2 Discussão do exame:Próximo exame:4. Ressonância magnética coluna cervical: (Fig. 3)4.1. Descrição do exame:• Discussão do exame:• Tratamento realizado da fratura cervical:5.1. Discussões do tratamento realizado:

Participe enviando sua resposta, acessando www.coluna.com.br

Resenha Científi ca

Qual o melhor produto tópico degermante para ser utilizado em cirurgias?

Politraumatizado

O caso clínico do Fórum desta edição é uma contribuição do Dr. Wilson Eloy Pimenta Júnior da Regional Centro-Oeste da SBC.

FórumResenhista: Dr. Sérgio Zylbersztejn

Fig. 3

Fig. 1

Fig. 2

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6 Informativo Sociedade Brasileira de Coluna | JAN/FEV/MAR 2010

Preocupada com as difi culdades dos neurocirurgiões frente à liberação de procedimentos e materiais pelos Planos de Saúde, a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) enviou, em novembro de 2009, um questionamento para os Conselhos Regionais e ao Conselho Federal de Medicina sobre o alcance da Resolução 1.614/2001 do CFM, relativo aos prazos para liberação de procedimentos e do fórum para dirimir essas questões. Na oportunidade, a SBC também emitiu sua posição para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) referente à questão dos prazos e aplicabilidade da Resolução Consu nº8/1998.

De acordo com o Dr. Marcelo Ferraz, diretor científi co da AMP SBC/D, até o momento a SBN não obteve resposta da ANS e do CFM.

O novo Código de  Ética Médica, que passará a vigorar a partir de 23 de março, normaliza a atuação dos auditores e  peritos médicos que atuam nos convênios, seguradoras e planos de saúde.

Das respostas que chegaram de alguns Conselhos Regionais Medicina, e da análise das normas aplicáveis, as orientações da SBN aos seus membros são as seguintes:

1. Os médicos que autorizam a realização de procedimentos estão sujeitos às normas da Resolução do CFM

de nº 1.614/2001, considerados médicos auditores.

2. Todos os atos praticados pelos auditores são atos médicos sujeitos ao Código de Ética.

3. Caso o neurocirurgião se sinta prejudicado por qualquer medida de um auditor, ou haja prejuízo para o tratamento de seu paciente, deverá recorrer ao Conselho Regional de seu Estado.

4. Para esclarecimentos e liberação dos procedimentos não há prazo preestabelecido. Os Conselhos afi rmam, no entanto, que esse prazo nunca poderá vir a prejudicar o tratamento do paciente. Quanto a esse

prazo, a SBN vem trabalhando junto à ANS para que se tenha alguma regulamentação nesse sentido.

5. O médico auditor não pode impedir ou modifi car os procedimentos solicitados, salvo em indiscutível conveniência para o paciente.

6. Os Planos de Saúde devem garantir ao paciente, em caso de divergência de conduta, a realização de junta médica para solução do impasse. Nesse caso, o neurocirurgião pode orientar seus pacientes a procurarem auxílio na Justiça.

7. A SBN dará toda a assessoria aos seus membros que pretenderem ingressar com reclamações nos Conselhos Regionais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, no dia 25 de fevereiro, a Resolução RDC n º7, que dispõe sobre o cumprimento de novas regras para o funcionamento das UTIs.

A resolução se aplica a todas as Unidades de Terapia Intensiva do país,

sejam públicas, privadas ou fi lantrópicas; civis ou militares. Com a medida, a Anvisa busca elevar a qualidade do atendimento, com a consequente redução do tempo de tratamento de pacientes graves nesses setores.

A nova regra traz parâmetros tanto para estrutura, organização e processos de trabalho quanto para a obtenção e monitoramento de indicadores de saúde que retratem o perfi l assistencial da unidade. Entre os indicadores a serem monitorados estão, por exemplo, os de

densidade de incidência de Infecção Primária da Corrente Sanguínea Relacionada ao Acesso Vascular Central e os de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica.  

Os hospitais têm prazo de seis meses para adequação à nova resolução, sendo que para cumprimento de alguns itens relacionados a recursos materiais e humanos o prazo é de três anos.

  Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o Brasil dispõe de 27.026 leitos de UTI (dez/09).

Responsabilidade Profi ssional

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia toma posição sobre auditoria médica de convênios

UTIs têm novas regras de funcionamento

Onde encontrar a legislação

Confi ra alguns trechos das normas citadas, cujos textos completos estão disponibilizados nos sites da Anvisa (www.anvisa.org.br) e do CFM (www.cfm.org.br), acessando Legislação.

Resolução Consu nº 8/98. Art. 4ºIV - Garantir ao consumidor o

atendimento pelo profi ssional avaliador no prazo máximo de um dia útil a partir do momento da solicitação, para a defi nição dos casos de aplicação das regras de regulação, ou em prazo inferior quando caracterizada a urgência.

V - Garantir, no caso de situações de divergências médica ou odontológica, a respeito de autorização prévia, a defi nição do impasse através de junta constituída pelo profi ssional solicitante ou nomeado pelo usuário, por médico da operadora e por um terceiro, escolhido de comum acordo pelos dois profi ssionais acima nomeados, cuja remuneração fi cará a cargo da operadora;

Resolução CFM 1.614/2001Art. 8º - É vedado ao médico, na função

de auditor, autorizar, vetar, bem como modifi car, procedimentos propedêuticos e/ou terapêuticos solicitados, salvo em situação de indiscutível conveniência para o paciente, devendo, neste caso, fundamentar e comunicar por escrito o fato ao médico assistente.

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O índice de aprovação dos candidatos a novos sócios da SBC foi de 92% em 2009. Os dados foram divulgados pelo presidente da Comissão de Capacitação Profi ssional (CCP) da SBC, Edson Pudles, que destacou o bom desempenho dos 35 aprovados no Exame de Admissão de Novos Membros.

O número de sócios habilitados por documentação foi de 31, totalizando o ingresso de 66 novos sócios.

Vale lembrar que o Exame de Admissão consta de nota de avaliação do trabalho científi co, currículo e a realização de uma

prova escrita e oral.A prova oral é conduzida por duplas de

examinadores, membros titulares da SBC, convidados pela CCP.

De acordo com a CCP, são considerados aprovados os candidatos que tiverem alcançado o índice mínimo estabelecido no edital de convocação e regulamento para o exame de admissão para membro titular da SBC.

O edital, regulamento e a fi cha de inscrição para admissão de novos membros da SBC 2010 estão disponibilizados no site www.coluna.com.br.

Os bolsistas selecionados em 2010 pelo Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva da SBC para realizar fellowship no Serviço do Prof. Uwe Vieweg, do Leopoldina Krankenhaus Hospital, Schweinfurt, Alemanha, e no Serviço do Prof.Dr. Sang Ho Lee, em Seul, na Coreia do Sul, foram os doutores Ricardo Dias (SP), Maximiliano Aguiar Porto (SP) e David Del Curto (SP).

São oferecidas três bolsas anuais, sendo que duas têm duração de seis meses cada no Serviço do Prof. Vieweg, onde farão especialização Ricardo Dias, no primeiro semestre, e Maximiliano Aguiar Porto, no segundo semestre.

O bolsista Dadid Del Curto permanecerá um ano no Wooridal Spine Hospital (WSH), na Coreia do Sul.

Pablo Mariotti Werlang, bolsista em 2009 no Serviço do Prof. Uwe Vieweg, conta que fi cou muito satisfeito com o fellowship.

“Existe uma demanda muito grande de pacientes e um grande número de cirurgias. Várias dessas são minimamente invasivas. O hospital e o serviço de cirurgia da coluna vertebral são referências na região e realmente são instituições de primeiro mundo”, afi rma o cirurgião.

Na opinião de Werlang, no Leopoldina Krankenhaus Hospital é desenvolvido um trabalho extremamente qualifi cado, com as mais variadas técnicas cirúrgicas.

“Mais uma vez agradeço à Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna Vertebral e ao Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva pela oportunidade que me foi oferecida. Recomendo esse fellowship para os membros da nossa sociedade”, completou.

Serviço

CCP comemora índice de aprovação de novos membros da SBC

CCMI divulga bolsistas para fellowship 2010

Ingresso por ProvaAlex Magadiel KlausAlexandre Roberto Aprille Andrei Fernandes Joaquim Bruno César Aprille Carlos Frederico Wanderley Estelita Romeiro Charles André Carazzo Cristovam Miguel Neto Daniel Cantarelli dos Santos Daniel de Moraes Ferreira Jorge David Del Curto Diogo Valli Anderle Edgar Santiago Valesin Filho Felipe de Albuquerque Araujo Luyten Guilherme Rebechi Zuiani Johmeson Alencar Dantas Junior José Moussa Chalouhi José Thiago Portella Kruppa Juan Javier Moreira Moreira Juliano Rodrigues dos Santos Leonardo Fonseca Rodrigues Luciano Antonio Nassar Pellegrino Luciano Temporal Borges Cabral Luiz Eduardo Duque Portela Marcelo Campos Moraes Amato Marcelo Gonçalves Pereira Duarte Márcio Beckhauser da Silva Maximiliano Aguiar PortoMurilo Tavares Daher Rafael Gonçalves Duarte Raphael de Rezende Pratali Renato Iroshi Salviano Ueta Rodrigo Miziara Yunes Roberto Longarai Daher Rubens Massaru Kanno Sebastião Vasconcelos de Souza

Ingresso por DocumentaçãoAdalberto Silva Adão Orlando Crespo GonçalvesAdriano Scaff Garcia Alexandre Barros Gonçalves da Silva Ari Boulanger Scussel Junior Bruno Alexandre CôrtesCarlos Antônio Scardovelli Carlos Alberto Mantovani CostaDaniel Santos SousaEdmur de Toledo Piza FilhoEdson Alvarenga FilhoFernando Carlos BuffonFernando Jorge Monteiro MartinsFlavio Viana AleixoFrancisco Sávio Rosa de CarvalhoGiuliano Cruz BarrettoJosé Zaronir Ramalho de Freitas FilhoJúlio César Thomé de Souza Silva Mariano Fiore JuniorMiguel Álvaro Guillermo Forero Perea Paulo Cesar Neves Vianna Paulo dos Santos Dutra Paulo Manabu Honda Paulo Sérgio Teixeira de Carvalho Pedro Augusto Deja Teixeira Roberto Sandoval Catena Sandro Marcos Pereira Segismundo de Melo Valadares Sérgio de Freitas Thorkil Diniz Xavier de BritoWilson Baldino Kanitz

Confi ra quem são os novos sócios:

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Médicos que vivem da clínica particular são aves raríssimas. Mais de 97% prestam serviços aos planos de saúde e recebem de R$ 8 a R$ 32 por consulta. Em média, R$ 20.

Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fi ca impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários já sobrecarregados. Os sindicatos e os conselhos de medicina desconfi am seriamente de tal justifi cativa, uma vez que as empresas não lhes permitem acesso às planilhas de custos.

Tempos atrás, a Fipe realizou um levantamento do custo de um consultório-padrão, alugado por R$ 750 num prédio cujo condomínio custasse apenas R$ 150 e que pagasse os seguintes salários: R$ 650 à atendente, R$ 600 a uma auxiliar de enfermagem, R$ 275 à faxineira e R$ 224 ao contador. Somados os encargos sociais (correspondentes a 65% dos salários), os benefícios, as contas de luz, água, gás e telefone, impostos e taxas da prefeitura, gastos com a conservação do imóvel, material de consumo, custos operacionais e aqueles necessários para a realização da atividade profi ssional, esse

consultório-padrão exigiria R$ 5.179,62 por mês para sua manutenção.

Voltemos às consultas, razão de existirem os consultórios médicos. Em princípio, cada consulta pode gerar de zero a um ou mais retornos para trazer os resultados dos exames pedidos. Os técnicos calculam que 50% a 60% das consultas médicas geram retornos pelos quais os convênios e planos de saúde não desembolsam um centavo sequer.

Façamos a conta: a R$ 20 em média por consulta, para cobrir os R$ 5.179,62 é preciso atender 258 pessoas por mês. Como cerca de metade delas retorna com os resultados, serão necessários: 258 + 129 = 387 atendimentos mensais unicamente para cobrir as despesas obrigatórias. Como o número médio de dias úteis é de 21,5 por mês, entre consultas e retornos deverão ser atendidas 18 pessoas por dia!

Se ele pretender ganhar R$ 5.000 por mês (dos quais serão descontados R$ 1.402 de impostos) para compensar os seis anos de curso universitário em tempo integral pago pela maioria que não tem acesso às universidades públicas, os quatro anos de residência e a necessidade de atualização permanente, precisará atender 36 clientes todos os dias, de segunda a sexta-feira. Ou seja, a média

Médicos versus planos de saúde

Drauzio VarelaMédico Cancerologista e Escritor www.drauziovarella.com.br

Artigo

“A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando avaliamos quadros clínicos complexos entre dez e quinze minutos”

Informativo Sociedade Brasileira de Coluna | JAN/FEV/MAR 2010 5

de 4,5 por hora, num dia de oito horas ininterruptas.

Por isso, os usuários dos planos de saúde se queixam: “Os médicos não examinam mais a gente”; “O médico nem olhou a minha cara, fi cou de cabeça baixa preenchendo o pedido de exames enquanto eu falava”; “Minha consulta durou cinco minutos”.

É possível exercer a profi ssão com competência nessa velocidade? Com a experiência de quem atende doentes há quase 40 anos, posso garantir-lhes que não é. O bom exercício da medicina exige, além do exame físico cuidadoso, observação acurada, atenção à história da moléstia, à descrição dos sintomas, aos fatores de melhora e piora, uma análise, ainda que sumária, das condições de vida e da personalidade do paciente. Levando em conta, ainda, que os seres humanos costumam ser pouco objetivos ao relatar seus males, cabe ao profi ssional orientá-los a fazê-lo com mais precisão para não omitir detalhes fundamentais. A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando

avaliamos quadros clínicos complexos entre dez e 15 minutos.

O que os empresários dos planos de saúde parecem não enxergar é que, embora consigam mão-de-obra barata - graças à proliferação de faculdades de medicina que privilegiou números em detrimento da qualidade -, acabam perdendo dinheiro ao pagar honorários tão insignifi cantes: médicos que não dispõem de tempo a “perder” com as queixas e o exame físico dos pacientes, pedem exames desnecessários. Tossiu? Raios X de tórax. O resultado veio normal? Tomografi a computadorizada. É mais rápido do que considerar as características do quadro, dar explicações detalhadas e observar a evolução. E tem boa chance de deixar o doente com a impressão de que está sendo cuidado.

A economia no preço da consulta resulta em contas astronômicas pagas aos hospitais, onde vão parar os pacientes por falta de diagnóstico precoce, aos laboratórios e serviços de radiologia, cujas redes se expandem a olhos vistos pelas cidades brasileiras.

Por essa razão, os concursos para residência de especialidades que realizam procedimentos e exames subsidiários estão cada vez mais concorridos, enquanto os de clínica e cirurgia são desprestigiados.

Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta a alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida do que universalizar o cinismo injustifi cável do “eles fi ngem que pagam, a gente fi nge que atende”.

O usuário, ao contratar um plano de saúde, deve sempre perguntar quanto receberão por consulta os profi ssionais cujos nomes constam da lista de conveniados. Longe de mim desmerecer qualquer tipo de trabalho, mas eu teria medo de ser atendido por um médico que vai receber bem menos do que um encanador cobra para desentupir o banheiro da minha casa. Sinceramente.

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