ufos em aparecida-sp...para o interior daquelas luzes. ele tentou imagem batida por jamil vila nova,...

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1 Aparecida, 20 de fevereiro de 2008 NOVA FASE - ANO NOVA FASE - ANO NOVA FASE - ANO NOVA FASE - ANO NOVA FASE - ANO 2 - 1 - 1 - 1 - 1 - 14 - - - - - 20 20 20 20 20 de de de de de feverei feverei feverei feverei fevereiro de 200 ro de 200 ro de 200 ro de 200 ro de 2008 - APARECIDA-SP - APARECIDA-SP - APARECIDA-SP - APARECIDA-SP - APARECIDA-SP Fundado em 20 de outubro de 1969 DIRETOR FUNDADOR: Benedicto Lourenço Barbosa Tem o que le Tem o que le Tem o que le Tem o que le Tem o que ler UFOs em Aparecida-SP ................................................................................................................................. ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... O frentista Roberto Augusto da Silva, por diversas vezes, viu estranhas luzes no céu de Aparecida. Em abril de 1995, quando, retornava para casa com seu fusca, avistou um intenso clarão na entrada de sua propriedade. Chegou a pensar que poderiam ser alguns ladrões tentando roubar sua residência. Ele apagou os faróis do carro e se aproximou sem fazer muito barulho, quando ficou muito assustado. Viu uma luz muito forte, do tamanho de um automóvel, que brilhava na cor branca como um lindo diamante e no centro tinha uma luz vermelha. Roberto disse que o objeto se movimentava lentamente e veio descendo, parando uns quatro metros do solo, emitindo uma forte luz vermelha para baixo. Roberto estava a uns 70 metros de distância quando sacou sua arma e disparou diversas vezes contra o objeto. Este diminuiu a luz, a intensidade do brilho, se afastou e desapareceu por detrás de um morro, sem emitir qualquer ruído. Roberto não soube dizer se acertou ou não o objeto, mas nos dias seguintes, sentiu tonturas, fortes dores de cabeça e teve muita insônia. Disse ainda que jamais iria esquecer aquela visão. Outro caso muito interessante envolveu o caseiro Jorge Divino Pereira, uma pessoa muito humilde e com pouca instrução escolar, que morava em uma simples casa, sem energia elétrica, sem TV e sem rádio, no bairro dos Motas, em Aparecida. Vivia fazendo cestos de bambu que vendia na cidade. Na madrugada do dia 01.09.1995, Jorge acordou com uma intensa luz entrando pela sua janela. Percebeu que os cachorros choravam muito. Pegou sua tocha feita de bambu, com querosene e pano, acendeu com fogo e saiu para o quintal, para ver o que estava acontecendo. Viu duas esferas luminosas que se encontravam no terreno de sua residência. As luzes "tremiam" e não era possível olhar diretamente para elas. Jorge iniciou a caminhada em direção das luzes, quando ocorreu uma pequena explosão em sua tocha, e o querosene foi sugado para o interior daquelas luzes. Em seguida, ele flutuou, ficando aproximadamente um metro e meio do solo e foi "arrastado" por uns 50 metros de distância. Teve a impressão que foi levado para o interior daquelas luzes. Ele tentou Imagem batida por Jamil Vila Nova, com uma Nikon FM2, com lente 400mm, f2,4 da Fuji, o filme também era um Fuji de asa 200 e a velocidade era de 1/60 com abertura 2.4, só consegui bater um chapa, pois logo as luzes se apagaram não retornando mais. Na data citada pelo Claudeir. No momento estávamos em Aparecida fazendo uma vigília e durante uma queimada, apareceram estas luzes que ficaram por mais ou menos 1 a 2 minutos e desapareceram, no momento eu as pude observar por meio de um binóculo 8x30 da Fujinon com características militares, ou como dizem os americanos, milspec, portanto, um binóculo com alta qualidade óptica. Durante o dia, fizemos outras imagens do local mas nada que indicasse que no local havia alguma construção. Foto de 2 de setembro de 1995. gritar, mas não conseguiu. Acabou desmaiando. Ele acordou de manhã, já com dia claro, deitado no meio da mata. Acredita que tinha se passado umas cinco horas. Seus braços e suas pernas estavam imóveis e com uma sensação de torpor. Então, ele rastejou até sua cama, deitou e não conseguia se levantar. Seus olhos ficaram irritados e inchados. Teve fortes dores de cabeça, insônia e vômito por vários dias. Na semana seguinte, a Equipe INFA, juntamente com a produção do Aqui Agora, do SBT, retornaram no local com um hipnólogo. Na regressão, o Jorge narra com detalhes aquilo que ele já havia narrado, mas não acrescentou novos fatos. Nessa mesma data, 01.09.1995, o engenheiro e pesquisador Ricardo Varela Corrêa, do INPE, juntamente com a reportagem do jornal O Estado de São Paulo, fizeram uma vigília no local das aparições. Por volta das 18:20 horas, surgiram dois focos brilhantes sobre as montanhas. As luzes aumentavam e diminuíam a intensidade, num tom avermelhado. Efetuavam movimentos verticais e horizontais. O momento mais impressionante ocorreu por volta da meia- noite e meia, quando vários fachos luminosos cortaram o céu numa perpendicular aos pontos brilhantes, proporcionando um belo espetáculo. O fotógrafo Nelson Almeida fez várias fotos do objeto. O Varela também fotografou. Varela utilizando-se de um aparelho denominado Posicionador Global por Satélites (GPS) determinou a localização exata dos pontos luminosos. Em uma das vigílias que fizemos no local, o pesquisador Jamil Vila Nova, também do INFA, acabou fotografando um estranho objeto no céu, que estava muito distante. Jamil usou uma teleobjetiva. Naqueles dias em que estivemos em Aparecida, fizemos visitas em várias fazendas da região. A ocorrência de luzes estranhas no céu é muito comum, e os moradores do campo, na sua grande maioria, já viu essas manifestações do fenômeno ufológico. Claudeir Covo é engenheiro e ufólogo Leia mais nas páginas 10 e 11. Fotos coloridas no site: www.jornalolince.com.br Em 1995, a partir do mês de março, a Ufologia Brasileira teve um ano atípico, com uma grande onda ufológica no país. Tivemos ocorrências em vários estados, mas a maior concentração foi no litoral paulista e principalmente no Interior do Estado de São Paulo, alguns, em Aparecida. Foto: Dr. Ricardo Varela Corrêa — INPE (São José dos Campos-SP) Foto: Nelson Almeida — O Estado de São Paulo Foto: Nelson Almeida — O Estado de São Paulo

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11111Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

NOVA FASE - ANO NOVA FASE - ANO NOVA FASE - ANO NOVA FASE - ANO NOVA FASE - ANO 22222 - Nº 1 - Nº 1 - Nº 1 - Nº 1 - Nº 144444 - - - - - 2020202020 de de de de de fevereifevereifevereifevereifevereiro de 200ro de 200ro de 200ro de 200ro de 20088888 - APARECIDA-SP - APARECIDA-SP - APARECIDA-SP - APARECIDA-SP - APARECIDA-SP

Fundado em 20 de outubro de 1969DIRETOR FUNDADOR: Benedicto Lourenço Barbosa

Tem o que leTem o que leTem o que leTem o que leTem o que lerrrrr

UFOs em Aparecida-SP.................................................................................................................................

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O frentista Roberto Augusto da Silva, pordiversas vezes, viu estranhas luzes no céu deAparecida. Em abril de 1995, quando,retornava para casa com seu fusca, avistouum intenso clarão na entrada de suapropriedade. Chegou a pensar que poderiamser alguns ladrões tentando roubar suaresidência. Ele apagou os faróis do carro e seaproximou sem fazer muito barulho, quandoficou muito assustado. Viu uma luz muitoforte, do tamanho de um automóvel, quebrilhava na cor branca como um lindodiamante e no centro tinha uma luz vermelha.Roberto disse que o objeto se movimentavalentamente e veio descendo, parando unsquatro metros do solo, emitindo uma forteluz vermelha para baixo.

Roberto estava a uns 70 metros dedistância quando sacou sua arma e disparoudiversas vezes contra o objeto. Este diminuiua luz, a intensidade do brilho, se afastou edesapareceu por detrás de um morro, sememitir qualquer ruído. Roberto não soubedizer se acertou ou não o objeto, mas nosdias seguintes, sentiu tonturas, fortes doresde cabeça e teve muita insônia. Disse aindaque jamais iria esquecer aquela visão.

Outro caso muito interessante envolveuo caseiro Jorge Divino Pereira, uma pessoamuito humilde e com pouca instrução

escolar, que morava em uma simples casa,sem energia elétrica, sem TV e sem rádio, nobairro dos Motas, em Aparecida. Vivia fazendocestos de bambu que vendia na cidade. Namadrugada do dia 01.09.1995, Jorge acordoucom uma intensa luz entrando pela sua janela.Percebeu que os cachorros choravam muito.Pegou sua tocha feita de bambu, comquerosene e pano, acendeu com fogo e saiupara o quintal, para ver o que estavaacontecendo. Viu duas esferas luminosas quese encontravam no terreno de sua residência.As luzes "tremiam" e não era possível olhardiretamente para elas. Jorge iniciou acaminhada em direção das luzes, quandoocorreu uma pequena explosão em sua tocha,e o querosene foi sugado para o interiordaquelas luzes. Em seguida, ele flutuou,ficando aproximadamente um metro e meiodo solo e foi "arrastado" por uns 50 metrosde distância. Teve a impressão que foi levadopara o interior daquelas luzes. Ele tentou

Imagem batida por Jamil Vila Nova, com uma Nikon FM2, com lente 400mm, f2,4 da Fuji, o filme também era um Fuji de asa 200 e a velocidade era de 1/60 com abertura2.4, só consegui bater um chapa, pois logo as luzes se apagaram não retornando mais. Na data citada pelo Claudeir. No momento estávamos em Aparecida fazendouma vigília e durante uma queimada, apareceram estas luzes que ficaram por mais ou menos 1 a 2 minutos e desapareceram, no momento eu as pude observar pormeio de um binóculo 8x30 da Fujinon com características militares, ou como dizem os americanos, milspec, portanto, um binóculo com alta qualidade óptica.Durante o dia, fizemos outras imagens do local mas nada que indicasse que no local havia alguma construção. Foto de 2 de setembro de 1995.

gritar, mas não conseguiu. Acaboudesmaiando. Ele acordou de manhã, já comdia claro, deitado no meio da mata. Acreditaque tinha se passado umas cinco horas. Seusbraços e suas pernas estavam imóveis e comuma sensação de torpor. Então, ele rastejouaté sua cama, deitou e não conseguia selevantar. Seus olhos ficaram irritados einchados. Teve fortes dores de cabeça, insôniae vômito por vários dias. Na semana seguinte,a Equipe INFA, juntamente com a produçãodo Aqui Agora, do SBT, retornaram no localcom um hipnólogo. Na regressão, o Jorgenarra com detalhes aquilo que ele já havianarrado, mas não acrescentou novos fatos.

Nessa mesma data, 01.09.1995, oengenheiro e pesquisador Ricardo VarelaCorrêa, do INPE, juntamente com areportagem do jornal O Estado de São Paulo,fizeram uma vigília no local das aparições.Por volta das 18:20 horas, surgiram dois focosbrilhantes sobre as montanhas. As luzes

aumentavam e diminuíam a intensidade, numtom avermelhado. Efetuavam movimentosverticais e horizontais. O momento maisimpressionante ocorreu por volta da meia-noite e meia, quando vários fachos luminososcortaram o céu numa perpendicular aospontos brilhantes, proporcionando um beloespetáculo.

O fotógrafo Nelson Almeida fez váriasfotos do objeto.

O Varela também fotografou. Varelautilizando-se de um aparelho denominadoPosicionador Global por Satélites (GPS)determinou a localização exata dos pontosluminosos.

Em uma das vigílias que fizemos no local,o pesquisador Jamil Vila Nova, também doINFA, acabou fotografando um estranhoobjeto no céu, que estava muito distante.Jamil usou uma teleobjetiva.

Naqueles dias em que estivemos emAparecida, fizemos visitas em várias fazendasda região. A ocorrência de luzes estranhas nocéu é muito comum, e os moradores docampo, na sua grande maioria, já viu essasmanifestações do fenômeno ufológico.

Claudeir Covo é engenheiro e ufólogoLeia mais nas páginas 10 e 11.

Fotos coloridas no site: www.jornalolince.com.br

Em 1995, a partirdo mês de março,a UfologiaBrasileira teve umano atípico, comuma grande ondaufológica no país.Tivemosocorrências emvários estados,mas a maiorconcentração foino litoral paulistae principalmenteno Interior doEstado de SãoPaulo, alguns,em Aparecida.

Foto: Dr. Ricardo Varela Corrêa — INPE (São José dos Campos-SP)

Foto: Nelson Almeida — O Estado de São Paulo Foto: Nelson Almeida — O Estado de São Paulo

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22222 Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

PROJETO GRÁFICO: Marco Antônio Santos ReisREVISÃO: Heloísa Helena Arneiro Lourenço BarbosaJORNALISTA RESPONSÁVEL: Rita de Cássia Corrêa (MTB 26.190/SP)IMPRESSÃO: Gráfica e Editora SantuárioTIRAGEM: 3000 exemplares - Distribuição Gratuita

Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores.Registro no Oficial de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica - Comarca de Guaratinguetá - SP, sob nº 26, fls. 17 do livro B-1.

PROPRIETÁRIO:Alexandre Marcos Lourenço Barbosa

ENDEREÇO: Rua Alfredo Penido, 101Tel.: (12) 9138-5576 — [email protected]

O QUE MELHOR DEFINEaquilo que chamamos de compreensão huma-na? A razão enquanto atributo universal de cadaser humano corresponde, grosso modo, a umacapacidade de domínio intelectivo sobre os fe-nômenos ou resultaria da utilização de préviosesquemas mentais adquiridos por longo pro-cesso de aculturação que condiciona a distinçãoentre o que é crível e o que não é? Crer na possi-bilidade da existência de vida inteligente noUniverso além de nosso diminuto sistema solaré admitir a lógica do absurdo, ou é assumir umapostura coerente em busca da ampliação doslimites de nossa compreensão?

Entre realidades e ficções, fato é que osmuitos desvarios e fraudes envolvendo a prová-vel presença de fenômenos ufológicos na at-mosfera e na superfície terrestres fizeram atrasona investigação séria e com base científica, oupelo menos aquilo que compreendemos comocientífico nos dias de hoje, estancando por anoso trato acadêmico do assunto.

Tais estudos, possivelmente, contribuiriampara desmontar os engodos e dissipar as névoasde mistério que só fazem aproximar de um mis-ticismo ingênuo e de um ceticismopreconceituoso. Mais que isso, a superação deum pensar dogmático incapaz de ir além dascrenças e convicções pouco ou nada refletidas,que per se são obstáculos a um pensamentológico que não se deixa frear por juízos de valor.

O simples admitir, mesmo como possibili-dade, a presença de tecnologia extraterrena emnossa órbita já implicaria em revisar conceitos evalores que orientaram a espécie humana du-rante milênios. Significaria questionar a nossaprópria origem, o que poria em ruínas os funda-mentos de religiões e de outras instituições ins-piradas numa moralidade calcada na considera-ção da razão humana como originada de umarazão divina.

Em Aparecida, no final de 1995, intrigantesfenômenos chamaram a atenção da imprensa,de ufólogos e de pessoas comuns que, curiosas,convergiram às dezenas para assistir ao espetá-culo de luzes que se descortinava acima do ho-rizonte e nos grotões da Serra de Quebra-Cangalha e proximidades.

VOCÊ CHEGA A UM hospital,vai até a sala do médico que vai atendê-lo e...descobre que não é médico! Na conversa quese segue, você fica confuso:

Bom-dia, senhor, qual é o seu problema?- diz a pessoa que está sentada na mesinhabranca, à sua frente, vestindo um uniformede jardineiro.

Errr... bom-dia. Bem, eu vim aqui parauma consulta com um cardiologista, mas vejoque ele não está. Quando é que ele chega?

Ora, meu amigo, que preconceito é esse!- diz ele. Você não está vendo que estou fazen-do o atendimento. Então? Qual é o problema?E vamos rápido porque a fila está grande!

Ora, o problema é que meu problema nãoé corte de samambaia. Estou querendo trataruma dor no peito, mas o senhor está sentadoexatamente onde deveria estar o médico comque vim consultar. O senhor não é médico,pois não?

Claro que eu não sou médico, mas soumuito amigo do Diretor do hospital, e ele menomeou para o Departamento de Cardiologia.Sabe como é ... há anos que faço um excelentetrabalho no jardim da casa dele, e como estouprecisando trabalhar, ele me deu essa oportu-nidade para mostrar meu talento. Estou fa-zendo um ótimo trabalho e em breve vou po-der conversar com ele sobre minha promoçãopara a área de Neurocirurgia. Sempre quis serneurocirurgião, mas não tive oportunidade navida, você entende, né? Mas vamos lá. Dóionde...?

Você se levanta meio atônito, sai do con-sultório e chega à rua com a certeza de que ador no peito passou. O que dói agora é a cabe-ça. Onde já se viu! O cara pode ser o melhorjardineiro do mundo, mas daí a fazer ponte desafena... vai uma enorme diferença.

A pequena passagem acima serve para ilus-trar situações bastante semelhantes, que pas-sam despercebidas da grande maioria de nós,principalmente pelo fator "sempre foi assim...". É prática comum, na formação de umgoverno municipal, a elaboração de uma listade correligionários que, no momento da lutaeleitoral, tiveram um excelente desempenhocomo cabos eleitorais, apoiadores,multiplicadores, patrocinadores, etc, e que pre-cisam ser recompensados pelo esforço, parti-cipando do staff do novo prefeito, governadorou presidente da república. Não há necessida-de de apresentação de credenciais objetivas,mas apenas a participação ativa no grupo ven-cedor, para estabelecer a contratação para umcargo de confiança - ou nem tanto - no corpofuncional, exercendo muitas vezes funçõesestratégicas e fundamentais para o bom anda-mento da administração pública.

Ora, se numa empresa privada (de qual-quer porte), o processo de seleção está cadavez mais rigoroso, com o candidato passandopelo crivo da análise de currículo, entrevistapreliminar, dinâmica de grupo, prova escrita,entrevista final para então poder ser contrata-do... por que para escolher secretários munici-pais as coisas são tão mais fáceis? O própriomunicípio, no momento da contratação defuncionários, realiza exames rigorosos para aseleção dos futuros colaboradores, porque os"chefes" passam pela janela?

Dizer que isso é um sinal de autonomiado Estado, que qualquer coisa em contrárioseria antidemocrática é ignorar os resultadosque essa prática reflete em várias áreas da ad-ministração pública, e queremos analisar issodo ponto de vista do Município, que é a nossacasa, o ponto de referência política mais próxi-

EEEEE DITORIALDITORIALDITORIALDITORIALDITORIAL

“Avis rara, avis cara”– os ÓVNIs chegaram

Decorridos mais de doze anos, “O Lince”busca, nesta edição, distante dos prováveisefeitos de distorção que a euforia do momen-to poderia causar, resgatar os fatos ocorridos,mesmo que parcialmente.

Para tanto, as contribuições dos amigosCelso Plentz e Erick Leornadi foram decisi-vas. Celso Plentz quando, em 19 de julho de2007, enviou-me, para publicação, um textosobre a origem do termo “discos voadores”,acompanhado de uma missiva na qual diz desua dupla experiência de avistar Objetos Voa-dores Não-Identificados na região, sendo queuma delas deu-se pelos idos de 1955, quandoestava na “fazenda dos padres”, na ocasiãoadministrada por meu avô João Lourenço Bar-bosa. De posse do artigo e em busca de umcontexto que o adequasse aos propósitos dojornal, procurei o Erick que, ao conceder-meuma entrevista elucidativa, forneceu inúme-ras informações posteriormente confirmadaspor dois grandes especialistas em Ufologia queacompanharam de perto os acontecimentosda época: os engenheiros Claudeir Covo, doINFA, e Ricardo Varela, do INPE.

Ambos dão como autênticos os fenôme-nos ufológicos de Aparecida. Também o Jor-nal O Estado de São Paulo não só reconheceuque os UFOs estiveram na região como publi-cou fotos coloridas dos objetos avistados.

Agradecimentos especiais aos pesquisa-dores Claudeir Covo, do INFA, Ricardo Varela,do INPE, Osmar de Freitas, do Grupo de Es-tudos de Objetos Não-Identificados, e JamilVila Nova, que com solicitude admirável, abri-ram arquivos, enviaram relatos, responderamperguntas e forneceram material fotográficoque viabilizaram uma matéria substancial que,cremos, cobrirá uma lacuna que já se instau-rava na memória local.

Se de tudo o que for dito resultar polêmi-ca, que sirva para manter acesa a chama dareflexão, pois que a verdade é fruto do dissensoe da discussão, diria certo filósofo. Que umarazão aberta não permita que as crenças seinstalem facilmente onde nossa compreen-são encontra limites, pois não queremos ofe-recer leituras diet para cérebros anoréxicos.

Alexandre Marcos Lourenço Barbosa

FFFFFATOSATOSATOSATOSATOS

Turismo começa em casaErnesto Elache e Nelson Marques

mo que dispomos, enquanto eleitores e cida-dãos.

Cito o caso das Secretarias de Turismo, queno mais das vezes são relegadas a um segundoplano, principalmente porque o setor ainda nãoteve a consideração das lideranças políticas,mesmo em sendo o aquele mais cresce no mun-do, proporcionando condições de geração deemprego e renda para todas as classes sociais.Analisando o perfil de diversas prefeituras, ve-mos que a Secretaria de Turismo está sempreassociada a alguma outra atividade ou até nemexiste no organograma. Pedem-se verbas para oTurismo, fala-se da necessidade de preparar mão-de-obra para a atividade, sabe-se que essa é asaída mais rápida e apropriada para as prefeitu-ras de pequenas cidades, mas na hora de "con-tratar" um gestor, repete-se o modelo que privi-legia o descaso. E quando alocado à função, essegestor dispõe de uma fração de orçamento mu-nicipal mínima, de um poder de atuação limita-do ou de uma equipe desmotivada, mantidanuma sala sem estrutura. É quase como pedirque ninguém faça nada pelo turismo, manten-do apenas as aparências para o caso de apareceralguma coisa interessante no setor.

Esse, repito, não é um problema localizado,mas sim generalizado. Em maior ou menor es-cala, com maior ou menor estrutura, com maisou menos competência dos envolvidos, a situa-ção se repete seja lá para onde estivermos olhan-do.

O nosso Vale Histórico, esse imenso rincãode 7 mil quilômetros quadrados, com potenci-ais formidáveis, resquícios de épocas áureas, comquase 600 mil habitantes, merece um cuidadomaior e uma atenção redobrada. Hoje, apenas acidade de Aparecida conta com uma visitaçãoanual de 8,5 milhões de pessoas. A região comoum todo deve ter uma visitação que ultrapassa,hoje, os 12 milhões de turistas/ano, e esse nú-mero deve ultrapassar rapidamente a marca dos15 milhões até 2010. Em contrapartida, vemosque pouco mais de 8% de nossa população ain-da se encontra no campo, tendo em conta oêxodo que vem se agravando ano a ano pelaredução de oportunidades. A maioria esmaga-dora vai se comprimindo em cidades que, pelafalta de estrutura, acabam empurrando aquelesque dispõem de ânimo e energia para as áreascom maior PIB, o que acarreta criação de bairrosperiféricos, falta de estrutura básica e, finalmen-te, violência urbana.

A par dos esforços feitos pela iniciativa pri-vada, que quer encontrar campo para florescer,desenvolvendo a chamada "indústria do turis-mo" para a nossa região, é necessário que o po-der público municipal esteja atento a isso: valo-rize a Secretaria de Turismo de seu municípioem todos os sentidos. Buscar competência téc-nica, criar infraestrutura, desenvolver o tema desua cidade e mesmo a marca de seu municípiosão tarefas que o administrador público precisater em mente, hoje mais do que nunca, parapoder conduzir um processo de crescimento apartir do interesse do mercado para as maravi-lhas que existem aqui. Turismo não é feito ape-nas por empresários. Excelência em Turismo éum esforço conjugado para atingir o coraçãodaqueles que, em contato com um produto qua-lificado, deslocam-se para viver um momentomágico.

Turismo, portanto, começa em casa.Na nossa casa.

Ernesto Elache e Nelson Marques são Presiden-te e Diretor de Projetos do Sindicato de Hotéis,Bares, Restaurantes e Similares de Aparecida e

Vale Histórico

“Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do Norte, e uma grandenuvem com fogo a revolver-se, e resplendor ao redor dela, e no meio

disto, uma coisa como metal brilhante, que saía do meio do fogo. Domeio dessa nuvem saía à semelhança de quatro seres viventes, cuja

aparência era esta: tinham a semelhança de um homem. Cada umtinha quatro rostos, como também quatro asas. As suas pernas eram

direitas, a planta de cujos pés era com a de um bezerro e luzia como obrilho de bronze polido. (...) O aspecto dos seres viventes era como

carvão em brasa, à semelhança de tochas; o fogo corria resplendentepor entre os seres, e dele saíam relâmpago; os seres viventes

ziguezagueavam à semelhança de relâmpagos”. (Ezequiel 1-7; 13-14)

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Tel.: 3105-2058

Não é o maiormas é o melhor

Aberto de Segunda a Sábado das 6 às 21hDomingos e Feriados das 6 às 20h

Orgulho gamelaVenho aqui parabenizar a familia Lourenço Barbosa que, por meio de seu Benedicto e seu Alexandre,

vem dando total apoio à cultura aparecidense em todas suas manifestações, trazendo à tona o orgulho desermos gamelas.

Pedro Rezende, Aparecida, SP

Jardim da Dona NinaAquele maravilhoso jardim que você criou, murchou e secou. Para Dona Nina, as flores eram seus

grandes amores. Todos que passavam, paravam para sentir seu perfume e suas belas flores contemplavam.Hoje, aquele caminho do jardim, alegre e perfumado, era por todos comentado. Tornou-se um trajetotriste, porque aquele maravilhoso jardim, para todos, já não mais existe. Sua criadora e protetora foichamada por Jesus, para cuidar do jardim das almas. Sua chegada foi recebida com festas e flores pelasalmas com muitas palmas. No lugar do jardim, foi colocada uma grande cruz com Jesus, para aqueles quepassassem pelo extinto jardim rezassem aos pés da cruz evocando suas orações à pequenina e maravilhosaDona Nina. Ofereço essa homenagem à minha querida e maravilhosa esposa Nina Couceiro.

Luiz Abade, Aparecida, SP

DDDDDO LEITORO LEITORO LEITORO LEITORO LEITOR

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33333Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

CLODOMIRO AMAZONASMonteiro, teve como berço a cidadevaleparaibana de Taubaté (tenho que lem-brar que por lá nasceram, ou se radicaram,outros grandes artistas pintores do nívelde Justino, Marylene Moura, Anderson Fa-biano, Guima, Demétrio, Gleuza Furquim,Monteiro Lobato), no ano de 1893, preci-samente a 14 de março.

Em 1906, segue para São Paulo e lá tema oportunidade de conhecer e conviver como grande mestre da paisagem brasileira,João Baptista da Costa, e esse não poupaesforços para conduzir o jovem pintor nadescoberta dos arcanos da pintura de pai-sagens, e o tempo inexorável mostraria queisso seria conquistado, fazendo deClodomiro um dos grandes mestres dessedifícil gênero da pintura.

Outros mestres, como Augusto Luiz deFreitas e o italiano Carlo de Servi, tambéminfluenciariam o pintor ao longo de suavida.

De início, com predominância da arteacadêmica, Clodomiro explorou as pintu-ras de gênero, naturezas - mortas e mari-nhas. Aos poucos, sua pintura se fez maissolta, com técnica apurada, comparável aonível de Camile Corot ou Gustave Courbet,mestres da pintura francesa, que domina-vam também uma paisagem iluminada, decores bucólicas.

Clodomiro era exigente, e isso o faziase esmerar no preparo de suas telas e mol-duras.

Por volta de 1901, restaura as obras doConvento de Santa Clara, de sua cidade,vindo mais tarde, em 1905, a criar a "Asso-ciação Artística e Literária de Taubaté",juntamente com seus mestres Gastão eEuzébio da Câmara Leal.

Participou, em 1911, da Primeira Ex-posição Brasileira de Belas Artes, instaladano Liceu de Artes e Ofícios e, em 1912, fazsua primeira exposição individual no Sa-lão do Edifício da Rádium, na Rua São Ben-to, em São Paulo. Ao longo de sua brilhan-te carreira de pintor, realizou exposiçõesindividuais e coletivas nas cidades deTaubaté (SP), Recife (PE), Belém (PA), For-taleza (CE), Rio de Janeiro (RJ) e PortoAlegre (RS).

Em São Paulo, foi um dos fundadoresdo Salão Paulista de Belas Artes, isto em1934.

Em 1938, participa do 5º Salão Paulistade Belas Artes, onde é agraciado com a"Grande Medalha de Prata", e "PrimeiroPrêmio Prefeitura de São Paulo". Já no anode 1939, Clodomiro Amazonas participatambém do 6º Salão Paulista de Belas Ar-tes, onde novamente, conquista o "2º Prê-mio Prefeitura de São Paulo".

Clodomiro Amazonas foi sem dúvidasum pintor que soube enriquecer nossas pai-sagens, mostrando que o Vale do Paraíba éfértil nas cores e nas luzes que emanam desuas pinturas, tão cheias de vida.

As obras desse pintor possuem a rique-za e a exuberância de quem realmente sen-tia grande afinidade com sua paleta e pin-céis.

Viveu até 1953, partindo depois para oestágio avançado das Almas que com cer-teza, continuam a criar coisas belas.

AAAAARTERTERTERTERTE

Clodomiro Amazonas(O Paisagista do Brasil)

Gilberto Gomes

A riqueza e a exuberância das paisagens de Clodomiro

Gilberto Gomes é Artista Plástico,Professor e Crítico de Artes

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44444 Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

A miniatura e o elefante:a inacreditável arte de Gabriel Ramos

VISLUMBRAR as esculturas de ummexicano com sombrero em cima de umburrico, uma bailarina, um pescador, um sol-dado sentinela ou o sábio e ilustre Viscondede Sabugosa, seria um fácil exercício de ima-ginação não fossem essas obras esculpidascom gilete, a olho nu, em palitos de dente. Areação de espanto é inevitável diante da me-ticulosidade encontrada nos trabalhos queredefinem as costumeiras formas de olhar eé preciso, numa experiência inusitada, abriras retinas para encontrar as formas nas di-mensões que redefinem uma microfísica doolhar estético.

As miniaturas, esculpidas em palitos dedentes, valeram ao artista a Medalha PrêmioCriatividade, em 1988, por ocasião do Salãode Artes Tenochtitlán promovido pela Dire-ção Geral de Ação Cultural do Governo doMéxico, no Centro Cultural "Jose Marti".

E isso é apenas um pouco do extraordi-nário trabalho artístico de Gabriel Ramos,um paulistano nascido em 02/07/1958, radi-cado há seis anos na cidade de Potim-SP eque, desde muito criança, como autodidata,embrenhou-se na aventura da criatividade embusca do belo.

De posse de uma peculiar tranqüilidade,estado de espírito que considera fundamen-tal para produzir, Gabriel diz ter nascido paraa arte, assim como seus oito irmãos. "Todosos nove irmãos têm grande facilidade paradesenhar, mas apenas eu e meu irmão maisvelho, Gilberto, voltamo-nos para as artesplásticas. (...) Ainda criança, lembro-me deter esculpido um pequeno rosto de Cristoem mogno usando uma faca. Minhas mãosficaram arrebentadas, mas consegui fazer aescultura", conta o artista.

A facilidade para o desenho, desde tenraidade, e o acaso permitiram a Gabriel Ramosfazer uso de seu talento como um meio desubsistência.

O relato do artista é esclarecedor: "Foijogando futebol que conheci um amigo deum de seus irmãos. Estávamos no mesmotime e vencemos a partida. Após o jogo, emconversa com meu irmão, esse amigo deledisse que a empresa dele precisava de alguémque desenhasse bem. Meu irmão me indicou

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e eu fui fazer um teste de desenho técnico.Gostaram tanto que fui contratado como pro-jetista, mesmo sem ter a formação escolarcorrespondente. Assim, durante um bom tem-po, fiz desenhos e projetos para produtos demuitas empresas: Ford, GM, Volkswagen eoutras".

Paralelamente aos trabalhos de cunho co-mercial, Gabriel seguia esculpindo, pintan-do, modelando, experimentando materiaise técnicas, apreciando os impressionistasfranceses, Van Gogh e o surrealismo de Sal-vador Dali, mesmo sem se considerar umartista. "Nunca me considerei um artista, poisachava que a falta de formação acadêmica,de um curso de artes, não me habilitava aalimentar tal pretensão", diz com realce.

Foi, então, que buscou o curso de licenci-atura em Educação Artística da Universida-de São Judas Tadeu. Enquanto universitário,e pouco antes, participou de várias mostras eexposições, auferindo prêmios como a me-dalha de prata na categoria pintura e desta-que especial na categoria escultura do VI Sa-lão de Arte das Faculdades São Judas Tadeu(1987), a medalha de ouro, na modalidade"escultura em madeira", do III Concurso deObras Premiadas da Associação dos ArtistasPlásticos Profissionais do A.B.C.D. (1989),"homenageado do ano", na modalidade es-cultura, do VIII Salão de Arte da Universida-de São Judas Tadeu (1989), "homenageado

especial", na modalidade escultura, do X Sa-lão de Arte da mesma universidade (1991) eparticipação em exposição, no mesmo ano,na Pinacoteca Camargo Freire, em Camposdo Jordão, SP.

Graduando-se, em 1992, inicia um profí-cuo período de produção artística, mas, es-pecialmente, nasce, incontinenti, um inque-brantável desejo de fazer da arte-educação oseu propósito maior.

Dentre as muitas instituições que tiveramo privilégio de acolher a mestria artística epedagógica de Gabriel Ramos, estão a Escolade Música e Arte "Prof. Giovanni deVicenzo", onde lecionou desenho de 1993 a2004; os cursos de Educação Artística (Es-cultura, Modelagem e Linguagem Gráfica),Comunicação Social (Cenografia) e Arqui-tetura (Oficina de Maquete) da Universida-de Cruzeiro do Sul, em São Paulo; a Escolade Artes Plásticas "Mãos à Arte", além de inú-meros projetos voltados à arte para criançasde pais trabalhadores em centros comunitá-rios e escolas de São Paulo e região do ABC.

Paralelamente, oficinas, palestras, cria-ção de cenários para TV, mostras, cursos, etc.foram enriquecendo um extenso e diversifi-cado currículo: "Simplesmente Carmem",por exemplo, é uma escultura feita com ara-me retorcido e que compõe, após a exposi-ção "No tic tac de Carmem", desde 1998, oacervo cultural da Caixa Econômica Fede-

Alexandre Marcos Lourenço Barbosa

ral; em Praia Grande, SP, uma oficina de es-cultura em areia deixou boquiabertos alu-nos e turistas; por ocasião da exposição"Brasileirando", alusiva aos "500 anni dellascoperta del Brasile", realizada em Firenze,na Itália, a arte de Gabriel se fez presente; aturma de 2001 dos alunos da disciplina Ex-pressão Plástica Bidimensional do curso depós-graduação latu-sensu em Fundamentosda Cultura e das Artes do Instituto de Artesda UNESP teve oportunidade de ouvir pales-tra do artista e professor, "proferida combrilhantismo", segundo o Prof. Dr. José Leo-nardo do Nascimento, coordenador do cur-so; em Xingó, no estado de Alagoas, coorde-nou o Programa Universidade Solidária jun-to à comunidade Olho d'Água do Casado;ainda em 2001, fez um curso de "Teoria ePrática do Restauro" com o prof. GianluigiColalucci, no Instituto Domingo Telechea;no projeto Universidade Aberta para a Ter-ceira Idade, da Universidade Cruzeiro do Sul,em São Paulo, desenvolveu oficinas de artesplásticas

Com seus alunos e ao longo dos anos,Gabriel expandiu suas técnicas, pelo apren-dizado ou pela criação, fazendo desenhos,pinturas e esculturas utilizando escova dedente, barbante, pó e cola, lixa, restos de gizde cera, tela de galinheiro e uma infinidadede outros recursos. Porém, o primado de suascriações pertence à técnica de escultura empapel jornal, um material aparentemente frá-gil, pouco consistente, que, com um poucode cola e nas mãos hábeis do artista, transfor-ma-se em quase tudo.

Uma vez mais, é a arte do improvávelque aflora. Aliás, parece ser essa a grande ha-bilidade deste artista e educador: tornar realaquilo que a grande maioria das pessoas con-sidera impossível, enxergar possibilidadesnaquilo que os "falsos realistas" desprezam,fazendo o cético transformar-se num crente.

Diante da obra de Gabriel, que em hebraicosignifica "fortaleza de Deus", é bem possívelacreditar que sua sina esteja ligada ao seunome, pois a sua Arte pode parecer tonificadapor Deus, afinal quantos não são os que crêemna beleza no mundo como fruto do Criador.

"Como artista, a gente gosta não do que faz, mas do que gostaria de fazer" — Gabriel Ramos

Escultura com tela de arame Escultor concede entrevista para canal de televisão, em Praia Grande, São Paulo

Escultura em palito de dente

Gabriel desenvolveu técnica de modelagem totalmente feita com papel jornal

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55555Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

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TURISMO RELIGIOSO:Uma breve apresentação

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A PRIMEIRA IDÉIA que se tem aomencionar o termo Turismo Religioso é deque seu usuário pretenda, tão-somente, fa-zer um trocadilho com duas noções que sedefrontam. Afinal, de que maneira os aspec-tos ditos "profanos" do universo turístico -lazer, prazer, entretenimento e descontração- podem compor uma atividade cheia deobrigações espirituais ou "sacrifícios" comoum fenômeno religioso?

Essa primeira impressão, para definir otipo de viagem que nasce de diferentes mo-tivações religiosas, constrói-se a partir deuma "natural" visão dicotômica ou dualista.Digo "natural" na medida em que aprende-mos, com a educação positivista, a reconhe-cer conceitos imediatamente por um meca-nismo de sim/não; um sistema binário derelações. Por conseguinte, pode-se negar oturismo religioso com o simplório pré-con-ceito: quem vivencia o fenômeno religiosonão pode estar fazendo turismo. Logo, seviajo por motivações turísticas, para luga-res turísticos, utilizando-me de serviço tu-rísticos, não exerço compromissos religio-sos. A não ser que...

E assim começamos a apresentar umaconceituação, de raízes históricas e escalaplanetária, capaz de ultrapassar essadicotomia vulgar para representar dimen-sões múltiplas das culturas humanas con-temporâneas. Continuando a frase acima,temos um Turismo Religioso, a não ser quea própria realidade religiosa - a manifesta-ção pública e coletiva da fé, - absorva basese estruturas do fazer turístico. Chamamosisso de Religiosidade Turística. Uma defini-ção talvez mais incômoda para se populari-zar; porém muito mais operacional paracompreensão das características essenciaisde formação e crescimento do Turismo Re-ligioso, em tempos recentes.

O Turismo Religioso não é, necessaria-mente, um turismo feito por religiosos, mís-ticos, santos populares, devotos e sacerdo-tes/profissionais de qualquer credo ou con-fissão religiosa. O adjetivo "religioso" deveser reconhecido em sua amplitude espiritu-al e metafísica, embora esteja perigosamentecomprometida com a perspectiva cristã -responsável pela sistematização dessesignificante, no universo do Império Roma-no e da Igreja Católica. Portanto, a corretadefinição para esse tipo de turismo encon-tra-se num exercício aproximativo. Trata-se de um fazer turístico capaz de manifestaralgum dado de religiosidade. E é exatamen-te na religiosidade - no ato popular de pro-fessar o sistema de crenças chamado de Re-ligião - que o Turismo Religioso pode sercomparado às peregrinações e romarias aoslugares sagrados, em momentos também sa-grados.

Mas até que ponto uma peregrinação àBenares (no hinduismo), à Meca (noIslamismo), à Santa Sophia (na ortodoxiacristã) ou à Jerusalém, pode ser considera-do um fenômeno turístico? Não estaria ha-vendo aí uma mistura ou confusão entre ovisitante motivado pelo mistério religioso(o peregrino) com aquele interessado ape-nas na materialidade cultural desses even-tos ou localidades? Efetivamente, sim: hámistura e confusão, mas exclusivamenteprovocada pela própria realidade comple-xa da visitação religiosa. Até em Fátima ten-ta-se resolver o impasse com o seguinte avi-so ao visitante, no portal de entrada do San-tuário: Aqui termina o turista e começa operegrino. Em outras palavras: troque suapersonagem; mas saiba que o ator continu-ará o mesmo.

Por esta razão entende-se aqui ser maissensato não ignorar que o Turismo Religio-so seja, ao mesmo tempo, uma forma indis-cutível de turismo e uma manifestação evi-dente da religiosidade contemporânea, emdiferentes sociedades.

Percebe-se, nos últimos anos, o aumen-to sistemático do debate sobre questões re-ligiosas. Debate este motivado por uma sé-rie de fatores convergentes para uma espé-cie de "renascimento do sagrado". Tais fa-tores são em nível internacional: os confli-tos no mundo islâmico (bem com o cresci-mento geométrico desta religiãomonoteísta), o esgotamento dos recursosambientais, as crises econômicas e sua as-sociação global com a redução dos investi-mentos sociais, a derrocada do socialismocomo alternativa política global, o cresci-mento do terrorismo, entre outros. E noBrasil, especificamente, o reconhecimentoprático de que a democracia, a urbanizaçãoe os meios de comunicação selaram, de umavez por todas, a separação entre cidadania ecatolicismo. O que permitiu contraditoria-mente um aumento da tolerância e da con-corrência entre diferentes credos. Era afi-nal o nascimento de um mercado religiosopulsante, fortalecendo em distintos rituaise estratégias de manutenção/expansão. Semdúvida, o Turismo Religioso representa maisuma dessas estratégias.

Vale lembrar alguns episódios atuais re-levantes. Nunca tivemos tantos religiososbeatificados e canonizados pelo Vaticano -Anchieta, Frei Galvão, Madre Paulina - e tan-tos santuários católicos (oficiais ou popula-res) sendo expostos nos meios eletrônicosde comunicação. Pelo movimento protes-tante, nunca foi tão farta e ostensiva a pre-

"Turismo Religioso", da série "Desenvolven-do o Turismo" - Volume 9 - Edição Sebrae,de Vânia Beatriz Florentino Moletta, comcaráter mais técnico e direcionado às locali-dades e empreendimentos interessados nospossíveis ganhos do setor.

Os demais são "Turismo Religioso: En-saio e Reflexões", Organizado por ReinaldoDias e Emerson Silveira e publicado pelaEditora Alínea e "Turismo Religioso: Ensai-os Antropológicos sobre Religião e Turismo",organizado por Edin Abumanssur e publica-do pela Papirus Editora . Conforme os pró-prios títulos, essas obras trazem estudos dediferentes autores e perspectivas para contri-buir na sistematização de um ramo tão re-cente nas preocupações dos cientistas huma-nos. Neste último, encontra-se um artigo denossa autoria - "Turismo, Monumentalidadee Gestação: as Escalas da Visitação ReligiosaContemporânea" - no qual reafirmamos ope-rar o Turismo Religioso em dimensões me-tropolitanas, isto é globais e locais, factuais esimbólicas, sagradas e profanas.

O Turismo Religioso, na lógica culturalda visitação e da comunicação, é capaz decompatibilizar, no mesmo meio, o peregri-no ecoturista e o romeiro excursionista. Éisto, vivência da religiosidade turística, poisambos são capazes de multiplicar significa-dos para um mesmo atrativo, por mais re-pulsivo que tal atrativo possa parecer, aosolhos de alguns. Afinal, não há uma estéticatão agradável assim na Passarela da Fé emAparecida (SP), na Corda do Círio em Belém(PA) ou no Templo de Tia Neiva (DF). Mes-mo nas cidades de Nova Trento (SC), BomJesus da Lapa (BA), Canindé ou Juazeiro doNorte (CE), não se consegue estabelecer essaconexão entre paisagem e fé.

A prática do visitante religioso, no local,é múltipla e diferenciada. Basta imaginar aexcursão de uma comunidade de bairro parauma das praias do litoral paulista, num fimde semana. Nem todos que vão à praia, vãosó pela praia em si; e não é sempre que "praia"é sinônimo de beleza. Algo relativamente se-melhante acontece com uma visita motiva-da pela fé. A partir dos "pretextos" fé/peni-tência/culto, realizam-se encontros, compras,divertimentos, exercícios de saúde e educa-ção etc, além de renovação mística, superan-do o simples mecanicismo da "satisfação dasnecessidades". No Turismo Religioso, o atra-tivo é verdadeiramente um pretexto. Nãoadianta caracterizá-lo em uma conexão pre-concebida.

A dita conexão, portanto, não é automá-tica nem natural. Requer estudosmetodologicamente elaborados. Requer in-vestigação dos lugares (emissivos e recepti-vos) nas variantes de diferentes enfoques. Re-quer disposição para o manuseio da comple-xidade que, literalmente, não se encerra emum "lugar comum".

Os lugares do Turismo Religioso são es-peciais. São Santuários . Podem ser naturais,metropolitanos, oficialmente sagrados ou fes-tivamente profanos. Mas refletem este espe-cial - que chamamos de sagrados, de energiaou fé - que levamos como turistas e pode-mos, de repente, reencontrar.

sença de casas de culto das mais variadasdenominações evangélicas. Além da paisa-gem urbana, rádios, jornais, televisões,internet, multiplicam os valores da vida re-ligiosa, como fenômeno de massa. Os espi-ritismos (kardecistas, umbandistas ou ori-entais) ganham nova força sincrética, graçaao boom de misticismo da Nova Era e ointercâmbio cultural da virada do milênio.Virada esta, por si só, um período especialpara motivar exercícios de fé e busca ritual.Está aí o consumo global das festividadesnatalinas, transformadas em evento turísti-co-religioso internacional: o ecumênicoreveillon.

Esse panorama de incentivo ao TurismoReligioso não poderia passar desapercebi-do pelos estudiosos e planejadores da área.Mas era o que vinha acontecendo na medi-da que, via de regra, as análises sociológicasdas motivações turísticas fixavam-se, exclu-sivamente, nos aspectos da renda e do en-tretenimento, voltados ao lazer. E se reli-gião não é lazer, não se pode afirmar que areligiosidade não o contenha. No campo dareligiosidade, temos sim uma permanentereconstrução de práticas e valores. Por issofazer Turismo Religioso é fazer visita e, por-tanto, comprometer outra viagem, outraestada, outro patamar de aproximação aosagrado.

A densidade desses aspectos que reúnem,num só evento, raízes históricas das pere-grinações religiosas, costumes rituais noslocais de destino (santuários e festas) e agestão dos equipamentos e atrativoscorrelatos, tem provocado a reflexão aca-dêmica e operacional de novos estudiosos.Só em 2003, foram editadas, no Brasil, trêspublicações específicas sobre o assunto.

Prof. Dr. Christian Dennys Monteiro de Oliveira

Christian Dennys Monteiro de Oliveira édoutor em Geografia do Turismo, pela USP.

[email protected] Sobre a mitologia dos santuários, ler

também Basílica de Aparecida: Um Templopara Cidade Mãe, do autor

(São Paulo, Olho D'água, 2001)

Foto de Vera de Souza

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66666 Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

Compreendero caos da humanidade...São mendigos de amor,paz, luz, serenidade.

Viveremos em harmoniaquando a Terrafor transformada em jardim.Não precisamos de guerra.

Em poucos mesescultiva-se um belo jardim.Imagine um mundo novo de flores,iluminado pelas cores.

Aparecida, 20 de novembro de 2007

O time de Pedro jogava malMesmo assim chegou à final.O time de Luísa pisou na bola,Mesmo assim não gastou muita sola.

BALA VS. VIDAAmbas perdidas.

CARNAVALFantasiou-se de político corrupto.Foram quatro noites e três dias de impu-

nidades.

TRANSPLANTEDe córneas. Ou melhor, de "córneos".Ao ver que a mulher não prestava, dei-

xou que o amante a levasse.

PÉ D'ÁGUAA caminho de casa, pegou carona no guar-

da-chuva da vizinha.Suas meias secaram atrás da geladeira dela.

DIREITOSFosse em casa, na escola ou na rua, o Es-

tatuto do Menor o amparava, ora protegen-do-o de castigos mais severos, ora absolven-do-o de punições legais.

No país das impunidades, ele tambémdesfrutava a sua.

PISTAPisou fundo no acelerador. Queria dei-

xar tudo para trás: a cidade, a casa, o quarto,a cama, o corpo, o pu - ah, o punhal!!

Como pudera esquecê-lo?!

DENUNCIANTEDaquela mão, apenas um dedo era ho-

nesto. De modo que, quando os outros qua-tro decidiam furtar algo, ao bom dedo nãorestava outra atitude senão permanecer emriste.

RESSACADisposto a iniciar-se no mundo dos vi-

nhos, comprou o livro de um famoso enólogo.Mas tão ruim era o livro que o neófito ador-meceu logo nas primeiras páginas. Acordoudepois com uma tremenda dor de cabeça.

GGGGGRAFIASRAFIASRAFIASRAFIASRAFIAS

Poesia e FutebolSofia Helena Arneiro Lourenço Barbosa

[email protected]

Fernando Sabino em ItabiraNelson Marzullo Tangerini

QUANDO VISITEI a terra deCarlos Drummond de Andrade pela pri-meira vez, fiquei conhecendo a poetisaAmanda Fonseca Duarte, até então com80 anos de idade, de Itabira e de MinasGerais.

Tão encantado fiquei com sua "prosa"e a poesia que passei a trocar correspon-dência com ela.

Numa das cartas, ela enviou-me algu-mas poesias suas.

Quando voltei pela segunda vez aItabira, fui visitá-la. Soube, então, que ti-nha livros de poesias publicados. Pediu-me, porém, segredo máximo, que não con-tasse a ninguém que ela era uma poetisa.

Foi na minha segunda ida à cidade deDrummond que D. Amanda me contou umfato muito interessante, verídico, garantiu-me a itabirana, que acontecera certa vezcom ela.

Um homem de terno preto, chapéu pre-to e óculos escuros subia lentamente a RuaTiradentes, onde mora - e onde morou opoeta. Apreciava, talvez, o casario, espre-mido entre as novas e audaciosas constru-ções que vão dando nova cara, menos mi-neira, à cidade do "gauche" itabirano.

Talvez tivesse frases prontas em suamente - não frases dele, mas do poeta deItabira - para tudo o que via: "Minas nãohá mais", "Itabira é apenas uma fotografiana parede"...

D. Amanda, sentada numa cadeira, nacalçada, como é de seu costume, o avista-ra desde quando ele dobrou a curva da ruae ela pode vê-lo envolvido em pensamen-tos e poesia.

Ela pensou: "O que Valdik Soriano es-taria fazendo em Itabira?"

Sim, foi isto mesmo o que pensou D.Amanda, uma senhora muito divertida eespirituosa.

O homem de terno preto, chapéu pre-to e óculos escuros parou em frente à suaporta e ela pôde ver quem era o "claroenigma".

Olharam-se por alguns instantes. Eabriram sorrisos um para o outro.

A senhora me conhece? - pergun-

Pois não. - respondeu a bondosa senho-ra.

Mas eu queria que a água não fosse ge-lada. E que fosse de filtro de barro. Querosentir o sabor de Minas - prosseguiu.

Meu filtro é de barro - respondeu aitabirana.

Nesse instante, Fernando Sabino olhoupara dentro da casa e pediu permissão paraentrar.

Pois não - disse D. Amanda.O escritor mineiro pediu licença e en-

trou. A senhora permite que eu veja todos os

cômodos? Pois não - disse a senhora, que foi lhe

mostrando sala, quartos, cozinha, banhei-ro...

Sabino, sempre muito educado, pedialicença e entrava.

Enquanto dialogava com o consagradoescritor, a poetisa pensava, intrigada:

Sabor de Minas Gerais...É uma típica moradia mineira. - con-

cluiu Sabino, depois de muito meditar.Bebeu toda a água oferecida por D.

Amanda e lhe disse: Que água gostosa! Tem sabor de Minas

Gerais!O escritor agradeceu pela água, retirou-

se e prosseguiu em sua caminhada em dire-ção à casa onde morou Drummond.

E D. Amanda Fonseca Duarte ficou a me-ditar:

Sabor de Minas Gerais...Também eu, apaixonado por Minas Ge-

rais, estou agora a meditar sobre a frase deFernando Sabino:

Que sabor terá Minas Gerais?Respondam-me Affonso Romano de

Sant´Anna, Fernando Brant, Milton Nasci-mento, Olavo Romano e Carlos HerculanoLopes.

Como os mineiros trabalham em silên-cio, talvez nunca respondam. Eles, sim, sa-bem o sabor que Minas Gerais tem. Mas ja-mais o dirão.

Nelson Marzullo Tangerini, é escritor e membrodo Clube de Escritores Piracicaba.

[email protected]

Nanos, Micros e MinicontosWilson Gorj

EM BUSCA DO AMOR PERDIDOConstruiu uma Máquina do Tempo.

Contudo, nem lhe passou pela cabeça co-nhecer Jesus ou ficar milionário com a lo-teria. Seu propósito era bem simples. Que-ria apenas regressar trinta anos, para en-trar no seu quarto de adolescente e deixarno bolso do seu jeans o seguinte recado:"Hoje à noite, ela vai sugerir namoro. Nãoseja burro. Aceite".

SUPERPODERESBanhado de álcool, o garoto ateou fogo

ao próprio corpo, acreditando que assimse transformaria no Tocha Humana.

Felizmente, os pais chegaram a tempode evitar uma tragédia maior.

Plásticas depois, mesmo apesar do trau-ma, o menino ainda continua fã de super-heróis. Porém, o seu predileto, agora, é oHomem de Gelo.

Por precaução, os pais botaram um ca-deado na geladeira.

RUMO AO DESCONHECIDOA ânsia de conhecer lugares novos le-

vara-o a percorrer o mundo todo. Não ha-via canto do planeta onde um dia não esti-vera.

Envelhecido, finalmente fixara-se emsua cidadezinha natal.

Ali, entediava-se, quando uma forastei-ra a cavalo o abordou:

- Há um lugar que você ainda não co-nhece. Que vir comigo?

Não pensou duas vezes. Montou na ga-rupa e com ela partiu.

Na pressa, nem percebeu que seu cor-po ficava para trás.

[email protected]

Em Nossas Mãos As SementesDenise A. Souza

Denise A. Souza

Chega de maldade,precisamos de integridade,não temos mais idade,pra viver sem bondade.

Parece fantasiafaça acontecer a magiaO mundo vivendo em poesiaarte, flores e alegria

Cultive um jardim,plante árvores, flores e amor.Em nossas mãos as sementes,de um mundo novo de cor.

FinalPedro x Luísa

Na final, um time fez um gol,Pedro, então, comemorou.Luísa lhe deu um cartãoEle, então, fez uma declaração... De amor.

.......................................................................................................................................

MAURÍLIO REIS

tou ele. Sim - respondeu a itabirana

- o senhor é o Fernando Sabino. Como a senhora me co-

nhece? - continuou. Leio seus livros e suas crô-

nicas no jornal. - respondeu apoetisa.

Sou mineiro - prosseguiuele.

Eu sei - disse D. Amanda. A senhora poderia me for-

necer um copo d´água? - per-guntou o escritor.

Page 7: UFOs em Aparecida-SP...para o interior daquelas luzes. Ele tentou Imagem batida por Jamil Vila Nova, com uma Nikon FM2, com lente 400mm, f2,4 da Fuji, o filme também era um Fuji de

77777Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

— Filho, dá a chupeta pro seu irmão queeu tô ocupada aqui!Que droga de vida! As coisas não andavamnada bem para mim depois que aquele cho-rão nascera. Era botar chupeta na boca,balançar o berço pra ninar o menino, em-purrar carrinho para ele passear, darpapinha na boquinha...— Tudo eu! Tudo eu! Tudo eu...— Tá reclamando do que, menino?!?!É, nem eu sabia do que reclamava. Afinal aculpa era minha de as coisas estarem na-quele pé. Que é que eu tinha de insistirpara ganhar um irmão?!?!— Mãe, você arruma um irmãozinho pramim? Quase todo mundo tem irmão! Sóeu é que tenho essas irmãs chatas que nembrincam comigo...— Calma, menino, que sangria desatada éessa. Fala devagar pra eu entender....Eu entrara correndo e não notara que mi-nha mãe cochilava no arremate da costura.Não era a primeira vez que eu pedia umirmão. Sentia falta de alguém para brincar.Alguém como eu que gostasse dos mesmosbrinquedos e dos mesmos jogos. Não po-dia ver avião passando que saía correndo egritando para jogar um irmão para mim.Um dia eu vi um colega ser repreendidopor sua mãe porque estava agachado,olhando para trás, de cabeça para baixo,por entre as pernas. "Pára de chamar outracriança, menino!" — dissera ela. Ele ficousem graça... A partir daí, sempre que po-dia, estava eu lá chamando uma criançatambém. Chegou a esfolar minha cabeçade tanto que eu a ralava no chão quandoagachava para pedir um irmão. Só pareiquando mamãe veio com a notícia de umagravidez. Gravidez?!?! Finalmente, eu ga-nharia um irmãozinho! Tá certo que elanão podia garantir nada; afinal, e se fossemais uma menina? Eu, de minha parte, ti-nha certeza de que seria um menino. Até jásonhara com ele...E agora eu estava ali, naquela situação! Jánão brincava mais direito com meus ami-gos, pois tinha de ficar olhando-o. E o curi-oso é que o carinha era pequenininho de-mais. Onde mamãe pensa que ele vai, cer-cado por essas grades de madeira, rolos deespuma e travesseiro? O menino parecemais um pacote com uma touca! E comochora o pestinha! Acho que ele veio comdefeito. Às vezes vaza e fede. E o tamanho?!Olha só! Quem consegue brincar com isso...

Rua vazia que simplesmente anoitece.Corredeira de ventos e pensamentos.Mórbido percurso de silêncios.Iluminada por um vago rasgo de luae por estrelas que renascem no brilho dosereno no telhado.De cabíveis inspirações e impossíveispalavras.Rua pela qual se guarda passos imaginá-rios.

GGGGGRAFIASRAFIASRAFIASRAFIASRAFIAS

O IrmãoNuno Marques

À medida que a barriga crescia, aumen-tava ainda mais minha curiosidade. Querdizer, então, que aquela história de cego-nha e coisa e tal era tudo balela pra enga-nar criancinha?— Não acredito! — bradou meu maioramigo quando eu lhe revelei aquele se-gredo de família.— Não grita, seu louco! Só os mais ve-lhos podem saber disso...Algumas vezes mamãe me deixava senti-lo com a mão sobre sua barriga que cres-cia e crescia. Parecia até que ia explodir.E ele estava lá, protegido...— Nossa, ele me chutou, mãe. E olha queonda ele tá fazendo agora!— Acho que ele quer brincar com você,meu filho.Mamãe ria e afagava minha cabeça. Eupensava que, quando ele saísse, eu deve-ria protegê-lo dos meninos mais velhos.E, sussurrando bem próximo àquele bar-rigão, falava-lhe para me chamar ao me-nor sinal de perigo.— Que é que você já está conversandocom ele, meu menino?— Papo de homem, mãe. Papo de ho-mem...Como, então, eu poderia sentir raiva dele,agora que nascera? Olhei com maior aten-ção para seu rostinho. Ele já estava cal-mo. Dormia profundamente e parecia querespirava sem muito ritmo. Em algunsmomentos, eu chegava a palma da mãoem direção a suas narinas para sentir o arexpulso pelos seus pulmões. Nem perce-bi que mamãe estava ali há algum temponos observando. Quando notei, ela já fa-lava baixinho ao meu ouvido:— É, filho, você vai ser um paizão quandocrescer...— A senhora acha?— Acho, não. Tenho certeza!Mal sabia ela dos meus pensamentos. Euolhei mais uma vez para o berço, passeiminha mão enorme no seu rostinho e elesorriu para mim.— Tá vendo? Até ele concorda comigo —falou mamãe, puxando-me pra almoçar.Confesso que não sentia fome. Não melembrava nem dos meus amigos.Por mim ficaria ali, debruçado na guardado berço, olhando para aquela criaturinhade Deus.

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SentinelaLúcio Mauro Dias

Centro de Apoioaos RomeirosAsa Oeste - [email protected]

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Aquáriode Aparecida

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especialparaescolas

Lúcio Mauro Dias

Não sabia que nome dar àque-le quedar-se por tempo semfim a olhar a minúscula cria-tura saltitando sobre quadrosnumerados. Dez quadros.Acima deles, um maior, escri-to “Céu”.Abaixo, de igual tamanho, ou-tro quadro, escrito “Inferno”.De costas, ela jogava uma pe-dra. Tinha de saltar sobre o

Marco Antônio Santos Reis

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Insistente, teimoso,... Assim você surgiu.Veio devagar, caminhandocuidadosamente,Para reconhecer o terreno.Armou acampamento.E va-ga-ro-sa-men-te,Foi se apossando das terras ao redor.Sem que eu percebesse foi dominandomeu pensamento,

Amor de sem-terraAlessandra Farias

Alessandra Farias é universitária

quadro onde ela caia, ora com uma, oracom duas pernas.E ia e vinha até que, feliz, chegava aocéu. E começava tudo outra vez, a saltarlinhas sem fim.A trilha sonora daquele quedar-se era seuriso, estridente, que se perdia no espaçoe espantava os pássaros, que completa-vam, num agitado bailado, a cena que euvia, até se aquietarem novamente, nosfrondosos ramos das árvores daquele

tempo em que eu não sa-bia que nome dar àquelequedar-se.Não sei se porque não con-segui saltar nenhum quadro,ou se porque emaranhei-menaquelas linhas, não chegueiao céu riscado no chão da-queles idos.Não sei porque, ficou pare-cendo que a vida, de costas,

passou a jogar pedras em mim.Só sei que, tardiamente, descobri queo nome era inocência, que tinha tudo aver com a vida que viria, que depende-ria do amor e das linhas que eu nãopulei.Era só um jogo de amarelinha.Amar é linha.Bastava saltar as pedras que eu nãosaltei.

É LINHA

Sustentação de pessoas invisíveis.De direções opostas e reluzentes.Paisagem de uma quietude passageira,encantada pelo assovio de pássaros livrese de uma solidão dormentetragada pela luz de um outro diaque simplesmente amanhece.

E se fazendo presente em todosos momentos.E agora aqui estou,Rendida aos teus encantos,E MORRENDO de amor...(ah, se eu falasse!)

Vocês nunca estarão sozinhos.Por favor, nunca soltem minhas mãos.Essa música é para lhes dar coragemEnquanto caminham na penumbra.

Por favor, não chorem.Nós já iremos voar.Nós sempre seremos amigos.Por favor, nunca soltem minhas mãos.

Coragem!Maria Laura Diniz dos Santos Reis

Durante as batalhas, na penumbra,Nós falaremos, cremos!E as batalhas venceremos,Pois coragem teremos.

Vocês nunca estarão sozinhos.Por favor, nunca soltem minhas mãos.Essa música é para lhes dar coragemEnquanto caminham na penumbra.

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88888 Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

EEEEE NTREVISTANTREVISTANTREVISTANTREVISTANTREVISTA

"Pio X, Papa. Em perpétua memória.

Segundo o uso e a prática dos Pontífi-ces Romanos costumamos nós com todogôsto conceder honras e privilégios aostemplos conspícuos que diante de outrosse distinguem por sua construção e pelaespecial devoção dos fiéis para que seu cul-to torne-se mais esplêndido e mais aumen-te o concurso e a piedade do povo cristão.Sabendo porém existir um templo nestascondições dedicado à Imaculada VirgemMãe de Deus sob o título popular deAparecida, nas margens do rio Paraiba noterritório da Diocese de São Paulo no Bra-sil, nós deferindo benignamente os pedi-dos a nós apresentados por nosso venerá-vel irmão Duarte Leopoldo e Silva, bispodaquela diocese, em nome do Clero e detodo o povo, tivemos por bem elevar essaIgreja à dignidade mais alta. Fazemos istocom tanto mais gosto parque conformesoubemos, o mencionado temploconstruído no século XVIII e eminente en-tre os templos marianos do Brasil por suagrandeza e obras de arte, atestaclaríssimamente a grande devoção à Vir-gem que primeiro tal introduzida pelosLuzitanos nesta parte da América. Além dis-to guarda-se ali uma imagem da Mãe deDeus célebre por milagres e que os fiéisveneram vindo de toda parte em peregri-nação quer para pedir o auxílio da Mãe deDeus, quer para agradecer-lhe pelos bene-fícios concedidos. Aconteceu por isto queo mesmo templo foi enriquecido de estan-dartes, quadros votivos e muitíssimosdonativos que muito a exortam. Essa Ima-gem tão venerada da Virgem foi noquinquagésimo ano depois da proclama-ção de sua Conceição Imaculada, no dia 8de setembro por decreto do CapítuloVaticano, ornada de coroa de ouro comsolene pompa e em presença de nossoNúncio Apostólico, dos Bispos do Brasil ede numeroso Clero e povo.

Enfim este Templo munido de abun-dantes paramentos sacros e enriquecido deindulgências pelos romanos Pontífices, nos-sos Predecessores, está agora confiado aosPresbíteros da Congregação do SantíssimoRedentor que muito se esforçam para pro-mover ali o Culto Divino. A vista de tudo

Decreto de elevação da igrejade Aparecida à condição de Basílica Menor

Cássia Mara Barboza

Experiência é o nome que todos dãoaos seus próprios erros.

Aquele que se mantém o mais lon-ge possível do seu século é na ver-dade o que melhor o espelha.

O homem pode suportar as desgra-ças, elas são acidentais e vêm defora; o que realmente dói, na vida, ésofrer pelas próprias culpas.

Antigamente ninguém pretendia sermelhor que o seu vizinho, ser me-lhor que o vizinho, aliás, era consi-derado algo muito feio e vulgar; hojeem dia, com a nossa moderna ma-nia da moral, todos devem posarcomo modelos de pureza, deincorruptibilidade, e das outras setevirtudes humanas. E qual é o resul-tado? Todos escorregam e caem nogelo fino.

Para entendermos os outros preci-samos fortalecer a nossa própria per-sonalidade.

É uma pena que nós levemos tão asério as lições da vida somente quan-do já não nos servem para nada.

O Romantismo é privilégio dos ricos,e não profissão dos desempregados.Ao pobre só é permitido ser práticoe prosaico.

O nosso ser é o nosso passado. So-mente através do passado podemosjulgar as pessoas.

O fato de um homem imolar-se poruma idéia não prova de forma algu-ma que ela seja verdadeira.

Crer é muito monótono, a dúvidaé profundamente sedutora. Ficarde sobreaviso, isto é a vida; dei-xar-se minar na tranqüilidade,isto é a morte.

Cada efeito bonito que produzimosnos cria um inimigo; para ser popu-lar, a pessoa precisa ser uma medi-ocridade.

Todas as pessoas fascinantes têmvícios: está aí o segredo da sua fas-cinação.

Não existem presságios. O destinonão envia arautos. É sábio demais,ou demasiado cruel, para fazê-lo.

Hoje em dia nos consolamos com adiversão, não com o arrependimen-to. A penitência já não está na moda.

Os sofrimentos superficiais e osamores superficiais duram. Os amo-res e os sofrimentos profundos aca-bam morrendo devido à sua própriaintensidade.

Cada um de nós passa a vida bus-cando o segredo dela. Pois bem, osegredo da vida é a arte.

As inglesas escondem os seus sen-timentos até se casarem. Aí os os-tentam.

AforismosOscar Wilde, escritor irlandês

NASCEU EM APARECIDA,no dia 06 de fevereiro de 1957.

Filho de Heloisa de CastroEncarnação Pinto Barboza e João PintoBarboza.

Teve uma infância muito curta. Aosseis anos de idade, entrou para o primei-ro ano do antigo primário, o qual termi-nou aos nove anos. Iniciou o primeiro anodo antigo ginásio e terminou aos trezeanos.

Durante todos esses anos, estudando,ele dizia que seu sonho era ser piloto daForça Aérea Brasileira .

Terminado o ginásio, ele prestou exa-mes para a EPCAR, Escola Preparatóriade Cadetes do Ar (Barbacena - MG). Pas-sou em todos os exames e iniciou seusestudos. Lá permaneceu, estudando mui-to, por três anos. Era o início da realiza-ção do seu sonho.

Bem-sucedidos esses anos!

isto e na esperança certa de que esta nossaconcessão seja para a maior glória de Deus emaior proveito das almas, em virtude deNossa autoridade apostólica, pelas presen-tes letras concedemos para sempre à mesmaIgreja da Imaculada Virgem Mãe de Deus,chamada de Aparecida, sita na margem dorio paraiba dentre os limites da diocese deSão Paulo no Brasil, o título de Basílica Me-nor e lhe conferimos todos os direitos, privi-légios, prerrogativas, honras e indultos quede direito competem às Basílicas menoresdesta augusta cidade. Decretamos que estasnossas presentes letras, são e serão firmes,válidas e eficazes e produzam seus plenos eíntegros efeitos e favoreçam plenamente emtudo aqueles a que toca ou no futuro tocará;e assim deve neste negócio ser julgado e de-cidido por todos os juizes ordinários e dele-gados; e, nulo e inválido será o que qualquerautoridade cientemente ou por ignorânciaatestar em contrário. Não prevaleça cousaalguma em contrário.

Dado em Roma, em São Pedro, sob o anel

do pescador no dia 29 de Abril de1908; quinto ano de nosso Ponti-ficado."

Cardeal Mery de Val, Secretá-rio de Estado

NR: O jornal Santuário deAparecida publicou o texto latinono dia 27 de junho de 1908 e suatradução no dia 16 de junho de1917.

Anunciando este decreto e aconstituição da província Eclesi-ástica de São Paulo, com suas no-vas dioceses, Dom DuarteLeopoldo e Silva, o Primeiro Arce-bispo, em Carta Pastoral de 11 deoutubro de 1908, declara:

"Elevado por decreto especialda S. C. dos Ritos à categoria deBasílica Menor, o Santuário de N.S. Aparecida continuará sob a ju-risdição do Arcebispo Metropoli-tano, como um patrimônio sagra-do de toda a província, perdendo,pois o seu caráter puramente lo-cal. É uma honra para o nosso tra-dicional e devotíssimo Santuário

que, assim colocado em maior evidência,porventura se tornará o ponto convergente detoda a nação brasileira.

Concedendo as honras de Basílica à Cape-la de N. Sra. Aparecida, manifestou, ainda umavez, o Sumo Pontifice o particular carinho quelhe merece a Igreja no Brasil.

Insigne tributo de veneração recebe assima modesta Imagem tirada aos pedaços do rio,vai para dois séculos, pelo pescador João Alvese que, nos 200 anos decorridos, tamanha de-voção tem inspirado e tantos milagres temproduzido, atraindo peregrinos das mais re-motas regiões, curando moléstias, estancan-do lágrimas, ascendendo esperanças,dispartindo lenitivos, determinando magnífi-cas cerimônias culturais, despertando,reacendendo a fé em milhares, senão milhõesde almas. Nossa Senhora Aparecida é o Santu-ário mais popular do Brasil inteiro, aquele queem seu ativo registra maior soma de prodígi-os e em grau mais acentuado provoca o zelo ea liberalidade dos fiéis. É o Santuário Nacio-nal por excelência..."

RRRRRETRATOETRATOETRATOETRATOETRATO

João Pinto Barboza Júnior

Com dezesseis anos, para continuaressa carreira, passou a estudar, como ca-dete, na AFA, Academia da Força Aérea(Pirassununga-SP). Terminou seus estudospara piloto da FAB, quatro anos depois,com vinte e um anos de idade, realizandoassim, o sonho de toda a sua vida.

Casou-se em dezembro de 1976, comMaria Aparecida Soares da Cunha. Dessecasamento, nasceu uma filha, Dorothéa So-ares da Cunha Barboza.

Assim que se formou, foi para Natal,no Rio Grande do Norte, para dar conti-nuidade à sua carreira. No mesmo ano,1978, em 28 de maio, com apenas vinte eum anos, em uma de suas viagens a servi-ço da Força Aérea, sofreu um acidente fa-tal.

O maior orgulho da família, ídolo dosseus melhores amigos, exemplo paraaqueles que o conheceram apenas depoisde sua morte.

DDDDDROPSROPSROPSROPSROPS

Teve uma existência curta, mas teve umsonho, lutou por ele, conseguiu realizá-lo. Simplesmente sonhou, lutou por essesonho, realizou-o e não pode vivê-lo.

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99999Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

ÁÁÁÁÁGORAGORAGORAGORAGORA

QUANDO EU ERA ALUNOde Sociologia em curso de graduação, ainformação considerada básica pelo meuprofessor, um sacerdote com doutoradono exterior, era a de que o sociólogo é aque-le que constata e analisa os fenômenossociais, sejam eles políticos, familiares,culturais, educacionais ou religiosos.

Tais fenômenos acontecem em tempoe lugar determinados, e o cientista socialnão pode deixar de lado tudo aquilo quese relacione com o homem em sua origeme meio.

O homem é, por definição, um criador.Os regimes políticos, o poder, o Estadoem suas várias formas, as superstições,magias, mitologias e religiões, nada maissão que fruto de sua ação criadora.

Mesmo as ciências quando divididasem diferentes áreas (exatas, biológicas,humanas e tantas outras) são criações eestão a serviço do homem. Não há umaciência que esteja acima ou fora da condi-ção humana. Somente o homem faz ciên-cia para dela se servir.

É a própria ciência uma evidência deque o ser humano não nasce acabado epronto. Ao contrário, está ligado a um pro-cesso histórico e evolutivo.

Durante milênios, entretanto, uma vi-são bíblica a respeito da origem humanapredominou como sendo a correta versãoacerca da origem do homem datando-a emtorno de 6.000 anos, mas recentes pesqui-sas arqueológicas, paleontológicas e an-tropológicas ligadas ao passado, ancora-das no avanço científico e tecnológico, fi-zeram esse tempo recuar para cem, duzen-tos, quinhentos mil, ou até um milhão deanos ou mais.

Se o homem apareceu há um, dois oucinco milhões de anos, certamente foi deforma diferente da narrada pela Bílbia.Assim sendo, ao longo do tempo, o ho-mem vem recebendo influências do meioque o circunda e evoluindo em todos osaspectos, o que envolve não só a dimen-são biológica, como também a racional e,porque não dizer, a espiritual.

É ponto pacífico que o homem é oriun-do da família dos primatas. É bom que seesclareça que ser da família, em biologia,não significa ser da espécie. O papagaio, aarara, a maritaca, o periquito e o tuim sãoda família dos psitacídeos, mas de espéci-es diferentes. Assim também, o homem éum primata, ou seja, pertence à família doschimpanzés, orangotangos e gorilas, masé de uma espécie diferente. Aliás, é prefe-rível ter sido originado de um primata, umser vivo, do que ser feito de barro ou deuma costela.

Uma posição conciliatória entre cria-ção e evolução, talvez nascesse da aceita-ção de que num tipo de primata diferente,o Criador infundiu os rudimentos do pen-samento e da espiritualidade, cabendo àcriatura desenvolver-se mais ou menos, deacordo com seu esforço ("Ganharás o pãocom o suor de seu rosto" Gênesis, 3;19).

O homem primitivo, como os demaisanimais, acasalava-se, nascendo os filho-tes que mereceriam cuidados especiais,particularmente da fêmea, a quem foi dadaa capacidade de alimentar. As relações deparentesco e a necessidade de proteçãolevam-nos a viver em grupos como formade proteger-se dos animais mais fortes edos peçonhentos.

Habitavam as árvores e, posteriormen-te, como recurso de proteção, passaram ahabitar as tocas, grutas ou cavernas até quecomeçaram a construir palhoças, cabanase palafitas. Alimentavam-se de frutos eraízes. Quando os alimentos se esgotavam,necessariamente buscavam outras locali-dades. Eram, portanto, nômades e, vez ououtra, disputavam, com outros grupos, ter-ritórios onde existiam os alimentos natu-rais.

O aprendizado ou adestramento, de

HOMO VIATORBenedicto Lourenço Barbosa

início, é o mesmo dos outros animais.Aprende-se pela experiência e pela imita-ção dos mais velhos. O poder é baseadona força física que define a posição no gru-po.

As primeiras manifestações "religio-sas" nasceram do medo das forças natu-rais. Sociedades tribais, ainda hoje exis-tentes, inclusive no Brasil, acreditam e res-peitam os fenômenos da natureza: o raio,o trovão, o sol e a lua que, de certa forma,transformam-se em divindades. O miste-rioso, o desconhecido e o inexplicável tor-nam-se os fundamentos de uma religiãodo medo, que ainda persiste e, muitas ve-zes, é até estimulada por lideranças religi-osas menos sérias.

As capacidades do ser humano de des-cobrir e de adaptar-se permitem saltosqualitativos na história. A utilização dasmãos, por exemplo, permite uma exten-são do poder humano. É quando um peda-ço de pau ou simples pedras transformam-se em armas ou ferramentas, ampliando opoder do homem sobre a natureza e sobreoutros homens ou grupos.

Também a roda, as canoas, os barcos,a domesticação dos animais e outrosinventos vão levando o homem a transfor-mar-se. A utilização do fogo, além de pro-teção contra os animais e a escuridão danoite vai servir para a mudança na alimen-tação que pode ser cozida ou assada.

As atividades humanas ampliam-se eo homem que era coletor de frutos e raízesserá, também, pescador, caçador, criadore domesticador de animais tornando-sepastor ou guerreiro.

A comunicação humana feita por ges-tos, sinais e sons não-articulados vai ga-nhando aos poucos as primeiras palavrasformando um vocabulário mínimo que seamplia, sem pressa, como tudo que acon-tecia nos primórdios dos tempos. A aqui-sição das palavras não foi como hoje, emque a criança num curtíssimo período do-mina centenas delas. A palavra é conseqü-ência do pensamento, assim como a açãoé conseqüência dos anteriores. Quandosurgiu o pensamento? A capacidade depensar? Quando foram pronunciadas asprimeiras palavras? Não há como deter-minar. Os antigos grupamentos humanoseram ágrafos, ou seja, não possuíam es-crita. Nem mesmo podemos falar em trans-missão oral das tradições ou conhecimen-tos nos primeiros tempos, a não ser a par-tir da escrita. Com certeza, por centenasde milênios, os seres humanos não tive-ram domínio de escrita ou de outras for-mas de expressão artística, musical oucultural.

Teilhard Chardin, padre e cientista, emseu livro "Fenômeno Humano", dedicapáginas para tratar do nascimento do pen-samento, mas não determina quando, oque seria temerário ante as inúmeras pos-sibilidades de descobertas referentes aopassado humano, do planeta e do própriouniverso.

Da simplicidade a uma complexidadecada vez maior o homem ampliou os seuscampos de atividades num leque cada vezmaior. A organização social surge comoconseqüência desta pluralidade.

Em termos de religião, essa gradativacomplexidade passa a exigir um respon-sável pelas ações curativas e mágicas. Sur-ge o culto aos mortos e aos antepassadose com ele a figura do curandeiro como fun-damental para exercer a cura com plantasmedicinais e afastar os maus espíritos eos maus agouros.

Alimentadas pelo temor e pela igno-rância, as superstições, embora surgidasnos primórdios dos tempos, ainda encon-tram guarida nos tempos atuais. Atribuin-do falsos valores a fenômenos e objetos,demonstram que o primitivo convive como moderno, uma religiosidade que encon-tra sentido, à guisa de exemplo, nas espa-

das de São Jorge, nas ferraduras, nos pés-de-coelho, nas sementes de romã, no co-migo-ninguém-pode, nas figas, no galho dearruda, e tantos tipos de objetos, figuras,estátuas, roupas, bebidas, aromas, etc.

Assim o homem tem caminhado emtermos mágicos, mitológicos ou religio-sos. Enquanto não encontra respostassatisfatórias, migra de crença em crença.

A magia pressupõe a existência deespíritos, gênios e demônios e outrosefeitos extraordinários que o mago temo poder de alterar através de práticas,ritos e cerimônias, tanto para o bemcomo para o mal, daí a magia poder serbranca ou negra.

Com o decorrer do tempo, tem-se anecessidade de sistematizar esses conhe-cimentos e crenças e daí o surgimento damitologia. A mitologia enquanto históriafabulosa e fantástica de deuses, semi-deu-ses e heróis, aparece principalmente entregregos e romanos, mas persas, babilônios,egípcios e outros povos antigos não dei-xam de tentar uma explicação sobre a cri-ação: a origem do mundo, do homem e detudo o que é existente. Também o povohebreu tem sua mitologia e podemos di-zer de uma mitologia hebraica que querjustificar sua superioridade através de umdeus superior e único que pode derrotaros demais e que se manifesta através deprofetas. Mas em seus livros sagrados nãohá só profecias. Existem tambémgenealogia, tradições, costumes, poesia,guerras, etc. Isso exige separar uma coisada outra para uma boa interpretação. Afi-nal, os livros sagrados são uma obra aca-bada há mais de dois mil anos ou a obrasagrada teve continuidade? Não existemnovas profecias, novos santos, novos pro-fetas, novos líderes? Ao que parece, a mal-dição encontrada no final do livroApocalipse ("...a todo aquele que ouve aspalavras da profecia deste livro, testifico:Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo,Deus lhe acrescentará os flagelos escritosneste livro...") resume-se a este livro. Já étempo de incorporar as manifestações di-vinas que aconteceram ao longo destes doismil anos.

As diversas religiões têm deuses ouDeus com diferentes denominações signi-ficando a mesma coisa. Brahma, Javé,Jeová, Zeus ou Júpiter, Ahura Mazda, Aláou Deus são forças (ou uma só força so-brenatural) tidas como criadoras econtroladoras do universo, devendo serobedecidas e adoradas.

Baseiam-se em livros sagrados, inspi-rados e transmitidos para pessoas especi-ais consideradas profetas ou santas e queteriam um contato com Deus ou seus men-sageiros. Entre os livros sagrados das di-versas religiões, entre outros, destacam-se: o Bhagavad Gita; os Vedas com osPuranas e Upanishades; o Zend Avestacom os Gathas; o Yast dos zoroástricos; aTorá que contém o Pentateuco de Moisés,o Talmude, os livros dos profetas e a Ca-bala (considerada secreta); a Bíblia comtextos hebraicos e cristãos; o Alcorão (tex-tos maometanos); o Evangelho dos Es-píritos. Os ocultistas também têm seuslivros destacados como: Ísis sem véus,Dogma e Ritual de Alta Magia e outrosde autores como Eliphas Levi, HelenaBlavatsky, Annie Besant, etc. De Michelde Nostradamus existem as centúriasnuma linguagem hermética, escritas noséculo XVI.

Para os livros sagrados, não existemas mesmas formas de interpretação, mes-mo porque poucos são os que estudamexegese ou hermenêutica para ampliaremsua capacidade interpretativa limitada. Eé da diferente interpretação que surgem asmuitas ramificações no seio das própriasreligiões. Entre os judeus estabelecem-segrupos como os fariseus, os saduceus e osessênios. Entre os cristãos, o primeiro

grande cisma gera católicos romanos eorientais (ortodoxos), seguido do movi-mento de Reforma Protestante em suasinúmeras denominações: luteranos,calvinistas, batistas, metodistas, presbi-terianos, adventistas e tantos outros.

Por outro lado, surgem grupos cominteresse de unificação com religiões oucom grupos não-cristãos, daí os espíritasbuscarem a reencarnação ("metempsi-cose") no bramanismo e no budismo. Aumbanda, o ocultismo, o esoterismo tam-bém incorporam elementos do brama-nismo e do cristianismo.

Nem todas as religiões e ramificaçõesou seitas, afinal, têm tido a capacidade decolocar-se na vanguarda com a absorçãode tantos conhecimentos permitidos pelaevolução científico-tecnológica, e buscaruma síntese orgânica, numa visão de ho-mem em sua totalidade de ser biológico eracional, psicológico e sociológico, histó-rico e econômico, parapsicológico egnosiológico, político, jurídico, lúdico,...enfim, um ser que aprende e aprende aaprender, não é acabado e deve estar aber-to para uma compreensão da necessidadede, como "inquilino" do Planeta Terra,deixá-lo em boas condições de habita-bilidade para as novas gerações, É neces-sário, portanto, que as religiões vejam queo planeta deve ser visto num contexto cós-mico, univérsico e em movimentos e açõesainda ininteligíveis para os humanos, tran-seuntes das estrelas.

Mesmo no próprio planeta temos mui-to por descobrir. E no universo? Não po-demos ter a razão direcionada e limitadapor crenças e ideologias. A religião sem ocomplemento básico da espiritualidadedeixa a desejar.

Existindo um espírito e, conseqüente-mente, uma divindade, ela não pode sermanipulada por quem que seja. Não pode-mos tê-la como um gênio da lâmpada queestá à disposição por um simples esfregãoe que satisfaz a todos os nossos desejos.

A divindade tem a sua vontade, a sualiberdade, os seus fins e os seus mistériosque não estão disponíveis para qualquerum ou para charlatães. A divindade, para oser, não pode ser controlada por seres li-mitados e finitos. Pode aceitar orações ouoferendas e atenderá ou aceitará se quiser.

O homem que tem descoberto sua pró-pria casa, o planeta, necessita descobrir-se a si mesmo, em suas profundezas, emseu íntimo e relacionar-se primeiro consi-go mesmo, aceitar ou não sua espiritua-lidade e então ter um relacionamento comum Ser Supremo se sua racionalidade forcapaz de aceitá-lo. Já é tempo e hora deuma visão pluriteológica, ecumêmica,aceitando as semelhanças e tolerando asdiferenças.

Talvez a frase de Nietzsche "Deus estámorto" tenha sido mal interpretada poranalistas apressados ou mal intenciona-dos que o rotularam de ateu, louco e ou-tros adjetivos menos dignificantes. Mas,para leitores mais atentos, pode-se con-cluir ser uma frase de profundidade, en-volvida num véu para ser entendida, porquem tem olhos e ouvidos, como a ne-cessidade de, constantemente, revermosnossos pobres conceitos e visões a res-peito da Divindade, que está além da ra-zão, de determinadas "revelações" e daspróprias religiões, estas muitas vezesempobre-cidas pelos ritos, pelos mitos,pelas hierarquias, pelo carreirismo, pelasuntuosidade e que fogem à espiri-tualidade profunda de busca do Reino dosCéus, do Altíssimo.

Benedicto Lourenço Barbosa é mestreem ciências pela Escola de Sociologia e Políticade São Paulo e autor do livro “Nossas Origens”

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1 01 01 01 01 0 Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

MMMMMEMÓRIAEMÓRIAEMÓRIAEMÓRIAEMÓRIA

Eu Eu Eu Eu Eu vi um ÓVNI ÓVNI ÓVNI ÓVNI ÓVNI

cados (ÓVNIs). A primeiravez em que vimos, aconteceujustamente na fazenda que seuavô administrava. Eram pelasnove horas de uma noite nãoenluarada, quando não só nósdois, mais uma ou mais pes-soas com as quais conversá-vamos na frente da sede da fa-zenda (não me recordo dequais eram), vimos que imen-so clarão iluminou as redon-dezas da fazenda e que instan-taneamente percebemos umaparelho em forma de charu-

to, espargindo chispas de fogo. Provavel-mente isso se deu por volta do ano de 1955,numa época em que ainda não tinha sidolançado nenhum satélite ou foguete na es-tratosfera. Notou-se que o aparelho subia.

A segunda vez em que presenciamos osÓVNIS, foi quando, de volta da cidade deCunha, estávamos andando de carro, noalto da serra.

Em certo momento, eu, olhando porcima do vidro da porta do carro, notei doisobjetos no céu, cruzando entre si, sem quasesaírem do lugar. Chamei a atenção doGuido para o fato, e ele rapidamente pôdepresenciar a estranha cena."

ERICK LEONARDI BARBOSA PINTO,em 1995, ocasião em que conheceu Claudeir Covo eRicardo Varela, acompanhou a equipe do SBT durante ostrabalhos investigativos que duraram semanas.

Ele foi um dos primeiros a observar o fenômeno emAparecida.

Ouviu depoimentos impressionantes e assistiu à ses-são de hipnose feita com Jorge Divino Pereira, um possí-vel caso de abdução. As informações que forneceu ementrevista foram confirmadas nos relatos de ClaudeirCovo e Ricardo Varela.

O JORNALISTA ROGÉRIO BRAGA estavacom sua esposa no Restaurante Três Garças, à margem da rodo-via Presidente Dutra, quando foi surpreendido por um grandemovimento de pessoas para o lado externo do estabelecimen-to. Ao sair, afirma ter visto "três bolas de fogo" voando, emformação, no sentido Lorena-Guaratinguetá tendo ao fundo aSerra da Mantiqueira. Quando os objetos esféricosincandescentes chegaram à direção de onde estavam, guina-ram para a Serra do Mar e seguiram em direção ao OceanoAtlântico. Ainda segundo o jornalista, mais de trezentas pesso-as presenciaram o fenômeno que aconteceu por volta de 23h emeia-noite. "Isso aconteceu há uns sete ou oito anos", afirmou.

CELSO PLENTZ, advo-gado e professor, escreveu emcarta à redação de O Lince:

"Caro amigo Alexandre,Sirvo-me desta carta para

enviar-lhe um artigo sobre umassunto polêmico. Acreditadopor muitos e desacreditadopor outros: a visita de extra-terrestres ao planeta Terra.

O curioso sobre as navesespaciais relatadas por supos-tas testemunhas oculares é quetais aparelhos têm a forma dediscos ou de alongados charutos e não pro-duzem ruídos ao fixarem o tripé no solo,costumam aparecer, segundo a maioria dasnarrativas, nos meses de junho a agosto,sendo que foram vistos a primeira vez nodia 24 de junho de 1947.

Nessa ocasião, eu morava em Caxiasdo Sul e, por coincidência, o Dia Internaci-onal da Ufologia é comemorado, a cadaano, no dia do meu aniversário. Entretan-to, não é pelo fato da coincidência das duasdatas que eu me interesso por ufologia. Averdade é que, por duas vezes, o Guido,meu irmão, que é tenente da Aeronáutica,e eu vimos objetos voadores não-identifi-

No Final de 95, recebí vários relatos depessoas que viam pequenos glóbulos de luzque passeavam pelas casas. Isso me intri-gou bastante e estava esperando um fim desemana com bom tempo para ir até lá.

Comentei com um colega que na épo-ca era repórter do Estado de São Paulo, queresolveu me acompanhar.

Os relatos de pessoas que afirmaramver estranhos objetos eram muito interes-santes. Resolvemos passear por áreas maisremotas da Serra do Quebra-Cangalha, pró-xima a Aparecida. Ali, os casos aumenta-ram de intensidade e chegamos a conver-sar com um senhor que contou uma estó-ria bem assustadora. Ele ficou tão assusta-do que se mudou da região.

Nesse caso, ele afirmava que, em umamadrugada, foi acordado pelos latidos as-sustados de seus três cães. A casa em quemorava era bem humilde e esse senhor bempobre, praticamente vivendo da renda decestas de bambu que fazia.

Ao abrir a porta de casa, viu uma bolade luz de uns três metros de diâmetro, comuma luminosidade bem intensa, mas quenão machucava os olhos. Ao sair no portal,uma luz o atingiu no peito, e ele afirmaque ficou paralisado. No local em que elemostrou, em seu peito, havia uma pequenaqueimadura, recente, mas não estava apre-sentando inflamação.

Ele disse que tentou correr, mas ficouparalisado. A luz se aproximou e ele só serecorda de ter acordado tarde da manhã ecom uma dor de cabeça bem forte.

Tentamos agendar uma hip-nose, mas ele se recusou e disseque estava mudando.

Essa e outras estórias inte-ressantes foram aparecendo.Fiz várias vigílias próximas aAparecida e, em um dia, acon-teceu uma coisa interessante.

Por volta da meia-noite, co-meçamos a observar umincêncio na Serra do Mar. Fica-mos observando com binócu-los a desenrolar do incêndio,pois já estavamos preocupadose 'já estavamos nos preparando para sair echamar os bombeiros.

Depois de alguns minutos, vimos umcarro seguir uma trilha na direção do in-cêndio. O carro ia devagar e pudemosacompanhá-lo com o binóculos. Ficamostranquilizados e voltamos para a vigília,mas de olho no incêndio.

Após alguns miinutos, vimos o farol docarro voltando em velocidade maior que ainicial. Apontamos o binóculos para lá evimos que ele estava com pressa. Imedia-tamente após, o incêndio foi debelado. Ne-nhuma luz.

Isso me intrigou. Marquei as coordena-das de onde estava e por triangulação e ma-pas, identifiquei o local do incêndio. Nodia seguinte, por volta das 10 horas eu es-tava no local do incêndio. Uma parte dotopo das árvores estava consumido pelaschamas em uma área de uns 30 metros outalvez um pouco mais.

Saí do local e procurei odono da fazenda, indo a todasas casas que encontrei. Depoisde um par de horas, encontreiuma moça que disse que elaera a dona da fazenda e querealmente ela tinha ido inspe-cionar o incêndio junto como namorado. O que ela con-tou foi bem interessante.

Ao chegar ao local, ela viuuma bola de luz bem intensa.Quando se aproximaram, abola desceu e se aproximou

do veículo. Ela se assustou e voltou pelaestrada. O namorado, pulou para o bancotraseiro e tirou uma foto do objeto. Nestafoto, é possível ver uma bola de luz a clari-dade do incêndio próximo.

Os casos de pequenos globos de luz queentravam nas casas estava assustando bas-tante algumas famílias. Algumas pessoasse recusavam a sair à noite e mantinhamsuas janelas e portas fechadas. Encontra-mos umas dez pessoas com relatos interes-santes.

O caso do frentista também foi interes-sante. Ele estava retornando para casa porvolta das 23 horas em seu fusca, quandoviu uma dessas bolas de luz em frente aoportão da garagem. Ele achou que poderiaser a lanterna de um assaltante, então tirousua pistola de baixo do banco, saiu do car-ro e agachado se aproximou.

O que ele viu o deixou bem assustado.Ele viu uma bola de luz de um metro de

diâmetro que iluminava toda a área da rua,mas não incomodava a vista. Deu dois tirosnessa bola quando ela começou a se apro-ximar. A bola passou por ele e, ao lado desua casa, desapareceu em um grotão próxi-mo. A luminosidade parece que se desligouao entrar nesse grotão. Andei pelo local,mas não achei nenhuma evidência.

Fizemos diversas vigílias no local. Emuma delas, uma pequena bola de luz come-çou a vibrar na parte de baixo do morro emque nos encontrávamos. Talvez a uns bons20 metros de distância. Na véspera, duran-te o dia e ao entardecer, costumava identifi-car todas as estradas e todas as casas paranão as confundir com o fenômeno que que-ríamos registrar.

Consultei os pontos marcados e no lo-cal não havia nada. Apontei a máquina queestava no tripé e disparei o obturador comtempo de 5 segundos. Essa bolinha se des-locou rapidamente e próximo a mim, desa-pareceu. Ao revelar o filme, é possível verum risco de luz vindo da base do morro echegando até bem próximo.

Dr. Ricardo Varela Corrêa é técnico doInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais -

INPE. É graduado em engenharia eletrônicapela Universidade de Brasília (1982),

mestre (2000) e doutor (2005)em Computação Aplicada pelo InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

atuando, principalmente, nos seguintes temas:algoritmos estocásticos, MPI, CMB.

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1 11 11 11 11 1Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

Claudeir CovoDa Redação

EEEEENTREVISTANTREVISTANTREVISTANTREVISTANTREVISTA

CLAUDEIR COVO tem 57 anosde idade e pesquisa a Ufologia há mais dequatro décadas. Seu interesse pelo temaremonta a 1966. Engenheiro (eletricista ede segurança do trabalho) de formação, es-pecializou-se em ótica, fotometria,calorimetria e fotoelasticidade, na área dedispositivos de iluminação e sinalizaçãoveicular. Desde 1981, é presidente do Co-mitê de Iluminação Veicular da Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)de São Paulo. É representante estadual daMUFON (Mutual UFO Network), em SãoPaulo. Fundou e preside o INFA (InstitutoNacional de Investigações de FenômenosAeroespaciais) que mantém um site(www.infa.com.br ) e a TV INFA(www.tvinfa.com.br ) com riquíssimos acer-vos de fotos, depoimentos, textos e vídeossobre OVNIS.

O Lince - O senhor é considerado uma dasmaiores autoridades em ufologia na Amé-rica Latina, possuindo um dos maiores acer-vos de fotos, filmes e depoimentos do mun-do. Qual a trajetória que o levou a essa con-dição?

Claudeir Covo - Não me considero umadas maiores autoridades em Ufologia naAmérica Latina, pois aqui no Brasil e tam-bém em outros países da América do Sultemos excelentes ufólogos. Pela minha for-mação em Engenharia, pesquiso o fenôme-no há 42 anos, com metodologia científi-ca, com muita seriedade e "pés" no chão.Provavelmente, pela minha seriedade napesquisa, revelando fraudes e enganos, sa-bendo separar o joio do trigo, bem como otempo de dedicação ao assunto, acabei medestacando. Pesquiso a Ufologia desde1966, quando tinha 16 anos, mas o meutrabalho só se tornou público a partir de1980. Desde criança, me interesso por coi-sas celestes e, em 1966, li nos jornais queastronautas foram seguidos por objetosdiscóides quando estavam em órbita daTerra. A partir daí, resolvi ir a fundo aoassunto. Nesse tempo todo, consegui umarquivo relativamente grande. Só em VHStenho mais de mil horas gravadas, que nosúltimos dois anos estou recuperando e pas-sando para DVD, além de umas dez milfotos, inúmeras publicações em livros, jor-nais, etc.

O Lince - O que é e por quê o senhor fun-dou e preside o INFA (Instituto Nacionalde Investigação de Fenômenos Aeroes-paciais)?

Claudeir Covo - Em 1975, eu fundei oCEPU - Centro de Estudos e PesquisasUfológicas, que não era registrado. Com o

passar do tempo, fiz vários cursosenvolvendo reconhecimento docéu, mecânica celeste,meteorologia, radioastronomia, etc.Estudei os fenômenos que são co-nhecidos da Ciência, mas desco-nhecido do grande público. Assimresolvemos fundar o INFA, uma en-tidade mais forte, com uma áreamaior de atuação, envolvendoUfólogos com muita experiência.Foi legalmente constituída, regis-trada em Cartório e no Ministérioda Fazenda. O Ricardo VarelaCorrea é vice-presidente do INFA.

O Lince - Atualmente, a revista UFO, daqual é co-editor, é a mais antiga publica-ção do mundo, ligada ao assunto, em cir-culação. A que se deve isso?

Claudeir Covo - A Revista UFO foi fun-dada em 1984, por Ademar José Gevaerd.A UFO ainda sobrevive por muita luta porparte do Gevaerd, pois normalmente elafecha no "vermelho". Por diversas vezes, oGevaerd resolveu encerrar a UFO, mas poramor e gosto pelo assunto, conseguiu man-ter ela viva até hoje. As empresas não anun-ciam em revistas ufológicas.

O Lince - Os fenômenos observados emAparecida, em 1995, podem ser conside-rados como registros de ÓVNIS?

ClaudeirCovo - Sim, semdúvidas, aconte-ceram diversosf e n ô m e n o sufológicos, inclu-sive alguns docu-mentados em fo-tos. Tambémhouve casos deenganos com fa-róis de veículos automotores. A grandeonda ocorreu em 1995.

O Lince - Há um relato de um caso prová-vel de abdução. Que evidências foram en-contradas que possam comprovar tal fato?Quando os depoimentos são consideradosconfiáveis?

Claudeir Covo - O cesteiro Jorge Divi-no Pereira relatou que acordou de madru-gada, com uma forte luz entrando pela ja-nela. Ao sair no quintal, recebeu um jatode luz que o arrastou pelo ar, flutuando,por dezenas de metros. Só se lembra queacordou caído no quintal quando o diaamanheceu. Estivemos com o Jorge no diaseguinte, e ele estava com forte irritação einchaço nos olhos. Pela simplicidade dele,pelos detalhes do seu depoimento e pelahipnose, consideramos um caso confiável.

O Lince - Submetido à hipnose, o su-posto abduzido confirmou as informaçõesdadas em estado de consciência. Por que ahipnose, como técnica, é confiável? O quedisse o hipnotizado?

Claudeir Covo - A hipnose na Ufologiaé uma excelente ferramenta, mas não é to-talmente confiável. Ela tem as suas limita-ções. O perigo é quando o hipnotizadorinduz coisas na mente da testemunha, quan-do muitas vezes faz um simples sonho se

transformar em um caso real de abdução.O Jorge, em hipnose, confirmou o seu rela-to, mas não foi possível acrescentar ne-nhum detalhe importante.

O Lince - O senhor comprovou que muitodo que foi visto não passava de faróis decarros em uma estrada da Serra da Que-bra-Cangalha. Isto caracteriza a presençade UFOs em Aparecida como uma fraude?

Claudeir Covo - Estivemos emAparecida do Norte por diversos dias,acompanhado pela equipe do ProgramaAqui Agora, do SBT. No local onde esco-lhemos para fazer as vigílias, à distância,em um único local, constantemente apare-ciam luzes e desapareciam. Através de fo-tos feitas com tripé, com tempo longo deexposição, constatamos que aquele lugarera sempre o mesmo. De dia, com o auxí-lio de um bom binóculo, verificamos queera o braço (curva) de uma estrada, prova-velmente a que vai para a cidade de Cunha.Esse lugar em específico de uma parte daestrada foi um caso isolado, pois diversastestemunhas viram luzes em outros luga-res, inclusive no céu, tipicamente de ori-gem Ufológica. Algumas registram o fatoem fotos.

OBS: No dia em que eu revelei para aequipe do Aqui Agora, do SBT, que aquelasluzes que sempre apareciam no mesmo lu-gar eram tão-somente faróis de carros, al-guns moradores do local brigaram comigoe queriam me bater. Alguns diziam quemoravam lá muitos anos e nunca tinhamvisto luzes naquele local. Pensei que ia serlinchado (rs). Ora, a mata cresce, encobreplacas e também a própria estrada. Naque-le período a curva da estrada estava visível.

O Lince - O engenheiro Ricardo Varela,doutor pelo INPE, registrou fotos curio-sas. O que o senhor tem a dizer a respeito?

Claudeir Covo- As fotos obtidaspelo Varela foramconsideradas au-tênticas, envolven-do a manifestaçãodo fenômenoÓVNI na região.

O Lince - Há outrosregistros da presença de ÓVNIs no Vale doParaíba que o senhor conheça? Poderiacomentá-los?

Claudeir Covo - O Vale do Paraíba sem-

pre foi rico em avistamentos, e eu teria queprocurar com calma nos meus arquivospara encontrá-los. Em Aparecida do Nor-te, o fotógrafo Nelson Almeida, do jornalO Estado de São Paulo, fez algumas fotosdo fenômeno em plena atividade no céu,em 31.08.1995. Foi dado tempo longo deexposição.

O Lince - Quais as formas mais freqüentesdos ÓVNIS?

Claudeir Covo - Veja a tabela:

PERÍODO DIURNO NOTURNO

FORMADiscóide - 73% Esférico - 86%

OUTRAS FORMAS 27% 14%

Por outras formas, entende-se comocharutos, triangulares, retangulares, etc.

O Lince - Que explicação o senhor dariapara o fato de, em Aparecida, os depoimen-tos referirem-se a bolas de luz intensa?

Claudeir Covo - Pelo fato de seremavistamentos noturnos. Independente daforma, o UFO forma ao seu redor um cam-po eletromagnético tão intenso que ionizao ar ao ser redor, que é visível durante anoite. Esse campo toma quase sempre aforma esférica.

O Lince - Suas considerações finais.

Claudeir Covo - O Fenômeno UFO éreal, mas nem tudo que reluz é ouro. Esta-tisticamente falando, de tudo aquilo quese divulga, envolvendo depoimentos, fil-mes e fotos, temos:

— 83% de enganos com fenômenos fí-sicos e químicos, naturais ou artificiais,bem conhecidos da Ciência, mas desconhe-cido pelos leigos.

— 15% de fraudes, envolvendo a máfé, em que a pessoa pega um prato de pizza,uma tampa de panela, uma calota de carro,e até modelos, jogam para o ar e fotogra-fam. Depois inventam uma estória. Hoje,com os softwares de computação gráfica,as fraudes ficaram mais sofisticadas.

— Apenas 2% dos casos realmente en-volvem o Fenômeno UFO autêntico.

Temos também muitos "acidentes" fo-tográficos que confundem os leigos.

Entrevista concedida em 9 de fevereiro de 2008Contatos de Claudeir Covo - São Paulo - SP

www.infa.com.br — www.tvinfa.com.brwww.inpubr.com.br — http://www.orkut.com/

Community.aspx?cmm=15632617(Orkut da TV INFA)

[email protected]

Roberto Augusto

Jorge Divino

Desenho de Sueli - Jorge Divino sendo abduzido

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1 21 21 21 21 2 Aparecida, 20 de fevereiro de 2008

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As paredes da antiga casa doConselheiro Rodrigues Alves, hoje Museu,ressoaram liras das cordas do grupo decâmera “Prestíssimo” e das letras brevesdo escritor Wilson Gorj em mais umanoite de autógrafos de seu livro “SemContos Longos”.

Organizado pelo poeta Tonho França,

com o apoio do Museu ConselheiroRodrigues Alves, do Sítio do Juca, doGrupo de Escoteiros de Guaratinguetá edo Jornal “O Lince”, o evento, ocorrido nodia 15 de fevereiro, contou com a presençade amigos e admiradores das micronar-rativas de Gorj.

Diante do Presidente da República e de

sua família, os presentes se congratularam econversaram sob o clima agradável permitidopelos acordes clássicos de violinos evioloncelo.

Diógenes Antunes, Tonho França eAlexandre Lourenço fizeram públicas aspalavras de agradecimentos aos presentes ede elogios ao autor e sua obra. Wilson Gorj

falou de sua alegria e gratidão aos familiarese amigos que o prestigiaram naquela noite e,como lhe é habitual, não deixou de fazer umtrocadilho em deferência ao Museu RodriguesAlves que passa por um momento de sériasdificuldades, correndo o risco de encerrar suasatividades: “criado para preservar, agora é omuseu que precisa ser preservado”.

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