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Turma da Música - TDMEducação InfantilRelatório do Segundo Semestre de 2008 1

“O que eu vou ser, quando crescer?Vou trabalhar ou ficar de papo pro ar...?”

Grupo Tateando Começamos o semestre investigando o que cada criança queria ser quando crescesse. Perguntamos também o "por que" e "para que" daquela escolha, com o intuito de promover uma reflexão mais aprofundada e também para que pudessem se conhecer melhor, dividindo seus sonhos e desejos.Fizemos uma seleção das profissões que poderiam envolvê-los e que permitissem um desdobramento maior, em termos de pesquisa, materiais, passeios, livros etc.As profissões escolhidas foram: artista plástico, cantor, mágico, bailarina, médico, veterinário, bombeiro e detetive.É claro que, ao longo do projeto, as escolhas foram se modificando à medida que aprofundávamos nossos conhecimentos, pesquisas ou entrevistávamos esses profissionais. Mas isso já era esperado. Nosso objetivo, com essa pesquisa, foi que as crianças pudessem se aproximar do projeto institucional, através das escolhas que povoavam o seu imaginário, dando-lhes oportunidade de elaborar questões, buscar suas próprias opiniões e informações e comparar suas idéias, envolvendo cada um e o grupo todo com cada uma das profissões eleitas. E, ainda, que valorizassem o trabalho não só como uma conquista do homem, mas também como algo que fosse trazer prazer e realização.Acreditamos que, atualmente, o universo do trabalho esteja mais próximo das crianças. É claro que a opção de investirmos num número grande deles impede um aprofundamento maior, mas por outro lado expande o leque de possibilidades e de reflexões sobre a vida desses profissionais.Para reunir tantas idéias e pesquisas feitas pela turma, resolvemos preparar um almanaque de profissões, registrando momentos significativos de nossa trajetória.

Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2538-3232www.sapereira.com.br / [email protected]

Turma

amanda freitas mizrahiantonio conde janequine

antonio serafim peresbrenno rosa rodrigues

eduardo faria flexa ribeiroflora geluda berman

joana clark de lamarejoão fernandes de medeiros e albuquerque

julia sawyer magalhãeslorrana rodrigues

luana del rio kodato meloluca novello moreira

lucas leal de alencar pintopedro campello do rêgo valença

rafael sivieri arruda pradorafaela marques canario moreira

sofia morena teixeira coelhostella velho moreira da silva

thomas musso mack

Professores e Auxiliares

clea maria guedes albrechtdiana rodrigues valle milman

jean philippe trindade conilh de beyssacroberta porto da silva


As crianças elaboraram várias entrevistas com o intuito de obter informações importantes de nossos convidados. Era um formato de texto com o qual o grupo tinha pouca familiaridade. Muitas vezes as crianças elaboram comentários em vez de perguntas. Mas o contato com a diversidade de textos é muito importante para que possam se familiarizar com as suas diferentes estruturas, percebendo que a escrita tem uma função. Usadas com freqüência, as palavras que envolviam os nomes dos profissionais foram enriquecendo o acervo de palavras estáveis para a turma. Além de serem convocadas a exercitar as suas escritas em pequenos grupos, as crianças também usaram essas palavras no quadro, em jogos de Forca e pequenas Cruzadinhas desafiando todo o grupo a pensar junto. Estes são momentos muito ricos, pois os diferentes estágios da construção da escrita se misturam e ajudam a desestabilizar algumas crenças de nossas crianças fazendo-as avançar em seu processo de aquisição da Língua. A artista plástica Adriana Varejão, a cantora Gabriela Geluda, o médico nefrologista Ricardo Valença e o biólogo Pedro foram entrevistados, com


Turma da Música - TDMEducação InfantilRelatório do Segundo Semestre de 2008 3interessantes questões elaboradas pela turma. A entrevista com a artista plástica propiciou desdobramentos interessantes na área de artes visuais. Ela nos trouxe um spray de poliuretano que, ao ser utilizado em cima de um papel, teve efeito que se assemelhou a massa de pão, que depois foi pintada de vermelho, sugerindo a forma de um órgão do corpo humano. Tínhamos, então, um “quadro que saía do papel”, como eram os de sua preferência. Essa experiência levou o grupo a construir quadros com caixas e rolos de sucata também. A idéia também foi trazida por Alessandra, mãe da Joana, que gentilmente ofereceu o “Projeto Lygia Clark na escola”. As crianças tiveram a oportunidade de apreciar diversas obras criadas pela artista e viver uma experiência sensorial maravilhosa! Imagens de obras consagradas, projetadas na parede, permitiram que os nossos meninos e meninas traçassem, em grandes papéis o contorno, resultando em ampliações interessantes. A construção com caixas de sapato, de cenários dos ambientes de trabalho e de seus profissionais, com massinha de modelar, envolveu e encantou a todos.João Paulo, irmão do Raoni, da Turma do Bombeiro, foi convidado para fazer mágicas na escola e foi um dos personagens relembrados, com muito carinho, pelas crianças, ao retratarem o mágico e sua maleta de truques no cenário de um circo.A bailarina nos trouxe outra inspiração! A partir de seu personagem, criamos uma história coletiva, onde alguns elementos gráficos substituíram as palavras do texto publicado no almanaque.Na área de ciências, privilegiamos a saúde. Para conhecermos o dia-a-dia dos médicos, recebemos uma visita muito especial, que despertou o interesse de todos. Ricardo, pai do Pedro, é nefrologista e preparou uma palestra para as crianças. Para ele, pensar em medicina é pensar na saúde, na doença e na comunicação. Disse-nos que é preciso exercitar os cinco sentidos, ou seja, ver, cheirar, apalpar, falar e escutar os pacientes. Salientou, também, a importância da água para o bom funcionamento dos rins e trouxe vários instrumentos de trabalho para nos mostrar,



como o jaleco, o estetoscópio e o aparelho de pressão, além de um celular com câmera para filmagens e fotografias e um laptop. Por fim explicou o que era a medicina homeopática. Também fizemos um passeio ao Jardim Zoológico. Lá, nos encontramos com o biólogo Pedro, que nos trouxe muitas informações, especialmente sobre os profissionais que cuidam dos animais e de sua alimentação. Também investigamos a vida dos bombeiros e dos detetives.Começamos a pesquisa com um encontro com a Turma do Bombeiro. Além de informações significativas, o grupo ensinou canções relacionadas ao tema. Visitamos o quartel, que foi mágico para as crianças com suas sirenes, jatos de água, caminhões e ambulâncias. Visitamos, também, o museu e lá vimos um carro que era puxado por burros e vários acessórios utilizados por eles.Aproveitamos esses momentos para elaborar textos coletivos, para o Informe da escola, chamando atenção para a sua sonoridade, as palavras repetidas no início, meio e fim e para a escolha do título da notícia, o que exigia da turma um poder de síntese que ainda é difícil para as crianças.Tetê preparou umas cartinhas recheadas de mistério e uma maleta com instrumentos usados pelos detetives. Mandou, também, um jogo chamado Detetive e uma coleção de livros chamada Biblioteca do Escoteiro Mirim, com informações sobre a vida deles. Trouxemos nomes de detetives consagrados na literatura e no cinema, apenas a título de curiosidade.Cartas enigmáticas, com códigos secretos, foram exploradas e todos adoraram, mesmo tendo sido um grande desafio. A matemática faz parte de nosso cotidiano. Especialmente naquele momento em que estamos debruçados sobre o profissional detetive, criamos várias situações-problema para que as crianças pudessem exercitar seu raciocínio matemático, além de aproveitar o interesse da turma pelo jogo que ganhamos de presente. Através dos jogos e de outras situações do cotidiano, exploramos a contagem de



pontos, a identificação e escrita dos numerais. Procuramos propiciar um ambiente matematizador, de forma que o que fosse sendo pesquisado, estivesse contextualizado com o interesse da turma.No segundo semestre, com uma convivência mais íntima, as crianças circularam ainda mais entre uma brincadeira e outra, conquistando novos amigos e novas parcerias. Ocorreu uma abertura maior entre meninos e meninas.Os meninos desta turma, em geral, falavam mais alto e, em alguns momentos, ficavam agitados exigindo de nós pulso firme e deles, um esforço para tentar melhorar, fazendo muitas negociações. Procuramos incentivar bastante a autonomia das crianças, especialmente para a resolução dos conflitos. Tentamos dar ferramentas para que pudessem usá-las nesses momentos. Muitas vezes vinha a queixa junto com um pedido de desculpas e, nesse momento, devolvíamos a situação para as crianças, enfatizando que a própria solução já estava a caminho....Para encerrar as nossas pesquisas preparamos uma coreografia com a canção ”O que eu vou ser quando crescer”, do grupo Tateando. Nossas crianças estavam lindas com suas fantasias e orgulhosas com a exposição de seus trabalhos na Mostra de Artes.E para a Festa de Encerramento, comemorando uma bela trajetória musical, a apresentação, no palco da Sala Baden Powel, de uma linda canção:

“...Trago a minha banda, só quem sabe onde é LuandaSaberá lhe dar valor, dar valorVale quanto pesa prá quem preza o louco bumbum do tamborDo tambor...”

Gilberto Gil

Expressão corporal ________________________________________________Entre abraços saudosos, novidades e muita disposição, retomamos a nossa rodinha, relembrando nossas regras de convivência e acordando o nosso corpo



com um bom alongamento. Para finalizar nosso encontro, reproduzimos corporalmente o momento mais significativo das nossas férias. Para não deixar as Olimpíadas passarem em branco, fizemos pequenas competições. Nossas modalidades foram salto em distância, arremesso de peso, corrida de obstáculos e ginástica rítmica. Nossos atletas tiveram um desempenho de campeões!Em seguida, nos aproximamos do projeto da turma. A cada semana uma nova proposta foi desenvolvida, acompanhando as profissões que estavam sendo estudadas pelas crianças. Ao estudarem o Artista Plástico, montamos um grande painel no pátio de trás. Cada grupo deveria pintá-lo obedecendo aos diferentes estímulos sonoros. Trabalhando não só o ritmo, como também a qualidade de movimento. Com pequenas lanternas pintamos o Salão escuro com feixes de luzes, criando linhas e diagonais no espaço. Quando estudaram os Bombeiros, montamos um centro de treinamento, onde nossos profissionais puderam mostrar suas habilidades motoras, força e concentração. Para os Cantores, fizemos diferentes exercícios de voz e corpo.Transformar as profissões em propostas corporais foi um desafio gratificante e todos nos divertimos bastante!Com a proximidade da Festa Pedagógica, começamos o ensaio da música “O que eu vou ser quando crescer?”. Depois de dançarem livremente, e sugerirem movimentos, começamos a organizar as improvisações tendo, em pouco tempo, nosso trabalho concluído. Um breve respiro, pequenas estripulias e já começamos o ensaio para a Festa de Final de ano.

Música ________________________________________________"O que vou ser quando crescer?" Quem nunca se fez essa pergunta? Pois a turma da Música, embalada pela canção do Grupo Tateando, conheceu diferentes ofícios e se imaginou gente grande assumindo diferentes identidades profissionais.


Turma da Música - TDMEducação InfantilRelatório do Segundo Semestre de 2008 7Inspirados nas explorações do artista plástico, experimentamos fazer desenhos coloridos ao som de Aquarela, do Toquinho. Aguçando ainda mais os sentidos, ferramentas indispensáveis para os artistas, vedamos os olhos e experimentamos identificar, localizar e interagir com objetos sonoros distribuídos pelo salão. Apresentamos, então, às crianças, um certo pintor que, além de pintar paredes, coloca sempre um certo toque de arte. “Pom, pom, pom / Quem é pode entrar / Sou o seu pintor e a sua casa vou pintar / ... / Na cozinha quero duas bananeiras / Para alegrar o coração da cozinheira ... /Mas o que fez mesmo a turma pegar fogo, que nem o bombeiro e as canções que trouxemos sobre o tema conseguiram apagar, foi botar a mão na massa, ou melhor, nos instrumentos musicais. Isso se traduziu no nome escolhido pela turma e na concentração e vontade de explorar sons e acertar os desafios de reprodução rítmica e acompanhamento dos instrumentos de percussão.Nesse processo, descobrimos no grupo alguns fãs dos Beatles que, volta e meia, se apresentavam em performances incríveis, revivendo o quarteto de Liverpool e mostrando muito talento. Mas parece que a aptidão ao palco é uma característica dessa turma. Vocês aguardem para ver o que estão preparando para a Festa de Encerramento...


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