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PROGRAMA TURISMO RURAL
“AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE”
TURISMO RURALPonto de Venda de Produtos
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALAdministração Regional do Estado de São Paulo SENAR
SÃO PAULO
DO
ESTADO DE SÃO PAULO
FEDE
RA
ÇÃO DAAGRICULTURA
FAESP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULOGestão 2008-2011
FábIO DE SALLES MEIRELLESPresidente
AMAURI ELIAS XAVIERVice-Presidente
EDUARDO DE MESQUITAVice-Presidente
JOSÉ CANDÊOVice-Presidente
MAURÍCIO LIMA VERDE GUIMARÃESVice-Presidente
LENY PEREIRA SANT’ANNADiretor 1º Secretário
JOSÉ EDUARDO COSCRATO LELISDiretor 2º Secretário
ARGEMIRO LEITE FILHODiretor 3º Secretário
LUIZ SUTTIDiretor 1º Tesoureiro
IRINEU DE ANDRADE MONTEIRODiretor 2º Tesoureiro
ANGELO MUNHOZ bENKODiretor 3º Tesoureiro
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALAdministrAção regionAl do estAdo de são PAulo
Conselho AdministrAtivo
FábIO DE SALLES MEIRELLESPresidente
DANIEL KLÜPPEL CARRARARepresentante da Administração Central
bRAZ AGOSTINHO ALbERTINIPresidente da FETAESP
EDUARDO DE MESQUITARepresentante do Segmento das Classes Produtoras
AMAURI ELIAS XAVIERRepresentante do Segmento das Classes Produtoras
MáRIO ANTONIO DE MORAES bIRALSuperintendente
SÉRGIO PERRONE RIbEIROCoordenador Geral Administrativo e Técnico
Serviço Nacional de Aprendizagem RuralAdministração Regional do Estado de São Paulo SENAR
SÃO PAULO
DO
ESTADO DE SÃO PAULO
FEDE
RA
ÇÃO DAAGRICULTURA
FAESP
São Paulo, 2006
PROGRAMA TURISMO RURAL
“AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE”
TURISMO RURALPonto de Venda de Produtos
© SENAR-AR/SP – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado de São Paulo
Rua Barão de Itapetininga, 224 - CEP 01042-907 - São Paulo, SP - www.faespsenar.com.br
PROJETO DA OBRA
SENAR-AR/SP – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado de São Paulo
Idealização: Fábio de Salles Meirelles - Presidente do Sistema FAESP - SENAR-AR/SP
Supervisão Geral do Programa Turismo Rural: Jair Kaczinski - Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
Responsável Técnico: Teodoro Miranda Neto - Chefe Adjunto da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
Elaboração do Texto: Celso Ledo Martins, Diego Mendes, Janaina Britto e Mauro Albuquerque Pinheiro
PRODUÇÃO EDITORIAL
FUNPEC – Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto
Coordenação Editorial: Mirian Rejowski
Revisão Técnica: Mirian Rejowski, Nelsi Coelho Araújo Calazans e Nicéia Gimenez Parreira
Pesquisa iconográfica: Janaina Britto e Luiz Mapelli
Revisão de Texto: Edison Mendes de Rosa
Projeto Gráfico: Janaina Britto
Editoração Eletrônica: Reynaldo Trevisan e Tathyana Borges
É proibida a reprodução total ou parcial deste manual por qualquer processo, sem a expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
T938
Turismo rural: ponto de vendas de produtos / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração Regional de São Paulo. -- São Paulo : SENAR-AR/SP, 2006.
(Programa Turismo rural “Agregando valor à propriedade”, 4)
ISBN 85-99965-04-2
1. Turismo rural – Manual 2. Administração turística – Propriedade rural – São Paulo 3. Qualidade total. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração Regional de São Paulo II. Série
CDD 338.4791 910.98161
Ficha catalográfica elaborada por: Maria Elizabete de Carvalho Ota – CRB - 8/5050
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO, 5
CAPÍTULO 1 – VALOR AGREGADO AO PRODUTO, 7
Produção Rural voltada ao Turismo, 8
Processamento de Produtos, 15
Valor Agregado, 19
Identidade X Imagem, 23
Revisão, 28
CAPÍTULO 2 – PLANEJAMENTO FÍSICO DO PONTO DE VENDA DE
PRODUTOS, 29
Qualidade, 30
Cuidados e Valorização de Estruturas Físicas e Recursos, 32
Reforma e Adaptação de Edificações, 38
Fatores da Decoração, 42
Revisão, 47
CAPÍTULO 3 – PLANEJAMENTO ECONôMICO-FINANCEIRO DO
PONTO DE VENDA DE PRODUTOS, 48
Projetos e Análises Financeiras, 49
Revisão, 58
BIBLIOGRAFIA, 59
ANEXO, 61
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo ao Programa de Turismo Rural “Agregando Valor à Propriedade” do SENAR-AR/SP.
Esse Programa visa a ampliar o olhar sobre a propriedade rural, fornecendo ferramentas para identificar e
implantar negócios de Turismo, de acordo com os recursos encontrados no meio, aliados às habilidades e
vocações do produtor rural e de sua família. Idealizado a partir de experiências no campo, direciona-se ao
objetivo final de fixar o homem à terra e de consolidar a agricultura no Brasil, país continental.
Esta Cartilha foi elaborada para lhe fornecer subsídios no que se refere às técnicas para o planejamen-
to e implantação do Ponto de Venda de Produtos. Nela você terá oportunidade de trabalhar a Qualidade,
em todos os seus aspectos, a fim de agregar valor ao seu produto turístico, além de verificar a viabilidade
desse empreendimento no contexto do Turismo Rural.
Acreditamos que esta Cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os profis-
sionais de Turismo Rural, constitui, certamente, um valioso instrumento para o sucesso da aprendizagem
proposta pelo SENAR-AR/SP.
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
1º Vice-Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA
6 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
7FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
VALOR AGREGADO AO PRODUTO
Neste Capítulo você vai:
compreender as características da produção rural voltada ao Turismo;
pesquisar os diversos produtos a serem oferecidos e saber como agregar valor a eles.
•
•
8 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
PRODUÇÃO RURAL VOLTADA AO TURISMO
Aspectos Gerais
Os produtos oriundos do espaço rural, além de serem destinados ao abas-
tecimento e consumo dos seres humanos, animais e ao manejo vegetal, fa-
zem parte da chamada agroindústria. Esta compreende o beneficiamento e/ou
transformação dos produtos provenientes de explorações agrícolas, pecuárias,
pesqueiras, aqüícolas, extrativistas e florestais. Abrange desde processos
simples, como secagem, classificação, limpeza e embalagem, até processos
mais complexos que incluem operações para a extração de óleos, a carameli-
zação e a fermentação, incluindo, também, o artesanato em geral.
Os produtos produzidos nas pequenas agroindústrias, além de serem
competitivos:
diferenciam-se dos demais pelo processo de produção e por caracterís-
ticas próprias - ecológicas, sociais, culturais, nutricionais, éticas, arte-
sanais, entre outras;
associam o local de sua produção com o saber da prática dos agriculto-
res e, assim, tornam-se mais atrativos aos habitantes urbanos;
representam o início de um processo de consolidação da qualidade dos ali-
mentos, associada à saúde, à qualidade de vida e ao resgate sociocultural.
A inserção desses produtos no mercado local e regional pode gerar e distribuir
renda, agregando valor à produção dos agricultores familiares e ao Turismo Rural.
É importante considerar as atividades de lazer para atender aos públicos
local e regional, interessados, por exemplo, em passar o dia ou se hospedar
em uma propriedade rural integrada a outras. Nesse contexto temos os locais
de venda de produtos processados de forma caseira ou artesanal.
Assim, as expressões e os talentos locais, tais como as doceiras, boleiras e ar-
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O sucesso do turismo rural se deve à combinação de interesses das
partes. De um lado o agricultor, necessitando de uma “nova lavoura”; do
outro, os residentes dos centros urbanos, fugindo do ritmo estressante das
cidades em busca das suas raízes (“onda de nostalgia”), do modo de vida
simples do campo, da vivência com o natural, do saudável e do ecologica-
mente correto.
Atenção
Os turistas ou excur-sionistas, no caminho
de uma cachoeira, num passeio a cavalo até
uma “fazendinha”, na vivência de tomar o
leite ao pé da vaca etc., podem encontrar um
Ponto de Venda e nele adquirir produtos.
Aqüícultura: processo de produção ou cria-ção, em cativeiro, de
plantas ou animais em ambiente aquático.
�FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
Mas, tudo isso só terá sentido se:
gerar desenvolvimento e melhorar a vida da população rural;
estimular o produtor a continuar produzindo, pois a produção original
(agropecuária), seja em alta ou pequena escala, deverá ser sempre o
maior atrativo;
proporcionar o bem-estar a todos os envolvidos - comunidade local e
turistas.
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tesãos, devem ser orientados e treinados para receber turistas em suas proprie-
dades ou locais de trabalho, e para vender seus produtos, reconhecidamente
autênticos.
Peças de artesanato expostas como produtos - Bairro Água da Fortuna, Assis (SP)
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Características da Produção
Todo e qualquer produto oriundo do espaço rural deve apresentar carac-
terísticas que atestem a sua autenticidade, além de fabricação ou cultivo de
forma artesanal ou caseira, ou seja, sem a utilização de máquinas repetidoras
presentes na indústria tradicional. Suas principais características são:
É desenvolvido em propriedades rurais familiares que manejam ade-
quadamente os recursos naturais. Trata-se de um turismo ambiental-
•
Autenticidade: ser verdadeiro em relação
às suas origens.
mente correto, que busca uma convivência harmônica com a natureza,
ou seja, um turismo sustentável.
Oferece aos visitantes produtos (naturais e transformados) oriundos da
unidade familiar ou da vizinhança rural.
Valoriza e resgata o artesanato regional, a cultura da comunidade local
e os eventos típicos do ambiente rural.
Incentiva a diversificação da produção e propicia a comercialização di-
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Objetivos da produção
rural voltada ao Turismo
O que é autencidade?
10 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
Oferta de Produtos
O ato de comprar está relacionado a fatores emocionais e sensoriais.
Quando visitamos um ambiente diferente do que estamos acostumados a fre-
qüentar e a nossa vivência nestes locais é agradável, guardamos sensações
e eternizamos tais momentos na memória. Registramos as cenas em foto-
grafias e filmes, e adquirimos lembranças (“souvenirs”) que prolongam tais
emoções.
“Souvenier”: produto que é valorizado pela sua associação com
memórias; lembrança de valor sentimental.
Artesão esculpindo um papagaio em madeira, Silveiras (SP)
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Artesanato típico, Silveiras (SP)
reta desta pelo agricultor.
Contribui para a revitalização da propriedade rural, para o resgate e
para a manutenção da auto-estima dos produtores.
Complementa as demais atividades desenvolvidas na propriedade
rural.
Estimula o desenvolvimento da produção alternativa de alimentos
(agroecologia).
Desenvolve o associativismo, proporcionando a complementariedade
e a integração entre os empreendimentos (rotas).
Segue as normas e regulamentações para o agroturismo, respeitando
as particularidades regionais.
Proporciona a convivência entre os visitantes e a comunidade rural.
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11FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
Produtos Naturais Caseiros - Fazenda do Chocolate, Itu (SP)
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São essas lembranças que têm desenvolvido a produção caseira e a
comercialização de uma série de produtos característicos do campo. Tais
produtos são oferecidos em Pontos de Venda instalados nas propriedades
rurais, como resultado da sua procura por visitantes em geral. Que produtos podemos oferecer aos
turistas?
Os proprietários rurais podem oferecer aos turistas diversos tipos de pro-
dutos, os quais são subdivididos em primários e secundários.
Produto Turístico Primário: Está ligado à satisfação de necessidades e
motivações dos turistas quanto às destinações. São considerados pro-
dutos turísticos primários, tanto o espaço rural e as propriedades, como
os atrativos e as atividades de entretenimento oferecidas.
Produto Turístico Secundário: Também chamado de produto deriva-
do. Oferece a possibilidade de satisfação de necessidades que derivam
daquela que trouxe o turista à destinação. São produtos turísticos se-
cundários, por exemplo: queijo, geléia, artesanato etc.
•
•
Tais produtos secundários comercializados em Pontos de Venda de-
vem, antes de qualquer coisa, sensibilizar os consumidores por meio dos cinco
sentidos:
Visão: A maior carga de estímulo e percepção está na visão. Os produ-
tos oferecidos e a ambientação do Ponto de Venda devem oferecer uma
visão agradável ao turista. Podemos trabalhar a iluminação, as cores, as
gôndolas e os “displays”, além de rótulos e embalagens criativas.
•
Display: qualquer peça que exibe uma
mensagem destinada a promover, apresen-tar, expor, demonstrar
e ajudar a vender qualquer produto ou
serviço. Pode ser colocado diretamente no solo, vitrine, balcão
e gôndola.
12 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
loja pode ser trabalhada com climatização natural do ar.
Audição: A música, ou sons em geral, devem estar em sintonia com a
“personalidade” do Ponto de Venda e do espaço rural. Por outro lado,
o exagero poderá entediar e cansar vendedores e clientes. O som deve
ser envolvente e aconchegante, podendo, inclusive, reproduzir “efeitos”
rurais.
•
Encantamento pela Audição - Crepitar da lenha no fogão - Fazenda do Chocolate,
Itu (SP)
Encantamento pela Visão - Fazenda do Chocolate, Itu (SP)
Olfato: Na escala de estímulos, o olfato aparece em segundo lugar, ati-
vando emoções e recordações. Aromas de produtos naturais e perfumes
da terra garantem o encantamento do visitante.
•
Tato: Materiais com texturas especiais e toques naturais podem ser
utilizados para estimular os sentidos, como a própria temperatura da
•
Paladar: Um Ponto de Venda no espaço rural deve oferecer paladares
resgatados dessa cultura, além de ofertar degustação para incentivar os
turistas a provarem o gosto caipira.
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Encantamento pelo Tato - Espantalho
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13FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
Encantamento pelo Olfato - Sítio Recanto dos Pássaros, Brotas (SP)
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Encantamento pelo Paladar - Fazenda do Chocolate, Itu (SP)
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A propriedade pode verticalizar diversas atividades, passando a processar
parte do que produz para comercialização. Pode, ainda, permitir que os visi-
tantes acompanhem o trabalho de produção, conhecendo detalhes tecnológi-
cos. Por fim, o fazendeiro pode instalar seu Ponto de Venda para vender seus
produtos “in natura”ou processados de forma caseira aos visitantes.
Dica
Um exemplo de verticalização é o do
produtor de goiabas que passa a vender, também,
a goiabada caseira.
Dessa forma, devemos capacitar a mão-de-obra rural para o proces-
samento caseiro e/ou artesanal de produtos rurais, voltado ao aproveita-
mento de excedentes da produção, tais como: carne suína, derivados do
leite, pães caseiros, conservas de hortaliças, compotas e geléias, frutas
cítricas, tomate, milho, banana, mandioca, aproveitamento integral de ve-
getais, entre outros.
Verticalização da Produção
14 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
A instalação de um Ponto de Venda implica no processamento artesanal
de matéria-prima, para o qual são feitas algumas exigências de valor legal.
Por exemplo:
As instalações físicas para todo o processamento devem ser adequa-
das, sendo constituídas de sala para preparo e armazenagem.
Deve haver local para recepção da matéria-prima e lavagem de equipa-
mentos e utensílios, bem como um banheiro/vestiário. Devem ter altura
e dimensões compatíveis com a capacidade de produção, número de
colaboradores e necessidade de instalação dos equipamentos.
Além disso, o produtor rural que se dispõe a verticalizar a produção e co-
mercializar os produtos deve seguir as orientações dos órgãos de normatiza-
ção e fiscalização competentes. Dentre os aspectos normativos, destacamos
os seguintes:
Adequada aeração e luminosidade.
Vedação contra insetos, roedores e outros animais.
Boas condições de higienização e desinfecção das instalações, equipa-
mentos e utensílios.
Adequada utilização ou eliminação de resíduos e rejeitos.
Água potável encanada em quantidade compatível com a demanda do
estabelecimento.
Distância mínima regulamentar de fontes de contaminação, mau cheiro
e esgotos.
Transporte e armazenagem de produtos em condições adequadas para
a preservação de sua qualidade.
Instalações organizadas, limpas e desinfetadas antes, durante e após o
processamento dos produtos.
Pessoas envolvidas na manipulação e processamento de alimentos ar-
tesanais devem portar carteira de saúde, usar uniformes próprios e lim-
pos, inclusive botas impermeáveis e gorros.
Embalagens dos produtos da agroindústria devem obedecer às condi-
ções de higiene necessárias à boa conservação do produto, sem colocar
em risco a saúde do consumidor final.
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Atenção
A CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica
Integral da Secretária de
Agricultura do Estado de São Paulo, pode dar orientações e outras in-formações além das que
constam no Suplemento “Legislação e
Turismo Rural”.
Alerta
O Ponto de Vendadeve refletir a
identidade da proprieda-de rural. Não tem senti-do, por exemplo, vender
cerâmica marajoara do Pará, num Ponto de
Venda no interior de São Paulo!
O produtor rural, ao escolher os produtos que irá comercializar, deve
estar atento à coleta seletiva dos recursos, a fim de evitar danos irrepará-
veis à natureza.
15FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
Os produtos oferecidos em um Ponto de Venda rural são originados de:
Processamento Artesanal de Origem Vegetal
Na produção de produtos de origem vegetal, destacam-se as matérias-
primas, conforme o esquema abaixo:
PROCESSAMENTO DE PRODUTOS
PRODUÇÃO VEGETAL
Legumes FrutasVerduras Grãos
Raízes Ervas Flores
Tipos de Processamento
de Produtos Turísticos Rurais
Com tais matérias-primas , podemos produzir, por exemplo:
Doces de frutas: geléias, compotas, doces em pastas, em barra, cris-
talizados, desidratados.
Sucos e polpas de frutas: maracujá, goiaba, manga, graviola, mamão,
cajá, abacaxi, limão, laranja, tangerina e tomate (suco e molho).
Vinhos, licores e aguardente: são inúmeros os sabores de licores en-
contrados no comércio. Porém, tanto estes quanto os vinhos e a aguar-
dente requerem as melhores tecnologias de processamento para a ob-
tenção da melhoria da qualidade do produto final.
Massas alimentícias: pães, bolos, cucas, biscoitos típicos, macarrão,
capeletti, etc. Embora a produção seja pequena, concentra-se nos mu-
nicípios de predominância da cultura italiana e alemã.
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processamento artesanal de origem vegetal;
processamento artesanal de origem animal;
artesanato, trabalhos manuais e arte popular.
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“Cucas”: especialida-de alemã que consiste
num bolo coberto com farofa de frutas e
açúcar.
16 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
Processamento Artesanal de Origem Animal
Na produção de produtos de origem animal, destacam-se as matérias-
primas, conforme o esquema a seguir:
Rapadura, melado e açúcar mascavo: destes produtos derivados da
cana-de-açúcar, podemos destacar a rapadura com sabores inovado-
res (coco, gengibre, mamão etc.).
Conservas: fabricação de picles (cenoura, vagem, couve-flor, pimentão, etc.).
Vegetais pré-processados e temperos: produção em pequena escala,
chegando a alcançar uma lucratividade três vezes maior que o produto
“in natura”.
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Conforme a Coordenadoria da Defesa Agropecuária do Estado de São
Paulo, a elaboração de produtos comestíveis de origem vegetal sob a forma
artesanal é permitida aos produtores rurais que utilizam matéria-prima de
produção própria. Porém, se a produção for insuficiente, é permitida a utiliza-
ção de matéria-prima de terceiros até o limite de 50% da mesma.
Produtos confeccionados no Curso de Artesanato do SENAR-AR/SP, Avaré (SP)
Produtos confeccionados no Curso de Artesanato doSENAR-AR/SP, Lins (SP)
“Picles”: é o produto preparado com as partes comestíveis
de frutos e hortaliças, com ou sem casca e submetidos ou não
a processo de fermentação natural.
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17FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
PRODUÇÃO ANIMAL
Carnes OvosLeites Produtos Apícolas
Peixes Crustáceos Moluscos
Com relação à produção de origem animal, predominam os seguintes
produtos:
Leite: queijo fresco, mussarela, provolone, parmesão, requeijão, ricota,
iogurte com sabor de frutas e doce de leite.
Carne: tradicionalmente, lingüiça suína, bovina e de frango, socol, sa-
laminho, defumados; em pequena escala, filés de pescados oriundos
dos Pesque-e-Pague.
Ovos “in natura” ou sob a forma de doces.
Produtos apícolas tais como mel, favos, própolis e geléia real.
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Na produção de produtos de origem animal, destacam-se as matérias-
primas, conforme o esquema a seguir:
Socol: embutido de lombinho de porco
condimentado.
Venda de produtos apícolas na Fazenda do Chocolate, Itu (SP)
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Os produtos e sub-produtos a serem processados, quando destinados
à alimentação humana, devem estar dentro dos padrões oficiais estabele-
cidos pelas legislações federal e estadual.
Atenção
Veja o anexo do Suplemento
“Legislação e Turismo Rural”.
18 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
Artesanato, Trabalhos Manuais e Arte Popular
O artesanato, os trabalhos manuais e a arte popular, como já vimos no
Módulo 2, são fortes expressões da cultura de uma comunidade e importantes
atividades não-agrícolas. Geram trabalho e renda e estimulam o exercício de
cidadania e auto-estima das pessoas neles envolvidas. Dentre as suas carac-
terísticas, destacamos as seguintes:
- fibras naturais: bananeira, taboa, bambu, coqueiro, milho, taquara e
cana-da-índia;
- produtos naturais: cipós, cascas, madeira, bambu, sementes, cascas
de coco, frutos secos, bucha vegetal, resíduos de mármore, granito e
bagaço de cana;
- produtos minerais: argila, barro e pedras;
- material reciclável: papel, papelão, plásticos, vidros e latas de alu-
mínio.
Dentre os produtos mais característicos dessa produção, destacam-se:
panelas de barro;
bonecas, flores e bolsas de palha de milho;
vasilhames, cestas, bolsas, jogos americanos de fibra de bananeira;
peças decorativas confeccionadas a partir de produtos de rios;
balaios, peneiras, cestaria de fibras naturais;
tapetes, bolsas, colchas de fios e de retalhos;
peças utilitárias e decorativas variadas a partir da reciclagem do papel
e papelão.
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Não exige escala de mercado - sua produção não é industrial.
Na sua criação são estabelecidas relações sociais.
O produto assim gerado sempre conta uma história.
O meio rural é capaz de produzir uma infinidade de diferentes produtos
de artesanato, oriundos de matérias-primas variadas, tais como:
- produtos de rios: conchas, escamas de peixe e ossos de peixe;
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Atenção
Há uma grande variedade de matérias-
primas para a confecção de peças de artesanato,
trabalhos manuais e arte popular.
Veja o que é comum ou característico de sua região e aproveite!
Para o artesanato ser uma atividade rentável, o artesão deve:
cultivar a criatividade, aliada ao estudo de tendências do mercado, e da
sua capacitação técnica e gerencial;
estar atento às questões de conservação do meio ambiente quando for
utilizar a matéria-prima do seu trabalho.
•
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19FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
Produtos confeccionados no Curso de Artesanato do SENAR-AR/SP, Avaré (SP)
Abajur de palha de bananeira - Chácara do Rosário, Itu (SP)
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VALOR AGREGADO
A agroindústria familiar se constitui a partir de motivações de natureza
econômica e social. A principal motivação é de ordem econômica, ou seja,
agregação de valor aos produtos via transformação artesanal ou semi-arte-
sanal aos excedentes não comercializados “in natura”. Dentre as motivações
Produtores e Consumidores
sociais mais relevantes, destacam-se a fixação do produtor na propriedade
rural e a manutenção da integridade familiar, envolvendo todos na produção,
inclusive das donas de casa.
Os produtores rurais são, em geral, micro e pequenos empresários que
ofertam produtos de baixa sofisticação tecnológica ligados à cultura local. A
transformação desses produtos ocorre de forma artesanal e informal em pe-
quenas instalações. Em sua grande maioria são produtos com processamento
simples, com baixo conteúdo tecnológico, mas que apresentam um potencial
de agregação de valor significativo.
Atenção
Produtos “simples” podem ter valor agrega-
do de realce.
Os produtos de agroindústria familiar rural atendem consumidores
de variados níveis sociais, de mercados locais ou regionais. Temos tam-
bém os fornecedores de produtos orgânicos que se destinam a uma fatia
de mercado diferenciada, constituída por consumidores de maior poder
aquisitivo.
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20 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
Produto Transformado e Valor Agregado, Programa Turismo Rural do SENAR/AR-SP,
São Bento do Sapucaí (SP)
Economicamente falando, valor significa o preço aplicado a um produto
ou serviço, como um padrão de troca, de compra e venda, com base em suas
características físicas e de uso. É também a importância que se atribui a um
bem, que varia conforme a época, moda e cultura. É determinado pelas neces-
sidades, expectativas, gostos e comportamentos do consumidor.
Mas o que nos interessa é o valor agregado, uma característica que, in-
corporada a um produto ou serviço, melhora a sua qualidade e lhe atribui im-
portância e estima. É a satisfação das necessidades e desejos do consumidor,
proporcionada pelo produto ou serviço prestado.
Valor e Valor Agregado
O que é Valor?
Independentemente do nicho de mercado ao qual pertençam, os tu-
ristas compram produtos que possuem valores sociais e culturais, com forte
apelo de encantamento.
Dessa forma, esses e outros valores devem ser agregados aos produ-
tos que pretendemos comercializar, integrando-os aos serviços e equipa-
mentos oferecidos aos turistas na propriedade rural. A diferença está em
sabermos o que significa valor, o que valorar e como.
Agregar valores aos produtos significa o reconhecimento do benefício
alcançado pelo cliente e a facilidade oferecida para resolver seus proble-
mas e atender suas expectativas. Significa, em última análise, algo com
um benefício extra para o turista.
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Produto em “in natura”, Programa Turismo Rural do SENAR/AR-SP, São Bento do Sapucaí (SP)
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21FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
Moinho da Pedra - Pesque-Pague - Distrito de Curupá,Tabatinga (SP)
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ziel
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Ao contrário do que muitos pensam, não é o empreendimento que define
o que é valor, e sim o cliente. Para ele, a necessidade gera o valor. Cabe a
nós, enquanto empreendedores e proprietários rurais, analisar e detectar qual
é essa necessidade e atendê-la.
Na verdade, o que o consumidor compra é o valor que percebe em uma
determinada oferta; e este é mais emocional do que financeiro. O que deter-
mina a compra é a sua percepção de valor acerca de um produto (bens e/ou
serviços). Isso acontece porque o valor está “dentro da cabeça das pessoas”
e envolve um conjunto complexo de crenças, associações e recordações
mentais.
A percepção que o cliente tem do valor do produto é que vai mostrar o
quanto ele está disposto a pagar. O produto em si e o próprio ato de compra
envolvem vários aspectos psicológicos de satisfação do consumidor.
Em regra geral, a percepção de valor varia conforme a capacidade do
produto em preencher um conjunto de necessidades do consumidor, o menor
custo de aquisição e o uso. O consumidor analisa a relação entre valor e preço:
quanto vale o produto e que benefícios vai lhe proporcionar.
Para definir o que é valor para nossos clientes, devemos analisar a ques-
tão do fim para o começo: do consumidor para o proprietário rural. Para tanto,
precisamos conhecer o cliente com o objetivo de compreender:
o que é “valor” para ele;
o quanto está disposto a pagar;
qual o preço justo para ambos;
qual a imagem que ele quer perceber ou como percebe essa imagem.
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Valor para o Consumidor
Como o consumidor
define o valor?
Atenção
Conhecer bem o cliente é ponto-chave para o
sucesso do seu empreendimento!
22 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
Qualidade é uma característica. Um elevado padrão de qualidade repre-
senta alguma coisa bem feita, concebida, projetada, elaborada, organizada,
administrada e que atende às normas, satisfazendo, assim, produtores, forne-
cedores e consumidores.
É a totalidade de características de alguém ou de algum serviço ou produ-
to, que lhe confere a capacidade de atender as necessidades das pessoas.
Quando falamos de um produto ou serviço de qualidade, estamos nos
referindo à plena satisfação do cliente. E o segredo para isto é: concentração
nas necessidades e nos desejos do cliente, criando um serviço ou um produto
que atenda ou exceda às suas expectativas.
A busca do aumento da qualidade passa pela identificação correta e
precisa dos desejos e anseios dos consumidores dos serviços e produtos
turísticos.
Além disso, vincula-se diretamente à eficiência com que o empreendedor
rural planeja, organiza e operacionaliza seus recursos (humanos e materiais).
Assim, o valor está:
no produto em si (qualidade, utilidade, durabilidade, design);
na distribuição (no prazo de entrega, vendido da forma que o cliente
valoriza etc.);
na comunicação;
na comodidade (entrega no local, várias formas de pagamento);
na imagem transmitida (marca e outros fatores psicológicos);
na experiência durante a compra (lojas confortáveis, atendimento,
prazeres proporcionados ao cliente durante o processo etc.);
nos serviços (instalação, manutenção, atendimento, esclarecimentos,
garantias etc.);
em dois ou mais itens ao mesmo tempo (e no que mais for percebido
como valor).
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Valor e Qualidade
O que é Qualidade?
A qualidade no produto ou a prestação de um serviço se faz por in-
termédio das pessoas, já que depende exclusivamente do desempenho de
cada trabalhador (colaborador).
Percepção do Valor
está em vários itens
Atenção
Cada colaborador deve ser consciente do papel que tem a
cumprir e comprometido com o sucesso
dos negócios no ambiente rural.
23FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
IMAGEM X IDENTIDADE
Relembrando parte do conteúdo visto no Módulo 2 - Identidade e Cultura,
podemos dizer que imagem se escolhe, se programa e se altera de fora para
dentro, se assim se quiser, podendo ter ou não compromisso com a verdade;
pode ser mudada. Já a identidade é a construção lenta, interior e progressiva
da essência, embora dependa da interação com o outro.
Não são somente os rótulos, as embalagens e a marca que constróem a
imagem do empreendimento. A recomendação de um produto comprado por
clientes aos amigos, uma reclamação de hóspede atendida, ou o comentário
ouvido a respeito de um funcionário compõem a imagem positiva, assim como
fatos negativos, uma imagem negativa do produto.
Portanto, no processo de desenvolvimento da identidade é criada a repu-
tação que muitas vezes é confundida com a imagem. Reputação é, na verda-
de, o juízo de valor que é feito pelos clientes a respeito do empreendimento. O
mercado compara a imagem que o empreendedor transmite com sua reputa-
ção, considerando ideal, e calcula a diferença.
Quanto menor for a diferença transmitida entre a imagem do empreen-
dimento, dos serviços e produtos, e a verdadeira identidade e reputação no
mercado, maior será a possibilidade de sucesso. E o inverso é verdadeiro.
Reputação
Para combinarmos marca, imagem e identidade, ao mesmo tempo
em que tornamos nosso produto visualmente agradável e diferenciado dos
demais, precisamos agregar benefícios econômicos e sociais à marca. O
conhecimento de sua essência, objetivos e realidade tornará possível a
criação de uma marca que retrate sua identidade.
Imagem e Identidade
Reputação
Imagem Promovida
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ia.c
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Identidade - Realidade
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Alerta
Nem sempre a imagem que
consta em um folheto retrata a imagem da
realidade.
24 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
A reputação é, portanto, o bem mais precioso do empreendedor, e
sua propriedade é o alicerce da sua marca. Para aplicar a identidade nos
negócios, é essencial a construção de uma imagem mais próxima desta,
associando-a a uma boa reputação.
Embalagem
Ninguém duvida que as embalagens ocupam um papel importante em
nossas vidas, pois estamos o tempo todo em contato com elas. Quando
abrimos o armário da despensa, elas estão lá; e também na geladeira, nos
bares e restaurantes onde entramos, nas farmácias, no supermercado ou
em qualquer loja e Ponto de Venda.
A embalagem pode ser vista como um manifestação da cultura. Mas é,
também, uma ferramenta fundamental para conduzir os produtos de con-
sumo ao sucesso, em um mundo competitivo. Tem funções variadas que
vão desde a promoção do produto e sua conservação até o transporte de
produtos do seu local de origem para o mercado consumidor.
Para o Turismo Rural e, mais especificamente para o Ponto de Venda de
Produtos, a embalagem representa mais do que isso. Constitui uma identi-
dade indivisível entre o produto, o produtor e a propriedade. É a embalagem
que faz o “show” dentro do Ponto de Venda, e seu design é que atrai.
Assim, além de toda nossa preocupação com a qualidade de serviços e
produtos, precisamos estar atentos às embalagens, seu planejamento, de-
senho, produção e utilização. Isto porque estaremos diante de um fator
muitas vezes decisivo para o sucesso do consumo e dos estabelecimentos
onde os produtos estão expostos, ou seja, o Ponto de Venda.
Para que as embalagens dos produtos reflitam preocupação com o aten-
dimento de qualidade, é importante seguir as seguintes recomendações:
Design: Palavra de origem inglesa que
significa desenho, forma, apa-
rência visual.
Atenção
Quanto mais e melhor conhecermos o produto, maior será a chance do nosso trabalho vir a ser uma verdadeira expres-são de seu conteúdo.
Conhecimento do produto.
Conhecimento do cliente.
Conhecimento do concorrente.
Conhecimento técnico da embalagem.
Estratégia para o design.
Revisão final do projeto de design.
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25FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
Confecção de embalagem – Programa Turismo Rural do SENAR-AR/SP, Avaré (SP)
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Vamos agora ver algumas recomendações para a embalagem de diferen-
tes produtos, de acordo com os Correios.
Objetos Frágeis:
- ser bem acondicionados contra choques; no acondicionamento, usar
palha ou outro material natural que absorva impactos;
- utilizar um invólucro externo resistente;
- usar etiquetas “CUIDADO FRÁGIL”.
•
A principal regra a seguir é: a embalagem e o acondicionamento de-
vem estar adequados à natureza do produto. Tanto um como o outro ser-
vem a três finalidades:
garantir a segurança no transporte, evitando avarias;
resguardar o produto, evitando danos no manuseio;
evitar que a natureza do conteúdo prejudique a integridade de
terceiros.
•
•
•
O uso de embalagens adequadas é determinante para o sucesso de nos-
sos negócios. Além de atentar para os limites de pesos e dimensões, também
devemos seguir as recomendações específicas quanto ao uso de embalagens
apropriadas e à maneira de acondicionar a mercadoria em seu interior.
Finalidades da
Embalagem
Alerta
A etiqueta “Cuidado Frágil” não é
garantia especial, ou seja, não substitui uma
boa embalagem.
Embalagem e produto à venda confeccionados no Programa Turismo Rural do SENAR-AR/SP, São Bento do Sapucaí (SP)
Foto
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26 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
Objetos Não-Frágeis:
- embalar os objetos inquebráveis e macios, como roupas, em sacos
resistentes de papel pardo;
- amarrar e passar a fita adesiva nos objetos pesados; usar uma caixa
de papelão externa, resistente, que agüente o barbante amarrado
firmemente.
Manteiga, Creme e Semilíquidos:
- não devem manchar ou engordurar outros pertences do cliente;
- os recipientes devem estar hermeticamente fechados, selados e em-
brulhados em papel impermeável ou papelão corrugado.
Líquidos:
- os líquidos e os alimentos “molhados” não perecíveis devem estar
acondicionados em embalagens totalmente impermeáveis;
- os objetos de formas irregulares precisam ser devidamente “aninha-
dos”; para as garrafas, utilizar embalagens próprias para bebidas al-
coólicas ou acondicionamento individual;
- múltiplas embalagens de garrafas devem ter divisões ou ninhos
adequados.
•
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•
Variedade de embalagens apropriadas ao conteúdo - Programa Turismo Rural do SENAR-AR/SP, Avaré (SP)
Foto
de
Luiz
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Quadros:
- acondicionar em tecido, plástico etc. e firmar entre reforços; embalar
em papel pardo e passar fita adesiva.
•
Atenção
Outros fatores determi-nantes para a escolha da melhor embalagem
para o seu produto são o peso limite e as
dimensões máximas de cada pacote.
27FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
Chá, café, farinha e similares:
- para pós finos, utilizar apenas embalagens hermeticamente fechadas, com
pacotes internos apropriados; embalar em caixas de papelão resistente
para evitar vazamento ou manchas causadas por outras encomendas.
•
Objetos longos – objetos de decoração, anzóis e outros:
- uma vez que esses objetos são particularmente vulneráveis, utilizar
tubos ou reforços resistentes (papelão grosso, compensados etc.). Os
reforços devem estar amarrados para evitar que o conteúdo se espalhe
antes de ser embalado em papel corrugado ou papel pardo.
•
O rótulo é responsável por trazer dados importantes do produto ao consu-
midor, tais como: nome, peso, características e data de validade. No entanto,
nem sempre as informações presentes são de fácil compreensão. É comum
surgirem algumas dúvidas.
Conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC), o rótulo é o instru-
mento de comunicação utilizado pelo fabricante para informar a composição,
quantidade, modo de usar, forma de conservação, prazo de validade, data de
fabricação, lote, rotulagem nutricional, nome, endereço e Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa fabricante, além de possíveis advertên-
cias sobre os riscos à saúde.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ressalta que o rótulo é
o principal elo de comunicação entre o fabricante e o consumidor. Nele devem
estar presentes as seguintes informações:
Denominação de venda do alimento.
Lista de ingredientes.
Peso líquido.
Identificação da origem do fabricante.
Prazo de validade.
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Rótulo
Instruções sobre o preparo e uso do alimento.•
Quais são as informa-ções que devem estar presentes obrigatoria-
mente nos rótulos?
Alerta
O consumidor está atento à data de vali-dade, ao adquirir um alimento. Todo pro-
duto vencido deve ser desprezado, pois pode
trazer riscos à saúde do consumidor.
A legislação referente a rótulos é feita pela Anvisa; a fiscalização, pela pró-
pria Anvisa ou pela Vigilância Sanitária. No estado de São Paulo há um trabalho
bienal, mas de modo geral não existe regularidade para as fiscalizações.
Conforme a Coordenadoria da Defesa Agropecuária do Estado de São
Paulo, o rótulo de produtos destinados à alimentação humana deve conter os
seguintes itens:
28 FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
Legislação à parte, os rótulos de produtos processados artesanalmente
e comercializados em Pontos de Venda no espaço rural devem, igualmente,
apresentar a identidade do produtor e sua marca.
Marca comercial do produtor.
Nome do produtor.
Nome do processador.
Logotipo de inspeção estadual.
Data de validade.
Composição nutricional.
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Agora já sabemos como agregar valor ao produto que será comercializado
em nosso Ponto de Venda. No próximo capítulo, veremos como planejar e im-
plantar esse empreendimento.
Produção Rural voltada ao Turismo.
Processamento de Produtos.
Valor Agregado.
Imagem X Identidade.
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REVISÃO
Rótulo criado e aplicado em avental – Programa Turismo Rural, do SENAR-AR/SP, São Bento do Sapucaí (SP)
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Atenção
Para desenvolvermos a rotulagem ecológica,
devemos procurar a ABNT para estrutura e definição dos critérios específicos e procedi-mentos de avaliação.
29FAESP SENAR-AR/SP Valor Agregado ao Produto
PLANEJAMENTO FÍSICO DO PONTO DE VENDA
DE PRODUTOSNeste Capítulo você vai:
entender o que é o Programa 5’S e como aplicá-lo para melhorar a qualidade do seu empreendimento;
perceber a importância do patrimônio arquitetônico na propriedade;
verificar os cuidados necessários para construções, áreas de expansão ou construções já existentes,
aplicando-os ao Ponto de Venda de Produtos.
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30 31FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos30 31FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos
QUALIDADE
Receber pessoas no espaço rural requer características e dinâmicas pró-
prias, em que o tempo, os objetos, a paisagem e a maneira hospitaleira de
ser são diferentes da cidade. Hospedar-se em sítios ou fazendas, ou mesmo
passar o dia em propriedades rurais, representa um momento único, em que
todos os aspectos serão levados em conta, a começar pela própria
propriedade.
A conservação, imagem e manutenção das edificações são fundamentais
para que o cenário do acolhimento seja perfeito, incluindo-se aqui o espaço ou
local destinado ao Ponto de Venda de Produtos. Ainda que em sua preparação
e instalação sejam necessárias adaptações e mudanças físicas, o patrimônio
histórico e cultural deve ser preservado.
Para começar a preparar nossa propriedade para receber os turistas e os
clientes do nosso Ponto de Venda, devemos tomar algumas iniciativas. Isso
equivale dizer que precisamos preparar o local para receber nossos clientes.
Uma forma de conseguir isso é aplicar o Programa 5’S de Qualidade. Esse
programa está baseado em cinco palavras da língua japonesa:
O que é Programa 5’S?
Seiri - Senso de Utilização: separar e manter no local de trabalho so-
mente os materiais, máquinas e equipamentos necessários, descartan-
do ou eliminando os desnecessários.
Seiton - Senso de Organização ou Arrumação: definir a forma correta
e o local adequado para a guarda de materiais, máquinas e equipamen-
tos, tornando seu acesso rápido e fácil.
Seisou - Senso de Limpeza: eliminar a sujeira de materiais, máquinas
e equipamentos do local de trabalho, atacando as fontes do problema.
Seiktsu - Senso de Conservação: garantir a continuidade das condi-
ções físicas e da saúde no local de trabalho.
Shietsue - Senso de Autodisciplina: cumprir os procedimentos e as
normas mantendo o hábito naturalmente.
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Cinco Conceitos Simples
que fazem a diferença
O Programa 5’S constitui-se, portanto, de cinco conceitos simples
que, ao serem praticados, são capazes de modificar o nosso humor, o
ambiente de trabalho, a maneira de conduzir atividades rotineiras e as
atitudes, garantindo a qualidade do serviço prestado.
30 31FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos30 31FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos
Receber pessoas no espaço rural requer características e dinâmicas pró-
prias, em que o tempo, os objetos, a paisagem e a maneira hospitaleira de
ser são diferentes da cidade. Hospedar-se em sítios ou fazendas, ou mesmo
passar o dia em propriedades rurais, representa um momento único, em que
todos os aspectos serão levados em conta, a começar pela própria
propriedade.
A conservação, imagem e manutenção das edificações são fundamentais
para que o cenário do acolhimento seja perfeito, incluindo-se aqui o espaço ou
local destinado ao Ponto de Venda de Produtos. Ainda que em sua preparação
e instalação sejam necessárias adaptações e mudanças físicas, o patrimônio
histórico e cultural deve ser preservado.
Para começar a preparar nossa propriedade para receber os turistas e os
clientes do nosso Ponto de Venda, devemos tomar algumas iniciativas. Isso
equivale dizer que precisamos preparar o local para receber nossos clientes.
Uma forma de conseguir isso é aplicar o Programa 5’S de Qualidade. Esse
programa está baseado em cinco palavras da língua japonesa:
Aplicação do Programa 5’S em edificação antiga de uma propriedade rural
Foto
de
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O melhor entendimento sobre a qualidade é considerá-la como a ade-
quação do espaço ao uso. Esse entendimento nos leva à qualidade total do
empreendimento e do Ponto de Venda, voltada ao consumidor e envolvendo
todos os participantes do empreendimento.
Usando o Programa 5’S e adequando nossos espaços rurais aos usos
pretendidos, temos:
Seiri - Senso de Utilização: O local previamente escolhido para ins-
talação do Ponto de Venda, deverá ser analisado cuidadosamente, nele
pode haver equipamentos e máquinas desnecessários, bem como mó-
veis e utensílios de valor histórico-cultural que servirão para uso e em-
belezamento do nosso Ponto de Venda. A idéia é, portanto, separar o
que pode ser usado e remover o que for desnecessário.
Seiton - Senso de Organização ou Arrumação: Depois de selecionado
o que vai ser utilizado no Ponto de Venda, devemos pensar nos possíveis
arranjos destes equipamentos e utensílios dentro do local. Isso é impor-
tante para tornar a circulação de pessoas possível e agradável, além de
possibilitar uma visão geral de todos os produtos.
Seisou - Senso de Limpeza: Devemos eliminar a sujeira e o pó do
local, dos equipamentos e utensílios, principalmente se o local esco-
lhido estiver sendo usado simplesmente como depósito. Na limpeza,
devemos observar se os objetos requerem cuidados especiais, princi-
palmente se forem de valor histórico.
•
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Programa 5’S:
programa concebido
por Kaoru Ishikawa
em 1950, no Japão
do pós-guerra, para
colocar ordem na
grande confusão a que
ficou reduzido o país.
Esse programa de-
monstrou ser tão eficaz
na reorganização das
empresas e da própria
economia japone-
sa que, até hoje, é
considerado o principal
instrumento de gestão
da qualidade e produti-
vidade utilizado
naquele país.
Seiri - Senso de Utilização: separar e manter no local de trabalho so-
mente os materiais, máquinas e equipamentos necessários, descartan-
do ou eliminando os desnecessários.
Seiton - Senso de Organização ou Arrumação: definir a forma correta
e o local adequado para a guarda de materiais, máquinas e equipamen-
tos, tornando seu acesso rápido e fácil.
Seisou - Senso de Limpeza: eliminar a sujeira de materiais, máquinas
e equipamentos do local de trabalho, atacando as fontes do problema.
Seiktsu - Senso de Conservação: garantir a continuidade das condi-
ções físicas e da saúde no local de trabalho.
Shietsue - Senso de Autodisciplina: cumprir os procedimentos e as
normas mantendo o hábito naturalmente.
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Seiktsu - Senso de Conservação: Todo o material selecionado para
uso ou decoração do Ponto de Venda deverá ser conservado, assim
como o próprio local. Devemos, portanto, saber como fazer a manuten-
ção, principalmente daqueles que são patrimônio cultural e com que pe-
riodicidade a manutenção deve ser feita. Tudo isso para proteger nosso
patrimônio e encantar o cliente.
Shietsue - Senso de Autodisciplina: O senso de autodisciplina dentro
do Ponto de Venda não se restringe ao cumprimento de normas e hábi-
tos de conservação e limpeza. Deve ser igualmente aplicado na fabri-
cação dos produtos e no atendimento aos clientes, mantendo o hábito
naturalmente.
•
•
CUIDADOS E VALORIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS FÍSICAS E RECURSOS
Quanto mais os objetos e materiais de construção forem recolocados em
seus verdadeiros locais de origem, mais o estilo da edificação será resgatado
e agregará valor ao empreendimento. Com essa preocupação, precisamos,
primeiramente, identificar e reconhecer o estilo arquitetônico e histórico dos
prédios da nossa propriedade. As edificações no espaço rural trazem as mar-
cas do tempo, da história e do que se passou em outras épocas.
Exemplo de arranjo decorativo com balança antiga e outras peças, Pesque-Pague Pacurupá - Distrito de Curupá, Tabatinga (SP)
Cuidados com as estruturas físicas, São Bento do Sapucaí (SP)
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Atenção
Muitos turistas
observam com atenção
as construções no meio
rural, que são diferen-
tes daquilo com que
eles estão acostumados
a conviver.Portanto,
valorize-as no seu
empreendimento!
32 33FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos32 33FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos
Quanto mais os objetos e materiais de construção forem recolocados em
seus verdadeiros locais de origem, mais o estilo da edificação será resgatado
e agregará valor ao empreendimento. Com essa preocupação, precisamos,
primeiramente, identificar e reconhecer o estilo arquitetônico e histórico dos
prédios da nossa propriedade. As edificações no espaço rural trazem as mar-
cas do tempo, da história e do que se passou em outras épocas.
Identificando o estilo das construções da nossa propriedade e a época em
que cada uma teve o seu charme, podemos verificar o que precisa ser conser-
tado e substituído para implantar o Ponto de Venda. Dica
1. Procure aproveitar as construções antigas.
2. Mantenha as caracte-rísticas originais.
3. Crie o histórico da construção e da
restauração.
4. Veja o anexo “Características e Evolu-ção Histórica dos Estilos
Arquitetônicos”.
Alguns materiais de construção e equipamentos podem ganhar uma
“cara nova”, com uma simples limpeza e pintura. No caso da pintura das pa-
redes, com um estilete ou lâmina bem afiada podemos fazer cortes nas tintas
das paredes, portas, janelas para descobrir suas cores originais.
Se tivermos que substituir alguma peça das construções, devemos in-
vestigar primeiro o que se usava na época em que foi feita. Por exemplo:
para trocar folhas de janelas devemos saber se as originais eram pintadas ou
envernizadas. Caso a madeira esteja muito comprometida com cupim, então
podemos fazer uma peça nova seguindo o mesmo estilo e a mesma técnica
usada na época.
Mas antes de começar a arrumar e consertar as estruturas físicas, temos
que fazer uma vistoria cuidadosa, atentando para as particularidade de cada
uma delas. Assim, é importante fazer uma lista e anotar todas as observações
em relação aos aspectos descritos a seguir, e lembrando que:
Nas antigas construções, cada elemento se apóia nos elementos abai-
xo dele. Por essa razão, sempre devemos começar a vistoria observando
do telhado para as fundações e alicerces.
Telhados: O telhado, nas construções, é o elemento que mais identifica
a sua idade. Portanto, substituí-lo por materiais mais contemporâneos
pode ser o grande erro que descaracterizará a originalidade da cons-
trução. Por serem de barro, muitas vezes as telhas precisam ser subs-
tituídas. Nesse caso, devemos procurar por outras da mesma época
e que podem ser trocadas pelas que apresentam maiores problemas.
Como as mais antigas eram, geralmente, feitas nas coxas dos escravos
elas apresentavam irregularidades de encaixe, o que é perfeitamente
normal, pois, mesmo as mais modernas também apresentam esse pro-
blema. Caso continuem a apresentar problemas, podemos colocar uma
lona preta por debaixo delas para proteger os cômodos contra goteiras,
desde que não fique exposta. É uma solução temporária, até encontrar-
mos outra telha com as mesmas características.
•
Atenção
Devemos procurar
registros de como eram
os tetos originalmente.
Fotos antigas ou de-
poimentos de pessoas
mais idosas pode nos
ajudar a identificar as-
pectos das construções
originais.
34 35FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos34 35FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos
Recuperação de construção, mantendo-se telhado original - Chácara do Rosário, Itu (SP)
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Paredes: Verificar se todas as paredes foram feitas com a mesma técni-
ca; se alguma apresentar diferenças, provavelmente foram feitas refor-
mas e adaptações em algum momento. Para corrigir alguma parede que
esteja com problemas, como, por exemplo, umidade e falta de reboco,
jamais use técnica diferente da original, como completar ou rebocar
uma parede originalmente de taipa com tijolo e cimento. Isso, além de
não ficar bonito e correto, não dará liga, pois são técnicas diferentes.
Procure fazer as adaptações de uso do cômodo conforme era usado
originalmente. E o mais importante: tenha o cuidado de não abrir vãos
nas paredes, ou mesmo substituir janelas ou portas, sem antes apoiar
a estrutura delas e ver se não comprometem a estabilidade da constru-
ção, principalmente para ampliar o espaço do Ponto de Venda de vendas
com prateleiras e balcões.
•
Tetos: Nas construções mais antigas, normalmente não havia teto inter-
namente, o que era chamado de telha vã; assim, viam-se diretamente
as telhas. Em alguns momentos houve a confecção de tetos feitos com
palhas e madeira. Quando feitos de madeira, elas eram colocadas for-
mando desenhos que valiam a pena ser admirados. Nas construções
mais elaboradas e suntuosas, era costume pintar os tetos com dese-
nhos com motivos florais, paisagens e desenhos geométricos. Com a
mesma técnica do estilete, podemos descobrir, raspando um pouco do
teto da construção, e se há algo por baixo ou, ao menos, qual era a sua
cor original; apenas devemos ter o cuidado de limpar com um pano bem
limpo ou mesmo um pincel.
•
Alerta
Mas cuidado! Nem tudo deve ser pintado, pois a pintura pode apagar traços da originalidade
das peças!
34 35FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos34 35FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos
Parede e chão originais - Fazenda do Chocolate, Itu (SP)
Foto
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Pisos: Em cada época foram usados certos materiais. Nas construções
mais antigas, o piso podem ser de tábua corridas. Caso elas apresentem
frestas muito largas, podemos vedá-las com uma massa de cera com
pó de serragem. Em áreas como cozinhas e banheiros, foi muito comum
o uso de pisos conhecidos como ladrilhos hidráulicos. Se encontrar-
mos alguns quebrados ou faltando, devemos procurar algum artesão na
região, que certamente poderá reproduzir as peças originais. Pisos de
cimento queimado também foram muito usados, inclusive alguns com
corantes ou mesmo encerados, conhecidos como piso de vermelhão.
•
Ladrilhos hidráulicos: peças feitas com
cimento e motivos geométricos ou florais, utilizados em pisos de
antigas construções.
Dica
Os pisos de vermelhão ou de cimento queimado podem ser restaurados e, assim, conservar a
autenticidade do patrimônio.
Mais recentemente, no século XX os pisos de cerâmica foram os mais
utilizados. Caso seja necessário substituí-los, devemos colocar pisos
conforme os desenhos que se usavam na época da construção original.
Paredes: Verificar se todas as paredes foram feitas com a mesma técni-
ca; se alguma apresentar diferenças, provavelmente foram feitas refor-
mas e adaptações em algum momento. Para corrigir alguma parede que
esteja com problemas, como, por exemplo, umidade e falta de reboco,
jamais use técnica diferente da original, como completar ou rebocar
uma parede originalmente de taipa com tijolo e cimento. Isso, além de
não ficar bonito e correto, não dará liga, pois são técnicas diferentes.
Procure fazer as adaptações de uso do cômodo conforme era usado
originalmente. E o mais importante: tenha o cuidado de não abrir vãos
nas paredes, ou mesmo substituir janelas ou portas, sem antes apoiar
a estrutura delas e ver se não comprometem a estabilidade da constru-
ção, principalmente para ampliar o espaço do Ponto de Venda de vendas
com prateleiras e balcões.
•
Tetos: Nas construções mais antigas, normalmente não havia teto inter-
namente, o que era chamado de telha vã; assim, viam-se diretamente
as telhas. Em alguns momentos houve a confecção de tetos feitos com
palhas e madeira. Quando feitos de madeira, elas eram colocadas for-
mando desenhos que valiam a pena ser admirados. Nas construções
mais elaboradas e suntuosas, era costume pintar os tetos com dese-
nhos com motivos florais, paisagens e desenhos geométricos. Com a
mesma técnica do estilete, podemos descobrir, raspando um pouco do
teto da construção, e se há algo por baixo ou, ao menos, qual era a sua
cor original; apenas devemos ter o cuidado de limpar com um pano bem
limpo ou mesmo um pincel.
•
Piso de cimento queimado e tijolos antigos, Hotel Fazenda São João - São Pedro (SP)
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Elétrica: A energia elétrica é algo muito recente. Como nas antigas pro-
priedades usava-se o querosene, a lamparina e o óleo, elas não são
apropriadas ao uso da energia elétrica. Assim, deve-se evitar a utili-
zação de fios, tomadas e interruptores de maneira aparente, por isso
“escondendo-os” dentro das paredes.
•
Há casos de edificações que contam com fiações muito antigas e que
nunca foram examinadas, há grande perigo de incêncio devido ao mau
estado de conservação. Devemos pedir o auxílio de um profissional expe-
riente para examinar toda a fiação e, principalmente, se ela está bem di-
mensionada no que se refere a diâmetro dos fios, quadros com disjuntores
e potência máxima que a rede pode suportar.
Atualmente, pelo fato da energia estar se tornando escassa e cara, o
mercado tem introduzido o uso de lâmpadas do tipo fluorescente, e
também conhecidas como lâmpadas econômicas ou compactas. Como
economizam energia, é uma opção barata para o uso em geral. Todavia,
este tipo de lâmpada no meio rural não é o mais adequado, devido à
qualidade de luminosidade que ela produz.
Já os pisos do tipo tacos ou parquetes de madeira são muito bonitos
e pelo fato de geralmente fazerem desenhos, principalmente nos con-
tornos de paredes e no centro do ambiente, foram muito valorizados.
Caso exista alguns com problema, devemos substituí-los por outros que
sejam da mesma madeira e cor.
Parquetes: pavimen-to feito de tacos de madeira formando desenhos que são
resultados da mistura de várias madeiras
diferentes.
São João, São Pedro (SP)
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Muito cuidado com a qualidade do ambiente oferecido aos turistas, pois eles esperam en-contrar cenários dife-rentes dos urbanos!
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No que se refere ao tipo das luminárias, essa questão é bem delicada.
Temos que ver o estilo, a data e o tipo de iluminação que se usava na
época da sua construção. Caso seja anterior à iluminação elétrica, de-
vemos colocar luminárias que tenham uma estética neutra e não com-
prometam o que se usava na época.
Peças sanitárias: Nem sempre é possível encontrar peças de reposição
hidráulica para as peças sanitárias. Também pode ocorrer de estarem
trincadas ou mesmo em mau estado de conservação. Se tiverem que
ser substituídas por outras mais modernas, devemos procurar um estilo
neutro ou algo que se aproxime o máximo possível do original.
•
Pia de banheiro adaptada em móvel de época - Fazenda Pirahy, Itu (SP)
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Foi muito comum o uso de louças sanitárias coloridas e com enfei-tes, como também o
uso do bidê e banheiras. Devemos vistoriar o
estado das instalações hidráulicas e, caso não estejam mais em condi-ções de funcionamento,
avisar os usuários.
Para a perfeita higienização dos vasos sanitários temos que remover
e limpar, periodicamente, os parafusos de fixação e encaixes. Com
isso as tampas podem se estragar mais facilmente, mas a qualidade
da higiene deve ser prioridade. No caso ao Ponto de Venda é aconse-
lhável a existência e proximidade de banheiros para uso dos clientes.
Janelas e portas: Esses elementos merecem atenção especial e como
já comentamos, cada época contou com seu modelo, de acordo com o
gosto, os hábitos e as técnicas de confecção. As portas e janelas devem
ser pesquisadas minuciosamente, pois a substituição, por exemplo, de
janela de madeira por ferro pode ser erro gravíssimo. Embora a aparen-
te durabilidade seja apontada, há sempre turistas que observam e até
reconhecem esse erro.
•
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REFORMA E ADAPTAÇÃO DE EDIFICAÇõES
Novas Construções e Áreas de Expansão
Quando for necessária uma nova construção, é importante analisar alguns
aspectos para valorizar ainda mais o patrimônio, tais como:
Quando o Ponto de Venda não for instalado utilizando edificação já exis-
tente, as novas devem procurar seguir o mesmo estilo arquitetônico do
conjunto.
•
Não podemos esquecer também as ferragens de dobradiças, trancas e
fechaduras. Além da indicação do que se usava na época, elas identifi-
cam o conjunto e marcam suas características.
Manutenção da originalidade de janelas - Fazenda do Chocolate, Itu (SP)
Manutenção da originalidade de janelas - Fazenda Pirahy, Itu (SP)
Novas edificações para Pontos de Venda devem ser localizadas segundo
um plano geral (mapa), onde constam todas as edifiações da propriedade.
•
A acessibilidade aos novos Pontos de Venda a serem construídos deve
contemplar os caminhos de acesso e privacidade, para que o turista
não percorra áreas pelas quais não deve passar até chegar ao local de
venda de produtos. Exemplos:
•
Aspectos a serem
considerados
para as novas construções
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Quando for necessária uma nova construção, é importante analisar alguns
aspectos para valorizar ainda mais o patrimônio, tais como:
Quando o Ponto de Venda não for instalado utilizando edificação já exis-
tente, as novas devem procurar seguir o mesmo estilo arquitetônico do
conjunto.
•
Novas edificações para Pontos de Venda devem ser localizadas segundo
um plano geral (mapa), onde constam todas as edifiações da propriedade.
•
A acessibilidade aos novos Pontos de Venda a serem construídos deve
contemplar os caminhos de acesso e privacidade, para que o turista
não percorra áreas pelas quais não deve passar até chegar ao local de
venda de produtos. Exemplos:
•
A construção deve estar em local onde não seja necessário o corte de
árvores e a retirada de pedras. Devemos usar a criatividade e aproveitar
esses elementos na composição do ambiente.
•
Aspecto de Ponto de Venda ensolarado e ventilado - Fazenda Pirahy, Itu (SP)
Quando optamos por utilizar as edificações existentes para o Turismo Ru-
ral, nem sempre essa adaptação é tão fácil.
Algumas edificações podem ser adaptadas para outras funções no Tu-
rismo Rural, e com isso a descaracterização e os gastos com construções
novas podem ser menores. Casas de colonos, estábulos e outras edificações
podem ser adaptados perfeitamente a novos usos sem terem seus aspectos
totalmente perdidos. É esse o momento ideal para confirmarmos o segmento
de turistas que o negócio se propõe a receber; no caso do Ponto de Venda, a
definição do local e dos equipamentos deve ser vista cuidadosamente.
Edificações Existentes
O primeiro item importante na escolha das edificações e sua futura função
refere-se ao fluxo de atividades e à segurança. Inicialmente, temos que definir:
o trajeto que os clientes farão parachegarem à propriedade;
o trajeto que os clientes farão na propriedade.
Outra questão que pode ser levantada pelos clientes é da segurança, pois
qualquer estranho com más intenções pode chegar facilmente ao Ponto de Venda.
Assim, a necessidade de um planejamento geral inicial da edificação é
fundamental. Para tanto, seguem alguns aspectos que também devem ser ob-
•
•
Definição e Uso das Edificações
Atenção
Na reforma e adaptação de constru-
ções existentes, o ponto de partida está no seu estilo e na sua história.
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O erro mais comum [e definir um caminho que permita ao turista sair sem pagar. Isso revela
falta de planejamento do empreendimento.
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Localização do Ponto de Venda na propriedade rural:
- vista privilegiada;
- área suficiente para expansão futura;
- acessos adequados ao público;
- acesso fácil dos serviços de abastecimento;
- isolamento de barulhos externos.
Operacionalização dos serviços e atividades:
- atender as necessidades dos clientes;
- facilitar a limpeza;
- facilitar a manutenção;
- aproveitar a insolação, ventilação, isolamento acústico e térmico;
- contribuir para a durabilidade do mobiliário;
- facilitar o manuseio do mobiliário;
- facilitar a exposição e manuseio dos produtos;
- conciliar a atividade turística com as demais atividades produtivas da
propriedade;
- prever facilidades para pessoas com necessidades especiais.
Vistas e Paisagens:
- nos Pontos de Venda, a vista e paisagem da região através de jane-
las, portas e varandas podem ser o “convite” para outras atividades,
como, por exemplo, a hospedagem;
- é por meio da visão da paisagem que o proprietário do Ponto de Venda
pode apresentar a origem de seus produtos provenientes de horta,
pasto e lavoura.
Iluminação e Insolação:
- um ambiente bem iluminado transmite a sensação de alegria e viva-
cidade. Quanto mais utilizarmos a iluminação natural, além da econo-
mia de energia, mais agradável será a sensação que teremos do am-
biente. Em caso de deficiência de iluminação natural, devemos utilizar
a artificial para compensar. A localização de luminárias e pontos de
luz extra podem resolver o problema da deficiência, principalmente no
período do entardecer e da noite.
•
•
•
•
servados no momento de dimensionar o espaço do Ponto de Venda, qualquer
que seja a sua área:
Dica
Devemos aplicar o conceito de
organização dos serviços e atividades.
Atenção
Uma boa iluminação localiza e identifica os
produtos expostos no Ponto de Venda,
valorizando sua comercialização.
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Localização do Ponto de Venda na propriedade rural:
- vista privilegiada;
- área suficiente para expansão futura;
- acessos adequados ao público;
- acesso fácil dos serviços de abastecimento;
- isolamento de barulhos externos.
Operacionalização dos serviços e atividades:
- atender as necessidades dos clientes;
- facilitar a limpeza;
- facilitar a manutenção;
- aproveitar a insolação, ventilação, isolamento acústico e térmico;
- contribuir para a durabilidade do mobiliário;
- facilitar o manuseio do mobiliário;
- facilitar a exposição e manuseio dos produtos;
- conciliar a atividade turística com as demais atividades produtivas da
propriedade;
- prever facilidades para pessoas com necessidades especiais.
Vistas e Paisagens:
- nos Pontos de Venda, a vista e paisagem da região através de jane-
las, portas e varandas podem ser o “convite” para outras atividades,
como, por exemplo, a hospedagem;
- é por meio da visão da paisagem que o proprietário do Ponto de Venda
pode apresentar a origem de seus produtos provenientes de horta,
pasto e lavoura.
Iluminação e Insolação:
- um ambiente bem iluminado transmite a sensação de alegria e viva-
cidade. Quanto mais utilizarmos a iluminação natural, além da econo-
mia de energia, mais agradável será a sensação que teremos do am-
biente. Em caso de deficiência de iluminação natural, devemos utilizar
a artificial para compensar. A localização de luminárias e pontos de
luz extra podem resolver o problema da deficiência, principalmente no
período do entardecer e da noite.
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Iluminação natural proporcionada pelas janelas - Fazenda Pirahy, Itu (SP)
Se a iluminação permite o bem-estar dos clientes, a insolação é o com-
plemento de visão e saúde para os ambientes. Cômodos que recebam
a luz direta do sol são bem mais saudáveis que os que não contam com
ela. A luz solar, além de trazer “alegria” aos cômodos, é higienizadora,
pois retira as impurezas e esteriliza o ambiente. Nem sempre todos os
cômodos recebem o sol diretamente, o que deve ser previamente estu-
dado no caso de construções novas.
Construção atual de Ponto de Venda em local com ventilação, iluminação e insolação adequadas, Bálsamo (SP)
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Dica
Devemos verificar o
trajeto do sol pelo terreno
no decorrer do dia, para
planejarmos as novas
construções.
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Sabemos que a melhor hora do dia para que o sol entre no Ponto de Venda
é o período da manhã. Para muitos clientes, isso pode também significar que
o dia está se iniciando em um ambiente rural com a qualidade de ter o sol da
manhã os recepcionando. Já o Ponto de Venda que só conta com o sol da tarde
tende a ser mais quente no período do final desta e na noite; conseqüente-
mente, necessita de recursos maiores de conforto térmico.
Ventilação
- A ventilação é muito importante para as edificações no Turismo Rural
pois pode ser o “equipamento natural” de controle térmico, transmi-
tindo a brisa refrescante para os ambientes. Deve ser bem estuda-
da, também fora das edificações, considerando as árvores e plantas.
- Cômodos arejados são sinais de que a qualidade do ar é boa. Geral-
mente no campo há momentos em que o vento torna-se mais intenso
e, então, transforma-se em problema, trazendo muitas vezes terra,
pó e insetos para o interior. Nesse caso, o uso de telas em portas e
janelas pode ajudar o controle desses problemas.
- Se o vento pode ser bom para os ambientes, o que traz consigo é de
vital importância. Os odores naturais do campo podem ser interessan-
tes se oriundos, por exemplo, de flores, matas, plantações, terra etc.
No entanto, se forem provenientes de animais, do curral e do pasto
pode não ser muito apreciados pelo cliente que não está acostumado
com a natureza todos os dias, principalmente na hora da compra de
produtos.
•
FATORES DA DECORAÇÃO
Atenção
Devemos estudar detalhadamente a
localização do Ponto de Venda, com suas
funções e aberturas para ventilação.
O cuidado com a aparência do Ponto de Venda no espaço rural deve in-
cluir tudo o que está a sua volta, como: jardins, piquetes, lagos, estradas, rios,
riachos, matas etc.
A jardinagem fica sempre mais interessante com a utilização de plan-
tas nativas, pois assim podemos recompor a paisagem local. Os móveis e
objetos de decoração devem mostrar a forma como a família e a população
do local vivem, o que ajuda o cliente a identificar a identidade do local.
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Horta próxima ao Ponto de Venda contribui como elemento decorativo natural – Avaré (SP)
O mobiliário do Ponto de Venda pode ser composto com os móveis e uten-
sílios que a propriedade já possui, os quais por vezes encontram-se despre-
zados e subutilizados.
Os móveis antigos como cômodas, prateleiras, mesas e estantes podem
servir como expositores para os produtos, necessitando, às vezes de uma sim-
ples limpeza, um reparo, ou uma leve repintura. Caso não existam móveis
desse tipo, materias como tábuas, porteiras, latões de leite e outros objetos,
mesmo não sendo utilizados da maneira original, podem perfeitamente ser
adaptados para novos usos no Ponto de Venda.
Preparação e Organização do Empreendimento
Recomendações Gerais
É recomendável, por questão de bom senso e lógica, que os produtos
sejam facilmente localizados e reconhecidos. Portanto, a disposição dos
expositores desses produtos deve prever boa circulação por parte do clien-
te, e a organização deve seguir o padrão “produtos semelhantes próximos
de outros semelhantes”.
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Aspectos artificiais contribuindo para a aparência do Ponto de Venda implantado em São Bento do Sapucaí (SP)
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Aspectos naturais contribuindo para a aparência do Ponto de Venda implantado em São Bento do Sapucaí (SP)
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Assim o cliente poderá percorrer o Ponto de Venda fazendo todo o cir-
cuito dentro do mesmo escolhendo os produtos até chegar ao caixa para o
pagamento.
A sinalização dos acessos e das instalações deve ser feira com materiais
que se harmonizem com o lugar; devem ser visíveis, mas não chocantes.
Alerta
O proprietário, os ven-dedores e a pessoa que
estará no caixa têm de ter visão total da loja e de controle de seus produtos por
questão de segurança, principalmente quando várias pessoas entram ao mesmo tempo no
Ponto de Venda.
Sinalização no meio rural - Restaurante, Lins (SP)
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Quanto melhor e mais completa a informação constante nas placas, mais
o cliente se sentirá seguro e à vontade. Neste sentido, recomendamos que a
sinalização turística esteja integrada ao espaço rural, por um lado, e atenda às
necessidades do cliente, por outro, principalmente se estivermos recebendo
turistas que não falam a nossa língua. A forma mais prática e segura de sina-
lizar os acessos, as instalações, os serviços e os próprios produtos é por meio
de pictogramas.Pictogramas: São desenhos que repre-
sentam uma idéia sem apresentar a palavra que a expressa. Por
exemplo: desenho de uma mulher na porta
de um sanitário femini-no e de um homem,
no masculino.
Mas nem toda a sinalização é feita somente com pictogramas, o que seria
ideal. Temos também que sinalizar escrevendo em placas o nome da proprie-
dade, do Ponto de Venda, dos atrativos e seu entorno etc.
Devemos considerar que o Ponto de Venda estará inserido em uma pro-
priedade rural e que o turista deverá se orientar para chegar até a mesma. Uma
programação de sinalização bem elaborada irá, portanto, prever placas de:
Sinalização Externa apontando acessos, equipamentos, serviços, e
atrativos do cenário natural.
Sinalização Interna, relativa aos equipamentos, apontando suas facili-
dades, serviços, produtos e locais especiais.
Sinalização de Uso Comum, que se refere às orientações de cunho
genérico (para turistas e comunidade local), advertências, proibições e
regulamentações.
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Os pictogramas que irão compor a sinalização turística rural po-
dem se basear em outros de uso urbano, mas devem apresentar
características do campo. Vejamos alguns exemplos de pictogramas ade-
quados à sinalização externa, interna e de uso comum no Ponto de Venda.
Sinalização externa
Sinalização interna
Pesqueiro Mirante Área de Camping
Trilha
Telefone Lixeira Banheiro AcessoEspecial
Informação Proibido Fumar
Posto deGasolina
MaterialReciclável
CD E
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Sinalização de uso comum
Os suportes para as placas podem ser de materiais rústicos como madei-
ra, palha, cortiça e outros. Entretanto devem ser duráveis tanto em ambientes
internos quanto externos. Alguns tipos de vernizes ecológicos poder em im-
permeabilizar as placas.
A vitrine deve ser transformada num permanente convite. Colocar exem-
plares de cada um dos produtos, num amontoado confuso, é um erro muito
comum. A vitrine não é um catálogo. Deve ser “clara”, na qual o turista perce-
ba o que é vendido, com duas ou três mensagens para anunciar os produtos
em promoção e as novidades.
Outras Recomendações
Dica
Aproveite materiais naturais da região para a confecção dos suportes e das placas de sinalização.
Atenção
A EMBRATUR tem um Manual de Sina-lização Turística que
reúne um conjunto de pictogramas.
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Não chocar, nem ser agressivo ao escolher as cores base do Ponto de
Venda são decisões extremamente importantes. As cores fazem parte de todo
o ambiente, que deve ser agradável e facilitador dos contatos e das vendas.
Cores que distraem a atenção do cliente é um erro, como também podem
obscurecer e não realçar os produtos a serem comercializados. Entretanto, a
ausência de cor ou cores muito “apagadas”, dão um certo desconforto, por
isso precisam ser evitadas.
Ao entrar no Ponto de Venda, o cliente tem que perceber, automaticamen-
te e com facilidade, onde é o atendimento e onde estão expostos os artigos.
Devemos evitar aquelas disposições de espaços nas quais não se sabe bem
onde começa a exposição e o estoque, ou onde apenas a pessoa do atendi-
mento é capaz de indicar onde está o produto. Neste caso, o Ponto de Venda
perderá o cliente ocasional, que entra para dar “uma olhada”. Ele sairá de
imediato, pois não percebe nada que lhe interesse, devido à má disposição
interior e ao mau aproveitamento dos espaços do empreendimento.
Se, na vitrine, há uma mensagem de desconto, cujo prazo de validade
já acabado, o cliente pouco se interessará por esse produto. É também
um erro grave dar informações diferentes daquelas que estão indicadas
na etiqueta ou no folheto técnico. Os clientes, mais cedo ou mais tarde,
tomarão consciência de que houve engano e o prejudicado será sempre o
Ponto de Venda.
Se alguns produtos não têm a saída esperada, não devemos deixá-los
amontoados indefinidamente. Isso, deve ser evitado, pois traz problemas de
espaço e arrumação. Devemos tentar “desová-los” com descontos ou saldos,
com o que o prejuízo será menor e poderá, além disso, atrair novos clientes.
Uma vez “ganho o cliente”, a sensação de que o Ponto de Venda está
sempre na mesma (decoração, vitrine e produtos expostos), não ajudará
a atraí-lo e fazê-lo voltar, pois este já sabe que não encontrará nada de
novo. Uma “remodelada”, de vez em quando, pode estimular a atração de
novos clientes e levar os consumidores habituais a interessarem-se pelas
novidades.
Alerta
A má e boa reputação vivem muito do propa-ganda “boca-a-boca”. Devemos tomar muito cuidado com as infor-mações no Ponto de
Venda.
Atenção
As mudanças da oferta de produtos no
Ponto de Venda devem ser acompanhadas de um bom sistema de
divulgação!
46 47FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos46 47FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Físico e do Ponto de Venda de Produtos
Compreendemos o quanto é importante fazer um bom planejamento físico
de nosso empreendimento, com base no Programa 5’S e no Patrimônio arqui-
tetônico. No próximo capítulo estudaremos a viabilidade econômico - financei-
ra do nosso Ponto de Venda.
Qualidade.
Cuidados e Valorização das Estruturas Físicas e Recursos.
Reforma e Adaptação de Edificações.
Fatores da Decoração.
Preparação e Organização do Empreendimento.
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REVISÃO
48 49FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
PLANEJAMENTO ECONôMICO-FINANCEIRO
DO PONTO DE VENDA DE PRODUTOS
Neste Capítulo você vai:
retomar e aprimorar as análises financeiras dos 9 passos já estudados no Módulo 3;
elaborar o planejamento econômico-financeiro aplicado a um Ponto de Venda de Produtos no ambiente rural .
•
•
48 49FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
PROJETOS E ANÁLISES FINANCEIRAS
Vamos, agora, retomar os 9 PASSOS DA RAZÃO, aplicando-os aos nossos
empreendimentos rurais.
Listar investimentos iniciais.
Definir impostos que incidirão.
Calcular a depreciação do bem.
Estimar a demanda e o faturamento.
Calcular custos e preços de venda.
Elaborar um balanço.
Calcular o tempo de retorno do capital investido.
Definir o ponto de equilíbrio.
Estimar a margem de contribuição.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
1º PASSO: INVESTIMENTOS INICIAIS
DESCRIÇÃO VALORES
Construções
Reformas
Placas de Sinalização
Projeto Paisagístico
Iluminação Externa
Subtotal
Abertura de Empresa
Impressos em Geral
Capital de Giro
Outros - Imprevistos
Subtotal
BENS
DEP
RECI
ÁVEI
S
1.1 CONSTRUÇõES E OUTROS
(a)
(b)
50 51FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos50 51FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
1. 2 MÓVEIS E EQUIPAMENTOS
DESCRIÇÃO QTDE. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL
Subtotal
1. 3 UTENSÍLIOS
DESCRIÇÃO QTDE. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL
Subtotal
(c)
(a)
(d)
50 51FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos50 51FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
1. 4 RESUMO DOS INVESTIMENTOS INICIAIS
DESCRIÇÂO VALORES
Construções e Outros - Transferir subtotal item 1.1 (b)
Móveis e Equipamentos - Transferir subtotal item 1.2 (c)
Utensílios - Transferir subtotal item 1.3 (d)
Total de Investimentos
2º PASSO: IMPOSTOS A PAGAR
TIPO %
Simples - Federal / Estadual
ISSQN - Municipal
IRPJ e CSLL - Federal
PIS - Federal
COFINS - Federal
ICMS - Estadual
Total
(e)
52 53FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos52 53FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
3º PASSO: DEPRECIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS
ITENSVALOR
INVESTIDO VIDA ÚTIL (ANO) % ANO
VALORDEPRECIADO/MÊS
Construções - Transferir subtotal item 1.1 (a)
Móveis e Equipamentos - Transfe-rir subtotal item 1.2 (c)
Utensílios - Transferir subtotal item 1.3 (d)
Total de Investimentos
4º PASSO: ESTIMATIVA DE CLIENTES
MESES Nº DE CLIENTES VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Total
Média por mês (%) (f)
52 53FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos52 53FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
5º PASSO:CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS
CUSTOS VARIÁVEIS R$
Mão-de-obra Variável
Insumos de Alimentação
Energia Elétrica
Bebidas
Materiais de Limpeza
Gás/Lenha
Materiais Descartáveis
Comissões
Encargos Financeiros (Cartão, Empréstimos etc.)
Outros Impostos/Taxas
Outros (Pulsos Telefônicos)
Combustível
Manutenção
Total de Custos Variáveis Mensal
Rateio dos Custos Variáveis = Total anterior : (f) (g)
O que são custosvariáveis?
Custos e despesas variáveis: são aqueles que só ocorrem quando há
venda de produtos e serviços. Por exemplo: mão-de-obra de diaristas (guias,
monitores), alimentos, bebida, energia, materias etc.
CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS
Neste momento (5º Passo) estamos “prevendo” como será a operação da
futura empresa.
54 55FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos54 55FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
CUSTOS FIXOS R$
Mão-de-obra Fixa (com encargos) + Pró-Labore
Contador
Taxas e Impostos Fixos (ITR, ALVARÁS)
Comunicação (assinatura de telefone e Internet)
Depreciação dos Imobilizados
Propaganda em Guias Gastronômicos/Hoteleiros
Outros
Total de Custos Fixos (h)
Rateio dos Custos Fixos = (h) : (f) (i)
Total de Custos Unitários = (g) + (i) (j)
Impostos __% sobre (j) (k)
Lucro esperado __% (Sugestão: 20%) sobre (j) + (k) (l)
Preço de Venda = (j) + (k) + (l) ou de mercado (m)
5º PASSO: CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS
CÁLCULO DOS NOSSOS PREÇOS
Esse resultado serve para mostrar se teremos condições de competir no
mercado da região.O que são custosfixos?
Custos e despesas fixas: são aqueles que não variam com as vendas;
não importa o quanto estamos vendendo, eles serão sempre iguais. Por exem-
plo: pró-labore, aluguel, salários mensais, taxas, contribuições etc.
54 55FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos54 55FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
CONTAS R$
Rceita Bruta = (f) x (l) (1)
Impostos (PIS, COFINS, ISS, SIMPLES) (2)
Receita Líquida = (1) – (2) (3)
CUSTOS VARIÁVEIS R$
Mão-de-obra Variável
Materiais Descartáveis
Insumos de Alimentação
Energia Elétrica
Bebidas
Materiais de Limpeza
Gás/Lenha
Comissões
Encargos Financeiros (cartão, empréstimos etc.)
Outros Impostos/Taxas
Outros (Pulso Telefônico)
Combustível
Manutenção
Outros
Total de despesas variáveis (4)
CUSTOS FIXOS
Mão-de-obra fixa (com encargos)
Contador
Taxas e Impostos Fixos (ITR, ALVARÁS)
Comunicação (assinatura de telefone e internet)
Depreciação dos Imobilizados
Propaganda em Guias, Revistas etc
Outros
Total de Despesas Fixas (5)
Resultado Mensal = (3) – (4) – (5) (6)
6º PASSO: RESULTADOS - BALANÇOS
56 57FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos56 57FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
Nada mais é do que o Total investido (e) : Lucro Mensal (6)
Agora, tome a sua decisão!
Teremos retorno do capital investido em:
Meses ou _____________ Anos
7º PASSO: TEMPO DE RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO
PRESTE ATENÇÃO NO 7º PASSO!
8º PASSO: PONTO DE EQUILÍBRIO - PE
Definição: Ponto de Equilíbrio é aquele momento em que o valor das ven-
das (quantidade x preço unitário) se IGUALAM com os custos de produção
somados às despesas fixas, ou seja, é quando conseguimos zerar as nos-
sas contas (Receitas = Despesas).
O gráfico abaixo ilustra este momento.
Tempo
Prejuízo
Lucro
Ponto de Equilíbrio
Vendas (R$)
Qtde x Preço Unitário
Custo Total
56 57FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos56 57FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos
Vamos calcular os valores unitários. Para tanto, é só dividir os Valores
Totais pela quantidade de Vendas que foi estimada mensalmente.
DESCRIÇÃO R$
Preço de Venda (PV) unitário ...... (m) (I)
Custos Variáveis (CV) unitário ..... (g) (II)
Lucro Bruto (LB) unitário ....... (I) – (II) (III)
Temos que o Custo Fixo Total (i) era de R$ _________ , portanto o Ponto
de Equilíbrio é o resultado da divisão do Custo Fixo Total pelo Lucro Bruto
Unitário (III).
Custo Fixo Total (h)
Lucro Bruto Unitário (III)
PE unidades
A partir da quantidade vendida acima é que o empreendimento passará a
dar LUCRO. Pensando de outra forma, podemos afirmar que o PE é a quanti-
dade mínima que DEVEMOS vender por mês para não termos prejuízo.
9º PASSO: MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - MC
A margem de contribuição (MC) é bastante interessante para descobrir-
mos qual o produto que está agregando um VALOR maior no empreendimento
rural. É expressa em porcentagem (%).
PE
Definição: Margem de Contribuição nada mais é do que a diferença entre
o Preço de Venda e os Custos Variáveis, que vai contribuir para o paga-
mento dos Custos Fixos e o Lucro. Quanto maior for a colaboração para
o pagamento do custo fixo, maior será a nossa Margem de Contribuição.
Podemos ter, então, uma MC para cada produto que vendemos.
58 59FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos58 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Bibliografia 59
BEBIDAS
Valor da venda de um refrigerante
Custos Variáveis
Lucro Bruto
EXEMPLO: Num restaurante rural o que será que está agregando mais
valor, Bebidas ou Comidas?
Para responder essa pergunta devemos fazer uso da MC.
Utilizando a Margem de Contribuição (MC) descobriremos quais são os
produtos que merecem maior esforços de venda para aumentar o LUCRO.
MC X 100 %
COMIDAS
Valor da venda de uma refeição
Custos Variáveis
Lucro Bruto
MC X 100 %
Conhecendo a MC desses dois produtos, quais deles devem receber maior concentração de esforços de venda?
Agora já sabemos como elaborar o Planejamento Econômico-Financeiro
do Ponto de Venda de Produtos no espaço rural.
No próximo Módulo, vamos estudar a implantação de um Meio de Hospe-
dagem na propriedade rural.
Projetos e Análises Financeiras•
REVISÃO
58 59FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Planejamento Econômico-Financeiro do Ponto de Venda de Produtos58 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Bibliografia 59
BIBLIOGRAFIA
Nestas referências, você vai:
encontrar todas as fontes que foram consultadas para escrever esta cartilha;
selecionar as obras para você aprofundar seu conhecimento.
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60 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Bibliografia 6160 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 61
ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE, Wilson Edson. Hotel. Plane-
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www.cda.sp.gov.br
www.cenp.com.b
www.cetea.ital.gov.br
www.correios.com.b
www.indg.com.br/info/glossario
www.inmetro.gov.br
www.inpi.gov.br
www.iphan.gov.br
www.londrinatecnopolis.org.br
www.mj.gov.br/DPDC/servicos/legis-
lacao/cdc.htm
www.optionline.com
www.portaldapropaganda.com
www.seag.es.gov.br
www.widebiz.com.br
60 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Bibliografia 6160 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 61
ANEXO
CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS
ESTILOS ARQUITETôNICOS DO BRASIL
62 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 6362 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 63
PERÍODO
APROXIMADO
ESTILO CULTURA ALGUMAS
CARACTERÍSTICAS
- Alcovas (dormitórios sem janela)
- Salas na frente da casa voltadas para a melhor vista
- Corredores longos
- Técnicas construtivas: pau-a-pique, adobe, taipa de pilão
(casas mais simples); pedra e barro, pedra e cal (casas
mais importantes); ramente tijolos, inexistência de banhei-
ros internos
- Pisos de assoalho de tábua larga e “chão batido”
- Telhas feitas nas coxas dos escravos
- Senzalas
- Janelas “canga de boi” (de arco abatido) de tábuas encai-
xadas e às vezes com treliças de madeira permitindo a
ventilação e certa visão, e janelas de verga reta
- Tetos feitos de palha, madeira e até de telha vã (aparente)
Ouro e
Cana-de-açúcar
ColonialSéc. XVII
Cana-de-açúcarNeoclássicoSéc. XIX
(1800–1850)
- Existência de porão alto com aberturas para ventilação,
- Construções mais antigas com alcovas; as mais modernas
com quartos com janelas voltadas para fora
- Corredores longos
- Construções mais antigas com telhado de beiral; as mais
modernas com platibanda (pequena parede escondendo
a vista do telhado e, portanto, com o uso de calhas de
chuva)
- Janelas de arco pleno (semi-círculo) e vitrais coloridos e
algumas com balcão (pequena varanda) de ferro batido;
alinhamento na fachada de portas e janelas; às vezes a
porta de entrada era maior que as demais com posição
central na fachada
ANEXO
CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS ESTILOS ARQUITETôNICOS DO BRASIL
62 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 6362 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 63
CaféImpério
Ecletismo
Séc. XIX
(1850-1900)
- Uso de azulejos coloridos
- Escadas de madeira torneadas
- Detalhes decorativos: colunas, molduras em portas e ja-
nelas, frontões (pequena parede triangular nas fachadas
escondendo o telhado), vasos, esferas, fruteiras e peque-
nas estátuas enfeitando o telhado
- Gradis de ferro
- Vidros simples ou coloridos principalmente sobre as por-
tas e janelas
- Simetria de cômodos ladeados por corredor central
- Pé direto mais alto (altura do chão ao teto)
- Plantas de casa em formas de “U”, “L” ou “T”
- Fachadas não mais necessariamente voltadas para a
frente e com portas localizadas no centro, podendo ser
deslocadas para um dos lados
- Uso do tijolo e cal como técnica construtiva
- Varandas com gradis e colunas de ferro fundido
- Quartos dispostos em torno de um corredor ou sala de
almoço
- Saguão como cômodo de recebimento das pessoas para
as salas e acesso ao interior da casa
- Cozinha mais próxima do centro e banheiro ao fundo
- Pátios e jardins internos
- Uso do tijolo
- Telhas de barro tipo francesa
- Portas, janelas e beirais de madeira melhor serradas e
acabadas
- Uso de lambrequins (madeira serrada com recortes como
ornamento) enfeitando portas, janelas e beirais de telhado
- Corredores internos não mais necessariamente ocupando
o centro da casa
- Refinamento técnico construtivo e de enfeites nas casas
mais ricas
- Primeiros banheiros com água encanada, louça e ferro
esmaltado, banheiras, chuveiros, pias, bidês e vasos sa-
nitários
64 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 6564 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 65
- Aparecimento das janelas do tipo veneziana (com ripas
permitindo a ventilação)
- Difusão do uso de pisos de assoalho com juntas mais
perfeitas e encerado, em substituição aos antigos de
tábuas largas e imperfeitas; o parquet (conjunto de pe-
daços de madeira diversas formando desenhos) era a
opção mais fina
- Introdução da iluminação a gás, luminárias de parede,
arandelas e lustres
- Azulejo colorido, geralmente com barras decorativas em
salas de almoço, cozinha e banheiro
- Piso de ladrilho hidráulico feito de cimento colorido e
com desenho, usado em cozinhas e banheiros
- Portas geralmente de duas folhas, com três almofadas
cada uma
- Forros de teto com tábuas mais estreitas e que até for-
mavam painéis com desenhos; em alguns casos as sa-
las contavam com forros de estuque, com pinturas e
ornamentos em relevo
- Pintura das paredes à base de cal, painéis decorativos e
de óleo nas madeiras e ferragens
- Linhas retas nas fachadas
- Platibanda ocultando os telhados
- Janelas de vidro nas salas e de madeira nos
dormitórios
- Existência do hall (cômodo de distribuição interna)
- Uso de tacos de madeira nos pisos
- Desaparecimento dos porões
- Forros de gesso e madeira nos primeiros anos e laje nos
posteriores
- Revestimentos de pedra nas paredes
- Colunas de concreto
- Telhas feitas com novos materiais e modelos
- Pé-direito (altura do chão ao teto) bem mais baixo e em
torno de 3m
- Desaparecimento do fogão a lenha e inserção de novos
equipamentos domésticos
DiversificaçãoModernismoSéc XX
64 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 6564 FAESP SENAR-AR/SP FAESP SENAR-AR/SPTurismo Rural: Ponto de Venda de Produtos Anexo 65
- Uso do tijolo aparente como estética
- Revestimentos cerâmicos nos pisos e paredes
- Pintura à base de látex na paredes e tinta esmalte em
madeira e ferro
A ÁGUIA
A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie.
Chega a viver cerca de 70 anos.
Porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela precisa tomar um séria e difícil decisão.
Aos 40 anos, suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas das
quais se alimenta.
O bico, alongado e pontiagudo, se curva.
Apontado contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas, em função da grossura das penas, e
voar aos 40 anos já é bem difícil!
Nessa situação a águia só tem duas alternativas: Deixar-se morrer...ou enfrentar um doloroso proces-
so de renovação que irá durar 150 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá recolher-se em um ninho que esteja
próximo a um paredão.
Um lugar de onde para retornar ela necessite dar um vôo firme e pleno.
Ao encontrar esse lugar, a águia começa a bater o bico contra a parede até conseguir
arrancá-lo, entretanto, corajosamente, enfrentando a dor que essa atitude acarreta.
Espera assim nascer um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas. Agora
com novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas.
E apenas após cinco meses, renascida, sai pra o famoso vôo de renovação, para viver, então, por mais
30 anos.
Muitas vezes em nossas vidas temos que nos resguardar por algum tempo e começar um
processo de renovação.
Devemos nos desprender das más lembranças, maus costumes e outras situações que nos causam
dissabores, para que continuemos a voar. Um vôo de vitória.
Somente quando livres do peso do passado podemos aproveitar o resultado valioso que uma renova-
ção sempre traz.
Destrua, o bico do ressentimento, arranque as unhas do medo, retire as penas das asas do pensamen-
to negativo e alce um lindo vôo para uma vida nova e feliz.
(Autor Desconhecido)
SENARSÃO PAULO
O SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural é uma entidade de direito
privado sem fins lucrativos. Criado pela Lei n.º 8.315, de 23 de dezembro de 1991, e
regulamentado em 10 de junho de 1992, teve a Administração Regional de São Paulo
criada em 21 de maio de 1993.
Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo,
o SENAR-AR/SP tem como objetivo organizar, administrar e executar, em todo o Es-
tado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais,
dirigido a pequenos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares.
PROGRAMA TURISMO RURAL “AGREGANDO VALOR À PROPRIEDADE”
1. Turismo Rural: Oportunidades de Empreendimentos
2. Turismo Rural: Identidade e Cultura
3. Turismo Rural: Gestão de Empreendimentos
4. Turismo Rural: Ponto de Venda de Produtos
5. Turismo Rural: Meios de Hospedagem
6. Turismo Rural: Meios de Alimentação
7. Turismo Rural: Atividades Turísticas em Áreas Naturais
8. Turismo Rural: Atendendo e Encantando o Cliente
9. Turismo Rural: Resgate Gastronômico
10. Turismo Rural: Consolidação do Programa
SUPLEMENTOS
Roteiro de Inventário Turístico
Legislação e Turismo Rural
FAESP – FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULOSENAR-AR/SP – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Administração Regional do Estado de São Paulo
MódulosIntrodutórios
MódulosEspecíficos
Módulos de Consolidação