tu000006 - finanças administração tecnologia

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  • 7/29/2019 tu000006 - Finanas Administrao Tecnologia

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    MdulosMatemtica e EstatsticaIntroduo s Finanas

    e AdministraoEmpreendedorismoTecnologia

    AutoresLeonardo PujattiMarlene Alves DiasGuilherme Alvarez de Todelo PadilhaMarciel Aparecido Consani

    CoordenaoRegina Araujo de AlmeidaLuiz Gonzaga Godoi Trigodson LeiteMaria Atade Malcher

    FINANAS,

    ADMINISTRA

    O

    ETECNOLOGIAPARAOT

    URISMO

    Livro do Aluno

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    O Ministrio doTurismo est lanando a coleo de livros de educao para oturismo, um produto do projeto Caminhos do Futuro. Trata-se de mais uma iniciativa

    para envolver toda a sociedade no esforo de dar qualidade e aumentar a competi-

    tividade do turismo brasileiro, com vistas no desenvolvimento econmico e social do

    Brasil. Neste caso, com os olhares voltados para professores e alunos do ensino

    fundamental e mdio da rede pblica.

    Os livros abordam temas relevantes para o turismo no pas. Mostram caminhos e

    a importncia de se desenvolver o turismo de forma sustentvel e inclusiva, gerando

    renda e benefcios para todos os brasileiros. O desafio capacitar professores em

    contedos de turismo, para que absorvam novos conhecimentos e despertem nas

    crianas e jovens o interesse pela conservao do patrimnio natural e cultural e

    tambm pelas carreiras emergentes no mercado do turismo.

    O projeto Caminhos do Futuro se insere nas diretrizes do Plano Nacional de Turismo,

    que reconhece o turismo como atividade econmica e incentiva parcerias para o

    desenvolvimento do setor. A coleo de educao para o turismo um exemplo da

    unio de esforos entre o Ministrio do Turismo, o Instituto de Academias Profissio-nalizantes, a Academia de Viagens e Turismo e a Universidade de So Paulo, com

    apoio da Fundao Banco do Brasil.

    Esse esforo conjunto de agentes pblicos e privados vai permitir dotar as escolas

    brasileiras de material didtico-pedaggico de qualidade, democratizando para todo

    o Pas o conhecimento sobre as vrias faces do turismo e suas potencialidades. As

    crianas e jovens tero a oportunidade de vislumbrar no turismo um fator de construo

    da cidadania e de integrao social. A possibilidade de um futuro melhor para todos.

    Walfrido dos Mares GuiaMinistro do Turismo

    APRESENTAOAPRESENTAO

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    Apoio

    Ministrio do TurismoMinistro

    Walfrido dos Mares Guia

    Secretaria Executiva

    SecretrioMrcio Favilla Lucca de Paula

    Secretaria Nacional de Programasde Desenvolvimento do Turismo

    SecretriaMaria Luisa Campos Machado Leal

    Repblica Federativa do Brasil

    Presidente: Luiz Incio Lula da Silva

    Departamento de Qualificao eCertificao e de Produo

    Associada ao TurismoDiretora

    Carla Maria Naves Ferreira

    Coordenao-Geral deQualificao e Certificao

    Coordenadora-GeralTnia Mara do Valle Arantes

    Consultoria Tcnica do ProjetoConsultora da UNESCO

    Maria Aparecida Andrs Ribeiro

    Reviso Tcnica e Adequaode Textos

    Acompanhamento e Avaliaodo Projeto

    Consultora do PNUDStela Maris Murta

    Conselho

    PresidenteTasso Gadzanis

    Vice-PresidenteFlvio Mendes Bitelman

    SecretrioNilton Volpi

    TesoureiroOsmar Malavasi

    Diretora AcadmicaRegina Araujo de Almeida

    Conselho ConsultivoCaio Luiz de CarvalhoLus Francisco de Sales

    Manuel Pio Corra

    IAP Instituto de Academias Profissionalizantes

    Equipe Academia de Viagens eTurismo - AVT

    CoordenaoProf. Dr. Luiz Gonzaga Godoi Trigo

    Assistente AdministrativoSilvnia Soares

    Assistente FinanceiroCarmen Marega

    Assistente TcnicoMarcelo Machado Silva

    Material Didtico do ProjetoCaminhos do Futuro

    Equipe de CoordenaoRegina Araujo de Almeida

    Luiz Gonzaga Godoi TrigoEdson R. Leite

    Maria Atade Malcher

    Reviso de PortugusCelina Maria LuvizotoLaura Cristo da Rocha

    Vanda Bartalini Baruffaldi

    Reviso EditorialDbora Menezes

    Consolidao Final dos textosSilvnia Soares

    Coordenao de ProjetosProf. Dr. Ricardo Ricci Uvinha

    Ncleo de Turismo da Universidade de So Paulo

    Coordenao Geral: Profa. Dra. Beatriz H. Gelas Lage

    Coordenao DocumentaoProfa. Dra. Regina A. de Almeida

    Coordenao de MarketingProf. Dr. Luiz Gonzaga Godoi Trigo

    Coordenao de EventosProf. Dr. Edson R. Leite

    MTUR/AVT/IAP/USP 2007Qualquer parte desta obra poder ser reproduzida para fins

    educacionais e institucionais, desde que citada a fonte.

    Escola de Artes, Cincias e Humanidades EACHCurso de Lazer e TurismoDiretor: Dante De Rose JniorCoordenadora: Beatriz H. Gelas Lage

    FBB Fundao Banco do Brasil

    GTTP Global Travel & Tourism PartnershipDiretora: Dra. Nancy Needham

    USP Universidade de So PauloFFLCH Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias HumanasDiretor: Gabriel CohnDepartamento de Geografia - Chefe: Jurandyr Ross

    LEMADI - Laboratrio de Ensino e Material DidticoCoordenador: Prof. Dr. Francisco Capuano ScarlatoTcnica Responsvel: Waldirene Ribeiro do Carmo

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    MDULO I - MATEMTICA E ESTATSTICA

    APRESENTAO ............................................................................................ 8

    TEMA 1: NOES BSICAS DE MATEMTICA .............................................. 8

    Porcentagens .................................................................................. 8

    Funo afim ..................................................................................... 9

    TEMA 2: NOES BSICAS DE ESTATSTICA .............................................. 10

    Coleta dos dados ........................................................................... 10

    Estat stica ...................................................................................... 10

    Variveis, atributos, caracteres ..................................................... 11

    Escolha da escala de medida ........................................................ 12

    TEMA 3: REPRESENTAES GRFICAS DAS DISTRIBUIES ...................... 13

    Diagramas em estrelas ou em barras, histogramas ...................... 13

    Aplicao 1 .................................................................................... 14

    Aplicao 2 .................................................................................... 15

    TEMA 4: NDICES DE POSIO OU DE TENDNCIA CENTRAL ..................... 16

    Moda, mediana e mdia ............................................................... 16a) Medida de posio: a moda ...................................................... 16

    b) Medida de posio: a mediana ................................................. 17

    c) Medida de posio: a mdia aritmtica .................................... 18

    TEMA 5: FINANAS E CUSTOS .................................................................... 19

    Componentes patrimoniais ........................................................... 19

    MDULO II - INTRODUO S FINANAS E ADMINISTRAO

    APRESENTAO .......................................................................................... 22

    TEMA 1: CONCEITOS BSICOS EM ADMINISTRAO ................................ 22

    Organizaes ................................................................................. 22

    Objetivos ........................................................................................ 22

    Recursos ........................................................................................ 22

    Processos de transformao ......................................................... 22

    Diviso de trabalho ........................................................................ 23

    Funes organizacionais ................................................................ 23

    TEMA 2: ORGANIZAO PBLICA E PRIVADA DE TURISMO ....................... 25

    Organizaes do setor privado ..................................................... 25

    Organizao sem fins lucrativos .................................................... 25

    Organizaes do setor pblico ...................................................... 26

    TEMA 3: FATORES QUE INTERFEREM NO MERCADO DE TURISMO ............ 26

    A demanda e o preo ................................................................... 27

    A oferta e o preo ........................................................................ 28

    A noo de equilbrio ..................................................................... 29

    TEMA 4: FINANAS E CUSTOS .................................................................... 30

    Balano de fontes e aplicaes ..................................................... 30

    Fontes de recursos ........................................................................ 30

    Custo ............................................................................................. 31

    Sum

    rio

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    Sum

    rio MDULO III - EMPREENDEDORISMO

    APRESENTAO .......................................................................................... 36

    TEMA 1: EMPREENDEDORISMO COMO OPO DE CARREIRA .................. 36

    Perfil do empreendedor ................................................................ 36

    TEMA 2: CENRIO DO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL .......................... 37

    TEMA 3: CENRIO DO TURISMO PARA O BRASIL ........................................ 38

    TEMA 4: FRENTES NO TURISMO .................................................................. 38

    TEMA 5: PLANO DE NEGCIOS (BUSINESS PLAN)....................................... 39

    Anlise de mercado ....................................................................... 39

    Anlise da concorrncia ................................................................ 40

    Misso da empresa ....................................................................... 40

    Finanas ......................................................................................... 41

    TEMA 6: IMPORTNCIA DA PESQUISA ........................................................ 43

    TEMA 7: REDE DE RELAES ...................................................................... 43

    TEMA 8: EMPREENDEDORISMO INFORMAL ................................................ 44

    MDULO IV - TECNOLOGIA

    APRESENTAO .......................................................................................... 46

    TEMA 1: A TECNOLOGIA DIGITAL E SEUS FUNDAMENTOS ........................ 46

    Introduo histrica microinformtica ....................................... 46

    Tnica x tecnologia .................................................................. 46

    Introduo tcnica microinformtica ......................................... 47

    Digital izao ............................................................................ 47

    Quais as partes que compem um sistema

    digital de informao? ............................................................ 47

    Peopleware ............................................................................. 48

    Software ................................................................................. 49

    Hardware ................................................................................ 49

    Como o computador pensa? .................................................... 49

    O que interface? .................................................................. 49

    Um mundo em rede ................................................................ 50

    TEMA 2: O COMPUTADOR NO DIA-A-DIA ................................................... 51

    Interface homem/computador ...................................................... 51Ergonomia ............................................................................... 51

    Segurana elt rica .................................................................. 52

    Segurana lgica ..................................................................... 52

    Operaes bsicas ......................................................................... 54

    TEMA 3: APLICATIVOS E SISTEMAS EM TURISMO ...................................... 55

    Ferramentas corporat ivas ............................................................. 55

    Automatizao para agncias de viagem..................................... 56

    Ferramentas para hotelaria .......................................................... 58

    BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 60

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    Autores: Leonardo PujattiMarlene Alves Dias

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    Neste mdulo, voc vai conhecer e discutir os principais conceitos relativos matemtica. Pesquisas e trabalhos

    extraclasse so parte das atividades que contribuiro para voc compreender melhor a matemtica aplicada ao turismo.

    O objetivo lev-lo a descobrir algo mais sobre as atividades do profissional de turismo no tocante aocontrole financeiro e administrativo dos negcios.

    TEMA 1

    NOES BSICAS DE MATEMTICATEMA 1

    NOES BSICAS DE MATEMTICAPara compreender melhor algumas aplicaes de finanas e administrao discutidas neste programa, o estudante

    dever ter certas noes bsicas de matemtica que sero de grande ajuda para as anlises financeiras e tomadas dedeciso. Em geral, estas so mais bem formuladas quando o responsvel dispe de estimativas que lhe mostram astendncias do mercado. Certamente, estas estimativas podero ser alteradas por fatores que no foram con-siderados ao calcul-las, mas so de grande utilidade para direcionar o plano de negcios de qualquer instituio.

    Alm disso, quando um estudante se inscreve num curso de turismo, ele no espera ter que estudar matemtica,mesmo que se trate somente das noes bsicas. Por isso, procuramos exemplos concretos para a manipulao denmeros e grficos e reduzimos, tanto quanto possvel, os smbolos, ndices e expoentes importantes para osmatemticos. Essa vontade de simplificao passa pela explicao passo a passo dos procedimentos de clculo. Oestudo de noes bsicas de matemtica, nesta primeira etapa, envolve a familiarizao com tcnicas e raciocnioscujo objetivo facilitar a anlise das formas e mtodos que visem a melhorias de desempenho da organizao.

    Muitas vezes, para compreender o que poder ocorrer numa determinada organizao, devemos coletar dadosdurante algum tempo para, ento, represent-los graficamente e, em seguida, inferir sobre como melhorar odesempenho. Alm disso, os clculos e manipulaes matemticas podem auxiliar o estudante a compreender asquestes associadas aplicao de juros e descontos, clculo de taxas cambiais, cobrana de dirias de hotis epousadas, assim como das taxas associadas aos diferentes servios prestados pelas organizaes de lazer e turismo.

    Como exemplo, pensemos na compra de um bilhete de avio: em geral, h uma clusula que trata da devoluodo valor pago ou da mudana da data da viagem. Nessa clusula, os valores que devero ser pagos pelo cliente aotrocar a data da viagem ou da quantia que poder ser devolvida, no caso de desistncia, so dados em forma depercentual calculado sobre o preo do referido bilhete e, muitas vezes, os operadores das agncias de viagem socontatados pelos clientes para auxiliar nessas operaes.

    Porcentagens ____________________________________________________________

    a% significa a por cento. Um lucro de 15% significa que obtivemos 15 reais de lucro para 100 reais

    aplicados originalmente. Encontrar o valor efetivo quando conhecemos a porcentagem e o total.

    Exemplo:num grupo de 400 clientes, sabemos que 40% so mulheres.Quantas mulheres existem no grupo?

    40 = ? ? = 40x400 ? = 160

    100 400 100

    Existem 160 mulheres.

    Encontrar a porcentagem quando conhecemos o valor efetivo e o total.

    Exemplo:Existem 160 mulheres sobre 400 clientes. Qual a porcenta-gem de mulheres?

    160 = ? ? = 160x100 ? = 40400 100 400

    Existem 40% de mulheres.

    APRESENTAOAPRESENTAO

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    Mdulo I

    IIIII

    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    Funo Afim ____________________________________________________________

    A funo afim uma funo definida do conjunto dos reais que a cada elemento do primeiro conjunto associaum nico elemento do segundo conjunto, obedecendo seguinte lei:

    y = ax + b

    onde y um elemento do segundo conjunto ou conjunto de chegada (contra-domnio), x um elemento doconjunto de partida (domnio), a a taxa de variao de y em relao a x, e b o valor de y para x igual a zero, que,no estudo dos movimentos, considerado ponto de partida, e no estudo das relaes entre demanda, oferta epreo, considerado como o preo inicial.

    Para compararmos duas funes, afim sempre interessante construir seus grficos.

    Exemplo: Pesquisando duas agncias que alugam carros, um cliente encontrou as seguintes propostas:

    A agncia 1 cobra uma taxa de 25 reais mais 2 reais por quilmetro rodado;

    A agncia 2 cobra uma taxa de 40 reais mais 1 real por quilmetro rodado.

    Qual das duas agncias oferece o melhor preo?

    Para determinar qual das duas agncias oferece o melhor preo, podemos escrever:y1 = 25 + 2x, onde x corresponde aos quilmetros rodados.

    y2

    = 40 + x, onde x corresponde aos quilmetros rodados.

    Considerando y1

    = y2, temos: 25 + 2x = 40 + x.

    Resolvendo a equao do primeiro grau em x, temos 2x x = 40 25. Logo, x = 15. Verificamos que os preosdas agncias 1 e 2 so iguais quando nos deslocamos 15 quilmetros.

    Para determinar qual agncia oferece o melhor preo, construmos o grfico das funes encontradas, utili-zando os pontos:

    agncia 1 (y1

    = 25 + 2x)

    agncia 2 (y2 = 40 + x)

    x = 0, y = 25 ex = 15, y = 55

    para a agncia 1

    x = 0, y = 40 ex = 15, y = 55

    para a agncia 2

    No grfico, consideramos a escala do eixo y com variao de 10 e a escala do eixo x com variao de 5. No casode valores muito grandes, podemos iniciar de um determinado valor, mantendo a variao escolhida.

    Analisando o grfico onde esto representadas as duas funes, verificamos que para x = 15 quilmetrosy = 55 reais. Portanto, as duas agncias cobrariam o mesmo valor, no oferecendo nenhuma vantagem, mas aagncia 1 mais interessante se desejamos utilizar o carro para percorrer distncias menores que 15 quilmetros.Para distncias maiores, a agncia 2 a que deve ser escolhida. Assim, claro que o cliente deve avaliar quantosquilmetros ele pretende rodar com o carro para escolher a melhor oferta.

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    No mercado atual, devemos controlar e prever resultadosfuturos para melhor concorrer com outras empresas. Paraisto, necessitamos recorrer a alguns recursos de estatsticaque permitem analisar e fazer estimativas para situaesfuturas.

    Coleta dos dados ______________________Para avaliar situaes de mercado, necessitamos coletar

    dados, isto , recolher - sobre um ou vrios objetos - uma ouduas caractersticas. Por exemplo, cada cliente pode ser des-crito por um nmero importante de caractersticas: sexo, ida-

    de, bairro em que habita, jornal preferido, relao com os fatos do cotidiano, preferncia musical, preferncia porroteiros ou cidades tursticas, lazer preferido, etc. Essa descrio, repetida para cada cliente, embora fornea umaimagem do grupo muito prxima da realidade, de difcil manipulao dada a grande quantidade de elementosque possui. Normalmente, para evitar dificuldades na manipulao desses dados, selecionam-se alguns elemen-tos que se suponha sejam mais importantes.

    Essas referncias consideradas sobre cada sujeito no esgotam, evidente, tudo o que caracteriza umapessoa; elas so simplesmente facetas sobre as quais o pesquisador decidiu orientar a projeo, levando emconta as questes que colocou ou as hipteses que formulou.

    Estatstica _______________________________________________________________

    A palavra estatstica tem trs sentidos:

    um conjunto de dados numerados, contendo as informaes sobre um certo fenmeno;

    uma disciplina cientfica, cujo objetivo extrair informaes de uma amostra em vista de uma previso oude uma deciso;

    uma funo da amostra.

    Nesse momento, nosso objetivo analisar nossos prprios dados. Assim, vamos estudar a descrio estats-tica e a explorao dos dados. Vamos nos fixar nos exemplos concretos para efetuar a manipulao dos nmeros

    e dos grficos e reduzir, tanto quanto possvel, os smbolos, ndices e expoentes.A partir da coleta de dados, devemos compreender como analisar nossos dados. Por isso, vamos considerar

    algumas definies que podem auxiliar na organizao e anlise dos mesmos.

    1) No contrato de uma determinada empresa area, consta que a troca da data do embarque para trs dias aps adata marcada depende de vaga no vo e ter um acrscimo de 20% sobre o valor do bilhete, que de ida e volta

    para Manaus por 600 reais. Qual o valor final do bilhete em caso de embarque trs dias aps a data marcada?2) Um empresrio vem participar de uma feira em So Paulo no ms de setembro e resolve comprar lembranas

    para seus filhos. Em um determinado shopping centerda capital paulista, encontra todas as lojas em promo-o, oferecendo seus produtos com descontos de 30% sobre o preo da etiqueta. O empresrio escolhe umaboneca para sua filha. Na etiqueta, consta o valor de 150 reais. Qual o valor final do produto?

    3) Podemos escrever a frmula para o clculo do valor da fatura mensal telefnica de um determinado clientecomo F = 35 + 0,2n, onde F o valor total da fatura, 35 corresponde taxa mensal de assinatura, 0,2 o preode cada pulso e n o nmero de pulsos utilizados durante um ms. Desta forma, podemos determinar quantocada cliente dever pagar em funo do nmero de pulsos utilizados por ele durante um ms. Construa umatabela baseada nestes valores.

    TEMA 2

    NOES BSICAS DE ESTATSTICATEMA 2

    NOES BSICAS DE ESTATSTICA

    Fonte:MicrosoftOfficeOnline

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    Mdulo I

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    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    Populao estatstica _____________________________________________________

    Apopulao pode ser constituda de objetos particulares (as viagens do catlogo de uma determinada agncia,por exemplo), de eventos (os shows de uma determinada casa), de pessoas (os habitantes de Macei, os participan-tes de um congresso), de grandes conjuntos (os pases da Europa).

    Critrios de incluso e excluso ___________________________________________

    Os critrios que definem e limitam se um elemento pertence a uma populao estatstica devem ser estrita-mente precisos. A populao deve ser definida de maneira precisa.

    Amostragem ____________________________________________________________

    Em geral, no necessrios que sejam coletados os dados sobre toda a populao. Por isso, selecionamos umfragmento, um subconjunto dos elementos da populao chamado amostra. Esta seleo deve ser feita de formaparticular, para que os resultados obtidos sobre esta amostra permitam inferir sobre o que teramos obtido setivssemos coletado os dados de toda a populao. Isto significa dizer que estudando a amostra, possvelconsiderar os resultados como sendo aplicveis a toda a populao.

    Unidades estatsticas _____________________________________________________Cada elemento (objeto/sujeito) para o qual vamos analisar as medidas relativas de cada varivel chamado

    indivduo estatstico ou unidade estatstica.

    Geralmente, a unidade estatstica realmente o elemento de origem, um elemento concreto: cada cliente deuma agncia, cada participante de um congresso, etc.

    Estes elementos sero referenciados apenas por nmeros que no possuem nenhuma propriedade particulare cuja atribuio totalmente aleatria (a ordem desses nmeros no obedece a nenhuma lgica). Poderamos,tambm, considerar as letras do alfabeto ou qualquer outro smbolo.

    Variveis, atributos, caracteres ____________________________________________

    Cada uma das caractersticas estudadas chamada atributo, caractere ou varivel, na medida em que ela suscetvel de considerao sobre diferentes eventos, diversas possibilidades de realizao (diferentes valores ouestados).

    Modalidades ____________________________________________________________

    Cada um desses eventos denominado modalidade. A varivel sexo, por exemplo, pode ter dois estados,isto , duas modalidades diferentes: homem ou mulher.

    Resultados dos dados coletados: as observaes ___________________________

    O resultado da medida escolhida sobre uma unidade estatstica com relao a uma varivel uma observao.

    Os dispositivos de medida ________________________________________________

    Medida fazer corresponder nmeros a coisas, segundo determinadas regras. fazer corresponder certaspropriedades das coisas a certas propriedades dos nmeros.

    Como exemplo, podemos operacionalizar a varivel gostar de viajar por meio do nmero de viagens realizadasem um ano. Uma pessoa que faz 10 viagens em um ano viaja duas vezes mais que aquela que viajou 5 (proprie-dade dos nmeros); mas podemos dizer que ela gosta duas vezes mais de viajar? O indicador utilizado (nmerode viagens) bem adaptado como propriedade dos nmeros, mas ser bem adaptado para a varivel subjacenteque ser medida? Parece uma aventura menor, nesse caso, considerar somente que o primeiro sujeito gosta maisde viajar do que o segundo.

    Noes de escala de medida ______________________________________________Em turismo, as propriedades mtricas das variveis estudadas so quase sempre hipotticas. Portanto, somosobrigados a utilizar escalas que s podem possuir propriedades mtricas particulares.

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    Problema geral __________________________________________________________

    Consideremos, por exemplo, a seguinte tabela, que provm de dados inventariados sobre os clientes de umadeterminada agncia:

    nome identificador idade peso sexo profisso gostar de viajar

    Jlia 001 25 52 fem economista no gosta

    Lus 002 30 63 masc professor adora

    O principiante em estatstica j sabe que as diversas colunas no devem ser tratadas da mesma maneira e que,se ele quiser resumir o conjunto de uma coluna, no utilizar os mesmos procedimentos para todas as colunas.Em tabelas comerciais, podemos identificar o sujeito, pois a anlise de suas preferncias poder auxiliar o opera-dor em contatos futuros.

    Se considerarmos somente as duas primeiras unidades estatsticas, as duas medidas que obtivemos para cadavarivel so diferentes. Apesar disso, as diferentes idades 25 anos para um e 30 anos para o outro no sotratadas da mesma forma como a diferena entre ser professor ou economista.

    Os instrumentos de medida utilizados tm caractersticas diferentes. De forma geral, podemos classific-losem trs tipos, segundo as relaes que esses instrumentos permitem instaurar entre as observaes coletadas.

    habitual denominar de escala esses instrumentos de medida. As escalas so constitudas por diferentesmodalidades (estados ou valores), que podem ser consideradas para uma varivel, levando em conta o instrumen-to de medida escolhido.

    Escolha da escala de medida ______________________________________________

    Certas variveis implicam a escala que devemos utilizar. O sexo, por exemplo, s pode ser medido sobre umaescala nominal(ou pseudo-numrica). Chamamos ento de varivel categoriale o termo varivel , certas vezes,substitudo pelo termo caractere.

    Inversamente, outras variveis permitem uma escolha mais vasta quanto escala de medida possvel. Opesquisador deve estar consciente de que podemos escolher no somente o instrumento de medida, mas tam-bm a escala de medida mais apropriada.

    Exemplos:

    Podemos reter somente as categorias sempre, muitas vezes, quase sempre e nunca. Estamos, portan-to, sobre uma escala em classes ordinais.

    Podemos reter somente as categorias no escolhida, escolhida e tratar os dados sob a forma de umaescala nominal dicotmica.

    Aplicao _______________________________________________________________

    Queremos conhecer a opinio mais ou menos favorvel dos clientes de uma determinada agncia com relao seguinte proposio: desejamos operacionalizar todas as nossas vendas pela internet.

    D sua opinio sobre esta proposio.

    A. No favorvel D. Muito favorvel

    B. Pouco favorvel E. Muitssimo favorvel

    C. Favorvel

    As cinco modalidades possveis de respostas constituem uma ordem e estamos em presena de uma escalaordinal (classes ou categorias ordenadas).

    Se introduzirmos uma modalidade de resposta suplementar - sem opinio ou no sei - essa modalidadeno encontra lugar na escala de intensidade anterior, e o novo conjunto de modalidades possveis formaruma nova escala nominal.

    Poderamos, de forma mais simplificada, perguntar: Voc favorvel a esta proposio? E solicitar comoresposta sim ou no.

    Poderamos, igualmente, pedir a cada sujeito para atribuir uma nota que indicasse sua escolha, de 0 a 10,por exemplo, 0 indicando uma opinio no favorvel e 10 significando uma opinio muitssimo favorvel.A escala seria numrica.

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    Mdulo I

    IIIII

    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    1) Um pesquisador apresenta a hiptese: Os homens viajam mais para o Nordeste do que as mulheres (relaoentre sexo e viagem).

    A populao estatstica na qual ele est interessado constituda dos clientes da agncia X. Ele pode

    restringir sua populao aos clientes que viajam para as capitais do Nordeste. Nas concluses de suapesquisa, ele dever mencionar esses critrios.

    Exceto quando se trata de um recenseamento nacional, ele recolher seus dados somente sobre umnmero limitado de pessoas que constituiro sua amostra.

    Cada cliente ser uma unidade estatstica.

    As variveis so o sexo dos clientes e suas escolhas de viagem.

    As modalidades da varivel sexo so homem e mulher.

    As modalidades possveis da varivel viagem so as diferentes cidades do Nordeste servidas pela agncia.

    As modalidades efetivas da varivel viagem so as cidades escolhidas por pelo menos um cliente.

    Monte uma tabela com os dados estatsticos.

    2) Considere a seguinte tabela, extrada de uma pesquisa realizada por uma agncia de turismo:

    nome identificador idade peso sexo profisso gostar de viajar

    Jlia 001 25 52 fem economista no gosta

    Lus 002 30 63 masc professor adora

    Analise o nmero de pessoas de determinado sexo, profisso, idade, etc. Coloque cdigos para as categoriaspara facilitar a anlise dos resultados.

    TEMA 3

    REPRESENTAES GRFICAS DASDISTRIBUIES

    TEMA 3

    REPRESENTAES GRFICAS DASDISTRIBUIES

    A distribuio de efetivos de uma varivel permite deter-minar quantas observaes foram coletadas para cada moda-lidade dessa varivel. Essa indicao pode ser lida facilmentena tabela, mas podemos desejar repre0sent-la de uma formamais atraente.

    O objetivo de um diagrama visual, que representa umadistribuio de efetivos, colocar em evidncia as irregulari-dades ou regularidades dessa distribuio, seus picos e seusvales, sua eventual semelhana com uma forma conhecida.

    Um diagrama visual deve poder ser lido diretamente, inde-pendentemente do comentrio que possa acompanh-lo.

    Diagramas em estrelas ou em barras: histogramas __________________________

    O objetivo de tais grficos visualizar os efetivos correspondentes s diferentes modalidades de uma varivel.

    a) Mtodo

    Desenhamos uma linha horizontal sobre a qual indicamos todas as modalidades possveis de uma varivel. Emtodos os casos, indicamos todas as modalidades possveis compreendidas no intervalo de variao, assim comoo nome dessa varivel.

    Fonte:MicrosoftOfficeOnline

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    Observaes:

    Utilizando-se um agrupamento em classes, indicamos sobre essa linha os valores centrais das classes.

    Tratando-se de uma varivel nominal, no orientamos a linha, pois a ordem na qual dispomos as modali-dades da varivel sobre essa linha totalmente arbitrria.

    Tratando-se de uma varivel de intervalos, orientamos essa linha horizontal e respeitamos uma escala (oespao compreendido entre dois valores sucessivos deve ser igual ao que separa dois outros valores

    sucessivos). A linha torna-se ento um eixo, e importante considerar sobre ele um sistema particular se osvalores da varivel no comeam por zero (por exemplo, o sinal // entre 0 e a primeira modalidade).

    O fato de escolher o eixo horizontal para a varivel arbitrrio e convencional.

    Ossoftwares que permitem visualizar as distribuies de efetivos utilizam quase sempre o eixo vertical paraindicar a varivel, sendo os efetivos representados por colunas de estrelas ou barras horizontais.

    b) As estrelas

    Em colunas, acima de cada modalidade da linha precedente, marcamos uma estrela para cada unidadeestatstica pertencente a essa modalidade. O nmero de estrelas , portanto, equivalente ao efetivo da modalida-de, e a altura de cada coluna corresponde a esse efetivo. Podemos decidir que cada estrela representa um certonmero de unidades estatsticas em vez de uma nica. Essa regra a mesma para todas as modalidades.

    c) As barrasPodemos traar, acima de cada modalidade, uma barra vertical cuja altura corresponde ao efetivo, segundo

    uma determinada escala. usual traar esquerda do grfico um eixo vertical, sobre o qual indicamos os efetivos,levando em conta a escala escolhida.

    Podemos igualmente indicar o efetivo acima da barra. E podemos, ainda, utilizar as freqncias ou as porcen-tagens no lugar dos efetivos para construir o diagrama.

    d) Outros Grficos

    Existem outros tipos de grficos, como pizza, linha, barras duplas, etc.

    Aplicao 1

    Interrogamos 120 pessoas para saber se elas utilizam seus cartes de crdito. A distribuio de efetivos aseguinte:

    jamais s vezes quase sempre muitas vezes sempre total

    efetivos 25 40 20 0 35 120

    freqncias 0,21 0,33 0,17 0 0,29 1

    porcentagens 21% 33% 17% 0 29% 100

    Considerando uma estrela como equivalente a 5 respostas, podemos construir o seguinte grfico.

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    Mdulo I

    IIIII

    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    Aplicao 2Considere a seguinte distribuio de efetivos das notas obtidas de 217 pessoas, a seguir construa um diagra-

    ma em barras.

    Notas 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 total

    Efetivos 12 20 30 15 0 20 25 35 20 15 25 217

    Existem outros tipos de grficos interessantes tais como pizza, linhas, barras duplas, bolhas, etc., dependendodo tipo de aplicao.

    1) Considere uma amostra com 100 clientes de uma agncia de turismo para saber a freqncia de idas daspessoas ao exterior. A distribuio de efetivos a seguinte:

    jamais s vezes quase sempre muitas vezes sempre total

    efetivos 25 40 20 0 20 120

    freqncias 0,20 0,40 0,20 0 0,20 1

    porcentagens 20% 30% 20% 0 20% 100

    Construa um grfico de estrelas para este problema.

    2) Considere a seguinte distribuio de efetivos da Aplicao 1:

    jamais s vezes quase sempre muitas vezes sempre total

    efetivos 25 40 20 0 35 120

    porcentagens 21% 33% 17% 0 29% 100

    Faa um grfico de pizza. Caso tenha acesso ao Excel, utilize a ferramenta.

    Considerando a seguinte distribuio de efetivos da Aplicao 2, faa um grfico de pizza:

    Notas 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 total

    Efetivos 12 20 30 15 0 20 25 35 20 15 25 217

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    moda

    Os ndices de posio, tambm chamados de ndices de tendncia central, so estatsticas descritivas aplicadasa variveis quantitativas que representam uma distribuio e resumem informaes. Os principais ndices deposio so: a moda, a mediana e a mdia.

    Moda, mediana e mdia __________________________________________________

    a) Medida de posio: a moda

    A moda a modalidade ou categoria mais freqente da distribuio (o valor da classe mais freqente), aquelaque encontramos mais vezes, onde se concentra o maior nmero de observaes. So exemplos: a cidade maisprocurada para frias em uma determinada agncia, hotis mais procurados em Salvador, etc.

    No caso das escalas nominais, a moda (ou as modas) o nico ndice de posio que podemos utilizar.

    Mtodo para determinar a modaPara determinar a moda das observaes recolhidas sobre uma varivel, comeamos estabelecendo uma

    distribuio de efetivos.

    Nos grficos de anlise de distribuio de nmeros, a moda corresponde barra mais elevada, coluna deestrelas mais alta, ao retngulo mais alto, ao setor de maior rea.

    AplicaoConsideremos a seguinte distribuio de efetivos. A moda corresponde modalidade s vezes. Esta foi a

    resposta mais freqente dada pelas pessoas interrogadas.

    jamais s vezes quase sempre muitas vezes sempre totalefetivos 25 40 20 0 35 120

    Coluna mais alta

    sempre interessante, quando indicamos a modalidade em que se encontra a moda, precisar a porcentagemdas observaes que ela agrupa. Diremos, por exemplo, que a resposta mais freqente questo foi s vezes eque ela foi dada por 33% das pessoas.

    Observaes:

    Se escolhermos agrupar os dados em classes, a moda depender do agrupamento escolhido.Consideremos, por exemplo, a seguinte distribuio de efetivos sobre a varivel idade.

    TEMA 4

    NDICES DE POSIO OU DETENDNCIA CENTRAL

    TEMA 4

    NDICES DE POSIO OU DETENDNCIA CENTRAL

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    Mdulo I

    IIIII

    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    classes 20 24 25 - 29 30 34 35 39 40 - 44 45 - 49

    efetivos 20 40 60 50 30 20

    Moda

    A classe 30 34 anos a classe modal.

    Sabemos, apesar disso, que 45 sujeitos tm 30 ou 31 anos. Se as classes tivessem sido estabelecidas daseguinte maneira:

    20 25; 26 31; 32 37; 38 43; 44 49;

    os 45 sujeitos com idade de 30 ou 31 anos estariam na classe 26 31 que se tornaria, sem dvida, a classe maisfreqente, ou seja, a classe modal.

    b) Medida de posio: a mediana

    Em uma distribuio cujas modalidades foram organizadas em ordem crescente ou decrescente, a mediana a modalidade que divide o conjunto das observaes classificadas em duas metades de efetivos iguais, contendocada uma 50% das observaes.

    ClculoPara encontrar a mediana de um conjunto de observaes: Organizamos as observaes em ordem crescente;

    Procuramos o valor que divide o conjunto de observaes ao meio. O valor contido nesta posio amediana. No entanto, deve-se verificar se o nmero total de observaes par ou mpar, como a seguir.

    Nmero mpar de observaesSe tivermos um nmero mpar de observaes, a mediana ser a modalidade da observao que corresponde

    ao posto (n+1)/2, sendo n o nmero total de observaes. Por exemplo: se existem 75 observaes, a medianaser a modalidade da 38 observao ou, ainda, da classe na qual se encontra essa observao.

    Nmero par de observaes

    Se tivermos um nmero par de observaes, teremos um valor para a mediana que no corresponde, necessa-riamente, a uma modalidade real determinada pela observao. Por exemplo, se existem 74 observaes, amediana ser a modalidade de uma observao estudada que estaria situada entre a 37 e a 38 observaes ou,ainda, na classe em que se situam essas observaes. Se essas duas observaes no esto na mesma modalidade(uma possui 8 observaes e a outra 9), a mediana a mdia entre elas.

    AplicaoSeja a seguinte distribuio das notas de portugus, obtidas por 40 alunos:

    0; 1; 10; 9; 1,5; 2,5; 3; 7,5; 9,5; 3; 4,5; 5; 6,5; 4; 7; 6; 1; 0; 9,5; 2,5;

    2,5; 4,5; 5; 6,5; 4; 0; 1; 10; 7; 6; 9; 1,5; 2,5; 3; 1; 0; 7,5; 9,5; 3; 9,5.

    Classificamos em ordem crescente:

    0; 0; 0; 0; 1; 1; 1; 1; 1,5; 1,5; 2,5; 2,5; 2,5; 2,5; 3; 3; 3; 3; 4; 4; 4,5;

    4,5; 5; 5; 6; 6; 6,5; 6,5; 7; 7; 7,5; 7,5; 9; 9; 9,5; 9,5; 9,5; 9,5; 10; 10.

    Fazemos a distribuio de efetivos:

    notas 0 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10

    efetivos 4 4 2 0 4 4 0 2 2 2 0 2 2 2 2 0 0 2 4 2

    efetivoacumulado 4 8 10 10 14 18 18 20 22 24 24 26 28 30 32 32 32 34 38 40crescente

    20 observaes 20 observaes20 alunos mediana = 4,25 20 alunos

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    DicasA mediana deve ser compreendida como um corte, um corte de tesoura dado na distribuio de efetivos para

    constituir dois pacotes iguais, permitindo descrever a distribuio sob a forma: um sujeito sobre dois obteve umanota inferior a..., ou inferior ou igual a....

    raro que a mediana seja exata. Geralmente, a observao mediana se encontra na modalidade (ou na classe)que contm outras observaes.

    Consideremos, por exemplo, que temos as notas de 101 alunos classificados de 0 a 10: a nota mediana a do51 aluno (50 antes e 50 depois). Consideremos, ainda, que ela se situa na modalidade 4, que agrupa do 38 ao52 aluno. Seria mais indicado, nesse caso, considerar 4,25 como valor mediano. Essa informao fictcia nosindica uma melhor imagem da distribuio, ou seja, a metade dos alunos obteve menos de 4,25.

    A mediana: propriedades e observaes

    a mediana depende mais do posto, do lugar ocupado por umaobservao na distribuio, que de seu valor;

    A mediana no afetada pelos valores extremos da distribuio. Senos interessamos, por exemplo, pela mediana dos salrios no Bra-sil, ela ser independente do valor do salrio mnimo e, igualmen-te, independente do salrio recebido por um jogador de um deter-minado time de futebol, pois ele recebe um salrio que muitosuperior mediana;

    A mediana permite que se chegue concluso do tipo metadedos funcionrios ganha mais que... ou metade dos brasileiros temidade menor que....

    c) Medida de posio: a mdia aritmtica

    A mdia aritmtica o ndice de posio mais utilizado quando medimos uma varivel sobre uma escalanumrica - ou que consideramos como tal (numrica = que possui a propriedade dos nmeros).

    Consideremos, por exemplo, o conjunto de salrios pagos aos funcionrios de uma empresa: a mdia aritm-tica dos salrios o salrio que cada funcionrio receberia se a massa salarial fosse dividida igualmente entre

    todos. Se formos em quatro pessoas a um restaurante, a conta indica o total que deve ser pago: ou cada um pagao que consumiu, ou podemos decidir que dividiremos igualmente as despesas. A mdia aritmtica permite fixara cota-parte de cada um. Nos dois casos, o garom levar ao caixa a mesma soma.

    Dados simples - Clculo

    Para calcular a mdia aritmtica de um conjunto de observaes:

    Fazemos a soma dos valores obtidos para cada observao;

    Dividimos o resultado obtido pelo nmero de observaes.

    x = > fazemos a soma de todas as observaes recolhidas para a varivel x.

    Aplicao

    Consideremos as seguintes notas obtidas por 8 alunos: 1, 2, 2, 5, 7, 7, 10, 10

    Temos 8 observaes: n = 8

    Mdia = 1 + 2 + 2 + 5 + 7 + 7 + 10 + 10 = 44 = 5,58 8

    Se os 8 alunos tivessem tido a mesma nota (o nmero de pontos distribudos sendo o mesmo: 44), eles

    teriam tido 5,5 pontos, e podemos verificar que temos 5,5*8 = 44.

    Mdia =

    soma dos valores das observaes

    =

    xnmero de observaes n

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    Mdulo I

    IIIII

    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    1) Considere as respostas dos clientes de uma agncia de viagens sobre o nmero de vezes que viajou para oexterior por ano:

    pessoa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    n de vezes 3 3 7 4 2 3 1 0 2 5

    Qual a moda, a mediana e a mdia aritmtica para esta tabela?

    2) Numa pesquisa de quantidade de vos de companhias areas de um aeroporto, tm-se os seguintes dados:

    companhia Cia 1 Cia 2 Cia 3 Cia 4 Cia 5 Cia 6 Cia 7 Cia 8 Cia 9

    n. de vos 10 15 20 20 10 12 13 10 7

    Qual a moda, a mediana e a mdia aritmtica?

    TEMA 5

    FINANAS E CUSTOSTEMA 5

    FINANAS E CUSTOSA boa administrao da rea de Finanas e Custos essencial

    para o sucesso de empreendimentos. Cerca de 80% das pequenasempresas que abrem no Brasil no chegam a completar dois anosde atividades.

    Exercer o controle de suas finanas extremamente importan-te para qualquer tipo de empreendimento. Este controle envolveprincipalmente o gerenciamento de receitas e despesas de umaempresa. O controle das despesas incorpora o clculo dos custosdos bens ou servios a serem disponibilizados ao mercado, custosestes que envolvem todos os gastos que foram necessrios para acolocao para pronto uso ao cliente. claro que a diferena entrereceitas e despesas dever ser positiva, pois este o lucro da em-presa.

    Finanas tudo aquilo que se traduz em nmeros e revela odesempenho de um empreendimento. Assim, por exemplo, o ca-pital de giro, o balano, a movimentao bancria, os ativos e

    passivos so demonstraes da rea de finanas.

    Componentes Patrimoniais _______________________________________________

    A sade econmica de uma empresa medida pelo seu patrimnio. Em termos contbeis, patrimnio oconjunto de bens, direitos e obrigaes de uma empresa.

    Os bens e direitos constituem o ativo de uma empresa, ou seja, o lado positivo do patrimnio. Bem tudo oque satisfaz a necessidade humana e pode ser constitudo por imveis e mveis. Direitos so crditos a receber dequalquer natureza.

    O conceito de obrigaes o oposto do de direitos, ou seja, so dvidas a pagar. Entre as obrigaes esto osaluguis, os salrios, as contas a pagar, etc. As obrigaes fazem parte do passivo da empresa.

    Bens, direitos e obrigaes so chamados componentes patrimoniais e podem ser colocados numa equao:Patrimnio = Bens + Direitos - Obrigaes.

    Fonte:MicrosoftOfficeOnline

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    O patrimnio lquido a diferena positiva entre o ativo e o passivo. Quando a relao negativa, elaapresenta opassivo a descoberto. Isto significa que a empresa no possui o suficiente para cobrir todas as dvidas.

    O balano a demonstrao, de forma organizada, das contas de ativo e passivo, bem como dos componentesrepresentativos do patrimnio lquido.

    Exemplo de balano da empresa de turismo Volta ao Mundo Ltda.:

    Ativo R$ Passivo R$

    Dinheiro em caixa 5.000,00 Contas a pagar 50.000,00

    Dinheiro em bancos 50.000,00 Salrios 30.000,00

    Duplicatas a receber 38.000,00 Emprstimos 45.000,00

    Contas a receber 78.000,00 Impostos 43.000,00

    Estoque 43.000,00 Capital 40.000,00

    Imvel 570.000,00 Fundo de reserva 100.000,00

    Equipamentos 45.000,00 Dvidas 3.000,00

    Instalaes 45.000,00 Lucros retidos 563.000,00Total 874.000,00 Total 874.000,00

    Os lucros retidos e o capital entram na coluna de passivo para contrabalanar os clculos. Se subtrairmos doativo o valor das obrigaes, obteremos exatamente estes dois itens somados (lucros retidos + capital). Estaempresa est com uma sade financeira muito boa.

    Este exemplo serve como base para balanos empresariais e fundamental para o desenvolvimento do Planode Negcios. Um Plano de Negcios um documento de projeo dos ativos e passivos de uma empresa queserve como base para anlise da viabilidade de gerir um negcio (existente ou a construir) e para a prospeco deem quanto tempo o capital retornar ao investidor.

    No exemplo anterior, podemos utilizar conhecimentos de estatstica para verificar o percentual de participao

    de cada item no componente do ativo e passivo. Por exemplo, o item equipamentos corresponde a: (45.000,00/874.000,00)*100 = 5,14% aproximadamente.

    Utilizando os itens de balano da empresa de turismoJ Voltei de Viagens Ltda., construa a tabela de ativos epassivos:

    Salrios (R$ 10.000,00), Instalaes (R$ 5.000,00), Capital (R$ 5.000,00), Contas a receber (R$ 50.000,00),Contas a pagar (R$ 10.000,00), Aluguel (R$ 2.000,00), Impostos (R$ 2.000,00), Dinheiro em Caixa (R$ 10.000,00),

    Computadores (R$ 2.000,00), Despesas diversas (R$ 2.000,00). Faa a tabela e calcule o lucro retido.

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    Autores: Leonardo PujattiMarlene Alves Dias

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    Organizaes____________________________________________________________

    As organizaes so agrupamentos formados por pessoas com o objetivo de prestar servios ou fornecerprodutos comunidade, em reas em que ela carece desses tipos de servios/produtos.

    Organizaes so entidades, empresas - com ou sem fins lucrativos - e esto em toda parte. Universidades,lojas de varejo, clubes, igrejas, organizaes no-governamentais (ONGs) e indstrias so exemplos de organiza-es. Existem organizaes de todos os tamanhos e para fornecer todos os tipos de produtos e servios.

    Elas fornecem meios de subsistncia para muitas pessoas, pagando salrios, pr-labores, abonos, lucrosdistribudos e outras formas de remunerao, como conseqncia de seu trabalho ou investimento.

    Nas organizaes, objetivos e recursos so palavras-chave na definio de administrao. Uma organizao um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos). As organizaestm dois outros componentes importantes: processos de transformao e diviso de trabalho.

    Objetivos _______________________________________________________________

    As empresas so grupos sociais orientados para a realizao de objetivos que, de forma geral, se traduzem nofornecimento de produtos e servios. Toda empresa uma organizao e existe com a finalidade de forneceralguma combinao de produtos e servios.

    Um exemplo de organizao uma empresa de autopeas. A fbrica produz peas e componentes e asdistribuidoras prestam servios s pessoas que necessitam de manuteno em seus veculos.

    Recursos ________________________________________________________________A empresa o principal recurso das organizaes. As organizaes so grupos de pessoas que usam recursos:

    recursos materiais, como espao, instalaes, mquinas, mveis e equipamentos, e recursos intangveis (no-mensurveis), como tempo e conhecimentos.

    Processos de transformao ______________________________________________

    Processo a estrutura de ao de um sistema, ou seja, toda a estrutura (bens, materiais e pessoas) que aempresa requer para produzir um bem ou servio. Nos processos, a organizao transforma os recursos paraproduzir os resultados. Um processo um conjunto ou seqncia de atividades interligadas, com comeo, meioe fim, que utiliza recursos, como trabalho humano e equipamentos, para fornecer produtos e servios. Todas asorganizaes podem ser desmembradas em processos.

    Alguns processos comuns que encontramos na maioria das organizaes so os seguintes:

    Neste mdulo, voc vai conhecer e discutir os principais conceitos relativos s finanas e administrao.

    Pesquisas e trabalhos extraclasse so parte das atividades que contribuiro para voc compreender melhor asfinanas e a administrao em turismo.

    O objetivo lev-lo(a) a descobrir algo mais sobre as atividades do profissional de turismo no tocante aocontrole financeiro e administrativo dos negcios.

    1 MAXIMIANO, Antnio Csar Amaru. Introduo Administrao. 6a ed., rev. e ampl. So Paulo: Altas, 2004.

    TEMA 1

    CONCEITOS BSICOS EM

    ADMINISTRAO1

    TEMA 1

    CONCEITOS BSICOS EM

    ADMINISTRAO1

    APRESENTAOAPRESENTAO

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    Mdulo II

    I II II II II I

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    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    1) Produo: transformao de matrias-primas em produtos eservios, por meio da aplicao de mquinas e atividades hu-manas;

    2) Administrao de encomendas: transformao de um pedi-do feito por um cliente na entrega de uma mercadoria ouprestao de um servio;

    3) Administrao de recursos humanos: transformao de ne-cessidades de mo-de-obra em disponibilizao de pessoas,desde seu emprego at seu desligamento da organizao.

    Diviso de trabalho_______________________

    Em uma organizao, cada pessoa ou cada grupo de pessoasrealiza tarefas especficas que contribuem para atingir os objeti-vos. Assim como as organizaes so especializadas em deter-minados objetivos, as pessoas e os grupos que nelas trabalhamso especializados em determinadas tarefas.

    Numa empresa, existe a diviso do trabalho, que o processoque permite superar as limitaes individuais por meio da especializao. Quando se juntam as tarefas especia-

    lizadas, realizam-se produtos e servios que ningum conseguiria fazer sozinho. Os grupos especialistas podemrealizar os processos da empresa com maior rapidez, facilidade e desempenho.

    Funes organizacionais _________________________________________________

    As organizaes so agrupadas em funes organizacionais, ou seja, as tarefas especializadas que as pessoase os grupos executam, para que a organizao consiga realizar seus objetivos. Todas as organizaes tm aproxi-madamente as mesmas funes dentro de especialidades equivalentes. Coordenar todas essas funesespecializadas o papel da administrao geral.

    As funes mais importantes de qualquer organizao so analisadas sucintamente a seguir: produo (ouoperaes), marketing, pesquisa e desenvolvimento, finanas e recursos humanos:

    a) ProduoO produto o resultado de uma produo. Por exemplo, uma pea produzida por uma indstria de autopeas.

    O objetivo bsico da produo fornecer o produto ou servio da organizao. Produo uma palavra genricaque indica os tipos de operao de fornecimento de produtos e servios. Nas organizaes, encontramos umsistema de operaes produtivas, que utiliza e transforma recursos para fornecer bens e servios aos clientes,usurios ou pblico-alvo. O fornecimento de produtos e a prestao de servios so exemplos de produtos deuma organizao.

    Existem trs tipos de processos produtivos:

    1) produo em massa fornecimento de grande nmero de produtos e servios idnticos.

    2) produo por processo contnuo fornecimento ininterrupto de um nico produto ou servio, como gua,luz (energia eltrica), etc. Esse tipo de processo funciona como mquinas que trabalham ininterrupta-mente.

    3) produo unitria fornecimento de produtos e servios sob encomenda, com um nico objeto ou serviosendo produzido.

    b)Marketing

    O marketing estabelece e mantm a ligao entre a organizao e seus clientes, consumidores, usurios oupblico-alvo. Tanto as organizaes com fins lucrativos quanto as sem fins lucrativos realizam atividades demarketing. A funo muito ampla e abrange atividades de:

    1) distribuio processo de distribuio de produtos e servios ao pblico-alvo;

    2) promoo estabelecimento de produtos/servios promocionais;

    3) vendas escoamento dos produtos/servios;

    4) pesquisa identificao de interesses, necessidades e tendncias do mercado

    5) desenvolvimento de produtos criao de produtos e servios.

    Fonte:MicrosoftOffice

    Online

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    c) Pesquisa e desenvolvimento

    funo pesquisa e desenvolvimento (P&D) cabe transformar as informaes de marketing, as idias originaise os avanos da cincia em produtos e servios. A funo de P&D pode ter outras tarefas, como: pesquisa de novosprocessos (meios de fabricao), novos produtos e servios; identificao e introduo de novas tecnologias emelhoramentos nos processos produtivos, para reduzir custos e prazos e introduzir melhorias no processo daqualidade.

    Quanto s atividades de pesquisa e desenvolvimento tem-se:1) asgrandes organizaes, geralmente com muitas pessoas, trabalhando em atividades de P&D. So pesqui-

    sadores e tcnicos de todas as profisses que atuam nos laboratrios, na produo, etc.

    2) as pequenas organizaes, s vezes copiando idias e frmulas de outras organizaes ou comprandoprodutos embutidos.

    d) Finanas

    A rea financeira o ponto crucial de uma organizao, pois cuida do dinheiro e tem por objetivos a proteoe a utilizao eficazes dos recursos financeiros, o que inclui a maximizao do retorno dos acionistas, no caso dasempresas. Ao mesmo tempo, a funo financeira busca manter certo grau de liquidez (retorno financeiro), paraque a organizao consiga cumprir seus compromissos de pagamentos. A funo financeira abrange:

    1) controle acompanhamento e avaliao dos resultados financeiros da organizao e o estabelecimento

    das metas.2) destinaode resultados seleo de alternativas para aplicao dos resultados financeiros na organiza-

    o, como ampliao da produo ou da infra-estrutura.

    3) investimento avaliao, anlise e escolha de alternativas de aplicao de recursos.

    4) financiamento identificao e escolha de alternativas de fontes de recursos financeiros, como bancos,financeiras, etc.

    e) Recursos humanos

    A funo recursos humanos trata do recrutamento, treinamento e qualificao de pessoal da organizao, ouseja, trata da gesto de pessoas. Essa funo tem como objetivo encontrar, atrair e manter os profissionais de quea organizao necessita. Isso envolve atividades que comeam antes de um indivduo ser empregado na organi-zao e vo at depois do seu desligamento. A funo de recursos humanos tem como componentes outrasfunes como:

    1) treinamento e desenvolvimento cuida da transformao do potencial das pessoas em competncias, pormeio de cursos, palestras, etc.

    2) avaliao de desempenho responde por atividades como a avaliao institucional;

    3) remunerao ou compensao trata da poltica de cargos e salrios;

    4) higiene, sade e segurana praticada com a infra-estrutura adequada;

    5) administrao de pessoal promove polticas de incentivo gesto de pessoal;

    6) planejamento de mo-de-obra realizada por meio da definio da quantidade de pessoas necessriaspara trabalhar na organizao e das competncias e habilidades que essas devem ter;

    7) recrutamento e seleo objetiva a localizao e aquisio de profissionais com as habilidades/competn-

    cias apropriadas para a organizao.

    1) Qual o objetivo principal de uma organizao?

    2) Cite exemplos de organizaes com ou sem fins lucrativos.

    3) Quais os objetivos de criar uma empresa? Qual sua responsabilidade social?

    4) Relacione os recursos de uma empresa e a importncia deles para a existncia da organizao.

    5) Cite os principais processos de uma empresa.6) Diga quais as funes da rea de Recursos Humanos em uma organizao empresarial.

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    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    TEMA 2

    ORGANIZAO PBLICA E PRIVADADE TURISMO

    TEMA 2

    ORGANIZAO PBLICA E PRIVADADE TURISMO

    Organizaes do setor privado ___________________

    As organizaes do setor privado podem ser subdivididas em organizaescom fins lucrativos e organizaes no-lucrativas. As organizaes com finslucrativos, na realidade, so empresas privadas e empresas de capital misto.

    Qualquer que seja o tipo de empresa, os proprietrios so responsveis esolidrios com o grau de endividamento da empresa, incluindo o patrimniopessoal dos proprietrios, segundo o novo Cdigo Civil. Exemplo: O mon-tante de dvidas deve ser quitado pelos ativos da empresa (patrimnio, reser-va financeira, mobilirio, imveis, etc.). Na possibilidade de os ativos da em-presa no cobrirem os valores das dvidas, os patrimnios pessoais podem

    entrar como garantia do pagamento, na mesma proporo da parte quecabe a cada um dos scios na empresa. Nas companhias de sociedade anni-ma, o tratamento desse tipo de caso restringe-se proporcionalmente quan-tidade de aes de cada grupo.

    a) Fontes de finanas

    Em geral, as pequenas e mdias empresas tm como fontes de finanas o capital investido pelos proprietrios,os lucros reinvestidos e emprstimos bancrios. Essas mesmas empresas podem se capitalizar por meio dolanamento de aes na Bolsa de Valores, pela anlise da Comisso de Valores Mobilirios (CVM). Na possibilida-de de ser aceita como Sociedade Annima de capital aberto, a empresa pode fazer a oferta pblica de aes.Outra forma de aquisio de capital por intermdio de debntures - ttulos de crdito lanados para o pblicointeressado - e que, no futuro, podem se transformar em aes da Bolsa de Valores. As debntures somente soatrativas para as mdias e grandes empresas. Exemplo: uma empresa pode transformar seu capital acionriolimitado em oferta pblica de aes, servindo-se da Bolsa de Valores, desde que o plano de negcios sejaaprovado pela CVM. (Para Plano de Negcios, veja mdulo Empreendedorismo).

    b) Propriedade e controle

    Nas empresas com fins lucrativos, o objetivo maximizar os lucros. Assim, nas pequenas empresas, em geralcom um nico proprietrio, as consideraes pessoais regem sua administrao e, muitas vezes, sua poltica estvinculada a um excesso de horas de trabalho e degradao do ambiente empresarial.

    Nas grandes empresas, normalmente sociedades annimas, existem hierarquias de gesto que obedecem a umcronograma estabelecido pelo conselho dos acionistas majoritrios e dividido por tarefas e funes de competncia.

    Organizao sem fins lucrativos ___________________________________________

    As organizaes sem fins lucrativos possuem metas e misses baseadas em interesses bem determinados,idias ou ideais diversos, promoo de determinados grupos, de trabalhos voluntrios, que se propem atenderuma determinada faixa da populao. Exemplos:os espaos culturais criados por alguns bancos, que servem paradifundir a arte e a cultura de determinadas regies; os concursos de jovens talentos ou talentos da maior idade,que visam a promover e valorizar jovens e idosos; as cooperativas regionais, que objetivam melhorar a qualidadede vida de uma faixa da populao, divulgando e valorizando trabalhos artesanais. So tambm organizaes semfins lucrativos as ONGs Organizaes No-Governamentais, instituies criadas por grupos com o intuito dedefender causas sociais ou de provocar transformaes na sociedade e que no geram lucro. As ONGs podemser mantidas por recursos privados obtidos pelo grupo social ou mesmo por verbas oficiais. Um exemplo de ONG a instituio destinada a arrecadar fundos para tratamento de crianas com cncer.

    Em geral, as cooperativas regionais auxiliam no desenvolvimento turstico das pequenas cidades, onde ostrabalhos artesanais, quando desenvolvidos individualmente, no poderiam ser apreciados ou comercializados,

    mas graas a essas organizaes terminam, algumas vezes, atingindo inclusive o mercado internacional. O traba-lho, quando desenvolvido por meio de organizaes sem fins lucrativos, permite a divulgao e promoo degrupos que permaneceriam no anonimato sem este recurso.

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    262 TRIBE, Jonh. Economia do Lazer e do Turismo. 2a. edio. Manole: So Paulo, 2003

    Organizaes do setor pblico ____________________________________________

    As organizaes do setor pblico podem ser municipais, estaduais ou federais. Em geral, as atividades de lazere turismo so de responsabilidade das redes municipais. Cada cidade tenta desenvolver seu potencial mximotanto para o lazer quanto para o turismo, explorando recursos naturais, artesanato local, ecoturismo, festaspopulares e religiosas.

    a) Propriedade e controleA propriedade e o controle das organizaes pblicas so de responsabilidade de Secretarias de Cultura e

    Turismo dos municpios, estados ou Unio, com conselhos consultivos e participao popular. A distribuio defunes, recursos, atribuies e decises se d atravs dos conselhos ou grupos ligados s secretarias ou ministrios,tendo como base a priorizao da atividade cultural e de lazer de cada regio.

    b) Metas e misses

    A definio das metas e misses atribuio dos partidos polticos dominantes em cada regio. Assim, cadaregio determinar as suas reas de interesse em detrimento de outras. Esses interesses podem ser influenciadospelos sindicatos, conselhos de classe, imprensa local, governo estadual e federal, etc. Exemplo:alguns municpiosprivilegiam o ecoturismo, outros o artesanato local, outros a culinria regional, romarias religiosas, pontos tursticosespecficos, etc. Outros exemplos so a manuteno de parques e reas de lazer (como o Jardim Botnico do Rio de

    Janeiro) ou de institutos de pesquisa (como o Instituto Butantan, em So Paulo).

    1) O que voc entende por organizaes no-governamentais?

    2) Que tipo de organizao no-governamental existe na sua regio?

    3) Qual a diferena entre organizao no-governamental e organizao privada?

    4) Quais organizaes privadas de turismo e lazer existem em sua regio?

    5) Organize-as segundo as noes de organizao privada e pblica.

    Para compreender o mercado do turismo, importante ana-lisar os fatores que interferem tanto na demanda quanto na oferta

    de uma mercadoria ou servio. Alm disso, deve-se conhecer opreo de equilbrio, sabendo (a) identificar os fatores que provo-cam mudanas e (b) analisar essas variaes com as situaes reais.

    Iremos considerar a noo de mercado perfeito sustentadapor Tribe2 aquele que possui muitos compradores e vendedorescom conhecimento perfeito dos preos atravs de todo o merca-do, cujos consumidores e produtores baseiam suas decises nospreos, no existindo intervenes do governo. Em termos deinterveno do governo, um exemplo tpico a restrio do n-mero dirio de turistas na ilha de Fernando de Noronha, fazendocom que o equilbrio ecolgico no degenere.

    TEMA 3

    FATORES QUE INTERFEREM NOMERCADO DE TURISMO

    TEMA 3

    FATORES QUE INTERFEREM NOMERCADO DE TURISMO

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    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    A demanda e o preo ____________________________________________________

    No mercado, os preos obedecem lei da oferta e da procura, isto , quanto maior o nmero de pessoas queprocuram um mesmo produto (ou seja, quanto maior a demanda) maior ser a tendncia de aumento dos preos.Entretanto, quando a oferta de produtos ou servios maior que a demanda, os preos tendem a diminuir. Ointeresse do investidor desse mercado encontrar opreo de equilbrio. O preo de equilbrio permitir estabele-cer relaes com os fatores que aumentam ou diminuem a oferta e a demanda e auxiliar o investidor em tomadas

    de deciso para concorrer de forma estruturada no mercado. O ideal conhecer o ponto de equilbrio entre ofertae demanda, ou seja, produtores oferecendo exatamente os produtos e servios exigidos pelos consumidores.

    Exemplo: Por um lado, o aumento de oferta de passagens areas faz com que os preos diminuam e, por outrolado, se h diminuio de vos e nmero de passagens, os preos aumentam.

    A tabela e o grfico a seguir representam um exemplo fictcio de variao de oferta em funo da flutuao de preos.

    Preo (R$) 500 510 520 530

    Oferta por semana 1000 1100 1200 1300

    Observao:O grfico mostra que, quando h um aumento de preos do produto oferecido, as empresas

    promovem um aumento de quantidade do produto que podem oferecer ao mercado. O preo ofertado pode sercalculado pela formla: P=0,1 x 100 + Po, onde Po o preo inicial.

    No exemplo a seguir, consideramos o caso de mercadorias com aumento da demanda. Em geral, por questes deconcorrncia, os preos tendem a diminuir. Consideramos, abaixo, um exemplo fictcio de procura por aparelhos de som:

    Preo (R$) 300 290 280 270

    Demanda por semana 100 110 120 130

    Observao:O grfico mostra, pela reta decrescente, que existe uma variao constante do preo em funodo aumento da demanda. Verifica-se facilmente que, para cada 10 novos pedidos de aparelhos de som, h umadiminuio de 10 reais no preo do produto, isto , a taxa de variao igual a 1. O preo pode ser calculado em

    funo da demanda pela frmula P = -1x10 + P 0, onde P o preo final e P0 o preo mnimo.Poderamos considerar outros exemplos, tais como: quando diminui a oferta e o preo aumenta e quando

    diminui a demanda e o preo diminui.

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    Alguns fatores que podem influenciar a variao da demanda

    Um dos fatores que mais influenciam a variao da demanda a oferta. Mas devemos levar em conta tambmque determinados produtos s sero substitudos se forem compatveis com o desejo do consumidor.

    Podemos considerar como fatores que influenciam a demanda: renda do consumidor, qualidade do produtoem relao ao preo, moda, preferncias, questes sazonais, oportunidades de consumo, publicidade e propa-ganda e perfil da populao para a qual o produto foi lanado.

    Exemplo: considerando um passageiro com local de origem distante do ponto turstico, importante manteruma poltica de passagens areas a preos promocionais muito prximos dos preos das passagens de nibus.Esses preos promocionais permitiro ao consumidor de renda mdia fazer turismo sem o incmodo de passarquase todos os seus dias dentro de um veculo e de aproveitar apenas pequenos momentos da viagem. Esseganho de permanncia no local turstico ser empregado em visitas a museus e parques, a restaurantes tpicos ea locais onde se comercializa o artesanato da regio, criando uma demanda maior de outros produtos, desde quehaja um trabalho bem estruturado de publicidade e propaganda dos valores locais.

    O trabalho integrado de congressos e feiras com as Secretarias de Cultura e Turismo dos locais onde serealizam esses encontros pode ser um meio para aumentar a demanda por esses servios nas diversas regies.

    A oferta e o preo _______________________________________________________

    Em geral, a oferta vem sempre associada ao preo, isto , quando o preo aumenta, a demanda pelo produtodiminui, o que provoca o crescimento da oferta; e quando o preo diminui, pode-se ter um aumento de demanda,o que provoca a diminuio da oferta. Parece importante lembrar que no necessariamente a oferta segue essalgica: o produtor pode preferir diminuir a oferta para manter a qualidade, o atendimento, etc. Podemos consideraro exemplo dos aparelhos de som, onde uma diminuio no preo foi acompanhada por um aumento na deman-da. Nesse caso, podemos supor que a lgica do produtor diminuir a margem de lucro e colocar mais produtosno mercado com um preo competitivo, que permita atender ao aumento de demanda sem aumento de preo.

    No caso das passagens areas, uma maior oferta de moeda estrangeira geralmente leva a uma queda nospreos e a um crescimento da demanda por viagens ao exterior. Como, na maioria das vezes, no possvelaumentar a oferta do produto, as companhias areas tendem a aumentar os preos.

    O mercado pode, ainda, escolher aumentar ambos, o preo e a oferta, muitas vezes devido a infernciasrelacionadas a situaes futuras. Considerando o ms de julho, quando no sul do pas muitos esto em frias e, emgeral, enfrentando temperaturas mais baixas que no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as companhias de viagens

    tendem a aumentar a oferta de pacotes com um preo maior que os praticados nos meses de baixa temporada.No exemplo a seguir, apresentamos o caso do aumento do preo de pacotes de viagem e o aumento da oferta

    para uma cidade qualquer, considerando uma viagem terrestre de fim-de-semana no ms de julho.

    Preo (R$) 600 650 700 750

    Oferta por semana 200 300 400 500

    Observao: O grfico mostra, pela reta crescente, que existe uma variao constante do preo em funo doaumento da oferta. Verifica-se facilmente que, para cada 100 novas ofertas de pacotes de viagem, h um aumentode 50 reais no preo do pacote, isto , a taxa de variao igual a 0,5. O preo pode ser calculado em funo dademanda, pela frmula P = 0,5x100 + P

    0, onde P o preo final e P

    0 o preo mnimo.

    Como no caso da demanda, verificamos que existem diversos fatores que influenciam a variao da oferta,permitindo ou no uma diminuio de preo, isto , a oferta de um produto no est associada diretamente auma diminuio de preo. Em alguns casos, para aumentar a oferta, necessrio aumentar o preo.

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    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    Alguns fatores que podem influenciar a variao da ofertaPodemos considerar como fatores que influenciam a variao da oferta: alteraes de custo na produo ou

    na contratao de servios, necessidades em termos de servios e material especializado, aumento de impostos,perdas sazonais, clima, greves, atentados e violncia relacionados a um determinado local.

    A exposio sobre a demanda e a oferta mostra alguns fatores que podem produzir diferentes efeitos sobreessas duas tendncias do mercado, mas importante que o profissional tenha um parmetro que lhe possibiliteanalisar e tomar decises, sem prejuzos para a organizao em que est desenvolvendo um determinado traba-lho ou projeto. Para isso, importante considerar a noo de preo de equilbrio, pois, como verificamos ante-riormente, no pelo fato de aumentar ou diminuir a demanda ou a oferta que devemos simplesmente diminuirou aumentar os preos sem analisar os fatores que esto influenciando essas variaes. A noo de preo deequilbrio fundamental e constitui um parmetro que pode auxiliar a tomada de deciso.

    A noo de equilbrio ____________________________________________________

    Nas atividades humanas, sempre importante considerar a questo de equilbrio. Em finanas, essa nooest diretamente associada noo de preo de equilbrio, que permite comparar demanda e oferta.

    No exemplo a seguir, consideramos o caso de aumento do preo de pacotes de viagem e aumento da ofertae diminuio da demanda para uma cidade qualquer, focalizando uma viagem terrestre de fim-de-semana no msde julho.

    Preo (R$) 600 650 700 750 800

    Oferta por semana 200 300 400 500 600

    Demanda por semana 600 500 400 300 200

    Observao:Pelo grfico, verificamos facilmente que o preo de equilbrio de 700 reais e que, conforme opreo ultrapassa o preo de equilbrio, a oferta ultrapassa a demanda. Ao contrrio, quando os preos diminuem,a demanda ultrapassa a oferta.

    O preo de equilbrio no estvel. Havendo uma mudana no preo de equilbrio, importante consideraruma nova curva para comparar se houve ou no mudana na oferta e qual ser a relao com o novo preo deequilbrio. No grfico acima, quando a demanda aumenta - isto , a reta da demanda se desloca para a direita - ea oferta permanece a mesma, o preo de equilbrio aumenta. Caso contrrio - ou seja, se a reta da demanda sedesloca para a esquerda - o preo de equilbrio diminui e provoca alteraes na relao entre demanda e oferta.

    1) Relacione:

    a. demanda e preo;

    b. oferta e preo.

    2) Cite alguns fatores que podem influenciar a variao

    a. da demanda;b. da oferta.

    3) Demonstre a noo de equilbrio com exemplos.

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    Usando uma imagem como exemplo, quando voc joga uma pedra num lago, formam-se ondas a partir doponto em que a pedra caiu. Quando uma pessoa comea a vida sem entender a diferena entre ativo e passivo, asondas podem causar problemas financeiros para o resto da vida.

    O importante entender as idias relacionadas s finanas. Ativo a totalidade dos bens com valor comercialou valor de troca pertencentes a uma sociedade, instituio ou pessoa fsica. Passivo o dinheiro que sai parapagamento de despesas de qualquer natureza.

    Para assimilar esses conceitos, necessrio entender o que um fluxo de caixa (cash flow, em ingls). Fluxo decaixa a demonstrao do movimento de receitas, despesas, ativos e passivos que definem o balano. ele quedetermina se algo , de fato, um ativo, um passivo ou algo sem valor algum. Poderia ser a expresso mais importantedo mundo do dinheiro, mas as pessoas no o entendem como tal. (Consulte tambm o mdulo Matemtica).

    O padro de fluxo de caixa de um ativo o seguinte: A seguir, o padro de fluxo de caixa de um passivo:

    O ativo o dinheiro que flui para a coluna de receita. O passivo o dinheiro que sai da coluna de despesa.

    O ativo coloca o dinheiro no bolso, enquanto o passivo tira o dinheiro do bolso. Por exemplo, uma empresaque gera receita lquida positiva um ativo que alimenta a coluna de receitas. O aluguel de um imvel umpassivo que alimenta a coluna de despesas. Ativo, passivo e fluxo de caixa so conceitos importantes no balano

    de uma empresa.

    Balano de fontes e aplicaes ____________________________________________

    O balano de fontes e aplicaes utilizado para que se tenha idia de origem e destino dos recursos de umaempresa. Em geral, elaborado a partir da comparao de dois balanos seguidos, que permitem visualizar deonde vieram os recursos que financiaram as aplicaes.

    Fontes de recursos _______________________________________________________

    A empresa deve ter, sempre, uma fonte de recursos que pode ser constituda por recursos prprios, emprstimos,aes, etc. Em geral, para empresas que j estejam em atividade, os recursos so provenientes das seguintes fontes:aumento de capital, lucros, venda de ativos, emprstimos, etc.

    Em uma empresa que esteja operando, faz-se necessrio verificar, no balano, se os emprstimos podemreduzir o passivo ou aumentar o ativo, ou vice-versa. necessria uma anlise para verificar se o recurso que estvindo para a empresa um bom recurso.

    TEMA 4

    FINANAS E CUSTOSTEMA 4

    FINANAS E CUSTOS

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    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    No Plano de Negcios, a empresa deve fornecer o balano das fontes (emprstimos de curto prazo e longoprazo, aplicaes, etc.) para verificar, por meio de simulaes, se o crescimento da empresa no est prejudicado.

    Exemplo: A empresa Tecido Bonito apresentou os seguintes balanos para os ltimos dois anos:

    Ativo 2003 2004 + -

    Caixa 12.700,00 7.720,00 4.980,00

    Contas a receber 19.590,00 37.000,00 17.410,00

    Estoques 5.680,00 17.780,00 12.100,00

    Ativo Imobilizado 14.500,00 17.620,00 3.120,00

    Total 52.470,00 80.120,00 32.630,00 4.980,00

    Passivo 2003 2004 + -

    Capital 6.590,00 29.400,00 22.810,00

    Emprstimos curto prazo 14.380,00 30.220,00 15.840,00

    Emprstimos longo prazo 31.500,00 20.500,00 11.000,00

    Total 52.470,00 80.120,00 38.650,00 11.000,00

    Para que nossa anlise possa progredir, necessrio que as aplicaes (aumento de ativos + reduo de passivos)sejam iguais s fontes (redues de ativos + aumento de passivos). Observando o exemplo dado, encontramos:

    Aplicaes (32.630,00 +11.000,00) = fontes (4.980,00 + 38.650,00)

    Com base nesses valores, podemos montar nosso balano de fontes e aplicaes:

    FONTES R$

    Caixa 4.980,00

    Capital 22.810,00

    Emprstimos de curto prazo 15.840,00

    Total 43.630,00

    Pelos dados, verifica-se que a empresa estava em expanso e precisou financiar esse crescimento. Isso foi feitocom o dinheiro que havia em caixa, aumento de capital e emprstimos de curto prazo. Contudo, verifica-se que aempresa aumentou seu imobilizado, estoque e contas a receber, por causa de maiores vendas efetuadas.

    Custo ___________________________________________________________________Custo uma medida, em termos monetrios, do montante de recursos utilizados para um objetivo qualquer.

    O custo serve para medir quanto foi utilizado de cada um desses recursos no processo produtivo. Como cadarecurso tem seu preo, a soma desses preos determina o valor do custo do produto ou servio.

    A medida do custo expressa em termos monetrios. Assim, o dinheiro o denominador comum que permiteter uma perfeita idia do que foi gasto.

    O custo est relacionado a um propsito. Se esse propsito no estiver perfeitamente claro, provavelmentehaver problemas de interpretao.

    Um exemplo de custo o clculo da passagem area e envolve: custo unitrio por passageiro, de manutenoda aeronave, pessoal de bordo, pessoal de apoio, alimentao no vo, etc.

    Um outro exemplo pode ser o de algum que esteja planejando fazer uma viagem, mas no possui recursossuficientes. Em outras palavras, o dinheiro curto. Surge, ento, uma oportunidade: um amigo que pretende

    viajar para o mesmo lugar concorda em dar uma carona, desde que sejam divididos os custos de transporte.Somente quando houver um acordo, antes da viagem, com relao ao que seria o custo de transporte que se terdefinido o preo, sem interpretaes diferentes. Caso contrrio, o carona poder pensar que seu parceiro vai arcar

    APLICAES R$

    Contas a receber 17.410,00

    Estoque 12.100,00

    Ativo imobilizado 3.120,00

    Emprstimos de longo prazo 11.000,00

    Total 43.630,00

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    no s com os custos do combustvel, mas tambm com os custos de manuteno, reparo em pneus, desgaste docarro, etc. tudo uma questo de ponto de vista.

    Classificao de custosA noo de custos fundamental para que possamos saber quanto custou um produto ou servio de uma

    empresa. E cada produto ou servio incorpora a soma de vrios custos dos recursos utilizados na fabricao. Saberquanto esta soma o que nos interessa. O resultado chamado custo total. O custo total ou final de qualquer

    produto ou servio a soma de diversos custos. De acordo com a facilidade de atribuio, os custos podem serdiretos ou indiretos.

    Custos diretos so aqueles facilmente atribuveis a um determinado produto.

    Custos indiretos so os que incidem sobre o produto, mas no so atribudos diretamente a ele. Por exemplo,no caso de uma passagem area, um custo direto ser a refeio do tripulante; um custo indireto ser a energiaeltrica utilizada no aeroporto.

    Custos de produoNa produo de um objeto teremos vrios custos envolvidos, e importante defini-los para se chegar a um

    preo final do produto. Os custos de produo so divididos em custos variveis e custos fixos.

    Oscustos variveis so aqueles que se alteram com o volume de produo. Em termos gerais, a palavra varivel

    significa simplesmente mutvel, mas, em contabilidade, varivel tem um sentido mais restrito. Varivel no signi-fica mudanas no custo com o passar do tempo, nem mudanas associadas troca de estao, mas somente asmudanas relacionadas atividade produtiva, ou seja, ao volume de produo. Se um item de custo aumenta como volume de produo, este item um custo varivel.

    Custos fixos so os que no variam com o volume de produo, mas sim com o decurso de tempo. Podem serclassificados como custos fixos: salrios, custos com energia, depreciao (desgaste que os bens apresentamdurante o seu tempo de uso).

    O custo varivel unitrio constante, isto , no se altera com a mudana de volume. Quanto ao custo fixounitrio, este decresce com o aumento de produo.

    O exemplo a seguir ajuda a entender a relao de custo fixo e varivel.

    Volume de produo 1.000 unidades 1.200 unidades 1.500 unidades

    a) Custo total para o perodo - R$ -

    Custo varivel 4.000,00 4.800,00 6.000,00

    Custo fixo 4.000,00 4.000,00 4.000,00

    b) Custo unitrio - R$ -

    Custo varivel 4,00 4,00 4,00

    Custo fixo 4,00 3,67 3,33

    Observe o que ocorre quando o volume de produo se eleva de 1.000 para 1.500 unidades: o custo variveltotal aumenta 50%, o custo total fixo permanece inalterado; o custo varivel por unidade permanece constantee o custo fixo por unidade decresce.

    A noo de custo fixo e varivel importante, pois nos d uma idia do tipo de preocupao que o empresriodever ter com relao aos custos de sua empresa. O que interessa ter vendas suficientes para cobrir os custostotais e, ainda, ter uma margem de lucro.

    Qualquer empresa tem como objetivo bsico a maximizao de lucros. A maximizao resultante de algumasvariveis como, por exemplo, o custo e a receita. Para que se possa melhorar o desempenho de uma empresa, noh outra soluo: ou se aumentam as vendas, ou se diminuem os custos, ou ambas as coisas. Por isso, importan-te dominar a questo dos custos. O lucro apenas o resultado financeiro da empresa, depois de apuradas asvendas e os custos.

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    Finanas, Administrao e Tecnologia para o Turismo

    1) Banho Melhor uma empresa que produz portas de vidro temperado para banheiros. Os custos de fabricaoesto discriminados a seguir:Depreciao: ........................................................................................ R$ 400,00/msAluguel: ............................................................................................... R$ 300,00/msSalrio dos operrios: ......................................................................... R$ 20,00/portaDespesas de escritrio: ........................................................................ R$ 600,00/msMateriais diversos: .............................................................................. R$ 200,00/msSeguro: ................................................................................................R$ 100,00/msSalrio do supervisor: .......................................................................... R$ 800,00/ms

    Sabendo-se que as portas so padronizadas, que o volume normal de produo de 200 portas/ms e queBanho Melhoraloca todos os custos indiretos igualmente para cada porta, pergunta-se:

    a) Qual o valor dos custos diretos? dos custos indiretos? do custo de cada porta?

    b) Um cliente da Banho Melhor quer comprar uma porta e diz que j tem todo o material necessrio. Aproposta do cliente que o proprietrio da Banho Melhorfaa a porta pelo preo de custo. O proprietrioconcorda. Voc acha que pode haver alguma interpretao diferente entre o proprietrio e o cliente comrelao ao custo? Por qu?

    2) A Porcas & Parafusos vem mantendo sua produo de 1.000 lotes de unidades por ms, dividida em:600 do produto 1300 do produto 2100 do produto 3

    Nessa produo, so aplicados R$ 3.000,00 de matria-prima, sendo:R$ 1.500,00 no produto 1R$ 900,00 no produto 2R$ 600,00 no produto 3

    As despesas com mo-de-obra por lote produzido so de:R$ 20,00 no produto 1R$ 28,00 no produto 2R$ 50,00 no produto 3

    Os custos indiretos correspondem a R$ 1.600,00 e so alocados aos produtos de acordo com a relaopercentual, idntica que existe entre os valores de matria-prima aplicados em cada produto, divididos pelovalor total de matria-prima.

    Calcule o custo total para produzir cada lote, o custo total por produto e o custo unitrio por produto.

    3) A Coco Nobre, empresa que engarrafa gua de coco, vende 10.000 unidades por ms ao preo unitrio de R$32,00. Segundo o departamento de marketing, o mercado estaria apto a absorver os seguintes volumes:

    12.000 unidades com reduo de 5% no preo de venda;

    15.000 unidades com reduo de 10% no preo de venda.So os seguintes os custos envolvidos na produo atual:

    Custos fixos: R$ 80.000,00Custos variveis: 16,00/unidade, com a seguinte estrutura:Mo-de-obra (MO) 40%Matria-prima (MP) 50%Custos indiretos 10%.

    Para que as alternativas em estudo pudessem ser adotadas, as seguintes alteraes ocorreriam:a) Produo de 12.000 unidades acrscimo de 25% na MO e 5% no custo indireto;b) Produo de 15.000 unidades elevao dos custos fixos para R$ 110.000,00 e contratao de servios de

    terceiros por R$ 30.000,00.

    Identifique qual a alternativa mais vantajosa.

    3

    3 Exerccios do SEBRAE. Apostila de Formao de jovens empreendedores. Planejamento do negcio. O ambiente empresarial.So Paulo. 1998.

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