tÍtulo: implantaÇÃo de um sistema de gestÃo de informaÇÃo …

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TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO EM UMA FERRAMENTARIA DE PEQUENO PORTE TÍTULO: CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA: ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ÁREA: SUBÁREA: Engenharias SUBÁREA: INSTITUIÇÃO(ÕES): CENTRO UNIVERSITÁRIO DO INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA - CEUN-IMT INSTITUIÇÃO(ÕES): AUTOR(ES): GABRIELLA JANIZELI NUCCI AUTOR(ES): ORIENTADOR(ES): JORGE KAWAMURA ORIENTADOR(ES):

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TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO EM UMA FERRAMENTARIADE PEQUENO PORTETÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTOCATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRAÁREA:

SUBÁREA: EngenhariasSUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): CENTRO UNIVERSITÁRIO DO INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA - CEUN-IMTINSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): GABRIELLA JANIZELI NUCCIAUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): JORGE KAWAMURAORIENTADOR(ES):

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GABRIEL GARDINI

GABRIELLA JANIZELI NUCCI

HEITOR QUEIROZ GARCIA

FERNANDO DA PALMA RICHARDS

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO

EM UMA FERRAMENTARIA DE PEQUENO PORTE

SÃO CAETANO DO SUL

2018

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2

GARBIEL GARDINI

GABRIELLA JANIZELI NUCCI

HEITOR QUEIROZ GARCIA

FERNANDO DA PALMA RICHARDS

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO

EM UMA FERRAMENTARIA DE PEQUENO PORTE

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Escola de Engenharia Mauá

do Centro Universitário do Instituto Mauá

de Tecnologia como requisito parcial para

a obtenção do título de Engenheiro de

Produção.

Orientador: Prof. Mestre Jorge

Kawamura

SÃO CAETANO DO SUL

2018

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3

GARBIEL GARDINI

GABRIELLA JANIZELI NUCCI

HEITOR QUEIROZ GARCIA

FERNANDO DA PALMA RICHARDS

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO

EM UMA FERRAMENTARIA DE PEQUENO PORTE

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Escola de Engenharia

Mauá do Centro Universitário do

Instituto Mauá de Tecnologia como

requisito parcial para a obtenção do

título de Engenheiro de Produção.

Banca Examinadora:

SÃO CAETANO DO SUL

2018

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4

AGRADECIMENTOS

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5

RESUMO

Page 7: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

6

ABSTRACT

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7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS POR FATURAMENTO

(BNDES) .................................................................................................................................. 12

Figura 2 - CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS POR FATURAMENTO

(SEBRAE) ............................................................................................................................... 12

Figura 3 - CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS POR FUNCIONÁRIOS

(SEBRAE) ............................................................................................................................... 13

Figura 4 - MÓDULOS MAIS COMUNS DO ERP ............................................................. 20

Figura 5 - ELEMENTOS GRÁFICOS DO BPMN ............................................................. 23

Figura 6 – EXEMPLO DE BPMN ........................................................................................ 25

FIGURA 7 - FASES DA METODOLOGIA SIPOC ........................................................... 26

FIGURA 8 - MODELAGEM DE UM VOCABULÁRIO DO SISTEMA ............................ 29

FIGURA 9 - MODELAGEM DA DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES DE UM

SISTEMA ................................................................................................................................. 30

Figura 10 - UML DO FLUXO DE INFORMAÇÕES .......................................................... 40

Page 9: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SAP

ERP – Enterprise Resource Planning

BPMN -

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9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 11

1.1 OBJETIVO ............................................................................... 11

1.1.1. OBJETIVO PRIMÁRIO ........................................................ 11

1.1.2. OBJETIVO SECUNDÁRIO .................................................. 11

1.2 JUSTIFICATIVA ....................................................................... 11

1.2.1 MICROEMPRESAS NO BRASIL ........................................... 11

1.2.2 A FERRAMENTARIA GARDINI .............................................. 14

1.2.3 O ERP ..................................................................................... 15

1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA .................................................. 16

1.4 QUESTÃO CENTRAL DA PESQUISA .................................... 16

1.5 CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO ........................................ 16

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................ 18

2.1 SOFTWARE DE GESTÃO ERP – ENTERPRISE

RESOURCE PLANNING ................................................................. 18

2.1.2 MERCADO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

INTEGRADOS ................................................................................. 20

2.2 MAPEAMENTO DOS PROCESSOS E DADOS DA

EMPRESA ....................................................................................... 21

2.2.1 MAPEAMENTO DE PROCESSOS POR BPMN .................... 22

2.2.2 MAPEAMENTO DAS ENTRADAS E SAÍDAS DO

PROCESSO - SIPOC ...................................................................... 25

2.2.3 MAPEAMENTO DAS VARIÁVEIS DO PROCESSO -

UML ................................................................................................. 27

2.3.2 REST ................................................................................................. 31

3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 33

3.1 TIPO DE PESQUISA .......................................................................... 33

3.2 LIMITAÇÕES DO MÉTODO DE PESQUISA ................................. 34

3.3 VARIÁVEIS DA QUESTÃO DA PESQUISA .................................. 35

3.4 FONTE DE DADOS ............................................................................ 35

3.4.1 FONTES DE DADOS PRIMÁRIOS .............................................. 35

3.4.2 FONTES DE DADOS SECUNDÁRIOS ....................................... 35

3.5 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS ...................................... 36

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10

3.5.1 ETAPAS PARA COLETA DE DADOS ...................................................... 36

3.6 PROCEDIMENTO PARA ANÁLISE DE DADOS .......................... 37

3.6.1 ETAPAS PARA ANÁLISE DOS DADOS

COLETADOS ............................................................................................. 38

3.5.1.1 BPMN .......................................................................................... 38

3.5.1.2 SIPOC ......................................................................................... 38

3.6.1.3 UML ................................................................................................ 39

3.6.1.3.1 NORMALIZAÇÃO DOS DADOS ............................................ 40

3.6.1.3.2 CRIAÇÃO DAS TABELAS DE DADOS ................................ 41

3.6.1.3.2 DEFINIÇÃO DOS MÓDULOS DO SISTEMA ...................... 42

3.5.2 FERRAMENTAS PARA VIABILIZAÇÃO TÉCNICA ................ 43

3.6.3.1 BANCO DE DADOS .................................................................... 43

3.6.3.2 REST .............................................................................................. 43

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 44

Page 12: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

11

1 INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVO

1.1.1. Objetivo primário

O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de uma ferramenta de Enterprise

Resource Planning (ERP) de baixo custo e friendly user, com a finalidade de otimizar

a gestão de informações de uma microempresa do setor metalúrgico sanando a

carência de gestão de informações.

1.1.2. Objetivo secundário

O objetivo secundário é o desenvolvimento de um aplicativo para mobile como

extensão do uso do software fornecendo uma nova experiência na gestão de

informações, uma vez que toda a estrutura da ferramenta ERP servirá como base para

isso.

1.2 JUSTIFICATIVA

1.2.1 Microempresas no Brasil

De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES, 2016), as

microempresas possuem Renda Operacional Bruta anual de até R$ 2,4 milhões (vide

Erro! Fonte de referência não encontrada.). Já para o Serviço Brasileiro de Apoio

às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2016) a classificação de microempresas

no Brasil, de acordo com o faturamento, é de R$60.000,00 até R$360.000,00,

conforme Erro! Fonte de referência não encontrada.. No Brasil as microempresas

representam mais de 90% do total de empresas ativas. Dentro desses 90%, elas

representam 100% dos casos de mortalidade por ano. Nas micro e pequenas

empresas (MPEs) existem carências como: capital para investimentos, planejamento

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12

financeiro, planejamento estratégico e gerenciamento de informações (SEBRAE,

2016).

Figura 1 - CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS POR FATURAMENTO

(BNDES)

Fonte: SEBRAE

Figura 2 - CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS POR FATURAMENTO

(SEBRAE)

Fonte: SEBRAE

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Figura 3 - CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS POR FUNCIONÁRIOS

(SEBRAE)

Fonte: SEBRAE

As micro e pequenas empresas brasileiras possuem baixa quantidade de capital como

uma de suas características, o que comprova o baixo investimento em inovação

tecnológica (IBGE, 2003). E segundo o SEBRAE (2004) 60% das micro e pequenas

empresas querem melhorar a gestão, mas não possuem recursos suficientes para

isto.

Alguns fatores impedem ou atrapalham o desenvolvimento, competividade e

sobrevivência destas empresas no mercado brasileiro (SEBRAE, 2016) como:

-Grandes dificuldades de sobrevivência por terem tamanho bem reduzido, ao baixo

investimento e ao baixo lucro.

- O próprio dinheiro do investidor é utilizado para investimentos na empresa devido à

falta de organização e controle dos ganhos e das despesas. Existe ainda a dificuldade

de analisar a saúde financeira da empresa.

-Carência de conhecimento em gerenciamento dos administradores, impedindo que

exista desenvolvimento de um plano de negócios de forma correta que ajude a

empresa a se manter ou se tornar competitiva no mercado.

-A dificuldade no gerenciamento e análise de informações da empresa ocorre devido

à falta de capital para investir em um software de gestão da informação.

Page 15: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

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Para aprofundar o tema de microempresas, será dado um overview sobre a

Ferramentaria Gardini. Esta empresa foi selecionada pois é uma microempresa e

possui as mesmas características citadas acima.

1.2.2 A Ferramentaria Gardini

A Ferramentaria Gardini foi fundada em 1982, é uma microempresa do setor

metalúrgico. Sua estrutura conta com 3 integrantes da família, 3 funcionários

registrados e mais 1 funcionário externo, totalizando 7 pessoas. Segundo a Erro!

Fonte de referência não encontrada., a Ferramentaria apresenta o porte de

Microempresa. A empresa tem sede própria e não trabalha para um segmento

especifico. Sua expertise é na fabricação de moldes para os setores: hospitalar,

utilidade doméstica e brindes.

Entre os serviços oferecidos estão: confecção de moldes para injeção de

termoplásticos, manutenção de moldes para termoplásticos, serviços de usinagem no

CNC e nos demais maquinários da empresa, desenvolvimento de produtos, criação

de projetos e impressão 3D (tecnologia FDM). No caso de desenvolvimento de

produtos, é feito a modelagem e renderização das vistas do produto para a

apresentação do estudo, aprovação e realização da impressão 3D.

Sua gestão é feita de maneira descentralizada utilizando planilhas eletrônicas

Microsoft Excel e arquivos em Microsoft Word (processador de texto). A falta de

centralização e padronização da gestão de informações: perda de capital por

retrabalho, acumulo em estoque, falha no gerenciamento de compras de material, falta

de padronização nos processos, falta de conhecimento sobre a saúde financeira da

empresa e um risco legal por não haver formalização de contratos entre a empresa e

o cliente.

O uso de um software ERP seria a solução para resolver as carências atuais da

empresa, porém devido aos altos custos, este software acaba se tornando inacessível.

Para o gerenciamento das informações das microempresas, será dado um overview

sobre o ERP neste setor.

Page 16: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

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1.2.3 O ERP

O ERP é um software modular que integra todos os dados da empresa em um sistema

unificado (sistema utilizando um banco de dados). O objetivo é armazenar todas as

informações de maneira segura, confiável simples e com fácil acesso. Segundo a

EXAME (2015), as principais vantagens são:

- Gestão completa e padronizada;

- Análise ampla dos resultados obtidos;

-Planejamento da empresa e do ciclo produtivo;

De acordo com as vantagens levantadas, este software tem acesso a todas as

informações da empresa, possibilitando o gerenciamento de compras de material e

manutenções dos estoques evitando: desperdícios e mal planejamento, além de

auxiliar na tomada de decisões com rapidez.

Segundo CETIC (2012 apud SANTOS, FARIAS, SILVA, 2014, p.424), “71% das

empresas que possuem até 50 funcionários não utilizam uma ferramenta de ERP para

auxiliar na gerência de seu negócio [...]’’.

As empresas que não possuem este tipo de software estão sujeitas a terem problemas

e gastos desnecessários relacionados a falta de gestão da informação. Atualmente

para se manter competitivo no mercado é muito importante executar processos e

ações de forma simples e padronizada, evitando desperdício tempo, principalmente

com retrabalho.

Na microempresa citada verificou-se uma oportunidade além da utilização de

ferramentas de escritórios como Microsoft Access (banco de dados) e a planilha

eletrônica Excel. Seria possível modelar um software com o mesmo conceito de um

sistema ERP com um custo acessível, apresentando uma interface user-friendly que

não apresenta necessidade de treinamentos complexos para o manuseio.

Page 17: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

16

1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

A Ferramentaria Gardini necessita melhorar a sua gestão de informações, uma

possível solução seria implantar um software um ERP, mas devido à falta de recursos

financeiros para adquiri-lo, este investimento não é possível.

1.4 QUESTÃO CENTRAL DA PESQUISA

É possível desenvolver um software que contenha os conceitos de ERP de forma

acessível, que utilize softwares de baixo custo em seu desenvolvimento como o

MySQL (como banco de dados) e asp.net (como plataforma online em linguagem VB),

de forma a se organizar as informações de maneira confiável, de fácil manuseio,

integrando setores, organizando o fluxo processual e com interface online em uma

microempresa do setor metalúrgico com falta de gestão da informação?

1.5 CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO

O trabalho irá contribuir para que a microempresa utilizada tenha um melhor

desempenho administrativo e produtivo com baixo investimento, otimizando sua

postura e a estratégia perante o mercado e amadurecendo sua concepção de gestão

de informação. Além de ser possível desenvolver um framework de desenvolvimento

de softwares para criação de aplicações voltadas às micro e pequenas empresas.

Os principais benefícios tangíveis são: aumento de produtividade, redução no tempo

de ciclo de ordens, redução no tempo de ciclo de fechamento contábil/financeiro,

redução de custos de Tecnologia da Informação (TI), melhoria em processos de

suprimentos, melhoria na gestão de caixas, melhorias em processos de manutenção,

entrega no prazo.

Os stakeholders e as suas contribuições são:

-Fornecedores: Melhor planejamento de compra de materiais para que sejam

entregues pouco tempo antes de serem necessários para produção, evitando

Page 18: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

17

materiais esperando muito tempo para o uso. Comprar o necessário para não gerar

estoques ou desperdícios.

-Clientes: Entrega do serviço no prazo ou até mesmo de forma mais rápida, qualidade

no serviço prestado e no atendimento ao cliente, maior confiabilidade na empresa

contratada, possibilidade de redução de custos.

-Funcionários: Serviço feito com melhor qualidade, organização e padronização.

Page 19: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

18

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 SOFTWARE DE GESTÃO ERP – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING

O uso de softwares destinados à gestão empresarial, denominados sistemas ERP –

Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos Empresariais) - teve seu

crescimento a partir de 1996 no mercado brasileiro, e vem presenciando uma

demanda crescente pelo uso dessas ferramentas.

Segundo Jamil (2001), o ERP é um sistema integrado que possui uma arquitetura

aberta, viabilizando a operação com diversos sistemas operacionais, banco de dados

e plataformas de hardware. Desta forma, é possível a visualização completa das

transações efetuadas por uma empresa. Esses sistemas oferecem às organizações a

capacidade de modelar todo o panorama de informações que possui e de integrá-lo

de acordo com suas funções operacionais. Eles devem ser capazes de relacionar as

informações para a produção de respostas integradas a consultas que digam respeito

à gestão de todo negócio.

Para Lima et al. (2000), a adoção de um ERP afeta a empresa em todas as suas

dimensões, culturais, organizacionais ou tecnológicas. Esses sistemas controlam toda

a empresa, da produção às finanças, registrando e processando cada fato novo na

engrenagem corporativa e distribuindo a informação de maneira clara e segura, em

tempo real.

Ao adotar um ERP, o objetivo básico não adaptar a empresa a ele, mas sim melhorar

os processos de negócios usando tecnologia da informação de acordo com as

necessidades da empresa.

Para Buckhout et al. (1999), um ERP é um software de planejamento dos recursos

empresariais que integra as diferentes funções da empresa para criar operações mais

eficientes. Integra os dados-chave e a comunicação entre as áreas da empresa,

fornecendo informações detalhadas sobre as operações da mesma

Já Souza & Zwicker (2000) definem o ERP como um sistema de informação integrado,

adquirido na forma de pacotes comerciais, para suportar a maioria das operações de

uma empresa. Procuram atender a requisitos genéricos do maior número possível de

Page 20: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

19

empresas, incorporando modelos de processos de negócio obtidos pela experiência

acumulada de fornecedores, consultorias e processos de benchmarking.

Segundo Stamford (2000), o ERP possibilita um fluxo de informações único, contínuo

e consistente por toda a empresa sob uma única base de dados. É um instrumento

para a melhoria de processos de negócio, orientado por esses processos e não pelas

funções e departamentos da empresa, com informações on-line em tempo real.

2.1.1 Estudo sobre módulos do ERP

O ERP é constituído por vários “módulos” que suportam todas as áreas de uma

empresa. Por se tratar de sistema genérico, independe do fato de a empresa que vai

adotá-lo ser de manufatura ou prestadora de serviços.

Segundo Kumar e Hillegersberg (2000), é comum a aquisição de módulos principais

de um ou poucos fornecedores, completando-os com outros, próprios ou

desenvolvidos especificamente por outro fornecedor, para atender às necessidades

de integração e de informação.

Ressaltando assim a necessidade de módulos separados para atenderem as

diferentes áreas da empresa, mas que de certa forma sejam de fácil interligação.

Segundo Corrêa et al. (1997), um ERP é constituído por módulos que atendem às

necessidades de informação de apoio à tomada de decisão de todos os setores da

empresa, todos integrados entre si, a partir de uma base de dados única e não

redundante.

Segundo Dempsey (1999), o ERP dispõe de um conjunto de programas capazes de

interligar os aspectos da manufatura e incorporar os procedimentos contábeis ou

dados gerados por outros aplicativos.

Em relação à base de dados única, esta característica permite que a mesma

informação seja compartilhada por toda a empresa, reduzindo a duplicidade e dando

confiabilidade às informações do sistema.

O ERP armazena as informações da empresa em um banco de dados corporativo,

solucionando o problema de ter a mesma informação com valores distintos em

diferentes relatórios.

Page 21: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

20

Figura 4 - MÓDULOS MAIS COMUNS DO ERP

Fonte: http://ormel.com.br/ormel-erp/

2.1.2 Mercado de sistemas de informação integrados

Apesar de um desaquecimento neste mercado entre 2001 e 2003 (Saccol, Pedron,

Liberali, Macadar, & Cazella, 2004), Macedo, Gaete e Joia (2012) afirmam que o

mercado que mais cresceu foi o da indústria de tecnologia de informação (TI),

principalmente pelo segmento de pequenas e médias empresas. Os autores ainda

afirmam que, de forma geral, o mercado de ERP no Brasil gerou receitas de 802,6 e

999,1 milhões de dólares, em 2011 e 2012, respectivamente. Em 2014, estes valores

foram de 1,2 bilhão de dólares (Meirelles, 2015).

A tendência de que as desenvolvedoras desse tipo de solução apontassem seu foco

para o mercado de pequenas e médias empresas já havia sido observada (Mendes &

Escrivão Filho, 2002), o que demonstra uma saturação, em termos de vendas, para o

mercado de grandes empresas.

Page 22: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

21

Mesmo as maiores desenvolvedoras de sistemas de ERP, como a SAP, que possui

foco em grandes corporações, vêm estabelecendo iniciativas no mercado de

pequenas e médias organizações (Romer, 2013).

Dessa forma percebe-se que esse mercado está se aquecendo com o tempo e

apresenta concorrentes no ramo de micro e pequenas empresas tais como: Bling,

ContaAzul, GestãoClick por exemplo.

Dentre todas as opções disponíveis no mercado, antes de escolher um software de

gestão, o melhor caminho é mapear os processos atuais, entender as necessidades

da empresa (por exemplo: foco no setor financeiro ou em estoques ou em ambos),

buscar por softwares que fazem a integração entre áreas, facilite o gerenciamento e

ao acesso fácil e rápido a informações, suporte técnico,

Com isto, não é necessário a compra de um software ERP completo, com todos os

módulos, basta comprar somente os módulos necessários ou o software de ERP que

melhor se adeque na empresa, evitando gastos desnecessários. A partir destas

informações, a compra de um ERP é facilitada.

2.2 MAPEAMENTO DOS PROCESSOS E DADOS DA EMPRESA

As organizações conseguem gerir com maior eficácia e eficiência seus negócios

quando estão orientadas e focadas nos seus processos. (Madison, 2005). São os

processos bem definidos que garantem uma visão sistemática do contexto geral da

empresa.

Para Hammer (2002) um bom mapeamento é uma abordagem estruturada que visa a

melhoria do desempenho dos processos de uma organização, ao centrar esforços

disciplinados no desenho e na execução de suas etapas produtivas.

O que é capturado pelo mapeamento dependerá diretamente da técnica adotada

(Biazzo, 2002) e, o uso de diferentes ferramentas de mapeamento auxilia os

envolvidos no processo a atingir uma melhor performance (Greasley, 2006). Entre as

diferentes ferramentas disponíveis, destaca-se neste contexto o BPMN e SIPOC para

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22

mapeamento dos processos físicos. E para o contexto online o UML transporta as

informações levantadas pelo BPMN e SIPOC, e relaciona os processos entre as

variáveis.

2.2.1 Mapeamento de processos por BPMN

O primeiro passo para definir o processo de uma empresa é entender o conceito que

sustenta o termo BPMN, Business Process Model and Notation.

O processo de negócio é um conjunto de atividades estruturadas e relacionadas,

projetadas para produzir um específico “output” para um cliente ou mercado particular

(DAVENPORT, 1990). Sendo assim é esperado que um processo tenha uma entrada,

uma operação e uma saída pré-definida de maneira estruturada.

Um processo de negócio (BP – Business Process) é um conjunto de ações interligadas

ou passos executados seguindo uma ordem pré-definida para atingir de forma coletiva

um objetivo, geralmente dentro de uma estrutura organizacional e que pode se

estender por várias organizações diferentes (Workflow Management Coalition, 2008).

Para entender melhor o processo de negócio é necessário modelar o processo.

Modelagem é a capacidade de gerar abstrações de algo que existe no mundo real.

(Roam, 2008). O resultado dessa modelagem é uma aproximação da realidade por

meio de um mapeamento.

O objetivo principal da BPMN é ser uma notação ligeiramente compreensível pelos

usuários de negócios (Object Management Group, 2011). Indicando assim a facilidade

de uso da ferramenta e sua aplicabilidade em vários cenários.

O BPMN permite a definição de processos de negócio em forma de diagrama. A

notação foi proposta pela Business Process Management Initiative (BPMI), cujos

membros eram, na maioria, empresas na área de software. (ABPMP, BPM, CBOK,

2013) Essa notação agrega valor pois torna o processo visual, permitindo assim uma

melhor visualização das etapas e um apoio a decisão mais preciso.

Page 24: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

23

Na Figura 5 - ELEMENTOS GRÁFICOS DO BPMN podemos observar uma

representação gráfica de cada um dos elementos de BPMN, utilizados para

modelagem de processos de negócio. Figura 3: Representação gráfica dos elementos

de BPMN

Figura 5 - ELEMENTOS GRÁFICOS DO BPMN

Fonte: https://www.edrawsoft.com/bpmn-symbols.php

O BPMN fornece três principais tipos de diagramas (Allweyer, 2010; Object

Management Group, 2011):

• Diagramas de processo: É um conjunto de atividades de negócios realizados

por uma organização para alcançar um objetivo (produto ou serviço).

• Diagramas de coreografia: É um tipo de diagrama de processo que descreve

como coordenar a interação entre os participantes. Um participante,

normalmente, executa um papel na organização e é representado dentro de

uma piscina. As informações trocadas são representadas pelas mensagens

recebidas e enviadas.

Page 25: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

24

• Diagramas de colaboração: Este tipo de diagrama realiza a troca de

informações entre os atores, representado por piscinas. Os processos

comunicam-se por troca de mensagens.

Os diagramas de processos de negócio utilizam um conjunto de elementos que podem

ser agrupados em cinco categorias básicas (Object Management Group, 2011):

• Objetos de fluxo: São os principais elementos gráficos para definir o

comportamento de um processo de negócio. Existem três tipos de objetos de

fluxo: eventos, atividades e gateways.

• Dados: Representam os dados envolvidos no processo.

• Objetos de conexão: Realizam a ligação entre os vários elementos do

processo. Há quatro tipos de objetos de conexão: fluxo de sequência, fluxo de

mensagens e associação de dados.

• Swimlanes: Representam os participantes no processo. Um participante é uma

pessoa, um departamento ou um sistema de computador envolvido no

processo. Os participantes no processo podem ser agrupados em piscinas ou,

mais particularmente, nas raias. Uma piscina pode ser dividida em várias raias,

por exemplo, para representar os diferentes departamentos de uma

organização.

Page 26: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

25

Figura 6 – EXEMPLO DE BPMN

Fonte: http://igti.com.br/blog/bpmn-para-automatizacao-de-processos-de-negocio-

em-bpms/

Com o mapeamento feito pelo BPMN é possível identificar todas as entradas e saídas

do processo. E para isso a ferramenta a ser utilizada é o SIPOC.

2.2.2 Mapeamento das entradas e saídas do processo - SIPOC

A palavra SIPOC é uma sigla para Suppliers, Inputs, Process, Outputs, Customers

(fornecedor, entradas, processos, saídas e consumidores).

Segundo Baba (2008), o método SIPOC permite identificar elementos relevantes para

a melhoria de processo, atribuindo maior conhecimento sobre determinada atividade

e ainda identificar oportunidades de melhoria no processo produtivo. Utilizando-se a

Page 27: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

26

ferramenta SIPOC é possível criar indicadores para controlar as entradas e saídas,

sendo possível medir a satisfação dos clientes e a performance dos fornecedores,

dentre outros e elencar os principais indicadores de eficácia e de eficiência

(PETENATE, 2012).

Segundo Andrade (2012), o método SIPOC tem como objetivo principal “Uma melhor

visualização da sequência dos processos por todos os membros da empresa a partir

da segregação das informações de cada processo em entradas, saídas, processos,

especificações de cada etapa e o fluxo de cada um.” Como resultados da aplicação

da ferramenta SIOC pode-se ter diversas melhorias, principalmente atingindo um nível

de qualidade superior no processo e no produto.

FIGURA 7 - FASES DA METODOLOGIA SIPOC

Fonte: https://goleansixsigma.com/sipoc/

Para a estruturação de um SIPOC pode-se seguir as seguintes etapas segundo

PETENATE, 2012:

1ª definir com o nome do processo nomeando-o utilizando um o verbo no infinitivo

mais o complemento;

2ª definir as saídas do processo. resultados dos processos;

Page 28: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

27

3ª definir os clientes do processo. São as pessoas, empresas ou outros processos

internos da organização que recebem as saídas do processo. Toda saída deve possuir

um cliente;

4ª definir as entradas do processo: Elementos necessários para iniciar cada processo;

5ª definir os fornecedores do processo: Pessoas ou outros processos que fornecem

as entradas. Toda entrada deverá possuir um fornecedor.

6ª definir as macros atividades do processo: Passos que transformam as entradas em

saídas.

2.2.3 Mapeamento das variáveis do processo - UML

A UML pode ser traduzida como Linguagem de Modelagem Unificada (do inglês, UML

- Unified Modeling Language) que é uma linguagem própria para a elaboração da

estrutura de projetos de software.

Atualmente a UML é um padrão mantido pela OMG, o que dá a ela um status de como

deve ser considerada a linguagem padrão para modelagem de sistemas

(GOMEZ,2015). Trata-se de uma linguagem padrão para elaboração da estrutura de

projetos de software (BOOCH, 2000). Segundo Booch, a linguagem UML é adequada

para modelagem de sistemas, cuja abrangência pode incluir sistemas de informação

corporativos e neste contexto, a metodologia UML.

Essa metodologia é “normalmente conduzida como parte das tarefas de engenharia

de requisitos e de análise do sistema, em um processo de desenvolvimento de

software” (GOMEZ, 2016). Há treze tipos de diagramas, cada um responsável por

representar um aspecto diferente. Eles são:

• Diagramas de Estrutura: Diagrama de Classes, Diagrama de Objetos,

Diagrama de Componentes, Diagrama de Estrutura Composta, Diagrama de

Pacote, e Diagrama de Implantação.

Page 29: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

28

• Diagramas de Comportamento: Diagrama de Caso de Uso, Diagrama de

Atividades e Diagrama de Estado de maquina.

• Diagramas de Interação: Diagrama de Sequência, Diagrama de Comunicação,

Diagrama de Timing, e Diagrama Geral de Interação.

Neste trabalho o enfoque será no Diagrama de Classes. As classes são representadas

por retângulos sendo identificadas por nome e seus atributos. O nome da classe deve

seguir um padrão para todos, foi utilizado o padrão: primeira letra maiúscula e se

houver necessidade e palavra deve ser quebrada por traço baixo. Elas possuem

ainda: atributos (representando suas propriedades), visibilidade dos atributos (publico,

protegido e privado), atributo chave (diferencia um atributo comum de varias classes

dos demais dessa classe especifica) e métodos que indicam em quais operações essa

classe esta envolvida.

Os relacionamentos representam a associação existente entre os conjuntos de

entidades (classes). Eles devem ser identificados pela descrição de sua ação (fez,

tem, possui, etc), deve ser identificado um sentido de leitura e multiplicidade indicando

o grau de associação entre duas ou mais classes (0..1, 0..*, 1..1, 1..2, 2..1 etc), seu

tipo:

• Agregação: “Tipo especial de associação, que possui a característica de “todo-

parte”. E diferente de uma associação normal, que representa um relaciona-

mento estrutural entre pares, quando nenhuma delas é mais importante que a

outra. Quando é necessário modelar um relacionamento do tipo “todo-parte”,

utiliza-se agregação, ou relaciona- mento “tem-um”, que significa que um objeto

“todo” tem objetos “parte”.” (GOMEZ, 2015)

• Composição: E uma variante semanticamente mais “forte” da agregação. Os

objetos “parte” só podem pertencer a um único objeto “todo” e tem. O tempo de

vida coincide com o tempo de vida do “todo”.” (GOMEZ, 2015)

• Generalização: “O filho herda os atributos, operações e relacionamento do pai.

O filho pode ter atributos ou operações a mais, ou pode até sobrescrever uma

operação do pai. E um relacionamento entre itens gerais (superclasses) e itens

mais específicos (subclasses).” (GOMEZ, 2015)

Page 30: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

29

É possível observar na FIGURA 8 um exemplo de modelagem de um vocabulário do

Sistema e na FIGURA 9 um exemplo da distribuição de responsabilidades de um

Sistema. Em ambos casos trata-se de um diagrama de classes.

FIGURA 8 - MODELAGEM DE UM VOCABULÁRIO DO SISTEMA

Fonte: BOOCH, Grady; RUMBAUGH, James; JACOBSON, Ivar. UML: guia do

usuário

Page 31: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

30

FIGURA 9 - MODELAGEM DA DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES DE UM

SISTEMA

Fonte: BOOCH, Grady; RUMBAUGH, James; JACOBSON, Ivar. UML: guia do

usuário.

2.3 MANIPULAÇÃO DOS DADOS

2.3.1 Banco de dados

Elmasri e Navathe (2006) levantam que os bancos de dados e a sua tecnologia são

responsáveis por um grande impacto no crescimento do uso de computadores. É

viável afirmar que eles representam um papel crítico em quase todas as áreas em

que os computadores são utilizados, incluindo negócios, comércio eletrônico,

engenharia, medicina, direito, educação e as ciências da informação. A palavra “banco

de dados” é tão comumente utilizada que, primeiro é preciso defini-la. Um banco de

dados é uma coleção de dados relacionados. Os dados são fatos que podem ser

gravados e que possuem um significado implícito, como por exemplo, nomes,

números telefônicos e endereços de pessoas conhecidas ou com grau de interesse.

Esses dados podem ter sido escritos em uma agenda de telefones ou armazenados

em um computador, por meio de programas como o Microsoft Access ou Excel.

Um banco de dados representa algum aspecto do mundo real, sendo chamado, às

vezes, de minimundo.

Page 32: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

31

Em outras palavras, um banco de dados possui algumas fontes das quais os

dados são derivados, alguns níveis de interação com os eventos do mundo real

e um público efetivamente interessado em seus conteúdos.

Segundo Udacity (2018), atualmente os tipos de banco de dados mais poupalres

disponiveis são: banco de dados relacional e bancos de dados não relacionais

(NoSQL).

Segundo Amazon Web Services (2018), em um banco de dados relacional os dados

são organizados em linhas e colunas com o objetivo de reter uma determinada

quantidade de dados em um campo, em diversos tipos de variáveis, entre elas

números ou textos. Cada linha representa uma coleção de valores relacionados a um

objeto ou uma entidade, podendo ser marcada com um único identificador, garantindo

a não existência de duplicidade da informação, chamada de chave primária. As

entradas de dados em outras tabelas podem ser conectadas através da chave

estrangeira, sendo essa uma informação idêntica em tipo e tamanho a um valor

armazenado em uma linha de outra tabela. Os dados em cada tabela podem ser

acessados de várias formas diferentes sem a necessidade de reorganizar as tabelas

de dados eles mesmos.

Segundo Mauricio De Diana e Marco Aurélio Gerosa (2010), os bancos de dados

NoSQL surgiram como uma solução para a questão da escalabilidade no

armazenamento e processamento de grandes volumes de dados na Web 2.0. Entre

os principais fatores que favoreceram seu surgimento estão a natureza dos dados da

web, a importância de se atingir altos graus de paralelismo no processamento de dos

grandes volumes de dados e a distribuição de sistemas em escala global.

2.3.2 Rest

Para que a consulta possa ser realizada através da internet, será utilizado o sistema

REST (REpresentational State Transfer) ou, em português: Transferência de Estado

Representacional. De acordo com o site CodeCademy (2018), trata-se de um estilo

de arquitetura para fornecer padrões entre sistemas de computador na Web de forma

facilitada. Os sistemas compatíveis com REST, são conhecidos, de forma

Page 33: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

32

simplificada, como RESTful, sendo caracterizados pela separação entre cliente e

servidor. O Rest possibilita que informações sejam obtidas em XML ou JSON, sendo

que o uso de cada uma deve ser estudado e definido de acordo com a necessidade

do ambiente (SAUDATE, 2013). Ainda segundo SAUDATE (2013), o REST é uma

arquitetura de Web Services que foi desenvolvida em uma tese de doutorado de Roy

Filding, co-autor do protocolo HTTP.

Page 34: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

33

3. METODOLOGIA

O objeto de estudo deste trabalho é implantar um sistema de gerenciamento de

informações, ERP, em uma empresa do ramo de ferramentaria. A escolha da empresa

pesquisada se deve, principalmente, pelo fato de ser destaque no setor atuante, e por

ter poucas das suas informações devidamente estruturada.

3.1 TIPO DE PESQUISA

As pesquisas ganham a classificação de acordo com a natureza, abordagem,

procedimento e método de coleta de dados (GIL, 2002). Dentre os possíveis modelos

de pesquisa é possível destacar os mais importantes nesse contexto:

A pesquisa aplicada tem o principal objetivo capitar o conhecimento necessário para

a aplicação pratica, tendo em vista corrigir problemas de fluxo de informação da

empresa Ferramentaria Gardini.

A pesquisa descritiva observa, analisa, registra e ordena dados sem que exista a

interferência do pesquisador. Esta pesquisa visa a descrição de características de

certa população ou relação de variáveis segundo Prodanov e Freitas (2013).

A pesquisa experimental, segundo GIL (2002), quando um objeto de estudo é

determinado, selecionando as formas de controles de variáveis e observando os

efeitos das mesmas.

Na pesquisa qualitativa não existe manipulação intencional do pesquisados, ambiente

como fonte dos dados. O objetivo é obter informações de acordo com a perspectiva

do que está sendo estudado (MIGUEL, 2011).

Este trabalho se classifica como: pesquisa aplicada de acordo com a natureza do

trabalho para a implantação do sistema de gerenciamento de informações. Pesquisa

descritiva de acordo com o objetivo. Pesquisa experimental quanto aos procedimentos

técnicos de implantação de um software desenvolvido em uma plataforma open

Page 35: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

34

source. Pesquisa qualitativa por conta da não existência de manipulação de dados em

si, apenas a manipulação do fluxo de informações.

Para os demais modelos de pesquisa é possível consultar no livro: Como elaborar

projetos de pesquisa do autor: Antônio Carlos Gil.

3.2 LIMITAÇÕES DO MÉTODO DE PESQUISA

As limitações metodológicas podem aparecer em algumas situações como escolha do

caso, análise de dados ou no acesso a informações e aos dados (MIGUEL, 2011).

Nesse caso é necessário analisar detalhadamente cada caso ou característica. Com

isso é possível chegar a um direcionamento confiável na metodologia da pesquisa.

Para dar andamento à essa pesquisa foram encontradas limitações tais quais:

A falta de experiencia em ferramentaria por parte do grupo. Para sanar esse ponto foi

necessário efetuar visitas e acompanhar o processo. Assim como a realização de

pesquisas informais com os funcionários da empresa.

Durante as entrevistas e reuniões, as informações coletadas ainda que informalmente,

carregavam consigo uma carga de ponto de vista individual. E isso poderia direcionar

a pesquisa para um “achismo” e não para o ponto em que realmente apresentava

potencial de melhoria, foco deste trabalho.

Para Hehn (1999), são três os aspectos críticos envolvidos em um projeto: pessoas,

tecnologia e processos. Há necessidade de um tratamento equilibrado entre esses

fatores para que se obtenha êxito na implantação. Tendo isso em mente é possível

ressaltar a limitação relacionada a contribuição efetiva dos funcionários no projeto. O

risco está relacionado ao fato de que as pessoas podem se mostrarem resistentes à

implantação de novas ideias, e dessa forma boicotar o projeto na fase da pesquisa.

Page 36: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

35

3.3 VARIÁVEIS DA QUESTÃO DA PESQUISA

A partir das reuniões e entrevistas informais com o diretor da empresa e os

funcionários, toda as informações foram ponderadas e analisadas de maneira

imparcial.

Entre as queixas levantadas, foi possível identificar os focos em que esse trabalho

poderia ser útil. Feito isso, foi possível identificar as principais variáveis da questão da

pesquisa, sendo elas: má gestão da informação, difícil acesso as informações e

ausência de uma gestão efetiva do negócio devido a falta de KPI’s.

3.4 FONTE DE DADOS

De Acordo com Eisenhardt (1989, apud MIGUEL,2011) o uso de múltiplas fontes de

dados e a interação com a percepção desenvolvida a partir da literatura possibilita que

o pesquisador alcance uma maior validade construtiva da pesquisa do trabalho.

Segundo Gil (2002), a coleta de dados e informações é uma das etapas mais

complexas, devido à utilização de várias fontes de evidência para conferir os dados e

a significância.

3.4.1 Fontes de dados primários

Os dados primários são os que ainda não foram coletados e devido a isto serão

pesquisados e tratados. A finalidade é atender as necessidades especificas da

pesquisa (MATTAR, 1994).

Devido ao caráter da pesquisa, a coleta de dados foi referente ao fluxo de informações

da empresa por meio de pesquisa informal e reuniões.

3.4.2 Fontes de dados secundários

Page 37: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

36

Fontes de dados secundários são as informações previamente coletadas e colocadas

à disposição do público, Gil (2002).

As informações deste trabalho foram coletadas em sua maior parte a partir de

entrevistas informais, pois a empresa não possui histórico de dados a disposição do

pulico.

Os dados secundários utilizados foram os levantados pelo SEBRAE, referente às

micro e pequenas empresas.

3.5 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS

Segundo Pressman (2002) a gestão de projetos de software é definida em quatro

pilares: “A gestão efetiva de projetos de software focaliza os quatro P´s: pessoas,

produto, processo e projeto”.

Envolvendo os quatro pilares ressaltados foi possível desenvolver o software que vai

ser usado como apoio a tomada de decisões na Ferramentaria Gardini.

3.5.1 Etapas para coleta de dados

O primeiro passo para uma coleta de dados eficiente é entender qual o dia a dia da

empresa, problemas básicos, quem serão os usuários do software de gerenciamento

de informações. Para fazer esse levantamento de informações foram tomados os

seguintes cuidados:

• Iniciar a coleta de dados com as pessoas mais experientes da empresa e em

seguida estender a pesquisa para os demais;

• Evitar que opiniões fossem reprimidas sem julgamentos, o filtro das

informações foi feito posteriormente;

• Evitar perguntas superficiais;

• Deixar o ambiente descontraído para que as ideias pudessem fluir livremente;

Page 38: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

37

3.5.2 Entrevista informal

Com as entrevistas informais com a gerencia e funcionários foi possível entender

como a empresa funciona, desde a produção até o administrativo. Durante as reuniões

foram feitos questionamentos sobre:

• Em que momento o processo de cotação de um molde se iniciava e de que

forma (e-mail, ligação, mensagens SMS);

• Como o contrato de fabricação desse molde é fechado e onde suas

informações são armazenadas;

• Onde ficam registradas as informações de cada cliente, fornecedor, produto;

• Como é feito o gerenciamento dessas informações;

• Quem é o responsável por gerir as informações de cada projeto.

A empresa Ferramentaria Gardini forneceu todas as informações relevantes para a

equipe de desenvolvimento. E com isso o fluxo do processo de entrada,

processamento do molde e saída do mesmo, foi identificado e modelado, dando

origem ao BPMN e ao SIPOC.

Com esse contato foram levantados alguns módulos iniciais: cadastros (clientes,

fornecedores, produtos), histórico de serviços já executados, histórico de manutenção

e financeiro. Com os principais módulos identificados foi gerado o Diagrama UML,

usado na modelagem do software.

3.6 PROCEDIMENTO PARA ANÁLISE DE DADOS

A análise dos dados só foi possível após o mapeamento do processo e modelagem

do mesmo em um ambiente virtual.

A criação das tabelas de dados foi possível com o Diagrama UML, usadas para

modelar o ambiente virtual do software, nelas continham os principais campos de cada

modulo.

Page 39: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

38

3.6.1 Etapas para análise dos dados coletados

Com todos os dados relevantes coletados, iniciou-se a modelagem do processo com

as ferramentas a seguir: BPMN, SIPOC e UML.

3.5.1.1 BPMN

O BPMN foi gerado após o levantamento das informações por meio de reuniões e

entrevistas informais. O foco desse mapeamento é no fluxo de informações e não no

processo de usinagem típico de uma ferramentaria.

3.5.1.2 SIPOC

Para a ferramentaria Gardini, fora elaborado um SIPOC do fluxo de informações que

percorrem o processo produtivo. Utilizando o conceito apresentado no capítulo 2 deste

trabalho, elaborou-se o SIPOC da Ferramentaria Gardini.

TABELA 1 - SIPOC DO FLUXO DE INFORMAÇÕES

SIPOC - Ferramentaria Gardini

FORNECEDOR ENTRADA PROCESSO

(mapeado) SAIDAS CLIENTES

Concessionaria de serviços

Internet, telefone Receber pedido Ordem de

serviço

Backoffice (recebe pedidos)

Cliente Informações do

cliente Cadastrar

cliente

Perfil criado e registrado em

sistema Backoffice

Cliente, fornecedor, backoffice

Dados do projeto, cliente, dados de mp, dados de mdo

Analisar e cadastrar

projeto

Projeto cadastrado e

folha de processo

Produção

Page 40: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

39

Forncedor Informação

fornecedores Cadastrar

fornecedores

Perfil criado e registrado em

sistema Backoffice

Cliente, fornecedor, backoffice

Cadastro do cliente, cadastro

do produto, ordem de serviço

Modelar produto

Modelo do produto em 3d

Produção/entrega

Cliente, backoffice

Cadastro do cliente, cadastro projeto, ordem

de serviço

Modelar projeto Modelo do

projeto em 3D Produção/entr

ega

Cliente, backoffice

Cadastro do cliente, cadastro projeto, ordem

de serviço

Usinar produto Produto usinado

Área de entrega

Cliente, backoffice

Cadastro do cliente, cadastro produto, ordem

de serviço

Entregar produto

Baixa da ordem de serviço

Clientes

Backoffice

Cadastro produto,

cadastro projeto

Gerar orçamento

Orçamento Clientes

Fornecedor

Informação mp, informação fornecedor

Cadastrar mp Perfil criado e registrado em

sistema Backoffice

Fonte: Autores deste trabalho

3.6.1.3 UML

Utilizando o conceito apresentado no capítulo 2 deste trabalho, elaborou-se o UML

para o software a ser implantado na Ferramentaria Gardini.

Para o modelamento da estrutura de banco de dados utilizada pela ferramentaria

Gardini, usou-se o diagrama de classes que o diagrama mais é comum na modelagem

de sistemas orientados a objetos e apresenta uma visão estática da estrutura do

sistema (GOMEZ, 2015).

Page 41: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

40

Figura 10 - UML DO FLUXO DE INFORMAÇÕES

Fonte: Autores deste trabalho.

3.6.1.3.1 Normalização dos dados

Segundo Elmasri e Navathe (2014), a normalização tem como objetivo evitar

anomalias durante a manipulação de relações em um banco de dados, é um processo

que simplifica o modelo logico de um sistema. Evita que a geração de inconsistências

nos dados e permite que as operações relacionais funcionem de forma correta.

De acordo com Date (2000) este processo se baseia no conceito de formas normais,

sintetizando gradualmente certa coleção de variáveis, gerando relações cada vez

mais confiáveis. Estas formas normais são denominadas: primeira forma normal,

Page 42: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

41

segunda forma normal, terceira forma normal, quarta forma normal, quinta forma

normal.

3.6.1.3.2 Criação das tabelas de dados

“O banco de dados é constituído e preenchido com dados que têm um determinado

objetivo, com usuários e aplicações desenvolvidas para manipulá-los” (ALVES, 2013).

As tabelas possuem uma estrutura padrão, porém recebem um nome único. Em sua

estrutura existem colunas/campos onde as variáveis são postas e nas linhas/registros

são colocados os dados, que para diferencia-los, é usado a unicidade de sua “chave

primária”.

Na criação das tabelas é necessário inserir os nomes dos campos, os tipos dos dados,

e um texto descritivo sobre a função (este último é opcional). De acordo com Alves

(2013), diversos tipos de dados podem caracterizar um campo, como por exemplo:

• Texto Curto: Permite a entrada de valores alfanuméricos (letras de a-z, dígitos

de 0-9 e sinais de pontuação). Possui tamanho máximo de 255 caracteres. Não

permite cálculos numéricos.

• Texto Longo: Permite a entrada de valores alfanuméricos (letras de a-z, dígitos

de 0-9 e sinais de pontuação). Possui tamanho máximo de 1 bilhão caracteres

e tem capacidade máxima de exibição de 65.353 caracteres. Não permite

cálculos numéricos e nem criação de índices.

• Número: Permite valores numéricos inteiros ou com casas decimais. Pode ter

1, 2, 4 ou 8 bytes.

• Data/hora: Tem tamanho de 8 bytes e permite valores que representem data

ou hora.

• Moeda: Utilizado para valores monetários e não é preciso arredondamento em

cálculos aritméticos.

• Numeração automática: O Access 2013 gera automaticamente um numero

sequencial para cada registro adicionado à tabela.

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42

• Sim/Não: Permite a entrada de apenas dois valores lógicos: sim ou não;

verdadeiro ou falso.

• Objeto OLE: Permite a inclusão (vinculação ou incorporação) de dados de outro

programa. Pode ser feito a partir de: uma planilha de Excel, documento do

Word, arquivos gráficos, de vídeo ou som.

• Hyperlink: Insere uma cadeia de caracteres alfanuméricos referenciados como

um endereço para um site da web.

• Anexo: Permite o armazenamento de imagens digitais ou outros arquivos

binários.

• Calculado: O valor a ser armazenado no campo é gerado por meio de uma

expressão matemática.

• Assistente de Pesquisa: Cria campos em que é possível selecionar um valor

existente em outra tabela.

Em uma tabela, não se pode esquecer de selecionar qual(ais) é(são) a(s) chave(s)-

primaria(s). Em “Propriedades do Campo” poderão ser especificadas algumas

características, como por exemplo a de “Tamanho do Campo”.

3.6.1.3.2 Definição dos módulos do sistema

ERP é um sistema que integra os dados e processos de uma organização. Sua

arquitetura é distribuída em módulos (sistemas de finanças, contabilidade, recursos

humanos, fabricação, marketing, vendas, compras), é uma plataforma desenvolvida

para integrar todos os departamentos da organização alimentados por uma base de

dados principal (PADILHA, 2005).

Os módulos foram estruturados da seguinte forma:

• Cliente: Informações do cliente (empresa pertencente, telefone, conta/agencia,

endereço, email, inscrição estadual, cnpj/cpf)

• Projeto: Dados do projeto (nome, data, cliente, matéria prima, quantidade,

custo, detalhes), informações do cliente, mão de obra;

Page 44: TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO …

43

• Fornecedores: Nome, telefone, tipo, dados bancários, endereço, email

inscrição estadual;

• Produto: Cadastro do cliente, cadastro do produto, ordem de serviço

(informação do projeto e informação do cliente);

• Orçamento: Informação do produto e informação do projeto;

• Matéria prima: Cadastro matéria prima (nome, código do fornecedor, valor).

3.5.2 Ferramentas para viabilização técnica

Com as variáveis definidas e os módulos estruturados, o software pode ser elaborado.

3.6.3.1 Banco de dados

Os Bancos de Dados foram utilizados para organizar as informações de forma logica

e capaz para que diversas tabelas possam ser relacionadas e trabalhadas.

Para estruturação, organização e manipulação dos dados foi utilizado uma coleção de

dados predefinidos entre si, chamado de banco de dados relacional.

A forma escolhida para acesso aos bancos de dados é a linguagem desenvolvida pela

empresa Oracle para extração em banco de dados conhecida como SQL (Structured

Query Language) ou em português, Linguagem de Consulta Estruturada.

A integração é possível pelo compartilhamento de informações comuns entre os

diversos módulos, armazenadas em um único banco de dados centralizado.

3.6.3.2 Rest

Para que a consulta possa ser realizada através da internet, foi utilizado o sistema

REST (REpresentational State Transfer) ou, em português: Transferência de Estado

Representacional. A aplicação REST foi utilizada apenas para garantir a ligação entre

serviço e usuário. Não executando nenhum tipo de manipulação dos dados.

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