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1 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Título do trabalho: Serviços de Telecomunicações
para Utilizadores Residenciais
Projeto FEUP 2015/2016 --MIECC :
J. N. Fidalgo Paulo Portugal
Equipa MIEEC05 05:
Supervisor: Mário Jorge Leitão Monitora: Vánia Vieira
Estudantes & Autores:
Henrique A. Sousa [email protected] Manuel M. Mendonça [email protected]
João B. Matos [email protected] Pedro Lopes [email protected]
M.Carolina Pinto [email protected] Xavier Marques [email protected]
2 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Resumo
Este relatório foi elaborado no âmbito da cadeira “Projeto FEUP” e tem como
objectivo analisar os serviços de telecomunicação em Portugal para utilizadores
residenciais.
O presente relatório descreve os assuntos referidos anteriormente, abrangendo
a explicação do conceitos de Nplay, observando o progresso de crescimento da
área telecomunicação Portugal nos últimos anos, comparando as ofertas dos
diferentes operadores e explicando em especial o funcionamento do sistema de
funcionamento de rede ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line).
A partir deste trabalho foi-nos possível tirar inúmeras conclusões sobre as
diferentes ofertas de serviços residenciais das grandes operadoras. Ao comparar os
diferentes pacotes conseguimos perceber qual o melhor pacote em termos de preço
e qualidade. Concluímos também que apesar de ADSL ser o método de propagação
de rede mais utlizado começa a ser substituído por métodos como Fibra Optica que
oferecem menos limitações.
Este trabalho foi realizado por estudantes do primeiro ano do curso Mestrado
integrado em Engenharia Electrotécnica e Computadores.
Palavras-Chave
-ADSL, DSL, Nplay, Internet, Rede telefónica, Serviço de televisão, Operador, Fibra,
ANACOM, Linha, Pacotes, Rede Móvel, Satelite, Cabo, MEO, NOS, Vodafone, STF
3 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Agradecimentos
A elaboração deste trabalho foi apenas possível através da colaboração de
todos os elementos da nossa equipa.
Gostaríamos de agradecer em primeiro lugar á nossa Monitora, Vânia Vieira,
e ao nosso supervisor, Mário Jorge Leitão, por partilharem os seus conhecimentos
na área de telecomunicações estando sempre disponíveis para explicar qualquer
tipo de dúvida, fornecendo sempre conteúdos importantes para a realização do
trabalho.
É importante também de agradecer á Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto por todos os serviços e espaços disponibilizados para a
realização do trabalho.
Finalmente, estamos também muito agradecidos a todos os que aqui não
estão referidos.
4 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Índice
Resumo 2
Palavras-chave 2
Agradecimentos 4
Lista de Acrónimos 5
Lista de figuras 6
1.Introdução 7
2.Ánalise de clientes 8
3.Nplay 11
4.Pacotes das operadoras a atuar em Portugal 14
5.ADSL 17
5.1.Funcionamento
5.2.Modems ADSL
5.3.DSLAM
5.5.Limitações
5.5.Conclusão
6.Conclusões 26
Referências Bibliográficas 27
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Lista de acrónimos
-ADSL: Asymmetric Digital Subscriber Line
-POTS: Plain Old Telephone Service
-FDM: Frequency division Multiplexing
-CAP: Carrierless Amplitude/Phase
-DTM: Discrete Multitone
-PSTN: Public Switcher Telephone Network
-STF: Serviço de telephone fixo
6 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Lista de figuras
Tabela 1- Tabela de Número de Assinantes do serviço de televisão
Tabela 2- Tabela de Número de Assinantes do serviço de internet
Tabela 3- Tabela de Número de Assinantes de Acesso fixo ao telefone
Tabela 4- Tabela de Clientes de STF
Figura 5-M40
Figura 6-Vodafone
Tabela 7-Tabela da Anacom sobre subscritores de serviços
Tabela 8-Tabela da Anacom sobre prestadores de serviços
Figura 9- Conjunto de Figuras Nos
Conjunto Tabelas 10- Pacotes das operadoras a atuar em Portugal
Figura 11-Modulação CAP
Figura 12-Exemplos de modems
Figura 13-Microfiltro
Figura 14-Ilustração simplificada de ADSL
Figura 15-EquipamentoDSLAM
Figura 16-Tabela subscritores fibra óptica
Figura 17-Tabela subscritores ADSL
7 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
1. Introdução
Este relatório no âmbito da unidade curricular “Projeto Feup” pretende explorar
os serviços de rede de Telecomunicações para utilizadores residenciais com ênfase
no serviço ADSL.
Atualmente, as redes de telecomunicações assumem uma importância na nossa
sociedade daí ser essencial percebemos como funcionam estes sistemas de
telecomunicações no nosso caso em particular consideramos importante focalizar a
ADSL apesar de ultimamente outras tecnologias como a fibra ótica terem ganho
mais influência neste mercado em comparação com a mesma.
Além desta focalização que o nosso trabalho tem na ADSL procuramos neste
trabalho enunciar outros assuntos relacionados com este tema tais como:os
conceitos de Nplay e o crescimento da área das telecomunicações em Portugal
comparando as ofertas de cada operador.
Assim, procuramos desenvolver um trabalho completo sobre este tema tão
crucial nos dias de hoje.
8 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
2. Análise de clientes
Com o avanço tecnológico verificado a nível das comunicações tornando-as
mais eficazes, rápidas, simples e com menor custo para o utilizador foi apenas uma
questão de tempo até o número de subscritores de um determinado serviço de
telecomunicações aumentar rapidamente.
As tabelas T1,T2 e T3 apresentam-nos a evolução do número de subscritores
dos serviços de televisão (T1), internet (T2) e serviço telefónico (T3/T4). Conforme
constatado anteriormente conseguimos verificar que o número de utilizadores de
serviços de telecomunicações residenciais aumentou consideravelmente desde o
início do século. Enquanto que em 2004 apenas havia a volta de 900 000
subscritores do serviço de internet fixa o número de subscritores do serviço
televisivo rondava os 1 600 000, quase o dobro. Passado uma década podemos
observar que essa diferença continua, embora o seu os seus valores tenham
crescido por volta de 2 000 000 cada um. A par do serviço televisivo o STF possui
em 2014 cerca de 3 500 000, mas como podemos observar na T3 o número de
clientes de STF não sofreu alterações consideráveis desde o inicio do seculo.
Tabela 1: Tabela de Número de Assinantes do serviço de televisão
(ANACOM,2014)
Unidade: milhares de clientes
9 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Tabela 2: Tabela de Número de Assinantes de Acesso fixo à internet
(ANACOM,2014)
Unidade: milhares de clientes;
Tabela 3: Tabela de Clientes de STF (Serviço de telefone fixo) (ANACOM,2014)
Unidade: milhares de clientes
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Tabela 4:Tabela de Clientes de STF (Serviço de telefone fixo) (ANACOM,2010)
Unidade: milhares de clientes
Podemos concluir que os números observados relativamente ao número de
utilizadores em Portugal aumentaram não só devido ao interesse tecnológico mas
também ao modo de vida, obrigações do quotidiano desde a mais simples
necessidade de comunicação entre amigos e familiares, à maneira mais complexa
na vida laboral, política, económica e social. Não esquecendo a maior área de
cobertura que passou a abranger áreas rurais, de menor densidade populacional e
zonas de difícil acesso de rede e meios de comunicação, como zonas montanhosas
do que apenas zonas de interesse económico, nomeadamente junto ao litoral.
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3.NPLAY
Inicialmente as operadoras no nosso país apenas disponibilizavam serviços do
tipo double play avançando, posteriormente, para triple play, quadruple play, até ao
mais avançado e abrangente, o quintuple play. Serviços:
Dual play: serviço constituído por três vertentes (TV, internet e telefone),
das quais o cliente pode escolher duas
Triple play: é um serviço que combina voz, dados e multimédia : acesso à
Internet banda larga, telefone e telemóvel.
Figura5:MEO 4O
Figura 6: Vodafone
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Quadruple play : combina tv, net movel, net fixa e telefone, e é
normalmente intitulado de "the fantastic four" sendo este o mais utilizado
no dias de hoje (the fantastic four).
Quintuple play disponibiliza uma vertente de segurança intitulada de
"security monitoring" que permite uma maior segurança nos serviços
complementares, para além de englobar todos os serviços anteriores.
Tabela 7: Tabela da Anacom sobre subscritores de serviços
Tabela 8: : Tabela da Anacom sobre prestadores de serviços
Como é possível observar, apesar da variedade oferecida pelos serviços de
triple/quadruple /quintuple play, os serviços de dualidade continuam a liderar as
vendas e são os preferidos pelos consumidores.
O ADSL continua a ser a tecnologia mais usada no acesso à Internet, sendo
responsável por 38,5% das ligações existentes, perto do cabo que engloba 35,6%
destas ligações. Todavia, é a fibra que apresenta o maior crescimento do ano, tal
como o maior impulso na tendência registada no segmento fixo.
O mercado da banda larga continua a ser dominado pela PT, pelas empresas.
13 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
No entanto, a quota da empresa tem vindo a descer ao longo do ano, tal como
aconteceu aos seus concorrentes como a NOS, Cabovisão e o grupo Altice. Só a
Vodafone conseguiu aumentar o número de clientes no período em análise. Em
dezembro a operadora já tinha aumentado a quota para 10,6% ("Banda larga fixa
com o maior crescimento dos últimos nove anos", 2015).
Os smartphones fazem crescer a banda larga móvel, visto que o acesso a estas
tecnologias tem aumentado devido a utilização cada vez maior de smartphones. De
acordo com os dados da Anacom, "em média, cada utilizador gerou um tráfego
mensal de 46,5 GB. Na banda larga móvel, o tráfego médio associado a cada
acesso ativo foi de 1,1 GB, quando a utilização é feita através do telemóvel, e de
6GB nos acessos realizados a partir de placas/modems."
A MEO encontra-se a liderar neste universo, com uma quota 47,4%. Segue-se a
Vodafone com a quota de 26,5% e a NOS com a quota de 25,9% ("Banda larga fixa
com o maior crescimento dos últimos nove anos", 2015).
Figura 9: Conjunto de Figuras NOS
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4.Pacotes das operadoras a atuar em Portugal
A análise das seguintes tabelas permite comparar alguns serviços de fibra ótica
das quatro principais operadoras de Portugal.
Double play (TV e Internet)
Prestador Serviços Incluídos
Tecnologia Custo médio mensal
Cabovisão Tv-33 canais Internet-30
mbps
Fibra 30,49
Nos Tv-4 canais Internet-12
mbps
Cabo 17.99
A Meo e a Vodafone não possuem nenhuma oferta com um pacote double play (TV e
Internet). Sendo neste caso, a Cabovisão o mais rentável.
Double play (Internet e Telefone)
Prestador Serviços Incluídos
Tecnologia Custo médio mensal
Meo Telefone fixo Internet-12 kbps
Internet-ADSL 20,24
Vodafone Telefone fixo Internet-5 mbps
Internet-Móvel 10,49
Nos Telefone fixo Internet-20
mbps
Internet-Móvel 29,73
A Cabovisão não apresenta nenhum pacote double play (Internet e Telefone). Sendo o
mais rentável neste caso, o pacote da Meo.
Double play (Televisão e Telefone)
Prestador Serviços Incluídos
Tecnologia Custo médio mensal
Meo Telefone fixo TV-129 canais
ADSL 28,41
Cabovisão Telefone Fixo TV-33 canais
Cabo 25,49
Nos Telefone fixo TV-4 canais
Cabo 10,99
A Vodafone não apresenta nenhum pacote double play (Televisão e Telefone). O mais
rentável neste caso é o pacote da Meo.
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Triple play
Prestador Serviços Incluídos
Tecnologia Custo médio mensal
Meo TV-128 canais Internet-24 kbps Telefone fixo
ADSL 38,03
Vodafone TV-77 canais Internet-50mbps Telefone fixo
Fibra 25,90
Cabovisão TV-132 canais Internet-
100mbps Telefone fixo
Fibra 34,99
Nos Tv-98 canais Internet-38mbps Telefone fixo
Fibra 38,03
Neste caso, todas apresentam um pacote Triple play. Sendo o melhor pacote o da
Cabovisão.
Quadruple play
Prestador Serviços Incluídos Tecnologia
Custo médio mensal
Nos TV-158 canais Intenet-100mbps Telefone fixo-chamadas
gratuitas 1 Cartão com 500mb de
internet
Fibra 54,99
Meo TV-120 canais Intenet-200mbps Telefone fixo-chamadas
gratuitas 1 Cartão com 1gb de
internet
Fibra 64,99
Vodafone TV-200 canais Intenet-200mbps Telefone fixo-chamadas
gratuitas 2 Cartões com 500mb
de internet
Fibra 49,90
A Cabovisão não apresenta nenhum pacote que tenha quadruple play. Neste caso, a
Vodafone apresenta o pacote mais rentável.
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Quintuple play
Prestador Serviços Incluídos
Tecnologia Custo médio mensal
Meo Tv-11 canais Internet-24mbps 1 cartão de
telemóvel com 200 MB
Telefone fixo
ADSL 47,66
Vodafone TV-95 canais Internet-300
mbps 1 cartão de
telemóvel com 200 MB
Telefone fixo
Fibra 47,48
Nos TV-98 canais Internet-30mbps 1 cartão de
telemóvel com 1GB de internet
Telefone fixo
Fibra 45,82
A Cabovisão é a única que não apresenta nenhum pacote Quintulpe play. Sendo o
pacote mais rentável o da Vodafone.
Conjunto Tabelas 10- Pacotes das operadoras a atuar em Portugal
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5.ADSL
Quando a internet se começou a popularizar, a maioria das pessoas utilizava
conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas". Para isso, era necessário
conetar o computador a um modem e a este, por sua vez, a uma linha telefónica.
Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao
número de um operador de forma a estabelecer a conexão.
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas
- por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefónica
ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem
apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser
estabelecida esporadicamente.
A tecnologia ADSL, que surgiu em 1989, mostra-se como uma alternativa viável
porque utiliza a infra-estrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de
POTS, de Plain Old Telephone Service), mas sem deixar a linha ocupada. Além
disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a
sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefónicas.
Na verdade, o ADSL não é um padrão único, mas sim parte de uma "família" de
tecnologias chamada DSL (Digital Subscriber Line) ou apenas xDSL.
Funcionamento
Ao utilizar uma linha telefónica comum, se alguém tentar ligar-nos naquele
momento, receberemos um aviso dizendo que o nosso número está ocupado. Da
mesma forma, não se pode utilizar esta linha para realizar uma nova chamada
enquanto não sair da ligação que está em andamento. Sendo assim, como é que as
tecnologias DSL conseguem estabelecer conexões à internet sem deixar a linha
ocupada?
Na verdade, não há nenhuma "magia" nisto. O que acontece é que, quando o
telefone está a ser utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma
pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias
DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS -
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utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um
intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O
restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências
maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS,
geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing -
Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation
(Cancelamento de Eco).
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e
outra á receção de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em
canais menores, mais e menos rápidos para melhor desempenho.
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream
sobrepõem-se no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que
remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de
subtracção, consegue separá-las.
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e receção de dados que
utilizam meios analógicos, é necessário o uso de modulação, processo que, em
poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de
radiofrequência (ondas portadoras). Para este fim, o ADSL conta, essencialmente,
com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase);
a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete
Multitone).
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha
telefónica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é
destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada á receção
de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em
si.
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload
fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a
maior frequência, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz
(normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender
melhor:
19 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Figura 11:Modulação CAP
Neste ponto, você já pode compreender o porquê do termo "Assymmetric" no
nome do ADSL: este tipo de tecnologia é considerado assimétrico porque a taxa de
download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a
maioria das conexões recebe mais dados do que os envia.
Mas, como já informado, a modulação DMT é a mais utilizada, podendo usar
tanto a técnica FDM como a técnica de Cancelamento de Eco. Nela, a linha
telefónica também é usada tanto para voz quanto para dados, obviamente, com a
diferença de a faixa de frequência - de 0 a 1.100 KHz, aproximadamente - ser
dividida em até 256 canais, cada uma com largura de 4 KHz e espaçamento entre
elas de 4,3125 KHz. A parte inicial desta divisão - os seis primeiros canais,
normalmente - é destinada para chamadas de voz, ficando também um grupo
responsável pelo upstream (geralmente, os canais de 6 a 30) e outro, maior, pelo
downstream. No entanto, havendo uso de Cancelamento de Eco, os canais de
upstream também podem ser utilizados para downstream, obviamente.
A técnica DMT ganhou notoriedade no mercado por oferecer melhor
desempenho e maior resistência a ruídos (interferências) na transmissão. Um dos
motivos para isso é o fato de cada canal ser monitorado, ou seja, é uma técnica na
qual a organização prevalece. Os canais que estiverem, por algum motivo, operando
com baixa qualidade, perdem prioridade na transmissão do sinal, trabalhando com
menor quantidade de bits que os canais em melhor situação.
20 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Modems ADSL
No acesso à internet via ADSL, a linha telefónica é, na verdade, apenas um meio
de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba por
ocorrer graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a
conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é
conectado aos fios de uma linha telefónica existente. Tecnicamente, sua
denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade
Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é
intermediada por um microfiltro de nome splitter (separador), que tem a função de
criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com
o aparelho telefónico.
Uma versão conhecida como G. Litle ou Universal ADSL (também ADSL Lite ou
Spliterless ADSL) elimina a necessidade do splitter, mas exige um filtro, que isole a
ADSL da voz, evitando os ruídos e problemas de interferências. Adicionalmente esta
tecnologia tem uma capacidade inferior: 1,5 Mbit/s downstream e 384 Kbit/s
upstream.
Figuras 12:Exemplos de modems
Também é comum o uso de um microfiltro mais simples apenas na conexão
entre a linha e o aparelho telefónico, com o modem conectado de maneira direta à
rede telefónica. Em todos os casos, a ideia é a de evitar interferências nos e entre
os canais de voz e dados, podendo também oferecer proteção contra descargas
atmosféricas.
21 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Figuras 13: Microfiltro
De um lado, o modem deve
então ser ligado a um computador ou a um equipamento de rede, como um router
Wi-Fi, para que os equipamentos ligados a estes tenham acesso à internet. Do
outro, o dispositivo é conectado à linha para executar sua função de organizar o
fluxo de dados para que a transmissão ocorra dentro das frequências estabelecidas
para upstream e downstream.
Na ponta oposta da conexão está uma central telefónica (ou equivalente). Nela,
o sinal de cada linha telefónica é "separado" com a ajuda de splitters, de forma que
o que é voz seja enviado a uma rede PSTN (Public Switched Telephone Network)
que trata deste tipo de comunicação e o que são dados sigam para um equipamento
denominado DSLAM (Digital Subscriber Line Access Multiplexer).
Figura 14: Ilustração simplificada de uma conexão ADSL
22 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
DSLAM
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o
DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo
como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os
sinais digitais de várias linhas telefónicas (que atendem a um bairro, por exemplo)
como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.
Para isso, cada DSLAM precisa de se comunicar com um BRAS (Broadband
Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as
conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha
que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via
conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as
linhas (em nenhum caso tal se verifica). Em outras palavras, o acréscimo de uma
conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim
como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário
aumentar a infra-estrutura da rede para ampliar o número de usuários numa dada
zona.
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem
uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes
dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em
lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio
residencial.
23 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Figura 15:Equipamento DSLAM da Zhone Technologies
Limitações
As empresas que fornecem ADSL só o fazem se o local do usuário não estiver a
mais de 5 Km da central telefónica, em virtude de quanto mais longe estiver, menor
será a velocidade que o usuário pode ter e a conexão sofre instabilidades
ocasionais, pelo ruído (interferência) que ocorre entre um ponto e outro. Quanto
maior essa distância, maior é a taxa de ruído. Noutras palavras, as ondas
eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam
do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de
intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores. Para
que haja uma conexão aceitável é utilizado o limite de 5 Km.
Acima disso pode ser possível, mas inviável o uso de ADSL.
24 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Conclusão
Tecnologias DSL conseguem aproveitar a infraestrutura de telefonia e, por conta
disso, permitir valores de assinaturas razoáveis, razão pela qual são amplamente
utilizadas em várias partes do mundo. Estas características tornam-na
especialmente interessante em localidades que não contam com outras
modalidades de acesso, como internet por rede de TV a cabo, por exemplo.
Por causa disso, veremos os padrões DSL ainda por um bom tempo no
mercado, mesmo com o surgimento de tecnologias que conseguem oferecer
velocidades e coberturas melhores, como as redes 4G LTE. Versões como o
ADSL2+ e o VDSL2 são as apostas das operadoras para atender à demanda de
taxas de transmissão de dados cada vez maiores.
Exemplos destas novas tecnologias que têm tido um crescimento exponencial
nos últimos tempos é a fibra óptica.Esta tabela demonstra o crescimento de
subscritores de fibra óptica que como se verifica tem crescido ultimamente
chegando a cerca de 600000 em 2014.
Tabela 16: Tabela Subscritores Fibra Ótica
Por outro lado, o número de subscritores do serviço ADSL tem aumentado é
verdade mas não tão exponencialmente como o de fibra como se verifica na
seguinte tabela:
1 000 000
2 000 000
3 000 000
4 000 000
5 000 000
Alojamentos cablados e assinantes / Cabled Households and Subscribers
Alojamentos cablados/Cabled Households Assinantes/Subscribers
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Trimestre 4T.2010 1.T2011 2T.2011 4T.2011 4T.2012 4T.2013 4T.2014
Subscritores 522 538 551 567 612 685 756
Tabela 17: Tabela subscritores ADSL
Unidade: milhares de clientes
Assim, verifica-se o referido anteriormente, ou seja, o grande crescimento
verificado pela fibra comparado com um crescimento mais humilde da ADSL(em
relação ao número de subscritores.
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6. Conclusões
Concluímos com este trabalho que as redes de telecomunicações assumem
muita importância na nossa sociedade. Além disto, podemos atestar que o mercado
das telecomunicações em Portugal é claramente liderado por três operadoras sendo
elas: a Vodafone, a Nos e a Meo.
Todas estas operadoras possuem diversos pacotes com diferentes
funcionamentos que levam a diferentes ofertas aos subscritores, cabe a cada cliente
optar pelo mais eficaz para si.
Por fim, aprendemos sobre o seu funcionamento e as limitações que ADSL tem
e através disso, percebemos porque é que hoje em dia tem vindo a ser substituída
pela fibra óptica.
27 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
Referências bibliográficas
Data de acesso: 13 de Outubro: https://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_larga
Data de acesso: 10 de Outubro
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Data de acesso: 13 de Outubro: https://en.wikipedia.org/wiki/Splitter
Data de acesso: 15 de Outubro
https://www.trendnet.com/images/products/photos/TEW-658BRM/TEW-
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Data de acesso: 13 de Outubro:
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28 Serviços de Telecomunicações para Utilizadores Residenciais
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voz/pacotes/
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