trumpet agudo

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O Registro Agudo O Registro Agudo “Se os lábios permanecem flexíveis e o som não é forçado, será possível tocar facilmente qualquer nota, não importa em que registro” Herbert L. Clarke Bem, de início tenho que dizer que ‘chegar’ a uma nota aguda não significa ‘tocar musicalmente’ no agudo. Já ouvi que Maynard Ferguson se exercitou na região aguda tocando o Arban uma oitava acima. O certo é que, nessa região, praticar articulações, trilos, vibrato, fraseado e tocar musicalmente façam Maynard ou Bill Chase diferentes! Veja o que Maynard Ferguson falou sobre esse assunto: “Ao chegar ao registro agudo, você deve ser capaz de tocar romântica e musicalmente – em certas ocasiões, até mesmo pianíssimo. Sonoro não significa sem beleza. Luciano Pavarotti, por exemplo, está algumas vezes em sua maior beleza musical quando cantando fortíssimo. Algumas vezes instrumentistas que têm a habilidade de tocar no registro extremamente agudo, esquecem que se não tocarem emocionalmente, não dominam esse registro.” [2001 Maher Publications, Inc – Breathing Fun Into Jazz] Sobre a prática no registro agudo não há novidades: temos que exercitar. “Tocar consistentemente na região aguda tem muito a ver com a prática. Para tocar agudo e manter a flexibilidade para tocar nos outros registros, o que é necessário para trabalhos de estúdio, você tem que praticar. Eu gasto um mínimo de três horas por dia” Charley Davis Uma questão fundamental enquanto praticamos nos registros extremos é dar um descanso adequado aos lábios para que o tecido seja restaurado. Há basicamente três tipos de exercícios para o agudo. Esses três diferentes ângulos de abordagem possibilitam a facilidade para tocar em toda tessitura do trompete. Ganhando o Feeling Exercícios onde os agudos são realizados piano. Primeiro toca-se uma oitava abaixo para ouvir a afinação. Em seguida faz-se a oitava superior suavemente com pequena abertura e usando pouco ar. Mais tarde pode-se colocar um crescendo para que o som ganhe mais ‘corpo’.

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Page 1: Trumpet Agudo

O Registro Agudo

O Registro Agudo

“Se os lábios permanecem flexíveis e o som não é forçado, será possível tocar

facilmente qualquer nota, não importa em que registro” Herbert L. Clarke

Bem, de início tenho que dizer que ‘chegar’ a uma nota aguda não significa

‘tocar musicalmente’ no agudo. Já ouvi que Maynard Ferguson se exercitou na

região aguda tocando o Arban uma oitava acima. O certo é que, nessa região,

praticar articulações, trilos, vibrato, fraseado e tocar musicalmente façam

Maynard ou Bill Chase diferentes!

Veja o que Maynard Ferguson falou sobre esse assunto:

“Ao chegar ao registro agudo, você deve ser capaz de tocar romântica e

musicalmente – em certas ocasiões, até mesmo pianíssimo. Sonoro não

significa sem beleza. Luciano Pavarotti, por exemplo, está algumas vezes em

sua maior beleza musical quando cantando fortíssimo. Algumas vezes

instrumentistas que têm a habilidade de tocar no registro extremamente

agudo, esquecem que se não tocarem emocionalmente, não dominam esse

registro.” [2001 Maher Publications, Inc – Breathing Fun Into Jazz]

Sobre a prática no registro agudo não há novidades: temos que exercitar.

“Tocar consistentemente na região aguda tem muito a ver com a prática. Para

tocar agudo e manter a flexibilidade para tocar nos outros registros, o que é

necessário para trabalhos de estúdio, você tem que praticar. Eu gasto um

mínimo de três horas por dia” Charley Davis

Uma questão fundamental enquanto praticamos nos registros extremos é dar

um descanso adequado aos lábios para que o tecido seja restaurado.

Há basicamente três tipos de exercícios para o agudo. Esses três diferentes

ângulos de abordagem possibilitam a facilidade para tocar em toda tessitura do

trompete.

Ganhando o Feeling Exercícios onde os agudos são realizados piano. Primeiro toca-se uma oitava

abaixo para ouvir a afinação. Em seguida faz-se a oitava superior suavemente

com pequena abertura e usando pouco ar. Mais tarde pode-se colocar

um crescendo para que o som ganhe mais ‘corpo’.

Page 2: Trumpet Agudo

Esse exercício deve ser realizado do modo correto.

1. Faça-o piano

2. Não use ‘força bruta’. Não force.

3. Não insista na mesma nota mais que três vezes, caso não consiga na primeira

tentativa.

4. Use a digitação indicada.

5. Descanse entre os exercícios.

Ganhando Potência

Exercícios que se edifica até a nota aguda, com alguma preparação.

Exercícios desse tipo são os básicos para desenvolver potência e som no registro

agudo.

1. Grande respiração e peito erguido.

2. Ao chegar ao agudo, sopre confiantemente, sem medo.

Page 3: Trumpet Agudo

3. Pense TIH (não txi) nas notas agudas.

4. Descanse entre os exercícios tanto quanto tocou.

Ganhando Precisão e Confiança

Exercícios geralmente em duas oitavas que não se edifica, que se vai ao agudo

sem preparação.

Há vezes que precisamos tocar agudo sem preparação, começando diretamente

nessa região. Estudos dessa natureza exercitam para esse tipo de execução.

1. Toque a primeira nota para ouvir a afinação.

2. Respire e toque a oitava superior confiantemente.

3. Não hesite, não pense muito. Confiantemente ataque a oitava superior.

4. Descanse.